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_______________________________________________________________________________________________________________N Novas Leituras 9 | Guia do Professor

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Novas Leituras 9 | Guia do Professor

TESTE N. 1

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO I

Parte A

L o texto com ateno. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

O elefante da gula

Alexandre Pais

355De Isabel Jonet s conheo, e por ler e ouvir dizer, o seu trabalho frente do Banco Alimentar. Chega para a admirar, at porque sofro do mal nacional do egosmo e terei de aprender a olhar menos para o meu umbigo.

5550452015102540A verdade que sei bem o que a misria, pois frequentei o primeiro ciclo escolar, h mais de meio sculo, na Beira Alta, e fiquei marcado pelo que vi. Numa turma de vinte e tal alunos, s cinco ou seis andavam calados, o que significava que a maioria percorria quilmetros, em pleno inverno, por caminhos de cabras e pelo meio das matas, com os ps nus, carregados de frieiras e de feridas. Alguns chegavam escola em jejum e assim se aguentavam at a uma espcie de almoo, quase sempre de broa, dura de dias, e batatas cozidas. Outros comiam de manhzinha, em casa, bocados de po regados com vinho tinto, as tenebrosas sopas de cavalo cansado. A fruta comum eram umas mas pequenas e desenxabidas, que caam das rvores e se davam aos porcos. Muitos amigos meus vestiam uns trapos e lembro-me de ver, nos ptios de entrada das suas habitaes, estrumeiras a cu aberto, retretes comuns de galinhas, porcos e seres humanos, das quais emanava um cheiro nauseabundo.

30No sei se Isabel Jonet viu, na recente viagem Grcia, imagens que apontem para um iminente regresso de tempos semelhantes queles em que Portugal vegetava, nos anos 50, uma situao de efetiva misria. Porque a realidade atual diferente. Mesmo as pessoas que sobrevivem a custo e que nada tm, que se podem considerar como os novos miserveis de uma Europa que falhou nas promessas de bem-estar e nas expectativas que criou, jamais voltaro a misturar-se com os animais, por muito que Merkel e a sua gente no se importassem com isso. O limiar da pobreza est hoje mais acima.Quem vive alm das suas possibilidades e vai ter de mudar de hbitos certa classe mdia deslumbrada que se deixou levar pela febre consumista e pela inveja social, sem se esforar por gerar os proventos que lhe permitam recorrer necessidade de adquirir para ser. So esses que no vo poder comer bife todos os dias e que tero de fechar a torneira quando lavarem os dentes. No por culpa da troika, mas pelo elefante branco1 da gula: comer mais do que se precisa, gastar mais do que se ganha, parecer mais do que se .Isabel Jonet foi pouco hbil na forma como tocou num tema delicado, com tantas suscetibilidades em alta, tantos nervos em franja. Mas no merecia ler o que se escreveu nas redes sociais. Porque enquanto os inteis e os selvagens lavam frustraes e a desancam, ela mantm de p uma obra de solidariedade e cidadania sem a qual a vida de muitos portugueses seria bastante pior. Chapeau2.

In Sbado, de 15 a 21 de novembro de 2012

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VOCABULRIO

Novas Leituras 9 ASA1 coisa grande e vistosa, mas que no tem qualquer utilidade ou valor; 2 Tiro-lhe o chapu.

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____________________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9 9 do Professor

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. Para responderes a cada item, seleciona a afirmao adequada ao sentido do texto.

1.1. A expresso olhar menos para o meu umbigo (linhas 4-5) significa:a) andar menos de cabea baixa.b) preocupar-se menos com o umbigo.c) pensar menos em si prprio como centro do mundo.d) ser mais confiante nas suas capacidades.

1.2. Na expresso Mesmo as pessoas que sobrevivem a custo [] (linhas 30-31), a palavra sublinhadapode ser substituda por:a) at.b) tambm.c) realmente.d) igualmente.

1.3. A afirmao [] tero de fechar a torneira quando lavarem os dentes (linhas 44-45) pretendedenunciar:a) a falta de conscincia ecolgica.b) o desperdcio de gua.c) os gastos econmicos suprfluos.d) o pouco cuidado na lavagem dos dentes.

1.4. A expresso elefante branco da gula (linha 46) contm uma:a) personificao.b) metfora.c) hiprbole.d) comparao.

1.5. O pronome relativo a qual (linha 55) refere-se:a) a Isabel Jonet.b) obra de Isabel Jonet.c) obra de solidariedade e cidadania.d) vida de muitos portugueses.

2. Seleciona a opo que corresponde nica afirmao falsa, de acordo com o sentido do texto.a) o pronome outros (linha 16) refere-se a alunos.b) o pronome que (linha 20) refere-se a mas pequenas e desenxabidas.c) o pronome lhe (linha 42) refere-se a certa classe mdia.

Novas Leituras 9 ASAd) o pronome esses (linha 43) refere-se a proventos.

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Novas Leituras 9 | Guia do Professor

Parte B

L o excerto de Meu P de Laranja Lima de Jos Mauro de Vasconcelos.

Glria me chamara muito cedo. Deixe ver as unhas.Mostrei as mos e ela aprovou.

5Agora as orelhas.Ih! Zez.Me levou no tanque, molhou um pano com sabo e foi esfregando a minha sujeira.Nunca vi uma pessoa dizer que um guerreiro Pinag e viver sempre sujinho! V se calandoque eu procuro uma roupinha decente pra voc.

10Foi na minha gaveta e remexeu. E remexeu mais. E quanto mais remexia menos achava. Todasas minhas calcinhas ou eram furadas, rasgadas, remendadas ou cerzidas.No precisava nem contar para ningum. S vendo essa gaveta a pessoa descobria o meninoterrvel que voc . Vista essa, est menos ruim.E fomos ns embora para a descoberta maravilhosa que eu ia fazer.

15Chegamos perto da Escola e uma poro de gente levava menino pela m.o para matricular.No v fazer papel triste e nem esquecer de nada, Zez.Ficamos sentados numa sala cheia de meninos e todos espiavam uns para os outros. At queveio a nossa vez e entramos na sala da diretora.Seu irmozinho?

20Sim, senhora. Mame no pde vir porque trabalha na cidade.Ela me olhou bastante e os olhos dela ficavam grandes e pretos porque os culos eram muitogrossos. Gozado que ela tinha bigode de homem. Por isso que ela devia ser diretora.Ele no muito pequenininho? franzino pra idade. Mas j sabe ler.

25 Que idade voc tem, menino? Dia vinte e seis de fevereiro fiz seis anos, sim, senhora. Muito bem. Vamos fazer a ficha. Primeiro a filiao.Glria deu o nome de Papai. Quando chegou o nome de Mame ela falou s: Estefnia deVasconcelos. Eu no aguentei e soltei a minha correo.

30 Estefnia Pinag de Vasconcelos. Como ?Glria ficou meio corada. Pinag. Mame filha de ndios.Fiquei todo orgulhoso porque eu devia ser o nico que tinha nome de ndio naquela Escola.

35Depois Glria assinou um papel e ficou parada, indecisa. Mais alguma coisa, moa? Eu queria saber a respeito dos uniformes A senhora sabe Papai est desempregado esomos bastante pobres.E aquilo foi comprovado quando ela mandou que eu desse uma volta para ver o meu tamanho

40e nmero e acabou vendo os meus remendos.Escreveu um nmero num papel e mandou a gente l dentro procurar Dona Eullia.Dona Eullia tambm se admirou com o meu tamanho e o menor nmero que tinha, me faziaparecer um pinto caludo. O nico esse, mas est grande. Que menino miudinho!

45 Eu levo e encurto.Sa todo contente com dois uniformes de presente. Imagine a cara do Minguinho quando me

Novas Leituras 9 ASAvisse de roupa nova e de aluno.Com o passar dos dias eu contava tudo para ele. Como era, como no era.[]E vieram as novidades. As brigas. As descobertas de um mundo onde tudo era novo.

In Meu P de Laranja Lima, Jos Mauro de Vasconcelos, Dinapress, 2011_____________

____________________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9 s 9 9

do Professor

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

3. Indica o acontecimento retratado no excerto e os preparativos da irm do Zez para o mesmo.4. Diz a que se refere o narrador com a expresso descoberta maravilhosa (linha 13), salientandoo seu estado de esprito.5. Explica o sentido da expresso No v fazer papel triste (linha 15), evidenciando a inteno dairm de Zez ao us-la.6. Transcreve duas expresses do texto que comprovem a afirmao da irm do Zez somos bastantepobres (linha 37).7. Eu no aguentei e soltei a minha correo. (linha 28)7.1. Explica a afirmao do narrador, salientando a importncia que o mesmo atribui correo quefez.8. Indica o(s) aspeto(s) comum(ns) entre o texto de Jos Mauro de Vasconcelos e o da Parte A.

GRUPO II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. Nunca vi uma pessoa dizer que um guerreiro Pinag e viver sempre sujinho! V se calandoque eu procuro uma roupinha decente pra voc. (linhas 7-8)1.1. Transforma o discurso direto em discurso indireto.2. [] e entramos na sala da diretora. (linha 17)2.1. Classifica o tipo de sujeito na frase.2.2. Identifica a funo sinttica desempenhada pela expresso sublinhada.3. Depois Glria assinou um papel [] (linha 34)3.1. Reescreve a frase anterior na forma passiva.3.2. Transcreve o complemento agente da passiva da frase que construste.4. Transcreve dois exemplos que comprovem que o texto da Parte B pertence variedade brasileira.Justifica a tua resposta.5. Gozado que ela tinha bigode de homem. (linha 21)5.1. Classifica a orao sublinhada na frase.6. Com o passar dos dias eu contava tudo para ele. (linha 47)6.1. Reescreve a frase anterior, transformando o modificador destacado numa orao subordinadaadverbial temporal.7. [] os olhos dela ficavam grandes e pretos porque os culos eram muito grossos. (linhas 20-21)7.1. Reescreve a frase iniciando-a pela locuo conjuncional Uma vez que.

GRUPO III

O 1. Ciclo um perodo muito importante no percurso escolar dos alunos.

Escreve um texto narrativo bem estruturado, com um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras,em que relates um episdio que se tenha passado na escola, no 1. Ciclo, e que te tenha marcado.O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma de desenvolvimento e uma de concluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias que queres apresentar.No final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao e procede

Novas Leituras 9 ASAa ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

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Novas Leituras 9 | Guia do Professor

TESTE N. 2

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno.

