tessituras 3ª edição: se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com celso sisto

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ÉDIPO, A GRANDE VÍTIMA DE UMA MALDIÇÃO FAMILIAR...

O MITO: Seu pai, Laio, abandonara Tebas e refugiara-se na Élida, O MITO: Seu pai, Laio, abandonara Tebas e refugiara-se na Élida, junto ao rei Pélope. O filho deste, Crisipo, apaixona-se pelo junto ao rei Pélope. O filho deste, Crisipo, apaixona-se pelo hóspede, sendo inteiramente correspondido. O idílio, porém, é hóspede, sendo inteiramente correspondido. O idílio, porém, é proibido. Num ato de desespero, Laio rapta o amado. Mas proibido. Num ato de desespero, Laio rapta o amado. Mas Crisipo, temeroso da reação paterna, suicida-se. Ao tomar Crisipo, temeroso da reação paterna, suicida-se. Ao tomar conhecimento da notícia, Pélope amaldiçoa Laio e todos os seus conhecimento da notícia, Pélope amaldiçoa Laio e todos os seus descendentes. descendentes.

Laio volta para Tebas, casa-se com a bela Jocasta. Nasce Édipo, Laio volta para Tebas, casa-se com a bela Jocasta. Nasce Édipo, que segundo o oráculo de Apolo, matará seu pai e desposará sua que segundo o oráculo de Apolo, matará seu pai e desposará sua mãe. Laio entrega o filho a um pastor e manda matá-lo. O pastor mãe. Laio entrega o filho a um pastor e manda matá-lo. O pastor não o mata, entrega-o Pólibo, rei de Corinto. não o mata, entrega-o Pólibo, rei de Corinto.

Édipo cresce e um dia fica sabendo que uma profecia dizia que Édipo cresce e um dia fica sabendo que uma profecia dizia que ele mataria seu pai e se casaria com sua mãe. Para evitar isso, ele mataria seu pai e se casaria com sua mãe. Para evitar isso, foge para Tebas. No caminho se envolve numa briga e mata o foge para Tebas. No caminho se envolve numa briga e mata o cocheiro e o seu senhor. Depois segue. Sem saber, tinha matado cocheiro e o seu senhor. Depois segue. Sem saber, tinha matado seu verdadeiro pai. seu verdadeiro pai.

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Em Tebas reina o medo. Um monstro metade mulher, Em Tebas reina o medo. Um monstro metade mulher,

metade leão, com patas de boi e asas de águia, metade leão, com patas de boi e asas de águia,

chamado Esfinge, sentado sobre uma rocha propõe chamado Esfinge, sentado sobre uma rocha propõe

enigmas aos passantes. E, como ninguém sabe decifrá-enigmas aos passantes. E, como ninguém sabe decifrá-

los, a todos ele devora. Muitos morreram. Creonte, o los, a todos ele devora. Muitos morreram. Creonte, o

governante de Tebas, oferece um duplo prêmio ao governante de Tebas, oferece um duplo prêmio ao

homem que conseguisse livrar a cidade desse homem que conseguisse livrar a cidade desse

monstro: o trono tebano e a mão da rainha viúva, monstro: o trono tebano e a mão da rainha viúva,

Jocasta.Jocasta.

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O ENIGMA DA O ENIGMA DA ESFINGEESFINGE

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: RESPOSTA:RESPOSTA:

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O MONSTRO, derrotado, se atira do alto da rocha, O MONSTRO, derrotado, se atira do alto da rocha, despedaçando-se nas pedra. Tebas está livre de seu despedaçando-se nas pedra. Tebas está livre de seu mal. Édipo, o decifrador do enigma, recebe o duplo mal. Édipo, o decifrador do enigma, recebe o duplo prêmio: a coroa e a rainha. prêmio: a coroa e a rainha.

Nascem 4 filhos.Nascem 4 filhos.

A cidade prospera, até que uma peste misteriosa se A cidade prospera, até que uma peste misteriosa se abate sobre Tebas, dizimando animais e gente... abate sobre Tebas, dizimando animais e gente...

