tesesobre obesidade, ativfisica e dieta hipoclórica

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UNIVERSIDADE DE SˆO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRˆO PRETO DEPARTAMENTO DE CL˝NICA MDICA CARLOS ALEXANDRE FETT Avaliaªo metablica nutricional de obesas no basal e aps tratamento com dieta hipocalrica e treinamento em circuito ou caminhada Ribeirªo Preto SP 2005

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obesidade

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Page 1: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA

CARLOS ALEXANDRE FETT

Avaliação metabólica nutricional de obesas no basal e após tratamento com

dieta hipocalórica e treinamento em circuito ou caminhada

Ribeirão Preto SP

2005

Page 2: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

CARLOS ALEXANDRE FETT

Avaliação metabólica nutricional de obesas no basal e após tratamento com dieta

hipocalórica e treinamento em circuito ou caminhada

Tese para obtenção do titulo de Doutor em

Clínica Médica Investigação Biomédica da

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da

Universidade de São Paulo

Orientador: Prof. Dr. Júlio Sérgio Marchini

Ribeirão Preto - SP

14/02/2005

Page 3: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA iii

AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Catalogação-na-Publicação

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Fett, Carlos Alexandre Avaliação nutricional e metabólica dos efeitos de uma dieta hipocalórica em pacientes obesas submetidas a treinamento em circuito ou caminhada./ Carlos Alexandre Fett;

orientador Julio Sergio Marchini. - São Paulo, 2005-01-16

Tese (Doutorado Programa de Pós-Graduação em Ciências Medicas. Área de

Concentração: Clínica Médica Investigação Biomédica) Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

1. Composição Corporal. 2. Gasto Energético Basal. 3. Índices Bioquímicos

Sanguineos. 4. 1-RM, 5. Colesterol. 6. Atividade Física.

Page 4: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA iv

Si un hombre nunca se contradice, será porque nunca dice nada.

Miguel de Unamuno (Tirado de uma conversa) Citação do livro: O que é vida? de Erwin Schrödinger, Editora UNESP, São Paulo, 1997, p. 87.

A contradição move o mundo, todas as coisas são contraditórias consigo mesmas.

Friedrich Nietzsche. Aurora. Fragmento retirado do livro: Os Pensadores. Editora Abril Cultural, Segunda Edição São Paulo, 1978, p. 157

Page 5: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA v

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS x

LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS xi

RESUMO xiii

ABSTRACT xiii

1. INTRODUÇÃO 1

2. REVISÃO DA LITERATURA 2

TERMOGÊNESE 2

ATIVIDADE FÍSICA 2

ALIMENTAÇÃO E FATORES AMBIENTAIS 4

3. OBJETIVOS 6

GERAIS 6

ESPECÍFICOS 6

4. MATERIAL E MÉTODOS 7

DELINEAMENTO EXPERIMENTAL 7

SUJEITOS 7

a) Entrevista inicial 7

b) Exame clínico 7

c) Critérios de exclusão 7

d) Divisão dos grupos 7

MÉTODOS 11

PARTE 1. AVALIAÇÕES 11

Entrevista e explicações dos procedimentos 11

Antropometria 11

a) Peso e estatura 11

b) Índice de massa corporal (IMC, kg/m2) 11

c) Medidas das pregas cutâneas 11

d) Densidade corporal 12

e) Percentual de gordura (%G) 12

f) Massa corporal gorda (MG) 12

g) Massa corporal magra (MM) 12

Page 6: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA vi

h) Circunferências (Circ) 12

i) Índice abdomen/quadril (IAQ) 13

j) Massa muscular corporal (MMu, kg) 13

k) Diâmetro ósseo 13

l) Somatotipia 13

Bioimpedância (BIA) 14

Testes físicos 15

a) Teste de uma repetição máxima (1-RM) 15

b) Consumo máximo de oxigênio (VO2 max.) 15

c) Cálculo do VO2 máx, previsto em ml (kg.min)-1 16

d) Cálculo do déficit aeróbio funcional 16

e) Testes de resistência muscular 16

Resistência abdominal (RAb) 16

Resistência flexão de braços (RFl) 16

Exames laboratoriais 16

a) Coleta de sangue 16

b) Coleta de urina e nitrogênio urinário (NU) 17

c) Balanço nitrogenado (BN) 17

d) Gasto energético de repouso (GER) 17

PARTE 2. INTERVENÇÕES 17

Protocolo dietético 18

Protocolo de exercícios 17

a) Treinamento em circuito (CIRC) 18

b) Treinamento de caminhada (CAM) 20

c) Zona Alvo 20

AVALIAÇÃO FINAL 20

ESTATÍSTICA 21

5. RESULTADOS 22

PARTE 1 PRÉ-INTERVENÇÕES 22

a) Contato e avaliações 22

b) Reunião inicial 22

c) Índices corporais e marcadores bioquímicos 22

IMC x IAQ x soma das circunferências (ΣC, cm) x %GAntro x %GBia 22

Page 7: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA vii

Antropometria x marcadores bioquímicos 22

Gasto energético de repouso (GER) x medidas antropométricas 22

PARTE 2. INTERVENÇÕES 22

a) Antropometria e bioimpedância 22

b) Testes físicos 22

c) Exames laboratoriais 24

6. DISCUSSÃO 27

a) PODER ESTATÍSTICO BASEADO NO TAMANHO DA AMOSTRA (n) 27

b) PRÉ-INTERVENÇÃO 27

c) INTERVENÇÃO 30

7. BIBLIOGRAFIA 35

ANEXOS

ANEXO A Escala de esforço percebido (EEP), ou escala de borg 44

ANEXO B Classificações para o IMC (kg/m2) 45

ANEXO C Classificação do índice abdômen/quadril (IAQ) 46

ANEXO D - Cálculo dos componentes e classificação da somatotipia 47

ANEXO E Teoria da bioimpedância 50

ANEXO F - Classificação do condicionamento aeróbico de mulheres 51

ANEXO G - Classificação pára os testes de resistência muscular 51

ANEXO H - Classificação dos níveis de lipídios sanguíneos 52

ANEXO I - Nitrogênio urinário pelo método de kjeldahl 53

ANEXO J - Cálculo dos valores obtidos na calorimetria 55

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - Esclarecimentos aos sujeitos da pesquisa e termo de consentimento 59

APÊNDICE 2 - Orientações e modelo do registro alimentar 60

APÊNDICE 3 Cálculo estatístico para determinar o poder do teste baseado no tamanho da amostra

62

APÊNDICE 4 - Exame clínico 63

Page 8: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA viii

a) Principais avaliações realizadas nos momentos 1 e 2 63

b) Início da obesidade 63

c) História familiar de obesidade 64

d) Desconforto físico/emocional 64

e) Ingestão de leite e, ou café 64

f) Dislipidemias e obesidade abdominal 64

APÊNDICE 5 - Antropometria x bioimpedância 65

a) Massa magra por antropometria x massa magra por bioimpedância 65

b) Percentual de gordura por antropometria (%GAntro) x percentual de gordura por bioimpedância

(%GBia)

65

APÊNDICE 6 Deltas relativos 65

a) Delta relativo do percentual de gordura por antropometria (%GAntro) 65

b) Delta relativo do índice abdômen/quadril (IAQ) 66

APÊNDICE 7. Dados sem tratamento estatístico 66

APÊNDICE 8. Artigos para publicação 71

TABELAS

TABELA 1. Correlação de diversos índices antropométricos a marcadores bioquímicos 23

TABELA 2. Resultados da composição e índices corporais calculados por antropometria e

bioimpedância

24

TABELA 3. Resultados dos testes físicos 25

TABELA 4. Resultados dos testes de laboratório: exame de sangue, urina e calorimetria indireta 26

TABELA 5. Escala de esforço percebido (EEP) ou escala de Borg 44

TABELA 6. Classificação do estado nutricional de acordo com o IMC (IMC kg/m2) 45

TABELA 7. Valores de referência para o índice de massa corporal (IMC kg/m2), segundo sexo e

idade

45

TABELA 8. Relação dos percentis do índice abdomen/quadril (IAQ) com as zonas de risco de

DACs

46

TABELA 9. Conversão dos dados antropométricos em somatótipo 48

TABELA 10. Classificação do condicionamento aeróbico de mulheres 51

TABELA 11. Classificação para mulheres do teste abdominal 51

TABELA 12. Classificação para mulheres do teste de flexão de braços 51

TABELA 13. Classificação dos níveis de lipídios sanguíneos 52

Page 9: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA ix

TABELA 14. Símbolos e valores numéricos usados na discussão do metabolismo dos carboidratos,

proteínas e gorduras

57

TABELA 15. Orientações e modelo do registro alimentar 61

TABELA 16. Valores da função poder 63

TABELA 17. Resumo das principais avaliações nos momentos 1 e 2 63

TABELA 18. Fase da vida em que a obesidade iniciou 63

TABELA 19. História familiar de obesidade no momento 1 64

TABELA 20. Principais desconfortos físicos/mentais relatados pelas voluntárias durante o exame

clínico nos momentos 1 e 2

64

TABELA 21. Ingestão de leite e, ou café nos momentos 1 e 2 64

TABELA 22. Prevalência de dislipidemias, lipídios limítrofes e obesidade abdominal 65

TABELA 23. Dados brutos da antropometria e bioimpedância nos momentos 1 e 2 67

TABELA 24. Dados brutos das medidas antropométricas das pregas cutâneas nos momentos 1 e 2 68

TABELA 25. Dados brutos do exame de sangue e coleta de urina, nos momento 1 e 2 69

TABELA 26. Dados brutos dos testes físicos 70

FIGURAS

FIGURA 1. Delineamento experimental do estudo 8

FIGURA 2. Detalhamento da semana 1 9

FIGURA 3. Detalhamento do momento 1 e momento 2 9

FIGURA 4. Detalhamento da semana de avaliação de cada grupo 10

FIGURA 5. Correlações entre as variáveis: IMC, IAQ, ∑C, %GAntro, %GBia 21

FIGURA 6. Correlação entre GER x MMAntro x %GAntro x IMC 22

FIGURA 7. Função poder teste t - Student 62

FIGURA 8. Comparação entre as médias obtidas para MMAntro ou MMBia 65

FIGURA 9. Média e desvio padrão do %GAntro e %Gbia 65

FIGURA 10. Média e desvio padrão do ∆ (M2 M1) do %Gantro 65

FIGURA 11. Média e desvio padrão do ∆ (M1 M2) do IAQ 66

Page 10: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Elementos pré-textuais Fett, CA x

AGRADECIMENTOS Devo o mérito que houver deste trabalho a muitas pessoas, e as falhas que existirem são todas minhas.

Desculpo-me por aqueles que por ventura não constarem, nestes agradecimentos, pois foram muitos que colaboraram comigo de diversas formas. Creio que a realização de algo, tem a participação dos trabalhos anteriores a este e que desenvolveram o conhecimento de que se faz uso, e ainda a todos os auxílios recebidos de outros durante sua realização e finalização.

Meus agradecimentos são extensivos à(ao): Meu orientador Julio Sérgio Marchini, que é um dos responsáveis por estar concluindo este trabalho. Ele

acreditou em um desconhecido professor vindo de Cuiabá, dando oportunidade que será importante até o fim de minha vida. Foi através dele que pude acrescentar novos conhecimentos, ter experiência laboratorial, inclusive no exterior e aproveitar de sua vasta experiência científica, acrescentado mais senso crítico às informações recebidas e fornecidas.

Tenho muito a agrader ao Prof. Dr. Renato Helios Migliorini, que foi a primeira pessoa que procurei em Ribeirão Preto e indicou-me para conversar com aquele que viria a ser meu futuro orientador.

Minha esposa Waléria Christiane Rezende Fett, que além de ter contribuído diretamente na obtenção dos dados deste trabalho, esteve ao meu lado nas dificuldades científicas e da vida.

Minha família, meus pais Lineu Petersen Fett e Ivone Aparecida Furlan Fett, meus irmãos, Alfredo Gustavo Fett, Marcelo André Fett e Mauricio Lineu Fett; foram importantes em minha formação e na aquisição das qualidades que tenho, e novamente os defeitos são de minha responsabilidade.

Meus filhos Gabriel Heráclito Lima Verde Fett e Alexandre Erwin Rezende Fett, são o motivo principal de todo investimento que faço em vida.

Agradeço ao meu padrinho, Manoel Torres, pela segunda chance a vida, sem o qual, provavelmente não estaria escrevendo esta tese.

Minha sogra, Maria Rita Carvalho Resende, foi responsável por aliviar nossa carga de trabalho, contribuindo para ampliar o meu tempo pessoal na confecção deste trabalho e aliviando as dificuldades impostas pelo cotidiano.

A amiga Andréa F. S. Tannus, muito contribuiu com sua experiência em resolver problemas encontrados no dia-dia do trabalho, auxiliando no entendimento de técnicas utilizadas e fornecendo material didático necessário.

Gilberto João Padovan, com sua experiência laboratorial muito contribuiu ensinando técnicas que foram utilizadas neste estudo.

Estela Iraci Rabito, foi a responsável pela confecção da dieta e orientação das sujeitas durante o estudo. Sandra Regina Oyama, diretamente trabalhou no estudo, fazendo os exames clínicos e orientando as

pacientes. Prof. Dr. José Eduardo Dutra de Oliveira, que oportunizou excelente contato profissional e experiência

em técnicas de laboratório no exterior. Consequentemente, agradeço a Kevin Yarasheski, Prof. Dr. da Universidade de Washington, St. Louis, que me recebeu em seu laboratório para ter este treinamento e foi muito solicito em todas as discussões científicas que tivemos. Esta experiência me expôs a várias tecnicas avançadas de pesquisa e que muito contribuiram para minha visão de investigador científico.

Aos colegas da Faculdade de Educação Física da Universidade de Mato Grosso (FEF-UFMT), que se mantiveram em atividade em minha ausência e em especial a manutenção de minhas disciplinas. José Maria de Campos Melo Diretor da FEF-UFMT e Kenji Kido, que acreditaram em meu potencial e incentivaram minha saída para o mestrado e doutorado e também, meu chefe de departamento Prof. Dorival Garcia Coelho, que opinou positivamente pelo meu doutorado.

A CAPES pela bolsa de Doutorado que permitiu eu me dedicar integralmente a este trabalho. Ao Centro de Métodos Quantitativos (CEMEQ) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da

Universidade de São Paulo, nas pessoas do Prof. Dr. Edson Zangiacomi Martinez, Adriana de Fátima Lourenço e Davi Casale Aragon, pelo auxilio em montar a curva de poder do teste estatístico para este estudo.

Todas as pessoas a seguir contribuíram de diversas formas: auxiliando nas técnicas de laboratório, nas discussões teóricas, favorecendo o acesso a material e de muitas outras maneiras:

Márcia Morandi, Mônica Silva de Souza Meirelles, Maria do Rosário Del Lama De Unamuno, Vivian Marques Miguel Suen, Júlio César Moriguti, Eduardo Ferriolli, Célia Marques Pereira, Carla Barbosa Nonino Borges, Abel Elias Rahal, Romualdo Vichnevski, Ângelo Bataglion Neto, Adriana Dispósito Ferreira.

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Elementos pré-textuais Fett, CA xi

LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS

! %G: percentual de gordura. ! %GAntro: porcentagem de gordura estimada a partir de medidas antropométricas (POLLOCK et al.,

1986). ! %GBia: porcentagem de gordura estimada pela bioimpedância (SEGAL et al., 1988). ! 1-RM: teste de uma repetição máxima (kg). ! AU: ácido úrico (mg/dL). ! BCF: diâmetro ósseo bicôndilo femural (joelho, cm). ! BEU: diâmetro ósseo biepicôndilo umeral (cotovelo, cm). ! BIA: Bioimpedância. ! BML: diâmetro ósseo bimaleolar (tornozelo, cm). ! BN: Balanço nitrogenado (gN/dia). ! BRU: diâmetro ósseo biestilóide radio-ulnar (punho, cm). ! CAb: circunferência abdominal (cm). ! CAM: grupo de treinamento em caminhada. ! CAtB: circunferência do antebraço (cm). ! CB: circunferência do braço relaxado (cm). ! CC: circunferência da cintura (cm). ! CCx: circunferência da coxa (cm). ! CEFER: Centro de Educação Física Esportes e Recreação da Universidade de São Paulo, de Ribeirão

Preto. ! CH: carboidratos. ! CIRC: grupo de treinamento em circuito, ou: group of circuit training. ! CP: circunferência da panturrilha (cm). ! CPe: circunferência do pescoço (cm). ! CPu: circunferência do punho (cm). ! CQ: circunferência do quadril (cm). ! CT/HDL: relação do colesterol total pelo HDL- colesterol. ! CT: colesterol total (mg/dL). ! DACs: doenças arteriocoronarianas. ! DAF: déficit aeróbio funcional (L/min). ! DC: densidade corporal (g/ml). ! DP: desvio padrão. ! E: estatura (cm). ! EQ: equivalente respiratório. ! ETA: efeito térmico do alimento (kcal). ! FC: freqüências cardíacas (batimentos por minuto). ! FECO2: fração de CO2 no ar expirado (L/min.). ! FEO2: fração de oxigênio no ar expirado (L/min.). ! FICO2: fração de CO2 no ar inspirado (L/min.). ! FIO2: fração de O2 no ar expirado (L/min.). ! FMRP: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. ! GEB: gasto energético basal (kcal/dia). ! GER: gasto energético de repouso (kcal/dia). ! GET: gasto energético total (kcal/dia). ! Gli: glicose (mg/dL). ! GME: grupamentos musculares envolvidos. ! GV: glóbulos vermelhos (mm3). ! Hb: hemoglobina (%). ! HC: Hospital das Clínicas. ! HDL-colesterol: lipoproteína de alta densidade (high densit lipoprotein) (mg/dL). ! Ht: hematócrito (%). ! IAQ: índice abdômen/quadril.

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Elementos pré-textuais Fett, CA xii

! III DBD: III Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias, 2001. ! IMC: Índice de massa corporal (kg/m2). ! IPE: índice de percepção do esforço, ou escala de Borg. ! JOGG: group of jogging training. ! LDL-colesterol: lipoproteína de baixa densidade (low density lipoprotein) (mg/dL). ! M: média ou mean. ! M1: momento 1, ou moment 1; avaliações iniciais, antes das intervenções. ! M2: momento 2, ou moment 2; avaliações finais, depois das intervenções. ! MG: massa corporal gorda (kg). ! MM: massa corporal magra (kg). ! MMbia: massa corporal magra calculada pela bioimpedância (kg). ! MMu: massa corporal muscular (kg). ! N: número de sujeitas. ! NCEP III: Third Report of The National Cholesterol Education Program, 2001. ! NU: nitrogênio urinário (g/dia). ! P: peso corporal (kg). ! PCAb: prega cutânea abdominal (mm). ! PCB: prega cutânea bicipital (mm). ! PCC: prega cutânea coxa (cm). ! PCP: prega cutânea peitoral (mm). ! PCPa: prega cutânea panturrilha (mm). ! PCSE: prega cutânea sub-escapular (mm). ! PCSI: prega cutânea supra-ilíaca (mm). ! PCT: prega cutânea tricepital (mm). ! Pt: proteínas. ! QR: quociente respiratório. ! R: resistência elétrica da bioimpedância (Ω). ! RAb: teste de resistência de um minuto do exercício abdominal (nº de repetições). ! RFl: teste de resistência de um minuto do exercício flexão de braços (nº de repetições). ! RMLP: teste de uma repetição máxima do exercício leg press (kg). ! RMRB: teste de uma repetição máxima do exercício remada baixa (kg). ! RMS: teste de uma repetição máxima do exercício supino (kg). ! SD: standard deviation (desvio padrão). ! SP3: soma de 3 pregas cutâneas (mm). ! SP8: somatório de 8 pregas cutâneas (mm). ! Tan (φ): ângulo de fase (grau). ! Tg: triglicérides (mg/dL). ! USP: Universidade de São Paulo. ! VCO2: volume pulmonar expirado de dióxido de carbono (L/min). ! VE: volume minuto expirado (L/min). ! VO2 máx.: consumo máximo de oxigênio (L/min). ! VO2: volume inspirado de oxigênio (L/min). ! WHO: World Health Organization. ! X: reactância da bioimpedância (Ω). ! Z: impedância corporal da bioimpedância (Ω). ! ΣC: soma das circunferências (cm). ! ∆: variação (M2-M1).

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Elementos pré-textuais Fett, CA xiii

RESUMO Propósito: Observar obesas pré e pós-dieta hipocalórica moderada, mais treinamento em circuito ou caminhada. quanto a variáveis nutricionais. Métodos: Grupos: treinamento em circuito, CIRC, n = 26, índice de massa corporal (IMC, kg/m2) = 33,2 ± 7,9 (Média±desvio padrão); idade = 32,6 ± 9,7 anos; e treinamento em caminhada, CAM, n = 24, IMC = 29,2±3,4; idade = 38,8 ± 10,5 anos. Avaliações: a composição corporal, coleta de urina e sangue, calorimetria indireta e testes físicos eram obtidos no inicio (M1) e final (M2) do estudo. Treinamento: mês 1 = 1 h x 3 d/semana; e mês 2 = 1 h x 4 d/semana. Dieta: foi adaptada do registro alimentar de uma semana, ajustado ao gasto energético de repouso (GER) e balanceada, com a seguinte proporção: 20% de proteínas; 20% de gorduras; e 60% de carbohidratos. Resultados: Pré-intervenção: 76% tinham algum familiar obeso; havia sintomatologia indicativa de: 60% ansiosas, 12% depressivas, 34% compulsivas e 32% distúrbio do sono, avaliadas por questionário no exame clínico. Foram encontrados níveis alterados de colesterol total (CT, mg/dL), e ou frações em 22% das sujeitas. O peso, IMC, o índice abdômem/quadril (IAQ), a soma de oito pregas cutâneas (SP8) se correlacionaram significativamente a quatro variáveis bioquímicas, e a circunferência do abdômen (CAb), e o percentual de gordura por antropometria (%GAntro) a cinco. Intervenção: O peso, IMC, %GAntro, endomorfia, massa gorda por bioimpedância (MGBia) e percentual de gordura por bioimpedância (%GBia), foram reduzidos significativamente nos dois grupos. O CIRC melhorou significativamente em todos (seis) e o CAM em três testes físicos. O CIRC teve significância para: ↓glicose (Gli), ↓AU, ↓CT, ↓Tg (todos em mg/dL), ↑glóbulos vermelhos (GV) (mm3) e ↑hematócrito (Ht) (%); e o CAM para: ↓Gli, ↓AU, ↓HDL, ↑CT/HDL, ↑GV, ↑Ht. O GER não teve diferença em ambos os grupos. Conclusões: Pré-intervenção: Os dados antropometricos indicam boa correlação com os fatores bioquímicos de risco, mas não tem uma tendência constante. A taxa CT/HDL apresentou correlação com todas as medidas antropométircas e a Gli com nenhuma. A obesidade destas mulheres parece ter múltiplos fatores e o estilo de vida papel determinante. Intervenção: A atividade física per se foi importante para causar modificações nutricionais e da composição corporal nestas obesas. O CIRC teve melhor associação com o incremento da performance física e dados bioquímicos sanguineos e ambos os grupos preservaram o GER. Palavras chaves: COMPOSIÇÃO CORPORAL, GASTO ENERGÉTICO BASAL, ÍNDICES BIOQUÍMICOS SANGUINEOS, 1-RM, COLESTEROL, ATIVIDADE FÍSICA.

ABSTRACT

Purpose: To observe obese women before and after a low-calorie diet plus circuit training or jogging regarding nutritional parameters. Methods: Groups: circuit training, CIRC, n = 26, body mass index (BMI, kg/m2) = 33.2 ± 7.9 (Mean±SD), age = 32.6 ± 9.7 years; and jogging training, JOGG, n = 24, BMI = 29.2 ± 3.4; age = 38.8 ± 10.5 years. Evaluations: body composition, collection of urine and blood samples, indirect calorimetry and physical tests were performed at the beginning (M1) and at the end (M2) of the study. Training: month one: 1 h x 3 d/week; month two: 1 h x 4 d/week. Diet: was adapted on the basis of a one week feeding record feed and adjusted to the resting metabolic rate (RMR) measured by

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Elementos pré-textuais Fett, CA xiv

indirect calorimetry, with the following proportion: 20% protein, 20% fat; and 60% carbohydrate. Results: Pre-intervention: 76% had one or more obese family members; there were symptoms indicating that 60% were anxious, 12% depressive, 34% compulsive, and 32% had sleep disorders, evaluated by a questionnaire during clinical examination. Altered levels of total cholesterol (TC) and/or fractions were found in 22% of the subjects. Weight (W), BMI, waist/hip ratio (WHR), and the sum of eight skin folds (8SF), were significantly correlated with four biochemistry variables, and abdominal circumference (AbC), and anthropometric fat percentage (%FAnthro) were correlated with five. Intervention: Weight, BMI, %FAnthro, endomorphy, body fat mass by bioimpedance (BFMBia) and percent body fat by bioimpedance (%FBia) were reduced in both groups. CIRC significantly increased performance in all (six) tests and the JOGG in three physical tests. CIRC showed significant differences for: ↓glucose (Glu), ↓UA, ↓TC (TC), ↓Tg (all in mg/dL), ↑ red blood cells (RBC) (mm3) and ↑hematocrit (Ht) (%); and JOGG for: ↓Glu, ↓UA, ↓HDL, ↑CT/HDL, ↑RBC, ↑Ht. The RMR was not significantly reduced in both groups. Conclusions: Pre-intervention: Anthropometric data indicated a good correlation with biochemical factors, but did not show a constant tendency. CT/HDL showed correlation with all anthropometric measurements and Glu with none. The obesity of these women appears to have multiple factors, with life style playing a determinant role. Intervention: Physical activities were determined to favor body composition, reduced weight and blood markers. CIRC were better in terms of physical performance and blood markers. Both types of training were sufficient to prevent a fall of RMR. Key words: BODY COMPOSITION, RESTING METABOLIC RATE, BLOOD BIOCHEMICAL INDEX, 1-RM, CHOLESTEROL, PHYSICAL ACTIVITY.

Page 15: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Material e Métodos Fett, CA 1

INTRODUÇÃO A obesidade tem aumentado em todo

planeta e é um problema de saúde pública mundial (FRIEDMAN, 2000), independente de condições econômicas e sociais (PEREIRA et al., 2003). Pode ser definida como acúmulo de energia em excesso sob a forma de gordura, por maior ingestão do que gasto (NOBRE e MONTEIRO, 2003), influenciado por um complexo de interações genéticas, fatores ambientais e comportamentais (ARONNE, 2002). A fácil oferta de alimentos palatáveis, calóricos, baratos e a pouca atividade física da atualidade, desencadeou a epidemia mundial de obesidade (PI-SUNYER, 2003). É estimado que em 2020 dois terços do gasto global com doenças, será atribuído a doenças crônicas não comunicáveis, por falta de exercícios e excesso calórico (CHOPRA e GALBRAITH, 2002).

Nos Estados Unidos o sobrepeso é de 65%, e obesidade de 31% para a população adulta (ARONNE, 2002). Na Inglaterra entre 1980 e 1990 a prevalência de obesidade dobrou e continua aumentando (CHILDHOOD OBESITY, 2001). Os níveis de obesidade entre as mulheres da região leste do Mediterrâneo e norte da África, excede a dos EUA, e a do leste da Europa e América Latina são similares a dos EUA (GRUMMER-STRAWN et al., 2000). No Brasil, a prevalência de obesidade é de 22-26%, no México 21%, no Equador 10%, no Peru 3-22%, no Paraguai 22-35%, e na Argentina 24-27%. (BRAGUINSKY, 2002).

A obesidade tem aumentado em vários estados do Brasil, incluindo estados pobres como os do Nordeste e ricos como São Paulo (MONTEIRO et al., 2003). Em Ribeirão Preto, SP, a prevalência de obesidade era de 17% em crianças entre 7 e 12 anos de idade, chegando a 38% nas

classes de alto nível sócio econômico (ARTEAGA et al., 1982), e entre crianças entre 3 e 8 anos era 10% (SANTOS, 1997).

A obesidade é associada a várias doenças crônicas, como doenças artériocoronarianas (DACs) (KOPELMAN, 2000), hipertensão arterial (ANEJA et al., 2004), ácido úrico aumentado (MADURO et al., 2003), hiperglicemia e diabetes tipo 2 (THIRD REPORT OF THE NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM, NCEP III, 2001), câncer (KOPELMAN, 2000), hiperlipidemia (SANTOS e SPÓSITO, 2002), hiperinsulinemia (NCEP III, 2001) e distúrbios do sono (KOPELMAN, 2000). A obesidade abdominal está associada ao desenvolvimento de DACs (KIM et al., 2004). A circunferência do abdômen (CAb), o índice abdômen/quadril (IAQ) e índice de massa corporal (IMC, m/kg2), são positivamente correlacionados a dislipidemias e DACs (MISRA et al., 2003).

Atividade física e restrição calórica são duas abordagens comuns para controle da obesidade. Porém, nos últimos 30 anos houve significativo aumento da obesidade, não obstante terem aumentado os investimentos e conhecimentos para seu controle (JAKICIC et al., 2001; WILMORE e COSTILL, 1999). Além disso, a manutenção da perda de peso tem se mostrado ineficiente em longo prazo. Entre 90 e 95% das pessoas que perdem peso, o recuperam subseqüentemente (ROSENBAUM et al., 1997). Todavia, dieta e exercício continuam sendo parte de qualquer programa para redução da gordura corporal. Eles são necessários para efetividade dos programas terapêuticos, na prevenção e tratamento da obesidade (CAREK e DICKERSON, 1999).

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REVISÃO DA LITERATURA TERMOGÊNESE

Define-se termogênese como a energia gasta pela realização de trabalho ou produção de calor celular. A termogênese adaptativa, ou a produção regular de calor é influenciada pela temperatura ambiente e dieta. (LOWELL e SPIEGELMAN, 2000). A termogênese pode ser aumentada por vários mecanismos envolvendo dieta, atividade física, recursos ergogênicos, exposição ao frio e drogas simpatomiméticas (CAREK e DICKERSON, 1999). A atividade física tem demonstrado aumentar a termogênese e foi reportada pela primeira vez por BENEDICT e CATHCART (1913).

ATIVIDADE FÍSICA

Atividade física é qualquer forma de atividade muscular. Portanto, resulta no gasto de energia proporcional ao trabalho muscular e está relacionada ao condicionamento físico (POWERS e HOWLEY, 2000). O exercício representa um sub grupo da atividade física e pode ser definido como:trabalho muscular com o objetivo de preservar ou restaurar a saúde, ou de aperfeiçoar perícia física, ou a capacidade de trabalho (DICIONÁRIO MÉDICO BLAKISTON, sd). Este último é planejado com o objetivo de melhorar ou manter o condicionamento físico. A quantidade do exercício pode ser caracterizada pela intensidade ou potência (potência = trabalho/tempo), freqüência, duração e tipo da atividade (POWERS e HOWLEY, 2000). De forma geral, é recomendado que cada sessão de treinamento despenda em torno de 300 kcal, considerando-se um indivíduo de 70 kg (POLLOCK et al., 1986). O tempo, intensidade e freqüência do treinamento são variáveis nos protocolos de treinamento para obesos. O Posicionamento do Colégio Americano de Medicina Esportiva, sugere que para causar modificações significativas na composição corporal e condicionamento físico, são necessários no mínimo 150 minutos de atividade física por semana (30 min. x 5 d/semana). Mas, para que se obtenha resultados otimizados na regulação do peso, o treinamento deve progredir para 300 minutos de exercício por semana (60 min. x 5 d/semana) (JAKICIC et al., 2003).

A falta de atividade física é característica comum no desenvolvimento da síndrome de

obesidade (PI-SUNYER, 2003). Vários estudos mostraram que o sedentarismo é predominante em meninos (76%) e meninas (88%) obesos (BRUNCH, 1940), mulheres brasileiras obesas (80%) (PEREIRA et al., 2003), e crianças norteamericanas (VINCENT et al., 2003). O sedentarismo tem sido apontado como a principal causa da obesidade (WICKELGREN, 1998). Parece ser necessário um mínimo de atividade física para regular a ingestão de alimentos, sem a qual se tende ao consumo excessivo de calorias (MAYER et al., 1956). Além disso, indivíduos que aumentam suas atividades físicas reduzem o risco de mortalidade geral, comparado aos sedentários (LEE et al., 1999; POWERS e HOWLEY, 2000). O nível de condicionamento físico estimado em teste de esteira e definido como equivalentes metabólicos máximos (METs maximal metabolic equivalent; 1 MET = 3,5 mL x kg-1 x min-1 de O2), demonstrou ser um preditor de mortalidade por doenças cardiovasculares e por todas as causas de morte, equivalente ao diabetes melitus, níveis elevados de colesterol, hipertensão e fumo (WEI et al., 1999). A atividade física funciona como sincronizadora de estímulos metabólicos, envolvendo a termogênese e ingestão de alimentos. Além do consumo energético adicional para sua manutenção, o exercício físico aumenta a termogênese tornando o organismo mais eficiente para a oxidação de gordura (WESTERP e GORAN, 1997). O treinamento resistido intenso eleva o gasto energético basal (GEB), por prolongado período pós-exercício e pode aumentar a oxidação de lipídios neste período (MELBY et al., 1993). O exercício físico tem quatro pontos que podem influenciar o gasto energético: a) aumento prolongado na taxa metabólica após estímulo de um exercício agudo; b) aumento crônico no metabolismo basal associado ao exercício físico; c) um possível aumento no gasto energético durante os períodos sem exercício físico, e d) aumento do gasto energético para sustentar a atividade física (POEHLMAN et al., 1991).

Vários estudos têm demonstrado que a redução de peso através da atividade física é qualitativamente melhor que somente pela dieta. A dieta sem exercício reduz a massa magra e GEB (MOLÉ et al., 1989); somente exercício, sem redução de peso, reduz gordura intra-abdominal (ROSS et al., 2000); a combinação de ambos

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produz maior perda de gordura corporal e auxilia na manutenção da massa magra (SCHMITZ, 2001). Ao se comparar duas dietas (balanceada x cetogênica de 1000 kcal/d), associadas ou não exercício físico, observou-se maior perda de peso nos dois grupos exercitados, independentes da dieta. Além disso, os tratados somente com dieta recuperaram o peso em seguida as 8 semanas de intervenção, enquanto os grupos exercitados mantiveram a perda de peso por 36 meses (PAVLOU et al., 1989).

O treinamento em circuito e exercícios aeróbicos de baixa intensidade como caminhada, são dois tipos de treinamento entre as várias opções que podem ser utilizados no tratamento da obesidade. O treinamento em circuito consiste de um certo número de estações (em geral entre 6 e 10), onde é realizado determinado exercício, dentro de um período especificado. Depois que o exercício é completado numa das estações, o indivíduo se desloca para a próxima estação, realizando exercício para outro grupamento muscular dentro do mesmo período e assim sucessivamente até completar o tempo prescrito. O circuito é completado uma vez realizado os exercícios em todas as estações. As estações são em geral compostas de exercícios resistidos e podem ser intercalados ou não, por exercício aeróbico. Por causa destas características, o exercício em circuito tem participação tanto aeróbica quanto anaeróbica na produção de energia (FOX e MATHEWS, 1986). O exercício prolongado ou aeróbico, é caracterizado por atividades cíclicas (caminhar, correr, nadar, pedalar, etc), mantidos por 10 minutos, ou mais. A produção de energia neste tipo de atividade é originária predominantemente do metabolismo aeróbico e pode ser mantido em um estado estável, por longo período de tempo (POWERS e HOWLEY, 2000).

O treinamento em circuito, combinando exercícios aeróbicos e resistidos, tem sido utilizado como forma de melhora cardiovascular, força e redução de peso (MAIORANA et al., 2001). Tem-se demonstrado que o exercício em circuito também é eficiente para promover benefícios sobre a massa corporal magra (MM), massa corporal gorda (MG), força e moderada alteração na condição aeróbica (MAIORANA et al., 2001; HARRIS e HOLLY, 1987; GETTMAN et al., 1978). Outros encontram que tanto o exercício em

circuito como caminhada melhoram significativamente a condição cardiovascular e composição corporal (JURIMAE et al., 2000). O exercício resistido tem demonstrado aumentar o GEB após o treinamento (MELBY et al., 1993).

A importância da atividade física não é apenas consumir calorias durante o exercício. Tem sido demonstrado que atividades intensas aumentam o GEB por várias horas após o término da sessão de exercícios. Uma atividade física como esquiar que consume 7,5 kcal/min. durante 1 hora, irá necessitar de 459 kcal. Isto equivale à perda de gordura de aproximadamente de 0,05 kg, considerando-se que as calorias viessem apenas das gorduras. Mas examinando-se o consumo de O2 acima dos valores de repouso após a atividade física, é observado que para a taxa metabólica voltar aos valores de repouso levam vários minutos após uma atividade leve como caminhada, várias horas após um exercício pesado como jogar futebol e entre 12 e 24 horas, ou mais, após uma atividade prolongada e exaustiva como maratona ou exercício de musculação intenso (WILMORE e COSTILL, 1999). O treinamento de musculação por 90 minutos, elevava o GEB em 11-12% nas duas horas subseqüentes ao exercício e permanecia 9% mais elevado na manhã seguinte, quando comparado com as condições basais pré-experimento (MELBY et al., 1993).

Mesmo a atividade física aeróbica de baixa intensidade tem demonstrado aumentar o GEB (WITHERS et al., 1998), incrementar o consumo de gorduras durante a atividade física e no período de recuperação (MARION-LATARD et al., 2003), e compensar o declínio da oxidação de gorduras durante o período pós-dieta (van AGGEL-LEIJSSEN et al., 2001b).

ZUTI e GOLDING (1976), compararam os efeitos de dieta, exercício ou a combinação de ambos para perda de peso. Foi estabelecido déficit calórico de 500 kcal/dia, induzido pelo decréscimo na dieta, aumento da atividade física e metade da dieta e a outra metade da atividade física, respectivamente. As 3 intervenções reduziram significativamente o peso, mas a redução apenas pela dieta sem exercício, reduziu também a massa magra, enquanto as outras duas aumentaram. A maior perda de peso em gordura, foi da combinação entre dieta e exercício.

Outro estudo comparou os efeitos das intervenções de somente dieta (D), somente

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Material e Métodos Fett, CA 4

exercício (E), exercício sem perda de peso (ESP), e controle (C), em obesos. Observaram que os grupos D e E reduziram em 7,5 kg o peso corporal, sem mudança para os outros dois grupos e o grupo E reduziu 1,3 kg mais gordura que o D. O grupo D diminuiu a massa muscular comparada com os outros grupos. O VO2 máx. aumentou 13% e 18% para os grupos E e ESP respectivamente, comparado com 6% de decréscimo no grupo D. Os autores concluíram que a redução de peso pela restrição calórica ou aumento da atividade física reduz a obesidade, especialmente a gordura abdominal. O ESP diminuiu a gordura abdominal (ROSS et al., 2000).

