Download - Textos sobre o foral de vieira do minho
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Textos produzidos pelos alunos do 1.º ciclo.
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Aqui se apresenta um conjunto de textos, elaborados pelos
alunos dos 3.º e 4.º anos de escolaridade do Agrupamento de
Escolas Vieira de Araújo.
Estes alunos responderam positivamente ao concurso
literário, promovido pela Câmara Municipal, numa iniciativa de
comemorar os 500 anos da assinatura da Carta de Foral do
Concelho de Vieira do Minho.
Os textos foram produzidos recorrendo à informação
transmitida pela Biblioteca Escolar, a pesquisas pessoais dos
alunos e à colaboração dos encarregados de educação.
Estão todos de parabéns!
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Os 500 anos do foral de Vieira do Minho
A 15 de novembro de 2014 comemoram-se os 500 anos do foral do Vieira do Minho.
Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus
cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.
Ao longo do seu percurso atravessou as ruas de Lisboa, os rios de todo o país, as
estradas romanas e os caminhos em terra, viajou em carruagens, cavalos e barcas. Instalou-
se em hospedarias para pernoitar durante a viagem até Vernária, e também na viagem de
regresso.
Chegado à Vernária, D. Manuel I dirigiu-se à Assembleia dos Homens-Bons, que eram
os homens mais importantes e populares do concelho, e entregou a Carta de Foral, que
representava Vernária. Lá, D. Manuel I foi convidado para um banquete onde havia um pouco
de tudo, de todos os produtos tradicionais da terra, como por exemplo: milho, carne de vaca e
de porco e vários tipos de peixes do rio.
D. Manuel I viajou de Lisboa até à Vernária para que o Foral pudesse ser entregue e
Vernária passasse a ser um concelho.
Passaram 500 anos, Vernária agora chama-se Vieira do Minho!
Diana Filipa – 3.º ano – EB de Rossas
Minho.
Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus
cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.
Ao longo do seu percurso atravessou as ruas de Lisboa, os rios de todo o país, as
estradas romanas e os caminhos em terra, viajou em carruagens, cavalos e barcas. Instalou-
se em hospedarias para pernoitar durante a viagem até Vernária, e também na viagem de
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A viagem até Lisboa
Num dia ventoso de outono, alguns moradores da Vernária reuniram para discutir sobre quem
iria buscar a Carta de Foral, ao castelo do rei D. Manuel I, a Lisboa.
O senhor João, que era agricultor muito abastado disse:
- Eu posso emprestar os meus cavalos!
- E eu posso emprestar a minha carruagem! – acrescentou o senhor José, que era o nobre da
terra.
No entanto, ainda faltava decidir quem iria buscar a Carta de Foral a Lisboa. Então,
resolveram fazer uma reunião com todos os habitantes da Vernária. A reunião realizou-se numa
tarde de sábado, num largo do lugar do Mosteiro. Ela demorou cerca de duas horas, porque foi muito
difícil escolher os cinco representantes. Por fim, foram escolhidos os cinco elementos dos vários
lugares da Vernária.
No dia seguinte, começaram os preparativos para a viagem, que poderia demorar mais que
uma semana. Foram preparados dois cavalos fortes para puxar a carruagem, também arranjaram
umas cestas com alimentos para as pessoas que iriam na viagem. Também levaram alimentos para
os cavalos.
Numa madrugada chuvosa, iniciou-se a viagem até Lisboa. Na carruagem, os homens
conversavam sobre o que diriam ao rei, quando estivessem na presença dele.
Um dos homens perguntou:
__ Será que o rei nos vai receber, ou vai mandar um representante?
Os outros homens não souberam responder, mas gostavam de ser recebidos pelo próprio rei.
A viagem seguiu com alguns incidentes, devido ao tempo, pois estava nevoeiro, e ao estado
do caminho, porque era de terra e tinha muitas pedras.
No dia 11 de novembro, ao fim do dia, os representantes da Vernária chegaram a Lisboa. Eles
foram procurar um abrigo para descansar e para fazer as refeições.
