tese claudia miranda

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA CENTRO REGIONAL DO PORTO FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO QUALIDADE DO SERVIÇO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE O CASO VODAFONE Por Cláudia Maria da Cruz Soares Miranda Dissertação de Mestrado em Marketing Orientador: Prof. Doutor Carlos Henrique Figueiredo e Melo de Brito Porto 2007

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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

CENTRO REGIONAL DO PORTO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

QUALIDADE DO SERVIÇO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE

O CASO VODAFONE

Por

Cláudia Maria da Cruz Soares Miranda

Dissertação de Mestrado em Marketing

Orientador: Prof. Doutor Carlos Henrique Figueiredo e Melo de Brito

Porto

2007

2

Sumário

Sumário ................................................................................................................................. 1

Índice de Figuras .................................................................................................................. 4

Índice de Tabelas .................................................................................................................. 5

Resumo .................................................................................................................................. 6

Abstract ................................................................................................................................. 7

Capítulo 1: Introdução......................................................................................................... 8

PARTE I .............................................................................................................................. 11

Capítulo 2: Fidelização, Satisfação e Qualidade.............................................................. 12

2.1. Fidelização............................................................................................................ 12 2.1.1. Noção.................................................................................................................. 12 2.1.2. Benefícios Associados à Fidelização.................................................................. 16 2.1.3. Determinantes da Fidelização............................................................................. 18

2.2. Satisfação................................................................................................................... 26 2.3. A Qualidade na Perspectiva de Marketing ................................................................ 32

2.3.1. Modelo de Gronroos........................................................................................... 34 2.3.2. Modelo de Gummesson...................................................................................... 36 2.3.3. Modelo de Parasuraman, Zeithaml e Berry ........................................................ 38

2.4. Principais Métodos de Avaliação da Qualidade de Serviços .................................... 38 2.4.1. Modelo SERVQUAL ......................................................................................... 39 2.4.2. Modelo SERVPERF........................................................................................... 42 2.4.3. Modelo de Avaliação da Performance................................................................ 42

2.5. Conclusão .................................................................................................................. 44 Capítulo 3: Programas de Fidelização e Retenção do Cliente........................................ 45

3.1. Programas de Fidelização.......................................................................................... 45 3.1.1. Noção.................................................................................................................. 46 3.1.2. Tipos de Programas de Fidelização.................................................................... 49 3.1.3. Gestão de Programas de Fidelização.................................................................. 53

3.2. Custos de Mudança.................................................................................................... 56 3.2.1. Noção.................................................................................................................. 57 3.2.2. Impacto ............................................................................................................... 60 3.2.3. Funcionamento ................................................................................................... 62

3.3. Conclusão .................................................................................................................. 65

3

PARTE II ............................................................................................................................ 66

Capítulo 4: A Metodologia de Estudo de Caso como Aprendizagem ............................ 67

4.1. Origem....................................................................................................................... 67 4.2. O Construtivismo....................................................................................................... 68 4.3. Vantagens e Limitações do Estudo de Caso.............................................................. 70 4.4. A Preparação da Aula pelo Docente.......................................................................... 72 4.5. A Preparação pelos Alunos........................................................................................ 74 4.6. A Aula........................................................................................................................ 74 4.7. Conclusão .................................................................................................................. 77

PARTE III ........................................................................................................................... 78

Capítulo 5: Caso Vodafone ................................................................................................ 79

5.1. Caracterização Geral da Vodafone ............................................................................ 79 5.1.1. Evolução Histórica ............................................................................................. 79 5.1.2. – Orientação Estratégica..................................................................................... 82 5.1.3. - Recursos Humanos........................................................................................... 83 5.1.4. Situação Económica e Financeira....................................................................... 84

5.2. - O Mercado............................................................................................................... 85 5.3. Marca ......................................................................................................................... 88 5.4. A Oferta ..................................................................................................................... 91

5.4.1. Produto ............................................................................................................... 91 5.4.2. Tarifário .............................................................................................................. 92 5.4.3. Serviços de Apoio a Clientes.............................................................................. 95 5.4.4. Distribuição ........................................................................................................ 96 5.4.5. Comunicação ...................................................................................................... 96

5.5. Clube Viva................................................................................................................. 98 5.6. Desafios ................................................................................................................... 102 5.7. Anexos ..................................................................................................................... 103

Capítulo 6: Nota Pedagógica ........................................................................................... 147

6.1. Tema Central ........................................................................................................... 147 6.2. Resumo do Caso ...................................................................................................... 147 6.3. Objectivos Pedagógicos........................................................................................... 147 6.4. Pré-Requisitos.......................................................................................................... 148 6.5. Público - Alvo.......................................................................................................... 148 6.6. Proposta de Estratégia Pedagógica .......................................................................... 148 6.7. Questões de Discussão a Colocar ............................................................................ 150 6.8. Sugestões de Respostas ........................................................................................... 150

Referências ........................................................................................................................ 164

4

Índice de Figuras

FIGURA 2.1. – NÍVEL DE CONFIANÇA DE UM CLIENTE ........................................................... 19

FIGURA 2.2. – A CARTEIRA DE CLIENTES .............................................................................. 20

FIGURA 2.3. – SATISFAÇÃO E FIDELIZAÇÃO........................................................................... 21

FIGURA 2.4. – RELAÇÃO SATISFAÇÃO/FIDELIZAÇÃO............................................................. 22

FIGURA 2.5. – FUNÇÃO SATISFAÇÃO/RETENÇÃO................................................................... 23

FIGURA 2.6. – PERCEPÇÕES DE QUALIDADE E A SATISFAÇÃO................................................ 29

FIGURA 2.7. – FORMAÇÃO DAS EXPECTATIVAS ..................................................................... 30

FIGURA 2.8. – DEFINIÇÃO DE SATISFAÇÃO ............................................................................ 31

FIGURA 2.9. – DUAS DIMENSÕES DE QUALIDADE DE SERVIÇO.............................................. 34

FIGURA 2.10. – MODELO DE QUALIDADE PERCEBIDA DO SERVIÇO ....................................... 36

FIGURA 2.11. – MODELO DOS 4 Q´S....................................................................................... 37

FIGURA 2.14. – MODELO DOS “5 GAPS” ................................................................................ 41

FIGURA 5.1. – LOGÓTIPO TMN.............................................................................................. 80

FIGURA 5.2. – LOGÓTIPO OPTIMUS........................................................................................ 80

FIGURA 5.3. – EVOLUÇÃO DO LOGÓTIPO ............................................................................... 81

FIGURA 5.4. – MUPI DE LANÇAMENTO DA VIDEOCHAMADA ................................................. 81

FIGURA 5.5. – LOGÓTIPOS DOS QUATRO VALORES................................................................ 82

FIGURA 5.6. – LOGÓTIPO YORN............................................................................................. 83

FIGURA 5.7. – QUOTAS DE MERCADO.................................................................................... 87

FIGURA 5.8. – LOGÓTIPO VODAFONE .................................................................................... 88

FIGURA 5.9. – CAPA DE CATÁLOGO DOS TARIFÁRIOS VITAMINA........................................... 93

FIGURA 5.10. – OPTIMIZAÇÃO DE TARIFÁRIO........................................................................ 93

FIGURA 5.11. – CAPA DE CATÁLOGO DOS TARIFÁRIOS PACK EMPRESA ................................ 94

FIGURA 5.12. – CAPA DE CATÁLOGO DOS TARIFÁRIOS PACK PRÓ......................................... 95

FIGURA 5.13. – MUPI DE CAMPANHA PUBLICITÁRIA ............................................................. 97

FIGURA 5.14. – CAPA DA REVISTA VODAFONE SHOP ............................................................ 98

FIGURA 5.15. – CAPA DA 16ª EDIÇÃO DA REVISTA CLUBE VIVA ........................................... 99

5

Índice de Tabelas

TABELA 3.1. - PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO VS PROMOÇÕES.............................................. 48

TABELA 3.2. - TIPOS DE BLOQUEIO E CUSTOS DE MUDANÇA ASSOCIADOS ........................... 63

6

Resumo

No início da década de 90, quando muitos mercados atingem a sua maturidade, a receita de

uma venda pontual perde importância no negócio das empresas, em prol de uma relação

duradoura com o cliente. Por outras palavras, a estratégia de fidelizar a carteira de clientes

existentes ganha terreno em relação à conquista de novos.

Neste novo cenário, tornou-se fundamental dominar os conceitos, antecedentes e

interacções de qualidade de serviço, fidelização e satisfação do cliente. Esta realidade

recente leva à massificação de instrumentos como os programas de fidelização e custos de

mudança, que passam a constituir métodos eficazes para criar uma base de clientes estável

e rentável no tempo.

Nesta dissertação, pretende-se salientar a importância da lealdade da carteira de clientes de

uma empresa, de forma a ser maximizada a rentabilidade da mesma. Com base no estudo

do caso da Vodafone, analisa-se a estratégia de fidelização dos clientes, procurando-se

sustentar e aplicar as linhas teóricas de orientação apresentadas.

7

Abstract

At the beginning of the 1990s, when many markets reached their maturity, the profit on

advantage of a single sale loses importance in a company´s business, in favour of a long-

term relationship with a client. In other words, the strategy of retaining existing clients

gains ground instead of aiming at new clients.

Within this setting, it has become fundamental to dominate concepts, antecedents and

interactions of service quality, client´s loyalty and satisfaction. This recent reality leads to

the massification of tools such as loyalty programs and switching costs, which become

efficient methods of creating a data base of reliable, stable and profitable clients.

This dissertation aspires to emphasise the importance of loyalty among a company’s

clients, in such a way as to enable maximum profit. Based on a case study (Vodafone), and

analysing the strategy used to keep consumers loyal, this work intends to apply and sustain

the presented theoretical guidelines.

8

Capítulo 1: Introdução

Até à década de 90, a disciplina de marketing centrou-se, essencialmente, em estratégias de

angariação de novos clientes. Contudo, muitos mercados começaram a alcançar a fase da

maturidade. Esta etapa caracteriza-se, de um modo geral, pelo facto de não haver muitos

novos clientes para ganhar, de a concorrência se tornar cada vez mais intensa e,

consequentemente, os custos de captar novos clientes serem bastante elevados. Assim, o

sucesso empresarial deixa de ser calculado tendo como base a quota de mercado, para

passar a dar ênfase ao nível de fidelização e valor da carteira de clientes existente.

Esta realidade arrasta consigo novos objectivos e desafios para a comunidade de marketing,

abrindo caminho aos conceitos de fidelização, satisfação e qualidade. Tanto o nível

académico como empresarial despertam para a variável fidelização como factor crítico para

o sucesso do negócio, e procuram compreender os seus antecedentes principais,

nomeadamente, a satisfação e a qualidade. De igual forma, desenvolvem-se ferramentas de

marketing que induzam à fidelização, em particular, os custos de mudança e os programas

de fidelização.

O objectivo principal desta dissertação consiste em elaborar uma revisão de literatura sobre

o que tem vindo a ser realizado acerca desta temática, e contribuir para que a mesma possa

ser alvo de aplicação prática em sala de aula, tanto em cursos de licenciatura como de

mestrados, de forma a promover uma aproximação entre as instituições de ensino e o

mundo empresarial. Assim, elaborou-se um case-study com fins pedagógicos e uma breve

abordagem sobre a metodologia mais adequada a seguir pelo docente.

A escolha do case-study recaiu sobre a Vodafone Portugal que, com apenas 12 anos de

actividade, é uma das mais rentáveis e prestigiadas empresas portuguesas. No entanto,

novos desafios se estabelecem numa altura em que o mercado tradicional se situa na fase da

maturidade. Actualmente, o sector das telecomunicações é caracterizado por uma

9

concorrência entre os três operadores, bastante agressiva e competitiva. As estratégias de

sobrevivência neste ambiente passam a estar direccionadas na vanguarda da

tecnologia/inovação e, nomeadamente, na orientação para o cliente.

A dissertação divide-se em três partes. Na primeira parte, apresenta-se uma síntese das

contribuições académicas de vários autores sobre a fidelização, satisfação, qualidade,

programas de fidelização e custos de mudança. A segunda é dedicada a uma revisão

bibliográfica sobre o estudo de caso como metodologia pedagógica de aprendizagem. Por

fim, a terceira parte, inclui o caso Vodafone e respectiva nota pedagógica.

A primeira parte foi organizada em dois capítulos. No Capítulo 2, exploram-se os conceitos

de qualidade do serviço, fidelização e satisfação do cliente, e a forma como estas variáveis

se relacionam entre si. De igual forma, debruça-se sobre os benefícios associados à

fidelização e modelos de avaliação da qualidade de serviço. Por sua vez, o Capítulo 3 é

dedicado aos programas de fidelização e custos de mudança. No mesmo, incluem-se

detalhes sobre os tipos, gestão e tendências futuras dos programas de fidelização. Ao nível

do conceito de custos de mudança, analisa-se o seu impacto e modo de funcionamento.

Relativamente à segunda parte da dissertação, composta pelo Capítulo 4, procura-se

caracterizar o estudo de caso como metodologia pedagógica. Assim, apresenta-se a sua

origem, paradigma construtivista, vantagens e limitações. Adicionalmente, revela-se

informação detalhada sobre a preparação da aula pelo docente e alunos, e sobre a mesma

propriamente dita.

Por último, na terceira parte, no âmbito do Capítulo 5, desenvolve-se o caso Vodafone

através da caracterização da empresa (historial, indicadores financeiros, recursos humanos,

estratégia e segmentos de mercado), da apresentação do mercado em que se insere (sector

das telecomunicações), da explanação da política de marketing mix (produto, tarifário,

distribuição, serviço de apoio ao cliente e comunicação), da exposição da estratégia de

marca, da análise das associações da imagem e da descrição do programa de fidelização em

10

vigor (Clube Viva). O Capítulo 6 é dedicado à nota pedagógica, que se pretende que

constitua um elemento base de orientação para o docente que utilizar este caso em sala de

aula.

11

PARTE I

12

Capítulo 2: Fidelização, Satisfação e Qualidade

Académicos e profissionais consideram a fidelização como uma das chaves para o sucesso

do negócio e procuram compreender os seus antecedentes mais importantes. Neste

contexto, tem vindo a ser debatida, na literatura, a correlação entre os conceitos de

satisfação do cliente, fidelização e qualidade de serviço.

Este capítulo tem como principal objectivo discutir os três conceitos referidos, bem como

as interligações entre eles. Assim, o presente capítulo divide-se em quatro secções. A

primeira aborda a noção de fidelização, benefícios associados à fidelização e determinantes

da fidelização. Relativamente à segunda, a mesma encontra-se dedicada à explicitação do

conceito de satisfação do cliente. Coube à terceira secção, apresentar os diversos conceitos

e teorias sobre a qualidade de serviço. Por fim, a quarta parte debruça-se sobre os principais

métodos de avaliação da qualidade de serviços.

2.1. Fidelização

A fidelização converteu-se numa componente estratégica fundamental da empresa. À

medida que o marketing se centra cada vez mais na gestão de relações com os clientes, é

difícil encontrar uma investigação que não inclua a fidelização.

2.1.1. Noção

A fidelização do cliente é um conceito difícil de definir. Basicamente, existem, na

literatura, três abordagens distintas: (i) Perspectiva Comportamental - considera um

13

comportamento de compra consistente e repetido como um indicador de lealdade

(Cunningham, 1956; Tucker, 1964; Day, 1969; Jacoby, 1971; Neal, 1999). O problema

desta abordagem reside no facto de nem sempre a repetição da compra estar associada a um

comprometimento psicológico para com a marca (TePeci, 1999). Por exemplo, um

indivíduo pode hospedar-se sempre no mesmo hotel devido à sua localização. Quando um

novo hotel é inaugurado do outro lado da rua, os clientes transferem para lá as suas

reservas, simplesmente porque oferece um valor superior. Assim, a repetição de compra,

por si só, nem sempre significa lealdade. (ii) Perspectiva de Atitude - usa dados de atitude

como forma de tradução da ligação emocional e psicológica inerente à fidelização (Day

1969; Czepiel e Gilmore, 1987). Um consumidor pode ter uma atitude positiva

relativamente a um hotel, mas não ficar lá hospedado (Toh et al., 1993). Um indivíduo pode

ter a melhor consideração por um hotel, recomendá-lo a outros, mas sentir que é demasiado

caro frequentar de forma regular. (iii) Perspectiva Combinada - combina a primeira e

segunda perspectiva, passa por avaliar a fidelização de um cliente através da análise dos

produtos preferidos, propensão à mudança de marca, frequência de compra, data recente da

aquisição e montante total dispendido (Jacoby e Chestnut, 1978; Pritchard e Howard, 1997;

Hunter, 1998; Wong et al., 1999). Adicionalmente, alguns autores referem a fidelização

cognitiva (Gremler e Brown, 1996; Sirohi, Mclaughlin e Wittink, 1998). Esta pretende

envolver a racionalidade e consciência do consumidor na avaliação de informação sobre os

benefícios oferecidos pela concorrência antes da compra ser efectuada.

Baseada nestes conceitos, surge a distinção entre os clientes retidos e os fiéis. O cliente fiel

caracteriza-se por ser pouco sensível ao factor preço, pretender aumentar a quantidade ou

frequência de compras e assumir um papel de influenciador de terceiros (Dick e Basu,

1994; Zeithaml, Berry e Parasuraman, 1996; Oliver, 1999; Jones e Farquhar, 2003).

Contudo, um cliente pode estar retido e não ser fiel à empresa, nomeadamente, em

situações de monopólio, ou pelo facto de a marca possuir o preço mais baixo (Datta, 2003),

ou, simplesmente, por inércia do consumidor (Fournier, 1998). O tempo, a continuidade e a

duração da ligação são indicadores de retenção, mas não determinam se o cliente é ou não

fiel (Barnes, 2001). Em suma, pode considerar-se que a fidelização de clientes é um

14

conceito mais restrito do que a retenção, na medida em que o cliente pode realizar repetidas

compras à empresa e não lhe ser verdadeiramente fiel.

Diversos investigadores utilizaram, nos seus estudos, medidas de atitudes e

comportamentais para definirem e acederem à variável fidelização da marca. Assim, em

1978, Jacoby e Chestnut sugerem que a fidelização de uma marca, por parte do cliente, é o

resultado de três dimensões: (i) Cognitiva - o cliente acredita ou não que o serviço/produto

é superior aos da concorrência; (ii) Afectiva - os clientes desenvolvem uma atitude

favorável ou desfavorável relativamente ao produto/serviço; (iii) Conative - o cliente possui

ou não intenção de recomprar o produto ou serviço.

Através da introdução da dimensão atitude, vários autores propuseram uma

conceitualização bidimensional da fidelização. Dick e Basu (1994) classificaram a

fidelização em quatro diferentes categorias, baseadas num padrão repetido e atitude

relativa: (i) Fidelização - concilia a atitude positiva com padrão de repetição de compra; (ii)

Fidelização Não Genuína - existe repetição de compra, mas não uma atitude positiva; (iii)

Fidelização Latente - está-se perante uma atitude positiva, mas ainda não se tornou activa

na repetição da compra; e (iv) Não Fidelização - no caso de atitude não positiva e não

existir intenção de recompra.

Os autores Raphel e Raphel (1996) apresentaram a seguinte classificação dos

consumidores: (i) Prospects - podem estar interessados em comprar; (ii) Shoppers - visitam

o negócio pelo menos uma vez; (iii) Clientes Eventuais - adquirirem um ou mais

produtos/serviços; (iv) Clientes Regulares - compram regularmente produtos/serviços; (v)

Defensores, elogiam a qualidade do negócio a terceiros.

Já Oliver (1999) defendeu que a fidelização do cliente é atingida através de quatro passos

sequenciais: (i) Fidelização Experiência/Conhecimento - os clientes são leais a uma marca

com base na informação que têm da mesma; (ii) Fidelização Afectiva - a ligação ou atitude

positiva do cliente em relação à marca, (iii) Intenção Comportamental - intenção profunda

15

para comprar, embora este desejo possa não resultar em qualquer acção; (iv) Acção

Fidelização - clientes convertem intenção em compra. No primeiro estágio, o cliente é

apenas cognitivamente fiel e desenvolve fidelização afectiva após compras repetidas. Com

a passagem do tempo, o nível mais intenso de fidelização do cliente é atingido. Na última

fase, o cliente possui fortes intenções de trocas futuras, baseia-se na avaliação favorável da

experiência e na conjugação da inércia da acção com o desejo de ultrapassar obstáculos

para efectuar uma compra.

Num estudo recente, Ganesh et al. (2000) distinguiram duas dimensões de fidelização: (i)

Fidelização Activa - comportamento pro-activo que requer a realização de um esforço

consciente e deliberado, que inclui o reforço da escolha e a vontade de aumentar o negócio

com o fornecedor; (ii) Fidelização Passiva - comportamento reactivo, como sensibilidade a

alterações no preço ou a aumentos de competitividade, é significantemente influenciado

pelos custos de mudança percepcionados.

Neste contexto, Browen e Chen (2001), propuseram três abordagens para medir a

fidelização: (i) Medição de Procedimento - verificação de procedimento de compra

repetida; (ii) Medições de Atitudes - estados emocionais do cliente em relação à marca; (iii)

Medições de Composições - combinam as duas abordagens anteriores, isto é, a fidelização

é medida pelas ligações afectivas à marca e pelas frequências de compras.

Na sua investigação, Baloglu (2002) definiu diferentes tipos de fidelização de clientes: (i)

Fidelização Verdadeira - o cliente está ligado de forma afectiva à marca e compra

repetidamente; (ii) Fidelização Latente - o cliente está positivamente ligado à marca, mas

tem baixos níveis de compra (devido, por exemplo, ao preço elevado ou inacessibilidade do

serviço/Produto); (iii) Fidelização Baixa - tanto o factor afectivo com a recompra são

baixos; (iv) Fidelização Suspeita - compram repetidamente a marca, mas mantêm uma

baixa atitude favorável em relação à mesma (devido a incentivos financeiros, a

conveniência, falta de alternativas e factores relacionados com a situação do cliente).

16

Independentemente dos nomes atribuídos às várias escalas de fidelização encontradas,

todos estes autores têm em comum o facto de definirem e medirem o conceito de

fidelização através da utilização das variáveis afecto e repetição de compra. Em síntese, a

fidelização representa um compromisso profundo do cliente para com o produto ou serviço

preferido, de forma consistente no futuro, o que leva a uma repetição da compra da mesma

marca, apesar de influências situacionais e esforços potenciais do mercado para causar

comportamentos de mudança (Chaudhuri e Holbrook, 2001).

2.1.2. Benefícios Associados à Fidelização

Os mercados que se encontram numa fase da maturidade são caracterizados, de um modo

geral, pelo facto de não possuírem muitos novos clientes para angariar, de a concorrência se

tornar cada vez mais agressiva e, consequentemente, os custos de captar novos clientes

serem bastante elevados. Estima-se que possa ser cinco vezes mais dispendioso atrair um

novo cliente do que manter um cliente actual satisfeito. Reichheld e Sasser (1990) afirmam

que quando uma empresa retém apenas mais 5% dos seus clientes, os lucros podem

aumentar entre 25 a 125%. Neste sentido, os clientes constituem um dos activos mais

valiosos de qualquer empresa (Brito e Ramos, 2000), sendo necessário ter um cuidado

especial relativamente a eventuais perdas (Kotler e Armstrong, 1999).

O sucesso empresarial não passa unicamente pela angariação de novos clientes, mas está

cada vez mais associado ao aumento da fidelização dos existentes (LeBoeuf, 1996; Huete

1998; Brito e Ramos, 2000). Consequentemente, o indicador estratégico quota de mercado

perde importância relativamente à carteira de clientes (Hakansson e Snehota, 1995; Brito e

Ramos, 2000) e os clientes fiéis constituem o coração do grupo de clientes mais valiosos de

uma empresa (Ganesh, Arnold, e Reynolds, 2000).

17

As receitas de uma venda pontual são basicamente o valor da transacção, enquanto que os

proveitos de uma relação duradoura com o cliente podem ser a maior fonte de crescimento

sustentado, de lucro e um forte activo. Vários autores (Reichheld e Kenny, 1990; Reichheld

e Sasser,1990; Jarillo e Bidault, 1995; Keaveney, 1995; O´Brien e Jones, 1995; Reichheld e

Teal, 1996; Oliver, R.L, 1997; Anderson e Mittal, 2000; Brito e Ramos, 2000; Ganesh,

Arnold, e Reynolds, 2000; Lara e Casado, 2002) defendem a fidelização dos clientes como

o factor-chave que leva a uma maior rentabilidade da empresa, pelo facto de permitir:

A repetição de vendas;

As vendas cruzadas: uma empresa consegue vender, ao utilizador de um serviço,

outros produtos, relacionados ou não com o primeiro. No fundo, significa uma

maior contratação de produtos e serviços oferecidos;

Os processos de referência: as recomendações feitas por clientes que utilizaram ou

que ouviram falar bem do serviço a terceiros;

O preço Premium: para um cliente fidelizado, a alteração de fornecedor constitui

um risco e estará, portanto, disposto a pagar mais por um serviço que assegure o

cumprimento das suas expectativas;

A diminuição de custos de aquisição de clientes: o investimento tanto para captar o

interesse como para vender os serviços aos clientes;

Redução dos custos de servir: os custos da empresa por prestar um serviço. Os

clientes novos habitualmente necessitam de mais esclarecimentos, recursos e tempo

para que se familiarize com os procedimentos da empresa. Por outro lado, um

cliente habitual representa um custo de serviço cada vez menor, devido ao efeito

aprendizagem.

Neste contexto, surge o conceito de lifetime value, ou seja, o valor de um cliente calculado

com base nos proveitos gerados ao longo da relação que mantém com a empresa. Este

conceito é dividido em: (i) Valor Actual do Cliente - um cliente representa valor para a

empresa, não só através das compras que efectua, mas também pelas referências que dá a

potenciais clientes, e pela colaboração que pode fornecer na concepção de novos produtos;

(ii) Valor Estratégico - o valor potencial do cliente a longo prazo, que deriva da conquista

18

de novos clientes à concorrência, da alteração do comportamento ou do aumento das

necessidades dos clientes actuais (Brito e Ramos, 2000).

Também do ponto de vista do consumidor, a lealdade pode ser de valor substancial. Os

clientes estão desejosos por investir em fidelização numa empresa que lhes possa entregar

valor superior relativamente à oferta dos concorrentes (Reichheld, 1996). Quando o cliente

é leal a uma empresa, os consumidores minimizam o tempo gasto na pesquisa, na

localização e na avaliação de alternativas. De igual forma, os consumidores podem evitar o

processo de aprendizagem que pode consumir tempo e esforço, necessários para ficar

ambientados aos métodos do novo fornecedor (Zhilin, Y. e Peterson 2004).

2.1.3. Determinantes da Fidelização

Para além do conceito propriamente dito de fidelização, inúmeras investigações fazem

referência às variáveis que contribuem de forma positiva e decisiva para a fidelização do

cliente.

Segundo Lara e Casado (2002), a confiança é a variável principal para a retenção e

fidelização do cliente (Figura 2.1.). O processo de confiança inicia-se desde as primeiras

transacções ou contactos entre a empresa e o cliente, e vai depender principalmente de dois

factores: (i) nível de expectativas geradas ao cliente (que devem ser suficientemente

elevadas, para incentivar a venda; realistas, para evitar desconfiança; flexíveis, com o

objectivo de permitir crescimento no futuro); (ii) nível de experiência do cliente, que deve

ser conhecido antecipadamente, de modo a que seja possível vender aquilo que realmente

procura e evitar soluções que possam estar associadas a más experiências.

19

Figura 2.1. – Nível de Confiança de um Cliente

Fonte: Lara e Casado (2002), p. 187

De acordo com os autores Hart e Johnson (1999), uma empresa tem de ir mais além do bom

serviço ou valor aceitável de modo a criar a lealdade. A empresa deve servir os clientes de

maneira a que estes percebam que a empresa é digna de confiança em todos os aspectos e

em todo o tempo. A confiança dos clientes na organização nunca deve ser traída por um

serviço negativo ou medíocre; informação errada, incompleta ou falta; ou por produtos mal

manufacturados.

Numa outra perspectiva, inúmeros estudos revelaram que a satisfação do cliente afecta

positivamente a fidelização (Fornell, 1992; Anderson e Sullivan, 1993; Zeithaml et al.,

1996; Bloemer, de Ruyter e Wetzels, 1999; Fournier e Mick, 1999; Oliver, 1999;

Szymanski e Henard, 2001; Skogland e Siguaw, 2004). O conceito de fidelização de

clientes é constituído por uma dimensão subjectiva, que corresponde a um vínculo

emocional entre a empresa e o cliente, e por uma dimensão objectiva, directamente

associada ao perfil de comportamento do cliente. Uma empresa fideliza o cliente se criar

(-)

(+)

(+)

Expe

riênc

ia d

o C

lient

e

Expectativas Geradas

Zona de inicio

adequado da relação de confiança

Zona de confiança

óptima

Elevada probabilidade

de decepcionar a confiança

Limite de Compromisso Desconfiança

Desconfiança

20

uma ligação emocional entre o cliente e a personalidade da empresa e na medida em que é

capaz de conseguir uma elevada repetição da operação de compra, num determinado

período de tempo. Existem basicamente duas estratégias que conduzem à repetição da

compra, por parte do cliente: a existência de custos de mudança e a satisfação do cliente.

Neste sentido, os clientes podem ser classificados numa matriz (Figura 2.2.), de acordo com

os respectivos níveis de fidelização e satisfação: (i) Terroristas - reclamam, fazem má

publicidade e podem, eventualmente, ter um valor económico negativo; (ii) Reféns -

clientes que querem ir embora, mas não podem, devido a enormes barreiras de saída; (iii)

Mercenários - não possuem vínculo emocional à empresa e são seduzidos por promoções

ou factor preço; (iv) Apostolo - repetem a compra, trazem conhecidos, dão sugestões,

prestam informação sobre a concorrência, e são, normalmente, os clientes mais rentáveis

(representam o segmento de clientes mais estável, a quota de mercado de qualidade)

(Huete, 1998).

Figura 2.2. – A Carteira de Clientes

Fonte: Adaptado Huete (1998), p.56

Não

Não

Si

m

SimFidelização

Satis

façã

o

Terroristas Reféns

Mercenários Apóstolos

21

Adicionalmente, Huete (1998) resume a relação entre satisfação e fidelização nas seguintes

áreas: (i) Deserção - onde se encontram os clientes pouco satisfeitos, os chamados

terroristas; (ii) Indiferença - aqui estão os clientes mais ou menos satisfeitos; (iii) Apreço -

clientes globalmente muito satisfeitos, onde se situam os clientes apóstolos (Figura 2.3.).

Figura 2.3. – Satisfação e Fidelização

Fonte: Adaptado Huete (1998), p. 61

Contudo, não há garantia que todo o cliente fidelizado esteja satisfeito (Figura 2.4.), e que

todo o cliente satisfeito seja fiel. Por vezes, em mercados onde existem poucos

fornecedores, os clientes muito insatisfeitos estão retidos, nomeadamente, por falta de

alternativas (Huete, 1998).

