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1 CPV INSPERNOV2016 REDAÇÃO TEMA 1 Texto I “Somos Todos Paralímpicos” é o tema de uma campanha de divulgação dos Jogos Paralímpicos 2016, que gerou polêmica. As imagens dos atores Cléo Pires e Paulo Vilhena foram editadas para representar atletas com algum tipo de deficiência física, porém a montagem não foi bem vista. Entre as principais queixas, está a reivindicação de que a publicidade deveria ter sido estrelada por atletas em vez de atores. O intuito foi gerar maior visibilidade para o evento e incentivar a compra de ingressos para os Jogos Paralímpicos. Segundo o próprio veículo que divulgou a campanha, essa foi uma forma de apoiar a causa nobre. Mas a divulgação trouxe à tona a questão da representatividade de grupos e da apropriação de discursos por outros que, mesmo apoiando, encontram-se em lugar diferente e, portanto, possuem uma percepção diferente da realidade. Essa discussão é recorrente em campanhas de inclusão e os anunciantes devem ser cuidadosos. Cinthya Oliveira. Polêmica da campanha “Somos Todos Paralímpicos”. http://pontosdecontato.com.br. 24/08/2016. Adaptado Texto II A principal questão apontada por críticos à campanha “Somos todos Paralímpicos” foi a da representatividade. O argumento dado é o de que os próprios atletas paralímpicos podem ser protagonistas de campanhas que chamam atenção para suas histórias. A escolha de atores não deficientes mantém essas pessoas na invisibilidade. “Por isso, num momento em que se discute tanto representatividade, é preciso entender que os holofotes devem estar virados a eles. E não a alguém que os encena. As intenções podem ser boas, mas não são eficazes”, defendeu o jornalista Pedro Henrique França nas redes sociais. “Enquanto a vida for uma capa de revista ou um editorial de moda que exalta padrões pré-estabelecidos, essas pessoas todas continuarão não existindo. E a pior coisa que tem é inexistir dentro de sua própria existência. Uma coisa é ter a empatia de se colocar no lugar do outro. Outra é a hipocrisia de estar no lugar do outro. Nós não somos todos paralímpicos. Mas podemos, um dia, ser todos normais”, acrescenta. Beatriz Montesanti. A questão da representatividade na campanha publicitária ‘Somos Todos Paralímpicos’. https://www.nexojornal.com.br. 25/08/2016. Texto III Representados na campanha publicitária de uma revista de moda pelos atores Cléo Pires e Paulo Vilhena, os atletas paralímpicos Bruna Alexandre (tênis de mesa) e Renato Leite (vôlei sentado) saíram em defesa dos artistas, que acabaram sendo alvos indiretos de críticas. Na ação, Vilhena e Cléo estão em fotomontagens em que ele aparece com uma perna mecânica – de Renato – enquanto ela está com um dos braços amputados – de Bruna. Para Renato, a campanha alcançou seu objetivo e trouxe visibilidade aos Jogos, ajudando a atingir um público que não tem muito conhecimento sobre os esportes paralímpicos. “A campanha foi sensacional, uma grande ideia para propagar cada vez mais o movimento paralímpico. Fez com que outras pessoas pudessem conhecer o nosso espírito e com que nós pudéssemos nos mostrar na competição em si, em termos de resultado”, declarou. A tenista de mesa Bruna Alexandre acredita que a participação dos atores ajudou também no aumento da venda de ingressos que estava baixa. “Foi um incentivo para nós. Graças a eles, foram um milhão de ingressos vendidos ainda antes do início dos Jogos”, disse. Bruno Braz. Paraolímpicos defendem Cléo Pires e Vilhena após campanha polêmica. http://olimpiadas.uol.com.br. 01/09/2016. Adaptado Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: Deve-se privilegiar a visibilidade em detrimento da representatividade em campanhas publicitárias? O CPV ACERTA O TEMA DE REDAÇÃO DO INSPER CPV SEU PÉ DIREITO NO INSPER INSPER RESOLVIDA 15/ NOVEMBRO/2016 – PROVA A

