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Teste 8 ProTeste 112 Abril 2012 www.proteste.org.br esde que foi inventado pelo sueco Nils Bohlin, em 1959, o cinto de segurança de três pontos salvou milhões de vidas. Sua importância está mais do que com- provada e é inimaginável ver um veí- culo novo sair de fábrica sem esse equipamento nos bancos dianteiros. Nos bancos traseiros, entretanto, a história é outra, pelo menos no que diz respeito ao assento intermediário (o popular banco do meio). Além disso, vários fabricantes desrespeitam o direi- to de ir e vir com segurança de quem tem bebês de colo, já que alguns veículos não permitem a correta instalação do bebê-conforto ou da cadeirinha para crianças menores. Por considerarmos fundamental o uso do cinto de segurança, realizamos um estudo com veículos na- cionais para observar as características dos disposi- tivos de segurança dianteiros e traseiros. Dessa forma, determinamos sua eficácia. De todos os veículos tes- tados, somente o Corsa 1.4 Flexpower Maxx vem com cinto de segurança de três pontos no assento inter- mediário. Os outros veículos oferecem apenas o cinto de dois pontos (ou abdominal). Listamos as principais características dos sistemas de retenção de cada modelo (veja a partir da pág. 10), indicando, em ordem linear e da esquerda para a di- reita, os que consideramos os melhores até os piores. Maioria dos modelos possui retrator Em relação ao sistema de travamento, que garante a segurança do usuário em uma situação adversa, todos possuem cintos de segurança com retrator, um dis- positivo que regula automaticamente o cadarço (a tira) do cinto ao corpo do usuário e bloqueia o cinto caso ocorra um desenrolar abrupto. Com exceção do Ford Ka 1.0 Rocam, do Ford Fiesta 1.0 Rocam e do Fiat Uno Vivace 1.0 Evo Flex, que apresentaram os cintos Para nós, a vida de todos os ocupantes de um carro é igualmente importante. Mas constatamos que a diferença da tecnologia entre esses dispositivos de segurança dianteiros e traseiros é preocupante: passageiros no banco de trás têm menor proteção. D Cintos protegem mais o motorista COMO FIZEMOS O TESTE Avaliamos os cintos de segurança dianteiros e traseiros originais de 20 veículos da categoria hatch compacto, provenientes das principais montadoras nacionais. Realizamos a comparação a partir das diferenças entre os sistemas de retenção dos veículos. INTERFERÊNCIA Observamos se na hora de ajustar o cinto poderia haver interferência entre os componentes do sistema de retenção e outros componentes do carro, como o freio de mão, por exemplo. COMPATIBILIDADE Analisamos se os cintos de segurança traseiros eram compatíveis com cadeiras apropriadas par transportar crianças. VEJA EM NOSSO SITE O teste de colisão promovido pelo Latin NCAP em www.proteste.org.br/ automoveis/crash- test-2011

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Page 1: Teste Cintos protegem mais o motoristamidias.gazetaonline.com.br/_midias/pdf/2012/03/30/8fa_teste_cinto... · cintos de três pontos na parte traseira. Pilotos de corrida dos EUA

Teste

8 ProTeste 112 Abril 2012 www.proteste.org.br

esde que foi inventado pelo sueco Nils Bohlin, em 1959, o cinto de segurança de três pontos salvou milhões de vidas. Sua importância está mais do que com-provada e é inimaginável ver um veí-

culo novo sair de fábrica sem esse equipamento nos bancos dianteiros. Nos bancos traseiros, entretanto, a história é outra, pelo menos no que diz respeito ao assento intermediário (o popular banco do meio). Além disso, vários fabricantes desrespeitam o direi-to de ir e vir com segurança de quem tem bebês de colo, já que alguns veículos não permitem a correta instalação do bebê-conforto ou da cadeirinha para crianças menores.Por considerarmos fundamental o uso do cinto de segurança, realizamos um estudo com veículos na-cionais para observar as características dos disposi-tivos de segurança dianteiros e traseiros. Dessa forma, determinamos sua eficácia. De todos os veículos tes-tados, somente o Corsa 1.4 Flexpower Maxx vem com cinto de segurança de três pontos no assento inter-mediário. Os outros veículos oferecem apenas o cinto de dois pontos (ou abdominal).Listamos as principais características dos sistemas de retenção de cada modelo (veja a partir da pág. 10), indicando, em ordem linear e da esquerda para a di-reita, os que consideramos os melhores até os piores.