Zona de Deserção

Zona de Indiferença

Zona de Apreço

Muito Insatisfeito

Muito Satisfeito

1 5 2 3 4

Grau de Satisfação

100%

80%

60%

40%

20%

Ret

ençã

o %

Terrorist

Apóstolo

22

Figura 2.4. – Relação Satisfação/Fidelização

Fonte: Adaptado Huete (1998), p. 62

A satisfação do cliente com um produto ou serviço foi identificada como uma variável-

chave para a fidelização do cliente e para o lucro de uma empresa, em particular, porque

pesquisas anteriores demonstraram que os clientes satisfeitos possuem uma reduzida

sensibilidade ao preço; possibilitam o crescimento da base de dados de clientes através da

publicidade passa palavra (Fornell, 1992; Anderson, Fornell e Lehman, 1994; Zeithaml et

al., 1996; Hart e Johnson, 1999); possuem uma maior probabilidade de repetição da compra

(LaBarbera e Mazursky, 1983; Taylor e Baker, 1994; Zeithaml et al.1996; Bolton, 1998;

Hart e Johnson, 1999) e tendem a usar mais o serviço do que os insatisfeitos (Ram e Jung,

1991; Bolton e Lemon, 1999). Por outro lado, clientes muito insatisfeitos vão transmitir

publicidade negativa e tornarem-se terroristas, reforçando negativamente as experiências

não totalmente insatisfatórias de outro cliente e afastam novos potenciais clientes (Hart e

Johnson, 1999).

Poucas

Muitas

Muito Insatisfeito

Muito Satisfeito

1 5 2 4

Grau de Satisfação

100%

80%

60%

40%

20%

Leal

dade

(R

eten

ção)

3 6

Número de alternativas

existentes no mercado

Serviços em mercados de livre

concorrência

Serviços em mercados

monopolísticos ou semi-

monopolísticos

23

Figura 2.5. – Função Satisfação/Retenção

Fonte: Hart, C.W. e Johnson, M.D. (1999), Marketing Management, American Marketing Association, p. 9

Como se observa na figura 2.5., não é suficiente oferecer a qualidade do serviço que

mantém o cliente na zona de indiferença, no que respeita ao comportamento de recompra.

Tem de ser disponibilizado ao cliente um pacote de serviço que o faz ficar muito satisfeito e

recomprar.

Vários estudos sobre a satisfação total de um serviço fornecem conhecimento relevante

sobre a fidelização, no entanto, o conhecimento pode ainda ser maior se for obtido através

das várias dimensões da satisfação (Rust e Zahorik 1993). Realmente, algumas dimensões

de satisfação podem ser antecedentes mais importantes de comportamento de repetição de

compras e de fidelização do que outros (Skogland e Siguaw, 2004). Dimensões de

satisfação comuns são a qualidade de serviço, qualidade de produto, preço e localização. A

teoria sugere que o factor humano (ou seja a qualidade do serviço), em termos de

tangibilidade, confiança, conformidade, segurança e empatia (Parasuraman, Zeithaml e

Inte

nção

de

reco

mpr

a e

pred

ispo

siçã

o pa

ra re

com

enda

r (%

)

20

40

60

80

100

0

2 3 1 4 5

Satisfação do cliente

Vendedores não -pagos

Terroristas

Zona de Indiferença

24

Berry, 1985; Parasuraman, Zeithaml e Berry, 1988), como a dimensão mais saliente na

determinação da satisfação total e da repetição da compra dos serviços (Ganesh, Arnold e

Reynolds, 2000; Yijksel e Yüksel, 2002). A importância do factor humano é apoiada pela

literatura do marketing de serviços, a qual, ao notar a intangibilidade dos serviços,

antecipou a progressão do serviço como uma predominante interacção pessoal (Berry,

1983; Czepiel, 1990).

A qualidade percebida, como um dos antecedentes mais importante da satisfação, é também

uma variável crucial para a fidelização do cliente. Segundo Kotler e Armstrong (1999), um

bom programa de qualidade de serviços/produtos é um factor crucial para a conquista da

fidelização dos clientes. Diversas investigações apontam para a evidência de que dois dos

meios mais eficazes para gerar lealdade do cliente são deliciar o cliente (Oliver, 1999; Lee,

Lee e Feick, 2001) e entregar um valor superior, derivado de excelentes serviços e da

qualidade dos produtos (Parasuraman e Grewal, 2000).

De forma geral, há um consenso sobre o facto de o significado de valor ser muito difícil de

definir. No marketing, o significado de valor é bastante semelhante à noção de qualidade, a

qual é tipicamente definida na óptica do consumidor (Ismail e Khatibi, 2004). O valor

percebido tem a sua origem na teoria da equidade. O conceito de equidade refere-se à

avaliação do consumidor sobre o que considera ser justo, certo e merecido do custo

percepcionado da oferta (Bolton e Lemon, 1999). Assim, o conceito de valor é definido

como o rácio do total dos benefícios recebidos sobre o total dos sacrifícios (Sawer e

Dickson 1984; Buzzell e Gale 1987; Oliver e DeSarbo, 1988; Zeithaml, 1988; Monroe

1991; Zhilin e Peterson, 2004). O custo percepcionado inclui pagamentos monetários e

sacrifícios não-monetários que são impostos ao consumidor durante o processo de compra,

como o stress, o tempo e a energia dispendidos pelos consumidores. Os benefícios

percepcionados são a combinação do apoio técnico, dos atributos físicos e do serviço

disponíveis em relação ao produto, bem como o preço e outros indicadores da qualidade

percepcionada.

25

Para que uma empresa consiga oferecer um serviço com valor competitivo aos clientes,

deve ter um metódico entendimento das suas necessidades e das actividades que constituem

a cadeia de valor do cliente. Se uma empresa conhece as actuais necessidades dos

consumidores, podem ser capazes de disponibilizar o valor correcto mais os benefícios que

seriam compreendidos na oferta inicial do produto (Ismail e Khatibi, 2004).

Anteriores pesquisas empíricas identificaram o valor percepcionado como o grande

determinante da fidelização do cliente nos serviços telefónicos (Bolton e Drew, 1991),

transportadoras aéreas e serviços de venda a retalho (Sirdeshmukh, Singh e Sabol, Walter

2002). Adicionalmente, é visível a existência de uma ligação entre a intenção de repetição

da compra e o valor percepcionado. (Bolton e Drew, 1991; Chang e Wildt 1994). No

entanto, o que constitui valor parece ser muito pessoal e pode variar bastante de indivíduo

para indivíduo (Holbrook, 1994; Zeithaml, 1988).

Existe evidência empírica de que o valor percepcionado pelo cliente tem um efeito positivo

na satisfação do cliente em relação a um fornecedor (Anderson et al., 1994; Ravald e

Gronroos, 1996; Anderson e Mittal, 2000; Walter, Thilo e Helfert, 2002). Nguyen e

LeBlanc (1998), no estudo que desenvolveram sobre os serviços financeiros, concluíram

que a satisfação do cliente e a qualidade do serviço estão positivamente relacionadas com o

valor do serviço. Este estudo demonstrou que a qualidade do serviço exerce uma influência

forte no valor do serviço, superior à exercida pela satisfação do cliente. Para Bolton e Drew

(1991) a qualidade do serviço e as experiências de satisfação/insatisfação são os

determinantes mais importante do valor que, por sua vez, está positivamente relacionado

com a fidelidade do cliente.

Segundo Dabholkar et al. (2000) e Caruana (2002) a satisfação funciona como um

mediador de correlações entre a qualidade e a fidelização. Sugerem que a correlação entre a

performance de qualidade e a fidelização é mais fraca do que a que existe entre satisfação e

fidelização.

26

Empresas em todo o mundo adoptaram medições de satisfação do cliente como o factor

padrão para monitorizar o progresso, motivadas pela crença de que após a fidelização do

cliente o lucro é a variável que se segue. Acumulam-se investigações sobre a influência da

satisfação no comportamento de recompra, no entanto, esta explica apenas um quarto da

variação nas intenções comportamentais (Szymanski e Henard, 2001) e o relacionamento

entre satisfação e fidelização é reconhecido como mais complexo do que o originalmente

proposto (Fournier e Mick, 1999; Oliver, 1999; Mittal e Kamakura, 2001). Aparentemente,

as empresas estão presas na armadilha da satisfação, uma crença míope de que a satisfação

do cliente e qualidade do serviço são as únicas ferramentas para gerir a retenção do cliente

(Reichheld e Teal, 1996). Para quebrar esta armadilha, os gestores devem dedicar-se a uma

maior compreensão dos vários condutores da fidelização do cliente.

2.2. Satisfação

A satisfação do cliente continua a ser um objectivo digno de perseguição pela comunidade

de marketing. Um cliente satisfeito está convencido de que a aquisição de determinado

serviço foi um bom negócio, o que facilita a hipótese de uma relação de continuidade entre

o cliente e a empresa. Esta fidelização leva a obtenção de uma posição competitiva no

mercado e a possibilidade de um lucro superior. A satisfação do cliente é definida como a

avaliação total da performance baseada em todas as experiências (positivas e negativas)

anteriores com a empresa (Woodruff, 1997; Jones, Mothersbaugh, e Beatty, 2000).

A gestão da satisfação dos clientes inicia-se com a identificação de segmentos potenciais e

com a definição do conceito de serviço para cada um. Os serviços podem, normalmente, ser

divididos em genéricos (parte nuclear da prestação do serviço) e periféricos (todos os

elementos que acompanham o serviço genérico). Os dois influenciam a satisfação do

cliente mas só nos últimos reside a maior probabilidade de o deliciar (Huete, 1998). Em

1994, Lovelock considerou oito elementos do serviço periférico:

27

Informação: como ir, quando está aberto, preços, instruções/documentação, auxiliares

de memória, advertências, confirmações, resumos de actividade, recibos, status;

Conselho: diagnóstico, recomendação, consultoria técnica e consultoria de gestão;

Recepção de encomendas: inscrições, ordens de compra, reservas, entradas em locais

restritos;

Hospitalidade: boas vindas, refeições e bebidas, lavabos, espaço de espera/descanso,

transporte, segurança;

Guarda -Custódias: pertenças do cliente (crianças, peças de agasalho, automóvel…),

objectos que o cliente compra (protecção, recolha, transporte, entrega, instalação,

inspecção, limpeza, manutenção, reparação, substituição, melhorias);

Privilégios/imprevistos: pedidos de privilégios (criança, dieta, necessidades médicas,

observâncias religiosas), gestão de reclamações, sugestões e agradecimentos, gestão de

problemas (garantias, dúvidas, uso, dificuldades…), restituições;

Facturação: resumos do estado das contas, factura, informação verbal sobre saldos,

acesso informático aos saldos;

Pagamento: self-service, interacção com caixa, automático, controlo.

Foram os autores Thibaut e Kelley (1959) e Oliver (1980) que propuseram as bases teóricas

para examinar a satisfação do cliente. No paradigma confirmação/desconfirmação, a

satisfação do cliente é definida como a avaliação/julgamento de uma específica decisão de

compra (Homburg e Giering, 2001). De acordo com este paradigma, os clientes acedem aos

seus níveis de satisfação através da comparação das suas actuais experiências com as

anteriores, bem como as expectativas e percepções da performance do produto (Oliver,

1980). A teoria prevê três resultados possíveis desta avaliação: (i) Confirmação - ocorre

quando a performance actual vai de encontro as expectativas, o que leva a um sentimento

neutro; (ii) Desconfirmação positiva - sempre que a performance é melhor do que as

expectativas, o que leva à satisfação; (iii) Desconfirmação negativa - quando a performance

é pior do que as expectativas, o que leva à insatisfação.

28

Por seu turno, a teoria do nível de comparação assenta na ideia de que os consumidores

usam níveis de comparação para o relacionamento em questão e para as variadas

alternativas, de forma a determinarem a satisfação e a hipótese de manter o vínculo

(Thibaut e Kelley, 1959). O nível de comparação é o padrão contraposto à avaliação da

atractividade do relacionamento (Thibaut e Kelley, 1959). O padrão considerado pelo

consumidor reflecte o que a marca devia realizar e não apenas o que vai executar no futuro

(Woodruff, Cadotte e Jenkins, 1983; Cadotte, Woodruff, e Jenkins, 1987). É através do

padrão que um indivíduo determina a sua satisfação para com um serviço e, portanto,

decide se vai mudar ou permanecer na relação, isto é, a forma como determinada

experiência é avaliada baseia-se na próxima melhor alternativa de relacionamento no sector

(Skogland e Siguaw, 2004). Assim, quando o nível corrente de resultados diminui abaixo

do percepcionado, pela comparação com as outras hipóteses disponíveis no mercado, o

consumidor estará motivado a abandonar a relação (Thibaut e Kelley, 1959).

Diversos autores referem, nas suas investigações, formas de avaliação da satisfação do

cliente. Entre as mais populares medidas, as abordagens frequentemente utilizadas são: (i)

Transacção Específica - define a satisfação do cliente como uma resposta emotiva do

consumidor à mais recente experiência de transacção com a empresa (Oliver, 1993). A

resposta associada ocorre num específico período de tempo após o consumo, depois de o

processo escolhido estar completo. A resposta afectiva varia em intensidade dependendo

das variáveis situacionais presentes. (ii) Transacção Acumulativa ou Satisfação Total - vê a

satisfação do cliente como uma avaliação acumulativa adaptativa que requer a soma da

satisfação associada a produtos específicos e a várias facetas da empresa. Alguns autores

(Parasuraman, Zeithaml e Berry, 1988; Cronin e Taylor, 1992) consideram que a satisfação

total é, antes de mais, função da qualidade percepcionada do serviço. Em comparação com

a perspectiva de satisfação transacção específica a satisfação total reflecte as impressões

acumuladas que um consumidor possui em relação à performance do serviço de uma

empresa. Por sua vez, pode servir como uma melhor previsão da fidelização do cliente.

29

No seu trabalho, Oliver, Zeithaml e Bitner (2000), desenvolveram um modelo de factores

que influenciam a satisfação do cliente (Figura 2.6.). Segundo estes autores, a satisfação é o

resultado da percepção de qualidade de serviço e produto, do preço, de factores pessoais e

situacionais.

Figura 2.6. – Percepções de Qualidade e a Satisfação

Fonte: Adaptado de Zeithaml e Bitner (2000)

Assim, o que mais satisfaz os clientes em relação a um produto/serviço é a percepção da

qualidade. As percepções dos clientes, independentemente de serem ou não subjectivas, são

a realidade do mercado com o qual a empresa deve lidar. Em virtude de a qualidade estar

relacionada com aquilo que os clientes esperam de um produto/serviço, é necessário saber

como as expectativas são formadas. As expectativas de qualquer produto ou serviço

específico são estabelecidas durante o tempo de experiência. Elementos como a cultura, a

publicidade, as vendas, a publicidade passa-palavra e as actividades de pós-marketing da

empresa ajudam a molda-las (Figura 2.7.). Oferecer produtos e serviços que satisfaçam,

exige um conhecimento à priori das expectativas dos clientes (Vavra, 1996).

Qualidade de Serviço

Qualidade de Produto

Preço Factores Situacionais

Factores Pessoais

SATISFAÇÃO

30

Figura 2.7. – Formação das Expectativas

Fonte: Adaptado Bogmann (2000), p.120

Adicionalmente, estudos há que comprovam a existência de uma relação positiva entre

experiências anteriores e os níveis de expectativas actuais dos consumidores (Zeithaml,

Berry e Parasuraman, 1993) e que o nível de expectativas é fortemente influenciado por

experiências recentes com o fornecedor do produto ou serviço (LaTour e Peat, 1980).

Tendo por base essas expectativas, a satisfação pode ser definida quase que como a

extensão pela qual as expectativas dos clientes, relativas a um produto ou serviço, são

atendidas pelos benefícios reais que recebem (Figura 2.8.).

Comunicação passa palavra Solicitada

Não solicitada

Publicidade Promessa e apelos

Tonalidade Frequência

Cultura Símbolos formais

Símbolos informais

Produto Projecto

Feedback e incentivos

Pós-marketing Apoio e serviços

Feedback e devolução

Vendas Mensagens

Atitudes Intermediários

Expectativas dos clientes

31

Figura 2.8. – Definição de Satisfação

Fonte: Adaptado Bogmann (2000), p.121

O conceito de satisfação é constituído por duas componentes: (i) Estrutural - refere-se as

prestações tangíveis, possíveis de medir; (ii) Emocional - diz respeito à personalidade da

empresa. A componente emocional da satisfação dos clientes está relacionada com a

subtracção das expectativas às percepções. Se o resultado for positivo pode considerar-se

um determinado nível de satisfação, caso contrário um nível de frustração. Uma percepção

não é mais do que um juízo de valor baseado nos sentidos, muito influenciado pelo

conteúdo emocional (Huete, 1998).

É, então, necessário compreender as circunstâncias que podem influenciar as percepções e

expectativas. Com esse objectivo, a empresa deve criar base de dados a partir do mercado,

com diversos níveis (Huete, 1998): (i) Abordagens Quantitativas - consistem na avaliação,

por parte do cliente, da prestação de serviço numa determinada escala (questionários,

pontuações, escalas); (ii) Abordagens Qualitativas - pretendem adquirir informação do

cliente em forma de reclamações, comentários e sugestões; (ii) Técnicas de Investigação -

utilizam ferramentas como inquéritos, entrevistas em profundidade, painel de clientes,

Expectativas

Qualidade baixa/ Insatisfação

Qualidade/ Satisfação

Entrega percebida

As expectativas são atendidas ou

superadas

32

focus grupo; (iv) Informação das Operações - prende-se com informação recolhida pelo

pessoal da primeira linha que atende o cliente; (v) Participação Estratégica - passa pelo

envolvimento dos clientes em questões estratégicas, por exemplo, no desenvolvimento de

produtos e serviço.

Assim, teremos a fórmula: Satisfação do cliente (S) = Percepção do cliente (P) –

Expectativa do cliente (E). Os resultados possíveis são: P=E, a satisfação do cliente atingiu

sua expectativa; P<E, a satisfação do cliente não atingiu o esperado ou P>E, a satisfação

do cliente superou as expectativas.

Neste contexto, distingue-se o conceito de cliente satisfeito - cliente que adquiriu um

serviço ou produto que corresponde ao que esperava; do de cliente encantado - cliente que

adquiriu um serviço ou produto que excedeu as suas expectativas. Uma empresa fideliza

um cliente quando o encanta, ou seja, quando excede as suas expectativas (Brito e Ramos,

2000).

A satisfação do consumidor está intimamente ligada a níveis elevados de qualidade dos

serviços, o que, por sua vez, permite sustentar preços mais elevados, ou seja, o aumento dos

lucros da empresa. A qualidade não é mais do que entregar produtos/serviços consistentes

que atendam plenamente às necessidades e expectativas dos clientes (Vavra, 1996).

2.3. A Qualidade na Perspectiva de Marketing

Têm sido debatidos, na literatura especializada, os conceitos satisfação do cliente e

qualidade de serviço. Embora seja facilmente admitida a inter-relação entre os conceitos, o

mais difícil parece ser, por vezes, diferenciá-los. De forma consensual, a qualidade é

reconhecida sob a forma de atitude, sujeita a uma avaliação contínua e permanente, a

satisfação é referida como uma medida específica de transacção (Parasuraman, Zeithaml et

Berry, 1988; Bitner, 1990; Bolton e Drew, 1991). Contudo, se por um lado, Parasuraman e

33

al. (1985, 1988) e Cronin e Taylor (1992) afirmam que elevados níveis de qualidade de

serviço percebido se traduzem num aumento da satisfação do cliente, por outro lado, Bitner

(1990) e Bolton e Drew (1991) defendem que a satisfação é um antecedente da qualidade

de serviço.

Num outro debate de ideias, a satisfação é tida como um elemento com maior impacto na

intenção de compra do que a qualidade de serviço (Cronin e Taylor, 1992; Parasuraman,

Zeithaml e Berry, 1994). Esta ideia é baseada, essencialmente, no facto de a satisfação do

cliente ser construída por vários elementos, entre os quais a qualidade percebida do serviço,

o que leva a que seja considerado um conceito mais abrangente.

Em suma, a qualidade pode ser definida como excelência, valor, conformidade com as

especificações, adequação ao uso, prevenção de perdas, ir de encontro ou exceder as

expectativas dos consumidores. Para que uma empresa atinja resultados que permitam a sua

continuidade, deve assegurar uma relação directa entre as iniciativas da qualidade e a

melhoria da satisfação do cliente. A qualidade possibilita uma certa posição competitiva, na

medida em que aumenta o valor da oferta entregue ao consumidor, por outro lado, torna-se

essencial conhecer o consumidor, as suas necessidades e expectativas, para fornecer ao

mercado uma melhor resposta continuada (Salgado, 2000).

Segundo Huete (1998), relativamente à avaliação da qualidade dos serviços, existem duas

possibilidades: (i) A qualidade do serviço pode ser avaliada após o seu consumo (Hotel,

restaurante…). Os elementos críticos da satisfação do cliente passam por: influir nas

expectativas, resolver reclamações, boa preparação dos colaboradores em contacto com o

cliente, capacidade de resposta eficaz e tornar o conceito de qualidade tangível. (ii) O

cliente não se encontra em condições de julgar o serviço recebido, nem depois do consumo

(ex: diagnóstico médico, opinião jurídica…). Os elementos críticos que determinam uma

dinâmica positiva na satisfação dos clientes são: tornar tangível o intangível, tornar visíveis

os resultados, desenvolver um grupo de clientes apóstolos e potenciar o processo de

referências dos clientes apóstolos.

34

Boone e Kurtz (1998) descrevem a qualidade como o grau de superioridade dos serviços da

empresa, o que envolve simultaneamente características tangíveis e intangíveis do serviço.

A verdadeira forma de medir a qualidade é através da satisfação dos clientes. Um número

significativo de autores tem-se dedicado a investigar o conceito de qualidade e a sua ligação

à satisfação do cliente e intenção de compra. Assim, apresentam-se, de seguida, as teorias e

modelos de qualidade desenvolvidos por diversos investigadores. (Gronroos, 1982, 1984,

1988; Parasuraman, Zeithaml e Berry, 1985, 1988; Gummesson, 1993; Rust e Oliver,

1994).

2.3.1. Modelo de Gronroos

Segundo Gronroos (1982), a qualidade de serviço experimentada, para além de ser

influenciada pela imagem que o cliente tem da empresa, provém de duas dimensões: (i)

Técnica - consiste na qualidade que o cliente recebe; (ii) Funcional - resultante do modo

como o cliente recebe o serviço (Figura 2.9.).

Figura 2.9. – Duas Dimensões de Qualidade de Serviço

Fonte: Gronroos (2001), p.65

Qualidade Total

Imagem da Empresa

Qualidade Técnica O quê

Qualidade Funcional

Como

35

A imagem influencia a percepção de qualidade do cliente e age como filtro, através do qual

se seleccionam factores influenciadores da qualidade. Se a empresa tem uma imagem

favorável na mente dos consumidores, pequenos erros vão provavelmente ser esquecidos.

Por outro lado, se a imagem é má, o impacto de um erro vai ser considerado maior do que

noutra circunstância. No entanto, a imagem é considerada, por vários autores, como uma

dimensão da qualidade, que influencia as expectativas e percepções da qualidade de serviço

(Lehtien e Lehtien, 1982; Gronroos, 1984).

Este modelo tem a sua ênfase no modo como a qualidade de serviço é percebida pelo

cliente, baseia-se na teoria de comportamento do consumidor e, mais precisamente, nas

expectativas do consumidor em relação ao desempenho do produto em avaliações após

consumo.

A qualidade percebida total é resultado da diferença entre a qualidade esperada e qualidade

experimentada no momento de utilização do serviço (Gronroos, 1988). Gronroos afirma

que a qualidade esperada é consequência dos seguintes factores: necessidades do cliente,

comunicações de marketing, publicidade passa palavra positiva e imagem, o impacto sobre

esses factores depende essencialmente do desempenho prévio da empresa (Figura 2.10.).

Neste modelo, a boa qualidade percepcionada é obtida quando a qualidade experimentada

vai de encontro as expectativas do cliente, ou seja, a qualidade esperada. Se as expectativas

não são realistas, a qualidade total percepcionada vai ser baixa.

36

Figura 2.10. – Modelo de Qualidade Percebida do Serviço

Fonte: Gronroos (2001), p.67

2.3.2. Modelo de Gummesson

O modelo de Gummesson, em 1993, é o resultado de longo estudo de uma grande

corporação industrial multinacional (Ericsson). Esta abordagem visou, originalmente, a

qualidade dos bens, contudo, em virtude da preocupação em oferecer uma melhor e mais

abrangente visão da qualidade, o modelo é influenciado pelos serviços.

A perspectiva adoptada por Gummesson é idêntica à de Gronroos, ou seja, a qualidade

percebida é o nível de satisfação do cliente.

Qualidade esperada

Qualidade de serviços percebida

Qualidade experimenta

Imagem

Qualidade Técnica O quê

Qualidade Funcional

Como

Vendas Comunicação de marketing Imagem Comunicação “passa palavra” Relações Publicas Necessidades e valores dos clientes

Imagem

37

Este modelo coloca frente a frente os conceitos-chave (expectativas, experiências, imagem)

e os 4 Q´s, que constituem o modelo de qualidade (Figura 2.11.). Gummesson identificou

quatro tipos de qualidade como origem da qualidade percebida e satisfação do cliente: (i)

Qualidade de Projecto - serviços desenhados para efectuarem as funções desejadas pelos

clientes; (ii) Qualidade de Produção - seguir com rigor o projecto previamente traçado (iii)

Qualidade de Entrega - distribuição do serviço no prazo, pontualidade, livre de defeitos e

documentação correcta; (iv) Qualidade Relacional - índice de sucesso na criação de

relacionamentos externos e de redes de clientes, agentes e parceiros, bem como relações

internas entre as diversas áreas do negócio. Todos os colaboradores da organização, em

maior ou menor extensão, contribuem para estas qualidades.

Embora o modelo de Gummesson trate da qualidade de bens, os serviços contribuem

expressivamente para cada um dos 4 Q´s.

Figura 2.11. – Modelo dos 4 Q´s

Fonte: Adaptado de Gronroos (2001), p.71

Qualidade percebida pelo cliente: Imediata Longo prazo

Qualidade do Design

Imagem, Marca

Expectativas Experiências

Qualidade da Produção e da Distribuição

Qualidade Relacional

Qualidade Técnica

38

2.3.3. Modelo de Parasuraman, Zeithaml e Berry

Tendo como base o modelo de qualidade percebida de Gronroos, os investigadores

Parasuraman, Zeithaml e Berry investigaram os determinantes da qualidade de serviço e

como o cliente avalia a qualidade do serviço. Em 1985, identificaram dez dimensões que

caracterizam a qualidade dos serviços: fiabilidade; responsabilidade, competência, acesso,

cortesia, comunicação, credibilidade, segurança, tangibilidade e conhecimento do

consumidor.

Em 1988, numa segunda etapa da pesquisa, foram reduzidas a cinco as dimensões

utilizadas pelos clientes para avaliar a qualidade do serviço: (i) Tangibilidade - associada à

aparência dos elementos físicos e humanos; (ii) Fiabilidade - capacidade de prestar o

serviço de forma digna e cuidada; (iii) Capacidade de resposta - disponibilidade para ajudar

os clientes e prestar um serviço rápido; (iv) Confiança/ Segurança - conhecimento e

cortesia dos empregados, a empresa fornece o serviço ao cliente sem erros, e entrega o

prometido na altura combinada; (v) Empatia - o cuidado e atenção individual dados ao

cliente.

2.4. Principais Métodos de Avaliação da Qualidade de Serviços

Nesta secção, apresentam-se os principais métodos de avaliação da qualidade de serviço:

Serviqual, Sevperf e Avaliação da Performance.

39

2.4.1. Modelo SERVQUAL

No seguimento das cinco dimensões da qualidade, Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988)

desenvolveram o modelo ServQual. O objectivo da investigação, que deu origem a este

modelo, consistia em obter informação sobre o que os gerentes de empresas de serviços e

os seus clientes percebiam como atributos fundamentais da qualidade de serviços, bem

como a existência e as razões de divergências entre as duas perspectivas.

O modelo SERVQUAL (Figura 2.14.) permite, com base nas cinco dimensões de

qualidade, avaliar a percepção de qualidade de serviço por parte do cliente. Este modelo

identifica quatro situações nas quais se verifica deficiência de qualidade de serviço:

GAP 1 – deficiente conhecimento das expectativas e necessidades dos clientes. Existe

uma lacuna entre as expectativas dos clientes e a percepção que delas faz a organização

de serviços.

GAP 2 – dificuldade ou incapacidade em traduzir, de forma exacta, as percepções dos

gestores na concepção das especificações do serviço.

GAP 3 – distância entre especificações de qualidade de serviço e serviço efectivamente

entregue. A variabilidade do desempenho do pessoal de contacto, entre outras causas,

pode provocar uma certa antipatia em relação aos padrões estabelecidos.

GAP 4 – diferença entre o serviço efectivamente prestado e o serviço comunicado, que

pode afectar as expectativas dos clientes. É um risco elevar as expectativas dos clientes

além do serviço que se pode entregar.

40

GAP 5 – traduz a satisfação de um consumidor face ao serviço esperado. Lacuna entre

serviço esperado e serviço percebido pelo cliente. O juízo de alta ou baixa qualidade

depende, portanto, de como o cliente percebe o desempenho efectivo do serviço em

comparação com o que esperava. A qualidade de serviço percebida pelo cliente é

inversamente expressa pela quinta lacuna, que depende das outras quatro.

A qualidade do serviço pode ser definida como a percepção do cliente de quanto um

serviço vai ao encontro ou excede as suas expectativas. (Zeithaml, Berry e Parasuraman,

1990).

41

Figura 2.14. – Modelo dos “5 Gaps”

Fonte: Adaptado de Gronroos (2001), p.101

Comunicação verbal (conversa de rua)

Necessidades Pessoais

Experiência Passada

Serviço Esperado

Serviço Percepcionado

Prestação do Serviço (incluindo contactos

anteriores e posteriores

Tradução das percepções em especificações da qualidade do serviço

Percepção da gestão sobre as expectativas dos consumidores

Comunicação Exterior aos

consumidores

GAP 5

GAP 4

GAP 3

GAP 2

GAP 1

Gestão da Empresa

Consumidor

42

2.4.2. Modelo SERVPERF

Cronin e Taylor (1992) desenvolveram o modelo de análise de qualidade de serviço

SERVPERF. Esta metodologia não tem em consideração a análise das expectativas, centra

a sua atenção na avaliação da qualidade realizada, com base nas percepções do cliente

relativamente às cinco dimensões da qualidade de serviço. Assim, a qualidade de serviço

pode ser representada do seguinte modo:

Qualidade de Serviço = Performance de Serviço Percebido

Os autores deste modelo, com base nas ideias de Parasuraman et al. (1988), consideram

importante ter em conta a ponderação de cada uma das cinco dimensões de qualidade:

Qualidade de Serviço = Importância da Dimensão x Performance da Dimensão de

Serviço Percebido

Este modelo, tal como o SERVQUAL, apresenta-se sob a forma de uma escala e como um

índex longitudinal.