Para saber a causa da ira divina, Édipo envia seu Para saber a causa da ira divina, Édipo envia seu cunhado, Creonte, ao oráculo de Apolo.cunhado, Creonte, ao oráculo de Apolo.

O oráculo diz: A peste é um castigo divino, porque a O oráculo diz: A peste é um castigo divino, porque a cidade abriga em seu seio um criminoso – o cidade abriga em seu seio um criminoso – o assassino de Laio. assassino de Laio.

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RetratoRetrato Eu não tinha este rosto de hoje,Eu não tinha este rosto de hoje,Assim calmo, assim triste, assim Assim calmo, assim triste, assim magro,magro,Nem estes olhos tão vazios,Nem estes olhos tão vazios,Nem o lábio amargo.Nem o lábio amargo.  Eu não tinha estas mãos sem força,Eu não tinha estas mãos sem força,Tão paradas e frias e mortas;Tão paradas e frias e mortas;Eu não tinha este coraçãoEu não tinha este coraçãoQue nem se mostra.Que nem se mostra.  Eu não dei por esta mudança,Eu não dei por esta mudança,Tão simples, tão certa, tão fácil:Tão simples, tão certa, tão fácil:- Em que espelho ficou perdida- Em que espelho ficou perdidaA minha face?A minha face? 

(Cecília Meireles)(Cecília Meireles)

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O LÁPISO LÁPIS

A mãe da Daniela, depois de afiar muito bem o lápis, começou a fazer desenhos num bloco para entreter a menina, que estava sentada ao seu lado. A mãe da Daniela desenhou um leão, e depois desenhou uma borboleta, e depois desenhou um crocodilo, e depois desenhou um cavalo, e depois uma avestruz, e depois um cão, e depois desenhou um gato.A pequena Daniela pensou: “Este lápis está cheio de animais por dentro!”.E num momento em que a mãe se ausentou, decidiu abrir o lápis para ver os animais que estavam lá dentro. Conseguiu partir a madeira do lápis e deixou a descoberto a mina, cinzenta e comprida. A pequena Daniela disse:- Ena. Dentro do lápis já só estava uma minhoca.

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PINTO & CHINTO. Contos para meninos que adormecem logo a seguir. Trad. Elisabete Ramos. Matosinhos, Kalandraka Editora Portugal, 2010.

David Pintor, o “Pinto”, e Carlos David Pintor, o “Pinto”, e Carlos López, o “Chinto”, são dois autores López, o “Chinto”, são dois autores galegos dedicados à escrita (Pinto) galegos dedicados à escrita (Pinto) e à ilustração humorística (Chinto), e à ilustração humorística (Chinto), e a escrever desde 2001 para e a escrever desde 2001 para crianças. Hoje em dia, Pinto & crianças. Hoje em dia, Pinto & Chinto estão entre os autores mais Chinto estão entre os autores mais galardoados da Galiza. galardoados da Galiza.

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A HISTÓRIA DUMA MULHER QUE FAZIA UM PLANO PARA TUDO

Era uma vez uma mulher que fazia um plano para tudo. Apontava-o num pedaço de papel e tinha que fazer logo tudo segundo o plano.Um domingo à tarde estavam para chegar uns convidados. A mulher apontou num papel: “1º por a mesa, 2º vestir o vestido dos domingos, 3º enfeitar o bolo, 4º dar o biberão ao pequeno, 5º fechar o cão na casa de banho, 6º ir buscar os convidados à paragem do elétrico”. Assim, pôs logo a mesa e depois foi vestir-se. Mal tinha começado a vestir-se, quando chegaram os convidados. A mulher ficou completamente baralhada pois o seu plano não tinha previsto aquilo. Então, vestiu o seu vestido dos domingos e por cima o sutiã. Deu ao pequeno a manga de pasteleiro e meteu o biberão na boca do cão. Depois fechou os convidados na casa de banho e foi à paragem do elétrico.