Já outros resultados não demonstraram alteração no gasto energético total (GET), induzido por exercício aeróbico ou resistido em mulheres jovens, sugerindo que o benefício do aumento do custo calórico seja derivado somente da energia adicional para manutenção da atividade física (POEHLMAN et al., 2002). O treinamento aeróbico de baixa intensidade para mulheres com obesidade andróide (tronco e abdômen), ou obesidade ginecóide (quadris e coxas) não altera o metabolismo de repouso de nenhum dos grupos (van AGGEL-LEIJSEN et al., 2001a). Outros ainda, não encontraram efeito do exercício sobre o GEB (FREEDMAN-AKABAS et al., 1985; WARWICK e GARROW, 1981). Os diferentes resultados encontrados na literatura, quanto a influencia do exercício físico e alterações da taxa metabólica, podem ser devidos ao desenho experimental, variação genética e alterações no balanço energético (POEHLMAN et al., 1991).

ALIMENTAÇÃO E FATORES AMBIENTAIS

Uma das maneiras que o meio ambiente atual contribui com a obesidade é provendo oportunidades mais freqüentes para o consumo de grandes quantidades de alimentos. Alimentos palatáveis e baratos estão em todos os lugares. Também existe tendência de se oferecer alimentos em grandes porções. Isto é especialmente evidente em restaurantes popularmente conhecidos como fast foods (HILL e PETERS, 1998).

O organismo usa principalmente gorduras e carboidratos como fonte de energia, provenientes dos alimentos e adipócitos e oxidadas nas células. Este processo consome oxigênio e energia e produz gás carbônico (WILMORE e COSTILL, 1999). Modelos animais e humanos, tem

demonstrado que dietas com maior concentração de gordura favorecem o ganho de peso comparadas as com alto teor de carboidrato ou proteínas (HILL e PETERS, 1998). Ao contrário, ratos alimentados com dieta de alta concentração de proteínas diminuem o peso de gordura e o tamanho do adipócito (KETTELHUT et al., 1985), reduzem a insulina e aumentam o glucagon plasmático, diminuindo a utilização de glicose pelo tecido adiposo (BRITO et al., 2001), e reduzem a lipogênese (SCHIMID et al., 1984).

Portanto, a seleção dos macronutrientes parece influenciar o efeito térmico dos alimentos (ETA). As proteínas podem consumir até 20% do seu total calórico para serem metabolizadas, os carboidratos 6-8% e as gorduras 2-3% (JÉQUIER, 2001). Assim, uma dieta de 2500 kcal/dia e 40% de gordura, 20% de carboidratos e 20% de proteínas, consome 200 kcal/dia para ser metabolizada. Já outra dieta com 30% de proteína, 20% de gordura e 50% de carboidrato tem um ETA estimado de 270 kcal/dia. Teoricamente, a segunda dieta teria perda de 3,3 kg/ano de gordura em relação à primeira (DYCK, 2000).

Além disso, o poder de saciedade do maior para o menor tem a seguinte ordem: proteínas > carboidratos > gorduras (WESTERP-PLATENGA et al., 2004). Desta maneira, as gorduras estão relacionadas à obesidade (BRAY e POPKIN, 1998), por elevarem o consumo passivo de calorias (ROSADO e MONTEIRO, 2001), devido à alta palatabilidade e textura características (PEREIRA et al., 2003), e terem menor ETA que outros macronutrientes (DYCK, 2000; JÉQUIER, 2001).

Mas existem controvérsias quanto ao efeito qualitativo dos macronutrientes sobre as alterações metabólicas. O metabolismo protéico e dos aminoácidos parece não ser afetados por uma dieta de baixa caloria (1099 kcal/d) e baixa proteína (0.6 g/kg/d), em mulheres obesas (IMC de 33 ± 4 kg/m2), durante 4 semanas. (MARCHINI et al., 2001). Também, a suplementação de fontes não específicas de nitrogênio, ou aminoácidos não afetam a oxidação da leucina, a hidroxilação da fenilalanina, e o balanço cinético de leucina e fenilalanina em homens (HIRAMATSU et al., 1994). SUEN et al. (2003), não observaram diferença no ETA, em dietas com diferentes concentrações de macronutrientes em obesas. Além disso, não obstante a obesidade ter aumentado no Brasil entre 1974 e 1997, não foi

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Material e Métodos Fett, CA 5

observado aumento correspondente do consumo de gorduras, possivelmente sendo este aumento devido à diminuição de atividade física e consumo excessiva de calorias (SICHIERI, 2000). Ainda, PELKMAN et al. (2004), ao compararem dieta com conteúdo moderado (33%), a de baixa concentração de gordura (18%), observaram que a primeira apresentava melhor resultado no perfil lipídico e dos fatores de risco de DACs.

Portanto, a conclusão sobre a conduta adequada para o tratamento da obesidade é ainda tema complexo. Estudos sobre ingestão ou gasto energético em grupos heterogêneos de indivíduos suscetíveis à obesidade, não identificam uma causa única para o ganho de peso excessivo (ROBERTS e LEIBEL, 1998). Alguns estudos encontram correlação entre a diminuição do gasto energético em atividades físicas e o ganho de gordura corporal (ROBERTS et al., 1998; MARCHESINI et al., 2004), e outros não (GORAN et al., 1998; NEUTZLING et al., 2003). Mesmo relacionado à ingestão energética, não se tem uma definição absoluta (WELLS et al., 1998). Todavia, a orientação para redução de ingestão das calorias totais, principalmente de gorduras (BRAY e POPKIN, 1998), especialmente as saturadas (KULLEN et al., 1997), e carboidratos simples, prioritariamente sacarose (PAGLIASSOTTI e PRACH, 1997) e frutose (FIEBIG et al., 1998), e o concomitante aumento de fibras e proteínas magras, associado a um programa de atividades físicas regular, parecem ser estratégias adequadas para o controle da obesidade.

Portanto, nossos objetivos foram verificar a situação basal de mulheres obesas, quanto ao exame clínico e correlacionar variáves da avaliação corporal a fatores de risco e metabólicos; e, ainda, compararar as alterações nutricionais e metabólicas induzidas por um protocolo de treinamento em circuito a outro em caminhada, seguindo dieta hipocalórica.

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OBJETIVOS GERAIS

O objetivo deste trabalho foi estudar em mulheres com sobre-peso e obesas, a resposta metabólica nutricional a redução moderada de calorias e exercício em circuito ou caminhada. Para tanto o trabalho teve duas abordagens: a) estudo pré-intervenção relacionando antropometria, calorimetria e índices bioquímicos a situação basal, e; b) observar os efeitos do exercício do treinamento em circuito (exercício resistido e aeróbico), ou caminhada sob mesma oferta calórica, sobre o gasto energético basal, composição corporal, desempenho físico e dados bioquímicos.

ESPECÍFICOS

a) Estudo pré-intervenção: ! Correlacionar marcadores bioquímicos e

composição corporal nas condições basais; ! Correlacionar o metabolismo de repouso a

composição corporal e índices corporais; ! Através do exame clínico, observar:

o Fase em que a obesidade iniciou; o História familiar; o Desconfortos físico e emocional; o Hábitos alimentares; o Pressão arterial de repouso.

b) Comparar os efeitos dos treinamentos em circuito ou caminhada mais dieta hipocalórica, sobre:

! Composição corporal; ! Índices antropométricos de risco de

complicações metabólicas; ! Desempenho físico; ! Marcadores bioquímicos sanguíneos; ! GEB, medido por calorimetria indireta.

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Material e Métodos Fett, CA 7

MATERIAL E MÉTODOS DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

O estudo foi realizado, conforme exposto a seguir (Figuras. 1 a 4; referência para intensidade do exercício veja Anexo A). Foram selecionadas somente mulheres, a fim de homogenizar as comparações e por haver maior interesse por parte delas, na comunidade estudada. O recrutamento das participantes foi feito pela divulgação de cartazes distribuídos no campus da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (RP) o que teve a duração de 2 meses. A seguir, durante uma semana foram realizadas reuniões a fim de explicar o protocolo a todas possíveis participantes. As reuniões foram realizadas na sala de ginástica do Centro de Educação Física Esportes e Recreação (CEFER) da USPRP. Além disso, era aproveitado este momento para mostrar a sala de musculação onde seriam realizados os testes físicos. Em seguida foram agendadas as avaliações iniciais, sendo realizadas em 4 etapas, uma a cada semana (2 semanas para cada grupo). Estas avaliações incluíam, testes físicos, antropometria, calorimetria indireta, coleta de sangue e urina. Terminadas as avaliações, eram iniciadas as intervenções, com a dieta e treinamento em circuito (grupo circuito, CIRC), ou caminhada (grupo caminhada, CAM), por um período de 8 semanas. A escolha de um ou outro protocolo foi feita ao acaso pelo sorteio simples das voluntárias. Após estas intervenções, eram realizadas as reavaliações semelhantes as iniciais. Com a finalidade de melhor entender os diferentes tempos do estudo, a semana 1 (reuniões iniciais), os momentos 1 e 2 (M1 e M2, coleta de dados antes e após as intervenções, respectivamente), e a semana de avaliações de cada grupo, foram detalhados nas Figuras 2 a 4. O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em 09/08/2002.

VOLUNTÁRIAS

O estudo foi planejado para estudar mulheres sedentárias entre 18 e 60 anos, entre sobre-peso e obesidade grau III (Anexo B). A entrevista inicial sempre foi feita pelo responsável do estudo. O exame clínico foi realizado por médico da equipe de Nutrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP).

a) Entrevista inicial

A primeira entrevista foi realizada nas reuniões iniciais no CEFER (Figura 2). Nesta ocasião eram explanados os propósitos gerais do estudo, respondidas perguntas e investigado sobre os problemas mais comuns associados à obesidade. Eram pesadas, medidas as estaturas, para calculo do IMC, anotado a idade e sorteadas para adentrarem nos grupos como descrito abaixo.

b) Exame clínico

O exame clínico foi realizado sempre pelo mesmo médico. Foi observada a história médica, antecedente de doenças, relação da obesidade com parentes próximos, exame físico geral e específico.

c) Critérios de exclusão

Baseado nos exames anteriores, os critérios de exclusão do estudo foram (POEHLMAN et al, 2002): ! Histórico de doenças metabólicas, além da

obesidade em si, tal como diabetes; ! Fumantes; ! Etilistas (> 15 g equivalentes de

etanol/dia); ! Usuárias de medicamentos como betas

bloqueadores (por exemplo, Propanolol®) e drogas simpatomiméticas (por exemplo, Anfepramona®);

! Estarem realizando atividades físicas nos últimos 6 meses (mais que duas sessões semanais de atividade física formal ou informal);

! Limitações ortopédicas.

Nas voluntárias selecionadas foram feitos os exames antropométricos, bioimpedância, testes físicos, calorimetria, coletas de sangue e urina e orientação quanto ao treinamento, pelo responsável direto do projeto.

d) Divisão dos grupos

De acordo com a entrevista inicial, as participantes foram dividas aleatoriamente em 2 grupos. Todos os grupos foram planejados para iniciarem com no mínimo 20 participantes:

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Material e Métodos Fett, CA 8

! CIRC: grupo de treinamento em circuito; ! CAM: grupo de treinamento em

caminhada.

As ofertas calóricas de ambos os grupos foram semelhantes aos respectivos gastos

Momento 2Reavalições

30 dias(ver Figs. 3 e 4)

GI -IMC:>25

Idade: 18-60

Momento 2Reavalições

30 dias(ver Figs. 3 e 4)

GII -IMC:>25

Idade: 18-60

Intervenções60 dias

Momento 1 e 2 Avaliações

30 dias(ver Fig. 3 e 4)

Semana 1(ver Fig. 2)

Divulgação e contato60 dias

Planejamento 90 dias

2 Figura 1. Delineamento experimental do estudo: Avaliação nutricional de obesas, pré e pós oito semanas de dieta hipocalórica moderada mais treinamento em circuito ou caminhada.

Planejamento Divulgação e contato S1 Momento 1 Intervenções Momento 2

1 90 150 157 187 247 277

Cronologia em dias: 1. Planejamento: Período de 90 dias em que foi organizado o cronograma do estudo. 2. Divulgação e contato: foram feitos cartazes explicativos sobre o estudo e distribuídos pelo campus e Hospital

das Clínicas da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Foram contatadas as participantes e agendadas para a primeira reunião.

3. S1: Semana inicial: Explanação dos protocolos e testes, formação dos grupos, assinatura do consentimento esclarecido.

4. Momentos 1 e 2 - coleta de dados: testes físicos, avaliação da composição corporal, calorimetria basal, coleta de sangue e urina para dosagens laboratoriais. Teve a duração de 1 mês, para que todas pudessem ser avaliadas. As voluntárias iniciavam o respectivo protocolo logo em seguida sua semana de avaliações.

5. Intervenções: Foram realizados 60 dias de treinamento em circuito ou caminhada. Ambos programas consistiam de 10 à 15 minutos de aquecimento, 40 minutos de treinamento e 15 minutos de

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Material e Métodos Fett, CA 9

alongamento/relaxamento. A intensidade era mantida pela freqüência cardíaca alvo (220 - idade x 0,7 à 0,8) e a escala de esforço percebido (Borg) modificada (3 - moderado à 5 - forte, Anexo A).

Semana 1

Segunda Feira Reunião 1 e 2

CEFER

Terça - feira-

Quarta-feiraReunião 3

CEFER

Quinta-feiraReunião 4CEFER

Sexta - feira-

Figura 2. Detalhamento da semana 1

1. Reuniões de 1 à 4: reuniões explicativas que foram marcadas na sala de ginástica do Centro de Educação Física Esportes e Recreação (CEFER), da Universidade de São Paulo (USP), Campus de Ribeirão Preto. Foi distribuída uma copia do consentimento livre e esclarecido a cada participante, para lerem e devolverem assinado antes de iniciarem os procedimentos. As reuniões foram alternadas entre os horários de 11:30 e 17:30, aproveitando o final dos períodos de estudo/trabalho das voluntárias e a proximidade do local onde seria realizado o estudo.

Momentos 1 e 2

Semana de avaliação

CIRC

Semana de avaliação

CIRC

Semana de avaliação

CAM

Semana de avaliação

CAM

30 dias

FimInício

Figura 3. Detalhamento do momento 1 (M1; dias 157 a 187) do estudo, e momento 2 (M2; dias 247 a 277) do estudo.

1. Semana de avaliação: Foram avaliadas entre 10 e 15 mulheres semanalmente. Para tanto, cada grupo foi

dividido e avaliado parte das voluntárias em uma semana e outra parte na semana seguinte, sendo portanto, utilizadas duas semanas para avaliação de cada grupo.

2. CIRC: grupo de treinamento em circuito. 3. CAM: grupo de treinamento em caminhada.

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Material e Métodos Fett, CA 10

Semana de avaliações de cada grupo

D2, D3, D4, D5, D6, D7, D8 D1

Momentos 1 e 2

Figura 4. Detalhamento da semana de avaliação de cada grupo.

1. Momento 1 e 2 (M1 e M2): avaliações iniciais e finais respectivamente (ver Figura 3). 2. D1- Dia 1: Explanação dos testes e coletas, agendamento e recebimento do consentimento esclarecido; sempre

iniciava na segunda-feira (este procedimento era realizado somente no momento 1, sendo que no momento 2 era o dia da entrega da coleta de urina de 24 horas).

3. D2, D3, D4, D5, D6, D7 e D8: dias 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8: Foram realizados os testes iniciais, listados a baixo; os testes iniciavam na terça-feira e iam até a sexta, ou sábado quando necessário; a coleta de urina de 24 horas era feita do domingo para segunda-feira, quando era entregue pela manhã (D8), no laboratório de Espectrometria de Massa no Anexo A, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; eram avaliadas até 15 mulheres em cada semana.

4. Testes físicos: Testes de uma repetição máxima (RM): foram realizados às 4º feiras, seguidos pelos testes de resistência muscular, todos realizados no Centro de Educação Física Esportes e Recreação da Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto; os testes de esforço máximo em esteira, foram realizados 2 por dia às 12:00 horas na Hemodinâmica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, entre segunda e sexta-feira;

5. Avaliação da composição corporal, exame clínico, calorimetria e coleta de sangue: As voluntárias chegavam a partir das 7 horas da manhã, em jejum de 12 horas na Unidade Metabólica do HC da FMRPUSP. Os teste foram realizados nas 3º e 5º feiras. Sextas-feiras e sábados eram utilizados quando necessários para completar os agendamentos dos testes. Eram feitos antropometria, bioimpedancia e exame clínico, alternadamente trocando em seguida as participantes (enquanto uma era medida outra estava sendo examinada). Descansavam por 30 minutos e então era medido o gasto energético basal, por meio de calorimetria indireta. Depois era coletado o sangue.

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Resultados Fett, CA 11

energéticos de repouso (GER). Todas foram informadas dos procedimentos do estudo e assinaram documento de consentimento esclarecido da FMRPUSP, conforme modelo (Apêndice 1). MÉTODOS

Os métodos utilizados foram divididos em duas partes principais, sendo: Parte1 - avaliações, e Parte 2 - intervenções.

PARTE 1. AVALIAÇÕES

Todos os procedimentos de avaliação foram realizados no M1 e M2 (Figuras 1 a 4).

Entrevista e explicações dos procedimentos

Uma vez engajadas no estudo, foi feita explanação específica quanto à importância da participação de cada uma e abordado o contexto do problema tema do estudo. Foi abordado o papel da obesidade nas condições gerais de saúde e qualidade de vida (CHOPRA e GALBRAITH, 2002). Também foi salientada a questão das patologias associadas à obesidade, como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão e câncer (JAKICIC et al., 2001). Além disso foram feitas observações quanto aos possíveis benefícios pessoais, por estarem participando do estudo. Elas foram informadas sobre o estado de saúde e orientadas quanto à mudança de estilo de vida e acompanhadas por profissionais na atividade física. As sujeitas eram incentivadas a fazer perguntas sobre suas dúvidas e a questionarem as informações da literatura leiga.

Antropometria

Todas as medidas antropométricas foram realizadas pelo responsável do projeto, e seguiram metodologias específicas, como explicado a seguir:

a) Peso e estatura

Foram avaliados o peso corporal (P) (kg) e estatura (E) (cm) por meio de balança de plataforma do tipo Filizola® Eletrônica ID 1500 (São Paulo: SP, Brasil), com precisão de 0,1 kg e 0,5 cm respectivamente. As voluntárias foram pesadas pela manhã, em jejum, usando um roupão, sem sapatos e após o esvaziamento vesical. Peso do roupão foi posteriormente descontado do peso da paciente. A estatura foi obtida com a sujeita em

pé, descalça, encostando a nuca, as nádegas e calcanhares na parede onde existia uma barra metálica graduada (VANNUCHI et al, 1984).

b) Índice de massa corporal (IMC)

A partir das medidas de peso e estatura calculou-se o IMC (kg/m2) por meio do quociente:

2/ EPIMC = (1)

onde: • P: peso corporal expresso em quilogramas

(kg), e; • E: estatura em metros (m).

A classificação nutricional pelo IMC e pelos

percentis está no Anexo B.

c) Medidas das pregas cutâneas (PC) Foi utilizado um adipômetro da marca

Lange® (Beta Technology INC. Santa Cruz: CA, EUA), com pressão constante de 10 g/mm2 na superfície de contato e precisão de 1 mm, com escala de 0-65 mm, para medir a espessura do tecido adiposo subcutâneo. O valor anotado foi a média de 3 medidas, consecutivas.

Pregas cutâneas mensuradas: ! Tríceps (PCT); ! Bíceps (PCB); ! Peito (PCP); ! Abdômen (PCA); ! Supra-ilíaca (PCSI); ! Sub-escapular (PCSE); ! Coxa (PCC), e; ! Panturrilha (PCPa).

As pregas do tríceps e bíceps foram obtidas

no ponto médio do braço, respectivamente sobre os respectivos músculos. A prega sub-escapular foi medida abaixo da extremidade inferior da escápula, em um ângulo de 45º à vertical, com o braço estendido. A prega supra-ilíaca foi medida acima da crista ilíaca anterior e superior na linha axilar média, com o tronco em posição anatômica (em pé, pés afastados na largura dos ombros, tronco ereto, braços estendidos e palmas das mãos viradas para frente). A prega cutânea do peito foi medida no ponto localizado entre a axila e o mamilo: nas mulheres este ponto estava o mais próximo possível da axila (o compasso deve ser

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Resultados Fett, CA 12

colocado 1 cm abaixo). Para a prega do abdômen padroniza-se o ponto localizado 2 cm à direita da cicatriz umbilical. Esta medida foi feita na direção do eixo transversal ou longitudinal. A medida da prega cutânea da coxa medial, foi feita na face anterior da coxa pinçando longitudinalmente a pele, e por último a prega da perna na parte medial ou interna da perna, sobre a maior circunferência da perna. A perna ficava suspensa, relaxando a musculatura (NAVARRO e MARCHINI, 2000).

d) Densidade corporal (DC)

A densidade corporal foi estimada a partir da relação entre a densidade hidrostática e as medidas das dobras cutâneas, corrigida pela idade (POLLOCK et al., 1980). A DC foi calculada pela equação de 3 dobras cutâneas para mulheres:

)0001392,0()0000023,0()0009929,0(0994921,1

2 YXXDC×−×

+×−= (2)

onde: • DC: densidade corporal (g/ml); • X: soma das dobras cutâneas do tríceps,

suprailíaca e coxa em mm; • Y: idade em anos.

e) Percentual de gordura (%GAntro)

O percentual de gordura foi obtido a partir do cálculo da DC (SIRI, 1961), levando-se em conta a prescrição geral de que vários componentes do corpo como músculos, ossos e gordura têm densidade e proporção de água constante (POLLOCK et al., 1986).

100]5,4)/95,4[(% ×−= DCGAntro (3)

onde: • %GAntro: porcentagem de gordura

calculado a partir de variáveis antropométricas; • DC: densidade corporal (vide 2).

f) Massa de gordura (MGAntro)

Uma vez obtido o peso total e o percentual de gordura, a MGAntro pode ser obtida a partir destes dados.

100/)%( GAntroPMGAntro ×= (4)

onde: • MGAntro: massa corporal de gordura (kg),

calculada a partir de variáveis antropométricas;

• %GAntro: vide (3).

g) Massa magra (MMAntro) Foi obtida a partir dos cálculos das variáveis

antropométricas, pela subtração da MGAntro do peso total:

MGAntroPMMAntro −= (5)

onde: • MMAntro: massa corporal magra (kg),

calculada a partir de variáveis antropométricas; • P: peso total (kg); • MGAntro: vide (4).

h) Circunferências (Cir)

Foram medidas as seguintes circunferências, em cm:

! Braço relaxado (CB); ! Antebraço (CAtB); ! Punho (CPu); ! Pescoço (CPe); ! Cintura (CCn); ! Abdominal (CAb); ! Quadril (CQ); ! Coxa (CC); ! Panturrilha (CP).

Foi utilizada fita metálica flexível,

inextensível, com precisão de 0,1 cm, de acordo com as técnicas convencionais descritas por POLLOCK et al. (1986). O braço foi medido em seu ponto médio entre o acrômio e o olécrano, com o indivíduo em posição ortostática, antebraços supinados. O antebraço foi tomado na maior circunferência, com o antebraço paralelo ao solo e o cotovelo flexionado a 90º e a mão supinada. A panturrilha foi medida no plano horizontal na circunferência máxima da perna com os músculos contraídos. A coxa foi tomada no plano horizontal logo abaixo da dobra glútea ou no perímetro máximo da coxa. A cintura foi medida com o abdômen relaxado, no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela. A circunferência abdominal foi avaliada na posição ortostática, paralelamente ao solo, em cima da cicatriz umbilical. A circunferência do quadril foi obtida no plano horizontal, a maior circunferência em torno das nádegas. A pessoa estava em pé com as pernas unidas e os glúteos contraídos.

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Resultados Fett, CA 13

A partir da medida da circunferência abdominal classificava-se o risco de complicações metabólicas em mulheres (hipertensão, diabetes e dislipidemias), como se segue (HAN et al., 1995):

! Zona de alerta: 80-88 cm; ! Zona de risco: > 88 cm.

i) Índice abdomen/quadril (IAQ)

Foi avaliado o índice de relação entre os perímetros do abdômen e quadril (IAQ). O IAQ >0.90 para mulheres é associado com maior risco de morbidade e mortalidade (ROSENBAUM et al., 1997). A tabela para classificação das faixas de risco para o IAQ está no Anexo C. O índice é estabelecido pela seguinte fórmula:

CQCAbIAQ /= (6)

onde: • CAb: circunferência do abdômen em cm, ao

nível do umbigo estando o indivíduo em posição ortostática, relaxado e sem encolher a barriga;

• CQ: circunferência do quadril em cm, na sua maior porção.

j) Massa muscular corporal (MMu)

A equação para MMu foi desenvolvida a partir de correlação das circunferências e PC com a dissecação de cadáveres para homens. Não foi gerada uma equação específica para mulheres (MARTIN et al., 1990), sendo que a utilização no presente estudo tem por objetivo comparar a voluntária com ela mesma, mantendo constante o fator de erro:

1000/)2445)0331,00987,00553,0((

2

22

−×+×+××=

CBAEMMu

(7)

onde: • MMu = massa corporal muscular em kg; • E = estatura em cm; • A = circunferência muscular da coxa em cm:

o PCCCxA ×−= π ; (8) o onde, CCx é a circunferência da

coxa em cm; PC, é a prega cutânea da coxa em cm. • B = circunferência máxima do antebraço em

cm, e; • C = circunferência muscular em cm da

panturrilha:

o PPCPC ×−= π ; (9) o onde, CP é a circunferência da

panturrilha em cm; e PP é prega cutânea da panturrilha em cm.

k) Diâmetro ósseo

São medidas biométricas realizadas em projeção entre dois pontos considerados que podem ser simétricos ou não, situados geralmente em planos perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. Foi utilizado um paquímetro ou antropômetro. Foram medidos os seguintes pontos em cm:

! BRU: Biestilóide radio-ulnar (punho); ! BEU: Biepicôndilo umeral (cotovelo); ! BCF: Bicôndilo femural (joelho); ! BML: Bimaleolar (tornozelo).

O punho foi medido com a sujeita em pé,

braços relaxados ao longo do corpo. O paquímetro estava paralelo ao solo e as hastes encaixam-se nos processos biestilóides radio-ulnar. O cotovelo foi obtido com o indivíduo em pé, cotovelo flexionado 90º e as hastes do paquímetro ficando a 45º em relação à articulação. O joelho foi medido com a avaliada sentada, formando um ângulo de 90º na articulação medida. O paquímetro foi colocado a altura dos côndilos em um ângulo de 45º em relação ao joelho. O diâmetro do tornozelo foi medido na mesma posição anterior e os pés em um ângulo de 90º. O paquímetro foi ajustado à altura dos maléolos, paralelamente ao solo (FERNANDES FILHO, 1999).

l) Somatotipia

A somatotipia se refere ao tipo corporal ou a classificação física do corpo humano. Foi inicialmente concebida por Sheldon em 1940 e era estimada pela medida de três fotos (frente, costas e lateral), do sujeito nu e continha três componentes básicos, que eram imutáveis segundo o autor (POWERS e HOWLEY, 2000):

# Endomorfia (primeiro componente, Endo), é

o componente gorduroso e dá ao corpo o aspecto mole e arredondado. O abdômen é mais proeminente que o tronco, pescoço curto, ombros altos e quadrados. Ele utilizou o prefixo endo referindo-se as camadas embrionárias endodérmicas, das quais o trato

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Resultados Fett, CA 14

digestivo é derivado. Este componente é característico, por exemplo, dos obesos;

# Mesmorfia (segundo componente, Meso), está relacionada ao componente muscular e apresenta o aspecto de solidez e corpo quadrado. Predomina músculo, osso, e tecido conectivo, o tórax é largo e a cintura relativamente esguia. Foi assim chamado por ser derivado da camada embrionária mesodérmica. Este componente é característico dos atletas de potência e força, por exemplo, velocistas e levatadores de peso; e;

# Ectomorfia (terceiro componente, Ecto), onde predomina a linearidade e fragilidade do corpo, com grande relação entre a área superficial e a massa produzindo maior exposição sensorial ao meio ambiente. É a componente magreza. Os ossos são pequenos e os músculos finos. É freqüente a queda dos ombros. Os membros são relativamente longos e tronco curto, entretanto isto não significa que o ectomorfo seja alto. O sistema nervoso é derivado da camada embrionária ectodérmica. Esta é uma característica, por exemplo dos maratonistas.

A classificação ia de 1 a 7 sendo esta uma

escala progressiva da menor a maior expressão de cada componente (POWERS e HOWLEY, 2000). Posteriormente Heath e Carter ampliaram a escala para 12 no componente endomórfico, para 9,5 no mesomórfico e para 9 no ectomórfico devido julgarem o valor de 7, muito restrito para tipos extremos. Outra mudança proposta por estes autores, é a dinâmica entre os componentes, podendo ser alterados pela dieta, exercícios e estilo de vida. Além disso, o estudo das fotografias padronizadas foi substituído por mensurações antropométricas (HEATH e CARTER, 1967).

A somatotipia pode ser calculada pelas fórmulas a baixo, adaptadas da planilha de cálculo de HEATH e CARTER (1967), por BRITO et al. (1984). No anexo D estão as orientações para uso da planilha original e classificação de diferentes tipos de somatotipos.

5)11(4

)8(3)7(

2)4(

)10(1042939,4)10(1050939,1)10(1002696,2

)10(1024011,7)10(1506850093,07897977038,0

×Σ××−×Σ×

×+×Σ××+×Σ××−×Σ

×+−=

−−

PCPCPC

PCPCEndo

(10) onde:

• Endo = componente endomórfico da somatotipia.

• ∑PC = soma das pregas cutâneas do tríceps, sub-escapular e supra-ilíaca.

8/)961949677,104)10/(274233697,1)10/(

490130181,1796637252,4866194747,6961390196,4(4

EPCPanCPPCTCB

BCFBEUMeso

×−−×+−

×+×××++=

(11) onde:

• Meso = componente mesomorfico da somatotipia

• BEU = diâmetro biepicôndilo umeral (cotovelo), em cm.

• BCF = diâmetro bicôndilo femural (joelho), em cm.

• CB = circunferência do braço em cm. • PCT = prega cutânea do tríceps em cm. • CP = circunferência da panturrilha em cm. • PCP = prega cutânea da panturrrilha em cm. • E = estatura em m.

56,28)/(2043628,73 3/1 −×= PEEcto (12)

onde: • Ecto = componente ectomorfico da

somatotipia. • E = estatura em m. • P = peso em kg.

Obs: se o resultado da fórmula acima for < 0, o valor da ectomorfia 0,5; caso o resultado seja > 0, o valor da ectomorfia é o resultado obtido pela fórmula.

Bioimpedância (BIA)

A bioimpedância (Bioeletric Impedance Analysis of Body Composition) foi realizada pelo responsável do projeto, utilizando aparelho Quantum BIA-101Q®, Serial n Q 1559 (RJL Systems, Inc. Clinton: MI, EUA). A partir da

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Resultados Fett, CA 15

biompedância é possível estimar a composição corporal quanto à porcentagem de tecido adiposo e massa magra em relação ao peso total.

Este método é baseado em que os tecidos corporais aquosos, devido aos seus eletrólitos dissolvidos, são os maiores condutores elétricos, enquanto o tecido adiposo e os ossos têm relativamente pobre propriedade de condutância.

O teste é realizado utilizando-se 4 eletrodos, sendo 2 colocados no dorso da mão e 2 no dorso do pé. Uma freqüência de 50 kHz em corrente alternada passa pelo par de eletrodos de entrada, enquanto a voltagem cai através do corpo é medida usando o par de eletrodos de saída, dos quais a impedância corporal é derivada (veja Anexo E).

Para determinar os diferentes componentes do organismo, foi utilizada a fórmula validada por SEGAL et al., (1988), a seguir:

595,14068,0232,0021,00011,0 2

+−+−=

IPREMMBia

(13)

onde: • MMBia = massa magra obtida pela

bioimpedância em kg; • E = estatura em m; • R = resistência em Ω; • P = peso em kg; • I = idade em anos.

A partir do valor da MMBia e do peso total,

foram calculados o percentual de gordura (%GBia) e a massa gorda (MGBia), da mesma forma como descrito para antropometria.

Testes físicos

Com exceção do teste para consumo máximo de oxigênio, todos os outros testes físicos foram aplicados pelo responsável do projeto, e seguiram metodologias específicas, como se segue:

a) Teste de uma repetição máxima (1-RM)

É a avaliação a carga máxima de um determinado exercício que envolve certo(s) grupamento(s) muscular(es) específicos, mediante o uso de pesos livres ou máquinas de musculação. Para um determinado exercício, estima-se uma carga inicialmente de maneira subjetiva, em geral um pouco abaixo do provável peso máximo a ser erguido. A participante fazia uma tentativa de levantar este peso e dependendo do grau de

dificuldade/facilidade e grupamento muscular envolvido, a carga era aumentada entre 1 e 5 kg. Era dado entre 2 e 3 minutos de descanso após cada tentativa, antes de tentar-se novamente. A carga máxima era o maior peso levantado em uma execução completa do exercício pré-determinado, sem ajuda externa (FETT et al, 2002).

Foram avaliados três exercícios, no intuito de abranger a maior massa muscular possível e que fosse representativo das alterações de força decorrente do treinamento. Exercícios avaliados: supino reto (tríceps, ombros, peitorais e serrátil anterior), leg press (agachamento glúteos, quadriceps femoral e isquiotibiais), remada sentada na polia baixa (pulley baixo bíceps, ombros, trapézios, grande dorsal, rombóides e redondo maior).

b) Consumo máximo de oxigênio (VO2 max.)

Foram utilizadas para o exame 2 esteiras elétricas (E17A [Del Mar Reynolds Medical, Inc. Irvine: CA, USA], e KT 10200 [Inbramed, Porto Alegre: RS, Brasil]); programa Ergo PC13 da Micromed e ECG digital Micromed (Micromed Biotecnologia Ltda. Guará II, Brasília: DF, Brasil). O exame foi realizado na sala de ergometria da Seção de Cardiologia do HCFMRPUSP. A responsabilidade de execução destes testes ficou ao encargo do serviço de cardiologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

Foi utilizado o protocolo de Bruce. Este protocolo começa com carga zero, velocidade mantida em 60 rpm durante todo o teste, o incremento é de 25 watts para não atletas e 50 watts para atletas a cada 3 minutos e calculado pela fórmula a baixo (POLLOCK et al., 1986):

32

2 012,0451,0379,18,14 TTTVO −+−= (14) onde:

• VO2 (L/min): volume de oxigênio consumido por minuto;

• T: tempo - duração total do teste em minutos.

Durante o teste de esforço foi utilizado o

Índice de Percepção do Esforço (IPE), ou escala de Borg, previamente explicado para o testado. O IPE representa a percepção ao esforço desempenhado em uma escala de intensidade do trabalho que lhe está sendo imposta e foi também utilizada no

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Resultados Fett, CA 16

decorrer do estudo. A escala de Borg auxiliou a determinar se o esforço durante o teste atingiu o valor máximo (COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA, CAME, 1987) (Anexo A).

Antes da realização do teste de esforço a participante passou pelo exame clínico para avaliar possível contra-indicação ao teste. Foi estimado o VO2 máx. previsto segundo Bruce a fim de comparar com o atingido no teste e calcular-se o déficit aeróbio funcional (DAF), pelas fórmulas que se seguem:

c) Cálculo do VO2 máx., previsto em ml (kg.min)-1

Para cálculo do VO2 máx., previsto, utiliza-se as formulas a baixo, de acordo com o sexo e atividade física regular, ou não:

idadeVOativaMulheridadeVOsedentáriaMulher

máx

máx

×−=−×−=−

312,09,42:356,03,42:

.2

.2

(15) e (16) onde:

• VO2 (L/min): volume de oxigênio consumido por minuto.

• Idade: idade em anos.

d) Cálculo do déficit aeróbio funcional (DAF) Para o cálculo do DAF, substitui-se os

valores obtidos na fórmula a baixo: previstomáxobtidomáxprevistomáx VOVOVODAF .2.2.2 /100*)( −=

(17) onde:

• DAF: déficit aeróbico funcional, em L/min. O DAF se aplica apenas ao teste de Bruce

(POLLOCK et al., 1986). A tabela de referência para classificação quanto ao desempenho no teste se encontra no Anexo F (COOPER, 1977).

e) Testes de resistência muscular

Foram realizados testes de resistência para abdominais e flexão de braços. As voluntárias executavam o maior número de repetições em um minuto, ou até a exaustão daquele grupamento muscular. No Anexo G, estão as classificações que vão de fraco a excelente para os testes de resistência muscular (POLLOCK et al., 1986).

# Resistência abdominal (RAb) Protocolo: Deitada de costas sobre o colchonete colocado em uma superfície plana, com os dedos das mãos entrelaçados na nuca, joelhos flexionados, pés em contato com o solo a 30.5 cm das nádegas e afastados na largura dos ombros. O avaliador devia manter os pés da avaliada em contato com o solo e presos para não escorregarem. A participante devia retirar as costas do chão e tocar com as mãos nos joelhos e repetir o movimento o maior número de vezes que conseguissem durante 1 minuto, ou até a exaustão.

# Resistência flexão de braços (RFl) Protocolo: Os movimentos foram executados com as voluntárias no solo, deitadas em decúbito ventral, mãos apoiadas no chão em uma largura maior do que os ombros. Deviam apoiar os joelhos em um ângulo maior que 90º, evitando-se a ante ou retro-versão do quadril, bem como acentuar a lordose, mantendo a coluna alinhada. O peito tinha que tocar o solo a cada movimento e os braços deviam estender completamente na volta. Era executado o maior número de repetições durante um minuto, ou até a exaustão muscular.

Exames laboratoriais

Os exames de laboratório foram divididos em duas partes principais; a coleta de sangue e coleta de urina.

a) Coleta de sangue

O sangue foi coletado na rotina para a avaliação dos pacientes obesos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP). Os triglicérides, HDL-colesterol e colesterol total foram dosados por métodos enzimáticos seguindo as orientações dos manuais dos cartuchos de reagentes Flex (FLEX REAGENT CARTRIDGE, 2001, 2002, e 2003a, respectivamente), no Laboratório de Nutrição. O LDL-colesterol foi calculado, a partir da seguinte fórmula (BEN-NOUN e LAOR, 2004):

5/TgHDLCTLDL −−= (18)

onde: • LDL: LDL-colesterol em mg/dL;

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Resultados Fett, CA 17

• CT: colesterol total em mg/dL; • Tg: triglicérides em mg/dL; • HDL: HDL-colesterol em mg/dL.