2.4.3. Modelo de Avaliação da Performance

Em 1993, Teas apresenta o Modelo de Avaliação da Performance (EP – Evaluated

performance). Este modelo considera a qualidade de serviço como o resultado da

experiência recebida pelo cliente, em que os atributos do serviço são congruentes com as

suas características conforme idealizado pelo público. Assim, o fornecedor deverá perceber

qual o nível ideal de atributos do serviço que o cliente deseja receber, verificar a quantidade

dos mesmos que foram percepcionados pelo cliente, ponderar a importância concedida pelo

43

cliente para a determinação da qualidade percebida. O modelo pode ser representado pela

seguinte formula:

Qi = -1[n∑ j = 1 Wj |Aij – Ij| ]

Qi = Qualidade individual de serviço percebida do objecto i

Wj = Importância do atributo j como um determinante da qualidade percebida

Aij = Quantidade do atributo j no objecto i

Ij = Quantidade ideal do atributo j

n = Número de atributos

Através da multiplicação do lado direito da equação por -1, constata-se que os maiores

valores de Qi estão associados a níveis mais altos de qualidade percebida.

Adicionalmente, tendo como base as ideias desenvolvidas por Parasuraman et al. (1990),

sobre os eventuais desvios entre a qualidade esperada numa perspectiva ideal (should) e

uma perspectiva de excelência (Would), o autor apresenta, de forma integrada, o modelo de

qualidade normativa (NQ – Normative Quality Model). Este modelo traduz a diferença

entre os dois cenários (ideal e excelência) para a avaliação da performance, através da

seguinte representação algébrica:

NQi = n∑ j = 1 Wj (Aij – Aej)

NQi = índex da qualidade normativa do objecto i

Aej = Quantidade individual do atributo j num cenário de excelência

Apesar de estes serem os principais modelos de avaliação de qualidade de serviço, é

importante sublinhar que o trabalho apresentado por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988)

tem vindo a assumir uma forte expressão, quer no mundo académico, como no empresarial.

44

2.5. Conclusão

Neste capítulo, procurou-se definir os conceitos de fidelização, satisfação e qualidade, e a

forma como estas variáveis se relacionam entre si.

Demonstrou-se a existência de uma certa sintonia entre os diversos autores, quanto à

definição do conceito de fidelização baseado nas variáveis afecto e repetição de compra.

Identificou-se um cliente fiel como aquele que, para além de realizar compras repetidas, é

pouco sensível ao preço, pretende aumentar a quantidade ou frequência de compras e

assume um papel de influenciador de terceiros. Na perspectiva da empresa, verificou-se que

as receitas de uma venda pontual são basicamente o valor de transacção, enquanto que os

proveitos de uma relação duradoura podem ser uma fonte de crescimento sustentado, de

lucro e um forte activo.

Posteriormente, a satisfação surge como a determinante chave da fidelização,

essencialmente, porque pesquisas anteriores demonstraram que os clientes satisfeitos

possuem todas as tendências de um cliente fiel. A satisfação é construída por vários

elementos, dos quais se destaca a qualidade do serviço prestado. A qualidade resulta da

capacidade da empresa em prestar um serviço que vá ao encontro ou exceda as expectativas

do cliente.

No capítulo seguinte, pretende-se analisar as principais ferramentas que conduzem à

fidelização: a existência e/ou criação de custos à mudança e os programas de fidelização.

45

Capítulo 3: Programas de Fidelização e Retenção do Cliente

Como se verificou no capítulo anterior, várias investigações apontam a satisfação como a

variável chave para a fidelização e, por sua vez, a qualidade como a principal dimensão da

satisfação. Observou-se que existem basicamente duas estratégias que conduzem à

repetição da compra, por parte do cliente, que são a existência de custos de mudança e a

satisfação.

As empresas, frequentemente, adoptam uma atitude pró-activa sobre a criação de

valor/satisfação para o consumidor e gerem a questão da lealdade, mediante a antecipação e

resposta efectiva às necessidades do consumidor, através da utilização, como ferramenta

privilegiada, dos programas de fidelização.

O objectivo deste capítulo será perceber os instrumentos fundamentais da arte de fidelizar.

Assim, o capítulo encontra-se dividido em duas secções. A primeira aborda a noção, tipos,

gestão e tendências de programas de fidelização. A segunda é dedicada à apresentação da

noção, impacto e funcionamento dos custos de mudança.

3.1. Programas de Fidelização

Nos mercados maduros, alguns gestores de marketing adoptaram tácticas de

reconhecimento e recompensa com o fim de identificarem, manterem e aumentarem o

campo de actuação dos melhores clientes (Cuthbertson e Bell, 2001), tipicamente através

do uso de programas de fidelização. Estes têm vindo a ser desenvolvidos durante períodos

de grande mudança, nos últimos 20 anos. No início deste século, o valor dos programas de

fidelização tem sido cada vez mais questionado, essencialmente, devido à falta de

46

entendimento do papel e natureza do desenvolvimento de programas de fidelização

(Capizzi, Fergunson e Cuthbertson, 2004).

3.1.1. Noção

De uma forma geral, o objectivo dos programas de fidelização é estabelecer um elevado

nível de fidelização dos clientes que pertencem aos segmentos mais lucrativos, ao

proporcionarem um aumento da satisfação e valor e, consequentemente, tornarem-se parte

da cadeia de valor e/ou de diferenciação do produto (Bolton e Kannan, 2000).

A satisfação e fidelização do cliente traduzem-se numa influência positiva na performance

financeira da empresa, a longo prazo (Reichheld e Sasser, 1990; Anderson, Fornell e

Lehmann, 1994). Assim, o que é desejável e expectável, com uma execução apropriada do

programa de fidelização, é que os clientes aumentem a utilização/compra dos

produtos/serviços oferecidos pela empresa; acelerem o ciclo de vida da lealdade (encorajar

clientes com um ou dois anos a comportarem-se como os clientes mais antigos e rentáveis);

paguem um preço Premium e tragam novos clientes através de referências positivas

(O´Brien e Jones, 1995).

Adicionalmente, comum sugerir-se que os programas de fidelização podem resolver

problemas de superabundância devido à sazonalidade da procura. Por exemplo, as

companhias aéreas viveram guerras de preço durante a época baixa. Contudo, após a

introdução do programa de cliente frequente, foi possível lidar com os problemas de

superabundância, ao proporcionarem recompensas como bilhetes grátis aos clientes fiéis na

época baixa (Kim, Shi e Srinivasan, 2001).

47

Neste contexto, se por um lado, os programas de fidelização aumentam a duração dos

relacionamentos e níveis de utilização, por outro, também os clientes vão estar mais

expostos ao leque completo de experiências com o serviço, incluindo experiências

negativas que podem levar os consumidores a mudar para outro fornecedor (Keaveney,

1995).

Na realidade, apesar de investigações anteriores afirmarem um efeito positivo da satisfação

do cliente na fidelização (Yi, 1990; Halstead e Page, 1992; Biong, 1993; Taylor e Baker,

1994; Hallowell, 1996; Woodside, Frey e Daly, 1999) e de os programas de fidelização

estarem em franca utilização, existem relativamente poucas pesquisas empíricas sobre se o

programa de fidelização é realmente percepcionado como valor para o cliente e se contribui

para construir a fidelização à marca (Yi e Jeon, 2003). Até porque, o conceito de programas

de fidelização não é muitas vezes compreendido ou é mal aplicado. Quando chega a altura

de desenhar e implementar um programa, é um assunto tratado por muitas empresas como

uma mera promoção de curta duração (O´Brien e Jones, 1995).

É importante salientar que um programa de fidelização implica a utilização de várias

ferramentas de promoção, mas os conceitos não podem ser confundidos (Tabela 3.1.). Os

programas de fidelização são acções contínuas que recompensam os clientes fiéis, enquanto

que as promoções de venda têm como objectivo a compra em oportunidades específicas,

num determinado espaço de tempo (Vavra, 1996; Rocha e Veloso, 1999). Aliás, uma

empresa que tenha como objectivo fidelizar a clientela não deve abusar de políticas de

promoção e redução de preço, porque as mesmas têm como consequência atrair clientes

pouco fiéis (Huete, 1998; Rocha e Veloso, 1999).

48

Tabela 3.1. – Programas de Fidelização vs Promoções Programas de Fidelização Promoções

Objectivo Criar um relacionamento

com o cliente

Aumentar o volume de

vendas em situações

específicas

Público

Consumidores mais

frequentes, maior consumo

médio, mais fieis

Todos os consumidores

Recompensa para o

cliente De longo prazo De curto prazo

Duração De longo prazo Prazo determinado Fonte: Bogmann (2000), p.89

Os programas de fidelização consistem em acrescentar mais valor aos utilizadores que mais

usam os serviços da empresa (Huete, 1998). Ora, para tal é essencial que uma empresa,

antes de lançar um programa de fidelização, conheça quais são os seus clientes

verdadeiramente fiéis (Dowling e Uncles, 1997).

Um programa de fidelização simplesmente orientado para a compensação da acção de

recompra só faz sentido quando as associações à marca por parte do cliente são positivas.

Caso tal não aconteça, a empresa poderá sempre estruturar o programa de fidelização de

modo a criar incentivos que afectem os sentimentos do cliente em relação à marca,

nomeadamente, através da disponibilização de mais informação sobre os produtos/serviços

e demonstrações (Roehm et al., 2002).

O que frequentemente se verifica é o facto de o cliente estar fidelizado ao programa e não

ao produto/serviço da empresa (Rothsild e Gaidis, 1981). Como se observou no capítulo

anterior, muitos clientes repetem a acção de compra sem poderem ser considerados fiéis,

isto é, sem possuírem uma ligação afectiva (atitude positiva) à marca. Assim, nestes casos,

49

a probabilidade de perda de clientes é elevada quando o estímulo de fidelização é retirado

ou um concorrente apresenta algo semelhante.

Apesar de muitas empresas discutirem abertamente os benefícios de um programa de

fidelização, na realidade, a decisão de lançar um programa é, muitas vezes, motivada pelo

receio de igualdade competitiva (Dowling e Uncles, 1997). Os programas de fidelização

permitem a tangibilidade, do ponto de vista do consumidor, das vantagens oferecidas pela

empresa fornecedora. Por outras palavras, são utilizados para reforçar a crença do cliente de

que a empresa oferece melhores produtos/serviços do que a concorrência.

Contudo, mesmo com uma maior utilização dos programas, a sua eficácia é tema de debate.

Resultados mistos levaram os investigadores a concluírem que os programas de fidelização

podem funcionar em determinadas empresas sob determinadas condições num determinado

período (Schultz, 1998). Ainda assim, em que organizações, em que condições e em que

altura mantêm-se um mistério.

3.1.2. Tipos de Programas de Fidelização

Nos últimos anos, tem-se assistido a uma multiplicação dos programas de fidelização nos

quais são oferecidas incentivos aos clientes em troca de compras repetidas (Dowling e

Uncles, 1997). Tendo em mente que, para ter sucesso, um programa de fidelização deve

incidir sobre o segmento de clientes mais valiosos e desencorajar os clientes menos

valiosos, é necessário perceber o modo com os mesmos são, usualmente, concebidos.

O modelo pode ser relacionado com a teoria comportamental de aprendizagem. Rothschild

e Gaidis (1981) expõem o esquema de incentivos no contexto comportamental de

aprendizagem. Propuseram duas dimensões de incentivos: tipos de reforços (primário e

secundário) e escolha do momento certo (imediato ou retardar), e investigaram a relação do

incentivo de comportamento de compra na base do paradigma definido. Os autores

50

consideraram as recompensas do tipo secundárias e que retardam o momento certo como o

destino de todos os programas de fidelização. Essencialmente, porque as ferramentas

promocionais não devem ofuscar os produtos e, por seu turno, os incentivos devem ser

minimizados no desenvolvimento de recompensas.

Dowling e Uncles (1997) desenharam um modelo conceptual de programas de fidelização

baseado em duas variáveis: tipo de recompensa e escolha do momento certo. A primeira é

classificada em duas categorias: (i) Recompensa Directa - recompensas que suportam

directamente o valor proposto de um determinado produto; ou (ii) Indirecta - refere-se a

incentivos que não são relevantes com o produto. Por sua vez, a escolha do momento certo

de recompensa é também classificada em duas categorias: (i) Imediato - pode ser visto

como uma recompensa por cada visita; ou (ii) Retardar - recompensas proporcionadas por

cada enésima visita.

A ideia de Rothschild e Gaidis (1981) é semelhante à de Dowling e Uncles, (1997), já que

ambos utilizam uma categorização bidimensional para esquemas de fidelização: tipo e

momento certo da recompensa. Os reforços do tipo primário e secundário sugeridos por

Rothschild e Gaidis são conceptualmente consistentes com a recompensa do tipo directo e

indirecto proposto por Dowling e Uncles.

Rothschild e Gaidis explicam os reforços primários como tendo uma utilidade intrínseca

(produto) enquanto que os reforços secundários (cupões, lembrança) não possuem essa

utilidade. Afirmam que os gestores de marca podem provocar um comportamento de

recompra por parte do consumidor através de um programa de reforço bem desenhado.

Assim, sugerem que um programa de sucesso deve, no início, ser baseado numa série de

reforços primários - imediatos e evoluir para secundário - retardar.

Contudo, Dowling e Uncles (1997), avançam com uma visão diferente sobre programas de

fidelização. Nesta perspectiva, a recompensa imediata é preferível à recompensa retardada

e a recompensa directa é mais eficaz, para melhorar o valor percepcionado do cliente, do

51

que a recompensa indirecta. Adicionalmente, sugerem que o envolvimento pode moderar a

forma como os programas de fidelização funcionam. Por exemplo, afirmam que os

programas de fidelização podem induzir à fidelização ao programa em vez de fidelização

ao produto, em condições de baixo envolvimento. No entanto, não traduziram resultados

empíricos para estas proposições teóricas.

Os diversos modelos de programa de fidelização, comummente referidos em várias

investigações e colocados em prática nas empresas, são os seguintes: (i) Modelos de

Recompensa - consistem em programas que procuram recompensar a lealdade do cliente

por meio de prémios, bónus, incentivos e pontuações (Rapp e Collins, 1994; Huete, 1998;

Lara e Casado, 2002); (ii) Modelo Educacional - são os programas que procuram manter

um ciclo de comunicação interactiva com o cliente, através do fornecimento de

informações e alimentando o banco de dados com as respostas obtidas (Rapp e Collins,

1994); (iii) Modelo de Contratual - assenta em programas que usam o nome da empresa e a

base de dados para oferecer periodicamente um produto ou serviço. É uma espécie de

clube, por vezes, o cliente paga uma quota para usufruir dos benefícios, tal como:

participação em eventos exclusivos; preços mais baixos em alguns produtos e acesso

diferenciado a algumas informações (Rapp e Collins, 1994; Lara e Casado, 2002); (iv)

Modelo de Afinidade - baseiam-se em programas que reúnem grupos de clientes que

partilham um determinado interesse relacionado com o produto/serviço (Rapp e Collins,

1994); (v) Modelo de Serviço de Valor Acrescentado - podem ser definidos como

programas que envolvem serviços adicionais aos produtos/serviços que representam valor

para o cliente (Rapp e Collins, 1994); (vi) Modelos de Alianças ou Complementar -

constituem os programas baseados em alianças entre empresas não concorrentes entre si, de

sectores horizontais, por vezes, em virtude da complementaridade de produtos/serviços

(Rapp e Collins, 1994; Huete, 1998).

Se bem que a orientação e o tipo de público a que se dirige o programa faz com que possam

ser situados em algum dos grupos de programas mencionados, cada vez é mais habitual os

programas mistos, que utilizam qualquer uma das técnicas mencionadas anteriormente.

52

Adicionalmente, tendo em conta o número de empresas que participam e o grau de

implicação das mesmas, os programas podem classificar em: (i) Multimarca - surgem de

um acordo entre várias empresas líderes em diferentes sectores, com o objectivo de

fornecerem ao titular uma oferta ampla em possibilidades de obtenção de pontos e, por

outro lado, repartem os custos derivados da gestão do programa e obtenção de pontos. Uma

desvantagem é a perda de identificação da insígnia, que cede a sua notoriedade a uma

marca diferente que a representa no âmbito da fidelização; (ii) Marca própria - têm a sua

origem na necessidade e intenção de a empresa desenvolver um programa que a represente

junto ao consumidor. O programa de fidelização é gerido pela própria empresa que o

financia ou, mediante um acordo, cedido a terceiros. Com fins puramente instrumentais,

como a exploração da base de dados dos clientes, a criação e execução do resto dos

processos de relação com os clientes; (iii) Sectoriais - perante a dificuldade de oferecer um

valor verdadeiramente diferencial para o consumidor e dado o elevado grau de inovação

necessário para manter o programa, algumas empresas e marcas optam por desenvolver

programas mistos com o intuito de acumular as vantagens dos programas multimarca, sem

perderem a possibilidade de identificação da marca, e dos de marca própria, ao cair mais

numa promoção continuada que desvirtua o próprio conceito de programa de fidelização

(Lara e Casado, 2002)

Os investigadores Berry e Parasuraman (1991) apresentaram um esquema, que deve ser

tido em conta na questão de retenção de clientes através de programas de fidelização,

baseado em quatro dimensões: (i) Financeiras - através da atribuição de um preço mais

estável e competitivo para aquisições em maior volume e mais frequentes, quando em

comparação com as condições dos novos clientes; (ii) Sociais - manter um envolvimento

permanente e individual com o cliente e entre eles em ambientes fora do âmbito da

actividade da empresa; (iii) Customização - obter informações sobre as reais necessidades e

preferências dos clientes, posteriormente, a empresa pode personalizar os produtos/serviços

para irem de encontro, ou até anteciparem, às expectativas dos clientes; (iv) Estruturais -

diz respeito à integração de sistemas de informação, equipamentos, processos, o nível de

53

interligação entre o cliente e a empresa aumenta substancialmente, assim como os custos de

mudança de fornecedor.

No seu trabalho, O´Brien e Jones (1995) sugerem que o valor para o cliente de um

programa de fidelização é determinado por cinco elementos: (i) valor monetário da

recompensa; (ii) o leque de escolhas das recompensas; (iii) o valor esperança das

recompensas; (iv) a probabilidade percepcionada de atingir as recompensa; e (v) um

esquema fácil de utilizar. Também Johnson (1999) argumentou que a acessibilidade,

comportamento de resgate e pertinência determinam o valor do programa de lealdade.

Dowling e Uncles (1997) acrescentam os benefícios psicológicos de pertencer a um

programa de acumulação de pontos. Estes autores notaram que o sumário da acumulação de

pontos e a qualificação para uma recompensa podem ser considerados como prêmios

psicológicas nos programas de cliente frequente. Através das suas pesquisas, Kivetz e

Simonson (2002) descobriram que são mais valorizadas recompensas luxuosas do que

utilitárias. De acordo com o ponto de vistas destes investigadores, o programa de

fidelização tem efeito mais forte nos consumidores que tendem a sentir-se culpados com

consumos de luxo.

Em suma, é sempre possível recompensar a lealdade do cliente através de ferramentas

como o cartão de cliente, atendimento personalizado, serviços gratuitos, promoções

especiais e lembranças pessoais (Brito, 2000).

3.1.3. Gestão de Programas de Fidelização

Um programa de fidelização é um programa de marketing, desenhado com o fim de

construir a lealdade dos clientes, ao proporcionar incentivos aos clientes mais lucrativos. O

programa deve ser baseado, essencialmente, nas seguintes proposições (Yi e Jeon, 2003):

(i) os clientes podem pretender um relacionamento mais envolvente com os produtos que

compram; (ii) uma percentagem desses clientes mostram tendência para serem fiéis; (iii)

54

existe um grupo mais lucrativo; (iv) é possível reforçar a fidelização desses clientes através

de programas de fidelização (Dowling e Uncles, 1997).

O programa de fidelização deve proporcionar aos clientes momentos mágicos, no sentido

de causar encantamento (Nascimento, 1996). O objectivo de um programa de fidelização é

cumprir ou, preferencialmente, exceder as expectativas do cliente, com o intuito de ganhar

a sua fidelização através de um elevado nível de satisfação que, por sua vez, se traduzirá em

lucro (Abreu, 1996). Segundo Dowling e Uncles (1997), é pouco provável que um

programa de fidelização altere o comportamento fundamental do cliente, especialmente

quando estabelecidos mercados competitivos. Assim, os programas de fidelização devem

ser desenhados de acordo com hábitos de compra conhecidos, e não com o intuito de os

alterar (Brito e Ramos, 2000). Portanto, a base de um programa de fidelização reside no

conhecimento dos clientes, geralmente arquivado em bases de dados (Vavra, 1996). O

desenvolvimento de uma base de dados ajuda a empresa a identificar os seus clientes fiéis e

a implementar a sua filosofia de negócio de recompensar os clientes certos.

Diversas investigações definem os procedimentos essenciais para o sucesso de um

programa de fidelização, dos quais se destaca: (i) analisar dados sobre a posição da empresa

no mercado - nomeadamente, sobre os seus principais produtos/serviços e os dos

concorrentes (Rocha e Veloso, 1999); (ii) apoiar - é crucial que os programas de fidelização

contem com o apoio da administração e que a responsabilidade do mesmo esteja

centralizada (Vavra, 1996); (iii) integrar as diversas acções/estratégias de marketing e foca-

las no consumidor - mediante a adaptação dos produtos/serviços às necessidades e

expectativas dos clientes (Vavra, 1996; Nascimento, 1996); (iv) determinar as verbas e as

equipas de implementação (Rocha e Veloso, 1999); (v) adequar com criatividade ao

segmento de mercado a que se destina (Brito, 2000); (vi) definir conceito e características -

calcular valores para a pontuação (Rocha e Veloso, 1999), escolher o conjunto de regalias

cujo valor percebido pelo cliente seja superior aos custos de se manter fiel à marca (Brito,

2000), o programa deve ser percebido como uma vantagem competitiva (Vavra, 1996); (vii)

envolver uma rede de parceiros no programa (Brito, 2000); (viii) desenvolver uma estrutura

55

de suporte - construir a base de dados (Nascimento, 1996), treinar equipas (Rocha e Veloso,

1999), implementar sistemas de comunicação eficazes e conceber uma estrutura acessível,

do ponto de vista do cliente, de obtenção dos benefícios (Brito, 2000); (ix) viabilizar

materiais de comunicação com características especiais - devem permitir uma coerência

entre o que se diz e o que se faz e envolver os clientes através de um diálogo permanente

(Nascimento, 1996, Rocha e Veloso, 1999; Brito, 2000); (x) desenvolver mecanismos de

avaliação regular - que permita, à empresa comparar os custos do programa com os

benefícios que obtém (Rocha e Veloso, 1999; Brito, 2000); (xi) actualizar

permanentemente os benefícios (Brito, 2000).

De forma a ser possível determinar a eficácia a longo prazo de um programa de fidelização,

a empresa deve quantificar a influência do programa no comportamento de compras

futuras. Deve verificar-se que os resultados financeiros positivos do programa excedem o

investimento efectuado (Bolton e Kannan, 2000). Para tal, é crucial que a empresa tenha

noção do custo de conseguir, por segmentos de mercado, um cliente novo e o que se deixa

de facturar com os clientes perdidos. A empresa deve ter uma visão correcta dos custos de

fidelização e, posteriormente, compará-los aos benefícios. Basicamente, os gastos estão

associados a despesas em: (i) Suporte administrativo - necessário para obter os perfis de

compra dos clientes e para estabelecer a comunicações (Exemplo: revista mensal, extracto

de pontos a todos os clientes, linhas de apoio); (ii) Recuperação de clientes descontentes -

através da criação de um sistema que verifique e atenda todas as reclamações; (iii)

Vantagens - presentes ou descontos para os clientes (Huete, 1998). O autor Partch (1994)

referiu que os programas de fidelização podem aumentar os custos operacionais, ao

adicionarem despesas administrativas, sem se traduzirem numa margem competitiva, no

caso limite em que todas as empresas sejam forçadas a oferecer programas de fidelização,

tal como outra promoção de curto prazo.

Os programas de fidelização são usualmente introduzidos com o fim de construir a lealdade

do cliente, através da planificação do esquema de recompensa baseado no histórico de

compra do cliente (Yi e Jeon, 2003). Contudo, um programa de fidelização, após ser

56

lançado não pode ser algo constante no tempo, pelo contrário, exige uma constante

actualização e inovação (Brito e Ramos, 2000). Portanto, deve ser um sistema que permita:

(i) Adquirir informação de forma permanente; (ii) Facilitar a tomada de decisão no curto

prazo, (iii) Planificar correctamente o futuro no médio e longo prazo (Lara e Casado, 2002).

Os autores Capizzi, Fergunson e Cuthbertson (2004), identificaram cinco tendências do

conceito de programa de fidelização, sendo que as duas primeiras tendências reflectem a

estrutura envolvente da indústria da fidelização, enquanto que as outras estão relacionadas

com experiências dos programas com mais sucesso: (i) Ubiquidade - a omnipresença de

programas de fidelização nos mercados maduros; (ii) Coligação - o aumento das vantagens

dos programas de fidelização coligados entre empresas; (iii) Imaginação - utilizar a

tecnologia de forma imaginativa é um requisito para o sucesso de um programa de

fidelização; (iv) Espanto - a diferenciação do programa de fidelização em relação a

semelhantes oferecidos pela concorrência é um requisito para o sucesso; (v) Análise -

estudar efectivamente a performance dos clientes e do programa é um requisito para o

sucesso.

3.2. Custos de Mudança

Na actual realidade dos mercados, os gestores impõem custos de mudança aos seus clientes,

com o objectivo de inibi-los de alterarem de fornecedor. Na literatura de marketing, gestão

e economia emergiu um consenso sobre o facto de os custos de mudança serem visíveis em

vários contextos, quer industriais quer de consumo (Fornell, 1992; Klemperer, 1995). O

conceito de custos de mudança do cliente tem vindo a ser reconhecido e pesquisado por

várias disciplinas académicas, principalmente em marketing e estratégia (Porter, 1980;

Klemperer, 1987; Burnham, Frels e Mahajan, 2003).

57

O termo aqui utilizado de “custos de mudança” é a tradução da expressão em inglês

switching costs. A expressão deve ser compreendida, no decorrer do presente texto, como

custos à mudança, custos de mudança, barreiras à mudança, etc.

3.2.1. Noção

Os custos de mudança são custos que o cliente enfrenta, apenas uma vez, quando decide

mudar de fornecedor de um produto/serviço (Porter, 1980; Kiser, 2002; Burnham, Frels e

Mahajan, 2003; Caruana, 2004). De uma forma geral, existe consenso entre os vários

autores quanto ao facto de os custos de mudança não terem apenas uma natureza económica

(Morgan e Hunt, 1994), mas poderem também assumir uma natureza psicológica e

emocional (Sharma e Patterson, 2000).

Antes de uma compra os custos à mudança parecem ser inexistentes, mas, depois da mesma

estar efectuada, parecem haver custos escondidos que são directamente impostos pela

empresa ou indirectamente pela própria natureza do produto/serviço comprado (Klemperer,

1987).

Inúmeras pesquisas foram dedicadas a classificar os tipos de custos de mudança. Já em

1959, Thibault e Kelley sublinhavam os custos de pesquisa incorridos no processo de

selecção de um novo fornecedor como um contributo para a manutenção da relação. Mas, o

termo “custos de mudança” foi popularizado por Jackson (1985), que definiu custos de

mudança como os custos psicológico, físico e económico que um consumidor enfrenta

quando muda de fornecedor. Sugere que os custos de mudança são provavelmente mais

elevados quando o produto é tecnologicamente complexo e requer um elevado nível de

serviço proporcionado ao cliente.

Neste contexto, Klemperer (1987) distinguiu três tipos de custos de mudança: (i)

Transacção - custos que ocorrem no início de um relacionamento com uma empresa e, por

58

vezes, também incluem os custos necessários para terminar a relação existente. Por

exemplo: custos de mudar de banco, envolve o fecho de contas e a abertura de outras

noutro banco; (ii) Aprendizagem - representam o esforço desenvolvido pelo consumidor

para atingir o mesmo nível de conforto ou desembaraço com o novo produto/serviço como

tinha com o anterior. Por exemplo: os custos associados à utilização de um novo sistema de

processamento de texto, que tem as mesmas funções que os outros no mercado, mas que

estão espalhadas de forma diferente no teclado ou o manual está escrito num estilo

diferente; e (iii) Artificiais ou contratuais - que são deliberadamente criados pela acção da

empresa fornecedora. Por exemplo: programas de cliente frequente, descontos de repetição

da compra e decisões de fazer produtos compatíveis ou não com outros.

Por seu turno, Guiltnan (1989) identificou quatro tipos de custos de mudança: contratuais,

arranque, comprometimento psicológico e custos de continuidade. O autor utiliza os custos

contratuais, conforme definidos por Klemperer, como forma de englobar os custos iniciais

de transacção e aprendizagem. O custo de comprometimento psicológico diz respeito a

despesas, perdas ou custos ocorridas no passado. Enquanto que o custo de continuidade

reflecte os custos de oportunidade e os elevados riscos percepcionados associados à

mudança de um fornecedor conhecido para outro.

Numa outra abordagem, Nilssen (1992) considera a existência de custos de mudança

endógenos (equivalente aos custos de comprometimento psicológico de Guiltnan), custos

artificiais e exógenos (corresponde aos custos artificiais e contratuais de Klemperer), custos

de transacção e aprendizagem (estes últimos possuem o mesmo sentido da designação

fornecida por Klemperer).

Adicionalmente, Gremler (1995) chama à atenção para o papel dos custos de pesquisa e

acrescenta custos de inércia e hábito. Este último inclui apatia e a falta de entusiasmo

necessário para mudar de fornecedor de um serviço, conceito muito semelhante aos custos

de continuidade de Guiltnan (1989).

59

Os autores Burnham, Frels e Mahajan (2003) propuseram uma tipologia útil, que junta os

vários tipos de custos à mudança e pode ser utilizada em bens e serviços. Os autores

agruparam os custos à mudança de serviços em três títulos gerais: (i) custos de mudança de

informação - envolve principalmente as variáveis tempo e dinheiro, consiste no risco

económico, de aprendizagem e de arranque; (ii) Custos de mudança contratuais - diz

respeito a perdas quantificáveis em recursos financeiros, consiste em perdas do beneficio e

financeiras; (iii) custos de mudança relacional – consiste no desconforto psicológico e

emocional devido à perda de identidade e quebra de ligação (perda de uma relação pessoal

e custos de ligação à marca).

Geralmente, os custos contratuais são induzidos directamente pela empresa de forma a

penalizar os clientes que vão embora, através de, por exemplo: programas de descontos,

cliente frequente e recompensas. Podem também ser criados quando o cliente assina um

contrato para se manter fiel durante um certo período de tempo ou paga uma penalidade

existente. Para além destes custos explícitos, existem sempre custos implícitos,

nomeadamente, associados ao processo de influências na decisão e aversão ao risco,

especialmente quando o cliente tem dúvidas sobre a qualidade do produto ou marca

concorrente. Estes custos podem incluir atributos emocionais e psicológicos. Por exemplo,

quando os vínculos sociais e a confiança foram construídos durante um período de tempo

entre o fornecedor e cliente, então isto é capaz de constituir uma barreira psicológica à

saída, mesmo quando a performance dos serviços principais é menos do que satisfatória

(Caruana, 2004). Em suma, este autor classifica estes custos como podendo ser monetários

ou não-monetários, e reais ou percepcionados.