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Alejandro Jodorowsky- dramaturgo, cineasta, escritor, poeta, psicólogo

(psicomago), chileno, vive na França. Criou um importante movimento teatral

chamado Movimento Pânico (1962, junto com Fernando Arrabal e o pintor

francês Roland Topor), que procurava uma corrente de pensamento e

expressão artística concebida em homenagem ao deus grego Pan.

A partir de três elementos básicos – terror, humor e simultaneidade-, o

movimento postulava transcender os limites impostos pela sociedade e

buscava rechaçar a seriedade artística com uma explosão criativa sem

regras. Nas palavras de Fernando Arrabal: “O pânico é a crítica da razão

pura, é o convívio sem leis e sem mando, é a ode ao talento louco, é o

antimovimento, é a arte de viver (que leva em conta a confusão e o azar)”.

Peças como “Cabaret Trágico” foram inspiradas nos mandamentos

preconizados pelo movimento.  

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Em sua revolução de maio de 1968, os franceses ordenaram: “É proibido proibir!”. Neste jogo imaginando que você tem o poder, proíbe... 1. É proibido não amar com intensidade por medo de lastimar-se depois.2. É proibido os grampeadores sem grampos.3. É proibido não ver mais além do que não queremos ver.4. É proibido arrepender-se de haver feito algo que sempre se quis fazer.5. É proibido render-se porque falhou-se na primeira vez.6. É proibido não sonhar só porque um dia nos disseram que tudo não passava de sonhos.7. É proibido ocultar-se detrás de uma máscara para aparentar o que não somos.8. É proibido viver com uma pessoa a nosso lado só para não estar só.9. É proibido que nossa mão direita não saiba o que faz nossa mão esquerda.10. É proibido responsabilizar os outros por aquilo que nós mesmos fazemos a nós.

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A HISTÓRIA DA LEBRE ORELHUDA

Era uma vez uma lebre que tinha umas orelhas enormes. As outras lebres gozavam: "Tens orelhas de elefante! São horríveis!", e a lebre ficava triste. Dizia: "Mas eu vou crescer e pode ser que as minhas orelhas não cresçam. Assim não vão parecer tão grandes". A lebre cresceu e as orelhas...também!As outras lebres diziam-lhe: "Continuas a ser horrível lebre orelhuda!". A lebre continuava triste porque crescer não a tinha ajudado. Contudo, graças às suas orelhas, conseguia ouvir muito melhor do que as outras lebres. Conseguia sentir as pisadas dos escaravelhos, os ruídos dos vermes debaixo da terra e até era capaz de ouvir cair a pena de um pássaro!Um dia, estavam as lebres todas no campo de trevos e chegou o caçador com o cão. Ainda estavam longe mas a lebre orelhuda sentiu-os. Mexeu com rapidez as orelhas e fê-las girar como uma ventoinha. Ao verem isto, as outras lebres começaram a correr para o bosque e o caçador não as encontrou. Então as outras lebres disseram-lhe: "Ainda bem que tens umas orelhas tão grandes! Não são assim tão horríveis!". A lebre orelhuda ficou toda contente.

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1. PERSONAGENS DA SUA 1. PERSONAGENS DA SUA HISTÓRIA DE LEITORHISTÓRIA DE LEITOR2. 2. TEMAS/ENREDOS/ASSUNTO TEMAS/ENREDOS/ASSUNTO DA SUA HISTÓRIA DE LEITORDA SUA HISTÓRIA DE LEITOR3. CONFLITOS DA SUA 3. CONFLITOS DA SUA HISTÓRIA DE LEITORHISTÓRIA DE LEITOR4. ESPAÇOS DA SUA 4. ESPAÇOS DA SUA HISTÓRIA DE LEITORHISTÓRIA DE LEITOR5. TEMPOS DA SUA HISTÓRIA 5. TEMPOS DA SUA HISTÓRIA DE LEITORDE LEITOR

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ORGANIZAR UM PEQUENO ROTEIROORGANIZAR UM PEQUENO ROTEIRO (INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO, (INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CLÍMAX, CONCLUSÃO)CLÍMAX, CONCLUSÃO)

ESCREVÊ-LO NA FORMA DE UM ESCREVÊ-LO NA FORMA DE UM PEQUENO CONTO.PEQUENO CONTO.

