UMA PROPOSTA DE ENSINO DE TÓPICOS DE ELETROMAGNETISMO VIA INSTRUÇÃO PELOS COLEGAS E ENSINO SOB MEDIDA PARA O ENSINO MÉDIO TEXTOS DE APOIO Autores: Vagner Oliveira Eliane Angela Veit Ives Solano Araujo
UMA PROPOSTA DE ENSINO DE TOacutePICOS DE ELETROMAGNETISMO
VIA INSTRUCcedilAtildeO PELOS COLEGAS E ENSINO SOB MEDIDA PARA O
ENSINO MEacuteDIO
TEXTOS DE APOIO
Autores
Vagner Oliveira
Eliane Angela Veit
Ives Solano Araujo
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO Provavelmente vocecirc jaacute teve a oportunidade de
manusear um iacutematilde e perceber que ele possui a propriedade de atrair objetos de ferro ou ligas metaacutelicas compostas por esse material e tambeacutem jaacute deve ter notado que ao aproximar dois iacutematildes eles interagem e produzem uma forccedila que pode ser atrativa ou repulsiva dependendo da orientaccedilatildeo como estatildeo posicionados Essa propriedade dos iacutematildes eacute decorrente do campo magneacutetico existente em torno deles
O planeta Terra tambeacutem possui um campo magneacutetico ao seu redor sem o qual natildeo seria possiacutevel a vida na forma em que a conhecemos O campo magneacutetico terrestre chamado de magnetosfera nos protege como um escudo das partiacuteculas de alta energia emitidas pelo Sol como ilustra a Fig 11
Em determinadas circunstacircncias algumas partiacuteculas solares conseguem penetrar os polos do planeta Terra atingindo a nossa atmosfera Quando essas partiacuteculas solares colidem com as partiacuteculas da atmosfera terrestre provocam um fenocircmeno de emissatildeo de luz em diferentes cores chamado de aurora (boreal no hemisfeacuterio norte ou austral no hemisfeacuterio sul) que embora seja um dos espetaacuteculos naturais mais bonitos da Terra mostra a constante batalha entre o seu campo magneacutetico e os ventos solares
Vocecirc sabe desde quando se tem conhecimento das interaccedilotildees magneacuteticas
Existem relatos que no seacuteculo VI aC Tales de Mileto percebeu e estudou que um mineacuterio era capaz de atrair pequenos objetos de ferro Esse mineacuterio foi chamado de magnetita (composto basicamente de oacutexido de ferro Fe3O4) justamente porque foi encontrado em Magneacutesia antiga cidade da Greacutecia Antiga Contudo haacute indiacutecios que os chineses jaacute conheciam os fenocircmenos magneacuteticos haacute mais tempo que os gregos Foram os chineses que inventaram a buacutessola quando perceberam que uma colher de magnetita suspensa livremente por um eixo adquiria
Figura 11 O campo magneacutetico criado pela Terra nos protege das partiacuteculas de alta energia emitidas pelo Sol atuando como escudo em relaccedilatildeo a essas partiacuteculas carregadas pelo vento solar
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naturalmente a direccedilatildeo que hoje conhecemos como norte-sul
Mais tarde em 1820 Hans Christian Oersted demonstrou uma relaccedilatildeo entre a eletricidade e o magnetismo quando percebeu que a agulha de uma buacutessola era defletida pelo campo magneacutetico gerado ao redor de um fio percorrido por corrente eleacutetrica
Os anos seguintes ficaram marcados pela busca do processo inverso pois se corrente eleacutetrica gera campo magneacutetico (demonstrado por Oersted) campo magneacutetico poderia gerar corrente eleacutetrica Foi em 1831 onze anos depois da publicaccedilatildeo de Oersted que Michael Faraday mostrou que a variaccedilatildeo de um campo magneacutetico atraveacutes de uma superfiacutecie condutora fechada gera corrente eleacutetrica
Esses e outros acontecimentos seratildeo estudados nos capiacutetulos de eletromagnetismo que veremos em algumas aulas
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS Os iacutematildes naturais ou artificiais podem ser
encontrados em diversos formatos em forma de barra disco cilindro anel e outros
Os iacutematildes satildeo utilizados em diversas aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas como diacutenamos motores e geradores eletromagneacuteticos discos riacutegidos de computadores (HDs) etc Nos geradores iacutematildes macroscoacutepicos giram ao redor de um enrolamento de espiras e variam o campo magneacutetico entre elas produzindo corrente eleacutetrica atraveacutes desse condutor Nos HDs de computadores um disco riacutegido e metaacutelico eacute recoberto por uma fina camada de material magneacutetico (iacutematildes microscoacutepicos) Para efetuar a gravaccedilatildeo de uma determinada trilha um pequeno eletroiacutematilde que faz parte da cabeccedila de leitura e gravaccedilatildeo do HD aplica seu campo magneacutetico sobre as moleacuteculas de oacutexido de ferro da superfiacutecie de gravaccedilatildeo causando o alinhamento das partiacuteculas com esse campo magneacutetico Dependendo da orientaccedilatildeo dos iacutematildes temos um bit 0 ou um bit 1 que representam a menor quantidade de informaccedilatildeo que pode ser armazenada ou transmitida
Os iacutematildes possuem as seguintes propriedades
21 Polos Magneacuteticos
Quando se aproxima um iacutematilde de pequenos
Figura 12 Nos polos de um iacutematilde existe maior concentraccedilatildeo de limalhas de ferro porque o campo magneacutetico eacute mais intenso
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pedaccedilos de ferro chamados de limalhas percebe-se que eles satildeo atraiacutedos mais intensamente pelas extremidades desse iacutematilde como mostra a Fig 12 Essas extremidades satildeo chamadas de polos magneacuteticos sendo uma delas o polo norte e a outra o polo sul
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
Suspendendo um iacutematilde de forma que ele possa girar livremente percebe-se que ele naturalmente se alinha com a direccedilatildeo norte-sul da Terra A extremidade que aponta para o Norte geograacutefico eacute chamada por convenccedilatildeo de polo norte do iacutematilde e a extremidade que aponta para o Sul geograacutefico eacute chamada de polo sul desse iacutematilde A Fig 13 ilustra essa caracteriacutestica
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
Polos magneacuteticos de mesmo tipo se repelem enquanto polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem Veja a Fig 14
A intensidade da forccedila magneacutetica tanto atrativa como repulsiva entre dois polos magneacuteticos varia com o inverso do quadrado da distacircncia entre eles de modo semelhante ao que ocorre com a forccedila eleacutetrica entre duas cargas eleacutetricas puntiformes (Lei de Coulomb)
Por exemplo dois polos magneacuteticos de diferentes iacutematildes estatildeo distantes 10 cm um do outro e a interaccedilatildeo entre eles produz uma forccedila magneacutetica de intensidade 4 N Se os polos forem agora afastados para a distacircncia de 20 cm (duas vezes maior que a inicial) a intensidade da forccedila magneacutetica entre eles diminuiraacute para 1 N quatro vezes menor que a forccedila anterior justamente porque ao aumentar a distacircncia entre os polos magneacuteticos em duas vezes a intensidade da forccedila deve diminuir com o quadrado da distacircncia (quatro vezes menor que a forccedila inicial)
24 Inseparabilidade dos polos
Partindo-se ao meio um iacutematilde em forma de barra por exemplo obteremos dois novos iacutematildes cada um deles com os polos norte e sul Se repetirmos o mesmo processo partindo mais uma vez um dos pedaccedilos obteremos outra vez dois novos iacutematildes apesar de menores que os iniciais como esquematizado na Fig 15
Mesmo que continuemos a quebrar esses iacutematildes em duas partes ateacute o niacutevel microscoacutepico sempre surgiratildeo dois
Figura 14 A fotografia mostra o polo norte do iacutematilde em barra atraindo o polo sul e repelindo o polo norte da agulha magneacutetica
N S
N S
N S
Figura 15 Natildeo existe monopolo magneacutetico pois por mais que se divida um iacutematilde sempre permaneceraacute um polo norte e um polo sul
Norte geograacutefico
Sul geograacutefico
N
S
Figura 13 A fotografia mostra que uma agulha magneacutetica quando suspensa pelo seu centro de gravidade alinha-se com o campo magneacutetico terrestre
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novos iacutematildes com polos norte e sul Isso significa dizer que nunca encontraremos um monopolo magneacutetico ou seja apenas um polo norte ou apenas um polo sul isolado na natureza apesar de existir monopolo eleacutetrico (carga eleacutetrica positiva ou negativa isolada)
3 CAMPO MAGNEacuteTICO Quando vocecirc estudou eletrostaacutetica deve ter
compreendido a ideia de campo eleacutetrico como uma regiatildeo do espaccedilo que se modificada pela presenccedila de uma ou mais cargas eleacutetricas Teoricamente o campo eleacutetrico tem alcance infinito na praacutetica entretanto podemos nos concentrar numa regiatildeo de influecircncias eleacutetricas ou seja uma carga de prova inserida nessa regiatildeo do espaccedilo sofre accedilatildeo de forccedila eleacutetrica natildeo despreziacutevel Com o campo magneacutetico a situaccedilatildeo eacute bastante semelhante Qualquer que seja a distacircncia de um objeto de ferro a um iacutematilde haveraacute interaccedilatildeo entre eles poreacutem somente dentro da chamada ldquoregiatildeo de influecircnciasrdquo do iacutematilde essa interaccedilatildeo seraacute relevante indicando dessa forma existecircncia de campo magneacutetico ao seu redor
A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerada por um iacutematilde pode ser revelada com o auxiacutelio de limalhas de ferro ou de uma buacutessola
A agulha magneacutetica da buacutessola por ser imantada se alinha com a direccedilatildeo de um campo magneacutetico existente na posiccedilatildeo que for colocada A Fig 161 mostra um iacutematilde em barra e pequenas agulhas magneacuteticas que adquirem a mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico em torno desse iacutematilde demonstrando o padratildeo de orientaccedilatildeo das agulhas magneacuteticas
Na Fig 17 (a) vecirc-se uma fotografia de limalhas de ferro em torno de um iacutematilde As limalhas se comportam como minuacutesculas buacutessolas e tambeacutem se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico O padratildeo de distribuiccedilatildeo das agulhas e das limalhas de ferro em volta do iacutematilde nos leva a introduzir a ideia de ldquolinhas de campo magneacuteticordquo ou ldquolinhas de induccedilatildeo magneacuteticardquo que satildeo entidades geomeacutetricas utilizadas para representar a orientaccedilatildeo de um campo magneacutetico
Para identificar o sentido das linhas de induccedilatildeo pode-se usar uma buacutessola como na Fig 17 (b) O norte da agulha magneacutetica indica o sentido do campo gerado pelo iacutematilde em cada posiccedilatildeo em que a buacutessola eacute colocada
(a)
(b)
Figura 17 (a) As limalhas se distribuem de forma a tangenciar a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde (b) A orientaccedilatildeo da buacutessola comprova a direccedilatildeo tangente das linhas de induccedilatildeo em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico
Figura 16 As pequenas agulhas magneacuteticas distribuiacutedas no plano de fundo da figura se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde nas posiccedilotildees em que as agulhas se encontram
1Obtida a partir da simulaccedilatildeo computacional encontrada em httpphetcoloradoedusimsfaradaymagnets-and-electromagnets_ptjnlp
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A ideia das linhas de campo magneacutetico eacute muito semelhante a das linhas de campo eleacutetrico (ou linhas de forccedila) que satildeo linhas imaginaacuterias tangentes ao campo eleacutetrico existente em cada ponto da regiatildeo do espaccedilo representada
A orientaccedilatildeo das linhas de forccedila eacute estabelecida pela forccedila eleacutetrica que atuaria sobre uma carga de prova positiva que fosse colocada em algum ponto desse campo eleacutetrico Entatildeo se uma carga de prova positiva for inserida em algum ponto do campo eleacutetrico mostrado na Fig 18 a forccedila eleacutetrica sobre ela estaraacute orientada radialmente e se afastando da carga as linhas de forccedila portanto acompanham essa orientaccedilatildeo
Dessa forma fica faacutecil compreender que se a carga geradora do campo eleacutetrico for negativa as linhas de forccedila estaratildeo orientadas radialmente se aproximando dela uma vez que a carga de prova positiva seraacute atraiacuteda pela carga geradora negativa
As linhas de forccedila para um dipolo eleacutetrico podem ser vistas na Fig 19
Como natildeo existem monopolos magneacuteticos a configuraccedilatildeo mais simples que existe para a linha de induccedilatildeo magneacutetica eacute a mostrada na Fig 10 Por convenccedilatildeo costuma-se dizer que elas saem do polo Norte e chegam ao polo Sul na parte externa do iacutematilde enquanto saem do Sul e chegam ao Norte na parte interna
As duas buacutessolas mostradas na fotografia da Fig 111 possibilitam conhecer em qual extremidade do iacutematilde estaacute o polo norte e o polo sul Sabendo que a extremidade vermelha das agulhas magneacuteticas aponta para o norte da Terra na ausecircncia de qualquer outro campo magneacutetico e lembrando que polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem inferimos que a extremidade direita do iacutematilde eacute o polo sul uma vez que estaacute atraindo o polo norte magneacutetico da buacutessola Consequentemente na extremidade esquerda do iacutematilde estaacute o seu polo norte Sendo assim podemos afirmar que as linhas de induccedilatildeo desse campo magneacutetico saem do polo esquerdo e vatildeo no sentido do polo direito do iacutematilde em sua parte externa
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
As quatro caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica que seratildeo citadas a seguir estatildeo ilustradas na
+ E
Q
Figura 18 As linhas que representam o campo eleacutetrico de uma carga solitaacuteria satildeo abertas e radiais saindo da carga positiva
N S
B
B
B
Figura 110 As linhas de induccedilatildeo magneacutetica que representam o campo magneacutetico do iacutematilde satildeo linhas fechadas que saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul na parte externa do iacutematilde Jaacute na sua parte interna as linhas saem do polo sul e vatildeo no sentido do polo norte do iacutematilde
Figura 19 As linhas de forccedila de duas partiacuteculas com cargas de mesmo moacutedulo e sinais opostos saem da partiacutecula positiva e terminam na partiacutecula negativa
Fonte httpenwikipediaorgwikiElectric_field
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Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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15
bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
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mF
B
i
Empurratildeo
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO Provavelmente vocecirc jaacute teve a oportunidade de
manusear um iacutematilde e perceber que ele possui a propriedade de atrair objetos de ferro ou ligas metaacutelicas compostas por esse material e tambeacutem jaacute deve ter notado que ao aproximar dois iacutematildes eles interagem e produzem uma forccedila que pode ser atrativa ou repulsiva dependendo da orientaccedilatildeo como estatildeo posicionados Essa propriedade dos iacutematildes eacute decorrente do campo magneacutetico existente em torno deles
O planeta Terra tambeacutem possui um campo magneacutetico ao seu redor sem o qual natildeo seria possiacutevel a vida na forma em que a conhecemos O campo magneacutetico terrestre chamado de magnetosfera nos protege como um escudo das partiacuteculas de alta energia emitidas pelo Sol como ilustra a Fig 11
Em determinadas circunstacircncias algumas partiacuteculas solares conseguem penetrar os polos do planeta Terra atingindo a nossa atmosfera Quando essas partiacuteculas solares colidem com as partiacuteculas da atmosfera terrestre provocam um fenocircmeno de emissatildeo de luz em diferentes cores chamado de aurora (boreal no hemisfeacuterio norte ou austral no hemisfeacuterio sul) que embora seja um dos espetaacuteculos naturais mais bonitos da Terra mostra a constante batalha entre o seu campo magneacutetico e os ventos solares
Vocecirc sabe desde quando se tem conhecimento das interaccedilotildees magneacuteticas
Existem relatos que no seacuteculo VI aC Tales de Mileto percebeu e estudou que um mineacuterio era capaz de atrair pequenos objetos de ferro Esse mineacuterio foi chamado de magnetita (composto basicamente de oacutexido de ferro Fe3O4) justamente porque foi encontrado em Magneacutesia antiga cidade da Greacutecia Antiga Contudo haacute indiacutecios que os chineses jaacute conheciam os fenocircmenos magneacuteticos haacute mais tempo que os gregos Foram os chineses que inventaram a buacutessola quando perceberam que uma colher de magnetita suspensa livremente por um eixo adquiria
Figura 11 O campo magneacutetico criado pela Terra nos protege das partiacuteculas de alta energia emitidas pelo Sol atuando como escudo em relaccedilatildeo a essas partiacuteculas carregadas pelo vento solar
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naturalmente a direccedilatildeo que hoje conhecemos como norte-sul
Mais tarde em 1820 Hans Christian Oersted demonstrou uma relaccedilatildeo entre a eletricidade e o magnetismo quando percebeu que a agulha de uma buacutessola era defletida pelo campo magneacutetico gerado ao redor de um fio percorrido por corrente eleacutetrica
Os anos seguintes ficaram marcados pela busca do processo inverso pois se corrente eleacutetrica gera campo magneacutetico (demonstrado por Oersted) campo magneacutetico poderia gerar corrente eleacutetrica Foi em 1831 onze anos depois da publicaccedilatildeo de Oersted que Michael Faraday mostrou que a variaccedilatildeo de um campo magneacutetico atraveacutes de uma superfiacutecie condutora fechada gera corrente eleacutetrica
Esses e outros acontecimentos seratildeo estudados nos capiacutetulos de eletromagnetismo que veremos em algumas aulas
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS Os iacutematildes naturais ou artificiais podem ser
encontrados em diversos formatos em forma de barra disco cilindro anel e outros
Os iacutematildes satildeo utilizados em diversas aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas como diacutenamos motores e geradores eletromagneacuteticos discos riacutegidos de computadores (HDs) etc Nos geradores iacutematildes macroscoacutepicos giram ao redor de um enrolamento de espiras e variam o campo magneacutetico entre elas produzindo corrente eleacutetrica atraveacutes desse condutor Nos HDs de computadores um disco riacutegido e metaacutelico eacute recoberto por uma fina camada de material magneacutetico (iacutematildes microscoacutepicos) Para efetuar a gravaccedilatildeo de uma determinada trilha um pequeno eletroiacutematilde que faz parte da cabeccedila de leitura e gravaccedilatildeo do HD aplica seu campo magneacutetico sobre as moleacuteculas de oacutexido de ferro da superfiacutecie de gravaccedilatildeo causando o alinhamento das partiacuteculas com esse campo magneacutetico Dependendo da orientaccedilatildeo dos iacutematildes temos um bit 0 ou um bit 1 que representam a menor quantidade de informaccedilatildeo que pode ser armazenada ou transmitida
Os iacutematildes possuem as seguintes propriedades
21 Polos Magneacuteticos
Quando se aproxima um iacutematilde de pequenos
Figura 12 Nos polos de um iacutematilde existe maior concentraccedilatildeo de limalhas de ferro porque o campo magneacutetico eacute mais intenso
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pedaccedilos de ferro chamados de limalhas percebe-se que eles satildeo atraiacutedos mais intensamente pelas extremidades desse iacutematilde como mostra a Fig 12 Essas extremidades satildeo chamadas de polos magneacuteticos sendo uma delas o polo norte e a outra o polo sul
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