Maioria dos modelos possui retrator Em relação ao sistema de travamento, que garante a segurança do usuário em uma situação adversa, todos possuem cintos de segurança com retrator, um dis-positivo que regula automaticamente o cadarço (a tira) do cinto ao corpo do usuário e bloqueia o cinto caso ocorra um desenrolar abrupto. Com exceção do Ford Ka 1.0 Rocam, do Ford Fiesta 1.0 Rocam e do Fiat Uno Vivace 1.0 Evo Flex, que apresentaram os cintos

Para nós, a vida de todos os ocupantes de um carro é igualmente importante. Mas constatamos que a diferença da tecnologia entre esses dispositivos de segurança dianteiros e traseiros é preocupante: passageiros no banco de trás têm menor proteção.

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Cintos protegem mais o motorista

COMO FIZEMOS O TESTE

Avaliamos os cintos de segurança dianteiros e traseiros originais de 20 veículos da categoria hatch compacto, provenientes das principais montadoras nacionais. Realizamos a comparação a partir das diferenças entre os sistemas de retenção dos veículos.

INTERFERÊNCIA Observamos se na hora de ajustar o cinto poderia haver interferência entre os componentes do sistema de retenção e outros componentes do carro, como o freio de mão, por exemplo.

COMPATIBILIDADE Analisamos se os cintos de segurança traseiros eram compatíveis com cadeiras apropriadas par transportar crianças.

VEJA EM

NOSSO SITE

O teste de colisão promovido pelo Latin NCAP em

www.proteste.org.br/automoveis/crash-test-2011

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Devido ao comprimento de alguns cintos, quem tem filho pequeno pode ter dificuldades para instalar obebê-conforto

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Teste

10 ProTeste 112 Abril 2012 www.proteste.org.br

1.6 GLX 16V Exclusive Automatique

De todos, este foi um dos três veículos que receberam a melhor avaliação. A parte dianteira é quase perfeita. Porém, a parte traseira não atende ao consu-midor no que existe de mais moderno em tecnologia: falta pré-tensionador e limitador de carga.

CITROËN C3

A evolução do cinto de segurança nos últimos anosAntes do atual cinto de três pontos, diversas experiências foram tentadas:

de segurança traseiros apenas com três pontos fixos, o que obriga o consumidor a regular manualmente o cinto e deixa os movimentos limitados, nos outros 17 veículos o retrator se regula automaticamente. Os modelos que tiveram maior variação de configuração dos cintos entre a versão mais simples e a mais com-pleta foram o Fiat Uno e o Ford Fiesta. As melhores avaliações foram de veículos cujo sistema de airbags vinham de série, caso do Citroën C3 1.6 GLX Exclusi-ve Automatique, do Volkswagen Fox 1.6 Total Flex Prime i-motion e do Peugeot 207 1.6 16V XS Automatic, uma vez que esse sistema incorpora elementos que potencializam a eficiência da atuação dos dispositivos de retenção. E entre as versões bem avaliadas, não necessariamente a mais completa era a que apresen-tava a melhor configuração do sistema de retenção veicular – como, por exemplo, no caso do Volkswagen Gol e a sua série especial Rock in Rio.Outro ponto que chamou a nossa atenção foi que as versões do Ford Ka não permitem a instalação do bebê-conforto. Isso se dá em função do comprimento reduzido do cinto de segurança traseiro (independen-temente de serem fixos ou retráteis). E por falar no tamanho do cadarço, os modelos Renault Clio, Che-vrolet Celta e a versão Sport do Ford Ka 1.6 não apre-sentaram comprimento suficiente para motoristas obesos, colocando em risco a vida desses passageiros.

Fabricantes priorizam a parte da frenteParece óbvio dizer que a vida de uma pessoa tem sempre o mesmo valor, não importando qual assento ela ocupe em um carro. Mas, para os fabricantes, essa realidade parece não ser verdadeira, tanto é que a avaliação dos cintos dianteiros apresentou resultados bem melhores que a dos cintos traseiros.Constatamos que os cintos com limitadores de carga (que previnem os ocupantes de lesões decorrentes do uso do cinto em colisões severas) e pré-tensionadores (que reduzem a folga do cinto durante o impacto),

Nenhum dos automóveis testados possui airbags na parte traseira, o que configura maior risco para os passageirosque viajam no banco de trás

1895 1910 1920 1955 1958 1959 1994 1995 1998

Uma espécie rudimentar de cinto de segurança é patenteada nos Estados Unidos.