O hemograma foi dosado no Laboratório de

Hematologia, utillizando o aparelho Coulter®

STKS (Hialeah: Fl, EUA) e método segundo descrito no guia do operador (Coulter® STKS, 1992). O ácido úrico foi dosado pelo método uricase modificado e a glicemia pela adaptação do método da Hexokinase-glicose-6-fosfato dosados no Laboratório Central pelas orientações dos manuais dos cartuchos de reagentes Flex (FLEX® REAGENT CARTRIDGE, 2003b e 2003c respectivamente). Todos os laboratórios acima são do HCFMRP.

Foi utilizada uma tabela de referência para classificação dos lipídios circulantes (Anexo H) (III DIRETRIZ BRASILEIRA SOBRE DISLIPIDEMIAS, III DBD, 2001).

b) Coleta de urina e nitrogênio urinário (NU)

Era realizada a coleta de urina de 24 horas, sempre de domingo para segunda feira, pela facilidade de estarem em casa. Desprezavam a primeira urina da manhã do domingo e coletavam a partir daí, toda a urina expelida até a primeira urina da manhã de segunda-feira.

A dosagem do NU foi feita pelo método Kjeldahl de 1883, no Laboratório de Espectometria de Massa da FMRPUSP e dosado pelo responsável do projeto. Tal método consiste de uma digestão ácida transformando o nitrogênio (N) da amostra em amônio (NH4), o qual é posteriormente separado por destilação e finalmente dosado pela titulação. Neste método determina-se o N total contido na amostra, incluindo o N protéico propriamente dito e outros compostos nitrogenados não protéicos, tais como: uréia, ácido úrico, creatinina, aminoácidos e outros (MUNRO and FLECK, 1969). A descrição técnica está no Anexo I.

c) Balanço nitrogenado (BN)

O BN foi estimado subtraindo o total do nitrogênio ingerido menos o nitrogênio excretado. O N excretado é obtido como descrito acima:

NeNiN −=∆ (19)

onde:

• ∆N = balanço nitrogenado em g; • Ni = nitrogênio ingerido em g; • Ne = nitrogênio excretado, (urina (g) + 2

g/dia).

Para cálculo do nitrogênio ingerido na dieta, foi assumido que cada grama de N excretado representa 6,25 g de proteína ingerida (MUNRO e FLECK, 1969), que foi calculada pela computação do registro alimentar como descrito no protocolo dietético, abaixo:

25,6/PtN = (20)

onde: • N: nitrogênio da dieta, em g. • Pt: proteína total da dieta, em g.

d) Gasto energético de repouso (GER)

Todas as mensurações calorimétricas foram realizadas pelo responsável do projeto. Foi utilizado um aparelho móvel, Vmáx. 29 Sensor Medics® (Yorba Linda: CA, EUA) para análise dos dados. A voluntária chegava na Unidade Metabólica (5º andar do HC de Ribeirão Preto), a partir das 7:00 horas (era agendada uma a cada 30 minutos até as 9:00), em jejum de 12 horas. Repousava por 30 minutos sentada e mais 30 minutos deitada, onde permanecia para ser medida a calorimetria por mais 30 minutos. A prticipante devia ficar em repouso absoluto, evitando inclusive conversar, mas não era permitido dormir. A metodologia e especificações do material utilizado estão no Anexo J:

O GER diário foi calculado pela equação de WEIR (1949).

1440*1,194,3)/( 22 VCOVOdiakcalGER +=

(21) onde:

• GER: gasto energético basal; • VO2:volume de oxigênio consumido em

L/min; • VCO2: volume de dióxido de carbono

produzido em L/min; • 1440: número de minutos por dia.

PARTE 2. INTERVENÇÕES

Todas intervenções foram realizadas pela equipe descrita a seguir, supervisionada

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Resultados Fett, CA 18

constantemente pelo responsável do projeto, consistindo de:

! Profissional de educação física (2), sendo

um o responsável por este estudo; ! Médica nutróloga (1); ! Nutricionista (1).

Protocolo dietético

A alimentação habitual das participantes foi ajustada ao GER medida por calorimetria indireta e balanceada de acordo com os macronutrientes. Para todas as participantes que não fizeram o teste de calorimetria a dieta foi calculada por HARRIS e BENEDICT (1919). A ingestão habitual era conhecida por meio de registro alimentar de uma semana (Apêndice 2), que era realizado antes das intervenções, no momento 1 e após os dois meses de intervenções, no M2 (Figura 1). Este registro foi utilizado também para calcular a composição dos macronutrientes da comida de cada participante. Para conversão das medidas caseiras em gramas foi utilizada a tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras (PINHEIRO et al., 2001), em seguida convertidas para composição química dos alimentos (BORBA, 2000), e para a referência da composição centesimal a Tabela de Composição dos Alimentos (U.S.D.A. NUTRIENT DATABASE FOR STANDARD REFERENCE, 2002). Estes valores foram utilizados para o cálculo do balanço nitrogenado. Os gastos energéticos adicionais com atividades da vida diária e com os programas de exercícios não eram computados, com objetivo de que estes fossem responsáveis por criar o déficit calórico. Eram orientadas quanto a evitar o consumo de açúcares simples, especialmente sacarose e frutose (FIEBIG et al, 1998), e gordura saturada (KULLEN et al, 1997).

Composição da dieta: ! Carboidratos (CH): 60% ! Proteínas (Pt): 20% ! Gorduras (G): 20%

Protocolo de exercícios

Os grupos foram orientados quanto ao tipo de atividade a ser desempenhada e como controlar a intensidade durante mesma. Abaixo é descrito cada protocolo e as orientações dadas às voluntárias.

a) Treinamento em circuito (CIRC): Descrição: # Número de estações: 15; # Distribuição espacial: as estações eram

montadas em forma circular acompanhando as paredes da sala;

# Local: sala de 10 x 15 metros com um tatame no piso (CEFER-USP);

# Execução: o Aquecimento: era realizado em

movimento, combinando caminhada e alongamentos simultâneos (10 min);

o Circuito: cada exercício era realizado durante 30 segundos intercalados por 30 segundos de caminhada/trote; e era realizado até completar 40-45 min; os exercícios de cada estação eram feitos até cumprir o tempo estipulado ou exaustão muscular;

o Volta a calma: após o circuito eram alongados os grupamentos musculares trabalhados seguidos por relaxamento induzido (5 a 10 min);

o Frequência: Primeiro mês: 1 h x 3d/semana (2º, 4º e 6º - feiras). No segundo mes era incluída uma hora de caminhada aos finais de semana, completando a quarta sessão da semana;

o Intensidade: o exercício era realizado até que a freqüência cardíaca atingisse a zona intermediária de treinamento aeróbio, descrita a baixo. A fim de facilitar os cálculos durante a atividade, era utilizada a escala de esforço percebido (Escala de Borg), na faixa entre 3 e 5 (intensidade moderada à forte, Anexo A).

Estações:

As estações consistiam de exercícios resistidos e eram marcadas pelo equipamento usado, ou um número escrito com giz no chão da sala, quando o exercício era realizado utilizando somente o peso corporal. Foram realizados os seguintes exercícios e principais grupamentos musculares envolvidos (GME): 1. Flexão de braços: decúbito ventral no solo;

joelhos (um pouco afastados) e mãos (largura maior que os ombros) apoiados; os cotovelos eram completamente estendidos, mantendo o

Page 33: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Resultados Fett, CA 19

olhar para o solo, coluna ficava alinhada com o quadril; em seguida retornavam a posição inicial. GME: tríceps, ombros (deltóide anterior), peitoral maior e serrátil.

2. Abdominal reto: decúbito dorsal no solo; joelhos flexionados aproximadamente 90º e unidos, plantas dos pés no chão; elevam o tronco até que saisse do solo, mas a lombar ficava apoiada no chão; olhavam para o teto da sala, retornando em seguida a posição incial; GME: reto abdominal.

3. Remada curvada: em pé com o tronco inclinado a frente aproximadamente 110º na articulação do quadril, e encaixado (evitando a retroversão), joelhos flexionados em torno de 110º; braços pendendo a frente alinhados com a atração gravitacional; a barra era puxada a altura do umbigo e retornava aproximadamente no nível dos joelhos; era utilizada uma barra de 10 kg. GME: bíceps, ombros (deltóide posterior), grande dorsal, trapézio (segunda e terceira porções), rombóides maior e menor.

4. Agachamento: posição ortostática; pés levemente mais afastados que a largura dos ombros; flexionavam os joelhos a aproximadamente 90º, retornando a seguir a posição inicial; no 1º mês era realizado somente com o peso corporal; no segundo mês era acrescida uma anilha de 10 kg, segurada na altura do abdomen. GME: quadríceps femoral (reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio), isquiopoplíteos (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso); glúteo máximo.

5. Panturrilha: posição ortostática; de frente para parede e mãos apoiadas; elevava-se na ponta dos pés e retornavam em seguida a posição inicial. GME: tríceps sural (gastrocnêmio, gêmeo lateral e gêmeo medial).

6. Crucifixo reto: decúbito dorsal em um banco apropriado; empunhavam um par de alteres com os cotovelos semiflexionados; faziam movimento de extensão horizontal até o peso chegar na linha dos ombros sem movimento dos cotovelos; executavam então flexão horizontal dos ombros até retornar a posição incial; os pesos se tocavam em frente ao tronco; no primeiro mês era utilizado um par de 3 kg cada e no segundo de 5 kg; GME:

ombro (deltóide anterior), peitoral maior e triceps.

7. Abdominal infraumbilical: decúbito dorsal no solo; joelhos e quadris flexionados a 90º; o quadril era elevado em direção ao tronco, mantendo as pernas flexionadas. GME: reto abdominal.

8. Crucifixo invertido: posição idem remada curvada; os cotovelos eram mantidos semiflexionados posicionados a frente do corpo na linha dos ombros (±90º a frente na articulação dos ombros); executavam extensão horizontal dos ombros e adução das escapulas; foi utilizado um par de pesos de 1 kg. GME: ombros (deltóide posterior), grande dorsal, trapézio (segunda e terceira porções), rombóides (maior e menor).

9. Agachamento afastado: posição ortostática; pernas mais afastadas que no outro agachamento; os joelhos eram flexionados até o quadril chegar ao nível dos joelhos (90º), retornando a seguir a posição inicial; no 1º mês foi feito somente com o peso corporal; no segundo mês era acrescida uma anilha de 10 kg. GME: quadríceps femoral (reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio), isquiopoplíteos (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso); glúteo máximo; adutores do quadril.

10. Desenvolvimento posição ortostática; empunha-se os alteres na altura dos ombros, face das mãos para frente; os braços eram estendidos acima da cabeça e retornavam a posição inicial; foi utilizado um par de pesos de 3 kg cada. GME: tríceps, ombros (deltóide anterior e médio), peitoral maior porção clavicular.

11. Flexão lombar: posição ortostática; pés mais afastados que os ombros; o tronco era flexionado a frente até que as mãos tocassem o solo e retornavam a posição inicial; era utilizado um bastão. GME: isquiopoplíteos (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso); glúteo máximo; extensores da coluna.

12. Elevação do quadril deitada: decúbito dorsal no solo; pernas flexionadas a 90º; estendiam o quadril mantendo os ombros e braços no solo, contraindo os glúteos e abdômen; o movimento ia até o quadril se alinhar com a coluna e retornavam, então, a posição inicial;

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Resultados Fett, CA 20

no primeiro mês era utilizado o peso corporal e no segundo acrescido uma anilha de 5 kg, sobre o abdômen. GME: glúteo máximo e isquiopoplíteos (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso).

13. Abdominal cruzado: decúbito dorsal no solo; elevavam o tronco direcionando o cotovelo direito ao joelho esquerdo e vice-versa; mantiam a lombar e o ombro contrário no solo. GME: reto abdominal, oblíquos externos e internos.

14. Flexão dos dedos: posição ortostática; pés mais afastados que os ombros, joelhos flexionados aproximadamente a 120º, braços estendidos a frente e mãos na altura dos ombros; os dedos eram flexionados e estendidos com força: GME: flexores e extensores dos dedos e antebraços; quadríceps femoral, isquiopopliteos e glúteo máximo (contração isométrica).

15. Rosca bíceps: posição idem ao anterior; braços estendidos ao longo e laterais do corpo; flexionavam os cotovelos em sua total amplitude; retornavam a posição inicial controlando a descida no peso na fase excêntrica da contração; era utilizado um par de alteres de 3 kg. GME: bíceps braquial, braquioradial e braquial; quadríceps femoral, isquiopoplíteos e glúteo máximo contração isométrica.

b) Treinamento em caminhada (CAM) As participantes eram orientadas para usarem

tênis de preferência com solado de borracha com material para amortecer o impacto do pé no solo e roupa leve de preferência algodão. # Descrição: # Local: pista de atletismo do CEFER-USP de

Ribeirão Preto ou na rua # Execução o Aquecimento: realizado de forma dinâmica,

combinando caminhada e alongamento simultâneos (5 a 10 min);

o Sessão: eram realizados 45 min de caminhada/trote contínuo;

o Volta a calma: após o circuito eram alongados os grupamentos musculares trabalhados (5 a 10 min);

o Intensidade: seguia a mesma orientação dada ao CIRC;

o Freqüência: era realizado 3 vezes na semana (2º, 4º e 6º - feiras). No segundo mês era incluída uma hora de caminhada aos finais de semana ficando quatro sessões na semana.

c) Zona Alvo

A zona alvo é uma determinada faixa de freqüência cardíaca (FC) (batimentos por minuto, btm), estipulada para treinamento. Através da zona alvo era determinada a intensidade mínima do exercício. Os exercícios deviam ser realizados no nível intermediário da zona alvo, associado à escala de Borg, como descrito. As sujeitas eram orientadas para contarem suas próprias FC, apalpando o pulso. Era feito inicialmente um treinamento em repouso e quando encontrado qualquer tipo de dificuldade, eram auxiliadas por profissionais de educação física da equipe. Os limites das zonas de treinamento, são divididos em três níveis como se segue:

! Limite inferior: 50 a 60% da FC máx. ! Limite intermediário: 60 a 70% da FC

máx. ! Limite superior: 70 a 80% da FC máx.

A zona alvo determinada para o estudo foi o

limite intermediário. A freqüência cardíaca máxima foi determinada no teste de esforço realizado em esteira, para algumas sujeitas. Para as outras foram utilizados o estimado teórico, segundo a fórmula (WILMORE e COSTILL, 1999):

idadeFCmáx −= 220. (22)

onde: • Fcmáx.: freqüência cardíaca máxima

(batimentos por minuto). • Idade: anos.

AVALIAÇÃO FINAL Todos os procedimentos que foram

realizados no inicio do estudo, foram repetidos no final (Figuras.1 a 4). Cada grupo ao completar as 8 semanas de treinamento, era reavaliado em uma semana distinta. Os grupos iniciavam com 1 semana de diferença entre eles para não haver sobreposição de agendamento das avaliações, especialmente no final do estudo, a fim de que todas pudessem terminar com o mesmo tempo de

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Resultados Fett, CA 21

treinamento e não houvesse hiato de espera, evitando-se o efeito do destreinamento.

ESTATÍSTICA

Foi feito o teste de Kolmogorov e Smirnov para observar se as amostras tinham distribuição normal (para os estudos pré-intervenção e intervenção), a fim de escolher o método estatístico mais adequado. Para observar a relação entre duas medidas, era utilizada a correlação linear de Pearson, para distribuição normal, ou a de Spearman, quando não havia distribuição normal. No estudo intervenção, foi procurado estabelecer se havia diferença entre os M1 e M2 das variáveis comparadas. Para a comparação entre os momentos (M1 e M2) de cada grupo, foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras pareadas quando não havia distribuição normal e o teste t pareado, para quando havia distribuição normal. A comparação entre grupos foi feita pela variação de cada grupo (∆; M2-M1), utilizando o teste de Mann-Whitney para amostras independentes, quando não havia distribuição normal, ou o teste t não pareado, quando havia distribuição normal. Os resultados são apresentados em forma de média e desvio padrão. Todas as conclusões estatísticas são realizadas no nível de 5% de significância com intervalo de confiança de 95% (DAWSON e TRAPP, 1994).

Foi testado o poder do teste estatístico levando-se em consideração o IMC como variável e o teste t de student para duas médias. Foi encontrado um resultado de 91,5% de confiança para um n = 10 comparando-se os dois grupos (CIRC x CAM) e de 5 para comparação dos momentos (M1 x M2). A construção da curva e base teórica para os cálculos estão no Apêndice 3.

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Resultados Fett, CA 22

RESULTADOS

PARTE 1 - PRÉ-INTERVENÇÃO

No estudo pré-intervenção procuramos obter informações sobre o estado geral das participantes. Foi observada prevalência de determinadas características e correlacionados os índices antropométricos entre si e a valores bioquímicos dos exames de sangue, urina e calorimetria. Dados adicionais estão nos Apêndices 4 e 5.

a) Contato e avaliações

Aproximadamente 120 mulheres interessadas no estudo, nos contataram. Compareceram as reuniões 76 mulheres, que preencheram uma ficha contendo o nome, telefone, idade, peso e altura. Destas, 54 receberam algum tipo de avaliação, 50 completaram as avaliações para iniciar o estudo (M1) e 27 foram até o final do estudo (M2). As 23 desistências foram por diversos motivos tais como: pouca aderência a dieta e ou exercício (9), dificuldade com o horário de treinamento por motivos de trabalho e ou família (6), doença familiar (1), queda (1), depressão e ou ansiedade (6). O teste de esteira era feito com uma amostra de 24 sujeitas e a calorimetria com 28 no M1. O número de sujeitas não foi constante nos outros testes devido algumas delas não comparecerem em um, ou outro teste. O n específico de cada tópico está descrito junto com o resultado.

b) Reunião inicial

Os grupos foram formados a partir desta reunião por sorteio. Houve diferença para o IMC dos grupos no M1 (CIRC = 33 ± 7; CAM = 29 ± 3; P = 0,031), e idade (CIRC = 33 ± 10; CAM 39 ± 11; P = 0,036). Esta diferença permanecia mesmo quando separadas somente aquelas que iniciaram e terminaram o estudo para o IMC no M1 (CIRC= 33 ± 9; CAM = 28 ± 2; P = 0,04) e M2 (CIRC = 32 ± 8; CAM = 26 ± 2; P = 0,03), mas não para a idade (CIRC = 36 ± 12; CAM = 38 ± 9; P = 0,065). c) Antropometria e marcadores bioquímicos

Foram comparadas por correlação variáveis antropométricas entre si, e também com índices

bioquímicos. São apresentados a seguir os resultados que tiveram maior relevância. No Apêndice 5 estão outros dados deste tópico.

IMC x IAQ x soma das circunferências (ΣC) x %GAntro x %GBia

Estas comparações foram realizadas, a fim de verificar se os diferentes métodos de avaliação da composição corporal, e as circunferências eram correspondentes entre si. Foram correlacionados o IMC, o IAQ, a ΣC (braço relaxado (CB), antebraço (CAB), punho (CPU), pescoço (CPE), panturrilha (CP), coxa (CC), cintura (CCn), abdômen (CA) e quadril (CQ), em cm), %GAntro (SIRI, 1961), e %GBia (SEGAL et al., 1988). A Figura 5 mostra o comportamento de cada variável em relação às outras. Os resultados sugerem que uma medida simples como o IMC, pode ser indicador de todas as outras consideradas de aplicação mais elaborada e difícil.

Antropometria x marcadores bioquímicos

A seguir são correlacionados diversos índices antropométricos e marcadores bioquímicos no M1. O peso, o IMC, o IAQ e a soma de oito pregas cutâneas (SP8) se correlacionaram significativamente a quatro marcadores bioquímicos de risco, e a CAb e o %GAntro a cinco. Pode-se observar que a glicemia não se relacionou aos dados antropométricos. No entanto os valores lipídicos e medidas antropométricas em si, apontam para maior correlação na maioria das vezes significativa e positiva. Mas os dados não indicam uma tendência constante. Assim, ora um dado é significativo, ora não, dependendo da relação em questão. A Tabela 1 resume os resultados obtidos.

Gasto energético de repouso (GER) x medidas antropométricas

Foram comparadas variáveis antropométricas ao GER para verificar a concordância entre elas (Figura 6). Os gráficos mostram que houve correlação significativa e positiva entre as diferentes variáveis e o GER. Assim em obesos, não só o componente relacionado a muscularidade, mas também os relativos a gorduras corporais podem ser considerados determinantes do GER.

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Resultados Fett, CA 23

Comparação entre composições e índices corporais

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 55,0 60,0

IMC (kg/m2)

*Esc

ala

IAQ

ΣCirc(cm)

%Gantro

%Gbia

FIGURA 5. Regressão linear forçada (perguntar) nos eixos X e Y entre as variáveis: índice de massa corporal (IMC, kg/m2), índice abdome/quadril (IAQ, circunferência do abdômen/quadril), soma das circunferências (ΣCirc, braço relaxado, antebraço, punho, pescoço, panturrilha, coxa, cintura, abdômen e quadril), porcentagem de gordura calculada a partir de valores antropométricos (%GAntro), e porcentagem de gordura calculada a partir dos valores de bioimpedância (%GBia). Resultados: n = 46, P < 0.0001, número de pontos = 184, a linha foi forçada através dos pontos: X = 0, Y = 0; desvio padrão da linha (Y.X) = 248. Para as mesmas variáveis foi feita a correlação linear de Pearson. Resultados: IMC x IAQ: r = 0.58, r2 = 0.34, P < 0.0001; IMC x ΣCirc: r = 0.95, r2 = 0.90, P < 0.0001; IMC x %GAntro: r = 0.69, r2 = 0.48, P < 0.0001; IMC x %GBia: r = 0.74, r2 = 0.55, P < 0.0001; IAQ x ΣCirc: r = 0.46, r2 = 0.21, P = 0.0013; IAQ x %GAntro: r = 0.46, r2 = 0.21, P = 0.0012; IAQ x %GBia: r = 0.41, r2 = 0.16, P = 0.0052; %GAntro x %GBia: r = 0.54, r2 = 0.29, P = 0.0001. *Escala: a escala representa os valores unitários para os percentuais de gordura (%GAntro e %GBia); a título de representação gráfica os valores do IAQ estão multiplicados por 100 e os da ∑C, estão divididos por 10.

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Resultados Fett, CA 22

Figura 6 - Correlação linear de Pearson entre o gasto energético repouso (GER) e variáveis antropométricas: peso (kg), porcentagem de gordura (%GAntro), índice de massa corporal (IMC, kg/m2) e massa magra (kg): Resultados estatísticos: (n = 28); (A) r = 0,66; P = 0,0001; (B) r = 0,46; P = 0,013; (C) r = 0,63; P = 0,0003; (D) r = 0,54; P = 0,003. PARTE 2. - INTERVENÇÕES

Foram feitas as comparações entre M1 e M2 para ambos os grupos (intragrupo), a fim de observar os efeitos das intervenções, e também foram comparados os deltas de ambos os grupos (∆ = M2-M1), para verificar se havia diferença entre os métodos (intergrupo). Os resultados para dislipidemias e obesidade abdominal e os deltas relativos do %GAntro e IAQ, estão no Apêndice 4f e 6 respectivamente. a) Antropometria e bioimpedância

Na Tabela 2 estão apresentados os principais cálculos realizados a partir das medidas antropométricas e bioimpedância. É apresentada a comparação entre os deltas dos grupos (∆ = M2-M1). O número variou de 8 a 14 dependendo da variável comparada e a estatística foi feita de acordo com metodologia descrita. Houve diferença significativa intragrupos, mas não entre os grupos.

Observa-se que houve diferença para redução da MG, mas não da MM. b) Testes físicos

Os testes físicos estão agrupados na Tabela 3. Foram comparadas as diferenças entre os M1 e M2 de ambos os grupos, e a variação (∆ = M2-M1), de ambos os grupos, a fim de verificar se os métodos tiveram influência significativa nos resultados dos testes e se diferiam entre si. Os resultados mostram que houve melhor desempenho quando comparado o M1 e M2, dentro de um mesmo grupo, com maior número de resultados positivos para o CIRC. Mas não houve diferença entre os grupos. Entretanto, mesmo com o CAM tendo amentado significativamente no RAb, somente o CIRC, mudou da categoria médio para boa na tabela de classificação da resistência muscular, para ambos exercícios e o CAM, permanecendo na mesma classificação médio (Anexo G)

Peso X GER (A)

y = 0,0335x + 24,51R2 = 0,44

50

70

90

110

kgPeso

IMC X GER (C)

y = 0,0104x + 12,40R2 = 0,40

20

30

40

50

kg/m

2

IMC

%GAntro x GER (B)

y = 0,0118x + 21,64R2 = 0,22

30

40

50

60

1000 1300 1600 1900 2200 2500kcal/dia

%

%G

Massa magra X GER (D)

y = 0,0102x + 29,66R2 = 0,29

30

40

50

60

1000 1300 1600 1900 2200 2500kcal/dia

kg

MM

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Resultados Fett, CA 23

TABELA 1. Correlação de diversos índices antropométricos a marcadores bioquímicos Variável/Estatística n r r2 P

Peso X CT 47 0,173 0,03 0,244 Peso X Gli 45 -0,117 0,013 0,442 Peso X AU 47 0,365 0,133 0,012 Peso X Tg 47 0,301 0,091 0,039 Peso X HDL 47 -0,296 0,087 0,043 Peso X LDL 47 0,198 0,039 0,181 Peso X CT/HDL 47 0,363 0,132 0,012 IMC X CT 48 0,271 0,073 0,062 IMC X Gli 45 -0,094 0,009 0,537 IMC X AU 47 0,450 0,203 0,001 IMC X Tg 47 0,285 0,081 0,052 IMC X HDL 47 -0,310 0,095 0,034 IMC X LDL 47 0,272 0,074 0,064 IMC X CT/HDL 47 0,384 0,147 0,008 IAQ X CT 48 0,325 0,105 0,025 IAQ X Gli 46 0,009 9,9x10-5 0,948 IAQ X AU 48 0,364 0,133 0,011 IAQ X Tg 48 0,204 0,041 0,164 IAQ X HDL 48 -0,276 0,076 0,058 IAQ X LDL 48 0,400 0,160 0,005 IAQ X CT/HDL 48 0,411 0,169 0,004 CA X CT 48 0,323 0,104 0,025 CA X Gli 46 -0,128 0,016 0,397 CA X AU 48 0,431 0,186 0,002 CA X Tg 48 0,315 0,099 0,029 CA X HDL 48 0,237 0,056 0,105 CA X LDL 48 0,347 0,120 0,016 CA X CT/HDL 48 0,416 0,173 0,003 %GAntro X CT 48 0,254 0,065 0,081 %GAntro X Gli 46 -0,126 0,016 0,404 %Gantro X AU 48 0,392 0,154 0,006 %Gantro X Tg 47 0,306 0,093 0,036 %Gantro X HDL 48 -0,289 0,083 0,046 %Gantro X LDL 48 0,292 0,085 0,044 %Gantro X CT/HDL 48 0,359 0,129 0,012 SP8 X CT 48 0,265 0,070 0,068 SP8 X Gli 46 -0,210 0,044 0,162 SP8 X AU 48 0,434 0,188 0,002 SP8 X Tg 48 0,314 0,099 0,029 SP8 X HDL 48 -0,276 0,076 0,059 SP8 X LDL 48 0,434 0,188 0,002 SP8 X CT/HDL 48 0,366 0,134 0,010

Peso (kg), IMC, índice de massa corporal (kg/m2); IAQ, índice abdômen/quadril; CAb, circunferência do abdômen (cm); %GAntro, porcentagem de gordura calculado a partir de variáveis antropométricas (SIRI, 1961); SP8, somatório de oito pregas cutâneas (mm); CT, colesterol total; Gli, glicose; AU, ácido úrico; Tg, triglicérides; HDL, HDL-colesterol; LDL, LDL-colestrol (todos em mg/dL); CT/HDL, razão colesterol total/HDL-colesterol.

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Resultados Fett, CA 24

TABELA 2. Resultados da composição e índices corporais calculados por antropometria e bioimpedância. São apresentados também as diferenças entre o início (M1) e o final (M2), para cada grupo (intragrupo) e a comparação entre as variações (∆ = M2-M1) dos dois grupos (intergrupo). Variáveis CIRC* CAM* P∆ grupos M1 M2 PM1 X M2 M1 M2 PM1 X M2

Antropometria N* 14 12 Peso 89±20 84±18 0,001 75±11 70±11 0,001 0,701 IMC 33±8 32±8 0,001 28±1 26±1 0,001 0,415 %Gantro 44±6 38±7 0,001 40±5 33±5 0,001 0,115 IAQ 0,93±0,1 0,93±0,1 0,305 0,88±0,1 0,87±0,1 0,004 0,122 Mmu 40±8 41±6 0,389 39±6 38±7 0,256 0,196

Somatotipia N 14 12 Endo 9,5±1,2 8,2±1,2 0,001 8,6±1,5 7,2±1,2 0,001 0,574 Meso 6,6±1,7 6,5±1,7 0,139 5,4±0,9 5,1±0,9 0,005 0,069 Ecto 0,6±0,4 0,6±0,5 0,575 0,4±0,2 1,5±0,4 0,015 0,131

Bioimpedância N 8 9 MMBia 53±5 52±5 0,055 46±7 45±7 0,055 0,884 MGBia 45±15 41±15 0,004 28±6 24±6 0,002 0,815 %Gbia 45±6 43±6 0,004 38±2 34±3 0,002 0,139 *CIRC = grupo de treinamento em circuito; CAM = grupo de treinamento em caminhada; N= Número de participantes; M1 e M2, momento 1 (inicio) e momento 2 (final) do estudo, respectivamente. IMC = índice de massa corporal. %GAntro = porcentagem de gordura calculada a partir de medidas antropométricas (Siri, 1981). IAQ = índice abdômen/quadril. MMu = masssa muscular em kg, calculada a partir de variáveis antopométricas (Martin et al., 1990). Endo = componente endomórfico do somatotipo (Heath and Carter, 1967). Meso = componente mesomórfico do somatotipo (Heath and Carter, 1967). Ecto = componente ectomórfico do somatototipo (Heath and Carter, 1967). MMBia = massa magra em kg, calculada pela bioimpedância. MGBia = massa gorda em kg, calculada pela bioimpedância. %GBia = percentual de gordura calculado pela bioimpedância. Média±desvio padrão; P=significância estatística. c) Exames laboratoriais

O resultados laboratoriais dos exames de sangue, urina e calorimetria indireta, estão na Tabela 4. Foi comparada a diferença entre o M1 e M2 de ambos os grupos, e a variação (∆ = M2-M1), de ambos os grupos, a fim de verificar se os métodos tiveram influência significativa nos resultados e se diferiam entre si. Foi feita uma média do nitrogênio contido nas dietas de todas as sujeitas e utilizada para o cálculo do balanço nitrogenado de cinco sujeitas do CAM, que haviam entregado as urinas de 24 h, mas não o registro alimentar. Para todas as outras, foi utilizado o próprio registro alimentar para cálculo do

nitrogênio contido na dieta. Pelo fato de algumas sujeitas terem faltado a certos exames, não terem entregado urina ou registro alimentar, o número final das variáveis foi afetado. Observa-se que o hematócrito (Ht) e o BN foram diferentes entre os grupos. Na maioria dos resultados não se observa diferença entre um tipo ou outro de exercício.

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Introdução Fett, CA 25

TABELA 3. Resultados dos testes físicos. São apresentadas as diferenças entre o M1 e M2, para cada grupo (intragrupo), e a comparação entre as variações (∆ = M2-M1), dos dois grupos (intergrupo).

Variáveis CIRC* CAM* M1 M2 PM1 X M2 M1 M2 PM1 X M2

P∆grupos

RMS 36±5 43±4 0,001 34±6 40±5 0,007 0,190 RMLP 90±15 100±15 0,005 71±23 76±21 0,218 0,352 RMRB 50±10 53±11 0,009 38±12 44±10 0,072 0,165 VO2máx 34±9 39±10 0,039 34±7 41±6 0,003 0,475 Rab 22±6 25±6 0,027 20±6 23±5 0,012 0,356 RFl 14±8 22±11 0,013 16±10 17±10 0,385 0,065 *CIRC = grupo de treinamento em circuito; CAM = grupo de treinamento em caminhada; N= Número de participantes; M1 e M2, momento 1 (inicio) e momento 2 (final) do estudo, respectivamente. RMS, teste de uma repetição máxima do exercício supino em kg. RMLP, teste de uma repetição máxima do exercício leg press em kg. RMRB, teste de uma repetição máxima do exercício remada baixa em kg (n para todos os RMs, CIRC = 10; CAM = 10). VO2, consumo máximo de oxigênio, em L/min. (n, CIRC = 7; CAM = 10). RAb, teste de resistência abdominal, em número de repetições em 1 minuto ou até exaustão. RFl, teste de resistência do exercício flexão de braços, em número de repetições em 1 minuto ou até exaustão (n para os testes de resistência, CIRC = 9; CAM = 10). Média±desvio padrão; P = significância estatística.

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TABELA 4. Resultados dos testes de laboratório: exame de sangue, urina e calorimetria indireta. São apresentadas as diferenças entre o M1 e M2, para cada grupo (intragrupo), e a comparação entre as variações (∆ = M2-M1), dos grupos (intergrupo).

Variáveis CIRC* CAM* M1 M2 PM1 X M2 M1 M2 PM1 X M2

P∆grupos

Gli 91±10 87±7 0,049 95±9 89±5 0,001 0,630 AU 5,3±1 4,7±1 0,012 4,7±1 4,0±1 0,001 0,990 CT 200±6 183±31 0,009 174±15 171±20 0,385 0,152 LDL 114±32 106±21 0,150 96±15 104±18 0,082 0,050 HDL 58±18 50±11 0,082 58±10 53±12 0,008 0,796 CT/HDL 3,6±1 3,5±1 0,248 3,0±1 3,4±1 0,004 0,050 Tg 121±77 91±39 0,016 87±32 75±21 0,137 0,704 GV 4,6±0,3 4,7±0,3 0,011 4,3±0,3 4,6±0,4 0,004 0,557 Hb 14±1 14±1 0,312 13±2 13±1 0,422 0,972 Ht 40±3 41±3 0,032 36±4 38±4 0,002 0,029 N 7±6 3±5 0,031 1±4 2±3 0,250 0,003 GER 1591±243 1452±273 0,078 1506±157 1385±162 0,109 0,720 *CIRC = grupo de treinamento em circuíto; CAM = grupo de treinamento em caminhada; N= Número de participantes; M1 e M2, momento 1 (inicio) e momento 2 (final) do estudo, respectivamente. Gli, glicose de jejum, em mg/dL. AU, ácido úrico, em mg/dL. CT, colesterol total, em mg/dL. LDL, (low density lipoprotein) lipoproteína de baixa densidade, em mg/dL. HDL, (high density lipoprotein) lipoproteína de alta densidade, em mg/dL. CT/HDL, taxa colesterol total/HDL colesterol. Tg, triglicérides, em mg/dL. GV, glóbulos vermelhos, em mm3. Hb, hemoglobina, em %. Ht, hematócrito, em % (n para todos os exames de sangue, CIRC = 9-11; CAM = 9-12). N, balanço nitrogenado, em gN/d (n, CIRC = 6; CAM = 8). GER, gasto energético de repouso, em kcal/d (n, CIRC = 8; CAM = 8). Média±desvio padrão; P = significância estatística.

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DISCUSSÃO a) PODER DE CONCLUSÃO BASEADA NO TAMANHO DA AMOSTRA (n)

Foi feita uma estimativa generalizada para obtenção do n mínimo para o presente estudo, considerando-se o IMC como referência e o teste t de Student como cálculo da detecção de diferença entre as médias. Não foi feito um teste para cada variável e método estatístico utilizado, uma vez que seria necessário dobrar o tamanho da estatística, produzindo praticamente um segundo trabalho somente baseado no poder da estatística utilizada. Como descrito nos métodos estatísticos, um n de 5 seria necessário para comparação entre os dois momentos de cada grupo (M1 x M2 intra-grupo) e de 10 para comparação entre os grupos (CIRC x CAM), para se obter uma probabilidade no teste maior que 90%. Quanto às intervenções, nosso foco primário era verificar se cada protocolo podia causar modificações nas variáveis estudadas; e em segundo, comparar a magnitude destas variações entre os dois grupos, pela comparação dos deltas. Quanto ao estudo pré-intervenção, o principal a ser observado foram às correlações entre variáveis da composição corporal e indicadores de risco, sendo que o número de sujeitos foi de 28 ou maior, com a maioria das comparações tendo um n maior que 46. Na literatura, em estudos semelhantes ao nosso, existem vários com um n semelhante (GELIEBTER et al., 1997; GRUND et al., 2001; GETTMAN et al., 1978), e outros tantos com n menor que o do presente estudo (MARION-LATARD et al., 2003; SEYWERT et al., 2002; BULLOUGH et al., 1995; GETTMAN et al., 1979). Ainda, existem estudos com n relativamente pequeno, e não homogêneos como o do presente estudo, inclusive utilizando ambos os sexos (n = 16, 14 homens e 2 mulheres) (MAIORANA et al., 2002). Em estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, foram comparados os efeitos da ingestão energética sobre o metabolismo basal de 8 indivíduos treinados e 8 destreinados. Em determinado momento do estudo, os sujeitos treinados foram subdividos em dois sub-grupos de 4 indivíduos para testar diferentes abordagens da ingestão energética associada ao exercício (BULLOUGH et al., 1995). Problemas semelhantes ao que enfrentamos, quanto a manutenção das sujeitas, também são relatados na

literatura. POEHLMAN et al. (2002), contataram 321 mulheres por telefone, sendo que 105 consentiram em participar do estudo. Pelos critérios de exclusão estabelecidos e desistências durante o protocolo, restaram 13 sujeitos para o protocolo de treinamento aeróbico, 16 para o protocolo de treinamento resistido e 19 para o controle. Fazendo-se estas considerações, parece que o n do presente estudo, foi suficiente para justificar as conclusões aqui obtidas. b) PRÉ-INTERVENÇÃO

Procuramos relacionar a obesidade familiar, perfil lipídico, distúrbios emocionais e alimentos consumidos nas mulheres que estudamos. Foi observado que 75% tinham um ou mais parentes próximos obesos (pai, mãe e, ou irmão). Outros autores observaram resultados similares aos nossos, como por exemplo à obesidade de adolescentes encontrada em Pelotas, sul do Brasil, foi positivamente associada aos pais com IMC > 30 (NEUTZLING et al., 2003). Outros estudos demonstraram relação positiva causa/efeito da obesidade e hiperlipidemia de crianças, a obesidade dos pais (GIUGLIANO e CARNEIRO, 2004), crianças e adolescentes com a obesidade das mães (MARINS et al., 2004), quando comparados aos pais e mães de peso corporal normal respectivamente. Adultos de peso normal, mas com história familiar de obesidade, apresentam oxidação lipídica pós prandial reduzida e baixos níveis de insulina, que podem ser preditores precoces do ganho de peso e provavelmente determinados geneticamente (GIACCO et al., 2004). Talvez tenha contribuição de algum fator genético na obesidade destas sujeitas, mas carece ser investigado.