Suspendendo um iacutematilde de forma que ele possa girar livremente percebe-se que ele naturalmente se alinha com a direccedilatildeo norte-sul da Terra A extremidade que aponta para o Norte geograacutefico eacute chamada por convenccedilatildeo de polo norte do iacutematilde e a extremidade que aponta para o Sul geograacutefico eacute chamada de polo sul desse iacutematilde A Fig 13 ilustra essa caracteriacutestica
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
Polos magneacuteticos de mesmo tipo se repelem enquanto polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem Veja a Fig 14
A intensidade da forccedila magneacutetica tanto atrativa como repulsiva entre dois polos magneacuteticos varia com o inverso do quadrado da distacircncia entre eles de modo semelhante ao que ocorre com a forccedila eleacutetrica entre duas cargas eleacutetricas puntiformes (Lei de Coulomb)
Por exemplo dois polos magneacuteticos de diferentes iacutematildes estatildeo distantes 10 cm um do outro e a interaccedilatildeo entre eles produz uma forccedila magneacutetica de intensidade 4 N Se os polos forem agora afastados para a distacircncia de 20 cm (duas vezes maior que a inicial) a intensidade da forccedila magneacutetica entre eles diminuiraacute para 1 N quatro vezes menor que a forccedila anterior justamente porque ao aumentar a distacircncia entre os polos magneacuteticos em duas vezes a intensidade da forccedila deve diminuir com o quadrado da distacircncia (quatro vezes menor que a forccedila inicial)
24 Inseparabilidade dos polos
Partindo-se ao meio um iacutematilde em forma de barra por exemplo obteremos dois novos iacutematildes cada um deles com os polos norte e sul Se repetirmos o mesmo processo partindo mais uma vez um dos pedaccedilos obteremos outra vez dois novos iacutematildes apesar de menores que os iniciais como esquematizado na Fig 15
Mesmo que continuemos a quebrar esses iacutematildes em duas partes ateacute o niacutevel microscoacutepico sempre surgiratildeo dois
Figura 14 A fotografia mostra o polo norte do iacutematilde em barra atraindo o polo sul e repelindo o polo norte da agulha magneacutetica
N S
N S
N S
Figura 15 Natildeo existe monopolo magneacutetico pois por mais que se divida um iacutematilde sempre permaneceraacute um polo norte e um polo sul
Norte geograacutefico
Sul geograacutefico
N
S
Figura 13 A fotografia mostra que uma agulha magneacutetica quando suspensa pelo seu centro de gravidade alinha-se com o campo magneacutetico terrestre
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novos iacutematildes com polos norte e sul Isso significa dizer que nunca encontraremos um monopolo magneacutetico ou seja apenas um polo norte ou apenas um polo sul isolado na natureza apesar de existir monopolo eleacutetrico (carga eleacutetrica positiva ou negativa isolada)
3 CAMPO MAGNEacuteTICO Quando vocecirc estudou eletrostaacutetica deve ter
compreendido a ideia de campo eleacutetrico como uma regiatildeo do espaccedilo que se modificada pela presenccedila de uma ou mais cargas eleacutetricas Teoricamente o campo eleacutetrico tem alcance infinito na praacutetica entretanto podemos nos concentrar numa regiatildeo de influecircncias eleacutetricas ou seja uma carga de prova inserida nessa regiatildeo do espaccedilo sofre accedilatildeo de forccedila eleacutetrica natildeo despreziacutevel Com o campo magneacutetico a situaccedilatildeo eacute bastante semelhante Qualquer que seja a distacircncia de um objeto de ferro a um iacutematilde haveraacute interaccedilatildeo entre eles poreacutem somente dentro da chamada ldquoregiatildeo de influecircnciasrdquo do iacutematilde essa interaccedilatildeo seraacute relevante indicando dessa forma existecircncia de campo magneacutetico ao seu redor
A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerada por um iacutematilde pode ser revelada com o auxiacutelio de limalhas de ferro ou de uma buacutessola
A agulha magneacutetica da buacutessola por ser imantada se alinha com a direccedilatildeo de um campo magneacutetico existente na posiccedilatildeo que for colocada A Fig 161 mostra um iacutematilde em barra e pequenas agulhas magneacuteticas que adquirem a mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico em torno desse iacutematilde demonstrando o padratildeo de orientaccedilatildeo das agulhas magneacuteticas
Na Fig 17 (a) vecirc-se uma fotografia de limalhas de ferro em torno de um iacutematilde As limalhas se comportam como minuacutesculas buacutessolas e tambeacutem se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico O padratildeo de distribuiccedilatildeo das agulhas e das limalhas de ferro em volta do iacutematilde nos leva a introduzir a ideia de ldquolinhas de campo magneacuteticordquo ou ldquolinhas de induccedilatildeo magneacuteticardquo que satildeo entidades geomeacutetricas utilizadas para representar a orientaccedilatildeo de um campo magneacutetico
Para identificar o sentido das linhas de induccedilatildeo pode-se usar uma buacutessola como na Fig 17 (b) O norte da agulha magneacutetica indica o sentido do campo gerado pelo iacutematilde em cada posiccedilatildeo em que a buacutessola eacute colocada
(a)
(b)
Figura 17 (a) As limalhas se distribuem de forma a tangenciar a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde (b) A orientaccedilatildeo da buacutessola comprova a direccedilatildeo tangente das linhas de induccedilatildeo em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico
Figura 16 As pequenas agulhas magneacuteticas distribuiacutedas no plano de fundo da figura se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde nas posiccedilotildees em que as agulhas se encontram
1Obtida a partir da simulaccedilatildeo computacional encontrada em httpphetcoloradoedusimsfaradaymagnets-and-electromagnets_ptjnlp
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A ideia das linhas de campo magneacutetico eacute muito semelhante a das linhas de campo eleacutetrico (ou linhas de forccedila) que satildeo linhas imaginaacuterias tangentes ao campo eleacutetrico existente em cada ponto da regiatildeo do espaccedilo representada
A orientaccedilatildeo das linhas de forccedila eacute estabelecida pela forccedila eleacutetrica que atuaria sobre uma carga de prova positiva que fosse colocada em algum ponto desse campo eleacutetrico Entatildeo se uma carga de prova positiva for inserida em algum ponto do campo eleacutetrico mostrado na Fig 18 a forccedila eleacutetrica sobre ela estaraacute orientada radialmente e se afastando da carga as linhas de forccedila portanto acompanham essa orientaccedilatildeo
Dessa forma fica faacutecil compreender que se a carga geradora do campo eleacutetrico for negativa as linhas de forccedila estaratildeo orientadas radialmente se aproximando dela uma vez que a carga de prova positiva seraacute atraiacuteda pela carga geradora negativa
As linhas de forccedila para um dipolo eleacutetrico podem ser vistas na Fig 19
Como natildeo existem monopolos magneacuteticos a configuraccedilatildeo mais simples que existe para a linha de induccedilatildeo magneacutetica eacute a mostrada na Fig 10 Por convenccedilatildeo costuma-se dizer que elas saem do polo Norte e chegam ao polo Sul na parte externa do iacutematilde enquanto saem do Sul e chegam ao Norte na parte interna
As duas buacutessolas mostradas na fotografia da Fig 111 possibilitam conhecer em qual extremidade do iacutematilde estaacute o polo norte e o polo sul Sabendo que a extremidade vermelha das agulhas magneacuteticas aponta para o norte da Terra na ausecircncia de qualquer outro campo magneacutetico e lembrando que polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem inferimos que a extremidade direita do iacutematilde eacute o polo sul uma vez que estaacute atraindo o polo norte magneacutetico da buacutessola Consequentemente na extremidade esquerda do iacutematilde estaacute o seu polo norte Sendo assim podemos afirmar que as linhas de induccedilatildeo desse campo magneacutetico saem do polo esquerdo e vatildeo no sentido do polo direito do iacutematilde em sua parte externa
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
As quatro caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica que seratildeo citadas a seguir estatildeo ilustradas na
+ E
Q
Figura 18 As linhas que representam o campo eleacutetrico de uma carga solitaacuteria satildeo abertas e radiais saindo da carga positiva
N S
B
B
B
Figura 110 As linhas de induccedilatildeo magneacutetica que representam o campo magneacutetico do iacutematilde satildeo linhas fechadas que saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul na parte externa do iacutematilde Jaacute na sua parte interna as linhas saem do polo sul e vatildeo no sentido do polo norte do iacutematilde
Figura 19 As linhas de forccedila de duas partiacuteculas com cargas de mesmo moacutedulo e sinais opostos saem da partiacutecula positiva e terminam na partiacutecula negativa
Fonte httpenwikipediaorgwikiElectric_field
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Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
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naturalmente a direccedilatildeo que hoje conhecemos como norte-sul
Mais tarde em 1820 Hans Christian Oersted demonstrou uma relaccedilatildeo entre a eletricidade e o magnetismo quando percebeu que a agulha de uma buacutessola era defletida pelo campo magneacutetico gerado ao redor de um fio percorrido por corrente eleacutetrica
Os anos seguintes ficaram marcados pela busca do processo inverso pois se corrente eleacutetrica gera campo magneacutetico (demonstrado por Oersted) campo magneacutetico poderia gerar corrente eleacutetrica Foi em 1831 onze anos depois da publicaccedilatildeo de Oersted que Michael Faraday mostrou que a variaccedilatildeo de um campo magneacutetico atraveacutes de uma superfiacutecie condutora fechada gera corrente eleacutetrica
Esses e outros acontecimentos seratildeo estudados nos capiacutetulos de eletromagnetismo que veremos em algumas aulas
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS Os iacutematildes naturais ou artificiais podem ser
encontrados em diversos formatos em forma de barra disco cilindro anel e outros
Os iacutematildes satildeo utilizados em diversas aplicaccedilotildees tecnoloacutegicas como diacutenamos motores e geradores eletromagneacuteticos discos riacutegidos de computadores (HDs) etc Nos geradores iacutematildes macroscoacutepicos giram ao redor de um enrolamento de espiras e variam o campo magneacutetico entre elas produzindo corrente eleacutetrica atraveacutes desse condutor Nos HDs de computadores um disco riacutegido e metaacutelico eacute recoberto por uma fina camada de material magneacutetico (iacutematildes microscoacutepicos) Para efetuar a gravaccedilatildeo de uma determinada trilha um pequeno eletroiacutematilde que faz parte da cabeccedila de leitura e gravaccedilatildeo do HD aplica seu campo magneacutetico sobre as moleacuteculas de oacutexido de ferro da superfiacutecie de gravaccedilatildeo causando o alinhamento das partiacuteculas com esse campo magneacutetico Dependendo da orientaccedilatildeo dos iacutematildes temos um bit 0 ou um bit 1 que representam a menor quantidade de informaccedilatildeo que pode ser armazenada ou transmitida
Os iacutematildes possuem as seguintes propriedades
21 Polos Magneacuteticos
Quando se aproxima um iacutematilde de pequenos
Figura 12 Nos polos de um iacutematilde existe maior concentraccedilatildeo de limalhas de ferro porque o campo magneacutetico eacute mais intenso
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pedaccedilos de ferro chamados de limalhas percebe-se que eles satildeo atraiacutedos mais intensamente pelas extremidades desse iacutematilde como mostra a Fig 12 Essas extremidades satildeo chamadas de polos magneacuteticos sendo uma delas o polo norte e a outra o polo sul
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
Suspendendo um iacutematilde de forma que ele possa girar livremente percebe-se que ele naturalmente se alinha com a direccedilatildeo norte-sul da Terra A extremidade que aponta para o Norte geograacutefico eacute chamada por convenccedilatildeo de polo norte do iacutematilde e a extremidade que aponta para o Sul geograacutefico eacute chamada de polo sul desse iacutematilde A Fig 13 ilustra essa caracteriacutestica
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
Polos magneacuteticos de mesmo tipo se repelem enquanto polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem Veja a Fig 14
A intensidade da forccedila magneacutetica tanto atrativa como repulsiva entre dois polos magneacuteticos varia com o inverso do quadrado da distacircncia entre eles de modo semelhante ao que ocorre com a forccedila eleacutetrica entre duas cargas eleacutetricas puntiformes (Lei de Coulomb)
Por exemplo dois polos magneacuteticos de diferentes iacutematildes estatildeo distantes 10 cm um do outro e a interaccedilatildeo entre eles produz uma forccedila magneacutetica de intensidade 4 N Se os polos forem agora afastados para a distacircncia de 20 cm (duas vezes maior que a inicial) a intensidade da forccedila magneacutetica entre eles diminuiraacute para 1 N quatro vezes menor que a forccedila anterior justamente porque ao aumentar a distacircncia entre os polos magneacuteticos em duas vezes a intensidade da forccedila deve diminuir com o quadrado da distacircncia (quatro vezes menor que a forccedila inicial)
24 Inseparabilidade dos polos
Partindo-se ao meio um iacutematilde em forma de barra por exemplo obteremos dois novos iacutematildes cada um deles com os polos norte e sul Se repetirmos o mesmo processo partindo mais uma vez um dos pedaccedilos obteremos outra vez dois novos iacutematildes apesar de menores que os iniciais como esquematizado na Fig 15
Mesmo que continuemos a quebrar esses iacutematildes em duas partes ateacute o niacutevel microscoacutepico sempre surgiratildeo dois
Figura 14 A fotografia mostra o polo norte do iacutematilde em barra atraindo o polo sul e repelindo o polo norte da agulha magneacutetica
N S
N S
N S
Figura 15 Natildeo existe monopolo magneacutetico pois por mais que se divida um iacutematilde sempre permaneceraacute um polo norte e um polo sul
Norte geograacutefico
Sul geograacutefico
N
S
Figura 13 A fotografia mostra que uma agulha magneacutetica quando suspensa pelo seu centro de gravidade alinha-se com o campo magneacutetico terrestre
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novos iacutematildes com polos norte e sul Isso significa dizer que nunca encontraremos um monopolo magneacutetico ou seja apenas um polo norte ou apenas um polo sul isolado na natureza apesar de existir monopolo eleacutetrico (carga eleacutetrica positiva ou negativa isolada)
3 CAMPO MAGNEacuteTICO Quando vocecirc estudou eletrostaacutetica deve ter
compreendido a ideia de campo eleacutetrico como uma regiatildeo do espaccedilo que se modificada pela presenccedila de uma ou mais cargas eleacutetricas Teoricamente o campo eleacutetrico tem alcance infinito na praacutetica entretanto podemos nos concentrar numa regiatildeo de influecircncias eleacutetricas ou seja uma carga de prova inserida nessa regiatildeo do espaccedilo sofre accedilatildeo de forccedila eleacutetrica natildeo despreziacutevel Com o campo magneacutetico a situaccedilatildeo eacute bastante semelhante Qualquer que seja a distacircncia de um objeto de ferro a um iacutematilde haveraacute interaccedilatildeo entre eles poreacutem somente dentro da chamada ldquoregiatildeo de influecircnciasrdquo do iacutematilde essa interaccedilatildeo seraacute relevante indicando dessa forma existecircncia de campo magneacutetico ao seu redor
A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerada por um iacutematilde pode ser revelada com o auxiacutelio de limalhas de ferro ou de uma buacutessola
A agulha magneacutetica da buacutessola por ser imantada se alinha com a direccedilatildeo de um campo magneacutetico existente na posiccedilatildeo que for colocada A Fig 161 mostra um iacutematilde em barra e pequenas agulhas magneacuteticas que adquirem a mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico em torno desse iacutematilde demonstrando o padratildeo de orientaccedilatildeo das agulhas magneacuteticas
Na Fig 17 (a) vecirc-se uma fotografia de limalhas de ferro em torno de um iacutematilde As limalhas se comportam como minuacutesculas buacutessolas e tambeacutem se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico O padratildeo de distribuiccedilatildeo das agulhas e das limalhas de ferro em volta do iacutematilde nos leva a introduzir a ideia de ldquolinhas de campo magneacuteticordquo ou ldquolinhas de induccedilatildeo magneacuteticardquo que satildeo entidades geomeacutetricas utilizadas para representar a orientaccedilatildeo de um campo magneacutetico
Para identificar o sentido das linhas de induccedilatildeo pode-se usar uma buacutessola como na Fig 17 (b) O norte da agulha magneacutetica indica o sentido do campo gerado pelo iacutematilde em cada posiccedilatildeo em que a buacutessola eacute colocada
(a)
(b)
Figura 17 (a) As limalhas se distribuem de forma a tangenciar a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde (b) A orientaccedilatildeo da buacutessola comprova a direccedilatildeo tangente das linhas de induccedilatildeo em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico
Figura 16 As pequenas agulhas magneacuteticas distribuiacutedas no plano de fundo da figura se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde nas posiccedilotildees em que as agulhas se encontram
1Obtida a partir da simulaccedilatildeo computacional encontrada em httpphetcoloradoedusimsfaradaymagnets-and-electromagnets_ptjnlp
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A ideia das linhas de campo magneacutetico eacute muito semelhante a das linhas de campo eleacutetrico (ou linhas de forccedila) que satildeo linhas imaginaacuterias tangentes ao campo eleacutetrico existente em cada ponto da regiatildeo do espaccedilo representada
A orientaccedilatildeo das linhas de forccedila eacute estabelecida pela forccedila eleacutetrica que atuaria sobre uma carga de prova positiva que fosse colocada em algum ponto desse campo eleacutetrico Entatildeo se uma carga de prova positiva for inserida em algum ponto do campo eleacutetrico mostrado na Fig 18 a forccedila eleacutetrica sobre ela estaraacute orientada radialmente e se afastando da carga as linhas de forccedila portanto acompanham essa orientaccedilatildeo
Dessa forma fica faacutecil compreender que se a carga geradora do campo eleacutetrico for negativa as linhas de forccedila estaratildeo orientadas radialmente se aproximando dela uma vez que a carga de prova positiva seraacute atraiacuteda pela carga geradora negativa
As linhas de forccedila para um dipolo eleacutetrico podem ser vistas na Fig 19
Como natildeo existem monopolos magneacuteticos a configuraccedilatildeo mais simples que existe para a linha de induccedilatildeo magneacutetica eacute a mostrada na Fig 10 Por convenccedilatildeo costuma-se dizer que elas saem do polo Norte e chegam ao polo Sul na parte externa do iacutematilde enquanto saem do Sul e chegam ao Norte na parte interna
As duas buacutessolas mostradas na fotografia da Fig 111 possibilitam conhecer em qual extremidade do iacutematilde estaacute o polo norte e o polo sul Sabendo que a extremidade vermelha das agulhas magneacuteticas aponta para o norte da Terra na ausecircncia de qualquer outro campo magneacutetico e lembrando que polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem inferimos que a extremidade direita do iacutematilde eacute o polo sul uma vez que estaacute atraindo o polo norte magneacutetico da buacutessola Consequentemente na extremidade esquerda do iacutematilde estaacute o seu polo norte Sendo assim podemos afirmar que as linhas de induccedilatildeo desse campo magneacutetico saem do polo esquerdo e vatildeo no sentido do polo direito do iacutematilde em sua parte externa
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
As quatro caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica que seratildeo citadas a seguir estatildeo ilustradas na
+ E
Q
Figura 18 As linhas que representam o campo eleacutetrico de uma carga solitaacuteria satildeo abertas e radiais saindo da carga positiva
N S
