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Textos Selecionados 28 de outubro de 2001

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Page 1: Textos Bonitos

Textos Selecionados

28 de outubro de 2001

Page 2: Textos Bonitos

Apresentação

Este pequeno livro é resultado da compilação de várias mensagens obtidas na Internet,enviadas por diversas pessoas.

São mensagens de encorajamento, que procuram transmitir uma visão positiva da vida.Contem muitos ensinamentos úteis e a mensagem que transmitem realmente nos fazsentir bem.

Decidi fazer uma compilação destas mensagens e formatá-las com o programa LATEXpara tornar mais fácil a sua leitura longe do computador.

Este livro, é claro, nunca ficará completo. A minha intenção é constantemente agregarnovas mensagens. Colaborações são bem-vindas e devem ser enviadas para uma no-va lista criada especificamente com esta finalidade, hospedada no siteYahooGroupsechamadaaltoastral.1

Quem não desejar se cadastrar na lista pode enviar as colaborações diretamente para oendereç[email protected].

Uma das grandes vantagens que a Internet nos traz é a possibilidade do trabalho colabo-rativo. Tenho certeza de que em breve este livro estará muito melhor, tanto no conteúdoquanto em seu projeto gráfico. Minha intenção é liberar novas versões freqüentemente.As novas versões serão anunciadas na listaaltoastral.

No tocante às colaborações, peço que não me enviem material que seja protegido pordireito autoral. A Internet contem uma quantidade enorme de material que pode serusado livremente e eu certamente não tenho a intenção de atrair a ira de ninguém pordistribuição indevida de material protegido.

Tentei não incluir nenhum material protegido por direito autoral. A maioria das mensa-gens que recebi pela Internet não continham nenhuma atribuição de autoria. Caso hajaalguma falha de minha parte, com inclusão indevida de material, por favor me avisemque farei a remoção imediata dos originais.

Este material, no formato PDF e os originais em LATEX podem ser obtidos gratuitamentena Internet2.

A distribuição desta compilação, comercial ou livre, em forma impressa ou eletrôni-

1Os interessados em participar desta lista podem se cadastrar enviando uma mensagem vazia para o ende-reç[email protected].

2http://www.idph.net/livros/textos-selecionados.zip

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ca, é garantida e encorajada. Distribuições impressas devem obrigatoriamente contera localização na Internet de seu equivalente eletrônico, onde deverá estar disponívelgratuitamente. As alterações ou adições a este documento e trabalhos derivados serãoregidas pelas mesmas normas definidas para o documento original e devem ser enviadasa mim para inclusão nos originais.

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Apresentação

Este pequeno livro é resultado da compila-ção de várias mensagens obtidas na Inter-net, enviadas por diversas pessoas.

São mensagens de encorajamento, queprocuram transmitir uma visão positiva davida. Contem muitos ensinamentos úteise a mensagem que transmitem realmentenos faz sentir bem.

Decidi fazer uma compilação destas men-sagens e formatá-las com o programaLATEX para tornar mais fácil a sua leituralonge do computador.

Este livro, é claro, nunca ficará com-pleto. A minha intenção é constante-mente agregar novas mensagens. Co-laborações são bem-vindas e devem serenviadas para uma nova lista criada es-pecificamente com esta finalidade, hos-pedada no siteYahooGroupse chama-da [email protected]. Os in-teressados em participar desta lista de-vem se cadastrar enviando uma mensa-gem vazia para o endereç[email protected].

Quem não desejar se cadastrar na lista po-de enviar as colaborações diretamente parao endereç[email protected].

Uma das grandes vantagens que a Inter-net nos traz é a possibilidade do trabalhocolaborativo. Tenho certeza de que embreve este livro estará muito melhor, tantono conteúdo quanto em seu projeto gráfi-co. Minha intenção é liberar novas versões

freqüentemente. As novas versões serãoanunciadas na listaaltoastral.

No tocante às colaborações, peço que nãome enviem material que seja protegido pordireito autoral. A Internet contem umaquantidade enorme de material que podeser usado livremente e eu certamente nãotenho a intenção de atrair a ira de ninguémpor distribuição indevida de material pro-tegido.

Tentei não incluir nenhum material prote-gido por direito autoral. A maioria dasmensagens que recebi pela Internet nãocontinham nenhuma atribuição de autoria.Caso haja alguma falha de minha parte,com inclusão indevida de material, por fa-vor me avisem que farei a remoção imedi-ata dos originais.

Este material, no formato PDF e os origi-nais em LATEX podem ser obtidos gratuita-mente na Internet3.

A distribuição desta compilação, comerci-al ou livre, em forma impressa ou eletrôni-ca, é garantida e encorajada. Distribuiçõesimpressas devem obrigatoriamente contera localização na Internet de seu equivalen-te eletrônico, onde deverá estar disponívelgratuitamente. As alterações ou adições aeste documento e trabalhos derivados se-rão regidas pelas mesmas normas defini-das para o documento original e devem serenviadas a mim para inclusão nos origi-nais.

3http://www.idph.net/livros/textos-selecionados.zip

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Como você vê a vida?

Era uma vez uma indústria de calçadosaqui no Brasil que desenvolveu um proje-to de exportação de sapatos para a Índia.Em seguida, mandou dois de seus consul-tores a pontos diferentes do País para fazeras primeiras observações do potencial da-quele futuro mercado.

Após alguns dias de pesquisas, um dosconsultores enviou o seguinte fax para adireção da indústria:

“Senhores, cancelem o projeto de exporta-ção de sapatos para a Índia. Aqui ninguémusa sapatos.”

Sem saber desse fax, alguns dias depois osegundo consultor mandou o seu:

“Senhores, tripliquem o projeto da expor-tação de sapatos para a Índia. Aqui nin-guém usa sapatos ainda.”

A mesma situação era um tremendo obs-táculo para um dos consultores e uma fan-tástica oportunidade para outro. Da mes-ma forma, tudo na vida pode ser visto comenfoques e maneiras diferentes.

A sabedoria popular traduz essa situaçãocom a seguinte frase:

“Os tristes acham que o vento geme; osalegres e cheios de espírito afirmam queele canta.”

O mundo é como um espelho que devol-ve a cada pessoa o reflexo de seus própriospensamentos. A maneira como você enca-ra a vida faz toda a diferença.

Olimpíadas Especiais de Se-attle

Há alguns anos atrás, nas OlimpíadasEspeciais de Seattle, nove participantes,todos com deficiência mental ou física,alinharam-se para a largada da corrida dos100 metros rasos. Ao sinal, todos parti-ram, não exatamente em disparada, mascom vontade de dar o melhor de si, termi-nar a corrida e ganhar. Todos, com exce-ção de um garoto, que tropeçou no asfalto,caiu rolando e começou a chorar. Os ou-tros oito ouviram o choro. Diminuíram opasso e olharam para trás. Então eles vira-ram e voltaram. Todos eles. Uma das me-ninas, com Síndrome de Down, ajoelhou,deu um beijo no garoto e disse:

“Pronto, agora vai sarar”.

E todos os nove competidores deram osbraços e andaram juntos até a linha dechegada. O estádio inteiro levantou e osaplausos duraram muitos minutos. E aspessoas que estavam ali, naquele dia, con-tinuam repetindo essa historia até hoje.Porque? Por que, lá no fundo, nós sabe-mos que o que importa nesta vida é maisdo que ganhar sozinho. O que importa nes-ta vida é ajudar os outros a vencer, mesmoque isso signifique diminuir o passo e mu-dar de curso.

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O Valor de um Momento

Para entender o valor de um anopergunte ao estudante que foi reprovado.

Para entender o valor de um mêspergunte a uma mãe que teve um bebê pre-maturo.

Para entender o valor de uma semanapergunte ao editor de um jornal semanal.

Para entender o valor de uma hora,pergunte aos amantes que estão esperandopara se encontrar.

Para entender o valor de um minuto,pergunte a uma pessoa que tenha perdidoo trem.

Para entender o valor de um segundo,pergunte a uma pessoa que acabou de es-capar de um acidente.

Para entender o valor de um milissegundo,pergunte a uma pessoa que ganhou a me-dalha de ouro nos jogos olímpicos.

Aproveite cada momento que tiver!O ontem é história. O amanhã é um misté-rio.

O Hoje é um presente.Por isto se chama presente!!!

O Presente de Insultos

Perto de Tóquio vivia um grande samurai,já idoso, que agora se dedicava a ensinaro zen-budismo aos jovens. Apesar de suaidade, corria a lenda de que ainda era ca-paz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro — conhecidopor sua total falta de escrúpulos apareceupor ali. Era famoso por utilizar a técnicada provocação: esperava que seu adversá-rio fizesse o primeiro movimento e, dotadode uma inteligência privilegiada para repa-rar os erros cometidos, contra-atacava comvelocidade fulminante. O jovem e impa-ciente guerreiro jamais havia perdido umaluta. Conhecendo a reputação do samurai,estava ali para derrotá-lo e aumentar suafama.

Todos os estudantes se manifestaram con-tra a idéia, mas o velho aceitou o desa-fio. Foram todos para a praça da cidade,e o jovem começou a insultar o velho mes-tre. Chutou algumas pedras em sua dire-ção, cuspiu em seu rosto, gritou todos osinsultos conhecidos — ofendendo inclusi-ve seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo,mas o velho permaneceu impassível. Nofinal da tarde, sentindo-se já exausto e hu-milhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.Desapontados pelo fato de que o mestreaceitara tantos insultos e provocações, osalunos perguntaram:

— Como o senhor pode suportar tanta in-dignidade? Por que não usou sua espada,mesmo sabendo que podia perder a luta,ao invés de mostrar-se covarde diante detodos nós?

— Se alguém chega até você com um pre-sente, e você não o aceita, a quem pertenceo presente? — perguntou o samurai.

— A quem tentou entregá—lo — respon-deu um dos discípulos.

— O mesmo vale para a inveja, a raiva,e os insultos — disse o mestre. Quan-

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do não são aceitos, continuam pertencen-do a quem os carregava consigo. “Vocênão precisa mudar a vida. Você só precisaparticipar dela”

De Passagem

No século passado, um turista americanofoi ao Cairo visitar o famoso rabino polo-nês Hafez Asim. O turista ficou surpre-so ao ver que o rabino morava num quartosimples, cheio de livros, onde as únicas pe-ças de mobília eram uma cama, uma mesae um banco.

— Rabi, onde estão seus móveis? — per-guntou o turista.

— E onde estão os seus? — respondeuHafez.

— Os meus? Mas eu somente estou aquide passagem!

— Eu também — disse o Rabino.

PRECISA—SE

➤ De pessoas que tenham os pés naterra e a cabeça nas estrelas.

➤ Capazes de sonhar, sem medo deseus sonhos.

➤ Tão idealistas que transformem seussonhos em metas.

➤ Pessoas tão práticas que sejam capa-zes de tornar suas metas realidade.

➤ Pessoas determinadas que nuncaabram mão de construir seus desti-nos e arquitetar suas vidas.

➤ Que não temam mudanças e saibamtirar proveito delas.

➤ Que tornem seu trabalho objeto deprazer e uma porção substancial derealização pessoal.

➤ Que percebam, na visão e na missãode suas empresas, um forte impulsopara sua própria motivação.

➤ Pessoas com dignidade, que se con-duzam com coerência em seus dis-cursos, seus atos, suas crenças eseus valores.

➤ Precisa-se de pessoas que questio-nem, não pela simples contestação,Mas pela necessidade íntima de sóaplicar as melhores idéias. Pessoasque mostrem sua face serena de par-ceiros legais, sem se mostrar superi-ores nem inferiores, mas...iguais.

➤ Precisa-se de pessoas ávidas poraprender e que se orgulhem de ab-sorver o novo.

➤ Pessoas com coragem para abrir ca-minhos, enfrentar desafios, criar so-luções, correr riscos calculados semmedo de errar.

➤ Precisa-se de pessoas que constru-am suas equipes e se integrem nelas.

➤ Que não tomem para si o poder, massaibam compartilhá—lo.

➤ Pessoas que não se empolguem comseu próprio brilho, mas com o brilhodo resultado alcançado em conjunto.

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➤ Precisa-se de pessoas que enxer-guem as árvores mas também pres-tem atenção na magia da floresta —que tenham a percepção do todo eda parte.

➤ Seres humanos justos, que inspi-rem confiança e demonstrem confi-ança nos parceiros, estimulando-os,energizando-os, sem receio que lhefaçam sombra e sim orgulhando-sedeles.

➤ Precisa-se de pessoas que criem emtorno de si um ambiente de entusi-asmo, de liberdade, de responsabili-dade, de determinação, desrespeitoe de amizade.

➤ Precisa-se de seres racionais. Tãoracionais que compreendam que suarealização pessoal está atrelada à va-zão de suas emoções.

➤ É na emoção que encontramos a ra-zão de viver.

➤ Precisa-se de gente que saiba admi-nistrar COISAS e liderar PESSO-AS.

➤ Precisa-se urgentemente de repensarum novo ser.

Viver Com Equilíbrio

Em uma conferencia numa universidadeamericana, Brian Dyson, ex-presidente daCoca-Cola, falou sobre a relação entre otrabalho e outros compromissos da vida.

Disse ele:

“Imaginem a vida como um jogo, no qualvocês fazem malabarismo com cinco bo-las que planam ao ar. Essas bolas são: otrabalho, a família, a saúde, os amigos e oespírito. O trabalho é uma bola de borra-cha. Se cair, bate no chão e pula para ci-ma. Mas as quatro outras são de vidro. Secaírem no chão quebrarão e ficarão perma-nentemente danificadas.”

Entendam isso e busquem o equilíbrio navida. Como?

➤ Não diminuam seu próprio valor,comparando-se com outras pessoas.Somos todos diferentes. Cada umde nós é um ser especial. Não fi-xem seus objetivos com base no queos outros acham importante. Só vo-cês estão em condições de escolhero que é melhor para vocês próprios;

➤ Dêem valor e respeitem as coi-sas mais queridas ao seus corações.Apeguem-se a elas como a própriavida. Sem elas a vida carece de sen-tido. Não deixem que a vida escorraentre os dedos por viverem no pas-sado ou no futuro. Se viverem umdia de cada vez, viverão todos os di-as de suas vidas;

➤ Não desistam quando ainda são ca-pazes de um esforço a mais. Nadatermina até o momento em que sedeixa de tentar. Não temam admitirque não são perfeitos;

➤ Não temam enfrentar riscos. Cor-rendo riscos é que aprendemos a servalentes;

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➤ Não excluam o amor de suas vidasdizendo que não se pode encontra-lo. A melhor forma de receber amoré dá-lo. A forma mais rápida de fi-car sem amor é apegar-se demasia-do a si próprio. A melhor forma demanter o amor é dar-lhe asas;

➤ Não corram tanto pela vida a pontode esquecerem onde estiveram e pa-ra onde vão;

➤ Não tenham medo de aprender. Oconhecimento é leve, um tesouroque se carrega facilmente;

➤ Não usem imprudentemente o tem-po ou as palavras. Não se podem re-cuperar;

➤ A vida não é uma corrida, mas simuma viagem que deve ser desfrutadaa cada passo;

➤ Lembrem-se: ontem é história, ama-nhã é mistério e hoje é uma dádiva.Por isso se chama “presente”. Vi-vam o presente com muita energia!.”

Estes conselhos para viver com equilíbriosão uma verdadeira lição de vida. Simplese objetivos, eles podem nos levar ao suces-so pessoal e empresarial. Leia e releia es-tes 10 (dez) conselhos e façam um examede consciência. Pessoas equilibradas emo-cionalmente tem mais sucesso, mais ami-gos, enfim, vivem mais e melhor. Nestasemana, pense nisso. Boa Semana. Suces-so!

Pedido de Demissão

Venho, por meio desta, apresentar oficial-mente meu pedido de demissão da catego-ria dos adultos.

Resolvi que quero voltar a ter as respon-sabilidades e as idéias de uma criança deoito anos, no máximo.

Quero acreditar que o mundo é justo, e quetodas as pessoas são honestas e boas.

Quero acreditar que tudo é possível.

Quero que as complexidades da vida pas-sem despercebidas por mim, e quero fi-car encantado com as pequenas maravilhasdeste mundo.

Quero de volta uma vida simples e semcomplicações.

Estou cansado de dias cheios de computa-dores que falham, montanhas de papelada,notícias deprimentes, contas a pagar, fofo-cas, doenças, e necessidade de atribuir umvalor monetário a tudo o que existe.

Não quero mais ter que inventar jeitos parafazer o dinheiro chegar até o dia do próxi-mo pagamento.

Não quero mais ser obrigado a dizer adeusa pessoas queridas e, com elas, a uma parteda minha vida.

Quero ter certeza de que Deus está no céu,e de que, por isso, tudo está direitinho nes-te mundo.

Quero ir ao Mcdonalds ou a pizzaria da es-quina, e achar que é melhor que um restau-rante cinco estrelas.

Quero viajar ao redor do mundo no barqui-

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nho de papel que vou navegar numa poçadeixada pela chuva.

Quero jogar pedrinhas na água e ter tempopara olhar as ondas que elas formam.

Quero achar que as moedas de chocolatesão melhores do que as de verdade, por-que podemos comê—las e ficar com a caratoda lambuzada.

Quero ficar feliz quando amadurece o pri-meiro caju ou a primeira manga, quando ajabuticabeira fica pretinha de fruta.

Quero poder passar as tardes de verão àsombra de uma árvore, construindo caste-los no ar e dividindo-os com meus amigos.

Quero voltar a achar que chicletes e pico-lés são as melhores coisas da vida.

Quero que as maiores competições em queeu tenha de entrar sejam um jogo de gudeou uma partida de futebol...

Eu quero voltar ao tempo em que tudo oque eu sabia era o nome das cores, a tabua-da, as cantigas de roda, a “Batatinha quan-do nasce”, e a “Ave Maria”, e isso não meincomodava nadinha, porque eu não tinhaa menor idéia de quantas coisas eu aindanão sabia...

Voltar ao tempo em que se é feliz, simples-mente porque se vive na bendita ignorân-cia da existência de coisas que podem nospreocupar e aborrecer.

Eu quero acreditar no poder dos sorri-sos, dos abraços, dos agrados, das palavrasgentis, da verdade, da justiça, da paz, dossonhos, da imaginação, dos castelos no are na areia.

E o que é mais: quero estar convencido de

que tudo isso vale muito mais do que o di-nheiro!

Por isso, tomem aqui as chaves do carro, alista do super mercado, as receitas do mé-dico, o talão de cheques, os cartões de cré-dito, o contra-cheque, os crachás de iden-tificação, o pacotão de contas a pagar, adeclaração de renda, a declaracão de bens,as senhas do meu computador e das con-tas no banco, e resolvam as coisas do jeitoque quiserem. A partir de hoje, isso é comvocês, porque eu estou me demitindo ......

Você Não Está Sozinho

Descalça e suja, a pequena garota ficavasentada no parque olhando as pessoas. Elanunca tentava falar, não dizia uma únicapalavra. Muitas pessoas passavam por ela,mas nenhuma sequer lhe largava um sim-ples olhar, ninguém parava, inclusive eu.

Outro dia, decidi voltar ao parque curiosopara ver se a pequena garota ainda estarialá.

Exatamente no mesmo lugar do dia anteri-or, ela estava empoleirada no alto do ban-co com o olhar mais triste do mundo. Mashoje eu não pude simplesmente passar aolargo, preocupado somente com meus afa-zeres.

Ao contrario, me vi caminhando ao en-contro dela. Pelo que todos sabemos, umparque cheio de pessoas estranhas não éum lugar adequado para crianças brinca-rem sozinhas.

Quando comecei a me aproximar, pude ver

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que as costas do seu vestido indicavamuma deformidade. Concluí que esta era arazão pela qual as pessoas simplesmentepassavam e não faziam esforço algum emse importar com ela.

Quando cheguei mais perto a garotinhalentamente baixou os olhos para evitarmeu intenso olhar. Pude ver então, o con-torno de suas costas mais claramente. Elaera grotescamente corcunda.

Sorri para lhe mostrar que estava bem eque estava lá para ajudar e conversar. Mesentei ao lado dela e iniciei com um “olá”.A garota reagiu chocada e balbuciou um“oi” após fixar intensamente meus olhos.Sorri e ela timidamente sorriu de volta.Conversamos até o anoitecer quando o par-que já estava completamente vazio. Todostinham ido e estávamos sós.

Perguntei por que a garotinha estava tãotriste. Ela olhou para mim e me disse:

— Porque sou diferente.

Imediatamente respondi sorrindo:

— Sim você é.

A garotinha ficou ainda mais triste dizen-do:

— Eu sei.

— Gatinha — eu disse — você me lembraum anjo, doce e inocente.

Ela olhou para mim, sorriu lentamente,levantou-se e disse:

— De verdade ?

— Sim, você parece um pequeno anjoda guarda mandado para olhar todas estaspessoas que passam por aqui.

Ela concordou com a cabeça, abriu suasasas e piscando os olhos falou:

— Sim, sou seu anjo da guarda.

Fiquei sem palavras e certo de que estavatendo visões. Ela finalizou:

— Quando você parou de pensar unica-mente em você, meu trabalho aqui foi rea-lizado.

Imediatamente me levantei...

— Espere, por que então ninguém maisparou para ajudar um anjo ?

— Porque somente você tinha a capacida-de de me ver.

E desapareceu...

Com isto minha vida foi mudada drasti-camente. Quando você pensar que estacompletamente só, lembre-se, seu anjo es-tá sempre junto de você. O meu estava...

Trabalho

Álvaro trabalhava em uma empresa. Fun-cionário sério, dedicado, cumpridor de su-as obrigações e, por isso mesmo já comseus 20 anos de casa. Um belo dia, ele vaiao dono da empresa para fazer uma recla-mação:

— Patrão, tenho trabalhado durante estes20 anos em sua empresa com toda a dedi-cação, só que me sinto um tanto injustiça-do. O Juca, que está conosco há somentetrês anos, está ganhando mais do que eu.O patrão, fingindo não ouvi-lo disse:

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— Foi bom você vir aqui. Tenho um pro-blema para resolver e você poderá faze-lo.Estou querendo dar frutas como sobreme-sa ao nosso pessoal após o almoço hoje.Aqui na esquina tem uma barraca. Vá atélá e verifique se eles têm abacaxi. Álva-ro, sem entender direito, saiu da sala e foicumprir a missão.

Em cinco minutos estava de volta.

— E aí Álvaro?

— Verifiquei como o senhor mandou. Omoço tem abacaxi. — E quanto custa?

— Isso eu não perguntei não.

— Eles tem quantidade suficiente paraatender a todos os funcionários?

— Também não perguntei isso não.

— Há alguma outra fruta com que possasubstituir o abacaxi?

— Não sei não...

— Muito bem Álvaro. Sente-se ali naque-la cadeira e me aguarde um pouco.

O patrão pegou o telefone e mandou cha-mar o Juca. Deu a ele a mesma orientaçãoque dera ao Álvaro:

— Estou querendo dar frutas como sobre-mesa ao nosso pessoal após o almoço hoje.Aqui na esquina tem uma barraca. Vá atélá e verifique se eles têm abacaxi.

Em oito minutos, o Juca voltou.

— E então? — indagou o patrão.

— Eles têm abacaxi sim e em quantidadesuficiente para todo nosso pessoal e se osenhor preferir, tem também laranja, bana-

na, melão e mamão. O abacaxi estão ven-dendo a R$ 1,50 cada; a banana e o mamãoa R$ 1,00 o quilo; o melão R$ 1,20 a uni-dade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já des-cascada. Mas como eu disse que a compraseria em grande quantidade, eles darão umdesconto de 15%. Deixei reservado. Con-forme o senhor decidir, volto lá e confirmo— explicou o Juca.

Agradecendo pelas informações, o patrãodispensou-o. Voltou-se para o Álvaro,que permaneceu sentado ao seu lado eperguntou-lhe:

— Álvaro, o que foi que você estava mes-mo me dizendo?

— Nada sério não patrão. Esqueça. Comsua licença. E o Álvaro deixou a sala...

Exemplo

A mãe trouxe seu filho ao MahatmaGandhi. Ela implorou:

— Por favor, Mahatma. Diga ao meu filhoque ele pare de comer açúcar.

Gandhi fez uma pausa e disse:

— Traga seu filho de volta em duas sema-nas.

Confusa, a mulher agradeceu e disse quefaria o que o Mahatma pediu. Duas sema-nas mais tarde, ela retornou com seu filho.Gandhi olhou o jovem nos olhos e disse:

— Pare de comer açúcar.

Agradecida, mas inconformada, a mulherperguntou:

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— Mahatma, por que o senhor me pediupara trazê-lo em duas semanas? O senhorpoderia ter dito a ele, como fez agora, háduas semanas atrás.

Gandhi respondeu:

— Duas semanas atrás, eu estava comendoaçúcar.

A melhor forma de se educar é através doexemplo. Antes de exigir uma atitude mo-ral, seja o exemplo.

Aproveite Cada Momento

Um amigo meu abriu a gaveta da cômodade sua esposa e pegou um pequeno pacoteembrulhado com papel de seda: “Isto —disse ele — não é um simples pacote.”

Tirou o papel que o envolvia e observou abonita seda e caixa.

“Ela comprou isto na primeira vez que fo-mos a Nova York, há uns 8 ou 9 anos.Nunca o usou. Estava guardando-o parauma ocasião especial. Bem, creio que estaé a ocasião.”

Aproximou-se da cama e colocou a pren-da junto com as outras roupas que ia levarpara a funerária. Sua esposa tinha acaba-do de morrer. Virando-se para mim, disse:“Não guarde nada para uma ocasião espe-cial. Cada dia que se vive é uma ocasiãoespecial”. Ainda estou pensando nestaspalavras... já mudaram minha vida. Agoraestou lendo mais e limpando menos.

Sento-me no terraço e admiro a vista sempreocupar-me com as pragas, fico mais

tempo com minha família e menos tempono trabalho. Compreendi que a vida deveser uma fonte de experiências a desfrutar,não para sobreviver. Já não guardo nada.Uso meus copos de cristal todos os dias.Coloco uma roupa nova para ir ao super-mercado, se me dá vontade. Já não guardomeu melhor perfume para ocasiões especi-ais, uso-o quando tenho vontade.

As frases “algum dia...” e “qualquer dia...”estão desaparecendo de meu vocabulário.Se vale a pena ver, escutar ou fazer, querover, escutar ou fazer agora. Não estou cer-to do que teria feito a esposa de meu ami-go se soubesse que não estaria aqui para apróxima manhã que todos nós ignoramos.Creio que teria chamado seus familiares eamigos mais próximos.

Talvez chamasse alguns amigos antigospara desculpar-se e fazer as pazes por pos-síveis desgostos do passado. Gosto depensar que teria ido comer comida chine-sa, sua favorita. São estas pequenas coisasdeixadas por fazer que me fariam desgos-toso se eu soubesse que minhas horas estãolimitadas. Desgostoso, porque deixaria dever amigos com quem iria encontrar car-tas... cartas que pensava escrever “qual-quer dia destes”.

Desgostoso e triste, porque não disse ameus irmãos e meus filhos, com suficien-te freqüência, que os amo. Agora, trato denão atrasar, adiar ou guardar nada que tra-ria risos e alegria para nossas vidas. E acada manhã, digo a mim mesmo que esteserá um dia especial. Cada dia, cada hora,cada minuto, é especial.

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Mensagem do Dalai Lama

➤ Pense positivo! Abaixo está o Tan-tra Totem de Boa Sorte do Nepal.

➤ Dê mais às pessoas do que elas es-peram e faça-o com alegria.

➤ Decore seu poema favorito.

➤ Não acredite em tudo que você ou-ve, gaste tudo o que você puder edurma tanto quanto queira.

➤ Quando disser “eu te amo”, seja ver-dadeiro.

➤ Quando disser “sinto muito”, olhe apessoa nos olhos.

➤ Fique noivo pelo menos 06 mesesantes de se casar.

➤ Acredite em amor à primeira vista.

➤ Nunca ria dos sonhos de outras pes-soas.

➤ Ame profundamente e com paixão.Você pode se machucar mas é a úni-ca forma de viver completamente.

➤ Em desentendimento, brigue de for-ma justa. Não use palavrões.

➤ Não julgue as pessoas pelos seus pa-rentes.

➤ Fale devagar, mas pense com rapi-dez.

➤ Quando alguém perguntar algo quenão quer responder, sorria e pergun-te: Porque você quer saber?

➤ Lembre-se que grandes amores egrandes conquistas envolvem riscos.

➤ Ligue para sua mãe.

➤ Diga “saúde” quando alguém espir-rar.

➤ Quando se der conta que cometeuum erro, tome as atitudes necessá-rias.

➤ Quando você perder, não perca a li-ção,

➤ Lembre-se dos três Rs:Respeito à si próprio,Respeito ao próximo,Responsabilidade por suas ações.

➤ Não deixe uma pequena disputa fe-rir uma amizade.

➤ Sorria ao falar ao telefone. A pes-soa que estiver chamando, ouvirá is-so em sua voz.

➤ Case com alguém que você gostede conversar. Ao envelhecerem, su-as aptidões de conversação serão tãoimportantes quanto qualquer outra.

➤ Passe mais tempo sozinho.

➤ Lembre-se de que o silêncio às ve-zes, é a melhor resposta.

➤ Leia mais livros e assista menos TV.

➤ Viva uma vida boa e honrada, assim,quando você ficar velho e olhar paratrás, poderá aproveitá—la mais umavez.

➤ Confie em Deus, mas tranque o car-ro.

➤ Uma atmosfera de amor em sua ca-sa, é importante. Faça tudo que pu-der para criar uma lar tranqüilo ecom harmonia.

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➤ Em desentendimento com entesqueridos, enfoque a situação atual.Não fale do passado.

➤ Leia o que está nas entrelinhas.

➤ Reparta os seus conhecimentos. Éuma forma de alcançar a imortalida-de.

➤ Seja gentil com o planeta.

➤ Ore. Há um poder incomensurávelnisso.

➤ Nunca interrompa quando estiversendo elogiado.

➤ Cuide de sua própria vida.

➤ Não confie em alguém que não fe-che os olhos enquanto beija

➤ Uma vez por ano, vá a algum lugaronde você nunca esteve.

➤ Se você ganhar muito dinheiro,coloque-o a serviço de ajudar outrosenquanto você for vivo. Esta é amaior satisfação da riqueza.

➤ Lembre-se que o melhor relaciona-mento é aquele onde o amor pelooutro é maior do que a necessidadede um pelo outro.

➤ Julgue seu sucesso pelas coisas queteve que renunciar para consegui-lo.

➤ Lembre-se que seu caráter é seu des-tino.

➤ Usufrua o amor e a culinária comabandono total.

A Cor do Mundo

O ancião descansava sentado em um velhobanco à sombra de uma árvore, quando foiabordado pelo motorista de um automóvelque estacionou a seu lado:

— Bom dia!

— Bom dia! Respondeu o ancião.

— O senhor mora aqui?

— Sim, há muitos anos...

— Venho de mudança e gostaria de sabercomo é o povo daqui. Como o senhor vi-ve aqui há tanto tempo deve conhecê—lomuito bem.

— É verdade, falou o ancião. Mas por fa-vor me fale antes da cidade de onde vem.

— Ah! É ótima. Maravilhosa! Gente boa,fraterna... Fiz lá muitos amigos. Só a dei-xei por imperativos da profissão.

— Pois bem, meu filho. Esta cidade é exa-tamente igual. Vai gostar daqui.

O forasteiro agradeceu e partiu.

Minutos depois apareceu outro motorista etambém se dirigiu ao ancião:

— Estou chegando para morar aqui. O queme diz do lugar?

O ancião, lançou-lhe a mesma pergunta:

— Como é a cidade de onde vem?

— Horrível! Povo orgulhoso, cheio depreconceitos, arrogante! Não fiz um úni-co amigo naquele lugar horroroso!

— Sinto muito, meu filho, pois aqui você

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encontrará o mesmo ambiente...

Todos vemos no mundo e nas pessoas algodo que somos, do que pensamos, de nossamaneira de ser.

Se somos nervosos, agressivos ou pessi-mistas, veremos tudo pela ótica de nossastendências, imaginando conviver com gen-te assim.

Em outras palavras, o mundo tem a cor quelhe damos através das nossas lentes.

Se nossas lentes estão escurecidas pelopessimismo, tudo à nossa volta nos parece-rá escuro. Tudo, para nós, parecerá cons-tantemente envolto em trevas.

Se nossas lentes estão turvadas pelo desâ-nimo, o universo que nos rodeia se apre-senta desesperador. Mas, se ao contrário,nossas lentes estão clarificadas pelo oti-mismo, sentiremos que em todas as situ-ações há aspectos positivos.

Se o entusiasmo é o detergente das nossaslentes, perceberemos a vida em variadosmatizes de luzes e cores.

A cor do mundo, portanto, depende danossa ótica. O exterior estará sempre re-fletindo o que levamos no interior.

( Uma razão para viver, cap. A cor domundo)

Citações

➤ Não leve a vida tão a sério. Afinal,você não vai sair vivo dela mesmo.

➤ Existem dois tipos de esparadrapo:

os que não grudam e os que não sa-em.

➤ Amigos: ganha-se e perde-se. Ini-migos, acumula-se.

➤ Dizei-me com quem andas e direi sevou contigo.

➤ Funcionários públicos: nunca tantosfizeram tão pouco em tanto tempo.

➤ Qualquer idiota é capaz de pintarum quadro, mas somente um gênioé capaz de vende-lo.

➤ Mais valem duas abelhas voando doque uma na mão.

➤ O que o instrutor da escola de kami-kases disse para os alunos? Prestematenção, que só vou fazer uma vez.

➤ Deus criou o homem antes da mu-lher para não ter que ouvir palpites.

➤ Tudo é relativo. O tempo que duraum minuto depende de que lado daporta do banheiro você esta.

➤ A prática leva à perfeição, exceto naroleta russa.

➤ Se você tentou falhar e conseguiu,você descobriu o que é paradoxo.

➤ O asterisco nada mais é do que umponto final hippie.

➤ Até um imbecil passa por inteligen-te se ficar calado.

➤ No boxe, geralmente o juiz é a únicapessoa que sabe contar até dez.

➤ O mais nobre dos cachorros é ocachorro-quente: alimenta a mãoque o morde.

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➤ A advocacia é uma maneira legal deburlar a justiça.

➤ Júri: grupo de pessoas cuja tarefa édecidir quem tem o melhor advoga-do.

➤ As leis são como as salsichas: me-lhor não ver como foram feitas.

➤ Os crentes são contra o corpo debombeiros, pois só Cristo salva.

➤ Arqueólogo: alguém cuja carreiraestá em ruínas.

➤ Cultura é o que teria o açougueiro sefosse cirurgião.

➤ Você não pode ter tudo... onde vocêcolocaria?

➤ Roubar idéias de uma pessoa é pla-gio. Roubar de varias, é pesquisa.

➤ Viva cada dia como se fosse o últi-mo. Um dia você acerta.

➤ Não tenha medo do teste de AIDS.Ele também tem um lado positivo.

➤ O bom do trabalho em equipe, é quese algo der errado sempre se poderáculpar alguém.

➤ Não se ache horrível pela manhã,acorde ao meio-dia.

➤ Evite acidentes. Faça de propósito.

➤ Na minha lápide podem escrever oseguinte: a partir de agora, não con-tem mais comigo.

➤ Canela: dispositivo para se encon-trar móveis no escuro.

➤ Menstruação é ruim, mas ruim mes-mo é quando ela não vem.

Não deixe para amanhã . . .

Era uma vez... Um garoto que nasceu comuma doença que não tinha cura.

Tinha 17 anos e podia morrer a qualquermomento. Sempre viveu na casa de seuspais, sob o cuidado constante de sua mãe.Um dia decidiu sair sozinho e, com a per-missão da mãe, caminhou pela sua quadra,olhando as vitrines e as pessoas que pas-savam. Ao passar por uma loja de discos,notou a presença de uma garota, mais oumenos da sua idade, que parecia ser feitade ternura e beleza. Foi amor a primeiravista.

Abriu a porta e entrou, sem olhar para maisnada que não a sua amada.

Aproximando-se timidamente, chegou aobalcão onde ela estava.

Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso eperguntou se podia ajudá—lo em algumacoisa. Era o sorriso mais lindo que ele jáhavia visto, e a emoção foi tão forte queele mal conseguiu dizer que queria com-prar um CD.

Pegou o primeiro que encontrou, sem nemolhar de quem era, e disse “Esse aqui”.“Quer que embrulhe para presente?” per-guntou a garota sorrindo ainda mais e elesó mexeu com a cabeça para dizer que sim.

Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois,com o CD muito bem embalado.

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Ele pegou o pacote e saiu, louco de vonta-de de ficar por ali, admirando aquela figuradivina.

Daquele dia em diante, todas as tardes vol-tava a loja de discos e comprava um CDqualquer. Todas as vezes a garota deixavao balcão e voltava com um embrulho ca-da vez mais bem feito, que ele guardavano closet, sem nem abrir. Ele estava apai-xonado, mas tinha medo da reação dela, eassim, por mais que ela sempre o recebes-se com um sorriso doce, não tinha cora-gem para convidá—la para sair e conver-sar. Comentou sobre isso com sua mãe eela o incentivou, muito, a chamá—la parasair.

Um dia, ele se encheu de coragem e foipara a loja. Como todos os dias com-prou outro CD e, como sempre, ela foiembrulhá—lo. Quando ela não estava ven-do, escondeu um papel com seu nome etelefone no balcão e saiu da loja correndo.

No dia seguinte o telefone tocou e a mãedo jovem atendeu. Era a garota pergun-tando por ele. A mãe, desconsolada, nemperguntou quem era, começou a chorar edisse: “Então, você não sabe? Faleceu es-sa manhã”.

Mais tarde, a mãe entrou no quarto do fi-lho, para olhar suas roupas e ficou muitosurpresa com a quantidade de CDs, todosembrulhados.

Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Aofaze-lo, viu cair um pequeno pedaço depapel, onde estava escrito: “Você é mui-to simpático, não quer me convidar parasair? Eu adoraria”. Emocionada, a mãeabriu outro CD e dele também caiu umpapel que dizia o mesmo, e assim todosquantos ela abriu traziam uma mensagem

de carinho e a esperança de conhecer aque-le rapaz.

Assim é a vida: não espere demais para di-zer a alguém especial aquilo que você sen-te.

Honda

Um homem investe tudo o que tem numapequena oficina. Trabalha dia e noite, in-clusive dormindo na própria oficina. Parapoder continuar nos negócios, empenha aspróprias jóias da esposa. Quando apresen-tou o resultado final de seu trabalho a umagrande empresa, dizem-lhe que seu produ-to não atende ao padrão de qualidade exi-gido.

O homem desiste?

Não!

Volta a escola por mais dois anos, sendovítima da maior gozação dos seus cole-gas e de alguns professores que o taxavamde “visionário”. O homem fica chateado?Não!

Após dois anos, a empresa que o recusoufinalmente fecha contrato com ele. Du-rante a guerra, sua fábrica é bombardeadaduas vezes, sendo que grande parte dela édestruída.

O homem se desespera e desiste?

Não!

Reconstrói sua fábrica.

Mas, um terremoto novamente a arrasa.

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Essa é a gota d’água e o homem desiste?

Não!

Imediatamente após a guerra segue-se umagrande escassez de gasolina em todo o paíse este homem não pode sair de automóvelnem para comprar comida para a família.

Ele entre em pânico e desiste?

Não!

Criativo, ele adapta um pequeno motor àsua bicicleta e sai às ruas.

Os vizinhos ficam maravilhados e todosquerem também as chamadas “bicicletasmotorizadas”.

A demanda por motores aumenta muito elogo ele fica sem mercadoria.

Decide então montar uma fábrica para essanovíssima invenção.

Como não tem capital, resolve pedir ajudapara mais de quinze mil lojas espalhadaspelo país.

Como a idéia é boa, consegue apoio demais ou menos cinco mil lojas, que lhe adi-antam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história: hoje a Honda Cor-poration é um dos maiores impérios da in-dústria automobilística japonesa, conheci-da e respeitada no mundo inteiro.

Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seufundador, não se deixou abater pelos terrí-veis obstáculos que encontrou pela frente.

“Quem sabe faz a hora, não espera aconte-cer"!

Você pode estar a um passo do sucesso e

da sua realização.

Dê mais passo, trabalhe mais um dia, acre-dite mais uma vez, levante a cabeça maisuma vez, acredite mais um dia em você,ame mais um dia, sorria mais um dia, per-sista mais um dia.

O Ontem é história, o Amanhã ainda nãoexiste, só temos o Hoje.

Vamos persistir somente Hoje e esquecero Ontem que já morreu e o Amanhã queainda não nasceu....

Saudade

Eu não entrei no supermercado particular-mente interessada em comprar mantimen-tos. Eu não tinha fome. A dor de perdermeu marido de 37 anos ainda estava muitoforte. E este supermercado guardava di-versas doces recordações.

Rudy vinha freqüentemente comigo e qua-se toda vez ele pretenderia procurar algoespecial. Eu até já sabia o que. Eu sempreo via caminhando pelo corredor com trêsrosas amarelas em suas mãos.

Rudy amava rosas amarelas. Com um co-ração cheio de pesar, eu só queria comprarmeus poucos artigos e partir, mas ir ao su-permercado para fazer compras era muitodiferente desde que Rudy tinha partido.

Fazer compras sem uma pessoa leva tem-po, um pouco mais de tempo do que emduas pessoas. Ao escolher a carne, eu pro-curei um bife pequeno perfeito e me lem-brei de como Rudy gostava do seu bife. Derepente uma mulher veio ao meu lado Ela

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era loira, esbelta e adorável em um conjun-to verde claro. Eu a observei quando elaapanhou um pacote grande de bifes T—bone, os colocou na cestinha hesitante, eentão os repôs na gôndola . Ela virou pa-ra ir embora e uma vez mais olhou para opacote de bifes. Ela me viu a observandoe sorriu.

“Meu marido ama T-bones, mas honesta-mente, a estes preços, não sei não”.

Eu engoli a emoção e encarei seus olhosazuis pálidos. “Meu marido faleceu há oi-to dias atrás” eu lhe disse. Enquanto olha-va o pacote nas mãos dela, eu lutei paracontrolar o tremor em minha voz. “Com-pre os bifes para ele. E aprecie todo mo-mento em que estiverem juntos “.

Ela tremeu sua cabeça e eu vi a emoçãonos seus olhos enquanto ela colocava o pa-cote na sua cesta. Eu me virei e empurreimeu carrinho pela loja até os produtos deleiteria. Lá estava eu tentando decidir quala quantidade de leite eu deveria comprar.Um quarto de litro, eu decidi finalmentee passei para a seção de sorvete perto dafrente da loja. Eu coloquei o sorvete emmeu carrinho e olhei para o corredor emfrente. Eu vi a roupa verde primeiro, entãoreconheci a bonita senhora que vinha emminha direção. Nos braços dela havia umpacote. Em seu rosto havia o sorriso maisluminoso que eu jamais tinha visto. Eu ju-raria que um halo suave cercou seu cabeloloiro enquanto ela continuava caminhandoem minha direção, os olhos dela fixos nosmeus. Quando ela chegou mais perto, euvi o que ela segurava e lágrimas começa-ram a nublar meus olhos.

“Elas são para você” ela disse e colocoutrês rosas amarelas longas e bonitas em

meus braços”. Quando você passar pelocaixa, eles saberão que elas já estão pa-gas”. Ela se inclinou e deu um beijo gen-til em minha bochecha, então sorriu nova-mente.

Eu quis lhe contar o que ela tinha feito, oque as rosas significavam, mas ainda im-possibilitada de falar, eu assisti enquantoela ia embora enquanto as lágrimas nubla-vam a minha visão. Eu olhei para as rosasbonitas aconchegadas em embrulho verdee achei que isso era quase irreal.

Como ela soube?

De repente a resposta parecia tão clara. Eunão estava só. “Oh, Rudy, você não me es-queceu, não é?” Eu sussurrei, com lágri-mas nos olhos. Ele ainda estava comigo, eela era o anjo dele.

Todos os dias seja grato pelo o que vocêtem e por quem você é. Por favor leia tudodisto, é realmente agradável!

Embora eu aperte meus ouvidos e reclamequando o despertador soa, obrigado, Se-nhor pois eu posso ouvir. Há muitos quesão surdos.

Embora eu mantenha meus olhos fecha-dos contra a luz matutina, obrigado, Se-nhor pois eu posso ver. Muitos são cegos.

Embora me seja difícil levantar da camade manhã, obrigado Senhor, pois eu tenhoa força para me levantar. Há muitos queestão acamados.

Embora a primeira hora de meu dia sejasempre apressada, quando as meias estãoperdidas, o café da manhã é queimado, apaciência é pequena e minhas crianças fa-lam tão alto, obrigado, Senhor, pela minha

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família. Há muitos que estão sós.

Embora nossa mesa de café da manhã nun-ca se pareça com os anúncios em revistase o cardápio está às vezes desequilibrado,obrigado, Senhor, pela comida temos. Hámuitos que têm fome.

Embora a rotina de meu trabalho sejafreqüentemente monótona, obrigado, Se-nhor, pela oportunidade de trabalhar. Hámuitos que não têm nenhum trabalho.

Embora eu murmure e lamente meu desti-no a cada dia e deseje que minhas circuns-tâncias não sejam tão modestas, obrigado,Senhor, pela vida!

Fundações do realinhamento

Se você construiu castelos no ar, não terádesperdiçado seu trabalho, pois no alto éonde devem estar. Agora coloque funda-ções embaixo deles.

HENRY DAVID THOREAUNaturalista e Escritor norte-americano,1817—1862

Questão de Escolha

Mauro era um tipo de pessoa que todosadorariam conhecer. Ele sempre estava dealto astral e sempre tinha algo positivo pa-ra dizer. Quando alguém lhe perguntava:Como vai você?, ele respondia: Melhorque isso, só dois disso!.

Ele era o único gerente de uma cadeia derestaurantes, e todos seguiam o seu exem-plo. A razão disso eram as atitudes deMauro; ele era naturalmente motivador.

Se algum empregado estivesse tendo ummau dia, Mauro prontamente estava la,contando ao empregado como olhar pelolado positivo da situação. Eu observavaseu estilo que, realmente, me deixava cu-rioso. Então um dia, disse ao Mauro: Eunão acredito! Você não pode ser uma pes-soa positiva o tempo todo...

Como você consegue ?

Toda manhã eu acordo e digo a mim mes-mo: Mauro você tem duas escolhas hoje;escolher estar de alto astral ou escolher es-tar de baixo astral... Então eu escolho es-tar de alto astral. A todo momento acon-tece alguma coisa desagradável; eu pos-so ser vitima da situacão ou posso esco-lher aprender algo com isso. Eu escolhoaprender algo com isso! A todo momen-to alguém vem reclamar da vida comigo;eu posso escolher aceitar a reclamação ouposso escolher apontar o lado positivo davida para a pessoa. Eu escolho o lado po-sitivo da vida.

Então argumentei:

Tá certo! Mas não e tão fácil assim!

E Mauro disse: É fácil sim! A vida con-siste em escolhas. Quando você tira deci-sões a serem tomadas, você escolhe comoreagir a situações. Você escolhe como aspessoas irão afetar o seu astral. Você esco-lhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso...Em suma, como você vive sua vida!

Refleti sobre o que Mauro disse.

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Algum tempo depois abri meu próprio ne-gocio. Por força da nova atividade perde-mos contato, mas freqüentemente eu pen-sava nele quando tomava a decisão de vi-ver ao invés de ficar reagindo as coisas.

Alguns anos mais tarde, eu ouvi dizer queMauro havia feito algo que nunca se de-ve fazer. Ele deixou a porta dos fundosdo restaurante aberta e, conseqüentemen-te, foi rendido por 3 assaltantes armados.Enquanto ele tentava abrir o cofre, tremen-do de nervoso, errou a combinação do co-fre. Os ladrões entraram em pânico, ati-raram nele e fugiram. Por sorte, Maurofoi encontrado relativamente rápido, e le-vado as pressas ao Pronto—Socorro local.Mauro foi liberado do hospital com algunsfragmentos de balas ainda em seu corpo.

Encontrei com Mauro seis meses depoisdo acidente e perguntei: Como vai você?

E ele respondeu: — Melhor que isso, sódois disso! Quer ver minhas cicatrizes?Enquanto eu olhava as cicatrizes, pergun-tei o que passou pela sua mente quando osladrões invadiram o restaurante.

— A primeira coisa que veio a minha ca-beça foi que eu deveria ter trancado a portados fundos.Então depois, quando eu esta-va baleado no chão, lembrei que eu tinhaduas escolhas. Eu podia escolher viver oupodia escolher morrer. Eu escolhi Viver!

Então perguntei: Você não ficou com me-do? Não perdeu os sentidos? Mauro con-tinuou: Os paramédicos eram ótimos. Fi-caram o tempo todo me dizendo que tudoia dar certo, que tudo ia ficar bem. Mas,quando eles me levaram de maca para asala de emergência e eu vi as expressõesno rosto dos médicos e enfermeiras, fiqueicom medo. Nos olhos deles eu lia: Ele é

um homem morto!, mas eu sabia que tinhaque fazer alguma coisa.