Nelma VianaJornalista

Eu, idiota, me confesso

2520105A inveja uma coisa feia. Foi assim que aprendi a no desejar o que no me fosse atribudo por direito e/ou mrito. E foi tambm assim que me consegui enganar ao acreditar que aquilo que sentia quando praguejava contra a sorte alheia era s um desabafo inofensivo contra a minha falta da mesma. Com o tempo percebi que no, que era inveja pura e dura e que isso, que seno uma azia sentimental agudssima, era uma coisa muito pouco nobre de se sentir.

353015Mas como eu, pessoalmente, nunca aspirei ao sangue-azul, acolhi a minha limitao o melhor que pude. No sem antes me ter massacrado com um ou outro episdio de vergonha: comeou com a Barbie princesa da vizinha aos sete anos e prolongou-se at fase adulta com a Bimby1. A minha inveja, que s minha, no afeta ningum em particular, no direcionada a nenhum utilizador da Bimby, antes a todos os que tm uma em casa.

Futilidades!, dir o leitor. E eu at assino por baixo, mas vendo bem as coisas, a tendncia querer e invejar aquilo a que ainda no se conseguiu deitar a mo porque o resto, o que importa mesmo, que para mim (orgulhosamente) so a famlia e os amigos, no entram neste campeonato. No se inveja ningum porque tem um amigo mais bem educado, ou mais bomio, ou mais inteligente do que ns. E a famlia, j se sabe, no se escolhe, pelo que o assunto nunca ser para aqui chamado. A inveja palpvel e estupidamente material.E sim, gostava de fazer parte do grupo de pessoas que conseguem levar a vida sem nunca projetar comparaes idiotas, sem nunca querer para si, s de vez em quando, aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado. Por isso mesmo, eu, idiota, me confesso.In http://www.sabado.pt/Cronicas/Nelma-Viana/cf.-idiota,-me-confesso.aspx (acedido em 01/12/20

VOCABULRIO

1 eletrodomstico que serve para cozinhar, cujo objetivo preparar mais rapidamente as refeies, mantendo o sabor original dosalimentos

Novas Leituras 9 ASA

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____________________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9 s 9 9

do Professor

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. As afirmaes apresentadas de A. a F. correspondem a ideias-chave do texto de Nelma Viana

1.1. Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas ideias surgem no texto.Comea a sequncia pela letra C.A. Com efeito, a inveja direciona-se para as coisas e no para as pessoas.B. Na verdade, o que a autora inveja no as pessoas, mas o que elas possuem.C. A inveja um sentimento vergonhoso.D. Consciente da sua condio, a autora acabou por aceitar que era invejosa.E. A autora considera idiota desejar a felicidade dos outros.F. No a falta de sorte, mas a inveja, que leva a autora a cobiar o que dos outros.

2. Para responderes a cada item, seleciona a afirmao adequada ao sentido do texto.

2.1. Com a expresso Mas como eu, pessoalmente, nunca aspirei ao sangue-azul (linhas 10-11), a autorapretende:a) reconhecer que nunca desejou uma transfuso de sangue para alterar a cor deste.b) ser alvo da inveja de outras pessoas.c) evidenciar a sua modstia.d) mostrar que, apesar de ser contra a sua vontade, a sua condio social provm da nobreza.

2.2. Nas linhas 21-22, a expresso deitar a mo significa:a) apanhar.b) roubar.c) sentir.d) ter.

2.3. o assunto (linha 27) tem a ver com:a) a famlia e os amigos.b) a famlia.c) os amigo.d) a inveja.

2.4. Na frase [] aquela restiazinha de sorte que premeia sempre a pessoa ao lado. (linhas 33-34),a palavra que :a) uma conjuno coordenativa explicativa.b) uma conjuno subordinativa consecutiva.c) uma conjuno subordinativa comparativa.d) um pronome pessoal.

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Novas Leituras 9 | Guia do Professor

Parte B

L o excerto do conto Histria Comum de Machado de Assis. Em caso de necessidade,consulta o vocabulrio apresentado.

5Sou um simples alfinete vilo1, modesto, no alfinete de adorno, mas de uso, desses com que as mulheres do povo pregam os lenos de chita, e as damas de sociedade os fichus2, ou as flores, ou isto, ou aquilo. Aparentemente vale pouco um alfinete; mas, na realidade, pode exceder ao prprio vestido. No exemplifico; o papel pouco, no h seno o espao de contar a minha aventura.

10Tinha-me comprado uma triste mucama3. O dono do armarinho vendeu-me, com mais onze irmos, uma dzia, por no sei quantos ris; coisa de nada. Que destino! Uma triste mucama. Felicidade, este o seu nome, pegou no papel em que estvamos pregados, e meteu-o no ba. No sei quanto tempo ali estive; sa um dia de manh para pregar o leno de chita que a mucama trazia ao pescoo. Como o leno era novo, no fiquei grandemente desconsolado. E depois a mucama era asseada e estimada, vivia nos quartos das moas, era confidente dos seus namoros e arrufos; enfim, no era um destino principesco, mas tambm no era um destino ignbil.

15[] Na vspera do dia em que se deu a minha aventura, ouvi falar de um baile no dia seguinte, em casa de um desembargador4 que fazia anos. As senhoras preparavam-se com esmero e afinco, cuidavam das rendas, sedas, luvas, flores, brilhantes, leques, sapatos; no se pensava em outra coisa seno no baile do desembargador. Bem quisera eu saber o que era um baile, e ir a ele; mas uma tal ambio podia nascer na cabea de um alfinete, que no saa do leno de uma triste mucama? Certamente que no. O remdio era ficar em casa.

20 Felicidade, diziam as moas, noite, no quarto, d c o vestido. Felicidade, aperta o vestido. Felicidade, onde esto as outras meias? Que meias, nhanh5? As que estavam na cadeira... U! nhanh.! Esto aqui mesmo.

25E Felicidade ia de um lado para outro, solcita, obediente, meiga, sorrindo a todas, abotoando uma, puxando as saias de outra, compondo a cauda desta, concertando o diadema daquela, tudo com um amor de me, to feliz como se fossem suas filhas. E eu vendo tudo. O que me metia inveja eram os outros alfinetes. Quando os via ir da boca da mucama, que os tirava da toilette6, para o corpo das moas, dizia comigo, que era bem bom ser alfinete de damas7, e damas bonitas que iam a festas.In Obra Completa, Histria Comum, Machado de Assis, Nova Aguilar, 1994

_________________________________________VOCABULRIO

1 de origem plebeia; que no tem descendncia nobre; 2 xailes; 3 nome (no Brasil e em frica) da escrava ou criada negra que servia especialmente a senhora e que, s vezes, era ama de leite; 4 juiz do Tribunal da Relao; 5 tratamento carinhoso que se d s meninas; 6 vesturio e adereos combinados com algum cuidado, para usar em determinada ocasio; 7 senhoras; mulheres nobres

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

3. Classifica o narrador quanto presena, justificando a tua resposta.4. Caracteriza a personagem principal, fundamentando a tua resposta no texto.5. [] no era um destino principesco, mas tambm no era um destino ignbil. (linha 12)

Novas Leituras 9 ASA5.1. Explicita o sentido desta afirmao, comeando por identificar de que destino se trata.6. Identifica o sentimento que domina o alfinete, no ltimo pargrafo, e a razo do mesmo.

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_______________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras

7. O texto de Machado de Assis e o da Parte A falam sobre diferentes tipos de inveja.7.1. Defende este comentrio, indicando as semelhanas entre os dois textos. Justifica a tua res-posta com expresses do texto da Parte B.

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B, de modo a identificares afuno sinttica desempenhada pela expresso sublinhada em cada frase.

Coluna AA. Tinha-me comprado uma triste mucama. (linha 6)B. A mucama pegou nos alfinetes e meteu-os no ba.C. Felicidade, aperta o vestido. (linhas 19)D. Felicidade sorria a todas as moas sem se lamentar.E. O alfinete observava os preparativos com inveja.Coluna B1. complemento direto2. complemento indireto3. modificador4. predicado5. predicativo do sujeito6. sujeito7. vocativo2. A mucama estimada pelas moas.2.1. Reescreve a frase anterior na ativa.3. Reescreve as frases, substituindo as expresses sublinhadas pelo pronome pessoal adequado.a) [] as mulheres do povo pregam os lenos de chita. (linha 2)b) [] no h seno o espao de contar a minha aventura. (linhas 4-5)c) [] d c o vestido. (linha 19)4. Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunes das subclasses indicadas entre parnteses.a) As senhoras preparam-se com esmero e afinco. O baile era muito importante. (conjunosubordinativa consecutiva)b) As moas e a mucama eram amigas. A mucama no foi ao baile. (conjuno subordinativa concessiva)5. A mucama a quem o dono do armarinho vendeu o alfinete era confidente dos namorosdas moas.5.1. Transcreve a orao subordinada que integra a frase complexa anterior e classifica-a.

GRUPO IV

Tal como a inveja, h sentimentos ou caractersticas que depreciamos nas pessoas.

Escreve um texto de opinio, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar,no qual apresentes o sentimento e/ou a caracterstica que menos aprecias nas pessoas, fundamentandodevidamente o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias gerais que queres apresentar.

Novas Leituras 9 ASANo final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao e procedea ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

________________________________________________________________________________________________________ Novas Leituras 9 | Guia do Professor

TESTE N. 3

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno.

105 certo tambm que [Gil Vicente] alcanou nas cortes de D. Manuel e de D. Joo uma situao de prestgio e talvez de valimento que lhe permitiu certas liberdades e audcias, alis acordes com o ambiente intelectual renovador e agitado do primeiro tero do sculo XVI a que o nosso Pas no escapou. Foi aquela situao privilegiada que tornou possvel a Gil Vicente pregar aos frades de Santarm um sermo, em 1531, em que os censurava por terem alarmado a populao da cidade fazendo-lhe crer que o terramoto ocorrido em fevereiro daquele ano fora uma manifestao da ira de Deus por se consentirem em Portugal os cristos-novos. Neste sermo explicou Gil Vicente aos frades que o terramoto era um fenmeno natural, e que os Judeus deviam ser convertidos sem violncia, pela persuaso.