Nos dias que faltavam para a cerimónia, os senhores decidiram conhecer a cidade de Lisboa.
Percorreram as ruas e admiraram a beleza das casas, dos monumentos e adoraram ver as
carruagens que passavam nas estradas da cidade.
De manhã cedo, do dia 15 de novembro, seguiram muito vem vestidos até ao palácio onde
estava o rei D. Manuel I. Quando entraram, ficaram maravilhados com a riqueza das salas, muito
bem decoradas com belíssimos tapetes e loiças riquíssimas.
Finalmente foram recebidos pelo, rei que lhes entregou a Carta de Foral, e lhes dirigiu
algumas palavras de agradecimento.
Os homens regressaram à terra muito satisfeitos e ansiosos por mostrar o documento a todos
os habitantes do novo concelho da Vernária.
Turma 3.º C – Centro Escolar do Cávado
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A viagem no tempo
Um dia fui a um museu, onde avistei uma máquina do tempo e decidi viajar no tempo.
Viajei 800 anos para trás, até ao reinado de D. Afonso Henriques.
As suas armas eram de prata, com um ramo de castanheiro folhado.
Também descobri que Vieira do Minho tinha o nome de Vernária.
Fiquei curioso e resolvi ir até ao reinado do rei D. Manuel I. Eu fui-lhe apresentado e ele,
muito amável, insistiu que eu dormisse lá. A meio da noite ouvi um tim tim e percebi logo que
eram pessoas a lutar com espadas. Levantei-me logo da cama e derrotei-os num ápice.
Após a batalha vi que D. Manuel estava um bocado abatido. Fui ao pé dele e perguntei-
lhe o que se passava. Ele disse que precisava de uma mulher para ter um sucessor ao trono.
E assim surgiu o próximo rei de Portugal.
O vestuário dos nobres e do clero era muito esbelto, o do povo era muito antiquado.
Senti-me deslocado naquele ambiente e resolvi regressar à época atual.
Vítor Teixeira, 4.º ano – EB de Guilhofrei
Diana Filipa – 3.º ano – EB de Rossas
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D. Manuel I
D. Manuel I, rei de Portugal, da casa de Avis, na segunda dinastia, foi o 14.º monarca português,
conhecido como o Venturoso, o Bem-Aventurado ou o Afortunado.
Nasceu em Alcochete, uma vila perto de Lisboa em 1469 e morreu em Lisboa no ano de 1521.
Nono filho dos Infantes D. Fernando, 2.º duque de Viseu, e de D. Beatriz, casou três vezes,
com D. Isabel, filha dos reis católicos e viúva do príncipe D. Afonso. Com a morte da rainha, por parto,
casou em segundas núpcias com a infanta D. Maria de Castela, irmã de D. Isabel, com quem teve dez
filhos, além do primeiro filho, da sua anterior mulher. De novo viúvo, casou com a infanta D. Leonor,
tendo mais dois filhos.
Com a morte de D. Afonso, D. Manuel I foi aclamado como o seu legatário ao trono, em 1495.
O reinado de D. Manuel I: a política do rei D. Manuel I foi uma linha de continuação dos
anteriores governos. Prosseguiu com as campanhas de exploração ultramarina portuguesa,
expedições determinantes para a expansão do império e que levaram às descobertas do Brasil por
Pedro Álvares Cabral, em 1500, do caminho marítimo para a Índia por parte de Vasco da Gama, em
1498 e das Malucas pelo almirante D. Afonso de Albuquerque, em 1511.
Recebeu igualmente, do seu antecessor, um governo poderoso, centralizado com uma forte
tendência o absolutismo.