Então perguntei: O que você fez?

Bem, havia uma enfermeira grande e forteme fazendo perguntas... Ela perguntou seeu era alérgico a alguma coisa... Respon-di: Sim! Os médicos e enfermeiras para-ram imediatamente esperando por minharesposta... Eu respirei fundo e respondi:Sou alérgico a balas! Enquanto eles riameu disse: Eu estou escolhendo viver. Meoperem como se estivesse vivo, não mor-to! Mauro sobreviveu graças a experiênciae habilidade dos médicos, mas também porcausa de sua atitude espetacular. Eu apren-di com ele que todos os dias temos que es-colher viver a vida em sua plenitude, viverpor completo. Atitude, entretanto, é tudo.

Mal Entendido

Sempre que for enviar um e-mail para al-guém, é melhor certificar-se do endereço,para que um mal-entendido não aconteça...

Um homem deixou as ruas cheias de ne-ve de Chicago para umas férias na ensola-rada Flórida. Sua esposa estava viajandoa negócios e estava planejando encontrá—lo lá no dia seguinte. Quando chegou aohotel resolveu mandar um e-mail para suamulher. Como não achou o papelzinho emque tinha anotado o endereço do e-mail de-la, tirou da memória o que lembrava e tor-ceu para que estivesse certo.

Infelizmente ele errou uma letra, e a men-sagem foi para uma mulher de um pastor.Este pastor havia morrido no dia anteri-

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or. Quando ela foi checar os seus e-mails,deu uma olhada no monitor, deu um gritode profundo horror e caiu dura e morta nochão. Ao ouvir o grito, sua família correupara o quarto e leu o seguinte na tela domonitor:

“Querida esposa, Acabei de chegar. Foiuma longa viagem. Aqui é tudo muito bo-nito. Muitas árvores, jardins... Apesar desó estar aqui há poucas horas, já estou gos-tando muito. Agora vou descansar. Faleiaqui com o pessoal e está tudo preparadopara sua chegada amanhã. Tenho certezaque você também vai gostar...”

Beijos do seu eterno e amoroso marido.

PS: “Está fazendo um calor infernalaqui!!!”

Trem da Vida

Isso mesmo, a vida não passa de uma vi-agem de trem, cheia de embarques e de-sembarques, alguns acidentes, surpresasagradáveis em alguns embarques e gran-des tristezas em outros. Quando nasce-mos, entramos nesse trem e nos depara-mos com algumas pessoas que julgamosque estarão sempre nessa viagem conos-co; nossos pais. Infelizmente isso não éverdade, em alguma estação eles descerãoe nos deixarão órfãos de seu carinho, ami-zade e companhia insubstituível, mas issonão impede que durante a viagem, pessoasinteressantes e que virão a ser super espe-ciais para nós, embarquem.

Chegam nossos irmãos, amigos, e amoresmaravilhosos. Muitas pessoas tomam esse

trem apenas a passeio, outros encontramnessa viagem somente tristezas, ainda ou-tros circularão pelo trem prontos a ajudarquem precisa. Muitos descem e deixamsaudades eternas, outros tantos passam porele de uma forma que quando desocupamseu acento, ninguém nem sequer percebe.Curioso é constatar que alguns passagei-ros que nos são tão caros acomodam-seem vagões diferentes dos nossos — por-tanto somos obrigados a fazer esse trajetoseparados deles, o que não impede, é claro,que durante ele atravessemos com grandedificuldade nosso vagão e cheguemos atéeles....só que infelizmente jamais podere-mos sentar ao seu lado, pois já terá alguémocupando aquele lugar. Não importa, é as-sim a viagem, cheia de atropelos, sonhos,fantasias, esperas, despedidas... Porém, ja-mais retornos.

Façamos essa viagem então, da melhormaneira possível, tentando nos relacionarbem com todos os passageiros, procuran-do em cada um deles o que tiverem demelhor, lembrando sempre que em algummomento do trajeto eles poderão fraque-jar e provavelmente precisaremos enten-der isso, porque nós também fraquejare-mos muitas vezes e com certeza haverá al-guém que nos entenderá. O grande misté-rio afinal, é que jamais saberemos em qualparada desceremos, muito menos nossoscompanheiros, nem mesmo aquele que es-tá sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando se quando descer dessetrem sentirei saudades....acredito que sim,me separar de alguns amigos que fiz neleserá no mínimo dolorido, deixar meus fi-lhos continuarem a viagem sozinhos comcerteza será muito triste, mas me agarro naesperança que em algum momento estareina estação principal e terei a grande emo-

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ção de vê—los chegar com uma bagagemque não tinham quando embarcaram... e oque vai me deixar feliz será pensar que eucolaborei pra que ela tenha crescido e setornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estadanesse trem seja tranqüila, que tenha validoa pena e que quando chegar a hora de de-sembarcarmos, o nosso lugar vazio tragasaudades e boas recordações para aquelesque prosseguirem a viagem.

O Bambu

Depois de plantada a semente deste incrí-vel arbusto, não se vê nada, absolutamentenada, por 4 anos — exceto o lento desa-brochar de um diminuto broto, a partir dobulbo.

Durante 4 anos, todo o crescimento é sub-terrâneo, numa maciça e fibrosa estruturade raiz, que se estende vertical e horizon-talmente pela terra. Mas então, no quintoano, o bambu chinês cresce, até atingir 24metros”.

Covey escreveu: “Muitas coisas na vida(pessoal e profissional) são iguais ao bam-bu chinês.”

Você trabalha, investe tempo e esforço, faztudo o que pode para nutrir seu crescimen-to, e as vezes não se vê nada por semanas,meses ou mesmo anos. Mas, se tiver paci-ência para continuar trabalhando e nutrin-do, o “quinto ano” chegará e o crescimentoe a mudança que se processam o deixarãoespantado.

O bambu chinês mostra que não podemosdesistir fácil das coisas... Em nossos tra-balhos, especialmente projetos que envol-vem mudanças de comportamento, cultu-ra e sensibilização para ações novas, de-vemos nos lembrar do bambu chinês paranão desistirmos fácil frente às dificuldadesque surgem e que são muitas...

Uma Lenda Árabe

Diz uma linda lenda árabe que dois amigosviajavam pelo deserto e em um determi-nado ponto da viagem discutiram. O ou-tro, ofendido, sem nada a dizer, escreveuna areia: HOJE, MEU MELHOR AMIGOME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis onde re-solveram banhar-se. O que havia sido es-bofeteado começou a afogar-se sendo sal-vo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou umestilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGOSALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

Por que depois que te bati, você escreveuna areia e agora escreveu na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

Quando um grande amigo nos ofende, de-veremos escrever na areia onde o ventodo esquecimento e do perdão se encarre-gam de apagar; porém quando nos faz algograndioso, deveremos gravar na pedra damemória do coração onde vento nenhumdo mundo poderá apagar".

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Da lagarta a borboleta

Imagine uma lagarta.

Passa grande parte de sua vida no chão,olhando os pássaros, indignada com seudestino e com a sua forma. Sou a maisdesprezível das criaturas, pensa. Feia, re-pulsiva, condenada a rastejar pela terra.

Um dia, entretanto, a Natureza pede quefaça um casulo. A lagarta se assusta —jamais fizera um casulo antes. Pensa queestá construindo um túmulo, e prepara-separa morrer.

Embora indignada com a vida que levouaté então, reclama novamente com Deus.

— Quando finalmente me acostumei, o Se-nhor me tira o pouco que tenho.

Desesperada, tranca-se no casulo e aguar-da o fim. Alguns dias depois, vê-se trans-formada numa linda borboleta. Pode pas-sear pelos céus, e ser admirada pelos ho-mens. Surpreende-se com o sentido da vi-da e com os desígnios de Deus.

A Crise

Um homem vivia à beira de uma estrada evendia cachorro quente. Ele não tinha rá-dio, televisão e nem lia jornais, mas produ-zia e vendia bons cachorros quentes. Elese preocupava com a divulgação do seunegócio e colocava cartazes pela estrada,oferecia o seu produto em voz alta e o po-

vo comprava. As vendas foram aumentan-do e, cada vez mais ele comprava o me-lhor pão e a melhor salsicha. Foi necessá-rio também adquirir um fogão maior paraatender grande quantidade de fregueses e onegócio prosperava. . . Seu cachorro quen-te era o melhor de toda região! Vencedor,ele conseguiu pagar uma boa escola ao fi-lho. O menino cresceu e foi estudar Eco-nomia numa das melhores faculdades dopaís. Finalmente, o filho já formado, vol-tou para casa, notou que o pai continuavacom a vidinha de sempre e teve uma sériaconversa com ele:

— Pai, então você não ouve rádio? Vocênão vê televisão e não lê os jornais? Háuma grande crise no mundo. A situaçãodo nosso país é crítica. Está tudo ruim. OBrasil vai quebrar.”

Depois de ouvir as considerações do filhoestudado, o pai pensou:bem, se meu filhoestudou Economia, lê jornais, vê televisão,então só pode estar com a razão.”

Com medo da crise, o pai procurou um for-necedor de pão mais barato (e, é claro, pi-or) e começou a comprar salsicha mais ba-rata (que era, também, a pior). Para eco-nomizar, parou de fazer seus cartazes depropaganda na estrada. Abatido pela notí-cia da crise já não oferecia o seu produtoem voz alta. . . Tomadas todas essas provi-dências", as vendas começaram a cair e fo-ram caindo, caindo e chegaram a níveis in-suportaveis e o negócio de cachorro quen-te do velho, que antes gerava recursos atépara fazer o filho estudar Economia, que-brou.

O pai, triste, então falou para o filho:

-Você estava certo, meu filho, nós estamosno meio de uma grande crise.” E comen-

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tou com os amigos, orgulhoso: -Bendita ahora em que eu fiz meu filho estudar Eco-nomia. Ele me avisou da crise. . . ”

Anjos

Era uma vez, há muitos e muitos anos,uma escola de anjos. Conta-se que na-quele tempo, antes de se tornarem anjosde verdade, os aprendizes de anjos pas-savam por um estágio. Durante um certoperíodo, elas saiam em duplas para fazero bem e no final de cada dia, apresenta-vam ao anjo mestre um relatório das bo-as ações praticadas. Aconteceu então, umdia, que dois anjos estagiários, depois devagarem exaustivamente por todos os can-tos, regressavam frustrados por não terempodido praticar nenhum tipo de salvamen-to sequer. Parece que naquele dia, o malestava de folga. Enquanto voltavam tris-tes, os dois se depararam com dois lavra-dores que seguiam por uma trilha. Nes-te momento, um deles, dando um grito dealegria, disse para o outro:

- Tive uma idéia. Que tal darmos o podera estes dois lavradores por quinze minutospara ver o que eles fariam? O outro res-pondeu:

- Você ficou maluco? O anjo mestre nãovai gostar nada disto!

Mas o primeiro retrucou:

- Que nada, acho que ele até vai gostar!Vamos fazer isto e depois contaremos pa-ra ele. E assim o fizeram. Tocaram su-as mãos invisíveis na cabeça dos dois ese puseram a observá-los. Poucos passos

adiante eles se separaram e seguiram porcaminhos diferentes. Um deles, após al-guns passos depois de terem se separado,viu um bando de pássaros voando em di-reção à sua lavoura, e passando a mão natesta suada disse:

— Por favor meus passarinhos, não co-mam toda a minha plantação! Eu precisoque esta lavoura cresça e produza, pois édaí que tiro o meu sustento.

Naquele momento, ele viu espantado a la-voura crescer e ficar prontinha para ser co-lhida em questão de segundos.

Assustado, ele esfregou os olhos e pen-sou: devo estar cansado e acelerou o pas-so. Aconteceu que logo adiante ele caiu aotropeçar em um pequeno porco que haviafugido do chiqueiro. Mais uma vez, esfre-gando a testa ele disse:

— Você fugiu de novo meu porquinho!Mas, a culpa é minha, eu ainda vou cons-truir um chiqueiro decente para você.

Mais uma vez espantado, ele viu o chi-queiro se transformar num local limpo eacolhedor, todo azulejado, com água cor-rente e o porquinho já instalado no seucompartimento.

Esfregou novamente os olhos e apressan-do ainda mais o passo disse mentalmente:estou muito cansado! Neste momento elechegou em casa e, ao abrir porta, a trancaque estava pendurada caiu sobre sua cabe-ça. Ele então tirou o chapéu, e esfregandoa cabeça disse: de novo, e o pior é que eunão aprendo. Também, não tem me sobra-do tempo. Mas ainda hei de ter dinheiropara construir uma grande casa e dar umpouco mais de conforto para minha mu-lher.

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Naquele exato momento aconteceu o mila-gre. Aquela humilde casinha foi se trans-formando numa verdadeira mansão dian-te dos seus olhos. Assustadíssimo, e semnada entender, convicto de que era tudodecorrente do cansaço, ele se jogou numaenorme poltrona que estava na sua frente e,em segundos, estava dormindo profunda-mente. Não houve tempo sequer para queele tivesse algum sonho. Minutos depoisele ouviu alguém pedir Socorro: compa-dre! Me ajude! Eu estou perdido! Aindaatordoado, sem entender muito o que esta-va acontecendo, ele se levantou correndo.Tinha na mente, imagens muito fortes dealgo que ele não entendia bem, mas pare-cia um sonho. Quando ele chegou na por-ta, encontrou o amigo em prantos. Ele selembrava que poucos minutos antes eles sedespediram no caminho e estava tudo bem.Então perguntando o que havia se passadoele ouviu a seguinte estória:

— Compadre nós nos despedimos no ca-minho e eu segui para minha casa, acon-tece que poucos passos adiante, eu vi umbando de pássaros voando em direção àminha lavoura. Este fato me deixou re-voltado e eu gritei: Vocês de novo, ata-cando a minha lavoura, tomara que sequetudo e vocês morram de fome! Naqueleexato momento, eu vi a lavoura secar e to-dos os pássaros morrerem diante dos meusolhos! Pensei comigo, devo estar cansa-do, e apressei o passo. Andei um poucomais e cai depois de tropeçar no meu por-co que havia fugido do chiqueiro. Fiqueimuito bravo e gritei mais uma vez: Vocêfugiu de novo? Por que não morre logo epara de me dar trabalho? Compadre, nãoé que o porco morreu ali mesmo, na mi-nha frente. Acreditando estar vendo coi-sas, andei mais depressa, e ao entrar em

casa, me caiu na cabeça a tranca da porta.Naquele momento, como eu já estava mes-mo era com raiva, gritei novamente: Estacasa. . . Caindo aos pedaços, por que nãopega fogo logo e acaba com isto?. . . Parasurpresa minha compadre, naquele exatomomento a minha casa pegou fogo, e tu-do foi tão rápido que eu nada pude fazer!Mas. . . compadre, o que aconteceu com asua casa?. . . De onde veio esta mansão?

Depois de tudo observarem, os dois anjosforam, muito assustados, contar para o an-jo mestre o que havia se passado. Esta-vam muito apreensivos quanto ao tipo dereação que o anjo mestre teria. Mas tive-ram uma grande surpresa. O anjo mestreouviu com muita atenção o relato, parabe-nizou os dois pela idéia brilhante que ha-viam tido, e resolveu decretar que a partirdaquele momento, todo ser humano teria15 minutos de poder ao longo da vida. Sóque, ninguém jamais saberia quando estes15 minutos de poder estariam acontecen-do.

Será que os 15 minutos próximos serão osseus? Muito cuidado com tudo o que vo-cê diz, como age e aquilo que pensa! Suamente trabalhará para que tudo aconteça,seja bom ou ruim.

A solidão. . .

Certo dia, a solidão bateu à porta de umgrande sábio. Ele convidou-a para en-trar. Pouco depois ela saiu decepcionada.Havia descoberto que não podia capturaraquele ser bondoso, pois ele nunca estavasozinho: estava sempre acompanhado peloamor de Deus.

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De outra feita, a ilusão também bateu àporta daquele sábio. Ele, amorosamente,convidou-a a entrar em sua humilde mora-da. Logo depois ela saiu correndo e gritan-do que estava cega. O coração do sábio eratão luminoso de amor que havia ofuscadoa própria ilusão..

Em outro dia, apareceu a tristeza. Antesmesmo que ela batesse à porta, o sábio as-somou a cabeça pela janela e dirigiu-lheum sorriso enternecedor. A tristeza recu-ou, disse que era engano e foi bater emalguma outra porta que não fosse tão lu-minosa.

A fama do sábio foi crescendo e a cadadia novos visitantes chegavam, objetivan-do conquistá-lo em nome da tentação. Emum dia era o desespero, no outro a impaci-ência. Depois vieram a mentira, o ódio, aculpa e o engano.

Pura perda de tempo: o sábio convidavatodos a entrar e eles saiam decepcionadoscom o equilíbrio daquela alma bondosa.

Porém um dia a morte bateu à sua por-ta. Ele convidou-a a entrar. Os seus dis-cípulos esperavam que ela saísse correndoa qualquer momento, ofuscada pelo amordo mestre. Entretanto, tal não aconteceu.O tempo foi passando e nem ela nem o sá-bio apareciam. Os discípulos, cheios dereceio, penetraram a humilde casa e en-contraram o cadáver de seu mestre estiradono chão.

Começaram a chorar ao ver que o queri-do mestre havia partido com a morte namesma hora, entraram na casa a ilusão, asolidão e todos os outros servos da igno-rância que nunca haviam conseguido per-manecer anteriormente naquele recinto. Atristeza dos discípulos havia aberto a porta

e os mantinha lá dentro.

Entram em nossa morada aqueles a quemconvidamos, mas só permanecem conoscoaqueles que encontram ambiente propíciopara se estabelecerem.

As moscas

Contam que certa vez duas moscas caíramnum copo de leite. A primeira era fortee valente, assim logo ao cair nadou até aborda do copo, mas como a superfície eramuito lisa e ela tinha suas asas molhadas,não conseguiu sair. Acreditando que nãohavia saída, a mosca desanimou, parou denadar e de se debater e afundou. Sua com-panheira de infortúnio, apesar de não sertão forte era tenaz, e, por isto continuoua se debater, a se debater e a se debaterpor tanto tempo, que, aos poucos o lei-te ao seu redor, com toda aquela agitação,foi se transformando e formou um peque-no nódulo de manteiga, onde a mosca te-naz conseguiu com muito esforco subir edali levantar vôo para algum lugar segu-ro. Durante anos, ouvi esta primeira parteda historia como um elogio a persistência,que, sem duvida, é um habito que nos levaao sucesso, no entanto. . .

Tempos depois, a mosca tenaz, por des-cuido ou acidente, novamente caiu no co-po. Como já havia aprendido em sua ex-periência anterior, começou a se debater,na esperança de que, no devido tempo, sesalvaria. Outra mosca, passando por ali evendo a aflição da companheira de espé-cie, pousou em um canudo ali, nade até láe suba pelo canudo". A mosca tenaz nãolhe deu ouvidos, baseando-se na sua expe-

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riência anterior de sucesso e, continuou ase debater e a se debater, até que, exaustaafundou no copo cheio de agua.

Quantos de nós, baseados em experiênciasanteriores, deixamos de notar as mudan-ças no ambiente e ficamos nos esforçan-do para alcançar os resultados esperadosaté que afundamos na nossa própria faltade visão? Fazemos isto quando não con-seguimos ouvir aquilo que quem está defora da situacão nos aponta como soluçãomais eficaz e, assim, perdemos a oportuni-dade de “reenquadrar” nossa experiência eficamos paralisados, presos aos velhos há-bitos, com medo de errar.

“Reenquadrar” é uma das ferramentas quecomo coach tenho tido oportunidade deusar no apoio ao aprendizado e crescimen-to de clientes. Pessoas que já perceberamque nem sempre esposo, pais, amigos, fa-miliares ou mesmo o conselheiro espiritu-al pode mostrar-lhes a visão isenta do am-biente ou da situacão que estão vivendo.Reenquadrar” e permitir-se olhar a situa-cão atual como se ela fosse inteiramentediferente de tudo que já vivemos. Reen-quadrar” e buscar ver através de novos ân-gulos, de forma a perceber que, fracassoou sucesso, tudo pode ser encarado comoaprendizagem.

Desta forma, todo o medo se extingue e to-da experiência é como uma nova porta quepode nos levar a energia que precisamos,a motivação de continuar buscando o quequeremos, a auto-estima que nos susten-ta. Este artigo é dedicado a todos que temmedo de errar e fracassar, portanto, a to-dos nós !!! Não acho que seja dedicado atodos que tem medo de errar, mas a todosque querem vencer. . .

O Principal

Conta a lenda que certa mulher pobre comuma criança no colo, passou diante de umacaverna e escutou uma voz misteriosa quelá dentro lhe dizia:

“Entre e apanhe tudo o que você desejar,mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que vocêsair, a porta se fechará para sempre. Por-tanto, aproveite a oportunidade, mas nãose esqueça do principal. . . ”

A mulher entrou na caverna e encontroumuitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pe-las jóias, pôs a criança no chão e começoua juntar, ansiosamente, tudo o que podiano seu avental.

A voz misteriosa falou novamente: “Vocêagora, só tem oito minutos.” Esgotados osoito minutos, a mulher carregada de ouroe pedras preciosas, correu para fora da ca-verna e a porta se fechou. . . Lembrou-se,então, que a criança lá ficara e a porta es-tava fechada para sempre!

A riqueza durou pouco e o desespero, sem-pre.

O mesmo acontece, por vezes, conosco.Temos uns oitenta anos para viver nestemundo, e uma voz sempre nos adverte:Não se esqueça do principal!” E o prin-cipal são os valores espirituais, a oração, avigilância, a vida!! Mas a ganância, a ri-queza e os prazeres materiais nos fascinamtanto que o principal vai ficando semprede lado. . . Assim, esgotamos o nosso tem-po aqui, e deixamos de lado o essencial:

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“Os tesouros da alma!”

Que jamais nos esqueçamos que a vida,neste mundo, passa breve e que a mortechega de inesperado. E quando a portadesta vida se fechar para nós, de nada va-lerão as lamentações. Portanto, que jamaisesqueçamos do principal!

Viva a Vida !!

Nós nos convencemos de que a vida ficarámelhor algum dia, quando nos casarmos,quando tivermos um filho e, depois, outro.Então, ficamos frustrados, porque nossosfilhos não tem idade suficiente e seria mui-to melhor se tivessem.

Depois, nos frustramos porque temos fi-lhos adolescentes e temos de lidar comeles. Certamente seremos mais felizesquando nossos filhos tiverem ultrapassadoessa fase. Dizemos que nossa vida só serácompleta quando nosso cônjuge conseguiro que busca, quando tivermos compradoum carro melhor, ou tivermos condiçõesde fazer uma viagem longa, quando esti-vermos aposentados.

A verdade é que não há melhor época paraser feliz do que agora mesmo!

Se não, quando? Sua vida será semprecheia de desafios. Melhor admitir isto paravocê mesmo e decidir ser feliz de qualquermodo.

Uma das minhas frases favoritas é de Al-fred D. Souza, quando diz: ’Por muitotempo eu pensei que a minha vida fossese tornar uma vida de verdade.

Mas sempre havia um obstáculo no cami-nho, algo a ser ultrapassado antes de co-meçar a viver — um trabalho não termina-do, uma conta a ser paga. Ai sim, a vidade verdade começaria. Por fim, cheguei aconclusão de que esses obstáculos eram aminha vida de verdade’.

Essa perspectiva tem me ajudado a ver quenão existe um caminho para a felicidade.A felicidade é o caminho! Assim, apro-veite todos os momentos que você tem. Eaproveite-os mais se você tem alguém es-pecial para compartilhar, especial o sufici-ente para passar seu tempo. . . e lembre-seque o tempo não espera ninguém.

Portanto, pare de esperar até que você ter-mine a faculdade; até que você volte para afaculdade; até que você perca 5 quilos; atéque você ganhe 5 quilos; até que você te-nha tido filhos; até que seus filhos tenhamsaído de casa; até que você se case; até quevocê se divorcie; até sexta a noite; até se-gunda de manhã; até que você tenha com-prado um carro ou uma casa novos; até queseu carro ou sua casa tenham sido pagos;até o próximo verão, primavera, outono,inverno; até que você esteja aposentado;até que a sua musica toque; até que vo-cê tenha terminado seu drink; até que vocêesteja sóbrio de novo; até que você morra,e decida que não há hora melhor para serfeliz do que AGORA MESMO. . .

Felicidade é uma viagem, não um destino.Por isso. . .

Trabalhe como se você não precisasse dedinheiro.

Ame como se você nunca tivesse se ma-chucado.

Auxilie como se fosse rotina.

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Não coma e beba como se fosse a últimavez.

Brinque como se fosse criança.

Perdoe como gostaria que fosse perdoado.

E dance como se ninguém estivesse olhan-do!

Voe Mais Alto

Logo após a 2a Guerra Mundial, um jovempiloto inglês que experimentava o seu frá-gil avião monomotor numa arrojada aven-tura ao redor do mundo. Pouco depois delevantar vôo de um dos pequenos e impro-visados aeródromos da Índia, ouviu um es-tranho ruído que vinha de trás de seu as-sento.

Percebeu logo que havia um rato à bordoe que poderia, roendo a cobertura de lona,destruir o seu frágil avião. Poderia voltarao aeroporto para se livrar de seu incômo-do, perigoso e inesperado passageiro.

Lembrou-se, contudo, de que os ratos nãoresistem a grandes alturas. Voando cadavez mais alto, pouco a pouco, cessarem osruídos que quase punham em perigo a suaviagem.

Se o ameaçarem destruir por inveja, calú-nia ou maledicência,

VOE MAIS ALTO. . . ..

Se o criticarem, VOE MAIS ALTO. . .

Se fizerem injustiças a você, VOE MAISALTO. . .

Lembre-se sempre que os “ratos” não re-sistem às alturas.

Instantes. . .

Se eu pudesse viver novamente a minha vi-da, na próxima trataria de cometer mais er-ros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxariamais.

Seria ainda, mais tolo ainda do que tenhosido, na verdade bem poucas coisas levariaa sério.

Seria menos higiênico. Correria mais ris-cos, viajaria mais, contemplaria mais en-tardeceres, subiria mais montanhas, nada-ria mais rios.

Iria a mais lugares onde nunca fui, tomariamais sorvete e menos lentilha, teria maisproblemas reais e menos problemas ima-ginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sen-sata e produtivamente cada minuto da suavida; claro que tive momentos de alegria.

Mas, se pudesse voltar a viver, trataria deter somente bons momentos.

Porque se não sabem, disso é feita a vida,só de momentos, não percas o agora.

Eu era um desses que nunca ia a parte al-guma sem um termômetro, uma bolsa deágua quente, um guarda-chuva e um para-quedas, se voltasse a viver viajaria mais le-ve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria aandar descalço no começo da primavera e

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continuaria assim até o fim do outono.

Daria mais voltas na minha rua, contem-plaria mais amanheceres e brincaria commais crianças, se tivesse outra vez uma vi-da pela frente.

Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que es-tou morrendo.

JORGE LUIZ BORGES, argentino, fale-ceu na Suíça em 1987. É considerado umdos maiores escritores do século.

A Morte da Vaquinha

Um filósofo passeava por uma flores-ta com um discípulo, conversando sobrea importância dos encontros inesperados.Segundo o mestre, tudo que está diante denós, nos dá uma chance de aprender ou en-sinar.

Neste momento, cruzavam a porteira deum sítio que, embora muito bem localiza-do, tinha uma aparência miserável. Vejaeste lugar, comentou o discípulo. O senhortem razão: acabo de aprender que muitagente está no paraíso, mas não se dá contae continua a viver em condições miserá-veis. Eu disse aprender e ensinar, retrucouo mestre. Constatar o que acontece nãobasta: é preciso verificar as causas, poissó entendemos o mundo quando entende-mos as causas. Bateram à porta e foram re-cebidos pelos moradores: um casal e trêsfilhos, com roupas rasgadas e sujas.

O senhor está no meio desta floresta, e nãohá qualquer comércio nas redondezas, dis-se o mestre para o pai de família. Como

sobrevivem aqui?

E o senhor, calmamente, respondeu: Meuamigo, nós temos uma vaquinha, que nosdá vários litros de leite todos os dias. Umaparte deste produto nós vendemos ou tro-camos na cidade vizinha por outros gê-neros de alimentos; com a outra parte,nós produzimos queijo, coalhada, mantei-ga para o nosso consumo. E, assim, vamossobrevivendo.

O filósofo agradeceu a informação, con-templou o lugar por uns momentos e foiembora. No meio do caminho, disse aodiscípulo: Procure a vaquinha, leve-a aoprecipício ali em frente e jogue-a lá em-baixo.

E o discípulo retrucou: Mas ela é a únicaforma de sustento daquela família!

O filósofo permaneceu mudo. Sem ter ou-tra alternativa, o rapaz fez o que era pe-dido, e a vaca morreu na queda. A cenaficou marcada na sua memória. Depois demuitos anos, quando já era um empresáriobem sucedido, resolveu voltar ao mesmolugar, contar tudo à família, pedir perdão eajudá-los financeiramente.

Qual foi sua surpresa ao ver o local trans-formado num belo sítio, com árvores flo-ridas, carros na garagem e algumas cri-anças brincando no jardim. Ficou deses-perado, imaginando que a família humil-de tivera que vender o sítio para sobrevi-ver. . . apertou o passo, e foi recebido porum caseiro muito simpático.

Para onde foi a família que vivia aqui hádez anos?, perguntou. Continuam donosdo sítio, foi a resposta. Espantado, ele en-trou correndo na casa, e o senhor o reco-nheceu. Perguntou como estava o filósofo,

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mas o rapaz estava ansioso demais para sa-ber como conseguira melhorar o sítio e fi-car tão bem da vida.

Bem, nós tínhamos uma vaca, mas ela caiuno precipício e morreu, disse o senhor. En-tão, para sustentar minha família, tive deplantar, com os últimos trocados, ervas elegumes. As plantas demoravam a cres-cer, e comecei a cortar madeira para venda.Ao fazer isto, tive de replantar as árvores eprecisei comprar mudas. Ao comprar mu-das, lembrei-me da roupa de meus filhos epensei que podia talvez cultivar algodão.Passei um período difícil, mas quando acolheita chegou, eu já estava exportandolegumes, algodão, ervas aromáticas. Nun-ca havia me dado conta de todo o meu po-tencial aqui: ainda bem que aquela vaqui-nha morreu!

Os Anjos

O menino voltou-se para a mãe e pergun-tou:

— Os anjos existem mesmo? Eu nunca vinenhum.

Como ela lhe afirmasse a existência deles,o pequeno disse que iria andar pelas estra-das, até encontrar um anjo.

— É uma boa idéia, falou a mãe. Irei comvocê.

— Mas você anda muito devagar, argu-mentou o garoto. Você tem um pé machu-cado.

A mãe insistiu que o acompanharia. Afi-nal, ela podia andar muito mais depressa

do que ele pensava. Lá se foram. O meni-no saltitando e correndo e a mãe mancan-do, seguindo atrás. De repente, uma carru-agem apareceu na estrada. Majestosa, pu-xada por lindos cavalos brancos. Dentrodela, uma dama linda, envolta em veludose sedas, com plumas brancas nos cabelosescuros. As jóias eram tão brilhantes quepareciam pequenos sóis.

Ele correu ao lado da carruagem e pergun-tou à senhora:

— Você é um anjo?

Ela nem respondeu. Resmungou algumacoisa ao cocheiro que chicoteou os cavalose a carruagem sumiu na poeira da estrada.Os olhos e a boca do menino ficaram chei-os de poeira. Ele esfregou os olhos e tos-siu bastante. Então, chegou sua mãe quelimpou toda a poeira, com seu avental dealgodão azul.

— Ela não era um anjo, não é mamãe?

— Com certeza, não. Mas um dia poderáse tornar um, respondeu a mãe. Mais adi-ante uma jovem belíssima, em um vestidobranco, encontrou o menino. Seus olhoseram estrelas azuis e ele lhe perguntou:

— Você é um anjo?

Ela ergueu o pequeno em seus braços e fa-lou feliz:

— Uma pessoa me disse ontem à noite queeu era um anjo.

Enquanto acariciava o menino e o beijava,ela viu seu namorado chegando.

Mais do que depressa, colocou o garoto nochão. Tudo foi tão rápido que ele não con-seguiu se firmar bem nos pés e caiu.

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— Olhe como você sujou meu vestidobranco, seu monstrinho? — disse ela, en-quanto corria ao encontro do seu amado.

O menino ficou no chão, chorando, até quechegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimascom seu avental de algodão azul. Aquelamoça, certamente, não era um anjo.

O garoto abraçou o pescoço da mãe e disseestar cansado.

— Você me carrega?

— É claro, disse a mãe. Foi para isso queeu vim.

Com o precioso fardo nos braços, a mãefoi mancando pelo caminho, cantando amúsica que ele mais gostava. Então o me-nino a abraçou com força e lhe perguntou:

— Mãe. você não é um anjo? A mãe sorriue falou mansinho :

— Imagine, nenhum anjo usaria um aven-tal de algodão azul como o meu. . .

Anjos

Anjos são todos os que na Terra se tor-nam guardiães dos seus amores. São mães,pais, filhos, irmãos, amigos que renunciama si próprios, a suas vidas, em benefíciodos que amam.

As mães, sobretudo, prosseguem a se do-ar e velar por seus filhos, mesmo além dafronteira da morte, transformando-se emespíritos protetores daqueles que na terraficaram, como pedaços de seu próprio co-ração.

E Deus Disse “Não”

Eu pedi a Deus para remover meu orgulho,e Deus disse “não”.Ele disse que não era tarefa d‘Ele,mas que era para eu abrir mão;

Eu pedi a Deus para tornar meu irmãoparaplégico em criança normal,e Deus disse “não”,Ele disse que o Espírito é imortale o corpo é temporário.

Eu pedi a Deus para me dar paciência,e Deus disse “não”.Ele disse que a paciênciaé subproduto da tribulação.Ela não é dada, ela é conquistada.

Eu pedi a Deus para me dar felicidade,e Deus disse “não”.Ele disse que me dá bênçãos.Felicidade depende de mim.

Eu pedi a Deus para dividir minha dor comElee Deus disse “não”.Ele disse que o sofrimento nos afastadas coisas mundanas enos deixa mais perto d‘Ele.

Eu pedi a Deus para fazero meu Espírito crescere Deus disse “não”.Ele disse que devo crescer por meus esfor-ços,

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mas Ele aparará minhas arestaspara que eu frutifique.

Eu perguntei a Deus se Ele me amava,Ele me disse “sim”, agora e sempre.

Eu pedi a Deus para me ajudar a amaros outros tanto quanto Ele me ama.E Deus disse:Ah, finalmente você entendeu!

Um dia você aprende que. . .

Depois de algum tempo você aprende a di-ferença, a sutil diferença entre dar a mão eacorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significaapoiar-se, e que companhia nem sempresignifica segurança.

E começa a aprender que beijos não sãocontratos e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a ca-beça erguida e olhos adiante, com a graçade um adulto e não com a tristeza de umacriança.

E aprende a construir todas as suas estra-das no hoje, porque o terreno do amanhãé incerto demais para os planos, e o futurotem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que osol queima se ficar exposto por muito tem-po.

E aprende que não importa o quanto você

se importe, algumas pessoas simplesmentenão se importam.

E aceita que não importa quão boa sejauma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quan-do e você precisa perdoá-la, por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emo-cionais.

Descobre que se leva anos para se cons-truir confiança e apenas segundos paradestruí-la, e que você pode fazer coisas emum instante, das quais se arrependerá peloresto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades conti-nuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem navida, mas quem você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nospermitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de ami-gos se compreendemos que os amigos mu-dam, percebe que seu melhor amigo e vo-cê podem fazer qualquer coisa, ou nada, eterem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem vocêmais se importa na vida são tomadas devocê muito depressa, por isso sempre de-vemos deixar as pessoas que amamos compalavras amorosas, pode ser a última vezque as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambi-entes tem influência sobre nós, mas nós so-mos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve com-parar com os outros, mas com o melhorque pode ser.

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Descobre que se leva muito tempo para setornar a pessoa que se quer ser, e que otempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou,mas onde está indo, mas se você não sabepara onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atosou eles o controlarão, e que ser flexível nãosignifica ser fraco ou não ter personalida-de, pois não importa quão delicada e frágilseja uma situação, sempre existem dois la-dos.

Aprende que heróis são pessoas que fize-ram o que era necessário fazer, enfrentan-do conseqüências.

Aprende que paciência requer muita práti-ca.

Descobre que algumas vezes a pessoa quevocê espera que o chute quando você cai éuma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a vercom os tipos de experiência que se teve eo que você aprendeu com elas do que comquantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em vo-cê do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a umacriança que sonhos são bobagens, poucascoisas são tão humilhantes e seria uma tra-gédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem odireito de estar com raiva, mas isso não tedá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o amado jeito que você quer que ame, não signi-

fica que esse alguém não o ame, pois exis-tem pessoas que nos amam, mas simples-mente não sabem como demonstrar ou vi-ver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente serperdoado por alguém, algumas vezes vocêtem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidadecom que julga, você será em algum mo-mento condenado.

Aprende que não importa em quantos pe-daços seu coração foi partido, o mundonão para para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possavoltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore suaalma, ao invés de esperar que alguém lhetraga flores.

E você aprende que realmente pode supor-tar, que realmente é forte, e que pode irmuito mais longe depois de pensar que nãose pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que vo-cê tem valor diante da vida!

Nossas dádivas são traidoras e nos fazemperder o bem que poderíamos conquistar,se não fosse o medo de tentar.”

William Shakespeare

Felicidade

Passamos a vida em busca da felicidade.Procurando o tesouro escondido. Corre-mos de um lado para o outro esperando

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descobrir a chave da felicidade. Espera-mos que tudo que nos preocupa se resol-va num passe de mágica. E achamos quea vida seria tão diferente, se pelo menosfôssemos felizes.

E, assim, uns fogem de casa para serem fe-lizes e outros fogem para casa para seremfelizes. Uns se casam para serem felizese outros se divorciam para serem felizes.Uns fazem viagens caríssimas para seremfelizes e outros trabalham além do normalpara serem felizes.

Uma busca infinda.

Anos desperdiçados.

Nunca a lua está ao alcance da mão, nuncao fruto está maduro, nunca o vinho está noponto. Sombras, lágrimas. Nunca estamossatisfeitos. Mas, há uma forma melhor deviver!

A partir do momento em que decidimosser felizes, nossa busca da felicidade che-gou ao fim. É que percebemos que a fe-licidade não está na riqueza material, nacasa nova, no carro novo, naquela carrei-ra, naquela pessoa. E jamais está à venda.Quando não conseguimos achar satisfaçãodentro de nós para ter alegria, estamos fa-dados à decepção.

A felicidade não tem nada a ver com con-seguir.

Consiste em satisfazer-nos com o que te-mos e com o que não temos. Poucas coisassão necessárias para fazer feliz o homemsábio, ao mesmo tempo tem que nenhumafortuna satisfaria a um inconformado. Asnecessidades de cada um de nós são pou-cas.

Enquanto nós tivermos alguma coisa a fa-zer, alguém a amar, alguma coisa a espe-rar, seremos felizes.

Saiba: A única fonte de felicidade estádentro de você, e deve ser repartida. Re-partir suas alegrias é como espalhar perfu-mes sobre os outros: sempre algumas go-tas acabam caindo sobre você mesmo.

O Bem Mais Precioso

Conta o folclore europeu que há muitosanos atrás um rapaz e uma moça apaixo-nados resolveram se casar.

Dinheiro eles quase não tinham, mas ne-nhum deles ligava para isso.

A confiança mútua era a esperança de umbelo futuro, desde que tivessem um ao ou-tro.

Assim, marcaram a data para se unir emcorpo e alma.

Antes do casamento, porém, a moça fezum pedido ao noivo:

— Não posso nem imaginar que um diapossamos nos separar. Mas pode ser quecom o tempo um se canse do outro, ou quevocê se aborreça e me mande de volta parameus pais.

— Quero que você me prometa que, se al-gum dia isso acontecer, me deixará levarcomigo o bem mais precioso que eu tiverentão.

O noivo riu, achando bobagem o que eladizia, mas a moça não ficou satisfeita en-

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quanto ele não fez a promessa por escritoe assinou.

Casaram-se.

Decididos a melhorar de vida ambos tra-balharam muito e foram recompensados.

Cada novo sucesso os fazia mais determi-nados a sair da pobreza, e trabalhavam ain-da mais.

E tempo passou e o casal prosperou. Con-quistaram uma situação estável e cada vezmais confortável, e finalmente ficaram ri-cos.

Mudaram-se para uma ampla casa, fizeramnovos amigos e se cercaram dos prazeresda riqueza.

Mas, dedicados em tempo integral aos ne-gócios e aos compromissos sociais, pensa-vam mais nas coisas do que um no outro.

Discutiam sobre o que comprar, quantogastar, como aumentar o patrimônio, masestavam cada vez mais distanciados entresi.

Certo dia, enquanto preparavam uma festapara amigos importantes, discutiram sobreuma bobagem qualquer e começaram a le-vantar a voz, a gritar, e chegaram às inevi-táveis acusações.

— Você não liga para mim! — gritou omarido — só pensa em você, em roupas ejóias.

— Pegue o que achar mais precioso, comoprometi, e volte para a casa dos seus pais.Não há motivo para continuarmos juntos.

A mulher empalideceu e encarou-o comum olhar magoado, como se acabasse de

descobrir uma coisa nunca suspeitada.

— Muito bem, disse ela baixinho. Queromesmo ir embora. Mas vamos ficar jun-tos esta noite para receber os amigos quejá foram convidados. Ele concordou.

A noite chegou. Começou a festa, com to-do o luxo e a fartura que a riqueza permi-tia.

Alta madrugada o marido adormeceu,exausto. Ela então fez com que o levas-sem com cuidado para a casa dos pais delae o pusessem na cama.

Quando ele acordou, na manhã seguin-te, não entendeu o que tinha acontecido.Não sabia onde estava e, quando sentou-se na cama para olhar em volta, a mulheraproximou-se e disse-lhe com carinho:

— Querido marido, você prometeu que sealgum dia me mandasse embora eu pode-ria levar comigo o bem mais precioso quetivesse no momento.

— Pois bem, você é e sempre será o meubem mais precioso. Quero você mais quetudo na vida, e nem a morte poderá nos se-parar.

Envolveram-se num abraço de ternura evoltaram para casa mais apaixonados doque nunca

Anjo Protetor

Uma criança pronta para nascer perguntoua Deus:

Dizem-me que estarei sendo enviado a ter-

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ra amanhã. . . Como eu vou viver?

Deus: “Entre muitos anjos, eu escolhi umespecial para você. Estará lhe esperando etomara conta de você.”

Criança: “Mas diga-me: aqui no Céu eunão faço nada a não ser cantar e sorrir, oque é suficiente para que eu seja feliz. Se-rei feliz lá?”

Deus: “Seu anjo cantará e sorrirá para vo-cê e. . . A cada dia, a cada instante, vocêsentirá o amor do seu anjo e será feliz.”

Criança: “Como poderei entender quandofalarem comigo se eu não conheço a línguaque as pessoas falam?”

Deus: “Com muita paciência e carinho,seu anjo lhe ensinara a falar.”

Criança: “E o que farei quando eu quiserTe falar?”

Deus: “Seu anjo juntará suas mãos e lheensinará a orar.”

Criança: “Eu ouvi que na terra há homensmaus. Quem me protegerá? ”

Deus: “Seu anjo lhe defenderá mesmo quesignifique arriscar sua própria vida.”

Criança: “Mas eu serei sempre triste por-que eu não Te verei mais.”

Deus: “Seu anjo sempre lhe falará sobreMim e lhe ensinará a maneira de vir aMim, e Eu estarei sempre dentro de vocêNesse momento havia muita paz no Céu,mas as vozes da terra já podiam ser ou-vidas. A criança, apressada, pediu suave-mente: Oh Deus, se eu estiver a ponto de iragora, diga-me por favor, o nome do meuanjo?”

Deus: “Você chamara seu anjo de MÃE !!!

Amor

O escritor americano Walter Trobisch, emseu livro AMOR SENTIMENTO A SERAPRENDIDO, narra uma lenda contadana Índia sobre a criação da mulher.

Diz a lenda que o Senhor, após criaro homem e não tendo nada sólido paraconstruir a MULHER, tomou um punhadode ingredientes delicados e contraditórios,tais como timidez e ousadia, ciúme e ter-nura, paixão e ódio, paciência e ansiedade,alegria e tristeza e assim fez a mulher e aentregou ao homem como sua companhei-ra.

Após uma semana, o homem voltou e dis-se: — Senhor, a criatura que você me deufaz a minha vida infeliz . Ela fala sem ces-sar e me atormenta de tal maneira que nemtenho tempo para descansar. Ela insisteem que lhe dê atenção o dia inteiro. . . eassim as minhas horas são desperdiçadas.Ela chora por qualquer motivo e fica facil-mente emburrada e, às vezes, muito tempoociosa. Vim devolvê-la por que não possoviver com ela.

Depois de uma semana o homem voltouao criador e disse: — Senhor, minha vidaé tão vazia desde que eu trouxe aquela cri-atura de volta! Eu sempre penso nela: emcomo ela dançava e cantava, como era gra-ciosa, como me olhava, como conversavacomigo e como se achegava a mim. Elaera agradável de se ver e de se acariciar.,Eu gostava de ouvi-la rir. Por favor, me dêde volta.

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- Está bem, disse o Criador. E a devolveu.

Mas, três dias depois, o homem voltou edisse: — Senhor, eu não sei. Eu não con-sigo explicar, mas depois de toda esta mi-nha experiência com esta criatura, chegueià conclusão que ela me causa mais proble-ma do que prazer.

Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigoviver com ela!

O Criador respondeu: — Mas também nãopode viver sem ela. E virou as costas parao homem e continuou seu trabalho.

O homem desesperado disse: — Como éque eu vou fazer ? Não consigo viver comela e não consigo viver sem ela.

E arremata o Criador: — Achei que, comas tentativas, você já tivesse descoberto:AMOR é um sentimento a ser aprendido:É tensão e satisfação.É desejo e hostilida-de. É alegria e dor. Um não existe semo outro. A felicidade é apenas uma parteintegrante do amor. Isto é o que deve seraprendido. O sofrimento também pertenceao amor. Este o grande mistério do amor.A sua própria beleza e o seu próprio far-do. Em todo o esforço que se realiza parao aprendizado do amor é preciso conside-rar sempre a doação e o sacrifício ao ladoda satisfação e da alegria. A pessoa terásempre que abdicar de alguma coisa parapossuir ou ganhar uma outra coisa. Teráque desembolsar algo para obter um bemmaior e melhor para sua felicidade. É co-mo plantar uma árvore frente a uma jane-la. Ganha sombra, mas perde uma parte dapaisagem. Troca o silêncio pelo gorgeioda passarada ao amanhecer.

É preciso considerar tudo isto quando nosdispomos a enfrentar o aprendizado do

AMOR.

O barbeiro

Era uma vez um homem que foi ao barbei-ro. Enquanto tinha seus cabelos cortadosconversava com o barbeiro. Falava da vidae de Deus. Daí a pouco, o barbeiro incré-dulo não agüentou e falou:

— Deixa disso, meu caro, Deus não exis-te!

— Porque?

— Ora, se Deus existisse não haveria tan-tos doentes, mendigos, pobres, etc. . . Olheem volta e veja quanta tristeza. É só andarpelas ruas e enxergar!

— Bem, esta é a sua maneira de pensar,não é?

— Sim, Claro!

Pois bem, o freguês pagou o corte e foisaindo, quando avistou imediatamente ummaltrapilho imundo, com longos e feioscabelos, barba desgrenhada, suja, abaixodo pescoço. Não agüentou, deu meia voltae interpelou o barbeiro:

— Sabe de uma coisa? Não acredito embarbeiros!

— Como?!

— Sim, se existissem barbeiros, não have-ria pessoas de cabelos e barbas compridas!

— Ora, existem tais pessoas porque evi-dentemente não vêm a mim!

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— Agora você me respondeu porque exis-te tanta tristeza em torno de nós. . .

Todas as Mulheres DeveriamTer. . .

. . . um velho amor que ela pudesse recor-dar

. . . e alguém que se lembrasse dela comouma pessoa especial. . .

. . . dinheiro próprio para poder ter um lu-gar só dela. . .

. . . mesmo se ela nunca quiser ou precisarir até lá. . .

. . . uma roupa perfeita para usar se o chefeou o namorado pedir que ela esteja prontaem uma hora. . .

. . . uma juventude que ela tenha deixadopara trás com satisfação. . .

. . . um passado interessante que a permitarevivê-lo quando for mais velha. . .

. . . a percepção de que ela realmente teráuma velhice com algum dinheiro guarda-do. . .

. . . um jogo de chaves de fenda, uma fura-deira sem fio e um sutiã preto de renda. . .