2015Gil Vicente soube aproveitar a sua situao na corte para uma crtica atrevidssima de diversos vcios sociais, especialmente relativos nobreza e ao clero. Mas fazia-o aparente ou realmente de acordo com o rei, a quem interessava por vezes castigar certos abusos, e que, frequentemente, por virtude da sua poltica de concentrao do poder eclesistico na famlia real, de apropriao dos rendimentos eclesisticos e de reforo da autoridade real em face da autoridade da Santa F, entrou em conflito com o clero. A Exortao da Guerra representada com o fim bem especfico de conseguir fundos para a expedio de Azamor e de obrigar o clero portugus a ceder o tero dos seus rendimentos para a guerra santa, direito que o rei D. Manuel alcanara enviando para esse fim ao Papa a famosa embaixada de Tristo da Cunha. Mas a crtica de Gil Vicente vai, naturalmente, muito alm das intenes do rei, que lhe serviam de ocasio.

25A carreira teatral de Gil Vicente termina em 1536 com a representao da Floresta de Enganos. Depois da sua morte, a corte manteve fielmente o valimento que lhe dera em vida, e os seus autos continuaram a ser representados (no todos certamente). A viva de D. Joo III protegeu contra a inquisio a publicao completa das suas obras, em 1562, sob o tulo Copilao de todalas obras de Gil Vicente.

In Teatro de Gil Vicente,Antnio Jos Saraiva, Manuscrito Editores, 1984

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_____________________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9 s 9 9

do Professor

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. Assinala verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmaes seguintes, de acordo com o sentido do texto

VFa) Gil Vicente era protegido pelo rei D. Manuel e por D. Joo.b) Graas ao seu talento, Gil Vicente tecia crticas audazes corte.c) Segundo os frades de Santarm, o terramoto de 1531 foi um castigo divino.d) Gil Vicente insurgiu-se contra os facto de os cristos-novos serem convertidos fora.e) Apenas a nobreza e o clero eram alvo da crtica de Gil Vicente.f) O rei considerava abusivas as crticas efetuadas por Gil Vicente.g) A Exortao da Guerra visava que o clero tambm financiasse a guerra santa.h) A representao das peas de Gil Vicente perdurou na corte mesmo aps a sua morte.

2. Seleciona a nica opo em que a palavra que uma conjuno subordinativa.a) [] uma situao de prestgio e talvez de valimento que lhe permitiu certas liberdades e audcias []. (linhas 1-2)b) Neste sermo explicou Gil Vicente aos frades que o terramoto era um fenmeno natural []. (linhas 7-8)c) [] a crtica de Gil Vicente vai, naturalmente, muito alm das intenes do rei, que lhe serviam de ocasio. (linhas 18-20)d) [] a corte manteve fielmente o valimento que lhe dera em vida []. (linhas 3 -24)

Parte B

L o excerto da cena do Frade do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

Vem um FRADE com a Moa pela mo, e um broquel1 e a espada na outra, e um casco2debaixo do capelo3; e, ele mesmo fazendo a baixa4, comeou de danar, dizendo:

Frade Tai-rai-rai-ra-r; ta-ri-ri-r;ta-rai-rai-rai-r; tai-ri-ri-r;t-t; ta-ri-rim-rim-r. Huha!Diabo Que isso, padre? Que vai l?Frade Deo gratias! Som Corteso.Diabo Sabs tambm o tordio?Frade Porque no? Como ora sei!Diabo Pois, entrai! Eu tangereie faremos um sero.Essa dama, ela vossa?Frade Por minha la tenho eu,e sempre a tive de meu.Diabo Fezestes bem, que fermosa!E no vos punham l grosa5no vosso convento santo?Frade E eles fazem outro tanto!Diabo Que cousa to preciosaEntrai, padre reverendo!

5

15

10

__________________________________VOCABULRIO1 pequeno escudo; 2 capacete; 3 capuz; 4 trautear a msica de uma dana baixa; 5 no vos faziam l posio,

Novas Leituras 9 ASAreparo

__________________________________________________________________________________________________________________ Novas Leituras 9 | Guia do Professor

5550354045202530Frade Pera onde levais gente?Diabo Pera aquele fogo ardenteque nom temestes vivendo.Frade Juro a Deos que nom tentendo!E este hbito no me val?Diabo Gentil padre mundanal,a Berzabu vos encomendo!Frade Ah, Corpo de Deos consagrado!Pela f de Jesu Cristo,que eu nom posso entender isto!Eu hei-de ser condenado?Um padre to namoradoe tanto dado virtude?Assi Deos me d sade,que eu estou maravilhado!Diabo No curs de mais detena.Embarcai e partiremos:tomars um par de remos.Frade Nom ficou isso navena.6Diabo Pois dada est j a sentena!Frade Par Deos! Essa seriela!No vai em tal caravelaminha senhora Florena. Como? Por ser namoradoe folgar com a mulherse h um frade de perder,com tanto salmo rezado? []Tornou a tomar a Moa pela mo, dizendo:Frade Vamos barca da Glria.Comeou o Frade a fazer o tordio eforam danando at o batel do Anjo destamaneira:Frade Ta-ra-ra-rai-r; ta-ri-ri-ri-ri-r;tai-rai-r.; ta-ri-ri-r; ta-ri-ri-r.Huh!Deo gratias! H lugar cpera minha reverena?E a senhora Florenapolo meu entrar l!Parvo Andar, muitieram!Furtaste o trincho, frade?Frade Senhora, d-me a vontadeque este feito mal est. Vamos onde havemos dir,no praza a Deos com a ribeira!Eu no vejo aqui maneiraseno enfim concrudir.Diabo Haveis, padre, de viir.Frade Agasalhai-me l Florena,e compra-se esta sentenae ordenemos de partir.Auto da Barca do Inferno, Gil vicente,in Teatro de Gil Vicente,edio de Ant. Jos. Saraiva, Portuglia, s/d

6560__________________________________VOCABULRIO6 acordo, contrato

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

3. Ao contrrio das outras personagens, o Frade chega feliz ao cais.3.1. Enuncia o modo como o Frade expressa a sua alegria.3.2. Comenta o comportamento desta personagem, tendo em conta a sua condio social.4. Explicita o sentido da expresso Gentil padre mundanal (verso 24), identificando o recurso e ex-

Novas Leituras 9 ASApressivo empregue pelo Diabo.

_________________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

5. E no vos punham l grosa / no vosso convento santo? (versos 14-15)5.1. Esclarece o objetivo da pergunta do Diabo.5.2. Comprova que a resposta do Frade vai ao encontro da inteno crtica de Gil Vicente.6. Esclarece o motivo pelo qual o Frade fica espantado com a inteno do Diabo de o levar na suabarca.7. Comenta o silncio do Anjo perante o Frade, relacionando-o com o papel do Parvo nesta cena.

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. L os versos seguintes.a) Por minha la tenho eu (verso 11)b) Um padre to namorado (verso 30)1.1. Explicita a alterao a nvel fontico que as palavras la e namorado sofreram na sua evoluoat os nossos dias.1.2. Indica os processos fonolgicos na evoluo dessas palavras.2. Transcreve do texto da Parte B dois arcasmos.3. tomars um par de remos. (verso 36)3.1. Forma um verbo a partir da palavra sublinhada.3.2. Classifica a palavra que formaste quanto ao seu processo de formao.4. No vai em tal caravela / minha senhora Florena. (versos 40-41)4.1. Identifica a funo sinttica desempenha pelos elementos destacados na frase.5. O Frade estava to enamorado que levou a Florena com ele.5.1. Classifica a orao sublinhada na frase anterior.

GRUPO III

Durante a nossa vida, conhecemos pessoas cuja primeira impresso nem sempre corresponde opinio que, posteriormente, formamos sobre elas.

Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, de 180 a 240 palavras, em que relatesuma situao real ou imaginria idntica apresentada acima.Na tua narrativa, deves incluir a descrio dessa pessoa.

Lembra-te de que, no final, deves reler com ateno o texto que produziste, verificar se obedeceste planificao que fizeste, se h erros ortogrficos ou sintticos e proceder s correes

Novas Leituras 9 ASAque entenderes necessrias.

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TESTE N. 4

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

5Ao passo que Molire nos revela predominante-mente os tipos psicolgicos, como o Hipcrita, o Ava-rento, o Ciumento, o Doente Imaginrio, etc., Gil Vicente apresenta-nos tipos sociais, como o Frade, o Fidalgo, a Alcoviteira, o Escudeiro, a Menina Burguesa. Os tipos psicolgicos, como o Velho Enamorado, so exceesno teatro vicentino.

10No seu conjunto, portanto, este teatro d-nos umespelho satrico da sociedade portuguesa, que interessa duplamente como depoimento acerca desta sociedade e como expresso da ideologia do seu autor.

252015Gil Vicente fala e observa da corte onde se encontra instalado e que lhe impe dadas condies. Assim que os seus autos cavaleirescos refletem a mentali-dade tpica da nobreza palaciana congregada nos se-res do Pao em contradio com a inspirao realista e plebeia1 do resto da sua obra. Assim , tambm, que o elogio das guerras ultramarinas, a exaltao do esprito de cruzada, na Exortao da guerra, no Auto da Fama e noutras obras, se integra dentro da orientao poltica e ideolgica da corte portuguesa. Dependente do Rei, Gil Vicente servia a sua orientao poltica, por vezes de maneira bem imediata, como na citada Exortao da Guerra, em que o clero portugus cen-surado por se recusar a entregar as tenas dos rendimentos eclesisticos que o Papa concedera Coroa para custear2 a guerra em frica.

30Por outro lado, porm, Gil Vicente observa a realidade sob um ngulo que no propriamente o do Pao. Isto possibilita a largueza, a diversidade e a relativa objetividade do seu depoimento, que no chega todavia a alcanar a amplido e a crueza do que nos oferecera, quase um sculo antes, Ferno Lopes.A stira vicentina est cheia de duplicidades. Vemo-lo atacar violentamente a nobreza, e ao mesmo tempo exalar os ideais tpicos da mesma nobreza; vemo-lo elogiar a corte em termosencarecidos e simultaneamente mostrar a corrupo, a venalidade e o esprito de rapina que a

__________________________________

VOCABULRIO1 popular, 2 financiar

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

35caracterizam; vemo-lo atacar os Judeus, e por outro lado apresentar no palco os aspetos simpticos dasua vida, e defend-los at, em carta a D. Joo III, contra as perseguies incitadas pelo clero de Santarm. A mesma duplicidade deve explicar peas como o Juiz da Beira, em que se atribuem a um juiz su-postamente boal3 e mentecapto4 sentenas paradoxais, condenado instituies que estavam fora de toda a discusso. A parvoce do juiz serve de escudo sabedoria das suas sentenas radicais.

