texto dissertativo

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Texto Dissertativo / ArgumentativoDissertar o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentao cientfica, o relatrio, o texto didtico, o artigo enciclopdico. Em princpio, o texto dissertativo no est preocupado com apersuasoe sim, com atransmisso de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.Ostextos argumentativos, ao contrrio, tm por finalidade principalpersuadiro leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, alm de explicar, tambm persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por trs partes essenciais.IntroduoQue apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a ideia principal do texto.Teatro e escola, em princpio, parecem ser espaos distintos, que desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposio ao ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos pretensamente "srios" , o teatro se configura como um espao de lazer e diverso. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grcia antiga, veremosque teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que se imagina.(tese)DesenvolvimentoFormado pelos pargrafos que fundamentam a tese. Normalmente, em cada pargrafo, apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer relaes de causa e efeito ou comparaes entre situaes, pocas e lugares diferentes, pode tambm se apoiar em depoimentos ou citaes de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatsticos, pesquisas, aluses histricas.O teatro grego apresentava uma funo eminentemente pedaggica.Com sua tragdias, Sfocles e Eurpides no visavam apenas diverso da plateia mas tambm, e sobretudo, pr em discusso certos temas que dividiam a opinio pblica naquele momento de transformao da sociedade grega. Poderia um filho desposar a prpria me, depois de ter assassinado o pai de forma involuntria (tema de dipo Rei)? Poderia uma me assassinar os filhos e depois matar-se por causa de um relacionamento amoroso (tema de Medeia e ainda atual, como comprova o caso da cruel me americana que, h alguns anos, jogou os filhos no lago para poder namorar livremente)?Naquela sociedade, que vivia a transio dos valores msticos, baseados na tradio religiosa, para os valores da polis, isto , aqueles resultantes da formao do Estado e suas leis,o teatro cumpria um papel poltico e pedaggico, medida que punha em xeque e em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilizao grega. "Ir ao teatro", para os gregos, no era apenas uma diverso, mas uma forma de refletir sobre o destino da prpria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores coletivos e individuais.Deixando de lado as diferenas obviamente existentes em torno dos gneros teatrais (tragdia, comdia, drama), em que o teatro grego, quantoa suas intenes, diferia do teatro moderno? Para Bertold Brecht, por exemplo, um dos mais significativos dramaturgos modernos,a funo do teatro era, antes de tudo, divertir. Apesar disso, suas peas tiveram um papel essencial pedaggicovoltadas para a conscientizao de trabalhadores e para a resistncia poltica na Alemanha nazista dos anos 30 do sculo XX.O teatro, ao representarsituaes de nossa prpria vida - sejam elas engraadas, trgicas, polticas, sentimentais, etc. - pe o homem a nu, diante de si mesmo e de seu destino. Talvez na instantaneidade e na fugacidade do teatro resida todo o encanto e sua magia: a cada representao, a vida humana recontada e exaltada.O teatro ensina, o teatro escola. uma forma de vida de fico que ilumina com seus holofotes a vida real, muito alm dos palcos e dos camarins.ConclusoQue geralmente retoma a tese, sintetizando as ideias gerais do texto ou propondo solues para o problema discutido. Mais raramente, a concluso pode vir na forma de interrogao ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogao, ela meramente retrica e deve j ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citao cientfica, filosfica ou literria, em uma formulao irnica ou em uma ideia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, d novos significados ao texto.Que o teatro seja uma forma alternativa de ensino e aprendizagem, inegvel.A escola sempre teve muito a aprender com o teatro, assim como este, de certa forma, e em linguagem prpria, complementa o trabalho de geraes de educadores, preocupados com a formao plena do ser humano.(concluso)Quisera as aulas tambm pudessem ter o encanto do teatro: a riqueza dos cenrios, o cuidado com os figurinos, o envolvimento da msica, o brilho da iluminao, a perfeio do texto e a vibrao do pblico. Vamos ao teatro!(elemento-supresa)(Teatro e escola: o papel do educador: Ciley Cleto, professora de Portugus).Ateno:a linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma serimpessoal, objetivaedenotativa.Mais raramente, entretanto, h a combinao da objetividade com recursos poticos, como metforas e alegorias. Predominam formas verbais nopresente do indicativoe emprega-se opadro culto e formal da lngua.O PargrafoAlm da estrutura global do texto dissertativo-argumentativo, importante conhecer a estrutura de uma de suas unidades bsicas:o pargrafo.Pargrafo uma unidade de texto organizada em torno de umaideia-ncleo,que desenvolvida por ideias secundrias. O pargrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho varivel. No texto dissertativo-argumentativo, os pargrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principaldo texto, geralmente apresentada na introduo.Embora existam diferentes formas de organizao de pargrafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gneros jornalsticos apresentam uma estrutura-padro. Essa estrutura consiste em trs partes:a ideia-ncleo,as ideias secundrias(que desenvolvem a ideia-ncleo), aconcluso.Em pargrafos curtos, raro haver concluso.A seguir, apresentarei um espelho de correo de redao. A faixa de valores dos itens analisados sofre alterao a cada concurso, os aspectos macroestruturais e microestruturais so variveis na maneira como so expostos. No entanto, os espelhos no fogem ao padro pr-determinado.