. . . uma amiga que sempre a faça sorrir. . . eoutra que a permita chorar. . .

. . . um lindo móvel que não tenha sido her-dado de ninguém da família. . .

. . . oito pratos iguais, copos altos de vinhoe uma receita que faça com que seus con-

vidados sintam-se honrados. . .

. . . um recomeço que não seja desrespeita-do. . .

. . . uma sensação de controle sobre seudestino. . .

. . . cuidado com a pele e com o corpo paracontrabalançar outros poucos aspectos davida que não melhoram após os 30. . .

. . . uma carreira sólida, um bom relaciona-mento e tantos outros aspectos que melho-ram após os 30. . .

Todas as Mulheres Deveriam Saber. . .

. . . como se apaixonar sem se perder. . .

. . . como ela se sente com filhos. . .

. . . como sair de um emprego, terminar umromance e discutir com uma amiga, semdestruir o relacionamento. . .

. . . quando insistir. . . e quando desistir. . .

. . . como divertir-se numa festa onde nãoqueria estar. . . ..

. . . como pedir o que quer de maneira quesinta que irá conseguir. . .

. . . que ela não pode mudar o comprimentode suas panturrilhas, a largura de seus qua-dris e nem o temperamento de seus pais. . .

. . . que sua infância pode não ter sido per-feita. . . mas já passou. . .

. . . o que ela faria ou não por um amor. . .

. . . como viver sozinha. . . mesmo que não

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goste. . .

. . . em quem pode confiar, em quem nãoconfiar e por que ela não poderia resolverpessoalmente. . .

. . . onde ir. . . ficar com sua melhor amigana mesa da cozinha. . . ou em uma pousa-da na floresta. . . quando sua alma precisase acalmar. . .

. . . o que ela pode ou não pode realizar emum dia. . . um mês. . . e um ano. . .

O Paradoxo de Nosso Tempo

O paradoxo de nosso tempo na história éque temos edifícios mais altos, mas pavi-os mais curtos; auto-estradas mais largas,mas pontos de vista mais estreitos; gasta-mos mais, mas temos menos; nós compra-mos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores;mais conveniências, mas menos tempo; te-mos mais graus acadêmicos, mas menossenso; mais conhecimento e menos poderde julgamento; mais proficiência, porémmais problemas; mais medicina, mas me-nos saúde.

Bebemos demais, fumamos demais, gas-tamos de forma perdulária, rimos de me-nos, dirigimos rápido demais, nos irrita-mos muito facilmente, ficamos acordadosaté tarde, acordamos cansados demais, ra-ramente paramos para ler um livro, fica-mos tempo demais diante da TV e rara-mente oramos.

Multiplicamos nossas posses, mas redu-zimos nossos valores. Falamos demais,

amamos raramente e odiamos com muitafreqüência. Aprendemos como ganhar avida, mas não vivemos essa vida. Adici-onamos anos à extensão de nossas vidas,mas não vida à extensão de nossos anos.Já fomos à Lua e dela voltamos, mas te-mos dificuldade em atravessar a rua e nosencontrarmos com nosso novo vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas nãonosso espaço interior. Fizemos coisas mai-ores, mas não coisas melhores. Limpamoso ar, mas poluimos a alma. Dividimos oátomo, mas não nossos preconceitos. Es-crevemos mais, mas aprendemos menos.Planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a correr contra o tempo, masnão a esperar com paciência. Temos mai-ores rendimentos, mas menor padrão mo-ral. Temos mais comida, mas menos apa-ziguamento. Construimos mais compu-tadores para armazenar mais informaçõespara produzir mais cópias do que nunca,mas temos menos comunicação. Tivemosavanços na quantidade, mas não em quali-dade.

Estes são tempos de refeições rápidas e di-gestão lenta; de homens altos e caráter bai-xo; lucros expressivos, mas relacionamen-tos rasos. Estes são tempos em que se al-meja paz mundial, mas perdura a guerrano lares; temos mais lazer, mas menos di-versão; maior variedade de tipos de comi-da, mas menos nutrição. São dias de duasfontes de renda, mas de mais divórcios; deresidências mais belas, mas lares quebra-dos.

São dias de viagens rápidas, fraldas des-cartáveis, moralidade também descartável,ficadas de uma só noite, corpos acima dopeso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar,

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aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine enada no estoque; um tempo em que a tec-nologia pode levar-lhe estas palavras e vo-cê pode escolher entre fazer alguma dife-rença, ou simplesmente apertar a tecla Del.

Para tudo na vida há um tempo, para ca-da um há um momento debaixo dos céus.Tempo pra conhecermos pessoas e amá-las. Há também um tempo para perdê-las.Por isso, o que importa é o tempo que es-tamos com as pessoas que amamos, poiseste tempo jamais retorna.

(Anônimo)

Filhos e Netos

Há um período em que os pais vão fican-do órfãos dos seus próprios filhos. É queas crianças crescem independentes de nós,como árvores tagarelas, e pássaros estaba-nados. Crescem sem pedir licença à vida.Crescem com uma estridência alegre e, àsvezes com alardeada arrogância.

Mas não crescem todos os dias, de igualmaneira, crescem de repente. Um diasentam-se perto de você no terraço e di-zem uma frase com tal maturidade que vo-cê sente que não pode mais trocar as fral-das daquela criatura. Onde é que andoucrescendo aquela danadinha que você nãopercebeu? Cadê a pazinha de brincar naareia, as festinhas de aniversário com pa-lhaços e o primeiro uniforme do Mater-nal? A criança está crescendo num ritu-al de obediência orgânica e desobediênciacivil. E você está agora ali, na porta da dis-

coteca, esperando que ela não apenas cres-ça, mas apareça.

Ali estão muitos pais ao volante, esperan-do que eles saiam esfuziantes sobre patinse cabelos longos, soltos. Entre hamburge-res e refrigerantes nas esquinas, lá estãonossos filhos com o uniforme de sua ge-ração: incômodas mochilas da moda nosombros. Ali estamos, com os cabelos es-branquiçados. Esses são os filhos que con-seguimos gerar e amar apesar dos golpesdos ventos, das colheitas, das notícias, eda ditadura das horas. E eles crescemmeio amestrados, observando e aprenden-do com nossos acertos e erros. Principal-mente com os erros, que esperamos quenão repitam.

Há um período em que os pais vão ficandoum pouco órfãos dos próprios filhos. Nãomais os pegaremos nas portas das discote-cas e das festas. Passou o tempo do ballet,do inglês, da natação e do judô. Saíramdo banco de trás e passaram para o volan-te das suas próprias vidas. Deveríamos terido mais à cama deles ao anoitecer paraouvirmos sua alma respirando conversase confidências entre os lençóis da infân-cia, e os adolescentes cobertores daquelequarto cheio de adesivos, posters, agendascoloridas e discos ensurdecedores. Nãoos levamos suficientemente ao Playcenter,ao Shopping, não lhes demos suficienteshamburgeres e cocas, não lhes compramostodos os sorvetes e roupas que gostaríamosde ter comprado.

Eles cresceram sem que esgotássemos ne-les todo o nosso afeto. No princípio subi-am a serra ou iam à casa de praia entre em-brulhos, bolachas, engarrafamentos, na-tais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim,havia as brigas dentro do carro, a dispu-

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ta pela janela, os pedidos de chicletes ecantorias sem fim. Depois chegou o tem-po em que viajar com os pais começou aser um esforço, um sofrimento, pois eraimpossível deixar a turma e os primeirosnamorados. Os pais ficaram exilados dosfilhos. Tinham a solidão que sempre dese-jaram, mas de repente, morriam de sauda-des daquelas “pestes”. Chega o momentoem que só nos resta ficar de longe torcendoe rezando muito (nessa hora, se a gente ti-nha desaprendido, reaprende a rezar) paraque eles acertem nas escolhas em busca dafelicidade. E que a conquistem do modomais completo possível. O jeito é esperar.A qualquer hora podem nos dar netos. Oneto é a hora do carinho ocioso e estoca-do, não exercido nos próprios filhos e quenão pode morrer conosco. Por isso os avóssão tão desmesurados e distribuem tão in-controlável carinho. Os netos são a últi-ma oportunidade de reeditar o nosso afeto.Por isso é necessário fazer alguma coisa amais. Antes que eles cresçam. . . ”

A vida

Depois de algum tempo você aprende a di-ferença, a sutil diferença entre dar a mão eacorrentar uma alma. E você aprende queamar não significa apoiar-se, e que com-panhia nem sempre significa segurança. Ecomeça a aprender que beijos não são con-tratos e presentes, não são promessas. Ecomeça a aceitar suas derrotas com a ca-beça erguida e olhos adiante, com a graçade um adulto e não com a tristeza de umacriança.

E aprende a construir todas as suas estra-

das no hoje, porque o terreno do amanhãé incerto demais para os planos, e o futu-ro tem o costume de cair em meio ao vão.Depois de um tempo você aprende que osol queima se ficar exposto por muito tem-po. E aprende que não importa o quantovocê se importe, algumas pessoas simples-mente não se importam. . .

E aceita que não importa quão boa se-ja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez emquando e você precisa perdoá-la por isso.Aprende que falar pode aliviar dores emo-cionais. Descobre que leva-se anos paraconstruir confiança e apenas segundos pa-ra destruí-la, e que você pode fazer coisasem um instante, das quais se arrependerápelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades conti-nuam a crescer mesmo a longas distânci-as. E o que importa não é o que você temna vida, mas quem você tem da vida. Eque bons amigos são a família que nos per-mitiram escolher. Aprende que não temosque mudar de amigos se compreendemosque os amigos mudam, percebe que seumelhor amigo e você podem fazer qual-quer coisa, ou nada, e terem bons momen-tos juntos. Descobre que as pessoas comquem você mais se importa na vida são to-madas de você muito depressa — por is-so, sempre devemos deixar as pessoas queamamos com palavras amorosas, pode sera última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambi-entes têm influência sobre nós, mas nós so-mos responsáveis por nós mesmos. Come-ça a aprender que não se deve compararcom os outros, mas com o melhor que po-de ser. Descobre que se leva muito tempopara se tornar a pessoa que quer ser, e queo tempo é curto.

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Aprende que não importa onde já chegou,mas onde está indo, mas se Você não sabepara onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atosou eles o controlarão, e que ser flexível nãosignifica ser fraco ou não ter personalida-de, pois não importa quão delicada e frágilseja uma situação, sempre existem dois la-dos.

Aprende que heróis são pessoas que fize-ram o que era necessário fazer, enfrentan-do as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita práti-ca. Descobre que algumas vezes, a pessoaque você espera que o chute quando vo-cê cai, é uma das poucas que o ajudam alevantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a vercom os tipos de experiência que se teve e oque você aprendeu com elas, do que comquantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em vo-cê do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a umacriança que sonhos são bobagens, poucascoisas são tão humilhantes e seria uma tra-gédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem odireito de estar com raiva, mas isso não tedá o direito de ser cruel. Descobre que sóporque alguém não o ama do jeito que vo-cê quer que ame, não significa que esse al-guém não o ama com tudo que pode, poisexistem pessoas que nos amam, mas sim-plesmente não sabem como demonstrar ouviver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser

perdoado por alguém, algumas vezes vocêtem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidadecom que julga, você será em algum mo-mento condenado.

Aprende que não importa em quantos pe-daços seu coração foi partido, o mundonão pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possavoltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore suaalma, ao invés de esperar que alguém lhetraga flores.

E você aprende que realmente pode supor-tar. . . que realmente é forte, e que pode irmuito mais longe depois de pensar que nãose pode mais. E que realmente a vida temvalor e que você tem valor diante da vida!

William Shakespeare

A Diferença

1. Diga o nome das 5 pessoas mais ri-cas do mundo

2. Diga o nome dos últimos cinco ven-cedores do prêmio Heisman

3. Diga o nome das últimas cinco Mis-ses Universo

4. Dê 10 nomes de pessoas que ganha-ram o Prêmio Nobel ou o Pulitzer

5. Dê o nome dos últimos 12 ganhado-res do Oscar de melhor ator ou atriz

Como foi?

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A questão é que a maioria de nós não selembra das manchetes de ontem. Os no-mes perguntados acima não são de pesso-as medíocres e sim dos melhores em suasáreas. Mas o aplauso morre, prêmios en-velhecem, empreendimentos são esqueci-dos. Certificados e diplomas são enterra-dos com seus donos.

Tente este outro teste e veja como se sai:

1. Liste alguns professores que o auxi-liaram em sua jornada escolar

2. Lembre de três amigos que ajuda-ram você em momentos difíceis

3. Pense em cinco pessoas que lhe en-sinaram alguma coisa valiosa

4. Pense em algumas pessoas que fize-ram você se sentir amado e especial

5. Pense em cinco pessoas com quemvocê gosta de estar

6. Liste seis heróis, cujas histórias te-nham inspirado você.

Mais fácil?

Moral da história: as pessoas que fazemdiferença na sua vida não são as que temmais credenciais, dinheiro e prêmios. Sãoas que se importam com você!

Eterna Esperança

Veio da Índia a frase do célebre poeta Ra-bindranath Tagore sobre por que existiamas crianças: “São a eterna esperança deDeus nos homens”.

As Crianças

Sentados à beira do rio, dois pescadoresseguram suas varas à espera de um peixe.

De repente, gritos de crianças trincam o si-lêncio. Assustam-se. Olham para a frente,olham para trás. Nada. Os berros conti-nuam e vêm de onde menos esperam. Acorrenteza trazia duas crianças pedindo so-corro. Os pescadores pulam na água.

Mal conseguem salvá-las com muito es-forço, quando ouvem mais berros e no-tam mais quatro crianças debatendo-se naágua.

Desta vez, apenas duas são resgatadas.Aturdidos, os dois ouvem uma gritaria ain-da maior. Dessa vez, oito crianças vindocorrenteza abaixo. Um dos pescadores vi-ra as costas ao rio e começa a ir embora.

O amigo exclama:

— Você está louco, não vai me ajudar?

Sem deter o passo, ele responde:

— Faça o que puder. Vou tentar descobrirquem está jogando as crianças no rio.

Uma Folha em Branco

Certo dia eu estava aplicando uma prova,os alunos, em silêncio tentavam respon-der as perguntas com uma certa ansieda-de. Faltavam uns 15 minutos para o encer-

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ramento e um aluno levantou o braço, sedirigiu a mim e disse:

— Professor, pode me dar uma folha embranco?

Levei a folha até sua carteira e pergunteiporque queria mais uma folha em branco.

Ele respondeu:

— Eu tentei responder as questões, rabis-quei tudo fiz uma confusão danada e que-ria começar outra vez. Apesar do poucotempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo porele. Aquela sua atitude causou-me simpa-tia.

Hoje, lembrando aquele episódio simples,comecei a pensar: quantas pessoas recebe-ram uma folha em branco, que foi a vidaque DEUS lhe deu até agora, e só tem fei-to rabisco, confusões, tentativas frustadase uma confusão danada. . .

Sempre que se aproxima uma data espe-cial, é um bom momento para se pedir aDEUS uma folha em branco, uma novaoportunidade para ser feliz.

Assim como tirar uma boa nota dependeexclusivamente da atenção e esforço doaluno, uma vida boa, também depende daatenção de que dermos aos ensinamentosdo professor nosso DEUS.

Não importa qual seja sua idade, condiçãofinanceira, religião, etc. . . Levante o braço,peça uma folha em branco, passe sua vidaa limpo.

Não se preocupe em tirar 10 (dez), ser omelhor, preocupe-se apenas em ter a sim-patia do Mestre.

Ele está mais interessado em quem pedeajuda, portanto, só depende de você.

Que o Senhor te abençoe, guarde a tua vi-da e te dê a Paz.

Vizinhas

Haviam duas vizinhas que viviam em péde guerra. Não podiam se encontrar na ruaque era briga na certa.

Um dia, dona Maria descobriu o verdadei-ro valor da amizade e resolveu que iria fa-zer as pazes com dona Clotilde.

Ao se encontrarem na rua, muito humilde-mente, disse dona Maria:

— Minha querida Clotilde, já estamos nes-sa desavença há anos e sem nenhum mo-tivo aparente. Estou propondo para vocêque façamos as pazes e vivamos como du-as boas e velhas amigas.

Dona Clotilde, na hora estranhou a atitudeda velha rival, e disse que iria pensar nocaso. Pelo caminho foi matutando:

— Essa dona Maria não me engana, estáquerendo me aprontar alguma coisa e eunão vou deixar barato. Vou mandar-lhe umpresente para ver sua reação.

Chegando em casa, preparou uma belacesta de presentes, cobrindo-a com um lin-do papel, mas encheu-a de esterco de vaca.

— Eu adoraria ver a cara da dona Maria aoreceber esse ‘maravilhoso’ presente. Va-mos ver se ela vai gostar dessa. Mandoua empregada levar o presente a casa da ri-

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val, com um bilhete: Aceito sua propostade paz e para selarmos nosso compromis-so, envio-te esse lindo presente.

Dona Maria estranhou o presente, mas nãose exaltou.

— Que ela está propondo com isso? Nãoestamos fazendo as pazes? Bem, deixa pralá.

Alguns dias depois dona Clotilde atende aporta e recebe uma linda cesta de presentescoberta com um belo papel.

— É a vingança daquela asquerosa da Ma-ria. Que será que ela me aprontou?! Qualnão foi sua surpresa ao abrir a cesta e verum lindo arranjo das mais belas flores quepodiam existir num jardim, e um cartãocom a seguinte mensagem:

Este ramalhete de flores é o que te ofereçoem prova da minha amizade. Foram cul-tivadas com o esterco que você me envioue que proporcionou excelente adubo parameu jardim. Afinal, cada um dá o que temem abundância em sua vida!

Pacote de Biscoitos

Certo dia uma moça estava à espera de seuvôo na sala de embarque de um aeroporto.

Como ela deveria esperar por muitas ho-ras resolveu comprar um livro para mataro tempo. Também comprou um pacote debiscoitos.

Procurou e achou uma poltrona numa par-te reservada do aeroporto para que pudessedescansar e ler em paz.

Ao lado dela sentou um homem.

Quando ela pegou o primeiro biscoito, ohomem também pegou um.

Ela se sentiu indignada, mas não disse na-da.

E pensou para si: “Mas que cara de pau”.

Se eu estivesse mais disposta, lhe daria umsoco no olho para que ele nunca mais es-quecesse.

A cada biscoito que ela pegava, o homemtambém pegava um.

Aquilo a deixava tão indignada que ela nãoconseguia reagir.

Restava apenas um biscoito e ela pensou:

O que será que o “abusado” vai fazer ago-ra?

Então o homem dividiu o biscoito ao meio,deixando a outra metade para ela.

Aquilo a deixou irada e bufando de raiva.

Ela então pegou o seu livro e as suas coisase dirigiu-se ao embarque.

Quando sentou confortavelmente em seuassento, para surpresa dela o seu pacote debiscoito estava ainda intacto, dentro de suabolsa.

Ela sentiu muita vergonha, pois quem esta-va errada era ela, e já não havia mais tem-po para pedir desculpas.

O homem dividiu os seus biscoitos sem sesentir indignado, ao passo que isto lhe dei-xara muito transtornada.

Quantas vezes em nossa vida nós é que es-

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tamos comendo os biscoitos dos outros enão temos a consciência de que quem estáerrado somos nós ?. . .

O Sapo e a Água Quente

Vários estudos biológicos demonstramque um sapo colocado num recipiente coma mesma agua de sua lagoa fica estáticodurante todo o tempo em que aquecemosa agua, mesmo que ela ferva. O sapo nãoreage ao gradual aumento de temperatura(mudanças de ambiente) e morre quando aagua ferve. Inchado e feliz.

Por outro lado, outro sapo que seja joga-do nesse recipiente com a agua já fervendosalta imediatamente para fora. Meio cha-muscado, porem vivo.

As vezes, somos sapos fervidos. Não per-cebemos as mudanças. Achamos que estátudo muito bom, ou que o que está mal vaipassar — e só questão de tempo. Estamosprestes a morrer, mas ficamos boiando, es-táveis e apáticos, na água que se aquece acada minuto. Acabamos morrendo incha-dinhos e felizes, sem termos percebido asmudanças a nossa volta.

Sapos fervidos não percebem que além deser eficientes tem que fazer as coisas. E,para que isso aconteça, há necessidade deum continuo crescimento, com espaço pa-ra o diálogo, para a comunicação clara,para dividir e planejar, para uma relaçãoadulta.O desafio ainda maior está na hu-mildade em atuar respeitando o pensamen-to do próximo. Há sapos fervidos queacreditam que o fundamental é a obedi-ência, e não a competência: manda quem

pode, e obedece quem tem juízo. E, nis-so tudo, onde está a vida de verdade? Émelhor sair meio chamuscado de uma si-tuacão, mas vivos e prontos para agir.

Paulo Coelho

A Mesa do velho Avô

Um frágil e velho homem foi viver comseu filho, nora, e o seu neto mais velho dequatro anos. As mãos do velho homem tre-miam, e a vista era embaralhada, e o seupasso era hesitante.

A familia comeu junto a mesa. Mas asmãos trêmulas do avô ancião e sua visãofalhando, tornou difícil o ato de comer. Er-vilhas rolaram da colher dele sobre o chão.Quando ele pegou seu copo, o leite derra-mou na toalha da mesa. A bagunça irritoufortemente seu filho e nora:

“Nos temos que fazer algo sobre o Vovô”disse o filho. “Já tivemos bastante do seuleite derramado, ouvindo-o comer ruido-samente, e muita de sua comida no chão.”

Assim o marido e esposa prepararam umamesa pequena no canto da sala. Lá Vovôcomia sozinho enquanto o resto da familiadesfrutava do jantar..

Desde que o Avô tinha quebrado um oudois pratos, a comida dele foi servida emuma tigela de madeira. Quando a familiaolhava de relance na direção do Vovô, asvezes percebiam nele uma lágrima em seuolho por estar só. Ainda assim, as únicaspalavras que o casal tinha para ele eramadvertências acentuadas quando ele derru-

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bava um garfo ou derramava comida.

O neto mais velho de quatro anos assistiutudo em silencio. Uma noite antes da ceia,o pai notou que seu filho estava brincandono chão com sucatas de madeira.

Ele perguntou docemente para a criança,“O que você está fazendo?”

Da mesma maneira dócil, o menino res-pondeu:

“Oh, eu estou fabricando uma pequena ti-gela para Você e Mamãe comerem sua co-mida quando eu crescer.”

O neto mais velho de quatro anos sorriu evoltou a trabalhar. As palavras do meni-no golpearam os pais que ficaram mudos.Então lágrimas começaram a fluir em seusrostos. Entretanto nenhuma palavra foi fa-lada, ambos souberam o que devia ser fei-to. Aquela noite o marido pegou a mão doVovô e com suavidade o conduziu atrás damesa familiar. Para o resto de seus dias devida ele comeu sempre com a familia. Epor alguma razão, nem marido nem espo-sa pareciam se preocupar mais quando umgarfo era derrubado, ou leite derramado,ou que a toalha da mesa tinha sujado.

As crianças são notavelmente perceptivas.Os olhos delas sempre observam, seus ou-vidos sempre escutam, e suas mentes sem-pre processam as mensagens que elas ab-sorvem. Se elas nos vêem pacientementeprovidenciar uma atmosfera feliz em nossacasa, para nossos familiares, eles imitarãoaquela atitude para o resto de suas vidas .

O pai sábio percebe isso diariamente, queo alicerce está sendo construído para o fu-turo da criança. Sejamos sábios construto-res de bons exemplos de comportamento

de vida em nossas funções.

As Melhores Coisas da Vida

Se apaixonar.Rir até sentir o rosto doer.Um banho quente.Um banho frio em um dia escaldante deverãoUm supermercado sem filas.Um olhar especial.Receber cartas.Dirigir numa estrada bonita.Escutar sua música preferida no rádio.Um banho de espuma.Uma boa conversa.A praia.Achar uma nota de R$10 na sua blusa doinverno passado.Rir de você mesmo.Ligações a meia noite que nunca termi-nam.Rir sem absolutamente razão nenhuma.Ter alguém pra te dizer que você e boni-to(a).Rir por alguma coisa que você lembrou.Os amigos.Um abraço apertado.Um abraço de mãe.Amar pela primeira vez. — AMAR SEM-PRE!Ouvir acidentalmente alguém falar bem devocê.Acordar e perceber que ainda faltam algu-mas horas para dormir.O primeiro beijo.Fazer novos amigos ou ficar junto dos ve-lhos.Conversas a noite com seu colega de quar-to que não te deixa dormir.

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Alguém brincar com o seu cabelo.Bons sonhos.Chocolate quente.Pão com manteiga.Acarajé com coca-cola.Viagens com os amigos.Dançar.Beijar na boca.Ir a um bom show.Ter calafrios ao ver ‘aquela’ pessoa.Ganhar um jogo difícil.Passar o tempo com os amigos.Ver os amigos sorrir ou rir.Segurar a mão de um amigo.Encontrar com um velho amigo e desco-brir que tem coisas que nunca mudam.Descobrir que o amor é eterno e incondi-cional.Abraçar a pessoa que você ama.Ver a expressão de alguém que ganhou umpresente que queria muito de você.Ver o nascer do sol.Assistir ao pôr-do-sol na praia.Levantar todo dia e agradecer a Deus poroutro lindo dia!

Mensagem

Amigo, lê porque desejo teu Triunfo.

Tudo te será dado, se souberes imaginarcom clareza e constância aquilo que dese-jas.

Se não obténs o que pedes é porque nãosabes pedir e nem sabes o que pedes.

Aprende a cultivar uma imaginação positi-va para benefício teu e de todas as criatu-ras.

Grave em tua memória que a imaginação éuma força poderosa!

Ruínas, fracassos, enfermidades e humi-lhações que te aborrecem foram atraídospor teus pensamentos negativos.

Procure descobrir o lado bom de todas ascoisas, em ti e em teus próprios inimigos!

Segue avante!

Irmão! O temor, o ódio, a vaidade, o orgu-lho a inveja, o egoísmo, e a luxúria, sãopensamentos negativos, culpados de tuaderrota. . .

Sê digno de ti mesmo e repele-os parasempre, a fim de venceres na vida.

Uma mente positiva só irradia Amor, con-fiança, paz, segurança, saúde, tolerância,caridade, agrado, serenidade e abundância.Só isto vence na vida. Aprende a ser posi-tivo e a felicidade virá ao teu encontro.

Nunca faças a outrem o que não desejas ati próprio, porque se é verdade que podespensar positiva e negativamente, tambémé certo que o que desejares ao teu próximoreceberás em dobro!

Formastes no passado imagens negativas,que se materializaram e agora te perse-guem.

Pois bem, a arte de destruí-las está em cul-tivares unicamente bons pensamentos.

Experimenta e verás!

Os pensamentos bons modificam a tuasaúde, o teu ambiente e a tua vida. Sequeres melhorar de sorte, melhora tambémos teus pensamentos pensando unicamenteno Bem!

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Estatutos do Círculo Esotérico da Comu-nhão do Pensamento

O Velho Carpinteiro

Um velho carpinteiro estava pronto para seaposentar. Ele informou ao chefe seu dese-jo de sair da indústria de construção e pas-sar mais tempo com a sua família. Ele ain-da disse que sentiria falta do salário, masrealmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pelasaída do carpinteiro, mas o chefe estavatriste em ver um bom funcionário partin-do e pediu ao carpinteiro para trabalhar emmais um projeto, como um favor. O Car-pinteiro concordou, mas era fácil ver quenão estava entusiasmado com a idéia.

Ele prosseguiu fazendo um trabalho de se-gunda qualidade e usando matérias inade-quados. Foi uma maneira negativa deleterminar sua carreira. Quando o carpintei-ro acabou, o chefe veio fazer a inspeção dacasa. E depois entregou as chaves da casaao carpinteiro e disse: “Essa é sua casa.Ela é um presente meu para você.”

O carpinteiro ficou muito surpreso.

Que pena! Se soubesse que estava cons-truindo sua própria casa, teria feito tudodiferente. . .

O mesmo acontece conosco. Nós construí-mos nossa vida, um dia de cada vez, e mui-tas vezes não fazemos o melhor possíveldurante a construção. Depois, com sur-presa, descobrimos que precisamos viverna casa que nós mesmos construímos. . . Se

nós pudéssemos fazer tudo de novo, faría-mos diferente.

Mas não podemos voltar atrás. . .

Você é o carpinteiro. Todo dia você mar-tela pregos, ajusta tábuas e constrói pare-des. A vida é um projeto que você mesmoconstrói. Suas atitudes e escolhas de ho-je estão construindo a ‘casa’ que você vaimorar amanhã.

Construa com sabedoria! E lembre-se:Trabalhe como se você não precisasse dedinheiro, trabalhe pelo simples prazer defazer um serviço bem feito.

Ame incondicionalmente, como se vocênunca tivesse sido magoado. Dance comose ninguém estivesse olhando.

Seja feliz!

Lições

Primeira importante lição:

Durante meu segundo mês na escola deenfermagem, nosso professor nos deu umquestionário. Eu era um bom aluno e res-pondi rápido todas as questões até chegara última que era: “Qual o primeiro nomeda mulher que faz a limpeza da escola?”.

Sinceramente, isso parecia uma piada. Eujá tinha visto a tal mulher várias vezes. Elaera alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50anos, mas como eu ia saber o primeiro no-me dela? Eu entreguei meu teste deixandoessa questão em branco e um pouco an-tes da aula terminar, um aluno perguntouse a última pergunta do teste ia contar na

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nota. “Absolutamente”, respondeu o pro-fessor. “Na sua carreira, você encontrarámuitas pessoas. Todas tem seu grau de im-portância. Elas merecem sua atenção mes-mo que seja com um simples sorriso ou umsimples ‘alô’.”

Eu nunca mais esqueci essa lição e tam-bém acabei aprendendo que o primeiro no-me dela era Dorothy.

Segunda lição importante:

Na chuva, numa noite, estava uma senhoranegra, americana do lado de uma highwayno estado do Alabama enfrentando um tre-mendo temporal. O carro dela tinha en-guiçado e ela precisava, desesperadamen-te, de uma carona. Completamente molha-da, ela começou a acenar para os carrosque passavam.

Um jovem branco, parecendo que não ti-nha conhecimento dos acontecimentos econflitos dos anos 60, parou para ajuda-la. O rapaz a colocou em um lugar segu-ro, procurou ajuda mecânica e chamou umtáxi para ela. Ela parecia estar realmentecom muita pressa mas conseguiu anotar oendereço dele e agradecê-lo.

Sete dias se passaram quando bateram aporta da casa do rapaz. Para a surpresa de-le, uma enorme TV colorida com o conso-le e tudo estava sendo entregue na casa de-le com um bilhete junto que dizia: “Muitoobrigada por me ajudar na highway naque-la noite. A chuva não só tinha encharcadominhas roupas como também meu espíri-to. Ai, você apareceu. Por sua causa euconsegui chegar ao leito de morte do meumarido antes que ele falecesse. Deus oabençoe por ter me ajudado e por de for-ma tão bondosa não deixar de ajudar ou-tros. Sinceramente, Mrs. Nat King Cole”

Terceira importante lição:

Sempre se lembre daqueles que te servi-ram.

Numa época em que um sorvete custavamuito menos do que hoje, um menino de10 anos entrou num coffee shop de um ho-tel e sentou a uma mesa. Uma garçonetecolocou um copo de agua na frente dele.“Quanto custa um sundae?” ele pergun-tou. “50 centavos” — respondeu a garço-nete. O menino puxou as moedas do bolsoe começou a conta-las. “Bem, quanto cus-ta o sorvete simples?” ele perguntou. Aessa altura, mais pessoas estavam esperan-do por uma mesa e a garçonete perdendoa paciência. “35 centavos” respondeu ela,de maneira brusca. O menino, mais umavez, contou as moedas e disse: “eu vouquerer, então, o sorvete simples”. A gar-çonete trouxe o sorvete simples, a conta,colocou na mesa e saiu. O menino acabouo sorvete, pagou no caixa a conta e saiu.Quando a garçonete voltou, ela começoua chorar a medida que ia limpando a me-sa pois ali, do lado do prato, tinham duasmoedas de 5 centavos e cinco moedas de1 centavo — ou seja, veja bem, o meninonão pode pedir o sundae porque ele queriaque sobrasse a gorjeta da garçonete.

Quarta importante lição:

O obstáculo no nosso caminho.

Em tempos bem antigos, um rei colocouuma pedra enorme no meio de uma es-trada. Ele se escondeu e ficou observan-do para ver se alguém tiraria a imensa ro-cha do caminho. Alguns mercadores e ho-mens muito ricos do reino passaram porali e simplesmente deram a volta pela pe-dra. Alguns até esbravejaram contra o rei

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dizendo que ele não mantinha as estradaslimpas mas nenhum deles tentou sequermover a pedra dali. De repente, passa umcamponês com uma boa carga de vegetais.Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôsde lado a sua carga e tentou remover a ro-cha dali. Após muita forca e suor, ele fi-nalmente conseguiu mover a pedra para olado da estrada. Ele, então, voltou a pe-gar a sua carga de vegetais mas notou quehavia uma bolsa no local onde estava a pe-dra. A bolsa continha muitas moedas deouro e uma nota escrita pelo rei que di-zia que o ouro era para a pessoa que ti-vesse removido a pedra do caminho. Ocamponês aprendeu o que muitos de nósnunca entendeu: “Todo obstáculo contemuma oportunidade para melhorarmos nos-sa condição”.

Família e Trabalho

Eu estava correndo e de repente um estra-nho trombou em mim: “Ah, me desculpepor favor”. foi a minha reação. E ele dis-se: “Ah, desculpe-me também, eu simples-mente nem te vi!”

Nós fomos muito educados um com o ou-tro, aquele estranho e eu. Então, nos des-pedimos e cada um foi para o seu lado.

Mas em nossa casa, acontecem históriasdiferentes. Como nós tratamos aquelesque amamos. . .

Mais tarde naquele dia, eu estava fazendoa janta e meu filho parou do meu lado tãoem silencio que eu nem percebi. Quandoeu me virei, Eu lhe dei uma bronca. “Saiado meu caminho garoto!” E eu disse aqui-

lo com certa braveza. E ele foi embora,certamente com seu pequeno coração par-tido. Eu nem imaginava como havia sidorude com ele.

Quando eu fui me deitar, eu podia ouvira voz calma e doce de Deus me dizendo:“Quando falava com um estranho, quantacortesia você usou! Mas com seu filho, acriança que você ama, você nem sequer sepreocupou com isso! Olhe no chão da co-zinha, você verá algumas flores perto daporta. Aquelas são flores que ele trouxepra você. Ele mesmo as pegou; a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quie-tinho para não estragar a surpresa, e vocênem viu as lágrimas nos olhos dele”.

Nesse momento, eu me senti muito peque-na. E agora, o meu coração era quem der-ramava lágrimas. Então eu fui até a camadele e ajoelhei ao seu lado. “Acorde filhi-nho, acorde. Estas são as flores que vocêpegou pra mim?” Ele sorriu, “Eu as encon-trei embaixo da árvore. Eu as peguei por-que as achei tão bonitas como você!. Eusabia que você iria gostar, especialmenteda azul” Eu disse, “Filho, eu sinto muitopela maneira como agi hoje. Eu não de-via ter gritado com você daquela maneira.”E ele disse. “Ah mamãe, não tem proble-ma, eu te amo mesmo assim!!” Eu disse:“Filho, eu também te amo. E eu adorei asflores, especialmente a azul.”

Você já parou pra pensar que, se morrer-mos amanhã, a empresa para a qual tra-balhamos poderá facilmente nos substituirem uma questão de dias. . . Mas as pessoasque nos amam, a família que deixamos pa-ra trás, sentirão essa perda para o resto desuas vidas. E nós raramente paramos parapensar nisso. Às vezes colocamos nossoesforço em coisas muito menos importan-

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tes que nossa família, que as pessoas quenos amam, e não nos damos conta do querealmente estamos perdendo.

Perdemos o tempo de ser carinhoso, de di-zer um “Eu te amo”, de dizer um “Obriga-do”, de dar um sorriso, ou de dizer o quan-to cada pessoa é importante pra nós. Aoinvés disso, muitas vezes agimos com ru-deza, e não percebemos o quanto isso ma-chuca os nossos queridos.

A flor

Conta-se que por volta do ano 250 a.c, naChina antiga, um príncipe da região nortedo país, estava as vésperas de ser coroadoimperador, mas, de acordo com a lei, eledeveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma dis-puta” entre as moças da corte ou quemquer que se achasse digna de sua proposta.No dia seguinte, o príncipe anunciou quereceberia, numa celebração especial, todasas pretendentes e lançaria um desafio.

Uma velha senhora, serva do palácio hámuitos anos, ouvindo os comentários so-bre os preparativos, sentiu uma leve tris-teza, pois sabia que sua jovem filha nu-tria um sentimento de profundo amor pelopríncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato a jovem,espantou-se ao saber que ela pretendia ir acalibração, e indagou incrédula:

Minha filha, o que você fará lá? Estarãopresentes todas as mais belas ricas moçasda corte. Tire esta idéia insensata da ca-

beça, eu sei que você deve estar sofrendo,mas não torne o sofrimento uma loucura.

A filha respondeu:

— Não, querida mãe, não estou sofrendo emuito menos louca, eu sei que jamais po-derei ser a escolhida, mas é minha opor-tunidade de ficar pelo menos alguns mo-mentos perto do príncipe, isto já me tornafeliz.

A noite, a jovem chegou ao palácio. Lá es-tavam, de fato, todas as mais belas moças,com as mais belas roupas, com as mais be-las jóias e com as mais determinadas inten-ções. então, finalmente, o príncipe anunci-ou o desafio:

— Darei a cada uma de vocês, uma semen-te. Aquela que, dentro de seis meses, metrouxer a mais bela flor, será escolhida mi-nha esposa e futura imperatriz da china.

A proposta do príncipe não fugiu as pro-fundas tradições daquele povo, que valori-zava muito a especialidade de cultivar al-go, sejam costumes, amizades ou relacio-namentos.

O tempo passou e a doce jovem, como nãotinha muita habilidade nas artes da jardina-gem, cuidava com muita paciência e ternu-ra a sua semente, pois sabia que se a belezada flor surgisse na mesma extensão de seuamor, ela não precisava se preocupar como resultado. Passaram-se três meses e na-da surgiu. A jovem tudo tentara, usara detodos os métodos que conhecia, mas nadahavia nascido. Dia após dia ela percebiacada vez mais longe o seu sonho, mas ca-da vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os seis meses haviam passado enada havia brotado. Consciente do seu es-

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forço e dedicação a moça comunicou a suamãe que, independente das circunstânciasretornaria ao palácio, na data e hora com-binadas, pois não pretendia nada além demais alguns momentos na companhia dopríncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vasovazio, bem como todas as outras preten-dentes, cada uma com uma flor mais belado que a outra, das mais variadas formas ecores.

Ela estava admirada, nunca havia presen-ciado tão bela cena.

Finalmente chega o momento esperado e opríncipe observa cada uma das pretenden-tes com muito cuidado e atenção. Apóspassar por todas, uma a uma, ele anuncia oresultado e indica a bela jovem como suafutura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais ines-peradas reações. Ninguém compreen-deu porque ele havia escolhido justamenteaquela que nada havia cultivado.

Então, calmamente o príncipe esclareceu:

— Esta foi a única que cultivou a flor quea tornou digna de se tornar uma impera-triz. A flor da honestidade, pois todas assementes que entreguei eram estéreis.

Se para vencer, estiver em jogo a sua ho-nestidade, perca. Você será sempre umvencedor.

Nós e o Espelho

Alguém, muito desanimado, entrou numaigreja e em determinado momento dissepara Deus:

— Senhor, aqui estou porque em igrejasnão há espelhos, pois nunca me senti sa-tisfeito com minha aparência.

Subitamente uma folha de papel caiu aosseus pés, vinda do alto do templo. Atô-nito, ele a apanhou e nela viu a seguintemensagem:

Minha criatura, nenhuma das minhasobras veio ou ficou sem beleza, pois a feiú-ra é invenção dos homens e não minha.

Não importa se um corpo é gordo ou ma-gro:ele é o templo do espírito e este é eterno.

Não importa se braços são longos ou cur-tos:sua função é o desempenho do trabalhohonesto.

Não importa se as mãos são delicadas ougrosseiras:sua função é dar e receber o Bem.

Não importa a aparência dos pés:sua função é tomar o rumo do Amor e daHumildade.

Não importa o tipo de cabelo, se ele existeou não numa cabeça:o que importa são os pensamentos que porela passam.

Não importa a forma ou a cor dos olhos:o que importa é que eles vejam o valor daVida.

Não importa um formato de nariz:

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o que importa é inspirar e expirar a Fé.

Não importa se a boca é graciosa ou sematrativos:o que importa são as palavras que saem de-la.

Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se paraa porta de saída, que tinha algumas partesde vidro.

Nesse exato momento sentiu que toda suavida se modificaria. Havia esse lembretena porta aderido:

Veja com bons olhos seu reflexo neste vi-dro e lembre-se de tudo que deixei escrito.Observe que não há uma única linha sobreMim que afirme que sou bonito.

Atitude

Não digas tudo o que sabes,Não faças tudo o que podes,Não acredites em tudo o que ouves,Não gaste tudo o que tens.

Porque:

Quem diz tudo o que sabe,Quem faz tudo o que pode,Quem acredita em tudo o que ouve,Quem gasta tudo o que tem.

Muitas vezes,

Diz o que não convém,Faz o que não deve,Julga o que não vê,Gasta o que não pode.

Caminhos

Havia, no alto da montanha, três pequenasárvores que sonhavam o que seriam depoisde grandes.

A primeira, olhando as estrelas, disse:

— Eu quero ser baú mais precioso domundo, cheio de tesouros. Para tal, até medisponho a ser cortada.

A segunda olhou para o riacho e suspirou:

— Eu quero ser um grande navio paratransportar reis e rainhas.

A terceira árvore olhou o vale e disse:

— Quero ficar aqui no alto da montanha ecrescer tanto, que as pessoas, ao olharempara mim, levantem seus olhos e pensemem Deus.

Muitos anos se passaram e certo dia vi-eram três lenhadores pouco ecológicos ecortaram as três árvores, todas ansiosas emserem transformadas naquilo que sonha-vam.

Mas lenhadores não costumam ouvir enem entender sonhos. . . Que pena! A pri-meira árvore acabou sendo transformadanum coxo de animais, coberto de feno. Asegunda virou um simples e pequeno barcode pesca, carregando pessoas e peixes to-dos os dias. E a terceira, mesmo sonhandoem ficar no alto da montanha, acabou cor-tada em grossas vigas e colocada de ladonum depósito. E todas as três se pergunta-vam desiludidas e tristes:

“Para que isso?”

Mas, numa certa noite, cheia de luz e

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de estrelas, onde havia mil melodias aoar, uma jovem mulher colocou seu nenémnascido naquele coxo de animais. E de re-pente, a primeira árvore percebeu que con-tinha o maior tesouro do mundo. . .

A segunda árvore, anos mais tarde, acaboutransportando um homem que acabou dor-mindo no barco, mas quando a tempestadequase afundou o pequeno barco, o homemlevantou e disse ao mar revolto:

“Sossegai”.

E num relance, a segunda árvore entendeuque estava carregando o Rei dos Céus eda Terra. Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quandosuas vigas foram unidas em forma de cruze um homem foi pregado nela, pois foracondenado à morte mesmo sendo inocen-te.

Logo, sentiu-se horrível e cruel, mas noDomingo, o mundo vibrou de alegria e aterceira árvore entendeu que nela havia si-do pregado um homem para salvação dahumanidade, e que as pessoas sempre selembrariam de Deus e de Seu Filho JesusCristo ao olharem para ela.

As árvores tinham sonhos, mas as suas re-alizações foram mil vezes melhores e maissábias do que haviam imaginado. Todosnós temos nossos sonhos, nossos planos epor vezes, eles não coincidem com os pla-nos que Deus tem para nós. E quase sem-pre somos surpreendidos com a sua gene-rosidade e misericórdia. Por isso, é impor-tante compreendermos que tudo vem deDeus e crermos que podemos esperar Ne-le, pois Ele, como um Pai amoroso, sabe oque é melhor, para cada um de nós.

Céu e Inferno?

Um homem, seu cavalo e seu cão, cami-nhavam por uma estrada. Depois de muitocaminhar, esse homem se deu conta de queele, seu cavalo e seu cão haviam morridonum acidente. Às vezes os mortos levamtempo para se dar conta de sua nova con-dição. . .

A caminhada era muito longa, morro aci-ma, o sol era forte e eles ficaram suados ecom muita sede. Precisavam desesperada-mente de água.

Numa curva do caminho, avistaram umportão magnífico, todo de mármore, queconduzia a uma praça calçada com blocosde ouro, no centro da qual havia uma fontede onde jorrava água cristalina.

O caminhante dirigiu-se ao homem quenuma guarita, guardava a entrada.

— Bom dia, ele disse.

— Bom dia, respondeu o homem.

— Que lugar é este, tão lindo? Ele pergun-tou.

— Isto aqui é o céu, foi a resposta.

— Que bom que nós chegamos ao céu, es-tamos com muita sede, disse o homem.

— O senhor pode entrar e beber água àvontade, disse o guarda, indicando-lhe afonte.

— Meu cavalo e meu cachorro também es-tão com sede.

— Lamento muito, disse o guarda. Aqui

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não se permite a entrada de animais.

O homem ficou muito desapontado porquesua sede era grande. Mas ele não beberia,deixando seus amigos com sede. Assim,prosseguiu seu caminho.

Depois de muito caminharem morro aci-ma, com sede e cansaço multiplicados, elechegou a um sítio, cuja entrada era marca-da por uma porteira velha semi-aberta.

A porteira se abria para um caminho deterra, com árvores dos dois lados que lhefaziam sombra. À sombra de uma das ár-vores, um homem estava deitado, cabeçacoberta com um chapéu, parecia que esta-va dormindo.

— Bom dia, disse o caminhante.

— Bom dia, disse o homem.

— Estamos com muita sede, eu, meu ca-valo e meu cachorro.

— Há uma fonte naquelas pedras, disse ohomem e indicando o lugar. Podem bebera vontade.

O homem, o cavalo e o cachorro foram atéa fonte e mataram a sede.

— Muito obrigado, ele disse ao sair.

— Voltem quando quiserem, respondeu ohomem.

— A propósito, disse o caminhante, qual éo nome deste lugar?

— Céu, respondeu o homem.

— Céu? Mas o homem na guarita ao ladodo portão de mármore disse que lá era océu!

— Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.O caminhante ficou perplexo.

— Mas então, disse ele, essa informaçãofalsa deve causar grandes confusões.

— De forma alguma, respondeu o homem.Na verdade, eles nos fazem um grande fa-vor. Porque lá ficam aqueles que são capa-zes de abandonar seus melhores amigos. . .

Os Versos de Ouro de Pitágo-ras

Os Versos de Ouro da tradição pitagóricaconstituem um documento de valor inesti-mável. Este texto, breve e único, até hojepouco conhecido do público, é um mapapreciso do caminho prático para a sabedo-ria divina.

O fato de que caiu no esquecimento e é re-lativamente raro só faz aumentar seu valor.Ele expressa em poucas palavras, e comuma clareza definitiva, o compromisso devida dos pitagóricos de todos os tempos.

Os Versos de Ouro serão tão atuais dentrode 500 anos como eram na Grécia antigahá 2.500 anos atrás. Na complexa transi-ção de hoje para uma civilização global,eles apontam e sinalizam impecavelmenteo caminho da regeneração de cada indiví-duo, base para o renascimento coletivo dasabedoria nos próximos anos e décadas.

Os Versos de Ouro, a partir do texto de Hi-erocles de Alexandria, com base na versãoem língua inglesa feita por N. Rowe em1707, e adotada hoje pela maior parte dosestudiosos da tradição pitagórica. Leve-

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se em conta, outras versões importantesdos Versos, entre elas a de Fabre d’Olivet(século 19). A seguir, portanto, um textoimortal que se pode ler, reler e meditar aolongo do tempo. É um mapa, um guia e umtratado completo sobre a vida dos sábios.