As montadoras Ford e a Chrysler anunciam cintos abdominais, que começam a ser vendidos nos carros em 1956.

O engenheiro sueco Nils Bo-hlin, da Volvo, desenvolve o cinto de três pontos (preso à estrutura do veículo, não ao assento).

Outra lei obriga o uso do cinto no banco dianteiro dos utilitários, ca-minhões e veículos de todo o Brasil, bem como aos motoristas de ôni-bus em São Paulo.

Novo Código de Trân-sito Brasileiro: todos os carros devem ter cintos de três pontos na parte traseira.

Pilotos de corrida dos EUA usam um dis-positivo de segurança de dois pontos, que envolve parte da coxa e do peito.

O Corvette, fabricado pela Chevrolet, passa a ser equipado com cintos de segurança do tipo abdominal.

O cinto torna-se obrigatório em São Paulo para os ocupantes do banco dianteiro de automóveis particulares ou de aluguel. Crian-ças menores de 10 anos são proibidas de usar o banco dianteiro.

Shutterstock/Latinstock

1.0 Total Flex Rock in Rio (4 portas)

O consumidor que escolher este veícu-lo só contará com o pré-tensionador com airbag na parte dianteira se o adquirir como opcional. E quem se sentar no meio do banco traseiro terá à disposição ape-nas o cinto de segurança de dois pontos (abdominal).

VOLKSWAGEN GOL

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ProTeste 112 Abril 2012 11www.proteste.org.br

1.4 GLX

Apesar de o limitador de carga dos cin-tos dianteiros ser bom, os equipamentos de segurança não possuem pré-tensio-nador, nem airbag de série. O assento intermediário conta apenas com o cinto de dois pontos e falta pré-tensionador e limitador de carga nos cintos traseiros.

CITROËN C3

1.4 Evo Sporting (4 portas)

O único quesito que prejudicou a avaliação da parte dianteira foi a disponibilidade de pré-tensionador, que neste veículo não é um item de série. E assim como os de-mais veículos, a parte traseira não tem o cinto intermediário de três pontos, pré--tensionador e limitador de carga.

FIAT UNO

1.6 Rocam

Assim como os modelos da VW e o Peu-geot 207 X-Line, só oferece o pré-ten-sionador com airbag na parte dianteira como item opcional. Também não possui pré-tensionador e limitador de carga nos cintos traseiros, bem como cinto de três pontos para o assento intermediário.

FORD FIESTAFORD FIESTATT

1.4 Flexpower Maxx (4 portas)

Além de não ter pré-tensionador e airbag de série, não conta com limitador de carga dos cintos dianteiros. Apesar de não possuir pré-tensionador e limitador de carga na parte traseira, é o único ve-ículo do teste que conta com cinto de três pontos no assento intermediário.

GM CORSAGM CORSA

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1.6 16V XS Automatic (4 portas)

Assim como os dois primeiros, a parte traseira deste veículo também apresen-ta os problemas de falta pré-tensionador e limitador de carga. A parte dianteira é idêntica, com o que existe de mais mo-derno em tecnologia.

PEUGEOT 207PEUGEGEOOT 207

1.6 Total Flex Prime i-motion (4 portas)

Os cintos da parte dianteira são iguais ao Citroën C3 (veja ficha ao lado). E a parte traseira também, já que igualmen-te não atende ao consumidor de forma satisfatória (falta pré-tensionador e li-mitador de carga).

VOLKSWAGEN FOXVOLKSWAGEN FOX

1.0 Total Flex (2 portas)

Apresenta as mesmas características do VW Gol 1.0 Total Flex Rock in Rio: pré--tensionador na parte dianteira com airbag como item opcional, cinto de dois pontos para o passageiro que ocupar o assento intermediário e falta de pré--tensionador e limitador de carga.

VOLKSWAGEN FOX

X-Line (4 portas)

Mais um modelo que disponibiliza pré--tensionador com airbag como item op-cional na parte dianteira. A falta de tec-nologia na parte traseira também se repete: cinto de dois pontos para o as-sento intermediário e falta de pré-ten-sionador e limitador de carga nos cintos.