ESPELHO DA AVALIAO DA PROVADISCURSIVA - MODELO CESPE/UnBAspectos macroestruturaisnota obtidafaixa de valores

APRESENTAO TEXTUAL

Legibilidade(0,00a 2,00)

Respeito s margens e indicao de pargrafos(0,00a 2,00)

ESTRUTURA TEXTUAL(dissertativa)

Introduo adequada ao tema/posicionamento(0,00a 4,00)

Desenvolvimento(0,00a 4,00)

Fechamento do texto de forma coerente(0,00a 4,00)

DESENVOLVIMENTO DO TEMA

Estabelecimento de conexes lgicas entre os argumentos(0,00a4,00)

Objetividade de argumentao frente ao tema/posicionamento(0,00a4,00)

Estabelecimento de uma progressividade textual em relao sequncia lgica do pensamento(0,00a4,0

Tipo de erroPontuaoConstruo do perodoEmprego de conectoresConcordncia nominalConcordncia verbalRegncia nominalRegncia verbalGrafia/acentuaoRepetio/omisso vocabularOutrosNota no contedo (NC) NC = 5 : 28 x (soma das notas dos quesitos)Nmero de linhas efetivamente ocupadas (TL)Nmero de erros (NE)NOTA DA PROVA DISCURSIVA (NPD):NPD=NC - 3 x NE : TLA seguir, apresentarei a estrutura textual dissertativa, a partir dos dados do espelho de correo da prova discursiva, seguindo a orientao do professor Fernando Moura (Nas Linhas e Entrelinhas).