Em suma, em muitos mercados, os consumidores enfrentam custos de mudança entre

diferentes marcas de produtos/ serviços (Chen e Hitt, 2002). Um cliente vai sempre tentar

evitar o stress psicológico e emocional, bem como o risco e a incerteza, que terminar o

relacionamento corrente traz (Bloom, Asher e White, 1978).

60

3.2.2. Impacto

Os economistas afirmam que os custos de mudança podem afectar uma variedade de

fenómenos críticos para a competitividade. Por exemplo, os custos de mudança têm estado

ligados ao factor preço, decisões de entrada, padrões de difusão de novos produtos e guerra

de preços (Klemperer, 1987; Farrell e Shapiro, 1988; Beggs e Klemperer, 1992)

Existe evidência de que os custos de mudança têm um impacto significativo no

comportamento de escolha repetido (Weiss e Heide, 1993); nas estratégias que os gestores

devem adoptar (Eliashberg e Robertson, 1988; Karakaya e Stahl, 1989); na indústria

resultante e estruturas competitivas (Farrell e Shaprio, 1988); nos lucros elevados (Beggs e

Klemperer, 1992); nas barreiras à entrada no mercado e na estratégia sustentável de

vantagem (Schmalensee, 1982; Karakaya e Stahl, 1989; Kerin, Varadarajan e Peterson,

1992).

Na literatura especializada, os custos de mudança são, frequentemente, considerados

antecedentes-chave da fidelização do cliente (Oliver, 1997; Bateson e Hoffman, 1999; Lee,

Lee e Feick, 2001). Alguns autores argumentam que os custos de mudança são variáveis

moderadoras-chave, podem influenciar a lealdade do cliente através de determinantes como

a satisfação (Fornell, 1992; Oliver, 1999; Lee et al., 2001) e o valor percepcionado

(Woodruff, 1997; Neal, 1999).

De referir também o trabalho de Hauser Simester e Wernerfelt (1994), no qual é proposto

que os custos de mudança significativos reduzem a sensibilidade do cliente aos níveis de

satisfação percepcionados. Anderson e Sullivan (1993) descobriram uma relação negativa

entre custos de mudança e a sensibilidade do consumidor aos níveis de satisfação no sector

da banca. As descobertas de Sarma e Patterson (2000) indicam que, no contexto do serviço

de plano financeiro pessoal, os custos de mudança moderam positivamente o efeito de

confiança e satisfação na relação de comprometimento. De facto, os custos à mudança

interagem com a satisfação para influenciar a fidelização (Oliva, Oliver e MacMillan, 1992;

61

Jones, Mothersbaugh e Beatty, 2000), esta ligação foi observada nos clientes de telefones

móveis em França. Efectivamente Lee, Lee e Feick (2001) desenvolveram um estudo com

o fim de investigar o efeito dos custos de mudança na ligação entre satisfação e fidelização

no serviço de telefone móvel em França, tendo concluído que os custos de mudança

impõem um efeito moderador na lealdade do cliente.

Diversas pesquisas argumentam que os programas de fidelização podem aumentar a

fidelização da marca através da criação de custos de mudança e o lucro operacional, ao

evitarem a guerra de preços (Klemperer, 1987- b; Caminal e Matutes, 1990; Kim, Shi e

Srinivasan, 2001).

Contudo, Nielson (1996) não partilha a mesma opinião. Segundo este investigador, o efeito

moderador dos custos de mudança na fidelização do cliente é contingente a variáveis

situacionais como o tipo de negócio, de consumidores e de produtos, e pode nem sempre

ser significante.

O impacto dos custos de mudança na fidelização do cliente é relativo, essencialmente, por

estar condicionado por duas forças opostas. Por um lado, embora uma empresa possa

instituir custos de mudança na sua oferta comercial, por outro lado, os concorrentes

frequentemente elegem variadas estratégias e incentivos para assistir clientes potenciais a

ultrapassarem as barreiras. Em suma, o efeito líquido dos esforços de mudança vai

depender da força dos custos de mudança relativamente aos benefícios correspondentes

disponíveis (Viard, 2002).

Convém ainda referir que quando os custos de mudança são substanciais ou o processo de

mudança é especialmente doloroso, clientes insatisfeitos vão provavelmente manter uma

relação com o fornecedor de serviços actual e resistir à dissolução do relacionamento (Port,

1980; Jackson, 1985). Assim, a falsa fidelização, em vez de grupos com comprometimento

fiel, pode existir, incluindo desertores, mercenários e reféns (Jones e Sasser, 1995).

62

Com excepção de Oliver (1997), existe pouca literatura que liga dimensões específicas de

custos de mudança à fidelização do cliente. Oliver indica que os consumidores que operam

apenas ao nível cognitivo são hipoteticamente muito susceptíveis à mudança causada por

ofertas de marketing, enquanto que consumidores completamente integrados no nível de

acção fidelização são hipoteticamente menos susceptíveis. A chamada fidelização afectiva

contém algum envolvimento emocional, que é representado pelos custos de mudança

relacionais.

3.2.3. Funcionamento

Os custos de mudança criam dependência do consumidor em relação ao fornecedor

(Morgan e Hut, 1994; Biong e Selnes, 1996; Valletti 2000). Esta situação de dependência

assimétrica é boa para o vendedor, que pode explorar a dependência do cliente (Gaski,

1984).

Como foi dito anteriormente, os custos de mudança ocorrem uma única vez, quando o

cliente muda de um vendedor para outro. Estes aumentam o diferencial de preço que um

cliente vai tolerar antes de mudar de fornecedor. Em geral, os custos de mudança levam a

empresa a encarar/ponderar baixar os preços para atrair novos clientes e/ou aumentar os

preços para extrair rendimentos da carteira existente. (Kiser, 2002)

Os factores que influenciam os custos de mudança variam de acordo com o tipo de

produtos, negócio e clientes. Por exemplo, no caso dos produtos tecnológicos, a

incompatibilidade entre as diversas marcas pode aumenta-los (Marinoso, 2001). Nestas

circunstâncias, as empresas podem controlar o nível de custos de mudança, ou seja, no

negócio da informática uma empresa pode impedir os concorrentes de acederem à

propriedade de um software e, assim, imporem custos ao cliente que deseja mudar de

fornecedor (Shapiro e Varian, 1999).

63

Na tabela 3.2, apresentada de seguida, Shapiro e Varian (1999) apresentam, de modo geral,

os custos de mudança e os efeitos de prisão nos sistemas de informação:

Tabela 3.2. – Tipos de Bloqueio e Custos de Mudança Associados Tipo de Bloqueio Custo de Mudança

Contrato Indemnização

Compra permanente Substituição de equipamento

Treino especifico da marca Aprender um novo sistema acarreta custos

directos e perda de produtividade

Informação e base de dados Converter os dados num formato novo

Fornecedores especializados Encontrar um novo fornecedor

Custos de pesquisa Combinação dos custos de pesquisa do

comprador e vendedor

Programas de fidelização Perda de benefícios do fornecedor

Fonte: Shapiro e Varian (1999), p. 117

No caso das seguradoras, alguns custos de mudança são originados logo no início da

relação do cliente com a empresa e mantém-se, por exemplo, os custos de aprendizagem da

rotina de procedimentos necessários à reivindicação numa seguradora (Posey, 2003).

Também no sector das comunicações existem custos de mudança, nomeadamente, o custo

que os consumidores enfrentam com a alteração de número de telefone (Gans e King,

2001). A habilidade para criar custos de mudança e construir a fidelização dos clientes foi

apontada como um factor de sucesso no e-commerce (Reichheld e Schefter, 2000).

Os custos de mudança do cliente podem ser uma fonte de poder do mercado, já que

proporcionam às empresas incumbentes vantagens significativas para enfrentarem a entrada

de um novo concorrente. Como resultado, estes custos podem restringir as medidas de

melhorias introduzidas no processo de desregularização do sector, particularmente, em

indústrias como telecomunicações e correios. As empresas incumbentes podem ter um

incentivo para aumentar os custos de mudança ou para omitir/suavizar os custos em

64

medidas sociais mais desejáveis (Gans e King, 2001). Por defeito, a existência de custos de

mudança levam o cliente a permanecer com o incumbente, excepto se o diferencial de

preço for significativamente suficiente ou se o cliente estiver insatisfeito com o serviço

prestado. (Posey, 2003).

Contudo, na óptica de Dwyer, Schurr e Oh (1987), quando o relacionamento se desenvolve

no tempo, as duas partes ganham experiência e aprendem a confiar um no outro.

Consequentemente, podem gradualmente aumentar o envolvimento através de

investimentos em produtos, processos e pessoas dedicadas a um determinado

relacionamento. O consumidor pode investir em recursos na relação e voluntariamente

aumentar os custos de mudança e dependência do fornecedor (Anderson e Narus, 1991).

Em síntese, os custos de mudança funcionam como um factor que determina a

competitividade do ambiente de mercado, uma vez que elevados custos de mudança

desencorajam a alteração de fornecedor e, desde modo, mantêm um menor incentivo para

as empresas competirem activamente (Jones e Sasser, 1995). Através da criação e

exploração de custos de mudança, as empresas podem suavizar competições de preços,

construir a vantagem do primeiro a mover e ganhar lucros em publicidade ou outros

investimentos. (Chen e Hitt, 2002). A competição efectiva na economia de informação

passa por identificar, medir e perceber os custos de mudança e, com base nesses dados,

definir a estratégia de actuação (Shapiro e Varian, 1999)

65

3.3. Conclusão

Neste terceiro capítulo, pretendeu-se clarificar os conceitos de programas de fidelização, de

custos de mudança e a influência dos mesmos na fidelização do cliente.

Como se referiu, o objectivo de um programa de fidelização baseia-se no estabelecimento

de um elevado grau de fidelização nos segmentos de clientes mais lucrativos. Estes

programas procuram acrescentar mais valor aos utilizadores que maior uso fazem dos

serviços da empresa, e, consequentemente, aumentar a sua satisfação para com o

fornecedor. Diversos autores deram as suas contribuições na criação de modelos

conceptuais e classificações de programas de fidelização. Posteriormente, reflectiu-se sobre

o processo de gestão de programas de fidelização, do qual se sublinha a importância de a

empresa ter noção dos custos e benefícios que o programa angaria, bem como a

necessidade de constante inovação.

Através da análise de diversos estudos, procurou-se explicar o conceito de custo de

mudança, como sendo o custo que o cliente enfrenta quando decide mudar de fornecedor.

Verificou-se que a sua natureza pode ser de ordem psicológica, física e/ou económica.

Adicionalmente, identificou-se os custos de mudança como uma variável com impacto ao

nível da fidelização do cliente, através de determinantes como a satisfação. E, por fim,

compreendeu-se que os custos de mudança aumentam o diferencial de preço que um cliente

vai tolerar com a mudança de fornecedor.

66

PARTE II

67

Capítulo 4: A Metodologia de Estudo de Caso como Aprendizagem

Têm sido divulgadas e aplicadas, em sala de aula, novas técnicas de ensino dos conceitos

de gestão e economia. De uma forma geral, as modernas formas de aprendizagem elegem o

estudo de caso como o método mais popular. Segundo alguns autores, isto só foi possível

devido à crescente necessidade de compensar o desvio entre os conceitos teóricos e a

prática. Por outras palavras, o estudo de caso possibilita aos alunos praticarem os conceitos

aprendidos (Dibb et al., 2001).

Neste capítulo, pretende-se aprofundar a origem do estudo de caso, a associação ao

paradigma do construtivismo, as vantagens e limitações, o modo de preparação da aula pelo

docente e alunos, e a forma como o processo deve decorrer em sala de aula.

4.1. Origem

A aprendizagem está a mudar. Estas alterações parecem estar associadas a um forte

aumento do número de factos e conceitos que são ensinados. O dilema para um corpo

docente é, pois, como ajudar os estudantes a aprenderem os factos necessários e,

simultaneamente, serem capazes de compreendê-los e usá-los. Memorizar montantes

massivos de informação escrita é, de facto, humanamente possível, no entanto, pesquisas

demonstraram que a memorização de factos não se traduz em capacidades de resolução de

problemas (McCormick, 1993).

De um modo geral, os cursos têm integrado, tradicionalmente, o conhecimento funcional, o

desenvolvimento da perspectiva de gestão das habilidades de equipa, a melhoria das

capacidades de comunicação e ligação entre teoria e prática (Thomas, 1998). Esta lista de

68

desafios tem vindo, nos últimos anos, a ser ampliada para incluir o desenvolvimento dos

estudantes no pensamento estratégico.

Assim, cada vez mais, na sala de aula das disciplinas de marketing, se utiliza o estudo de

caso como método pedagógico. A abordagem tem as suas raízes no início dos anos 90

quando foi popularizado pela Harvard University nas escolas de economia e direito

(Christensen, Garvin e Sweet, 1991; Barnes, Christensen e Hansen, 1994). O método de

estudo de caso teve muito sucesso quando comparado com o método que prevalecia

(palestra pedagógica), e é notável a sua capacidade de envolver activamente os estudantes

na tomada de decisões no complexo “mundo-real” num ambiente confinado à sala de aula.

Hoje em dia, um aluno típico de MBA em Harvard estuda quase cerca de 500 casos durante

2 anos.

4.2. O Construtivismo

O conceito de paradigma de investigação aparece definido por Kuhn (1971, apud Gialdino,

1993, p.25) como os trabalhos científicos formalmente reconhecidos que, num determinado

momento, representam modelos de problemas e soluções para a comunidade científica.

No mesmo contexto, Silva (1998) considera que um paradigma de investigação não é mais

do que uma realidade aceite por parte significativa do corpo científico, isto é, representa

uma estrutura de crenças básicas, princípios e pressupostos que transmitem uma sensação

de coerência, nomeadamente, em relação às suas opções metodológicas (conhecimento

adquirido da realidade), epistemológicas (relação entre o investigador e investigado), e

ontológicas (natureza da realidade investigada).

Vários foram os autores que se dedicaram a classificar os paradigmas nos quais uma

investigação se pode basear. Segundo Crabtree e Miller (1992) os paradigmas de

investigação podem ser divididos em: (i) Paradigma de investigação materialista; (ii)

69

Paradigma de investigação construtivista; (iii) Paradigma de indagação crítica e ecológica.

Já Guba e Lincoln (1994) identificaram a coexistência de quatro paradigmas: positivista,

pós-positivista, teoria crítica e o construtivismo. Para Valles (1997) existem os seguintes

paradigmas de investigação: (i) Paradigma “prevalente”, “clássico”, “racionalista”,

“positivista”; (ii) Paradigma “emergente”, “alternativo”, “naturalista”, “interpretativo”.

Deste modo, surge o construtivismo como opção paradigmática que sustenta tanto a

metodologia de investigação utilizada como a de aprendizagem de estudo de casos. Este

paradigma não é baseado apenas no estudo do significado dos estados intencionais dos

indivíduos, mas também no das construções da própria realidade, ou seja, por outras

palavras, no significado dos actos.

A metodologia qualitativa que tem como ponto de partida a experiência, interpreta a

realidade sobre os diversos pontos de vista em causa. O objectivo não é encontrar verdades

absolutas, mas relatos que possibilitem a obtenção de dados; análises e interpretações

(Bruner, 1990).

Os construtivistas defendem que a aquisição de conhecimentos resulta de interpretações

consensuais de quem investiga, construídas num processo dialéctico. Assim, um diálogo

activo entre o docente e os alunos poderá levar à construção de vários e diferentes pontos

de vista dos implicados no assunto estudado (Silva, 1998).

Segundo Bruner (1990), através de uma estrutura cognitiva, o estudante selecciona os

dados, trabalha a informação, constrói hipótese e toma decisões, isto é, proporciona

significado às experiências (traduz a realidade em modelos mentais) e possibilita ao

indivíduo ir para além da informação obtida.

Convém salientar que são inúmeras as estratégias de investigação assentes no paradigma

construtivismo, nomeadamente, as entrevistas, observações participantes, histórias de vida,

70

focos grupo e estudo de caso. Contudo, é precisamente o estudo de caso que será

desenvolvido neste capítulo

Segundo Easton (1992), o estudo de caso é, antes de mais, a descrição de uma situação real

vivida por uma determinada organização. No entanto, dado o seu objectivo pedagógico, não

deve ser confundido com uma história, o estudo de caso é um meio de aprendizagem com

objectivos bem determinados. De igual forma, não deve ser confundido com um exemplo,

visto que o objectivo não é apenas que os estudantes aprendam a aplicar um conceito ou

princípio, nem que, posteriormente, se deparem com uma única solução possível. Num

estudo de caso existem diversas soluções e trajectórias possíveis para se atingirem os fins e

é, comummente, utilizado para os alunos desenvolverem um conjunto de técnicas de

análise. Adicionalmente, um estudo de caso pode ser considerado “morto”, quando toda a

informação está disponível logo desde o início, ou “vivo”, quando permite que seja

fornecida mais informação para além daquela que é concedida inicialmente. Este último

tipo de estudo de caso, por vezes, exige um esforço por parte do estudante no sentido de

recolher mais informações, o que até pode resultar na interacção directa com a organização

em estudo.

No estudo de caso, os alunos têm responsabilidade na sua própria aprendizagem, através do

desenvolvimento de capacidades de iniciativa, liderança, orientação para agir, análise de

situações complexas e ambíguas. De igual forma, possibilita a troca de experiências

individuais enriquecendo a sala de aula com contributos multidisciplinares, estimulando a

capacidade de argumentação, bem como a compreensão dos diversos pontos de vista

pessoais. (Easton, 1992; Bluden e McGuinness, 1993; Corey, 1996).

4.3. Vantagens e Limitações do Estudo de Caso

É um facto que cada vez são mais os conceitos que os alunos devem ser capazes de

compreender e usar. Contudo, diversas pesquisas demonstraram que a memorização de

71

factos adicionais não se traduz em capacidades de resolução de questões (McCormick,

1993). Como resposta a este problema surge um novo método de ensino, que se baseia na

aplicação de estudos de casos com o fim de se atingir uma melhor compreensão e

memorização dos conceitos básicos.

No seu artigo sobre os efeitos de actividades semi-estruturadas de ensino na sala de aula,

Hamer (2000) apresenta uma interessante análise sobre a melhoria da aprendizagem dos

alunos, foca em duas dimensões: aprendizagem activa versus passiva; e aprendizagem não

experimental versus experimental. Aparentemente, a aprendizagem activa defende que o

estudante apreende mais facilmente quando está mais envolvido e interessado. Vários

estudos demonstraram que o paradigma de aprendizagem experimental, cujo objectivo é

assegurar que as tarefas possuam um elevado grau de conteúdo do mundo real, é mais

interessante e envolvente para os alunos (Cosse, Ashworth, e Weisenberger, 1999;

Kaynama e Keesling, 2000). Existem inúmeros artigos sobre ambos, aprendizagem

experimental e aprendizagem activa, com ênfase especial na importância dos múltiplos

inputs e na variedade de fontes de informação para os mesmos temas e conceitos (Adrian e

Palmer, 1999; Babin, Shaffer e Thomas, 2002).

Alguns autores salientam as vantagens das capacidades nascidas através de uma

aprendizagem que facilita o comportamento expressivo do conhecimento ou a manipulação

cognitiva dos factos (Krishnan e Porter, 1998), a necessidade de repetição e ensaio

(Kaynama e Keesling, 2000), e a de personalizar a informação com o fim de aumentar a

memorização (Krishnan e Porter, 1998). Além de o objectivo principal destes métodos ser o

de salientar o significado e a utilização da informação, também serve para embutir factos e

conceitos na memória.

Contudo, esta metodologia de estudo de casos apresenta, também, algumas limitações. A

grande fraqueza é que os casos colocam os estudantes em cenários de resultados de

decisões de gestores ou consultores pode levar a excessivas visões racionais, analíticas e

anticépticas das organizações (Gragg, 1940; Corey, 1976; Shapiro, 1984; Bonoma, 1989).

72

Esta abordagem, baseada no êxito e num modelo racional de decisão, traz prejuízo aos

estudantes ao dar pouco ênfase ao processo muito humano pelo qual as decisões são

tomadas nas organizações.

Uma resposta para os problemas levantados pode passar por converter a análise de caso

numa técnica de representação, em sala de aula, de um papel de comportamento

organizacional de longo prazo (Ritchie e Thompson, 1984; Mainiero e Tromley, 1994;

Marcic, Seltzer, e Vaill, 2001). Ou seja, é possível seleccionar e converter um típico estudo

de caso numa sessão activa, na qual os alunos entram na personagem e trabalham o seu

caminho através de cenários de decisões. Nesta abordagem, 3 a 5 estudantes, escolhidos

aleatoriamente, trabalham em conjunto para representarem as personagens do caso e para

chegarem a uma decisão, enquanto que os restantes alunos actuam como comentadores do

processo de decisão desenvolvido. Este método ilustra o modo como a dinâmica das

decisões são tomadas nas empresas e tem o benefício adicional de ser divertido para os

alunos.

4.4. A Preparação da Aula pelo Docente

Antes da implementação de um estudo de caso em sala de aula existem determinados pré-

requisitos que devem, à priori, ser considerados para que seja possível o seu

funcionamento. Erskine (1996) considerou a existência dos seguintes elementos: (i) as

condições físicas - os lugares sentados e a sua disposição na sala são pontos-chave para

funcionarem como facilitadores da comunicação estabelecida entre todos os participantes;

(ii) a identificação dos estudantes - assegurar que todos os participantes se tratem pelo

nome. Assim, devem ser disponibilizados elementos de identificação (cartões, silhuetas

com os nomes e/ou fotografias dos participantes) e, eventualmente, organizar

confraternizações informais (recepções iniciais, encontros e jantares); (iii) elementos

73

materiais - que devem contar com o caso publicado em revistas da especialidade, livros da

matéria ou, simplesmente, escritos pelo próprio docente.

O estudo de caso pode, eventualmente, ser apresentado através de outros suportes, tal como

fotografias e/ou videotapes (Yin, 1994). As tecnologias de multimédia são um excelente

meio para dar a conhecer um estudo de caso em sala de aula, já que permitem a interacção

simultânea não só com textos como também com imagens, filmes e animações (Haaken e

Christensen, 1999). Tendo sempre em linha de conta que o objectivo da discussão do

estudo de caso é tornar a aula mais interessante, o docente, na fase de preparação, deverá

escolher um caso que melhor se adeqúe ao tema teórico em causa. Esta abordagem originou

uma verdadeira indústria de escrita e publicação desde Harvard até a Associação Norte

Americana de Pesquisa de Caso. Quase todos os textos de gestão incluem casos.

Um caso adequado deve estar bem redigido, conter entre 15 a 50 páginas, ser orientado

para a tomada de decisão, incluir decisões realizadas (sem revelar ou dar a entender o

resultado das mesmas), ser ambíguo, motivar a participação dos intervenientes e contribuir

para a formação de diversas perspectivas de análise (enriquecer interpretações pessoais)

(McQueen, 1995).

Após a escolha do caso é aconselhável que o formador se dedique a desenhar um esboço

com uma estrutura, para servir de apoio na sala de aula. Nessa nota deverá constar,

preferencialmente, um resumo do caso, tópicos com os factores mais significativos, os

objectivos de aprendizagem, questões para discussão e respostas hipotéticas (Erskine,

1996). De igual modo, na fase de preparação, o professor deve ter em consideração,

relativamente ao caso escolhido, quais os principais pontos que pretende ilustrar; como

pode contribuir para enriquecer a aula; que tipo de erros de análise podem ser induzidos

pelos estudantes, a forma como possibilita aos alunos obter conhecimentos e tópicos de

comentários no momento de conclusão (Bonoma e Kosnik, 1989).

74

4.5. A Preparação pelos Alunos

Autores como Bonoma e Kosnik (1989) e Corey (1996) defendem ser é aconselhável que

os alunos efectuem uma preparação do caso antes da aula, devendo, nomeadamente, incluir:

(i) identificação dos pontos cruciais (tipo de informação fornecida, protagonistas, situação

em causa e sintomas de problemas); (ii) classificação da informação (importante, ambígua e

omissa) - através da leitura atenta do caso, sublinhando os factos-chave para a análise e

assumindo o papel do protagonista; (iii) descrição dos principais elementos sujeitos a

análise; (iv) deliberação sobre as questões de análise que poderão fornecer a informação;

(v) resolução das questões - através da utilização dos dados disponíveis no caso e, devido à

eventual existência de informação omissa, da presunção de cenários que permitam justificar

uma análise integral da situação; (vi) eleição de uma via focada na acção - com justificação

baseada na analise desenvolvida; (vii) elaboração de um plano de acções (formalização da

solução a apresentar); (viii) realização de um teste informal ao plano antes de ser

apresentado na aula à turma, apoiado na troca de ideias com outros colegas.

Também Duncan, Ginter e Swayne (2000) apresentaram um método preferencial de análise

de estudo de casos que, de forma geral, consiste nas seguintes etapas: (i) análise do

ambiente externo e interno da situação; (ii) identificação do problema; (iii)

desenvolvimento de acções e soluções alternativas; (iv) avaliação das várias alternativas;

(v) tomada de decisão; (vi) realização do relatório.

4.6. A Aula

Ao nível do programa da disciplina leccionada, após, ter sido abordada a matéria teórica do

tema em causa, o caso deve ser disponibilizado aos alunos para leitura e identificação dos

pontos principais. De seguida, o professor deverá lançar uma ou várias questões para

fomentar, nos alunos, a análise e a obtenção de conclusões sobre o problema e as suas

75

causas, com base na informação fornecida e oculta que estimula o aluno a prever cenários e

perspectivas pessoais. O importante é que, no final, os estudantes consigam desenhar

estratégias e recomendações de acordo com os dados analisados.

Segundo Easton (1992), na utilização de estudo de casos em sala de aula, deve ser aplicado

um dos seguintes métodos: (i) o Método Tradicional da Universidade de Harvard - o caso é

analisado e as decisões são tomadas na aula, é motivada a discussão entre todos os

elementos da turma, não existe uma apresentação formal, o docente assume a

responsabilidade de provocar o debate e a confrontação de ideias; (ii) o Método Alternativo

- apresentação formal, individual ou em grupo da análise do caso e respectivas

recomendações. Neste métodos, poderá posteriormente existir, a discussão entre os alunos,

mas é obrigatória a realização de um relatório escrito, que deverá ser entregue por todos os

alunos.

O professor deve motivar o debate entre os vários participantes e sublinhar os pontos de

conflito, isto é, assumir o papel de “advogado de diabo”. Um bom diagnóstico da realidade

não é suficiente. È essencial que o caso estimule a discussão e a troca de ideias entre os

intervenientes. Ou seja, os alunos devem agir como protagonistas no caso, tomar decisões

e/ou formular sugestões, perante a situação apresentada (Bonoma e Kosnik, 1989;

McQueen, 1995). Por essa razão, é importante que o docente assegure que a intervenção de

todos os alunos foi maximizada (Herreid, 1994).

O papel do professor é representar o ambiente externo e monitorizar, continuamente, a

actividade. O nível de monitorização está dependente do caso e dos objectivos do professor.

Alguns grupos claramente descarrilam nos seus procedimentos. Nesta caso, o professor

pode desejar intervir como uma personagem externa e corrigi-los, ou pode achar mais

proveitoso deixar acontecer e explorar as causas durante a sessão de resumo.

Alguns momentos valiosos de ensino podem acontecer quando um interveniente exibe um

conceito crítico que o professor quer sublinhar. Nestas situações, o docente pode querer

76

interpor comentários nesse preciso momento, para expressar a ligação entre a teoria da

disciplina e a prática, em vez de esperar pelo resumo. Um dos pontos fortes deste método é

a possibilidade de flexibilidade do docente em atingir um objectivo de aprendizagem

específico, enquanto ilustra o lado do processo da tomada de decisão de uma organização.

Diversos autores apresentaram sugestões sobre a forma de estar do docente na sala de aula,

na qual é debatido um estudo de caso. Nomeadamente, o professor deverá ser um: (i)

facilitador - no sentido em que deve motivar o debate de ideias entre os estudantes, criar um

ambiente de igualdade de oportunidade e de maximização das intervenções de cada um dos

participantes; (ii) treinador - na medida em que conduz a discussão numa determinada

direcção, que está claramente definida na sua mente (com base nos objectivos do estudo do

caso), procura desenvolver as técnicas de análise do aluno e, de igual modo, encaminhá-lo

para a tomada de decisão; (iii) demonstrador - com o fim de clarificar os diversos pontos de

vista de todos os participantes, essencialmente, através da acção de escrever no quadro as

mais diversas opiniões e estruturando-as de acordo com a fase do estudo. Adicionalmente,

no final do debate, deve ser apresentada a conclusão que sintetiza as varias tomadas de

decisão e respectivos cenários criados e, eventualmente, disponibilizar mais material de

leitura sobre o caso (Banoman e Kosnik, 1989; Hereid, 1994; Husock, 2000). Na parte final

da aula o docente deverá efectuar um sumário do debate, apresentar as lições e observações

retiradas da análise do caso, referir e justificar aspectos que poderiam falhar e ter a arte de

não impor a sua opinião pessoal (Corey, 1996).

Em suma, o estudo de caso deve permitir ao aluno aplicar os conceitos teóricos adquiridos a

uma situação prática, com a vantagem de complementar a fundamentação do seu processo

de decisão com a sua própria experiência pessoal.

77

4.7. Conclusão

O estudo de caso surge como método de aprendizagem quando se torna evidente que a

memorização dos factos, por si só, não se traduz em capacidade de aplicar os conceitos

teóricos na vida prática. Esta estratégia assenta no construtivismo como opção

paradigmática, já que defende a aquisição de conhecimentos através de interpretações

consensuais de quem investiga, construídas com base num processo de diálogo activo. O

estudo de caso envolve uma preparação prévia da aula e participação quer por parte do

docente como dos alunos.

São inúmeras as investigações que referem as vantagens da aprendizagem experimental, ou

seja, com um âmbito de tarefas muito próximas do mundo real, nomeadamente, por ser

mais interessante e envolvente para os alunos. Contudo, é necessário ter noção das suas

limitações, em especialmente por ser um modelo racional de tomada de decisão que

esquece a componente humana.

Em suma, o estudo de caso em sala de aula deve ser capaz de estabelecer ligações entre os

diversos aspectos teóricos da disciplina e a realidade. Assim, este capítulo constitui a

sustentação teórica do estudo de caso e respectiva nota pedagógica que seguidamente serão

apresentadas.

78

PARTE III

79

Capítulo 5: Caso Vodafone

Após uma fase de crescimento exponencial, o mercado das telecomunicações dá indicações

de ter atingido a maturidade. O corpo directivo da Vodafone tem noção de que esta etapa é

caracterizada pelo facto de não existirem muitos novos clientes para angariar, de a

concorrência se tornar cada vez mais agressiva e, consequentemente, os custos de captar

novos clientes serem bastante elevados.