Outra das políticas implementadas durante o reinado do D. Manuel I foi focada no âmbito
religioso. Foi um grande impulsionador da construção de igrejas e mosteiros, e aprovou evangelização
nas novas terras colonizadas, através das missões católicas. Contudo, a política mais conhecida foi a
determinação feita em 1496 de expulsar todos os judeus e os muçulmanos, que não considerassem a
conversão religiosa. Ao que parece, esta decisão política formava parte do acordo de casamento com
Isabel de Aragão, sendo assim uma forma de agradar aos reis católicos. Esta política de mínima
tolerância com outras religiões levou, finalmente, a estabelecer a Inquisição em Portugal, em 1515.
Todas as reformas contribuíram para a constituição de edificações reais, que deram conta da
grandeza e do crescimento económico do império.
A sua consagração veio com a implantação do chamado manuelino, mesmo que tenha sido
começado anteriormente, veio a encontrar nas aspirações de D. Manuel I o melhor representante do
seu discurso. Também chamado de estilo gótico português tardio ou flamejante, as características
principais são a exuberância das formas, implementadas sobretudo em arquitectura, decoração e
escultura. O estilo manuelino foi desenvolvido em todo o território nacional, deixando-nos importantes
exemplos.
O termo Manuelino foi introduzido pela primeira vez na notícia histórica e descritiva do Mosteiro
de Belém, data de 1842.
O rei D. Manuel I foi o primeiro monarca assumir o título de Senhor do Comércio, da Conquista
e da Navegação da Arábia, da Pérsia e da Índia.
Beatriz Oliveira - Escola Básica de Rossas (4.º ano)
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Entrega do Foral
D. Manuel I
Era rei de Portugal
No ano de 1514
À Vernária atribui o Foral.
Para o receber
Foram homens importantes,
Do concelho saíram
Todos confiantes.
Deslocaram-se a Lisboa
Numa carruagem,
Era puxada por cavalos
E assim fizeram a viagem.
Percorreram caminhos de terra
E também estradas romanas.
Mas para atravessar os rios
Utilizaram barcas planas.
Para pernoitar
Às hospedarias recorriam
Depois de uma noite descansar,
No outro dia seguiam.
Quando a barriga dava horas
Paravam para a alimentação.
Era pouco variada
Com sopas, alguma carne e pão.
Foram ter com o D. Manuel I
Quando a Lisboa chegaram.
Este entregou-lhes o Foral
E depois à Vernária regressaram
Beatriz Antunes Mota - 4.º B – Escola Básica de Rossas
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Foral de Vieira do Minho
O rei D. Manuel l
O foral concedeu
A terras de Vernária
E o povo agradeceu.
A história de Vieira
Uma história com foral
Venham todos conhecer
Esta maravilha de Portugal.
Vieira do Minho, linda terra
O foral vai comemorar
Um documento tão antigo
Que temos de preservar!
No reinado de D. Manuel
O nosso concelho nasceu
Este rei, o venturoso
Que Vieira não esqueceu!
Vamos todos celebrar,
Quinhentos anos do foral
Viva a nossa terra
Com uma beleza sem igual!
Vitória Sofia - 4º ano – EB de Guilhofrei
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Foral de Vieira do Minho
No Século XVI o concelho
De Vieira do Minho
Chamava-se Vernária,
E era constituído por uma menor área.
Na época medieval a monarquia
É que reinava.
O Rei ordenava
E a rainha a isso o ajudava.
Foi a carta do foral,
Concedida aquela aldeia tranquila,
Há 500 anos atrás,
Que possibilitou
A transformação nesta bela vila.
Tanto tempo passou
E tanta coisa mudou!
Vieira do Minho está desenvolvida
E com muita mais vida.
João Pedro Costa Barbosa - 4ºAno
EB de Guilhofrei
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Foral de Vieira do Minho
Em 1498, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.
É durante o reinado do rei D. Manuel I que surge o estilo manuelino, com motivos
inspirados nas viagens marítimas e no mar. O estilo reflete a ostentação da riqueza que
nessa época Portugal detinha.
Há registos do consumo relevante de milho durante a Idade Média. Naquela
época era comum o consumo de sopas, pois era um alimento quente, que auxiliava na
manutenção da temperatura, principalmente nos períodos de inverno. Geralmente
cozinhava-se uma carne (que era conservada salgada) em água fervente, juntando
algum cereal pilado, para ser transformado em farinha (muito comum, o milho, além de
alguns legumes).