ESTRUTURATEXTUALDISSERTATIVA

1. Bases ConceituaisPARTE I - O contedo da redaoa)Apresentao TextualLegibilidade e erro: escreva sempre comletralegvel. Prefira a letra cursiva. A letra de imprensa poder ser usada desde que se distinga bem as iniciais maisculas e minsculas. No caso de erro, risque com um trao simples, o trecho ou o sinal grfico e escreva o respectivo substituto.Ateno:no use parnteses para esse fim.- Respeito s margens e indicao dos pargrafos;Para dar incio aos pargrafos, o espao de mais ou menosdoiscentmetros suficiente. Observe as margens esquerda e direita na folha para o texto definitivo. No crie outras. No deixe "buracos" no texto. Na translineao, obedea s regras de diviso silbica.-Limite mximo de linhas;Alm de escrever seu texto em local devido (folha definitiva), respeite o limite mximo de linhas destinadas a cada parte da prova, conforme orientao da banca. As linhas que ultrapassarem o limite mximo sero desconsideradas ou qualquer texto que ultrapassar a extenso mxima ser totalmente desconsiderado.-Eliminao do candidato;Seu texto poder ser desconsiderado nas seguintes situaes:-ultrapassagem do limite mximo de linhas.-ausncia de texto: quando o candidato no faz seu texto na FOLHA PARA O TEXTO DEFINITIVO.-fuga total ao tema:analise cuidadosamente a proposta apresentada. Estruture seu texto em conformidade com as orientaes explicitadas no caderno da prova discursiva.-registros indevidos: anotaes do tipo "fim" , "the end", "O senhor meu pastor, nada me faltar" ou recados ao examinador, rubricas e desenhos.b)Estrutura Textual DissertativaNo d ttulo ao texto, comea na linha 1da folha definitivao seu pargrafo deintroduo.Estrutura clssica do texto dissertativob.1) Introduo adequada ao tema / posicionamentoApresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe introduo situar o leitor a respeito da postura ideolgica de quem o redige acerca de determinado assunto. Deve conter atesee asgeneralidadesque sero aprofundadas ao longo do desenvolvimento do texto. O importante que a sua introduo sejacompletae esteja em consonncia com os critrios de paragrafao. No misture ideias.b.2) DesenvolvimentoApresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando detidamente as ideias e exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Nele, organizamos o pensamento em favor da tese. Cada pargrafo (e o texto) pode ser organizado de diferentes maneiras:- Estabelecimento dasrelaes de causa e efeito: motivos, razes, fundamentos, alicerces, os porqus/ consequncias, efeitos, repercusses, reflexos;- Estabelecimento decomparaes e contrastes: diferenas e semelhanas entre elementos - de um lado, de outro lado,em contraste, ao contrrio;-Enumeraes e exemplificaes: indicao de fatores, funes ou elementos que esclarecem ou reforam uma afirmao.b.3) Fechamento do texto de forma coerenteRetoma ou reafirma todas as ideias apresentadas e discutidas no desenvolvimento, tomando uma posio acerca do problema, da tese. tambm um momento de expanso, desde que se mantenha uma conexo lgica entre as ideias.c)Desenvolvimento do Temac.1) Estabelecimento de conexes lgicas entre os argumentos.Apresentao dosargumentosdeforma ordenada, com anlise detida das ideias e exemplificao de maneira rica esuficiente do pensamento. Para garantir as devidas conexes entreperodos, pargrafos e argumentos, empregar os elementos responsveis pela coerncia e unicidade, tais comooperadores de sequenciao, conectores, pronomes. Procurar garantir a unidade temtica.c.2) Objetividade de argumentao frente ao tema / posicionamentoO texto precisa ser articulado com base nas informaes essenciais que desenvolvero o tema proposto.Dispensar as ideias excessivas e perifricas. Planejar previamente a redao definindo antecipadamente o que deve ser feito. Recorrer aobanco de ideias um passo importante. Listar as ideias que lhe vier cabea sobre o tema.. Estabelecer a tese que ser defendida. Selecionar cuidadosamente entre as ideias listadas, aquelas que delimitaro o tema e defendero o seuposicionamento.c.3) Estabelecimento de uma progressividade textual em relao sequncia lgica do pensamento.O texto deve apresentarcoerncia sequencial satisfatria. Quando se proceder seleo dos argumentos nobanco de ideias, deve-se classific-los segundoa fora para convencer o leitor, partindo dos menos fortes parta os mais fortes.Carssimos, possvel (e bem mais tranquilo) desenvolver um texto dissertativo a partir da elaborao de esquemas. Por mais simples que lhes parea, a redao elaborada a partir de esquema permite-lhes desenvolver o texto com sequncia lgica, de acordo com os critrios exigidos no comando da questo (nmero de linhas, por exemplo), atendendo aos aspectos mencionados no espelho de avaliao. A professora Branca Granatic oferece-nos a seguinte sugesto de esquema:

SUGESTO DEPRODUO DE TEXTO COM BASE EM ESQUEMASESQUEMA BSICO DA DISSERTAO1 pargrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 + argumento 32 pargrafo :desenvolvimento do argumento 13 pargrafo: desenvolvimento do argumento 24 pargrafo: desenvolvimento do argumento 35 pargrafo: expresso inicial + reafirmao do tema + observao final.EXEMPLO:TEMA:Chegando ao terceiro milnio, o homem ainda no conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos.PORQU?*arg. 1:Existem populaes imersas em completa misria.*arg. 2:A paz interrompida frequentemente por conflitos internacionais.*arg. 3:O meio ambiente encontra-se ameaado por srio desequilbrio ecolgico.Texto definitivoChegando ao terceiro milnio, ohomem ainda no conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos,pois existempopulaesimersas em completamisria,a paz interrompida frequentemente porconflitos internacionaise, alm do mais, omeio ambienteencontra-se ameaado porsrio desequilbrio ecolgico.Embora o planeta disponha de riquezas incalculveis - estas, mal distribudas, quer entreEstados, quer entre indivduos - encontramoslegies de famintosem pontos especficos da Terra. Nos pases do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regies da frica, vemos com tristeza, a falncia da solidariedade humana e da colaborao entre as naes.Alm disso,nesta ltimas dcadas, temos assistido, com certa preocupao, aosconflitos internacionaisque se sucedem. Muitos trazem na memria a triste lembrana das guerras do Vietn e da Coria, as quais provocaram grande extermnio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslvia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreenso nos causou.Outra preocupaoconstante odesequilbrio ecolgico,provocado pela ambio desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as guas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agresses, acabe por se transformar em local inabitvel.Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar queo homem est muito longe de solucionar os graves problemasque afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidria. desejo de todos ns que algo seja feito no sentido de conteressas foras ameaadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacfico, ser mais facilmente habitado pelas geraes vindouras.Se vocs seguirem a orientao dada pelo esquema, desde o 1 pargrafo,vero que no h como se perder na redao, nem fazer a introduo maior que o desenvolvimento, j que a introduo apresenta, de forma embrionria, o que ser desenvolvido no corpo do texto. E lembre-se de que a concluso sempre retoma a ideia apresentada na introduo, reafirmando-a, apresentando propostas, solues para o caso apresentado. Com essa noo clara, de estrutura de texto, tambm possvel melhorar o seu desempenho nas provas de compreenso e interpretao de textos.

Lembre-se sempre que, ao formar um Plano de Trabalho para escrever sua redao, voc deve visualizar tambm a sua ESTTICA: Nunca comece uma redao com perodos longos. Basta fazer uma frase-ncleo que ser a sua ideia geral a ser desenvolvida nos pargrafos que se seguiro; Nunca coloque uma expresso que desconhea, pois o erro de ortografia e acentuao o que mais tira pontos em uma redao; Nunca coloque hfen onde no necessrio como em penta-campeo ou separao de slabas erroneamente como ca-rro (isto s acontece em espanhol e estamos escrevendo na lngua portuguesa); Nunca use grias na redao pois a dissertao a explicao racional do que vai ser desenvolvido e uma gria pode cortar totalmente a sequncia do que vai ser desenvolvido alm de ofender a norma culta da Lngua Portuguesa; Nunca esquea dos pingos nos "is" pois bolinha no vale; Nunca coloque vrgulas onde no so necessrias (o que tem de erro de pontuao !); Nunca entregue uma redao sem verificar a separao silbica das palavras; Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel; Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte frase-ncleo para orientar seus argumentos; Verifique sempre a ESTTICA: Pargrafo, acentuao, vocabulrio, separao silbica e principalmente a PONTUAO que a maior dificuldade de quem escreve e a maioria acha que to fcil pontuar ! Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a letra no final da redao para ganhar mais espao ou aumentar para preencher espao; A letra tem que ser visvel e compreensvel para quem l; Prepare sempre um esquema lgico em cima da estrutura intrnseca e extrnseca; No inicie nem termine uma redao com expresses do tipo: "... Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dvidas em seus argumentos anteriores; Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente." . E de "neologismos incultos" do tipo: "...imexvel... inconstitucionalizvel...".

