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Texto 5 - ESTRESSE E ENFRENTAMENTO

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Texto 5 - ESTRESSE E ENFRENTAMENTO

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O estresse é subjetivo e dinâmico, por isso, cada um de nós terá a sua própria percepção de estresse.

As estratégias de enfrentamento também são subjetivas, ou seja, particulares e individuais. Com isso, o surgimento e manejo desses recursos dependerão das experiências anteriores com a situação desafiadora, personalidade, história de vida, entre outros.

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SÍNDROME DE BURNOUT A síndrome de Burnout (do inglês to burn out,

queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.

Conceito: estafa e esgotamento físico e mental.

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SÍNDROME DE BURNOUT A dedicação exagerada à atividade

profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional.

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SÍNDROME DE BURNOUT O que tem início com satisfação e prazer termina

quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão. O indivíduo nesta busca sofre, além de problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. É uma patologia que atinge membros da Área da Saúde, Segurança Pública, setor bancário, Educação, Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de Projetos, profissionais da saúde em geral, jornalistas, advogados, professores e até mesmo voluntários.

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SÍNDROME DE BURNOUT – ESTÁGIOS Necessidade de se afirmar ou provar ser

sempre capaz Dedicação intensificada - com predominância

da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);

Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;

Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;

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SÍNDROME DE BURNOUT – ESTÁGIOS Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga

dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;

Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;

Recolhimento e aversão a reuniões (antissocialização);

Mudanças evidentes de comportamento (falta de bom senso e bom humor);

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SÍNDROME DE BURNOUT – ESTÁGIOS Despersonalização (evitar o diálogo e dar

prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc);

Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;

Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;

E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência imediata.

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Enfrentamento: formas cognitivas, comportamentais e

emocionais de como administrar situações estressantes. É um

processo dinâmico (interação com o ambiente). Como as

pessoas respondem ao estresse – Qualquer tentativa de preservar

a saúde mental e física.

Estratégias de Enfrentamento: buscam minimizar os efeitos

do estresse que comprometa a saúde (resolver) ou (aceitar).

Como as pessoas lidam com a situação estressante. Curto e

longo prazo.

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Lazarus (1984) – enfrentamento focado na emoção ou

enfrentamento no problema:

NA EMOÇÃO: ocorre mais quando a pessoa não pode controlar ou

resolver a situação (busca de apoio social, desviar a atenção, negar,

uso de substância). Administra as reações emocionais ao estresse.

→ fuga-evitação: afastamento físico ou psicológico da situação (com

outros comportamentos).

→ distanciamento: afastar psicologicamente do problema (desviar

atenção).

→ reavaliação positiva: transformar um evento negativo em positivo.

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NO PROBLEMA: atua diretamente no problema, seja reduzindo a

demanda ou aumentando a capacidade para lidar com ele. Mais

usado quando as pessoas acreditam que podem lidar ou resolver a

situação.

→ pró-ativo/preventivo: para prevenir ou minimizar o impacto do

evento (longo prazo).

→ combativo: reage ou tenta escapar do evento (curto prazo).

* Enfrentamento com foco no problema e na emoção, em geral,

acontecem juntos. Exemplo: A aluna recebe muitas tarefas no início

do semestre. Fica com raiva/estressada. Controla a raiva (pois vê

que não resolve). Cria uma agenda para cumprir todas as tarefas.

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DIFERENÇAS EM ESTRATÉGIAS

Gênero:

→ Homens – mais adrenalina e noradrenalina no momento do

estresse, além do aumento do colesterol no sangue (LDL – ruim).

Enfrentamento focado no problema.

→ Mulheres – mais cortisol que os homens no momento do estresse.

Enfrentamento focado na emoção.

Status Socioeconômico: pessoas com status mais baixo são

focados na emoção, pois têm sentimento de desesperança e uma

maior sensação de falta de controle sobre os eventos da sua vida.

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FATORES QUE AFETAM A CAPACIDADE DE ENFRENTAR O ESTRESSE Hardiness: comprometimento em suas

relações, desafios ao invés de ameaça e controle sobre sua vida. Pessoas mais saudáveis e adaptadas.