O inicio da obesidade, também apresentou variações entre as voluntárias. Quando somados os tópicos inicio da obesidade na fase adulta, mais inicio da obesidade após a gravidez, a maioria das participantes se encontravam em apenas uma, ou nas duas situações. Mudanças do meio ambiente e estilo de vida destas mulheres, podem ter contribuído para a obesidade se instalar. Sugere-se que o meio ambiente, influenciado pelos aspectos culturais, tem grande importância no desenvolvimento da obesidade (GREEN et al., 2003), confundindo a relação puramente genética. Estes dados reforçam a possibilidade das

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voluntárias estudadas terem fatores em comum que levaram o desenvolvimento da obesidade.

Distúrbios emocionais podem levar a compensações alimentares (FOREYT, 2001). Um grande percentual das voluntárias deste estudo, descreviam um ou mais distúrbio(s) emocional(ais), e ou do sono. No entanto, as análises detalhadas destes fatores não foram objeto do presente estudo. Observamos que em torno de 1/3 destas mulheres apresentavam algum tipo de distúrbio relativo ao sono. Isto pode fazer com que estas mulheres procurem estimulantes, a fim de compensar a falta de disposição por não terem sono recuperador. Assim, observamos que 64% consumiam mais de 200 ml e 24% mais de 500 ml de café por dia. Estes estimulantes, associados à falta de relaxamento, retroalimentam o estresse físico e mental, o que pode desencadear compensação emocional hiperfágica, além de menor disposição para atividade física (FOREYT, 2001). Isto pode ter contribuido com a obesidade destas mulheres, mas não investigamos a interação destes fatores em detalhes.

Outra associação importante com a obesidade é o consumo calórico maior que o gasto energético (NOBRE e MONTEIRO, 2003). A média da avaliação de 29 dietas de 7 mulheres (1894 kcal/d) mostrou que elas consumiam 298 kcal/dia a mais que o GER. É estimado que o gasto energético basal contribua com até 75% do gasto energético total (GET) (WILMORE e COSTILL, 1999), sendo portanto, de aproximadamente 2128 kcal/dia para estas mulheres. Isso daria um déficit calórico teórico de 234 kcal/dia, sendo esperado nesta situação que elas estivessem perdendo, ou ao menos mantendo o peso. Provavelmente elas estavam omitindo alimentos do registro alimentar. Outros estudos observaram que obesos tendem a sonegar parte dos alimentos ingeridos no registro alimentar (HEITMANN et al., 2000; HEITMANN e LISSNER, 1996). Algumas dietas que estudamos, continham apenas entre 400 e 800 kcal/dia o que não correspondia à condição de obesidade destas mulheres.

Vários estudos têm apontado para o aspecto qualitativo da dieta rica em lipídios, além do montante calórico (DYCK, 2000; JÉQUIER, 2001; BRAY e POPKIN, 1998). Das dietas avaliadas, apenas 35% delas compunham a dieta típica do brasileiro, a base de arroz, feijão e uma salada. Dados similares foram encontrados por

SARTORELLI (2003), que observou que uma população com sobre peso e obesidade grau I, do Centro de Saúde Parque Estoril de São José do Rio Preto, apresentavam característica da dieta ocidental. Tem sido demonstrada mudança nos hábitos alimentares do brasileiro, o que em parte poderia ser responsável pelo aumento da obesidade no país. A dieta típica do brasileiro está associada com mais baixo risco de desenvolver sobre-peso/obesidade, quando comparada à dieta ocidental, ajustada por modelo logístico para dieta, idade, atividade física de lazer e ocupação (SICHIERI, 2002).

Como muitas das voluntárias deste estudo se alimentavam no trabalho e tinham típica dieta de cafeteria, esperava-se que as calorias advindas das gorduras, contassem com grande participação do total calórico diário, justificando em parte o sobre-peso, ou obesidade presente. Todavia, a média das amostras das dietas analisadas apresentou apenas 24% das calorias vindas das gorduras, não justificando esta associação em nosso estudo. Dados brasileiros (PEREIRA et al., 2003) e norte-americanos (MAHAN e ESCOTT-STUMP, 1998), demonstraram ingestão de 30 a 40% das calorias advindas das gorduras em mulheres obesas respectivamente. Além disso, foi observado que indivíduos com sobrepeso e obesos, consumindo dieta ocidental, tinham consumo alimentar hipercalórico e hiperlipidico (>30% das calorias) (SARTORELLI). Novamente, é possível ter havido sonegação qualitativa das informações da dieta destas voluntárias. Porém, foi observado que obesos da cidade do Rio de Janeiro, consumiam menos calorias relativas às gorduras (mulheres, 28%; homens, 26,6%) (SICHIERI, 2000), semelhante à observada em nosso estudo. Além disso, TRICHOPOULOU et al. (2002), concluíram que as proteínas, mais que os outros macros nutrientes, estavam também associadas positivamente ao IMC e que conduziam a obesidade. Já SUEN et al. (2003), não observaram diferença no GEB em obesas mórbidas, seguindo dieta hipocalórica, com diferentes concentrações de macro nutrientes. Estes resultados controversos, demonstram que a obesidade tem característica multifacetada em sua gênese, e que a abordagem por apenas um ângulo não é suficiente para explica-la.

A característica comum que talvez mais explique a obesidade destas mulheres, seja a

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inatividade física. Evidências têm sido acumuladas quanto à importância da preocupação não apenas contra o acúmulo de gordura corporal per se, mas antes contra a pouca atividade física praticada pela população (WICKELGREN, 1998). Todas voluntárias do presente estudo eram sedentárias. Vários resultados da literatura têm demonstrado que a falta de atividade física regular, talvez seja mais importante no desenvolvimento da obesidade que o excesso alimentar (SCHMITZ, 2001; VINCENT et al., 2003). Além disso, a predominacia do sedentarismo em obesos, favorece o inicio do ciclo que reduz a energia pessoal, conseqüentemente prejudica a recuperação e disposição aumentando o estresse, isso estimula a compensação alimentar e ganho de peso, reduzindo ainda mais a capacidade para atividades físicas (FOREYT, 2001). Mudanças na ingestão de gordura e atividade física, estão positiva e inversamente associadas às mudanças do IMC (PAERATAKUL et al, 1998), IAQ e triglicérides (Tg), respectivamente, melhorando o perfil de risco cardíaco (MATOS e LADEIA, 2003). Todavia, outros estudos não encontraram associação entre o nível de atividade física e obesidade (GORAN et al, 1998; NEUTZLING et al., 2003); e nem mesmo quanto à ingestão calórica (WELLS et al, 1998). Mais uma vez, os resultados indicam que dieta e exercício físico são importantes na gênese e controle da obesidade, mas não podem servir de explicação absoluta para o crescente aumento da doença.

A prevalência de dislipidemias era de 22%, mas somando às limítrofes contavam 40% das voluntárias. A obesidade está associada positivamente as dislipidemias (SANTOS e SPÓSITO, 2002), e a vários fatores de risco para o desenvolvimento de doenças arterio-coronarianas (DACs) (MADY e FERNANDES, 2002), que são a causa primária de mortes no Brasil (LOTUFO, 1998). Outros fatores de risco para as DACs são níveis elevados de glicose circulante (NCEP III, 2001) e de ácido úrico (SAIKI et al. 2001). Todavia, as participantes deste estudo apresentavam média para estas variáveis dentro dos valores de normalidade.

Várias medidas corporais apresentaram significância estatística para a associação positiva com variáveis bioquímicas sanguíneas. Apenas a glicemia de jejum não se correlacionou a nenhuma das medidas antropométricas. MARTINS e

MARINHO (2003), obtiveram correlação positiva entre o IAQ e baixos níveis de HDL, o que não observamos, mas como nós, estes autores encontraram associação entre a CAb e hipertrigliceridemia. Em outro estudo, a obesidade abdominal foi relacionada positivamente a fatores de risco de DACs (KIM et al., 2004), sendo preditor mais efetivo que o IMC (WATANABE e TOCHIKUBO, 2003). Em nosso estudo a CAb se correlacionou com um fator de risco a mais que o IMC. Parece existir diferença entre os sexos quanto aos índices preditivos de DACs, sendo que o IMC e CAb se correlacionam melhor para homens, e a CAb e o IAQ, para mulheres (HO et al., 2001). Nossos dados parecem confirmar a hipótese apenas para o CAb, pois o IAQ teve o mesmo número de correlações as variávies sanguíneas que o IMC. Por outro lado, NJELEKELA et al. (2002), observaram correlação positiva entre o IMC e o CT, o que não foi encontrado por nós. Houve correlação positiva entre IMC x IAQ x ∑C x %GAntro x %GBia, sugerindo que estes estão relacionados entre si e portanto, podem ter boa correlação com os índices bioquímicos. A relação CT/HDL se mostrou positivamente associada a todas variáveis antropométricas comparadas. A taxa CT/HDL é largamente utilizada para relação com o perfil lipídico de risco coronariano e o seu aumento sugere pior prognóstico (TULENKO e SUMNER, 2002). Estes dados sugerem que certas medidas antropometrica estão relacionadas a fatores de risco, o que poderia facilitar ou otimizar medidas preventivas, independente de determinações laboratoriais, que muitas vezes são difíceis de serem realizadas.

Os métodos utilizados para avaliar a composição corporal destas obesas, foram correspondentes. Nossos resultados mostram que a antropometria e bioimpedância podiam ser utilizados de forma equivalente neste grupo de mulheres obesas. O %G permite avaliar modificações separadamente na MM e MG, o que não ocorre com medidas de um só compartimento, como o IMC (LUPIEN, 2003), IAQ e CAb. Este tipo de avaliação torna-se mais importante em programas que pretendam o desenvolvimento muscular, que pode ser fator indutor de erro no resultado da avaliação por um compartimento apenas. Estes resultados indicam que várias medidas são bem correlacionadas entre si e podem

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ser utilizadas para avaliar mulheres obesas e são métodos práticos e baratos.

Observamos correlação positiva entre o GER e a MMAntro, %GAntro e IMC. Estes dados são consistentes com outros encontrados na literatura, para GEB e MM (RAVUSSIN et al., 1985; SEGAL et al., 1987), %G (SALAS-SALVADO et al., 1993) e IMC (JÉQUIER e SCHUTZ, 1983). Já outros obtiveram resultados contrários comparando o GEB e MM (SALAS-SALVADO et al., 1993), %G (TREUTH et al., 2003) e IMC (NJELEKELA et al., 2002). Esperávamos encontrar correlação positiva entre o GER e MM e inversa com o %G, devido ao tecido magro ser metabolicamente mais ativo. Homens musculosos comparados a indivíduos obesos do mesmo peso, tinham o GEB mais elevado (SEGAL et al, 1985). Todavia, observamos correlação positiva do GER e %G. O GER também apresentou alta correlação positiva com IMC, o que pode explicar em parte a correlação positiva com o %GAntro e MMAntro. Pode-se especular que devido a maior massa a ser mantida o obeso tenha GER total mais elevado, o que pode explicar a correlação com o %GAntro, que por sua vez está positivamente correlacionado ao IMC.

Inversamente aos nossos resultados, e de outros (PAZ-CEREZO et al., 2003; RODRIGUES et al., 2002), foi encontrado relação significativamente inversa para IMC e GEB, tanto para homens quanto mulheres da Tanzânia, África (NJELEKELA et al., 2002). As diferenças encontradas entre estes estudos e o nosso, antes de contraditórias, são complementares e podem em parte ser explicadas pelas diferentes populações estudadas, hábitos alimentares, atividade física e clima, desenho do estudo e métodos de avaliação utilizados. Parece ser difícil ter um parâmetro antropométrico, ou de avaliação da composição corporal que possa predizer o GEB em diversas situações e populações.

Em resumo, a obesidade destas mulheres parece ter múltiplos fatores. Devem ser considerados as influências genéticas e fatores ambientais. O complexo tema sobre obesidade pode ser resumido pela observação de FRIEDMAN (2003): Em seus esforços para perder peso, indivíduos obesos talvez estejam lutando em um poderoso jogo evolucionário estabelecido em um ambiente drasticamente diferente do atual.

c) INTERVENÇÃO

Em relativo curto espaço de tempo de dois meses, nossos resultados demonstraram melhora na composição corporal, parâmetros bioquímicos e condicionamento físico para os dois grupos, em quase todas as variáveis avaliadas. Programas mais longos (18 meses), supervisionados e não, observaram resultados similares aos nossos (PINTO et al., 2003).

As medidas antropométricas de composição corporal foram reduzidas significativamente nos dois grupos. Curiosamente o IAQ foi reduzido significativamente no CAM mas não no CIRC. Quando há redução do peso corporal e IMC, espera-se diminuição geral das medidas de circunferências mantendo a proporção do IAQ (PARE et al., 2001), o que ocorreu apenas no CIRC. Mas, WABITSCH et al. (1994), observaram que garotas adolescentes que tinham obesidade abdominal, reduziam mais o IAQ, peso, colesterol total e ácido úrico que garotas com obesidade glútea. Talvez, isso seja devido a terem níveis mais elevados nas variáveis avaliadas, potencializando a perda. Isto é reforçado pela observação de que mulheres com obesidade abdominal oxidavam mais gordura durante a atividade física do que as que tinham obesidade glútea (van AGGEL-LEIJSEN et al., 2001a). Portanto, diferenças na distribuição de gordura entre os grupos poderiam explicar estes resultados. Entretanto, neste estudo o CIRC tinha maior média inicial para o IAQ que o CAM, não reforçando este raciocínio. A suspeita recai sobre a grande variabilidade dos dados, pois a comparação entre a variação relativa (∆) dos IAQ dos grupos não apresentaram diferença estatística entre si. Por outro lado, o %G foi reduzido significativamente para ambos os grupos e sem diferença entre os deltas. A perda percentual relativa de gordura estimada por antropometria parece ter sido importante na modificação da composição corporal destas mulheres, reforçado pelas outras variáveis relacionadas à obesidade.

A MMu e a MMBia, também não apresentaram diferença estatística em nenhum grupo. Esperava-se que o CIRC pudesse ter aumento da MM uma vez que incluía exercícios resistidos que estão associados ao crescimento muscular (FETT et al., 2002; FETT et al., 2003). No entanto, para que haja aumento da MMu, o treinamento precisa ser forte o bastante para causar

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modificações significativas no músculo. Pode ser que o estimulo do treinamento não tenha sido suficientemente forte e, ou a duração de 8 semanas muito curta para estas adaptações (ANTONIO e GONYEA 1993). Além disso, a redução de calorias tem efeito negativo sobre a MM (WELLE et al., 1984). Entretanto, já observamos hipertrofia muscular significante em atletas em apenas dois meses de treinamento (FETT et al, 2002; FETT et al., 2001). Mas, este estudo foi conduzido com atletas do sexo masculino bastante motivados, o que pode justificar as diferenças dos resultados e empenho no treinamento. Mulheres obesas e destreinadas têm mais suscetibilidade a dor, e conseqüentemente dificuldade de executar treinos intensos (HULENS et al., 2001), reduzindo o potencial de resultados sobre a massa magra e muscular. Este pode ter sido um fator limitante nos resultados obtidos no CIRC.

O CAM, teve diminuição do componente mesomorfico e aumento do ectomorfico da somatotipia, o que não ocorreu com o CIRC. Estes resultados sugerem que o CAM tendeu a reduzir o componente muscularidade e aumentar o fragilidade do somatotipo (HEATH e CARTER, 1967), que de certa forma, foi preservado no CIRC. Ambos os grupos reduziram o componente endomorfico, correspondendo aos outros dados de redução de gordura corporal.

Os testes de força e resistência muscular, poderiam contribuir para justificar a preservação da estrutura músculo-equelética do CIRC. Nos testes físicos o CIRC melhorou significativamente em todos e o CAM em alguns. Este resultado do CIRC parece ter sido devido à melhora na condição cardiorespiratória e muscular, associada à redução de peso e o CAM especialmente devido à melhora na condição cardiorespiratoria e redução do peso, quanto ao VO2máx. e RAb. Mas, isto não explica o melhor resultado no exercício supino, pois elas não realizavam exercícios resistidos. A simples redução de peso em pessoas obesas, tem efeito benéfico sobre a performance física. A redução de apenas 10% do peso corporal em obesas graves, melhorou a velocidade de caminhada, o VO2máx., e a percepção do esforço (LARSSON e MATTSSON, 2003). Em nosso estudo, o CIRC reduziu apenas 6% do peso corporal, e o CAM 7% sendo, provavelmente, a diferença no desempenho devido ao tipo de exercício praticado. Além disso, somente o CIRC

mudou da classificação média para boa, na classificação para estes exercícios. Estes resultados sugerem que o protocolo de circuito foi mais eficiente para o condicionamento físico geral e sem diferença para a perda de peso.

O aumento de força observado no CIRC é consistente com outros achados para população semelhante à estudada. Mulheres obesas submetidas a treinamento de força por 90 dias, associado à dieta de muito baixa caloria (520 kcal/dia), demonstraram perda de massa magra, mas aumentaram significativamente a força, possivelmente pela melhora do sistema neuromuscular (PRONK et al., 1992). O treinamento em circuito foi eficiente para produzir modificações positivas na força e composição corporal (MAIORANA et al., 2001).

Um aspecto importante da melhora do condicionamento físico do CIRC, está relacionado à redução do risco de mortalidade. Descreve-se que o incremento da atividade física está relacionado à melhora dos fatores de risco de DACs (NCEP III, 2001; III DBD, 2001). O nível de condicionamento físico tem demonstrado ser um preditor independente de mortalidade por doenças cardiovasculares ou por todas as causas de morte (WEI et al., 1999). Em indivíduos obesos, o condicionamento físico reduz todas as causas de morte (PESCATELLO & VANHEEST, 2000). Quando comparados indivíduos obesos treinados a sedentários de peso normal, os primeiros tinham menor risco de mortalidade que os segundos (WEI et al., 1999; LEE et al., 1999). Isto sugere que alterações metabólicas favoráveis ocorrem em indivíduos ativos, mesmo sem redução de peso (ROSS et al, 2000). O parâmetro utilizado para estimar o risco de mortalidade nestes estudos foi o consumo máximo de oxigênio. Este parâmetro foi melhorado em ambos os grupos deste estudo o que dá um resultado equivalente quanto a este tópico para ambos os protocolos e não se sabe se a melhora da força e resistência muscular, poderiam influenciar estes fatores. Ambos os grupos reduziram significativamente a obesidade abdominal. Isto sugere que além da redução da gordura corporal geral, a redução da obesidade abdominal tenha sido fator benéfico na mudança da composição bioquímica do sangue.

Existem múltiplos programas de exercício variando o volume x intensidade do treinamento, para diferentes finalidades. No presente estudo, o

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tempo e freqüência de treinamento tanto para o CIRC, quanto para o CAM, parecem ter sido adequados aos nossos propósitos. Outros estudos variavam quanto ao tempo e freqüência dos protocolos para o treinamento em circuito, por exemplo: 30 min. x 3 d/semana, por 20 semanas (90 minutos/semana) (GETTMAN et al., 1978); 22,5 min. x 3 d/semana, por 10 semanas (67,5 minutos/semana) (WILMORE et al., 1978); 60 min. x 3 d/semana, durante 8 semanas (180 minutos/semana) (MAIORANA et al., 2002). Todos estes estudos tiveram impactos positivos sobre o condicionamento físico e composição corporal. O exercício aeróbio também tem grande variação entre os protocolos, por exemplo: 30 min X 7 d/semana (MOLÉ et al., 1989); 30-35 min x 3 d/semana (PAVLOU et al., 1989), apresentaram modificações significativas na composição corporal. O condicionamento aeróbico, tem relação benéfica com o IMC e distribuição corporal da gordura (BERTOLI et al., 2003). Já PHINNEY et al. (1988), não observaram modificações no condicionamento físico e composição corporal de obesas, após 27 horas de treinamento aeróbico. Existem muitas variáveis além do tempo e freqüência do treinamento que podem influenciar o resultado de um programa, e que em parte, poderiam estar explicando resultados similares de diferentes protocolos e vice-versa.

O BN foi reduzido significativamente no CIRC, e aumentou no CAM, mas se manteve positivo em ambos os grupos durante o estudo. Isto sugere que a comida ofertada foi adequada para o fornecimento de N, embora as calorias ingeridas fossem reduzidas. O excesso calórico e protéico podem ter sido responsáveis pelo BN mais elevado no CIRC no M1. Não estudamos a síntese e catabolismo protéico, utilizando o BN para esta inferência, pois o BN positivo está relacionado à síntese protéica (van LOAN et al., 1994). O BN positivo que observamos, pode ter sido influenciado tanto pelo exercício físico ao estimular a fixação do N muscular, como a dieta em oferecer calorias e proteínas suficientes para mantê-lo. A atividade física tem efeito positivo sobre o BN, evitando perdas excessivas mesmo em situações de alimentação de baixa caloria (van LOAN et al., 1994; SCHRUB et al., 1975).

Foram utilizados regimes alimentares calculados a partir do GER, estimado por calorimetria indireta. Para aquelas que não fizeram

o teste, o GER foi calculado a partir da fórmula de HARRIS e BENEDICT (1919). Nenhuma voluntária recebeu dieta com menos do que 1100 kcal/d em ambos os grupos. Regime alimentar hipocalórico reduz ou elimina o a termogêse alimentar, independente da concentração dos macronutrientes administrados, em mulheres obesas (SUEN et al., 2003). Além disso a alimentação moderada tem demonstrado ser relativamente mais eficiente, comparada com dieta de muito baixa caloria (DMBC), por apresentar maior perda de energia corporal estocada, relativa ao déficit de energia da dieta (SWEENEY et al., 1993). Comparado a estes resultados, os dados de nosso estudo sugerem ter havido impacto favorável sobre a composição corporal e BN seguindo uma alimentação de redução calórica moderada.

A atividade física pode ter sido determinante nos resultados que observamos. O exercício físico potencializa o efeito da dieta, desaparecendo a vantagem do uso de DMBC, quando associadas. Homens obesos tratados em 4 diferentes tipos de dieta: a) dieta balanceada de 1000 kcal/d; b) dieta cetogênica de 1000 kcal/d; c) dieta líquida protéica de 420 kcal/d, ou; d) dietas líquidas balanceadas de 800 kcal/d, durante 8 semanas, apresentaram significante maior perda de peso na dieta líquida protéica de 420 kcal/d, comparada às outras. Todavia quando era adicionado 90 min. de atividade física, três vezes na semana associado às mesmas dietas, todos os grupos perdiam peso significativamente neste período, mas sem diferença entre eles (PAVLOU et al., 1989).

A perda de peso está associada à redução de fatores metabólicos de risco (JANSSEN et al., 2002). A diminuição de apenas 5% do peso inicial pode reduzir, prevenir ou eliminar DACs, hipertensão, diabetes tipo 2, hiperlipidemia, e outras doenças crônicas em grande parte dos pacientes com sobre-peso. (PASANISI et al., 2001). A atividade física vigorosa está associada à melhora do perfil lipídico e redução do ácido úrico em mulheres com obesidade abdominal (HEIM et al., 2000), e garotas adolescentes obesas (WABITSCH et al., 1994), resultado semelhante ao que obtivemos. Curiosamente, observamos que o CT e Tg foram reduzidos significativamente apenas para o CIRC, e o HDL no CAM, o que apresenta efeito favorável para o primeiro. O CT e Tg apresentavam valores significativamente mais

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baixos no inicio do estudo para o CAM comparado ao CIRC, diminuindo o potencial de redução.

Diferente de outros, em nosso estudo as alterações parecem ter sido mais relacionadas ao tipo de exercício que a perda de peso. NIEMAN et al. (24), ao compararem quatro grupos de obesas (somente dieta [5023.3-5441.8 kJ (1200-1300 kcal/dia), National Cholesterol Education Program passo I], somente exercício [45 minutos 5 x semana, 78.4 ± 0.5% da freqüência cardíaca máxima], exercício mais dieta e controles), observaram redução de peso significativa para os grupos dieta e exercício mais dieta. Mas o grupo somente exercício, não apresentou alterações comparado ao controle e o CT e Tg estavam efetivamente associados à perda de peso. Nossos dados não confirmam este achado, uma vez que os grupos não tiveram diferença para redução de peso e o CIRC apresentou melhores resultados nos fatores sanguíneos de risco. Similar ao que observamos, LEE et al. (1999), reportaram que a atividade física era mais importante que a redução da obesidade abdominal nas alterações metabólicas de risco. Além disso, atividade física mesmo sem redução de peso, reduz a gordura intra-abdominal (ROSS et al., 2000). A possibilidade delas não terem seguido corretamente a dieta e apenas 8 semanas de protocolo, podem em parte, ter influenciado a não homogeneidade dos resultados.

Os GV aumentaram significativamente em ambos os grupos. Eles são responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue e aumentam em resposta ao estímulo do exercício físico, especialmente ao aeróbico e estão correlacionados positivamente ao VO2máx. (WILMORE e COSTILL, 1999). Todavia, os GV aumentam o Ht, que está inversamente associado à performance (BRUN et al., 2000). As sujeitas deste estudo estavam dentro dos padrões de normalidade. Curiosamente, observamos paralelamente aumento significativo do VO2máx. em ambos os grupos, contrariando o observado na literatura. Outros fatores devem ter influenciado o aumento do VO2max, compensando o prejuízo evidenciado pelo aumento do Ht. Talvez, por termos utilizado uma amostra de cada grupo para realizar o teste de esforço máximo em esteira, tenha sido um fator de confusão destes resultados.

Mesmo estando inicialmente dentro dos valores de normalidade, os dois grupos reduziram significativamente a glicose, o que é um efeito

esperado do exercício físico. Em geral, o exercício físico aumenta a sensibilidade insulinica pelo aumento das enzimas oxidativas, os transportadores de glicose (GLUT4), e capilarização do músculo (KOTAKE e OIKAWA, 1999). A redução do consumo calórico, e diminuição da gordura corporal, também aumentam a sensibilidade à insulina (CHISHOLM et al., 1997), justificando o que observamos. Este também é um comportamento que reduz os riscos de DACs e diabetes tipo 2 (NCEP III, 2001).

A calorimetria não apresentou diferença para grupo algum. O fato da MM ter aumentado nos dois grupos, poderia estar associado ao aumento ou manutenção da calorimetria. A dieta sem exercício, reduz o peso total e também a MM (GARROW, 1986). A queda do gasto energético basal neste tipo de procedimento é devida em parte à perda de MM (WELLE et al., 1984), uma vez que estas medidas são positivamente correlacionadas (RODRIGUES et al., 2002). O treinamento de força está associado ao aumento da MM e conseqüentemente do gasto energético basal (MELBY et al., 1993). Todavia, como nós também observamos, GELIEBTER, et al., 1997, verificaram que o treino de força associado a dieta, evitava a perda de MM, mas não previnia a queda do gasto energético basal. Talvez outros fatores como a MG, tenham correlação com o gasto energético basal, o que observamos no estudo pré-intervenção.

Dados controversos são encontrados na literatura: a) atividade física aeróbica não interfere na eficiência de déficit calórico em mulheres obesas seguindo dieta de muito baixa caloria ou dieta moderada (SWEENEY et al., 1993); b) nem o programa de exercícios aeróbicos, ou resistido, aumentam o gasto energético basal de mulheres jovens não obesas, após seis meses de treinamento (POEHLMAN et al., 2002); e; c) exercíco aeróbico aumenta o consumo de gorduras durante atividade física e na recuperação (MARION-LATARD et al., 2003). Os diferentes protocolos, sujeitos e dietas, são suficientes para explicar estas variabilidades nos resultados.

Em conclusão, as seguintes principais alterações foram observadas:

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a) ambos os protocolos reduziram o peso, medidas de circunferência e percentual de gordura e mantiveram a massa magra;

b) a endomorfia foi reduzina em ambos os grupos, a mesomorfia se manteve no CIRC e foi reduzida no CAM, e a ectomorfia aumentou somente no CAM, sugerindo que ambos os grupos emagreceram, o CIRC manteve a muscularidade e o CAM ficou mais frágil;

c) O CIRC teve melhor desempenho geral nos testes físicos comparado ao CAM, embora este último tenha melhorado o desempenho aeróbico;

d) A oferta calórica e o estimulo do treinamento foram suficientes para manter o balanço nitrogenado positivo para os dois grupos durante o estudo;

e) Ambos os grupos melhoram a bioquímica sanguínea, mas com melhor desempenho do CIRC, que alterou um maior número de fatores favoráveis que o CAM, possivelmente devido a diferença metabólica dos exercícios;

f) A calorimetria não foi alterada em grupo algum, sugerindo que os protocolos de exercício foram suficientes para estimular a manutenção do metabolismo de repouso, mesmo enquanto elas reduziam a gordura corporal.

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Anexos Fett, CA 44

ANEXOS ANEXO A Escala de Esforço Percebido (EEP), ou Escala de Borg

Foi inicialmente formulada e introduzida por Borg (BORG, 1978), com uma escala que ia de 6 à 20 e posteriormente modificada em uma escala numerada de 0 à 10. A EEP e freqüência cardíaca estão linearmente correlacionadas entre si e com a intensidade de trabalho através de uma grande variedade de mobilidades e condições de exercícios (PANDOLF, 1982). A EEP também tem boa relação com vários fatores fisiológicos, sendo demonstrada correlação múltipla de 0.85 em relação ao volume corrente, concentração de lactato e VO2 (MORGAN e POLLOCK, 1977). O esforço é considerado máximo ou próximo do máximo quando o indivíduo relatar um esforço percebido de 9 ou 10 (COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA, CAME, 1987).

TABELA 5. Escala de Borg, ou escala de esforço percebido (EEF) Classificação Sensação de esforço

0 Nenhum 0,5 Muito, muito fraco 1 Muito fraco 2 Fraco 3 Moderado 4 Um pouco forte 5 Forte 6 - 7 Muito forte 8 - 9 - 10 Muito, muito forte

Referência: CAME, 1987.

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Anexos Fett, CA 45

ANEXO B Classificações para o IMC (kg/m2)

Neste apêndice encontram-se as tabelas para classificação do estado nutricional segundo o IMC (Tabela 6) e os valores de referência em percentis (Tabela 7).

TABELA 6. Classificação do estado nutricional de acordo com o IMC. Estado Nutricional IMC (kg/m2) Grau de Classificação Desnutrição 17,00-18,49 I 16,00-16,99 II < 16,00 III Eutrófico 18,50-24,99 - Sobrepeso 25,00-29,99 - Obesidade 30,00-34,99 I 35,00-39,99 II > 40,00 III Referência: World Health Organization, WHO, 1995.

TABELA 7. Valores de referência para o índice de massa corporal (IMC kg/m2), segundo sexo e idade. Homens percentil (kg/m2) Mulheres percentil (kg/m2) Idade n 5 15 50 85 95 N 5 15 50 85 95 6 165 12,86 13,43 14,54 16,64 18,02 161 12,83 13,37 14,31 16,17 17,497 164 13,24 13,85 15,07 17,37 19,18 174 13,17 13,79 14,98 17,17 18,938 149 13,63 14,28 15,62 18,11 20,33 153 13,51 14,22 15,66 18,18 20,369 177 14,03 14,71 16,17 18,85 21,47 173 13,87 14,66 16,33 19,19 21,7810 177 14,42 15,15 16,72 19,60 22,60 194 14,23 15,09 17,00 20,19 23,2011 169 14,83 15,59 17,28 20,35 23,73 163 14,60 15,53 17,67 21,18 24,5912 204 15,24 16,06 17,87 21,12 24,89 177 14,98 15,98 18,35 22,17 25,9513 177 15,73 16,62 18,53 21,93 25,93 199 15,36 16,43 18,95 23,08 27,0714 173 16,18 17,20 19,22 22,77 26,93 192 15,67 16,79 19,32 23,88 27,9715 175 16,59 17,76 19,92 23,63 27,76 164 16,01 17,16 19,69 24,29 28,5116 172 17,01 18,32 20,63 24,45 28,53 173 16,37 17,54 20,09 24,79 29,1017 167 17,31 18,68 21,12 25,28 29,32 159 16,59 17,81 20,36 25,23 29,7218 120 17,54 18,89 21,45 25,92 30,02 140 16,71 17,99 20,57 25,56 30,2219 137 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66 142 16,87 18,20 20,80 25,85 30,7220-24 514 18,66 20,21 23,07 26,87 31,26 1244 17,38 18,64 21,46 56,14 31,2025-29 671 19,11 20,98 24,19 28,08 31,72 1307 17,84 19,09 22,10 27,68 33,1630-34 466 19,52 21,51 24,90 28,75 31,99 1092 18,23 19,54 22,69 28,87 34,5835-39 451 19,55 21,71 25,25 29,18 32,23 1017 18,51 19,91 23,25 29,54 35,3540-44 474 19,52 21,75 25,49 29,37 32,41 999 18,65 20,20 23,74 30,11 35,8545-49 532 19,45 21,72 25,55 29,39 32,40 603 18,71 20,45 24,17 30,56 36,0250-54 531 19,35 21,66 25,54 29,31 32,27 615 18,79 20,66 24,54 30,79 35,9555-59 468 19,25 21,58 25,51 39,24 32,18 492 18,88 20,86 24,92 31,00 35,8860-64 378 19,15 21,49 25,47 29,17 32,08 463 18,96 21,06 25,29 31,21 35,8065-69 1084 19,05 21,39 25,41 29,08 31,98 1157 19,03 21,25 25,66 31,40 35,7070-74 752 18,94 21,29 25,33 28,99 31,87 848 19,09 21,44 26,01 31,58 35,58Referência: MUST et al., 1991.

Page 62: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 46

ANEXO C Classificação do índice abdômen/quadril (IAQ)

O IAQ é utilizado para estimar a relação da gordura visceral com a gordura glútea e tem demonstrado estar positivamente correlacionado a fatores de risco (ROSENBAUN et al., 1997). Na tabela 8, estão as classificações por sexo e idade do IAQ, com destaques para as zonas de risco

TABELA 8. Relação dos percentis do índice abdômen quadril (IAQ), com as zonas de risco de doenças artério-coronarianas (DACs). Zonas estimadas como de risco para a saúde baseada nas tendências mostrada pelos dados

sobre morbidade e mortalidade. Idade 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 % H M H M H M H M H M H M 95 0,73 0,65 0,76 0,65 0,80 0,66 0,81 0,66 0,82 0,67 0,84 0,71 90 0,75 0,67 0,80 0,67 0,81 0,68 0,83 0,69 0,85 0,71 0,88 0,73 85 0,76 0,68 0,81 0,68 0,82 0,69 0,84 0,71 0,87 0,72 0,89 0,74 80 0,77 0,69 0,81 0,69 0,83 0,71 0,86 0,72 0,89 0,73 0,90 0,75 75 0,79 0,71 0,82 0,71 0,84 0,72 0,87 0,73 0,89 0,74 0,90 0,76 70 0,80 0,72 0,83 0,72 0,84 0,73 0,88 0,74 0,90 0,75 0,91 0,77 65 0,81 0,73 0,83 0,73 0,85 0,74 0,89 0,75 0,91 0,76 0,92 0,78 60 0,81 0,73 0,84 0,73 0,86 0,75 0,90 0,76 0,92 0,77 0,93 0,79 55 0,82 0,74 0,85 0,74 0,87 0,75 0,91 0,76 0,92 0,77 0,94 0,80 50 0,83 0,75 0,85 0,75 0,88 0,76 0,92 0,77 0,93 0,78 0,94 0,81 45 0,83 0,75 0,86 0,76 0,89 0,77 0,92 0,78 0,94 0,79 0,95 0,82 40 0,84 0,76 0,87 0,76 0,90 0,78 0,93 0,79 0,95 0,80 0,96 0,83 35 0,85 0,77 0,87 0,77 0,91 0,78 0,94 0,79 0,95 0,81 0,97 0,84 30 0,85 0,78 0,88 0,78 0,92 0,79 0,95 0,80 0,96 0,82 0,98 0,85 25 0,86 0,78 0,89 0,78 0,93 0,80 0,95 0,82 0,98 0,84 0,99 0,86 20 0,87 0,79 0,91 0,79 0,94 0,81 0,97 0,84 0,99 0,85 1,00 0,87 15 0,87 0,80 0,93 0,80 0,95 0,83 0,99 0,86 1,01 0,86 1,02 0,88 10 0,88 0,82 0,94 0,82 0,96 0,85 1,01 0,87 1,02 0,88 1,03 0,91 05 0,92 0,86 0,96 0,85 1,01 0,87 1,03 0,92 1,04 0,92 1,04 0,94 Referência: CANADIAN STANDARDIZED TEST OF FITNESS, CSTF, 1986.

Page 63: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 47

ANEXO D Cálculo dos componentes e classificação da somatotipia

Primeiro componente - endomorfia

Os dados obtidos da somatotipia, são calculados com se segue, e circula-se o valor correspondente na tabela. Somar os valores obtidos das seguintes mensurações das pregas cutâneas: ! Tríceps ! Subescapular ! Supra-ilíaca

Circula-se na escala o valor mais próximo do total do valor somado. Circula-se então o valor correspondente abaixo nesta coluna, para o primeiro componente.

Segundo componente-mesomorfia

O cálculo da mesomorfia segue os seguintes passos: 1. Utilizando a tabela, colocar uma seta acima na coluna que contém a altura do indivíduo (ou a

maior aproximação). 2. Para as duas mensurações ósseas (largura biepicondilo umeral e bicondilo femural), envolva no

círculo o número mais próximo na fileira apropriada. Quando se deve decidir se convém circular o número mais alto ou mais baixo, circunde aquele que ficar mais próximo a marcação da altura.

3. Subtraia a prega cutânea do tríceps da circunferência do braço contraído a 90º. Transforme antes em centímetros a medida da prega tricipital, que é dada em milímetros.

4. Subtraia a prega cutânea da panturrilha da circunferência da panturrilha, obedecendo ao mesmo critério descrito para o tríceps.

5. Circunde as conversões do tríceps e panturrilha nas colunas que tiverem o número mais próximo ao obtido.

6. Ache a média entre os pontos marcados não incluindo a altura. Para tanto, ache os pontos médios entre os diâmetros ósseos e entre as circunferências do braço e panturrilha corrigidas. A seguir encontre o ponto médio entre estes dois pontos (médias anteriores dos diâmetros e circunferências). Conte a partir da coluna da altura marcada, o quanto se desloca este valor médio encontrado. Para cada coluna deslocada soma-se 0,5 e quando deslocada para direita é positivo e para esquerda negativo. A partir do valor 4, marca-se o número mais próximo que a soma ou subtração dos deslocamentos das colunas computa. Este é o final para o segundo componente.