Antes de comearmos a estudar aintroduo, teremos que nos ater a dois aspectos muito importantes: o tema e o ttulo:Tema: o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a idia que ser defendida ao longo da dissertao. Deve-se ter o tema como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele como parte da dissertaoTtulo: uma expresso, geralmente curta e sem verbo, colocada antes da dissertao. Se no houver verbo no ttulo, no se usa ponto final. No se deve pular linha depois do ttulo. A colocao de letras maisculas em todas as palavras, menos artigos,preposieseconjunes, facultativa.Apesar de o ttulo ser importante para uma dissertao, julgo ser tambm perigoso, pois, como o estudante no est acostumado a dissertar, pode equivocar-se e dar um ttulo que no corresponda ao mago da redao. Portanto acredito que o ideal seria colocar ttulo apenas quando o vestibular o exigir.Introduo:A Introduo a informao do assunto sobre o qual a dissertao tratar. O pargrafo introdutrio fundamental. precisa ser bem claro e chamar a ateno para os tpicos mais importantes do desenvolvimento.Como fazer uma introduoO primeiro pargrafo da redao pode ser feito de diversas maneiras diferentes:01)Trajetria histrica:Traar a trajetria histrica apresentar uma analogia entre elementos do passado e do presente.J que uma analogia ser apresentada, ento os elementos devem ser similares; h de haver semelhana entre os argumentos apresentados, ou seja, s usaremos a trajetria histrica, quando houver um fato no passado que seja comparvel, de alguma maneira, a outro no presente.Quando apresentar a trajetria histrica na introduo, deve-se discutir, no desenvolvimento, cada elemento em um s pargrafo. No misture elementos de pocas diferentes em um mesmo pargrafo. A trajetria histrica torna convincente a exemplificao; s se deve usar esse argumento, se houver conhecimento que legitime a fonte histrica.02)Comparando social, geogrfica ou historicamente.Tambm apresentar uma analogia entre elementos, porm sem buscar no passado a argumentao. comparar dois pases, dois fatos, duas personagens, enfim, comparar dois elementos, para comprovar o tema.Lembre-se de que se trata da introduo, portanto a comparao apenas ser apresentada para, no desenvolvimento, ser discutido cada elemento da comparao em um pargrafo.03)Conceituando ou definindo uma idia ou situao.Em alguns temas de dissertao surgem palavras-chave de extrema importncia para a argumentao. Nesses casos, pode-se iniciar a redao com a definio dessa palavra, com o significado dela, para, posteriormente, no desenvolvimento, trabalhar com exemplos de comprovao.04)Contestando uma idia ou citao, contradizendo, em partes.Quando o tema apresenta uma idia com a qual no se concorda inteiramente, pode-se trabalhar com este mtodo: concordar com o tema, em partes, ou seja, argumentar que a idia do tema verdadeira, mas que existem controvrsias; discutir que o assunto do tema polmico, que h elementos que o comprovem, e elementos que discordem dele, igualmente.No se esquea de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introduo, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse mtodo, o desenvolvimento deve conter as duas comprovaes, cada uma em um pargrafo.05)Refutando o tema, contradizendo totalmente.Refutar significa rebater os argumentos; contestar as asseres; no concordar com algo; reprovar; ser contrrio a algo; contrariar com provas; desmentir; negar. Portanto refutar o tema escrever, na introduo, o contrrio do que foi apresentado pelo tema. Deve-se tomar muito cuidado, pois no s escrever o contrrio, mas mostrar que se contra o que est escrito. O ideal, nesse caso, iniciar a introduo com Ao contrrio do que se acredita...No se esquea, novamente, de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introduo, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse mtodo, o desenvolvimento deve conter apenas elementos contrrios ao tema. Cuidado para no cair em contradio. Se for, na introduo, favorvel ao tema, apresente, no desenvolvimento, apenas elementos favorveis a ele; se for contrrio, apresente apenas elementos contrrios.06)Elaborando uma srie de interrogaes.Pode-se iniciar a redao com uma srie de perguntas. Porm, cuidado! Devem