Novos desafios colocam-se aos gestores da Vodafone, numa altura em que o sucesso

empresarial deixa de estar unicamente associado à angariação de novos clientes, mas antes

ao aumento da fidelização dos existentes.

5.1. Caracterização Geral da Vodafone

5.1.1. Evolução Histórica

O projecto Telecel iniciou-se em 1990, com a constituição de um consórcio que apresentou,

em Junho 1991, a sua candidatura ao concurso de atribuição da licença GSM/Serviço móvel

terrestre, no contexto do processo de liberalização do sector das telecomunicações. A

Telecel foi constituída como empresa em Maio de 1991 e, em Outubro, do mesmo ano, foi-

-lhe atribuída a licença GSM.

Começou a operar em 1992, como um investimento baseado em capitais nacionais (grupos

Espírito Santo e Amorim), liderado, desde o arranque, pelo ainda presidente António

Carrapatoso. A Telecel inaugurou a sua actividade comercial a 18 de Outubro de 1992,

disponibilizando de imediato ao público um serviço de comunicações celulares GSM

(Global System for Mobile Communications) totalmente operacional, cobrindo 57% do

território e 83% da população de Portugal.

80

A entrada da Telecel ocorreu num sector que até então era um exclusivo do operador estatal

TMN, fundada em Março de 1991 (operador de comunicações móveis do Grupo Portugal

Telecom).

Figura 5.1. – Logótipo TMN

Fonte: Site oficial da TMN

Em finais de 1996, as acções da Telecel foram admitidas à cotação no mercado oficial da

Bolsa de Valores de Lisboa. Com a dispersão do seu capital em bolsa, a norte-americana

Airtouch conseguiu adquirir um número considerável de acções, passando a ser o seu maior

accionista. O dia 15 de Setembro de 1998 ficou marcado pela entrada no mercado da

Optimus, o 3.º operador de redes móveis.

Figura 5.2. – Logótipo Optimus

Fonte: Site oficial da Optimus

Em 1998, a Vodafone ganhou a licença de ISP para a prestação de Serviço Internet. A 1 de

Janeiro de 2000, lançou uma oferta de acesso fixo indirecto (solução de rede fixa) através

do prefixo 1091 e, em Junho desse ano, também passou a disponibilizar serviços de acesso

fixo directo (de voz ou dados). Actualmente, a Vodafone disponibiliza aos seus clientes

empresariais uma oferta global e convergente de telecomunicações.

81

No início de 1999, a Airtouch foi comprada pela Vodafone, passando a Telecel a ser

controlada por capitais britânicos. Em Dezembro de 2000, foi atribuída à Telecel a licença

UMTS (Universal Mobile Telecommunications System), ou seja, a 3ª geração de telefonia

móvel.

Tendo iniciado a sua actividade sob a marca Telecel, passou a designar-se Telecel

Vodafone em Janeiro de 2001, começando então um bem sucedido processo de migração

de marca que terminou com a alteração definitiva para Vodafone, em Outubro desse ano

(Figura 5.3.).

Figura 5.3. – Evolução do Logótipo

Fonte: Site institucional da Vodafone

Em Fevereiro de 2003, o grupo Vodafone lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre a

Vodafone Portugal, que culminou com a actual estrutura accionista, 100% detida pelo

Grupo Vodafone.

O último grande marco da história da empresa foi o lançamento, em Fevereiro 2004, do

primeiro serviço comercial de 3ª Geração

Figura 5.4. – Mupi de Lançamento da Videochamada

Fonte: Direcção de Comunicação da Vodafone

82

5.1.2. – Orientação Estratégica

A Vodafone Portugal tem como visão ser reconhecida como a melhor empresa portuguesa,

líder no desenvolvimento das comunicações móveis, contribuindo assim para o bem-estar

das pessoas, das empresas e da sociedade em geral. De modo a ser possível transformar a

visão em realidade, a empresa definiu quatro valores de orientação estratégica:

Paixão pelos Clientes: este valor simboliza o esforço da Vodafone em antecipar

tendências; compreender e satisfazer as necessidades dos clientes, exceder

expectativas, colocar os clientes em primeiro lugar, saber ouvir e dar resposta a cada

um, proporcionar um serviço rápido de levada qualidade e valor.

Paixão pelas nossas Pessoas: o sucesso da empresa está directamente relacionado

com os seus recursos humanos. Assim, a Vodafone procura atrair, formar,

recompensar e reter os melhores colaboradores.

Paixão pelos Resultados: a Vodafone é uma empresa orientada para a obtenção de

resultados, para a acção e para a vontade de ser melhor em tudo o que faz.

Paixão pelo Mundo que nos rodeia: este último valor está associado à ideia de

ajudar as pessoas a terem vidas melhores, tanto através do serviço prestado como do

impacto que a Vodafone tem no mundo.

Figura 5.5. – Logótipos dos Quatro Valores

Fonte: Relatório de Responsabilidade Social – Vodafone Portugal 2003

Com inspiração na visão e valores da empresa surge a missão da Vodafone Portugal, que se

resume a pretender enriquecer a vida dos seus clientes através das capacidades únicas das

comunicações móveis.

83

A estratégia da Vodafone consiste basicamente em fornecer uma oferta competitiva, capaz

de cativar e manter os clientes mais valiosos de cada segmento do mercado. Ao nível da

diferenciação, a Vodafone aposta numa forte relação com o cliente, tendo em vista superar

as suas expectativas em todos os pontos de contacto com a empresa.

Presentemente, a Vodafone contabiliza cerca de 3 milhões de clientes registados (Anexo 1),

sensivelmente um terço do total de clientes em Portugal. A segmentação de mercado

consiste, em linhas gerais, na existência de dois segmentos: o empresarial e o do consumo.

O segmento do consumo diz respeito, essencialmente, a utilizadores de telemóvel a título

particular. Por seu turno, o segmento empresarial representa os utilizadores de telemóvel a

nível profissional, isto é, empresas, profissionais liberais e empresários em nome

individual.

Relativamente ao segmento de consumo, existe um subsegmento dedicado à faixa etária

mais jovem (entre os 15 e os 25 anos), para o qual foi desenhada a sub marca YORN

(Young Original Network).

Figura 5.6. – Logótipo Yorn

Fonte: Site Oficial da Yorn

5.1.3. - Recursos Humanos

A Vodafone conta actualmente com cerca de 1800 efectivos (Anexo 2) e com uma média

etária que ronda os 32 anos (Anexo 3). A política de recursos humanos passa por uma

grande aposta na formação e desenvolvimento profissional dos quadros. É comum

84

proporcionar às chefias formação específica de gestão e liderança, e a todos os

colaboradores acções de formação técnica e comportamental. Existem algumas iniciativas

para fomentar o contacto directo entre os colaboradores e os clientes, nomeadamente,

através de visitas aos pontos de venda e ao call-center.

Todos os colaboradores estão abrangidos pelo sistema de gestão do desempenho, que

permite a avaliação de objectivos e das competências de cada colaborador. Têm sido

realizados regularmente estudos sobre clima organizacional, com o objectivo de tentar

perceber a motivação e satisfação dos colaboradores.

5.1.4. Situação Económica e Financeira

A Vodafone é uma empresa que goza de uma boa saúde económica e financeira. Em termos

de receitas totais operacionais (Anexo 4), que compreendem as receitas de serviços de

telecomunicações e outras receitas (que incluem principalmente vendas de equipamentos),

os números apresentam uma tendência crescente desde o início de actividade.

Após ter apresentado valores negativos em 1993, o Cash Flow Operacional (Anexo 5)

evoluiu a taxas crescentes até 1999. Observou-se uma diminuição no ano 2000 e, a partir de

2001, iniciou novo período ascendente.

De 1993 até 2000, o valor do investimento anual em activos fixos (Anexo 6) foi

multiplicado, sensivelmente, por 10. A partir de 2000 nota-se, no entanto, um esforço na

tendência de diminuição destes valores. Os anos de 1993 e 1994 foram os únicos que

apresentaram resultados líquidos (Anexo 7) negativos. Desde 1995 que se verifica uma

tendência de crescimento exponencial, que apenas é quebrada em 2000. Nos últimos anos,

verifica-se uma nova fase de crescimento.

85

5.2. - O Mercado

O mercado celular português tem vindo a destacar-se devido ao facto de registar uma taxa

de penetração acima da média europeia (Anexos 8 e 9). Em 2003, a taxa de penetração

nominal do serviço móvel face à população total era de 105%, enquanto que a taxa média

da Europa Ocidental atingia os 84%. Excluindo-se os números inactivos e a utilização de

múltiplos números, a penetração real, medida como a percentagem de pessoas que utiliza

um telemóvel, era estimada em torno dos 84%, no mesmo ano.

Através da análise de evolução do número de assinantes (Anexo 10), constata-se um

mercado modesto para as operadoras nos primeiros anos de actividade. A partir de 1996,

assiste-se à transposição da barreira do meio milhão de utilizadores, essencialmente, como

resultado do lançamento dos cartões pré-pagos. Em 1997, a taxa de penetração atingia

valores, pela primeira vez, acima da média europeia, tendência que se manteve até aos dias

de hoje. Portugal apresenta, relativamente ao total da Europa, um dos índices mais elevados

de clientes com serviços pré-pagos, cerca de 80% do total.

Verifica-se que o número de chamadas e de minutos tem vindo a crescer de forma

proporcional ao número de assinantes (Anexo 11).

Um marco importante neste sector foi, sem dúvida, a entrada do 3º operador, em 1998, na

medida em que massificou o uso do telemóvel, nomeadamente, através da prática de preços

extremamente agressivos, obrigando a concorrência a reagir, contribuindo, assim, para que

a taxa de penetração atingisse valores superiores aos 30%.

É importante sublinhar o peso das receitas do serviço celular no PIB português, que

ascendeu a cerca de 2,4%, em 2003, o que comparado com um valor médio para a Europa

de cerca de 1,1%, demonstra que Portugal é um dos países com maior desenvolvimento no

86

serviço de telecomunicações móveis. Mais significativo se torna este facto se tivermos em

conta que o PIB per capita Português é aproximadamente 70% da média da União

Europeia.

Recentemente, no âmbito do processo da liberalização do sector das telecomunicações em

curso na União Europeia, foi introduzida a funcionalidade de portabilidade do número, que

permite a transferência da numeração de acesso telefónico entre operadores. A

portabilidade do número representa a possibilidade de manter o mesmo número de telefone

mesmo quando existe uma mudança de operador. Por exemplo, um cliente TMN com o

número 96 2341987 poderá transferir o seu serviço móvel (incluindo o indicativo 96) para a

Vodafone. No entanto, para que os clientes em geral não deixem de saber para que

operador está a ligar, sempre que efectuar uma ligação para um número portado, ouvirá

uma mensagem a indicar a que rede móvel pertence o número.

Anualmente, o Instituto Português da Qualidade, com base no modelo ECSI1, calcula o

Índice Nacional de Satisfação do Cliente em diversos sectores de actividade. A estrutura

básica do modelo ECSI assenta em sete variáveis: imagem; expectativas; qualidade

apercebida; valor apercebido; lealdade; reclamações e satisfação2. No caso do sector das

telecomunicações móveis pode observar-se os dados no anexo 12.

Actualmente o sector de telecomunicações é constituído por três operadores: TMN,

Vodafone e Optimus, com quotas de mercado de 50,6%, 29,8% e 18,8%3 respectivamente

(Anexo 13).

1 European Customer Satisfaction Índex 2 Variável central do modelo 3 Fonte: Marktest Dez 2003

87

Figura 5.7. – Quotas de Mercado

TMN; 50,60%

Vodafone; 29,80%

Optimus; 18,80%

Fonte: Marktest Dez 2003

Num universo de clientes empresarias, em que 78%4 (Anexo 14) afirma possuir telemóveis,

a Vodafone apresenta-se como líder com cerca de 47,7%, a TMN possui 43,7% e a

Optimus 19,4% (Anexo 15). Relativamente à estrutura dos 47,7% de quota de mercado no

segmento empresarial, 39,5% são clientes exclusivos da Vodafone, os restantes 8,2%

trabalham com, pelo menos, mais um operador concorrente (Anexo 16). Ainda em relação

aos clientes empresariais, a maioria, cerca de 42,1%, utiliza como principal fornecedor de

comunicações móveis a Vodafone, enquanto que a TMN conta com 38,5% e a Optimus

com 16,9% (Anexo 17).

Presentemente, o mercado das comunicações móveis é extremamente interessante pelo seu

volume de negócios, que representa cerca de 3 mil milhões euros em receitas de serviços

(Anexo 18), e pelo potencial futuro associado, essencialmente, aos novos serviços e

tecnologias.

4 Fonte: Datae – Dezembro 2003

88

5.3. Marca

O nome da marca foi inspirado no ideal de disponibilizar comunicações móveis de voz e

dados. Isto é, Vodafone significa “Voice”+”Data”+“Phone”. O slogan da marca representa

o início de qualquer conversa: “How Are You?”. “Como Está?” é a pergunta que a

Vodafone faz a todos os clientes porque, se parte do princípio, que está, de facto,

interessada na resposta., pretende desta forma demonstrar a paixão pelos clientes. Para além

do nome Vodafone, o logótipo é constituído por uma “aspa” que representa um sinal de

discurso pessoal, directo e partilhado.

Figura 5.8. – Logótipo Vodafone

Fonte: Site Oficial da Vodafone

A Vodafone declara assim a sua informalidade e a orientação para as necessidades de

comunicação de cada cliente. A empresa vive uma fase de consolidação da marca Vodafone

que, com apenas dois anos de existência no mercado nacional, se tornou numa referência no

sector das telecomunicações.

Apesar da sua juventude, a marca Vodafone conta já com uma notoriedade espontânea na

ordem dos 59,1% (Anexo 19). Mesmo sendo a marca mais recente do sector, apresenta um

índice superior à concorrente Optimus (58,9%), mas ainda inferior à TMN (65,2%). Em

termos de notoriedade total (espontânea + sugerida), a TMN e a Optimus contabilizam

98,8% e a Vodafone cerca 96,8% (Anexo 20). No segmento empresarial, a Vodafone

possui uma notoriedade espontânea de 94,9% (Anexo 21), o valor mais elevado deste

índice pertence à TMN (97,2%) e o menor à Optimus (94,3%).

89

A Vodafone é marca com mais clientes fiéis, no sentido de que 85,4% dos clientes afirmam

que nunca mudaram de operador, valor ligeiramente superior ao da TMN (Anexo 22). A

Optimus aparece com o maior número de clientes que já mudou de operador.

Cerca de 5,6% dos clientes empresariais da Vodafone apresentam intenção de deixar de

utilizar o fornecedor, no entanto, este valor pode ser considerado baixo quando comparado

com os operadores concorrentes (Anexo 23). Sensivelmente 1% das empresas afirma ter

deixado de utilizar os serviços da Vodafone nos últimos 6 meses, 0,9% da TMN e 4,4% da

Optimus (Anexo 24). A maior parte dos clientes empresariais que deixaram de trabalhar

com o operador TMN escolhe como substituto a Vodafone (Anexo 25).

As razões apontadas como as mais relevantes para a escolha do operador são os

preços/condições (56,7%%) e os contactos para a rede (9%). No caso específico do

operador Vodafone, os pontos cruciais são o Preço/condições (37,2%); a insatisfação com o

actual operador (13,2%) e melhores serviços/qualidade (12,8%) (Anexo 26).

Neste contexto, as associações efectuadas pelo público em geral a cada uma das marcas de

telecomunicações são extremamente diferenciadoras. Assim, a Vodafone é vista como o

operador mais inovador e com tecnologia mais avançada (Anexos 27 e 28). À TMN é

percepcionada como a alternativa com melhores preços; cobertura mais alargada; apoio aos

clientes; informação; telemóveis ao melhor preço e qualidade de som (Anexos 29, 30, 31,

32, 33 e 34). A Optimus não se destaca em nenhuma das variáveis analisadas em relação

aos seus concorrentes.

É interessante verificar que, em termos do segmento empresarial, a imagem percepcionada

de cada operador de rede móvel é completamente diferente. Neste segmento, a marca

Vodafone está associada à imagem do operador mais inovador; com preços agressivos;

maior diversidade de serviços; superior qualidade de som; melhor cobertura dentro dos

edifícios; que disponibiliza os telemóveis mais atractivos; apresenta uma assistência técnica

capaz; bom acompanhamento do cliente e publicidade original (Anexos 35, 36, 37, 38, 39,

90

40, 41, 42 e 43). Por seu turno, a TMN conta com a melhor cobertura e sinal de rede

(Anexos 44 e 45). Novamente, a Optimus não consegue ser superior em nenhuma das

variáveis analisadas.

Relativamente ao grau de satisfação total dos clientes, a Vodafone apresenta índices acima

da média do sector. Quanto ao nível de insatisfação, a Vodafone aparece no nível inferior

com valores bastante abaixo da média. Em síntese, cerca 90,5% dos clientes da Vodafone

pontuam positivamente o grau de satisfação (Anexo 46). A Vodafone e a TMN apresentam

um elevado índice, e muito semelhante, de satisfação dos clientes com a cobertura de rede,

no entanto, tanto este item como a cobertura no interior dos edifícios é liderado pela

Optimus (Anexos 47 e 48). Em termos da qualidade das comunicações, a Vodafone e a

Optimus apresentam um valor idêntico. A TMN fica para trás com um valor inferior ao dos

concorrentes (Anexo 49). A Optimus volta a superar no número de clientes totalmente

satisfeito com o serviço de apoio aos clientes (Anexo 50). A Vodafone apresenta o maior

índice em termos de grau de clientes totalmente satisfeitos com o número de lojas

disponíveis (Anexo 51).

Em termos do segmento empresarial, a Vodafone apresenta a percentagem mais elevada de

clientes “muitíssimo satisfeito” e “muito satisfeito”, respectivamente, na ordem dos 4,6% e

24,6% (Anexo 52). A Optimus é o operador de rede móvel com maior número de clientes

“Satisfeitos”. Adicionalmente, a Vodafone conta com o menor número de clientes “pouco

satisfeito” e “nada satisfeito”, valores liderados pela Optimus.

Na óptica de benefícios, a Vodafone é percebida, em termos funcionais, como a marca que

oferece os melhores serviços de entretenimento e, em termos emocionais, como a marca

que confere a maior liberdade aos clientes e que os ajuda a tirar maior partido da vida. Estes

benefícios vão de encontro à personalidade da marca que pretende diferenciar-se por ser

mais jovem, dinâmica, sofisticada e inovadora.

91

5.4. A Oferta

5.4.1. Produto

O posicionamento da Vodafone está focado, em termos de negócio-base, nas comunicações

móveis. No entanto, o portofólio de serviços tem vindo a ser alargado, em diversidade e

quantidade, com o objectivo de manter a posição de liderança nos segmentos empresariais,

respeitar as especificidades de cada segmento e salientar a orientação para o cliente. No

segmento empresarial, é notória a tentativa de fornecer uma oferta global de comunicações.

Serviços de Telefonia Móvel

A oferta comercial da Vodafone assenta principalmente no fornecimento de serviços

típicos de GSM. No entanto, existem inúmeros serviços móveis disponibilizados pela

Vodafone, para além da voz, a todos os seus clientes, de entre os quais se pode destacar:

Serviços em roaming; Serviços dados em modo GPRS e 3G; SMS (envio de mensagens

escritas); MMS (serviço de mensagens multimédia - fotografias, vídeos, som ou texto

longo); Vodafone Mail (receber e enviar e-mails a partir do telemóvel); e Serviços de

toques, imagens, postais, alertas noticiosos e de entretenimento que tornam os telemóveis

instrumentos personalizados de diversão e acesso a informação relevante para o cliente.

Como principais serviços destinados ao segmento empresarial, convém sublinhar: Controlo

de custos (permitem controlo sobre os encargos em telecomunicações); Vodafone Mobile

Connect Card (placa de transmissão de dados para computadores portáteis); Acesso móvel

à internet (ligação PC portátil ao telemóvel, acesso via WAP); Localização celular (permite

ter acesso, em qualquer momento, a informação sobre a localização dos telemóveis); Redes

privadas virtuais (rede virtual entre as extensões fixas e os telemóveis); Vodafone Wireless

Office (concentra as comunicações de rede fixa e móvel nos telemóveis).

No segmento empresarial, é prática corrente a negociação do fornecimento de telefones e

tarifas em condições muito especiais, mediante contrapartidas de períodos de fidelização e

92

obrigatoriedade de permanência num plano de tarifas (pós-pago), num valor mensal igual

ou superior ao escolhido.

Serviço de Telefonia Fixa

Estes serviços estão, essencialmente, direccionados para o segmento empresarial, que

valoriza soluções integradas de telecomunicações. Para os clientes empresariais de maior

dimensão, está disponível, através dos serviços de acesso fixo directo e de rede privada

virtual, o Voz Corporate e Voz Pri. No acesso fixo indirecto, está disponível o Voz 1091 e

o Toq 1091, respectivamente para o segmento empresarial e para o segmento consumo.

Actualmente o acesso fixo indirecto conta com cerca de 125 mil clientes, enquanto que o

acesso fixo directo com 200.

Serviço de Internet

Estes serviços são exclusivos do segmento empresarial, como complemento a fixa e móvel.

A oferta é constituída por: Net Corporate (Linhas dedicadas); ADSL; Net Micro (ligação

via rede fixa); Data – VPN (soluções integradas de voz e dados, permite às empresas

interligar os vários locais de trabalho através de uma Rede Privada Virtual); WirelessLan

(acesso sem fios).

5.4.2. Tarifário

O conceito de tarifário diverge conforme se direcciona para o segmento de consumo ou

para o empresarial. Os tarifários pré-pagos são especialmente orientados para os segmentos

de consumo e caracterizados pela inexistência de assinatura mensal associada ao pré-

pagamento dos serviços.

93

Figura 5.9. – Capa de Catálogo dos tarifários Vitamina

Fonte: Catálogo Vodafone

Neste tipo de tarifário, o cliente carrega o seu saldo num terminal de Multibanco, ficando

autorizado a efectuar comunicações até que o mesmo se esgote. A oferta de produtos

recarregáveis, com objectivo de simplificar a escolha do cliente, resume-se à

disponibilização de quatro hipóteses (Vita Light Bónus; Vita Light Total; Vita 91;Vita

total). O cliente maximiza a sua escolha de acordo com o seu perfil de consumo , tendo em

linha de conta as variáveis “para onde liga mais” e “que tipo de utilização pretende”

(Anexo 53).

Figura 5.10. – Optimização de Tarifário

9

1

Fonte: Site Oficial da Vodafone

Existem ainda, para segmentos específicos do consumo, a Vitamina Home, para o universo

da população imigrante residente em Portugal; o Yorn “rede 10", que permite ligar, a um

preço reduzido, para 10 números escolhidos pelo utilizador; e o Yorn “Sem carregamentos

94

obrigatórios”, consumo mínimo de €5 em cada seis meses (estes dois últimos destinados ao

segmento jovem).

No caso destes tarifários, os saldos não consumidos são acumuláveis. Pode acontecer,

quando existem carregamentos obrigatórios, que o cliente ainda tenha saldo e seja obrigado

a carregar o seu telefone.

Os tarifários pós-pagos são essencialmente concebidos para o segmento empresarial. Neste

caso, o utilizador vai realizando ligações durante o mês. Após esse período, é enviada, por

carta, uma factura detalhada das respectivas comunicações Em linhas gerais, o desenho

destes planos de tarifas resumem-se a:

Pack Empresa: pacotes de minutos que podem ser partilhados pelos vários números

e com condições especiais para as chamadas entre eles (Anexo 54).

Figura 5.11. – Capa de Catálogo dos Tarifários Pack Empresa

Fonte: Catálogo Vodafone

Pack Pro: pacotes de minutos individuais (Anexo 55).

95

Figura 5.12. – Capa de Catálogo dos Tarifários Pack Pró

Fonte: Catálogo Vodafone

Os minutos são atribuídos mensalmente e, à semelhança do que acontece com os pré-pagos,

os minutos não consumidos são acumuláveis para os meses seguintes.

Em qualquer um dos casos, o saldo ou minutos acumulados serão perdidos, caso um cliente

decida mudar de operador.

5.4.3. Serviços de Apoio a Clientes

Com o objectivo manter uma estreita relação com os clientes, a Vodafone tornou-se na

primeira empresa portuguesa a fornecer uma linha de apoio ao cliente disponível 24 horas

por dia, todos os dias do ano. Em termos quantitativos tem-se vindo a verificar uma

diminuição das chamadas dos clientes para os centros de atendimento. Por outro lado, é

visível um aumento na utilização da área de cliente – my vodafone – na internet e do IVR

(interactive Voice Response).

Mais recentemente, assiste-se a uma alteração no conceito de atendimento, através da

adição de uma vertente de reconhecimento das necessidades dos clientes ao serviço habitual

(resposta e resolução de questões) de um call – center tradicional. Esta formação permite,

juntamente com um suporte informativo sobre o perfil dos clientes na aplicação informática

de CRM, aproveitar os contactos feitos pelos clientes para os ajudar a utilizar alguns

96

serviços. Actualmente, o serviço de apoio a clientes oferecido é especializado em função do

segmento de mercado (empresarial, consumo e jovem) e do tipo de serviço (rede móvel,

rede fixa e internet).

5.4.4. Distribuição

Em termos de pontos de venda, a estrutura divide-se basicamente em:

Canais directos – lojas e força de vendas próprias da Vodafone;

Canais indirectos exclusivos – lojas e força de vendas de agentes;

Canais não exclusivos – revendedores, cadeias especializadas, hipermercados e loja

electrónica.

Relativamente às lojas próprias, existem duas de referência:

Action Store, no Parque das Nações, na sede da empresa

Yorn Store no Chiado, espaço inaugurado em 2002, que conjuga serviços nas áreas

de telecomunicações, moda, música, bar, entretenimento e lifestyle, especialmente

direccionado para o público jovem. Nesta loja, teve lugar um evento designado “Be

Happy, Go Naked”, que contou com 400 participantes, dos quais foram premiados

com peças de roupa à escolha os visitantes que se apresentaram integralmente nus.

Para o segmento empresarial, existem equipas próprias de força de vendas, de agentes e

espaços empresariais nas lojas próprias, que usam a marca “Vodafone Negócios”.

5.4.5. Comunicação

A comunicação da Vodafone assenta numa postura formal, humanizada (no sentido de

proximidade com as pessoas) e bastante associada aos sentimentos.

97

Figura 5.13. – Mupi de Campanha Publicitária

Fonte: Direcção de Comunicação da Vodafone

A Vodafone aparece como o maior anunciante do mercado português, em 2003, tendo

desenvolvido mais de 40 campanhas publicitárias. No “top 15 de anunciantes” ocupa o 2º

lugar (Anexo 56), com um investimento publicitário na ordem dos € 68,802,5615, o que

representa 2,6% do total, que tem como principais alvos: TV (€ 52,622,143); rádio (€

4,700,045); imprensa (€ 5,511,580); exterior (€ 5,059,940) e cinema (€908,852). A título de

curiosidade, a TMN ocupa o 1º lugar e a Optimus o 12º (Anexo 57). A Vodafone lidera o

ranking de anúncios publicitários que os portugueses mais recordam, com excepção da

faixa etária dos 55 aos 64 anos (Anexo 58).

Em termos de patrocínios, a política da Vodafone consiste em estar associada a actividades

mobilizadoras, capazes de reforçar os valores da marca. Destacam-se essencialmente três

áreas: o futebol, a música e o desporto automóvel. Relativamente ao Futebol, a Vodafone

aposta no patrocínio do Sport Lisboa e Benfica; do Futebol Clube do Porto, na qualidade de

Official Partner; do Sporting Clube de Portugal, como Stadium Sponsor; assegura presença

publicitária nos jogos da Super Liga e apoia iniciativas como Unicef All Stars. Como

resultado desta política, obteve em 2003 um retorno mediático superior a 30 milhões de

5 Fonte: MPG \ MediaMonitor

98

euros6, o que equivale a índices de retorno superiores a dez vezes o investimento realizado.

Na música, efectuou uma posta estratégica no patrocínio do Rock in Rio Lisboa. No

desporto automóvel, a Baja Vodafone e a Vodafone Cup constituem referências no

calendário desportivo nacional.

Nos pontos de venda existe uma forte presença de todas as campanhas publicitárias

lançadas, ênfase na promoção e demonstração. Um suporte de comunicação utilizado é a

revista Vodafone Shop, que constitui um guia de informação completo sobre equipamentos,

tarifários e novidades. É uma publicação periódica distribuída nas lojas Vodafone e em

jornais de grande tiragem.

Figura 5.14. – Capa da Revista Vodafone Shop

Fonte: Revista Vodafone Shop

5.5. Clube Viva

Em Julho de 1998, foi lançado o Clube Viva, um programa de pontos atribuídos

mensalmente com base no valor do consumo efectuado pelos números móveis, 1 euro = 2

pontos, que se encontra disponível para toda a base de clientes. Assim, os clientes que

apresentem uma utilização com valor mais elevado, ganham mais pontos e, como tal,

podem aceder às ofertas de maior valor.

6 Fonte: Memorandum

99

De uma forma geral, os pontos podem ser trocados por pacotes de chamadas gratuitas, SMS

gratuitos, MMS gratuitos, descontos na aquisição de telefones celulares e em acessórios

(Anexo 59). Quando o cliente não possui pontos suficientes para adquirir determinado

equipamento, a Vodafone empresta os pontos que estiverem em falta, até um limite de 10%

dos pontos da opção pretendida.

A informação relativa à contabilização dos pontos é apresentada mensalmente ao cliente na

última página da factura. Independentemente desta possibilidade, os clientes poderão

sempre ligar para a linha de apoio 1250 para obterem essa informação ou consultá-la na

internet. Os pontos atribuídos têm uma validade de dois anos e a informação dos pontos a

expirar pode ser conseguida através dos mesmos métodos.

A revista Clube Viva é enviada, periodicamente por correio, aos clientes sempre que

existem novidades significativas nos artigos disponíveis deste programa de fidelização

(Anexos 60 e 61). Contudo, este não é o único suporte de comunicação do programa, o

cliente poderá consultar o catálogo on-line, obter informação na linha de apoio específica

ou nas lojas.

Figura 5.15. – Capa da 16ª Edição da Revista Clube Viva

Fonte: Direcção de Comunicação da Vodafone

100

As encomendas de comunicações e acessórios podem ser efectuadas directamente através

de uma ligação ao Call Center, dado que não há qualquer vínculo contratual associado à

encomenda. Já no caso de encomendas de telemóveis, as mesmas só poderão ser efectuadas

através da linha de apoio para contas com apenas um número. Todas as restantes

encomendas de telefones deverão passar por um primeiro passo de preenchimento de um

cupão de encomenda, físico ou electrónico. No caso da edição electrónica, o cliente terá de

estar registado na página oficial no “my Vodafone” e poderá efectuar a encomenda no

momento. Quem optar pelo cupão de encomenda físico, poderá enviá-lo por correio, sendo

posteriormente a encomenda entregue pelo mesmo meio, ou entregá-lo numa loja própria,

para aquisição imediata.