B
B
B
Figura 110 As linhas de induccedilatildeo magneacutetica que representam o campo magneacutetico do iacutematilde satildeo linhas fechadas que saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul na parte externa do iacutematilde Jaacute na sua parte interna as linhas saem do polo sul e vatildeo no sentido do polo norte do iacutematilde
Figura 19 As linhas de forccedila de duas partiacuteculas com cargas de mesmo moacutedulo e sinais opostos saem da partiacutecula positiva e terminam na partiacutecula negativa
Fonte httpenwikipediaorgwikiElectric_field
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Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
3
pedaccedilos de ferro chamados de limalhas percebe-se que eles satildeo atraiacutedos mais intensamente pelas extremidades desse iacutematilde como mostra a Fig 12 Essas extremidades satildeo chamadas de polos magneacuteticos sendo uma delas o polo norte e a outra o polo sul
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
Suspendendo um iacutematilde de forma que ele possa girar livremente percebe-se que ele naturalmente se alinha com a direccedilatildeo norte-sul da Terra A extremidade que aponta para o Norte geograacutefico eacute chamada por convenccedilatildeo de polo norte do iacutematilde e a extremidade que aponta para o Sul geograacutefico eacute chamada de polo sul desse iacutematilde A Fig 13 ilustra essa caracteriacutestica
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
Polos magneacuteticos de mesmo tipo se repelem enquanto polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem Veja a Fig 14
A intensidade da forccedila magneacutetica tanto atrativa como repulsiva entre dois polos magneacuteticos varia com o inverso do quadrado da distacircncia entre eles de modo semelhante ao que ocorre com a forccedila eleacutetrica entre duas cargas eleacutetricas puntiformes (Lei de Coulomb)
Por exemplo dois polos magneacuteticos de diferentes iacutematildes estatildeo distantes 10 cm um do outro e a interaccedilatildeo entre eles produz uma forccedila magneacutetica de intensidade 4 N Se os polos forem agora afastados para a distacircncia de 20 cm (duas vezes maior que a inicial) a intensidade da forccedila magneacutetica entre eles diminuiraacute para 1 N quatro vezes menor que a forccedila anterior justamente porque ao aumentar a distacircncia entre os polos magneacuteticos em duas vezes a intensidade da forccedila deve diminuir com o quadrado da distacircncia (quatro vezes menor que a forccedila inicial)
24 Inseparabilidade dos polos
Partindo-se ao meio um iacutematilde em forma de barra por exemplo obteremos dois novos iacutematildes cada um deles com os polos norte e sul Se repetirmos o mesmo processo partindo mais uma vez um dos pedaccedilos obteremos outra vez dois novos iacutematildes apesar de menores que os iniciais como esquematizado na Fig 15
Mesmo que continuemos a quebrar esses iacutematildes em duas partes ateacute o niacutevel microscoacutepico sempre surgiratildeo dois
Figura 14 A fotografia mostra o polo norte do iacutematilde em barra atraindo o polo sul e repelindo o polo norte da agulha magneacutetica
N S
N S
N S
Figura 15 Natildeo existe monopolo magneacutetico pois por mais que se divida um iacutematilde sempre permaneceraacute um polo norte e um polo sul
Norte geograacutefico
Sul geograacutefico
N
S
Figura 13 A fotografia mostra que uma agulha magneacutetica quando suspensa pelo seu centro de gravidade alinha-se com o campo magneacutetico terrestre
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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novos iacutematildes com polos norte e sul Isso significa dizer que nunca encontraremos um monopolo magneacutetico ou seja apenas um polo norte ou apenas um polo sul isolado na natureza apesar de existir monopolo eleacutetrico (carga eleacutetrica positiva ou negativa isolada)
3 CAMPO MAGNEacuteTICO Quando vocecirc estudou eletrostaacutetica deve ter
compreendido a ideia de campo eleacutetrico como uma regiatildeo do espaccedilo que se modificada pela presenccedila de uma ou mais cargas eleacutetricas Teoricamente o campo eleacutetrico tem alcance infinito na praacutetica entretanto podemos nos concentrar numa regiatildeo de influecircncias eleacutetricas ou seja uma carga de prova inserida nessa regiatildeo do espaccedilo sofre accedilatildeo de forccedila eleacutetrica natildeo despreziacutevel Com o campo magneacutetico a situaccedilatildeo eacute bastante semelhante Qualquer que seja a distacircncia de um objeto de ferro a um iacutematilde haveraacute interaccedilatildeo entre eles poreacutem somente dentro da chamada ldquoregiatildeo de influecircnciasrdquo do iacutematilde essa interaccedilatildeo seraacute relevante indicando dessa forma existecircncia de campo magneacutetico ao seu redor
A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerada por um iacutematilde pode ser revelada com o auxiacutelio de limalhas de ferro ou de uma buacutessola
A agulha magneacutetica da buacutessola por ser imantada se alinha com a direccedilatildeo de um campo magneacutetico existente na posiccedilatildeo que for colocada A Fig 161 mostra um iacutematilde em barra e pequenas agulhas magneacuteticas que adquirem a mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico em torno desse iacutematilde demonstrando o padratildeo de orientaccedilatildeo das agulhas magneacuteticas
Na Fig 17 (a) vecirc-se uma fotografia de limalhas de ferro em torno de um iacutematilde As limalhas se comportam como minuacutesculas buacutessolas e tambeacutem se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico O padratildeo de distribuiccedilatildeo das agulhas e das limalhas de ferro em volta do iacutematilde nos leva a introduzir a ideia de ldquolinhas de campo magneacuteticordquo ou ldquolinhas de induccedilatildeo magneacuteticardquo que satildeo entidades geomeacutetricas utilizadas para representar a orientaccedilatildeo de um campo magneacutetico
Para identificar o sentido das linhas de induccedilatildeo pode-se usar uma buacutessola como na Fig 17 (b) O norte da agulha magneacutetica indica o sentido do campo gerado pelo iacutematilde em cada posiccedilatildeo em que a buacutessola eacute colocada
(a)
(b)
Figura 17 (a) As limalhas se distribuem de forma a tangenciar a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde (b) A orientaccedilatildeo da buacutessola comprova a direccedilatildeo tangente das linhas de induccedilatildeo em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico
Figura 16 As pequenas agulhas magneacuteticas distribuiacutedas no plano de fundo da figura se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde nas posiccedilotildees em que as agulhas se encontram
1Obtida a partir da simulaccedilatildeo computacional encontrada em httpphetcoloradoedusimsfaradaymagnets-and-electromagnets_ptjnlp
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A ideia das linhas de campo magneacutetico eacute muito semelhante a das linhas de campo eleacutetrico (ou linhas de forccedila) que satildeo linhas imaginaacuterias tangentes ao campo eleacutetrico existente em cada ponto da regiatildeo do espaccedilo representada
A orientaccedilatildeo das linhas de forccedila eacute estabelecida pela forccedila eleacutetrica que atuaria sobre uma carga de prova positiva que fosse colocada em algum ponto desse campo eleacutetrico Entatildeo se uma carga de prova positiva for inserida em algum ponto do campo eleacutetrico mostrado na Fig 18 a forccedila eleacutetrica sobre ela estaraacute orientada radialmente e se afastando da carga as linhas de forccedila portanto acompanham essa orientaccedilatildeo
Dessa forma fica faacutecil compreender que se a carga geradora do campo eleacutetrico for negativa as linhas de forccedila estaratildeo orientadas radialmente se aproximando dela uma vez que a carga de prova positiva seraacute atraiacuteda pela carga geradora negativa
As linhas de forccedila para um dipolo eleacutetrico podem ser vistas na Fig 19
Como natildeo existem monopolos magneacuteticos a configuraccedilatildeo mais simples que existe para a linha de induccedilatildeo magneacutetica eacute a mostrada na Fig 10 Por convenccedilatildeo costuma-se dizer que elas saem do polo Norte e chegam ao polo Sul na parte externa do iacutematilde enquanto saem do Sul e chegam ao Norte na parte interna
As duas buacutessolas mostradas na fotografia da Fig 111 possibilitam conhecer em qual extremidade do iacutematilde estaacute o polo norte e o polo sul Sabendo que a extremidade vermelha das agulhas magneacuteticas aponta para o norte da Terra na ausecircncia de qualquer outro campo magneacutetico e lembrando que polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem inferimos que a extremidade direita do iacutematilde eacute o polo sul uma vez que estaacute atraindo o polo norte magneacutetico da buacutessola Consequentemente na extremidade esquerda do iacutematilde estaacute o seu polo norte Sendo assim podemos afirmar que as linhas de induccedilatildeo desse campo magneacutetico saem do polo esquerdo e vatildeo no sentido do polo direito do iacutematilde em sua parte externa
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
As quatro caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica que seratildeo citadas a seguir estatildeo ilustradas na
+ E
Q
Figura 18 As linhas que representam o campo eleacutetrico de uma carga solitaacuteria satildeo abertas e radiais saindo da carga positiva
N S
B
B
B
Figura 110 As linhas de induccedilatildeo magneacutetica que representam o campo magneacutetico do iacutematilde satildeo linhas fechadas que saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul na parte externa do iacutematilde Jaacute na sua parte interna as linhas saem do polo sul e vatildeo no sentido do polo norte do iacutematilde
Figura 19 As linhas de forccedila de duas partiacuteculas com cargas de mesmo moacutedulo e sinais opostos saem da partiacutecula positiva e terminam na partiacutecula negativa
Fonte httpenwikipediaorgwikiElectric_field
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Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
4
novos iacutematildes com polos norte e sul Isso significa dizer que nunca encontraremos um monopolo magneacutetico ou seja apenas um polo norte ou apenas um polo sul isolado na natureza apesar de existir monopolo eleacutetrico (carga eleacutetrica positiva ou negativa isolada)
3 CAMPO MAGNEacuteTICO Quando vocecirc estudou eletrostaacutetica deve ter
compreendido a ideia de campo eleacutetrico como uma regiatildeo do espaccedilo que se modificada pela presenccedila de uma ou mais cargas eleacutetricas Teoricamente o campo eleacutetrico tem alcance infinito na praacutetica entretanto podemos nos concentrar numa regiatildeo de influecircncias eleacutetricas ou seja uma carga de prova inserida nessa regiatildeo do espaccedilo sofre accedilatildeo de forccedila eleacutetrica natildeo despreziacutevel Com o campo magneacutetico a situaccedilatildeo eacute bastante semelhante Qualquer que seja a distacircncia de um objeto de ferro a um iacutematilde haveraacute interaccedilatildeo entre eles poreacutem somente dentro da chamada ldquoregiatildeo de influecircnciasrdquo do iacutematilde essa interaccedilatildeo seraacute relevante indicando dessa forma existecircncia de campo magneacutetico ao seu redor
A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerada por um iacutematilde pode ser revelada com o auxiacutelio de limalhas de ferro ou de uma buacutessola
A agulha magneacutetica da buacutessola por ser imantada se alinha com a direccedilatildeo de um campo magneacutetico existente na posiccedilatildeo que for colocada A Fig 161 mostra um iacutematilde em barra e pequenas agulhas magneacuteticas que adquirem a mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico em torno desse iacutematilde demonstrando o padratildeo de orientaccedilatildeo das agulhas magneacuteticas
Na Fig 17 (a) vecirc-se uma fotografia de limalhas de ferro em torno de um iacutematilde As limalhas se comportam como minuacutesculas buacutessolas e tambeacutem se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico O padratildeo de distribuiccedilatildeo das agulhas e das limalhas de ferro em volta do iacutematilde nos leva a introduzir a ideia de ldquolinhas de campo magneacuteticordquo ou ldquolinhas de induccedilatildeo magneacuteticardquo que satildeo entidades geomeacutetricas utilizadas para representar a orientaccedilatildeo de um campo magneacutetico
Para identificar o sentido das linhas de induccedilatildeo pode-se usar uma buacutessola como na Fig 17 (b) O norte da agulha magneacutetica indica o sentido do campo gerado pelo iacutematilde em cada posiccedilatildeo em que a buacutessola eacute colocada
(a)
(b)
Figura 17 (a) As limalhas se distribuem de forma a tangenciar a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde (b) A orientaccedilatildeo da buacutessola comprova a direccedilatildeo tangente das linhas de induccedilatildeo em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico
Figura 16 As pequenas agulhas magneacuteticas distribuiacutedas no plano de fundo da figura se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pelo iacutematilde nas posiccedilotildees em que as agulhas se encontram
1Obtida a partir da simulaccedilatildeo computacional encontrada em httpphetcoloradoedusimsfaradaymagnets-and-electromagnets_ptjnlp
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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A ideia das linhas de campo magneacutetico eacute muito semelhante a das linhas de campo eleacutetrico (ou linhas de forccedila) que satildeo linhas imaginaacuterias tangentes ao campo eleacutetrico existente em cada ponto da regiatildeo do espaccedilo representada
A orientaccedilatildeo das linhas de forccedila eacute estabelecida pela forccedila eleacutetrica que atuaria sobre uma carga de prova positiva que fosse colocada em algum ponto desse campo eleacutetrico Entatildeo se uma carga de prova positiva for inserida em algum ponto do campo eleacutetrico mostrado na Fig 18 a forccedila eleacutetrica sobre ela estaraacute orientada radialmente e se afastando da carga as linhas de forccedila portanto acompanham essa orientaccedilatildeo
Dessa forma fica faacutecil compreender que se a carga geradora do campo eleacutetrico for negativa as linhas de forccedila estaratildeo orientadas radialmente se aproximando dela uma vez que a carga de prova positiva seraacute atraiacuteda pela carga geradora negativa
As linhas de forccedila para um dipolo eleacutetrico podem ser vistas na Fig 19
Como natildeo existem monopolos magneacuteticos a configuraccedilatildeo mais simples que existe para a linha de induccedilatildeo magneacutetica eacute a mostrada na Fig 10 Por convenccedilatildeo costuma-se dizer que elas saem do polo Norte e chegam ao polo Sul na parte externa do iacutematilde enquanto saem do Sul e chegam ao Norte na parte interna
As duas buacutessolas mostradas na fotografia da Fig 111 possibilitam conhecer em qual extremidade do iacutematilde estaacute o polo norte e o polo sul Sabendo que a extremidade vermelha das agulhas magneacuteticas aponta para o norte da Terra na ausecircncia de qualquer outro campo magneacutetico e lembrando que polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem inferimos que a extremidade direita do iacutematilde eacute o polo sul uma vez que estaacute atraindo o polo norte magneacutetico da buacutessola Consequentemente na extremidade esquerda do iacutematilde estaacute o seu polo norte Sendo assim podemos afirmar que as linhas de induccedilatildeo desse campo magneacutetico saem do polo esquerdo e vatildeo no sentido do polo direito do iacutematilde em sua parte externa
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
As quatro caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica que seratildeo citadas a seguir estatildeo ilustradas na
+ E
Q
Figura 18 As linhas que representam o campo eleacutetrico de uma carga solitaacuteria satildeo abertas e radiais saindo da carga positiva
N S
B
B
B
Figura 110 As linhas de induccedilatildeo magneacutetica que representam o campo magneacutetico do iacutematilde satildeo linhas fechadas que saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul na parte externa do iacutematilde Jaacute na sua parte interna as linhas saem do polo sul e vatildeo no sentido do polo norte do iacutematilde
Figura 19 As linhas de forccedila de duas partiacuteculas com cargas de mesmo moacutedulo e sinais opostos saem da partiacutecula positiva e terminam na partiacutecula negativa
Fonte httpenwikipediaorgwikiElectric_field
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
6
Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
5
A ideia das linhas de campo magneacutetico eacute muito semelhante a das linhas de campo eleacutetrico (ou linhas de forccedila) que satildeo linhas imaginaacuterias tangentes ao campo eleacutetrico existente em cada ponto da regiatildeo do espaccedilo representada
A orientaccedilatildeo das linhas de forccedila eacute estabelecida pela forccedila eleacutetrica que atuaria sobre uma carga de prova positiva que fosse colocada em algum ponto desse campo eleacutetrico Entatildeo se uma carga de prova positiva for inserida em algum ponto do campo eleacutetrico mostrado na Fig 18 a forccedila eleacutetrica sobre ela estaraacute orientada radialmente e se afastando da carga as linhas de forccedila portanto acompanham essa orientaccedilatildeo
Dessa forma fica faacutecil compreender que se a carga geradora do campo eleacutetrico for negativa as linhas de forccedila estaratildeo orientadas radialmente se aproximando dela uma vez que a carga de prova positiva seraacute atraiacuteda pela carga geradora negativa
As linhas de forccedila para um dipolo eleacutetrico podem ser vistas na Fig 19
Como natildeo existem monopolos magneacuteticos a configuraccedilatildeo mais simples que existe para a linha de induccedilatildeo magneacutetica eacute a mostrada na Fig 10 Por convenccedilatildeo costuma-se dizer que elas saem do polo Norte e chegam ao polo Sul na parte externa do iacutematilde enquanto saem do Sul e chegam ao Norte na parte interna
As duas buacutessolas mostradas na fotografia da Fig 111 possibilitam conhecer em qual extremidade do iacutematilde estaacute o polo norte e o polo sul Sabendo que a extremidade vermelha das agulhas magneacuteticas aponta para o norte da Terra na ausecircncia de qualquer outro campo magneacutetico e lembrando que polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem inferimos que a extremidade direita do iacutematilde eacute o polo sul uma vez que estaacute atraindo o polo norte magneacutetico da buacutessola Consequentemente na extremidade esquerda do iacutematilde estaacute o seu polo norte Sendo assim podemos afirmar que as linhas de induccedilatildeo desse campo magneacutetico saem do polo esquerdo e vatildeo no sentido do polo direito do iacutematilde em sua parte externa
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
As quatro caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica que seratildeo citadas a seguir estatildeo ilustradas na
+ E
Q
Figura 18 As linhas que representam o campo eleacutetrico de uma carga solitaacuteria satildeo abertas e radiais saindo da carga positiva
N S
B
B
B
Figura 110 As linhas de induccedilatildeo magneacutetica que representam o campo magneacutetico do iacutematilde satildeo linhas fechadas que saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul na parte externa do iacutematilde Jaacute na sua parte interna as linhas saem do polo sul e vatildeo no sentido do polo norte do iacutematilde
Figura 19 As linhas de forccedila de duas partiacuteculas com cargas de mesmo moacutedulo e sinais opostos saem da partiacutecula positiva e terminam na partiacutecula negativa
Fonte httpenwikipediaorgwikiElectric_field
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
6
Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
15
bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
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6
Fig 10