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1CPV INSPERNOV2016

REDAÇÃO

TEMA 1

Texto I“Somos Todos Paralímpicos” é o tema de uma campanha de divulgação dos Jogos Paralímpicos 2016, que gerou polêmica. As imagens dos atores Cléo Pires e Paulo Vilhena foram editadas para representar atletas com algum tipo de deficiência física, porém a montagem não foi bem vista. Entre as principais queixas, está a reivindicação de que a publicidade deveria ter sido estrelada por atletas em vez de atores.O intuito foi gerar maior visibilidade para o evento e incentivar a compra de ingressos para os Jogos Paralímpicos. Segundo o próprio veículo que divulgou a campanha, essa foi uma forma de apoiar a causa nobre. Mas a divulgação trouxe à tona a questão da representatividade de grupos e da apropriação de discursos por outros que, mesmo apoiando, encontram-se em lugar diferente e, portanto, possuem uma percepção diferente da realidade. Essa discussão é recorrente em campanhas de inclusão e os anunciantes devem ser cuidadosos.

Cinthya Oliveira. Polêmica da campanha “Somos Todos Paralímpicos”. http://pontosdecontato.com.br. 24/08/2016. Adaptado

Texto IIA principal questão apontada por críticos à campanha “Somos todos Paralímpicos” foi a da representatividade. O argumento dado é o de que os próprios atletas paralímpicos podem ser protagonistas de campanhas que chamam atenção para suas histórias. A escolha de atores não deficientes mantém essas pessoas na invisibilidade. “Por isso, num momento em que se discute tanto representatividade, é preciso entender que os holofotes devem estar virados a eles. E não a alguém que os encena. As intenções podem ser boas, mas não são eficazes”, defendeu o jornalista Pedro Henrique França nas redes sociais. “Enquanto a vida for uma capa de revista ou um editorial de moda que exalta padrões pré-estabelecidos, essas pessoas todas continuarão não existindo. E a pior coisa que tem é inexistir dentro de sua própria existência. Uma coisa é ter a empatia de se colocar no lugar do outro. Outra é a hipocrisia de estar no lugar do outro. Nós não somos todos paralímpicos. Mas podemos, um dia, ser todos normais”, acrescenta.

Beatriz Montesanti. A questão da representatividade na campanha publicitária ‘Somos Todos Paralímpicos’. https://www.nexojornal.com.br. 25/08/2016.

Texto III

Representados na campanha publicitária de uma revista de moda pelos atores Cléo Pires e Paulo Vilhena, os atletas paralímpicos Bruna Alexandre (tênis de mesa) e Renato Leite (vôlei sentado) saíram em defesa dos artistas, que acabaram sendo alvos indiretos de críticas. Na ação, Vilhena e Cléo estão em fotomontagens em que ele aparece com uma perna mecânica – de Renato – enquanto ela está com um dos braços amputados – de Bruna. Para Renato, a campanha alcançou seu objetivo e trouxe visibilidade aos Jogos, ajudando a atingir um público que não tem muito conhecimento sobre os esportes paralímpicos. “A campanha foi sensacional, uma grande ideia para propagar cada vez mais o movimento paralímpico. Fez com que outras pessoas pudessem conhecer o nosso espírito e com que nós pudéssemos nos mostrar na competição em si, em termos de resultado”, declarou. A tenista de mesa Bruna Alexandre acredita que a participação dos atores ajudou também no aumento da venda de ingressos que estava baixa. “Foi um incentivo para nós. Graças a eles, foram um milhão de ingressos vendidos ainda antes do início dos Jogos”, disse.

Bruno Braz. Paraolímpicos defendem Cléo Pires e Vilhena após campanha polêmica.http://olimpiadas.uol.com.br. 01/09/2016. Adaptado

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Deve-se privilegiar a visibilidade em detrimento da representatividade em campanhas publicitárias?