Sofia Rebelo, 4.º ano – EB de Guilhofrei
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Aquela época
Quando eu era jovem e tinha 18 anos assisti a um dos momentos mais importante de Vieira
do Minho. Decorria o ano de 1514, quando o rei D. Manuel I atribuiu o foral a esta nossa bonita
vila, situada junto à bela serra da Cabreira.
Nessa altura, Vieira do Minho chamava-se Vernária e era constituída pelas terras de
Cantelães, Eira Vedra, Mosteiro, Pinheiro, Tabuaças, Vieira do Minho e Vilarchão.
O rei quando atribuiu a Carta de Foral tinha como principais objetivos:
- Autorizar uma localidade a tornar-se concelho.
- Definir a dimensão, a sua administração e os privilégios desse território.
- Definir direitos e deveres dos habitantes do concelho.
- Conceder terras baldias para o uso coletivo da comunidade, regular impostos, portagens,
multas; estabelecer direitos de proteção e obrigação militares para serviço real.
Nessa altura viviam-se as grandes descobertas, com a descoberta da Índia e do Brasil.
Foi nessa altura que também se construíram importantes monumentos nacionais como a
Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos.
As principais autoridades eram os juízes, que aplicavam a justiça, os mordomos que
recebiam os impostos e a Assembleia dos Homens- Bons ( os homens mais importantes do
concelho). O local onde se reuniam chamava-se Casa do Município.
A pessoa mais importante era o alcaide que representava o rei e era também chefe militar.
A autonomia do concelho era representada por um símbolo que era o pelourinho.
Nesta época, a sociedade era composta pela nobreza (reis, rainhas, príncipes e princesas),
clero (religiosos), povo e soldados.
As principais atividades económicas desenvolvidas em Portugal eram: a agricultura, o
comércio e a pesca, sendo a agricultura a principal atividade que se praticava na nossa região.
Para ir numa deslocação utilizavam o cavalo e os mais ricos usavam a carruagem, no
entanto, a maioria das pessoas andavam a pé.
Foi importante para mim ter testemunhado este acontecimento e ter ficado a conhecer
aquela época.
Guilherme Ribeiro, 4.º ano – EB de Guilhofrei
Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus
cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.
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Os 500 anos de Foral de Vieira do Minho
No ano de 1514, Vieira do Minho tinha o nome de Vernária e era constituída pelas terras de
Cantelães, Eira Vedra, Mosteiro, Pinheiro, Tabuaças, Vieira do Minho e Vilarchão.
As armas: escudo de prata com um ramo de castanheiro folhado e troncada de verde
frutado de ouro, com ouriços abertos de vermelho, acompanhados por duas espigas de trigo de
verde, atadas de vermelho em ponta. Em chefe três vieiras realçadas de ouro em faixa. Em contra
chefe duas faixas ondadas de azul. Coroa modal de quatro torres. Listel branco com as letras a
negro: Vieira do Minho.
Bandeira esquartelada de amarelo e negros cordões e borlas de ouro e de negro. Haste e
lança dourados.
A Carta de Foral é o documento que autorizava uma localidade de se tornar concelho. Era
também onde estavam escritos os direitos e deveres dos habitantes do concelho.
Autoridades do concelho:
- os juízes, que aplicavam a justiça;
- os mordomos, que recebiam os impostos;
- a Assembleia dos Homens Bons, que eram os homens mais importantes do concelho,
tratavam dos assuntos de interesse geral e elegiam os juízes e os mordomos. Reuniam na Casa
do Município.
- o rei fazia-se representar nos concelhos através de um alcaide, que era também o chefe
militar.
Símbolo de autonomia era o pelourinho.
Durante o reinado do rei D. Manuel I, foram feitas importantes viagens marítimas que
engrandeceram a história de Portugal.