PEUGEOT 207

X-Line (4 portas)

PEUGEGEGEOOOT 207

1.0 Total Flex (4 portas)

Este modelo não possui disponibilidade de pré-tensionador, nem conta com limitador nos cintos de segurança dian-teiros e traseiros. Ele também não ofe-rece cinto de três pontos a quem se posiciona na parte traseira, no assen-to intermediário (do meio).

VOLKSWAGEN GOL

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Teste

12 ProTeste 112 Abril 2012 www.proteste.org.br

1.0 16V Hi Flex (2 portas)

Os obesos sofrerão riscos ao conduzir esse modelo, já que o comprimento do cadarço é insuficiente. Também não há disponibilidade de pré-tensionador e de limitador de carga nos cintos dianteiros e traseiros, além do cinto de três pontos no assento intermediário.

RENAULT CLIORENAULTUL CLIO

1.0 16V Hi Flex (4 portas)

O comprimento do cadarço também não atende aos motoristas obesos. Outros pontos fracos são a falta de disponibili-dade de pré-tensionador e de limitador de carga nos cintos dianteiros e trasei-ros, além da ausência do cinto de três pontos no assento intermediário.

RENAULT CLIO

1.6 Total Flex Rallye (4 portas)

Apesar de ser um modelo com diferen-ciais em relação ao Gol 1.0 Total Flex, as configurações são idênticas: ausência de pré-tensionador, de disponibilidade de limitador de carga nos cintos diantei-ros e traseiros e do cinto de três pontos no assento intermediário.

VOLKSWAGEN GOL

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Vivace 1.0 Evo Flex (2 portas)

Possui pré-tensionador com airbag op-cional na parte dianteira. O comprimento do cadarço atende aos obesos. Mas os cintos de três pontos traseiros são fixos, com regulagem manual e sem pré-ten-sionador e limitador de carga. Não há cinto de três pontos no assento do meio.

FIAT UNO

1.0 Rocam

Os principais problemas são a ausência do pré-tensionador, do limitador de car-ga e do airbag de série nas partes dian-teira e traseira. Apesar de permitir a instalação de cadeirinha, o sistema de travamento dos cintos é manual. Assen-to intermediário com cinto de dois pontos.

FORD FIESTA

1.0 Flexpower LT (4 portas)

Apresenta exatamente as mesmas con-figurações que o modelo de duas portas para a parte dianteira. E assim como a maioria dos modelos que foram anali-sados neste estudo, oferece apenas o cinto de dois pontos para quem fica no assento intermediário.

GM CELTA

1.0 Flexpower LS (2 portas)

O cadarço da parte dianteira é curto para obesos. Não há disponibilidade de pré--tensionador e de limitador de carga dos cintos da parte dianteira e traseira. Tam-bém peca em não possuir o cinto de três pontos para o passageiro do assento intermediário.

GM CELTA

1.0 Rocam

É o pior veículo: falta pré-tensionador e airbag e disponibilidade de carga nos as-sentos dianteiros e traseiros. O cadarço traseiro é curto para obesos, incompatí-vel com a cadeirinha, fixo na coluna e com sistema de travamento manual. Cinto intermediário de apenas dois pontos.

FORD KAFORD KA

1.6 Sport

Possui pré-tensionador com airbag op-cional na parte dianteira. A parte trasei-ra peca na falta de pré-tensionador, li-mitador de carga e cinto de três pontos no assento intermediário, além da im-possibilidade de instalação de cadeirinha. Nenhum cinto atende aos obesos.

FORD KA FORD FIESTATT

1.6 S rt

FORD KA

RENAULTUL CLIO

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ProTeste 112 Abril 2012 13www.proteste.org.br

Em 2009, foi sancionada uma lei que obriga as montadoras a disponibilizar de série o airbag duplo dianteiro. A regra vale para todos os veículos fabri-cados no Brasil. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as montadoras - mesmo as que não produzem veículos em solo nacional - têm até 2014 para se adequar a essa regra. Por exemplo, se um automóvel é produzido na China, mas co-mercializado em nosso país, ele também precisa seguir a lei. Fique atento, pois, segundo o Contran, há um prazo limite. Os projetos de veí-culos novos (inéditos) devem em sua totalidade se adequar à regra até 1o de janeiro de 2013. Mas se o carro já está no mercado, o limite é 1o de janeiro de 2014.A obrigatoriedade do sistema de frenagem antitravamento de rodas (ABS) também foi regulamentada. A partir de 1o de janeiro de 2014, todas as catego-rias de veículos produzidos no Brasil deverão contar com essa tecnologia. Pela lei, todos os veículos novos saídos de fábrica, nacionais ou importados, so-mente serão registrados e licenciados no Brasil se dispuserem desse sistema.