O CPV ACERTA O TEMA DE REDAÇÃO DO INSPER

CPV seu Pé Direito no INSPERINSPER Resolvida – 15/novembro/2016 – Prova a

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades2

CPV INSPERNOV2016

COMENTÁRIO DO CPV SOBRE A PROVA DE REDAÇÃO

O CPV acerta o tema de redação do INSPER

Foram trabalhados, em algumas aulas do CPV, os vários tipos de violência existentes. Além disso, foram mencionadas em aula a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, destacando-as como progressos na democracia vigente. Ademais, em aula, foram abordados os vários tipos de intolerância e de desigualdades sociais,

assuntos que perpassam pelo tema da redação do Insper. Outra abordagem desse tema em aula do CPV foi um exemplo de parágrafo de desenvolvimento de aluno aprovado no Insper, cujo assunto foi justamente a importância

da Lei Maria da Penha e de sua incapacidade de mudar a histórica cultura patriarcal do país. Assim, os alunos do CPV tiveram subsídios mais do que suficientes para desenvolver uma excelente redação no Insper.

Os temas de redação do Insper 2017-1 foram elaborados pela Vunesp, uma Fundação cujo trabalho é sempre de excelência. As coletâneas selecionadas para apoiar as propostas foram muito bem escolhidas, dando suporte para o aluno redigir a redação, mesmo que não tivesse tido contato com o tema anteriormente. No entanto, notamos dois problemas:

* Primeiro — a escolha do tema sobre a violência contra a mulher, assunto já amplamente trabalhado nos últimos semestres por provas como o Enem e a FGV;

* Segundo — a falta de aviso-prévio do Insper sobre a mudança de elaboração da prova. Redigir duas redações a caneta em duas horas não propicia ao aluno a possibilidade de realizar uma boa redação. Com esse tempo escasso, os alunos nem tiveram tempo suficiente para fazer um rascunho. Muitos alunos precisaram fazer a redação direto a caneta no espaço oficial, fato que, muito provavelmente, os levou a rasurar muito a prova. Como a redação é feita na parte da tarde, sem nenhuma outra prova em conjunto, consideramos que seria mais prudente dedicar, pelo menos, mais uma hora para a redação ou deixar as duas horas para que o aluno fizesse somente uma das duas redações. Redigir uma boa dissertação exige tempo para pensar, organizar as ideias e, só no fim, redigi-la. Com pouco tempo, o aluno acaba se dedicando apenas a escrever o texto.

COMENTÁRIO DO CPV SOBRE O TEMA 1

O tema 1 foi: Deve-se privilegiar a visibilidade em detrimento da representatividade em campanhas publicitárias?

A coletânea referente a esse tema apresentou três textos com visões diferentes sobre a visibilidade e a representatividade dos atletas paraolímpicos. A polêmica tratada nos textos gira em torno de uma campanha de divulgação dos jogos paralímpicos que utilizou dois atores famosos para representar atletas paralímpicos. Com base nisso, os alunos poderiam tanto defender que usar atores sem nenhum tipo de necessidade especial para esse tipo de campanha prejudica a representatividade das pessoas portadoras de alguma deficiência física quanto poderiam defender que o intuito de utilizar celebridades na campanha é o de dar visibilidade à causa.

Nesse sentido, uma redação que apoie a campanha que foi feita poderia ter se baseado no poder da mídia em chamar a atenção do público sobre alguma causa quando escolhe como porta-voz dessa causa uma pessoa famosa, pois é uma forma de obter a atenção da maior parte da população. Dessa forma, tentar dar visibilidade à causa por meio da representatividade, ou seja, utilizando-se indivíduos que realmente são portadores de necessidades especiais, poderia ser um método não tão eficiente de incentivo à compra de ingressos para as paralímpiadas. Nesse contexto, o aluno poderia explorar o poder de algumas propagandas que passam a vender mais produtos quanto selecionam um famoso para apresentar a propaganda. A mesma lógica seria aplicada no caso da campanha “Somos Todos Paralímpicos”, já que o objetivo era incentivar a compra de ingressos para essa olimpíada.