ENSINAMENTOS DE PITÁGORAS

1. Honra em primeiro lugar os deusesimortais, como manda a lei.

2. A seguir, reverencia o juramentoque fizeste.

3. Depois os heróis ilustres, cheios debondade e luz.

4. Homenageia, então, os espíritos ter-restres e manifesta por eles o devidorespeito.

5. Honra em seguida a teus pais, e a to-dos os membros da tua família.

6. Entre os outros, escolhe como ami-go o mais sábio e virtuoso.

7. Aproveita seus discursos suaves, eaprende com os atos dele que sãoúteis e virtuosos.

8. Mas não afasta teu amigo por umpequeno erro.

9. Porque o poder é limitado pela ne-cessidade.

10. Leva bem a sério o seguinte: Devesenfrentar e vencer as paixões.

11. Primeiro a gula, depois a preguiça, aluxúria, e a raiva.

12. Não faz junto com outros, nem sozi-nho, o que te dá vergonha.

13. E, sobretudo, respeita a ti mesmo.

14. Pratica a justiça com teus atos e comtuas palavras.

15. E estabelece o hábito de nunca agirimpensadamente.

16. Mas lembra sempre um fato, o deque a morte virá a todos.

17. E que as coisas boas do mundo sãoincertas, e assim como podem serconquistadas, podem ser perdidas.

18. Suporta com paciência e sem mur-múrio a tua parte, seja qual for.

19. Dos sofrimentos que o destino de-terminado pelos deuses lança sobreos seres humanos.

20. Mas esforça-te por aliviar a tua dorno que for possível.

21. E lembra que o destino não mandamuitas desgraças aos bons.

22. O que as pessoas pensam e dizemvaria muito; agora é algo bom, emseguida é algo mau.

23. Portanto, não aceita cegamente oque ouves, nem o rejeita de modoprecipitado.

24. Mas se forem ditas falsidades, retro-cede suavemente e arma-te de paci-ência.

25. Cumpre fielmente, em todas as oca-siões, o que te digo agora.

26. Não deixa que ninguém, com pala-vras ou atos, te leve a fazer ou dizero que não é melhor para ti.

27. Pensa e delibera antes de agir, paraque não cometas ações tolas.

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28. Porque é próprio de um homem mi-serável agir e falar impensadamente.

29. Mas faze aquilo que não te trará afli-ções mais tarde, e que não te causaráarrependimento.

30. Não faze nada que sejas incapaz deentender.

31. Porém, aprende o que for necessá-rio saber; deste modo, tua vida seráfeliz.

32. Não esquece de modo algum a saú-de do corpo.

33. Mas dá a ele alimento com mode-ração, o exercício necessário e tam-bém repouso à tua mente.

34. O que quero dizer com a palavramoderação é que os extremos devemser evitados.

35. Acostuma-te a uma vida decente epura, sem luxúria.

36. Evita todas as coisas que causarãoinveja.

37. E não cometa exageros. Vive comoalguém que sabe o que é honrado edecente.

38. Não aja movido pela cobiça ou ava-reza. É excelente usar a justa medi-da em todas estas coisas.

39. Faze apenas as coisas que não po-dem ferir-te, e decide antes de fazê-las.

40. Ao deitares, nunca deixe que o so-no se aproxime dos teus olhos can-sados,

41. Enquanto não revisares com a tuaconsciência mais elevada todas astuas ações do dia.

42. Pergunta: Em que errei? Em que agicorretamente? Que dever deixei decumprir?”

43. Recrimina-te pelos teus erros,alegra-te pelos acertos.

44. Pratica integralmente todas estas re-comendações. Medita bem nelas.Tu deves amá-las de todo o coração.

45. São elas que te colocarão no cami-nho da Virtude Divina.

46. Eu o juro por aquele que transmitiuàs nossas almas o Quaternário Sa-grado.

47. Aquela fonte da natureza cuja evo-lução é eterna.

48. Nunca começa uma tarefa antes depedir a bênção e a ajuda dos Deuses.

49. Quando fizeres de tudo isso um há-bito, conhecerás a natureza dos deu-ses imortais e dos homens,

50. Verás até que ponto vai a diversida-de entre os seres, e aquilo que oscontém, e os mantém em unidade.

51. Verás então, de acordo com a Justi-ça, que a substância do Universo é amesma em todas as coisas.

52. Deste modo não desejarás o que nãodeves desejar, e nada neste mundoserá desconhecido de ti.

53. Perceberás também que os homenslançam sobre si mesmos suas pró-prias desgraças, voluntariamente epor sua livre escolha.

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54. Como são infelizes! Não vêem, nemcompreendem que o bem deles estáao seu lado.

55. Poucos sabem como libertar-se dosseus sofrimentos.

56. Este é o peso do destino que cega ahumanidade.

57. Os seres humanos andam em círcu-los, para lá e para cá, com sofrimen-tos intermináveis,

58. Porque são acompanhados por umacompanheira sombria, a desuniãofatal entre eles, que os lança para ci-ma e para baixo sem que percebam.

59. Trata, discretamente, de nunca des-pertar desarmonia, mas foge dela!

60. Oh Deus nosso Pai, livra a todos elesde sofrimentos tão grandes.

61. Mostrando a cada um o Espírito queé seu guia.

62. Porém, tu não deves ter medo, por-que os homens pertencem a uma ra-ça divina.

63. E a natureza sagrada tudo revelará emostrará a eles.

64. Se ela comunicar a ti os teus segre-dos, colocarás em prática com faci-lidade todas as coisas que te reco-mendo.

65. E ao curar a tua alma a libertarás detodos estes males e sofrimentos.

66. Mas evita as comidas pouco reco-mendáveis para a purificação e a li-bertação da alma.

67. Avalia bem todas as coisas,

68. Buscando sempre guiar-te pelacompreensão divina que tudo de-veria orientar.

69. Assim, quando abandonares teu cor-po físico e te elevares no éter.

70. Serás imortal e divino, terás a pleni-tude e não mais morrerás.

A Fé

Esta é uma estória de um alpinista quesempre buscava superar mais e mais desa-fios. Ele resolveu depois de muitos anos depreparação escalar o Aconcágua. Mas elequeria a glória somente para ele, e resol-veu escalar sozinho sem nenhum compa-nheiro, o que seria natural no caso de umaescalada com essa dificuldade.

Começou a subir e foi ficando cada vezmais tarde, e porque não havia se prepara-do para acampar, resolveu continuar a es-calada decidido a chegar até o topo. Es-cureceu e a noite caiu que nem um breunas alturas da montanha, e não era possívelmais enxergar um palmo à frente do nariz,não se via absolutamente nada. Tudo eraescuridão, zero de visibilidade, não havialua e as estrelas estavam cobertas pelas nu-vens.

Subindo por uma parede a apenas 100 mdo topo ele escorregou e caiu a uma velo-cidade vertiginosa, somente conseguia veras manchas que passavam cada vez maisrápidas na mesma escuridão, e sentia a ter-rível sensação de ser sugado pela força dagravidade.

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Ele continuava caindo. . . e nesses angusti-antes momentos, passaram por sua mentetodos os momentos felizes e tristes que jáhavia vivido em sua vida. . . de repente elesentiu um puxão que quase o partiu pelametade.

Shack!. . . como todo alpinista experimen-tado, havia cravado estacas de segurançacom grampos a uma corda que fixou emsua cintura.

Nesse momento de silêncio, suspendidopelos ares na completa escuridão, não ha-via nada a fazer a não ser gritar:

— Ó meu Deus, me ajude!!!

De repente uma voz grave e profunda vin-da dos céus, respondeu:

— O que você quer de mim, meu filho?

— Me salve meu Deus,. Por favor!!!

— Você realmente acredita que eu possa tesalvar?

— Eu tenho certeza, meu Deus

— Então corte a corda que te mantém pen-durado. . .

Houve um momento de silêncio e reflexão.O homem se agarrou mais ainda à corda erefletiu que se fizesse isso morreria. . .

Conta o pessoal de resgate que ao realizaras buscas, encontrou um alpinista congela-do, morto, agarrado com força a uma cor-da. . . A somente meio metro do chão. . .

Por vezes nos agarramos às nossas velhascordas que nos mantém seguros, porém terfé é arriscar-se a perder total controle so-bre a própria vida, confiando-a ao pai. Quepossamos todos entregar-nos e viver ple-

namente na confiança de que existe aqueleque está sempre ao nosso lado a nos supor-tar, mesmo que nossa corda arrebente. . .

O Amigo

Um dia, quando eu era um calouro na es-cola, eu vi um garoto de minha sala ca-minhando para casa depois da aula. Seunome era Kyle. Parecia que ele estava car-regando todos os seus livros.

Eu pensei: “Por que alguém iria levar pa-ra casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve mesmo ser um C.D.F”.

Eu já tinha meu final de semana planeja-do (festas e um jogo de futebol com meusamigos Sábado de tarde), então eu dei deombros e segui meu caminho. Conformeeu ia caminhando, eu vi um grupo de garo-tos correndo na direção dele. Eles o atro-pelaram, arrancando todos os seus livrosde seus braços e o empurrando, de formaque ele caiu no chão. Seus óculos voa-ram, e eu os vi aterrissarem na grama al-guns metros de onde ele estava. Ele er-gueu o rosto e eu vi a terrível tristeza emseus olhos. Meu coração se penalizou porele.

Então eu corri até ele enquanto ele enga-tinhava, procurando por seus óculos, e eupude ver uma lágrima em seu olho. En-quanto eu lhe entregava os óculos eu disse:Aqueles caras são uns babacas. Eles real-mente deviam arrumar uma vida própria.

Ele olhou para mim e disse, “Obrigado!”.

Havia um grande sorriso em sua face. Era

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um daqueles sorrisos que realmente mos-tram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seuslivros, e perguntei onde ele morava. Porcoincidência ele morava perto da minhacasa, então eu perguntei como nunca o ha-via visto antes. Ele respondeu que antesele freqüentava uma escola particular.

Nós conversamos por todo o caminho devolta para casa, e eu carreguei seus livros.Ele se revelou um garoto bem legal. Euperguntei se ele queria jogar futebol no Sá-bado comigo e meus amigos. Ele disse quesim.

Nós ficamos juntos por todo o final desemana e quanto mais eu conhecia Ky-le, mais eu gostava dele. E meus ami-gos pensavam da mesma forma. Chegoua Segunda-Feira, e lá estava o Kyle comaquela quantidade imensa de livros outravez.

Eu o parei e disse, Diabos, rapaz, vocêvai ficar realmente musculoso carregandouma pilha de livros assim todos os dias!.

Ele simplesmente riu e me entregou meta-de dos livros. Pelos próximos quatro anosKyle e eu nos tornamos melhores amigos.Quando estávamos nos formando começa-mos a pensar na Faculdade. Kyle decidiuir para Georgetown, e eu ia para a Duke.Eu sabia que seríamos sempre amigos, quea distância nunca seria um problema. Eleseria médico, e eu ia tentar uma bolsa es-colar no time de futebol. Kyle era o oradoroficial de nossa turma. Eu o provocava otempo todo sobre ele ser um C.D.F.

Ele teve que preparar um discurso de for-matura. Eu estava super contente em nãoser eu quem deveria subir no palanque ediscursar. No dia da formatura eu vi Kyle.Ele estava ótimo. Ele era um daqueles ca-

ras que realmente se encontraram durantea escola. Ele estava mais encorpado e re-almente tinha uma boa aparência, mesmousando óculos.

Ele saía com mais garotas do que eu, e to-das as meninas o adoravam! Às vezes euaté ficava com inveja. Hoje era um daque-les dias. Eu podia ver o quanto ele estavanervoso sobre o discurso. Então eu dei umtapinha nas costas dele e disse:

— Ei, garotão, você vai se sair bem!

Ele olhou para mim com aquele olhar(aquele olhar de gratidão) e sorriu. “Va-leu”, ele disse.

Quando ele subiu no oratório, ele limpou agarganta e começou o discurso:

“A formatura é uma época para agrade-cermos àqueles que lhe ajudaram duran-te estes anos duros. Seus pais, seus pro-fessores, seus irmãos, talvez até um trei-nador. . . mas principalmente aos seus ami-gos. Eu estou aqui para lhes dizer que serum amigo para alguém é o melhor presenteque você pode lhes dar. Eu vou lhes contaruma história”.

Eu olhei para o meu amigo sem conseguiracreditar enquanto ele contava a históriasobre o primeiro dia em que nos conhe-cemos. Ele havia planejado se matar na-quele final de semana. Ele contou à todoscomo ele havia esvaziado seu armário naescola, para que sua Mãe não tivesse quefazer isso depois que ele morresse, e esta-va levando todas as suas coisas para casa.Ele olhou diretamente no meus olhos e medeu um pequeno sorriso. “Felizmente eufui salvo. Meu amigo me salvou de fazeralgo inominável”.

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Eu observava o nó na garganta em todosna platéia enquanto aquele rapaz populare bonito contava à todos sobre aquele seumomento de fraqueza. Eu vi sua mãe eseu pai olhando para mim e sorrindo comaquela mesma gratidão. Até aquele mo-mento eu jamais havia me dado conta daprofundidade do sorriso que ele me deunaquele dia. Nunca subestime o poder desuas ações. Com um pequeno gesto vocêpode mudar a vida de uma pessoa. Paramelhor ou para pior. Deus nos coloca àtodos nas vidas uns dos outros para que te-nhamos um impacto um sobre o outro dealguma forma. Procure o bem nos outros.

Reflexões Sobre o Amor

Querem saber o que é o amor?

Posso dizer que é quase tudo o que pensamser.

É o alegrar-se com a presença do outro,sim; mas sem tornar essa presença sua úni-ca razão de viver.

É a vontade de auxiliar o outro, sim; po-rém sem exigir que o outro seja ou faça sóo que você julga correto.

É o carinho e os bons sentimentos dirigi-dos ao outro, sim; porém sem que haja li-mites ou condições para que você expresseesses sentimentos.

É o abraço, o sorriso, o olhar terno, o co-ração aberto, os ouvidos prontos para ou-vir, tudo isso dirigido ao outro, sim; massem que haja necessidade que esse outrolhe retribua. E mais ainda, que tudo isso

possa ser dirigido a todas as pessoas, nãosomente aos familiares, amigos próximose companheiros de jornada.

Tudo o que pensam ser o amor, até podeser considerado uma parte deste sentimen-to. Porém, ele é muito maior e mais abran-gente.

Todo o bem querer, toda a benevolência,tolerância, alegria, disponibilidade, pro-ximidade. . . só poderão ser uma face doamor quando não tiverem amarras no ape-go, na necessidade de troca, no egoísmoque impõe condições e regras.

E sobretudo, só será amor verdadeiroquando for estendido por todos nós, a to-das as coisas e a todos os seres que nosacompanham nessa linda viagem que é avida.

Ressaca pós dia dos namora-dos

Quem não tem namorado é alguém que ti-rou férias não remuneradas de si mesmo.Namorado é a mais difícil das conquis-tas. Difícil porque namorado de verdadeé muito raro. Necessita de adivinhação, depele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim,brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, fler-te, caso, transa, envolvimento, até paixãoé fácil.

Mas namorado, mesmo, é muito difícil.Namorado não precisa ser o mais boni-to, mas aquele a quem se quer proteger equando se chega ao lado dele a gente tre-me, sua frio e quase desmaia pedindo pro-teção. A proteção dele não precisa ser par-

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ruda, decidida, ou bandoleira: basta umolhar de compreensão ou mesmo de afli-ção. Quem não tem namorado não é quemnão tem um amor: é que não sabe o gostode namorar.

Se você tem três pretendentes, dois paque-ras, um envolvimento e dois amantes, mes-mo assim pode não ter namorado. . . .

Não tem namorado quem não sabe o gostoda chuva, cinema sessão das duas, medodo pai, sanduíche de padaria ou drible notrabalho.

Não tem namorado quem transa sem cari-nho, quem se acaricia sem vontade de virarsorvete ou lagartixa e quem ama sem ale-gria.

Não tem namorado quem faz pactos deamor com a felicidade, ainda que rápida,escondida, fugidia ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o va-lor de mãos dadas; de carinho escondidona hora em que passa o filme; de flor cata-da no muro e entregue de repente; de poe-sia de Fernando Pessoa, Vinícius de Mora-es ou Chico Buarque lida bem devagar; degargalhada quando fala junto ou descobrea meia rasgada; de ânsia enorme de viajarpara a Itália ou mesmo de metrô, bonde,nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou fo-guete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dor-mir agarrado, fazer sesta abraçado, fazercompra junto.

Não tem namorado quem não gosta de fa-lar do próprio amor, nem de ficar horas ehoras olhando o mistério do outro dentrodos olhos dele, abobalhados de alegria pe-la lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobrea criança própria e a do amado e sai comela para parques, fliperamas, beira d’água,show do Milton Nascimento, bosques en-luarados, ruas de sonhos ou musical daMetro.

Não tem namorado quem não tem músicasecreta com ele, quem não dedica livros,quem não recorta artigos, quem não cha-teia com o fato de o seu bem ser paquera-do.

Não tem namorado quem ama sem gostar;quem gosta sem curtir; quem curte semaprofundar.

Não tem namorado quem nunca sentiu ogosto de ser lembrado de repente no fimde semana, na madrugada ou meio-dia desol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedi-car; quem namora sem brincar; quem vivecheio de obrigações; quem faz sexo semesperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado quem confunde soli-dão com ficar sozinho e em paz.

Não tem namorado quem não fala sozinho,não ri de si mesmo e quem tem medo deser afetivo. . .

Se você não tem namorado porque nãodescobriu que o amor é alegre e você vivepesando duzentos quilos de grilos e medo,ponha a saia mais leve, aquela de chita, epasseie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras, e es-cove a alma com leves fricções de esperan-ça. De alma escovada e coração estouva-do, saia do quintal de si mesmo e descubrao próprio jardim.

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Acorde com gosto de caqui e sorria líri-os para quem passe debaixo de sua jane-la. Ponha intenções de quermesse em seusolhos e beba licor de contos de fadas.

Ande como se o chão estivesse repletode sons de flauta e do céu descesse umanuvem de borboletas, cada qual trazendouma pérola falante a dizer frases e palavrasde galanteria.

Se você não tem namorado é porque aindanão enlouqueceu aquele pouquinho neces-sário, pra fazer a vida parar e, de repente,parecer que faz sentido.

(Namorados/ Carlos Drumond de Andra-de)

Gratidão

O homem por detrás do balcão, olhava arua de forma distraída. Uma garotinha seaproximava da loja e amassou o narizinhocontra o vidro da vitrina. Os olhos da cordo céu, brilhavam quando viu determina-do objeto. Entrou na loja e pediu para vero colar de turquezas azuis.

— É para minha irmã. Pode fazer um pa-cote bem bonito?

O dono da loja olhou desconfiado olhoupara a garotinha e lhe perguntou:

— Quanto dinheiro você tem?

Sem hesitar ela tirou do bolso da saia umlenço todo amarradinho e foi desfazendoos nós. Colocou-o sobre o balcão, e felizdisse:

— Isto dá, não dá?

Eram apenas algumas moedas que ela exi-bia orgulhosa.

— Sabe, continuou. Eu quero dar este pre-sente para minha irmã mais velha. Desdeque morreu nossa mãe, ela cuida da gente enão tem tempo para ela. É aniversário delae tenho certeza que ela ficará feliz com ocolar que é da cor dos seus olhos.

O homem, foi para o interior da loja. Colo-cou o colar em um estojo, embrulhou comum vistoso papel vermelho e fez um laçocaprichado com um fita verde.

— Tome! Disse para a garota. Leve comcuidado.

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.Ainda não acabara o dia, quando uma lin-da jovem de cabelos loiros e maravilhososolhos azuis adentrou à loja. Colocou sobreo balcão o já conhecido embrulho desfeitoe indagou:

— Este colar foi comprado aqui?

— Sim senhora.

— E quanto custou?

— Ah! Falou o dono da loja. O preço dequalquer produto da minha loja é sempreum assunto confidencial entre o vendedore o freguês.

A moça continuou:

— Mas minha irmã somente tinha algumasmoedas. O colar é verdadeiro, não é? Elanão teria dinheiro para pagá-lo.

O homem, tomou o estojo, refez o embru-lho com extremo carinho, colocou a fita eo devolveu à jovem.

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— Ela pagou o preço mais alto que qual-quer pessoa pode pagar. Ela deu tudo quetinha!

O silêncio encheu a pequena loja, e duaslágrimas rolaram pelas faces jovens. En-quanto com suas mão tomava o embrulho,ela retornava ao lar emocionada. . .

Verdadeira doação, é dar-se por inteirosem restrições. Gratidão de quem ama nãocoloca limites para os gestos de ternura.E a gratidão, é sempre a manifestação deamor para com pessoas que tem riquezade emoções e altruísmo. Sê sempre gra-to, mas não espere pelo reconhecimento deninguém.

Gratidão como Amor é também dever quenão apenas aquece quem recebe, como re-conforta quem oferece.

Derrotas Temporárias

Ainda não encontrei homem algum bem-sucedido na vida que não houvesse antessofrido derrotas temporárias. Toda vez queum homem as supera, torna-se mental eespiritualmente mais forte. É assim queaprendemos o que devemos à grande liçãoda adversidade.

Na vida, três coisas não retornam ao pontoinicial: a flecha lançada, a palavra pronun-ciada e a oportunidade perdida.

As Rosas

Quando plantamos uma roseira, notamosque ela fica dormindo muito tempo no seioda terra, mas ninguém ousa criticá-la, di-zendo:

“Você não tem raízes profundas” ou “faltaentusiasmo na sua relação com o campo”.

Ao contrário, nós a tratamos com paciên-cia, água e adubo. Quando a semente setransforma em muda, não passa pela ca-beça de ninguém condená-la como frágil,imatura, incapaz de nos brindar imediata-mente com as rosas que estamos esperan-do.

Ao contrário: nos maravilhamos com oprocesso do nascimento das folhas segui-do dos botões, e, no dia em que as floresaparecem, nosso coração se enche de ale-gria.

Entretanto, a rosa é a rosa desde o momen-to em que nasce até seu período de esplen-dor, e termina murchando e morrendo. Acada estágio que atravessa, semente, broto,botão, flor, expressa o melhor de si.

Também nós, em nosso crescimento econstante mutação, passamos por váriosestágios: vamos aprender a reconhecê-los,antes de criticar a lentidão de nossas mu-danças.

Doação de Sangue

Numa aldeia vietnamita, um orfanato di-rigido por uma grupo de missionários foiatingido por um bombardeio. Os missio-

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nários e duas crianças tiveram morte ime-diata e as restantes ficaram gravemente fe-ridas.

Entre elas, uma menina de oito anos ficouem estado grave. Foi necessário chamarajuda por um rádio. Depois de algum tem-po, um médico e uma enfermeira da ma-rinha dos EUA chegaram ao local. Teri-am que agir rapidamente, senão a meninamorreria devido aos traumatismos e à per-da de sangue. Era preciso, urgentemente,fazer uma transfusão.

Mas como? Após alguns testes rápidoscom o próprio pessoal da equipe de so-corro, puderam perceber que ninguém ali,possuía o sangue preciso. Reuniram, en-tão, o povo da aldeia e tentaram explicar oque estava acontecendo, gesticulando mui-to, arranhando o idioma, que era muito di-fícil para eles, queria dizer que precisavamde um voluntário para doar sangue.

Depois de um silêncio sepulcral, viu-se umbraço magrinho levantar-se timidamente.Era de um menino chamado Cheng. Elefoi preparado às pressas ao lado da meni-na agonizante e espetaram-lhe uma agulhana veia. Ele se mantinha quietinho e como olhar fixo no teto. Passado alguns mo-mentos, Cheng deixou escapar um soluçoe tapou o rosto com a mão que estava li-vre. O médico perguntou a ele se estavadoendo e ele disse que não.

Mas não demorou muito a soluçar de no-vo, contendo as lágrimas. O médico ficoupreocupado e voltou a lhe perguntar, e no-vamente ele negou. Os soluços ocasionaisderam lugar a um choro silencioso, masininterrupto. Era evidente que alguma coi-sa estava errada.

Foi então que apareceu uma enfermeira vi-

etnamita vinda de outra aldeia. O médi-co, então, pediu que ela procurasse saber oque estava acontecendo com Cheng. Coma voz meiga e doce, a enfermeira foi con-versando com ele e explicando algumascoisas, e o rostinho do menino foi se ali-viando. . . Minutos depois, ele estava nova-mente tranquilo. A enfermeira então ex-plicou aos americanos:

— Ele pensou que ia morrer. Não tinha en-tendido direito o que vocês disseram e es-tava chorando achando que ia ter que doartodo o seu sangue para a menina não mor-rer.

O médico se aproximou dele e com a ajudada enfermeira perguntou:

— Mas se era assim, porque então você seofereceu para doar seu sangue ?

E o menino respondeu simplesmente:

— Ela é minha amiga.

Este caso, realmente ocorrido durante aguerra do Vietnã, serve como exercício desensibilização e inteligência intrapessoal.

Amizade

Se Um Dia. . .Se um dia lhe der uma louca vontade dechorar. . .Me chama.Não lhe prometo fazer sorrir,Mas posso chorar com você.

Se um dia resolver fugir;Não se esqueça de me chamar.

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Não lhe prometo convencer de ficar,Mas posso fugir com você.

Se um dia lhe der uma louca vontadeDe não falar com ninguém;Me chama assim mesmo.Prometo ficar bem quietinho(a).Mas. . .

Se um dia você me chamar e eu não res-ponder. . .Vem correndo ao meu encontro. . . Talvezeu esteja precisando de você. . .

Naufrágio

Após um naufrágio, o único sobreviven-te agradeceu a Deus por estar vivo e terconseguido se agarrar a parte dos destro-ços para poder ficar boiando. Este úni-co sobrevivente foi parar em uma peque-na ilha desabitada e fora de qualquer rotade navegação, e ele agradeceu novamente.Com muita dificuldade e restos dos des-troços, ele conseguiu montar um pequenoabrigo para que pudesse se proteger do sol,da chuva e de animais e para guardar seuspoucos pertences, e como sempre agrade-ceu.

Nos dias seguintes a cada alimento queconseguia caçar ou colher, ele agradecia.No entanto um dia quando voltava da bus-ca por alimentos, ele encontrou o seu abri-go em chamas, envolto em altas nuvens defumaça. Terrivelmente desesperado ele serevoltou, gritava chorando: “O pior acon-teceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste

isso comigo?”

Chorou tanto, que adormeceu, profunda-mente cansado. No dia seguinte bem cedo,foi despertado pelo som de um navio quese aproximava. — Viemos resgata-lo.

— Como souberam que eu estava aqui?

— Nós vimos o seu sinal de fumaça.

É comum sentir-nos desencorajados e atédesesperados quando as coisas vão mal.Mas Deus age em nosso benefício, mesmonos momentos de dor e sofrimento.

Lembrem-se: se algum dia o seu únicoabrigo estiver em chamas, esse pode ser osinal de fumaça que fará chegar até você aGraça Divina. Para cada pensamento ne-gativo nosso, Deus tem uma resposta posi-tiva:

Filosofia

Numa aula de Filosofia, o Professor queriademonstrar um conceito aos seus alunos.

Para tanto, ele pegou um vaso de boca lar-ga e dentro colocou, primeiramente, algu-mas pedras grandes.

Então perguntou à classe:

— Está cheio?

Pelo que viam, o vaso estava repleto, porisso, os alunos, unanimemente responde-ram:

— Sim!

O professor então pegou um balde de pe-

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dregulhos e virou dentro do vaso. Os pe-quenos pedregulhos se alojaram nos espa-ços entre as pedras grandes.

Então ele perguntou aos alunos:

— E agora, está cheio?

Desta vez, alguns estavam hesitantes, masa maioria respondeu:

— Sim!

Continuando, o professor levantou uma la-ta de areia e começou a derramar a areiadentro do vaso. A areia preencheu os es-paços entre as pedras e os pedregulhos.

E, pela terceira vez, o professor perguntou:

— Então, está cheio?

Agora, a maioria dos alunos estava receo-sa, mas, novamente muitos responderam:

— Sim!

Finalmente, o professor pegou um jarrocom agua e despejou o liquido dentro dovaso. A agua encharcou e saturou a areia.

Neste ponto, o professor perguntou para aclasse: — Qual o objetivo desta demons-tração?

Um jovem e brilhante aluno levantou amão e respondeu:

— Não importa quanto a agenda da vidade alguém esteja cheia, ele sempre conse-guirá espremer dentro, mais coisas!

— Não exatamente! O ponto é o seguin-te: A menos que você, em primeiro lugar,coloque as pedras grandes dentro do vaso,nunca mais conseguirá coloca-las lá den-tro.

— Vamos! Experimente! Disse o pro-fessor ao aluno, entregando-lhe outro vasoigual ao primeiro, com a mesma quantida-de de pedras grandes, de pedregulhos, deareia e de agua.

O aluno, começou a experiência, colocan-do a agua, depois a areia, depois os pedre-gulhos e por ultimo, tentou colocar as pe-dras grandes. Verificou, surpreso, que elasnão couberam no vaso. Ele já estava reple-to com as coisas menores.

Então, o professor explicou para o rapaz:

— As pedras grandes são as coisas real-mente importantes de sua vida: seu cresci-mento pessoal e espiritual.

Quando você da prioridade a isso emantem-se aberto para o novo, as demaiscoisas se ajustarão por si só: seus relaci-onamentos (familia, amigos), suas obriga-ções (profissão, afazeres), seus bens e di-reitos materiais e todas as demais coisasmenores que completam a vida.

Mas, se você preencher sua vida somentecom as coisas pequenas, então aquelas quesão realmente importantes, nunca terão es-paço em sua vida.

Recomece. E uma boa sugestão. Esvazieseus vasos (mental, emocional) e comecea preenche-los com as pedras grandes.

Ainda há tempo. Ainda é tempo. Sempreé.

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No Avião

Esta não é uma piada, e aconteceu numavião da British Airways num vôo entreJohanesburgo e Londres.

Uma senhora branca de uns cinqüentaanos senta-se ao lado de um negro.

Ela chama a aeromoça para se queixar.

— Qual é o problema, senhora? — per-gunta a aeromoça.

— Mas você não está vendo? — respondea senhora.

— Você me colocou ao lado de um negro.Eu não consigo ficar ao lado destes nojen-tos. Dê-me um outro assento!

— Por favor, acalme-se. Quase todos oslugares deste vôo estão tomados. Vou verse tem algum lugar na executiva ou na pri-meira classe.

A aeromoça se afasta e volta alguns minu-tos depois.

— Minha senhora, como eu suspeita-va, não há nenhum lugar vago na classeeconômica. Eu conversei com o coman-dante que confirmou que não há mais lu-gar na executiva. Entretanto, ainda temosum assento na primeira classe.

Antes que a megera pudesse responder al-go, a aeromoça continuou:

— É totalmente inusitado a companhiaconceder um assento de primeira classe aalguém da classe econômica, mas, dadasas circunstâncias, o comandante conside-rou que seria escandaloso que alguém sejaobrigado a sentar-se ao lado de uma pessoatão execrável.

Dizendo isso, ela se vira para o negro ediz:

— Se o senhor quiser fazer o favor de pe-gar seus pertences, eu já preparei aqueleassento para o senhor.

Todos os passageiros ao redor que acom-panharam a cena se levantaram e baterampalmas para a atitude da companhia.

Arriscar-se é viver

Rir é arriscar-se a parecer louco,Chorar é arriscar-se a parecer sentimental,Estender a mão para outro é arriscar-se aparecer sentimental,Expor seus sentimentos é arriscar-se a nãoser amado,Expor suas idéias e sonhos é arriscar-se aperder,Viver é arriscar-se a morrer. . .Ter esperança é arriscar-se a sofrer decep-ções,Tentar é arriscar-se a falhar,Mas. . . é preciso correr riscos.Porque o maior azar da vida é não arriscarnada. . .Pessoas que não arriscam, que nada fazemnada são.Podem estar evitando sentimentos e a tris-teza.Mas assim não poderá aprender, sentir,crescer,mudar, amar, viver. . .Acorrentadas as suas atitudes são escravas,Abrem mão de sua liberdade.Só a pessoa que arrisca é livre. . . Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Nãoarriscar-se é perder a vida. . . ”

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A lição da Borboleta

Um homem estava observando, horas a fio,uma borboleta sair do casulo. Ela conse-guiu fazer um pequeno buraco, mas seucorpo era grande demais para passar porali.

Depois de muito tempo, ela pareceu terperdido as forças, e ficou imóvel.

O homem, então, decidiu ajudar a borbo-leta; com uma tesoura, abriu o restante docasulo, e libertando-a imediatamente. Masseu corpo estava murcho e era pequeno etinha as asas amassadas.

O homem continuou a observá-la, espe-rando que, a qualquer momento, suas asasse abrissem e ela levantasse vôo. Mas na-da disso aconteceu; na verdade, a borbo-leta passou o resto da vida rastejando comum corpo murcho e asas encolhidas, inca-paz de voar.

O que o homem — em sua gentileza e von-tade de ajudar não compreendia era que ocasulo apertado e o esforço necessário àborboleta para passar através da pequenaabertura foi o modo escolhido pela nature-za para exercita-la e fortalecer suas asas.

Algumas vezes, um esforço extra é justa-mente o que nos prepara para o próximoobstáculo a ser enfrentado.

Quem se recusa a fazer este esforço, ouquem tem ajuda errada, termina sem con-dições de vencer a batalha seguinte, e ja-mais consegue voar até o seu destino.

O Lado Bom

Esqueça os dias de nuvens escuras. . .Mas lembre-se das horas passadas ao sol.

Esqueça as vezes em que você foi derrota-do. . .Mas lembre-se das suas conquistas e vitó-rias.

Esqueça os erros que já não podem sercorrigidos. . .Mas lembre-se das lições que você apren-deu.

Esqueça as infelicidades que você enfren-tou. . .Mas lembre-se de quando a felicidade vol-tou.

Esqueça os dias solitários que você atra-vessou. . .Mas lembre-se dos sorrisos amáveis queencontrou. . .

Esqueça os planos que não deram certo. . .Mas lembre-seSEMPRE TENHA UM SONHO. . .

Amor na latinha de leite

Um fato real, dois irmãozinhos maltrapi-lhos, provenientes da favela — um deles

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de cinco anos e o outro de dez, iam pedin-do um pouco de comida pelas casas da ruaque beira o morro.

Estavam famintos: “vai trabalhar e nãoamole”, ouvia-se detrás da porta; “aquinão há nada moleque. . . ”, dizia outro...

As múltiplas tentativas frustradas entriste-ciam as crianças. . . Por fim, uma senhoramuito atenta disse-lhes: “Vou ver se tenhoalguma coisa para vocês. . . coitadinhos!”E voltou com uma latinha de leite.

Que festa! Ambos se sentaram na calçada.O menorzinho disse para o de dez anos:“Você é mais velho, tome primeiro. . . ” eolhava para ele com seus dentes brancos, aboca semi-aberta, mexendo a ponta da lín-gua”.

Eu, como um tolo, contemplava a ce-na. . . Se vocês vissem o mais velho olhan-do de lado para o pequenino. . . ! Leva a la-ta à boca e, fazendo gesto de beber, apertafortemente os lábios para que por eles nãopenetre uma só gota de leite. Depois, es-tendendo a lata, diz ao irmão:

“Agora é sua vez. Só um pouco.”

E o irmãozinho, dando um grande gole ex-clama: “Como está gostoso!”

“Agora eu”, diz o mais velho. E levandoa latinha, já meio vazia, à boca, não bebenada.

“Agora você”, “Agora eu”, “Agora você”,“Agora eu”. . .

E, depois de três, quatro, cinco ou seis go-les, o menorzinho, de cabelo encaracola-do, barrigudinho, com a camisa de fora,esgota o leite todo. . . ele sozinho.

Esse “agora você”, “agora eu” encheram-me os olhos de lágrimas. . .

E então, aconteceu algo que me pareceuextraordinário. O mais velho começou acantar, a sambar, a jogar futebol com a la-ta de leite. Estava radiante, o estômagovazio, mas o coração trasbordante de ale-gria. Pulava com a naturalidade de quemnão fez nada de extraordinário, ou melhor,com a naturalidade de quem está habitua-do a fazer coisas extraordinárias sem dar-lhes maior importância.

Daquele moleque nós podemos aprendera grande lição, quem dá é mais feliz doque quem recebe. É assim que nós temosde amar. Sacrificando-nos com tal natu-ralidade, com tal elegância, com tal dis-crição, que os outros nem sequer possamagradecer-nos o serviço que nós lhe pres-tamos.

Você já encontrou meninos como estesacima? Como você reagiu? Na próxi-ma vez que encontrar uma criança caren-te pergunte-lhe o seu nome e ofereça algomais do que uma lata de leite — ofereçaum pouco da sua atenção!

Como você poderia hoje encontrar umpouco desta felicidade fazendo a vida dealguém melhor, mais gostosa de ser vivi-da. Vamos lá, levante-se e faça o que fornecessário!

O Nosso Valor

Um famoso palestrante começou um semi-nário segurando uma nota de 20 dólares.Numa sala com 200 pessoas, ele pergun-

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tou “Quem quer essa nota de 20 dólares?”

Mãos começaram a se levantar. Ele dis-se: “Eu darei essa nota a um de vocês, masprimeiro deixe me fazer isso!”

Ele continuou e amassou a nota. Ele entãoperguntou:

“Quem ainda quer esta nota?”

Mãos continuaram levantadas.

“Bom, e se eu fizer isso?” e ele deixoua nota cair no chão começou a pisar nelacom o sapato, e esfregada no chão. Ele pe-gou a nota, agora imunda e amassada.

“E agora? quem ainda quer essa nota?”

As mãos continuaram levantadas.

“Meus amigos, vocês todos tem devemaprender uma valiosa lição: Não importa oque eu faça com esta nota, vocês ainda irãoquerê-la, porque ela não perde o valor, ain-da valerá 20 dólares. Muitas vezes em nos-sas vidas, nos somos amassados, pisados,e ficamos imundos, por decisões que fa-zemos e pelas circunstâncias que vem emnossos caminhos. Nós nos sentimos semvalor, sem importância, mas não importao que aconteceu ou o que acontecerá, vo-cê nunca perderá o valor para os olhos deDeus. Para Ele, sujo ou limpo, amassa-do ou finamente ajeitado, você ainda as-sim, será muito valioso para Ele. O preçode nossas vidas não é pelo que nós faze-mos ou sabemos. Mas pelo que SOMOS!e VOCÊ é especial. Não se esqueça dis-so!”

Mensagem ao Homem do Po-vo . . . e aos Homens que Di-rigem o Povo

Não criarás a prosperidade se desestimu-lares a poupançaNão fortalecerás os fracos por enfraquece-res os fortesNão ajudarás o assalariado se arruinaresaquele que o pagaNão estimularás a fraternidade humana sealimentares o ódio de classesNão ajudarás os pobres se eliminares osricosNão poderás criar estabilidade permanentebaseado em dinheiro emprestado

Não evitarás as dificuldades se gastaresmais do que ganhasNão fortalecerás a dignidade e o ânimo sesubtraíres ao homem a iniciativa e a liber-dadeNão poderás ajudar os homens de maneirapermanentese fizeres por eles aquilo que eles podem edevem fazer por si próprios.

Abraham Lincoln

Uma Mensagem

Seja tranquilo por entre o clamor e a im-paciência, e lembre-se da paz que existeno silêncio. Esteja de bem com todos, atéonde não precise sacrificar os seus princí-pios. Diga a sua verdade de modo sem-pre sereno e claro e ouça os outros, mes-

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mo os tolos e ignorantes — eles tambémtêm sua história. Evite as pessoas vulgarese agressivas pois elas são vexatórias ao es-pírito. Não se compare a outros, para nãose tornar amargo ou vaidoso, pois semprehaverá melhores e piores do que você.

Desfrute suas realizações tanto quanto osseus planos. Interesse-se pela sua pro-fissão, por mais humilde que seja, ela éum bem verdadeiro na sorte inconstante dotempo. Tenha prudência em seus negóci-os, pois o mundo está cheio de traições.Mas não deixe que isto o torne cego para ovalor; são muitas as pessoas que lutam porideais nobres e por toda a parte a vida estácheia de heroísmo. Seja autêntico, sobre-tudo não simule afeição. Mas tampoucodescreia do amor, pois face a toda aridezele é tão perene quanto a relva. Aceite gra-ciosamente o conselho dos anos, abrindomão de bom grado das coisas da juventu-de.

Fortaleça seu espírito, para poder enfren-tar o golpe súbito do destino. Mas não setorture com produtos da sua imaginação;muitos pesadelos são filhos do cansaço eda solidão. Tenha uma disciplina sadia,mas não exija demais de si mesmo. Você éuma parte do universo, como as árvores eas estrelas: você tem direito de estar aqui.E, quer lhe pareça claro ou não, o universoestá seguindo como devia.

Portanto, esteja em paz com Deus, qual-quer que seja sua concepção dele; e, quais-quer que sejam suas vicissitudes e aspira-ções, no ruidoso tumulto da vida, estejaem paz com sua consciência. Apesar detodas as falsidades, todas as canseiras e to-dos os sonhos desfeitos, o mundo é bonito.Sorria para a vida. Procure ser feliz.

Felicidade

Um dia, os deuses do mundo se reunirame decidiram criar um homem e uma mu-lher. Planejaram criá-los à sua imagem esemelhança . Então, um deles disse:

“Esperem! Não vamos simplesmente criá-los, libertá-los e esquecê-los! Se vamoscriá-los à nossa imagem e semelhança,irão ter um corpo igual ao nosso, força einteligência idênticas às nossas! Se vamoscriá-los à nossa imagem e semelhança, lo-go, eles terão os nossos poderes e os nos-sos privilégio de rei! Devemos pensar emalgo que os diferencie de nós, senão es-taríamos criando novos deuses! Devemostirar-lhes algo, mas o que poderíamos ti-rar?”

Depois de muito pensarem, chegaram aconclusão que deveriam tirar-lhes a FELI-CIDADE. Entretanto, o problema era on-de escondê-la para que nunca a encontras-sem.

Outro deus ainda argumentou:

“Os homens que perdem o segredo daFELICIDADE ora se isolam cabisbai-xos, ora se desesperam, ora se encoleri-zam. . . Trata-se, portanto, de uma situaçãoextremamente melindrosa; merece, pois,toda a nossa atenção. Ou seja, a desinte-gração de nosso núcleo de poder liberariao caos, logo forneceria elementos decisi-vos para uma futura rebelião de deuses!É uma situação muito delicada; merece,pois, toda a nossa atenção e cuidado!”

Então os deuses começaram a discutir. . .

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“Vamos esconder a FELICIDADE namontanha mais alta da Terra, pois ali elesterão dificuldades de encontrá-la!. . . Nãote recordas que demos força a eles?. . . Semantivéssemos a FELICIDADE em tal lo-cal, logo eles poderiam encontrá-la! Ouseja, alguém conseguiria subir até o topodesta montanha e poderia saber o lugar emque ela está!”

“Então vamos ocultá-la no fundo do mar,pois o caminho é turvo, difícil e perigosís-simo!. . . Também não seria um bom lugar,pois lhes demos inteligência e alguém cer-tamente criaria alguma máquina que os fa-ria submergir e encontrá-la.”

“Quem sabe, possamos escondê-la emum planeta de uma galáxia longín-qua!. . . Também não seria eficaz, pois lhesdemos a curiosidade e a ambição; portan-to, irão querer ultrapassar limites e logocriarão algo para voar pelo espaço e cer-tamente a encontrarão.”

Depois de muito discutirem e não chega-rem a nenhuma conclusão, o único deusque não havia falado, pediu a palavra elhes disse:

“Creio que sei onde poderíamos colocar aFELICIDADE, ou seja, em um lugar queeles nunca descobrirão!”

Um deus que era muito gozador argumen-tou:

“Meu amigo ora desvia da discussão empauta, ora navega pelas nuvens; portanto,está tomando a nuvem por Juno e confun-dindo a aparência com a realidade; deve-mos, portanto, auxiliá-lo e confortá-lo.”

Todos ficaram espantados e perguntaramao deus que não havia falado:

“Então nos diga, aonde??”

E ele lhes respondeu:

“Colocaremos a FELICIDADE den-tro deles, pois estarão tão preocupadosbuscando-a afora, que nunca a descobri-rão. Caríssimos, os homens sempre estãono caos. . . Sempre discordam de tudo, se-jam as discordâncias ligeiras, sejam depeso. . . Estejamos, pois, atentos!”

Todos ficaram de acordo, e desde entãotem sido assim. . . O homem passa a vidatoda buscando a FELICIDADE sem saberque a traz consigo. . .

Desejo

Desejo primeiro, que você ame, e queamando, também seja amado. E que, senão for, seja breve em esquecer e esque-cendo não guarde mágoa. Desejo pois, quenão seja assim, mas se for, saiba ser semdesesperar.

Desejo também que tenha amigos, que,mesmo maus e inconseqüentes, sejam co-rajosos e fiéis, e que em pelo menos umdeles você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim, desejo ainda quevocê tenha inimigos; nem muitos, nempoucos, mas na medida exata para que, al-gumas vezes, você se interpele a respeitode suas próprias certezas. E que entre eles,haja pelo menos um que seja justo, paraque você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil, mas nãoinsubstituível. E que nos maus momentos,quando não restar mais nada, essa utilida-

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de seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante; nãocom os que erram pouco, porque isso é fá-cil, mas com os que erram muito e irreme-diavelmente, e que fazendo bom uso dessatolerância, você sirva de exemplo aos ou-tros.

Desejo que você, sendo jovem, não ama-dureça depressa demais, e que sendo ma-duro, não insista em rejuvenescer e quesendo velho não se dedique ao desespero.Porque cada idade tem o seu prazer e a suador e é preciso deixar que elas escorrampor entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste; nãoo ano todo, mas apenas um dia. Mas quenesse dia descubra que o riso diário é bom;o riso habitual é insosso e o riso constanteé insano.

Desejo que você descubra, com o máximode urgência, acima e a despeito de tudo,que existem oprimidos, injustiçados e in-felizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato, ali-mente um cuco e ouça o João-de-barro er-guer triunfante o seu canto matinal; porqueassim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma se-mente, por mais minúscula que seja, eacompanhe o seu crescimento, para quevocê saiba de quantas muitas vidas é fei-ta uma árvore.

Desejo outrossim, que você tenha dinhei-ro, porque é preciso ser prático. E que pelomenos uma vez por ano, coloque um pou-co dele na sua frente e diga “Isso é meu”.só para que fique bem claro quem é o donode quem.

Desejo também que nenhum dos seus afe-tos morra, por ele e por você, mas que semorrer, você possa chorar sem se lamentare sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo um ho-mem, tenha uma boa mulher, e que sendouma mulher, tenha um bom homem e quese amem hoje, amanhã e no dia seguinte,e, quando estiverem exaustos e sorriden-tes, ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer, não tenho nadamais a desejar-lhe.

(autor desconhecido)

A vida é uma viagem

A vida não passa de uma viagem de trem,cheia de embarques e desembarques, al-guns acidentes, surpresas agradáveis emalguns embarques e grandes tristezas emoutros. Quando nascemos, entramos nessetrem e nos deparamos com algumas pes-soas que, julgamos, estarão sempre nessaviagem conosco: nossos pais. Infelizmen-te, isso não é verdade; em alguma estaçãoeles descerão e nos deixarão órfãos de seucarinho, amizade e companhia insubstituí-vel. . . . mas isso não impede que, durante aviagem, pessoas interessantes e que virãoa ser super especiais para nós, embarquem.

Chegam nossos irmãos, amigos e amoresmaravilhosos. Muitas pessoas tomam essetrem, apenas a passeio, outros encontrarãonessa viagem somente tristezas, ainda ou-tros circularão pelo trem, prontos a ajudara quem precisa. Muitos descem e deixamsaudades eternas, outros tantos passam por

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ele de uma forma que, quando desocupamseu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passagei-ros, que nos são tão caros, acomodam-seem vagões diferentes dos nossos; portan-to, somos obrigados a fazer esse trajeto se-parados deles, o que não impede, é cla-ro, que durante esse trajeto, atravessemos,com grande dificuldade nosso vagão e che-guemos até eles. . . .só que, infelizmente,jamais poderemos sentar ao seu lado, poisjá terá alguém ocupando aquele lugar.

Não importa, é assim a viagem, cheia deatropelos, sonhos, fantasias, esperas, des-pedidas. . . ..porém, jamais, retornos. Faça-mos essa viagem, então, da melhor manei-ra possível, tentando nos relacionar bemcom todos os passageiros, procurando, emcada um deles, o que tiverem de melhor,lembrando, sempre, que, em algum mo-mento do trajeto, eles poderão fraquejare, provavelmente, precisaremos entenderisso, porque nós também fraquejaremosmuitas vezes e, com certeza, haverá al-guém que nos entenderá.

O grande mistério, afinal, é que jamais sa-beremos em qual parada desceremos, mui-to menos nossos companheiros, nem mes-mo aquele que está sentado ao nosso la-do. Eu fico pensando, se, quando descerdesse trem, sentirei saudades. . . .acreditoque sim, me separar de alguns amigos quefiz nele será, no mínimo dolorido, deixarmeus filhos continuarem a viagem sozi-nhos, com certeza será muito triste, masme agarro na esperança que, em algummomento, estarei na estação principal e te-rei a grande emoção de vê-los chegar comuma bagagem que não tinham quando em-barcaram. . . ..e o que vai me deixar feliz,será pensar que eu colaborei para que ela

tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada,nesse trem, seja tranqüila, que tenha validoa pena e que, quando chegar a hora de de-sembarcarmos, o nosso lugar vazio tragasaudades e boas recordações para aquelesque prosseguirem a viagem.