Terceiro componente-ectomorfia

O terceiro componente é obtido computando o índice ponderal, pela fórmula:

3/ PEEctomorfia = (23) onde:

• E: estatura em polegadas = E (cm) x 0,3937 • P: peso em libras = P (Kg) x 2,2 • 1 cm = 0,3937 polegada; 1 m = 39,37 polegadas; 1 polegada = 2,54 cm • 1 libra = 454 g;1g = 0,0022 lb; 1 kg = 2,2 lb

Circunda-se, a seguir, este valor no número mais próximo do terceiro componente da Tabela 9. O somatotipo é o valor final obtido para cada componente, separado por um traço; ex: 4,5 - 5,0 - 2,0.

Page 64: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

TABE

LA 9

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Page 65: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 49

Categorias de classificação do somatotipo

O somatotipo pode ser classificado de acordo com a proporção de cada componente encontrado pelas fórmulas, segundo metodologia, ou utilizado a Tabela 9 para conversão. Existem 13 possibilidades de classificação do somatotipo (BRITO et al., 1984):

1. Endomorfo balanceado: o primeiro componente é dominante, o segundo e o terceiro são iguais (ou não diferem de mais de meia unidade).

2. Mesoendomorfo: endomorfia é dominante, e o segundo componente é maior que o terceiro. 3. Mesomorfoendomorfo: o primeiro e segundo componentes são iguais ou não diferem mais de

meia unidade e o terceiro é menor. 4. Endomesomorfo: o segundo componente é dominante e o primeiro é maior que o terceiro. 5. Mesomorfo balanceado: o segundo componente e dominante, os demais são iguais ou não

diferem de mais de meia unidade. 6. Ectomesomorfo: o segundo é dominante e o 3º é maior que o primeiro. 7. Mesomorfoectomorfo: o segundo e o terceiro são iguais ou não diferem de mais de mia unidade -

o primeiro é menor. 8. Mesoectomorfo: o terceiro é dominante e o segundo é maior que o primeiro. 9. Ectomorfo balanceado: o terceiro é dominante e os demais iguais ou não diferem em mais de

meia unidade. 10. Endoectomorfo: o terceiro é dominante e o primeiro é maior que o segundo. 11. Endomorfoectomorfo: o primeiro e o terceiro são iguais ou não diferem de mais de meia unidade

- o segundo é o menor. 12. Ectoendomorfo: o primeiro componente é dominante e o terceiro é maior que o segundo. 13. Central: todos são iguais.

Exemplos: Atletas olímpicos estudados por Carter, tinham os seguintes somatótipos: 1,4 - 4,3 - 3,5,

maratonistas; 1,5 - 4,8 - 3,2, saltadores com vara; 2 - 5 - 3, nadadores. Em conjunto, estes somatótipos podem ser classificados como meso-ectomorficos. Já uma equipe de futebol americano tinha do somatótipo de: 4,2 - 6,3 - 1,4, que é endomesomórfico (FOX e MATHEWS, 1986).

Page 66: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 50

ANEXO E Teoria da bioimpedância

Para converter as informações da leitura do aparelho de bioimpedância para um volume estimado, assume-se que:

1. o corpo pode ser modelado como um cilindro condutor isotrópico, no qual seu comprimento é proporcional à estatura do sujeito, e;

2. a reactância (X), termo que contribui para impedância corporal (Z) é pequena, enquanto que o componente da resistência (R), pode ser considerado equivalente a impedância corporal.

Quando se assume estas duas coisas, pode ser demonstrado que o volume de condução é proporcional ao termo E2 ÷ R, chamado de índice de impedância. Deve ser notado todavia que o corpo humano não é um condutor cilíndrico, nem os tecidos são eletricamente isotrópicos, e que o componente de reactância da impedância corporal não é zero.

A 50 kHz, a impedância corporal tem ambos, resistência e reactância. O componente reativo é assumido ser relacionado à porção da corrente que passa através das células que agem como capacitores, aumentando a voltagem e corrente fora da fase. Em termos elétricos, o ângulo de fase (φ) é definido pela relação:

RXTan /)( =φ (24)

onde: • Tan (φ): ângulo de fase (graus). • X: reactância (Ω). • R: resistência (Ω).

e portanto:

222 XRZ += (25) onde:

• Z: impedância corporal (Ω). • X: reactância (Ω). • R: resistência (Ω).

Em adultos saudáveis, o ângulo de fase a 50 kHz é usualmente na faixa de 8 - 15º, mas varia muito a

altas freqüências (ELLIS, 2000).

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Anexos Fett, CA 51

ANEXO F - Classificação do condicionamento aeróbico de mulheres

A tabela a seguir, classifica por níveis, o desempenho obtido no teste de esforço máximo em esteira. O teste foi realizado de acordo coom o descrito na metodologia. TABELA 10. Classificação do condicionamento aeróbico de mulheres (ml.kg -1*min-1). Idade em anos Categoria 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60+ 1. Muito ruim <25,0 <23,6 <22,8 <21,0 <20,2 <17,5 2. Ruim 25,0-30,9 23,6-28,9 22,8-26,9 21,0-24,4 20,2-22,7 17,5-20,1 3. Regular 31,0-34,9 29,0-32,9 27,0-31,4 24,5-28,9 22,8-26,9 20,2-24,4 4. Bom 35,0-38,9 33,0-36,9 31,5-35,6 29,0-32,8 27,0-31,4 24,5-30,2 5. Excelente 39,0-41,9 37,0-40,9 35,7-40,0 32,9-36,9 31,5-35,7 30,3-31,4 6. Superior >42,0 >41,0 >40,1 >37,0 >35,8 >31,5 Referência: COOPER, 1977.

ANEXO G Classificação pára os testes de resistência muscular

Os teste são realizados em um minuto e conta-se o maior número de repetições completas executadas, ou até a parada do exercício por exaustão muscular (para aqueles que não conseguem manter o exercício por um minuto).

TABELA 11. Classificação para mulheres do teste abdominal 60 segundos ou até exaustão. Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15-19 ≥42 36-41 32-35 27-31 ≤26 20-29 ≥36 31-35 25-30 21-24 ≤20 30-39 ≥29 24-28 20-23 15-19 ≤14 40-49 ≥25 20-24 15-19 07-14 ≤06 50-59 ≥19 12-18 05-11 03-04 ≤02 60-69 ≥16 12-15 04-11 02-03 ≤01 Referência: POLLOCK et al., 1986.

TABELA 12. Classificação para mulheres do teste de flexão de braços 60 segundos ou até a exaustão. Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15-19 ≥33 25-32 18-24 12-17 ≤11 20-29 ≥30 21-29 15-20 10-14 ≤09 30-39 ≥27 20-26 13-19 08-12 ≤07 40-49 ≥24 15-23 11-14 05-10 ≤04 50-59 ≥21 11-20 07-10 02-06 ≤01 60-69 ≥17 12-16 05-11 01-04 ≤01 Referência: POLLOCK et al., 1986.

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Anexos Fett, CA 52

ANEXO H Classificação dos níveis de lipídios sanguíneos TABELA 13. Classificação dos níveis de lipídios sanguíneos. Lipídios Valores (mg/dL) Categoria Colesterol total < 200 Ótimo 200 239 Limítrofe ≥ 240 Alto LDL-colesterol < 100 Ótimo 100 129 Desejável 130 159 Limítrofe 160 189 Alto ≥ 190 Muito alto HDL-colesterol < 40 Baixo > 60 Alto Triglicérides < 150 Ótimo 150 200 Limítrofe 200 499 Alto > 500 Muito alto Referência: III DIRETRIZES BRASILEIRAS SOBRE DISLIPIDEMIAS, 2001

Page 69: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 53

ANEXO I Nitrogênio urinário pelo método de KJELDAHL (1883)

Técnica 1. Pesar ou medir a quantidade adequada de amostra, que deve constar aproximadamente:1 mg de

nitrogênio; 2. Transferir para um tubo de digestão de 50 ml e adicionar 2 ml de ácido sulfúrico concentrado e

3 gotas de solução 5% de dióxido de selênio; 3. Aquecer brandamente no início e aumentar gradativamente até completar a digestão.

H2SO4 Material orgânico SO2 + CO2 + H2O + R NH2 5 H2SO4 R NH2 + H2O R OH + NH3

5 H+ R CO NH2 + H2O R CO OH + NH3 2 NH3 + H2SO4 (NH4)2SO4

Onde R é a cadeia carbônica da amostra 5 Aquecimento

4. Esfriar a temperatura ambiente. 5. Transferir a solução para o destilador, juntamente com a água de lavagem. Adicionar corante

fenolftaleina à 1% e hidróxido de sódio à 50% em excesso, ou seja:

(NH4)2SO4 + 2NaOH 2NH4OH + Na2SO4 5 NH4OH NH3 + H2O

6. Recolher o destilado em um Erlenmeyer de 50 ml com 5 ml de ácido Bórico a 4% e 3 gotas de

Mazuazaga (verde bromocresol e vermelho de metila), como indicador de mudança de cor.

NH3 + H2BO3 NH4H3BO3

7. Titular com ácido sulfúrico 0,1 N até cor caramelo e anotar o volume gasto em ml.

NH+

4 + H2BO3 + H2SO4 H3BO3(NH4)2SO4

8. Cálculos a) Cálculo da concentração de nitrogênio na amostra: A concentração de nitrogênio na amostra é calculada a partir do resultado da destilação e titulação da alíquota de urina, como descrito acima, pela seguinte fórmula:

VAFCVBVTgN ×−=%2 (26)

Page 70: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 54

onde: • N2g%: gramas de nitrogênio porcento na amostra. • VT: volume de acido encontrado na titulação da amostra, em ml. • VB: volume do ácido encontrado na titulação do branco, em ml. • VA: volume da amostra de urina utilizada para dosagem do nitrogênio, em ml (foram utilizados 100 ou 200 µl). • FC: fator de correção do ácido sulfúrico (concentração de nitrogênio do sulfato de amônia em relação à concentração

do ácido sulfúrico 0,01 N - foi de 0,14 em nossa amostra). b) Calculo da quantidade de nitrogênio total da amostra: O nitrogênio total em gramas contido na amostra da urina coletada em 24 horas, é obtido pelos valores obtidos até o momento e substituídos na fórmula a baixo:

100%2 VUgN

NT×

= (27)

onde: • NT: nitrogênio total da amostra, em gramas. • N2g%: gramas de nitrogênio porcento na amostra. • VU: volume de urina da coleta de 24 horas, em ml.

Page 71: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 55

ANEXO J - Cálculo dos valores obtidos na calorimetria Calibração gasométrica do aparelho: ! Gás 1: 16% de O2 e 3.8% de CO2, e; ! Gás 2: 26% de O2 e 0% CO2.

A calibração volumétrica é feita utilizando cilindro de calibração com capacidade para 3 litros. O aparelho mede a pressão barométrica e a temperatura ambiente, para posteriormente converter os valores de ventilação em condições STPD (Standard temperature pressure dry), isto é, considera o ar seco, sem vapor dágua à temperatura de 0º centígrados e 760 mmHg de pressão barométrica.

O calorímetro mede o volume de ar expirado pelo indivíduo (VE), as frações inspiradas (FIO2) e expirada (FEO2) de oxigênio e de gás carbônico (FICO2 e FECO2). Durante todo o exame o ar inspirado correspondeu ao ar ambiente. O indivíduo respirava dentro de uma campânula e o ar expirado foi constantemente diluído com o meio ambiente.

O calorímetro é capaz de medir em tempo pré-determinado (10, 30 ou 60 segundos), os seguintes volumes: ! VE = volume minuto expirado, que é igual ao volume corrente multiplicado pela freqüência respiratória. O

volume corrente corresponde à quantidade de ar que entra ou sai do pulmão a cada ciclo ventilatório. A unidade do VE é em litros por minuto;

! FIO2 = é a fração de O2 no ar expirado;

! FICO2 = é a fração de CO2 no ar inspirado

! FEO2 = é a fração de oxigênio no ar expirado, e; ! FECO2 = é a fração de CO2

no ar expirado. Partindo desses valores são calculados o O2 consumido e CO2

produzido pelo organismo. No caso das calorimetrias realizadas no presente trabalho, as frações inspiradas e expiradas de O2 e CO2 foram medidas a cada trinta segundos, e o VO2 (L/min) e VCO2 (L/min) calculados, correspondem à média dos valores medidos.

As equações da calorimetria não estão seguindo a seqüência de numeração das equações dos outros tópicos. Elas estão numeradas iniciando em 1, a fim de facilitar o entendimento, pois elas são seqüenciadas e a equação subseqüente, é derivada da anterior. Cálculo do O2 consumido

Considera-se O2 consumido, o O2 inspirado menos O2 expirado. Tanto o expirado quanto o inspirado depende da fração deste gás no ar como do volume minuto inspirado ou expirado pelos pulmões.

Pode-se representar o O2 consumido (VO2) como:

)*()*( 222 FEOVEFIOVIVO −= (1) onde:

• VI: volume inspirado (L/min). • VE: volume expirado (L/min.). • FIO2:fração inspirada de oxigênio (L/min.). • FEO2: fração expirada de oxigênio (L/min.).

Cálculo do volume inspirado

O calorímetro fornece as frações do O2 inspirado e expirado (FIO2 e FEO2, respectivamente) e o volume minuto expirado (VE). O volume minuto inspirado não é conhecido. No entanto pode ser calculado utilizando-se para isto a transformação de Haldane, calculando-se um fluxo desconhecido, a partir de um conhecido.

Supõe-se então que no ar inspirado existem basicamente três gases: nitrogênio, oxigênio e gás carbônico. As frações de O2 e CO2 são medidas pelo aparelho, mas não as de nitrogênio. A calorimetria indireta parte do princípio de que os únicos gases que sofrem trocas pulmonares são o O2 e CO2. portanto a quantidade de nitrogênio inspirada é igual à quantidade expirada. A quantidade inspirada seria a fração inspirada de nitrogênio multiplicada pelo volume minuto inspiratório (VI x FIN2). Desta forma considera-se que:

22 ** FENVEFINVI = (2) onde:

• VI: volume inspirado (L/min.). • VE: volume expirado (L/min.).

Page 72: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 56

• FIN2: Fração de nitrogênio inspirada (L/min.). • FEN2: Fração de nitrogênio expirada (L/min.).

Para cálculo do VI (volume minuto inspirado), isola-se o VI da equação 2, e temos:

22 /* FINFENVEVI = (3) onde:

• VI: volume inspirado (L/min.). • VE: volume expirado (L/min.). • FEN2: fração de nitrogênio expirado (L/min.). • FIN2: fração de nitrogênio inspirado (L/min.).

O calorímetro não fornece as frações FEN2 e FIN2 que devem ser calculadas a partir das frações inspiradas e expiradas de O2 e CO2. Considerando-se que no ar inspirado há O2, nitrogênio e CO2 e que a soma dos três corresponda a 100%, tem-se que a fração inspirada de nitrogênio ou FIN2 é:

222 1 FICOFIOFIN −−= (4) onde:

• FIN2: fração de nitrogênio inspirado (L/min.). • FIO2: fração inspirada de oxigênio (L/min.). • FICO2: fração inspirada de dióxido de carbono (L/min.).

Por outro lado considerando-se que o ar expirado também é uma mistura de O2, CO2 e nitrogênio, a fração expirada de nitrogênio, ou FEN2 seria:

222 1 FECOFEOFEN −−= (5) onde:

• FEN2: fração expirada de nitrogênio (L/min.). • FEO2: fração expirada de oxigênio (L/min.). • FECO2: fração expirada de dióxido de carbono (L/min.).

Tem-se, portanto:

)1/()1(* 2222 FICOFIOFECOFEOVEVI −−−−= (6) onde:

• VI: volume inspirado (L/min.). • VE: volume expirado (L/mi.). • FEO2: fração expirada de oxigênio (L/min.). • FECO2: fração expirada de dióxido de carbono (L/min.). • FIO2: fração inspirada de oxigênio (L/min.). • FICO2: fração inspirada de dióxido de carbono (L/min.).

Substituindo-se a equação 6 na equação 1 tem-se:

2222222 **)]1/()1[( FEOVEFIOFICOFIOFECOFEOVO −−−−−= (7) onde:

• VO2: volume de oxigênio consumido (L/min.). • VE: volume expirado (L/min.). • FEO2: fração expirada de oxigênio (L/min.). • FECO2: fração expirada de dióxido de carbono (L/min.). • FIO2: fração inspirada de oxigênio (L/min.). • FICO2: fração inspirada de dióxido de carbono (L/min.).

Isolando-se VE da equação 7 tem-se:

]*)1/()1[(*: 2222222 FEOFIOFICOFIOFECOFEOVEVOHaldane −−−−−= (8) onde:

• VO2: volume de oxigênio consumido (L/min.). • VE: volume expirado (L/min.).

Page 73: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 57

• FEO2: fração expirada de oxigênio (L/min.). • FECO2: fração expirada de dióxido de carbono (L/min.). • FIO2: fração inspirada de oxigênio (L/min.). • FICO2: fração inspirada de dióxido de carbono (L/min.).

Sendo que VE está nas condições STPD e a unidade VO2 são litros por minuto.

Cálculo do CO2 produzido Para cálculo do VCO2 é necessário utilizar a transformação de Haldane, tal qual:

222 ** FICOVIFECOVEVCO −= (9) onde:

• VCO2: volume de dióxido de carbono produzido (L/min.). • VE: volume expirado (L/min.). • FECO2: fração expirada de dióxido de carbono (L/min.). • FICO2: fração inspirada de dióxido de carbono (L/min.).

Nas condições STPD.

Quociente respiratório (QR) O QR é a razão do CO2 produzido dividido pelo VO2 consumido.

22 /VOVCOQR = (10) onde:

• QR: quociente respiratório • VCO2: volume de dióxido de carbono produzido (L/min.). • VO2: volume de oxigênio consumido (L/min.).

O valor do QR para os carboidratos é 1, para as proteínas 0,8 e gorduras 0,7.

Cálculos para achar o GEB São feitos vários cálculos a partir de valores conhecidos, para estimar o GEB de 24 horas, com se segue

(WEIR, 1949). Esta equação considera que o gasto energético do organismo corresponde à energia utilizada na oxidação de hidratos de carbono e lipídios. A oxidação de proteínas não é incluída, pois foi observado que a diferença, considerando-se ou não esta taxa é da ordem de 1%. O primeiro passo é obter as calorias de 1 litro de O2.

Valor calórico de 1 litro de O2

Se K (kg.cal) é o valor calórico de 1 litro de O2 e R é o QR total, então usando os símbolos e valores numéricos da Tabela 28, para 1 litro de O2 consumido teremos:

zyxKliberadocalkgzyxRproduzidoCO

zyxconsumidoO

735,4463,4047,5..718,0802,0.1

1.1

2

2

++==++==

=++= (11) à (13)

TABELA 14. Símbolos e valores numéricos usados na discussão do metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. Variáveis Carboidrato Proteína Gordura Q.R. 1 0,802 0,718 Kcal/L O2 5,047 4,463 4,735 Volume de O2 metabolizado X y z

Referência: WEIR (1949). Q.R., quociente respiratório; kcal/L O2, quilocaloria por litro de O2 consumido.

Page 74: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Anexos Fett, CA 58

E então substituindo para z do passo (14) no (15), temos:

yRK 365,0106,1941,3 −+= (16) Desde que R é o QR total e y é o número de litros do O2 metabolizando proteína por litro de O2 consumido, o

termo 0,365y representa o erro no método usual de calculo, e pode ser usado para correção do metabolismo da proteína. Quando y é zero, R torna-se o QR não protéico e a equação (16) então dá o valor calórico de 1l de O2 metabolizando carboidrato e gordura (Tabela 27).

Então a equação (17), fornece valores muito próximos aos que usam a proteína também para cálculo:

RK 1,19,3 += (17)

Considerando-se o O2 consumido e CO2 produzido, esta equação pode ser escrita:

22 *1,1*9,3.. VCOVOcalkgTotal += (18) onde:

• VO2: volume de oxigênio consumido (L/min.). • VCO2: volume de dióxido de carbono produzido (L/min.).

Para calcular o gasto energético basal diário, substitui-se os valores na equação (19):

1440*)](1,1)(94,3[)/( 22 VCOVOdiakcalGEB += (19) onde:

• GEB: gasto energético basal. • 1440: número de minutos por dia • VO2: volume de oxigênio consumido (L/min.). • VCO2: volume de dióxido de carbono produzido (L/min.).

Gasto energético total (GET)

O GET pode ser estimado pela soma do GEB, a ação específica dinâmica dos alimentos e atividades em geral. Para atividades físicas formais, utiliza-se uma tabela de conversão específica por modalidade. Segundo MARCHINI et al. (1998), GET pode ser calculado pela fórmula a baixo:

ADEhAThShMBGET ATSMB +++= )*()*()*( (20)

onde: • GET: gasto energético basal de 24 horas. • MB: metabolismo estimado por hora, representando tempo de repouso acordado sem exercício. • S: gasto energético durante o sono, ou seja 10% a menos do que no MB no mesmo período. • AT: atividades em geral calculadas por hora, utilizando os valores de gasto energético correspondentes a

uma determinada atividade física. • ADE: ação dinâmica específica dos alimentos:

o 24**06,0 MBADE = (21); ou seja, 6% do metabolismo basal estimado por 24 horas.

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Apêndices Fett, CA 59

APÊNDICES APÊNDICE 1 Esclarecimentos aos sujeitos da pesquisa e termo de consentimento

1. Nome da Pesquisa: Avaliação metabólica nutricional de obesas no basal e após tratamento com dieta hipocalórica e treinamento em circuito ou caminhada.

2. Pesquisador responsável: Júlio Sérgio Marchini CRM Nº: 28955 3. Promotores da pesquisa: Carlos Alexandre Fett, CREF Nº 329-G/MT e

Sandra Regina Oyama 4. Patrocinador que apóia financeiramente a

pesquisa: Não tem. 5. Descrição das informações que deverão

ser obrigatoriamente prestadas aos sujeitos da pesquisa:

5.1 - A justificativa e o objetivo da pesquisa:

É de grande interesse a resposta metabólica de indivíduos obesos aos exercícios aeróbios (caminhada) e anaeróbios (musculação). A pesquisa comparará os efeitos os efeitos de dois meses de caminhada ou circuito, associado a dieta equivalente ao metabolismo basal, sobre variáveis metabólicas e de composição corporal.

5.2. Os procedimentos que serão utilizados e o seu propósito, bem como a identificação dos procedimentos que são experimentais.

Serão realizadas as seguintes intervenções na pesquisa: ! Coleta de sangue: serão coletadas

amostras de sangue no início e final da pesquisa;

! Coleta de urina de 24 horas: os indivíduos deverão coletar toda a urina em um recipiente durante o período de 24 horas, no início e fim do estudo;

! Calorimetria: deverão comparecer as 7:00 na Unidade Metabólica 5º andar do HC de Ribeirão Preto em jejum de 12 horas;

! Testes físicos: serão realizados testes máximos de esforço em esteira; teste de 1 repetição máxima (1 RM - serão realizados 3 exercícios na musculação a fim de determinar a carga máxima que será

levantada em cada um deles: supino, remada baixa, leg press); serão realizados testes de resistência máxima (1 minuto de duração), para os exercícios abdominais e flexão de braço, teste de impulsão e teste de flexibilidade.

5.3. Os desconfortos e os riscos existentes para os sujeito da pesquisa:

Será realizada avaliação médica e observados critérios de exclusão e execução orientada de todos os esforços físicos. Os riscos são mínimos, sendo os procedimentos de coleta rotina da Unidade Metabólica.

5.4. Os benefícios esperados pela pesquisa:

Espera-se poder determinar qual das 2 intervenções é mais eficiente para a prevenção e tratamento da obesidade.

5.5. Em havendo despesas para o paciente, decorrentes de sua participação na pesquisa, informar a ele a forma de como se dará a cobertura dessa despesa, bem como o nome da empresa que se responsabilizou pelo ressarcimento:

Não haverá despesas decorrentes do estudo para o paciente. Serão utilizados os procedimentos de rotina da Unidade Metabólica e o que for utilizado no estudo será fornecido aos mesmos.

5.6. A forma de acompanhamento e da assistência que será dada ao paciente, bem como aos seus responsáveis, se necessário, no caso de menores ou incapazes:

Os sujeitos serão maiores de 18 anos. Os indivíduos serão acompanhados pela equipe, por um período adicional de pelo menos 6 meses, ou até atingirem a independência para controle do peso corporal.

5.7. A forma de indenização ao paciente, diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa, bem como o nome da empresa que se responsabilizou por essa indenização:

Todos os procedimentos são usuais da rotina da Unidade Metabólica e Ambulatório de Obesidade. Não serão introduzidos técnicas novas invasivas ou que possam oferecer risco aos pacientes. Os mesmos são regularmente orientados para seguirem um programa de atividades físicas nos procedimentos de rotina. Ribeirão Preto: 18/06/2002.

Page 76: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Apêndices Fett, CA 60

Prof. Dr. Julio Sérgio Marchini Carlos Alexandre Fett

Termo de consentimento esclarecido

Eu...........................................................................abaixo assinado, tendo sido devidamente esclarecido sobre todas as condições que constam do documento ESCLARECIMENTO AOS SUJEITOS DA PESQUISA, de que trata o PROJETO DE PESQUISA INTITULADO: Avaliação metabólica nutricional de obesas no basal e após tratamento com dieta hipocalórica e treinamento em circuito ou caminhada, que tem como pesquisador responsável o Sr. Carlos Alexandre Fett, especialmente no que diz respeito ao objetivo da pesquisa, aos procedimentos que serei submetido, aos riscos e aos benefícios, a forma de ressarcimento no caso de eventuais despesas, bem como a forma de indenização por danos decorrente da pesquisa, declaro que tenho pleno conhecimento dos direitos e das condições que me foram asseguradas, a seguir relacionadas: ! A garantia de receber resposta a qualquer

pergunta ou esclarecimento de qualquer dúvida a respeito dos procedimentos, riscos, benefícios e de outras situações relacionadas com a pesquisa e o tratamento que serei submetido;

! A liberdade de retirar meu consentimento e de deixar de participar do estudo, a qualquer momento sem que isso traga prejuízo na continuidade de meu tratamento;

! A segurança de que não serei identificado e que será mantido o caráter confidencial da informação relacionada a minha privacidade;

! Compromisso de que será prestada a informação atualizada durante o estudo, ainda que esta possa afetar minha vontade de continuar participando;

! Compromisso que serei devidamente acompanhado e assistido durante todo o período de minha participação no projeto, bem como que será garantida a continuidade do meu tratamento, após a conclusão dos trabalhos de pesquisa;

! Não haverá despesas decorrentes do estudo para os participantes;

! Todos os procedimentos já são rotina na Unidade Metabólica e Ambulatório de

Obesidade, não havendo riscos inerentes ao trabalho de pesquisa;

! Não cabe ao Hospital das clínicas de Ribeirão Preto qualquer responsabilidade quanto a indenizações pertinentes ao estudo.

! Declaro ainda que concordo inteiramente com as condições que me foram apresentadas e que livremente manifesto a minha vontade em participar do referido projeto.

Ribeirão Preto: / / Assinatura: APÊNDICE 2 Orientações e modelo do registro alimentar

Neste apêndice está o modelo de ficha

utilizado no estudo para orientação do registro alimentar. Cada participante recebia uma cópia como esta, e o registro alimentar era realizado durante uma semana, antes (M1) e após as intervenções (M2).

Page 77: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Apêndices Fett, CA 61

TABELA 15. Orientações e modelo do registro alimentar.

! Nome: ! O que é?

! Consiste no registro do consumo alimentar realizado pelo próprio i ndivíduo. É importante que você não mude seus hábitos, só porque está anotando, senão a sua avaliação ficará prejudicada

! Para que serve? ! Serve para que

possamos conhecer os hábitos alimentares e calcular ingestão média de alimentos. Isso é de extrema impor tância para elaborar o plano alimentar.

! Como preencher o registro? ! Refeição/hora: anotar

qual foi a refeição (almoço, jantar...)

! Local: onde a refeição foi realizada (casa, restaurante, etc)

! Preparações: anotar o modo de preparo (frito, cozido, assado, bat ido,...)

! Quantidade: anotar as quantidades ingeridas da preparação medidas em: colher, xícara, copo, etc...

Etc..............

1 copo de requeijão

Leite

4 unidades Bala chita 15:00: casa

1 pedaço médio Bife frito

2 col heres de sopa

Feijão preto

2 colheres de sopa

Arroz

1 folha grande Alface Almoço: 12:00/casa

2 pontas de faca Margarina

1 unidade Pão francês

1 copo duplo e 2 colheres de sopa cheias

Leite achocolatado

Café: 7:30/casa

Quantidade Preparação Refeição: hora/local

Page 78: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Apêndices Fett, CA 62

APÊNDICE 3 Cálculo estatístico para determinar o poder do teste baseado no tamanho da amostra (n)

Para testar o poder estatístico, foram

construídas curvas da função poder para diferentes tamanhos de amostra. Devido ao grande número de variáveis e testes estatísticos utilizados, não foi criado uma curva específica para cada um. Para tanto, foi utilizado o IMC como referência pois era o critério de inclusão no estudo. Embora o poder seja específico para cada variável e teste estatístico utilizado, foi escolhida uma variável e um teste, considerando-se a importância deles para o estudo, esperando que possa dar uma idéia geral do número (n) de sujeitos necessário. Como a curva foi construida para duas médias, quando da comparação de uma média (M1 x M2) o n estimado é a metade do valor que aparece na tabela (DAWSON e TRAPP, 1994). Supondo que as duas amostras sejam provenientes de populações normalmente distribuídas para a variável IMC, com variâncias iguais e conhecidas (σ2

1 = σ22 =

1,80), ou seja, d1 = µpós µpré (a diferença entre as médias do IMC antes e depois da intervenção, para uma população 1) e d2 = µpós µpré (a diferença entre as médias do IMC antes e depois da intervenção, para uma população 2). A hipótese nula testada é H0: d1 d2 = θ contra a alternativa H1: d1 d2 ≠ θ (PAGANO e GAUVREAU, 2004).

A figura 5 mostra a função poder para tamanhos diferentes de amostras. Na tabela 1, estão os valores da função poder. Foi considerado que um valor de duas unidades como diferença no IMC seria biologicamente

importante (destacado em negrito). Observa-se na tabela, que para comparação entre os dois grupos (CIRC x CAM), ou para comparação entre os momentos (M1 x M2), a maioria das comparações teria um poder igual ou maior a 0,915.

-6 -4 -2 0 2 4 6

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

θ

γ(θ)

n1=5, n2=5n1=10, n2=10n1=14, n2=13n1=20, n2=20

Figura 7. Função poder teste t - Student, considerando-se o índice de massa corporal (IMC, kg/m2) como variável. Os valores do eixo x são as mudanças unitárias no valor do IMC e do y, o poder do teste em porcentagem (x 100).

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Apêndices Fett, CA 63

TABELA 16. Valores da função poder, considerando-se o índice de massa corporal como varíavel IMC

γ (θ)

θ n1=5, n2=5

n1=10, n2=10

n1=14, n2=13

n1=20, n2=20

-4,50 1,000 1,000 1,000 1,000 -4,25 0,999 1,000 1,000 1,000 -4,00 0,997 1,000 1,000 1,000 -3,75 0,993 1,000 1,000 1,000 -3,50 0,985 1,000 1,000 1,000 -3,25 0,969 1,000 1,000 1,000 -3,00 0,942 0,999 1,000 1,000 -2,75 0,900 0,996 1,000 1,000 -2,50 0,838 0,986 0,998 1,000 -2,25 0,755 0,963 0,992 1,000 -2,00 0,654 0,915 0,972 0,997 -1,75 0,541 0,831 0,923 0,985 -1,50 0,424 0,705 0,827 0,942 -1,25 0,313 0,549 0,677 0,838 -1,00 0,218 0,385 0,490 0,654 -0,75 0,143 0,240 0,306 0,424 -0,50 0,091 0,133 0,162 0,218 -0,25 0,060 0,070 0,077 0,091 0,00 0,050 0,050 0,050 0,050 0,25 0,060 0,070 0,077 0,091 0,50 0,091 0,133 0,162 0,218 0,75 0,143 0,240 0,306 0,424 1,00 0,218 0,385 0,490 0,654 1,25 0,313 0,549 0,677 0,838 1,50 0,424 0,705 0,827 0,942 1,75 0,541 0,831 0,923 0,985 2,00 0,654 0,915 0,972 0,997 2,25 0,755 0,963 0,992 1,000 2,50 0,838 0,986 0,998 1,000 2,75 0,900 0,996 1,000 1,000 3,00 0,942 0,999 1,000 1,000 3,25 0,969 1,000 1,000 1,000 3,50 0,985 1,000 1,000 1,000 3,75 0,993 1,000 1,000 1,000 4,00 0,997 1,000 1,000 1,000 4,25 0,999 1,000 1,000 1,000 4,50 1,000 1,000 1,000 1,000 θ = varição dos valores do IMC; γ (θ) = poder do teste de acordo com o tamanho da amosta

APÊNDICE 4 Exame clínico

As tabelas a seguir, são relacionadas aos

dados coletados em reuniões, exame clínico e tabulam as principais avaliações nos M1 e M2. O escore das tabelas, é o número de sujeitas (n) que se submeteram a um determinado teste ou apresentavam certo resultado, sintoma ou doença e entre parenteses está o percentual relativo para o n

daquela avaliação ou classificação quanto a um determinado parâmetro. Três mulheres foram excluídas do estudo após exame clínico, por apresentarem algum(ns) fator(es) listado(s) nos critérios de exclusão. As principais observações do exame clínico estão agrupadas nos tópicos a seguir.

a) Principais avaliações realizadas nos

momentos 1 e 2 Na Tabela 17 encontram-se as principais

avaliações e coletas de dados, com o número de voluntárias (n), submetidas a cada uma delas. Algumas coletas do M2 não foram realizadas devido às voluntárias não terminado o estudo ou não comparecerem a um teste especifico. O total é relativo ao número de sujeitas que se submeteram a algum tipo de teste ou coleta, e não ao somatório de todos os itens.

TABELA 17. Resumo das principais avaliações nos momentos 1 (M1) e 2 (M2)

Avaliações M1 M2 Antropometria 52 28 Coleta de sangue 46 22 Coleta de urina de 24h 50 25 Teste de esforço 24 18 Testes físicos 45 21 Calorimetria 29 16 Total 54 28

b) Início da obesidade

Durante o exame clínico, foi investigada a fase correspondente da vida em que a obesidade iniciou (Tabela 18). O estudo incluía do sobrepeso a obesidade grau III, baseado no critério do IMC (Anexo B).

TABELA 18. Fase da vida em que a obesidade iniciou, relatada no exame clínico no momento 1 (n = 50). Ausência de obesidade (sobre-peso)

5 (10%)

Adolescência 12 (24%) Adulta 15 (30%) Casamento 1 (2%) Gravidez 13 (26%) Meia idade 4 (8%)

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Apêndices Fett, CA 64

c) História familiar de obesidade No exame clínico procurou se conhecer a

relação da obesidade pessoal com a de seus familiares. A Tabela 19 mostra o número de sujeitas que tem ou não pai, mãe e, ou irmãos obesos.

TABELA 19. História familiar de obesidade no momento 1 (n = 50). Parentesco/Presença Sim Não Pai obeso 17 33 Mãe obesa 22 28 Irmão obeso 24 26 Números gerais da obesidade e familiares Um familiar obeso 17 (34%) Dois familiares obesos 17 (34%) Três familiares obesos 4 (8%) Total (um ou mais parente obeso)

38 (76%) 12 (24%)

É apresentado na tabela o número (n) de sujeitas, relativo a ter (sim), ou não (não), aquele parente obeso.

d) Desconforto físico/emocional

Os principais sintomas de desconforto emocional e físico que foram relatados no exame clínico, estão listados na Tabela 20.

TABELA 20. Principais desconfortos físicos/emocionais relatados pelas voluntárias durante o exame clínico nos momentos 1 (M1) (n = 50) e 2 (M2) (n = 26). Dados obtidos de história médica Sintomas M1 M2

Sim Não Sim Não Ansiedade 30

(60%) 20

(40%) 5

(19%)21

(81%) Depressão 6

(12%) 44

(88%) 0

(0%) 26

(100%)Compulsão 17

(34%) 33

(66%) 3

(11%)13

(50%) Distúrbio do sono

16 (32%)

34 (68%)

0 (0%)

26 (100%)

Dor nas costas

26 (52%)

24 (48%)

7 (27%)

18 (69%)

Dor no joelho 17 (34%)

33 (66%)

5 (19%)

21 (81%)

É apresentado na tabela o número (n) de sujeitas e percentual, relativo a ter (sim), ou não (não), determinado sintoma.

e) Ingestão de leite e, ou café

No exame clínico foi feito levantamento do quanto era ingerido de leite e, ou café por dia pelas voluntárias. A Tabela 21 indica a faixa de volume diário ingerido destes dois alimentos em número de sujeitas em cada momento.

TABELA 21. Ingestão de leite, e ou café nos momentos 1 (M1) (n = 50) e 2 (M2) (n = 26). Alimento Leite Café Volume M1 M2 M1 M2

0-99 11 (22%)

2 (8%)

14 (28%)

8 (31%)

100-199 7 (14%)

1 (4%)

1 (2%)

1 (4%)

200-299 11 (22%)

2 (8%)

3 (6%)

4 (8%)

300-399 8 (16%)

5 (19%)

7 (14%)

4 (8%)

400-499 1 (2%)

1 (4%)

0 (0%)

3 (11%)

> 500 12 (24%)

14 (54%)

25 (50%)

6 (23%)

É apresentado na tabela o número (n) de sujeitas e percentual, relativo a faixa do volume (ml/d) ingerido de leite e, ou café.

f) Dislipidemias e obesidade abdominal

A Tabela 22 resume os dados relacionados principalmente a DACs, pré e pós intervenção. A tabela representa os dois grupos em conjunto a fim de observar os efeitos da atividade física sobre as variáveis. Foram estimados a partir das medidas antropométricas e resultados do exame de sangue e classificadas de acordo com referências (veja rodapé da tabela), para dislipidemias, valores limítrofes dos lipídios circulantes, e obesidade abdominal.

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Apêndices Fett, CA 65

TABELA 22. Prevalência de dislipidemias, lipídios limítrofes e obesidade abdominal. Fatores de risco Momentos de DCAs M1 M2 Dislipidemicas 10 (22%) 4 (18%) Lipídios limítrofes* 10 (22%) 2 (9%) Obesidade abdominal 46 (92%) 20 (74%) Referências: NCEP III, 2001; III DBD, 2001. A tabela representa o número de sujeitas e porcentagem (%), para cada fator analisado nos momentos 1 (M1), início do estudo (antropomentria, n = 50; exame de sangue, n = 46), e momento 2 (M2), final do estudo (antropometria n = 27; exame de sangue n = 22). *Lipídios limítrofes, foram usados para classificar qualquer fração do colesterol e, ou triglicerídios que estivessem na faixa limítrofe.