Por outro lado, uma redação que criticasse a campanha trabalharia mais com a argumentação voltada à representatividade dos atletas paraolímpicos. Essa representatividade deveria ser feita por quem, de fato, vive a experiência de ser portador de deficiência, uma vez que são campanhas como essa que deveriam passar ao público uma imagem verdadeira, e não fantasiosa, do problema. Desse modo, a causa poderia ter uma visibilidade baseada na representatividade. Embora essa visibilidade pudesse ser menor do que a da campanha que usou artistas como personagens paralímpicos, não haveria o problema ético de apropriação de discurso, o que, na atualidade, para muitos, enfraquece a causa defendida. Ademais, o aluno poderia defender que a visibilidade, de fato, nesse caso, é muito maior para os atores, que terão mais espaço na mídia por estarem veiculados a essa causa, do que propriamente para os atletas em questão.

3seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades INSPER – 15/11/2016

INSPERNOV2016 CPV

TEMA 2

Texto I

A violência contra a mulher não é um fato novo. Pelo contrário, é tão antigo quanto a humanidade. O que é novo, e muito recente, é a preocupação com a superação dessa violência como condição necessária para a construção de nossa humanidade. E um fato mais novo ainda é a criminalização da violência contra as mulheres, não só pela letra das normas ou leis mas também, e fundamentalmente, pela consolidação de estruturas específicas, mediante as quais o aparelho policial e jurídico pode ser mobilizado para proteger as vítimas e punir os agressores. No Brasil, em agosto de 2006, era sancionada a Lei no 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, visando incrementar e destacar o rigor das punições para esse tipo de crime.

Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. http://www.mapadaviolencia.org.br. Adaptado

Texto II

Disponível em: http://www.midiamax.com.br. 09/07/2016. Adaptado

Texto III

A Lei Maria da Penha diminuiu em 10% o número de homicídios contra mulheres, de acordo com dados do Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea), divulgados no ano passado. Sua significância ultrapassou fronteiras, e a ONU (Organização das Nações Unidas) a reconheceu como uma das três melhores legislações do mundo neste sentido.

Adélia Moreira Pessoa, presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Defesa da Família), reitera a efetividade da Lei, pois ela “trouxe maior visibilidade à violência de gênero e, após sua vigência, a mulher adquiriu mais coragem para denunciar e romper com a situação”. Entretanto, afirma, as leis, isoladamente, não modificarão tal realidade. “Para determinar a mudança de padrões culturais, fazem-se necessárias ações educativas em todos os níveis de ensino e através de todos os meios de divulgação, especialmente a mídia”, defende.

A observação de Moreira Pessoa vai ao encontro das constatações do Mapa da Violência de 2015. O estudo aponta que, entre 2003 e 2013, o número de homicídios cometidos contra vítimas do sexo feminino passou de 3 937 para 4 762, aumento de 21% nadécada. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil apresentou taxa de 4,8 homicídios por 100 mil mulheresem 2013, o que coloca o país na 5a posição internacional, entre 83 nações avaliadas.

“A superação da violência contra as mulheres está longe de ser alcançada. Sem dúvida, um longo caminho já foi traçado, mas sedesenha no horizonte um vasto trajeto a percorrer, com múltiplos desafios”, comenta Adélia. Para ela, a falta de apoio efetivo àsmulheres em situações de violência (no âmbito público e privado), a incompreensão e resistência dos agentes sociais responsáveispelos atendimentos e encaminhamentos e a inexistência de um programa de atendimento ao autor da agressão são pontos a serem discutidos e aperfeiçoados.