40Por estas razes, a interpretao do conjunto da stira vicentina extremamente complexa, e deve tomar em conta os subentendidos, a inteno profunda dos paradoxos, as limitaes que o autor procurava iludir.In Histria Ilustrada das Grandes Literaturas. Literatura Portuguesa I,Antnio Jos Saraiva, Editorial Estdios Cor, 1966

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. As afirmaes apresentadas de A. a H. correspondem a ideias-chave do texto transcrito.1.1. Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas ideias surgem no texto.Comea a sequncia pela letra C.A. Ainda que sujeito a condicionantes, Gil Vicente retrata a mentalidade da corte.B. Gil Vicente faz a apologia da guerra de cruzada de acordo com a ideologia defendida pelo rei.C. As personagens de Gil Vicente caracterizam tipos sociais.D. A obra de Gil Vicente deve ser interpretada luz dos sentidos implcitos que o dramaturgose viu obrigado a usar.E. A obra de Gil Vicente espelha a sociedade da poca, mas tambm a ideologia do dramaturgo.F. No s a mentalidade palaciana, mas tambm a do povo que servem a crtica vicentina.G. Gil Vicente denuncia os vcios das classes sociais, mas tambm enaltece as suas qualidades.H. No obstante a sua fidelidade ao rei, Gil Vicente objetivo na crtica que tece corte.

2. Seleciona a nica opo cuja frase contm o pronome pessoal tono o.a) Os tipos psicolgicos, como o Velho Enamorado, so excees no teatro vicentino. (linhas 5-7)b) Por outro lado, porm, Gil Vicente observa a realidade sob um ngulo que no pro-priamente o do Pao. (linhas 26-27)c) Vemo-lo atacar violentamente a nobreza, e ao mesmo tempo exalar os ideais tpicos damesma nobreza [] (linhas 30-31)d) [] a interpretao do conjunto da stira vicentina extremamente complexa []. (linha 38)

__________________________________VOCABULRIO

Novas Leituras 9 ASA3 grosseiro, 4 insensato; nscio

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Parte B

L a cena dos Cavaleiros do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

Dia. Entrai c! Que cousa essa?Eu nom posso entender isto!Cav. Quem morre por Jesu Cristono vai em tal barca como essa!Tornam a prosseguir, cantando, seucaminho direito barca da Glria, e,tanto que chegam, diz o Anjo:Anjo cavaleiros de Deos,a vs estou esperando,que morrestes pelejandopor Cristo, Senhor dos cos!Sois livres de todo o mal,mrtires da Madre Igreja,que quem morre em tal pelejamerece paz eternal. E assi embarcam.Auto da Barca do Inferno, Gil vicente,in Teatro de Gil Vicente,edio de Ant. Jos. Saraiva, Portuglia, s/dVm quatro Cavaleiros cantando, os quais trazem cada um a Cruz de Cristo, pelo qual Senhor e acrecentamento de Sua santa f catlica morreram em poder dos mouros. Absoltos a culpa e pena perprivilgio que os assi morrem tm dos mistrios da Paixo dAquele por Quem padecem, outorgados por todos os Presidentes Sumos Pontfices da Madre Santa Igreja. E a cantiga que assi cantavam, quanto a palavra dela, a seguinte:

353015105Cav. barca, barca segura,barca bem guarnecida, barca, barca da vida!Senhores que trabalhaispola vida transitria,memria, por Deos, memriadeste temeroso cais! barca, barca, mortais,barca bem guarnecida,1 barca, barca da vida! Vigiai-vos, pecadores,que, despois da sepultura,neste rio est a venturade prazeres ou dolores! barca, barca, senhores,barca mui nobrecida, barca, barca da vida! E passando per diante da proa dobatel dos danados assi cantando, comsuas espadas e escudos, disse o Arraisda perdio desta maneira:Dia. Cavaleiros, vs passaise nom preguntais onde is?1. Cav. Vs, Satans, presumis?2Atentai com quem falais!2. Cav. Vs que nos demandais?Siquer3 conhec-nos bem.Morremos nas Partes dAlm,e no queirais saber mais

2025

__________________________________VOCABULRIO1 provido do que necessrio; 2 estais cheio de presuno, de vaidade?; 3 ao meno

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Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.3. Indica os elementos cnicos dos Cavaleiros e a sua simbologia.4. Comenta a forma como os Cavaleiros reagem interpelao do Diabo.5. barca, barca da vida (verso 3)5.1. Esclarece de que barca se trata, identificando o recurso expressivo presente no verso.6. Explicita de que forma a cantiga dos Cavaleiros sintetiza a moralidade do Auto da Barca do Inferno.7. Interpreta as palavras do Anjo luz da ideologia poltica da poca.8. Explicita o motivo que ter levado Gil Vicente a apresentar os Cavaleiros apenas no final do auto.

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Indica os processos fonolgicos sublinhados que ocorreram na evoluo para o portugus atualdas palavras a seguir indicadas.a) dolores > doresb) nobrecida > enobrecida2. neste rio est a ventura (verso 13)2.1. Tendo em conta que, semelhana do nome rio, a forma verbal rio provm do mesmo timo latino, classifica-as quanto sua origem e evoluo.3. Os Cavaleiros dirigiram-se diretamente barca do Anjo.3.1. Indica a funo sinttica desempenhada pela expresso sublinhada na frase.4. Quem morre por Jesu Cristo / no vai em tal barca como essa. (versos 28-29)4.1. Classifica a orao sublinhada na frase anterior.5. Os Cavaleiros morreram na Guerra Santa. O Anjo embarcou os Cavaleiros para o Paraso.6.1. Transforma as frases simples anteriores numa frase complexa de acordo com o sentido do texto. Evita repeties desnecessrias.

GRUPO IIIAinda que vrios sculos separem o Auto da Barca do Inferno do tempo presente, aquele mantm-se perfeitamente atual.

Escreve um texto argumentativo, de 180 a 240 palavras, que confirme a afirmao anterior,com base em acontecimentos da atualidade.

O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte deconcluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias gerais que queres apresentar.

No final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao eNovas Leituras 9 ASAprocede a ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

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TESTE N. 5

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno.Viajar nos Livros

15105Era uma vez um tempo em que ainda no havia vacinas (ou havia muito poucas), e os meninos aguentavam semanas na cama, sem poderem ir escola, desembaraando-se alegremente de papeiras, varicelas, tosses convulsas e gripes que duravam eternidades. Era tambm um tempo em que ainda no havia televiso, nem se sonhava com veos ou jogos de computadores. Num tempo desses fiz a minha proviso de sonho e aventura: durante uma pneumonia, curada a papas de linhaa, li A Ilha do Tesouro e Moby Dick.Por isso at. hoje esses livros tm cheiro, o cheiro inconfundvel dos remdios para sempre colado ideia do cheiro do rum, da estalagem do Capito Benbow, ou do convs do Pequod. E desde ento aprendi que se pode viajar de muitas maneiras, coma companhia que quisermos, durante o tempo que entendermos. Basta um livro nas nossas mos para que mundos verdadeiros e mundos imaginados se estendam nossa frente, sem fronteiras, sem pas-saportes, sem horrios de chegada ou de partida. In-felizmente a literatura portuguesa no muito rica em livros de viagens. Fizemo-nos ao mar e dessa aventura demos conta n Lusadas; perdemo-nos por desvairadas terras e dessa aventura demos conta na Peregrinao. Depois cansmo-nos um poucoEsta seleo de livros , como todas, subjetiva.De um modo mais ou menos abrangente, todos incidem sobre o tema da viagem. E todos tm um final comum: viajar. bom, porque existe um lugar (ou um sonho, ou algum) a que vale a pena regressar.Alice VieiraDia Internacional do Livro Infantil

http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugues/livro/promocaoLeitura/accoesPromocaoLeitura/diasMundiais/Documents/viaj_livros.pdf302520

Novas Leituras 9 ASA

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Para responderes a cada item, seleciona a afirmao adequada ao sentido do texto.1.1. A expresso duravam eternidades (linhas 5-6) contm uma:a) ironia.b) hiprbole.c) metfora.d) personificao.1.2. Na frase [] nem se sonhava com vdeos ou jogos [] (linha 7), a expresso sublinhada podeser substituda por:a) nem se desejava.b) nem se gostava de.c) nem havia.d) nem se previa haver.1.3. Na frase E desde ento aprendi que se pode viajar de muitas maneiras []. (linhas 14-15), a expresso sublinhada uma orao:a) subordinada adjetiva restritiva.b) subordinada adjetiva explicativa.c) subordinada substantiva completiva.d) subordinada substantiva relativa.1.4. Na linha 21, a palavra rica significa:a) abundante.b) opulenta.c) rara.d) valiosa.1.5. O complexo verbal demos conta (linha 23) pode ser substitudo por:a) apercebemo-nos.b) notamos.c) narramos.d) consideramos.1.6. A afirmao [] cansmo-nos um pouco (linha 25) pretende salientar que:a) as viagens cansam.b) cansativo ler os livros de viagens.c) narrar as viagens cansativo.d) no se fez mais nada digno de relato.1.7. A locuo ou ou (linha 30) apresenta uma ideia de:a) adio.b) alternativa.c) concluso.d) oposio.

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Parte BL o excerto de Os Lusadas de Lus de Cames. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.Despedidas em Belm

8987Em to longo caminho e duvidosoPor perdidos as gentes nos julgavam,As mulheres cum choro piadoso,Os homens com suspiros que arrancavam.Mes, Esposas, Irms, que o temerosoAmor mais desconfia4, acrecentavamA desesperao e frio medoDe j nos no tornar a ver to cedo.In Os Lusadas, Lus de Camesedio de A. J. da Costa Pimpo,MNE-IC, 2000Partimo-nos assi do santo templo1Que nas praias do mar est assentado,Que o nome tem da terra, pera exemplo,Donde Deus foi em carne ao mundo dado.Certifico-te, Rei, que, se contemplo2Como fui destas praias apartado,Cheio dentro de dvida e receio,Que apenas nos meus olhos ponho o freio3.A gente da cidade, aquele dia,(Uns por amigos, outros por parentes,Outros por ver somente) concorria,Saudosos na vista e descontentes.E ns, co a virtuosa companhiaDe mil Religiosos diligentes,Em procisso solene, a Deus orando,Pera os batis viemos caminhando.