1ordf Por convenccedilatildeo na parte externa do iacutematilde as linhas saem do polo norte e vatildeo no sentido do polo sul enquanto na parte interna elas saem do sul e vatildeo no sentido do norte
2ordf As linhas de induccedilatildeo magneacutetica tangenciam o campo magneacutetico em cada ponto do espaccedilo
3ordf A concentraccedilatildeo de linhas de induccedilatildeo magneacutetica eacute maior onde o campo magneacutetico eacute mais intenso
4ordf Duas linhas de induccedilatildeo magneacutetica nunca se cruzam Se isso fosse possiacutevel haveria no ponto de intersecccedilatildeo duas possiacuteveis direccedilotildees para o campo magneacutetico Isso seria o mesmo que dizer que uma buacutessola colocada nesse ponto poderia se alinhar em duas diferentes direccedilotildees de campo magneacutetico
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME Entre os ldquobraccedilosrdquo de um iacutematilde em forma de ldquoUrdquo
pode-se observar que o vetor campo magneacutetico eacute uniforme ou seja possui mesmo moacutedulo direccedilatildeo e sentido Veja a fotografia da Fig 112
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA A Terra se comporta como se fosse um grande
iacutematilde Possui campo magneacutetico que pode ser representado por linhas de induccedilatildeo que saem do polo magneacutetico norte e chegam ao polo magneacutetico sul
Analisando a Fig 113 percebemos que as linhas de induccedilatildeo saem de uma regiatildeo proacutexima ao polo Sul da Terra e entram em outra proacutexima ao polo norte terrestre Dessa forma fica faacutecil compreender a razatildeo pela qual a extremidade norte da agulha imantada de uma buacutessola aponta para o norte terrestre eacute porque laacute encontra-se o polo sul do campo magneacutetico da Terra e polos magneacuteticos de tipos diferentes se atraem
Uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o norte da Terra mas sim para uma regiatildeo muito proacutexima Isso ocorre pelo fato de que os polos geograacuteficos e magneacuteticos estatildeo desalinhados O desvio entre o norte geograacutefico e a orientaccedilatildeo da buacutessola chama-se declinaccedilatildeo magneacutetica Veja Fig 114
Atualmente a ideia mais aceita para a existecircncia do campo magneacutetico terrestre eacute de que haacute corrente eleacutetrica no centro da Terra e seu campo eacute semelhante ao
Figura 111 A distribuiccedilatildeo das limalhas de ferro e a orientaccedilatildeo da agulha magneacutetica das buacutessolas evidenciam seus alinhamentos com a direccedilatildeo do campo magneacutetico
Figura 112 Entre os ldquobraccedilosrdquo do iacutematilde o vetor campo magneacutetico eacute aproximadamente uniforme Com o alinhamento das limalhas de ferro em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico percebemos que no interior do iacutematilde as linhas de campo satildeo aproximadamente paralelas e de mesmo sentido fora do iacutematilde as linhas mostram que o campo magneacutetico natildeo eacute uniforme
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7
gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
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10
cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
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26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
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30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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gerado por uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica assunto que seraacute abordado nas proacuteximas aulas
6 REVISAtildeO Atraveacutes deste texto aprendemos algumas caracteriacutesticas dos iacutematildes como existecircncia de polos magneacuteticos atraccedilatildeo magneacutetica entre polos de tipos diferentes e inseparabilidade entre os polos norte e sul de um iacutematilde
A representaccedilatildeo do campo magneacutetico ao redor de um iacutematilde pode se feita com o auxiacutelio de uma buacutessola ou de limalhas de ferro que se alinham com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo ao redor do iacutematilde
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002
Figura 113 Assim como num iacutematilde em barra as linhas de induccedilatildeo magneacutetica saem do polo norte magneacutetico da Terra e chegam ao polo sul Logo o polo sul magneacutetico estaacute em uma regiatildeo proacutexima ao polo norte da Terra enquanto o polo norte magneacutetico estaacute em regiatildeo proacutexima ao polo sul terrestre
Fonte httpenwikipediaorgwikiMagnetic_field
Figura 114 O norte de uma buacutessola natildeo aponta exatamente para o polo norte da Terra (tambeacutem chamado de polo norte verdadeiro)
Acircngulo de declinaccedilatildeo
Polo magneacutetico
Polo geograacutefico
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo I) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
8
RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
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10
cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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11
Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
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26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO Quando analisamos a mateacuteria em niacutevel
microscoacutepico podemos considerar que um eleacutetron ao descrever uma oacuterbita circular ao redor do nuacutecleo gera uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica que cria ao seu redor campo magneacutetico Dessa forma podemos dizer que o movimento orbital do eleacutetron eacute um dos responsaacuteveis pela origem do campo magneacutetico em alguns materiais O magnetismo da mateacuteria seraacute estudado mais detalhadamente no capiacutetulo V desse curso mas podemos adiantar que outro fator que origina campo magneacutetico em determinados materiais eacute uma grandeza chamada momento magneacutetico intriacutenseco (tambeacutem denominada spin que vocecirc jaacute deve ter estudado nas aulas de Quiacutemica)
Um campo magneacutetico tambeacutem pode ser originado variando o campo eleacutetrico atraveacutes de uma espira mas por ora vamos considerar apenas a geraccedilatildeo de campo magneacutetico ao redor de um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
Hans Christian Oersted em 1820 realizou uma experiecircncia que demonstra uma forte ligaccedilatildeo entre eletricidade e magnetismo Em uma de suas aulas de ciecircncias naturais enquanto mostrava o aquecimento produzido em um fio condutor devido agrave passagem de corrente eleacutetrica percebeu que a agulha de sua buacutessola que estava proacutexima agrave experimentaccedilatildeo sofria deflexatildeo Apoacutes certo periacuteodo de estudo Oersted afirmou que a passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes do fio estava criando campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor que associado ao campo magneacutetico da Terra desviava a agulha da buacutessola em certa direccedilatildeo Estudos posteriores levaram agrave conclusatildeo que sempre que corrente eleacutetrica atravessar um condutor independente do seu formato cria-se ao seu redor um campo magneacutetico
Na verdade basta que haja o movimento de cargas eleacutetricas para que seja criado um campo magneacutetico Como corrente eleacutetrica eacute o movimento ordenado de cargas eleacutetricas a passagem de corrente em um fio gera campo magneacutetico como observado por Oersted
Podemos inferir que aleacutem de iacutematildes movimento de
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
10
cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
11
Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
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cargas eleacutetricas (ou correntes eleacutetricas) tambeacutem podem ser consideradas fontes de campo magneacutetico
A Fig 21(a) mostra esquematicamente um circuito eleacutetrico bastante simples contendo uma bateria (gerador) fios de ligaccedilatildeo e uma chave interruptora aberta que impede a passagem de corrente eleacutetrica pelo circuito Uma buacutessola estaacute posicionada embaixo de um dos fios do circuito e encontra-se alinhada com o campo magneacutetico terrestre Quando a chave interruptora eacute fechada corrente eleacutetrica passa pelo circuito e gera campo magneacutetico perpendicular ao fio condutor que somado ao campo magneacutetico da Terra deflete a agulha em determinada direccedilatildeo Veja a Fig 21(b)
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
Um fio condutor retiliacuteneo e longo estaacute disposto perpendicularmente a um plano horizontal como mostra a Fig 22
Fazendo corrente eleacutetrica passar pelo fio criamos campo magneacutetico ao redor desse condutor A direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica pode ser observada com o auxiacutelio de limalhas de ferro distribuiacutedas sobre o plano horizontal As limalhas se alinharatildeo com a direccedilatildeo do campo magneacutetico em cada posiccedilatildeo do plano e seu padratildeo de distribuiccedilatildeo representaraacute as linhas de campo O alinhamento das limalhas ocorre porque o ferro na presenccedila de campo magneacutetico externo razoavelmente forte se magnetiza e passa a se comportar de forma semelhante agrave agulha magneacutetica de uma buacutessola
Como podemos observar na Fig 23 as linhas de campo magneacutetico satildeo circunferecircncias concecircntricas (possuem o mesmo centro) no plano horizontal estando o fio no centro dessas curvas
Se uma buacutessola for movimentada ao redor do fio a agulha magneacutetica mudaraacute de orientaccedilatildeo indicando que o sentido do campo magneacutetico eacute diferente em cada posiccedilatildeo Assista ao Viacutedeo 21
O sentido dessas linhas de campo geradas ao redor do fio pode ser determinado atraveacutes de uma regra praacutetica chamada de regra da matildeo direita em que o polegar aponta no sentido convencional da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolve o condutor revelando a orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico como mostra a
Figura 22 A fotografia mostra um fio retiliacuteneo de cobre por onde haveraacute passagem de corrente eleacutetrica Ele estaacute disposto perpendicularmente ao plano horizontal no qual foi colocada uma buacutessola para verificar a existecircncia de campo magneacutetico
Figura 21 (a) Com o circuito aberto natildeo passa corrente eleacutetrica pelos fios e a agulha da buacutessola encontra-se alinhada com o campo magneacutetico da Terra (b) A corrente eleacutetrica que passa pelo circuito gera um campo magneacutetico que somado ao campo magneacutetico terrestre desvia a agulha magneacutetica da buacutessola BR eacute o campo magneacutetico resultante
(b)
+ -
i
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre
Direccedilatildeo do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
RB
Direccedilatildeo do campo magneacutetico terrestre (a)
+ -
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
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30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
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Fig 24
Usando a regra da matildeo direita para um fio retiliacuteneo estendido no plano da paacutegina vamos obter o campo magneacutetico entrando nesse plano de um lado do fio e saindo do outro
Para simbolizar uma grandeza fiacutesica que estaacute perpendicular a um plano e entrando nele utilizamos o siacutembolo otimes e para representar uma grandeza perpendicular a um plano e saindo dele utilizamos o siacutembolo Veja a Fig 25 Vale destacar que essa simbologia eacute uma maneira de representar uma flecha (representaccedilatildeo de um vetor) que entra ou sai perpendicularmente de um plano A Fig 26 mostra esquematicamente uma flecha e dois observadores A e B O observador A enxerga a parte de traacutes da flecha (com forma de ldquoxrdquo) e a flecha entrando em num plano Jaacute o observador B enxerga a parte da frente da flecha (com forma de ldquobullrdquo) e saindo do plano
A determinaccedilatildeo da intensidade do campo magneacutetico em um ponto P afastado por uma distacircncia r do fio condutor eacute dada pela Lei de Ampegravere A intensidade do campo magneacutetico eacute proporcional a ( )r2i π A
constante de proporcionalidade eacute a chamada permeabilidade magneacutetica que depende do meio em que existe o campo magneacutetico No vaacutecuo a permeabilidade
0micro tem valor AmT104 7minusπ
r2i
B 0
πmicro
= (Eq 21)
A unidade de medida de campo magneacutetico no Sistema Internacional eacute o tesla (T) em homenagem a Nikola Tesla cientista que contribuiu com estudos na aacuterea do Eletromagnetismo
A Tab 21 mostra valores aproximados de campo magneacutetico gerado em diferentes localizaccedilotildees
Figura 23 A fotografia mostra a disposiccedilatildeo das limalhas de ferro ao redor de um fio retiliacuteneo percorrido por corrente eleacutetrica Consideramos que a configuraccedilatildeo das limalhas forma linhas de campo magneacutetico circulares ao redor do fio
Viacutedeo 21 Demonstraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor de fio retiliacuteneo
Figura 24 Regra da matildeo direita fazendo-se o polegar apontar no sentido da corrente eleacutetrica e os demais dedos envolverem o condutor indicando a orientaccedilatildeo das linhas do campo magneacutetico gerado pela corrente eleacutetrica
Fonte httpenwikipediaorgwikiFileManoderechasvg
i
bull
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Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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15
bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
12
Tabela 21 Valores tiacutepicos para campos magneacuteticos
Fonte de Localizaccedilatildeo Valor do campo magneacutetico (Tesla)
Na superfiacutecie de uma estrela de necircutrons
108
Nas proximidades de um iacutematilde supercondutor
5
Nas proximidades de um grande eletroiacutematilde
1
Nas proximidades de uma pequena barra imantada
10-2
Campo magneacutetico terrestre em sua superfiacutecie
10-4
No espaccedilo interestelar
10-10
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
Um fio condutor curvado de modo a formar um anel circular eacute o que se denomina de espira circular Quando esse condutor for percorrido por corrente eleacutetrica certamente seraacute gerado campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor e as linhas de campo magneacutetico tomaratildeo a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 27
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico ao redor da espira circular tambeacutem pode ser determinada atraveacutes da regra da matildeo direita como mostra a Fig 28(a) e (b)
A Fig 29 mostra de perfil uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica e as linhas de campo magneacutetico geradas Percebe-se que as linhas descrevem uma trajetoacuteria fechada semelhante agraves de iacutematilde em forma de barra Dessa forma podemos inferir que esse condutor se comporta como se possuiacutesse em uma de suas faces um polo magneacutetico norte e na outra face um polo magneacutetico sul
Na figura considerada a face direita se comporta como polo norte uma vez que as linhas de campo magneacutetico saem por essa regiatildeo enquanto a face da esquerda eacute a face sul jaacute que as linhas de campo entram por essa regiatildeo
Figura 25 Representaccedilatildeo do campo magneacutetico entrando e saindo de um plano
Figura 26 Quando a flecha entra no plano da figura o observador A enxerga ldquoxrdquo e quando a flecha sai do plano B enxerga ldquobullrdquo
A B
B
B
Campo magneacutetico ENTRANDO
Campo magneacutetico
SAINDO
i
X bull
Figura 27 A fotografia mostra as linhas de campo magneacutetico geradas ao redor de uma espira circular percorrida por corrente eleacutetrica
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13
Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
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bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
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lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
13
Figura 29 A face da espira que possui linhas de campo magneacutetico saindo de seu plano comporta-se como polo magneacutetico norte enquanto a face que possui linhas entrando comporta-se como polo magneacutetico sul
Quando o plano da espira estaacute voltado para o observador pode-se estabelecer a polaridade magneacutetica das faces da espira analisando o sentido da corrente eleacutetrica A Fig 210(a) mostra uma espira circular sendo percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio Utilizando a regra da matildeo direita percebemos que as linhas de campo magneacutetico estatildeo saindo por essa face da espira indicando a existecircncia de um polo magneacutetico norte pois como foi estudado no capiacutetulo anterior as linhas de campo magneacutetico saem do polo norte de um iacutematilde na parte externa desse condutor
Jaacute na Fig 210(b) a situaccedilatildeo eacute oposta Corrente eleacutetrica percorre a espira no sentido horaacuterio gerando linhas de campo que entram pela face da espira voltada para o observador indicando a existecircncia de um polo magneacutetico sul
A intensidade do campo magneacutetico no centro da espira circular eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica e inversamente proporcional ao raio (R ) da espira e pode ser determinada por
R2i
B 0micro= (Eq 22)
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
Quando um fio retiliacuteneo for curvado em forma de heacutelice ou espiral adotaraacute a forma de um solenoacuteide Se passar corrente eleacutetrica por este condutor o campo magneacutetico apresentaraacute a configuraccedilatildeo mostrada na Fig 211
A orientaccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico tambeacutem eacute obtida a partir da regra da matildeo direita Ao aplicar a regra percebe-se que no interior do solenoacuteide as linhas de campo satildeo praticamente paralelas igualmente espaccediladas e de mesmo sentido caracterizando um campo magneacutetico praticamente uniforme nessa regiatildeo
Na parte externa do solenoacuteide o campo eacute bastante intenso nas extremidades o que pode ser confirmado pela concentraccedilatildeo de linhas de campo nesta regiatildeo Longe das extremidades o campo magneacutetico eacute muito fraco se considerarmos um solenoacuteide real jaacute se estivermos considerando um solenoacuteide ideal (comprimento muito maior que o diacircmetro das espiras) o campo magneacutetico eacute nulo O comportamento desse condutor quando percorrido por corrente eleacutetrica eacute semelhante a um
(a) (b)
Figura 28 (a) polegar aponta no sentido da corrente e os demais dedos ao envolver o condutor entram pela face de baixo da espira e saem pela face de cima indicando o sentido das linhas de campo magneacutetico (b) ao mudar o sentido da corrente eleacutetrica inverte o sentido das linhas de campo magneacutetico Fonte httpenwikipediaorgwikiFileBIsAPseudovecto
i i
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14
Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
15
bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
14
Figura 211 Solenoacuteide percorrido por corrente eleacutetrica e a configuraccedilatildeo das linhas de campo magneacutetico no seu interior
iacutematilde em forma de barra possuindo em uma de suas extremidades um polo magneacutetico norte e na outra extremidade um polo magneacutetico sul A extremidade do solenoacuteide que possui linhas de campo entrando nessa regiatildeo se caracteriza por um polo magneacutetico sul enquanto que a extremidade que possui linhas saindo se comporta como polo magneacutetico norte
A intensidade do campo magneacutetico no interior do solenoacuteide eacute diretamente proporcional agrave intensidade da corrente eleacutetrica (i) e ao nuacutemero (N) de espiras que compotildeem esse condutor e ainda inversamente proporcional ao comprimento ( ) do solenoacuteide Pode-se determinar tal intensidade atraveacutes de
iNB 0micro= (Eq23)
Podemos portanto atingir altos valores de campo magneacutetico com o uso de um solenoacuteide basta para isso utilizar um solenoacuteide com um grande nuacutemero de espiras e com altos valores de corrente eleacutetrica