Idéias

Acreditar em algo e não vivê-lo, é deso-nesto.Mahatma Gandhi

Vocês podem me acorrentar, torturar e atédestruir meu corpo, mas nunca aprisiona-rão minha menteMahatma Gandhi

Aproxime do seu criador com o objetivoda paz.”Mahatma Gandhi

Não existe um caminho para a felicidade.A felicidade é o caminho.Mahatma Gandhi

A maior de todas as artes é aquela que nosleva a realizar a felicidade no espírito, poisessa felicidade dá força e intensidade a to-da nossa vida, tem o dom de propagar-seaos que amamos e iluminar quem caminhaao nosso lado. . .

A elevação do ser está em nascer, ser, cres-cer

As pessoas superiores e discretas achammil razões para se calar, quando outrasacham cem para falar.”

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A não violência requer muito mais cora-gem do que a violência.Mahatma Gandhi

Celebrar a vida é somar amigos, experi-ências e conquistas, dando-lhes sempre al-gum significado.

O silêncio é a forma mais perfeita do pu-dor, porque mantém e sustenta a expressãodos sentimentos

Observa-te a ti mesmo como o faria teu pi-or inimigo, assim tornar-te-as teu melhoramigo.”

Aquele que luta com monstros devecautelar-se;Para não tornar-se também um monstro.Quando se olha muito tempo para o abis-mo, o abismo olha para você.”Friedrich Wilhelm Nietzsche

Antes de procurar ser um homem de su-cesso;Procure ser um homem de VALOR

O vôo até a Lua não é tão longo. As distân-cias maiores que devemos percorrer estãodentro de nós mesmos.

Aquilo que não nos mata, torna-nos maisfortes.Friedrich Wilhelm Nietzsche

A felicidade não está no fim da jornada, esim em cada curva do caminho que percor-remos para encontrá-la.

Para ver muita coisa é preciso despregar osolhos de si mesmo.Friedrich Wilhelm Nietzsche

Quando alguém o abraçar, não seja você oprimeiro a soltar os braços.

Os bons querem poder; mas para enxugarlágrimas inúteis.Os poderosos querem bondade; inútil paraeles.Os sábios querem amor; e aqueles queamam anseiam pela sabedoria.P.B. Shelly

O silêncio interior é a oração que fazem osgrandes homens.Alexis Carrel

É duro não ser compreendido, mas com-preender os outros é algo maravilhoso.A.C. Jesus

Nossas ações terminam sempre por tradu-zir nossos pensamentos.Borget

Não se vê nada, não se escuta nada e, noentanto, o silêncio alguma coisa irradia.S. Exupery

O amor é como uma guerra. Fácil de co-meçar e difícil de terminar.

Chorar é diminuir a profundidade da dor.

O homem que se gasta em palavras, rara-mente se gasta em ações.Gustavo Le Bon

Se tem um sonho SONHE, se tem umaidéia IDEALIZE. . .Porque por maior que seja a noite, o diatorna a clarear!

O silêncio é, às vezes, mais eloqüente queos discursos.Provérbio Árabe

A primeira vez que me enganares, a culpaserá tua;já da segunda vez, a culpa será minha.Provérbio Árabe

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A árvore quando está sendo cortada, ob-serva com tristeza que o cabo do machadoé de madeira.Provérbio Árabe

Quem estuda e não pratica o que aprendeué como o homem que lavra e não semeia.Provérbio Árabe

Tudo o que acontece uma vez, pode nun-ca mais acontecer, mas tudo que aconte-ce duas vezes, acontecerá certamente umaterceira.Provérbio Árabe

O maravilhoso da fantasia é nossa capaci-dade de torná-la realidade.

O que não tem remédio, remediado está.Provérbio Árabe

Ninguém experimenta a profundidade deum rio com os dois pés.Provérbio Africano

Os Dez Mandamentos daQualidade

1. Ao acordar, não permita que algoque saiu errado ontem seja o primei-ro tema do dia. No máximo, comen-te seus planos no sentido de tornarseu trabalho cada vez mais produti-vo.PENSAR POSITIVO É QUALIDA-DE.

2. Ao entrar em seu local de trabalho,cumprimente cada um que lhe diri-gir o olhar, mesmo não sendo colegade sua área.SER EDUCADO É QUALIDADE

3. Seja metódico ao abrir seu armário,ligar seu terminal, disponibilizar osrecursos ao redor. Comece priori-zando as atividades de seu dia.SER ORGANIZADO É QUALI-DADE.

4. Não se deixe envolver pela primei-ra informação de erro recebida dequem talvez não saiba de todos osdetalhes. Junte mais dados que lhepermitam obter um parecer corretosobre o assunto.SER PREVENIDO É QUALIDA-DE.

5. Quando alguém lhe solicitar ajuda,dê-lhe atenção, pois quem veio lheprocurar deve estar precisando desua ajuda e confia em você. Ele fica-rá feliz pelo auxílio que você possalhe dar.SER ATENCIOSO É QUALIDA-DE.

6. Não deixe de alimentar-se na horado almoço. Pode ser até um peque-no lanche, mas respeite suas neces-sidades humanas. Aquela tarefa ur-gente pode aguardar mais 30 minu-tos. Se você adoecer, dezenas de ta-refas terão que aguardar a sua volta,menos aquelas que acabarão por so-brecarregar seu colega.RESPEITAR A SAÚDE É QUALI-DADE.

7. Dentro do possível, tente se agen-dar (tarefas comerciais e sociais) pa-ra os próximos 7 dias. Não fi-que trocando datas a todo momento,principalmente a minutos do evento.Lembre-se de que você afetará o ho-rário de vários colegas.

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CUMPRIR O COMBINADO ÉQUALIDADE.

8. Ao comparecer em reuniões, levetudo o que for preciso principalmen-te suas idéias. Divulgue-as sem re-ceio. O máximo que poderá ocorreré alguém ou o grupo não aceitá-la.Talvez mais tarde, em dois ou trêsmeses, você tenha nova chance dere-apresentar suas idéias. Saiba es-perar.TER PACIÊNCIA É QUALIDADE.

9. Não prometa o que está além de seualcance só para impressionar quemlhe ouve. Se você ficar devendo umdia, vai arranhar o conceito que le-vou anos para construir.FALAR A VERDADE É QUALI-DADE.

10. Na saída do trabalho, procure rela-xar. Pense como vai ser bom che-gar em casa e rever a família ou osamigos que lhe dão segurança paradesenvolver suas tarefas com equilí-brio.AMAR A FAMÍLIA E OS AMI-GOS É A MAIOR QUALIDADE.

O cachorrinho deficiente

Diante de uma vitrine atrativa, um meninopergunta o preço dos filhotes à venda.

“Entre 30 e 50 dólares”. respondeu o donoda loja.

O menino puxou uns trocados do bolso edisse:

“Eu só tenho 2,37 dólares, mas eu possover os filhotes?”

O dono da loja sorriu e chamou Lady, queveio correndo, seguida de cinco bolinhasde pêlo. Um dos cachorrinhos vinha maisatrás, mancando de forma visível.

Imediatamente o menino apontou aquelecachorrinho e perguntou:

“O que é que há com ele?”

O dono da loja explicou que o veterináriotinha examinado e descoberto que ele tinhaum problema na junta do quadril, sempremancaria e andaria devagar.

O menino se animou e disse:

“Esse é o cachorrinho que eu quero com-prar!”

O dono da loja respondeu:

“Não, você não vai querer comprar esse.Se você realmente quiser ficar com ele, eulhe dou de presente.”

O menino ficou transtornado e, olhandobem na cara do dono da loja, com o seudedo apontado, disse:

“Eu não quero que você o dê para mim.Aquele cachorrinho vale tanto quantoqualquer um dos outros e eu vou pagar tu-do. Na verdade, eu lhe dou 2,37 dólaresagora e 50 centavos por mês, até comple-tar o preço total.”

O dono da loja contestou:

“Você não pode querer realmente comprareste cachorrinho. Ele nunca vai poder cor-rer, pular e brincar com você e com os ou-tros cachorrinhos.”

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Aí, o menino abaixou e puxou a perna es-querda da calça para cima, mostrando asua perna com um aparelho para andar.Olhou bem para o dono da loja e respon-deu:

“Bom, eu também não corro muito bem eo cachorrinho vai precisar de alguém queentenda isso.”

Muitas vezes desprezamos as pessoas comas quais convivemos diariamente, simples-mente por causa dos seus defeitos, quandona verdade, somos tão iguais ou pior doque elas e sabemos que essas pessoas pre-cisam apenas de alguém que as compreen-dam e as amem não pelo que elas podemfazer, mas pelo que são.

É difícil, mas não impossível. Que Cristo,que nos amou incondicionalmente derra-me sobre nós hoje e sempre o verdadeirosentido das palavras Amor e Amizade.

Sonhe sempre!!!

A grande luta do ser humano, nesta gran-de viagem pela terra é a busca pelo seu su-cesso. Sucesso profissional, sucesso pes-soal, sucesso espiritual, sucesso amorosoou ainda sucesso em viver de bem com avida. O sucesso na verdade, são nossossonhos transformados em realidade. Porisso, jamais deixe de sonhar.

Afinal de contas, o sonho é a prova maisperfeita da nossa própria existência.

Se. . .

Se a nota dissesse: “Não é uma nota quefaz a música” . . . não haveria sinfonia.

Se a palavra dissesse: “Não é uma palavraque faz uma página” . . . não haveria livro.

Se a pedra dissesse: “Não há pedra quepossa montar uma parede” . . . não haveriacasa.

Se a gota dissesse: “Uma gota d’água nãofaz um rio” . . . não haveria oceanos.

Se o grão disser: “Não é um grão que se-meia um campo” . . . não haveria colheita.

Se o homem disser: “Não é um gestode amor que pode salvar a humanidade”. . . jamais haverá justiça, paz, dignidade efelicidade na Terra.

Assim como a sinfonia precisa de cada no-ta;

Assim como o livro precisa de cada pala-vra;

Assim como a casa precisa de cada pedra;

Assim como o oceano precisa de cada gotad’água;

Assim como a colheita precisa de cadagrão de trigo. . .

A humanidade precisa de Você!

E precisa de Você onde você estiver, únicoe, portanto, insubstituível.

E Você? O que está esperando para secomprometer?

O mundo precisa de nosso comprometi-mento para ser o mundo que todos quere-

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mos, desejamos e merecemos.

Milho Bom

Esta é a história de um fazendeiro que ven-ceu o prêmio “milho-crescido”.

Todo ano ele entrava com seu milho na fei-ra e ganhava uma tira azul. Uma vez umrepórter de jornal o entrevistou e aprendeualgo interessante sobre como ele cultivouo milho.

O repórter descobriu que o fazendeirocompartilhava a semente do milho delecom seus vizinhos.

“Como pode você se dispor a compartilharsua melhor semente de milho com seus vi-zinhos quando eles estão competindo como seu em cada ano”, perguntou o repórter.

“Por que?” disse o fazendeiro, “Você nãosabe? O vento apanha pólen do milho ma-duro e o leva através do vento de campopara campo. Se meu vizinhos cultivam mi-lho inferior, a polinização degradará conti-nuamente a qualidade de meu milho. Se eufor cultivar milho bom, eu tenho que aju-dar meu vizinhos a cultivar milho bom”.

Ele era atento às conectividades da vida.O milho dele não pode melhorar a menosque o milho do vizinho também melhore.

Assim é também em outras dimensões.Aqueles que escolhem estar em paz devemfazer com que seus vizinhos estejam empaz. Aqueles que querem viver bem têmque ajudar os outros para que vivam bem.E aqueles que querem ser felizes têm queajudar os outros a achar a felicidade, pois o

bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.

A lição para cada um de nós se formoscultivar milho bom, nós temos que ajudarnossos vizinhos a cultivar milho bom.

James Bender

O Frio Que Vem de Dentro

Seis homens ficaram bloqueados numa ca-verna por uma avalanche de neve. Teriamque esperar até o amanhecer, para pode-rem receber socorro.

Cada um deles trazia um pouco de lenhae havia uma pequena fogueira ao redor daqual eles se aqueciam. Se o fogo apagasse— eles o sabiam, todos morreriam de frioantes que o dia clareasse. Chegou a horade cada um colocar sua lenha na fogueira.Era a única maneira de poderem sobrevi-ver.

O primeiro homem era um racista. Eleolhou demoradamente para os outros cin-co e descobriu que um deles tinha a peleescura. Então ele raciocinou consigo mes-mo:

“Aquele negro! Jamais darei minha lenhapara aquecer um negro”.

E guardou-as protegendo-as dos olharesdos demais.

O segundo homem era um rico avarento.Ele estava ali porque esperava receber osjuros de uma dívida. Olhou ao redor e viuum círculo em torno do fogo bruxuleante,um homem da montanha, que trazia sua

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pobreza no aspecto rude do semblante enas roupas velhas e remendadas. Ele fezas contas do valor da sua lenha e enquan-to mentalmente sonhava com o seu lucro,pensou:

“Eu, dar a minha lenha para aquecer umpreguiçoso.

O terceiro homem era o negro. Seus olhosfaiscavam de ira e ressentimento. Não ha-via qualquer sinal de perdão ou mesmoaquela superioridade moral que o sofri-mento ensinava. Seu pensamento era mui-to prático:

“É bem provável que eu precise desta le-nha para me defender. Além disso, eu ja-mais daria minha lenha para salvar aquelesque me oprimem”. E guardou suas lenhascom cuidado.

O quarto homem era o pobre da montanha.Ele conhecia mais do que os outros os ca-minhos, os perigos e os segredos da neve.

Ele pensou:

“Esta nevasca pode durar vários dias. Vouguardar minha lenha.”

O quinto homem parecia alheio a tudo. Eraum sonhador. Olhando fixamente para asbrasas. Nem lhe passou pela cabeça ofere-cer da lenha que carregava.

Ele estava preocupado demais com suaspróprias visões (ou alucinações?) parapensar em ser útil.

O último homem trazia nos vincos da testae nas palmas calosa das mãos, os sinais deuma vida de trabalho. Seu raciocínio eracurto e rápido.

“Esta lenha é minha. Custou o meu traba-

lho. Não darei a ninguém nem mesmo omenor dos meus gravetos”.

Com estes pensamentos, os seis homenspermaneceram imóveis. A última brasa dafogueira se cobriu de cinzas e finalmenteapagou.

Ao alvorecer do dia, quando os homens doSocorro chegaram à caverna encontraramseis cadáveres congelados, cada qual se-gurando um feixe de lenha. Olhando paraaquele triste quadro, o chefe da equipe deSocorro disse:

“O frio que os matou não foi o frio de fora,mas o frio de dentro”.

Não deixe que o frio deste mundo matevocê. Abra o seu coração, e dê alegria emotivo para você viver e aos outros que terodeiam. Não deixe a esperança se apagarna última brasa da fogueira. Pegue o seugraveto de amor e aumenta a chama da vi-da. Deus te dá a vida, prove para os outrosque merece este presente.

O Pote Rachado

Um carregador de água na Índia levavadois potes grandes, ambos pendurados emcada ponta de uma vara a qual ele carrega-va atravessada em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura, en-quanto o outro era perfeito e sempre che-gava cheio de água no fim da longa jorna-da entre o poço e a casa do chefe; o poterachado chegava apenas pela metade.

Foi assim por dois anos, diariamente, ocarregador entregando um pote e meio de

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água na casa de seu chefe.

Claro, o pote perfeito estava orgulhoso desuas realizações. Porém, o pote rachadoestava envergonhado de sua imperfeição, esentindo-se miserável por ser capaz de rea-lizar apenas a metade do que ele havia sidodesignado a fazer.

Após perceber que por dois anos havia si-do uma falha amarga, o pote falou para ohomem um dia à beira do poço.

“Estou envergonhado, e quero pedir-lhedesculpas.”

“Por que?” Perguntou o homem.

“De que você está envergonhado?”

“Nesses dois anos eu fui capaz de entregarapenas a metade da minha carga, porqueessa rachadura no meu lado faz com que aágua vaze por todo o caminho da casa deseu senhor. Por causa do meu defeito, vocêtem que fazer todo esse trabalho, e não ga-nha o salário completo dos seus esforços,”disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do ve-lho pote, e com compaixão falou:

“Quando retornarmos para a casa de meusenhor, quero que percebas as flores aolongo do caminho.”

De fato, à medida que eles subiam a mon-tanha, o velho pote rachado notou as floresselvagens ao lado do caminho, e isto lhedeu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, opote ainda se sentia mal porque tinha va-zado a metade, e de novo pediu desculpasao homem por sua falha.

Disse o homem ao pote:

“Você notou que pelo caminho só haviaflores no seu lado. Eu ao conhecer o seudefeito, tirei vantagem dele. E lancei se-mentes de flores no seu lado do caminho,e cada dia enquanto voltávamos do poço,você as regava. Por dois anos eu pude co-lher estas lindas flores para ornamentar amesa de meu senhor. Sem você ser de jeitoque você é, ele não poderia ter esta belezapara dar graça à sua casa.”

Cada um de nós temos nossos próprios eúnicos defeitos. Todos nós somos potes ra-chados. Porém, se permitirmos, o Senhorvai usar estes nossos defeitos para embele-zar a mesa de Seu Pai. Na grandiosa eco-nomia de Deus, nada se perde. Nunca de-veríamos ter medo dos nossos defeitos. Seos reconhecermos, eles poderão causar be-leza. Das nossas fraquezas, podemos tirarforças.

A Estória do coelho na Lua

Coisa mais linda é uma noite de lua cheia.Já observou bem a figura escura que asmontanhas e vales da lua deixam aparecer?O povo diz que nela vê São Jorge a cava-lo, um dragão, conforme a imaginação decada um. Lá no Oriente, dizem que vêemum coelho. Sim, um coelho.

Certa ocasião, Deus quis saber se encon-trava aqui na terra AMOR e DOAÇÃO.Para não ser reconhecido, deixou crescera barba e o cabelo. Vestiu-se de Mendigotomou sua bengala e começou a andar pelaterra. Andou. . . andou. . . andou. . . Teve fo-me, sentia frio, mas não encontrava entrehomens e mulheres AMOR e DOAÇÃO.

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Finalmente encontrou três animais: umleão, uma raposa e um coelhinho. Comoera Deus, foi logo falando para eles: Estoucom fome, com sede, com frio e não te-nho casa onde morar. Será que vocês nãopoderiam me ajudar? O leão olhou atra-vessado para aquele pobre e foi logo res-mungando: É pra já” — Deu uma voltapelo mato e sem demora trouxe uma enor-me caça. Depositou-a aos pés daquele es-tranho e acrescentou: Taí, pode comer!” -E deitou-se do lado.

A raposa muito esperta, logo apareceu,arrastando pelo pescoço uma grande aveque caçara. Depositou-a aos pés daque-le homem e disse: “Taí, pode comer!”. Edeitou-se do lado.

O coelhinho é que não aparecia. Depoisde um tempão chega ele todo cansado e foilogo se desculpando:

“Olha, eu não sou esperto como a raposa,nem forte como o leão, por isso não conse-gui caçar nada. Ao contrário, eu é que soucaçado. Mas uma coisa sei fazer. . . ”

Juntou uns pedacinhos de lenha, acen-deu uma fogueira, apanhou uma panela, equando a água já fervia, falou para o po-bre:

“Todo mundo diz que minha pele é muitomacia e aquece o frio e que minha carne émuito saborosa. Como não consegui caçarnada para você, vista-se com a minha pelee alimente-se da minha carne. Fique tam-bém com a minha toca, pois não mais vouprecisar dela”.

E dizendo isso. . . Vupt, pulou para dentroda panela fervendo. Não deu nem tempode ser impedido.

Aí, então aquele estranho falou:

“Acabo de encontrar na terra o AMOR e aDOAÇÃO. Porque você, leão, só me deucoisas; você raposa, com sua esperteza,pensou que me agradava? O coelhinhosim, doou-se de corpo inteiro e ainda medeu sua casa para morar. Por isso, coe-lhinho, vou colocar tua imagem lá na lua,para que homens e mulheres, vendo tuaimagem nas noites de lua cheia, lembre-se que entre si devem ter AMOR e DOA-ÇÃO. Moral da estória: Com Deus não po-demos usar de meias medidas. Não bastaoferecer coisas a Deus ou ao próximo. Épreciso AMOR e DOAÇÃO de nós mes-mos, na fraterna solidariedade, como Cris-to se doou inteiro por nós — o verdadeiro“Coelhinho da Páscoa”.

Lenda Oriental

Citações

No fim do jogo, o rei e o peão voltam paraa mesma caixa.Anônimo.

A liberdade é algo maravilhoso, mas nãoquando o preço que se paga por ela tem deser a solidão.Benjamim Disraeli

Nunca faça de sua vida um rascunho, poistalvez não dê tempo de passá-lo a limpo.

Aprendi através da experiência amarga asuprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em ener-gia. Nossa ira controlada pode ser conver-tida numa força capaz de mover o mundo.

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Mahatma Gandhi

Só é possível corrigir os homens fazendo-os verem como são.Beaumarchais

Quando eu disse ao caroço de laranja quedentro dele dormia um laranjal inteirinho,ele me olhou estupidamente incrédulo.

A solidão é a sala de audiência de Deus.Savage Landor

Amor não tem nada a ver com o que espe-ras conseguir, somente com o que esperasdar; quer dizer, tudo.Katharine Hepburn

Otimismo é esperar pelo melhor, confian-ça é saber lidar com o pior.Robert Simonsen

É difícil dizer o que é impossível, pois afantasia de ontem é a esperança de hoje ea realidade de amanhã.

Feliz de quem atravessa a vida inteira ten-do mil razões para viver.Dom Hélder Câmara.

Melhor do que a segurança horizontal dosacomodados é a criadora insegurança dosque evoluem.

Quem não compreende um olhar tampou-co compreenderá uma longa explicação.Mário Quintana

A Bíblia ensina a amar nossos inimigoscomo amamos nossos amigos talvez por-que sejam as mesmas pessoas.Vittorio De Sica

Transportai um punhado de terra todos osdias e fareis uma montanha.Confúcio

É pena eu não ser burro. Não sofria tantoRaul Seixas

É muito melhor arriscar coisas grandiosas,alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os po-bres de espírito, que não gozam muito enem sofrem muito, porque vivem na pe-numbra cinzenta que não conhece vitórianem derrota.Theodore Roosevelt

O honesto se conforma em sonhar comaquilo que o pecador realiza.Platão

Uma longa viagem começa com um únicopasso.Lao-Tsé

Os outros nos aborrecem. . . Exceto no mo-mento em que precisamos deles.Oliver Wendell Holmes

Mais que as idéias, são os interesses queseparam os homens.Charles Alex de Tocoueville

É inútil abrir a gaiola. Está ali há séculos,convencido de que ninguém é mais livredo que ele.

A verdadeira riqueza não consiste em tergrandes posses, mas em ter poucas neces-sidades.Epicuro.

O único erro de Deus foi não ter dado duasvidas ao homem: uma para ensaiar, outrapara atuar.Vittorio Gassman

O mais belo da árvore são os frutos, poisas flores podem cair ou não se produzirem,porém os frutos além do alimento da vidanos dão novas sementes. . .

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A queda das flores não consterna a árvore.Ela sabe que se as flores não morrerem osfrutos não nascem.

A riqueza nos influencia como a água domar: quanto mais bebemos, mais sede te-mos.Schopenhauer

Todas as cores concordam no escuroFrancis Bacon

A Lenda do Monge e do Es-corpião

Monge e discípulos iam por uma estradae, quando passavam por uma ponte, vi-ram um escorpião sendo arrastado pelaságuas. O monge correu pela margem dorio, meteu-se na água e tomou o bichinhona mão. quando o trazia para fora, o bi-chinho o picou e, devido a dor, o homemdeixou-o cair novamente no rio. Foi en-tão à margem tomou um ramo de árvore,adiantou-se outra vez a correr pela mar-gem, entrou no rio, colheu o escorpião eo salvou. Voltou o monge e juntou-se aosdiscípulos na estrada. Eles haviam assisti-do à cena e o receberam perplexos e pena-lizados.

“Mestre deve estar doendo muito! Porquefoi salvar esse bicho ruim e venenoso? quese afogasse! Seria um a menos! Veja comoele respondeu à sua ajuda! Picou a mãoque o salvara! Não merecia sua compai-xão!”

O monge ouviu tranqüilamente os comen-tários e respondeu:

“Ele agiu conforme sua natureza, e eu deacordo com a minha.”

(Desconhecido)

Mesmo Assim

As pessoas são irracionais, ilógicas e ego-cêntricas.Ame-as mesmo assim !Se você tem sucesso nas suas realizações,ganhará falsos amigos e verdadeiros ini-migos.Tenha sucesso mesmo assim !O bem que você faz será esquecido ama-nhã.Faça o bem mesmo assim !A honestidade e a franqueza o tornam vul-nerável.Seja honesto e franco mesmo assim !Aquilo que você levou anos para construirpode ser destruído de um dia para o outro.Construa mesmo assim !Os pobres têm verdadeiramente necessi-dade de ajuda, mas alguns podem atacá-lose você os ajudar.Ajude-os mesmo assim !Se você der ao mundo o melhor de si mes-mo, você corre o risco de se machucar.Dê o que você tem de melhor.Mesmo assim !

Texto afixado sobre o muro de Shishu Bha-van, o lar das crianças da Madre Tereza,em Calcutá.

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Família: muito além da tec-nologia

(trecho do livro Sociedade Tecnológica,Editora Scipione do autor Ciro MarcondesFilho)

O que a família representa jamais serásubstituído pela tecnologia. Estamos vi-vendo na chamada sociedade tecnológica.Vemos a tecnologia dominar todos os seto-res, otimizando o tempo e ações das pesso-as. É possível comprar quase tudo por te-lefone ou até mesmo por computador, semprecisar sair de casa. Existem televisoresque são um cinema particular. O telefo-ne celular permite aos workaholics (vicia-dos em trabalho), prolongarem suas horasúteis.

Não precisamos mais buscar o que neces-sitamos no mundo exterior, fora de nossocasulo. A casa hoje é suporte para outrasatividades. Ela acolhe as máquinas eletrô-nicas, que são, estas sim, o local onde aspessoas praticamente vivenciam o mundo.

Estamos vivendo o chamado cocooning,ou seja, estamos nos entocando, nos enca-vernando, vivendo em casa. Vivemos emcasulos, como em 1993 já dizia a grandeprevisora de tendências e gênio do marke-ting, Faith Popcorn.

Mas há uma coisa que nada será capaz desubstituir, nem toda tecnologia do mundo— a família. Toda a evolução pela qualpassa o mundo faz com que as pessoas fi-quem cada vez mais individualistas, volta-das para seus próprios interesses, pouco sepreocupando com o colega do lado. Mascom todo esse movimento, a tendência énos sentirmos cada vez mais sozinhos, ca-rentes de amor, de proteção, de um ombro

amigo, por que nós próprios nos fechamos.Existe um núcleo que é capaz de suprir to-das essas carências sem pedir nada em tro-ca e ainda . Quando descobrimos o verda-deiro valor da família, sentimo-nos maisfortes, mais corajosos para enfrentar nos-so dia-a-dia. A família muitas vezes nãose restringe a pessoas do mesmo sangue esim aquelas pessoas que verdadeiramentequerem nosso bem, que direta ou indire-tamente colaboram para nosso progressomaterial ou emocional.

Agora, caro leitor, pense na maneira comovocê tem agido com sua família, como temretribuído tudo o que ela já fez por você.Se você acha que não tem uma boa família,pare e pense na maneira como tem agido.Você tem feito por merecer o amor que elaestá disposta a dar? Pense um pouco emseu modo de ser, como controla seus ím-petos tanto em casa como no seu ambientede trabalho, com todos os seus semelhan-tes. O verdadeiro sentido da família é algomaior. Vai além das paredes de sua resi-dência, expande-se por todo o seu bairro,comunidade, estado, país. . . Somos todosuma família, todos precisamos de carinho,atenção. Olhe além de seu próprio nariz,olhe para os seres humanos que estão sem-pre a seu lado, muitos deles carentes de di-nheiro, reconhecimento ou proteção. . .

Seja uma grande pessoa. Aja com o co-ração, por que assim você sempre terá al-go grandioso para oferecer a sua famíliaem todos os momentos em que você esti-ver junto a ela.

Toda a evolução empresarial, tecnológi-ca, material será incapaz de substituirsua família. Nenhum homem vive semamor, ninguém vive muito sendo infeliz.

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Momentos

Primeiro Momento. . .

— Quantas vezes fechamos as portas denossos corações por medo?— Quantas vezes dizemos NÃO às mu-danças?— Quantas vezes fechamos os olhos paranão ver a realidade?— Quantas vezes nos calamos com medode dizer o que precisava ser dito naquelemomento tão especial?— Quantas vezes bloqueamos nossos sen-timentos com medo de amar?— Quantas vezes deixamos de ser quemsomos somente para agradar alguém quejamais o entenderá?— Quantas vezes. . . Quantas vezes maispoderá um ser humano continuar nesta es-trada, cujo caminho ele nem mesmo sabeonde dará?

Segundo Momento. . .

— Quantas vezes agradeci a Deus as opor-tunidades que tive?— Quantas vezes mais agradecer?— Quantas vezes mais é preciso?— Quantas vezes mais desejo agradecer?

Terceiro Momento. . .

— Às vezes sentimos, porém não conse-guimos expressar. . .— Às vezes choramos mas não consegui-mos demonstrar. . .

Nossos momentos. . .

— O passado proporcionou tantas mara-vilhas, que muitas vezes desejamos tê-los

novamente. Felizmente, cada momentotem seu próprio tempo e, graças a Deus,não se repetem, pois a vida fica muito maisbonita e alegre quando os momentos pas-sados foram originais e sinceros.— O presente nos proporciona grandes,médios e pequeninos momentos; porém,a quem competirá medir estes momentosserá você mesmo, e deles aproveitar o má-ximo. Cabe a você classificá-los, admirá-los ou apagá-los.— O futuro. . . estes são os momentos quemais vivem em nossas mentes e corações.As ansiedades pelo próximo dia, a pers-pectiva pelas novas metas realizadas, obeijo desejado, o sonho realizado.

Momentos da vida. . .

— Dos momentos passados, agradecemosas oportunidades, guardamos a felicidadeem nossos corações. Para as tristezas fa-zemos uma prece, aos sonhos realizadosfechamos os olhos e recordamos com ale-grias cada segundo. Enfim, dos momentosque se passaram tentamos a cada momen-to guardá-los e todas as vezes que recor-darmos tentaremos olhar com novas visõespara nosso próprio crescimento, pois sãodos momentos que se passaram que tira-mos conclusões do que faremos amanhã.

— Do momento presente, a vida pede ape-nas para vivê-los naquele instante, e ja-mais tentar transferi-los ou senti-los nopassado, muito menos sofrer ansiosamentepor momentos que virão. — Dos momen-tos futuros, desejá-los e pedir a Deus quetraga os melhores momentos para nossasvidas e aguardá-los. Cada um a seu tem-po.

E Lembre-se:

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Viva o momento presente, por que o ontemjá passou e o amanhã talvez não venha. . .

Por isso viva cada momento intensamente,como se fosse o ultimo de sua vida. . .

Quem é teu amigo?

Ter um amigo é maravilhoso.Ser amigo de alguém, é melhor ainda.É como acordar e sentir o sol brilhar.Um amigo é alguém com quem se estábem, se fica bem.Mas, um amigo é muito mais do que isso!É alguém que pensa em ti quando não es-tás aqui.Alguém que bate com os dedos na madeiraquando tu tens que fazer coisas difíceis.Nunca se está, realmente só, quando setem um amigo!Um amigo ouve o que tu dizes etenta compreender o que não conseguesdizer.Mas, um amigo não está sempre de acordocontigo.Um amigo contradiz-te eobriga-te a pensar honestamente.Um amigo gosta de ti, mesmo que façasasneiras.Um amigo ensina-te a gostar de coisas no-vas.Não terias imaginado essas coisas se esti-vesses sozinho.Amigo é uma palavra bonita.É quase a melhor palavra!Um amigo é alguém que tem sempre tem-po para ti, quando apareces.Todo o mundo pode ter um amigo.Mas não vivas tão apressado, que nem ve-jas,

que há alguém que quer ser teu amigo.Um amigo, é alguém que é, para ti, umafesta.Alguém que pensa em ti e te ouve.E te ajuda a saber, o que tu és.Alguém que te ajuda a descobrir as coisas.Alguém que está contigo e não tem pressa.Alguém em quem tu podes acreditar!Sempre.Quem é teu amigo?

O poder do entusiasmo

Entusiasmo é acreditar na nossa capacida-de de fazer as coisas acontecerem, de da-rem certo, de transformar a natureza e aspessoas.

Não esperem ter as condições ideais parase entusiasmarem. Nós é que temos quetransformar a nossa vida numa Vida En-tusiástica. Não é a realidade da vida quetem que nos entusiasmar, nós é que temosque entusiasmar a realidade da nossa vida!Nós é que temos que entusiasmar nossasidéias. . . Uma idéia sem entusiasmo é umaidéia morta!

Dicas Para Viver Entusiasti-camente

1. AFASTE-SE DAS PESSOAS EDOS FATOS NEGADORES E NE-GATIVOSSe você se deixar envolver porum ambiente negativo, você vai se

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transformar numa pessoa negativa.

2. ACREDITE NOS SEUS “IN-SIGTHS” POSITIVOS.Os vencedores são aqueles que acre-ditam nas suas idéias.

3. NÃO RECLAME CONSTANTE-MENTE.Quando a gente reclama muito, sehabitua a reclamar cada vez mais eacaba se transformando numa pes-soa azeda. É insuportável convivercom pessoas que só vivem se quei-xando!

4. CULTIVE A ALEGRIA E O BOMHUMOR. . . APRENDA A SOR-RIR!Terapia do Riso- Habituar-se a sor-rir, a achar graça de si mesmo. Osorriso tem um efeito poderoso emnossa vida: as pessoas que zombamdos próprios erros, são mais felizese mais fortes.

5. ILUMINE O SEU AMBIENTE DETRABALHO E SUA CASA. A ES-CURIDÃO TRAZ A DEPRESSÃOO ambiente determina a condiçãofuncional em que as pessoas ageme fazem as coisas ocorrerem.

6. SEJA ALGUÉM DISPOSTO ACOLABORAR COM OS OU-TROS. SEMPRE ACHE UMA MA-NEIRA DE PARTICIPAR.Traga as pessoas mais próximode você. Participe, converse comas pessoas com as quais convive.Interesse-se pelas pessoas à sua vol-ta!

7. SURPREENDA AS PESSOASCOM MOMENTOS MÁGICOSContagie os outros. . . Faça com que

ao entrar num ambiente, as pessoasse contagiem com a aura de entusi-asmo que envolve você!

8. FAÇA TUDO COM SENTIMEN-TO DE PERFEIÇÃO.Faça as coisas com vontade de fa-zer! Não faça nada pela metade! Fa-ça as coisas com desejo de acertar ede criar o mais correto possível.

Tenha orgulho da sua imagem. Gos-tar de si próprio, mantendo a auto-estima, é fundamental para o Entu-siasmo.

9. AJA PRONTAMENTE. FAÇAAGORA!Não postergue, não deixe para ama-nhã. Quando tiver alguma coisa pa-ra fazer, faça imediatamente. Sentiuque é o momento certo? — Aja!

Descubra o Entusiasmo na Vida! Sejacapaz de transformar as coisas e fazê-lasacontecer. Não espere as condições ideais,faça o Entusiasmo ocorrer pela crença deque somos capazes de realizações eficazes,de vencer obstáculos.

(Luiz Almeida Marins Filho Ph.D)

Entre Amigos

Para que serve um amigo? Para rachar agasolina, emprestar a prancha, recomendarum disco, dar carona pra festa, passar co-la, caminhar no shopping, segurar a barra.Todas as alternativas estão corretas, porémisso não basta para guardar um amigo dolado esquerdo do peito.

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Milan Kundera, escritor tcheco, escreveuem seu último livro, “A Identidade”, que aamizade é indispensável para o bom funci-onamento da memória e para a integridadedo próprio eu. Chama os amigos das teste-munhas do passado e diz que eles são nos-so espelho, que através deles podemos nosolhar. Vai além: diz que toda amizade éuma aliança contra a adversidade, aliançasem a qual o ser humano ficaria desarmadocontra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes cos-tumam perceber essa aliança, não valori-zam ainda o que está sendo construído.São amizades não testadas pelo tempo, nãose sabe se enfrentarão com solidez as tem-pestades ou se serão varridos numa chuvade verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina:racha lembranças, crises de choro, expe-riências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta o verbo, empres-ta o ombro, empresto o tempo, empresta ocalor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um dis-co. Recomenda cautela, recomenda umemprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona pra festa. Te levapro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passacontigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shop-ping. Anda em silêncio na dor, entra con-tigo em campo, sai do fracasso, fica ao teulado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Se-gura a mão, a ausência, segura uma confis-

são, segura o tranco, o palavrão, segura oelevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguémtem. Se tiver um, amém.

(MARTHA MEDEIROS)

Regras de Sucesso

(Bernard M. Baruch)

Seja pronto em seus elogios. As pessoasgostam de elogiar aqueles que as elogiam.Seja sincero ao fazê-lo.

Seja cortês. Se você o for, os outros o se-rão com você. E isso torna a vida um pou-co mais fácil.

Seja prestativo. Esta é a primeira definiçãode sucesso.

Seja otimista. Já existem bastante pessi-mistas — não há necessidade de aumentara lista.

Não seja invejoso. A melhor atitude, in-comparavelmente, é supor que o que osoutros podem fazer, você pode fazer tãobem ou melhor.

Viver, essa difícil alegria

Viver é jogo, é risco.Quem joga pode ganhar ou perder.O começo da sabedoria consiste em acei-tarmos que perder também faz parte dojogo.

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Quando isso acontece, ganhamos algumacoisa de extremamente precioso:Ganhamos nossa possibilidade de ganhar.Se não sei perder, não ganho nada, e tereisempre as mãos vazias.Quem não sabe perder, acumula ferrugemnos olhos e se torna cego — cego de ran-cor.Quando a gente chega a aceitar, com ver-dadeira e profunda humildade, as regrasdo jogo existencial, viver se torna mais doque bom — se torna fascinante.Viver bem é consumir-se, é queimar oscarvões do tempo que nos constitui.Somos feitos de tempo, e isso significa:Somos passagem, movimento sem trégua,finitude.A quota de eternidade que nos cabe estáencravada no tempo.É preciso garimpá-la, com incessante co-ragem, para que o gosto do seu ouro possafulgir em lábio.Se assim acontece, somos alegres e bons,a nossa vida tem sentido.

De Hélio Pelegrino para Clarice Lispectorno livro “De Corpo Inteiro”.

Aprendendo a Viver

Aprendi que peixinhos dourados não gos-tam de gelatina (aos 5 anos);

Aprendi que meu pai pode dizer um montede palavras que eu não posso (8anos);

Aprendia que minha professora sempre mechama quando eu não sei a resposta (9anos);

Aprendi que se pode estar apaixonado por4 garotas ao mesmo tempo (10 anos);

Aprendi que os meus melhores amigos sãoos que sempre me metem em confusão (11anos);

Aprendi que se tenho problemas na escola,tenho mais ainda em casa (12 anos);

Aprendi que quando meu quarto fica dojeito que quero minha mãe manda euarruma-lo (13 anos);

Aprendi que não se deve descarregar su-as frustrações no seu irmão menor, por-que seu pai tem frustrações maiores e mãomais pesada (15 anos);

Aprendi que os grandes problemas semprecomeçam pequenos ( anos);

Aprendi que nunca devo elogiar a comi-da da minha mãe quando estou comendoalguma coisa que minha mulher preparou(25 anos);

Aprendi que se pode fazer num instante al-go que vai lhe dar dor de cabeça a vida to-da (28 anos);

Aprendi que quando minha mulher e eutemos, finalmente, uma noite sem as cri-anças, passamos a maior parte do tempofalando sobre elas (29 anos);

Aprendi que é mais fácil fazer amigo doque se livrar dele (30 anos);

Aprendi que mulheres gostam de ganharflores especialmente sem nenhum motivo(33 anos);

Aprendi que toda a vez que estou viajandogostaria de estar em casa e toda vez que es-tou em casa gostaria de estar viajando (39

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anos);

Aprendi que nunca se conhece bem osamigos até que se tire férias com eles (41anos);

Aprendi que se você está levando uma vi-da sem fracassos, você não está correndoriscos o suficiente (42 anos);

Aprendi que casar por dinheiro é a manei-ra mais difícil de consegui-lo (43 anos);

Aprendi que se pode fazer alguém ganharo dia simplesmente mandando-lhe um pe-queno cartão (44 anos);

Aprendi que crianças e avós são aliadosnaturais (47 anos);

Aprendi que se você cuidar bem de seusempregados eles cuidarão bem de seus cli-entes (49 anos);

Aprendi que quando chego atrasado ao tra-balho, meu patrão chega cedo (51 anos);

Aprendi que o objeto mais importante doescritório é a lata de lixo (54 anos);

Aprendi que não posso mudar o que pas-sou, mas posso deixar pra lá (64 anos);

Aprendi que a maioria das coisas com queme preocupei nunca acontecem (65 anos);

Aprendi que todas as pessoas que dizemque: dinheiro não é tudo - geralmente temmuito (67 anos);

Aprendi que se você espera para se apo-sentar para começar a viver esperou tempodemais (68 anos);

Aprendi que nunca você deve ir para camasem resolver uma briga (71 anos);

Aprendi que quando as coisas vão mal, eunão tenho que ir com elas (72 anos);

Aprendi que envelhecer é importante sevocê é um queijo (76 anos);

Aprendi que amei menos do que deveria(91 anos);

Aprendi que tenho muito a aprender (92anos)

Autor Desconhecido

Bondade de Deus. . . .

Há muito tempo, num Reino distante, ha-via um Rei que não acreditava na bondadede Deus.

Tinha, porém, um súdito que sempre lhelembrava dessa verdade, em todas situa-ções dizia:

“Meu Rei, não desanime, porque Deus ébom!”

Um dia, o Rei saiu para caçar juntamen-te com seu súdito, e uma fera da florestaatacou o Rei.

O súdito conseguiu matar o animal, porémnão evitou que sua Majestade perdesse odedo mínimo da mão direita.

O Rei, furioso pelo que havia acontecido,e sem mostrar agradecimento por ter suavida a salvo pelos esforços de seu servo,perguntou a este:

“E agora, o que você me diz? Deus é bom?Se Deus fosse bom eu não teria sido ataca-do, e não teria perdido o meu dedo.”

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O servo respondeu:

“Meu Rei, apesar de todas essas coisas, so-mente posso dizer-lhe que Deus é bom, eque mesmo isso, perder um dedo, é paraseu bem!”

O Rei, indignado com a resposta do súdi-to, mandou que fosse preso, e na cela maisescura e mais fétida do calabouço.

Após algum tempo, o Rei saiu novamen-te para caçar e aconteceu dele ser atacado,desta vez por uma tribo de índios que viviana selva. Estes índios eram temidos portodos, pois sabia-se que faziam sacrifícioshumanos para seus deuses.

Mal prenderam o Rei, passaram a prepa-rar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício.Quando já estava tudo pronto, e o Rei jáestava diante do altar, o sacerdote indíge-na, ao examinar a vítima, observou furio-so:

“Este homem não pode ser sacrificado,pois é defeituoso! Falta-lhe um dedo!”

E o Rei foi libertado.

Ao voltar para o palácio, muito alegre ealiviado, libertou seu súdito e pediu queviesse em sua presença. Ao ver o servo,abraçou-o afetuosamente dizendo-lhe:

“Meu Caro, Deus foi realmente bom comi-go! Você já deve estar sabendo que escapeida morte justamente porque não tinha umdos dedos. Mas ainda tenho em meu co-ração uma grande dúvida: Se Deus é tãobom, porque permitiu que você fosse pre-so da maneira como foi. . . logo você quetanto o defendeu!?”

O servo sorriu e disse:

“Meu Rei, se eu estivesse junto contigonessa caçada, certamente seria sacrificadoem teu lugar, pois não me falta dedo al-gum!. . . ”

(Autor desconhecido)

Árvore dos Problemas

Esta é uma história de um homem que con-tratou um carpinteiro para ajudar a arru-mar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difí-cil.

O pneu da seu carro furou.

A serra elétrica quebrou.

Cortou o dedo.

E ao final do dia, o seu carro não funcio-nou.

O homem que contratou o carpinteiro ofe-receu uma carona para casa.

Durante o caminho, o carpinteiro não fa-lou nada.

Quando chegaram a sua casa, o carpinteiroconvidou o homem para entrar e conhecera sua família.

Quando os dois homens estavam se enca-minhando para a porta da frente, o car-pinteiro parou junto a uma pequena árvoree gentilmente tocou as pontas dos galhoscom as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o car-pinteiro transformou-se.

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Os traços tensos do seu rostotransformaram-se em um grande sorriso,e ele abraçou os seus filhos e beijou a suaesposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acom-panhou a sua visita até o carro.

Assim que eles passaram pela árvore, ohomem perguntou:

— Porque você tocou na planta antes deentrar em casa ???

— Ah! esta é a minha Árvore dos Proble-mas.

— Eu sei que não posso evitar ter proble-mas no meu trabalho, mas estes problemasnão devem chegar até os meus filhos e mi-nha esposa.

— Então, toda noite, eu deixo os meusproblemas nesta Árvore quando chego emcasa, e os pego no dia seguinte.

— E você quer saber de uma coisa?

— Toda manhã, quando eu volto para bus-car os meus problemas, eles não são nemmetade do que eu me lembro de ter deixa-do na noite anterior.

Autor Desconhecido

Era uma Vez

Era uma vez um menininho bastante pe-queno que contrastava com a escola bas-tante grande. Uma manhã, a professoradisse:

— Hoje nós iremos fazer um desenho.

“Que bom!”. pensou o menininho. Elegostava de desenhar leões, tigres, galinhas,vacas, trens e barcos. . .

Pegou a sua caixa de lápis-de-cor e come-çou a desenhar. A professora então disse:

— Esperem, ainda não é hora de começar!

Ela esperou até que todos estivessem pron-tos.

— Agora, disse a professora, nós iremosdesenhar flores.

E o menininho começou a desenhar bo-nitas flores com seus lápis rosa, laranja eazul.

A professora disse:

— Esperem ! Vou mostrar como fazer.

E a flor era vermelha com caule verde.

— Assim, disse a professora, agora vocêspodem começar.

O menininho olhou para a flor da profes-sora, então olhou para a sua flor. Gos-tou mais da sua flor, mas não podia dizerisso. . . virou o papel e desenhou uma florigual a da professora. Era vermelha comcaule verde.

Num outro dia, quando o menininho esta-va em aula ao ar livre, a professora disse:

— Hoje nós iremos fazer alguma coisacom o barro.

— “Que bom !” Pensou o menininho.

Ele gostava de trabalhar com barro. Podiafazer com ele todos os tipos de coisas: ele-fantes, camundongos, carros e caminhões.

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Começou a juntar e amassar a sua bola debarro.

Então, a professora disse:

— Esperem ! Não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem pron-tos.

— Agora, disse a professora, nós iremosfazer um prato.

“Que bom !” — pensou o menininho.

Ele gostava de fazer pratos de todas as for-mas e manhos. A professora disse:

— Esperem ! Vou mostrar como se faz.Assim, agora vocês podem começar.

E o prato era um prato fundo.

O menininho olhou para o prato da profes-sora, olhou para o próprio prato e gostoumais do seu, mas ele não podia dizer isso.Amassou seu barro numa grande bola no-vamente e fez um prato fundo, igual ao daprofessora.

E muito cedo o menininho aprendeu a es-perar e a olhar e a fazer as coisas exata-mente como a professora. E muito cedoele não fazia mais coisas por si próprio.

Então aconteceu que o menininho teve quemudar de escola. Essa escola era aindamaior que a primeira. Um dia a professoradisse:

— Hoje nós vamos fazer um desenho.“Que bom !”. pensou o menininho e espe-rou que a professora dissesse o que fazer.

Ela não disse.

Apenas andava pela sala.

Então veio até o menininho e disse:

— Você não quer desenhar ?

— Sim, e o que é que nós vamos fazer ?

— Eu não sei, até que você o faça.

— Como eu posso fazê-lo ?

— Da maneira que você gostar.

— E de que cor ?

— Se todo mundo fizer o mesmo desenhoe usar as mesmas cores, como eu posso sa-ber o desenho de cada um ?

— Eu não sei . . .

E então o menininho começou a desenharuma flor vermelha com o caule verde. . .

Helen Buckley

Os Quatro Gigantes

Dizem que há na alma humana quatro gi-gantes que acompanham a evolução. Trêsdeles colocam obstáculos e apenas umabre todas as portas.

Os três criadores de problemas chamam-seMEDO, IRA E DEVER.

O MEDO é um gigante enraizado profun-damente, que se alimenta da necessidadede preservar a vida diante do perigo, masque se alia com a imaginação e cria neuro-ses que chegam a paralisar completamentea vida de uma pessoa.