88

___________________________________________________________________________VOCABULRIO1 a ermida de Nossa Senhora de Belm; 2 penso; 3 dificilmente contenho as lgrimas; 4 receia

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.2. Situa o excerto transcrito na estrutura interna da obra a que pertence.3. Identifica o narrador e classifica-o quanto presena.4. Que apenas nos meus olhos ponho o freio (estncia 87)4.1. Identifica o recurso expressivo no verso transcrito, evidenciando o seu valor expressivo.5. As personagens intervenientes no momento da ao narrado formam dois grupos distintos: aquelesque partem e aqueles que ficam.5.1. Identifica as personagens de cada um dos grupos.5.2. Enuncia os sentimentos manifestados por aqueles que ficam e as causas dos mesmos.6. Comenta a atitude dos navegadores nos ltimos quatro versos da estncia 88.GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Transforma em discurso indireto a frase a seguir apresentada.Vasco da Gama garantiu: Vamos fazer esta viagem em nome da ptria e seremos bem-sucedidos.

Novas Leituras 9 ASA2. Os marinheiros que partiram de Belm despediram-se comovidos da multido.2.1. Transcreve a orao subordinada que integra a frase anterior e classifica-a.

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

3. Transforma cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunes e locuesconjuncionais das subclasses indicadas entre parnteses.a) A multido sentia-se triste e receosa. A viagem era longa e perigosa. (locuo subordinativa causal)b) O capito sentia-se muito comovido. Os seus olhos estavam marejados de lgrimas. (conjunosubordinativa consecutiva)

4. Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parnteses,no tempo e no modo indicados.Pretrito perfeito simples do indicativoa) Os navegadores _______________ (obter) grande reconhecimento pelo seu feito heroico.b) A viagem de descoberta do caminho martimo para a ndia _______________ (trazer) muitas vantagens para Portugal.Futuro simples do conjuntivoc) Se os navegadores _______________ (ter) sorte, a viagem ser bem-sucedida.b) Se os navegadores _______________ (regressar) sos e salvos, a famlia ficar feliz.

5. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B, de modo a identificares afuno sinttica desempenhada pela expresso sublinhada em cada frase.

Coluna B1. complemento agente da passiva2. complemento direto3. complemento indireto4. complemento oblquo5. modificador6. predicativo do sujeito7. sujeitoColuna AA. A gente da cidade despediu-se dos marinheiros.B. Vasco da Gama sentia-se comovido.C. Os religiosos acompanharam-nos at aos batis.D. Os navegadores partiram nesse dia.E. Os navegadores eram apoiados pelo rei.6. Assinala a alnea em que a palavra para no uma reposio.a) Para os batis viemos caminhando. (estncia 88)b) Os navegadores preparam-se para a perigosa viagem.c) A gente da cidade ocorreu praia para se despedir dos navegadores.d) Depois de os marinheiros partirem, eles foram para casa.

GRUPO IIINa verdade, os homens partiam em busca de fortuna, deixando para trs a sua famlia.

Escreve um texto de opinio, de 180 a 240 palavras, no qual te posiciones a favor ou contra a viagemrealizada pelos navegadores portugueses, fundamentando devidamente o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte deconcluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias gerais que queres apresentar.

Novas Leituras 9 ASANo final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao e procede a ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

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TESTE N. 6

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

A Viagem da ndia

As naus estavam finalmente aparelhadas, as guarnies a postos, as ncoras prontas a er-guer-se.

5Fora ainda D. Joo II que as mandara construir; e o Prncipe perfeito, inspirando-se nos conselhos de Bartolomeu Dias e dos outros prticos, no se poupara a esforos para que elas fossem acabadas de uma maneira especialmente cuidada e forte, com madeiras de grande grossura, habilmente escolhidas e arrecadadas na Casa da Mina por pessoa de confiana, com a pregaria bem atacada, com o calafeto1 rigorosamente verificado e os aparelhos, o cordame2, as velas trplices por causa dos temporais.

10Estavam prontas as naus heroicas, predestinadas, que agora simbolizavam todo o futuro, todo o sonho, toda a ansiedade de Portugal; as naus em que naquela manh de 8 de julho de 1497, depois de ter passado a noite na capela do Restelo, vigiando e orando, Vasco da Gama devia embarcar com os seus companheiros em demanda do Oriente.

15Todo o povo de Lisboa tinha acorrido praia, a que a piedade de muitos, ainda no tempo do infante D. Henrique, pusera o pitoresco nome de Lgrimas; e na luz prestigiosa da manh, toda em cintilas3 e irisados4 fulgores, toda em tonalidades do mais puro cristal, apenas l muito ao longe levemente empanada5 na bruma das serranias, o venturoso rei D. Manuel viera tambm em triunfo, sob o plio6, dizer o ltimo adeus aos novos argonautas.

20No calmo esturio do Tejo, to predestinado para as gloriosas empresas e para as supremas consagraes, j o S. Gabriel, o S. Rafael, o S. Miguel e o Brrio desfraldam as velas aos ventos e aos sonhos picos; e, no meio da multido enquanto Vasco da Gama e os outros comandantes se afastam as mos agitam-se mais altas num frmito de ansiedade, as almas perturbam-se numa mais enternecida emoo e um velho de longas barbas alvejantes diz talvez em torno as profticas palavras dLusadas.

25Enfim! Enfunadas as velas, j l iam pelo mar fora, audazmente, na apoteose esplndida do sol trespassando o azul, dourando a cidade e as guas; j l iam em busca da morte, em busca da glria e das origens do sol, como aventureiros ousados de um novo, mais pulcro7 ideal enquanto a multido se dispersava, agora mais soturna, ainda em lgrimas, no angustioso pressgio dos temporais, dos naufrgios, dos flagelos implacveis do futuro

In Quadros da Histria de Portugal, Chagas Franco & Joo Soares, Gradiva Publicaes, 2010

___________________________________________________________________________VOCABULRIO1 vedao; 2 cordas; 3 brilhos; fascas; 4 brilhantes; coloridos; 5 encoberta; 6 espcie de dossel sustidopor varas, debaixo do qual vai o rei nos cortejos; 7 belo; delicado

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. Para responderes a cada item, seleciona a afirmao adequada ao sentido do texto.1.1. A palavra aparelhadas (linha 1) significa:a) acabadas.b) ancoradas.c) encaminhadas.d) preparadas.1.2. O ano 1497 (linha 10) reporta-se ao sculo:a) XIV.b) XV.c) XVI.d) XVII.1.3. O S. Gabriel, o S. Rafael, o S. Miguel e o Brrio (linha 19) referem-se:a) ao nome dos comandantes das naus.b) ao nome atribudo s naus.c) aos santos que acompanhavam os navegadores.d) aos sacerdotes que viajavam com a tripulao.1.4. A expresso as mos agitavam-se mais altas (linha 21) contm uma:a) metfora.b) perfrase.c) personificao.d) sindoque.1.5. Na frase j l iam pelo mar fora (linha 24), o sujeito :a) as naus.b) as velas.c) os argonautas.d) os sonhos picos.1.6. A palavra sublinhada na expresso ainda em lgrimas (linha 27) pode ser substituda por:a) agora.b) at agora.c) mais.d) tambm.

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Parte B

L o excerto de Os Lusadas de Lus de Cames. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrioapresentado.

Mas neste passo, assi prontos estando1,Eis o mestre2, que olhando os ares anda,O apito toca: acordam, despertando,Os marinheiros da e doutra banda,E, porque o vento vinha refrescando3,Os traquetes das gveas tomar manda4. Alerta (disse) estai, que o vento crece5Daquela nuvem negra que aparece!No eram os traquetes bem tomados,Quando d a grande e sbita procela6. Amaina (disse o mestre a grandes brados),Amaina7 (disse), amaina a grande vela!No esperam os ventos indinados8Que amainassem, mas, juntos dando nela,Em pedaos a fazem cum rudoQue o Mundo pareceu ser destrudo!O cu fere com gritos nisto a gente,Cum sbito temor e desacordo9;Que, no romper da vela, a nau10 pendenteToma gro suma11 d' gua pelo bordo. Alija12 (disse o mestre rijamente,Alija tudo ao mar, no falte acordo13!Vo outros dar bomba, no cessando; bomba, que nos imos alagando!.A Tempestade

Ivan Konstantinobich, Navio na tempestade, 188770Correm logo os soldados animososA dar bomba; e, tanto que14 chegaram,Os balanos que os mares temerososDeram nau, num bordo os derribaram.Trs marinheiros, duros e forosos,A menear o leme no bastaram;Talhas15 lhe punham, da e doutra parte,Sem aproveitar dos homens fora e arte.Os ventos eram tais que no puderamMostrar mais fora d' mpeto cruel,Se pera derribar ento vieramA fortssima Torre de Babel16.Nos altssimos mares, que creceram,A pequena grandura dum batelMostra a possante nau, que move espanto,Vendo que se sustm nas ondas tanto.In Os Lusadas, Lus de Camesedio de A. J. Pimpo, MNE-IC, 2000

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___________________________________________________________________________VOCABULRIO1 vatentos narrativa de Ferno Veloso; 2 comandante de manobra; 3 soprando; 4 manda encurtar as velas su-periores do mastro grande; 5 aumenta de intensidade; 6 tempestade; 7 carrega, colhe; 8 impetuosos, enfurecidos;9 frenesi, nervosismo; 10 de S. Gabriel; 11 grande quantidade; 12 lana carga ao mar; 13 presena de esprito, san-gue-frio; 14 logo que; 15 cordas que se prendem cana do leme, para facilitar o governo da nau; 16 torre que, se-gundo a Bblia, os hebreus construram para chegar ao Cu, tendo sido castigados por Deus que fez com que opovo falasse lnguas diferentes e, como tal, no se entendesse

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.2. Situa o excerto de Os Lusadas na estrutura interna da obra.3. Atenta nas estncias 70 e 71.3.1. Transcreve das estncias as expresses que ilustrem o crescimento gradual da tempestade.3.2. Identifica, na segunda estncia, uma personificao, evidenciando o seu valor expressivo.3.3. Caracteriza a atitude da personagem individual, destacada na tripulao, face tempestade.4. Rel as estncias 72 e 73.4.1. Esclarece o estado de esprito dos marinheiros.4.2. Explicita a atitude dos marinheiros perante as ordens do mestre.5. Esclarece o sentido dos quatro primeiros versos da ltima estncia, identificando o recurso expressivoempregue na descrio da fora dos ventos.