Resiliência: Capacidade de se transformarem em pessoas ajustadas e competentes. Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, apesar das adversidades.

Estamina: Manejo do estresse em pessoas idosas.

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ESTILO EXPLANATÓRIO: como explorar o problema – contínuo de

otimismo.

Positivo (ou otimismo): explicações específicas, instáveis e externas.

→ Dados de pesquisa: emoções positivas aumentam recursos físicos, cognitivos

e sociais. Encontrou correlação entre sistema imunológico saudável com o

aumento do número de células protetoras e atitudes otimistas. Assim, os

estudantes otimistas da pesquisa mostravam comportamentos mais saudáveis

(Frederickson, 2001) .

Negativo (ou pessimismo): explicações globais, estáveis e internas –

percepção do evento como sendo incontrolável.

→ Dados correlacionados: pessimismo e mortalidade precoce (Seligmam e cols.,

2000).

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CONTROLE PESSOAL: crença de que se pode tomar as próprias

decisões.

Ou, controle da auto-eficácia: crenças individuais na capacidade de

organizar-se e lidar com situações potencialmente estressantes (Bandura,

1977).

• Controle pessoal e estratégias de enfrentamento: quando há controle

pessoal, a probabilidade de enfrentar com foco no problema é maior – a

pessoa se vê mais responsável pela própria saúde.

Controle pessoal e efeitos biológicos: pessoas com controle pessoal

tendem a experimentar o estresse com menores níveis de excitação.

→ A sensação de controle pode favorecer o funcionamento imunológico

(Bandura, 1992).

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DESAMPARO APRENDIDO

Estudos mostram que o enfrentamento de estresse incontrolável repetidamente faz com que se aprenda que não é possível afetar ou intervir nos acontecimentos.

Resignação passiva diante do estresse persistente e incontrolável.

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APOIO SOCIAL (fator externo): companheirismo, preocupação

emocional, auxílio material, retorno honesto.

O apoio social favorece uma experiência mais leve em situações de

estresse.

Em casos de doenças, favorece:

→ recuperação rápida e menos complicações.

→ taxa de mortalidade mais baixa – independente do status

socioeconômico.

→ menos perturbações ao enfrentar doenças terminais.

→ vulnerabilidade à doença e mortalidade: a perspectiva de vida

aumentou em mais de 2 anos em pessoas que mantinham

relacionamentos íntimos (1994).

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Tipos de Apoio Social:

→ Emocional, Instrumental, Informacional e Companheirismo social.

→ Dados:

− As mulheres são mais beneficiadas com o apoio social do que os

homens.

− Pessoas casadas vivem mais tempo do que pessoas solteiras, divorciadas

ou viúvas.

− Pessoas com redes sociais íntimas são mais saudáveis e vivem mais

tempo.

− Adultos solteiros com ao menos uma pessoa de referência enquanto

apoio social, não correm risco de morrer antes de completarem 80 anos

(em comparação com casados). 

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Como o apoio social faz a diferença?

Hipótese da Proteção: a própria sensação de proteção torna o

enfrentamento mais eficaz.

Hipótese do Efeito Direto: aumento das respostas físicas do corpo a

situações difíceis.

→ Dados de pesquisa: após receberem choques, os níveis de hormônios

do estresse eram maiores em macacos na condição “sozinhos” do

que na condição “acompanhados”.

Outros dados correlatos: maior auto-estima, crença de

credibilidade, perspectiva otimista, hábitos mais saudáveis.

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Quando o apoio social não ajuda?

o enfrentamento individual pode ser mais eficaz quando o apoio social

é percebido como sendo inadequado.

o excesso de redes de relacionamento: encontra-se opiniões e conselhos

diferentes, o que pode gerar confusão.

o próprio relacionamento social pode gerar desentendimentos.

grupos sociais também podem gerar comportamentos prejudiciais à

saúde, como uso de drogas, bebidas, etc., principalmente em

adolescentes.

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TÉCNICAS DE MANEJO AO ESTRESSE Exercícios físicos;

Relaxamento e visualização;

Respiração;

Hipnose;

Psicoterapia;

Entre outros.