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Sempre quis ser a Emília do Lobato. Sem papas na língua, sem freios na imaginação, com suas perversõezinhas caseiras. Se era de dizer, era mais de fazer. E fez da vida um grande sítio amarelo, onde tudo e todos chegavam e partiam, atraídos pelo exercício do imaginário. E de tanto poder tudo, inclusive ser gente, entrou para sempre no livro da infância eterna.

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CAPÍTULO VCAPÍTULO VOs conselhos do Senhor LagartaOs conselhos do Senhor Lagarta

A Lagarta e Alice olharam-se durante um bom momento, sem dizer nada. A Lagarta e Alice olharam-se durante um bom momento, sem dizer nada. Por fim, a Lagarta tirou o cachimbo da boca e se dirigiu a Alice, com voz Por fim, a Lagarta tirou o cachimbo da boca e se dirigiu a Alice, com voz sonolenta:sonolenta:-Quem é você?Quem é você?Não era um começo muito encorajador para uma conversa. Alice Não era um começo muito encorajador para uma conversa. Alice respondeu com certa hesitação:respondeu com certa hesitação:-Eu... Eu no momento não sei bem, meu sonhor (Como a Lagarta estava Eu... Eu no momento não sei bem, meu sonhor (Como a Lagarta estava fumando cachimbo, Alice imaginou que era um senhor lagarta e não se fumando cachimbo, Alice imaginou que era um senhor lagarta e não se enganava: era mesmo), Eu sei quem eu era quando me levantei esta enganava: era mesmo), Eu sei quem eu era quando me levantei esta manhã. Mas passei por uma porção de transformações, depois disso.manhã. Mas passei por uma porção de transformações, depois disso.- O que é que você quer dizer com isso? Explique-se! – ordenou o Senhor O que é que você quer dizer com isso? Explique-se! – ordenou o Senhor Lagarta, severamente. Lagarta, severamente. - Não se explicar nem a mim mesma, senhor, porque eu não sou eu, Não se explicar nem a mim mesma, senhor, porque eu não sou eu, compreende?compreende?- Não compreendo nada.Não compreendo nada.- Receio não poder me explicar mais claramente – disse Alice, com muita - Receio não poder me explicar mais claramente – disse Alice, com muita delicadeza. – Primeiro que tudo porque eu mesma não compreendo. E delicadeza. – Primeiro que tudo porque eu mesma não compreendo. E depois porque ter tantos tamanhos diferentes num só dia, é uma coisa depois porque ter tantos tamanhos diferentes num só dia, é uma coisa bem desconcertante. bem desconcertante.

