teste módulo2 frazãocvaf

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  • 7/24/2019 Teste Mdulo2 FrazoCVAF

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    LEITURA

    L com ateno o texto transcrito e responde, de forma clara e objetiva, ao questionrio que se segue:

    OS TRS CONSELHOS

    Um pobre rapaz tinha casado, e para arranjar a sua vida, logo ao fim do primeiro ano teve de ir servir uns

    patres muito longe. Ele era assim bom homem, e pediu ao amo que lhe fosse guardando na mo o dinheiro das

    soldadas. Ao fim de uns quatro anos j tinha um par de moedas, que lhe chegava para comprar uma quintazinha, e

    quis voltar para casa. O patro disse-lhe:

    - Qual queres, trs bons conselhos que te ho de servir para toda a vida, ou o teu dinheiro?

    - Ele, o dinheiro sangue, como diz o outro.

    - Mas podem roubar-to pelo caminho e matarem-te.

    - Pois ento venham de l os conselhos.

    Disse-lhe o patro:

    - O primeiro conselho que te dou que nunca te metas por atalho, podendo andar pela estrada real.

    - C me fica para meu governo.

    - O segundo, que nunca pernoites em casa de homem velho casado com mulher nova. Agora o terceiro

    vem a ser: nunca te decidas pelas primeiras aparncias.

    O rapaz guardou na memria os trs conselhos, que representavam todas as suas soldadas; e quando se ia

    embora, a dona da casa deu-lhe um bolo para o caminho, se tivesse fome; mas que era melhor com-lo em casa

    com a mulher, quando l chegasse. Partiu o homenzinho do Senhor, e encontrou-se na estrada com uns

    almocreves que levavam uns machos com fazendas; foram-se acompanhando e contando a sua vida, e chegando la um ponto da estrada, disse um almocreve que cortava ali por uns atalhos, porque poupava meia hora de

    caminho. O rapaz foi batendo pela estrada real, e quando ia chegando a um povoado, viu vir o almocreve todo

    esbaforido sem os machos; tinham-no roubado e espancado na quelha1. Disse o moo:

    - J me valeu o primeiro conselho.

    Seguiu o seu caminho, e chegou j de noite a uma venda, onde foi beber uma pinga, e onde tencionava

    pernoitar; mas quando viu o taberneiro j homem entrado, e a mulher ainda frescalhuda, pagou e foi andando

    sempre. Quando chegou vila, ia l um rebolio; era que a Justia andava em busca de um assassino que tinha

    fugido com a mulher do taberneiro que fora morto naquela noite. Disse o rapaz l consigo:- Bem empregado

    dinheiro o que me levou o patro por este conselho.

    1quelha rua estreita, viela, beco; soldadas salrio dos operrios, criados

    Ficha de Avaliao de PortugusMdulo 2

    NOME: ________________________________________________ N: _________

    DATA: 29/ janeiro / 2016 DURAO: 50minutos TURMA: CVAF

    CLASSIFICAO: _______________________________

    % ( ____________________________________POR CENTO)

    COMENTRIO:

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    ____________________________________________

    PROFESSOR: ____________________________ ENCARREGADO DE EDUCAO: __________________________________________________

  • 7/24/2019 Teste Mdulo2 FrazoCVAF

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    E picou o passo, para ainda naquele dia chegar a casa. E l chegou; quando se ia aproximando da porta,

    viu dentro de casa um homem, sentado ao lume com a sua mulher! A sua primeira ideia foi ir matar logo ali a

    ambos. Lembrou-se do conselho, e curtiu consigo a sua dor, e entrou muito fresco pela porta dentro. A mulher

    veio abra-lo, e disse:

    - Aqui est meu irmo, que chegou hoje mesmo do Brasil. Que dia! E tu tambm ao fim de quatro anos!

    Abraaram-se todos muito contentes, e quando foi a ceia para a mesa, o marido vai a partir o bolo, e

    aparece-lhe dentro todo o dinheiro das suas soldadas. E por isso diz o outro, ainda h quem faa bem.

    Tefilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Portugus, 1883

    COMPREENSO DO TEXTO

    1. Consegues dizer, exatamente, quandoe ondese passa esta histria? Porqu?

    _________________________________________________________________

    _________________________________________________________________

    2. Noscontos populares, a linguagem simples, de nvel popular, o que se compreende, dado que o seuemissor geralmente de origem popular. Seguindo o exemplo dado, sublinha as marcas de fala

    popular presentes nas frases apresentadas e reescreve essas mesmas frases na norma culta,

    mantendo o seu sentido original.

    Exemplo: - Ele, o dinheiro sangue, como diz o outro.

    R:O dinheiro sangue, como se costuma dizer.

    a)Orapaz foi batendo pela estrada real

    _____________________________________________________________________b)E picou o passo, para ainda naquele dia chegar a casa.