A aquisição de telemóveis obriga a um compromisso de permanência, do número em

questão, na rede por 18 meses e a um consumo que, durante esse período, totalize € 150

(Iva incluído). O período contratual está associado a cada número individualmente e inicia-

-se na data de emissão da factura de venda. Quando houver alteração de tarifário e/ou

número de telemóvel, o compromisso de permanência mantém-se e será transferido para o

número novo.

Todos os telemóveis fornecidos possuem ligação exclusiva à rede Vodafone, isto é, estão

bloqueados à rede, o que significa que o telefone não funcionará quando utilizado por

números TMN ou Optimus. Em caso de incumprimento do compromisso de permanência, o

cliente fica obrigado ao pagamento do valor correspondente à diferença entre o preço Clube

Viva e o preço base do equipamento escolhido, dividido por 18 meses e multiplicado pelo

número de meses em falta. Como se trata de um vínculo individual, um cliente com vários

números, que efectuou encomendas em momentos diferentes para cada um deles, terá

várias datas de início e fim de contratos.

Cada número, independentemente dos pontos que gera, só poderá requisitar um telefone de

18 em 18 meses. Adicionalmente, um número que tenha adquirido equipamento através de

101

outro programa/negociação da Vodafone que tenha como contrapartida um contrato de

permanência, não poderá requerer equipamento enquanto o mesmo estiver em vigor.

Relativamente ao caso de comunicações e acessórios, o cliente poderá efectuar as

conversões que desejar. As comunicações disponíveis apenas poderão ser gastas no horário

privado, fim-de-semana e feriados e dizem respeito exclusivamente a ligações entre clientes

Vodafone. Após a conversão de pontos em chamadas, sms, mms, etc. ser efectuada, existe

uma validade de 6 meses para o consumo. Os pontos acumulados não podem ser

transferidos entre números de clientes e os benefícios resultantes da sua utilização apenas

podem ser usufruídos pela conta Vodafone à qual foram atribuídos. O programa apenas

permite transferência de pontos entre números desde que o titular seja o mesmo. Contudo,

essa transferência de pontos apenas poderá ser solicitada antes da encomenda de artigos,

isto é, não poderá ser requisitada uma transferência de pontos sem estar associada a um

processo de encomenda.

Para que um número seja elegível para requisição de equipamento, não pode ter qualquer

contrato de permanência e deve ter uma antiguidade de pelos menos três meses. Os pontos

não podem ser utilizados para qualquer outra finalidade que não as ofertas e descontos

descritos no programa, não havendo, em caso de desactivação do número, lugar ao

reembolso dos mesmos sob qualquer forma. Cada nova edição é definida de forma a

disponibilizar uma oferta alargada nas diversas gamas de equipamentos, procurando

produtos com a última tecnologia de mercado, com novo design e, muitas vezes,

exclusivos. O objectivo é encontrar uma adequação aos diferentes segmentos de clientes.

102

5.6. Desafios

Numa altura em que o sector das telecomunicações atingiu a fase da maturidade (com uma

taxa de penetração de 105%), o concorrente TMN anunciou que atingiu os 5 milhões de

clientes (num país com sensivelmente 10 milhões de habitantes) e todos os estudos indicam

que, no mercado português, apenas podem sobreviver 2,5 operadores, tornam-se cruciais

estratégias inovadoras de fidelização e satisfação dos clientes.

103

5.7. Anexos

Anexo 1: Número de Clientes Celulares Registados

Ano Nº Clientes Celulares Registados1993 391994 891995 1771996 3311997 7451998 13711999 17952000 24792001 28382002 30852003 3248

Fonte: relatório de contas

Anexo 2: Número de Colaboradores

Ano Nº Colaboradores1993 2641994 3431995 4721996 6671997 8781998 12231999 16492000 16902001 18332002 17842003 1790

Fonte: relatório de contas Anexo 3: Distribuição do Total de Efectivos por Faixa Etária

Intervalo Etária PercentagemMais de 50 anos 2%De 41 a 50 anos 7%De 31 a 40 anos 47%

Até 30 anos 44% Fonte: relatório de contas

104

Anexo 4: Receitas Operacionais Totais

Ano Receitas Operacionais Totais1993 37,41994 82,81995 161,11996 293,41997 437,31998 606,71999 8642000 899,12001 1025,22002 1063,62003 1153,2

Fonte: relatório de contas Anexo 5: Cash Flow Operacional

Ano Cash Flow Operacional1993 -91994 7,51995 40,91996 97,81997 151,91998 204,31999 279,92000 252,62001 286,12002 306,82003 350,1

Fonte: relatório de contas Anexo 6: Investimento Anual em Activos Fixos

Ano Investimento Anual em Activos Fixos1993 32,51994 44,41995 58,91996 76,61997 99,11998 138,11999 232,62000 321,62001 205,42002 2412003 150,6

Fonte: relatório de contas

105

Anexo 7: Resultado Líquido

Ano Resultado Liquido1993 -24,91994 -141995 121996 36,41997 66,31998 96,61999 101,12000 80,12001 104,82002 98,42003 124,3

Fonte: relatório de contas Anexo 8: Taxa de Penetração da Telefonia Móvel em Países Europeus

País TaxaLuxembrugo 112%

Portugal 105%Grécia 96%Suécia 96%Itália 95%

Espanha 92%Austria 90%

Reino Unido 89%Finlândia 88%

Dinamarca 87%Irlanda 87%Suíça 83%

Holanda 82%Bélgica 78%

Noruega 78%Alemanha 76%

França 66% Fonte: Relatório de Contas 2003

106

Anexo 9: Taxa de Penetração do Mercado

Ano Taxa de Penetração de Mercado - Portugal Taxa de Penetração de Mercado - UE1992 0 11993 1 21994 2 41995 3 61996 7 91997 15 141998 31 241999 47 392000 65 622001 77 742002 82 802003 90 86

Fonte: Anacom

Anexo 10: Número de Assinantes

Ano Nº assinantes1991 121992 371993 1011994 1731995 3401996 6631997 15061998 30741999 46712000 66652001 79772002 85282003 9350

Fonte: Anacom

2003 2002Detentores de Planos de Assinatura 21% 22%Detentores de Cartões Pré-pagos 79% 78%

Fonte: Anacom

107

Anexo 11: Tráfego (Unidade: Milhões)

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003Chamadas 52.642 177.071 323.193 687.835 1.545.718 2.707.006 3.984.161 5.467.017 5.711.599 7.644.700 7.896.746Minutos 136.565 254.514 435.555 786.804 1.549.662 2.758.300 4.804.903 8.126.270 8.690.078 12.915.600 13.736.339

Fonte: Anacom Anexo 12: ECSI

ANO Imagem Expectativas Qualidade Apercebida Valor Apercebido Satisfação Lealdade Relamações2000 72,4% 69,0% 71,0% 61,8% 69,0% 71,1% 64,8%2001 76,8% 65,0% 72,0% 54,5% 67,6% 67,1% 62,7%2002 77,6% 72,8% 76,5% 58,2% 73,3% 73,5% 68,2%2003 75,6% 69,3% 74,9% 58,6% 71,9% 70,2% 66,9%

Fonte: Instituto Português da Qualidade Anexo 13: Operador a que está Ligado o Telemóvel/Número de Telemóvel que Possui/Utiliza mais Frequentemente Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 2803 1449 1354 293 437 739 559 429 346

50,6 49,6 51,7 47,5 57,4 50,7 47,7 47,5 54,9Vodafone 1578 842 735 180 166 381 387 302 161

28,5 28,8 28,1 29,3 21,8 26,1 33,0 33,5 25,5Optimus 1044 584 459 114 131 325 219 155 99

18,8 20,0 17,5 18,4 17,2 22,3 18,7 17,2 15,8Yorn 72 40 32 30 28 8 2 5 0

1,3 1,4 1,2 4,8 3,6 0,6 0,2 0,5 0,0Nao Sabe 43 8 35 0 0 5 3 11 23

0,8 0,3 1,3 0,0 0,0 0,3 0,3 1,3 3,7Nao Responde 1 0 1 0 0 0 1 0 0

0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291

Sexo IdadeTOTAL

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /BaixaTMN 2803 688 222 491 431 445 351 175 566 880 1357

50,6 57,5 32,9 49,2 48,7 46,3 59,8 73,6 49,6 47,8 53,0Vodafone 1578 319 263 297 264 248 129 58 356 555 667

28,5 26,6 39,1 29,8 29,8 25,8 21,9 24,2 31,2 30,2 26,0Optimus 1044 172 174 194 159 242 103 0 205 377 461

18,8 14,3 25,7 19,4 18,0 25,2 17,5 0,0 18,0 20,5 18,0Yorn 72 10 15 10 22 15 0 0 13 22 38

1,3 0,9 2,3 1,0 2,5 1,5 0,0 0,0 1,1 1,2 1,5Nao Sabe 43 7 0 6 10 11 5 5 0 7 36

0,8 0,6 0,0 0,6 1,1 1,1 0,8 2,2 0,0 0,4 1,4Nao Responde 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0

0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009

Classe SocialTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

108

Anexo 14: Posse de Telemóveis Notas: Totalidade das empresas

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulCom telemóveis 61305 15271 8159 13701 9672 9169 5332

78,0 71,7 75,7 81,6 83,5 79,3 80,6Sem telemóveis 17331 6041 2615 3083 1917 2392 1283

22,0 28,3 24,3 18,4 16,5 20,7 19,4Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 15: Operadores da Rede Móvel Utilizados Notas: Empresas com telemóveis ao seu serviço (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 29273 8049 4129 6478 5293 3183 2141

47,7 52,7 50,6 47,3 54,7 34,7 40,1TMN 26763 6501 2926 5685 4225 4827 2600

43,7 42,6 35,9 41,5 43,7 52,6 48,8Optimus 11912 3136 2081 2755 1140 1856 944

19,4 20,5 25,5 20,1 11,8 20,2 17,7Base 61305 15271 8159 13701 9672 9169 5332

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 16: Operadores da Rede Móvel Utilizados Individualmente Notas: Empresas com telemóveis ao seu serviço

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulSó Vodafone 24208 6220 3333 5486 4569 2755 1845

39,5 40,7 40,9 40,0 47,2 30,0 34,6Só TMN 22060 4776 2213 4842 3470 4423 2336

36,0 31,3 27,1 35,3 35,9 48,2 43,8Só Optimus 9586 2385 1760 2344 814 1485 798

15,6 15,6 21,6 17,1 8,4 16,2 15,0Vodafone e TMN 3124 1140 532 619 493 134 207

5,1 7,5 6,5 4,5 5,1 1,5 3,9Optimus, Vodafone e TMN 1194 524 124 187 168 192 0

1,9 3,4 1,5 1,4 1,7 2,1 0,0Optimus e Vodafone 747 166 139 187 64 102 89

1,2 1,1 1,7 1,4 0,7 1,1 1,7Optimus e TMN 385 62 58 36 94 78 57

0,6 0,4 0,7 0,3 1,0 0,9 1,1Base 61305 15271 8159 13701 9672 9169 5332

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

109

Anexo 17: Principal Operador Utilizado Notas: Empresas com telemóveis ao seu serviço

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 25804 6681 3810 5564 4921 2929 1899

42,1 43,7 46,7 40,6 50,9 31,9 35,6TMN 23621 5532 2248 5208 3685 4559 2389

38,5 36,2 27,6 38,0 38,1 49,7 44,8Optimus 10380 2534 1901 2572 886 1596 890

16,9 16,6 23,3 18,8 9,2 17,4 16,7Vodafone e TMN 1022 293 158 357 59 0 154

1,7 1,9 1,9 2,6 0,6 0,0 2,9Vodafone, Optimus e TMN 210 127 41 0 0 42 0

0,3 0,8 0,5 0,0 0,0 0,5 0,0Optimus e Vodafone 147 104 0 0 0 43 0

0,2 0,7 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0Optimus e TMN 120 0 0 0 120 0 0

0,2 0,0 0,0 0,0 1,2 0,0 0,0Base 61305 15271 8159 13701 9672 9169 5332

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 18: Receitas do Serviço Móvel Terrestre (Unidade: 10^3 Euros)

Ano Total Receitas 1998 10183611999 14494342000 18760632001 24278182002 25465592003* 3000000

Fonte: Anacom

*Estimativa relatório de contas 2003

110

Anexo 19: Notoriedade Espontânea de Empresas na Área das Telecomunicações Móveis, Fixas e Cabo Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosPortugal Telecom 5262 2806 2456 577 692 1268 1146 920 660

75,1 81,5 69,0 83,7 87,5 80,5 76,4 69,2 58,8TMN 4571 2479 2092 568 683 1284 934 701 400

65,2 72,0 58,7 82,5 86,4 81,4 62,3 52,8 35,6Vodafone 4139 2316 1824 530 644 1169 862 597 338

59,1 67,2 51,2 76,9 81,4 74,2 57,5 44,9 30,1Optimus 4125 2224 1901 553 662 1195 853 576 285

58,9 64,6 53,4 80,3 83,7 75,8 56,9 43,3 25,4Novis 2003 1105 898 230 324 598 386 288 177

28,6 32,1 25,2 33,4 41,0 37,9 25,7 21,7 15,8Oni 1552 912 641 130 263 436 312 241 170

22,2 26,5 18,0 18,9 33,3 27,7 20,8 18,1 15,2TV Cabo 1171 599 572 126 158 306 224 198 159

16,7 17,4 16,1 18,2 20,0 19,4 14,9 14,9 14,2Tele2 737 467 270 125 159 200 149 60 44

10,5 13,6 7,6 18,1 20,1 12,7 10,0 4,5 3,9Cabovisão 736 422 314 47 97 229 188 96 79

10,5 12,2 8,8 6,9 12,3 14,5 12,5 7,2 7,0Jazztel 690 486 204 49 138 249 155 60 38

9,9 14,1 5,7 7,2 17,4 15,8 10,3 4,5 3,4Telecel 289 135 154 24 38 74 77 49 27

4,1 3,9 4,3 3,5 4,9 4,7 5,1 3,7 2,4Yorn 236 137 98 73 60 56 28 16 2

3,4 4,0 2,8 10,6 7,6 3,6 1,8 1,2 0,2Marconi 186 106 80 30 51 55 19 26 5

2,7 3,1 2,2 4,3 6,5 3,5 1,3 1,9 0,5Telepac 85 55 31 3 20 19 21 11 12

1,2 1,6 0,9 0,4 2,5 1,2 1,4 0,8 1,0Toq 18 13 5 0 2 13 0 1 2

0,3 0,4 0,1 0,0 0,3 0,8 0,0 0,1 0,2Outras 236 146 90 37 36 69 39 27 28

3,4 4,2 2,5 5,4 4,6 4,4 2,6 2,0 2,5Nenhum 844 277 566 54 44 86 165 200 295

12,0 8,0 15,9 7,9 5,5 5,5 11,0 15,0 26,3Nao Responde 50 14 36 2 0 17 11 4 17

0,7 0,4 1,0 0,2 0,0 1,1 0,7 0,3 1,5(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

SexoTOTAL Idade

111

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Poss/Util. Telemóvel Não Poss. TelemóvelPortugal Telecom 5262 1074 589 908 899 1013 555 225 1017 1697 2548 4459 803

75,1 80,3 76,5 67,6 82,2 71,2 77,4 69,4 85,4 80,5 68,7 80,5 54,8TMN 4571 999 507 806 766 779 514 200 946 1573 2051 4174 397

65,2 74,6 65,9 60,1 70,1 54,7 71,8 61,6 79,4 74,6 55,3 75,3 27,1Vodafone 4139 937 480 752 706 630 483 152 881 1467 1792 3762 378

59,1 70,0 62,5 56,0 64,6 44,3 67,3 47,0 74,0 69,5 48,3 67,9 25,8Optimus 4125 882 496 774 699 682 465 126 893 1448 1784 3784 340

58,9 65,9 64,5 57,7 63,9 47,9 64,9 38,9 74,9 68,7 48,1 68,3 23,2Novis 2003 405 313 404 341 293 168 79 415 720 868 1791 213

28,6 30,3 40,7 30,1 31,2 20,6 23,4 24,5 34,8 34,2 23,4 32,3 14,5Oni 1552 433 228 282 198 210 157 44 440 541 572 1395 157

22,2 32,4 29,7 21,0 18,1 14,7 21,9 13,7 36,9 25,6 15,4 25,2 10,7TV Cabo 1171 326 116 146 263 98 183 39 309 401 461 1068 103

16,7 24,4 15,1 10,8 24,0 6,9 25,5 11,9 25,9 19,0 12,4 19,3 7,0Tele2 737 214 79 154 107 101 65 16 189 259 288 682 55

10,5 16,0 10,3 11,5 9,8 7,1 9,1 5,0 15,9 12,3 7,8 12,3 3,8Cabovisão 736 150 21 153 199 77 133 3 176 228 331 689 47

10,5 11,2 2,7 11,4 18,2 5,4 18,5 0,8 14,8 10,8 8,9 12,4 3,2Jazztel 690 217 103 87 117 65 86 16 231 245 214 671 19

9,9 16,2 13,4 6,5 10,7 4,6 12,0 4,8 19,4 11,6 5,8 12,1 1,3Telecel 289 37 48 26 53 99 3 24 76 103 110 254 35

4,1 2,7 6,2 1,9 4,8 7,0 0,4 7,4 6,4 4,9 3,0 4,6 2,4Yorn 236 59 41 32 43 42 11 8 50 70 116 219 17

3,4 4,4 5,4 2,4 3,9 3,0 1,5 2,4 4,2 3,3 3,1 3,9 1,2Marconi 186 36 9 31 31 42 29 7 23 47 117 184 2

2,7 2,7 1,2 2,3 2,9 3,0 4,1 2,2 1,9 2,2 3,2 3,3 0,1Telepac 85 19 16 13 11 11 13 3 25 31 29 78 7

1,2 1,4 2,1 1,0 1,0 0,8 1,8 1,0 2,1 1,5 0,8 1,4 0,5Toq 18 4 2 5 0 0 7 0 3 4 11 13 5

0,3 0,3 0,3 0,4 0,0 0,0 1,0 0,0 0,3 0,2 0,3 0,2 0,3Outras 236 62 49 21 69 19 7 8 94 74 68 219 17

3,4 4,6 6,4 1,6 6,3 1,4 1,0 2,6 7,9 3,5 1,8 4,0 1,1Nenhum 844 90 67 237 86 223 83 57 35 137 672 383 460

12,0 6,7 8,7 17,6 7,9 15,7 11,6 17,7 2,9 6,5 18,1 6,9 31,4Nao Responde 50 2 0 1 0 46 0 0 2 10 37 20 30

0,7 0,2 0,0 0,1 0,0 3,2 0,0 0,0 0,2 0,5 1,0 0,4 2,1(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 5541 1465Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 2457 543

Classe Social Posse TelemóvelTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

112

Anexo 20: Notoriedade Total de Empresas na Área das Telecomunicações Móveis, Fixas e Cabo Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosPortugal Telecom 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0TMN 6923 3427 3496 687 787 1576 1495 1314 1063

98,8 99,5 98,1 99,8 99,5 100,0 99,7 98,9 94,7Optimus 6921 3425 3496 687 789 1571 1496 1308 1071

98,8 99,5 98,1 99,8 99,7 99,7 99,8 98,4 95,4TV Cabo 6815 3378 3437 668 782 1560 1448 1297 1060

97,3 98,1 96,5 96,9 98,8 99,0 96,6 97,6 94,5Vodafone 6782 3382 3400 686 789 1574 1450 1297 984

96,8 98,2 95,4 99,6 99,8 99,9 96,8 97,6 87,7Novis 6597 3300 3297 667 769 1523 1416 1246 977

94,2 95,8 92,5 96,8 97,2 96,6 94,5 93,7 87,0Oni 6103 3135 2968 586 747 1424 1336 1148 862

87,1 91,0 83,3 85,0 94,4 90,3 89,2 86,4 76,8Jazztel 4548 2564 1984 400 649 1200 1006 772 521

64,9 74,4 55,7 58,1 82,0 76,1 67,1 58,1 46,4Tele2 4242 2252 1989 528 585 1040 891 674 524

60,5 65,4 55,9 76,6 73,9 66,0 59,5 50,7 46,7Cabovisão 4179 2309 1870 364 505 1077 933 731 569

59,6 67,0 52,5 52,9 63,8 68,3 62,2 55,0 50,7Toq 1262 796 466 94 168 364 310 207 118

18,0 23,1 13,1 13,7 21,2 23,1 20,7 15,6 10,6(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Poss/Util. Telemóvel Não Poss. TelemóvelPortugal Telecom 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 5541 1465

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0TMN 6923 1331 766 1311 1084 1405 710 315 1189 2099 3634 5525 1398

98,8 99,5 99,7 97,7 99,1 98,8 99,0 97,2 99,9 99,5 98,1 99,7 95,4Optimus 6921 1329 769 1316 1090 1395 713 310 1188 2097 3636 5524 1397

98,8 99,3 100,0 98,0 99,6 98,1 99,4 95,6 99,8 99,5 98,1 99,7 95,4TV Cabo 6815 1328 761 1299 1074 1330 702 320 1187 2084 3544 5455 1360

97,3 99,3 98,9 96,8 98,2 93,6 97,9 98,7 99,7 98,8 95,6 98,5 92,8Vodafone 6782 1328 757 1273 1076 1353 695 301 1187 2087 3508 5520 1262

96,8 99,2 98,5 94,9 98,3 95,1 96,9 92,9 99,6 99,0 94,7 99,6 86,2Novis 6597 1294 756 1256 1038 1299 674 279 1173 2050 3374 5342 1254

94,2 96,7 98,3 93,6 94,9 91,4 94,1 86,0 98,5 97,2 91,0 96,4 85,6Oni 6103 1282 724 1148 997 1128 603 220 1151 1971 2981 5077 1026

87,1 95,8 94,1 85,5 91,2 79,3 84,2 68,0 96,6 93,5 80,4 91,6 70,1Jazztel 4548 1072 559 829 769 748 459 113 1064 1567 1918 3975 573

64,9 80,1 72,6 61,8 70,3 52,6 64,1 34,9 89,3 74,3 51,7 71,7 39,1Tele2 4242 911 450 797 697 835 404 148 743 1348 2150 3550 691

60,5 68,1 58,5 59,4 63,7 58,7 56,3 45,5 62,4 63,9 58,0 64,1 47,2Cabovisão 4179 991 347 718 762 738 527 96 885 1375 1919 3610 569

59,6 74,1 45,1 53,5 69,6 51,9 73,5 29,5 74,3 65,2 51,8 65,1 38,9Toq 1262 303 130 262 228 192 115 32 326 419 518 1151 111

18,0 22,7 16,9 19,5 20,8 13,5 16,1 9,9 27,3 19,8 14,0 20,8 7,5(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 5541 1465Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 2457 543

Classe Social Posse TelemóvelTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

113

Anexo 21: Conhecimento Espontâneo dos Operadores da Rede Móvel Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulTMN 76471 20961 10350 16520 11055 11147 6438

97,2 98,4 96,1 98,4 95,4 96,4 97,3Vodafone 74202 20132 10300 15719 10684 11108 6260

94,4 94,5 95,6 93,7 92,2 96,1 94,6Optimus 74115 20382 9969 16003 10580 10996 6184

94,3 95,6 92,5 95,3 91,3 95,1 93,5Yorn 432 67 198 46 0 121 0

0,5 0,3 1,8 0,3 0,0 1,0 0,0Novis 372 97 54 59 118 43 0

0,5 0,5 0,5 0,4 1,0 0,4 0,0Nenhum 649 115 71 59 172 175 57

0,8 0,5 0,7 0,4 1,5 1,5 0,9Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 22: Mudança de Operador Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosJá Mudou 928 565 363 127 170 339 139 95 57

16,7 19,3 13,9 20,6 22,4 23,3 11,9 10,5 9,0Não Mudou 4469 2272 2197 478 569 1067 1017 787 550

80,6 77,7 83,9 77,6 74,8 73,2 86,7 87,1 87,4Ficou com os dois 121 75 46 12 22 46 16 15 10

2,2 2,6 1,8 1,9 2,9 3,2 1,4 1,7 1,6Não Sabe 22 10 12 0 0 5 0 6 12

0,4 0,3 0,5 0,0 0,0 0,3 0,0 0,7 1,9Não responde 1 1 0 0 0 0 0 0 1

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusJá Mudou 928 200 105 125 185 201 95 16 176 340 411 194 371 323

16,7 16,7 15,6 12,6 20,9 20,9 16,2 6,5 15,5 18,5 16,1 12,3 13,2 31,0Não Mudou 4469 971 552 871 648 742 471 214 937 1435 2097 1347 2366 691

80,6 81,1 81,9 87,2 73,2 77,3 80,1 90,1 82,1 77,9 82,0 85,4 84,4 66,2Ficou com os dois 121 27 15 1 41 13 19 5 23 63 34 36 60 26

2,2 2,2 2,2 0,1 4,6 1,4 3,2 2,3 2,1 3,4 1,3 2,3 2,1 2,4Não Sabe 22 0 2 0 11 4 3 3 5 3 15 0 7 3

0,4 0,0 0,3 0,0 1,3 0,4 0,5 1,1 0,4 0,1 0,6 0,0 0,2 0,3Não responde 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

114

Anexo 23: Intenção em Deixar de Utilizar Algum Operador de Rede Móvel Notas: Empresas que possuem telemóveis

Vodafone TMN Optimus Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulSim 4047 1629 2052 1115 882 578 1050 586 712 237

6,6 5,6 7,7 9,4 5,8 7,1 7,7 6,1 7,8 4,5Não 57257 27644 24711 10797 14389 7581 12651 9086 8456 5095

93,4 94,4 92,3 90,6 94,2 92,9 92,3 93,9 92,2 95,5Base 61304 29273 26764 11912 15271 8159 13701 9672 9169 5332

Operadores rede móvelTOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 24: A Empresa Deixou de Utilizar Algum Operador nos Últimos 6 Meses? Notas: Empresas que possuem telemóveis

Vodafone TMN Optimus Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulSim 1060 299 241 520 163 277 341 127 153 0

1,7 1,0 0,9 4,4 1,1 3,4 2,5 1,3 1,7 0,0Não 60244 28974 26522 11392 15109 7882 13361 9545 9016 5332

98,3 99,0 99,1 95,6 98,9 96,6 97,5 98,7 98,3 100,0Base 61304 29273 26764 11912 15271 8159 13701 9672 9169 5332

Operadores rede móvel RegiãoTOTAL

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 25: Operador Substituído e Operador Substituto Notas: Empresas que possuem telemóveis e substituíram operadores

TMN Vodafone Optimus Nenhum Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulTMN 591 0 227 364 0 163 138 183 61 46 0

55,7 0,0 76,0 70,0 100,0 49,8 53,8 48,2 30,1Vodafone 293 137 0 156 0 0 104 59 66 65 0

27,6 56,7 0,0 30,0 0,0 37,4 17,3 51,8 42,4Optimus 176 104 72 0 0 0 35 99 0 42 0

16,6 43,3 24,0 0,0 0,0 12,8 29,0 0,0 27,4Base 1060 241 299 520 0 163 277 341 127 153 0

Operador substitutoTOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

115

Anexo 26: Razões Porque Pensa Vir Utilizar Outros Operadores Notas: Empresas que pensam utilizar outros operadores da rede móvel (Admite resposta múltipla)

Preço / Condições 3790 1010 576 1027 125656,7 42,0 37,2 65,9 86,3

Muitos contactos para esta rede 599 394 162 46 1069,0 16,4 10,4 3,0 7,3

Já é utilizado a nível particular 578 301 163 115 08,7 12,5 10,5 7,4 0,0

Insatisfação com actual 561 146 204 118 938,4 6,1 13,2 7,6 6,4

Maior cobertura 448 157 192 135 06,7 6,5 12,4 8,7 0,0

Melhores serviços/qualidade 411 250 198 0 06,2 10,4 12,8 0,0 0,0

Melhor sinal de rede 424 205 66 153 06,3 8,5 4,2 9,8 0,0

Outras 311 119 134 58 04,6 5,0 8,6 3,7 0,0

Base 6682 2404 1549 1558 1455

Ainda não decidiramTOTAL TMN Vodafone Optimus

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulPreço / Condições 3790 1133 533 662 454 710 297

56,7 63,1 65,9 41,3 59,5 61,9 52,7Muitos contactos para esta rede 599 179 45 145 39 191 0

9,0 9,9 5,6 9,1 5,1 16,6 0,0Já é utilizado a nível particular 578 140 42 183 65 109 39

8,7 7,8 5,2 11,4 8,5 9,5 6,9Insatisfação com actual 561 65 0 243 59 59 135

8,4 3,6 0,0 15,2 7,7 5,1 23,9Maior cobertura 448 100 0 218 86 43 0

6,7 5,6 0,0 13,6 11,3 3,8 0,0Melhores serviços/qualidade 411 118 135 38 0 79 40

6,2 6,6 16,7 2,4 0,0 6,9 7,2Melhor sinal de rede 424 106 53 105 108 0 52

6,3 5,9 6,6 6,5 14,1 0,0 9,3Outras 311 159 0 151 0 0 0

4,6 8,9 0,0 9,4 0,0 0,0 0,0Base 6682 1795 809 1603 763 1148 564

RegiãoTOTAL

Fonte: Datae – Dezembro 2003

116

Anexo 27: Operador Mais Inovador (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosVodafone 1587 1030 557 290 282 485 282 160 88

22,6 29,9 15,6 42,0 35,6 30,8 18,8 12,1 7,9TMN 965 527 438 135 122 223 218 148 120

13,8 15,3 12,3 19,6 15,4 14,1 14,6 11,1 10,7Optimus 903 502 400 118 174 256 180 112 63

12,9 14,6 11,2 17,2 22,0 16,2 12,0 8,4 5,6Yorn 118 66 52 36 35 24 10 12 2

1,7 1,9 1,5 5,2 4,4 1,5 0,7 0,9 0,2Nenhum 51 40 11 2 2 17 4 20 6

0,7 1,2 0,3 0,3 0,3 1,1 0,3 1,5 0,5Nao Sabe 3350 1271 2079 109 174 566 796 872 834

47,8 36,9 58,4 15,8 22,0 35,9 53,1 65,6 74,3Nao Responde 32 8 25 0 3 6 9 5 10

0,5 0,2 0,7 0,0 0,3 0,4 0,6 0,4 0,9(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusVodafone 1587 373 227 254 230 265 166 71 404 530 652 630 616 228

22,6 27,9 29,5 18,9 21,1 18,6 23,1 22,1 33,9 25,1 17,6 39,9 22,0 21,8TMN 965 201 74 228 111 154 117 79 99 332 534 123 699 48

13,8 15,0 9,6 17,0 10,2 10,8 16,3 24,5 8,3 15,7 14,4 7,8 24,9 4,6Optimus 903 177 142 186 126 171 80 20 191 307 404 155 281 373

12,9 13,3 18,4 13,8 11,5 12,0 11,2 6,2 16,1 14,6 10,9 9,8 10,0 35,7Yorn 118 34 20 13 35 9 5 2 24 53 40 30 66 15

1,7 2,6 2,6 0,9 3,2 0,7 0,8 0,5 2,0 2,5 1,1 1,9 2,4 1,5Nenhum 51 4 7 9 6 12 3 10 6 17 28 15 7 8