Lei Maria da Penha: uma década de lutas e conquistas. Disponível em: http://www.ibdfam.org.br. 03/08/2016. Adaptado

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Os dez anos da Lei Maria da Penha e a superação da violência contra a mulher

INSPER – 15/11/2016 seu Pé diReito nas MelhoRes Faculdades4

CPV INSPERNOV2016

COMENTÁRIO DO CPV SOBRE O TEMA 2

O tema 2 foi Os dez anos da Lei Maria da Penha e a superação da violência contra a mulher.

A coletânea referente a esse tema apresentou três textos com informações diferentes sobre o assunto. Essas informações serviriam de base para o aluno elaborar sua dissertação. A partir das informações da coletânea, os alunos poderiam abordar o assunto sob as seguintes perspectivas:

* Tipos de violência cometidos contra a mulher — embora quando se fala em violência pensa-se normalmente na violência física, poder-se-ia abordar também outros tipos de violência cometidos contra a mulher: psicológica, moral, patrimonial, cárcere privado, tráfico de pessoas. A exemplo disso, poderiam ser citados os casos de muitas mulheres que passaram por estupro e acreditam que foram responsáveis pelo crime por estarem sozinhas em um determinado local ou por estarem usando roupas consideradas inapropriadas por uma sociedade machista. Quando a sociedade reforça esse pensamento, ela violenta psicologicmaente a mulher que foi vítima de um crime. Especificamente em São Paulo, houve alguns depoimentos de alunas da Universidade de São Paulo (USP) sobre não estarem mais vestindo roupas curtas, mesmo em dias extremamente quentes, pois estavam com medo de sofrerem estupro na Universidade, já que houve vários casos neste ano. Além disso, é importante lembrar que muitas mulheres não se reconhecem como vítimas desse tipo de violência e tomam para si o discurso do seu algoz, passando, assim, por outro tipo de violência: a simbólica.

* Cultura patriarcal no Brasil — a violência contra a mulher foi naturalizada desde a formação do Brasil. Ao mesmo tempo em que o ser do sexo feminino era relegado ao espaço privado, para realizar as tarefas domésticas e assumir a responsabilidade pela educação dos filhos, o indivíduo do sexo masculino firmava-se, cada vez mais, no espaço público, tendo seu poder sobre a família ampliado, por ser ele o responsável pela manutenção econômica familiar. Nesse sentido, por séculos a mulher fez parte desse imaginário, que a colocava em um papel pouco significante na vida pública. Não ter os mesmos direitos que o homem é uma forma de violência naturalizada pela cultura patriarcal.

* Progressos e desafios — apesar de, na atualidade, a mulher brasileira ser reconhecida pela Constituição de 1988 com os mesmos direitos que o homem, ter vários direitos garantidos pela Carta de Direitos Humanos (como receber o mesmo salário pela realização da mesma atividade realizada por homens), ter leis específicas de proteção (Lei Maria da Penha, Lei do Feminícidio), o que se percebe é que ainda há muitas pessoas (homens e mulheres) que não aceitam os direitos femininos conquistados. Nesse sentido, considerando que o homem é superior à mulher em força física, muitos a utilizam como forma de controlar suas companheiras de modo a mantê-las em posição de inferioridade. Ainda há casos de mulheres que dependem do marido ou do pai para sobreviver, o que as faz aceitar a violência doméstica. Ademais, há muitos casos de mulheres que trabalham e recebem 30% a menos que homens, mesmo desempenhando a mesma função.

* Lei Maria da Penha — as leis são um grande progresso, mas o que se percebe, na prática, é que não são capazes de, sozinhas, mudarem uma cultura secular de violência contra a mulher. A lei Maria da Penha, por exemplo, reduziu somente em 10% os casos de homicídios. Sendo assim, nesse ano foi criada a Lei do Feminicício, que torna o feminicídio por razões de gênero um crime hediondo no país, visto que as mulheres ainda são submetidas à dominação brutal dos homens.