APÊNDICE 5 Antropometria x bioimpedância

A seguir são comparados resultados obtidos

pela antropometria e pela bioimpedância quanto a composição corporal. As amostras tiveram resultado de distribuição normal.

a) MMAntro x MMBia

Foram comparadas as massas magras estimadas por variáveis antropométrias e bioimpedância. A Figura 8 resume os resultados.

MMAntro X MMBia

0

10

20

30

40

50

60

MMAntro MMBia

kg

FIGURA 8. Comparação entre as médias obtidas para as massas magras calculadas por antropometria (MMAntro; SIRI, 1961), ou bioimpedância (MMBia; SEGAL et al., 1988). Não houve diferença estatística entre elas. b) %GAntro x %GBia

A Figura 9 mostra o resultado da comparação das médias do percentual de gordura

calculado por variáveis antropometricas e pela bioimpedância.

%GAntro X %GBia

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

1 2

%GAntro %GBia

%

FIGURA 9. Média e desvio padrão do percentual de gordura calculado por variáveis antropométricas (%GAntro; SIRI, 1961) e por bioimpedância (%GBia; SEGAL et al, 1988). APÊNDICE 6 - Deltas relativos

a) Delta relativo do percentual de gordura por antropometria (%GAntro)

É apresentado na Figura 10 a perda relativa do percentual de gordura para os dois grupos. Observa-se considerável redução de gordura para ambos os grupos.

Delta (%G)

-25,0

-20,0

-15,0

-10,0

-5,0

0,0

Del

taA

ntro

(%)

Del

taC

AM

(%)

%

FIGURA 10. Média e desvio padrão do ∆ (M2-M1) do percentual de gordura dos grupos circuito e caminhada. Não houve diferença estatística significante entre os ∆ do grupo circuito e caminhada (P = 0.116). Obs: Foi calculado o delta pela redução relativa do valor final em relação ao inicial, de acordo com fórmula a baixo. O valor inicial passou a ser os 100% que se tinha no inicio do estudo (M1), e valor final (M2), o quanto havia sido reduzido do percentual de gordura. Essa diferença é a perda relativa, para ajustar o cálculo para diferentes pesos iniciais. Ou seja, a perda de 10 unidades do percentual para uma pessoa que tem

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Apêndices Fett, CA 66

50% de gordura (↓20%), representa menos do que a mesma perda para uma que tenha 30% (↓33.3%).

100)/)100*()(% −=∆ BAG (23)

onde: • ∆(%G): delta (M1-M2) da porcentagem de gordura

calculada por antropometria (SIRI, 1961). • A: Valor final (M2) do percentual de gordura. • B: Valor inicial (M1) do percentual de gordura.

b) Delta relativo do índice abdômen/quadril (IAQ)

Na Figura 11 estão as perdas relativas para o IAQ. A redução do IAQ foi pequena, parecendo não ter importância biológica alguma.

Delta IAQ

-5,00

-4,00

-3,00

-2,00

-1,00

0,00

1,00

2,00

3,00

Del

taC

IRC

(%)

Del

taC

AM

(%)

%

FIGURA 11. Média e desvio padrão do ∆ (M1-M2) do IAQ dos grupos circuito e caminhada. Não houve diferença

estatística significante entre os ∆ do grupo circuito e caminhada (P = 0.122). Obs: Foi calculado o delta relativo pela redução percentual do IAQ no M2 em relação ao M1, de acordo com a fórmula a baixo:

100)/)100*( −=∆ BAIAQ (24) onde:

• ∆IAQ: delta (M1-M2) do índice cintura/quadril em cm.

• A: Valor final (M2) do IAQ. • B: Valor inicial (M1) do IAQ.

APÊNDICE 7 Dados sem tratamento estatístico

Neste apêndice estão os dados brutos,

antes de serem tratados estatisticamente, apresentados nas Tabelas 23 à 26. Das 76 mulheres que compareceram as reuniões, 54 sujeitas receberam algum tipo de avaliação, e utilizamos os dados de 50 sujeitas, pois quatro delas receberam apenas algumas medidas antropométricas. Várias sujeitas não terminaram o estudo, reduzindo o número de dados do M2 em relação ao M1. Algumas sujeitas não receberam todas as avaliações no M1, ou por se tratar de avaliação que utilizamos apenas uma amostra do grupo, ou por terem faltado a determinado teste/coleta, ou ainda por não terem entregado a amostra/questionário.

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Apêndices Fett, CA 67

TABELA 23. Dados brutos da antropometria e bioimpedância nos momentos 1 e 2. N E p1 p2 rc1 rc2 rs1 rs2 bru beu bcf bml 1 168 79,4 61 606 6,2 5,2 8,8 6,9 2 165 66,2 65 713 6,3 4,8 8,9 6 3 162 77 69 688 5,6 5,3 8,4 6,4 4 168,5 92,4 48 525 6,5 5,7 9,2 6,8 5 166 78,8 73,4 75 70 700 663 6,4 5,2 8,9 6,4 6 164,5 82,6 82 734 7,5 5,7 8,4 6,1 7 158,5 93,2 56 485 6,9 6,3 9,1 6,9 8 158,5 61,4 72 721 6,1 5 9,1 6,4 9 166 81,3 73 60 564 6,7 6,2 11,2 6,7 10 160 76,6 74,8 54 501 5,7 5,2 9,8 6 11 173 80,6 76,6 57 91 604 630 6,3 5,4 8,7 6,85 12 158 64,9 64,1 62 618 5,6 5,4 9,3 6,4 13 170 75,5 73 750 6,2 5 9,2 6,2 14 170,5 77,6 63 700 6,1 5,3 9,5 6 15 163 70,8 68,2 59 60 603 613 5,85 5,3 8,6 6,9 16 174,5 88,4 78,1 56 58 556 568 6,6 5,65 9,9 7 17 179,5 84,4 74 620 6,3 5,5 9,4 6,9 18 154,5 66 62,6 59 58 567 564 5,8 5,1 9 6,6 19 171 79 74,8 65 28 700 679 5,9 5,5 10,3 6,5 20 153,5 63,6 56,4 73 74 666 692 6,3 4,8 8,95 5,5 21 164,2 69,4 67,4 70 50 685 577 5,9 5 8,7 6,8 22 163,5 85,5 63 594 6,7 5,9 9,6 6,9 23 163 63,8 68 675 6,3 5,2 8,7 6,8 24 162,5 67 60,6 60 55 677 674 5,85 4,9 8,5 6,3 25 159,5 80 61 620 6,55 5,2 9,85 5,9 26 166 79 72 619 6 5,6 8,8 6,1 27 164,5 82,8 76 66 633 6,4 5,8 8,9 7 28 157 70,6 58 655 5,3 5,2 9,4 6,5 29 167 103,8 93,2 42 481 6,8 6,3 10,9 8,1 30 176 97,8 93 55 53 516 528 7,3 6,3 11,1 6,8 31 162 77,2 65 661 6,5 5,3 10 5,4 32 164 105,4 54 484 5,9 5,9 10,6 7,5 33 154 76 70,3 5,9 5,5 9,6 6,4 34 156,5 62 55,3 68 62 605 652 6,7 5,2 9,4 6,5 35 159,5 88 57 560 6,4 5,5 10,5 7 36 160 79 72,7 74 627 6,7 5,3 8,6 6,3 37 162 82 59 517 6,3 5,5 9,5 6,4 38 158 72,5 72,4 6,6 5,2 8,7 6 39 163 60,5 59,8 62 665 6,7 5,2 8,4 6,2 40 167 81,1 77,8 56 681 6,6 5,1 10,55 6,3 41 163 98,8 88,2 65 66 591 595 6,1 5 10,5 6,7 42 170 103,6 48 534 6,5 6,4 10,4 6,4 43 159 99,6 97,9 59 53 594 523 6,3 5,2 10,2 6,6 44 173,5 100,8 96,7 57 58 531 492 6,9 6,5 9,9 7 45 165,5 110,4 52 507 46 157 85 82,6 58 62 511 527 6,1 5,6 10,5 6,5 47 165,5 50 496 6,7 5,9 9,8 6,9 48 173 103,8 49 589 49 157 141,6 133 48 53 495 557 7 5 10,9 6,7 50 164 97,4 88,8 53 54 563 530 7,2 5,6 9,9 7,4 n, número da voluntária; e, estatura (cm); p, peso (kg); rc, reactância (Ω); rs, resistência (Ω); bru diâmetro biestilóide radio-ulnar (cm); beu: diâmetro biepicôndilo umeral (cm); bcf: diâmetro bicôndilo femural (cm); bml: diâmetro bimaleolar (cm); 1 e 2, momentos 1 e 2 (M1 e M2).

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Apêndices Fett, CA 68

TABELA 24. Dados brutos das medidas antropométricas das pregas cutâneas nos momentos 1 e 2. n pt1 pt2 pb1 pb2 pp1 pp2 pse1 pse2 psi1 psi2 Pab1 pab2 pcx1 pcx2 ppa1 ppa2 1 28 15 13 35 30 43 50 32 2 21 9 9 34 15 32 50 30 3 39 14 14 32 37 57 48 27 4 41 22 17 51 41 64 64 26 5 33 23 20 16 20 20 50 34 50 34 55 39 67 52 42 27 6 37 13 11 39 60 58 59 27 7 35 18 12 38 72 72 57 46 8 27 10 7 21 21 42 27 27 9 39 25 18 18 17 12 43 34 54 31 70 51 56 43 35 23 10 30 26 14 13 16 15 40 34 41 33 53 45 30 26 17 19 11 23 18 11 7 13 10 34 23 36 22 50 32 32 21 18 20 12 25 20 12 10 13 11 28 15 23 28 37 28 55 39 26 25 13 22 9 18 34 52 55 54 28 14 30 17 15 38 46 57 49 38 15 21 21 8 7 10 11 25 18 32 22 33 30 29 32 20 21 16 35 25 17 11 22 10 46 27 41 23 59 39 57 41 35 25 17 25 10 7 33 30 38 40 27 18 24 20 8 5 12 8 32 26 28 27 39 30 43 27 21 19 19 32 22 16 12 14 11 47 35 35 22 45 34 37 29 25 24 20 37 28 22 13 16 17 32 25 40 32 61 47 43 40 20 16 21 29 24 11 12 10 8 22 19 24 17 22 15 41 36 27 20 22 30 10 20 46 42 50 30 20 23 20 11 15 35 36 50 31 23 24 21 13 11 9 11 11 31 18 42 23 53 41 42 37 25 24 25 40 21 18 43 47 54 57 33 26 31 16 11 39 39 62 43 35 27 25 20 20 14 15 9 31 23 58 36 56 41 58 41 16 14 28 37 20 27 30 35 42 46 31 29 40 27 21 12 21 17 54 41 54 36 64 58 70 59 50 43 30 39 39 23 16 19 15 43 37 42 32 50 44 58 43 25 22 31 38 17 16 30 55 55 62 49 32 48 23 24 42 55 72 70 40 33 47 29 22 20 23 15 40 33 40 30 59 52 57 45 29 26 34 30 18 19 12 17 14 27 24 30 20 49 36 38 33 29 26 35 25 16 8 39 44 45 55 44 36 27 16 22 10 22 20 45 39 70 50 58 52 53 47 27 20 37 28 13 21 38 39 51 40 28 38 30 32 20 20 25 21 51 37 36 32 55 51 52 44 23 23 39 31 26 28 17 16 12 35 23 36 24 49 42 37 32 31 26 40 45 35 21 18 20 10 35 33 47 45 70 55 70 56 47 33 41 36 31 18 15 24 17 43 34 44 41 58 56 57 53 37 33 42 51 15 25 57 47 57 55 52 43 50 51 18 22 35 24 40 31 50 50 70 61 68 57 41 29 44 46 30 18 14 27 16 46 45 56 47 76 54 61 42 47 38 45 39 24 31 47 50 72 72 45 46 35 31 15 13 15 10 42 41 58 51 56 60 55 47 47 41 47 43 24 27 42 47 68 71 42 48 52 19 33 50 51 70 72 45 49 68 54 29 20 28 26 69 59 67 51 75 71 72 67 50 43 50 41 26 11 12 21 15 40 25 46 37 60 47 61 58 46 44 n, número da voluntária; p, pregas (mm); pt, do tríceps; pb, do bíceps; pp, do peitoral; pse, da sub-escapula; psi, da supra-ilíaca; pab, do abdômen; pcx, da coax; ppa, da panturrrilha, 1 e 2, momentos 1 e 2 (M1 e M2).

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Apêndices Fett, CA 69

TABELA 25. Dados brutos do exame de sangue e coleta de urina, nos momento 1 e 2. n gli1 gli2 au1 au2 ct1 ct2 tg1 tg2 hdl1 hdl2 ldl1 ldl2 nu1 nu2 nd1 nd2 1 94,5 4,1 145 76 51 78 1,9 2 93,4 4,4 147 46 66 71 1,5 3 85 4,8 141 78 43 82 2,3 4 85,7 5,6 182 116 54 104 2,3 5 93,6 6,2 4,3 198 178 69 37 84 69 100 101 139,9 -52,8 22,4 -8,4 6 97 5,7 188 134 56 105 146,9 7 95,6 6,9 162 55 50 101 141,3 8 83,9 3,5 166 58 63 91 9 90,8 5,9 198 117 51 123 172,1 27,5 10 106,9 97 6,1 5,7 210 183 115 92 59 60 128 104 2,4 145,5 11 85,3 76,7 4,5 3,9 180 153 112 90 86 58 71 77 12 13 83 6,6 194 66 67 113 14 81,6 4,1 130 103 41 68 2,1 15 103,2 86,4 3,9 3 149 164 27 56 65 65 78 87 1,5 16 86,8 82,8 4,5 2,7 169 199 101 77 66 66 82 117 1,7 2,0 0,3 0,3 17 87,8 4,2 184 100 58 106 2,1 18 98,4 90,4 5,6 5 192 158 83 68 58 117 2,2 -0,1 13,0 11,0 19 100,9 96,5 4,2 4 160 154 56 63 53 47 95 94 2,1 2,2 13,0 11,0 20 99,7 91,8 4,7 3,9 192 164 135 86 44 37 121 109 3,0 3,0 13,0 11,0 21 94 88,8 3 2,6 178 190 65 99 72 69 93 101 1,7 1,8 13,0 11,0 22 97,3 5 195 70 46 135 2,9 23 89,6 4,3 165 102 76 68 1,5 24 3,1 232 135 56 149 2,8 -0,1 13,0 11,0 25 87,4 5,9 169 76 44 109 26 118 5,3 175 161 35 107 3,4 27 111,5 98,4 4,2 3,8 161 142 74 48 55 48 91 84 1,9 2,0 0,3 0,3 28 90,1 4,5 241 100 69 152 2,3 29 86,7 85,3 3,7 3,2 224 196 76 70 68 46 140 136 2,2 2,9 0,3 0,5 30 119,5 5,2 174 147 29 111 4,1 31 90,1 3,2 118 38 50 60 32 102,8 6 192 161 65 94 1,9 33 90,6 95,4 3,9 3,8 184 181 104 88 64 54 99 109 34 105,1 85,6 4,2 4,2 165 159 101 52 62 55 82 93 1,7 1,9 0,3 0,3 35 36 92,1 89,5 6,7 5,3 185 198 121 109 41 35 119 141 37 106,3 8 236 107 48 166 38 103,7 6,7 149 76 59 74 39 87 93,4 5 5,1 232 247 122 135 47 160 40 105,6 90,2 6,1 4,9 199 204 104 73 45 133 41 96 89 5,4 4,8 177 148 343 137 36 35 72 85 100,7 2,9 42 81 3,7 167 59 54 101 141,3 43 85 95,9 6,1 8,1 236 214 146 160 58 69 148 113 147,9 158,1 44 98 94,6 5,2 4,2 204 184 86 64 50 48 136 123 190,3 172,1 45 102 7,3 192 137 40 124 86,7 46 84 75,1 4,8 5,5 222 210 123 137 47 50 150 132 209,9 184,7 33,6 29,6 47 73 5,3 215 134 71 117 163,6 48 78 4,5 214 233 57 110 77,0 49 87 87 7,3 6,6 208 167 114 129 43 36 142 105 99,4 146,9 15,9 23,5 50 78 85,7 4,4 4,1 141 143 63 33 45 49 83 87 58,0 2,0 9,3 0,3 n, número da voluntária; gli, glicose (mg/dL); au, ácido úrico (mg/dL); ct, colesterol total (mg/dL); tg, triglicérides (mg/dL); hdl, HDL-colesterol (mg/dL); ldl, LDL-colesterol (mg/dL); nu, nitrogênio urinario (gN); nd, nitrogênio da dieta (gN); 1 e 2, momentos 1 e 2 (M1 e M2).

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Apêndices Fett, CA 70

TABELA 26. Dados brutos dos testes físicos. n vm1 vm2 fcm1 fcm2 rms1 rms2 rmlp1 rmlp2 rmrb1 rmrb2 rab1 rab2 rfl1 rfl2 1 35 80 45 32 3 2 37 70 40 34 30 3 42 95 55 30 15 4 5 36,3 46,1 178 178 27 30 75 85 35 36 23 25 11 20 6 7 40 110 45 18 20 8 37 75 45 37 10 9 41,2 48,3 174 181 40 41 75 100 45 46 12 18 12 10 10 31,9 174 42 45 110 119 47 50 21 15 12 20 11 41,8 45,0 173 176 37 46 95 90 45 56 26 30 4 26 12 35 42 110 115 40 37 24 25 17 29 13 14 20 60 30 23 4 15 29,4 36,9 168 185 35 80 40 27 15 16 36,2 43,8 183 187 35 37 70 70 45 47 5 16 4 5 17 18 45,2 53,6 191 189 40 47 110 115 45 50 23 24 30 25 19 34,6 42,9 146 159 27 37 40 50 30 37 24 29 2 0 20 32,2 32,8 183 183 32 35 50 55 30 40 21 22 13 20 21 46,3 42,5 169 156 30 37 65 75 30 35 25 25 30 28 22 34,5 165 23 27 60 30 25 24 25 65 30 25 26 42 80 45 13 3 27 25,4 39,9 156 169 40 37 60 75 45 50 23 25 8 5 28 29 23,7 163 15 20 40 9 5 30 45 47 70 65 60 65 23 28 9 22 31 15 70 35 14 10 32 35 80 30 6 9 33 27,8 33,8 159 160 35 45 100 102 45 50 16 16 22 25 34 32,8 42,7 155 174 30 32 90 92 25 30 25 24 25 17 35 36 30,9 37,0 168 173 30 35 50 65 25 35 15 17 16 23 37 27,2 162 35 80 45 15 4 38 25 45 30 11 4 39 25 55 30 7 40 25 55 35 7 7 41 36,6 36,4 153 157 37 48 95 100 50 59 31 32 30 34 42 30 90 40 10 0 43 29,4 35,7 169 168 30 45 65 84 55 57 4 7 2 1 44 40 47 75 79 65 65 12 23 12 6 45 42 85 50 17 5 46 27,7 27,3 181 181 40 50 105 119 65 70 24 32 22 41 47 39,9 180 45 105 55 15 10 48 27,7 174 30 75 45 16 0 49 15,5 22,6 183 111 30 37 75 85 55 60 18 2 50 37,8 45,5 185 195 35 48 85 105 45 50 22 27 6 15 n, número da voluntária; vm, VO2max (L/min); fcm, freqüência cardíaca máxima (btm); rm, repetição máxima (kg) dos exercícios; rms, supino; rmlp, leg press; rmrb, remada baixa; rab, resistência abdominal (número de repetições); rfl, resistência flexão de braços (número de repetições)

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Apêndices Fett, CA 71

APÊNDICE 8 Artigos para publicação

A seguir encontram-se três artigos em análise para publicação e os jornais para os quais foram enviados. Cada artigo esta editado de acordo com as normas de publicação do respectivo jornal. Aqui a fim de padronização dos nossos apêndices, eles são apresentados em espacejamento simples, mas foram encaminhados para as revistas em espaço duplo. Artigo 1

To: Birgitte Kjaer Editorial Office Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports Sports Medicine Research Unit Department of Rheumatology H, Building 8, 1st floor Bispebjerg Hospital, Bispebjerg Bakke, 23, DK-2400 Copenhagen NV Denmark Tel: + 45 35 31 60 89 Fax: + 45 35 31 27 33

Ribeirão Preto: 02/12/2004.

Referent to manuscript: Obese womens fitness before and after 8 weeks of circuit or jogging training and a low-

calorie diet

Cover Letter This manuscript was edited in accordance with the author guidelines and references Hulens et al.

(2001, 2003), Wedderkopp (2004), and represents results of original work that have not been published (except as an abstract in conference proceedings). This manuscript has not and will not be submitted for publication elsewhere until a decision is made regarding its acceptability for publication in Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. If accept for publication, it will not be published elsewhere. Furthermore, there are not any perceived financial conflicts of interest related to the research reported in the manuscript. This research is not a part of a larger study. We (the authors), assume public responsibility by the manuscript information.

Best regards.

*Carlos Alexandre Fett [email protected] *Waléria Christiane Rezende Fett [email protected] *Sandra Regina Oyama - [email protected] *Vivian Marques Miguel Suen [email protected] *Júlio Sérgio Marchini - [email protected] *Working Address of all authors: Laboratory of Mass Spectrometry, Division of Nutrology, Department of Internal Medicine, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, 14049-900, Ribeirão Preto, SP, Brazil. (55) (0xx16) 6023375.

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Apêndices Fett, CA 72

Obese womens fitness before and after 8 weeks of circuit weight training or jogging and a low-calorie diet

Fitness of obese women

C. A. Fett2, W. C. R. Fett1, S. R. Oyama1, V. M. M. Suen1, J. S. Marchini1

1Laboratory of Mass Spectrometry, Division of Nutrology, Department of Internal Medicine, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, 14049-900 Ribeirão Preto, SP, Brazil, 2Faculty of Physical Education, Federal University of Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa, University Campus, Sport Gymnasium, 78068-900 Cuiabá, MT, Brazil.

Corresponding author: Carlos Alexandre Fett, Faculdade de Educação Física, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa, Cidade Universitária, Ginásio de Esportes, Cuiabá, MT, Brazil; Zip code: 78.068-900. Tel: 55 65 615 8830/ 55 16 602 3187

[email protected] or [email protected]

ABSTRACT Objective: The aim of this study was to observe the effect of eight weeks of circuit weight training (CWT) or jogging (JOG) on obese women. Materials and methods: Groups: CWT: n=14, body mass index (BMI, kg/m2) = 33±8 (mean±SD); age=33±10 (years), and JOG: n=12, BMI=29±3; age = 39±11. Training volume was 1 hour x 3 days/week in the first month and 1 hour x 4 days/week in the second adjusted by heart rate and Borg scale, plus a low-calorie diet. Results: Comparison between the beginning and the end of the study showed a significant reduction in weight, body fat percent and an increase in lean body mass in both groups. Arm muscle circumference increased only in CWT. CWT improved in six physical tests and JOG in three. Resting energy expenditure (REE) did not differ in either group and the nitrogen balance continued to be positive in both. Conclusion: Body composition and REE were similar for both groups but CWT showed a better physical performance. We suggest that the two types of exercise should be combined for the treatment of obesity and comorbid conditions. Key words: Body composition, resting energy expenditure, 1-RM, physical activity, nitrogen balance. Obesity can be defined as the accumulation of excess energy in the form of fat resulting from a disequilibrium between energy ingestion and expenditure (Nobre & Monteiro, 2003), influenced by a complex of genetic, environmental and behavioral factors (Aronne, 2002), and is considered to be one of the most serious problems of the 21st century (Chopra & Galbraith, 2002).

Several studies have shown that a sedentary life style predominates among obese people and may be the main cause of obesity (Vincent,

Pangrazi, Raustorp, Tomson, Cuddihy, 2003; Wickelgren, 1998), even more than overnutrition (Pescatello & VanHeest, 2000). Several studies have shown that a sedentary life style is increasing in different regions of the planet and among different ethnic groups (Vincent et al., 2003; Sichieri, 2000; Wedderkopp, Froberg, Hansen, Andersen, 2000; Chopra & Galbraith, 2002). In addition, there is evidence that weight reduction is qualitatively more effective when obtained by physical activity than by diet only. Thus, a diet without exercise reduces lean body mass (LBM)

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Apêndices Fett, CA 73

and basal energy expenditure (BEE) (Molé, Stern, Schultz, Bernauer, Holcomb, 1989). Exercises alone without calorie reduction diminish intra-abdominal fat (Ross, Dagnone, Jones, Smith, Paddags, Hudson, Janssen, 2000). A diet and exercise combination produces a greater body weight loss and helps maintain LBM (Molé et al., 1989). Therefore, circuit weight training (CWT) and aerobic exercise of low intensity such as jogging (JOG) are two types of training that can be used as co-adjuvants in the treatment of obesity.

Furthermore, it was demonstrated that physical fitness, of which habitual physical exercise is a major determinant, improves health and body composition status and reduces all cause mortality in obese people (Pescatello & VanHeest, 2000). Obese women have low physical fitness and effort tolerance, more susceptibility to pain and greater difficulty to sustain intense physical activity (Hulens, Vansant, Lysens, Claessens, Muls, 2001). However, it was demonstrated that obese women receiving a very low calorie diet and weight lift training could improve strength and physical fitness, without increasing lean body mass (Pronk, Donnelly, Pronk, 1992), suggesting this kind of training could be appropriate to improve the physical fitness of obese people. Additionally, strength has an influence on effort perception and is an important factor for personal independence. High BMI and body fat were inversely correlated with muscle strength in elderly women (Zoico, Di Francesco, Guralnik, Mazzali, Bortolani, Guariento, et al., 2004).

On the other hand, some authors have shown that the highest thermic effect of food (TEF) comes from protein sources (Jéquier, 2001), and high levels of fat intake are associated with the development of obesity (Bray & Popkin, 1998). However, there are controversies about the effect of macronutrients on the metabolic changes occurring in obese subjects submitted to exercise and/or a diet. No relation between TEF and diet composition (Suen, Silva, Tannus, Unamuno, Marchini, 2003), or between metabolism and a low-calorie diet (1099 kcal/day) with low protein ingestion (0.6 g/kg/d) has been observed in obese women (Marchini, Lambertini, Ferriolli, Dutra de Oliveira, 2001). Also, no relation has been reported between a higher prevalence of obesity and a greater fat consumption (Sichieri, 2000).

The first aim of this study was to assess the influence of two months of intervention with a moderate low-calorie diet containing slightly more protein and less fat, plus CWT or JOG on performance of physical tests by obese women that could reflect physical fitness. Secondly, to observe the effect of interventions on body composition. The third aim was to investigate alterations in metabolic indicators. And fourth, to compare the effect of two kinds of exercises on these variables.

Materials and methods The study was conducted on sedentary women aged 18 to 60 years with a body mass index (BMI, kg/m2) of 28 to 40. The subjects were submitted to physical examination performed by a physician of the Nutrology team of the Department of Internal Medicine, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo (FMRP-USP). Women with a history of metabolic diseases in addition to obesity such as diabetes, smokers and alcoholics (> 15 g ethanol equivalents/day), taking medications such as beta blockers (e.g., Propranolol ) and/or sympathomimetic drugs (e.g., Anfepramone ), who had been performing physical activities over the last 6 months (two or more weekly sessions of formal or informal physical activity), and with orthopedic limitations were excluded from the study. After an initial interview, the subjects were divided at random into two groups: CWT, submitted to circuit weight training (n = 14, BMI = 33 ± 8 (mean ± SD), age = 33 ± 10 years) and JOG, submitted to jogging training (n = 12, BMI = 29 ± 3, age = 39 ± 11 years). The groups trained for 60 minutes x 3 days/week during the first month and 60 minutes x 4 days/week in during the second. The intensity was adjusted to both groups by heart rate palpated at the wrist and by a modified Borg scale between 3-5 (moderate to hard) (Pollock, Wilmore, Fox III, 1986). CWT consisted of 15 stations of resisted exercise of 30 s each intercalated with 30 s of walking/jogging until completing a period of 40-45 minutes. JOG walked continuously for 45 minutes and the remaining 15 minutes were used for warm-up and for the cool down in both groups. The calorie supply for the two groups was similar to the respective resting energy expenditure (REE) and had the following composition: 20% protein, 20% fat and 60% carbohydrates. The Research Ethics Committee of the Faculty of Medicine of Ribeirão

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Apêndices Fett, CA 74

Preto approved the study and issued a free consent form, which was signed by all participants.

Measurements and date collections

Anthropometry Body weight (kg) and height (cm) were measured with a Filizola® electronic scale ID1500 (São Paulo, SP, Brazil) with 0.1 kg and 0.5 cm precision (Vannucchi, Marchini, Santos, Dutra de Oliveira, 1984). Skinfolds were measured using a Lange® adipometer (Beta Technology INC, Santa Cruz, CA, USA) with a constant pressure of 10 g/mm2 on the contact surface and 0.1 mm precision, with a 0-65 mm scale, for the measurement of the thickness of subcutaneous adipose tissue. The value considered was the mean of 3 consecutive measurements. Body density was calculated on the basis of the equation for three skinfolds for women corrected for age (Jackson, Pollock, Ward, 1980):

)0001392.0()0000023.0()0009929.0(0994921.1

2 YXXBD

−+−=

Where: BD = body density (g/ml); X = sum o the triceps, suprailiac and thigh skinfolds in mm; Y = age in years.

Percent fat was obtained from the

calculation of BD (Siri, 1961):

100]5.4)/95.4[(% ×−= BDF

Where: %F = fat percent calculated from the anthropometrics variables; BD = body density.

Once total weight and fat percent were

obtained, fat body mass (FM) was calculated from the following data:

100/)%( FPFM ×= Where: FM = fat body mass (kg) calculated from the anthropometrics variables; %F = fat percent.

Lean body mass (LBM, kg) was obtained by

subtracting FM from total weight. The abdominal circumference (AbC, cm)

was assessed in the standing position in parallel to the ground above the umbilical scar using a

flexible non-extensible metal tape with 0.1 cm precision.

Arm muscle circumference (AMC) was calculated by the formula:

)( π×−= TFACAMC

Where: AC = circumference at the midpoint of the arm in cm; TF = triceps fold in cm. Physical tests Six physical tests were carried out with the purpose of investigating general physical performance.

Tests 1 to 3: One-repetition-maximum (1-RM), corresponds to the maximum load lifted once for a given exercise. The subject made an attempt to lift the weight and, depending on the degree of difficulty/facility and the muscle group involved, the load was increased in a range from 1 to 5 kg and 2 to 3 minutes of rest was allowed between attempts (Fett, Naílsa, Burini, 2002). Test 1: 1-RM bench press (BP) (triceps, shoulders and chest). Test 2: 1-RM leg press (LP) (thighs and glutei). Test 3: 1-RM seat low rowing (LR) (biceps, shoulders and back).

Test 4: maximum oxygen consumption (VO2max), was assessed on 2 electric treadmills (model E17A®, Del Mar Reynolds Medical, Inc. Irvine: CA, USA, and model KT 10200®, Inbramed, Porto Alegre: RS, Brazil) using the Ergo PC13® program of Micromed and the ECG digital Micromed program (Micromed Biotecnologia Ltda, Guará II, Brasilia: DF, Brazil) and the Bruce protocol. The execution of the tests was supervised by the service of the Cardiology Section, University Hospital of FMRP-USP. This protocol starts with a zero load followed by an increase of 25 watts every 3 minutes, the velocity is maintained at 60 rpm throughout the test, and VO2max is calculated by the following formula (Pollock et al., 1986).

322 012.0379.18.14 TTVO −−=

Where: VO2 (L/minute) = volume of oxygen consumed per minute; T = time, total duration of the test in minutes.

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Apêndices Fett, CA 75

Test 5: the abdominal resistance test (AbR) was performed with the subjects lying on their back on a floor mat, with knee flexed, feet in contact with the floor at 30.5 cm from the buttocks and opened by the width of the shoulders. The subjects were then asked to lift their back from the floor and touch their knees with hands and to repeat this movement.

Test 6: The push up resistance test (PuR) was performed with the subjects lying in ventral decubitus, hands resting on the floor at a width greater than the shoulders. They were instructed to place the knees at an angle of more than 90º, avoiding ante- or retroversion of the hip and increasing lordosis, keeping the spine aligned. The breast had to touch the ground at each movement and the arms were supposed to be fully extended around. In both resistance tests, the highest possible number of repetitions had to be executed in one minute or until muscular fatigue occurred, and the women were not permitted to restart the movement (Pollock et al., 1986). Nitrogen balance Urine collection and measurement of urinary nitrogen (UN): For 24 hour urine collection, the first morning urine was discarded and all the urine excreted thereafter was collected until the first urine of the subsequent morning. UN was measured by the Kjeldahl method, which consists of acid digestion that transforms the nitrogen (N) of the sample to ammonia (NH4), which is later, separated by distillation and finally measured by titration (Munro & Fleck, 1969).

The nitrogen balance (NB) was estimated by subtracting excreted N from total ingested N. NB is obtained according to the following formula:

NeNiNB −= Where: NB = Nitrogen balance (g); Ni = Ingested nitrogen (g); Ne = Excreted nitrogen, (urinary N (g) + 2 g/day).

To calculate ingested dietary N, it is

assumed that each gram of N represents 6.25 g of ingested protein (Munro & Fleck, 1969), which is calculated by computing the food record:

25.6/PtN =

Where: N = dietary nitrogen (g); Pt = total dietary protein (g). Resting energy expenditure (REE) To measure the REE a mobile Vmax 29® Sensor Medics instrument (Yorba Linda, CA, USA) was used for data analysis. Subjects breathed trough a three-way valve and ventilation was determined. Expired gas samples from a mixing chamber were analyzed for oxygen and carbon dioxide concentration. The system was calibrated before each test using standard gases of known oxygen and carbon dioxide concentration. Data were average every 30 s and they were used to calculate oxygen uptake (VO2), carbon dioxide (VCO2), expired ventilation (VE) and respiratory quotient (RQ). The volunteers arrived at the Metabolic Unit of the University Hospital, FMRP-USP, starting at 7:00 a.m. (one subject was scheduled for each 30 minutes period until 9:00 a.m.) after 12 hours fast. They rested in the sitting position for 30 minutes and in the supine position for an additional 30 minutes. While she was still lying down, indirect calorimetry was measured for 30 more minutes. The volunteer remained in absolute rest, also avoiding conversation, but was not allowed to sleep.

Daily REE was calculated by the equation of Weir (1949):

14401.194.3)( 22 ×+== VCOVOkREE Where: REE = resting energy expenditure (kcal/day); VO2 = maximum volume of oxygen consumed (L/minute); VCO2 = volume of produced carbon dioxide (L/minute); 1440 = number of minutes per day.

Statistics Data are reported as means and standard deviation (M±SD) and were compared between the beginning (T1) and the end (T2) of the study for each group. When data did not show normal distribution the Wilcoxon test was used and when data showed normal distribution the paired t-test was used. The comparison between groups was performed on the basis of the variation for each group (∆ = T2-T1) using the Mann-Whitney test for independent samples when distribution was not normal, or the unpaired t-test when distribution

Page 92: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Apêndices Fett, CA 76

was normal. The level of significance was set at 5% with a 95% confidence interval in all analyses.

Results A list of the main abbreviations used in the study is providing in Table 1.

A significant reduction of weight, %F, FM, AbC and an increase in LBM were observed in both groups (Figures 1 and 2), whereas AMC increased significantly only in CWT (Figure 2).

CWT showed a significant improvement in all six physical tests performed, while JOG only in BP, VO2max and AbR (Table 2). The groups did not differ in REE and CWT showed a significant decrease in NB, whereas JOG showed an increase, but the parameter remained positive in both groups throughout the study (Figures 3 and 4, respectively). Only ∆ of NB differed between groups (P<0.05).

Discussion In the relatively short period of two months, both groups demonstrated improved body composition, physical conditioning, maintenance of REE and of positive NB. In addition, AbC, an indicator of risk of coronary artery disease, was significantly reduced in both groups (Lee, Blair, Jackson, 1999). Longer programs (18 months), supervised or not, have obtained similar results (Pinto, de Meirelles, Farinatti, 2003).

Both groups showed an increase in LBM, but only CWT showed an increase in AMC. A weight loss due to calorie restriction has a negative effect on LBM and BEE, which however, both can be reversed by jogging exercise (Molé et al., 1989). However, for muscle hypertrophy to occur, a training overload is necessary, a fact that is more evident in resisted activities (Fett et al., 2002) such as those included in the present CWT protocol. This may explain, at least in part, the increase in AMC in this group only. The increase in LBM observed in JOG may have been due to the fact that these are sedentary women and forced jogging had an overload effect during the initial period of adaptation (Wilmore & Costill, 1999). In addition, it has been demonstrated that untrained obese women are more susceptible to pain, a fact that impairs their adhesion to training (Hulens et al., 2001), with lower physical performance and synthesis of contractile tissue. The feeling of discomfort from physical effort perceived by obese

people is not only due to overweight, but also to the perceived discomfort and pain (Hulens, Vansant, Claessens, Lysens, Muls, 2003). However, it appears that the proposed protocols reversed, at least in part, these effects, especially in CWT.

Another favorable aspect was the positive NB throughout the study, keeping or increasing the LBM of both groups. A positive NB is related to protein synthesis, which depends on training muscle stimulus, preventing excessive losses even in situations of low calorie intake (van Loan, Keim, Barbieri, Mayclin, 1994). However, an adequate calorie and protein supply is necessary to prevent a negative NB (Wolfe, 2000), impairing weight loss and the concomitant increase in LBM, as observed here. This indicates that the protein and calorie supply was adequate to result in fat catabolism and LBM maintenance.

CWT presented a better performance than JOG regarding the physical tests. This result was probably due mainly to the intensity of muscle contraction in CWT. In this respect, Lafortuna, Resnil, Galvani and Sartorio (2003), compared an exercise protocol with low-volume and moderate-intensity exercise training to a protocol with high-volume, low-intensity exercise training, and observed that the first protocol was better in terms of muscle performance and physical fitness than the second protocol. The better result in physical performance of the CWT in the present study was an important result for these women. High body fat and high BMI values were associated with a greater probability of functional limitation in a population of elderly women at the high end of the functional spectrum (Zoico et al., 2004). The improvement in metabolism, muscle structure, cardio respiratory conditioning and the reduction of weight, all increase physical performance (Larsson & Mattson, 2003). For CWT, these factors taken together may explain the results and are consistent with other literature data (Maiorana et al., 2001). In contrast, in JOG, this may justify the improvement in VO2 max and AbR, but not in BP since the subjects did not perform resisted exercise. The performance in this exercise depends on an external resistance and is not limited by body mass per se, like in push up exercise. However, we suggest whether that the weight reduction contributed to this in JOG since a reduction of only 10% of body weight in severely obese women

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Apêndices Fett, CA 77

improved the jogging speed, VO2max, and the perception of effort (Larsson & Mattson, 2003). In CWT there was a reduction in body weight of only 6%, as opposed to 7% for JOG, with the difference in performance being probably due to the type of exercise practiced.