0,7 0,3 1,0 0,6 0,6 0,9 0,4 3,2 0,5 0,8 0,8 0,9 0,3 0,8Nao Sabe 3350 541 299 646 578 798 346 141 456 859 2035 615 1124 366

47,8 40,4 38,9 48,2 52,8 56,2 48,2 43,5 38,3 40,7 54,9 39,0 40,1 35,1Nao Responde 32 7 0 6 7 12 0 0 10 11 12 9 9 5

0,5 0,5 0,0 0,5 0,7 0,8 0,0 0,0 0,8 0,5 0,3 0,6 0,3 0,4(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

117

Anexo 28: Operador com a Tecnologia mais Avançada (pergunta espontânea)

Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosVodafone 1281 820 461 274 253 397 221 85 51

18,3 23,8 13,0 39,7 32,0 25,2 14,7 6,4 4,6TMN 771 424 346 97 105 230 179 103 57

11,0 12,3 9,7 14,1 13,3 14,6 11,9 7,8 5,1Optimus 436 254 182 60 77 117 92 57 32

6,2 7,4 5,1 8,7 9,7 7,4 6,2 4,3 2,9Yorn 22 10 12 10 4 6 2 0 0

0,3 0,3 0,3 1,4 0,5 0,4 0,1 0,0 0,0Nenhum 43 33 11 0 7 10 5 13 9

0,6 1,0 0,3 0,0 0,8 0,6 0,4 1,0 0,8Nao Sabe 4416 1877 2540 249 341 808 980 1070 969

63,0 54,5 71,3 36,1 43,1 51,3 65,3 80,5 86,4Nao Responde 37 27 10 0 4 9 20 0 4

0,5 0,8 0,3 0,0 0,4 0,6 1,3 0,0 0,4(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusVodafone 1281 297 194 209 194 222 114 50 292 483 506 504 465 217

18,3 22,2 25,3 15,6 17,8 15,6 15,9 15,4 24,5 22,9 13,7 31,9 16,6 20,8TMN 771 155 70 193 70 139 68 75 97 238 436 64 594 62

11,0 11,6 9,1 14,4 6,4 9,8 9,5 23,2 8,1 11,3 11,8 4,1 21,2 5,9Optimus 436 79 68 95 65 80 39 10 96 140 200 49 152 199

6,2 5,9 8,8 7,1 5,9 5,6 5,4 3,0 8,1 6,6 5,4 3,1 5,4 19,1Yorn 22 1 5 6 4 4 2 0 1 6 14 6 10 3

0,3 0,1 0,7 0,4 0,3 0,3 0,2 0,0 0,1 0,3 0,4 0,4 0,4 0,3Nenhum 43 8 6 5 10 12 1 2 8 11 24 4 15 5

0,6 0,6 0,8 0,4 0,9 0,8 0,1 0,5 0,7 0,5 0,7 0,3 0,6 0,5Nao Sabe 4416 787 423 827 743 956 491 188 687 1227 2502 933 1554 554

63,0 58,8 55,0 61,7 68,0 67,2 68,5 57,9 57,7 58,2 67,5 59,2 55,4 53,0Nao Responde 37 10 2 6 8 8 2 0 9 4 24 17 13 3

0,5 0,8 0,3 0,4 0,7 0,6 0,3 0,0 0,7 0,2 0,7 1,1 0,5 0,3(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

118

Anexo 29: Operador com Melhores Preços (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 1017 593 424 145 144 298 227 126 78

14,5 17,2 11,9 21,0 18,2 18,9 15,2 9,4 6,9Optimus 851 466 385 117 181 235 169 93 55

12,1 13,5 10,8 16,9 22,9 14,9 11,3 7,0 4,9Vodafone 687 355 332 140 135 158 130 79 44

9,8 10,3 9,3 20,3 17,1 10,0 8,7 6,0 3,9Yorn 115 77 38 55 40 6 13 2 0

1,6 2,2 1,1 7,9 5,0 0,4 0,8 0,2 0,0Nenhum 36 27 9 0 1 13 3 12 6

0,5 0,8 0,3 0,0 0,1 0,8 0,2 0,9 0,5Nao Sabe 4261 1907 2354 230 287 862 950 1011 922

60,8 55,4 66,1 33,3 36,2 54,7 63,3 76,0 82,2Nao Responde 39 19 21 3 3 3 7 5 16

0,6 0,5 0,6 0,5 0,4 0,2 0,5 0,4 1,5(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Fonte: Marktest - Dezembro 2003 Anexo 30: Operador com Cobertura Mais Alargada (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 1854 1086 768 226 306 531 394 240 157

26,5 31,5 21,6 32,8 38,6 33,7 26,3 18,1 14,0Vodafone 1034 590 444 150 190 283 225 117 69

14,8 17,1 12,5 21,7 24,0 18,0 15,0 8,8 6,2Optimus 621 357 264 94 76 179 121 104 47

8,9 10,4 7,4 13,6 9,7 11,4 8,0 7,8 4,2Yorn 7 3 4 3 2 0 2 0 0

0,1 0,1 0,1 0,5 0,2 0,0 0,1 0,0 0,0Nenhum 34 20 14 0 0 3 4 11 16

0,5 0,6 0,4 0,0 0,0 0,2 0,3 0,8 1,4Nao Sabe 3428 1371 2057 216 217 573 741 856 824

48,9 39,8 57,7 31,4 27,5 36,4 49,4 64,4 73,5Nao Responde 29 17 11 0 0 6 12 2 8

0,4 0,5 0,3 0,0 0,0 0,4 0,8 0,1 0,7(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusTMN 1854 408 175 372 227 341 202 130 401 640 813 285 1223 217

26,5 30,5 22,7 27,7 20,7 24,0 28,2 40,2 33,7 30,4 21,9 18,1 43,6 20,8Vodafone 1034 227 180 169 183 158 72 45 211 364 459 554 255 120

14,8 16,9 23,4 12,6 16,8 11,1 10,1 13,8 17,7 17,3 12,4 35,1 9,1 11,5Optimus 621 113 94 129 73 134 75 3 96 218 306 83 172 318

8,9 8,4 12,2 9,6 6,6 9,4 10,5 1,0 8,1 10,4 8,3 5,3 6,1 30,5Yorn 7 0 4 0 3 0 0 0 0 0 7 2 3 0

0,1 0,0 0,5 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1 0,1 0,0Nenhum 34 2 0 9 12 5 2 3 1 5 27 0 11 1

0,5 0,1 0,0 0,6 1,1 0,4 0,3 1,0 0,1 0,3 0,7 0,0 0,4 0,1Nao Sabe 3428 581 314 663 587 776 362 142 473 869 2085 642 1132 386

48,9 43,5 40,9 49,4 53,7 54,6 50,6 44,0 39,7 41,2 56,3 40,7 40,4 37,0Nao Responde 29 7 2 0 8 8 3 0 8 11 9 12 7 2

0,4 0,5 0,3 0,0 0,7 0,6 0,4 0,0 0,7 0,5 0,2 0,8 0,2 0,2(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

119

Anexo 31: Operador com Melhor Apoio aos seus Clientes (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 1275 712 563 182 230 346 261 161 96

18,2 20,7 15,8 26,4 29,0 21,9 17,4 12,1 8,5Vodafone 844 523 321 148 128 240 181 106 40

12,0 15,2 9,0 21,5 16,1 15,2 12,1 8,0 3,6Optimus 523 283 240 68 106 142 108 58 40

7,5 8,2 6,7 9,9 13,5 9,0 7,2 4,3 3,6Yorn 10 2 8 7 2 0 0 2 0

0,1 0,1 0,2 1,0 0,2 0,0 0,0 0,1 0,0Nenhum 32 22 11 2 2 7 5 11 6

0,5 0,6 0,3 0,2 0,3 0,4 0,3 0,9 0,5Nao Sabe 4282 1877 2404 282 321 830 933 984 932

61,1 54,5 67,5 40,9 40,6 52,7 62,3 74,1 83,0Nao Responde 40 25 15 0 2 11 12 7 8

0,6 0,7 0,4 0,0 0,2 0,7 0,8 0,5 0,7(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusTMN 1275 300 111 247 190 182 130 117 213 421 642 57 1075 60

18,2 22,4 14,4 18,4 17,3 12,8 18,1 36,1 17,9 19,9 17,3 3,6 38,4 5,7Vodafone 844 166 162 182 112 139 51 31 181 317 346 611 102 70

12,0 12,4 21,1 13,5 10,3 9,8 7,1 9,7 15,2 15,0 9,3 38,7 3,7 6,7Optimus 523 97 91 117 76 91 48 2 82 187 253 43 46 396

7,5 7,2 11,8 8,7 7,0 6,4 6,7 0,8 6,9 8,9 6,8 2,7 1,7 37,9Yorn 10 3 4 0 4 0 0 0 2 2 7 0 0 2

0,1 0,2 0,5 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,2 0,0 0,0 0,2Nenhum 32 2 2 5 7 12 2 3 3 5 24 2 8 3

0,5 0,1 0,2 0,4 0,6 0,8 0,2 1,0 0,3 0,3 0,6 0,1 0,3 0,3Nao Sabe 4282 755 398 791 693 988 487 170 698 1163 2421 854 1555 510

61,1 56,4 51,8 59,0 63,4 69,4 67,9 52,4 58,6 55,1 65,3 54,1 55,5 48,9Nao Responde 40 16 2 0 11 11 0 0 13 14 13 12 17 3

0,6 1,2 0,3 0,0 1,0 0,7 0,0 0,0 1,1 0,7 0,4 0,8 0,6 0,3(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

120

Anexo 32: Operador que Fornece Melhor Informação (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 1140 654 486 167 190 311 231 144 97

16,3 19,0 13,6 24,2 24,0 19,7 15,4 10,8 8,6Vodafone 1006 630 376 198 160 277 217 116 38

14,4 18,3 10,5 28,7 20,2 17,6 14,5 8,7 3,4Optimus 633 333 300 89 133 180 109 73 48

9,0 9,7 8,4 13,0 16,9 11,4 7,2 5,5 4,3Yorn 20 7 13 11 2 3 2 2 0

0,3 0,2 0,4 1,6 0,2 0,2 0,1 0,1 0,0Nenhum 44 32 12 0 4 9 9 12 9

0,6 0,9 0,3 0,0 0,5 0,6 0,6 0,9 0,8Nao Sabe 4120 1761 2359 224 301 784 917 977 919

58,8 51,1 66,2 32,5 38,0 49,7 61,2 73,5 81,9Nao Responde 43 27 16 0 1 12 14 6 10

0,6 0,8 0,5 0,0 0,2 0,8 0,9 0,4 0,9(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusTMN 1140 275 89 244 142 179 107 105 167 380 593 64 945 45

16,3 20,6 11,5 18,2 13,0 12,6 14,9 32,3 14,0 18,0 16,0 4,1 33,7 4,3Vodafone 1006 199 165 194 154 165 78 50 235 345 426 613 205 100

14,4 14,9 21,5 14,5 14,1 11,6 10,9 15,6 19,8 16,4 11,5 38,9 7,3 9,6Optimus 633 112 127 120 103 123 44 4 100 240 293 58 116 411

9,0 8,3 16,5 9,0 9,4 8,7 6,2 1,3 8,4 11,4 7,9 3,7 4,1 39,4Yorn 20 8 4 5 4 0 0 0 4 10 5 7 7 0

0,3 0,6 0,5 0,3 0,3 0,0 0,0 0,0 0,4 0,5 0,1 0,5 0,3 0,0Nenhum 44 7 0 13 12 8 2 2 2 12 30 2 16 7

0,6 0,5 0,0 1,0 1,1 0,6 0,2 0,5 0,2 0,6 0,8 0,1 0,6 0,7Nao Sabe 4120 724 382 759 669 937 487 161 666 1109 2345 821 1495 480

58,8 54,1 49,7 56,6 61,2 65,9 67,9 49,8 55,9 52,6 63,3 52,0 53,3 46,0Nao Responde 43 12 2 7 10 10 0 1 16 13 15 12 19 0

0,6 0,9 0,3 0,5 0,9 0,7 0,0 0,4 1,3 0,6 0,4 0,8 0,7 0,0(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

121

Anexo 33: Operador que Vende Melhores Telemóveis aos Melhores Preços (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 871 486 385 150 127 252 178 112 52

12,4 14,1 10,8 21,8 16,1 16,0 11,9 8,4 4,6Optimus 673 398 275 96 144 205 131 53 44

9,6 11,5 7,7 13,9 18,3 13,0 8,7 4,0 3,9Vodafone 653 412 242 146 128 163 115 69 31

9,3 12,0 6,8 21,2 16,1 10,4 7,7 5,2 2,8Yorn 33 28 5 11 7 2 13 0 0

0,5 0,8 0,1 1,6 0,9 0,1 0,9 0,0 0,0Nenhum 48 32 16 0 6 10 4 14 14

0,7 0,9 0,5 0,0 0,7 0,6 0,3 1,1 1,3Nao Sabe 4681 2066 2615 278 376 932 1048 1077 969

66,8 60,0 73,4 40,4 47,5 59,1 69,9 81,1 86,4Nao Responde 47 23 24 7 3 12 9 4 12

0,7 0,7 0,7 1,0 0,4 0,7 0,6 0,3 1,1(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusTMN 871 190 67 189 111 145 77 92 139 281 451 116 611 66

12,4 14,2 8,7 14,1 10,2 10,2 10,8 28,3 11,7 13,3 12,2 7,4 21,8 6,4Optimus 673 123 101 154 75 147 59 14 139 220 314 104 248 268

9,6 9,2 13,1 11,5 6,9 10,3 8,2 4,2 11,7 10,4 8,5 6,6 8,9 25,7Vodafone 653 148 102 129 72 95 66 40 155 227 271 331 200 75

9,3 11,1 13,2 9,6 6,6 6,7 9,2 12,5 13,1 10,8 7,3 21,0 7,1 7,2Yorn 33 5 11 2 15 0 0 0 3 25 5 6 6 12

0,5 0,4 1,5 0,1 1,4 0,0 0,0 0,0 0,3 1,2 0,1 0,4 0,2 1,1Nenhum 48 5 4 9 15 12 2 2 3 12 33 3 19 3

0,7 0,4 0,5 0,6 1,4 0,8 0,2 0,5 0,2 0,6 0,9 0,2 0,7 0,3Nao Sabe 4681 860 483 851 792 1005 513 176 743 1324 2613 1000 1701 614

66,8 64,3 62,8 63,4 72,4 70,7 71,6 54,4 62,4 62,8 70,5 63,4 60,7 58,8Nao Responde 47 7 2 8 12 17 0 0 8 20 19 17 16 5

0,7 0,5 0,3 0,6 1,1 1,2 0,0 0,0 0,7 1,0 0,5 1,1 0,6 0,5(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

122

Anexo 34: Operador com Melhor Qualidade de Som (pergunta espontânea) Notas: Totalidade dos Indivíduos

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 AnosTMN 1035 583 452 160 175 293 218 105 84

14,8 16,9 12,7 23,2 22,1 18,6 14,6 7,9 7,5Vodafone 758 425 333 140 145 207 147 83 36

10,8 12,3 9,4 20,3 18,4 13,1 9,8 6,3 3,2Optimus 600 384 215 70 114 162 128 78 48

8,6 11,2 6,0 10,2 14,4 10,3 8,6 5,9 4,2Yorn 14 1 13 9 1 2 2 0 0

0,2 0,0 0,4 1,3 0,2 0,1 0,1 0,0 0,0Nenhum 32 26 5 0 0 5 6 15 6

0,5 0,8 0,2 0,0 0,0 0,3 0,4 1,1 0,5Nao Sabe 4515 1999 2516 307 356 895 981 1040 937

64,4 58,0 70,6 44,5 45,0 56,8 65,4 78,2 83,5Nao Responde 52 25 27 3 0 13 17 7 11

0,7 0,7 0,7 0,5 0,0 0,8 1,2 0,5 1,0(000) 7006 3444 3562 689 791 1576 1499 1329 1122Amostra 3000 1484 1516 290 345 644 649 589 483

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN OptimusTMN 1035 203 97 229 131 177 110 88 138 336 561 69 832 74

14,8 15,2 12,6 17,1 12,0 12,4 15,3 27,3 11,6 15,9 15,1 4,4 29,7 7,1Vodafone 758 177 141 119 124 119 33 45 149 299 310 497 142 54

10,8 13,2 18,4 8,9 11,3 8,4 4,6 13,9 12,5 14,2 8,4 31,5 5,1 5,1Optimus 600 129 93 136 92 109 32 9 110 195 295 66 119 389

8,6 9,7 12,0 10,2 8,4 7,7 4,5 2,7 9,2 9,2 8,0 4,2 4,2 37,2Yorn 14 1 4 0 9 0 0 0 3 8 4 0 2 3

0,2 0,1 0,5 0,0 0,8 0,0 0,0 0,0 0,3 0,4 0,1 0,0 0,1 0,3Nenhum 32 5 0 5 9 8 3 2 1 11 20 5 9 2

0,5 0,4 0,0 0,4 0,9 0,5 0,4 0,5 0,1 0,5 0,5 0,3 0,3 0,2Nao Sabe 4515 818 432 839 717 992 537 180 781 1250 2485 927 1684 517

64,4 61,1 56,2 62,5 65,5 69,8 74,9 55,6 65,6 59,3 67,0 58,7 60,1 49,5Nao Responde 52 5 2 13 11 17 3 0 8 11 33 14 15 5

0,7 0,4 0,3 1,0 1,0 1,2 0,4 0,0 0,7 0,5 0,9 0,9 0,5 0,5(000) 7006 1338 769 1342 1094 1422 717 324 1191 2109 3706 1578 2803 1044Amostra 3000 763 395 398 329 550 383 182 692 896 1412 662 1310 439

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

123

Anexo 35: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores Inovadores Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 31573 8830 4983 6569 5378 3341 2472

40,2 41,4 46,2 39,1 46,4 28,9 37,4TMN 18789 4420 2842 4380 2158 3031 1957

23,9 20,7 26,4 26,1 18,6 26,2 29,6Optimus 17221 4909 2744 3778 1943 2489 1358

21,9 23,0 25,5 22,5 16,8 21,5 20,5Nenhum 1208 517 37 211 38 404 0

1,5 2,4 0,3 1,3 0,3 3,5 0,0Não sabe 24414 6344 3094 4631 4144 3948 2253

31,0 29,8 28,7 27,6 35,8 34,1 34,1Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

Anexo 36: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhores Preços

Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 23426 6196 3538 4939 4515 2759 1481

29,8 29,1 32,8 29,4 39,0 23,9 22,4TMN 21920 5613 2392 5358 2988 3541 2029

27,9 26,3 22,2 31,9 25,8 30,6 30,7Optimus 14980 4756 2251 3092 2199 1531 1151

19,0 22,3 20,9 18,4 19,0 13,2 17,4Nenhum 2481 920 279 469 434 379 0

3,2 4,3 2,6 2,8 3,7 3,3 0,0Não sabe 27458 7226 3609 5300 3820 4671 2832

34,9 33,9 33,5 31,6 33,0 40,4 42,8Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

124

Anexo 37: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Maior Diversidade de Serviços

Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 30885 8539 4909 6343 5215 3869 2010

39,3 40,1 45,6 37,8 45,0 33,5 30,4TMN 24523 7343 3102 5052 2961 3789 2276

31,2 34,5 28,8 30,1 25,6 32,8 34,4Optimus 13751 3876 2200 3053 1616 1920 1086

17,5 18,2 20,4 18,2 13,9 16,6 16,4Nenhum 984 545 37 43 104 98 156

1,3 2,6 0,3 0,3 0,9 0,8 2,4Não sabe 27955 7325 3541 5915 4383 4228 2563

35,6 34,4 32,9 35,2 37,8 36,6 38,7Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

Anexo 38: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Qualidade de Som Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 23714 6522 3959 4841 4371 2548 1473

30,2 30,6 36,7 28,8 37,7 22,0 22,3TMN 22145 5550 2707 5184 2856 3720 2128

28,2 26,0 25,1 30,9 24,6 32,2 32,2Optimus 13681 4355 1890 2441 1842 1979 1174

17,4 20,4 17,5 14,5 15,9 17,1 17,7Depende do telemóvel 1020 385 168 167 240 0 61

1,3 1,8 1,6 1,0 2,1 0,0 0,9Nenhum 1120 445 74 179 65 327 32

1,4 2,1 0,7 1,1 0,6 2,8 0,5Não sabe 27490 7418 3469 5889 3881 4087 2747

35,0 34,8 32,2 35,1 33,5 35,3 41,5Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

125

Anexo 39: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Cobertura In-door Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 24625 7087 3943 4999 4460 2768 1368

31,3 33,3 36,6 29,8 38,5 23,9 20,7TMN 24202 6959 2612 5380 2944 4174 2133

30,8 32,7 24,2 32,1 25,4 36,1 32,2Optimus 9924 3158 1265 2068 1150 1442 842

12,6 14,8 11,7 12,3 9,9 12,5 12,7Depende do telemóvel 114 0 0 114 0 0 0

0,1 0,0 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0Depende da zona 103 65 0 0 38 0 0

0,1 0,3 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0Nenhum 2026 395 138 426 431 426 211

2,6 1,9 1,3 2,5 3,7 3,7 3,2Não sabe 24736 6243 3688 5137 3515 3668 2485

31,5 29,3 34,2 30,6 30,3 31,7 37,6Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 40: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores que Disponibilizam Melhores Telemóveis com o Serviço Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 29699 8690 4788 6204 4910 3344 1762

37,8 40,8 44,4 37,0 42,4 28,9 26,6TMN 22577 6711 2584 5388 2950 3027 1917

28,7 31,5 24,0 32,1 25,5 26,2 29,0Optimus 15082 4973 2008 3370 1874 1710 1147

19,2 23,3 18,6 20,1 16,2 14,8 17,3Nenhum 1316 444 73 119 305 314 61

1,7 2,1 0,7 0,7 2,6 2,7 0,9Não sabe 27449 6995 3829 5182 4072 4613 2758

34,9 32,8 35,5 30,9 35,1 39,9 41,7Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

126

Anexo 41: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Assistência Técnica Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 22465 6294 3531 4790 3882 2539 1429

28,6 29,5 32,8 28,5 33,5 22,0 21,6TMN 20157 5199 2176 4693 2195 3952 1942

25,6 24,4 20,2 28,0 18,9 34,2 29,4Optimus 7720 2338 999 1760 662 1385 575

9,8 11,0 9,3 10,5 5,7 12,0 8,7Nenhum 2418 941 119 569 333 333 123

3,1 4,4 1,1 3,4 2,9 2,9 1,9Não sabe 31941 8753 4658 6072 5234 4139 3085

40,6 41,1 43,2 36,2 45,2 35,8 46,6Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 42: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Acompanhamento Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 21871 6175 3755 4026 4073 2473 1370

27,8 29,0 34,8 24,0 35,1 21,4 20,7TMN 20995 6312 2144 4684 2001 3673 2180

26,7 29,6 19,9 27,9 17,3 31,8 33,0Optimus 9325 3082 1339 2146 841 1246 671

11,9 14,5 12,4 12,8 7,3 10,8 10,1Nenhum 2117 813 37 523 348 325 71

2,7 3,8 0,3 3,1 3,0 2,8 1,1Não sabe 30208 7503 4253 6240 5048 4479 2686

38,4 35,2 39,5 37,2 43,6 38,7 40,6Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

127

Anexo 43: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Publicidade Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulVodafone 33066 9322 5029 6957 5365 4265 2128

42,1 43,7 46,7 41,4 46,3 36,9 32,2TMN 19274 4944 1873 4784 2560 3279 1835

24,5 23,2 17,4 28,5 22,1 28,4 27,7Optimus 16207 4004 2485 3851 1912 2628 1327

20,6 18,8 23,1 22,9 16,5 22,7 20,1Nenhum 2625 1051 187 649 306 363 69

3,3 4,9 1,7 3,9 2,6 3,1 1,0Não sabe 22376 5671 3085 4340 3679 3410 2191

28,5 26,6 28,6 25,9 31,7 29,5 33,1Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003 Anexo 44: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Cobertura Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulTMN 30147 8408 3520 7497 3585 4615 2522

38,3 39,5 32,7 44,7 30,9 39,9 38,1Vodafone 25410 6865 4283 5436 4583 2740 1503

32,3 32,2 39,8 32,4 39,5 23,7 22,7Optimus 10108 3145 1327 1972 1071 1494 1097

12,9 14,8 12,3 11,8 9,2 12,9 16,6Nenhum 825 129 37 178 44 325 111

1,0 0,6 0,3 1,1 0,4 2,8 1,7Não sabe 20676 5547 2876 3704 3273 3329 1947

26,3 26,0 26,7 22,1 28,2 28,8 29,4Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

128

Anexo 45: Imagem dos Operadores de Rede Móvel - Operadores com Melhor Sinal de Rede Notas: Totalidade das empresas (Admite resposta múltipla)

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulTMN 27799 7479 3319 6628 3395 4536 2442

35,4 35,1 30,8 39,5 29,3 39,2 36,9Vodafone 26503 7411 4145 5702 4852 2806 1588

33,7 34,8 38,5 34,0 41,9 24,3 24,0Optimus 11542 3485 1335 2590 1395 1513 1223

14,7 16,4 12,4 15,4 12,0 13,1 18,5Depende da zona 460 148 59 66 187 0 0

0,6 0,7 0,5 0,4 1,6 0,0 0,0Nenhum 836 301 0 173 190 118 54

1,1 1,4 0,0 1,0 1,6 1,0 0,8Não sabe 20189 5310 2867 3705 3042 3191 2074

25,7 24,9 26,6 22,1 26,3 27,6 31,4Base 78635 21312 10774 16784 11589 11561 6615

TOTAL Região

Fonte: Datae – Dezembro 2003

129

Anexo 46: Grau de Satisfação com o Operador a que se Encontra Ligado o Número de Telemóvel Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 Anos10 - Totalmente Satisfeito 1129 482 647 147 117 235 266 185 179

20,4 16,5 24,7 23,8 15,3 16,1 22,7 20,5 28,49 - 1032 507 525 159 181 215 207 152 118

18,6 17,3 20,1 25,7 23,8 14,7 17,7 16,9 18,78 - 1765 936 829 192 271 478 357 295 173

31,9 32,0 31,7 31,2 35,5 32,8 30,4 32,6 27,47 - 736 485 251 73 97 236 149 127 53

13,3 16,6 9,6 11,9 12,7 16,2 12,7 14,1 8,46 - 350 202 148 23 37 133 70 52 34

6,3 6,9 5,7 3,7 4,9 9,1 6,0 5,8 5,45 - 261 126 135 14 17 96 67 34 33

4,7 4,3 5,2 2,2 2,3 6,6 5,7 3,7 5,34 - 86 58 28 6 30 17 20 9 3

1,6 2,0 1,1 1,0 3,9 1,2 1,7 1,0 0,53 - 44 40 5 1 12 11 11 6 3

0,8 1,4 0,2 0,2 1,5 0,7 1,0 0,6 0,52 - 24 20 3 0 0 13 6 3 1

0,4 0,7 0,1 0,0 0,0 0,9 0,5 0,3 0,21 - Totalmente Insatisfeito 19 10 9 0 0 8 8 0 4

0,3 0,3 0,4 0,0 0,0 0,5 0,6 0,0 0,6Não Sabe 77 43 34 1 0 13 6 32 26

1,4 1,5 1,3 0,2 0,0 0,9 0,5 3,5 4,1Não responde 18 15 3 0 0 1 6 8 2

0,3 0,5 0,1 0,0 0,0 0,1 0,5 0,9 0,3(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291Média 8,0 7,9 8,3 8,4 8,0 7,8 8,0 8,1 8,3Desvio padrão 1,6 1,7 1,6 1,3 1,6 1,7 1,7 1,5 1,7

SexoTOTAL Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN Optimus10 - Totalmente Satisfeito 1129 238 123 239 171 174 126 58 126 355 648 337 543 222

20,4 19,9 18,3 23,9 19,4 18,1 21,4 24,5 11,1 19,3 25,3 21,4 19,4 21,29 - 1032 225 125 159 155 201 115 53 224 323 484 306 524 173

18,6 18,8 18,6 15,9 17,4 20,9 19,5 22,4 19,6 17,6 18,9 19,4 18,7 16,68 - 1765 407 229 315 292 263 204 55 421 589 755 505 941 296

31,9 34,0 33,9 31,5 33,0 27,4 34,7 23,0 36,9 32,0 29,5 32,0 33,6 28,37 - 736 160 99 136 126 115 71 30 165 269 303 185 360 178

13,3 13,4 14,6 13,6 14,2 11,9 12,1 12,6 14,4 14,6 11,8 11,7 12,8 17,16 - 350 74 31 71 56 72 31 15 106 112 131 80 197 71

6,3 6,2 4,6 7,1 6,3 7,5 5,3 6,2 9,3 6,1 5,1 5,1 7,0 6,85 - 261 61 40 36 44 44 23 14 58 91 113 88 102 61

4,7 5,1 5,9 3,6 5,0 4,6 3,9 5,7 5,1 4,9 4,4 5,6 3,7 5,94 - 86 15 12 12 10 27 10 0 10 48 28 22 51 13

1,6 1,2 1,7 1,2 1,1 2,8 1,8 0,0 0,9 2,6 1,1 1,4 1,8 1,33 - 44 3 0 9 6 23 0 3 13 4 28 17 23 5

0,8 0,2 0,0 0,9 0,7 2,4 0,0 1,2 1,1 0,2 1,1 1,0 0,8 0,52 - 24 2 2 1 2 16 0 1 4 15 5 6 5 12

0,4 0,2 0,3 0,1 0,2 1,6 0,0 0,6 0,4 0,8 0,2 0,4 0,2 1,21 - Totalmente Insatisfeito 19 2 5 4 0 8 0 0 3 14 2 2 13 4

0,3 0,1 0,8 0,4 0,0 0,9 0,0 0,0 0,3 0,7 0,1 0,1 0,5 0,4Não Sabe 77 9 9 13 20 13 7 6 10 17 50 21 38 6

1,4 0,8 1,3 1,3 2,2 1,3 1,3 2,7 0,8 0,9 2,0 1,3 1,4 0,5Não responde 18 2 0 4 4 6 0 3 1 4 13 10 6 3

0,3 0,2 0,0 0,4 0,4 0,6 0,0 1,1 0,1 0,2 0,5 0,6 0,2 0,2(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439Média 8,0 8,1 8,0 8,1 8,1 7,8 8,2 8,2 7,8 7,9 8,2 8,1 8,0 7,9Desvio padrão 1,6 1,5 1,6 1,6 1,5 2,0 1,4 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 1,6 1,7

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

130

Anexo 47: Grau de Satisfação com a Área de Cobertura do Operador a que se Encontra Ligado o Número de Telemóvel Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 Anos10 - Totalmente Satisfeito 1050 479 571 125 129 234 242 182 138

19,0 16,4 21,8 20,2 17,0 16,1 20,6 20,2 21,99 - 945 460 484 93 167 239 200 135 110

17,0 15,7 18,5 15,1 21,9 16,4 17,1 15,0 17,58 - 1567 877 690 185 245 399 305 271 162