A IRA é um gigante destrutivo, que se ali-menta da reação normal de uma pessoa di-

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ante do medo, mas por ser normalmenteabafado e recalcado acaba criando o ódio,que é uma raiva em conserva, podendoconsumir uma pessoa por dentro até matá-la.

O DEVER é um gigante que entulha o ca-minho dos humanos com muitas obriga-ções, podendo esmagá-los com tantas de-las que até produz tédio e imobilidade.

Quem poderia abrir todas as portas é o gi-gante AMOR, mas raramente alguém seutiliza dele.

AMOR! MEDO, RAIVA, DEVER. . .

A Ilha

Era uma ilha que vivia no meio do oceano.Levava uma vida tranqüila, sem grandesquestionamentos. Conhecia outras ilhas ecom elas se comunicava. Um dia porémuma idéia a inquietou: se toda vez que amaré baixava, uma porção de terra se des-cobria, então até que ponto haveria terra?Isso lhe tirou o sono por várias noites. Derepente seu conceito sobre si mesma mu-dou. Sempre se considerara uma porçãode terra boiando à superfície da água, is-so era ponto pacífico, todas as outras ilhastambém pensavam assim.

Mas agora já não podia acreditar nisso.Uma ilha não terminava ali na superfície.Não. Continuava pra baixo. Uma ilha erana verdade uma. . . montanha.

Saber que ela continuava além do que pen-sava ser era algo espantoso de se pensar.Assim, dia após dia, a ilha prosseguiu emseus esforços de auto-investigação — que-ria saber até onde existia. Mas à medida

que sua atenção mergulhava em si mesma,as águas ficavam mais escuras. Era pre-ciso cada vez mais concentração pra nãose perder. Ela prosseguiu e descobriu queo que existia abaixo da superfície possuíavida própria e, mesmo sem ser reconheci-do, era capaz de interagir e até determinaro que existia acima. Uma ilha não era algotão independente quanto pensava.

Muito tempo se passou até que se conven-cesse de que era mesmo uma montanhacom o pico emerso. E muito mais tem-po pra compreender que não flutuava sol-ta nas profundezas do oceano: ela estavapresa a uma base e essa base era uma enor-me extensão de terra que funcionava comochão.

Vinham de lá todas as ilhas. E pra lá volta-riam todas quando os movimentos da ter-ra e das águas as forçassem a isso. Masas ilhas não sabiam da montanha e muitomenos da terra ao fundo. Por isso as reaismotivações do que faziam eram na maiorparte desconhecidas. Se a montanha eraa parte inconsciente de cada ilha, o fundodo mar era o inconsciente maior, único, detodas elas.

Ao entender esse fato a ilha lembrou dotempo em que sua consciência de si pró-pria se limitava àquela minúscula porçãode terra à superfície. Todas as ilhas vêmdo mesmo lugar. . . — ela repetiu, intriga-da — porque são feitas da mesma terra. Aareia e os nutrientes que as raízes de suasplantas colhem vêm do mesmo chão. To-das as ilhas que existem são no fundo umacoisa só. . . A ilha viu que eram idéias gran-des demais, confundiam a mente. Aquelaauto-investigação era importante mas erapreciso muita atenção durante o processo.Só assim poderia voltar à superfície sem-

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pre que quisesse.

Enquanto tudo isso acontecia, as outrasilhas observavam seu comportamento enão entendiam. Concluíram então que es-tava louca e espalharam a notícia. A ilhasentiu-se só. Mas como poderia condená-las por não compreenderem o que ela des-cobrira?

Pensando melhor, eram todas partes delamesma! Então ela mesma ainda não secompreendia inteiramente. . .

Foi então que a ilha percebeu, num cla-rão de compreensão, que toda aquela vastaextensão de terra inconsciente funcionavacomo um útero a expulsar pequenos peda-ços de si mesma, forçando-os a ir à super-fície. Uma vez lá, eles se entendiam ilhase começavam então sua aventura individu-al em busca de saber quem eram, aventu-ra que podia durar anos, séculos, milênios,mas que um dia chegaria à mesma conclu-são: todas as ilhas eram montanhas e todasas montanhas na verdade eram uma só ex-tensão de terra a se experimentar em cadauma delas.

Mas por que a terra fazia isso? Talvez praela própria aprender com a experiência decada ilha. Ao morrer uma ilha trazia àterra sua experiência pra servir de apren-dizado às futuras ilhas. Uma ilha conti-nha em si, sem se dar conta, a mesmíssimaareia das que a antecederam. A terra co-mo um todo estava sempre aprendendo ca-da vez mais sobre si mesma. . . Era mesmouma tremenda aventura — pensou a ilhaenquanto se divertia com os olhares estra-nhos que as outras lhe lançavam. Umaaventura de cada ilha. Mas também da ter-ra inteira.

Felicidade

Certo mercador enviou seu filho paraaprender o segredo da felicidade com omais sábio de todos os homens. O rapazandou durante quarenta dias pelo deserto,até chegar a um belo castelo, no alto deuma montanha. Lá vivia o sábio que o ra-paz buscava.

Ao invés de encontrar um homem santo,porém, o nosso herói entrou em uma sala eviu uma atividade imensa; mercadores en-travam e saíam, pessoas conversavam pe-los cantos, uma pequena orquestra tocavamelodias suaves, e havia uma farta mesacom os mais deliciosos pratos daquela re-gião do mundo.

O sábio conversava com todos e o rapazteve que esperar duas horas até chegar suavez de ser atendido.

O sábio ouviu atentamente o motivo da vi-sita do rapaz, mas disse-lhe que naquelemomento não tinha tempo de explicar-lheo segredo da felicidade. Sugeriu que o ra-paz desse um passeio por seu palácio e vol-tasse daqui a duas horas.

— Entretanto, quero lhe pedir um favor —completou o sábio, entregando-lhe ao ra-paz uma colher de chá, onde pingou duasgotas de óleo.

— Enquanto você estiver caminhando,carregue esta colher sem deixar que o óleoseja derramado.

O rapaz começou a subir e descer as es-cadarias do palácio, mantendo sempre osolhos fixos na colher. Ao final de duas ho-ras retornou à presença do sábio.

— Então — perguntou o sábio — você viu

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as tapeçarias da Pérsia que estão na minhasala de jantar? Viu o jardim que o Mes-tre dos Jardineiros demorou dez anos paracriar? Reparou nos belos pergaminhos deminha biblioteca?

O rapaz, envergonhado, confessou que nãohavia visto nada. Sua única preocupaçãoera não derramar as gotas de óleo que oSábio lhe havia confiado.

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colhere voltou a passear pelo palácio, desta vez,reparando em todas as obras de arte quependiam do teto e das paredes. Viu os jar-dins, as montanhas ao redor, a delicadezadas flores, o requinte com que cada obrade arte estava colocada em seu lugar. Devolta à presença do sábio, relatou porme-norizadamente tudo que havia visto.

— Mas onde estão as duas gotas de óleoque lhe confiei? — perguntou o Sábio.

Olhando para a colher, o rapaz percebeuque as havia derramado.

— Pois este é o único conselho que eu te-nho para lhe dar disse o Sábio dos Sábios.O segredo da felicidade está em olhar to-das as maravilhas do mundo, e nunca seesquecer das duas gotas de óleo na colher!

Mestre Ramesh

Certa vez, perguntaram para o Mestre Ra-mesh, um dos mestres na Índia:

— Por que existem pessoas que saem fa-cilmente dos problemas mais complica-dos, enquanto outras sofrem por proble-mas muito pequenos, morrem afogadasnum copo de água?

Ele simplesmente sorriu e contou uma his-tória:

Era uma vez um sujeito que viveu amo-rosamente toda a sua vida. Quando mor-reu, todo mundo lhe falou para ir ao céu,um homem tão bondoso quanto ele so-mente poderia ir para o Paraíso. Ir parao céu não era tão importante para aquelehomem, mas mesmo assim ele foi até lá.Naquela época, o céu não havia ainda pas-sado por um programa de qualidade total.A recepção não funcionava muito bem. Amoça que o recebeu deu uma olhada rápi-da nas fichas em cima do balcão e, comonão viu o nome dele na lista, orientou-lhepara ir ao Inferno. E no Inferno, você sabecomo é. Ninguém exige crachá nem con-vite, qualquer um que chega é convidadoa entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando.Alguns dias depois, Lúcifer chegou furio-so às portas do Paraíso para tomar satisfa-ções com São Pedro:

— Pedro! Nunca imaginei que fosse capazde uma baixaria como essa! Isso que vocêestá fazendo é puro terrorismo!”

Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pe-dro perguntou, surpreso do que se tratava.Lúcifer, transtornado, desabafou:

— Você mandou aquele sujeito para o In-ferno e ele está fazendo a maior bagun-ça lá. Ele chegou escutando as pessoas,olhando-as nos olhos, conversando comelas. Agora, está todo mundo dialogando,se abraçando, se beijando. O inferno estáinsuportável, parece o Paraíso!

E fez um apelo:

— Pedro, por favor, pegue aquele sujeito eleve-o de lá!

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Quando Ramesh terminou de contar essahistória, olhou carinhosamente e disse:

— Viva com tanto amor no coração quese, por engano, você for parar no Inferno,o próprio demônio lhe trará de volta ao Pa-raíso. Problemas fazem parte da nossa vi-da, porém não deixe que eles o transfor-mem numa pessoa amargurada.

As crises vão estar sempre se sucedendoe às vezes você não terá escolha. Sua vi-da está sensacional e de repente você po-de descobrir que sua mãe está doente; quea política econômica do governo mudoue que infinitas possibilidades de encrencasaparecem. As crises você não pode esco-lher, mas pode escolher a maneira comoenfrentá-las. E, no final, quando os pro-blemas forem resolvidos, mais do que sen-tir orgulho por ter encontrado as soluções,você terá orgulho de si mesmo.

O lenhador e a raposa

Era uma vez um Lenhador que acordava às6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cor-tando lenha, e só parava tarde da noite.

Esse Lenhador tinha um filho, lindo, depoucos meses e uma Raposa, sua amiga,tratada como bicho de estimação e de suatotal confiança. Todos os dias o Lenhadoria trabalhar e deixava a Raposa cuidandode seu filho.

Todas as noites ao retornar do trabalho, aRaposa ficava feliz com sua chegada. Osvizinhos do Lenhador alertavam que a Ra-posa era um bicho, um animal selvagem,e portanto não era confiável. Quando ela

sentisse fome, comeria a criança. O Le-nhador sempre retrucando com os vizinhosfalava que isso era uma grande bobagem.A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam:

— Lenhador, abra os olhos! A Raposa vaiatacar seu filho.

— Quando sentir fome, atacará seu filho!

Um dia, o Lenhador ao chegar em casa viua Raposa sorrindo como sempre e sua bocatotalmente ensangüentada . . . O Lenhadorsuou frio e sem pensar duas vezes acertouo machado na cabeça da raposa . . . Ao en-trar no quarto desesperado, encontrou seufilho no berço dormindo tranqüilamente eao lado do berço uma cobra morta . . .

O Lenhador enterrou o machado e a Rapo-sa juntos.

Se você confia em alguém, não importa oque os outros pensem a respeito. Siga sem-pre o seu caminho e não se deixe influenci-ar. . . e principalmente, não tome decisõesprecipitadas. . .

Mundo Globalizado

Todas as manhãs numa planície da África,uma gazela acorda. Ela sabe que durante odia deverá correr muito para não ser devo-rada por um leão.

Todas as manhãs numa planície da África,um leão também acorda. Ele sabe que du-rante o dia deverá correr muito para podercaçar uma gazela e não morrer de fome.

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Não importa se nos dias de hoje você seidentifica mais com um leão ou com umagazela. O importante é que ao primeiroraio de sol você já esteja correndo.

(autor desconhecido)

Sonhos

Há quem diga que todas as noites são desonhos.Mas há também quem garanta que nem to-das,só as de verão.Mas no fundo isso não tem muita impor-tância.O que interessa mesmo são as noites em si,são os sonhos.Sonhos que as pessoas sonham sempre.Em todos os lugares, em todas as épocasdo ano,dormindo ou acordado.

No momento em que aprendemos nosamar uns aos outros,o mundo se transforma.

A Magia de um pir-lim-pim-pim

A palavra mais mística que conheço éMAGIA. Redundantemente é a palavramais mágica, pois está presente em tudoque nos rege.

Quando duas pessoas se encontram e fa-zem amor, pode até não existir o amor;mas quando criam uma nova vida: aconte-ce a magia de Deus. E é a magia do amorque faz com que uma mãe ou alguém que

simplesmente cruze a vida de uma criança,cuide dela, a alimente e ensine.

Até o ódio também é mágico. Pois em de-terminado momento da existência presen-te ou futura, ele mesmo relutante, se trans-formará em perdão e depois em amizade, efinalmente então: em amor. Transforman-do, remediando, resgatando.

Quando somos envolvidos positivamentepela magia é enriquecedor. Quando a ma-gia que nos envolve é negativa, mesmo as-sim será de grande valor; pois nos fará so-frer, amadurecer e crescer.

Algumas pessoas são conhecedoras da ma-gia. Mas na verdade, ela existe dentro decada um. O que acontece é que algumaspessoas conseguem sentir a vida mais pro-fundamente que os outros, um jeito dife-rente de olhar as coisas. Um jeito diferen-te de ouvir o vento e sentir a natureza. Oterceiro olho, o sexto sentido. Uma visãoque engloba o real e o invisível. Um podermental mais controlado, radiante.

Você gostaria de ser mágico? Aposto co-mo já escondeu uma moeda entre os dedosou achou um objeto perdido que instanta-neamente apareceu onde você já havia pro-curado. . . Seria magia?

Fale alto e ouça sua voz:

— Magia !!!

Veja só como a palavra vai magicamentesumindo: quando você pronuncia o finalda palavra ela como num passe de mági-ca, está dentro de sua boca, sobre sua lín-gua. . . . sinta. . . .e diga: MAGIA, MAGIA,MAGIA. . .

Preste bem atenção:

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Feche os olhos.Respire fundo.Relaxe.Imagine o céu à noite, bem escuro. Asestrelas brilhando bem forte. Um ven-tinho gostoso, mas sem chegar a serfrio. Alguém está por trás, te abraçando.Uma pessoa querida, não necessariamenteamante. Pode ser até sua alma gêmea quevocê ainda não encontrou. Mas que certa-mente estás prestes. . .

Quando você se vira, para mudar a posi-ção do abraço, você se depara com o dia,o sol brilhando, um céu bem azul. Só quenesse momento a pessoa que te abraçavadesaparece.

E fica uma saudade. . . .E você se sente só.E o dia vai então se tornando noite, comodo outro lado.E você então se recosta e dorme.E sonha.PIR-LIM-PIM-PIM!!!E em seu sonho há o reencontro.E aquela pessoa está lá. E a saudade, vaiembora. E fica tudo bem.

Viu, como é possível se tornar mágico?Basta usar a magia e tornar seu sonho,mesmo sonhando, em realidade!Vá em frente e seja feliz!E se esquecer da palavra mágica, apenassorria à tudo e todos!E com certeza, acontecerá uma mágica!

Construindo pontes

Certa vez, dois irmãos que moravam emfazendas vizinhas, separadas apenas por

um riacho, entraram em conflito. Foi a pri-meira grande desavença em toda uma vi-da trabalhando lado a lado, repartindo asferramentas e cuidando um do outro. Du-rante anos percorreram uma estreita, po-rem comprida estrada que corria ao longodo rio para, ao final de cada dia, poderematravessa-lo e desfrutarem um da compa-nhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas ago-ra tudo havia mudado. O que começaracom um pequeno mal entendido finalmen-te explodiu numa troca de palavras ríspi-das, seguidas por semanas de total silên-cio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviubaterem à sua porta. Ao abri-la, notou umhomem com uma caixa de ferramentas decarpinteiro em sua mão.

“Estou procurando por trabalho. Talvezvocê tenha um pequeno serviço aqui e ali.Posso ajudá-lo”?

“Sim! Claro que tenho trabalho para vo-cê. Veja aquela fazenda além do riacho. Éde meu vizinho, na realidade, meu irmãomais novo. Brigamos muito e não maisposso suporta-lo. Vê aquela pilha de ma-deira perto do celeiro? Quero que você meconstrua uma cerca bem alta ao longo dorio para que eu não mais precise vê-lo.”

“Acho que entendo a situação”. Mostre-me onde estão a pá’ e os pregos que cer-tamente farei um trabalho que lhe deixarasatisfeito.”

Como precisava ir ‘a cidade, o irmão maisvelho ajudou o carpinteiro a encontrar omaterial e partiu.

O homem trabalhou arduamente durantetodo aquele dia medindo, cortando e pre-

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gando. Já anoitecia quando terminou suaobra, ao mesmo tempo que o fazendeiroretornava. Porem, seus olhos não podiamacreditar no que viam. Não havia qualquercerca! Em seu lugar estava uma ponte queligava um lado do riacho ao outro. Era re-almente um belo trabalho, mas, enfureci-do, exclamou:

“Você é muito insolente em construir estaponte após tudo que lhe contei”

No entanto, as surpresas não haviam ter-minado. Ao erguer seus olhos paraa ponte mais uma vez, viu seu irmãoaproximando-se da outra margem, corren-do com seus braços abertos. Cada um dosirmãos permaneceu imóvel de seu lado dorio, quando, num só impulso, correram umna direção do outro, abraçando-se e cho-rando no meio da ponte.

Emocionados, viram o carpinteiro arru-mando suas ferramentas e partindo.

“Não, espere!”. disse o mais velho.

“Fique conosco mais alguns dias. Tenhomuitos outros projetos para você”

E o carpinteiro respondeu: “Adoraria ficar.Mas tenho muitas outras pontes para cons-truir.”

Assumamos uma missão: vamos construirpontes! Quando a vida impuser um rio deseparação entre nos, não nos sirvamos dis-so como desculpa para abandonar o campode batalha. Quando houver injustiça e soli-dão na outra margem, não tenhamos medode correr ao outro lado com os braços aber-tos. E’ muito mais fácil fechar-se numacerca e proteger-se dos problemas. Afinal,construir uma ponte requer mais empenho;podemos nos molhar nas turbulentas aguas

da frustração e abrimos espaço para que oinimigo penetre em nossas vidas. E’ bemmais pratico um muro!

Mas precisamos arriscar. Só’ quem arriscavive!

O Pai Não Desiste

Havia um homem muito rico, possuía mui-tos bens, uma grande fazenda, muito gadoe vários empregados. Tinha ele um únicofilho, que, ao contrário do pai, não gostavade trabalho nem de compromissos. O queele mais gostava era de festas, estar comseus amigos e de ser bajulado por eles. Seupai sempre o advertia que seus amigos sóestavam ao seu lado enquanto ele tivesse oque lhes oferecer, depois o abandonariam.Os insistentes conselhos do pai lhe retini-am os ouvidos e logo se ausentava sem daro mínimo de atenção.

Um dia o velho pai, já avançado na idade,disse aos seus empregados para construí-rem um pequeno celeiro e dentro do celei-ro ele mesmo fez uma forca, junto a ela,uma placa com os dizeres:

“Para você nunca mais desprezar as pala-vras de seu pai.”

Mais tarde chamou o filho, o levou até oceleiro e disse:

— Meu filho, eu já estou velho e quandoeu partir, você tomará conta de tudo o queé meu, e sei qual será seu futuro. Você vaideixar a fazenda nas mãos dos empregadose irá gastar todo dinheiro com seus ami-gos, irá vender os animais e os bens para se

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sustentar, e quando não tiver mais dinhei-ro, seus amigos vão se afastar. E quandovocê não tiver mais nada, vai se arrependeramargamente de não ter me dado ouvidos.É por isso que eu construí esta forca; sim,ela é para você, e quero que me prometaque se acontecer o que eu disse, você seenforcará nela.

O jovem riu, achou absurdo, mas, para nãocontrariar o pai, prometeu e pensou que ja-mais isso pudesse ocorrer. O tempo pas-sou, o pai morreu e seu filho tomou contade tudo, mas assim como se havia previsto,o jovem gastou tudo, vendeu os bens, per-deu os amigos e a própria dignidade. De-sesperado e aflito, começou a refletir sobrea sua vida e viu que havia sido um tolo,lembrou-se do pai e começou a chorar edizer:

— Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido osteus conselhos, mas agora é tarde, é tardedemais.

Pesaroso, o jovem levantou os olhos e lon-ge avistou o pequeno celeiro, era a únicacoisa que lhe restava. A passos lentos sedirigiu até lá e, entrando, viu a forca e aplaca empoeirada e disse:

— Eu nunca segui as palavras do meupai, não pude alegrá-lo quando estava vi-vo, mas pelo menos esta vez vou fazer avontade dele, vou cumprir minha promes-sa, não me resta mais nada.

Então subiu nos degraus e colocou a cordano pescoço e disse:

— Ah!. . . se eu tivesse uma nova chan-ce. . .

E pulou. . . sentiu por um instante a cordaapertar sua garganta, mas o braço da forca

era oco e quebrou-se facilmente. O rapazcaiu no chão, e sobre ele caíram jóias, es-meraldas, pérolas, diamantes; a forca esta-va cheia de pedras preciosas, e um bilheteque dizia:

“Essa é a sua nova chance. Eu te Amomuito. Seu Pai.”

Autor desconhecido

Cometas e estrelas

Há pessoas estrelas e pessoas cometas.Os cometas passam. . .Apenas são lembrados pelas datas em quepassam e retornam.Os cometas desaparecem. . .Há muita gente cometa!!Passa pela vida da gente apenas por unsinstantes. . .Gente que não prende ninguém e que aninguém se prende.Gente sem presença. . .Assim, são as pessoas que vivem numamesma família,E passam um pelo o outro sem serem pre-sentes.Importante é ser estrela. . .Permanecer. . . estar presente. . . Marcarpresença. . .Estar junto. . .Ser Luz.. Ser calor.. Ser vida.AMIGO é estrelaPodem passar anos, podem surgir distân-cias, mas fica a marca no coração.Coração que não quer enamorar-se de co-metas, que apenas atraem olhares passa-geiros. . .E muitos são os cometas. . .Passam. . . , a gente bate palmas e desapa-

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recem.Ser cometa não é ser amigo. . .É ser companheiro por instantes. . .É explorar o sentimento humano. . .A solidão de muitas pessoas é conseqüên-cia de não poderem contar com alguém.A solidão é o resultado de uma vida come-ta!Ninguém fica.Todos passam. . .E a gente também passa pelos outros..Há a necessidade de se criar um mundo deestrelas.Todos os dias sentir sua luz e calor. . .Assim são os amigos-estrela da vida dagente.Pode-se contar com eles.Eles são presença.São coragem nos momentos difíceis.São Luz nos momentos escuros.São segurança nos momentos de desâni-mo. . .Ser estrela neste mundo passageiro, nestemundo de pessoas cometas é um desafio,mas, acima de tudo, uma RECOMPEN-SA!

Os Lobos Interiores

Um velho Avô disse a seu neto, que veio aele com raiva de um amigo que lhe haviafeito uma injustiça:

“Deixe-me contar-lhe uma história.”

Eu mesmo, algumas vezes, senti grandeódio àqueles que ‘aprontaram’ tanto, semqualquer arrependimento daquilo que fize-ram.

Todavia, o ódio corrói você, mas não fereseu inimigo. É o mesmo que tomar vene-no, desejando que seu inimigo morra. Lu-tei muitas vezes contra estes sentimentos.

E ele continuou: É como se existissemdois lobos dentro de mim.

Um deles é bom e não magoa. Ele vive emharmonia com todos ao redor dele e nãose ofende quando não se teve intenção deofender.

Ele só lutará quando for certo fazer isto, eda maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!,este é cheio de raiva. Mesmo as pequeni-nas coisas o lançam num ataque de ira!

Ele briga com todos, o tempo todo, semqualquer motivo. Ele não pode pensar por-que sua raiva e seu ódio são muito grandes.

É uma raiva inútil, pois sua raiva não irámudar coisa alguma!

Algumas vezes é difícil de conviver comestes dois lobos dentro de mim, pois am-bos tentam dominar meu espírito.

O garoto olhou intensamente nos olhos deseu Avô e perguntou: Qual deles vence,Vovô?

O Avô sorriu e respondeu baixinho:“Aquele que eu alimento mais freqüente-mente”.

Pode Ser Sorte ou Pode SerAzar

Era uma vez na antiga China um velhosábio que vivia nas montanhas e possuía

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muitos cavalos. Certo dia, ao retornar paracasa após um longo dia de trabalho, desco-briu que sua égua havia fugido. Sua famí-lia e seus vizinhos ajudaram-no a procurá-la, mas, por fim, desistiram. Eles ficaramtristes pela infelicidades do ancião e disse-ram:

“Nós sentimos muito que tenha acontecidoisso ao senhor.”

Mas, para surpresa de todos, o velho res-pondeu:

“A perda de minha égua não é necessari-amente algo ruim. Se é sorte ou azar, so-mente o tempo dirá.”

No dia seguinte, logo pela manhã, o anciãovislumbrou no horizonte dois cavalos quevinham em direção a sua casa. Ele reco-nheceu sua égua que vinha acompanhadade um garanhão de porte majestoso. Apósprender os cavalos, o ancião foi até a al-deia se informar se alguém havia comu-nicado a perda de um cavalo. Como nin-guém sabia de quem poderia ser esse ca-valo, aconselharam-no a ficar com ele atéque o dono aparecesse.

Seus familiares e vizinhos ficaram tão con-tentes com a sorte do velho que fizeramuma grande festa para comemorar o retor-no da égua e a aquisição do garanhão. Aopedirem ao ancião para que fizesse um dis-curso, ele levantou-se e disse calmamente:

“A aquisição desse garanhão não é neces-sariamente algo bom. Somente o tempodirá se isso foi bom ou não.”

Uma semana depois, o filho do velho re-solveu montar o garanhão, mas como nãotinha habilidade o suficiente para montarum cavalo como aquele acabou caindo e

quebrando a perna. A família do velho eseus vizinhos reuniram-se ao redor do ra-paz e comentaram:

“Isto é terrível! Esse garanhão tem trazidomuito azar à família!”.

O velho, debruçado sobre o filho, somentedisse: Este acidente não é necessariamen-te algo ruim. Somente o tempo dirá se foibom ou ruim.”

Algum tempo depois, o reino foi envolvi-do em uma cruel e injusta guerra com oreino vizinho e todos os jovens do reinoforam convocados para a guerra. Os vi-zinhos do velho lamentaram que todos osseus filhos tivessem de lutar na guerra. Eraimpossível escapar do recrutamento, poiso alistamento era feito de cidade em cida-de, de casa em casa, a procura de jovensna idade de alistamento. Finalmente, eleschegaram à casa do velho. Porém, quandoviram o rapaz machucado, disseram:

“Este jovem poderia ser um soldado se nãotivesse quebrado a perna. Nós não pode-mos levá-lo conosco.”

E assim, o rapaz foi dispensado de lutar naguerra.

Os vizinhos, observando a cena, compre-enderam o quanto o ancião era sábio eaprenderam com ele uma grande lição.

O ancião ensinou a eles que os aconteci-mentos que aparentemente são ruins po-dem no futuro se revelar muito bons evice-versa. A sorte ou o azar depende dapostura de cada pessoa e da lição que elatira de tudo que lhe acontecer.

Conto popular da China

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O Vaso e a Rosa

O Grande Mestre e o Guardião dividiam aadministração de um mosteiro zen. Cer-to dia, o Guardião morreu e foi precisosubstituí-lo. O Grande Mestre reuniu to-dos os discípulos para escolher quem teriaa honra de trabalhar diretamente ao seu la-do.

“Vou apresentar um problema”. disse oGrande Mestre. “Aquele que o resolverprimeiro será o novo Guardião do templo”.

Terminado o seu curtíssimo discurso, co-locou um banquinho no centro da sala. Emcima estava um vaso de porcelana caríssi-mo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo.

“Eis o problema”. disse o Grande Mestre.Os discípulos contemplavam, perplexos, oque viam: os desenhos sofisticados e ra-ros da porcelana, a frescura e a elegânciada flor. O que representava aquilo? O quefazer?

Qual seria o enigma?

Depois de alguns minutos, um dos discí-pulos levantou-se, olhou o mestre e os alu-nos a sua volta. Depois, caminhou reso-lutamente até o vaso e atirou-o no chão,destruindo-o.

“Você é o novo Guardião!”. disse o Gran-de Mestre para o aluno. Assim que ele vol-tou ao seu lugar, explicou:

“Eu fui bem claro: disse que vocês esta-vam diante de um problema. Não importaquão belo e fascinante seja, um problematem que ser eliminado. Um problema é umproblema; pode ser um vaso de porcela-na muito raro, um lindo amor que já nãofaz mais sentido, um caminho que preci-

sa ser abandonado mas que insistimos empercorrê-lo porque nos traz conforto”.

Só existe uma maneira de lidar com umproblema: atacando-o de frente.

Nessas horas, não se pode ter piedade nemser tentado pelo lado fascinante que qual-quer conflito carrega consigo.

O Quadro

Um homem havia pintado um lindo qua-dro. No dia de apresentá-lo ao público,convidou todo mundo para vê-lo. Compa-receram as autoridades do local, fotógra-fos, jornalistas, e muita gente, pois o pin-tor era muito famoso e um grande artista.

Chegado o momento, tirou-se o pano quevelava o quadro. Houve caloroso aplau-so. Era uma impressionante figura de Je-sus batendo suavemente à porta de uma ca-sa. O Cristo parecia vivo. Com o ouvidojunto à porta, Ele parecia querer ouvir se ládentro alguém respondia. Houve discursose elogios. Todos admiravam aquela obrade arte.

Um observador curioso porém, achou umafalha no quadro: A porta não tinha fecha-dura. E foi perguntar ao artista:

— Sua porta não tem fechadura! Como sefará para abri-la?

— É assim mesmo — respondeu o pintor— Esta é a porta do coração humano. —Só se abre do lado de dentro.

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Haja o que houver eu estareisempre com você

Na Romênia, um homem dizia sempre aseu filho:

— Haja o que houver, eu sempre estarei aseu lado

Houve, nesta época um terremoto de in-tensidade muito grande, que quase alisouas construções lá existentes nesta época.

Estava nesta hora este homem em uma es-trada. Ao ver o ocorrido, correu para casae verificou que sua esposa estava bem, masseu filho nesta hora estava na escola.

Foi imediatamente para lá. E a encontroutotalmente destruída. Não restou, uma úni-ca parede de pé. . .

Tomado de uma enorme tristeza ficou aliouvindo, a voz feliz de seu filho e sua pro-messa. (não cumprida)

“Haja o que houver : eu estarei sempre aseu lado”.

Seu coração estava apertado e sua vistaapenas enxergava a destruição. A Voz deseu filho e sua promessa não cumprida, odilaceravam. Mentalmente percorreu inú-meras vezes o trajeto que fazia diariamentesegurando sua mãozinha.

O portão (que não mais existia); Cor-redor. . . . . . . . . . . . . . . . Olhava as paredes,aquele rostinho confiante: Passava pela sa-la do 3 ano, virava o corredor e o olhavaao entrar. Até que resolveu fazer em ci-ma dos escombros, o mesmo trajeto. Por-tão. . . Corredor . . . Virou a direita . . .

E parou em frente ao que deveria ser a por-

ta da sala. Nada! Apenas uma pilha de ma-terial destruído. Nem ao menos um peda-ço de alguma coisa que lembrasse a classe.Olhava. . . tudo. . . desolado. . .

E continuava a ouvir sua promessa

“Haja o que houver, eu sempre estarei comvocê”.

E ele não estava. . .

Começou a cavar com as mãos.

Nisto chegaram outros pais, que emborabem intencionados, e também desolados,tentavam afastá-lo de lá dizendo:

— Vá para casa. Não adianta, não sobrouninguém.

— Vá para casa.

Ao que ele retrucava: “Você vai me aju-dar?”

Mas ninguém o ajudava, e pouco a pou-co, todos se afastavam. Chegaram os Po-liciais, que também tentaram retirá-lo dali,pois viam que não havia chance de ter so-brado ninguém com vida. Haviam outroslocais com mais esperança.

Mas este homem não esquecia sua pro-messa ao filho, a única coisa que dizia paraas pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:

— Você vai me ajudar ?

Mas eles também o abandonavam. Chega-ram os bombeiros, e foi a mesma coisa. . .

“Saia daí, não está vendo que não pode tersobrado ninguém vivo?”

Você ainda vai por em risco a vida de pes-soas que queiram te ajudar pois continuam

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havendo explosões e incêndios.

Ele retrucava:

— Você vai me ajudar?

— Você está cego pela dor não enxergamais nada. Ou então é a raiva da desgraça.

— Você vai me ajudar?

Um a um todos se afastavam.

Ele trabalhou quase sem descanso, apenascom pequenos intervalos, mas não se afas-tava dali. 5, 10, 12, 22, 24,30 horas .

Já exausto, dizia a si mesmo que precisavasaber se seu filho estava vivo ou morto.

Até que ao afastar uma enorme pedra,sempre chamando pelo filho, ouviu:

— Pai . . . estou aqui!

Feliz fazia mais força para abrir um vãomaior e perguntou:

— Você está bem?

Estou. Mas com sede, fome e muito medo.

— Tem mais alguém com você?

— Sim, dos 36 da classe 14 estão comi-go estamos presos em um vão entre doispilares. Estamos todos bem.

Apenas conseguia se ouvir seus gritos dealegria.

— Pai, eu falei a eles: Vocês podem ficarsossegados, pois meu pai irá nos achar.

Eles não acreditavam, mas eu dizia a todahora. . .

Haja o que houver, meu pai, estará sempre

a meu lado.

— Vamos, abaixe-se e tente sair por esteburaco.

— Não! Deixe eles saírem primeiro. . . Eusei que haja o que houver Você estará meesperando!

Qualidades

Contam que na carpintaria houve uma vezuma estranha assembléia.

Foi uma reunião de ferramentas para acer-tar suas diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas osparticipantes lhe notificaram que teria querenunciar. A causa? Fazia demasiado ba-rulho; e além do mais, passava todo o tem-po golpeando. O martelo aceitou sua cul-pa, mas pediu que também fosse expulso oparafuso, dizendo que ele dava muitas vol-tas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou,mas por sua vez, pediu a expulsão da li-xa. Dizia que ela era muito áspera no tra-tamento com os demais, entrando sempreem atritos. A lixa acatou, com a condi-ção de que se expulsasse o metro que sem-pre media os outros segundo a sua medida,como se fora o único perfeito. Nesse mo-mento entrou o carpinteiro, juntou o ma-terial e iniciou o seu trabalho. Utilizou omartelo, a lixa, o metro e o parafuso. Fi-nalmente, a rústica madeira se converteunum fino móvel. Quando a carpintaria fi-cou novamente só, a assembléia reativou adiscussão.

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Foi então que o serrote tomou a palavra edisse:

“Senhores, ficou demonstrado que temosdefeitos, mas o carpinteiro trabalha comnossas qualidades, com nossos pontos va-liosos. Assim, não pensemos em nossospontos fracos, e concentremo-nos em nos-sos pontos fortes.”

A assembléia entendeu que o martelo eraforte, o parafuso unia e dava força, a lixaera especial para limar e afinar asperezas,e o metro era preciso e exato. Sentiram-seentão como uma equipe capaz de produzirmóveis de qualidade.

Sentiram alegria pela oportunidade de tra-balhar juntos. Ocorre o mesmo com os se-res humanos. Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos em ou-tra, a situação torna-se tensa e negativa;

Ao contrário, quando se busca com since-ridade os pontos fortes dos outros, flores-cem as melhores conquistas humanas. Efácil encontrar defeitos, qualquer um podefazê-lo.

Mas encontrar qualidades. . . isto é para ossábios!!!!

Pessoas são Músicas!!

Você já percebeu? Elas entram na vida dagente e deixam sinais. Como a sonorida-de do vento ao final da tarde. Como osataques de guitarras e metais presentes emcada clarão da manhã.

Olhe a pessoa que está ao seu lado e você

vai descobrir, olhando fundo, que há umamelodia brilhando no disco do olhar. Pro-cure escutar.

Pessoas foram compostas para serem ouvi-das, sentidas, interpretadas. Para tocaremnossas vidas com a mesma força do ins-tante em que foram criadas, para tocaremsuas vidas com toda essa magia de seremmúsicas.

E de poderem alçar todos os vôos, de po-derem vibrar com todas as notas, de pode-rem cumprir, afinal, todo o sentido que aelas foi dado pelo Compositor.

Pessoas são como você que tenho o prazerde conviver.

Pessoas são músicas como você que tereio prazer de continuar ouvindo.

Pessoas têm que fazer o sucesso que lhesdesejamos.

Mesmo que não estejam nas paradas.

Mesmo que não toquem no rádio,

Apenas no coração. . .

Floquinhos de Carinho

Havia uma pequena aldeia onde o dinheironão entrava. Tudo o que as pessoas com-pravam, tudo o que era cultivado e pro-duzido por cada um, era trocado. A coi-sa mais importante, a coisa mais valiosa,era o amor. Quem nada produzia, quemnão possuía coisas que pudessem ser tro-cadas por alimentos, ou utensílios, davaseu CARINHO. O CARINHO era simbo-

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lizado por um floquinho de algodão.

Muitas vezes, era normal que as pessoastrocassem floquinhos sem querer nada emtroca. As pessoas davam seu CARINHOpois sabiam que receberiam outros numoutro momento ou outro dia.

Um dia, uma mulher muito má, que viviafora da aldeia, convenceu um pequeno ga-roto a não mais dar seus floquinhos. Destaforma, ele seria a pessoa mais rica da cida-de e teria o que quisesse. Iludido pelas pa-lavras da malvada, o menino, que era umadas pessoas mais populares e queridas daaldeia, passou a juntar CARINHOS e empouquíssimo tempo sua casa estava repletade floquinhos, ficando até difícil de circu-lar dentro dela.

Daí então, quando a cidade já estava prati-camente sem floquinhos, as pessoas come-çaram a guardar o pouco CARINHO quetinham e toda a HARMONIA da cidadedesapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, aDESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO,ÓDIO, a DISCÓRDIA, as pessoas se XIN-GARAM pela primeira vez e passaramIGNORAR-SE pelas ruas.

Como era o mais querido da cidade, o ga-roto foi o primeiro a sentir-se TRISTE eSOZINHO, o que o fez procurar a velhapara perguntar-lhe e dizer-lhe se aquilo fa-zia parte da riqueza que ele acumularia.Não a encontrando mais, ele tomou umadecisão. Pegou uma grande carriola, colo-cou todos os seus floquinhos em cima e ca-minhou por toda a cidade distribuindo ale-atoriamente seu CARINHO.

A todos que dava CARINHO, apenas di-zia: Obrigado por receber meu carinho.Assim, sem medo de acabar com seus flo-quinhos, ele distribuiu até o último CARI-

NHO sem receber um só de volta. Semque tivesse tempo de sentir-se sozinho etriste novamente, alguém caminhou até elee lhe deu CARINHO. Um outro fez o mes-mo. . . Mais outro. . . e outro. . . até que defi-nitivamente a aldeia voltou ao normal.

Nunca devemos fazer as coisas pensandoem receber em troca. Mas devemos fazersempre. Lembrar que os outros existem émuito importante. Muito mais importan-te do que cobrar dos outros que se lem-brem de você, pois sentimento sincero nosé oferecido espontaneamente, e assim sa-beremos quem realmente nos ama. Aque-les que te quiserem bem se lembrarão devocê. Receber sem cobrar é mais verda-deiro. Receber CARINHO é muito bom.E o simples gesto de lembrar que alguémexiste é a forma mais simples de fazê-lo.

A Cerca

Era uma vez um menininho que tinha ummau temperamento. O pai dele deu um sa-co de pregos a ele e disse que para cada vezque o menino perdesse a calma, ele deve-ria pregar um prego na cerca.

No primeiro dia, o menino pregou 17.

Nas semanas seguintes, como ele apren-deu a controlar seu temperamento, o nú-mero de pregos pregados na cerca dimi-nuiu gradativamente. . . Ele descobriu queera mais fácil se segurar do que pregaraqueles pregos na cerca.

Finalmente o dia chegou quando o meninonão perdeu a calma mesmo. Ele então fa-lou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que

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o menino agora tirasse da cerca, um pregopor cada dia que ele não perdesse a calma.

Os dias passaram e o menininho então es-tava finalmente pronto para dizer a seu paique tinha retirado todos os pregos da cer-ca.

O pai então o pegou pela mão e foram atéa cerca. O pai disse:

“Você fez muito bem, meu filho, mas, ve-ja só os buracos que restaram na cerca. Acerca nunca mais será a mesma! Quandovocê fala algumas coisas com raiva, elasdeixam cicatrizes como esta aqui. Vocêpode enfiar a faca em alguém e retirá-la.Não importa quantas vezes você diz des-culpe, a ferida ainda está lá. Um ferimentoverbal é a mesma coisa que um ferimentofísico. Amigos são como uma jóia precio-sa mesmo. Eles te fazem sorrir e te enco-rajam a suceder. Eles te escutam, eles teelogiam, e sempre querem abrir seus cora-ções para nós.”

O que vale mais na vida

O que vale mais na vida não é o pão quemata a fome, nem a água que mata a sede,nem o abrigo que descansa o corpo. . .

Porque o pão só dá para uma jornada, aágua para uma servida e o abrigo cessa lo-go que chega a alvorada. . .

O que vale mais na vida é o calor de mãosunidas e amigas entrelaçadas dentro da al-ma, a cantar com o coração a sublime can-ção da amizade e da solidariedade huma-na.

Mensagem

Ande com tranqüilidade, no meio da agi-tação da vida, pense na paz que você podeencontrar no silêncio.

Procure viver em harmonia com todos.

Seja você mesmo.

Diga a sua verdade clara e mansamente,ouça a verdade dos outros, eles tambémtem a sua história.

Evite as pessoas agitadas e agressivas, elasafligem o nosso espírito .

Não se compare aos outros, não olhe aspessoas como superiores ou inferiores, is-so tornaria você amargo e vaidoso

Desfrute de tudo aquilo que já conseguiurealizar.

Ame o seu trabalho por mais humilde queseja, ele é um bem verdadeiro na freqüentemudança dos tempos.

Seja prudente em tudo que fizer, o mundoestá cheio de armadilhas não fique cegopara o bem que sempre existe.

Há muita gente lutando por nobres causasem toda a parte, a vida está cheia de he-roísmo .

Seja Você Mesmo .

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Sobretudo não simule afeição e não trans-forme o amor em uma brincadeira no meiode tanta aridez e desencanto, ele é perenecomo a relva.

Aceite com carinho, o conselho dos maisvelhos, e compreenda os impulsos moder-nos da juventude.

Fortaleça o espírito e fique preparado paraenfrentar as surpresas da vida.

Não se desespere com perigos imaginári-os.

Do cansaço, e da solidão, surgem muitostemores.

Ao lado de uma saudade ou disciplina,seja com você mesmo imensamente bon-doso.

Esteja sempre na paz de Deus, no meiodos seus trabalhos, e aspirações, na fati-gante jornada pela vida, conserve no maisprofundo da alma a harmonia e a paz.

Acima de todo o egoísmo, falsidade e de-silusão, o mundo ainda é bonito.

Ande com cuidado, e partilhe com os ou-tros a sua felicidade .

Faça tudo, para ser FELIZ.

Você é filho do Universo, irmão das estre-las e das árvores, você merece estar aqui, emesmo se você não pode perceber, a terrae o universo vão cumprindo o seu destino.

Anônimo

A Vitória da Vida

Pobre de ti se pensas ser vencido!Tua derrota é caso decidido.Queres vencer, mas como em ti não crês,tua descrença esmaga-te de vez.Se imaginas perder, perdido estás.Quem não confia em si, marcha para trás;a força que te impele para a frente, é a de-cisão firmada em tua mente.Muita empresa esboroa-se em fracassoainda antes do primeiro passo; muito co-varde tem capitulado antes de haver a lutacomeçado.Pensa em grande e os teus feitos cresce-rão; pensa em pequeno, e irás depressa aochão.O querer é o poder arquipotente, é a deci-são firmada em sua mente.

Fraco é quem fraco se imagina,olha ao alto o que ao alto se destina;a confiança em si mesmo é a trajetóriaque leva aos altos cimos da Vitória.Nem sempre o que mais corre a meta al-cança,nem mais longe o mais forte o disco lança;mas o que, certo de si, vai firme e em fren-te,com a decisão firmada em sua mente! ”

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O Pescador

Um homem de negócios americano, no an-coradouro de uma aldeia da costa mexica-na, observou um pequeno barco de pescaque atracava nesse momento trazendo umúnico pescador. No barco vários grandesatuns de barbatana amarela. O americanodeu parabéns ao pescador pela qualidadedos peixes e lhe perguntou quanto tempolevara para pesca-los.

— Pouco tempo respondeu o mexicano.

Em seguida, o americano perguntou porque ele não permanecia no mar mais tem-po, o que lhe teria permitido uma pescamais abundante. O mexicano respondeuque tinha o bastante para atender as neces-sidades imediatas de sua família. O ameri-cano voltou a carga:

— Mas o que e que você faz com o restode seu tempo?

O mexicano respondeu:

— Durmo até tarde, pesco um pouco, brin-co com meus filhos, tiro a sesta com mi-nha mulher, Maria, vou todas as noites aaldeia, bebo um pouco de vinho e toco vi-olão com meus amigos. Levo uma vidacheia e ocupada senhor.

O americano assumiu um ar de pouco casoe disse:

— Eu sou formado em administração emHarvard e poderia ajuda-lo. Você deve-ria passar mais tempo pescando e, com olucro, comprar um barco maior. Com arenda produzida pelo novo barco, poderia

comprar vários outros. No fim, teria umafrota de barcos pesqueiros. Em vez de ven-der pescado a um intermediário, venderiadiretamente a uma indústria processadorae, no fim, poderia ter sua própria indústria.Poderia controlar o produto, o processa-mento e a distribuição. Precisaria deixaresta pequena aldeia costeira de pescado-res e mudar-se para a Cidade do México,em seguida para Los Angeles e, finalmen-te, para Nova York, de onde dirigiria suaempresa em expansão.

— Mas senhor, quanto tempo isso levaria?— perguntou o pescador.

— Quinze ou vinte anos — respondeu oamericano.

— E depois, senhor?

— O americano riu e disse que essa seriaa melhor parte. Quando chegar a ocasiãocerta, você poderá abrir o capital de suaempresa ao publico e ficar muito rico. Ga-nharia milhões.

— Milhões, senhor? E depois?

— Depois — explicou o americano — vo-cê se aposentaria. Mudaria para uma pe-quena aldeia costeira, onde dormiria atétarde, pescaria um pouco, brincaria com osnetos, tiraria a sesta com a esposa, iria aaldeia todas as noites, onde poderia tomarvinho e tocar violão com os amigos. . .

— E como o senhor acha que vivo agora?

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O Milagre de Um Novo Dia

Hoje eu me levantei cedo pensando no quetenho para fazer antes que o relógio mar-que meia noite.

Eu tenho responsabilidades para cumprirhoje.

Eu sou importante.

É minha função escolher que tipo de diaterei hoje.

Hoje eu posso reclamar porque está cho-vendo ou posso agradecer às águas por la-varem energias pesadas.

Hoje eu posso ficar triste por não ter muitodinheiro ou posso me sentir encorajado pa-ra administrar minhas finanças sabiamen-te, mantendo-me longe de desperdícios.

Hoje eu posso reclamar sobre minha saúdeou posso dar graças a Deus por estar vivo.

Hoje eu posso me queixar dos meus paispor não terem me dado tudo que eu queriaquando estava crescendo, ou posso ser gra-to a eles por terem permitido que eu nas-cesse.

Hoje eu posso lamentar decepções comamigos ou posso observar oportunidadesde ter novas amizades.

Hoje eu posso reclamar por ter que traba-lhar ou posso vibrar de alegria por ter umtrabalho que me põe ativo.

Hoje eu posso choramingar por ter que irà escola ou abrir minha mente com entusi-asmo para novos conhecimentos.

Hoje eu posso sentir tédio com trabalhodoméstico ou posso agradecer a Deus por

ter dado-me a bênção de um teto que abri-ga meus pertences, meu corpo e minha al-ma.

Hoje eu posso olhar para o dia de onteme lamentar as coisas que não saíram comoeu planejei ou posso alegrar-me por ter odia de hoje para recomeçar.

O dia de hoje está à minha frente esperan-do para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar-lhe forma. Depende de mim como será odia de hoje diante de tudo que encontrarei.

A escolha está em minhas mãos:

Hoje eu posso enxergar minha vida vaziaou posso alegremente receber o Milagre deUm Novo Dia !

(Autor desconhecido)

Esqueça. . .

Esqueça os dias de nuvens escuras. . .Mas lembre-se das horas passadas ao sol .

Esqueça as vezes em que você foi derrota-do. . .Mas lembre-se das suas conquistas e vitó-rias.

Esqueça os erros que já não podem sercorrigidos. . .Mas lembre-se das lições que você apren-deu.

Esqueça as infelicidades que você enfren-

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tou. . .Mas lembre-se de quando a felicidade vol-tou.