Se no interior de um solenoacuteide for inserido um material ferromagneacutetico (ferromagnetismo seraacute estudado no capiacutetulo V desse curso mas por ora podemos considerar um material ferromagneacutetico como um objeto de ferro) constitui-se um eletroiacutematilde e o campo magneacutetico gerado torna-se bem maior
Um eletroiacutematilde eacute bastante utilizado para o transporte e seleccedilatildeo de sucatas de ferro em disjuntores amplificadores de muacutesica caixas de som fechaduras magneacuteticas campainhas eleacutetricas etc Veja a Fig 212(a) e (b)
6 REVISAtildeO Nesse capiacutetulo discutimos o surgimento de campo magneacutetico ao redor de fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica Em particular foram abordados trecircs tipos de condutores (fio retiliacuteneo espira circular e solenoacuteide) e as respectivas configuraccedilotildees do campo magneacutetico ao redor de cada um deles
7 VIacuteDEOS Para que vocecirc possa se aprofundar nesses assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
Figura 210 (a) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico norte (b) A espira percorrida por corrente eleacutetrica no sentido horaacuterio tem a face voltada ao observador comportando-se como polo magneacutetico sul
i
B
i
B
bull
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
15
bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
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lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo II) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
15
bull httpwwwyoutubecomwatchNR=1ampv=6_2D3Lh1v74
8 BIBLIOGRAFIA BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
Figura 212 (a) passagem de corrente eleacutetrica atraveacutes de um solenoacuteide com nuacutecleo de ferro (eletroiacutematilde) aumenta consideravelmente o campo magneacutetico (b) um eletroiacutematilde eacute capaz de atrair grandes quantidades de sucata de ferro devido ao intenso campo magneacutetico criado por ele
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
CAPIacuteTULO III
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE CARGAS ELEacuteTRICAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando uma carga eleacutetrica se move em uma
regiatildeo do espaccedilo onde existe um campo magneacutetico uma
forccedila magneacutetica passa a atuar sobre ela
A forccedila magneacutetica assim como todas as forccedilas soacute
fica completamente especificada quando se conhece sua
intensidade e orientaccedilatildeo Ou seja a forccedila eacute representada
por um vetor e portanto possui moacutedulo direccedilatildeo e sentido
Como determinar a direccedilatildeo sentido e intensidade
da forccedila magneacutetica
11 DIRECcedilAtildeO considere o vetor campo magneacutetico e o vetor velocidade da partiacutecula num mesmo plano A forccedila magneacutetica eacute sempre perpendicular a esse plano como mostra a Fig 31 12 SENTIDO o sentido da forccedila magneacutetica pode ser
determinado pela regra da matildeo direita espalmada
121 Regra da matildeo direita espalmada (tambeacutem chamada de regra do tapa)
Com a matildeo direita espalmada o polegar aponta no sentido da velocidade da carga eleacutetrica e os demais dedos no sentido do campo magneacutetico O tapa (ou empurratildeo) com a palma da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica positiva Jaacute o tapa com o dorso da matildeo indica o sentido da forccedila magneacutetica sobre uma carga eleacutetrica negativa Veja a Fig 32
O Viacutedeo 31 apresenta uma explicaccedilatildeo mais detalhada sobre a aplicaccedilatildeo da regra da matildeo direita espalmada e como utilizaacute-la para determinar o sentido da forccedila magneacutetica que atua sobre uma carga eleacutetrica em movimento
13 INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas eacute dada por
vBsenqFm (Eq 31)
onde
q - moacutedulo da carga eleacutetrica
v - moacutedulo da velocidade da carga eleacutetrica
Figura 31 A direccedilatildeo da forccedila magneacutetica eacute
sempre perpendicular ao plano formado
pelos vetores velocidade e campo magneacutetico
Fonte
httpptencydiacomesCampo_magnC3A9ti
co
Figura 32 O empurratildeo (ou tapa) com a
palma da matildeo indica o sentido da forccedila
magneacutetica sobre cargas positivas Se a carga
eleacutetrica for negativa a forccedila magneacutetica teraacute
sentido indicado pelo empurratildeo com o dorso
da matildeo
Fonte
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
11cursos-do-blog_09html
mF
B
v
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
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lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
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lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 17
B - intensidade do campo magneacutetico
- acircngulo formado entre os vetores campo magneacutetico e
velocidade da partiacutecula
A partir dessa relaccedilatildeo vamos discutir alguns casos
particulares
A Fig 33(a) mostra uma carga eleacutetrica positiva
com velocidade no mesmo sentido das linhas de induccedilatildeo
do campo magneacutetico Dessa forma o acircngulo ( ) entre a
velocidade (v
) e o campo magneacutetico (B
) eacute igual a zero
Como sabemos que 0 0 sen concluiacutemos que a forccedila
magneacutetica sobre a partiacutecula seraacute nula A Fig 33(b) mostra
uma carga eleacutetrica em movimento no sentido contraacuterio agraves
linhas de campo magneacutetico Com isso o acircngulo seraacute
igual a 180deg e o sen portanto seraacute igual a zero Sendo
assim mais uma vez a forccedila magneacutetica sobre a partiacutecula
seraacute nula
- Carga eleacutetrica somente partiacuteculas eletrizadas sofrem
accedilatildeo de forccedila eleacutetrica Um necircutron por exemplo lanccedilado
em direccedilatildeo a um campo magneacutetico nunca sofreraacute accedilatildeo de
forccedila magneacutetica pois possui carga eleacutetrica igual a zero
- Velocidade se as cargas eleacutetricas estatildeo em repouso ou
se movem na direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo sofrem
accedilatildeo de forccedila magneacutetica
- Campo magneacutetico se o campo magneacutetico deixar de
atuar sobre a carga eleacutetrica ou se ele estiver alinhado com
a direccedilatildeo do movimento deixa de existir forccedila magneacutetica
sobre ela
- Direccedilatildeo de movimento se a carga eleacutetrica se
movimentar na mesma direccedilatildeo do campo magneacutetico natildeo
haveraacute forccedila magneacutetica atuando sobre ela
2 MOVIMENTO DE CARGAS ELEacuteTRICAS EM CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
Dependendo da direccedilatildeo da velocidade de uma
carga eleacutetrica em relaccedilatildeo ao campo magneacutetico uniforme
podemos destacar trecircs diferentes trajetoacuterias para o
movimento dessas cargas para valores fixos de q v e B
21 Velocidade paralela ao campo magneacutetico
Demonstramos anteriormente que uma carga
eleacutetrica natildeo sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica quando sua
velocidade for paralela ao campo magneacutetico Dessa forma
sem accedilatildeo de forccedilas sobre a partiacutecula no interior do campo
Figura 33 (a) e (b) Sempre que uma carga
eleacutetrica positiva ou negativa se movimentar
paralelamente agraves linhas de campo
magneacutetico seja no mesmo sentido ou em
sentido oposto a forccedila magneacutetica sobre ela
seraacute nula
Viacutedeo 31 Demonstraccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da
regra da matildeo direita espalmada
0F
0 B v qF
0 180 sen 180
m
m
B
q v
(a)
(b)
0F
0 B v qF
00sen0
m
m
B
q v
+
+
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 18
magneacutetico ela descreveraacute um movimento retiliacuteneo
uniforme
22 Velocidade perpendicular ao campo magneacutetico
Quando a velocidade da carga eleacutetrica for
perpendicular ao campo magneacutetico ( = 90deg sen 90deg =
1) a forccedila magneacutetica teraacute valor maacuteximo expresso por
qvBFm impondo agrave partiacutecula uma trajetoacuteria circular
A forccedila magneacutetica estaraacute sempre voltada para o
centro da trajetoacuteria curviliacutenea por isso se constituiraacute na
forccedila centriacutepeta do movimento circular uniforme tendo o
papel de alterar a direccedilatildeo do movimento enquanto que o
moacutedulo da velocidade permaneceraacute constante Veja Fig
34
Nessas condiccedilotildees compreendendo que a forccedila
magneacutetica seraacute igual agrave forccedila centriacutepeta podemos escrever
cm FF
Conhecendo as equaccedilotildees da forccedila magneacutetica
sobre cargas eleacutetricas e da forccedila centriacutepeta podemos
escrever
R
vmBvq
2
(Eq 32)
Isolando o raio da trajetoacuteria circular na eq 2
obteremos
Bq
vmR
(Eq 33)
Portanto percebemos que o raio da trajetoacuteria
circular descrita por uma carga eleacutetrica depende
diretamente da massa e do moacutedulo da velocidade da
partiacutecula e inversamente do moacutedulo da carga e do moacutedulo
do campo magneacutetico em que ela estaacute inserida
Exemplo
Um proacuteton e um eleacutetron lanccedilados com a mesma
velocidade em direccedilatildeo perpendicular no campo magneacutetico
sofrem desvios em sentidos opostos jaacute que essas partiacuteculas
possuem sinais opostos Em relaccedilatildeo ao raio da trajetoacuteria
circular o proacuteton apresenta raio bem maior pois sua
massa eacute 1836 vezes maior do que a massa do eleacutetron
Figura 34 Trajetoacuteria circular descrita por uma partiacutecula que se move com velocidade de moacutedulo constante e perpendicular ao campo magneacutetico uniforme que por sua vez eacute perpendicular ao plano da paacutegina e entrando Portanto a partiacutecula descreve um movimento circular uniforme em um plano perpendicular ao campo magneacutetico
x
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x
x x x x x x x x
x x x x x x x x
+
+
B
v
v
mF
mF
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 19
O tempo necessaacuterio para uma partiacutecula carregada
completar uma volta (periacuteodo do movimento) pode ser
encontrado a partir do seguinte raciociacutenio
- O moacutedulo da velocidade de uma partiacutecula em movimento
circular eacute dado pela razatildeo entre a distacircncia que ela
percorre em uma volta completa R2 e o tempo gasto
em percorrecirc-la ou seja seu periacuteodo T
Logo v
R2T
T
R2v
(Eq34)
Substituindo (eq 3) em (eq 4) obteacutem-se
Bq
m2T
(Eq35)
Observaccedilatildeo
Percebemos atraveacutes da Eq 35 que o tempo que
uma partiacutecula gasta para completar uma volta em
movimento circular num campo magneacutetico uniforme
independe de sua velocidade linear Como vocecirc explicaria
isso
23 Velocidade obliacutequa ao campo magneacutetico
Quando a partiacutecula eletrizada for lanccedilada
obliquamente ao campo magneacutetico uniforme descreveraacute
uma trajetoacuteria helicoidal como representado na Fig 5(a) e
(b)
3 Exemplos de aplicaccedilatildeo
31 Cacircmara de bolhas
Para detecccedilatildeo e estudo de raios coacutesmicos que
penetram a atmosfera terrestre foram desenvolvidas as
cacircmaras de bolha Uma cacircmara de bolhas eacute um recipiente
cheio de liacutequido (geralmente hidrogecircnio) transparente
superaquecido utilizado para detectar partiacuteculas
eletricamente carregadas que passem atraveacutes dele A
passagem das partiacuteculas provoca evaporaccedilatildeo do liacutequido e
formaccedilatildeo de bolhas microscoacutepicas deixando visiacutevel um
rastro de ionizaccedilatildeo (Os raios natildeo deixam rastros na
cacircmara de bolhas pois eles natildeo possuem carga eleacutetrica)
A Fig 36 mostra a criaccedilatildeo de dois pares eleacutetron-
poacutesitron a partir de dois raios distintos que penetram
uma cacircmara de bolhas pela parte superior
Historicamente a cacircmara de bolhas foi importantiacutessima
para descoberta de partiacuteculas cuja existecircncia ajudou a criar
Figura 36 A fotografia mostra dois foacutetons
de raios penetrando uma cacircmara de bolhas
pela parte superior e formando dois pares
eleacutetron-poacutesitron O par superior possui
menor energia porque o perdeu parte de
sua energia na colisatildeo com um eleacutetron do
aacutetomo de hidrogecircnio O eleacutetron atocircmico
deslocado dispara em direccedilatildeo ao canto
inferior esquerdo deixando um rastro visiacutevel
(linha maior)
Fonte httpwwwbritannicacombpsmedia-
view3048100
(a)
(b)
Figura 35 (a) representaccedilatildeo da velocidade
de uma carga eleacutetrica obliacutequa agraves linhas de
campo magneacutetico ou seja a direccedilatildeo da
velocidade e as linhas de campo magneacutetico
formam entre si um acircngulo sendo
180 0 (b) trajetoacuteria descrita pela
carga eleacutetrica lanccedilada obliquamente ao
campo magneacutetico
Fonte httposfundamentosdafisicablogspotcom
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 20
o modelo do quark (quarks satildeo partiacuteculas mais
fundamentais que os proacutetons e os necircutrons Na verdade
um proacuteton eacute formado por trecircs quarks dois do tipo up e um
do tipo down enquanto um necircutron eacute formado por dois
quarks down e um quark do tipo up)
Poacutesitron eacute a antipartiacutecula do eleacutetron ou seja eacute
uma partiacutecula com as mesmas caracteriacutesticas do eleacutetron
(massa carga eleacutetrica etc) exceto pelo fato de ter sinal
contraacuterio Podemos dizer simplificadamente que o
poacutesitron eacute um eleacutetron positivo
Vale citar que as trajetoacuterias espirais natildeo parecem
simeacutetricas devido agrave inclinaccedilatildeo da maacutequina fotograacutefica em
relaccedilatildeo ao plano em que o eleacutetron e o poacutesitron foram
formados
Na cacircmara de bolhas mostrada na figura atua um
campo magneacutetico uniforme perpendicular ao plano da
formaccedilatildeo do par eleacutetron-poacutesitron e as duas partiacuteculas satildeo
geradas com a mesma velocidade Dessa forma eacute exercida
sobre cada uma delas uma forccedila magneacutetica de mesmo
moacutedulo provocando os desvios mostrados O poacutesitron e o
eleacutetron satildeo desviados em sentidos contraacuterios jaacute que suas
cargas tecircm sinais opostos
32 Espectroacutegrafo de massa
O espectrocircmetro de massa eacute atualmente uma das
mais valiosas ferramentas analiacuteticas em alguns estudos
nas aacutereas de Ciecircncias Meacutedicas Biologia e Ciecircncias
Tecnoloacutegicas Atraveacutes dessa tecnologia eacute possiacutevel
determinar a massa molecular e quantificar biomoleacuteculas
como proteiacutenas carboidratos e lipiacutedeos A espectrometria
de massa permite tambeacutem analisar a dinacircmica dos
constituintes de diversos alimentos tornando possiacutevel por
exemplo controlar a qualidade do leite e seus derivados
Permite ainda fornecer resultados confiaacuteveis na anaacutelise de
possiacuteveis resiacuteduos de drogas utilizadas para aumentar a
eficiecircncia na produccedilatildeo animal
A produccedilatildeo de poliacutemeros sinteacuteticos como
plaacutesticos fibras sinteacuteticas e resinais artificiais requer a
utilizaccedilatildeo de teacutecnicas como a espectrometria Essa
tecnologia eacute utilizada para identificar as caracteriacutesticas
moleculares e fiacutesicas de novos materiais polimeacutericos
Um espectroacutegrafo de massa foi projetado para
determinar a massa de isoacutetopos ou seja aacutetomos com
mesmo nuacutemero de proacutetons mas diferente nuacutemero de
Figura 37 Representaccedilatildeo esquemaacutetica de
um espectroacutegrafo de massa Com o campo
magneacutetico perpendicular ao plano da paacutegina
e entrando e a velocidade da partiacutecula
verticalmente para cima a deflexatildeo ocorre
no sentido anti-horaacuterio Quanto maior a
massa da partiacutecula maior o raio da
trajetoacuteria semicircular
+ -
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
x
x
x
x x
x
x
x x
x
x
x
B
Fonte de iacuteons
Regiatildeo de aceleraccedilatildeo
R
Detector
+q
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lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 21
necircutrons atraveacutes da forccedila magneacutetica aplicada em iacuteons
Lembrando iacuteon eacute uma moleacutecula ou um aacutetomo que perdeu
ou ganhou um ou mais eleacutetrons e se encontra eletrizado A
Fig 37 representa esquematicamente um espectroacutegrafo
de massa no qual aacutetomos neutros satildeo bombardeados por
eleacutetrons para formaccedilatildeo de iacuteons (os eleacutetrons bombardeados
satildeo lanccedilados para fora do aacutetomo tornando-o um iacuteon
positivo) Atraveacutes de uma diferenccedila de potencial esses iacuteons
satildeo lanccedilados e penetram com velocidade perpendicular a
um campo magneacutetico uniforme descrevendo uma
trajetoacuteria semicircular devido agrave forccedila magneacutetica que passa
a ser exercida sobre eles Na regiatildeo onde as partiacuteculas
colidem eacute colocado uma chapa fotograacutefica (detector) que
apoacutes ser analisada revela o raio da trajetoacuteria
Como todos os iacuteons satildeo lanccedilados com a mesma
velocidade o raio da trajetoacuteria descrita pela partiacutecula eacute
funccedilatildeo apenas de sua massa ou seja iacuteons com massas
diferentes descrevem trajetoacuterias circulares com raios
diferentes Ao retomarmos a Eq 33
Bq
vmR
percebemos que para o mesmo moacutedulo de velocidade
quanto maior for a massa da partiacutecula maior seraacute o raio
da sua trajetoacuteria jaacute que consideramos o moacutedulo da carga
eleacutetrica e do campo magneacutetico constantes
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedilas
magneacuteticas sobre corpos carregados em movimento em
regiotildees do espaccedilo onde existe campo magneacutetico externo
Tambeacutem foi abordado que partiacuteculas com
velocidade perpendicular ao campo magneacutetico descrevem
uma trajetoacuteria circular sendo possiacutevel determinar o raio
dessa trajetoacuteria e o periacuteodo do movimento
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos o seguinte viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=XWkhUwX4D5s
httpwwwyoutubecomwatchv=_L4U6ImYSj0
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo III) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
lsquo 22
BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
Gamma ray magnetic field of bubble chamber Photograph Encyclopaeligdia Britannica Online Web 1 Sep 2011 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
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26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
CAPIacuteTULO IV
FORCcedilA MAGNEacuteTICA SOBRE FIOS
1 INTRODUCcedilAtildeO
No capiacutetulo III estudamos a forccedila magneacutetica
exercida sobre uma carga eleacutetrica em movimento no
interior de um campo magneacutetico Neste capiacutetulo
sobre um fio condutor percorrido por corrente eleacutetrica
De estudos anteriores sabemos que corrente
eleacutetrica eacute formada por cargas eleacutetricas em movimento
ordenado num condutor Sabemos tambeacutem que cargas
eleacutetricas ao se movimentarem no interior de um campo
magneacutetico sofrem accedilatildeo de forccedila magneacutetica Dessa forma
esse raciociacutenio nos leva a conclusatildeo de que um fio condutor
percorrido por corrente eleacutetrica (cargas eleacutetricas em
movimento) e imerso numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico sofreraacute accedilatildeo de forccedila magneacutetica
As principais caracteriacutesticas da forccedila magneacutetica
exercida em fios percorridos por corrente eleacutetrica satildeo
DIRECcedilAtildeO a forccedila magneacutetica exercida sobre fios
percorridos por corrente eleacutetrica tem direccedilatildeo perpendicular
ao plano formado pelo campo magneacutetico e pelo fio que
conduz a corrente eleacutetrica como representado na Fig 41
Essa figura jaacute foi apresentada no capiacutetulo III mas
consideramos anteriormente que para aplicaccedilatildeo da regra o
polegar deve apontar no sentido da velocidade de uma
carga eleacutetrica no interior de um campo magneacutetico e agora
estamos considerando que o polegar deve apontar no
sentido convencional da corrente eleacutetrica (sentido