GRUPO IIResponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. No esperam os ventos indinados / Que amainassem (estncia 71)1.1. Identifica a funo sinttica desempenhada pela expresso sublinhada.1.2. Classifica a forma verbal amainassem, indicando pessoa, nmero, tempo e modo.1.3. Classifica a orao introduzida pela conjuno subordinativa que.1.4. Reescreve os versos anteriores na afirmativa, iniciando-os como a seguir se indica.Oxal os ventos indinados ___________________________________________________2. Trs marinheiros, duros e forosos, / A menear o leme no bastaram (estncia 73)2.1. Reescreve o segundo verso, substituindo o leme pelo pronome pessoal adequado. Faz apenasas alteraes necessrias.2.2. Identifica a funo sinttica desempenhada pela expresso sublinhada.3. Seleciona a alnea que te permite obter uma afirmao correta.3.1. A frase em que a palavra que um pronome :a) Eis o mestre, que olhando os ares anda, / O apito toca (estncia 70)b) Alerta (disse) estai, que o vento crece (estncia 70)c) No esperam os ventos indinados / Que amainassem (estncia 71)d) Em pedaos a fazem cum rudo / Que o Mundo pareceu ser destrudo! (estncia 71)

GRUPO IIIOs navegadores portugueses arriscaram a sua vida na descoberta do caminho martimo para a ndia.

Baseando-te em filmes/sries televisivas que tenhas visto ou em algum livro que tenhas lido,escreve uma histria real ou imaginria, de 180 a 240 palavras, em que algum tenha arriscado aprpria vida para alcanar um determinado objetivo.Lembra-te de que deves situar a ao no tempo e no espao, bem como apresentar as personagensintervenientes.O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte deconcluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias gerais que queres apresentar.No final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao eprocede a ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

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TESTE N. 7

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno.

ManuelAntnio Pina

Talvez, quem sabe?, a poesia seja alguma espcie obscura de religio51015202530354045505560

A poesia um mistrio incompreensvel. Porque escrevem as pessoas poesia? E porque a leem ou ouvem outras pessoas? Eu sei que pode escrever-se poesia (o que quer que "poesia" signifique) por muitos motivos, nem todos respeitveis.Ao longo da Histria, a poesia tem servido um pouco para tudo, seja ut doceat, ut moveat aut delectet, que como quem diz "para ensinar, comover ou deleitar" (a frmula tem 500 anos e de Rudolfo Agrcola) seja para enaltecer e louvar ou, se no para ganhar a vida, ao menos para fazer por ela.Hoje, como provam os programas de Lngua Portuguesa da Dra. Maria de Lurdes Rodrigues, a poesia coisa perfeitamente dispensvel no ensino e qual-quer telenovela comove e deleita mais gente que um poema de Cesrio ou de Herberto; por outro lado, j ningum encomenda um poema para eternizar os seus feitos (a verdade que tambm faltam feitos que meream ser eternizados) nem nenhuma dama se deixa seduzir com protestos de amor decassilbicos e metforas. Quanto a ganhar a vida estamos falados; com raras excees, os livros de versos vendem umas poucas centenas de exemplares e s editores suicidas se metem em tal negcio. H tempos, um editor punha a uma seleta audincia de poetas a seguinte pergunta: como se edita poesia e se tem uma pequena fortuna ao fim de uns anos? A resposta : comeando com uma grande fortuna. No entanto, continua a haver gente a escrever poesia e gente a edit-la. E gente a ler ou a ouvir poesia.Na semana passada realizou-se em Maiorca o Festival de Poesia do Mediterrneo (outro mistrio:por todo o lado continuam a realizar-se festivais depoesia). Havia poetas catales, castelhanos, asturia-nos, rabes, portugueses.Na ltima noite, 500 ou 600 pessoas ouviram ler poemas em lnguas que no conheciam. Muitas vezes (pelo menos no caso do rabe e do portugus) no fa-ziam a mnima ideia do que falavam os poetas. Mas es-cutavam como se participassem numa celebrao cujo significado estivesse alm (ou aqum) das palavras.Que procuravam ali aquelas pessoas? S a msica das palavras? Mas a poesia no msica, um pouco menos e um pouco mais que msica. certo que tam-bm no apenas sentido mas algo entre uma coisae outra ou ambas ao mesmo tempo, msica do sen-tido, como diz Castoriadis, e talvez, quem sabe?, al-guma forma de sentido que a msica possa fazer. Como os outros, tambm eu escutava. s vezes jul-gava reconhecer uma palavra e agarrava-me a elacomo um nufrago at a perder algures fora e dentrode mim, ou percebia uma sonoridade dolorosa, umainflexo irnica, uma inventiva (em rabe, meu Deus!, que mais podia eu perceber?), e isso me bastava para,por um momento, me sentir absurdamente feliz.Talvez, quem sabe?, a poesia seja alguma espcie obscura de religio, talvez ela prpria seja uma lngua estrangeira falada em regies distantes e interiores, talvez escrevendo poesia e lendo e ouvindo poesia es-tejamos perto de algo maior do que ns ou do nosso exato tamanho. Porque alguma razo h de haver para a persistncia da poesia mesmo em tempos to pouco gloriosos como os nossos.In Viso, junho, 2007http://visao.sapo.pt/persistencia-da-poesia=f692240

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Para responderes a cada item, seleciona a afirmao adequada ao sentido do texto.1.1. Na expresso ut doceat, ut moveat aut delectet (linha 7) usa-se o itlico, porque:a) o ttulo de uma publicao.b) o ttulo de um poema.c) um emprstimo.d) se pretende destacar uma ideia.1.2. Ao afirmar que a poesia coisa perfeitamente dispensvel no ensino (linhas 13-14), o autorpretende:a) destacar que a poesia desnecessria no ensino.b) confirmar que a poesia suprflua no ensino.c) salientar o valor da poesia no ensino.d) criticar o pouco valor atribudo poesia no ensino.1.3. A expresso estamos falados (linhas 21-22) significa:a) j falmos tudo.b) est tudo dito.c) no h nada a declarar.d) no se deve dizer tudo.1.4. De acordo com o que dito no texto, a publicao de poesia:a) no muito lucrativa.b) permite ganhar muito dinheiro.c) permite obter uma pequena fortuna.d) permite obter uma grande fortuna.1.5. A expresso agarrava-me a ela como um nufrago (linhas 50-51) contm uma:a) metfora.b) comparao.c) hiprbole.d) personificao.1.6. A palavra mesmo (linha 62) pode ser substituda por:a) igualmente.b) at.c) realmente.d) na verdade.

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Parte BL o poema de Sophia de Melo Breyner Andresen.

PorquePorque os outros se mascaram mas tu noPorque os outros usam a virtudePara comprar o que no tem perdo.Porque os outros tm medo mas tu no.Porque os outros so os tmulos caiadosOnde germina calada a podrido.Porque os outros se calam mas tu no.Porque os outros se compram e se vendemE os seus gestos do sempre dividendo.Porque os outros so hbeis mas tu no.Porque os outros vo sombra dos abrigosE tu vais de mos dadas com os perigos.Porque os outros calculam mas tu no.In Obra Potica, Sophia de Mello Breyner Andresen, Caminho, 2011

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Expectativa, Gustave Klint, 1905

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Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

2. Identifica o destinatrio do poema, evidenciando a atitude do sujeito potico face ao mesmo.

3. O poema constri-se com base na anfora da palavra Porque.3.1. Explicita o motivo pelo qual o poema construdo dessa forma.

4. Transcreve do poema expresses que denunciem as atitudes a seguir indicadas.a) dissimulao.b) hipocrisia.c) corrupo.d) cobardia.

5. Porque os outros so os tmulos caiados / Onde germina calada a podrido. (versos 5-6)5.1. Explicita o sentido dos versos anteriores.5.2. Identifica o recurso expressivo empregue nos versos transcritos.

6. Num comentrio breve, demonstra que o poema de Sophia de Mello Breyner Andresen possui um carizde interveno social.

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GRUPO II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. A denncia social, que est presente no poema Porque, foi uma das preocupaes de Sophiade Mello Breyner Andresen.1.1. Explicita a regra que torna obrigatrio o uso de vrgulas na frase anterior.

2. Repara nas frases transcritas do texto da Parte A.a) A poesia um mistrio incompreensvel. (linha 1)b) Mas escutavam como se participassem numa celebrao [] (linhas 39-40)c) Que procuravam ali aquelas pessoas? (linha 42)2.1. Indica, para cada uma das alneas, a funo sinttica que as expresses sublinhadas desempenham.

3. Ao longo da Histria, a poesia tem servido um pouco para tudo []. (linhas 6-7, texto Parte A)3.1. Classifica a forma verbal sublinhada, indicando pessoa, nmero, pessoa, tempo e modo.

4. Transforma o par de frases simples numa frase complexa, utilizando uma conjuno subordinativaconcessiva. Faz as alteraes necessrias.a) Os poetas denunciam os problemas sociais. O desrespeito pelos direitos humanos cadavez mais frequente.

GRUPO III

A cultura uma das formas de libertao do homem.Sophia de Mello Breyner Andresen

Escreve um texto argumentativo, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, no qual procures convencer os teus colegas das vantagens de se possuir uma boa formao cultural,fundamentando devidamente o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias gerais que queres apresentar.No final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao e procedea ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

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TESTE N. 8

ESCOLA: ___________________________________________________________________

TESTE DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte AL o texto com ateno.