ABS E AIRBAG DUPLO DIANTEIRO DE SÉRIE É LEIquando disponíveis, eram exclusividade dos bancos dianteiros. Apesar de os limitadores de carga apre-sentarem benefícios, mesmo que um veículo não te-nha airbag, notamos que todas as versões equipadas com airbag também possuíam o limitador de carga.Também verificamos em que região a haste do fecho do cinto dianteiro está fixada: se diretamente na car-roceria ou na estrutura do assento. Nesse quesito, todos os carros foram bem avaliados porque a haste foi fixada na estrutura do banco, que é rígida e por isso oferece mais segurança em caso de impacto. Também avaliamos se em alguma condição de ajus-te do cinto haveria interferência entre os componen-tes do sistema de retenção e os componentes perifé-ricos, como, por exemplo, as alavancas de freio de mão. Nesse quesito, somente os modelos Renault obtiveram avaliação ruim, porque o motorista, na hora de travar o cinto, se atrapalha com o freio de mão (veja a foto na pág. 8).

Maioria das montadoras oferece bons cintos O Ford Ka 1.0 Rocam foi o carro com o pior sistema de retenção automotivo. Os veículos Citroën C3 1.6 Exclusive Automatique, Volkswagen Fox 1.6 Prime i--motion e Peugeot 207 1.6 16V XS Automatic foram os que apresentaram, simultaneamente, melhores con-figurações do sistema de retenção veicular e menor variação entre as versões completa e básica, atingin-do as melhores classificações. Esses três veículos também foram os melhores do tes-te se consideramos apenas a parte dianteira. E se le-varmos em conta somente o banco de trás, o Chevro-let Corsa 1.4 Maxx é o melhor modelo, já que é o único que oferece cinto de segurança traseiro central retrátil e com três pontos de fixação. ¬

Dos 20 automóveis avaliados em nosso estudo, apenas um oferece cinto de três pontos a todos os passageiros do banco traseiro

A PROTESTE reivindica

Em nosso estudo, constatamos que a tecnologia empregada nos cintos dianteiros é muito superior à utilizada nos equipamentos traseiros. Isso é preocupante, já que a vida do consumidor deve ter para o fabricante

o mesmo valor, independentemente do local que ele ocupará no veículo. Em virtude dessa disparidade, solicitamos ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) que as montadoras adotem na parte traseira melhores sistemas de segurança. Outra solicitação que fazemos ao Denatran é a obrigatoriedade do cinto de três pontos para o assento intermediário (banco do meio), já que esse foi outro pon-to que nos preocupou neste estudo. Dos 20 modelos testados, somente o Cor-sa 1.4 Flexpower Maxx oferece esse equipamento.A impossibilidade de instalação do bebê-conforto no Ford Ka é antiga. Em nos-so teste publicado no ano passado (PROTESTE no 107, out/11), alertamos para o risco que pais e filhos corriam por conta do cinto de segurança, curto demais (apenas 2 metros). Como o Brasil ainda não possui leis que visam eliminar os riscos de incompatibilidade, solicitamos o recall dos veículos Ford Ka 1.0 Rocam (modelo 2011/2011) e Ford Ka 1.6 Sport modelo (2011/2011), já que o compri-mento do cinto de segurança impede a instalação correta de bebê-conforto.

serão registrados e licenciados no Brasil se dispuserem dessserão registrados e licenciados no Brasil se dispuserem dessserãrãrão o rereregigigistststraradododos e e lilicececencncnciaiaiadododos s nononono B Brararasisisil sesese d disisispupupupuseseserererem m m dedededess

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Comuns em veículos fabricados na Europa e EUA, o airbag duplo dianteiro e os freios ABS passarão a ser

itens de série obrigatórios até 2014.