No volunteer received a diet with less than 1100 kcal/d in either group. The option was for a moderate calorie reduction since a very low calorie diet (VLCD) reduces or eliminates TEF in obese women regardless of the concentration of macronutrients administered (Suen et al., 2003). In addition, a moderate diet has been demonstrated to be more efficient than VLCD by inducing a greater loss of stored body fat by kilocalorie deficit (Sweeney, Hill, Heller, Baney, Digirolamo, 1993). Compared to these results, the present data suggest that a diet with a moderate calorie reduction had a favorable impact on body composition, REE and NB.

BEE showed no difference for any group. The increase in LBM in both groups might have been associated with the increase in BEE, but this not happen in present study. Loss of LBM due to a diet without exercise (Molé et al., 1989) is associated with a fall in BEE (Welle, Amatruda, Forbes, Lockwood, 1984). However, Geliebter et al. (1997), observed that weight lift training in combination with a diet prevented the loss of LBM but not the fall in BEE, in contrast to what was observed in the present study. Perhaps other factors such as a huge increase in FM were also correlated with BEE.

Controversial data are found in the literature concerning exercise x BEE: a) aerobic physical activity does not interfere with the efficiency of caloric deficit in obese women who follow a VLCD or a moderate diet (Sweeney et al., 1993); b) programs of aerobic or resisted exercises do not increase the BEE of young non-obese women after six months of training (Poehlman et al., 2002); c) aerobic exercise of low intensity reverses the fall in BEE induced by VLCD (Molé et al., 1989), and; d) aerobic exercise increases fat consumption during physical activity and recovery (Marion-Latard et al., 2003). The different protocols, subjects, diets and methods for evaluation could explain this variability in results.

Perspectives

We observed that the combination of a moderate hipocaloric diet and regular physical activity seems to be beneficial for the treatment of obese women, in addition to reducing the cardiovascular risk factors and body fat (Lee et al. 1999), and improving low physical fitness (Wedderkopp et al., 2004). CWT was superior to JOG by increasing physical performance, which is usually low in obese individuals (Hulens et al., 2001). The present results confirm that that the training protocols for obesity should be based on a combination of a moderate diet restriction, aerobic and resisted exercises in order to avoid the muscular catabolism due to inadequate calorie, protein ingestion and to a sedentary life style (Wolfe, 2000). On the other hand, even though jogging training was inferior in terms of physical performance, the combination of the two types of exercise permitted greater variability of training, reducing the monotony and facilitating the adhesion to weight reduction programs. It is still unexplained what kind of exercise and combination is better for obese people. Protocols that compare aerobic x resistive training and their variations, i.e., both kinds mixed, aerobic training first and resistive training second or the opposite should be topic of future investigations.

ACKNOWLEDGMENTS We wish to thank Estela Iraci Rabito, Gilberto João Padovan, Maria do Rosário Del Lama de Unamuno, Mônica Silva de Souza Meirelles, Márcia Morandi, and Célia Marques Pereira for technical assistance and for help with data collection. C.A. Fett wishes to thank Jose Maria de Campus Melo director of Faculty of Physical Education, Federal University of Mato Grosso, that becoming available the time for the execution of this study, and CAPES by the doctored grants.

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Table 1. Main abbreviations used in the study %F fat percent calculated from the

anthropometrics variables ∆ = T2-T1

variation for each group

1-RM one-repetition-maximum (kg) AbC abdominal circumference (cm) AbR abdominal resistance test (number of

repetitions) AMC arm muscle circumference (cm) BD Body density (g/ml) BEE basal energy expenditure (kcal/day) BMI Body mass index (kg/m2) BP 1-RM bench press (kg) CWT group of circuit weight training FM fat body mass (kg), calculated from

the anthropometrics variables FMRP-USP

Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo

JOG group of jogging training LBM lean body mass (kg) LP 1-RM leg press (kg) LR 1-RM seat low rowing (kg) PuR Push up resistance test (number of

repetitions) REE resting energy expenditure (kcal/day) T1 beginning of the study T2 end of the study TEF thermic effect of food VLCD very low calorie diet VO2max maximum oxygen consumption

(L/min)

Page 96: TESEsobre Obesidade, Ativfisica e Dieta Hipoclórica

Apêndices Fett, CA 80

Figure legends Fig. 1. Anthropometrics variables of obese women before (T1) and after 8 weeks (T2) of intervention. One group was submitted to circuit weight training (CWT) and the other to jogging (JOG) and both received a diet similar to resting energy expenditure (REE). Statistical analysis: §Mean ± standard deviation; T1CWT x T2CWT; T1JOG x T2JOG: *P<0.05, **P<0.01, #P<0.001, ¥P<0.0001. Weight (W), fat body mass (FBM) and lean body mass (LBM) are given in kg; body fat percentage (%F) is also shown. Fig. 2. Abdominal circumference (AbC) and arm muscle circumference (AMC) in cm of obese women before (T1) and after 8 weeks (T2) of intervention. One group was submitted to circuit weight training (CWT) and the other to jogging (JOG) and both received a diet similar to resting energy expenditure (REE). Statistical analysis: §Mean ± standard deviation; T1CWT x T2CWT; T1JOG x T2JOG: *P<0.05, **P<0.01, #P<0.001, ¥P<0.0001. Fig. 3. Resting energy expenditure (REE) of obese women before (T1) and after 8 weeks (T2) of intervention. One group was submitted to circuit weight training (CWT) and the other to jogging (JOG) and both received a diet similar to REE. Statistical analysis: §Mean ± standard deviation; T1CWT x T2CWT; T1JOG x T2JOG. There was no difference between times or groups. Fig. 4. Nitrogen balance (NB) of obese women before (T1) and after 8 weeks (T2) of intervention. One

group was submitted to circuit weight training (CWT) and the other to jogging (JOG) and both received a diet similar to their basal energy expenditure (REE). Statistical analysis: §Mean±standard deviation; T1CWT x T2CWT; T1JOG x T2JOG: *P<0.05. **P<0.01. #P<0.001. ¥P<0.0001.

Figure 1

Table 2. Results of the physical tests§. The table presents the differences between T1 and T2 for each group (intragroup) and the comparison of the variations (P∆) between the two groups (intergroup).

Variables CWT* JOG*

T1 T2 PT1 X T2 T1 T2 PT1 X T2 P∆groups

BP 36±5 43±4 0.001 34±6 40±5 0.007 0.190 LP 90±15 100±15 0.005 71±23 76±21 0.218 0.352 LR 49±10 53±11 0.009 38±11 44±10 0.072 0.165 VO2 max 34±9 39±10 0.039 34±7 41±6 0.003 0.475 AbR 22±6 25±6 0.027 20±6 23±5 0.012 0.356 Rfl 14±8 22±11 0.013 16±10 17±10 0.385 0.065 *CWT = circuit weight training group; JOG = jogging training group; T1 = time 1 (beginning) and T2 = time 2 (end) of the study. BP = one repetit ion maximum (1-RM) of bench press exercise; LP = 1-RM of leg press exercise; LR = 1-RM of seated low rowing exercise (all 1-RM in kg and the n for CWT and JOG = 10 each). VO2 max = maximum oxygen consumption (L/minute) (n, CWT = 7; JOG = 10). AbR = abdominal resistance; PuR = push up resistance, maximum number of repetit ions in 1 minute or until exhaustion in both tests (n, CWT = 9; JOG = 10). §Mean ± standard deviation; P = statistical significance.

#

#

§

**¥

¥

¥ ¥

20

40

60

80

100

120

T1CWT T2CWT T1JOG T2JOG

kg

Body weight Lean boy massFat body mass % body Fat

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Apêndices Fett, CA 81

Figure 2

Figure 3

Figure 4

Resting energy expenditure

0

400

800

1200

1600

2000

T1CWT T2CWT T1JOG T2JOG

kcal

/d

c

Nitrogen balance

-8

-4

0

4

8

12

16

T1CWT T2CWT T1JOG T2JOG

gN/d

¥

*

10

30

50

70

90

110

130

T1CWT T2CWT T1JOG T2JOG

cm

Abdominal circumferenceArm muscle circumference

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Apêndices Fett, CA 82

Artigo 2: Para: Revista Brasileira de Medicina do Esporte Título: Somatotipo, antropometria e bioimpedância em obesas treinando em circuito ou caminhada Título curto: Somatotipo e obesidade Title: Somatotype, anthropometry, bioimpedance in obese women in circuit training or jogging Short title: Somatotype and obesity Carlos Alexandre Fett1, Waléria Christiane Rezende Fett2, Sandra Regina Oyama2, Julio Sérgio Marchini2 1Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa s/n, Cidade Universitária, Ginásio de Esportes, Cuiabá, MT, Brasil, 78.068-900. 2Laboratório de Espectrometria de Massa, Divisão de Nutrologia do Departamento de Clínica Médica da Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, Ribeirão Preto, SP, Brasil, 14049-900. Autor para correspondência: Carlos Alexandre Fett Primeiro endereço acima. [email protected] RESUMO Propósito: Comparar diferentes métodos da avaliação da composição corporal a somatotipia de mulheres obesas antes e após redução de peso. Métodos: Quarenta e três voluntárias, sedentárias entre 18 e 60 anos, com índice de massa corporal (IMC, kg/m2) de 25 à 57 iniciaram o estudo, permanecendo 14 para o treinamento tipo circuito (CIRC), e 12 para o caminhada (CAM). Elas treinaram por 60 min x 3 d/semana no primeiro mês e 60 min x 4 d/semana no segundo. A composição corporal foi avaliada por antropometria, bioimpedância (Quantum BIA-101Q®), com 50 kHz de freqüência e somatotipia antropometrica de Heath e Carter. Foram feitos testes de uma repetição máxima (1-RM) para supino reto, leg press e remada baixa sentada. Resultados: O peso, IMC, gordura corporal e endomorfia foram reduzidos significativamente em ambos os grupos. A mesomorfia diminuiu e a ectomorfia aumentou, só no CAM. As massas magra (MM) e muscular (MMu) não mudaram em ambos os grupos. A circunferência muscular do braço aumentou significativamente somente para o CIRC. Os percentuais de gordura calculados por

bioimpedância ou antropometria não diferiam entre si e eram altamente correlacionados. A endomorfia foi significativamente correlacionada ao % de gordura e a mesomorfia a MM. Já a ectomorfia não se correlacionou a MM. As variações da mesomorfia e da MM não foram correlacionadas a variação da soma do 1-RM.Conclusão: A somatotipia no conjunto de seus três componentes, demonstrou bom resultado para avaliar as modificações fenotipicas de mulheres obesas submetidas a treinamento físico. Todavia, quando analisados separadamente a endomorfia apresentou melhor concordância e a ectomorfia a pior, comparado a outros métodos. Os resultados do somatotipo sugerem que o CIRC foi melhor para estas mulheres. Palavras-chave: Endomorfia. Mesomorfia. Ectomorfia. Bioimpedância. ABSTRACT Purpouse: Compare different body composition methods to somatotype in obese women before and after weight reduction. Methods: Forty-three sedentary obese women volunteers range 18-60 years old, body mass index (BMI, kg/m2) range 25-57 initiates the study and 14 to circuit training (CIRC), and 12 to jogging training (JOGG), finish

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Apêndices Fett, CA 80

the study. They were training for 60 min x 3d/week in the first month and 60 min x 4 d/week in the second. Body composition was evaluated by anthropometry, a 50 kHz of frequency bioimpedance (Quantum BIA-101Q®), and Heath and Carter oriented somatotype. One repetition maximum tests (1-RM) to bench press, leg press and low-seated row, were carried out. Results: Weight, BMI, body fat and endomorphy were reduced significantly in both groups. Mesomorphy was reduced and ectomorphy increases only in JOGG. The lean mass (LM) and muscle mass (MM) dont change in anyone group. The body fat percentage calculated by bioimpedance or anthorpometry do not differ one each other. The endomorphy was significantly correlated to % of fat and mesomorphy to LM. Ectomorphy do not correlated to LM. The mesomorphy variations and LM was not correlated one each other. Conclusion: Somatotype in agreement of its three components show a good results to evaluated phenotype changes in obese women submitted to physical training. Nevertheless, when individuality analyzed endomorphy had better and ectomorphy worst relationship to other methods results. The somatotype results show that CIR was better to these women. Key-words: Endomorphy. Mesomorphy. Ectomorphy. Bioimpedance. INTRODUÇÃO

A classificação morfológica do homem tem sido do interesse científico e geral desde o tempo de Hipócrates, em torno de 400 ac. A maioria dos métodos iniciais eram insatisfatórios, pois dividiam a população em 2-5 diferentes categorias não havendo um esforço para separar uma da outra. Além disso, poucas pessoas caiam claramente em uma das categorias especificamente1. Em 1921, Matiegka propôs a primeira classificação sistemática antropométrica humana pela quantificação dos tecidos corporais de uma amostra de barbeiros, açougueiros, ferreiros e instrutores de ginástica. Posteriormente outras descrições físicas foram elaboradas e referidas como somatotipo, por Sheldon e cols. (1940), Parnell (1954) e então revisado e modificado por Heath e Carter (1967)2. O método inicial proposto por Sheldon, consistia de estudo antroposcópico (inspecional) de fotografias (5 x 7)

de corpo inteiro com o sujeito nu, tomadas de frente, costas e perfil3.

O somatotipo é classificado em três componentes principais, como descrito por Sheldon: o primeiro componente ou endomorfia é o componente gorduroso e dá ao corpo o aspecto arredondado. Ele utilizou o prefixo endo referindo-se as camadas embrionárias endodérmicas, das quais o trato digestivo é derivado. Seria a característica predominante do indivíduo obeso; o segundo componente ou mesmorfia, está relacionada ao componente muscular e apresenta o aspecto de solidez e corpo quadrado, derivado da camada embrionária mesodérmica. Este é a características dos atletas em geral, especialmente de força e potência, e; o terceiro componente ou ectomorfia, onde predomina a linearidade e fragilidade do corpo, com grande relação entre a área superficial e a massa produzindo maior exposição sensorial ao meio ambiente. O sistema nervoso é derivado da camada embrionária ectodérmica. O desnutrido e longelíneo, mas não necessariamente alto, representaria este componente e nos esportes os maratonistas4. A classificação variava de 1 a 7, sendo esta uma escala progressiva da menor a maior expressão de cada componente. Posteriormente, a escala foi ampliada para 12 no componente endomórfico, para 9,5 no mesomórfico e para 9 no ectomórfico. Outra mudança proposta em relação a concepção inicial de Sheldon, foi a dinâmica entre os componentes, podendo ser alterados pela dieta, exercícios e estilo de vida. Além disso, o estudo das fotografias padronizadas foi substituído por mensurações antropométricas5.

Um importante conceito em modelagem e estética é a simetria (direita x esquerda) e proporcionalidade (tronco x braços; tronco x pernas e braços x pernas). O cálculo do percentual de gordura ou do índice de massa corporal (IMC, kg/m2), por exemplo, não definem a distribuição corporal de gordura ou da massa magra, não permitindo definir os conceitos acima. Já o somatotipo, é uma medida da forma e não do tamanho, assumindo-se que os adultos com tamanhos corporais diferentes são geometricamente similares, ou seja, simétricos e proporcionais, podendo cumprir melhor este papel. O somatotipo é uma descrição composta do físico do indivíduo e definido pelos componentes em conjunto6. Todavia, foi observado que a

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Apêndices Fett, CA 81

circunferência da coxa de atletas aumentava em uma taxa maior do que a predita pela similaridade geométrica corporal proporcional a massa corporal, comparado aos controles2. Além do mais, no atleta de força em geral há aumento da densidade corporal, massa muscular apendicular e redução das pregas cutâneas, comparado ao obeso do mesmo peso. Já a atividade física aeróbica tem efeito predominante no catabolismo das gorduras com pouco resultado no desenvolvimento muscular4,7. Estes resultados de diferentes intervenções podem resultar em desenvolvimento corporal específico e que não reflitam apenas aumento ou diminuição global de forma proporcional e geometricamente distribuída, podendo ser esta uma limitação da somatotipia.

Portanto, foi pretendido verificar as alterações da composição corporal mensurada por antropometria e bioimpedância e então comparar se o somatotipo poderia refletir as mudanças induzidas pelo treinamento em circuito ou caminhada/trote, em mulheres obesas. Ainda, foi objetivado observar se o somatotipo poderia refletir a evolução fenotipica destas mulheres, considerando os efeitos sobre a massa gorda, o desenvolvimento muscular e as conseqüências sobre a fragilidade corporal.

MÉTODOS

Sujeitos e orientações - O estudo foi

planejado para estudar mulheres sedentárias entre 18 e 60 anos, com índice de massa corporal (IMC, kg/m2) de 25 à 57, sem doenças metabólicas além da obesidade em si, que não apresentassem limitações ortopédicas e fossem sedentárias. Todas foram examinadas por médico da equipe de Nutrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). As sujeitas foram dividas aleatoriamente em 2 grupos: CIRC, grupo de treinamento em circuito (n = 14), e; CAM, grupo de treinamento em caminhada (n = 12). Os grupos treinaram por 60 min x 3 d/semana no primeiro mês e 60 min x 4 d/semana no segundo. O treinamento em circuito consistia de 15 estações de exercícios resistidos realizados durante 30 s e intercalados por 30 s de caminhada/trote, até completar 40-45 min/sessão. O CAM andava 45 min continuamente; os 15 minutos restantes eram utilizados no aquecimento e volta a calma em

ambos os grupos. As ofertas calóricas dos dois grupos foram semelhantes aos respectivos gastos energéticos de repouso (GER), com a seguinte composição: 20% de proteínas; 20% de gorduras, e; 60% de carboidratos. Todas foram informadas dos procedimentos do estudo e assinaram documento de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FMRPUSP.

Avaliação antropométrica - Todas as

avaliações antropométricas foram tomadas utilizando técnicas convencionais descritas por Navarro e Marchini8, e realizadas pelo primeiro autor do presente trabalho. Foram avaliados o peso corporal (P) (kg) e estatura (E) (cm) por meio de balança de plataforma do tipo Filizola® Eletrônica ID 1500 (São Paulo: SP, Brasil), com precisão de 0,1 kg e 0,5 cm respectivamente. Para obtenção das pregas cutâneas (PC), foi utilizado um adipômetro da marca Lange® (Beta Technology INC, Santa Cruz, CA, USA), com pressão constante de 10 g/mm2 na superfície de contato, precisão de 0,1 mm e escala de 0-65 mm, para medir a espessura do tecido adiposo subcutâneo. O valor anotado foi à média de 3 medidas, consecutivas. A densidade corporal foi calculada a partir da equação para três pregas cutâneas (PC) para mulheres, corrigidas pela idade9:

1). )0001392,0()0000023,0(

)0009929,0(0994921,12 YX

XDC×−×

+×−=

onde: DC = densidade corporal (g/ml); X = soma das dobras cutâneas do tríceps, suprailíaca e coxa em mm; Y = idade em anos.

O percentual de gordura foi obtido a partir

do cálculo da DC10:

2). 100]5,4)/95,4[(% ×−= DCGantro onde: %Gantro = porcentagem de gordura calculada a partir de variáveis antropométricas; DC = densidade corporal (vide 1).

Uma vez obtido o peso total e o percentual

de gordura, a massa corporal gorda (MG) pode ser obtida a partir destes dados:

3). 100/)%( GPMGantro ×=

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Apêndices Fett, CA 82

onde: MGantro = massa corporal de gordura (kg), calculada a partir de variáveis antropométricas; %Gantro = porcentagem de gordura pela antropometria (vide 2).

A massa magra derivada dos cálculos

antropométricos (MMantro) foi obtida pela subtração da MGantro do peso total.

Foram medidas as seguintes circunferências, em cm: braço estendido (CB), antebraço (CAtB), punho (CPu), pescoço (CPe), cintura (CCn), abdominal (CAb), quadril (CQ), coxa (CC), panturrilha (CP). Foi utilizada fita metálica flexível, inextensível, com precisão de 0,1 cm, de acordo com as técnicas convencionais8.

A Circunferência muscular do braço e da coxa foram calculadas pela fórmula a baixo:

4). )( π×−= BACMBouCMC onde: CMB ou CMC = circunferência muscular do braço e coxa, respectivamente (cm); A = circunferência do braço ou da coxa (cm); B = prega cutânea do tríceps ou da coxa (cm).

A área muscular do braço (AMB) foi

calculada por uma equação desenvolvida por análise multivariada da variância, tendo como padrão ouro à tomografia computadorizada, proposta por Jordão et al.11:

5). CMBAMB ×= 403,1 onde: AMB = área muscular do braço (cm2); CMB = circunferência muscular do braço (cm) (vide 4).

A massa muscular corporal (MMu) foi

calculada a partir de medidas antropométricas, de acordo com a seguinte equação modificada de Martin et al.12:

6). 1000)2445)0331,0

0987,00553,0((2

22

×−×

+×+××=

C

BAEMMu

onde: MMu = massa muscular (kg); E = estatura (cm); A = circunferência muscular da coxa (cm): 7). PCCCA ×−= π ; onde, CC = circunferência da coxa (cm); PC = é a prega cutânea da coxa (cm); B = circunferência máxima do antebraço (cm), e; C = circunferência muscular da

panturrilha (cm): 8). PPCPC ×−= π ; onde, CP = circunferência da panturrilha (cm); e PP = prega cutânea da panturrilha (cm).

Como esta foi uma equação desenvolvida

para homens, pode conter erros ao estimar mulheres. Todavia, o erro deve ser constante e então, pode ser útil ao comparar o desenvolvimento intra-indivíduo.

O diâmetro ósseo foi obtido com um paquímetro ou antropômetro. Foram avaliados os seguintes pontos em cm: BEU: Biepicôndilo umeral (cotovelo flexionado 90º e as hastes do paquímetro ficavam a 45º em relação à articulação); BCF: Bicôndilo femural (o joelho foi medido com a avaliada sentada, formando um ângulo de 90º na articulação medida, com o paquímetro colocado à altura dos côndilos em um ângulo de 45º).

A somatotipia foi calculada a partir de variáveis antropométricas, pelas fórmulas a baixo, adaptadas da planilha de cálculo de HEATH e CARTER (1967)5, por BRITO et al. (1984)13. Para o cálculo da mesomorfia, originalmente a tomada da CB é feita com o braço flexionado a 90º e contraído. A CB no presente estudo foi tomada com o braço estendido e um possível erro na estimativa deste componente deve manter-se constante, não interferindo na comparação do processo evolutivo induzido pelo treinamento.

5)11(4

)8(3)7(

2)4(

)10(1042939,4)10(1050939,1)10(1002696,2

)10(1024011,7)10(1506850093,07897977038,0

×Σ××−×Σ××+×Σ××

+×Σ××−×Σ×+−=

−−

PCPCPC

PCPCEndo

9). onde: Endo = componente endomórfico da somatotipia; ∑PC = soma das pregas cutâneas do tríceps, sub-escapular e supra-ilíaca. 10).

8/)961949677,104)10/(274233697,1)10/(

490130181,1796637252,4866194747,6961390196,4(4

EPCPanCPPCTCB

BCFBEUMeso

×−−×+−

×+×××++=

onde: Meso = componente mesomorfíco da somatotipia; BEU = diâmetro biepicôndilo umeral

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Apêndices Fett, CA 83

(cotovelo, cm); BCF = diâmetro bicôndilo femural (joelho, cm); CB = circunferência do braço (cm); PCT = prega cutânea do tríceps (cm); CP = circunferência da panturrilha (cm); PCP = prega cutânea da panturrrilha (cm); E = estatura (m).

11). 56,28)/(2043628,73 3/1 −×= PEEcto onde: Ecto = componente ectomorfico da somatotipia; E = estatura (m); P = peso (kg). Obs: se o resultado da fórmula acima for < 0, o valor da ectomorfia é 0,5; caso o resultado seja > 0, o valor da ectomorfia é o resultado obtido pela fórmula.

Bioimpedância (BIA) - A bioimpedância

(Bioeletric Impedance Analysis of Body Composition), foi realizada utilizando aparelho Quantum BIA-101Q®, Serial n Q 1559 (RJL Systems, Inc. Clinton: MI, EUA), com uma freqüência de 50 kHz em corrente alternada de 4 eletrodos. A partir da biompedância é possível estimar a massa magra e desse valor mais o peso total, estimar a composição corporal. Este método é baseado no conceito de que os tecidos corporais aquosos, devido aos seus eletrólitos dissolvidos, são os maiores condutores elétricos, enquanto o tecido adiposo e os ossos têm relativamente pobre propriedade de condutância. Para determinar a massa magra (MMbia) foi utilizada a fórmula validada por SEGAL et al.14:

12). 595,14068,0

232,0021,00011,0 2

+−+−=

IPREMMbia

onde: MMbia = massa magra obtida pela bioimpedância (kg); E = estatura (m); R = resistência (Ω); P = peso corporal (kg); I = idade (anos).

A partir do valor da MMbia e do P, foram

calculados o percentual de gordura (%Gbia) e massa gorda (MGbia), da mesma forma como descrito para antropometria

Testes de uma repetição máxima (1-RM) -

Seguiram metodologia previamente descrita7: Elas foram orientadas e assessoradas por profissionais de Educação Física, especialistas em treinamento com pesos. Teste 1: supino reto (RMS) (tríceps, ombros e peito); Teste 2: leg press (RMLP)

(coxas e glúteos); Teste 3: remada sentada na polia baixa (RMRB) (bíceps, ombros e costa).

Estatística - Foi feito o teste de Kolmogorov

e Smirnov para observar se as amostras tinham distribuição normal, a fim de escolher o método estatístico mais adequado. Quando a amostra apresentava distribuição normal, era escolhida a correlação linear de Pearson, e quando não, a de Spearman. Para a comparação entre os momentos do estudo (inicio, M1 e final, M2) de cada grupo, foi utilizado o teste de Wilcoxon para amostras pareadas quando não havia distribuição normal e o teste t pareado, para quando havia distribuição normal. A comparação entre grupos foi feita pela variação de cada grupo (∆; M2-M1), utilizando o teste de Mann-Whitney para amostras independentes, quando não havia distribuição normal, ou o teste t não pareado, quando havia distribuição normal. Os resultados são apresentados em forma de média e desvio padrão e para as correlações são apresentados os dados individuais com linha de tendência central. Todas as conclusões estatísticas são realizadas no nível de 5% de significância com intervalo de confiança de 95%15.

RESULTADOS

O peso, o IMC, a gordura corporal mensurada pela antropometria e bioimpedância e a endomorfia foram reduzidos significativamente em ambos os grupos. A mesomorfia diminuiu e a ectomorfia aumentou, somente no CAM. As MMu e MM não mudaram em nenhum grupo. A média da somatotipia para estas mulheres em ambos os grupos as classificou como mesoendomorfas (endomorfia é dominante, e o segundo componente é maior que o terceiro), tanto antes com após as intervenções. Elas caminharam no sentido da mesoendomorfia (o primeiro e segundo componentes são iguais ou não diferem mais de meia unidade e o terceiro é menor), mas não chegaram a mudar de categoria (Tabela 2).

Tanto a CMB, quanto à AMC aumentaram significativamente somente para o CIRC (P = 0,023 em ambas). A CMCx não teve diferença em ambos os grupos (P > 0,05). Os deltas da CMB e CMCx não diferiram entre os grupos (P > 0,05).

Para comparar a concordância dos componentes da somatotipia a outras variáveis, os grupos foram tratados como se fossem apenas um.

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Apêndices Fett, CA 84

Todos os resultados a seguir foram realizados obedecendo este critério. O percentual de gordura antes das intervenções (M1), calculado por bioimpedância (%Gbia), ou antropometria (%Gantro), não diferiam entre si e eram significativamente correlacionados (Figs. 1 e 2 respectivamente).

A endomorfia foi significativamente correlacionada ao %Gantro em ambos os momentos (M1 e M2), bem como a mesomorfia a MMantro (Fig. 3 A, B, C e D). Já a ectomorfia não se correlacionou a MMantro em momento algum (P > 0,05).

A mesomorfia foi reduzida significativamente (6,12 para 5,95, P = 0,002) e a soma dos testes de 1-RM de três exercícios (supino, leg press, remada sentada) aumentou significativamente (159 kg para 178 kg, P = 0,0001). As variações da mesomorfia e a MMantro não foram correlacionadas a variação (∆) da soma do 1-RM (P > 0,05). Não houve diferença entre os grupos para a soma do 1-RM (P > 0,05). DISCUSSÃO

Os resultados deste estudo sugerem que as sujeitas dos dois grupos emagreceram, o CIRC manteve a muscularidade e fragilidade, enquanto o CAM, se tornou mais fraco e frágil baseado na avaliação somatotipica. A redução da endomorfia (gordura) nos dois grupos está de acordo com os resultados das estimativas da composição corporal avaliada pelos métodos de antropometria e bioimpedância. Já a mesomorfia (muscular) em comparação com outras medidas da massa magra e muscular, só foi confirmada pelo aumento da CMB e AMB no CIRC, sem diferença para as outras variáveis. Além disso, a mesomorfia não se correlacionou com o aumento de força observado, mas diferente do esperado, a MMantro também não, podendo os fatores neuromusculares ter sido mais importantes no ganho de força desta fase, do que a hipertrofia muscular per se4. Embora a MMu tenha apontado na direção dos resultados da mesomorfia, com aumento para o CIRC e redução para o CAM de aproximadamente 1 kg, não houve diferença estatística para os grupos. E por fim, o aumento da ectomorfia para o CAM, pode ter sido devido principalmente à redução do peso, uma vez que das variáveis para o cálculo deste componente esta é a única lábil para indivíduos adultos.

Como no presente estudo, outros também encontraram boa16, ou moderada1 relação da endomorfia e gordura corporal, em ambos os sexos. Nos esportes, os representantes com maior expressão da endomorfia eram os nadadores de canal, jogadores de futebol americano, jogadores de golfe; e os de menor quantidade deste componente eram os corredores de distância, lutadores de wrestling e levantadores de peso das categorias mais leves17.

Quanto ao desenvolvimento da força observado quando tratado os dois grupos em conjunto, pode ter outros fatores além do aumento da massa muscular, bem como o desenvolvimento muscular pode não refletir diretamente no aumento da densidade corporal. Em um estudo, tanto a mesomorfia quanto a massa muscular calculada por raio-X de dupla varredura (DEXA) de atletas, não eram relacionadas a densidade corporal calculada pela fórmula de Siri, a partir da pesagem hidrostática. Os autores concluíram que a causa destes desvios é complexa e não um simples reflexo das diferenças do desenvolvimento muscular18. Ainda, similar ao observado no presente estudo, Wilmore1, encontrou fraca correlação da mesomorfia e MM, sendo que a variância comum (r2) foi de 2,6% e 16,8% para as mulheres e homens respectivamente. A força esta relacionada a MM e conseqüentemente a mesomorfia5. Portanto, o aumento de força estimado pela soma dos 1-RM, poderia justificar este resultado, mas isto não ocorreu. Ainda, foi observado que a relação da mesomorfia a MM e a densidade corporal é sexo dependente. Susanne et al.16, em estudo envolvendo homens e mulheres encontraram correlação positiva entre o desenvolvimento muscular e densidade corporal somente para os primeiros. Outros também não observaram relação da mesomorfia e densidade corporal, sugerindo que o desenvolvimento muscular não prediz a densidade corporal em mulheres19 e Wilmore1, verificou que esta relação era maior para os homens do que para as mulheres. A não relação da mesomorfia aos testes de 1-RM, pode em parte ter sido devido ao tempo de duração do protocolo relativamente curto e em parte, devido às mulheres não corresponderem bem a este componente. Todavia, Carter17 observou que a mesomorfia era uma característica geralmente encontrada nos atletas e as mulheres que mais

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Apêndices Fett, CA 85

expressavam este componente eram as ginastas e entre os homens os levantadores de peso.

Por outro lado, o aumento da ectomorfia somente no CAM, pode ter sido devido ao tipo de atividade desempenhada pelos grupos. O CIRC praticava atividades resistidas, que estão relacionadas à hipertrofia muscular7. Isto é compatível ao observado nos esportes em geral, onde indivíduos envolvidos em treinamento de força como os levantadores de peso tinham os valores mais altos de mesomorfia e mais baixos de ectmorfia. Já os envolvidos em atividades de longa duração, como os maratonistas, apresentavam tendência inversa17. Ainda, foi observado que a ectomorfia era positivamente relacionada ao fator esquelético e negativamente ao fator muscular e gordura corporal. Todavia a ectomorfia não era um fator independente em ambos os sexos16, e jogadores da liga italiana principal de voleibol tinham valores mais elevados deste componente comparados aos da liga secundária. Além disso, as jogadoras da liga secundária eram mais mesomorficas que as da liga principal. Ainda, os jogadores da liga principal tinham valores maiores para altura, relação altura/peso (ambos os sexos), peso e diâmetro umeral (homens), e valores menores para as dobras cutâneas, comparados ao da liga secundária20. Isto sugere que a maior altura da liga principal foi responsável por aumentar a expressão da ectomorfia, não significando, porém que estes sujeitos eram mais frágeis, reforçado inclusive pelo melhor desempenho esportivo da liga principal. Além disso, a maior expressão dos componentes era da mesomorfia em ambos os sexos e ligas20, demonstrando maior desenvolvimento da estrutura músculo-equelética. Os resultados do presente estudo indicam que o CAM se tornou mais frágil, que poderia ser justificado pelo racional exposto acima. Não obstante, existem dados controversos na literatura, sugerindo interpretar este resultado com cautela. Além disso, muitos dos resultados de estudos com somatotipia foram realizados com atletas e devem ter limitações ao serem usados para comparar outras populações.

Por outro lado, quando tratados em conjunto os dois grupos, a endomorfia e a mesomorfia foram bem correlacionadas ao %Gantro e a MMantro respectivamente tanto antes quanto após as intervenções, com melhor resultado para a primeira. Acredita-se que a combinação dos

componentes da somatotipia em taxas proporcionais produza resultados melhores do que simples medidas antropométricas lineares20, sendo uma descrição composta de um físico individual, definido pelos três componentes juntos6. Neste sentido, parece que os resultados do presente estudo refletem a evolução fenotipica destas mulheres e pode diferenciar os resultados relativos ao tipo de exercício praticado, sugerindo ainda, devido aos resultados do somatotipo, que o exercício do tipo circuito é superior ao de caminhada para mulheres obesas. Dos vários estudos que trataram os componentes da somatotipia separadamente1,16,18,19, várias discrepâncias entre eles foram observadas. Em estudo com pares gêmeos relacionando a contribuição das populações, sexo e do meio ambiente no desenvolvimento fenotipico, foi observado que a mesomorfia e a ectomorfia eram mais influenciadas por fatores genéticos que a endomorfia. A endomorfia era mais fortemente influenciada pelo meio ambiente nas garotas que nos garotos, enquanto a mesomorfia e ectomorfia eram mais influenciadas pela hereditariedade nas garotas que nos garotos. Estas análises tratam os componentes do somatotipo independentemente, não o considerando como um todo21. Todavia estes resultados demonstram algumas limitações da aplicação direta do somatotipo para diferentes as populações e sexos, talvez o que tenha ocorrido neste estudo.

A avaliação antropométrica é a base de cálculo para estimar os somatotipos e pode induzir a erros, devido a fatores que vão da habilidade do avaliador, padronização dos locais e lados (direita x esquerda) das medidas, diferentes equipamentos e calibração dos mesmos, as fórmulas para conversão da gordura podem conter erros, entre outros. Em estudo recente, foi observado que as medidas antropométricas subestimavam em torno de 29% a gordura e superestimavam de 4-5% a área muscular do braço comparada a tomografia computadorizada11. Todavia, no presente estudo, a porcentagem de gordura estimada por antropometria foi positivamente correlacionada e não apresentou diferença nas médias, comparada à mesma variável calculada pela bioimpedância. Além disso, não houve diferença entre a CMB e AMB para as comparações a outras variáveis realizadas neste trabalho, podendo ambas ser usadas de forma equivalente.

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Apêndices Fett, CA 86

Ao que parece três pontos de medidas de dobras cutâneas parecem ser suficientes para estimar a gordura subcutânea, como utilizado neste estudo tanto para o cálculo do percentual de gordura corporal quanto para o componente endomorfia do somatotipo. Foram comparados os valores obtidos para densidade corporal a partir de sete dobras cutâneas, ou três, aos valores de densidade corporal obtidos por pesagem hidrostática. Observou-se que ambos eram altamente correlacionados aos resultados da pesagem hidrostática9. Ainda, Parnell22 reporta que ao comparar a soma 53 dobras cutâneas com a soma de 3 dobras cutâneas para cálculo da gordura subcutânea, em mulheres obesas antes e depois de reduzirem aproximadamente 13 kg, os resultados eram altamente concordantes entre si (r=0,99). Estes resultados indicam que a soma de três dobras cutâneas pode ser um bom indicador da gordura corporal subcutânea, comparado a um número maior de pontos.

Em resumo, a somatotipia parece ser um método adequado para acompanhar a evolução de indivíduos obesos envolvidos em programas de atividade física. Não obstante, a relação com outros métodos de avaliação da composição corporal, os componentes da somatotipia aparecem em ordem decrescente de importância e confiabilidade, sendo assim: a) a endomorfia parece estar bem correlacionada a gordura corporal em todos os artigos consultados, incluindo os resultados do presente estudo; b) a mesomorfia tem uma relação mais frágil com a massa magra e muscular e é sexo dependente, sendo melhor correlacionada nos homens, justificando portanto a fraca associação encontrada neste estudo; c) a ectomorfia não é um fator independente e deve ser interpretada juntamente com outros dados, uma vez que atletas que apresentam um alto componente deste fator (ou por terem baixo peso, ou grande estatura), não podem ser considerados frágeis. Outros métodos antropométricos como exposto neste estudo, parecem oferecer resultados similares a somatotipia e são de mais fácil aplicação. E por fim, a antropometria apresentou resultados similares a bioimpedância, parecendo ser adequada para avaliar a composição corporal de mulheres obesas. AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Estela Iraci Rabito, Gilberto João Padovan, Maria do Rosário Del Lama De Unamuno, Mônica Silva de Souza Meirelles, Célia Marques Pereira pelo auxilio técnico e na obtenção dos dados. C.A. Fett agradece a Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso, na figura de seu diretor José Maria de Campos Melo, pela disponibilização do tempo para execução deste trabalho. REFERÊNCIAS 1. Wilmore JH. Validation of the first and second

components of the Heath-Carter modified somatotype method. Am J Phys Anthropol 1970;32:369-372.