Esqueça os dias solitários que você atra-vessou. . .Mas lembre-se dos sorrisos amáveis queencontrou. . .

Esqueça os planos que não deram certo. . .Mas lembre-seSEMPRE TENHA UM SONHO. . .

De coração

O estacionamento estava deserto quandome sentei para ler embaixo dos longos ra-mos de um velho carvalho. Desiludido davida, com boas razões para chorar, pois omundo estava tentando me afundar. E senão fosse razão suficiente para arruinar odia, um garoto ofegante se chegou, cansa-do de brincar. Ele parou na minha frente,cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

— Veja o que encontrei.

Na sua mão uma flor, e que visão lamen-tável, pétalas caídas, pouca água ou luz.Querendo me ver livre do garoto com suaflor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas aoinvés de recuar ele se sentou ao meu lado,levou a flor ao nariz e declarou com estra-nha surpresa:

— O cheiro é ótimo, e é bonita também. . . .Por isso a peguei; ei-la, é sua. A flor à mi-nha frente estava morta ou morrendo, na-

da de cores vibrante como laranja, amareloou vermelho, mas eu sabia que tinha quepegá-la, ou ele jamais sairia de lá. Entãome estendi para pegá-la e respondi:

— O que eu precisava. Mas, ao invés decolocá-la na minha mão, ele a segurou noar sem qualquer razão. Nessa hora notei,pela primeira vez, que o garoto era cego,que não podia ver o que tinha nas mãos.Ouvi minha voz sumir, lágrimas desponta-ram ao sol enquanto lhe agradecia por es-colher a melhor flor daquele jardim.

— “De nada”. ele sorriu. E então voltoua brincar sem perceber o impacto que teveem meu dia.

Me sentei e pus-me a pensar como ele con-seguiu enxergar um homem auto-piedososob um velho carvalho. Como ele sabiado meu sofrimento auto-indulgente? Tal-vez no seu coração ele tenha sido abenço-ado com a verdadeira visão. Através dosolhos de uma criança cega, finalmente en-tendi que o problema não era o mundo, esim EU. E por todos os momentos em queeu mesmo fui cego, agradeci por ver a be-leza da vida e apreciei cada segundo queé só meu. E então levei aquela feia florao meu nariz e senti a fragrância de umabela rosa, e sorri enquanto via aquele ga-roto, com outra flor em suas mãos, prestesa mudar a vida de um insuspeito senhor deidade.

Aprendendo uma lição

O pequeno Zeca entra em casa, após a au-la, batendo forte seus pés no assoalho dacasa.

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Seu pai, que estava indo para o quintal fa-zer alguns serviços na horta, ao ver aquilochama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanhadesconfiado.

Antes que seu pai dissesse alguma coisa,fala irritado: “Pai, estou com muita raiva”.

O Juca não deveria ter feito aquilo comi-go. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai,um homem simples mas cheio de sabedo-ria, escuta calmamente filho, que continuaa reclamar:

“Ele me humilhou na frente dos meus ami-gos. Não aceito. Gostaria que ele ficassedoente e não pudesse ir a escola”.

O pai escuta tudo calado enquanto cami-nha até um abrigo onde guardava um sacocheio de carvão. Levou o saco até o fun-do do quintal e o menino o acompanhou,calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmoque ele pudesse fazer uma pergunta, o pailhe propôs algo:

Filho, faz de conta que aquela camisabranquinha que está secando no varal é oseu amiguinho Juca, e que cada pedaço decarvão é um mau pensamento seu, endere-çado a ele.

Quero que você jogue todo o carvão do sa-co na camisa, até o último pedaço.

Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeiradivertida e pôs mãos a obra.

O varal com a camisa estava longe do me-nino e poucos pedaços acertaram o alvo.

Uma hora se passou e o menino terminoua tarefa.

O pai, que espiava tudo de longe, se apro-xima do menino e pergunta:

— Filho, como está se sentindo agora?

— Estou cansado, mas estou alegre porqueacertei muitos pedaços de carvão na cami-sa.

O pai olha para o menino, que fica sem en-tender a razão daquela brincadeira, e cari-nhoso lhe fala: Venha comigo até o quarto,quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e écolocado na frente de um grande espelhoonde pode ver seu corpo todo.

Que susto! Só se conseguia enxergar osseus dentes e os olhinhos.

O pai então lhe diz ternamente: Filho, vo-cê viu que a camisa quase não se sujou;mas olhe só para você.

O mau que desejamos aos outros é como oque lhe aconteceu.

Por mais que possamos atrapalhar a vi-da de alguém com nossos pensamentos, aborra, os resíduos, a fuligem ficam sempreem nós mesmos.

Cada pessoa que passa em nossa vida éúnica. Sempre deixa um pouco de si e levaum pouco de nós. . .

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Vale a Pena Ter Tempo ParaTudo

Hoje, ao atender o telefone que insistente-mente exigia atenção, o meu mundo desa-bou. Entre soluços e lamentos, a voz dooutro lado da linha me informava que omeu melhor amigo, meu companheiro dejornada, meu ombro camarada, havia so-frido um grave acidente, vindo a falecerquase que instantaneamente.

Lembro de ter desligado o telefone, e ca-minhado a passos lentos para meu quarto,meu refúgio particular. As imagens de mi-nha juventude vieram quase que instanta-neamente a mente. A faculdade, as con-versas em volta da lareira até altas horasda noite, os amores não correspondidos,as confidencias ao pé do ouvido, as colas,a cumplicidade, os sorrisos. Ah, os sorri-sos. . . . como eram fáceis de surgir naquelaépoca.

Lembrei da formatura, de um novo hori-zonte surgindo, das lágrimas e despedidas,e principalmente, das promessas de novosencontros.

Lembro perfeitamente de cada feição domelhor amigo que já tive em toda a vi-da: em seus olhos a promessa de que eununca seria esquecido. E realmente, nun-ca fui. Perdi a conta das vezes em queele carinhosamente me ligava quando euestava no fundo do poço. Ou das mensa-gens, que nunca respondi, que ele constan-temente me enviava, enchendo minha cai-xa postal eletrônica de esperanças e pro-messas de um futuro melhor.

Lembro que foi o seu rosto preocupadoque vi quando acordei de minha cirurgiapara retirada do apêndice. Lembro que foi

em seu ombro que chorei a perda de meuamado pai. Foi em seu ouvido que derra-mei as lamentações do noivado desfeito.

Apesar do esforço para vasculhar minhamente, não consegui me lembrar de umasó vez em que tenha pegado o telefone pa-ra ligar e dizer a ele o quanto era impor-tante para mim contar com a sua amiza-de. Afinal, eu era um homem muito ocu-pado. Eu não tinha tempo. Não lembro deuma só vez em que me preocupei de pro-curar um texto edificante e enviar para ele,ou qualquer outro amigo, com o intuito detornar o seu dia melhor. Eu não tinha tem-po. Não lembro de ter feito qualquer tipode surpresa, como aparecer de repente comuma pizza e um coração aberto disposto aouvir. Eu não tinha tempo. Não lembro dequalquer dia em que eu estivesse dispostoa ouvir os seus problemas. Acho que eununca sequer imaginei que ele tinha pro-blemas. Eu não tinha tempo.

Só agora vejo com clareza o meu egoís-mo. Talvez — e este talvez vai me acom-panhar eternamente — se eu tivesse saindode meu pedestal egocêntrico e prestado umpouco de atenção e despendido um pou-quinho do meu sagrado tempo, meu gran-de amigo não teria bebido até não agüen-tar mais e não teria jogado sua vida foraao perder o controle de um carro que comcerteza, não tinha a mínima condição dedirigir.

Talvez, ele, que sempre inundou o meumundo com sua iluminada presença, esti-vesse se sentindo sozinho. Até mesmo asmensagens engraçadas que ele constante-mente deixava em minha secretária eletrô-nica, poderiam ser seu jeito de pedir ajuda.Aquelas mesmas mensagens que simples-mente apaguei da secretária, jamais se apa-

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garão da minha consciência. Estas indaga-ções que inundam agora o meu ser nuncamais terão resposta. A minha falta de tem-po me impediu de responde-las gora, len-tamente escolho uma roupa preta, digna domeu estado de espírito e pego o telefone.

Aviso o meu chefe de que não irei traba-lhar hoje, e quem sabe nem amanhã, nemdepois, pois irei tirar o dia para homenage-ar com meu pranto a uma das pessoas quemais amei nesta vida. Ao desligar o tele-fone, com surpresa eu vejo, entre lágrimase remorsos, de que para isto, para acom-panhar durante um dia inteiro o seu corposem vida, eu TIVE TEMPO!

Já faz muitos anos que escrevi este desa-bafo no diário de minha vida. Em partepara aliviar a dor que açoitava minha al-ma. Hoje estou casado, tenho dois filhose todo o tempo do mundo. Descobri quese você não toma as rédeas da sua vidao tempo o engole e escraviza. Trabalhocom o mesmo afinco de sempre, mas so-mente sou “o profissional” durante o ex-pediente normal. Fora dele, sou um serhumano. Nunca mais uma mensagem naminha secretária ficou sem pelo menos um“oi” de retorno. Procuro constantementeencher a caixa eletrônica dos meus amigoscom mensagens de amizade e dias melho-res. Escrevo cartões de aniversário e deNatal, sempre lembrando as pessoas de co-mo elas são importantes para mim.

Abraço constantemente meus irmãos e mi-nha família, pois os laços que nos unemsão eternos. Acompanhei cada dentinhoque nasceu na boquinha de meus filhos, oprimeiro passo, o primeiro sorriso, a pri-meira palavra. São momentos inesquecí-veis.

Procuro sempre “fugir” com minha esposae voltar aos tempos em que éramos namo-rados e prometíamos desbravar o mundo.

Esses momentos costumam desaparecercom o tempo, e todo o cuidado é pouco.É preciso cultivar o relacionamento comouma frágil flor que requer cuidados cons-tantes, mas que te brinda com sua belezainenarrável. Nunca mais deixei um ami-go sem uma palavra de conforto; ou uminimigo sem uma oração. Distribuo sor-risos e abraços a todos que me rodeiam,afinal, para que guarda-los? Pelo menosuma vez ao mês, levo minha família para apraia. Carrego a certeza de que sempre te-rei tempo para o amor e suas formas maisvariadas.

E sabe de uma coisa? Eu sou muito, muitomais feliz!

(Autor Desconhecido)

O Bom da Vida

Se o dia acabou, se os pássaros cessaramde cantar.

Se o vento passou, cobre-nos com o den-so véu da escuridão, assim como envolvesa terra num manto de sonhos, fechando ahora do crepúsculo, ternamente, as pétalasdas flores. E de todas as vergonhas e mi-sérias, livra o viandante extenuado de for-ças, com a sacola vazia, antes do fim daviagem. Na sombra da tua noite benéfica,renova-lhe então a vida, como uma flor.

É maravilhoso, Senhor, ter braços perfei-tos, quando há muitos mutilados, meus

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olhos perfeitos, quando tantos não há luz,minha voz que canta, quando outras emu-deceram, minhas mãos que trabalham,quando tantas mendigam.

É maravilhoso voltar à casa, quando tantosnão tem casa pra voltar, é bom sorrir, amar,sonhar, viver, quando há tantos que cho-ram, odeiam, revolvem pesadelos, e mor-rem antes de viver.

É maravilhoso ter um Deus pra crer, quan-do tantos não possuem o lenitivo de umacrença. É maravilhoso, Senhor.

É maravilhoso sobre tudo, ter tão pouco apedir e tanto para agradecer.

A Águia e o Pardal

O sol anunciava o final de mais um dia elá, entre as árvores, estava Andala, um par-dal que não se cansava de observar Yan,a grande águia. Seu vôo preciso, perfei-to, enchia seus olhos de admiração. Sentiavontade em voar como a águia, mas nãosabia como o fazer. Sentia vontade em serforte como a águia, mas não conseguia as-sim ser. Todavia, não cansava de segui-lapor entre as árvores só para vislumbrar ta-manha beleza. . .

Um dia estava a voar por entre a mata a ob-servar o vôo de Yan, e de repente a águiasumiu da sua visão. Voou mais rápido parareencontrá-la, mas a águia havia desapare-cido. Foi quando levou um enorme sus-to: deparou de uma forma muito repentinacom a grande águia a sua frente. Tentouconter o seu vôo, mas foi impossível, aca-bou batendo de frente com o belo pássaro.

Caiu desnorteado no chão e quando vol-tou a si, pode ver aquele pássaro imensobem ao seu lado observando-o. Sentiu umcalafrio no peito, suas asas ficaram arrepi-adas e pôs-se em posição de luta. A águiaem sua quietude apenas o olhava calma emansamente, e com uma expressão séria,perguntou-lhe:

— Por que estás a me vigiar, Andala?

— Quero ser uma águia como tu, Yan.Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asassão curtas e vislumbro pouco por não con-seguir ultrapassar meus limites.

— E como te sentes amigo sem poderdesfrutar, usufruir de tudo aquilo que es-tá além do que podes alcançar com tuaspequenas asas?

— Sinto tristeza. Uma profunda tristeza.A vontade é muito grande de realizar es-te sonho. . . — O pardal suspirou olhandopara o chão. . . E disse:

— Todos os dias acordo muito cedo paravê-la voar e caçar. És tão única, tão bela.Passo o dia a observar-te.

— E não voas? Ficas o tempo inteiro a meobservar? Indagou Yan.

— Sim. A grande verdade é que gostariade voar como tu voas. . . Mas as tuas altu-ras são demasiadas para mim e creio nãoter forças para suportar os mesmos ven-tos que, com graça e experiência, tu cortasharmoniosamente. . .

— Andala, bem sabes que a natureza decada um de nós é diferente, e isto não querdizer que nunca poderás voar como umaáguia. Sê firme em teu propósito e deixaque a águia que vive em ti possa dar ru-

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mos diferentes aos teus instintos. Se abri-res apenas uma fresta para que esta águiaque está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão altocomo eu. Acredita! — E assim, a águiapreparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que aouvia atentamente:

— Andala, apenas mais uma coisa: Nãopoderás voar como uma águia, se não trei-nares incansavelmente por todos os dias.O treino é o que dá conhecimento, for-talecimento e compreensão para que pos-sas dar realidade aos teus sonhos. Se nãopões em prática a tua vontade, teu sonhosempre será apenas um sonho. Esta rea-lidade é apenas para aqueles que não te-mem quebrar limites, crenças, conhecen-do o que deve ser realmente conhecido. Épara aqueles que acreditam serem livres, equando trazes a liberdade em teu coraçãopoderás adquirir as formas que desejares,pois já não estarás apegado a nenhuma de-las, serás livre! Um pardal poderá, sem-pre, transformar-se numa águia, se esta forsua vontade. Confia em ti e voa, entregatuas asas aos ventos e aprende o equilíbriocom eles. Tudo é possível para aqueles quecompreenderam que são seres livres, bas-ta apenas acreditar, basta apenas confiar natua capacidade em aprender e ser feliz comtua escolha!

O Conflito

O conflito é a conseqüência de desejaralguma coisa do seu jeito e não conseguir.

O caminho seguro para alcançar a paz de

espíritoé se preocupar apenas com dar alegria,sem expectativas, e deixar o apego de lado.

Ninguém, além de você mesmo,pode lhe dar nada,nem conselhos ou bens materiais que pos-sam trazer como resultadoa paz duraroura ou a satisfação.A paz do espírito vem do ponto de vista,como você vê o que faz e o que acontecena sua vida.

Só você pode escolher entre ver a vidacom separação hostil ou uma unidadetranqüila.Os metafísicos acreditam que a pazé a chave para o reino de Deus interior.

A partir de agora, durante todo o seu dia,pare e lembre-se de experimentar a paz.Respire profundo e tire alguns momentospara relaxar e se sentir tranquilo.

Pergunte-se:“O que está faltando nesse momento?”Quanto mais você fizer isso,mais calmo se tornará .Olhe para os acontecimentos de sua vidaque criam agitaçãoe pense como pode parar de julgar e acu-sar.

Abandone as expectativas de aprovação oucontrole.Aceite o que é e desligue-se da negativi-dade,deixando-a fluir através de você sem afetá-lo.

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Dick Sutphen

A Batalha em Busca de Poder

Competitividade é a marca da sociedadeatual. Num mundo globalizado, dinhei-ro e reconhecimento estimulam cada vezmais a obsessão das pessoas. Pressiona-dos por uma cultura superficial e materia-lista, rendemo-nos ao consumo exageradoque nos promete uma falsa e ilusória fe-licidade. Não percebemos, mas gastamosboa parte do nosso dinheiro em produtossupérfluos. Trabalhamos demais para sus-tentar um estilo de vida desnecessário. Odesperdício é um dos subprodutos da se-dução ao consumo.

Nunca a humanidade foi capaz de fabri-car tantos produtos para o nosso confor-to. Mas nunca as pessoas estiveram tãoperdidas sobre o que fazer com este con-forto. Ao invés de usufruirmos dos bensmateriais, somos seus escravos. Ao invésde utilizarmos os recursos disponíveis pa-ra uma vida melhor, nos desgastamos pa-ra acumular tais recursos. É a armadilhada vida urbana: quanto mais compramos,mais desejamos, embora quanto mais ob-temos, menos nos satisfazemos.

A compulsão é tão automática que metasmateriais passam a ser mais importantesque metas pessoais. Trocamos o ser pe-lo ter, qualidade de vida por quantidade debens. E, nesta ânsia de ganhar ainda mais,tornamos as pessoas nossos adversários. Éa disputa entre quem terá mais, quem serámais capaz. É a batalha em busca de po-der. Não quero dizer que competir não sejaimportante. Competir faz parte da vida. É

uma forma de superar limites, desenvolveros próprios potenciais.

Competir é uma maneira de aprender a en-frentar desafios, um incentivo para o auto-crescimento. Mas, inadvertidamente, nosdistanciamos do que realmente queremos.Ao invés de competir como forma de de-senvolvimento, as pessoas se tornam ri-vais. Ao invés de realizarem o melhorde si, desejam ser as melhores. Ao invésde superarem seus limites, enfatizam suaspróprias qualidades. Não buscam um re-sultado em comum, tornam-se demasiada-mente egoístas. Num ciclo infinito rumoao sucesso e reconhecimento, fecham-separa os próprios princípios, isolam-se emum ambiente frio e hostil.

Na verdade, a batalha que realmente vale apena é o próprio desenvolvimento pessoal.O verdadeiro compromisso é com a cons-trução de uma vida coerente com aquiloque somos. A competição é interna. Odesafio está na superação dos próprios li-mites. É claro que as conquistas materi-ais também têm a sua importância. Sãoinstrumentos modernos que facilitam nos-sas vidas e por isso devem ser valorizados.Mas não podemos ser seus escravos, nosseduzindo pelas nossas próprias criações.Afinal, competir apenas para consumir éuma forma egoísta de existir. Nosso mé-rito pessoal não pode ser medido apenaspelos aplausos de uma platéia. Ninguémnasce apenas para se exibir. Conforto ebem-estar material só trazem felicidade eprazer de verdade quando estamos em paze serenos com nossa própria consciência.

Moacir Castellani

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O Granjeiro

Um granjeiro pediu certa vez a um sábio,que o ajudasse a melhorar sua granja, quetinha baixo rendimento. O sábio escreveualgo em um pedaço de papel e colocou emuma caixa, que fechou e entregou ao gran-jeiro, dizendo

Leva esta caixa por todos os lados da suagranja, três vezes ao dia, durante um ano.

Assim fez o granjeiro. Pela manhã, aoir ao campo segurando a caixa, encontrouum empregado dormindo, quando deveriaestar trabalhando.

Acordou-o e chamou sua atenção. Aomeio dia, quando foi ao estábulo, encon-trou o gado sujo e os cavalos sem alimen-tar. E a noite, indo a cozinha com a cai-xa, deu-se conta de que o cozinheiro esta-va desperdiçando os gêneros.

A partir dai, todos os dias ao percorrer suagranja, de um lado para o outro, com seuamuleto, encontrava coisas que deveriamser corrigidas.

Ao final do ano, voltou a encontrar o sá-bio e lhe disse : “Deixa esta caixa comigopor mais um ano; minha granja melhorouo rendimento desde que estou com o amu-leto.”

O sábio riu e, abrindo a caixa, disse :

— Podes ter este amuleto pelo resto da suavida.

No papel havia escrito a seguinte frase :

Se queres que as coisas melhorem devesacompanha-las constantemente.

No seu tempo, no seu momen-to

Não apresses a chuva, ela tem seu tempode cair e saciar a sede da terra;Não apresses o pôr do sol, ele tem seutempo de anunciar o anoitecer até seu últi-mo raio de luz;Não apresses tua alegria, ela tem seu tem-po para aprender com a tua tristeza;Não apresses teu silêncio, ele tem seu tem-po de paz após o barulho cessar;Não apresses teu amor, ele tem seu tempode semear mesmo nos solos mais áridosdo teu coração;Não apresses tua raiva, ela tem seu tem-po para diluir-se nas águas mansas da tuaconsciência;Não apresses o outro, pois ele tem seutempo para florescer aos olhos do Criador;Não apresses a ti mesmo, pois precisas detempo para sentir tua própria evolução.

Um tempo para ser

Quando viu o relógio, saiu apressado. Maldaria para um café. . .

Seu dia longo e cansativo. . .

Pegou seu carro, celular no bolso, gravatana mão e o portão, onde está o controle doportão?

A manhã linda o recebia em suas ruas, emseus jardins. . .

Mas, ele só pensava nas reuniões, depois

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pegar as crianças. . .

No certo vão querer comer no Mac Do-nald´s.

Talvez seja melhor deixar para amanhã oterno na lavanderia. . .

Que trânsito, Meu Deus!

Um engarrafamento quilométrico e ele ali,feito leão na jaula, prestes a arrancar suajuba com seus próprios dentes.

E sabia, não dava para fugir do trânsito, te-ria que esperar.

Não conseguia aceitar. . .

Quando, ao seu lado, um menino na rua,a dançar por entre os carros, oferecia suasbalinhas e seus versinhos:

Uma balinha adoçará o seu dia, duas, ado-çarão muito mais! E, pela primeira vez nodia, ele se viu a sorrir para aquela crian-ça. Ficou observando como se movia gra-ciosamente por entre tantos carros, tantaspessoas mal humoradas.

E nada parecia lhe tirar aquele riso gosto-so. Ficou olhando a criança. . . E aos pou-cos pôs-se a relembrar sua infância. . . Arua cheia de árvores, a cachoeira de águascristalinas, os brigadeiros roubados da me-sa da vovó, as brincadeiras ao anoitecer,seu jantar, seu cachorro. . . Fechou os olhose percorreu toda sua vida, sua correria, su-as dores, suas alegrias. . . Que vontade deparar. . .

E, foi o que fez! Estacionou seu carro, ti-rou seus sapatos e caminhou pela gramamorna e suave do parque. Sentiu a fres-cura do dia pairando em seu ser, agoramais renovado. . . Que dia lindo! Que céu

azul! Respirou fundo, sentia-se feliz, rela-xado. . .

Por momentos lembrou-se de si mesmo,dos seus olhos, da sua paz tão esqueci-da por entre a sua correria. . . E percebeucomo era precioso para si mesmo. . . E ha-via esquecido isso. . . Como era bom ter ummomento apenas para ser, existir. . . Tinhatanto para sentir, tanto para aprender. Po-deria ser este um bom começo. . . percorrerseus dias com mais suavidade e atenção.Percebeu que aprendia com aquilo que sepermitia viver, e agora, tentaria viver me-lhor, para aprender o melhor. Pegou seucarro, engatou a primeira e foi para maisum dia de trabalho e que dia. . . Que dia lin-do!

O rio e o mar

Sobre as pedras brancas e lapidadas elepercorria. Percorria só, atento às ondula-ções em suas margens. Observando dia enoite a mata que o protegia.

Sabia estar indo para algum lugar, mas nãopodia prever aonde daria seu curso. Porvezes sentia-se só e alegrava-se quando osanimais vinham nele beber.

Dia e noite suas águas percorriam e dese-java saber o porque da sua natureza assimser. Queria parar um pouco e desfrutar dasmesmas coisas que todos desfrutavam namata.

Um dia ao entardecer entristeceu-se e sepôs a chorar. Sentia muita solidão. . . Suaslágrimas inundaram a mata, causando pâ-nico aos que nela viviam:

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— Rio, por que choras? Tua tristeza dese-quilibra a natureza na qual vivemos!

— Choro por sentir-me só. Enquanto to-dos possuem companhia, eu percorro so-zinho, sem ninguém para falar, ninguémpara brincar. E sinto medo, pois não seipara onde estou indo. . .

Todos na mata silenciaram diante da tris-teza do rio. Também não sabiam aonde eleiria chegar. Não podiam ajudá-lo.

E assim. Todos ficaram parados, vendoo rio passar. . . Sua tristeza era profundae não havia meios de ajudá-lo. . . A chuvasurgiu inesperadamente de dentro da matae vendo a tristeza do rio, perguntou:

— O que lhe tira a paz, meu caro amigo?

— Não entendo minha natureza e sinto-memuito sozinho a percorrer por tantos cami-nhos que nunca chegam a lugar algum.

A chuva vendo o desespero do rio, afagou-o gentilmente com suas águas límpidas.

— Se choras por estares só é porque ain-da não descobriste tua real natureza. Na-da neste mundo está só, excluído do to-do. Aceita tua natureza e percorre felizem teu curso. És tão necessário quanto amata e tudo que nela vive. És tão neces-sário quanto o sol e tudo que na sua luzé banhado. Teu destino não está longe equando o encontrares saberás que tudo temuma razão de ser. Aceita a orientação quevem de dentro, ela sabe o percurso e sabepara onde estás indo. Confia e tua con-fiança conduzir-te-á para tua alegria, pa-ra teu descanso, para teu reencontro coma tua verdadeira natureza. Quando chega-res neste lugar estarás em paz, pois viveráscom os teus iguais. O rio recebeu a chuva

com contentamento e tratou de seguir seucurso, confiante no que a chuva lhe falara.

Adiante, uma surpresa, percebeu que es-tava saindo da verde mata, caindo lenta-mente sobre um mar azul. . . Infinitamenteazul. . .

A outra janela

A menina debruçada na janela trazia nosolhos grossas lágrimas e o peito oprimidopelo sentimento de dor causado pela mortede seu cão de estimação. Com pesar obser-vava atenta ao jardineiro a enterrar o corpodo amigo de tantas brincadeiras. A cadapá de terra jogada sobre o animal, sentiacomo se sua felicidade estivesse sendo so-terrada também.

O avô que observava a neta, aproximou-sea envolveu em um abraço e falou-lhe comserenidade:

Triste a cena, não é verdade?

A netinha ficou ainda mais triste e as lá-grimas rolaram em abundância. No entan-to, o avô que desejava conforta-la chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-lhe pela mão e a conduziu para uma jane-la opostamente localizada na ampla sala.Abriu as cortinas e permitiu-a que visse ojardim florido a sua frente e lhe perguntoucarinhosamente:

Está vendo aquele pé de rosas amarelasbem ali a frente? Lembra que você meajudou a planta-lo? Foi em um dia de solcomo hoje que nós dois o plantamos. Eraapenas um pequeno galho cheio de espi-

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nhos e hoje veja como está lindo, carre-gado de flores perfumadas e botões comopromessa de novas rosas.

A menina enxugou as lágrimas que aindateimavam em permanecer em suas faces eabriu um largo sorriso mostrando as abe-lhas que pousavam sobre as flores e as bor-boletas que faziam festa entre umas e ou-tras das tantas rosas de variados matizesque enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito pôr te-la ajudado a supe-rar o momento de dor falou-lhe com afeto:

Veja, minha filha. A vida nos oferece sem-pre várias janelas. Quando a paisagem deuma delas nos causa tristeza sem que pos-samos alterar o quadro, voltamo-nos pa-ra outra e certamente nos deparamos comuma paisagem diferente.

Tantos são os momentos de nossa existên-cia, tantas as oportunidades de aprendiza-do que nos visitam no dia-a-dia que nãovale a pena sofrer diante de quadros quenão podemos alterar. São experiências va-liosas da vida, das quais devemos tirar li-ções oportunas sem nos deixar tragar pelodesespero e revolta que só infelicitam e de-notam a falta de confiança em Deus.

A nossa visão do mundo é muito limitada.Mas Deus tem sempre objetivos nobres euma proposta de felicidade para nos aguar-dar após cada dificuldade superada.

Se hoje você está a observar um quadro de-solador, lembre-se de que existem tantasoutras janelas, com paisagens repletas depromessas de melhores dias. Não se per-mita contemplar a janela da dor. Aproveitea lição e siga em frente com ânimo e dis-posição.

Agindo assim, o gosto amargo do sofri-mento logo cede lugar ao sabor agradávelde viver e saber que Deus nos ampara emtodos os momentos da nossa vida.

Desconhecido

Amor sem guia

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jor-nais. Gosta dos filmes do Woody Allen, doHal Hartley e do Tarantino, mas sabe queuma boa comédia romântica também temo seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacu-dido num comercial de xampu e seu cor-po tem todas as curvas no lugar. Indepen-dente, emprego fixo, bom saldo no banco.Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettuccine ao pestoé imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé deninguém e adora sexo. Com um currí-culo desses, criatura, por que diabo estásem namorado? Ah, o amor, essa raposa.Quem dera o amor não fosse um sentimen-to, mas uma equação matemática: eu lin-da + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim. Ninguém ama outrapessoa pelas qualidades que ela tem, casocontrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentesbatendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, nãoobedece a razão. O verdadeiro amor acon-tece por empatia, por magnetismo, porconjunção estelar. Costuma ser desperta-do mais pelas flechas do Cupido do que

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por uma ficha limpa. Você ama aquele ca-fajeste. Ele diz que vai ligar e não liga,ele veste o primeiro trapo que encontra noarmário, ele adora o Planet Hemp, que vo-cê não suporta. Ele não emplaca uma se-mana nos empregos, está sempre duro e émeio galinha. Ele não tem a menor voca-ção para príncipe encantado, mas você nãoconsegue despachá-lo. Quando a mão deletoca na sua nuca, você derrete feito man-teiga. Por que você ama esse cara? Nãopergunte pra mim.

Você ama aquela petulante. Você escreveudúzias de cartas que ela não respondeu, vo-cê deu flores que ela deixou murchar, vocêlevou-a para conhecer sua mãe e ela foi deblusa transparente. Você gosta de rock eela de MPB, você gosta de praia e ela temalergia a sol, você abomina o Natal e eladetesta o Ano-Novo, nem no ódio vocêscombinam. Então? Então que ela tem umjeito de sorrir que o deixa imobilizado, obeijo dela é mais viciante que LSD, vocêadora brigar com ela e ela adora implicarcom você.

Isso tem nome. Ninguém ama outra pes-soa porque ela é educada, veste-se beme é fã do Caetano. Isso são referências,só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pe-la paz que o outro lhe dá, ou pelo tormentoque provoca. Ama-se pelo tom de voz, pe-la maneira que os olhos piscam, pela fragi-lidade que se revela quando menos se es-pera. Amar não requer conhecimento pré-vio nem consulta ao SPC. Ama-se justa-mente pelo que o amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosostem as pencas, bons motoristas e bons paisde família, tá assim, ó. Mas só o seu amorconsegue ser do jeito que ele é.

Desconhecido

Pensamento Positivo

Todo pensamento positivo é um caminhoaberto para melhores condições de vida.

De hora em hora, minha vida melhora. . .

Dia a dia estou melhorando. . .

Estou prosperando em todos os senti-dos. . .

Sou hoje, melhor que ontem, serei amanhãmelhor que hoje. . .

Vivo com entusiasmo e confiança, buscan-do sempre um futuro melhor e mais riso-nho. . .

As células do meu organismo se reno-vam através de pensamentos de harmonia,amor, saúde, sucesso. . .

Colho no presente, o que plantei no pas-sado, colherei no futuro, o que plantar nopresente. . .

Sou responsável pelos meus atos. . .

Sou otimista, sou alegre, sou jovial. . .

Sou paciente, sou tolerante, sou jovial. . .

Adoro a vida. . . acho o mundo maravilho-so. . .

Cumpro meus deveres com prazer e ale-gria. . .

Ganho honestamente meu pão de cadadia. . .

Resolvo meus problemas com calma e se-renidade. . .

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Sou feliz. . . Nasci para mar e servir. . .

Faço o bem sem olhar a quem. . .

Minha norma de conduta se baseia no res-peito mútuo. . .

Amo a Deus sobre todas as coisas e ao pró-ximo como a mim mesmo. . .

Passamos a vida em busca dafelicidade.

Procurando o tesouro escondido.Corremos de um lado para o outro espe-rando descobrir a chave da felicidade.Esperamos que tudo que nos preocupa seresolva num passe de mágica.E achamos que a vida seria tão diferente,se pelo menos fôssemos felizes.E, assim, uns fogem de casa para serem fe-lizes e outros fogem para casa para seremfelizes.

Uns se casam para serem felizes e outrosse divorciam para serem felizes.Uns fazem viagens caríssimas para seremfelizes e outros trabalham além do normalpara serem felizes.

Uma busca infinda.Anos desperdiçados.

Nunca a lua está ao alcance da mão, nuncao fruto está maduro, nunca o vinho está noponto.

Sombras, lágrimas. Nunca estamos satis-feitos.Mas, há uma forma melhor de viver!A partir do momento em que decidimos

ser felizes, nossa busca da felicidade che-gou ao fim.É que percebemos que a felicidade nãoestá na riqueza material, na casa nova, nocarro novo, naquela carreira, naquela pes-soa.E jamais está à venda.Quando não conseguimos achar satisfaçãodentro de nós para ter alegria, estamos fa-dados à decepção.

A felicidade não tem nada a ver com con-seguir.Consiste em satisfazer-nos com o que te-mos e com o que não temos.Poucas coisas são necessárias para fazerfeliz o homem sábio, ao mesmo tempo emque nenhuma fortuna satisfaria a um in-conformado.As necessidades de cada um de nós sãopoucas.Enquanto nós tivermos alguma coisa afazer, alguém a amar, alguma coisa a es-perar, seremos felizes.

Saiba: A única fonte de felicidade estádentro de você, e deve ser repartida.

Repartir suas alegrias é como espalhar per-fumes sobre os outros: sempre algumasgotas acabam caindo sobre você mesmo.

Jóias devolvidas

Narra antiga lenda árabe, que um rabi, reli-gioso dedicado, vivia muito feliz com suafamília. Esposa admirável e dois filhosqueridos. Certa vez, por imperativos dareligião, o rabi empreendeu longa viagem

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ausentando-se do lar por vários dias.

No período em que estava ausente, um gra-ve acidente provocou a morte dos dois fi-lhos amados.

A mãezinha sentiu o coração dilacerado dedor. No entanto, por ser uma mulher for-te, sustentada pela fé e pela confiança emDeus, suportou o choque com bravura.

Todavia, uma preocupação lhe vinha àmente: como dar ao esposo a triste notí-cia?

Sabendo-o portador de insuficiência car-díaca, temia que não suportasse tamanhacomoção. Lembrou-se de fazer uma pre-ce. Rogou a Deus auxílio para resolver adifícil questão.

Alguns dias depois, num final de tarde, orabi retornou ao lar. Abraçou longamen-te a esposa e perguntou pelos filhos. . . Elapediu para que não se preocupasse. Quetomasse o seu banho, e logo depois ela lhefalaria dos moços.

Alguns minutos depois estavam ambossentados à mesa. Ela lhe perguntou so-bre a viagem, e logo ele perguntou nova-mente pelos filhos. A esposa, numa ati-tude um tanto embaraçada, respondeu aomarido: deixe os filhos. Primeiro queroque me ajude a resolver um problema queconsidero grave.

O marido, já um pouco preocupado per-guntou: “O que aconteceu? Notei vocêabatida! Fale! Resolveremos juntos, coma ajuda de Deus”.

“Enquanto você esteve ausente, um ami-go nosso visitou-me e deixou duas jóiasde valor incalculável, para que as guardas-

se. São jóias muito preciosas! Jamais vialgo tão belo! O problema é esse! Elevem buscá-las e eu não estou disposta adevolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. Oque você me diz?”

“Ora mulher! Não estou entendendo o seucomportamento! Você nunca cultivou vai-dades!. . . Por que isso agora?”

“É que nunca havia visto jóias assim! Sãomaravilhosas!”

“Podem até ser, mas não lhe pertencem!Terá que devolvê-las.”

“Mas eu não consigo aceitar a idéia deperdê-las!”

E o rabi respondeu com firmeza: “nin-guém perde o que não possui. Retê-lasequivaleria a roubo!”

“Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Fare-mos isso juntos, hoje mesmo”.

“Pois bem, meu querido, seja feita a suavontade. O tesouro será devolvido. Naverdade isso já foi feito. As jóias preci-osas eram nossos filhos. Deus os confiou ànossa guarda, e durante a sua viagem veiobuscá-los. Eles se foram”.

O rabi compreendeu a mensagem. Abra-çou a esposa, e juntos derramaram grossaslágrimas. Sem revolta nem desespero.

Os filhos são jóias preciosas que o Cria-dor nos confia a fim de que as ajudemos aburilar-se.

Não percamos a oportunidade de enfeitá-las de virtudes. Assim, quando tivermosque devolvê-las a Deus, que possam estarainda mais belas e mais valiosas.

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O Mecânico

Lá estava eu com a minha família, de fé-rias, num acampamento isolado, com car-ro enguiçado. Isso aconteceu há 10 anos,mas lembro-me disso como se fosse on-tem. Tentei dar a partida no carro. Na-da. Caminhei para fora do acampamento efelizmente meus palavrões foram abafadospelo barulho do riacho que passava por ali.Minha mulher e eu concluímos que éra-mos vítimas de uma bateria descarregada.

Sem alternativa, decidi voltar à pé até umavila mais próxima, a alguns quilômetrosde distância. Duas horas e um tornozelotorcido, cheguei finalmente a um posto degasolina.

Ao me aproximar do posto, dei-me contade que era domingo de manhã. O lugar es-tava fechado, mas havia um telefone públi-co e uma lista telefônica caindo aos peda-ços. Telefonei para a única companhia deauto-socorro localizado na cidade vizinha,a cerca de 30 km de distância.

Zé atendeu o telefone e me ouviu enquantoeu explicava meus apuros.

— Não tem problema — ele disse quandodei minha localização normalmente estoufechado aos domingos, mas posso chegaraí em mais ou menos meia hora.

Fiquei aliviado que estivesse vindo, masao mesmo tempo consciente das implica-ções financeiras que essa oferta de ajudasignificaria.

Ele chegou em seu reluzente caminhão-guincho e nos dirigimos para a área deacampamento. Quando saí do caminhão,me virei e observei com espanto o Zé des-cer com aparelhos na perna e a ajuda de

muletas. Ele era paraplégico!

Enquanto ele se movimentava, comeceinovamente minha ginástica mental em cal-cular o preço da sua boa vontade.

— É só uma bateria descarregada, uma pe-quena carga elétrica e vocês poderão ir em-bora.

O Zé reativou a bateria e enquanto ela re-carregava, distraiu meu filho pequeno comtruques de mágica. Ele até mesmo tirouuma moeda da orelha e deu para meu fi-lho.

Enquanto ele colocava os cabos de voltano caminhão, perguntei quanto lhe devia.

— Oh! nada — respondeu, para minhasurpresa.

— Tenho que lhe pagar alguma coisa.

— Não — ele reiterou. Há muitos anosatrás, alguém me ajudou a sair de uma si-tuação pior do que esta, quando perdi asminhas pernas, e o sujeito me disse ape-nas para passar isso adiante. Portanto, vo-cê não me deve nada.

— Apenas lembre-se: Quando tiver umachance, passe isso adiante”. Acredito queSomos anjos de uma asa só; precisamosnos abraçar para alçar vôo”. Precisamosuns dos outros. Sempre que puder, ajudealguém; e verá o bem que estará fazendo avocê mesmo.

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Nós e o Espelho

Alguém, muito desanimado, entrou numaigreja e em determinado momento dissepara Deus:

“Senhor, aqui estou porque em igrejas nãohá espelhos, pois nunca me senti satisfeitocom minha aparência.”

Subitamente uma folha de papel caiu aosseus pés, vinda do alto do templo.

Atônito, ele a apanhou e nela viu a seguin-te mensagem:

Minha criatura, nenhuma das minhasobras veio ou ficou sem beleza, pois a feiú-ra é invenção dos homens e não minha.

Não importa se um corpo é gordo ou ma-gro: ele é o templo do espírito e este é eter-no.

Não importa se braços são longos ou cur-tos: sua função é o desempenho do traba-lho honesto.

Não importa se as mãos são delicadas ougrosseiras: sua função é dar e receber oBem.

Não importa a aparência dos pés: sua fun-ção é tomar o rumo do Amor e da Humil-dade.

Não importa o tipo de cabelo, se ele existeou não numa cabeça: o que importa são ospensamentos que por ela passam.

Não importa a forma ou a cor dos olhos:o que importa é que eles vejam o valor daVida.

Não importa um formato de nariz: o queimporta é inspirar e expirar a Fé.

Não importa se a boca e graciosa ou sematrativos: o que importa são as palavrasque saem dela.

Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se paraa porta de saída, que tinha algumas partesde vidro.

Nesse exato momento sentiu que toda suavida se modificaria.

Havia esse lembrete na porta aderido:

Veja com bons olhos seu reflexo neste vi-dro e lembre-se de tudo que deixei escrito.Observe que não há uma única linha sobreMim que afirme que sou bonito.

A menina do vestido azul (dacor do mar)

Num bairro pobre de uma cidade distante,morava uma garotinha muito bonita.

Acontece que essa menina freqüentava asaulas da escolinha local no mais lamentá-vel estado: suas roupas eram tão velhasque seu professor resolveu dar-lhe um ves-tido novo. Assim raciocinou o humildemestre:

“É uma pena que uma aluna tão encanta-dora venha às aulas desarrumada desse jei-to. Talvez, com algum sacrifício, eu pu-desse comprar para ela um vestido azul.”

Quando a garota ganhou a roupa nova, suamãe sentiu que era pena se, com aqueletraje tão bonito, a filha continuasse a ir aocolégio suja como sempre, e começou adar-lhe banho todos os dias, antes das au-

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las.

Ao fim de uma semana, disse o pai: “Mu-lher, você não acha uma vergonha que nos-sa filha, sendo tão bonita e bem arrumada,more num lugar como este, caindo aos pe-daços. Que tal você ajeitar um pouco a ca-sa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dan-do uma pintura nas paredes, consertando acerca, plantando um jardim?”

E assim fez o pobre casal. Até que sua casaficou muito mais bonita que todas as casasda rua e os vizinhos se envergonharam e sepuseram também a reformar suas residên-cias. Desse modo, todo o bairro melhoravaa olhos vistos, quando por isso passou umreligioso que, bem impressionado, disse:“É lamentável que gente tão esforçada nãoreceba nenhuma ajuda do governo”. E da-li saiu para ir falar com o prefeito, que oautorizou a organizar uma comissão paraestudar que melhoramentos eram necessá-rios ao bairro.

Dessa primeira comissão surgiram muitasoutras e hoje, por todo o país, elas ajuda-ram os bairros pobres a se reconstruírem.

E pensar que tudo começou com um vesti-do azul.

Não era intenção daquele obscuro profes-sor consertar toda a rua, nem criar um or-ganismo que socorresse os bairros abando-nados de todo o país. Mas ele fez o que po-dia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiromovimento, do qual se desencadeou todaaquela transformação.

Historinha para crianças ? . . . Talvez. . . .Mas não será necessário acreditarmos, devez em quando ao menos, em historinhaspara crianças, para que possamos ser feli-zes e realizar algo de bom ?

Não, que não aceitamos o mundo como es-tá, fazemos a nossa parte (pequena embo-ra) a fim de que o mundo seja melhor ?

Não tratar-se-á de um ato de repúdio às ge-rações anteriores, ou porque construíramas guerras, mas sim da construção de umnovo estado de paz, em torno da gente,nos lugares em que vivemos e até naquelesque nem conhecemos, e, quem sabe, aindaconviveremos ?

Porque é difícil varrer toda a rua, mas éfácil varrer a nossa calçada.

Porque é difícil reconstruir um bairro, masé possível dar um vestido azul.

Construtores e jardineiros

Cada pessoa em sua existência pode terduas atitudes: Construir ou Plantar. Osconstrutores podem demorar anos em su-as tarefas mas um dia terminam aquilo queestavam fazendo. Então param e ficam li-mitados por suas próprias paredes. A vidaperde o sentido quando a construção aca-ba.

Mas existem os que Plantam. Estes as ve-zes sofrem com tempestades, as estaçõese raramente descansam. Mas ao contra-rio de um edifício, o jardim jamais parade crescer. E ao mesmo tempo que exige aatenção do jardineiro, também permite quepara ele a vida seja uma grande aventura.

Os jardineiros se conhecerão entre si por-que sabem que na historia de cada plantaestá o conhecimento de toda a Terra(..)

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Revoltado ou Criativo?

Há algum tempo recebi um convite de umcolega para servir de árbitro na revisãode uma prova. Tratava-se de avaliar umaquestão de Física, que recebera nota zero.

O aluno contestava tal conceito, alegandoque merecia nota máxima pela resposta, anão ser que houvesse uma “conspiração dosistema” contra ele.

Professor e aluno concordaram em subme-ter o problema a um juiz imparcial, e eu fuio escolhido.

Chegando à sala de meu colega, li a ques-tão da prova, que dizia:

“Mostre como pode-se determinar a alturade um edifício bem alto com o auxilio deum barômetro.”

A resposta do estudante foi a seguinte:

Leve o barômetro ao alto do edifício eamarre uma corda nele; baixe o barômetroaté a calçada e em seguida levante, medin-do o comprimento da corda; este compri-mento será igual à altura do edifício.”

Sem dúvida era uma resposta interessante,e de alguma forma correta, pois satisfaziao enunciado. Por instantes vacilei quan-to ao veredicto. Recompondo-me rapida-mente, disse ao estudante que ele tinha for-te razão para ter nota máxima, já que haviarespondido a questão completa e correta-mente. Entretanto, se ele tirasse nota má-xima, estaria caracterizada uma aprovaçãoem um curso de física, mas a resposta nãoconfirmava isso. Sugeri então que fizesse

uma outra tentativa para responder a ques-tão. Não me surpreendi quando meu cole-ga concordou, mas sim quando o estudan-te resolveu encarar aquilo que eu imagineilhe seria um bom desafio. Segundo o acor-do, ele teria seis minutos para responderà questão, isto após ter sido prevenido deque sua resposta deveria mostrar, necessa-riamente, algum conhecimento de física.

Passados cinco minutos ele não havia es-crito nada, apenas olhava pensativamentepara o forro da sala.

Perguntei-lhe então se desejava desistir,pois eu tinha um compromisso logo em se-guida, e não tinha tempo a perder. Maissurpreso ainda fiquei quando o estudanteanunciou que não havia desistido. Na rea-lidade tinha muitas respostas, e estava jus-tamente escolhendo a melhor.

Desculpei-me pela interrupção e soliciteique continuasse. No momento seguinteele escreveu esta resposta: Vá ao alto doedifico, incline-se numa ponta do telhadoe solte o barômetro, medindo o tempo “t”de queda desde a largada até o toque como solo. Depois, empregando a fórmula h3D (1/2)gt**2, calcule a altura do edifício.

Perguntei então ao meu colega se ele esta-va satisfeito com a nova resposta, e se con-cordava com a minha disposição em con-ferir praticamente a nota máxima à pro-va. Concordou, embora sentisse nele umaexpressão de descontentamento, talvez in-conformismo.

Ao sair da sala lembrei-me que o estudantehavia dito ter outras resposta s para o pro-blema. Embora já sem tempo, não resisti àcuriosidade e perguntei-lhe quais eram es-sas respostas.

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“Ah!, sim,” — disse ele — “há muitas ma-neiras de se achar a altura de um edifíciocom a ajuda de um barômetro.”

Perante a minha curiosidade e a já perple-xidade de meu colega, o estudante desfi-lou as seguintes explicações. Por exemplo,num belo dia de sol pode-se medir a altu-ra do barômetro e o comprimento de suasombra projetada no solo, bem como a doedifício”.

“Depois, usando-se uma simples regra detrês, determina-se à altura do edifício. Umoutro método básico de medida, aliás bas-tante simples e direto, é subir as escadasdo edifício fazendo marcas na parede, es-paçadas da altura do barômetro. Contandoo número de marcas ter-se a altura do edi-fício em unidades barométricas”.

“Um método mais complexo seria amar-rar o barômetro na ponta de uma corda ebalançá-lo como um pêndulo, o que per-mite a determinação da aceleração da gra-vidade (g). Repetindo a operação ao nívelda rua e no topo do edifício, tem-se doisg’s, e a altura do edifício pode, a princípio,ser calculada com base nessa diferença.”

“Finalmente” — concluiu, — se não forcobrada uma solução física para o proble-ma, existem outras respostas. Por exem-plo, pode-se ir até o edifício e bater à por-ta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se: “Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimobarômetro; se o Sr. me disser a altura desteedifício, eu lhe darei o barômetro de pre-sente.”.