Sofia Rebelo Fernandes, 4.º ano – EB de Guilhofrei
Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos seus
cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.
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Os 500 anos do Foral
No dia 15 de novembro de 1514, D. Manuel I saiu de Lisboa, numa carruagem
dirigida por dois cavalos brancos, que pertenciam à corte, destinado à Vernária.
Durante a sua viagem, D. Manuel I passou por estradas romanas, percorreu as ruas
de Lisboa e da Vernária e embarcou em navios e barcas para atravessar os rios.
Quando chegou ao seu destino, Vernária, foi recebido pelo povo, que lhe ofereceu
produtos tradicionais do concelho, como milho, carne de vaca, porco e carneiro, peixe e
outros produtos da região. De seguida, D. Manuel I dirigiu-se para a Assembleia dos
Homens Bons, que eram os homens mais importantes e populares do concelho, a quem
entregou o Foral.
D. Manuel I percorreu caminhos de terra, estradas romanas, frequentou
hospedarias e atravessou rios para entregar o Foral a representar Vernária.
No dia 15 de novembro de 2014 faz 500 anos que o rei D. Manuel I entregou o Foral
à Vernária, que hoje em dia chamamos Vieira do Minho.
Jéssica Ribeiro – 4.º ano – EB de Rossas
Há 500 anos atrás, D. Manuel I, saiu de Lisboa na sua carruagem, puxada pelos
seus cavalos reais, disposto a entregar o Foral às terras de Vernária.
Ao longo do seu percurso atravessou as ruas de Lisboa, os rios de todo o país, as
estradas romanas e os caminhos em terra, viajou em carruagens, cavalos e barcas.
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Foral de Vieira do Minho
Em 1514, D. Manuel I concedeu o foral a Vieira do Minho e também a Rossas.
As pessoas foram a cavalo ou de barco buscar o foral, pois ele era muito importante,
e ainda hoje é.
A Carta de Foral era um diploma régio de direito público, usada para cimentar
os pedidos do soberano, ou então, a pedido dos moradores, embora os bispos, as
ordens religiosas, as ordens militares e senhores feudais também tivessem o mesmo
privilégio.
O rei com a sua autoridade outorgava assim, um documento destinado a
regular a vida coletiva, económica, fiscal, social e judicial de uma povoação, passando
a ser a lei dessa comunidade de Homens Bons e Livres.
Há 500 anos, os pobres pertenciam ao Povo, os padres e os bispos pertenciam
ao Clero e os reis e príncipes pertenciam à Nobreza.
O povo trabalhava nos campos, o clero rezava e celebrava a missa e os nobres
eram os que viviam no castelo e comiam banquetes, enquanto o povo só comia uma
sopa. Para alguns nobres havia uma coroa diferente.
Há muito tempo a Península Ibérica foi habitada por vários povos, que
construíram vários monumentos, pois simbolizavam o tempo de antigamente.
No tempo em que o foral foi entregue era assim que se vivia.
Cláudia Isabel Fernandes Lobo, 4.º ano
Escola Básica de Rossas
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Foral de Vieira
Em 1514, ano de satisfação
Para o povo de Vieira
Que viveu grande emoção
Com a atitude do rei.
O que o povo tanto desejava
Finalmente aconteceu
A terra recebeu o foral
E ao rei agradeceu.
Em todo o concelho reinava,
Muita satisfação e alegria.
Todo o povo suspirava,
E mudou o seu dia-a-dia.
D. Manuel I neste concelho
Absolutamente tudo mudou,
A partir do grande momento
Em que o foral assinou.
A nossa linda terra
Foi concelho com Foral.
O povo muito se orgulha
De pertencer a Portugal.
Jorge Costa, 3.º ano – EB de Guilhofrei
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Foral
D. Manuel I
É um rei
Que está a ser um cavalheiro
Como imaginei.
Foi para Lisboa,
Para receber o Foral.
Tem uma vida boa
Em cada local.
Era conhecido
Por Venturoso.
Que era
Sempre respeitado.