ser perguntas que levem a questionamentos e reflexes, e no perguntas vazias que levem a nada ou apenas a respostas genricas.As perguntas devem ser respondidas, no desenvolvimento, com argumentaes coerentes e importantes, cada uma em um pargrafo. Portanto use esse mtodo apenas quando j possuir as respostas, ou seja, escolha primeiramente os argumentos que sero utilizados no desenvolvimento e elabore perguntas sobre eles, para funcionar como introduo da dissertao.07)Transformando a introduo em uma pergunta.O mesmo que a anterior, mas com apenas uma pergunta.08)Elaborando uma enumerao de informaes.Quando se tem certeza de que as informaes so verdicas, podem-se us-las na introduo e, depois, discuti-las, uma a uma, no desenvolvimento.09)Caracterizando espaos ou aspectos.Pode-se iniciar a introduo com uma descrio de lugares ou de pocas, ou ainda com uma narrao de fatos. Deve ser uma curta descrio ou narrao, somente para iniciar a redao de maneira interessante, curiosa. No se empolgue!! No transforme a dissertao emdescrio, muito menos emnarrao.10)Resumo do que ser apresentado no desenvolvimento.Uma das maneiras mais fceis de se elaborar a introduo apresentar o resumo do que se vai discutir no desenvolvimento. Nesse caso, necessrio planejar cuidadosamente a redao toda, antes de come-la, pois, na introduo, sero apresentados os tpicos a serem discutidos no desenvolvimento. Deve-se tomar o cuidado para no se apresentarem muitos tpicos, seno a dissertao ser somente expositiva e no argumentativa. Cada tpico apresentado na introduo deve ser discutido no desenvolvimento em um pargrafo inteiro. No se devem mistur-los em um pargrafo s, nem utilizar dois ou mais pargrafos, para se discutir um mesmo assunto. O ideal que sejam apresentados somente dois ou trs temas para discusso.11)Parfrase.A maneira mais fcil de se elaborar a introduo valendo-se da parfrase, que consiste em reescrever o tema, utilizando suas prprias palavras. Deve- se tomar o cuidado, para no apenas se substiturem as palavras do tema por sinnimos, pois isso ser demonstrao de falta de criatividade; o melhor reestruturar totalmente o tema, realmente utilizando "SUAS" palavras.Observe o que traz o Michaelis - Moderno Dicionrio da Lngua Portuguesa, quanto definio da palavra parfrase: Explicao ou traduo mais desenvolvida de um texto por meio de palavras diferentes das nele empregadas. Portanto sua frase deve ser mais desenvolvida que a frase apresentada como tema, e as palavras devem ser diferentes, e no sinnimas.Frases-modelo, para o incio da introduo:Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar a introduo. No tomem estas frases como receita infalvel. Antes de us-las, analise bem o tema, planeje incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligncia, para ter certeza daquilo que ser incluso em sua dissertao. S depois disso, use estas frases: de conhecimento geral que ...Todos sabem que, em nosso pas, h tempos, observa- se ...Nesse caso, utilizei circunstncia de lugar (em nosso pas) e de tempo (h tempos). Isso s para mostrar que possvel acrescentar circunstncia divesas na introduo, no necessariamente estas que aqui esto. Outro elemento com o qual se deve tomar muito cuidado opronomese. Nesse caso, ele partcula apassivadora, portanto o verbo dever concordar com o elemento que vier frente (sing. ou pl.)Cogita-se, com muita freqncia, de ...O mesmo raciocnio da anterior, agora com a circunstncia de modo (com muita freqncia).Muito se tem discutido, recentemente, acerca de ...Muito se debate, hoje em dia, ...Partcula apassivadora novamente. Cuidado com a concordncia.O (A) ..... de fundamental importncia em .... de fundamental importncia o (a) .... indiscutvel que ... / inegvel que ...Muito se discute a importncia de ...Comenta-se, com freqncia, a respeito de ...No raro, toma-se conhecimento, por meio de ..., deApesar de muitos acreditarem que .... (refutao)Ao contrrio do que muitos acreditam ... (refutao)Pode-se afirmar que, em razo de ...( devido a, pelo ) ...Ao fazer uma anlise da sociedade, busca-se descobrir as causas de ....Talvez seja difcil dizer o motivo pelo qual ...Ao analisar o (a, os, as) ... , possvel conhecer o (a, os, as) .... , pois ...