A esta altura, perguntei ao estudante se elenão sabia qual era a resposta ‘esperada’para o problema. Ele admitiu que sabia,mas estava tão farto com as tentativas dosprofessores de controlar o seu raciocínio e

cobrar respostas prontas com base em in-formações mecanicamente arroladas, queele resolveu contestar aquilo que conside-rava, principalmente, uma farsa.

Não basta ensinar ao homem uma especi-alidade, porque se tornará assim uma má-quina utilizável e não uma personalidade.É necessário que adquira um sentimento,um senso prático daquilo que vale a penaser empreendido, daquilo que é belo, doque é moralmente correto”(Albert Eins-tein)

Algumas gotas de óleo lubri-ficante

Num quarto modesto, o doente grave pe-dia silêncio. Mas a velha porta rangia nasdobradiças cada vez que alguém a abriaou fechava. O momento solicitava quietu-de, mas não era oportuno para a reparaçãoadequada.

Com a passagem do médico, a porta ran-gia, nas idas e vindas do enfermeiro, notrânsito dos familiares e amigos, eis a por-ta a chiar, estridente. Aquela circunstân-cia trazia, ao enfermo e a todos que lheprestavam assistência e carinho, verdadei-ra guerra de nervos. Contudo, depois devárias horas de incômodo, chegou um vi-zinho e colocou algumas gotas de óleo lu-brificante na antiga engrenagem e a portasilenciou, tranqüila e obediente.

A lição é singela, mas muito expressiva.Em muitas ocasiões há tumulto dentro denossos lares, no ambiente de trabalho, nu-ma reunião qualquer. São as dobradiças

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das relações fazendo barulho inconvenien-te. São problemas complexos, conflitos,inquietações, abalos. . . Entretanto, na mai-oria dos casos nós podemos apresentar acooperação definitiva para a extinção dasdiscórdias. Basta que lembremos do re-curso infalível de algumas gotas de com-preensão e a situação muda.

Algumas gotas de perdão acabam de ime-diato com o chiado das discussões maiscalorosas. Gotas de paciência no momen-to oportuno podem evitar grandes dissabo-res. Poucas gotas de carinho, penetram asbarreiras mais sólidas e produzem efeitosduradouros e salutares.

Algumas gotas de solidariedade e fraterni-dade podem conter uma guerra de muitosanos. É com algumas gotas de amor queas mães dedicadas abrem as portas maisemperradas dos corações confiados à suaguarda. São as gotas de puro afeto quepenetram e dulcificam as almas ressecadasde esposas e esposos, ajudando na manu-tenção da convivência duradoura.

Nas relações de amizade, por vezes, algu-mas gotas de afeição são suficientes paralubrificar as engrenagens e evitar os ruídosestridentes da discórdia e da intolerância.

Dessa forma, quando você perceber queas dobradiças das relações estão fazen-do barulho inconveniente, não espere queo vizinho venha solucionar o problema.Lembre-se que você poderá silenciar qual-quer discórdia lançando mão do óleo lubri-ficante do amor, útil em qualquer circuns-tância, e sem contra-indicação.

Não é preciso grandes virtudes para lograrêxito nessa empreitada. Basta agir com sa-bedoria e bom senso. Às vezes, são ne-cessárias apenas algumas gotas de silêncio

para conter o ruído desagradável de umadiscussão infeliz.

E se você é daqueles que pensa que os pe-quenos gestos nada significam, lembre-sede que as grandes montanhas são consti-tuídas de pequenos grãos de areia.

Pense nisso!

Poema de Amigo Aprendiz

Quero ser o teu amigo,Nem demais e nem de menos.Nem tão longe, nem tão perto,Na medida mais precisa que eu puder.

Mas amar-te sem medida, e ficar na tuavidada maneira mais discreta que eu souber.

Sem tirar-te a liberdade.Sem jamais te sufocar.Sem forçar tua vontade.Sem falar quando for a hora de calar,e sem calar, quando for a hora de falar.

Nem ausente nem presente por demais,simplesmente, calmamente, ser-te paz...

É bonito ser amigo.Mas, confesso, é tão difícil aprender!E por isso eu te suplico paciência.

Vou encher este teu rosto de lembranças!Dá-me tempo de acertar nossas distânci-as!!!

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autor desconhecido

Capacitação Para Discerniro Mundo?

“Olhe as rosas sempre à distância, para verapenas a maviosidade de suas pétalas e nãoa agressividade de seus espinhos.”

(Omar Khayam) Mestre taoísta, tântrico,budista, cientista, médico e jurisconsulto.Considerado o homem mais culto do mun-do. Domina trinta e três idiomas e setentae dois dialetos. Tem hoje noventa e no-ve anos. Obteve três indicações ao prêmioNobel nas áreas de física, química, paz emedicina.

Jardim da Infância

Tudo o que hoje preciso realmente saber,sobre como viver, o que fazer e como ser,eu aprendi no jardim de infância. A sa-bedoria não se encontrava no topo de umcurso de pós-graduação, mas no montinhode areia da escola de todo o dia. Estas sãoas coisas que aprendi lá:

Compartilhe tudo.Jogue dentro das regras.Não bata nos outros.Coloque as coisas de volta onde pegou.Arrume a sua bagunça.Não pegue as coisas dos outros.Peça desculpas quando machucar alguém.

Lave as mãos antes de comer.Dê descarga.Biscoitos quentinhos e leite frio fazembem para você.Respeite o outro.Leve uma vida equilibrada: aprenda umpoucoe pense um poucoe desenhee pintee cantee dancee brinquee trabalhe um pouco todos os dias.Tire uma soneca às tardes.Quando sair, cuidado com os carros; dê amão e fique junto.Repare nas maravilhas da vida.Lembre-se da sementinha no copinho plás-tico:as raízes descem,a planta sobee ninguém sabe realmente como ou por-que,mas todos somos assim.

O peixinho dourado, o hamster, os camun-dongos brancos e até mesmo a sementinhano copinho plástico, todos morrem.

Nós também.

Lembre-se da sua cartilha e da primeirapalavra que você aprendeu, a maior de to-das: OLHE.

Tudo o que você precisa saber está lá, emalgum lugar.

A Regra de Ouro é o amor e a higiene bá-

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sica.

Ecologia e política e igualdade e respeitoe vida sadia.

A gente tem que fazer a nossa parte.

Pegue qualquer um desses ítens coloque-oem termos mais adultos e sofisticados eaplique-os à sua vida familiar, ao seu tra-balho, ao seu governo ou ao seu mundo everá como ele é verdadeiro, claro e firme..

Pense como o mundo seria melhor se todosnós, no mundo todo, tivéssemos biscoitoscom leite todos os dias, por volta das trêsda tarde e pudéssemos nos deitar, com umcobertorzinho, para uma soneca.

Ou se todos os governos tivessem, comoregra básica, devolver todas as coisas aolugar em que elas se encontraram e arru-massem a bagunça ao sair.

E é sempre verdade, não importando a ida-de: ao sair para o mundo é sempre melhordar as mãos e ficar junto.

Qual a Nossa Origem?

A primeira célula...

Eu sou simplesmente uma célula, e proto-zoário é o meu nome.

Sinto muito não ter provas da minha ori-gem, mas isso, creio, não faz diferença.

Em tempos imemoriais, supostamente deum modelo de ameba, dei origem às coi-sas que culminaram em você...

Por séculos incontáveis, achei que tudo es-tava indo bem.

De repente, tornei-me insatisfeita com acondição de célula única.

Minha coragem, minhas entranhas e mi-nha decisão teriam me colocado numa po-sição favorável, e resolvi que o meu obje-tivo era tornar-me um quadrúpede!

Tive de realizar esta transformação passoa passo, e durante séculos!...

Mas isto não tinha a menor importância,porque eu sabia que viria a ser exatamenteaquilo que me agradava...

Lá embaixo, no meu escuro pântano, a am-bição surgiu dentro de mim e, por esforçopróprio, transformei-me numa larva...

Durante muitos milhões de anos zigzage-ei ao redor de tudo, atrapalhada por minhacauda estúpida!... De repente, quando eumenos esperava, começaram a aparecer asbarbatanas. Ou foram as pernas que apa-receram em seguida? Não sei, realmentenão me lembro...(você sabe, com a evolu-ção controlada, nunca se pode saber que éque virá em seguida!)

Outro milhão de anos se passou (ou foramtrês ou quatro?).

Um dia saltei do charco onde estava e caíestatelada na praia!

Porém, por favor, não me deixe embaraça-

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da com perguntas como:

— Como foi que você transformou suasguelras em pulmões? Pois você deveria serum peixe...

Anos depois, num campo, numa manhãpré-histórica dei um grande salto para ci-ma e me vi como um ser voador. Pousei nacopa de uma árvore e continuei a evoluir.Porém, havia um problema que eu não mesentia em condição de resolver: Poderia eurecodificar meu DNA em dentes, cabelo ecauda? (de algum modo eu teria de fazê-lo, pois a evolução não podia me falhar!)

Contudo, eu não precisava apressar-me.Tudo o que eu tinha de fazer era esperardois milhões de anos ou mais, e tudo seriaperfeito.

Minha paciente espera produzir muitosfrutos, como sempre acontece, e sem fa-lhas.

Eu me transformei num malcheiroso ma-caco, com dentes, pêlos a cauda. Comotal, algumas vezes fiquei maravilhado comas idades que vieram e passaram! (Es-te“negócio” de vida de macaco poderia serum acidente?)

Era tão divertido ser macaco! Eu adoravabalançar-me de uma árvore para outra...

Eu gostava de mastigar ruidosamente asbananas, de coçar à procura de pulgas...Eu uivava para todos os meus companhei-ros e berrava para a lua! Eu mal sabia queos dias de minha vida despreocupada esta-vam contados!...

Milhões de longos anos se passaram, e en-tão um milhão mais. De repente senti quemeu rabo estava dolorido.

Afinal ele caiu e meus pêlos também. Ovelho Darwin ataca de novo: Eu era ummacaco feliz, mas agora me transformeinum homem!

Você acreditaria que comecei simplesmen-te como um muco de ameba? Que eu metransformei de peixe em pássaro, em ma-caco e acabei como você?

Fonte: As Macacadas de Darwin, páginas15-17

Como Encarar o Trabalho?

“Se alguém varre ruas para viver, devevarrê-las como Miguel Angelo pintava,como Beethoven compunha, como Sha-kespeare escrevia.”

(Martin Luther King) Norte-americano.Líder negro pacifista e pastor batista. Nas-ceu em 15/1/1929, Atlanta. Faleceu em4/4/1968, Memphis. Forma-se em teolo-gia aos 22 anos. Em 1954, assume su-as funções como p astor em Montgomery,Alabama. No ano seguinte, lidera um boi-cote contra a segregação racial nos ôni-bus da cidade, que dura 381 dias e terminacom a decisão da Suprema Corte de proi-bir a discriminação. Sua filosofia de não-violência baseia-se em Gandhi e nos prin-cípios cristãos. Em 1 960, consegue libe-rar o acesso de negros a bibliotecas, par-ques públicos e lanchonetes.

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A raposa e o lenhador

Existiu um lenhador que acordava às 6 damanhã e trabalhava o dia inteiro cortandolenha, e só parava tarde da noite.

Esse lenhador tinha um filho, lindo de pou-cos meses e uma raposa, sua amiga quetratava como um bicho de estimação e desua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e dei-xava a raposa cuidando de seu filho.

Todas as noites ao retornar do trabalho, araposa ficava feliz com a sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que araposa era um bicho, um animal selvagem,e portanto, não era confiável.

Quando ela sentisse fome comeria a crian-ça.

O lenhador sempre retrucando com os vi-zinhos falava que isso era uma grande bo-bagem.

A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam:

“Lenhador, abra os olhos! A raposa vaicomer seu filho!”

“Quando sentir fome, comerá seu filho!”

Um dia o lenhador muito exausto do tra-balho e muito cansado desses comentários— ao chegar em casa viu a raposa sorrin-do como sempre e sua boca totalmente en-sangüentada...

O lenhador suou frio e sem pensar duas ve-zes acertou o machado na cabeça da rapo-sa.

Ao entrar no quarto desesperado, encon-trou seu filho no berço dormindo tranqüi-lamente e ao lado do berço uma cobra mor-ta.

O lenhador enterrou o machado e a raposajuntos...

MORAL DA HISTÓRIA

“SE VOCÊ CONFIA EM ALGUÉM,NÃO IMPORTA O QUE OS OUTROSPENSEM A RESPEITO, SIGA SEM-PRE O SEU CAMINHO E NÃO SEDEIXE INFLUENCIAR..., MAS PRIN-CIPALMENTE, NUNCA TOME DECI-SÕES PRECIPITADAS.”

Mudar a Si Mesmo

“Todo o mundo pensa em mudar o mundo,mas ninguém pensa em mudar a si mes-mo.”

(Leon Tolstói) Russo. Escritor. Lev Niko-ayevich, Conde de Tolstoi ou Co nde LeonNikolaievitch Tolstoi nasceu em 9/9/1828,Iasnaia-Poliana, provínc ia de Tula. Fale-ceu em 20/11/1910, Astapovo, na provín-cia de Riazan. Expoente da literatura rea-lista, faz a crítica da sociedade e da moralna Rússia do final do século XIX, sendoconsiderado um dos maiores escritores detod os os tempos. Estuda línguas e leis naUniversidade de Kazan, mas, insatisfei tocom o sistema formal de educação, aban-dona os estudos antes da gradua ção. En-quanto escreve seus dois maiores roman-ces, Guerra e Paz (1869) e Anna Karenina(1877), entra em crise espiritual e questio-na a sociedade em que vive.

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: O homem e o barbeiro

Era uma vez um homem que foi ao barbei-ro. Enquanto tinha seus cabelos cortadosconversava com o barbeiro. Falava da vidae de Deus. Dai a pouco, o barbeiro incré-dulo não aguentou e falou:

— Deixa disso, meu caro, Deus não exis-te!

— Por que?

— Ora, se Deus existisse não haveria tan-tos miseráveis, passando fome! Olhe emvolta e veja quanta tristeza. E só andar pe-las ruas e enxergar!

— Bem, esta é a sua maneira de pensar,não é?

— Sim, claro!

O freguês pagou o corte e foi saindo, quan-do avistou um maltrapilho imundo, comlongos e feios cabelos, barba desgrenhada,suja, abaixo do pescoço. Não agüentou,deu meia volta e interpelou o barbeiro:

— Sabe de uma coisa? Não acredito embarbeiros!

— Como?

— Sim, se existissem barbeiros, não have-ria pessoas de cabelos e barbas compridas!

— Ora, existem tais pessoas porque evi-dentemente não vêm a mim!

— Que bom. Agora, você entendeu.

Essa pequena história nos faz refletir. Mui-

tas vezes culpamos Deus pelos aconteci-mentos do mundo e esquecemos que, nãofazendo a nossa parte, estamos contribuin-do para que o mundo continue do jeito queestá.

Temos livre arbítrio, capacidade de esco-lher nossos atos e tomar decisões certas ouerradas. Deus quis assim para que pudés-semos desfrutar a liberdade das nossas de-cisões. Senão seríamos robôs, marionetes,bonecos e, com certeza, estariam culpandoDeus por isto também. E não poderia serdiferente! A vida com Deus é um presen-te de Deus e precisa ser recebido, aceitocomo todo e qualquer presente. Não po-de ser por imposição, obrigação, coerção.Devemos aceitar, buscar, receber. Apesarde ser para todos, é preciso dar o passo.É um presente, é de graça, mas precisa-mos ir recebê-lo... Falando nisso, precisosair para cortar o meu cabelo, já está muitogrande...

Entre o céu e a terra

Encontraram-se um dia, uma lágrima, umaestrela, uma pérola e uma gota de orvalho.Falou primeiro a estrela:

“Quem diria que eu tivesse o trabalho dedescer das alturas luminosas, para vir con-versar com vocês três? Não sabem que soumais alta que as nuvens? E que a minha al-tivez fulgura entre mil chamas radiosas, nainfinita amplidão?”

Mas, respondeu a pérola vaidosa:

“Quem te dará valor, entre milhões de lâm-padas no espaço? Tu não passas de um

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grão de esplendor, metido na poeira do in-finito. Ninguém se lembra de te por nosbraços! Enquanto eu, lá no fundo dos oce-anos, sou buscada e vendida aos sobera-nos, para enfeitar, com minha limpidez, ascoroas dos reis! Vivo no colo esplêndidodos nobres, e nos ricos seios das rainhas...Não como ti, que sob o olhar dos pobrespoetas vagabundos te encaminhas...

“- Valho mais que tu! E ainda mais valhoque um orvalho e uma lágrima, pois ambossão gotas d’água, sem o mínimo valor.”

Disse o orvalho, com mágoa:“- Qual devocês três, tem esse encanto de se transfor-mar em gozo, na boca imaculada de umaflor? Eu venho lá de cima, radiante, nosbraços da alvorada, cobrir de beijos umarosa, que se sente tão doce nesse instante,que vale a pena vê-la tão ditosa! E tragoo riso ao coração da Terra, engolfada empranto. Eis como sou feliz! Na campina,ou no cimo da serra, sou sempre uma espe-rança cristalina, nos lábios sorridentes deuma flor!”

Calou-se o orvalho.

E a lágrima? Coitada, esta nada dizia...

“E que respondes tu?” Perguntaram os de-mais.

E ela, rolada na terra úmida e fria, nada ou-sava falar... Porém, sublime e calma, res-pondeu :“- Eu sou o perdão no crime e a vi-bração no amor! Bailo no olhar risonho daalegria, moro no olhar tristíssimo da dor!Eu sou a alma da saudade e da harmonia!Sou o estrilo na lira soluçante dos poetas,sou oração no peito dos ascetas, sou relí-quia de mãe em coração de filho, sou lem-brança de filho em coração de mãe! Nãovivo nos seios perfumosos, nos colos or-

gulhosos, na ostentação efêmera do luxo...Porém, penetro no espírito do mundo, sejado rei, do sábio mais profundo, do rústi-co mais vil... do pecador, do santo, até naface do Senhor um dia já rolei... Eu, lágri-ma pequena, penetrei no coração de Deus,e fiz estremecer, abrir-se extasiado o pór-tico dos céus! Não sei quantos pecados jálavei!”

A lágrima calou-se humildemente, des-lumbrando... Em silêncio, a tudo contem-plou serenamente, na vastidão vazia... Aestrela se ocultou atrás de uma nuvem echorava... A pérola desceu à profundezados mares e chorava também... O orvalhotremulando sobre a relva também chora-va... E a lágrima, só a lágrima sorria!...

A Sobrevivência dos Porcos-Espinhos

Durante uma era glacial, muito remota,quando o Globo terrestre esteve cobertopor densas camadas de gelo, muitos ani-mais não resistiram ao frio intenso e mor-reram indefesos, por não se adaptarem àscondições do clima hostil. Foi então, queuma grande manada de porcos-espinhos,numa tentativa de se proteger e sobrevi-ver, começou a se unir, a juntar-se maise mais. Assim cada um podia sentir ocalor do corpo do outro. E todos juntos,bem unidos, agasalhavam-se mutuamente,aqueciam-se, enfrentando por mais tempoaquele inverno tenebroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de ca-da um começaram a ferir os companhei-ros mais próximos, justamente aqueles que

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lhes forneciam mais calor, aquele calor vi-tal, questão de vida ou morte. E eles en-tão, afastaram-se, feridos, magoados, so-fridos. Dispersaram-se por não suporta-rem por mais tempo os espinhos dos seussemelhantes. Doíam muito...

Mas, essa não foi a melhor solução: —afastados, separados, logo começaram amorrer congelados. Os que não morreram,voltaram a se aproximar, pouco a pouco,com jeito, com precauções, de tal formaque, unidos, cada qual conservava umacerta distância do outro, mínima, mas sufi-ciente para conviver sem ferir, para sobre-viver sem magoar, sem causar danos recí-procos. Assim, aprendendo a amar, resis-tiram a longa era glacial. Sobreviveram.

“Quanto mais nos ocupamos com a feli-cidade dos outros, maior passa a ser nossosenso de bem-estar. Cultivar um sentimen-to de proximidade e “calor humano” com-passivo pelo outro, automaticamente colo-ca a nossa mente num estado de paz.

Isto ajuda a remover quaisquer medos,preocupações ou inseguranças que possa-mos ter, e nos dá muita força para lu-tar com qualquer obstáculo que encontrar-mos.

Esta é a causa mais poderosa de sucesso navida.”

Tenzin Gyatso, XIV Dalai Lama, PrêmioNobel da Paz de 1989.

“Tirar a amizade da vida é como tirar o soldo mundo.”

(Cícero) Romano. Orador e político. Mar-cus Tullius Cicero nasceu em 3 /1/106. Fa-moso pela sua oratória e pela liderança po-lítica na Roma antiga. De uma família pro-

eminente e ligada a Gaius Marius, de Arpi-num. Ganhou fama ao defender habilmen-te a Roscius de Ameria contra Lucius Cor-nelius Sulla. Co mo cônsul, acabou com aconspiração de Catiline. Foi exilado, ondesof reu muito. Depois da morte de Cezar,volta novamente a vida política de Rom a.

“No momento em que aprendemos nosamar uns aos outros, o mundo se transfor-ma.” (Ralph Emerson)

A parábola da rosa?

Um certo homem plantou uma rosa e pas-sou a regá-la constantemente e, antes queela desabrochasse, ele a examinou. Ele viuo botão que em breve desabrocharia, masnotou espinhos sobre o talo e pensou, “Co-mo pode uma bela flor vir de uma plantarodeada de espinhos tão afiados? Entriste-cido por este pensamento, ele se recusou aregar a rosa, e, antes que estivesse prontapara desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas. Dentro decada alma há uma rosa: as qualidades da-das por Deus e plantadas em nós crescen-do em meio aos espinhos de nossas faltas.Muitos de nós olhamos para nós mesmose vemos apenas os espinhos, os defeitos.Nós nos desesperamos, achando que nadade bom pode vir de nosso interior. Nós nosrecusamos a regar o bem dentro de nós, e,conseqüentemente, isso morre. Nós nuncapercebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas não vêem a rosa dentrodelas mesmas; alguém mais deve mostrá-la a elas.

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Um dos maiores dons que uma pessoa po-de possuir ou compartilhar é ser capaz depassar pelos espinhos e encontrar a rosadentro de outras pessoas.

Esta é a característica do amor — olharuma pessoa e conhecer suas verdadeirasfaltas. Aceitar aquela pessoa em sua vida,enquanto reconhece a beleza em sua almae ajuda-a a perceber que ela pode superarsuas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa,elas superarão seus próprios espinhos. Sóassim elas poderão desabrochar muitas emuitas vezes.

Autor desconhecido

A carroça

Uma das grandes preocupações de nos-so pai, quando éramos pequenos, consis-tia em fazer-nos compreender o quanto acortesia é importante na vida.

Por várias vezes percebi o quanto lhe de-sagradava o hábito que têm certas pessoas,de interromper a conversa quando alguémestá falando. Eu, especialmente, incidiamuitas vezes nesse erro. Embora visivel-mente aborrecido, ele, entretanto, nuncaralhou comigo por causa disso, o que mesurpreendia bastante.

Certa manhã, bem cedo, ele me convidoupara ir ao bosque a fim de ouvir o cantardos pássaros. Concordei, com grande ale-gria, e lá fomos nós, umedecendo nossoscalçados com o orvalho da relva. Ele sedeteve em uma clareira e, depois de um

pequeno silêncio, me perguntou:

— Você está ouvindo alguma coisa alémdo canto dos pássaros?’

Apurei o ouvido alguns segundos e res-pondi:

— Estou ouvindo o barulho de uma carro-ça que deve estar descendo pela estrada.

— Isso mesmo... É uma carroça vazia...

De onde estávamos não era possível ver aestrada e eu perguntei admirado:

— Como pode o senhor saber que está va-zia?

— Ora, é muito fácil saber. Sabe por que?

— Não! respondi intrigado.

Meu pai pôs a mão no meu ombro e olhoubem no fundo dos meus olhos, explicando:

— Por causa do barulho que faz. Quan-to mais vazia a carroça, maior é o barulhoque faz.

Não disse mais nada, porém deu-me mui-to em que pensar. Tornei-me adulto e, ain-da hoje, quando vejo uma pessoa tagare-la e inoportuna, interrompendo intempes-tivamente a conversa de todo o mundo, ouquando eu mesmo, por distração, vejo-meprestes a fazer o mesmo, imediatamentetenho a impressão de estar ouvindo a vozde meu pai soando na clareira do bosquee me ensinando: -” Quanto mais vazia acarroça, maior é o barulho que faz.”

Autor desconhecido

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Nunca deixe de sonhar...

Nunca deixe de sonharTodo ser humano possui sonhos.Sonhos grandes, sonhos pequenos, so-nhos.Sonhos nascem a cada dia, a cada hora, acada minuto.Sem percebemos, um sonho nasce dentrodo nosso coração.Sonhos nos motivam a viver, a continuar-mos caminhando.Vivemos, na verdade, na busca da realiza-ção dos nossos sonhos.C0s vezes, pessoas que estão ao nosso re-dorTentam matá-los com palavras de pessi-mismo.Acham que, se não podem realizar seussonhos,As outras pessoas também não merecemrealizar os seusPuro egoísmo.Muitas vezes, achamos que não consegui-remos realizá-los,Que eles estão muito distante de nós.Ou achamos que não merecemos, porquenão somos ninguém.Se não acreditarmos neles, os perderemos.Temos que tirar do baú os sonhos, casocontrário, eles envelhecemE assim não conseguiremos mais realizá-los,A realização vem pela luta, esforço e per-sistência.Caminhar ao lado de pessoas que nos mo-tivem a sonharE a persistir nos mesmos é muito impor-tante.É um passo para a realização deles.Mesmo que tudo o leve a pensar que pare-ce impossível,Não desista do seu sonho.

Busque forças dentro de você.Peça ajuda a Deus.Nenhuma oração volta sem resposta.Acredite que tudo pode acontecerQuando desejamos do fundo do coração.Da Bíblia temos que :“Tudo posso naquele que me fortalecé’Tudo e não algumas coisas !Acredite na beleza dos seus sonhosE na capacidade de realizá-los.Você é capaz !Sonhe sempre.Nunca deixe de sonharE você será sempre um vencedor.

Reinilson Câmara

Embalagem de Deus

Um jovem, filho de família abastada, esta-va para se formar. Já há muitos meses elevinha admirando um lindo carro-esportenum showroom de uma revenda de auto-móveis.

Sabendo que seu pai podia muito bem ar-car com aquela despesa, ele disse ao paique o carro era tudo o que ele desejava.Como se aproximasse o dia da formatura,o jovem esperava sinais de que seu pai ti-vesse comprado o carro.

Finalmente, na manhã da formatura, o paio chamou na sala da estudos, e disse a elequão orgulhoso se sentia por ter um filhotão bom, e disse a ele quanto amava o fi-lho.

Então ele entregou ao filho uma caixa depresente, lindamente embalada.

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Curioso e, de certa forma desapontado, ojovem abriu a caixa e encontrou uma Bí-blia de capa de couro, com o nome delegravado em ouro!! Sentindo-se frustradoe inconformado, ele levantou sua voz parao pai e disse: —“com todo o dinheiro quevocê tem, você me dá uma Bíblia?”, e comgrande indignação saiu da casa.

Muitos anos se passaram e o jovem se tor-nou um homem de sucesso nos negócios.Mas certo dia percebeu que seu pai já es-tava idoso e resolveu que iria visitá-lo. Elenão via o pai desde o dia da formatura. Is-so, de alguma forma, havia deixado nelealgo que sempre o fazia entristecer e haviase decidido por essa reconciliação, e sentiaque precisava se apressar.

Mas antes que ele pudesse finalizar os pre-parativos para a viagem, recebeu um tele-grama informando-o de que o pai havia fa-lecido, e deixado todas as suas posses emtestamento para o filho. E que ele precisa-va imediatamente ir à casa do pai para cui-dar de tudo. Quando ele chegou na casa dopai, sentiu um misto de tristeza e arrepen-dimento preencher o seu coração.

Ele então começou a procurar em meio aosimportantes documentos e papéis do pai,algo que ele pressentia ser o que de maisimportante aguardava sua volta.... e viu aBíblia, ainda nova, exatamente como elehavia deixado há anos atrás.

Com o rosto banhado em lágrimas, eleabriu a Bíblia e começou a revirar as pá-ginas. Percebeu então que seu pai ha-via sublinhado cuidadosamente um versí-culo do“Sermão da Montanha”, em Ma-teus Cap.7:11. Leu-o com atenção:

“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boascoisas aos vossos filhos, quanto mais vos-

so PAI, que está nos Céus, dará bens aosque lhos pedirem?”

E enquanto ele lia estas palavras, uma cha-ve de carro caiu de trás da Bíblia. Ela ti-nha uma etiqueta com o nome da reven-da, a mesma revenda que tinha o carro-esporte que ele tanto desejara. Na etique-ta constava a data da formatura, e as pala-vras:“Liquidado — Pago completamenté’!

Quantas vezes nós perdemos as bênçãosde Deus porque elas não vem “embaladas”como nós esperamos???

E se pararmos para analisar com atençãoe humildade, certamente vamos encontrarinfinitas razões para agradecermos a Deus,e perceber o Pai Maravilhoso que sempreesteve ao nosso lado, e que em nenhum se-gundo sequer deixou de colocar à nossadisposição o que de mais importante ne-cessitávamos para aquele momento!.

Engolir Palavras Cruéis nãoCausam Danos?

“Ninguém jamais teve dor de estômagopor engolir palavras cruéis que deixou dedizer.”

(Winston Churchill) Ingles. Estadista.Nasceu em 30/11/1874, Blenheim Palace,Oxfordshire. Faleceu em 24/1/1965, Lon-dres. Como repórter e militar, acompanhaquatro guerras até 1900, quando é eleitodeputado pelo Part ido Conservador. Em1906 torna-se subsecretário de Estado dasColônias e, em 1910, secretário do Inte-rior. No ano seguinte assume a chefia doAlmirantado, responsável pela Marinha, e

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moderniza a esquadra inglesa.

Mar de Poesia

Victor E. Silva

O meu coraçãoÉ como o mar,Tão repleto de alegrias,É onde posso navegar,Flutuar por entreTantas poesiasTransformar meu versoEm universoDe tantas estrelasE muitos diasNeste marDe poesiasSou navegante,Sempre adianteDas coisas que aindaNão vivi,Mas que sintoTão pertoAqui no peito.

Baralho da Crianca

Vida ...é que nem um presente embrulhadonum papel colorido. Tem gente que guar-da o presente para abrir depois, mas issoé muito sem graca, legal mesmo é fazeraquela festa, rasgar o papel e abrir o presn-te... No presente.

Receba no agora o milagre que é sua vida.

Cura ...é quando a gente pega a doença nocolo e pergunta o que ela tem. A gente dei-xa ela falar e presta muito, muito atenção,e quando ela termina, ja não tem mais nadapara curar...

Cure sua vida prestando mais atenção nosaspectos que precisam ser curados.

Magia ...é quando a gente deita no sofá efica sonhando acordado, imaginando todasas coisas que a gente quer que aconteçame a gente se sente tão feliz que até esqueceque estava imaginando, e quando a genteesquece, as coisas acontecem de verdade...

Deixe a imaginação trazer seus sonhos atévocê...

Respeito ...é quando a gente descobre queo outro existe. As vezes a gente olha parao outro e só consegue ver a gente mesmoe ai a gente não respeita o outro porque agente nem sabe que ele está la.

Olhe novamente e redescubra as pessoasao seu redor...

Solidão ...é quando a gente não sabe segosta da gente então a gente acha que nin-guém vai gostar. Ai a gente se afastadas pessoas, que nem um bichinho doente,não deixa ninguém chegar perto e se sentemuito muito só...

Aproxime-se, deixe as pessoas gostaremde você..

Bom Humor ...é quando a gente descobreque a vida é uma grande brincadeira. Aia gente sabe que as coisas que acontecemsão de mentirinha que nem nos filmes, en-tão a gente comeca a brincar de viver e tu-do fica muito, muito mais divertido.

Seja menos sério e deixe a vida se tornar

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divertida...

Baralho da criança (Patricia Gebrin)

O Farmacêutico e a Criança

João era dono de uma bem sucedida far-mácia numa cidade do interior. Era um ho-mem bastante inteligente mas não acredi-tava na existência de Deus ou de qualqueroutra coisa além do seu mundo material.

Um certo dia, estava ele fechando a farmá-cia quando chegou uma criança aos pran-tos dizendo que sua mãe estava passandomal e que se ela não tomasse o remédiologo iria morrer.

Muito nervoso, e após insistência da cri-ança, resolveu reabrir a farmácia pra pe-gar o remédio. Sua insensibilidade peranteaquele momento era tal que acabou pegan-do o remédio mesmo no escuro e entregan-do a criança que agradeceu e saiu dali aspressas.

Minutos depois percebeu que havia entre-gado o remédio errado pra criança e que sesua mãe o tomasse seria morte instantânea.Desesperado tentou alcançar a criança masnão teve êxito. Sem saber o que fazer ecom a consciência pesada, ajoelhou-se ecomeçou a chorar e dizer que se realmenteexistia um Deus que não o deixasse passarpor assassino.

De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe oombro esquerdo e ao virar deparou-se coma criança a dizer:

“Senhor, por favor não brigue comigo,mas é que cai e quebrei o vidro do remé-

dio, dá pro senhor me dar outro?”

Ele está sempre nos ajudando, nós é quenão percebemos isso.

Vislumbres de um Criador

O elefante é o único animal cujas pernasdianteiras se dobram a frente. Porque?Porque de outra forma seria dificil para es-se animal levantar-se, por causa do seu pe-so. Por que os cavalos, para se erguerem,usam as patas dianteiras, e as vacas, as tra-seiras? Quem orienta esses animais paraque ajam dessa maneira? Deus!

Esse mesmo Deus que coloca um punha-do de argila no coração da terra, e, atravesda ação do fogo transforma-a em formosaametista de alto valor. Esse mesmo Deusque coloca certa quantidade de carvao nasentranhas do solo, e, mediante a combi-nação do fogo e a pressão dos montes edas rochas, transforma esse carvao em res-plandecente diamante, que vai fulgurar nacoroa dos reis ou no diadema dos podero-sos!

Por que o canario nasce aos 14 dias, a ga-linha aos 21, os patos e gansos aos 28,o ganso silvestre aos 35 e os papagaios eavestruzes aos 42 dias? Por que a diferen-ca entre um periodo e outro e sempre desete dias? Porque o Criador sabe como de-ve regular a natureza e jamais comete en-gano.

Ele determinou que as ondas do mar sequebrem na praia a razao de 26 por minu-to, tanto na calma como na tormenta.

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Aquele que nos criou pode tambem nos di-rigir. Somente aquele que fez o cerebro e ocoração pode guia-los com exito para umalvo util.

A insondavel sabedoria divina revela-seainda nas coisas que poucos notam: A me-lancia tem numero par de sementes. A la-ranja possui numero par de gomos. A es-piga de milho tem numero par de fileirasde grãos. O cacho de bananas tem, na últi-ma fila, numero par de bananas, e cada filade bananas tem uma a menos que a anteri-or. Desse modo, se uma fileira tem numeropar, a seguinte tera numero impar. A cien-cia moderna descobriu que todos os grãosdas espigas são em numero par, e e admi-ravel que Jesus, ao se referir aos grãos, te-nha mencionado exatamente numeros pa-res: 30, 60, e 100.

Pela sua maravilhosa sabedoria e graca, eassim que o Senhor determina a vida quecumpra os propositos e os planos dele. So-mente a vida sob o cuidado divino está asalvo de contratempos.

Outro misterio que a ciencia ainda nãodescobriu: Enormes arvores, pesando mi-lhares de quilos, apoiadas em apenas pou-cos centimetros de raizes. Ninguém atéagora conseguiu descobrir esse principiode sustentação a fim de aplica-lo em edi-ficios e pontes.

Mas ha maravilha ainda maior. O Cria-dor toma o oxigenio e o hidrogenio, ambossem cheiro, sem sabor e sem cor, e os com-bina com o carvao, que e insoluvel, negroe sem gosto. O resultado, porem, e o alvoe doce acucar.

Esses são apenas alguns vislumbres de umDeus sabio e amoroso. Esse mesmo Deusque realiza tais maravilhas no mundo que

Ele criou, pode tambem efetuar em nos ummilagre ainda muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novastodas as coisas. Ele pode tomar nossa vi-da triste, inutil e insipida, e torna-la alegre,util e plena de significado para a gloria de-le. Portanto, não se desespere. Nao im-porta quao grave seja a sua condição fisi-ca, moral ou espiritual. Jesus, que“onteme hoje e o mesmo, e o sera para sempré’,so Ele tem a última palavra. Voce pode ex-perimentar um milagre! Tao somente creianele e coloque a sua vida nas mãos dele. ABiblia diz:

“Porque Deus amou o mundo de tal ma-neira que deu o seu unico Filho, para quetodo aquele que nele crer não morra, mastenha a vida eterna.”

A Chave Mestra da Felicida-de

“Amor é a chave mestra que abre os por-tões da felicidade.”

“Love is the master key which opens thegates of happiness.”

(Oliver Wendell Holmes) Norte America-no. Poeta, ensaísta, médico e professor.Nasceu em 29/8/1809, Cambridge, Mas-sachusetts. Faleceu em 7/10/1894. Em-bora sempre considerado como um poetahumorístico e ocasio nal, nem todos os po-emas dele são tais.“Old Ironsides” que otornou famoso é de um patriotismo infla-mado,“The Chambered Nautilus” e“Wind-Clouds and Star-Drifts” misturam interes-ses científicos e religiosos.

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Neurônios e Músculos seAcomodam

Existe aquele “professor” e “sabichão”que, ou está satisfeito com o pouco que sa-be, ou então vive se gabando de que sabeum monte de coisas das quais na verdadenão faz a menor idéia.

Passei grande parte de minha vida profissi-onal com as nádegas coladas em meu pos-to de trabalho sem conhecer, de verdade,as pessoas que me cercavam. Sem igno-mínia admito que foi por temor do juízoque meus superiores hierárquicos fariamde mim. Não desejava ser visto como levi-ano, palrador, efeminado ou tagarela. Ze-lava por uma imagem e não por uma exis-tência. Afinal, poderia prejudicar minha“avaliação de desempenho”.

Teria minha atuação conteúdo mesmo? Ousó fazia de conta? Parece um escárnio,mas não é! E é um erro que traz prejuí-zos para qualquer empreendimento. A ca-pacidade de produzir diminui porque nãoexiste comunicação clara, franca, honestae aberta. Não reciclamos nossos referen-ciais. Nosso pensamento atrofia porque alinguagem oral é o fluído essencial den-tro do qual a idéia se move e, posta parafora, acaba crescendo, voltando ao emis-sor aperfeiçoado. A falta de comunicaçãodepaupera, envelhece. O que tiver produ-zido, por mais qualidade que possua, pormais sofisticado que seja, por mais lucrosque obtenha, não é nada se comparado àperda do maior tesouro negligenciado. Eu!

De nada serve “sabedoria”, ser um “sabi-

chão”, se não a compartilhar com outraspessoas, através do exemplo e companhia.Este reavivamento de minha condição hu-mana, minhas emoções, que o lado direitodo meu cérebro exige, demanda exercícioconstante, como um músculo. Sua flacidezserá notada quando a capacidade de cria-ção, a velocidade de reação a novas e inu-sitadas situações surgirem.

O objetivo é buscar a liberdade através dotrabalho conjunto, conduzido como diver-são e não como uma atividade nauseante.É no local de trabalho que surge a oportu-nidade de expressar minha relação huma-na, meu apreço, meu amor. E posso buscarentretenimento enquanto exerço esta ativi-dade produtiva. Lá nas reuniões, no ca-lor do debate, ou na troca de experiências,tratando dos problemas profissionais ou daintimidade. Tudo vale nesta relação. Fazparte da vida! Faz parte de nós! Faz partede mim!

Em minha atividade profissional tive o pri-vilégio de participar em grandes projetosde construção de utilidades materiais, con-trole e lógicas. Ótimo! E o ser huma-no? Somos treinados e não desenvolvidospara o trabalho. Somos robôs e não pes-soas. Tudo é uma questão de fazer maiscom menos: menos recursos; menos mãode obra; menos tempo para assimilar mu-danças; menos poder para resistir a pres-são dos nossos desorientados clientes, pre-sas de uma mídia propagandista desvaira-da; menos segurança de emprego; e assimpor diante. Tudo é calculo, estatística, ló-gica.

A capacidade de comunicação verbal po-de estar até adormecida dentro de alguém,de alguma forma atrofiada, mas é latentee fará falta nos resultados finais do senso

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de realização de cada individualidade. Eeste é o maior tesouro que cada um usu-fruirá no final da jornada, no final de suacarreira.

Vivi experiências altamente gratificantes.Deduzi finalmente que meus colegas nãoprecisaram tanto dos meus serviços pro-fissionais, como eles careciam de amigos.Pessoas com as quais conversar, rir e atéchorar. Desabafar agruras que a vida im-põe. Receber um abraço, um carinho. Oque será que só eu preciso disto? Estareisendo personalista?

Antes de se acomodar no canto convémacordar para este detalhe. A vida passa cé-lere, neurônios e músculos se acomodam!

As Próximas 24 horas

Só por hoje,direi que estou de malcom a depressaoe se ela der as caras,aplicar-lhe-ei vinte bofetoesde alegria.

Só por hoje,darei alta aos analistas,psicólogos, psiquiatras,conselheiros, filosofose proclamareique se antes eu eraporque era o que eu era,agora sou o que souporque sou tão felizquanto penso que sou.Como pensoque sou feliz,

logo sou.

Só por hoje,direi que a vida é uma festa,acreditarei que a vidaé uma festae farei da festaa minha vida.

Só por hoje,tomarei um porrede alegria!

Só por hoje,admitirei quetodo homem nasce feliz,passa a infancia feliz,depois cresce eesconde a felicidadepara que não a roubem,só que daíesquece onde a colocou.Mas só por hoje lembrareique estas na minha mente.

Só por hoje,rirei a toa e contar-me-eiuma piada tão velhaquanto a historiadaquele sujeitoque olhava por cima do óculospara não gastar as lentes.

Só por hoje,revelarei ao mundoque sou felize chamarei de absurdatoda opinião contraria.

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Só por hoje,acreditarei que ri melhorquem ri por si mesmo.Ja estou rindo.

Só por hoje,informarei a todosque sou tão felizquanto resolvi ser.

Só por hoje,guardarei a seriedade no baue deixarei que a criança interiorbrinque comigo o tempo todo.

Só por hoje,Estarei tão bem-humorado que rirei atédaqueleanuncio que diz:“Vende-se uma mala por motivo de via-gem.”

Só por hoje,admitirei que ser felizé tão simples quanto dizerque sou feliz.

Só por hoje,estarei tão felizque não sentirei faltade sentir falta da felicidade.

Só por hoje,expulsarei da minha casaa tristezae hospedarei a alegria,o sorriso e o bom-humor.

Só por hoje,abrigarei a felicidadesob o meu teto,vesti-la-ei com roupasdo bem-estar,dar-lhe-ei a comida do sorriso,a bebida da alegriae a divertirei com conversasagradáveis e positivas.

Só por hoje,me divorciarei do passado,romperei o namoro indecorosocom os males do presentee me casarei indissoluvelmentecom a felicidade.

Só por hoje,hastearei a bandeirado bom-humorsobre meu próprio território.

Só por hoje,decidirei que soudefinitivamenteFELIZ...

Só por hoje...e o hoje écada novo dia em nossas vidas!!!!

“Entregue os teus caminhos ao Senhor,confie Nele e no maisEle tudo fara“.

Tenha só por hojeum dia de eterna felicidade!!

LEMBRE-SE DE TUDO ISSO AMA-

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NHA, DEPOIS E DEPOIS!

Pois até aqui tem te ajudadoo Senhor, confie, pois.

Amigo

Amigo é o que nos procura,Simplesmente por sentir,Prazer, descanso, ventura,Em nos ver e nos ouvir.

Aconselha-nos se erramos,Sem humilhar-nos porém.E sempre que precisamos,Ao nosso encontro ele vem.

Tem muito dos nossos gostos.Das nossas opiniões.E se divergem os gostos.Concordam os corações.

Quando um dia, inesperada.Uma dor nos espezinha,Embora bem disfarçadaNum instante ele adivinha.

Com uma palavra breve.E sábia, realiza o encanto.Eis que já sentimos leve.O que nos pesava tanto.

Na hora difícil e indecisa.Em que descremos de nós,Só ele nos valoriza.

Com sua calma e sua voz.

Mais que irmão! Conceito antigo.Nos instrui com perfeição.Se nem sempre o irmão é amigo.Todo amigo é sempre irmão.

Mas não é qualquer no mundo.Que possui o raro dom.Para ser amigo profundo.É preciso antes, ser bom.

Sabedoria Positiva

Embora sozinho... continue a caminhada!

Se todos o abandonarem... prossiga suajornada!

Se trevas crescerem ao seu redor é maisuma razão para que você mantenha acesaa pequenina chama de sua fé

Seja forte! Seja forte!

Não deixe que sua luz se apague para quevocê mesmo não fique nas trevas!

Ilumine com sua luz as trevas que o circu-dam.,

Siga em frente... ainda que o mundo intei-ro esteja contra você.

Você há de vencer mesmo que fique sozi-nho.

Os seus pensamentos são a maior força cri-adora que existe sobre a terra.

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Os bons pensamentos modificam a suasaúde, o seu ambiente, as suas amizadese a sua vida.

Se você quiser melhorar sua sorte melho-re primeiro os seus pensamentos, pensan-do unicamente no Bem.

Pense positivamente para atrair apenaspensamentos positivos de:

Paz, amor e prosperidade.

Mantenha firme seu otimismo na vida.

Seja alegre.

Deus está dentro de você.

Lições para uma nova vida

A maior visão é a gentileza. Não impor-ta quantas vezes você se sinta derrotado.O que importa é quantas vezes você se le-vanta.

O nosso ganha-pão é o quanto consegui-mos obter. A nossa vida é o quanto nósconseguimos dar.

Para ter um amigo você precisa ser umamigo. Conte-me, e eu esquecerei.Mostre-me, e eu não lembrarei. Envolva-me, e eu entenderei.

O melhoramento começa no interior de ca-da um de nós. De todas as coisas que vocêusar, sua expressão é a mais importante.Acredite que aqueles que procuram a ver-dade têm dúvidas mesmo quando a encon-tram.

As pessoas nem sempre acreditam em tudo

o que você diz... Mas elas sempre acredi-tam naquilo que você faz.

Simplicidade é o caminho para a verdadei-ra alegria.

Quando perderes, não percas a lição.

“A Felicidade pode parecer-nos sutilmen-te inconstante, mas, se a soubermos iden-tificar na frequência de nossas vidas,tornamo-la permanente”

Prece irlandesa

Que a estrada se abra a sua frente.Que o vento sopre levemente às suas cos-tas.Que o sol brilhe morno e suave em suaface.Que a chuva caia de mansinho em seuscampos.E até que nos encontremos de novo,que Deus lhe guarde nas palmas de suasmãos...

Agoras!

Terezinha Passos

Pense... Você já se arrependeu de em de-terminadas circunstâncias, não ter toma-do atitudes que viessem, de alguma forma,melhorar a sua vida?

Clarice Lispector, em sua crônica Apren-dendo a Viver, sabiamente comenta que to-dos nós, quando fazemos exame de consci-ência, lembramo-nos de vários agoras que

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foram perdidos e que não voltaram mais.Que o arrependimento de ter tido, não tersido, não ter feito, não ter aceito costumaser doloroso e profundo.

Na realidade, o que nos impede, na maio-ria das vezes, de ter o que queremos, sero que sonhamos, fazer o que pensamos eaceitar com o coração é a ousadia que nãocultivamos.

A ousadia, geralmente, é escrava do me-do... Quantas vezes perdemos a oportu-nidade de ser felizes, pelo medo de ter aousadia de amar.

Medo de ousar porque o objeto do amorera mais bonito, mais rico, mais jovem,mais velho, mais culto, menos culto... eaí... o tempo passou e o agora também...

Quantas vezes perdemos a oportunidade

de realizar um grande sonho, por não tera coragem de ousar, de arriscar, deixandopara depois ou para mais tarde o que deve-ria ser naquele agora...

Quantas vezes não pronunciamos, no mo-mento oportuno, as palavras que gostaría-mos de dizer pelo medo de parecer ridículoe imaturos...

Quantas vezes ficamos, porque temos me-do de partir.

Quantas vezes dizemos baixinho o que, narealidade, gostaríamos de gritar...

Quantos agoras perdemos esquecendo queo riso pode ser a salvação de muitas alegri-as de nossas vidas.

O medo que nos impede de ser ousados noagora, também está nos impedindo de vera linda pessoa que podemos ser.