AntnioLoboAntunes

Uma crnica ou l o que

regresso, persigo-me desisto. Sou muitos. Deixei mui-tos pelo caminho e continuo a ser muitos. Um dia tudo isto para. E metem um s no caixo. Fiz o que pude, com a fora que tinha, e di-me que imensos erros, pa-tetices, asneiras. Sofri que me fartei. Algumas alegrias no meio disto, claro, alguns momentos quase perfeitos na eterna guerra civil dos meus dias. isso que me confunde mais: porqu esta violncia interior, estes excessos, esta permanente, desesperada busca? []Uma sina difcil e esquisita, que me acompanha desde que o incio, e me condiciona a vida. Em Almei-rim com a tropa, emboscadas, flagelaes, minas, lbuns e lbuns de fotografias daquilo.No tenho nenhuma, no quero ter nenhuma. Bastam-me as mangueiras de Marimba que me per-seguiro para sempre, cheias de morcegos. Uma longa fila de mangueiras enormes, os crocodilos dorio Cambo, um leo que, no Leste, passou rente viatura: demasiada tralha j, de que me tento livrar sacudindo o lombo da alma. Em parte sou capaz, em parte no sou. E as mangueiras persistem. At ao fim ho de morar comigo? Almeirim uma terra bonita.No me importava de morar l, conhecer as pessoas. No me importava de morar fosse onde fosse, como no me importo de morar aqui, -me indiferente olugar, desde que haja esferogrfica, papel, uma cadeira e uma mesa. O almoo dos camaradas num restaurant enorme, com um casamento ao lado. [][] E aqui esto eles comigo, apesar de eu sozinho.In Viso, agosto 2011 (excerto)http://visao.sapo.pt/uma-cronica-ou-la-o-que-e=f618972Em Almeirim, no almoo anual com os meus camaradas. Ouvir falar de frica o tempo inteiro.Tratam-me sempre to bem! s vezes tenho difi-culdade em distinguir, nos homens de hoje, os rapa-zinhos de ento. Depois um sorriso, um trejeito, qualquer coisa para alm das feies e reconheo-os.Trazem as mulheres, os filhos, mostram a fotografia dos netos. H quem venha do estrangeiro, de propsito. H quem ainda ponha a boina na cabea.Quase todos continuam l, pelo menos uma parte deles continua l. Os mortos connosco. Falo pouco, como sempre, oio-os. Vivi tudo aquilo que eles continuam a viver e que, para mim, uma espcie de sonho. Farrapos de lembranas, coisas que me dizem que fiz e mal recordo. Ao lembrarem-mas avivam-se um bocadinho, desbotam-se de novo. Publicaram um livro com as cartas que escrevi durante aquilo: no o li nunca. No sou capaz. No que queira esquecer, que foi outro que por l andou. Foi outro e fui eu, que difcil explicar isto. No escrevi nenhum livro sobre a guerra, limitei-me a intercalar episdios laterais nos primeiros textos publicados, para estruturar melhor os captulos e, talvez tambm, para, em certo sentido, me libertar de episdios que me embaciavam a me-mria, libertando-me deles como de um vmito.Uma vez liberto deles pensei Agora posso comear e, ento, comecei. Tanto tempo at encontrar o meu tom, o meu modo, uma forma que no devesse nada a ningum, e em que as vozes alheias no entrassem na minha. Em Almeirim longos abraos enternecidos, saudades, quem sou eu? Sei e no sei, fujo de mim

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Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. Para responderes a cada item, seleciona a afirmao adequada ao sentido do texto.1.1. A expresso Farrapos de lembranas (linha 14) contm uma:a) ironia.b) hiprbole.c) metfora.d) personificao.

1.2. O pronome deles (linha 25) refere-se aos:a) episdios de guerra.b) captulos.c) textos publicados.d) camaradas.

1.3. O possessivo minha (linha 30) refere-se :a) vida.b) voz.c) terra.d) casa.

1.4. Ao utilizar-se a expresso claro (linha 37) refora-se uma:a) afirmao.b) dvida.c) condio.d) previso.

1.5. A frase No tenho nenhuma, no quero ter nenhuma. (linha 45) contm uma orao coordenada:a) adversativa sindtica.b) adversativa assindtica.c) copulativa sindtica.d) copulativa assindtica.

1.6. A palavra mangueiras (linha 46) significa:a) planta cujo fruto a manga.b) tubo feito de um material flexvel.c) instrumento para malhar cereais.d) pau comprido e delgado do mangual.

1.7. Da leitura do texto depreende-se que a guerra em frica:a) no um assunto digno de relato.b) foi mais um episdio na vida do autor.c) no foi importante para o autor.d) foi uma acontecimento marcante na vida do autor.

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Parte B

L o poema de Fernando Pessoa. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

Caiu-lhe da algibeiraA cigarreira breve.Dera-lha a me. Est inteiraE boa a cigarreira.Ele que j no serve.De outra algibeira, alada4Ponta a roar o solo,A brancura embainhadaDe um leno... Deu-lho a criadaVelha que o trouxe ao colo.L longe, em casa, h a prece5:Que volte cedo, e bem!(Malhas que o Imprio tece!)Jaz morto, e apodrece,O menino da sua me.Fernando Pessoa, in Maria Aliete GalhozFernando Pessoa, Editorial PresenaO Menino da sua Me

No plaino1 abandonadoQue a morna brisa aquece,De balas traspassado Duas, de lado a lado ,Jaz morto, e arrefece.Raia-lhe a farda o sangue.De braos estendidos,Alvo, louro, exangue2,Fita com olhar langue3E cego os cus perdidos.To jovem! que jovem era!(Agora que idade tem?)Filho nico, a me lhe deraUm nome e o mantivera:O menino da sua me.

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___________________________________________________________________________VOCABULRIO1 cho; plancie; 2 sem sangue; 3 abatido; 4 com forma de asa; 5 oraoa

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

2. O poema denuncia uma situao trgica. Indica-a.

3. Explicita a simbologia da cigarreira e do leno referidos na 4. e 5. estrofes, respetivamente.

4. Que volte cedo, e bem! (verso 27)4.1. Comenta a importncia do emprego do discurso direto, evidenciando a ironia presente no versotranscrito.

5. Explica o motivo pelo qual o verso (Malhas que o Imprio tece!), surge entre parnteses, sa-lientando a inteno do sujeito potico.

Novas Leituras 9 ASA6. Justifica o ttulo atribudo ao poema, tendo em conta o seu desenvolvimento temtico.

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

GRUPO II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. L a abertura de um discurso dirigido a ex-combatentes de guerra.Companheiros,A guerra, o eterno pesadelo, deixou-nos uma herana dolorosa

1.1. Completa as frases que se seguem, para justificares a pontuao utilizada na abertura do discurso.A. Na primeira linha, usa-se a vrgula para assinalar a expresso com a funo sinttica deB. Na segunda linha, as vrgulas delimitam a expresso que desempenha a funo sinttica de

2. Classifica as oraes sublinhadas em cada uma das frases seguintes.a) Desde que o homem existe, h guerra no mundo.b) Ainda que morram muitos inocentes, a guerra perpetua-se.c) Na guerra no h vencedores, visto que morrem sempre muitos inocentes.d) A guerra acabaria, caso no envolvesse tantos interesses.

3. Indica a funo sinttica desempenhada pelo advrbio l em cada uma das alneas.a) Quase todos continuam l []. (linha 10, texto Parte A)b) No me importava de morar l []. (linha 54, texto Parte A)c) L longe, em casa, h a prece (verso 26, texto Parte B)

GRUPO III

Escreve um texto de opinio, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar,no qual apresentes o teu ponto de vista sobre a guerra.O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte de concluso.Antes de redigires o teu texto, aponta em forma de tpicos as ideias gerais que queres apresentar.No final, rel com ateno o texto que escreveste, verifica se respeitaste a tua planificao e pro-cede a ajustes e/ou correes que consideres necessrios.

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PROVA 1

ESCOLA: ___________________________________________________________________

PROVA MODELO DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO IParte A

De calor acumulado, principalmente por meio da evaporao; quando a humidade se condensa for-mando chuva, liberta energia latente, aquecendo a atmosfera. No inverno, os ventos transportam esse calor para latitudes mais altas, onde ele irradiado para o espao. Mas no vero a energia eleva-se () para altitudes mais altas nos trpicos, criando vrios fenmenos de nuvens cmulos a temporais. ()Como a temperatura da superfcie do oceano o parmetro-chave na formao de furaces, os cien-tistas querem saber como se alteraram estas tem-peraturas nas dcadas passadas, se o nmero, dimenses e intensidade dos furaces mudaram e se o aquecimento global atribudo atividade hu-mana contribuiu de modo significativo. ()Kevin E. Trenberthwww2.uol.com.br (texto adaptado)O vero de 2004 foi um enorme sinal de alerta: quatro furaces sem precedentes atingiram a Flrida e 10 tufes causaram estragos no Japo quatro a mais que o recorde por estao na regio. Alarmados, os cientistas deram explicaes con-traditrias para o aumento desses ciclones tropicais e ficaram bastante divididos quanto participao do aquecimento global nessa revolta. A menatureza ultrapassou um recorde na temporada de furaces no Atlntico Norte, em 2005, coroadapelos devastadores furaces Katrina e Rita. Mas, em 2006, enquanto os preos dos seguros disparavam no sudeste americano, o nmero de tem-pestades no Atlntico Norte ficou bem abaixo das previses. Se o aquecimento global est realmente a exercer um papel dominante, porque foi a temporada 2006 de furaces to calma?Anlises cuidadosas dos padres do clima fornecem uma explicao consensual para os dois aumentos sem precedentes que ocorreram em 2004 e 2005, assim como para a temporada estra-nhamente tranquila de 2006. Infelizmente, essa explicao traz prognsticos de problemas meteo-rolgicos a longo prazo. (...)Para determinar se o aquecimento global est a afetar o nmero e a intensidade (velocidade do vento) dos furaces, os cientistas precisam de entender primeiro como que essas tempestades se formam. Ao longo dos anos, foram concebidos modelos cada vez mais detalhados da formao de furaces. O principal ingrediente de um furaco gua aquecida, e por isso que a maioria deles se forma nos trpicos, onde o sol incide quase verticalmente. Os oceanos absorvem a maior parte da energia solar incidente e depois expulsam o excesso15105Oceanos mais quentes, furaces mais violentos

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__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

Responde aos itens que seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas

1. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordocom o sentido do texto. Escreve as letras e os nmeros correspondentes. Utiliza cada letra e cada

Coluna A(1) Por isso, a maioria deles forma-se nos trpicos.(2) Para isso, conceberam modelos cada vez mais detalhados.(3) Logo, no vero, a energia eleva-se para altitudes mais altas nos trpicos, criando vrios fenmenos.(4) Mas, no vero, a energia eleva-se para altitudes mais altas nos trpicos, criando vrios fenmenos.(5) Deste modo, chegaram a concluses importantes.(6) Assim, preveem problemas meteorolgicos a longo prazo.(7) Contudo, a maioria deles forma-se nos trpicos.(8) Porm, no criaram consensos sobre o fenmeno.nmero apenas uma vez.