Todo o povo
O convidava para comer
E diziam:
“Manuel I não será mal criado”!
Bruna Gomes Araújo - 3.º ano, Escola Básica de Rossas
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Foral de Vieira do Minho
Estávamos no ano de 1514
No reinado de D. Manuel I.
Na esperança de Vernária ser concelho
Todos aguardaram o mensageiro.
Foi-nos atribuído o Foral
Com os nossos direitos e deveres.
Uma carta muito, muito importante
Que nos deu muitos afazeres.
Lá fomos nós até Lisboa
Buscar a preciosa carta.
Uma viagem demorada
Que de aventuras foi farta.
Fomos 4 homens bons
Pois eram difíceis as viagens,
Haveria perigo constante
Sendo o pior as pilhagens.
A viagem foi feita a cavalo
Por caminhos de terra batida.
O pior era quando chegava a noite,
Era difícil arranjar dormida.
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Chada a primeira noite
Em Braga, estávamos a passar.
Procuramos uma hospedaria
Que nos desse um bom manjar
Foi uma tarefa difícil
Pois eram poucas hospedagens
Para colher homens e animais
Nas suas longas viagens.
Mas lá encontramos uma casa
Que nos deu cama e comida,
Para nós e para os nossos cavalos,
Foi uma noite bem dormida.
Chegada a luz do dia
Continuamos a nossa viagem,
Esperando não encontrar problemas
Até a próxima paragem.
Chegamos ao rio Ave
E a ponte romana atravessamos,
Outros rios se seguiram
Em que uma ponte não encontramos.
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Para passar o rio Douro
A barca tivemos de utilizar.
Levava pessoas e animais
E mais o que se quisesse transportar.
Nos restantes dias
Até chegar a Lisboa
Mais dois rios passamos
E tinham ponte, coisa muito boa.
Os rios Vouga e Mondego
E as paisagens que vimos
Completaram o caminho
E nenhum perigo sentimos.
Chegados ao castelo do rei
D. Manuel I foi bom anfitrião
Pudemos descansar da viagem
E receber uma boa refeição.
A hora de receber o Foral
Das mãos do nosso querido Rei
Foi uma alegria sem igual
Que para sempre recordarei.
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Seguiu-se a viagem de regresso
Outros nove dias de caminho.
Vai ser uma longa jornada
Ainda bem que não vou sozinho.
Voltamos a passar pontes,
Barcas e caminhos de terra.
Pensando na hora da chegada
À Cabreira, a nossa terra.
À chegada fomos recebidos
Com uma festa sem igual.
Todos quiseram comemorar
E apreciar o nosso Foral.
O banquete que nos prepararam
Tinha tudo com fartura:
Carne, batatas, pão e milho
Com música à altura.
O ano de 1514,
No dia 15 de novembro.
É um dia a recordar,
Dos mais importantes que me lembro.
André Andrade (4.º ano) – Escola Básica de Rossas
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Foral de Vieira do Minho
Há muitos anos uma senhora velhinha vivia em Vieira do Minho. Esta freguesia
tinha o nome de Vernaria e também era composta por algumas aldeias como
Cantelães, Eira Vedra, Pinheiro entre outras. Esta senhora pertencia à classe social
do povo onde quem mandava era D. Manuel I.
Neste tempo foram feitas muitas viagens importantes e até grandes
descobertas como a do caminho marítimo para a Índia e a descoberta do Brasil.
Também neste tempo foi criado um estilo, o manuelino que era inspirado no mar e
nas viagens. Em 1514, o rei Manuel I era chamado “ o Venturoso “, mas agora, já não
é mesma pessoa a governar. Atualmente, em 2014, é Cavaco Silva o presidente da
república.
Desde ai houve muitas mudanças como por exemplo em 1514 era monarquia e
agora é república.