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- Não é nem um pouco – disse o Senhor Lagarta.Não é nem um pouco – disse o Senhor Lagarta.- Talvez, mas quando o senhor tiver que se transformar em crisálida e Talvez, mas quando o senhor tiver que se transformar em crisálida e depois em borboleta, estou convencida de que achará isso um pouco depois em borboleta, estou convencida de que achará isso um pouco estranho, não concorda?estranho, não concorda?- Não concordo, não.Não concordo, não.- Certo, talvez os seus pontos de vista sejam diferentes dos meus. O que Certo, talvez os seus pontos de vista sejam diferentes dos meus. O que posso dizer é que para mim isso pareceria muito estranho.posso dizer é que para mim isso pareceria muito estranho.- Mim? Quem é mim? – perguntou o Senhor Lagarta, com desprezo.Mim? Quem é mim? – perguntou o Senhor Lagarta, com desprezo.-Isso fazia a conversa voltar ao princípio. Alice já estava irritada com as Isso fazia a conversa voltar ao princípio. Alice já estava irritada com as respostas curtas do Senhor Lagarta, de modo que esticou-se em toda a respostas curtas do Senhor Lagarta, de modo que esticou-se em toda a sua altura e disse num tom severo:sua altura e disse num tom severo:- Acho que o senhor deveria ser o primeiro a me dizer que é!Acho que o senhor deveria ser o primeiro a me dizer que é!- Por quê? – perguntou o Senhor Lagarta.Por quê? – perguntou o Senhor Lagarta.-Essa pergunta era embaraçosa e Alice não conseguiu encontrar uma Essa pergunta era embaraçosa e Alice não conseguiu encontrar uma razão. Como o Senhor Lagarta parecia estar de muito má disposição, deu razão. Como o Senhor Lagarta parecia estar de muito má disposição, deu meia-volta e foi embora.meia-volta e foi embora.-Volte! – gritou ele. – Tenho um coisa da maior importância para lhe dizer.Volte! – gritou ele. – Tenho um coisa da maior importância para lhe dizer.Isso despertou a curiosidade de Alice e ela voltou.Isso despertou a curiosidade de Alice e ela voltou.-Mantenha sempre o seu bom humor – aconselhou o Senhor Lagarta.Mantenha sempre o seu bom humor – aconselhou o Senhor Lagarta.- Isto é tudo o que o senhor tem para me dizer? – perguntou Alice, Isto é tudo o que o senhor tem para me dizer? – perguntou Alice, engolindo a raiva.engolindo a raiva.- Não. Não.

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Celso Sisto

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QUEM TEM TETO DE LIVROS QUEM TEM TETO DE LIVROS NÃO JOGA PALAVRAS SOLTAS NÃO JOGA PALAVRAS SOLTAS

NA CARA DO VIZINHO!NA CARA DO VIZINHO!

celso sistocelso sisto

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UM SÓ LIVRO UM SÓ LIVRO NÃO FAZ DE NÃO FAZ DE UM LEITOR UM LEITOR

ANDORINHA!ANDORINHA!

celso sistocelso sisto

Page 37: Tessituras 3ª edição: Se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com Celso Sisto

EM LIVRO EM LIVRO FECHADOFECHADONÃO ENTRA NÃO ENTRA LEITOR!LEITOR!

celso sistocelso sisto

Page 38: Tessituras 3ª edição: Se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com Celso Sisto

DIGA-ME O QUE LÊS DIGA-ME O QUE LÊS E EU TE DIREI QUEM E EU TE DIREI QUEM

ÉS!ÉS! celso sistocelso sisto

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QUEM SEMEIA LIVROSQUEM SEMEIA LIVROSCOLHE GENTE-EM-FLOR!COLHE GENTE-EM-FLOR!

celso sistocelso sisto

Page 40: Tessituras 3ª edição: Se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com Celso Sisto

A CARAVANA PASSAA CARAVANA PASSAMAS BONS LIVROS MAS BONS LIVROS

FICAM!FICAM! celso sistocelso sisto

Page 41: Tessituras 3ª edição: Se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com Celso Sisto

EM TERRA DE SÁBIOEM TERRA DE SÁBIOEM QUE TEM BIBLIOTECAEM QUE TEM BIBLIOTECA

TODO MUNDO É REI!TODO MUNDO É REI!

CCEELLSSOO

SSIISSTTOO

Page 42: Tessituras 3ª edição: Se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com Celso Sisto

QUEM CONTA UM QUEM CONTA UM CONTOCONTO

PROLONGA A VIDA!PROLONGA A VIDA!celso sistocelso sisto

Page 43: Tessituras 3ª edição: Se eu me decifro, ninguém me devora... palestra com Celso Sisto

PARA UM BOM PARA UM BOM LEITOR, LEITOR,

TODO BOM LIVROTODO BOM LIVROÉ UMA FESTA!É UMA FESTA!celso sistocelso sisto

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PARA UM BOM PARA UM BOM LEITOR, LEITOR,

LER MEIO LIVROLER MEIO LIVRONÃO BASTA!NÃO BASTA!celso sistocelso sisto

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