Coluna A(a) As anlises dos padres do clima foramcuidadosas.(b) O principal ingrediente de um furaco a temperatura da superfcie do oceano.(c) No inverno, os ventos transportam o calor para latitudes mais altas, onde ele irradiado para o espao.(d) Os cientistas tentaram entender o papel desempenhado pelo aquecimento global.(e) Os cientistas queriam entender se o aquecimento global afeta a formao defuraces.

2. Indica o referente do pronome sublinhado na expresso onde ele irradiado para o espao(linhas 40-41).

3. Para responderes a cada item (3.1. a 3.4.), seleciona a nica opo que permite obter uma afirmaoadequada ao sentido do texto.Escreve o nmero do item e a letra que identifica a opo escolhida.

3.1. A frase os cientistas deram explicaes contraditrias para o aumento desses ciclones tropicaise ficaram bastante divididos quanto participao do aquecimento global nessa revolta (li -nhas 5-8) significa que os cientistasa) estiveram de acordo quanto s explicaes que apresentaram.b) discordaram das explicaes uns dos outros, no chegando a acordo.c) consideraram que era impossvel responder satisfatoriamente a este desafio.d) reconheceram a sua incapacidade para explicar fenmenos to inesperados.

3.2. Na frase Infelizmente, essa explicao traz prognsticos de problemas meteorolgicos a longoprazo. (linhas 22-24) o advrbio sublinhadoa) veicula a perspetiva do autor face afirmao que faz.b) descreve o modo como os fenmenos decorreram.c) apresenta uma opinio oposta anteriormente exposta.d) subscreve uma opinio anteriormente apresentada.

3.3. Na frase Como a temperatura da superfcie do oceano o parmetro-chave na formao de furaces, os cientistas querem saber como se alteraram estas temperaturas nas dcadas passadas (). (linhas 45-48) os vocbulos sublinhados significama) uma vez que e porque, respetivamente.b) de que modo e uma vez que, respetivamente.c) uma vez que e de que modo, respetivamente.d) uma vez que e logo, respetivamente.

3.4. Na expresso Anlises cuidadosas dos padres do clima fornecem uma explicao consensual (linhas 18-19) est presente a ideia de que o processo de procura de explicaesa) est concludo. b) est longe do terminar. c) est em curso. d) foi interrompido.

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Parte B

L o seguinte texto.

Ouve-se um barulho de tempestade com raios e troves; entram um Capito e um Contramestre.

CAPITO: Contramestre!CONTRAMESTRE:Estou aqui, capito. Que tal vai isso?CAPITO: Bem, trata de falar aos marinheiros. Eles que metam depressa mos obraquando no, encalhamos. Vai, despacha-te!

Sai.Entram os Marinheiros.

5CONTRAMESTRE: Coragem, meus valentes! Fora, fora! Aviem-se! Desam a vela. Tomemateno ao capito! (Para a tempestade) Sopra para a a tua ventania atte rebentarem as bochechas, se que a gente no vai encalhar antes!

Entram Alonso, Sebastian, Antnio, Ferdinand, Gonzalo e outros.

ALONSO: Ai, meu bom Contramestre, faz tudo o que puderes. Onde que est o capito?

10Portem-se como homens!CONTRAMESTRE: Faam favor, deixam-se ficar a em baixo!ANTNIO: Onde que est o capito, Contramestre?CONTRAMESTRE: Ento no o ouvem? Ai, que assim s esto a atrapalhar. Vo mas paraas vossas cabinas. Aqui esto a ajudar a tempestade!

15GONZALO: patro, no perca a pacincia!CONTRAMESTRE: No perco quando o mar no a perde tambm! Ora a tm! O que que importaa estas ondas altssimas que voces falem em nome do rei? Para ascabinas, j! Calados! No nos compliquem a vida!GONZALO: Bom, est bem, mas no te esqueas de quem levas no barco.

20CONTRAMESTRE: No ningum de quem goste mais do que de mim prprio. Olhe, vossemecum conselheiro; se conseguir obrigar o vento e a gua a sossegarem efazer com que tudo volte tranquilidade, a gente no mexe nem mais umapalha. Vamos, toca a impor a sua autoridade! Mas se no capaz, d graasa Deus por ter vivido at hoje e v para a sua cabina preparar-se para o caso

25de acontecer uma desgraa. V, fora, meus valentes! Saiam do caminho,j disse! (Sai)GONZALO: Este homem d-me bastante segurana. No tem ar de quem h de morrerafogado. (Saem)CONTRAMESTRE: Baixem o mastaru! Depressa! Mais para baixo! (Entram Sebastian, Antnio

30e Gonzalo) Outra vez? O que que vm aqui fazer? Vamos cruzar os braose afogar-nos? Esto na disposio de ir pelo mar abaixo?

Hlia Correia, A ilha encantada, Relgio Dgua

__________________________________________________________________________________________________________________3. Testes de Avaliao| Novas Leituras 9

4. Explica por que razo podemos afirmar que estamos perante um texto dramtico.5. Apresenta sucintamente a situao apresentada em cena.6. Justifica a elevada frequncia de frases de tipo imperativo no excerto transcrito.7. Nesta cena estabelecida uma oposio entre a fora humana e o poder da Natureza. Explicita esse contraste, fundamentando a tua resposta com elementos textuais.8. Caracteriza a personagem Contramestre.9. Seleciona um episdio da obra Os Lusadas que apresente semelhanas com o excerto transcrito.Justifica a tua escolha.

Parte C

L o excerto do Auto da Barca do Inferno a seguir transcrito, e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item 10. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

Diabo barca, barca, housl!que temos gentil mar! Ora venha o caro1 rei!2

Comp. Feito, feito!

5Diabo Bem est!Vai tu, muitieram.3,atesa4 aquele palanco5e despeja aquele banco,para a gente que vinr.

10 barca, barca, hu-u!Asinha6, que se quer ir!Oh! que tempo de partir,louvores a Berzebu7!

15 Ora, sus8!, que fazes tu?Despeja todo esse leito!

Comp. Em boa hora! Feito, feito!Diabo Abaxa m-hora esse cu9!Faze aquela poja10 lesta11

20e alija12 aquela dria13.!-!, caa! Oi!-oi!, ia! ia!Oh, que caravela esta!Pe bandeiras, que festa.Verga alta! ncora a pique!

Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente,in Teatro Gil Vicente,edio de Ant. Jos Saraiva, Portuglia, s/d

____________________________VOCABULRIO1 Parte inferior das vergas das velas; 2 Popa; 3 Em muito m hora.; 4 Estica; 5 Corda que se prende vela e que serve para a iar; 6 Depressa; 7 Diabo; 8 Eia; 9 Despacha-te; 10 Corda de virar a vela; 11 frouxa; 12 Alvia; 13 Cabo de iar velas

________________________________________________________________________________________________________ Novas Leituras 9 | Guia do Professor

10. Redige um texto expositivo com um mnimo de 70 e um mximo de 120 palavras, no qual apresenteslinhas fundamentais de leitura do excerto da pea Auto da Barca do Inferno.

O teu texto deve incluir uma parte introdutria, uma parte de desenvolvimento e uma parte deconcluso.

Organiza a informao do modo que considerares adequado, abordando os tpicos seguintes:a) identificao das personagens;b) indicao do espao onde se encontram;c) explicitao da funo de cada uma das personagens bem como da relao que estabelecem entre si;d) fundamentao do predomnio de frases de tipo imperativo;e) explicao da alegria e da pressa na preparao da barca expressas pelo Diabo;f) justificao da presena de vocabulrio relacionado com conceito de navegao;g) apresentao da importncia desta cena na globalidade da pea.

GRUPO II

1. Substitui as expresses sublinhadas na frase que se segue por pronomes pessoais adequados.Alarmados, os cientistas deram explicaes contraditrias.

2. Transcreve a orao subordinada presente na frase seguinte e classifica-a.[] enquanto os preos dos seguros disparavam no sudoeste americano, o nmero de tempestadesno Atlntico Norte ficou bem abaixo das previses. (Texto Parte A, linhas 12-15)

3. Identifica os processos fonolgicos ocorridos nos exemplos abaixo apresentados.a) rivu - riob) semper - semprec) recuar - arrecuar (forma popular)d) ipsu - isso

4. Identifica a relao estabelecida entre as palavras da sequncia.barco mastro convs proa

5. Passa a fala do Contramestre para o discurso indireto.CONTRAMESTRE: [] Aviem-se! Desam a vela. Tomem ateno ao capito! (Para a tempestade) Sopra para a a tua ventania at te rebentarem as bochechas []!

GRUPO III

O aquecimento global uma consequncia das alteraes climticas, nomeadamente do aumento da temperatura mdia global do nosso planeta.Apelando aos teus conhecimentos sobre esta matria, elabora um texto expositivo, com um mnimode 180 e um mximo de 240 palavras, em que apresentes algumas das aes humanas que podem contribuir para esta situao.

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PROVA 2

ESCOLA: ___________________________________________________________________

PROVA MODELO DE PORTUGUS

Ano: 9. | Turma: __________ Data: ___ / ___ /20___

GRUPO I

Parte A

Elogio do Subrbio

105Cresci nos subrbios de Lisboa, em Benfica, ento quintinhas, travessas, casas baixas, a ouvir as mes chamarem ao crepsculo Vtor, num grito que, partido da Rua Ernesto da Silva,alcanava as cegonhas no cume das rvores mais altas e afogava os paves no lago sob os lamos. Cresci junto ao castelito das Portas que nos separava da Venda Nova e da Estrada Militar, numpas cujos postos fronteirios eram a drogaria do senhor Jardim, a mercearia do Careca, a pastelaria do senhor Madureira e a capelista Havaneza do senhor Silvino, e demorava-me tarde na oficina de sapateiro do senhor Florindo, a bater sola num cubculo escuro rodeado de cegos sentados em banquinhos baixos, envoltos no cheiro de cabedal e misria que se mantm como o nico odorde santidade que conheo. ()

15Na poca em que aos treze anos me estreei no hquei em patins do Futebol Benfica, o guarda-redes enchumaado como um baro medieval apontou-me ao pasmo dos colegas O pai do ruo doutor no que constituiu de imediato a minha primeira glria desportiva e a primeira tenebrosa responsabilidade, a partir do momento em que o treinador, a apalpar-me os