contraacuterio ao movimento de cargas eleacutetricas negativas ou
sentido igual ao movimento de cargas eleacutetricas positivas)
CUIDADO
Apesar de atribuirmos um sentido para a corrente
eleacutetrica e a representarmos por uma seta ela natildeo eacute uma
grandeza vetorial
SENTIDO para determinar o sentido da forccedila
magneacutetica usa-se a regra da matildeo direita espalmada
ilustrada na Fig 41
A Fig 42 mostra o sentido da forccedila magneacutetica
Figura 41 Representaccedilatildeo da regra da matildeo
direita espalmada O tapa (ou empurratildeo)
feito com a palma da matildeo direita indica o
sentido da forccedila magneacutetica que eacute exercida
sobre o fio condutor Para aplicaccedilatildeo de tal
regra o polegar deve apontar no sentido
convencional da corrente eleacutetrica e os
demais dedos no sentido das linhas de
campo magneacutetico1
1 Figura extraiacuteda do endereccedilo
httposfundamentosdafisicablogspotcom2010
10cursos-do-blog_12html
mF
B
i
Empurratildeo
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exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
24
exercida sobre um fio percorrido por corrente eleacutetrica
imerso numa regiatildeo de campo magneacutetico uniforme e
perpendicular ao plano da paacutegina Confira o sentido da
forccedila magneacutetica utilizando a regra da matildeo direita
espalmada
INTENSIDADE a intensidade da forccedila magneacutetica sobre
condutores eacute expressa por
seniBFm (Eq 41)
onde B eacute a intensidade do campo magneacutetico i eacute a
intensidade da corrente eleacutetrica eacute o comprimento do
condutor e eacute o acircngulo formado entre o campo
magneacutetico e a corrente eleacutetrica
OBSERVACcedilAtildeO
Se as linhas de campo magneacutetico estiverem na
mesma direccedilatildeo da corrente eleacutetrica a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute nula como mostra a Fig 43(a) e (b)
Se o campo magneacutetico for perpendicular agrave
corrente eleacutetrica ( = 90deg) a forccedila magneacutetica sobre o fio
condutor teraacute valor maacuteximo pois 1 90sen
EXEMPLO
Uma barra de metal estaacute apoiada sobre um par de
guias condutoras longas separadas por uma determinada
distacircncia e imersas numa regiatildeo onde existe um campo
magneacutetico uniforme conforme a Fig 44(a)
Quando a chave interruptora for ligada fazendo
corrente eleacutetrica percorrer o condutor a forccedila magneacutetica
sobre a barra de metal faraacute com que ela se movimente
para direita ou para a esquerda
Resposta
Aplicando a regra da matildeo direita espalmada
devemos apontar o polegar para baixo (sentido
convencional da corrente eleacutetrica) e os demais dedos
saindo perpendicularmente do plano da figura (sentido do
campo magneacutetico) Com isso perceberemos que o tapa
com a palma da matildeo eacute dado para a esquerda indicando o
sentido da forccedila magneacutetica e consequentemente o
sentido de movimento da barra de metal Veja a Fig
44(b)
Figura 42 Com o polegar apontando no
sentido convencional da corrente eleacutetrica
(para direita) e os demais dedos no sentido
das linhas de campo magneacutetico (entrando
perpendicularmente o plano da paacutegina) o
tapa com a palma da matildeo seraacute dado para
cima indicando o sentido da forccedila
magneacutetica sobre o fio condutor
0sen i BFm
0 i BFm
0Fm
i
B
i
B
180sen i BFm
0 i BFm
0Fm
Figura 43(a) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem no mesmo sentido da
corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute igual a
zero e como sen0deg = 0 a forccedila magneacutetica
sobre o fio seraacute consequentemente nula
Figura 43(b) Quando as linhas de campo
magneacutetico estiverem em sentido contraacuterio ao
sentido da corrente eleacutetrica o acircngulo seraacute
igual a 180deg e como sen180deg = 0 a forccedila
magneacutetica sobre o fio seraacute
consequentemente nula
Fio condutor
Fio condutor
i
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
B
mF
x x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
25
2 EXEMPLO DE APLICACcedilAtildeO MOTOR ELEacuteTRICO
Os motores eleacutetricos tecircm como funccedilatildeo
transformar energia eleacutetrica em energia mecacircnica
Possuem diferentes tamanhos torques potecircncias e
podem ser encontrados em diversos equipamentos como
furadeira ventilador secador de cabelo eletrodomeacutesticos
etc
O princiacutepio baacutesico de funcionamento dos motores
eleacutetricos se daacute pelo fato de que um fio condutor percorrido
por corrente eleacutetrica e imerso numa regiatildeo de campo
magneacutetico sofre accedilatildeo de uma forccedila perpendicular ao plano
formado pelo fio e pelo campo magneacutetico O sentido das
forccedilas magneacuteticas sobre condutores percorridos por
corrente eleacutetrica eacute determinado atraveacutes da regra da matildeo
direita espalmada discutida na seccedilatildeo anterior
Considerando a espira retangular representada na
Fig 45 percebemos que as forccedilas exercidas em cada um
de seus lados formam um binaacuterio resultando em rotaccedilatildeo
da espira ao redor de um eixo
3 FORCcedilA MAGNEacuteTICA ENTRE DOIS FIOS PARALELOS
A Fig 46 mostra dois fios retiliacuteneos longos
paralelos separados por uma determinada distacircncia e
percorridos por corrente eleacutetrica
Como jaacute estudamos em capiacutetulos anteriores
passagem de corrente eleacutetrica por um condutor gera
campo magneacutetico no espaccedilo ao seu redor Sendo assim
podemos considerar que o campo magneacutetico gerado pela
corrente eleacutetrica que passa pelo fio condutor 1 atua sobre
o fio 2 e vice-versa
Se utilizarmos a regra da matildeo direita
perceberemos que o campo magneacutetico gerado pela
corrente que passa pelo fio 1 eacute perpendicular ao plano da
paacutegina e entrando ao redor do fio 2 Utilizando o mesmo
procedimento para o fio 2 perceberemos que o campo
magneacutetico gerado pela corrente que circula por ele eacute
perpendicular ao plano da paacutegina e saindo ao redor do fio
1 como representado na Fig 47
Adotando agora a regra da matildeo direita
espalmada para determinar o sentido da forccedila magneacutetica
que eacute exercida em cada um dos fios percebemos que
ocorre atraccedilatildeo entre eles como mostra a Fig 48
Figura 44 (a) Barra de metal apoiada nas
guias condutoras que estatildeo ligadas a uma
fonte de tensatildeo (b) Fechando-se a chave
interruptora a barra de metal imersa numa
regiatildeo com campo magneacutetico uniforme
sofre accedilatildeo de forccedila magneacutetica cujo sentido
pode ser determinado atraveacutes da regra da
matildeo direita espalmada
Barra de metal
Guias condutoras
Chave interruptora
(a)
+ _
B
(b)
+ _
i
B
i
mF
i
S
N
mF
mF
Fig 45 Princiacutepio baacutesico do funcionamento
dos motores eleacutetricos Uma espira imersa
num campo magneacutetico e percorrida por
corrente eleacutetrica sofre accedilatildeo de um binaacuterio de
forccedilas magneacuteticas fazendo-a girar em torno
de um eixo
Eixo de rotaccedilatildeo
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
26
1 2
i1 i2
d
Figura 46 Fios condutores paralelos
percorridos por corrente eleacutetrica e separados
por uma distacircncia d
Sendo assim podemos concluir que
QUANDO DOIS FIOS PARALELOS FOREM PERCORRIDOS POR CORRENTE
ELEacuteTRICA DE MESMO SENTIDO SURGIRAacute ENTRE ELES FORCcedilA
MAGNEacuteTICA ATRATIVA JAacute SE OS SENTIDOS DAS CORRENTES ELEacuteTRICAS
FOREM CONTRAacuteRIOS SURGIRAacute ENTRE OS FIOS FORCcedilA MAGNEacuteTICA
REPULSIVA
As forccedilas magneacuteticas exercidas nos fios 1 e 2
formam par accedilatildeo-reaccedilatildeo jaacute estudado nas leis de Newton
Portanto a magneacutetica exercida sobre o fio 1 sempre possui
a mesma intensidade mesma direccedilatildeo poreacutem sentido
contraacuterio agrave forccedila magneacutetica exercida sobre o fio 2
4 REVISAtildeO
Nesse capiacutetulo discutimos a accedilatildeo de forccedila
magneacutetica sobre um fio condutor percorrido por corrente
eleacutetrica e inserido numa regiatildeo com campo magneacutetico
Para determinar a orientaccedilatildeo da forccedila magneacutetica utiliza-se
a regra da matildeo direita espalmada
Abordamos ainda a interaccedilatildeo magneacutetica entre
fios condutores paralelos percorridos por corrente eleacutetrica
5 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=43AeuDvWc0k
httpwwwyoutubecomwatchv=3HNpAw15t7Y
httpwwwyoutubecomwatchv=2F8LChgcV8E
httpwwwyoutubecomwatchv=tUCtCYty-ns Para que vocecirc possa visualizar e interagir mais com os conceitos de forccedila magneacutetica em fios condutores percorridos por corrente eleacutetrica discutidos nesse capiacutetulo sugerimos que acesse a simulaccedilatildeo computacional cujo endereccedilo estaacute colocado abaixo altere o sentido da corrente eleacutetrica e o sentido do campo magneacutetico e analise a forccedila magneacutetica que atuaraacute sobre o fio condutor Natildeo esqueccedila que para determinar o sentido da forccedila magneacutetica sobre o condutor utilizamos a regra da matildeo direita espalmada httpwwwwalter-fendtdeph14brlorentzforce_brhtm
6 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001
Figura 48 Condutores paralelos percorridos
por corrente eleacutetrica de sentidos iguais
provoca forccedila magneacutetica de atraccedilatildeo entre
eles
Figura 47 A corrente eleacutetrica que percorre o
fio 1 cria um campo magneacutetico que atua
sobre o fio 2
1B
2B
1 2
i1 i2
d
x
x
x
1B
2B
1 2
i1 i2
d
mF
mF
x
x
x
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo IV) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
27
CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e
engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5
Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
CAPIacuteTULO V
MAGNETISMO DA MATEacuteRIA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Para compreender profundamente o magnetismo
da mateacuteria satildeo necessaacuterios conhecimentos de Fiacutesica
Quacircntica que fogem dos objetivos desse curso Contudo
conseguiremos abordar algumas caracteriacutesticas do
magnetismo considerando o modelo claacutessico de um aacutetomo
(modelo de Bohr) no qual ele eacute composto pelo nuacutecleo
regiatildeo central onde estatildeo localizados os proacutetons e os
necircutrons e pela eletrosfera por onde eleacutetrons giram ao
redor do nuacutecleo como representado na Fig 51 Nesse
modelo as propriedades magneacuteticas do aacutetomo resultam da
rotaccedilatildeo do eleacutetron em torno do nuacutecleo e em torno de si
mesmo A rotaccedilatildeo em torno do nuacutecleo eacute chamada de
movimento orbital e a rotaccedilatildeo em torno de si mesmo de
spin (To spin eacute um verbo da liacutengua inglesa que significa
girar) O spin eacute uma propriedade do eleacutetron assim como
satildeo a massa e a carga eleacutetrica
Estudamos no capiacutetulo I que ao quebrar um iacutematilde
em duas partes surgem dois novos iacutematildes cada um com os
polos magneacuteticos norte e sul Se voltarmos a quebrar um
dos iacutematildes novos polos norte e sul iratildeo surgir Agora
imagine que possamos quebrar esses iacutematildes ateacute o niacutevel de
um uacutenico aacutetomo O que percebemos eacute que o dipolo
magneacutetico ou seja o polo norte e o polo sul magneacutetico
surgem devido ao movimento orbital do eleacutetron Esse
movimento em trajetoacuteria supostamente circular
estabelece uma pequena intensidade de corrente eleacutetrica
que cria um campo magneacutetico semelhante ao campo
criado por uma espira circular percorrida por corrente
eleacutetrica Chamaremos de momento de dipolo magneacutetico
orbital o campo magneacutetico devido ao movimento do
eleacutetron em torno do nuacutecleo
Tambeacutem o movimento de rotaccedilatildeo do eleacutetron em
torno de si mesmo (spin) contribui para o magnetismo da
mateacuteria pois sendo o eleacutetron carregado essa rotaccedilatildeo
provoca o surgimento de um momento magneacutetico
denominado momento magneacutetico intriacutenseco jaacute que eacute uma
propriedade intriacutenseca do eleacutetron
Sendo assim podemos dizer de forma bastante
resumida que o magnetismo dos materiais eacute um
n = 1
n = 2
n = 3
nuacutecleo
eleacutetron
Figura 51 Representaccedilatildeo de oacuterbitas
possiacuteveis para um eleacutetron em torno do
nuacutecleo de um aacutetomo de hidrogecircnio segundo
o Modelo de Bohr
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
29
somatoacuterio das influecircncias do spin do eleacutetron e de seu
movimento em torno do nuacutecleo ou seja do momento
magneacutetico total No caso deste natildeo ser nulo os aacutetomos se
comportam como iacutematildes bem pequenos chamados de iacutematildes
elementares
Em muitos materiais o momento magneacutetico total
dos aacutetomos se anula porque os eleacutetrons se juntam aos
pares de tal forma que o spin total dos eleacutetrons se anula
com o momento de dipolo magneacutetico orbital Esses
materiais natildeo apresentam magnetizaccedilatildeo associada ao
movimento dos eleacutetrons mas ainda assim poderatildeo
apresentar uma fraca magnetizaccedilatildeo que denominamos de
diamagnetismo e discutiremos brevemente na seccedilatildeo 23
Exemplos de substacircncias diamagneacuteticas satildeo bismuto
cobre diamante e silicone
Entretanto se o momento de dipolo magneacutetico
orbital total e o spin total dos eleacutetrons forem natildeo-nulos os
materiais formados por esses aacutetomos seratildeo magnetizados
A Fig 52(a) representa uma amostra de um
material natildeo magnetizado que se for inserido numa regiatildeo
onde jaacute existe um campo magneacutetico pode magnetizar-se
jaacute que o material reage a esse campo externo criando um
campo magneacutetico proacuteprio cujas caracteriacutesticas
(intensidade e orientaccedilatildeo) dependem do campo magneacutetico
da regiatildeo e das propriedades do proacuteprio material Veja a
Fig 52(b) O momento magneacutetico total de cada aacutetomo eacute
representado por pequenas setas e dependendo da
orientaccedilatildeo dessas setas o material apresentaraacute diferente
magnetizaccedilatildeo
A suscetibilidade magneacutetica eacute um nuacutemero puro
que expressa a capacidade de um material se magnetizar
devido agrave accedilatildeo de um campo magneacutetico externo A Tab 51
mostra a suscetibilidade magneacutetica de alguns materiais
2 TIPOS DE MATERIAIS MAGNETIZADOS
Quanto agrave magnetizaccedilatildeo os materiais podem ser
classificados em paramagneacuteticos diamagneacuteticos e
ferromagneacuteticos
21 Materiais Paramagneacuteticos
Nos materiais paramagneacuteticos existe um grande
nuacutemero de iacutematildes elementares orientados aleatoriamente
em todas as direccedilotildees e sentidos totalizando um campo
magneacutetico nulo para o material como mostrado na Fig
53
Figura 53 As setas representam o momento
magneacutetico total de cada aacutetomo Em
materiais paramagneacuteticos elas estatildeo
orientadas aleatoriamente como na figura
(No caso de materiais diamagneacuteticos natildeo eacute
possiacutevel esse tipo de representaccedilatildeo pois o
momento magneacutetico total eacute nulo)
Figura 54 Na presenccedila de campo
magneacutetico externo o momento magneacutetico
total (ou iacutematildes elementares) de cada aacutetomo
tende a se alinhar com o campo magneacutetico
externo
atraccedilatildeo S N N S
Figura 52 As setas representam o momento magneacutetico total dos aacutetomos e podem ser pensadas como iacutematildes elementares (a) o material natildeo apresenta magnetizaccedilatildeo (b) o material apresenta magnetizaccedilatildeo
(a) (b)
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30
Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
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31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
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Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
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Material Suscetibilidade Magneacutetica a temperatura ambiente
Alumiacutenio 22 x 10-5
Tungstecircnio 68 x 10-5
Magneacutesio 12 x 10-5
Titacircnio 706 x 10-5
Prata - 26 x 10-5
Mercuacuterio - 32 x 10-5
Cobre - 97 x 10-6
Diamante - 22 x 10-5
Ferro doce 55 x 10
3 (a temperatura de
300 K)
Quando for exposto a um campo magneacutetico
externo como representado na Fig 54 os iacutematildes
elementares tendem a se alinhar paralelamente ao campo
magnetizando o material de forma que ele passa a ser
atraiacutedo pelo campo externo com uma forccedila de pequena
intensidade O grau de alinhamento dos iacutematildes elementares
com o campo magneacutetico externo depende da intensidade
desse campo e da temperatura Em elevadas
temperaturas o alto grau de agitaccedilatildeo teacutermica dificulta o
alinhamento dos iacutematildes elementares Dessa forma para
aumentar a magnetizaccedilatildeo do material paramagneacutetico
podemos diminuir a temperatura ou aumentar a
intensidade do campo magneacutetico externo
Apoacutes a retirada do campo magneacutetico externo os
Nos materiais ferromagneacuteticos os iacutematildes
elementares estatildeo dispostos em pequenas regiotildees
chamadas de domiacutenio magneacutetico Dentro de cada domiacutenio
os iacutematildes elementares estatildeo alinhados uns com os outros
muito embora a orientaccedilatildeo de cada domiacutenio magneacutetico
seja diferente da orientaccedilatildeo dos domiacutenios vizinhos
Analisando uma amostra macroscoacutepica de um material
ferromagneacutetico que natildeo se encontra magnetizada
constatamos que o sentido dos iacutematildes elementares de um
domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuterio que ocorre
anulamento dos campos A Fig 55 representa um material
ferromagneacutetico natildeo magnetizado
Quando exposta a um campo magneacutetico externo
os iacutematildes elementares de cada domiacutenio magneacutetico tendem a
se alinhar com ele produzindo magnetizaccedilatildeo nesse
material e uma forccedila de atraccedilatildeo entre ele e o campo
magneacutetico externo como representado na Fig 56
Existe ainda a possibilidade de que o material
ferromagneacutetico quando exposto ao campo magneacutetico
externo se magnetize pelo deslocamento das fronteiras
dos domiacutenios Ocorre entatildeo o favorecimento do aumento
Figura 55 Na regiatildeo de domiacutenio magneacutetico os iacutematildes elementares encontram-se alinhados uns com os outros Na ausecircncia de campo magneacutetico externo a orientaccedilatildeo dos iacutematildes elementares de um domiacutenio para o outro eacute tatildeo aleatoacuteria que a soma dos momentos magneacuteticos torna-se nula Consequentemente o material estaraacute natildeo magnetizado
Figura 56 Magnetizaccedilatildeo de materiais
ferromagneacuteticos atraveacutes da tendecircncia de
alinhamento dos iacutematildes elementares de cada
domiacutenio magneacutetico em relaccedilatildeo ao campo
magneacutetico externo
Tabela 51 Suscetibilidade magneacutetica de alguns
materiais agrave temperatura ambiente (25degC)
S N
atraccedilatildeo
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
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33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
31
Figura 57 A magnetizaccedilatildeo do material
ferromagneacutetico pode ocorrer devido ao
deslocamento das fronteiras de domiacutenio
magneacutetico
da regiatildeo onde os iacutematildes elementares jaacute estavam alinhados
com o campo magneacutetico do iacutematilde Veja a Fig 57
Se o campo magneacutetico externo for intenso a forccedila
de atraccedilatildeo entre ele e o material ferromagneacutetico seraacute de
grande intensidade No momento em que a amostra do
material for retirada da accedilatildeo do campo externo muitos
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
32
ferromagneacutetica aumenta torna-se mais difiacutecil magnetizaacute-
la devido ao aumento da agitaccedilatildeo teacutermica A temperatura
acima da qual um material ferromagneacutetico perde suas
caracteriacutesticas e se torna paramagneacutetico eacute chamada de
ponto de Curie Cada substacircncia tem o seu ponto de Curie
sendo o do ferro doce por exemplo 770 degC
23 Materiais Diamagneacuteticos
O diamagnetismo foi descoberto em 1847 por
Michael Faraday quando percebeu que um pedaccedilo de