2. Nevill AM, Stewart AD, Olds T, Holder R. Are adult physiques geometrically similar? The dangers of allometric scalling using body mass power laws. Am J Phys Anthropol 2004;124:177-182.

3. Seltezer CC, Gallagher JR. Somatotypes of an adolescent group. Am J Phys Anthropol 1946;4:153-168.

4. Powers SK, Howley ET. Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. Terceira edição, São Paulo, SP: Editora Manolé, 2000;50, 286-287.

5. Heath BH, Carter JEL. A modified somatotype method. Am J Phys Anthropol 1967;27:57-74.

6. Song TMK, Perusse L, Malina RM, Bouchard C. Twin resemblance in somatotype and comparisons with others twin studies. Hum Biol 1994;66:453-464.

7. Fett CA, Naílsa M, Burini RC. Alterações metabólicas, na força e massa musculares, induzidas por um protocolo de musculação em atletas sem e com a suplementação de Omega-3 (W-3) ou triglicerídios de cadeia média (TCM). Fit & Perform J 2002;1:28-35.

8. Navarro AM, Marchini JS. Uso de medidas antropométricas para estimar gordura corporal em adultos. Nutrire 2000;19/20:31-74.

9. Pollock ML, Wilmore JH, Fox III SM. Exercícios na Saúde e na Doença - Avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. Rio de Janeiro, RJ: Editora MEDSI, 1986; 229-240.

10. Siri WE. Body composition from fluid spaces and density. In Brozek J and Henschel A editors: Techniques for Measuring Body

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Apêndices Fett, CA 87

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11. Jordão Jr AA, Bellucci AD, Dutra de Oliveira JE, Marchini JS. Midarm computerized tomography fat, muscle and total areas correlation with nutritional assessment data. Int J Obes 2004, in press.

12. Martin AD, Spenst LF, Drinkwater DT, Clarys JP. Anthropometrical estimation of muscle mass in men. Med Sci Sports Exerc 1990;22:729-33.

13. Brito WF, Meirelles SMP, Marchini JS. Somatotipo e antropometria de indivíduos de 10 à 60 anos da região Polonoroeste do Brasil - dados de Jaurú-Mato Grosso. Rev UFMT 1984;4:163-175.

14. Segal KR, Van Loan M, Fitzerald PI, Hodgdon JA, Van Itallie TB. Lean body mass estimation by bioelectrical impedance analyses: a four-site cross-validation study. Am J Clin Nutr 1988;47:7-14.

15. Dawson B, Trapp RG. Basic & Clinical Biostatistics. Second edition, Lange Medical Books/McGraw-Hill, USA, 1994;82-97, 99-122, 162-183.

16. Susanne C, Bodzsar EB, Castro S. Factor analysis and somatotyping, are these two physique classification methods comparable? Ann Hum Biol 1998;25:405-414.

17. Carter JEL. The somatotypes of athletes-A review. Hum Biol 1970;42:535-69.

18. Prior BM, Modlesky CM, Evans EM, Sloniger MA, Saunders MJ, Lewis RD, Cureton KJ. Muscularity and the density of the fat-free mass in athletes. J Appl Physiol 2001;90:1523-1531.

19. Ellison JD, Christian VK, Johnson RL, Warren BJ, Collins MA. Effect of musculoskeletal development on the prediction of body density in females. J Sports Med Phys Fitness 1992;32:175-9.

20. Gualdi-Russo E, Zaccagni L. Somatotype, role and performance in elite volleyball players. J Sports Med Phys Fitness 2001;41:256-62.

21. Chovanova E, Bergman P, Stukovsky R. Genetic aspects of somatotypes in twins. Anthropos (Brno) 1982:22:5-12.

22. Parnell RW. Somatotyping by physical anthropometry. Am J Phys Anthropol 1954;12:209-239.

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Apêndices Fett, CA 88

TABELA 1. Avaliação antropométrica e bioimpedância. Variáveis *CIRC *CAM

M1 M2 P M1 M2 P P∆ Antropometria

N 14 12 P 89±20 84±18 0,001 75±11 70±11 0,001 0,701

IMC 33±8 32±8 0,001 28±1 26±1 0,001 0,415 %Gantro 44±6 38±7 0,001 40±5 33±5 0,001 0,115

MMu 40±7 41±6 0,389 39±6 38±7 0,256 0,196 Somatotipia

N 14 12 Endo 10±1 8±1 0,001 9±1 7±1 0,001 0,574 Meso 7±2 6±2 0,139 5±1 5±1 0,005 0,069 Ecto 0,6±0,4 0,6±0,5 0,575 0,4±0,2 1,5±0,4 0,015 0,131

Bioimpedância N 8 9

MMbia 53±5 52±5 0,055 46±7 45±7 0,055 0,884 MGb ia 45±15 41±15 0,004 29±6 24±6 0,002 0,815 %Gbia 45±6 43±6 0,004 38±2 34±3 0,002 0,139

Os valores são a média±DP. *CIRC = g rupo de treinamento em circuito, e CAM = grupo de treinamento em caminhada. N= Número de participantes. M1 e M2, momento 1 (inicio) e mo mento 2 (final) do estudo, respectivamente. P = resultado estatístico (vide tópico) M1 x M2 (intragrupo); P∆ = variações entre os grupos (intergrupos) (∆ = M2-M1 de cada grupo). Pe = peso (kg); IMC = índice de massa corporal (kg/m2); %Gantro = porcentagem de gordura por antropometria; MMu = massa muscular ca lculada por antropometria (kg); Endo = componetne endomórfico do somatotipo; Meso = componente mesomórfico do somatotipo; Ecto = co mponente ectomórfico do somatototipo; MMbia = massa magra calculada pela bioimpedância (kg); MGb ia = massa gorda calculada pela bioimpedância (kg); %Gbia = percentual de gordura calculada pela bioimpedância.

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Apêndices Fett, CA 89

Legendas das figuras Fig. 1 - Comparação entre o percentual de gordura calculado por bioimpedância (%Gbia) e variáveis antropométricas (%Gantro) antes das intervenções (M1) segundo metodologia descrita. Os resultados são a média±desvio padrão (N = 43; P = 0,356). Fig. 2 - Correlação linear de Pearson entre o percentual de gordura obtido por bioimpedância (%Gbia) e por variáveis antropométricas (%Gantro), antes das intervenções (M1), segundo metodologia descrita. As variáveis foram altamente correlacionadas (n = 43; r = 0,83; r2 = 0,69; P < 0,0001). Fig. 3 - Correlação linear de Pearson entre os componentes endomorfico e mesomorfico da somatotipia ao percentual de gordura (%Gantro) e massa magros (MMantro) respectivamente, calculados por antropometria, segundo metodologia descrita. A endomorfia foi significativamente correlacionada ao %Gantro antes (M1-A) e após (M2-B) as intervenções (N = 25, P < 0,0001 em ambos). A mesomorfia também foi significativamente correlacionada a MMantro antes (M1-C) e após (M2-D) as intervenções (N = 25, P = 0,003 e P = 0,032 respectivamente).

Bioimpedância X antropometria

0

10

20

30

40

50

60

%Gbia M1 %Gantro M1

% d

e go

rdur

a

Fig.1

30

35

40

45

50

55

60

30 35 40 45 50 55 60%Gbia

%G

antro

Fig. 2

M1 - A

25

30

35

40

45

50

55

60

%G

antro

M1 - C

30

40

50

60

70

80

Mm

antro

(kg)

M2 - B

25

30

35

40

45

50

55

6 8 10 12Endomorfia

% G

antro

M2 - D

30

40

50

60

70

80

4 6 8 10 12Mesomorfia

MM

antro

(kg)

Fig. 3

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Apêndices Fett, CA 90

Artigo 3:

To:

Michael Meguid, MD, PhD

Editor-in-Chief of the Nutrition: The International Journal of Applied and Basic

Nutritional Sciences.

c/o Department of Surgery Upstate Medical University 750 E. Adams Street Syracuse, NY 13210 USA Tel: (315) 464-6280 Fax: (315) 464-4771 e-mail: [email protected]

Ribeirão Preto, January 15,2005. Referents to manuscript send by e-mail:

The principal author and all co-authors, Carlos A. Fett, Waléria C.R. Fett, Amaury L.D. Fabbro, and Julio S Marchini, hereby transfer, assign and convey all interest in and ownership of copyright of Neck Circumference Associated with Body Composition and Risk Factors in the Evaluation of Obese Women Submitted to Dietary Reeducation and Physical Activity to Nutrition: The International Journal of Applied and Basic Nutritional Sciences until such time and unless said manuscript is rejected in writing by Nutrition.

The manuscript was edited in accordance with the author guidelines and references Melanson et al. (2004), and represents results of original work that have not been published (except as an abstract in conference proceedings). The final manuscript has been seen and approved by all authors, who have taken due care to insure the integrity of their work and scientific reputation. Furthermore, there are not any perceived financial conflicts of interest related to the research reported in the manuscript. We (the authors), assume public responsibility for the manuscript information.

Thank you for your attention. With best regards, Carlos Alexandre Fett [email protected]

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Apêndices Fett, CA 90

Dietary Reeducation, Exercise Program, Performance and Body Indexes Associated with Risk Factors in Obese Women Running head: Obesity, Diet, Exercise, Performance, and Body Indexes Carlos A. Fett1, PhD, Waléria C.R. Fett2, MS, Amaury L.D. Fabbro3, PhD, MD Julio S. Marchini2, PhD, MD

We wish to acknowledge CAPES for a Doctored grant. 1Faculty of Physical Education, Federal University of Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa,

University Campus, Sport Gymnasium, 78068-900 Cuiabá, MT, Brazil. 2Laboratory of Mass Spectrometry, Division of Nutrology, Department of Internal Medicine, and

3Department of Social Medicine, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Av. Bandeirantes, 3900, 14049-900 Ribeirão Preto, SP, Brazil.

Correspondence to: Carlos Alexandre Fett, Faculty of Physical Education, Federal University of Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa, University Campus, Sport Gymnasium, 78068-900 Cuiabá, MT, Brazil Telephone: (65) 615 8830; Fax: (65) 615 8838; E-mail: [email protected] OBJECTIVE: To observe the effect of a low-calorie diet plus regular physical activity on body composition, risk factors and physical test performance of sedentary obese women and to correlate these variables with each other. METHODS: Subjects (n = 50; age: 36 ± 10 y; body mass index (BMI, kg/m2): 31 ± 6). Body compositions were obtained by anthropometry and bioimpedance and some body indexes were established. One-repetition maximum (1-MR) and treadmill VO2max tests were carried out and blood samples were obtained for lipid, glucose and uric acid analyses before (T1) and after two months of intervention (T2). Diet was established by indirect calorimetry. RESULTS: Body fat, glucose, uric acid, total cholesterol, HDL-cholesterol and systolic blood pressure were significantly reduced. The 1-MR and VO2max tests were significantly increased. NC was correlated with body composition, back muscle 1-MR, HDL and LDL cholesterol, total cholesterol/HDL ratio, uric acid, and resting energy expenditure. Was BMI found to be significantly correlated with waist/hip ratio, circumference sum, and body fat percentage by anthropometry and bioimpedance. Body fat percentage determined by bioimpedance and anthropometry was significantly correlated with arm fat area and arm fat area corrected respectively, and both with BMI at T1 and T2. CONCLUSIONS: This study suggests that a moderate low-calorie diet plus regular physical activity improved the health of these women. NC could be a good indicator of body composition and risk factors. This approach as a whole is efficient for intervention and control of progress in obese people. KEY WORDS: blood lipids, 1-MR, anthropometry, bioimpedance, BMI. INTRODUCTION Obesity is a worldwide public health problem1 and its great increase is mainly due to the increase in energy consumption owing to the availability of highly palatable foods of high caloric density and to the reduction of energy expenditure by regular physical activity.2 Furthermore, obese individuals have a low physical conditioning which,3 in addition to obesity per se, is associated with increased morbidity and mortality.4

The method of choice used to determine whether weight is adequate is the calculation of body mass index (BMI, kg/m2), which ranges from malnutrition to grade III obesity.5 However, fat content, which is the most important factor in terms of associated chronic diseases, may oscillate widely within the same BMI value. There are various methods and formulae for the evaluation of body composition which may involve a high magnitude of intra- and inter-subject variation.6 In addition, several body indexes such as abdominal

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Apêndices Fett, CA 91

circumference (AbC),7 waist/hip ratio (WHR)2 and BMI5 are related to risk factors but they evaluate only one compartment and do not estimate fat or lean mass content or the evolution of these components within a given treatment. The assessment of body fat and of its distribution is of help in the prediction of correlated problems and in the monitoring of the course of programs of body weight reduction.8

Anthropometry has the advantage of being a measuring tool involving lower evaluation, time and operationalization costs than other more complex methods such as dual-energy X-ray absorptiometry, double-labeled water, plethysmography, hydrostatic weighing, etc., with consequent easier application. However, there are several possibilities of measurement errors, with the need for an operator properly trained in the use of anthropometry based on international techniques.8 In contrast, the measurement of neck circumference (NC, cm) is very simple, can be performed by a less trained person with time saving, and only requires a measuring tape. NC can be a simple and promising measure for the indication of excess body fat and may be associated with risk factors. NC has been positively correlated with arterial pressure, metabolic syndrome factors,9 risk of coronary artery disease,10 and values ≥ 37 for men and ≥ 34 for women regarding overweight and obesity.11

Thus, the major objectives of the present study were to determine the effects of two months of dietary reeducation plus regular physical activity on body composition variables, risk factors, and physical performance; to compare NC to other methods for the evaluation of body composition and indexes, to tests of physical performance, to biochemical blood markers of risk and to resting energy expenditure; and to compare the various methods of evaluation of body composition to one another to determine their correspondence.

MATERIALS AND METHODS Study Design The subjects were stimulated to practice physical activity in circuit or as jogging 60 min x 3 d/wk in the first month and 60 min x 4 d/wk in the second. They were instructed to consume a diet close to the value of their daily resting energy expenditure (REE). Weekly meetings were scheduled for

recommendations about diet and exercise. Initial (T1) and final (T2) evaluations were performed, when blood was collected for the determination of lipids, uric acid and glucose, REE was calculated by indirect calorimetry, and anthropometric measurements, bioimpedance and physical tests were performed. Subjects The general characteristics of the 50 subjects determined at the two times of the study are listed in Table I. The selected subjects were overweight or obese (BMI > 25 kg/m2), sedentary (less than two sessions/wk of formal or informal physical activity in the last semester), had no metabolic disease in addition to obesity itself, and had no orthopedic limitations. All were examined by a doctor from the Nutrology team of the Department of Internal Medicine, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo (FMRP-USP), when blood pressure was measured. The study was approved by the Research Ethics Committee of FMRP-USP and all subjects were informed about the procedures of the study and signed written informed consent to participate. Interventions Circuit training consisted of 15 stations of resisted exercises for all muscle groups, distributed in a circle in a 10 x 15 m room with a pad on the floor. Warm-up consisted of combined walking and simultaneous stretching (10 min); each exercise was performed over a period of 30 seconds intercalated with 30 seconds of walking/jogging over a total period of 40-45 min. The exercise at each station was performed until the end of the scheduled time or the occurrence of muscle exhaustion. After completion of the circuit, the subjects cooled down with stretching of the muscle groups exercised followed by induced relaxation (10 min). Jogging followed the same pattern of distribution, with the central part of the program consisting of continuous jogging for 40 to 45 min. Both protocols were executed in the intermediate zone of heart rate (HR) (60 to 70% maximum HR) estimated by a maximum effort test on a treadmill or by the formula 220 age, measured by pulse palpation after warm-up, in the middle of the session and before the return to rest. In order to maintain an equal intensity throughout the session,

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Apêndices Fett, CA 92

the Borg scale was also used between values of 13 to 14 (somewhat hard to hard).12

The habitual diet of the participants was adjusted to the REE measured by indirect calorimetry and balanced according to the macronutrients (20% of fat; 20% of protein; 60% of carbohydrate). For the participants who were not submitted to the calorimetry test the diet was calculated by the method of Harris and Benedict.13 The habitual ingestion was obtained by means of a one-week dietary record performed before (T1) and after (T2) the interventions. The table for the evaluation of dietary consumption was used to convert household measures to grams,14 and then converted to food chemical composition.15 The subjects were instructed to avoid the consumption of simple sugars, especially saccharose and fructose,16 and of saturated fat.17

Measurements ANTHROPOMETRY. All anthropometric measurements were made by one of the authors (C.A.F) using the standard techniques described by Navarro and Marchini.8 Body weight (kg) and height (cm) were measured using a Filizola®

Eletrônica ID 1500 scale (São Paulo, SP, Brazil) with 0.1 kg precision (up to 150 kg) and 0.5 cm precision (up to 2.10 m), respectively. Skinfolds (SF) were measured with a Lange® adipometer (Beta Technology, Santa Cruz, CA, USA) with a constant pressure of 10 g/mm2 on the contact surface and 0.1 mm precision and with a 0-65 mm scale for the measurement of subcutaneous adipose tissue. The mean of 3 consecutive measurements was recorded. The following SF were measured: triceps, biceps, subscapular, suprailiac crest, pectoral, abdominal, thigh and calf. Body density was calculated by the equation of Jackson et al.18 for three SF for women corrected for age and then converted to body fat percentage (%FA) by the equation of Siri.19 The sites of the measurements were the same as used in the reference for body density. Fat mass and lean mass were then calculated from them.

The following circumferences were measured (cm): extended arm obtained at the midpoint of the length of the humerus; forearm in its largest circumference; wrist at its narrowest point; neck (NC) measured in the middle height of the neck; waist measured at the narrowest point between the last rib and the anterosuperior iliac

crest; abdominal (AbC) over the umbilical scar; hip measured over the greater trochanter; thigh, measured with the subject standing up parallel to the floor immediately below the gluteal fold; calf obtained in its largest portion with the subject standing up. We used a flexible, non-extensible plastic tape with 0.1 cm precision according to standard techniques. The waist/hip ratio (WHR) was obtained by the division of Ab/hip circumferences. The Ab circumference was chosen instead of the waist circumference because its fat content is more representative than that of the waist circumference.

The muscle circumference of the arm was obtained (in cm) by subtracting arm circumference from triceps fold multiplied by л.20 The area of arm fat was calculated from the anthropometric measurements20 and then corrected according to the estimate obtained by computed tomography, and the result was multiplied by 1.24921 according to the formula below:

1). 4))()2(( 2 ÷×−××= TFACTFAFA π

Where: AFA = arm fat area (cm2), TF = triceps skinfold (cm), and AC = arm circumference (cm).

BIOIMPEDANCE (BIA). Bioimpedance (bioelectric impedance analysis of body composition) was determined using a Quantum BIA-101Q®, Serial n Q 1559 apparatus (RJL Systems, Inc. Clinton, MI, USA), with a frequency of 50 kHz of 4-electrode alternate current. The formula validated by Segal et al.22 was used to determine lean mass, and body fat percentage (%FB) and fat mass were calculated from lean mass and weight.

BLOOD BIOCHEMISTRY. The hemogram was determined in the Hematology Laboratory using an STKS Coulter counter (Hialeah, Fl, USA) and the lipidogram23-25 was also determined in the same laboratory. LDL-cholesterol was calculated using the following formula:9 2). 5/TgHDLCTLDL −−= where: LDL = low density lipoprotein-cholesterol, TC = total cholesterol, Tg = triglycerides, HDL = high density lipoprotein-cholesterol (all reported in mg/dL).

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Apêndices Fett, CA 93

Uric acid was determined by the uricase method, modified, and glycemia by an adaptation of the hexokinase-glucose-6-phosphate method in the Central Laboratory of the University Hospital, FMRP-USP. RESTING ENERGY EXPENDITURE (REE). All calorimetric measurements were performed by C.A. Fett and W.C.R. Fett on subjects submitted to a 12 h fast. A mobile Vmax. 29 Sensor Medics® instrument (Yorba Linda, CA, USA), was used for data analysis. After arriving at the laboratory, the subjects rested for 30 min in the sitting position and for an additional 30 min in the supine position, after which REE was estimated for 30 min. The volunteers were instructed to remain in absolute rest, also avoiding conversation, but were not allowed to go to sleep. Daily REE was calculated by the equation of Weir.26 ONE MAXIMUM REPETITION TESTS (1-MR). The tests were carried out as described previously.27 The subjects were instructed and counseled by Physical Education professionals (C.A. Fett and W.C.R. Fett), specialists in weight training. Test 1: bench press (triceps, shoulders and chest); Test 2: leg press (thighs and glutei); Test 3: seated low row (biceps, shoulders and back). MAXIMUM OXYGEN CONSUMPTION (VO2max). Two electric treadmills (E17A, Del Mar Reynolds Medical, Inc., Irvine, CA, USA, and KT 10200, Inbramed, Porto Alegre: RS, Brazil) and the Ergo SF13 and digital ECG programs of Micromed (Micromed Biotecnologia Ltda. Guará II, Brasília, DF, Brazil) were used. The tests were carried out in the ergometry room of the Cardiology Section of the University Hospital, FMRP-USP, by the staff of the cardiology service of this institution using the Bruce protocol.28 Data Analysis The mean data obtained at the beginning of the study (T1) were compared to those obtained at the end (T2) by the paired Student t-test in the presence of normal distribution, or by the paired Wilcoxon test when distribution was not normal. Pearson linear correlation was calculated for normal distribution and Spearman correlation was calculated when distribution was not normal. The

correlation of the variations between T1 and T2 were also calculated for two measures (∆ = T2-T1). Multiple linear regression was used to determine the association between some variables. Data for comparison of the means are reported as means + SD and individual values were used to calculate the correlations and regressions. The level of significance was set at 5% in all analyses, with a 95% confidence interval.29 RESULTS

Subjects Of the 50 women who started the study, 27 completed it. The reasons for the 23 drop-out cases were: little adherence to diet or exercise (N = 9), difficulties about the training time schedule due to job or family reasons (N = 6), family disease (1), a fall (1), and depression and/or anxiety (N = 6). The treadmill test was applied to 24 subjects and calorimetry to 28 at T1. The number of subjects was not constant in the other tests due to subject failure to appear for one or another test. The specific number for each topic is reported in the tables and figures. Results of the Interventions Table 1 shows the general characteristics of the subjects at T1 and T2. Age and height did not change because of the short duration of the study (2 months). The weight and the indicators of body fat, except for bioimpedance, demonstrated a significant reduction, including NC. Blood biochemistry showed improvement of 3 components, worsening of 1, and no change in 2. Systolic blood pressure (SBP, mmHg) was reduced and diastolic blood pressure (DBP, mmHg) was unchanged. The three strength tests and maximum oxygen consumption (VO2max) increased significantly.

Correlation of Neck Circumference with Other Variables NC correlated with weight, percent body fat determined by bioimpedance and anthropometry, with REE, skinfold sum, circumferences sum, BMI, lean mass calculated by anthropometry and bioimpedance at T1 and T2, and arm muscle circumference calculated only at T1 (Table 2).

The REE, biochemical variables, blood pressure, and strength tests were compared only at

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Apêndices Fett, CA 94

the beginning of the study (T1). There was a significant correlation of NC with uric acid, HDL and LDL cholesterol, total cholesterol /HDL, and 1-MR of seated low row (Table 3).

Only the variations (∆) in NC and REE between T1 And T2 were correlated.

Relation between Body Indices BMI, WHR, the sum of the circumferences, %FA, and %FB showed a significant linear correlation when analyzed as a whole and were correlated when analyzed pairwise (Figure 1).

%FA was significantly correlated with corrected arm fat area, and %FB was significantly correlated with arm fat area at both times (Figure 2 A, B, C D).

%FA and %FB were significantly correlated with BMI at both times (T1 and T2) (Figure 3 A, B, C, D).

DISCUSSION

In general, the results of the present study showed a significant reduction in body weight and fat, an improvement in the biochemical blood profile, a reduction of SBP, and an improvement of general physical condition (strength and aerobic) after intervention with a moderate low-calorie diet and physical activity. Taken together, these changes reduce the risk of chronic diseases and morbidity/mortality, even in individuals who continue to be obese.2,4 In addition, a significant correlation was observed between NC, percent body fat, and anthropometric indexes of independent risk of morbidity and mortality both before and after weight reduction. Before the intervention, NC was also correlated with various biochemical blood risk factors and with a physical test. Several studies have reported a positive association between NC and various risk factors for cardiovascular diseases 9-11, 30.

The result of the physical conditioning of these obese women was very positive, since these women usually have a low tolerance to physical activity,3 which impairs progress in weight reduction programs. The control of overweight is obtained by the coordination between the effects of energy intake and energy expenditure mediated by endocrine and nervous signals which are stimulated by physical activity2. In addition,

several risk factors were reduced with the improvement of physical performance, with a consequent reduced chance of morbidity and mortality. It has been demonstrated that active obese individuals have a lower chance of mortality than individuals of normal weight but sedentary.4

The increase in BMI and body fat per se is associated with chronic diseases and a reduce life expectancy.8 Other anthropometric measurements such as AbC7 and WHR2 are also associated with risk factors and were significantly correlated with each other in the present study. In addition, direct measurements of subcutaneous fat thickness such as skinfolds were found to be associated and correlated with BMI, WHR and body fat percentage according to the methods used. Body fat percentage calculated by bioimpedance and by anthropometry, as well as the sum of 3 or 8 skinfolds were positively associated with NC at both time points. Other studies have also reported a good correlation between NC and body fat indicators.9-11.

Furthermore, body fat percentage is a more selective measurement than BMI, WHR, AbC, or NC since, in the increase in total body mass it separates lean mass content from fat mass .31 Measurements of a single compartment, such as BMI, may present wide variation regarding body fat percentage. For example, it was demonstrated that for a BMI of 25, body fat percentage measured by dual-energy x-ray absorptiometry may range from 20 to 50%.6 In addition, in a study on subjects divided into age ranges from 18 to 79 years, body fat percentage was found to increase with age even when BMI was within the normal range.32 But, as also reported by others,33 we observed a significant correlation between BMI and body fat percentage calculated by the two methods, and other indicators of body fat distribution in these obese women. However, the variation of agreement between these measurements was 34% to 91%, demonstrating a marked fluctuation. In contrast, NC compared to the same variables of body fat percentage was more stable, showing neither very elevated nor very low values, suggesting that this measurement could be a good indicator of body fat. However, we do not know if NC would behave like BMI regarding aging. The best method and index for the assessment of obesity and associated risk factors is still a source of debate in the literature.

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Apêndices Fett, CA 95

Several blood biochemistry risk factors were significantly correlated with NC in the present study. In contrast, glucose, SBP and DBP showed no significant correlation. Other studies have observed that NC is correlated with age, weight, hip circumference, cut-off values of BMI for overweight and obesity11, AbC, WHR, total cholesterol, LDL, triglycerides, uric acid, SBP, DBP,10 glucose,9 and several cardiovascular risk factors30 for men and women. A possible explanation for the lack of significance of arterial blood pressure and glucose in the present study compared to the studies cited above is that the number of subjects was smaller. However, in contrast to what was observed by Ben-Noun and Laor,10 we detected a significant negative correlation between HDL cholesterol and NC. In general, our data suggest that the increase in NC may be an indicator of the worsening of blood biochemical risk factors. However, this relation must not be valid for individuals who practice resisted activities since such individuals develop the muscle mass of this region, a fact that does not necessarily represent an increase in body fat.6, 27

We observed that NC was significantly correlated with 1-MR of the seated low row exercise. This may be explained in part by the correlation of NC with arm muscle circumference and lean mass estimated by anthropometry and by bioimpedance at the two time points. The increase in lean and muscle mass is associated with a better strength performance,27 justifying these observations. NC was also correlated with REE at both time points, with REE in turn being associated with muscle development.34 ∆NC also showed a good association with ∆REE, suggesting that NC reduction may also reflect a reduction of REE. To our knowledge, we were the first to compare these variables. However, the common variance (r2) for the two comparisons was low. The development of the first portion of the trapezius muscle may possibly influence NC and this muscle group is related to performance of movements that involve adduction of the scapulae such as seated low row exercise. Also, there was no correlation between NC and the bench press and leg press exercises. A possible explanation is that the muscle groups involved in these exercises have no anatomical influence on the neck.

The calculations used to estimate body fat percentage and the main body indices (BMI,

WHR, circumference sum) showed good correspondence, supporting the idea of the consistency of these measurements and of NC to estimate excess weight and fat in these women. In addition, both arm fat and corrected arm fat areas were significantly correlated with the body fat percentages estimated by bioimpedance and by anthropometry, respectively. An increase in these measurements is related to subcutaneous and visceral fat and to cardiovascular risk factors30 and the combination of these variables can be useful for the evaluation of the severity and evolution of nutritional status20.

In conclusion, regular physical activity and dietary reeducation improved body composition, biochemical risk factors and performance of these obese women within a short period of time. The neck circumference, in particular, has as positive correlation with coronary risk factors. The results suggest also that NC could be also a good predictor of body fat excess. Therefore anthropometric body fat and neck circumference, as a whole, should be adequate to evaluate and follow obese women in a reduction weight program. REFERENCES 1. Friedman JM. A war on obesity, not the obese.

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Apêndices Fett, CA 98

TABLE I. CLINICA L CHA RACTERISTICS OF THE STUDY SUBJECTS BEFORE (T1) AND AFTER (T2) THE

INTERVENTIONS Variables/Times T1 mean ± SD (n) T2 mean ± SD (n)

Age (years) 36 ± 11 (50) - Height (cm) 164 ± 6 (50) - Weight (kg) 83 ± 16 (50) 77 ± 16 (27) BMI (kg/m2) 31 ± 6 (50) 29 ± 6 (27) Body fat percentage by anthropometry 42 ± 6 (50) 36 ± 6 (27) Body fat percentage by bioimpedance 40 ± 6 (46) 38 ± 6 (18) Glucose (mg/dL) 93 ± 10 (46) 89 ± 6 (21) Uric acid (mg/dL) 5 ± 1* (48) 4 ± 1 (22) Total cholesterol (mg/dL) 184 ± 29* (48) 178 ± 27 (22) Trig lycerides (mg/dL) 105 ± 52 (48) 87 ± 35 (22) HDL-Cholesterol (mg/dL) 55 ± 12* (48) 52 ± 12 (22) LDL-Cholesterol (mg/dL) 108 ± 27 (48) 105 ± 18 (22) Systolic blood pressure (mmHg) 124 ± 20 (49) 117 ± 14 (24) Diastolic b lood pressure (mmHg) 80 ± 13 (49) 76 ± 10 (24) 1-RM bench press (kg) 44 ± 12 (42) 49 ± 11 (21) 1-RM seated low row (kg) 35 ± 5 (42) 41 ± 6 (21) 1-RM leg press (kg) 80 ± 21 (42) 88 ± 21 (21) VO2max (L/min) 34 ± 2 (24) 40 ± 2 (18) Statistics: data are reported as means ± SD; n = number of subjects per test. Paired t-test; only diastolic blood pressure was evaluated by the paired Wilcoxon test. T1 versus T2: * P ≤ 0.05; P ≤ 0.005; P ≤ 0.0001. 1-RM: 1-repetit ion maximu m tests; VO2max : maximu m o xygen consumption.

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Apêndices Fett, CA 99

TABLE II. RELATION OF NECK CIRCUMFERENCE (NC) TO OTHER VARIABLES BEFORE (T1) AND AFTER THE INTERVENTIONS (T2) Subjects NC (cm) at T1 or T2 Variables N r r2 or CI P Weight (kg) T1 49 0.78 0.61 0.0001* Weight (kg) T2 27 0.79 0.63 0.0001* ∆ weight (kg) 27 0.002 2.346E-06 0.9940¶ Body mass index (kg/m2) T1 49 0.71 0.50 0.0001* Body mass index (kg/m2) T2 27 0.68 0.47 0.0001* ∆ Body mass index (kg/m2) 27 0.30 0.09 0.1270¶ Body fat percentage by anthropometry T1 50 0.61 0.37 0.0001* Body fat percentage by anthropometry T2 27 0.60 0.36 0.0010* ∆ body fat percentage by anthropometry 27 0.33 0.12 0.0917¶ Body fat percentage by bioimpedance T1 45 0.64 0.40 0.0001* Body fat percentage by bioimpedance T2 20 0.74 0.54 0.0002* ∆ body fat percentage by bioimpedance 20 0.10 -0.53 to 0.37 0.6648¶ Fat mass by anthropometry (kg) T1 49 0.65 0.42 0.0001* Fat mass by anthropometry (kg) T2 27 0.71 0.50 0.0001* Fat mass by bioimpedance (kg) T1 48 0.67 0.45 0.0001* Fat mass by bioimpedance (kg) T2 20 0.90 0.81 0.0001* Sum of 3 skinfolds (mm) T1 50 0.63 0.40 0.0001* Sum of 3 skinfolds (mm) T2 27 0.63 0.40 0.0004* Sum of 8 skinfolds (mm) T1 50 0.69 0.48 0.0001* Sum of 8 skinfolds (mm) T2 27 0.67 0.46 0.0001* Abdominal circumference (cm) T1 50 0.67 0.46 0.0001* Abdominal circumference (cm) T2 27 0.62 0.38 0.0006* Waist/hip ratio T1 50 0.48 0.23 0.0004* Waist/hip ratio T2 27 0.41 0.17 0.0320* Arm muscle circumference (cm) T1 50 0.28 0.08 0.0450* Arm muscle circumference (cm) T2 27 0.16 0.02 0.4225¶ Statistics: most variables presented Gaussian distribution and therefore Pearson linear correlation was used; Spearman correlation. *Significant; ¶Nonsignificant. CI: confidence interval. ∆: variation (T2-T1) of the variables in question.

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Apêndices Fett, CA 98

TABLE III. RELATION OF NECK CIRCUMFERENCE (NC) TO METABOLIC VARIABLES AND PHYSICAL TESTS Subjects NC (cm) at T1 or T2 Variables N r r2 or IC P Resting energy expenditure (kcal/d) T1 28 0.60 0.36 0.0008* Resting energy expenditure (kcal/d) T2 16 0.56 0.31 0.0251* ∆ Resting energy expenditure (kcal/d) 16 0.59 0.35 0.0160* Uric acid T1 (mg/dL) 48 0.51 0.26 a 0.69 0.0002* Total cholesterol (TC) (mg/dL) T1 48 0.25 0.063 0.0858¶ HDL-Cholesterol (mg/dL) T1 48 -0.35 0.12 0.0139* LDL-Cholesterol (mg/dL) T1 48 0.33 0.11 0.0224* TC/HDL T1 48 0.47 0.22 0.0007* Triglycerides (mg/dL) T1 48 0.25 0.06 0.0826¶ Glucose (mg/dL) T1 46 0.05 0.00 0.7227¶ Systolic blood pressure (mmHg) T1 49 0.20 -0.09 a 0.46 0.1775¶ Diastolic blood pressure (mmHg) T1 49 0.13 -0.16 a 0.40 0.3715¶ 1-RM seated low row (kg) T1 42 0.49 0.24 0.0009* 1-RM bench press (kg) T1 42 0.22 0.04 0.1607¶ 1-RM leg press (kg) T1 42 0.10 0.01 0.5465¶ Statistical analysis: Most variables presented Gaussian distribution and therefore Pearson linear correlation was used; Spearman correlation. *Significant; ¶Nonsignificant. ∆: variation (T2-T1) of the variables in question. 1-RM: 1-repetition maximum tests.

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Apêndices Fett, CA 99

Figure legends Figure 1. Forced linear regression analysis on the X (= 0) and Y (= 0) axes between the following variables: body mass index (BMI, kg/m2), waist/hip ratio (WHR), sum of the circumferences (ΣCirc, relaxed arm, forearm, wrist, neck, calf, thigh, waist, abdomen, and hip), body fat percentage calculated from anthropometric values (%FA), and from bioimpedance values (%FB). Results: n = 46, P < 0.0001, number of points = 184; standard deviation of the line (Y.X) = 248. Paired Pearson linear correlation was calculated from the same variables. Results: BMI x WHR: r = 0.58, r2 = 0.34, P < 0.0001; BMI x ΣCirc: r = 0.95, r2 = 0.90. P < 0.0001; BMI x %FA: r = 0.69, r2 = 0.48, P < 0.0001; BMI x %FB: r = 0.74, r2 = 0.55, P < 0.0001; WHR x ΣCirc: r = 0.46, r2 = 0.21, P = 0.0013; WHR x %FA: r = 0.46, r2 = 0.21, P = 0.0012; WHR x %Fbia: r = 0.41, r2 = 0.16, P = 0.0052; %FA x %FB: r = 0.54, r2 = 0.29, P = 0.0001. *Scale: represents the unit values for body fat percentage (%FA and %FB); for the sake of graphic presentation, WHR values were multiplied by 100 and ΣCirc values were divided by 10. Figure 2. Correlation between body fat percentage calculated by anthropometry (%FA) verus corrected arm fat area (AFAc) and bioimpedance (%FB) versus arm fat area (AFA) of obese women before (T1) and after two months of intervention for weight loss (T2). Results: A: n = 50. r = 0.77; B: n = 27, r = 0.79; C: n = 46, r = 0.54; D: n = 20. r = 0.92, (P < 0.0001 for all). Figure 3. Correlation between body fat percentage estimated by anthropometry (%FA) and bioimpedance (%FB) with body mass index (BMI, kg/m2), before (T1) and after (T2) the interventions of the study. Results: A: n = 49, r = 0.69; B: n = 27, r = 0.75; C: n = 45, r = 0.58; D: n = 20, r = 0.95 (P < 0.0001 for all).

Figure 1

Figure 2

Figure 3

% FA x BMI (kg/m2) (T1) - Ay = 0,687x + 2,1129

R2 = 0,47

20

30

40

50

60kg

/m2

% FB x BMI (kg/m2) (T1) - C

y = 0,5657x + 8,4236R2 = 0,34

20

30

40

50

60

kg/m

2

%FA x BMI (kg/m2) (T2) - By = 0,7322x + 2,5726

R2 = 0,56

20

30

40

50

60

20 30 40 50%

kg/m

2

% FB x BMI (kg/m2) (T2) - D

y = 1,1466x - 14,598R2 = 0,91

20

30

40

50

60

20 30 40 50 60%kg

/m2

% FA x AFAc (T1) - A

10

40

70

100

130

cm2

y = 2,6749x - 53,025R2 = 0,59

% FB x AFA (T1) - C

10

40

70

100

cm2

y = 1,4634x - 10,966R2 = 0,29

% FA x AFAc (T2) - B

10

40

70

100

130

20 30 40 50%

cm2

y = 2,3439x - 38,66R2 = 0,63

% FB x AFA (T2) - D

10

40

70

100

20 30 40 50 60%

cm2

y = 2,6173x - 61,877R2 = 0,84

Comparison between body composition and indexes

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 55,0 60,0BMI (kg/m2)

*Sca

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