    _____________________________________________________________________

    1. Assinalacom umV(Verdadeiro) ou com um F(Falso) as seguintes afirmaes:

    - A literatura oral e tradicional apenas nos foi transmitida atravs da escrita.

    - A literatura oral e tradicional caracteriza uma certa arte da memria.

    - Os contos populares, as lendas, os provrbios tm sempre um autor que identificado.

    - Uma das funes destes textos o entretenimento, durante o convvio entre pessoas de diferentes geraes.

    - As crianas e os jovens s comeam a contactar com este tipo de textos quando j sabem ler e escrever.

    - A parbola recorre a animais para dar lies ao homem.

    - A lenda assenta num facto real, num espao e tempo mais ou menos identificveis.

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    GRAMTICA

    1. O texto que se segue baseado num conto tradicional.

    1.1Preencheos espaos em branco, escolhendo uma das palavras indicadas.

    _________________ (Dizem/Diz-se) que era um homem muito velho, o qual tinha um

    neto e um jumento.

    O velho, o rapaz e o burro l _________________ (partiu/partiram)em viagem. Nem o

    velho nem o rapaz _________________ (viajavam/viajava) em cima do burro. Assim,

    _________________ (caminhava/caminhavam) o av e o neto.

    Em certo lugar, _________________ (havia/haviam)muitas pessoas na rua. Comentrios,

    crticas e at insultos, tudo _________________ (saam/saa)da boca daquela gente.

    Um pouco mais adiante, um grande nmero de pessoas _________________(gritavam/gritava) beira da estrada. Homens, mulheres e crianas, ningum se

    _________________ (calava/calavam).

    O av _________________ (desceram/desceu), e o neto tambm.

    Enfim, velho, rapaz e burro, cada qual _________________ (chegaram/chegou) feira,

    depois de muito ter ouvido durante a viagem. Ento disse o av ao neto:

    para que saibas o que so as lnguas do mundo:preso por ter co e preso por o no ter.

    2. No excerto seguinte encontrar quatro erros ortogrficos. Identifica-os e corrige-os:

    A fama da raposa como bicho atrevido e matreiro tem passado de gerao em gerao.

    Em serta fbula, o lobo a vtima da sua manha. Ora, a raposa tinha visto a imagem da Lua no

    fundo de um poo. A gulosa ter crido tratar-se de um enorme queijo e decidiu, ento, descer num dos

    baldes, ficando presa l em baixo.

    Contasse que, entretanto, um lobo se tinha abeirado do poo. A raposa l o ter persuadido a

    descer no outro balde, falando-lhe do queijo delicioso.

    Ao longo dos tempos, os contadores de histrias tem descrito os lobos como animais cautelosos.

    Mas este, imprudente, deixou-se levar pela conversa enganadora da raposa. Desceu no balde, iando a

    manhosa que, assim, riu muito quando teve a certeza de que se tinha salvado. O lobo, esse, l ter

    permanecido no fundo do poo durante muito tempo, esperando a chegada de outro ingnuo.

    a)____________________________ b) ____________________________

    c)____________________________ d) ____________________________

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    3. Preenche os espaos em branco com os devidos sinais de pontuao para que o texto ganhe

    sentido.

    Com a vassoura arrumada atrs da porta__ o gato preto aos ps__ a fazer de botija__ dormitava

    quando bateram porta____Quem __

    __No adivinhas__ a tua prima__ a Bruxa Capucha__

    __Entra__ entra__ que tenho uma ratazana cozida para o jantar__ com esparregado de urtigas___

    Vais gostar___ E um docinho de baba de sapo___

    __ No me apetece__ Sabes__ habituei-me a comer nos restaurantes ou a comprar comida feita nos

    supermercados__ J no me caem bem os pratos tradicionais__

    __ Tambm tu__ deixaste de ser bruxa__

    __ Hoje sou__ com muito orgulho__ limpa chamins__ __

    EXPRESSO ESCRITA

    O Co e a Sombra

    Um co, que levava um naco de carne na boca, passava numa ponte sobre um

    rio, quando viu a sua sombra refletida na gua l em baixo.

    Pensando que era outro co que levava um segundo naco de carne, o insacivel do co no resistiu a atirar-se

    gua para lhe roubar a carne. claro que, em vez de roubar o segundo naco de carne, perdeu o que tinha, que caiu no

    fundo do rio.

    A fbula mostra que quem tudo quer, tudo perde.

    Esopo

    Faz o recontoda fbula O Co e a Sombra, desenvolvendo cada um dos seus elementos.

    Podes referir, por exemplo: como era o co; o que ia a pensar; que ponte atravessava; como reagiu ao ver

    o reflexo; como se sentiu ao verificar o erro.

    Podes tambm, caso entenderes, introduzir personagens; criar dilogo; atualizar a fbula; modificar algum

    detalhe.

    Enfim, expandeo teu texto no sentido que mais te agradar.

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    Nunca deixe nada embranco. Aquele que tentou eno conseguiu superiorquele que no tentou.