bismuto era repelido pelos dois polos de um iacutematilde Essa eacute a
principal caracteriacutestica dos materiais diamagneacuteticos cada
aacutetomo desses materiais possui magnetizaccedilatildeo nula ao
contraacuterio dos materiais paramagneacuteticos e
ferromagneacuteticos em que cada aacutetomo do material possui
magnetizaccedilatildeo permanente Quando exposto a um campo
magneacutetico externo surge no material uma magnetizaccedilatildeo
oposta ao campo provocando forccedila de repulsatildeo entre ele e
a amostra do material
O fenocircmeno do diamagnetismo ocorre em todos
os tipos de materiais mas por ser um efeito de baixa
intensidade soacute evidencia-se em materiais que natildeo sejam
paramagneacuteticos nem ferromagneacuteticos
Nos materiais diamagneacuteticos a suscetibilidade
magneacutetica eacute negativa remetendo ao fato de que esses
materiais satildeo repelidos por um campo magneacutetico externo
A Tab 51 mostra alguns exemplos de substacircncias
diamagneacuteticas Ex prata mercuacuterio cobre diamante etc
3 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos usando um modelo
claacutessico como o movimento orbital dos eleacutetrons em torno
do nuacutecleo e em torno do seu proacuteprio eixo geram momento
de dipolo orbital e momento magneacutetico intriacutenseco (spin)
respectivamente contribuindo para o magnetismo dos
materiais
De acordo com a magnetizaccedilatildeo os materiais
podem ser classificados em diamagneacuteticos
paramagneacuteticos e ferromagneacuteticos Apoacutes exposiccedilatildeo a um
campo magneacutetico externo de intensidade consideraacutevel os
fenocircmeno que denominamos de histerese magneacutetica
4 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo V) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
33
httpwwwyoutubecomwatchv=VD8AG84dvXc
httpwwwyoutubecomwatchv=yiXgYg17N0o
httpwwwyoutubecomwatchv=6BBx8BwLhqg
httpwwwyoutubecomwatchv=GDNixeiBCW8
httpwwwyoutubecomwatchv=5RYi3m0NkqY
5 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 CARUSO F OGURI V Fiacutesica Moderna Origens Claacutessicas e Fundamentos Quacircnticos Rio de Janeiro Elsevier 2006
GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 LEMBO A Quiacutemica vol 1 Realidade e Contexto Ed 3 Satildeo Paulo Aacutetica 2004 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
CAPIacuteTULO VI
INDUCcedilAtildeO ELETROMAGNEacuteTICA
1 INTRODUCcedilAtildeO
Apoacutes Oersted descobrir que corrente eleacutetrica gera
campo magneacutetico os cientistas passaram a se questionar
se o inverso seria possiacutevel ou seja se campo magneacutetico
poderia gerar corrente eleacutetrica Em 1831 Michael Faraday
descobriu que esse fenocircmeno era possiacutevel Ele conseguiu
estabelecer corrente eleacutetrica em um condutor com a
variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de sua superfiacutecie
A Fig 61 mostra esquematicamente uma das
experiecircncias realizadas por Faraday Uma espira estaacute
conectada a um galvanocircmetro (equipamento destinado a
mediccedilatildeo de baixas intensidades de corrente eleacutetrica) e
como natildeo haacute nenhuma fonte para criar forccedila eletromotriz
espera-se que o medidor natildeo detecte nenhuma corrente
eleacutetrica no condutor No entanto movimentando um dos
polos de um iacutematilde em relaccedilatildeo agrave espira seja aproximando ou
afastando verifica-se que ocorre deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro o que indica que corrente eleacutetrica surgiu no
condutor No momento em que o iacutematilde eacute colocado em
repouso em relaccedilatildeo agrave espira o galvanocircmetro natildeo indica
mais existecircncia de corrente eleacutetrica
Percebe-se ainda que ao aproximar da espira o
polo norte do iacutematilde em forma de barra por exemplo o
ponteiro do amperiacutemetro eacute defletido num sentido e
quando o polo norte se afasta da espira o ponteiro eacute
defletido no sentido contraacuterio Quanto mais raacutepida for a
aproximaccedilatildeo ou o afastamento entre iacutematilde e espira mais
intensidade de corrente eleacutetrica eacute gerada Esse fenocircmeno eacute
chamado de induccedilatildeo eletromagneacutetica e as correntes e
forccedila eletromotriz geradas satildeo chamadas de corrente
eleacutetrica induzida e forccedila eletromotriz induzida
A seguir discutiremos mais detalhadamente o
fenocircmeno da induccedilatildeo eletromagneacutetica
2 FLUXO MAGNEacuteTICO
O fluxo magneacutetico eacute uma grandeza que estaacute
relacionada ao nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea de uma superfiacutecie como representado
na Fig 62 Isso significa dizer que quanto maior for o
nuacutemero de linhas que atravessam essa superfiacutecie maior
Figura 61 Aproximando da espira circular um
dos polos de um iacutematilde em forma de barra o
ponteiro do galvanocircmetro deflete num sentido
e afastando da espira o mesmo polo
magneacutetico o ponteiro deflete no sentido
contraacuterio Quando houver repouso entre o iacutematilde
e a espira natildeo haveraacute movimento do ponteiro
do galvanocircmetro
N S
Figura 62 O nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea de uma
superfiacutecie estaacute associado agrave intensidade do
campo e em consequecircncia ao fluxo atraveacutes
dessa superfiacutecie
B
A
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
35
seraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes dela
A Fig 63 mostra uma espira circular inserida
numa regiatildeo com campo magneacutetico O vetor N
que
chamaremos de normal eacute perpendicular agrave superfiacutecie da
espira e forma um acircngulo com as linhas de campo
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
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CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
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TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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3 LEI DE FARADAY
Michael Faraday constatou atraveacutes de
experimentos que uma forccedila eletromotriz eacute induzida
gerando corrente eleacutetrica induzida mediante variaccedilatildeo do
fluxo magneacutetico por entre a superfiacutecie da espira ou seja
sempre que o nuacutemero de linhas de campo magneacutetico
atraveacutes da superfiacutecie do condutor variar (aumentando ou
diminuindo) uma forccedila eletromotriz (que simbolizaremos
por fem e que eacute responsaacutevel pela geraccedilatildeo de corrente
eleacutetrica) seraacute induzida nesse condutor
A Fig 64 mostra uma espira circular e um iacutematilde em
forma de barra Aproximando-se da espira o polo norte do
iacutematilde por exemplo aumentaraacute o fluxo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie e poderaacute ser verificado o surgimento de
corrente eleacutetrica induzida na espira justamente porque
houve variaccedilatildeo do nuacutemero de linhas de campo magneacutetico
Se o polo norte do iacutematilde agora fosse afastado da espira
tambeacutem ocorreria variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico e uma
corrente eleacutetrica induzida uma vez que o afastamento
entre iacutematilde e espira provoca diminuiccedilatildeo do nuacutemero de linhas
de campo magneacutetico que atravessam a aacuterea da espira
(variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico) O que difere de uma
situaccedilatildeo para outra eacute que no movimento de aproximaccedilatildeo
do polo norte a corrente eleacutetrica induzida eacute gerada num
determinado sentido enquanto no seu movimento de
afastamento a corrente eleacutetrica induzida eacute gerada no
sentido contraacuterio
Eacute importante que fique claro que natildeo eacute apenas
aproximando ou afastando um iacutematilde de uma espira
condutora que ocorre geraccedilatildeo de corrente eleacutetrica
induzida Basta que ocorra variaccedilatildeo de fluxo magneacutetico
atraveacutes da aacuterea da superfiacutecie da espira que pode ser
atingida de vaacuterias maneiras conforme foi discutido na
seccedilatildeo anterior para que corrente eleacutetrica induzida seja
gerada num condutor
O Viacutedeo 61 mostra uma experiecircncia em que os
polos de um iacutematilde em forma de barra satildeo aproximados e
afastados de um conjunto de espiras (bobina) ligado a um
amperiacutemetro (equipamento destinado agrave mediccedilatildeo de
corrente eleacutetrica) O objetivo do experimento eacute mostrar
que tanto no movimento de aproximaccedilatildeo quanto de
afastamento do polo norte ou do polo sul do iacutematilde ocorre
geraccedilatildeo de corrente eleacutetrica induzida nas espiras
constatada atraveacutes da deflexatildeo do ponteiro do
amperiacutemetro Entretanto quando natildeo haacute movimento entre
Figura 64 O movimento relativo entre o iacutematilde e
a espira varia o nuacutemero de linhas de campo
magneacutetico que atravessam a aacuterea da espira
variando o fluxo magneacutetico e gerando corrente
eleacutetrica
N S
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
37
iacutematilde e bobina o ponteiro do amperiacutemetro natildeo acusa
existecircncia de corrente eleacutetrica jaacute que natildeo haacute variaccedilatildeo de
fluxo magneacutetico atraveacutes da aacuterea das espiras
A lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday
afirma que
A INTENSIDADE DA FEM INDUZIDA EM UMA ESPIRA CONDUTORA Eacute
PROPORCIONAL Agrave VARIACcedilAtildeO DO NUacuteMERO DE LINHAS DE CAMPO
MAGNEacuteTICO QUE ATRAVESSA A ESPIRA EM FUNCcedilAtildeO DO TEMPO
Isso significa dizer que
1ordm Quanto maior for a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico maior
seraacute a intensidade da fem induzida
2ordm Quanto mais raacutepido for a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico
(menor intervalo de tempo) maior seraacute a intensidade da
fem induzida e consequentemente maior a intensidade da
corrente eleacutetrica induzida Atingimos essa situaccedilatildeo por
exemplo aproximando ou afastando rapidamente uma
espira de um polo magneacutetico de um iacutematilde
Matematicamente a lei de Faraday eacute
representada por
t
(Eq 62)
Onde representa a fem induzida representa a
variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico e t representa o intervalo
de tempo
Para uma bobina com n espiras o fluxo magneacutetico
eacute diretamente proporcional ao nuacutemero de espiras
Portanto uma bobina com 800 espiras por exemplo teraacute
o dobro de fluxo magneacutetico e de corrente eleacutetrica induzida
do que uma bobina com 400 espiras
No Sistema Internacional a unidade de fem eacute volt
(V)
4 LEI DE LENZ
A lei de Lenz nos permite determinar o sentido da
corrente eleacutetrica induzida num condutor Ela afirma que
A FORCcedilA ELETROMOTRIZ INDUZIDA NUM CONDUTOR Eacute NUM SENTIDO
TAL QUE SE OPOtildeE Agrave VARIACcedilAtildeO QUE A INDUZIU
A Fig 65 mostra mais uma vez um iacutematilde em forma
de barra e uma espira circular Aproximando-se da espira o
Viacutedeo 61 O movimento de um iacutematilde em relaccedilatildeo
a uma bobina gera corrente eleacutetrica induzida
medida atraveacutes de um amperiacutemetro com o
zero da escala na parte esquerda do visor
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
38
polo norte do iacutematilde aumenta o fluxo magneacutetico atraveacutes da
superfiacutecie da espira gerando corrente eleacutetrica induzida O
sentido da corrente induzida eacute tal que se opotildee a essa
variaccedilatildeo Portanto surge entre o iacutematilde e a espira uma forccedila
repulsiva com a face da espira voltada para o iacutematilde
comportando-se como polo magneacutetico norte Para isso eacute
preciso que a corrente eleacutetrica induzida esteja no sentido
anti-horaacuterio em relaccedilatildeo ao observador
Um agente externo realiza um trabalho para
empurrar o iacutematilde em direccedilatildeo agrave espira e vencer a forccedila de
repulsatildeo que surge entre o iacutematilde e a espira Essa energia
fornecida pelo agente da forccedila na aproximaccedilatildeo entre iacutematilde e
espira se converte em fem induzida e consequentemente
em corrente eleacutetrica
A Fig 66 mostra agora o polo norte do iacutematilde em
forma de barra se afastando da espira circular Podemos
imaginar que o nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea da espira diminui provocando
diminuiccedilatildeo do fluxo magneacutetico Da mesma forma que no
exemplo anterior a corrente eleacutetrica induzida eacute gerada
num sentido tal que se opotildee a essa variaccedilatildeo Surge entre o
iacutematilde e a espira forccedila de atraccedilatildeo com a face da espira
voltada para o iacutematilde comportando-se como polo magneacutetico
sul Para isso eacute preciso que a corrente eleacutetrica induzida
esteja no sentido horaacuterio
Portanto aproximando da espira o polo norte do
iacutematilde a corrente induzida tem sentido anti-horaacuterio Se
aproximaacutessemos da espira o polo sul do iacutematilde o sentido da
corrente induzida seria contraacuterio horaacuterio Da mesma
forma afastando da espira o polo norte do iacutematilde o sentido
da corrente induzida eacute horaacuterio Se afastaacutessemos da espira o
polo sul do iacutematilde o sentido da corrente seria anti-horaacuterio
Com o auxiacutelio da Fig 67(a) e (b) apresentaremos
uma forma alternativa de discutirmos a lei de Lenz Uma
haste condutora estaacute em contato e pode deslizar sobre
guias metaacutelicas imersas numa regiatildeo com campo
magneacutetico uniforme entrando perpendicularmente no
plano da figura
Empurrando a haste para a direita aumenta o
nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que atravessam a
aacuterea formada pelas guias metaacutelicas e pela haste variando
assim o fluxo magneacutetico atraveacutes dessa superfiacutecie Com a
variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico aparece uma corrente
eleacutetrica induzida que por sua vez gera um campo
Figura 65 Aproximando-se de uma espira o
polo norte de um iacutematilde ocorre geraccedilatildeo de
corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio em
relaccedilatildeo ao observador
v
N S
forccedila de repulsatildeo
INDUTORB
INDUZIDOB
Observador
i
i
Figura 66 Afastando-se de uma espira o polo
norte de um iacutematilde ocorre geraccedilatildeo de corrente
eleacutetrica no sentido horaacuterio em relaccedilatildeo ao
observador
v
N S
forccedila de atraccedilatildeo
INDUTORB
INDUZIDOB
Observador
i
i
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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magneacutetico induzido que se opotildee agrave variaccedilatildeo do campo
magneacutetico indutor
Considere o seguinte exemplo inicialmente 9
linhas de campo magneacutetico atravessam a aacuterea da
superfiacutecie formada pela haste e pelas guias metaacutelicas
Aumentando a aacuterea da superfiacutecie com o deslocamento da
haste para a direita mais 3 linhas de campo magneacutetico
passam a atravessar a superfiacutecie totalizando 12 A
corrente induzida eacute gerada num sentido tal que cria um
campo magneacutetico induzido com 3 linhas de campo
magneacutetico saindo do plano da paacutegina com o ldquoobjetivordquo de
anular a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico Utilizando a regra
da matildeo direita podemos verificar que a corrente eleacutetrica
induzida possui sentido anti-horaacuterio nessa situaccedilatildeo
Portanto outra forma de enunciar a lei de Lenz eacute
A CORRENTE ELEacuteTRICA INDUZIDA POSSUI SENTIDO TAL QUE GERA UM
CAMPO MAGNEacuteTICO INDUZIDO QUE SE OPOtildeE Agrave VARIACcedilAtildeO DO CAMPO
MAGNEacuteTICO INDUTOR
5 EXEMPLOS DE APLICACcedilAtildeO
A induccedilatildeo eletromagneacutetica possui diversas
aplicaccedilotildees em aacutereas de engenharia induacutestria e suas
tecnologias A seguir discutiremos dois desses exemplos de
aplicaccedilatildeo
51 Transformador
Transformador eacute um dispositivo cuja funccedilatildeo eacute
transformar um valor de forccedila eletromotriz alternada em
outro
A Fig 68 representa esquematicamente as
principais partes de um transformador O enrolamento de
espiras N1 chamado de primaacuterio eacute conectado a uma fonte
de forccedila eletromotriz alternada (a fem alternada gera
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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iacutematilde e bobina o ponteiro do amperiacutemetro natildeo acusa
existecircncia de corrente eleacutetrica jaacute que natildeo haacute variaccedilatildeo de
fluxo magneacutetico atraveacutes da aacuterea das espiras
A lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday
afirma que
A INTENSIDADE DA FEM INDUZIDA EM UMA ESPIRA CONDUTORA Eacute
PROPORCIONAL Agrave VARIACcedilAtildeO DO NUacuteMERO DE LINHAS DE CAMPO
MAGNEacuteTICO QUE ATRAVESSA A ESPIRA EM FUNCcedilAtildeO DO TEMPO
Isso significa dizer que
1ordm Quanto maior for a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico maior
seraacute a intensidade da fem induzida
2ordm Quanto mais raacutepido for a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico
(menor intervalo de tempo) maior seraacute a intensidade da
fem induzida e consequentemente maior a intensidade da
corrente eleacutetrica induzida Atingimos essa situaccedilatildeo por
exemplo aproximando ou afastando rapidamente uma
espira de um polo magneacutetico de um iacutematilde
Matematicamente a lei de Faraday eacute
representada por
t
(Eq 62)
Onde representa a fem induzida representa a
variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico e t representa o intervalo
de tempo
Para uma bobina com n espiras o fluxo magneacutetico
eacute diretamente proporcional ao nuacutemero de espiras
Portanto uma bobina com 800 espiras por exemplo teraacute
o dobro de fluxo magneacutetico e de corrente eleacutetrica induzida
do que uma bobina com 400 espiras
No Sistema Internacional a unidade de fem eacute volt
(V)
4 LEI DE LENZ
A lei de Lenz nos permite determinar o sentido da
corrente eleacutetrica induzida num condutor Ela afirma que
A FORCcedilA ELETROMOTRIZ INDUZIDA NUM CONDUTOR Eacute NUM SENTIDO
TAL QUE SE OPOtildeE Agrave VARIACcedilAtildeO QUE A INDUZIU
A Fig 65 mostra mais uma vez um iacutematilde em forma
de barra e uma espira circular Aproximando-se da espira o
Viacutedeo 61 O movimento de um iacutematilde em relaccedilatildeo
a uma bobina gera corrente eleacutetrica induzida
medida atraveacutes de um amperiacutemetro com o
zero da escala na parte esquerda do visor
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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polo norte do iacutematilde aumenta o fluxo magneacutetico atraveacutes da
superfiacutecie da espira gerando corrente eleacutetrica induzida O
sentido da corrente induzida eacute tal que se opotildee a essa
variaccedilatildeo Portanto surge entre o iacutematilde e a espira uma forccedila
repulsiva com a face da espira voltada para o iacutematilde
comportando-se como polo magneacutetico norte Para isso eacute
preciso que a corrente eleacutetrica induzida esteja no sentido
anti-horaacuterio em relaccedilatildeo ao observador
Um agente externo realiza um trabalho para
empurrar o iacutematilde em direccedilatildeo agrave espira e vencer a forccedila de
repulsatildeo que surge entre o iacutematilde e a espira Essa energia
fornecida pelo agente da forccedila na aproximaccedilatildeo entre iacutematilde e
espira se converte em fem induzida e consequentemente
em corrente eleacutetrica
A Fig 66 mostra agora o polo norte do iacutematilde em
forma de barra se afastando da espira circular Podemos
imaginar que o nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea da espira diminui provocando
diminuiccedilatildeo do fluxo magneacutetico Da mesma forma que no
exemplo anterior a corrente eleacutetrica induzida eacute gerada
num sentido tal que se opotildee a essa variaccedilatildeo Surge entre o
iacutematilde e a espira forccedila de atraccedilatildeo com a face da espira
voltada para o iacutematilde comportando-se como polo magneacutetico
sul Para isso eacute preciso que a corrente eleacutetrica induzida
esteja no sentido horaacuterio
Portanto aproximando da espira o polo norte do
iacutematilde a corrente induzida tem sentido anti-horaacuterio Se
aproximaacutessemos da espira o polo sul do iacutematilde o sentido da