Também neste tempo o vestuário era imensamente diferente ao de agora,
como mostram as seguintes imagens:
Há registros do consumo relevante de milho durante a Idade Média. Naquela
época era comum o consumo de sopas, pois além deste ser um alimento quente (o
que auxiliava na manutenção da temperatura, principalmente nos períodos de
inverno). Geralmente cozinhava-se uma carne (que era conservada salgada), em
água fervente, junto a algum cereal pilado para ser transformado em farinha (muito
comumente o milho), além de legumes.
Mariana Sousa – 4.º ano – EB de Guilhofrei
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A viagem
Eram seis horas da manhã, o sol ainda estava a nascer e a rua já estava cheia.
O Sr. Joaquim estava a dar as ordens aos seus homens, pois já estavam
atrasados. As carruagens já estavam completas de mantimentos para os longos
dias de viagem que os esperavam.
De Vernária até Lisboa, onde teriam à sua espera o rei, D. Manuel I, por muitas
ruas e cidades teriam de passar. A viagem estava no início e já os nervos eram
muitos.
Com tudo preparado, as carruagens aprumadas, os cavalos prontos e os
homens em posição, o Sr. Joaquim deu ordem de partida.
A viagem estava iniciada.
Ao fim de três longos dias de viagem tinham chegado a Lisboa. O encontro
com sua Alteza Real estava marcado para as 12h, no Terreiro do Paço.
Chegados lá, já tinham à sua espera a Corte Real. Muito apressadamente, o
Sr. Joaquim cumprimentou sua Alteza Real que, ao fim de longas horas de reunião,
concedeu à Vernária a condição de concelho.
O objetivo da viagem tinha sido concretizado e para felicidade da Vernária e do
Sr. Joaquim: Vernária era agora um concelho de Portugal!
Beatriz Pimenta – 4.º ano – EB de Rossas
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Carta de Foral
Uma Carta de Foral, ou simplesmente Foral, foi um documento real utilizado
em Portugal, que visava estabelecer um concelho e regular a sua administração,
deveres e privilégios. A palavra foral deriva a palavra portuguesa foro, que por sua
vez provém da latina fórum.
Os forais foram concedidos entre os séculos XII e XVI. Eram a base ou
estabelecimento do município e, desse modo, o evento mais importante da história
da vila ou da cidade. Era determinante para assegurar as condições de fixação e
prosperidade da comunidade, assim como no aumento da sua área cultivada, pela
concessão de maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes.
O foral tornava um concelho livre de controlo feudal, transferindo o poder para
um concelho de vizinhos (concelho), com a própria autonomia municipal.
Por conseguinte, a população ficava direta e exclusivamente sob domínio e
jurisdição da coroa, excluindo o senhor feudal da hierarquia do poder.
O foral garantia terras públicas para o uso coletivo da comunidade, regulava
impostos e multas, e estabelecia direitos de proteção e deveres militares dentro do
serviço real.
Um pelourinho estava diretamente associado à existência de um foral. Era
erguido na praça principal da vila ou cidade, quando o foral era concedido e
simbolizava o poder e autoridade municipais, uma vez que era junto do pelourinho
que se executavam sentenças judiciais de crimes públicos, que consistissem em
castigos físicos.
Francisco – 4.º ano – EB de Rossas
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A nossa carta de foral
O rei D. Manuel I Era rei de Portugal.
No ano de 1514
Atribui-nos o foral.
Este rei era muito zeloso,
Construiu igrejas e mosteiros,
Porque era muito religioso,
E controlava os forasteiros.
Os habitantes da Vernária
A Lisboa foram procurar
O rei D. Manuel I
Para a Carta levar.
Tanto tempo passou,
Tanta coisa ofereceu,
Vieira do Minho mudou
E a Carta de Foral recebeu!
O povo muito se orgulha
Por Vieira ter Foral.
É a mais linda
Que nasceu em Portugal.
500 anos de Foral
Passaram rapidamente.
Dia 15 de novembro
Festejamos com toda a gente.
Em 2014
Com uma festa sem igual
Vamos todos festejar
Os 500 anos do Foral.
Luciana Campos – 4.º D – Centro Escolar do Cávado
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