corrente induzida seria contraacuterio horaacuterio Da mesma
forma afastando da espira o polo norte do iacutematilde o sentido
da corrente induzida eacute horaacuterio Se afastaacutessemos da espira o
polo sul do iacutematilde o sentido da corrente seria anti-horaacuterio
Com o auxiacutelio da Fig 67(a) e (b) apresentaremos
uma forma alternativa de discutirmos a lei de Lenz Uma
haste condutora estaacute em contato e pode deslizar sobre
guias metaacutelicas imersas numa regiatildeo com campo
magneacutetico uniforme entrando perpendicularmente no
plano da figura
Empurrando a haste para a direita aumenta o
nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que atravessam a
aacuterea formada pelas guias metaacutelicas e pela haste variando
assim o fluxo magneacutetico atraveacutes dessa superfiacutecie Com a
variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico aparece uma corrente
eleacutetrica induzida que por sua vez gera um campo
Figura 65 Aproximando-se de uma espira o
polo norte de um iacutematilde ocorre geraccedilatildeo de
corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio em
relaccedilatildeo ao observador
v
N S
forccedila de repulsatildeo
INDUTORB
INDUZIDOB
Observador
i
i
Figura 66 Afastando-se de uma espira o polo
norte de um iacutematilde ocorre geraccedilatildeo de corrente
eleacutetrica no sentido horaacuterio em relaccedilatildeo ao
observador
v
N S
forccedila de atraccedilatildeo
INDUTORB
INDUZIDOB
Observador
i
i
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
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magneacutetico induzido que se opotildee agrave variaccedilatildeo do campo
magneacutetico indutor
Considere o seguinte exemplo inicialmente 9
linhas de campo magneacutetico atravessam a aacuterea da
superfiacutecie formada pela haste e pelas guias metaacutelicas
Aumentando a aacuterea da superfiacutecie com o deslocamento da
haste para a direita mais 3 linhas de campo magneacutetico
passam a atravessar a superfiacutecie totalizando 12 A
corrente induzida eacute gerada num sentido tal que cria um
campo magneacutetico induzido com 3 linhas de campo
magneacutetico saindo do plano da paacutegina com o ldquoobjetivordquo de
anular a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico Utilizando a regra
da matildeo direita podemos verificar que a corrente eleacutetrica
induzida possui sentido anti-horaacuterio nessa situaccedilatildeo
Portanto outra forma de enunciar a lei de Lenz eacute
A CORRENTE ELEacuteTRICA INDUZIDA POSSUI SENTIDO TAL QUE GERA UM
CAMPO MAGNEacuteTICO INDUZIDO QUE SE OPOtildeE Agrave VARIACcedilAtildeO DO CAMPO
MAGNEacuteTICO INDUTOR
5 EXEMPLOS DE APLICACcedilAtildeO
A induccedilatildeo eletromagneacutetica possui diversas
aplicaccedilotildees em aacutereas de engenharia induacutestria e suas
tecnologias A seguir discutiremos dois desses exemplos de
aplicaccedilatildeo
51 Transformador
Transformador eacute um dispositivo cuja funccedilatildeo eacute
transformar um valor de forccedila eletromotriz alternada em
outro
A Fig 68 representa esquematicamente as
principais partes de um transformador O enrolamento de
espiras N1 chamado de primaacuterio eacute conectado a uma fonte
de forccedila eletromotriz alternada (a fem alternada gera
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
38
polo norte do iacutematilde aumenta o fluxo magneacutetico atraveacutes da
superfiacutecie da espira gerando corrente eleacutetrica induzida O
sentido da corrente induzida eacute tal que se opotildee a essa
variaccedilatildeo Portanto surge entre o iacutematilde e a espira uma forccedila
repulsiva com a face da espira voltada para o iacutematilde
comportando-se como polo magneacutetico norte Para isso eacute
preciso que a corrente eleacutetrica induzida esteja no sentido
anti-horaacuterio em relaccedilatildeo ao observador
Um agente externo realiza um trabalho para
empurrar o iacutematilde em direccedilatildeo agrave espira e vencer a forccedila de
repulsatildeo que surge entre o iacutematilde e a espira Essa energia
fornecida pelo agente da forccedila na aproximaccedilatildeo entre iacutematilde e
espira se converte em fem induzida e consequentemente
em corrente eleacutetrica
A Fig 66 mostra agora o polo norte do iacutematilde em
forma de barra se afastando da espira circular Podemos
imaginar que o nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que
atravessam a aacuterea da espira diminui provocando
diminuiccedilatildeo do fluxo magneacutetico Da mesma forma que no
exemplo anterior a corrente eleacutetrica induzida eacute gerada
num sentido tal que se opotildee a essa variaccedilatildeo Surge entre o
iacutematilde e a espira forccedila de atraccedilatildeo com a face da espira
voltada para o iacutematilde comportando-se como polo magneacutetico
sul Para isso eacute preciso que a corrente eleacutetrica induzida
esteja no sentido horaacuterio
Portanto aproximando da espira o polo norte do
iacutematilde a corrente induzida tem sentido anti-horaacuterio Se
aproximaacutessemos da espira o polo sul do iacutematilde o sentido da
corrente induzida seria contraacuterio horaacuterio Da mesma
forma afastando da espira o polo norte do iacutematilde o sentido
da corrente induzida eacute horaacuterio Se afastaacutessemos da espira o
polo sul do iacutematilde o sentido da corrente seria anti-horaacuterio
Com o auxiacutelio da Fig 67(a) e (b) apresentaremos
uma forma alternativa de discutirmos a lei de Lenz Uma
haste condutora estaacute em contato e pode deslizar sobre
guias metaacutelicas imersas numa regiatildeo com campo
magneacutetico uniforme entrando perpendicularmente no
plano da figura
Empurrando a haste para a direita aumenta o
nuacutemero de linhas de campo magneacutetico que atravessam a
aacuterea formada pelas guias metaacutelicas e pela haste variando
assim o fluxo magneacutetico atraveacutes dessa superfiacutecie Com a
variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico aparece uma corrente
eleacutetrica induzida que por sua vez gera um campo
Figura 65 Aproximando-se de uma espira o
polo norte de um iacutematilde ocorre geraccedilatildeo de
corrente eleacutetrica no sentido anti-horaacuterio em
relaccedilatildeo ao observador
v
N S
forccedila de repulsatildeo
INDUTORB
INDUZIDOB
Observador
i
i
Figura 66 Afastando-se de uma espira o polo
norte de um iacutematilde ocorre geraccedilatildeo de corrente
eleacutetrica no sentido horaacuterio em relaccedilatildeo ao
observador
v
N S
forccedila de atraccedilatildeo
INDUTORB
INDUZIDOB
Observador
i
i
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
39
magneacutetico induzido que se opotildee agrave variaccedilatildeo do campo
magneacutetico indutor
Considere o seguinte exemplo inicialmente 9
linhas de campo magneacutetico atravessam a aacuterea da
superfiacutecie formada pela haste e pelas guias metaacutelicas
Aumentando a aacuterea da superfiacutecie com o deslocamento da
haste para a direita mais 3 linhas de campo magneacutetico
passam a atravessar a superfiacutecie totalizando 12 A
corrente induzida eacute gerada num sentido tal que cria um
campo magneacutetico induzido com 3 linhas de campo
magneacutetico saindo do plano da paacutegina com o ldquoobjetivordquo de
anular a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico Utilizando a regra
da matildeo direita podemos verificar que a corrente eleacutetrica
induzida possui sentido anti-horaacuterio nessa situaccedilatildeo
Portanto outra forma de enunciar a lei de Lenz eacute
A CORRENTE ELEacuteTRICA INDUZIDA POSSUI SENTIDO TAL QUE GERA UM
CAMPO MAGNEacuteTICO INDUZIDO QUE SE OPOtildeE Agrave VARIACcedilAtildeO DO CAMPO
MAGNEacuteTICO INDUTOR
5 EXEMPLOS DE APLICACcedilAtildeO
A induccedilatildeo eletromagneacutetica possui diversas
aplicaccedilotildees em aacutereas de engenharia induacutestria e suas
tecnologias A seguir discutiremos dois desses exemplos de
aplicaccedilatildeo
51 Transformador
Transformador eacute um dispositivo cuja funccedilatildeo eacute
transformar um valor de forccedila eletromotriz alternada em
outro
A Fig 68 representa esquematicamente as
principais partes de um transformador O enrolamento de
espiras N1 chamado de primaacuterio eacute conectado a uma fonte
de forccedila eletromotriz alternada (a fem alternada gera
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
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magneacutetico induzido que se opotildee agrave variaccedilatildeo do campo
magneacutetico indutor
Considere o seguinte exemplo inicialmente 9
linhas de campo magneacutetico atravessam a aacuterea da
superfiacutecie formada pela haste e pelas guias metaacutelicas
Aumentando a aacuterea da superfiacutecie com o deslocamento da
haste para a direita mais 3 linhas de campo magneacutetico
passam a atravessar a superfiacutecie totalizando 12 A
corrente induzida eacute gerada num sentido tal que cria um
campo magneacutetico induzido com 3 linhas de campo
magneacutetico saindo do plano da paacutegina com o ldquoobjetivordquo de
anular a variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico Utilizando a regra
da matildeo direita podemos verificar que a corrente eleacutetrica
induzida possui sentido anti-horaacuterio nessa situaccedilatildeo
Portanto outra forma de enunciar a lei de Lenz eacute
A CORRENTE ELEacuteTRICA INDUZIDA POSSUI SENTIDO TAL QUE GERA UM
CAMPO MAGNEacuteTICO INDUZIDO QUE SE OPOtildeE Agrave VARIACcedilAtildeO DO CAMPO
MAGNEacuteTICO INDUTOR
5 EXEMPLOS DE APLICACcedilAtildeO
A induccedilatildeo eletromagneacutetica possui diversas
aplicaccedilotildees em aacutereas de engenharia induacutestria e suas
tecnologias A seguir discutiremos dois desses exemplos de
aplicaccedilatildeo
51 Transformador
Transformador eacute um dispositivo cuja funccedilatildeo eacute
transformar um valor de forccedila eletromotriz alternada em
outro
A Fig 68 representa esquematicamente as
principais partes de um transformador O enrolamento de
espiras N1 chamado de primaacuterio eacute conectado a uma fonte
de forccedila eletromotriz alternada (a fem alternada gera
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
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8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
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CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
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CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
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Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
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40
induzida e corrente eleacutetrica induzida uma vez que houve
variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico
Eacute importante destacar que a variaccedilatildeo do fluxo
magneacutetico tambeacutem eacute causada pela mudanccedila de sentido da
corrente eleacutetrica variaacutevel e natildeo soacute pela variaccedilatildeo de sua
intensidade
Se o primaacuterio for conectado a uma fonte de fem
contiacutenua como por exemplo uma pilha ou uma bateria
natildeo haveraacute variaccedilatildeo do fluxo magneacutetico atraveacutes do
secundaacuterio e consequentemente natildeo surgiraacute nenhuma fem
induzida neste uacuteltimo enrolamento de espiras
Para maior rendimento do transformador use um
nuacutecleo de material ferromagneacutetico a fim de concentrar o
campo magneacutetico nos dois enrolamentos e influenciar que
praticamente todo o campo magneacutetico gerado no primaacuterio
vaacute para o secundaacuterio
Embora fosse desejaacutevel que natildeo houvesse perdas
de energia eletromagneacutetica nos transformadores alguma
perda sempre haacute Por isso dizemos que eacute ideal um
transformador em que natildeo haacute perdas de energia Para um
transformador ideal eacute vaacutelida a seguinte relaccedilatildeo
S
P
S
P
N
N
(Eq 63)
Onde PN eacute o nuacutemero de espiras do primaacuterio
SN eacute o
nuacutemero de espiras do secundaacuterio P eacute a fem do primaacuterio e
S eacute a fem induzida no secundaacuterio
Quando o nuacutemero de espiras no primaacuterio for
maior que no secundaacuterio (NP gt NS) dizemos que o
transformador eacute rebaixador de tensatildeo pois a fem induzida
no secundaacuterio (S ) torna-se menor que a fem do primaacuterio
(P ) Jaacute se NP for menor do que NS dizemos que o
transformador eacute elevador de tensatildeo jaacute que a fem induzida
no secundaacuterio (S ) torna-se maior que a fem do primaacuterio
Para o transformador ideal consideramos que a
potecircncia de entrada do gerador Pp i eacute igual agrave potecircncia
de saiacuteda SS i Portanto eacute vaacutelida a seguinte relaccedilatildeo
SSPP ii (Eq 64)
52 Geraccedilatildeo de energia eleacutetrica
No Brasil a maior parte da energia eleacutetrica eacute
Figura 68 Forccedila eletromotriz alternada entra
pelo primaacuterio gerando variaccedilatildeo de fluxo
magneacutetico e forccedila eletromotriz induzida no
secundaacuterio
Primaacuterio Secundaacuterio
PN SN
Corrente Alternada
P
S
Nuacutecleo
ferromagneacutetico
~
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41
gerada em usinas hidreleacutetricas devido agrave grande
quantidade de rios em todo paiacutes
A Fig 69 representa esquematicamente algumas
partes importantes de uma usina hidreleacutetrica A aacutegua
represada em um reservatoacuterio flui atraveacutes de um duto com
uma determinada vazatildeo transformando energia potencial
gravitacional da aacutegua em energia cineacutetica Ao final do
duto o movimento da aacutegua resulta em rotaccedilatildeo de uma
turbina que estaacute acoplada a um gerador
O gerador utilizado em uma hidreleacutetrica pode ser
parecido com o gerador eleacutetrico representado na Fig 610
(tambeacutem chamado de alternador quando a corrente
eleacutetrica gerada for alternada) Ele eacute formado por bobinas
(conjunto de enrolamento de espiras) que constituem a
armadura e um iacutematilde gerando um campo magneacutetico no
local Em geradores de hidreleacutetricas os iacutematildes naturais satildeo
substituiacutedos por eletroiacutematildes e as turbinas podem ser
ligadas aos eletroiacutematildes ou agraves armaduras
O movimento de rotaccedilatildeo da turbina provoca
portanto movimento relativo entre a armadura e o
eletroiacutematilde variando o fluxo magneacutetico atraveacutes da espiras e
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
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7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
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Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
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CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
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41
gerada em usinas hidreleacutetricas devido agrave grande
quantidade de rios em todo paiacutes
A Fig 69 representa esquematicamente algumas
partes importantes de uma usina hidreleacutetrica A aacutegua
represada em um reservatoacuterio flui atraveacutes de um duto com
uma determinada vazatildeo transformando energia potencial
gravitacional da aacutegua em energia cineacutetica Ao final do
duto o movimento da aacutegua resulta em rotaccedilatildeo de uma
turbina que estaacute acoplada a um gerador
O gerador utilizado em uma hidreleacutetrica pode ser
parecido com o gerador eleacutetrico representado na Fig 610
(tambeacutem chamado de alternador quando a corrente
eleacutetrica gerada for alternada) Ele eacute formado por bobinas
(conjunto de enrolamento de espiras) que constituem a
armadura e um iacutematilde gerando um campo magneacutetico no
local Em geradores de hidreleacutetricas os iacutematildes naturais satildeo
substituiacutedos por eletroiacutematildes e as turbinas podem ser
ligadas aos eletroiacutematildes ou agraves armaduras
O movimento de rotaccedilatildeo da turbina provoca
portanto movimento relativo entre a armadura e o
eletroiacutematilde variando o fluxo magneacutetico atraveacutes da espiras e
pela lei da induccedilatildeo eletromagneacutetica de Faraday A cada
meia volta da armadura ocorre alteraccedilatildeo no sentido da
corrente eleacutetrica induzida acarretando com isso geraccedilatildeo
de corrente eleacutetrica alternada
Nas usinas hidreleacutetricas satildeo utilizados
transformadores para elevar a tensatildeo e a energia eacute
transportada para as cidades a alta tensatildeo Os
transformadores que se vecirc nos postes de luz das cidades
satildeo do tipo rebaixadores de tensatildeo baixando a alta
voltagem para 220V em Pelotas por exemplo e para
127V em Porto Alegre
6 REVISAtildeO
Neste capiacutetulo descrevemos as leis de Faraday e
Lenz para o eletromagnetismo Foi abordado que pode-se
gerar corrente eleacutetrica induzida atraveacutes de um condutor
desde que ocorra variaccedilatildeo do campo magneacutetico atraveacutes de
sua superfiacutecie Para determinar o sentido da corrente
eleacutetrica induzida utiliza-se a lei de Lenz
Apresentamos ao final dois exemplos em que os
conceitos de induccedilatildeo eletromagneacutetica se aplicam
diretamente
Figura 610 O movimento de rotaccedilatildeo da
armadura no interior de um campo magneacutetico
constante varia o fluxo magneacutetico gerando
corrente eleacutetrica alternada
fem alternada
Armadura
N
S
~
Figura 69 Respresentaccedilatildeo esquemaacutetica de uma usina
hidreleacutetrica
Fonte httpptwikipediaorgwikiUsina_hidrelC3A9trica
Linhas de distribuiccedilatildeo de energia
Reservatoacuterio
Canal
Duto
Casa de forccedila
Gerador
Turbina
Rio
Usina hidreleacutetrica
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO
4 CAMPO MAGNEacuteTICO EM ESPIRAS CIRCULARES
5 CAMPO MAGNEacuteTICO EM UM SOLENOacuteIDE
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio3_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio4_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio5_Vfinal
Vagner_Texto_Apoio6_Vfinal
TEXTO DE APOIO (capiacutetulo VI) IFSul (Campus Pelotas) amp IF ndash UFRGS OLIVEIRA V VEIT E A ARAUJO I S
42
7 VIacuteDEOS
Para que vocecirc possa se aprofundar nesses
assuntos sugerimos os seguintes viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=b-PpUjLZvlY
httpwwwyoutubecomwatchv=KGTZPTnZBFE
httpwwwyoutubecomwatchv=ZyG7q3SaDD0
httpwwwyoutubecomwatchv=M7d7pB0oeLw
8 BIBLIOGRAFIA
BISCUOLA G J BOcircAS N V DOCA R H Fiacutesica vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Saraiva 2010 BOcircAS N V DOCA R H BISCUOLA G J Toacutepicos de Fiacutesica vol 3 Ed 16 ndash reform e ampl Satildeo Paulo Saraiva 2001 CARRON W GUIMARAtildeES O As Faces da Fiacutesica volume uacutenico Ed 3 Satildeo Paulo Moderna 2006 GASPAR A Compreendendo a Fiacutesica vol 3 Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2010 GASPAR A Fiacutesica Eletromagnetismo e Fiacutesica Moderna vol 3 Ed 1 Satildeo Paulo Aacutetica 2003 GREF - Grupo de Reelaboraccedilatildeo do Ensino de Fiacutesica Fiacutesica 3 eletromagnetismo Ed 2 Satildeo Paulo Edusp 1995 HALLIDAY D RESNICK R KRANE K Fiacutesica vol 3 Ed 4 Rio de Janeiro LTC 1992 HEWITT P G Fiacutesica Conceitual Ed 9 ndash Porto Alegre Bookman 2002 RAMALHO J F GILBERTO N ANTOcircNIO P Os Fundamentos da Fiacutesica vol 3 Ed 8 ndash ver e ampl Satildeo Paulo Moderna 2003 SANTrsquoANA B MARTINI G REIS H C SPINELLI W Conexotildees com a Fiacutesica vol Eletricidade ndash Fiacutesica do Seacuteculo XXI Ed 1 Satildeo Paulo Moderna 2010 SHIGEKIYO C T KAZUHITO Y FUKE L F Os Alicerces da Fiacutesica vol 3 eletricidade Ed 14 Satildeo Paulo Saraiva 2007 TIPLER P A MOSCA G Fiacutesica para cientistas e engenheiros vol 2 eletricidade e magnetismo oacutetica Ed 5 Rio de Janeiro LTC 2006
textos_de_apoiopdf
Vagner_Texto_Apoio1_Vfinal
CAPIacuteTULO I
MAGNETISMO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 IacuteMAtildeS E SUAS CARACTERIacuteSTICAS
21 Polos Magneacuteticos
22 Orientaccedilatildeo Norte-Sul
23 Atraccedilatildeo e repulsatildeo
24 Inseparabilidade dos polos
3 CAMPO MAGNEacuteTICO
31 Caracteriacutesticas das linhas de induccedilatildeo magneacutetica
4 CAMPO MAGNEacuteTICO UNIFORME
5 CAMPO MAGNEacuteTICO DA TERRA
6 REVISAtildeO
7 VIacuteDEOS
8 BIBLIOGRAFIA
Vagner_Texto_Apoio2_Vfinal
CAPIacuteTULO II
ORIGEM DO CAMPO MAGNEacuteTICO
1 INTRODUCcedilAtildeO
2 CAMPO MAGNEacuteTICO AO REDOR DE FIO RETILIacuteNEO