28,3 30,0 26,4 30,0 32,2 27,4 26,0 30,0 25,77 - 766 454 311 90 118 235 153 108 62

13,8 15,5 11,9 14,5 15,6 16,1 13,0 11,9 9,96 - 397 238 159 44 39 128 93 44 50

7,2 8,1 6,1 7,1 5,1 8,8 7,9 4,9 7,95 - 385 196 188 44 33 109 87 78 34

6,9 6,7 7,2 7,2 4,3 7,5 7,4 8,6 5,44 - 112 68 43 15 14 32 21 17 12

2,0 2,3 1,7 2,5 1,8 2,2 1,8 1,9 1,93 - 63 44 18 3 3 17 28 7 5

1,1 1,5 0,7 0,5 0,4 1,2 2,4 0,8 0,82 - 53 39 13 3 4 11 23 8 4

1,0 1,3 0,5 0,5 0,6 0,8 1,9 0,8 0,61 - Totalmente Insatisfeito 32 12 19 5 3 15 3 5 1

0,6 0,4 0,7 0,8 0,4 1,0 0,2 0,6 0,2Não Sabe 161 46 115 10 6 34 19 42 50

2,9 1,6 4,4 1,6 0,8 2,3 1,6 4,7 7,9Não responde 12 8 4 0 0 4 0 6 2

0,2 0,3 0,1 0,0 0,0 0,3 0,0 0,7 0,3(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291Média 7,8 7,7 8,0 7,8 8,0 7,7 7,8 7,9 8,0Desvio padrão 1,8 1,8 1,8 1,8 1,6 1,8 2,0 1,8 1,7

IdadeTOTAL Sexo

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN Optimus10 - Totalmente Satisfeito 1050 196 143 194 158 165 138 57 122 338 590 329 490 220

19,0 16,3 21,2 19,4 17,8 17,2 23,6 23,9 10,7 18,4 23,1 20,8 17,5 21,19 - 945 215 110 141 154 140 145 40 219 316 409 236 511 183

17,0 18,0 16,3 14,1 17,3 14,6 24,6 16,7 19,2 17,2 16,0 14,9 18,2 17,58 - 1567 356 194 296 257 269 130 65 373 525 669 457 825 253

28,3 29,7 28,7 29,7 29,0 28,0 22,2 27,2 32,7 28,5 26,1 29,0 29,4 24,37 - 766 181 105 116 107 170 61 26 191 268 306 201 363 180

13,8 15,1 15,6 11,6 12,1 17,7 10,4 10,8 16,7 14,6 12,0 12,8 13,0 17,36 - 397 91 61 83 51 61 43 8 88 141 168 109 191 90

7,2 7,6 9,0 8,3 5,8 6,4 7,3 3,2 7,7 7,7 6,6 6,9 6,8 8,65 - 385 73 32 78 55 79 39 29 94 105 186 115 194 69

6,9 6,1 4,7 7,8 6,2 8,2 6,7 12,0 8,3 5,7 7,3 7,3 6,9 6,64 - 112 19 15 7 35 24 10 2 21 49 42 27 71 11

2,0 1,6 2,2 0,7 4,0 2,5 1,7 0,8 1,8 2,6 1,6 1,7 2,5 1,03 - 63 10 2 26 5 9 8 3 9 29 25 20 29 14

1,1 0,8 0,3 2,6 0,6 0,9 1,3 1,2 0,8 1,6 1,0 1,3 1,0 1,32 - 53 15 0 2 10 19 4 2 4 14 35 27 22 4

1,0 1,3 0,0 0,3 1,2 2,0 0,6 0,7 0,4 0,8 1,4 1,7 0,8 0,41 - Totalmente Insatisfeito 32 10 0 3 14 1 2 2 5 17 10 6 21 6

0,6 0,8 0,0 0,3 1,6 0,1 0,3 0,8 0,5 0,9 0,4 0,4 0,7 0,5Não Sabe 161 30 14 48 40 16 7 6 13 33 115 45 85 13

2,9 2,5 2,0 4,8 4,5 1,7 1,2 2,7 1,2 1,8 4,5 2,8 3,0 1,2Não responde 12 2 0 4 0 6 0 0 1 6 5 7 3 2

0,2 0,2 0,0 0,4 0,0 0,6 0,0 0,0 0,1 0,3 0,2 0,4 0,1 0,2(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439Média 7,8 7,8 8,0 7,8 7,7 7,7 8,1 7,9 7,7 7,8 7,9 7,8 7,8 7,9Desvio padrão 1,8 1,8 1,6 1,8 2,0 1,8 1,8 1,9 1,6 1,9 1,9 1,9 1,8 1,8

Rede actualTOTAL Região Classe Social

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

131

Anexo 48: Grau de Satisfação com a Cobertura no Interior de Edifícios Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 Anos10 - Totalmente Satisfeito 667 291 376 70 77 126 169 122 103

12,0 10,0 14,4 11,3 10,1 8,6 14,4 13,5 16,39 - 717 326 392 81 95 212 149 83 99

12,9 11,1 15,0 13,1 12,4 14,5 12,7 9,2 15,78 - 1260 640 620 168 172 341 227 197 155

22,7 21,9 23,7 27,2 22,6 23,4 19,4 21,8 24,67 - 994 587 407 133 172 233 220 171 65

17,9 20,1 15,5 21,6 22,6 16,0 18,8 19,0 10,36 - 623 362 261 37 118 201 124 95 49

11,2 12,4 10,0 5,9 15,5 13,8 10,6 10,5 7,85 - 599 309 290 67 71 171 139 89 62

10,8 10,6 11,1 10,9 9,3 11,7 11,9 9,9 9,84 - 190 135 55 22 35 47 44 30 13

3,4 4,6 2,1 3,6 4,6 3,2 3,8 3,3 2,03 - 143 86 56 12 9 45 38 27 11

2,6 3,0 2,2 1,9 1,2 3,1 3,2 3,0 1,82 - 59 40 20 3 5 21 15 15 0

1,1 1,4 0,8 0,5 0,6 1,5 1,3 1,7 0,01 - Totalmente Insatisfeito 68 35 33 14 8 15 14 13 4

1,2 1,2 1,2 2,3 1,1 1,0 1,2 1,4 0,7Não Sabe 216 110 105 10 0 45 34 61 66

3,9 3,8 4,0 1,7 0,0 3,1 2,9 6,8 10,4Não responde 5 1 3 0 0 1 0 0 3

0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,5(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291Média 7,2 7,0 7,4 7,3 7,2 7,1 7,2 7,1 7,7Desvio padrão 2,0 2,0 2,0 2,0 1,8 2,0 2,1 2,1 1,9

SexoTOTAL Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN Optimus10 - Totalmente Satisfeito 667 140 83 147 86 119 58 34 79 201 386 200 305 140

12,0 11,7 12,4 14,7 9,7 12,4 9,9 14,2 6,9 10,9 15,1 12,7 10,9 13,49 - 717 146 91 103 125 114 113 26 155 232 330 209 323 165

12,9 12,2 13,5 10,3 14,1 11,8 19,2 10,8 13,6 12,6 12,9 13,3 11,5 15,88 - 1260 270 146 202 202 212 190 39 285 425 550 344 656 245

22,7 22,5 21,7 20,2 22,8 22,0 32,3 16,2 24,9 23,1 21,5 21,8 23,4 23,47 - 994 237 118 173 178 179 64 46 230 335 430 274 532 162

17,9 19,8 17,5 17,3 20,0 18,7 10,9 19,2 20,1 18,2 16,8 17,4 19,0 15,56 - 623 157 89 111 70 104 63 30 163 229 231 165 302 150

11,2 13,1 13,2 11,1 7,9 10,8 10,7 12,5 14,3 12,4 9,0 10,5 10,8 14,45 - 599 114 79 137 85 109 35 39 106 197 296 175 333 89

10,8 9,6 11,7 13,7 9,6 11,4 6,0 16,5 9,3 10,7 11,6 11,1 11,9 8,54 - 190 35 32 36 30 40 9 8 58 55 76 51 106 31

3,4 2,9 4,8 3,6 3,4 4,2 1,5 3,2 5,1 3,0 3,0 3,2 3,8 2,93 - 143 35 11 28 14 32 13 9 32 52 58 50 68 23

2,6 2,9 1,7 2,9 1,6 3,4 2,2 3,6 2,8 2,8 2,3 3,2 2,4 2,22 - 59 13 4 7 17 14 4 0 8 18 33 20 31 5

1,1 1,1 0,6 0,7 1,9 1,5 0,7 0,0 0,7 1,0 1,3 1,3 1,1 0,51 - Totalmente Insatisfeito 68 13 5 7 23 8 8 4 12 35 21 26 33 9

1,2 1,1 0,8 0,7 2,6 0,9 1,3 1,5 1,0 1,9 0,8 1,6 1,2 0,9Não Sabe 216 34 15 48 56 26 30 5 12 59 144 64 112 24

3,9 2,9 2,2 4,9 6,4 2,7 5,1 2,2 1,1 3,2 5,6 4,1 4,0 2,3Não responde 5 2 0 0 0 3 0 0 1 2 2 0 3 2

0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,2(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439Média 7,2 7,2 7,2 7,2 7,1 7,1 7,6 7,0 7,0 7,1 7,3 7,2 7,1 7,4Desvio padrão 2,0 1,9 1,9 2,0 2,1 2,0 1,8 2,1 1,9 2,0 2,0 2,1 2,0 1,9

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

132

Anexo 49: Grau de Satisfação com a Qualidade das Comunicações Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 Anos10 - Totalmente Satisfeito 1124 501 623 116 108 225 300 207 168

20,3 17,1 23,8 18,7 14,2 15,4 25,5 22,9 26,89 - 1012 491 521 124 179 243 186 165 114

18,3 16,8 19,9 20,2 23,5 16,7 15,9 18,2 18,18 - 1654 887 767 168 235 438 344 256 213

29,9 30,3 29,3 27,2 30,9 30,1 29,3 28,4 33,87 - 798 468 330 119 100 278 136 121 44

14,4 16,0 12,6 19,3 13,1 19,1 11,6 13,4 7,06 - 352 234 118 39 48 109 71 44 40

6,3 8,0 4,5 6,4 6,3 7,5 6,1 4,9 6,35 - 298 158 139 35 61 79 65 39 19

5,4 5,4 5,3 5,6 8,1 5,4 5,5 4,3 3,04 - 104 67 37 12 17 42 10 20 2

1,9 2,3 1,4 2,0 2,3 2,9 0,9 2,2 0,43 - 31 24 7 2 4 6 9 9 0

0,6 0,8 0,3 0,3 0,5 0,4 0,8 1,0 0,02 - 46 27 19 0 6 9 23 7 1

0,8 0,9 0,7 0,0 0,8 0,6 2,0 0,8 0,21 - Totalmente Insatisfeito 9 6 3 2 0 3 3 0 2

0,2 0,2 0,1 0,3 0,0 0,2 0,2 0,0 0,3Não Sabe 113 59 53 0 2 24 25 35 26

2,0 2,0 2,0 0,0 0,3 1,6 2,1 3,9 4,2Não responde 1 1 0 0 0 1 0 0 0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291Média 8,0 7,8 8,2 8,0 7,9 7,8 8,1 8,1 8,4Desvio padrão 1,7 1,7 1,6 1,6 1,6 1,6 1,8 1,7 1,4

SexoTOTAL Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN Optimus10 - Totalmente Satisfeito 1124 221 134 241 168 166 113 80 129 344 651 357 497 237

20,3 18,4 19,8 24,2 19,0 17,3 19,3 33,6 11,3 18,7 25,4 22,6 17,7 22,89 - 1012 226 116 119 174 191 143 43 230 350 431 280 527 190

18,3 18,9 17,2 11,9 19,7 19,8 24,3 18,2 20,2 19,0 16,9 17,7 18,8 18,28 - 1654 357 187 331 250 269 202 58 391 573 690 438 867 322

29,9 29,8 27,8 33,2 28,2 28,0 34,4 24,3 34,3 31,1 27,0 27,8 30,9 30,87 - 798 188 115 123 134 139 68 31 200 275 323 196 433 147

14,4 15,7 17,1 12,3 15,2 14,4 11,5 13,0 17,5 14,9 12,6 12,4 15,4 14,16 - 352 96 63 55 53 48 29 7 99 111 142 97 185 63

6,3 8,0 9,4 5,6 6,0 5,0 5,0 2,9 8,6 6,0 5,5 6,1 6,6 6,05 - 298 59 37 71 42 67 9 12 47 78 172 97 150 49

5,4 5,0 5,5 7,1 4,8 7,0 1,5 5,2 4,1 4,2 6,7 6,2 5,4 4,74 - 104 13 11 21 14 30 8 7 22 46 36 31 50 24

1,9 1,1 1,6 2,1 1,6 3,1 1,4 2,8 1,9 2,5 1,4 1,9 1,8 2,33 - 31 11 2 14 2 1 0 0 10 11 9 4 21 3

0,6 1,0 0,3 1,4 0,2 0,1 0,0 0,0 0,9 0,6 0,4 0,3 0,8 0,32 - 46 10 2 0 2 28 3 0 3 15 28 30 12 4

0,8 0,9 0,3 0,0 0,3 2,9 0,6 0,0 0,3 0,8 1,1 1,9 0,4 0,41 - Totalmente Insatisfeito 9 3 2 3 0 0 1 0 0 6 3 3 7 0

0,2 0,3 0,3 0,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,3 0,1 0,2 0,2 0,0Não Sabe 113 11 5 20 46 21 10 0 8 32 73 45 52 4

2,0 0,9 0,7 2,0 5,2 2,2 1,7 0,0 0,7 1,7 2,9 2,9 1,9 0,4Não responde 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439Média 8,0 7,9 7,9 8,0 8,1 7,8 8,3 8,4 7,8 8,0 8,1 8,0 7,9 8,1Desvio padrão 1,7 1,7 1,6 1,7 1,5 1,9 1,4 1,6 1,5 1,7 1,7 1,8 1,6 1,6

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

133

Anexo 50: Grau de Satisfação com o Serviço de Apoio ao Cliente Prestado pelo Operador Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 Anos10 - Totalmente Satisfeito 1204 562 641 184 151 282 247 199 141

21,7 19,2 24,5 29,8 19,8 19,4 21,1 22,0 22,39 - 916 448 467 145 159 245 197 85 85

16,5 15,3 17,9 23,6 20,8 16,8 16,8 9,4 13,58 - 1254 703 551 121 192 343 259 202 137

22,6 24,0 21,0 19,7 25,1 23,5 22,1 22,4 21,77 - 602 345 257 53 126 182 139 61 40

10,9 11,8 9,8 8,7 16,5 12,5 11,9 6,8 6,46 - 298 157 141 40 37 100 54 51 15

5,4 5,4 5,4 6,5 4,9 6,8 4,6 5,6 2,45 - 285 161 124 37 20 103 59 50 17

5,1 5,5 4,8 6,1 2,7 7,0 5,0 5,5 2,64 - 94 78 16 11 17 20 21 19 6

1,7 2,7 0,6 1,8 2,2 1,4 1,8 2,1 1,03 - 39 23 16 0 2 20 10 7 0

0,7 0,8 0,6 0,0 0,2 1,4 0,9 0,7 0,02 - 45 32 13 1 13 9 11 3 6

0,8 1,1 0,5 0,2 1,8 0,6 0,9 0,4 1,01 - Totalmente Insatisfeito 56 33 23 4 4 25 12 6 5

1,0 1,1 0,9 0,7 0,5 1,7 1,0 0,7 0,8Não Sabe 722 367 355 18 36 126 156 214 172

13,0 12,6 13,6 2,9 4,7 8,7 13,3 23,7 27,4Não responde 27 16 12 0 6 3 7 7 5

0,5 0,5 0,5 0,0 0,7 0,2 0,6 0,8 0,7(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291Média 8,0 7,8 8,2 8,3 8,0 7,8 8,0 8,0 8,3Desvio padrão 1,9 2,0 1,8 1,8 1,8 2,0 1,9 1,9 1,8

SexoTOTAL Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN Optimus10 - Totalmente Satisfeito 1204 251 140 259 179 175 126 74 172 360 672 339 618 234

21,7 20,9 20,8 25,9 20,2 18,2 21,5 31,1 15,1 19,5 26,3 21,5 22,1 22,59 - 916 227 88 130 129 208 100 34 204 316 395 257 480 152

16,5 18,9 13,0 13,0 14,6 21,6 17,0 14,4 17,9 17,2 15,4 16,3 17,1 14,68 - 1254 276 156 229 227 189 131 45 305 491 457 373 659 201

22,6 23,0 23,2 23,0 25,7 19,7 22,3 18,9 26,7 26,7 17,9 23,7 23,5 19,37 - 602 128 72 125 79 115 59 24 151 190 261 150 289 148

10,9 10,7 10,7 12,6 8,9 12,0 10,0 10,0 13,2 10,3 10,2 9,5 10,3 14,26 - 298 63 46 51 49 38 33 18 65 101 132 70 156 68

5,4 5,3 6,9 5,1 5,5 3,9 5,7 7,4 5,7 5,5 5,1 4,4 5,6 6,65 - 285 38 50 65 41 53 36 2 69 94 122 93 123 60

5,1 3,1 7,5 6,5 4,6 5,5 6,2 1,0 6,0 5,1 4,8 5,9 4,4 5,84 - 94 20 12 9 23 27 2 0 13 21 59 23 45 26

1,7 1,7 1,7 0,9 2,6 2,9 0,4 0,0 1,2 1,2 2,3 1,5 1,6 2,53 - 39 12 9 13 0 0 6 0 8 9 22 11 17 10

0,7 1,0 1,3 1,3 0,0 0,0 1,0 0,0 0,7 0,5 0,9 0,7 0,6 1,02 - 45 12 5 1 8 13 3 3 10 8 27 15 24 3

0,8 1,0 0,8 0,1 0,9 1,4 0,4 1,2 0,9 0,4 1,1 0,9 0,8 0,31 - Totalmente Insatisfeito 56 5 5 17 8 16 0 4 8 32 16 13 22 20

1,0 0,4 0,8 1,7 0,9 1,7 0,0 1,7 0,7 1,8 0,6 0,8 0,8 1,9Não Sabe 722 160 88 95 131 124 91 34 130 206 386 215 362 118

13,0 13,3 13,0 9,5 14,8 12,9 15,5 14,3 11,4 11,2 15,1 13,6 12,9 11,3Não responde 27 7 2 4 12 2 0 0 7 11 9 17 9 2

0,5 0,6 0,4 0,4 1,3 0,3 0,0 0,0 0,6 0,6 0,4 1,1 0,3 0,1(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439Média 8,0 8,1 7,8 8,0 8,0 7,9 8,1 8,4 7,9 8,0 8,1 8,0 8,1 7,8Desvio padrão 1,9 1,8 1,9 2,0 1,9 2,0 1,7 1,9 1,7 1,9 2,0 1,9 1,8 2,0

Classe Social Rede actualTOTAL Região

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

134

Anexo 51: Grau de Satisfação com o Número de Lojas Disponíveis do Operador Notas: Possuidores de telemóvel

Masculino Feminino 15/19 Anos 20/24 Anos 25/34 Anos 35/44 Anos 45/54 Anos 55/64 Anos10 - Totalmente Satisfeito 941 434 507 121 118 217 235 140 111

17,0 14,8 19,4 19,5 15,4 14,9 20,0 15,5 17,69 - 799 426 372 105 107 213 191 113 70

14,4 14,6 14,2 17,0 14,0 14,6 16,3 12,5 11,28 - 1331 679 652 126 224 389 253 206 135

24,0 23,2 24,9 20,4 29,4 26,7 21,5 22,8 21,47 - 631 389 242 112 102 160 125 78 55

11,4 13,3 9,2 18,1 13,4 11,0 10,6 8,6 8,76 - 396 235 161 48 62 124 65 61 36

7,2 8,0 6,2 7,8 8,2 8,5 5,5 6,8 5,75 - 408 246 163 33 74 129 91 50 31

7,4 8,4 6,2 5,4 9,7 8,8 7,8 5,6 4,94 - 86 46 40 2 21 16 18 17 12

1,5 1,6 1,5 0,3 2,8 1,1 1,5 1,9 2,03 - 72 37 35 18 12 21 9 9 2

1,3 1,3 1,3 2,9 1,6 1,5 0,8 1,0 0,42 - 52 29 22 6 2 15 11 16 2

0,9 1,0 0,8 1,0 0,3 1,0 0,9 1,8 0,21 - Totalmente Insatisfeito 28 20 8 3 1 9 4 5 5

0,5 0,7 0,3 0,5 0,2 0,6 0,4 0,6 0,7Não Sabe 768 362 406 42 38 162 161 198 167

13,9 12,4 15,5 6,8 5,0 11,1 13,7 21,9 26,5Não responde 29 21 9 2 0 2 10 10 5

0,5 0,7 0,3 0,3 0,0 0,2 0,9 1,1 0,7(000) 5541 2923 2618 617 762 1457 1173 903 630Amostra 2457 1288 1169 264 335 602 542 423 291Média 7,8 7,6 7,9 7,8 7,6 7,6 7,9 7,7 7,9Desvio padrão 1,9 1,9 1,8 1,9 1,8 1,9 1,9 2,0 1,8

TOTAL Sexo Idade

Gr. Lisb. Gr. Porto Litor. Nort Litor. Cent Inter. Nort Sul Ilhas Alta/ M.Alta Média M.Baix /Baixa Vodafone TMN Optimus10 - Totalmente Satisfeito 941 202 104 221 128 145 89 51 105 312 524 311 433 185

17,0 16,8 15,5 22,1 14,5 15,1 15,2 21,2 9,2 17,0 20,5 19,7 15,5 17,79 - 799 170 103 132 97 149 101 46 187 286 325 210 441 136

14,4 14,2 15,3 13,2 10,9 15,5 17,2 19,2 16,4 15,6 12,7 13,3 15,7 13,08 - 1331 311 175 247 246 184 135 33 312 507 512 376 696 240

24,0 25,9 26,0 24,8 27,8 19,2 23,0 13,9 27,4 27,6 20,0 23,8 24,8 23,07 - 631 130 95 98 101 114 68 26 169 184 279 164 331 127

11,4 10,8 14,1 9,8 11,4 11,9 11,6 11,0 14,8 10,0 10,9 10,4 11,8 12,26 - 396 81 50 80 83 52 29 21 86 131 180 103 198 89

7,2 6,8 7,4 8,0 9,4 5,4 4,9 9,0 7,5 7,1 7,0 6,5 7,1 8,65 - 408 49 59 52 45 121 60 23 72 117 219 100 219 75

7,4 4,1 8,7 5,3 5,1 12,6 10,2 9,5 6,3 6,4 8,6 6,3 7,8 7,24 - 86 15 8 25 10 13 11 3 7 37 42 23 47 16

1,5 1,3 1,2 2,5 1,1 1,4 1,9 1,2 0,6 2,0 1,7 1,4 1,7 1,63 - 72 7 5 16 10 17 10 8 16 12 45 21 30 19

1,3 0,6 0,7 1,6 1,1 1,7 1,7 3,2 1,4 0,6 1,7 1,4 1,1 1,82 - 52 9 6 1 15 10 6 5 18 22 12 18 20 13

0,9 0,8 0,9 0,1 1,7 1,0 1,0 2,1 1,6 1,2 0,5 1,2 0,7 1,21 - Totalmente Insatisfeito 28 10 0 2 0 12 3 2 9 13 6 10 12 6

0,5 0,8 0,0 0,2 0,0 1,2 0,5 0,7 0,8 0,7 0,2 0,6 0,4 0,5Não Sabe 768 208 68 116 139 144 73 21 158 205 405 223 367 135

13,9 17,4 10,0 11,6 15,7 14,9 12,4 8,9 13,9 11,2 15,8 14,1 13,1 13,0Não responde 29 6 2 8 11 0 2 0 2 15 12 18 9 2

0,5 0,5 0,3 0,8 1,2 0,0 0,4 0,0 0,2 0,8 0,5 1,1 0,3 0,2(000) 5541 1197 674 998 886 960 587 238 1141 1841 2559 1578 2803 1044Amostra 2457 692 349 299 270 395 311 141 663 785 1009 662 1310 439Média 7,8 7,9 7,8 8,0 7,7 7,5 7,7 7,6 7,6 7,8 7,8 7,8 7,7 7,7Desvio padrão 1,9 1,8 1,7 1,8 1,8 2,1 1,9 2,2 1,8 1,9 1,9 1,9 1,8 1,9

Rede actualTOTAL Região Classe Social

Fonte: Marktest - Dezembro 2003

135

Anexo 52: Grau de Satisfação com os Serviços Prestados pelos Operadores de Rede Móvel Notas: Empresas que possuem telemóveis

Gr. Lisboa Gr. Porto Lit. Norte Lit. Centro Int. Norte SulMuitíssimo satisfeito 2433 1353 727 394 674 192 700 378 107 382

4,0 4,6 2,7 3,3 4,4 2,4 5,1 3,9 1,2 7,2Muito satisfeito 14328 7200 5978 1790 3824 2031 2754 2537 2187 994

23,4 24,6 22,3 15,0 25,0 24,9 20,1 26,2 23,9 18,6Satisfeito 41956 19714 18392 8383 10598 5832 9128 6402 6341 3655

68,4 67,3 68,7 70,4 69,4 71,5 66,6 66,2 69,2 68,5Pouco satisfeito 2777 777 1260 817 632 139 788 480 544 194

4,5 2,7 4,7 6,9 4,1 1,7 5,7 5,0 5,9 3,6Nada satisfeito 1162 229 406 527 129 180 495 0 251 106

1,9 0,8 1,5 4,4 0,8 2,2 3,6 0,0 2,7 2,0Base 61305 29273 26763 11912 15271 8159 13701 9672 9169 5332

TOTAL Vodafone RegiãoTMN Optimus

Fonte: Datae – Dezembro 2003

136

Anexo 53 – Catálogo de Tarifário Vitamina da Vodafone

137

Anexo 54: Catálogo dos Tarifários Pack Empresa

138

Anexo 55: Catálogo dos Tarifários Pack Pró

139

Anexo 56: Investimentos Publicitários

Ranking Anunciantes Investimento Quota (em %)1 TMN 71,064,671 2,72 Vodafone 68,802,561 2,63 Lòreal - Portugal, Lda 65,188,380 2,54 Procter & Gamble 58,880,967 2,25 Leverelida - Dist. Prod. Limpeza Hig. Pessoal 56,829,557 2,16 Danone Portugal S.A 50,908,089 1,97 Reckitt Benckiser 48,807,535 1,88 Modelo Continente Hipermercados S.A. 46,315,588 1,79 Nestle Portugal S.A 44,448,458 1,710 Lactogal - Pord. Alimentares S.A. 43,420,867 1,611 Portugal Telecom 34,891,971 1,312 Optimus Telecomunicações S.A 33,425,124 1,313 Grupo Banco Comercial Português 32,969,120 1,214 Arbora & Ausonia Holding 31,328,353 1,215 Unicer - Bebidas de Portugal S.A. 30,474,670 1,2

Total Mercado 2,647,534,984

TOP 15 Anunciantes - Jan/Dez 2003

Fonte: MPG\MediaMonitor

140

Anexo 57: Investimentos Publicitários em TV, Rádio, Imprensa, Exterior e Cinema

Ranking Anunciantes Investimento Quota (em %)1 Lòreal - Portugal, Lda 58,038,886 3,52 Procter & Gamble 57,697,665 3,43 TMN 54,807,946 3,34 Vodafone 52,622,143 3,15 Leverelida - Dist. Prod. Limpeza Hig. Pessoal 52,082,280 3,16 Reckitt Benckiser 48,693,915 2,97 Danone Portugal S.A 47,304,240 2,88 Lactogal - Pord. Alimentares S.A. 43,068,629 2,69 Modelo Continente Hipermercados S.A. 37,911,905 2,310 Nestle Portugal S.A 36,333,509 2,211 Arbora & Ausonia Holding 30,543,455 1,812 Ferrero Iberica S.A 25,441,872 1,513 Optimus Telecomunicações S.A 24,550,255 1,514 TV Cabo Portugal 23,796,309 1,415 ITMI Norte Sul Portugal S.A 23,343,535 1,4

Total Mercado 1,672,856,371

TOP 15 Anunciantes em TV - Jan/Dez 2003

Ranking Anunciantes Investimento Quota (em %)1 TMN 7,008,989 4,12 Grupo Banco Comercial Português 5,881,365 3,43 Modelo Continente Hipermercados S.A. 5,864,071 3,44 Grupo Espirito Santo 5,777,796 3,45 Vodafone 4,700,045 2,76 Portugal Telecom 4,693,168 2,77 Santa Casa da Misericordia de Lisboa 4,338,668 2,58 Companhia Port. de Hipermercados 3,857,039 2,29 Banco Português de Investimento 3,520,194 210 Optimus Telecomunicações S.A 3,303,892 1,911 World Editing 2,843,462 1,712 Renault Portuguesa 2,758,245 1,613 Multiopticas Unipessoal 2,420,788 1,414 Automoveis Citroen SA 2,350,331 1,415 Fiat Auto Portuguesa SA 2,344,635 1,4

Total Mercado 172,079,585

TOP 15 Anunciantes em Rádio - Jan/Dez 2003

141

Ranking Anunciantes Investimento Quota (em %)1 Impala - Soc. Editorial Lda 9,988,522 1,72 TMN 7,358,951 1,23 Renault Portuguesa 6,656,535 1,14 Vodafone 5,511,580 0,95 Banco Português de Investimento 5,352,936 0,96 Lòreal - Portugal, Lda 5,291,660 0,97 Grupo Caixa Geral de Depositos 4,532,635 0,88 Portugal Telecom 4,514,127 0,89 Tempus Internacional Lda 4,173,104 0,710 Parfums et Beaute 4,144,008 0,711 Nokia - Telecomunicações Portugal SA 4,032,045 0,712 Grupo Banco Comercial Português 3,963,912 0,713 Optimus Telecomunicações S.A 3,848,499 0,614 SIVA - Soc.Importadora Veiculos Automoveis 3,812,205 0,615 Opel Portugal - Com. e Ind de Veiculos SA 3,733,141 0,6

Total Mercado 592,549,178

TOP 15 Anunciantes em Imprensa - Jan/Dez 2003

Ranking Anunciantes Investimento Quota (em %)1 UNICER - Bebidas de Portugal SA 6,168,282 3,12 Central de Cervejas 5,906,566 33 Tempus Internacional Lda 5,640,251 2,84 Vodafone 5,059,940 2,55 Bacardi - Martini Portugal 4,821,364 2,46 Nestle Portugal SA 4,806,467 2,47 Beiersdorf Portuguesa Lda 3,630,430 1,88 Portugal Telecom 3,222,980 1,69 Danone Portugal SA 2,921,960 1,510 FIMA - Prod. Alimentares 2,828,581 1,411 Igloola - Distrib. Gelados e Ultracongelados 2,779,009 1,412 Leverelida - Dist. Prod. Limpeza Hig. Pessoal 2,225,385 1,113 TVI Televisão Independente SA 2,219,681 1,114 Empresa Jornal de Noticias SA 2,205,219 1,115 Peugeot Portugal Automoveis SA 2,099,769 1

Total Mercado 200,147,225

TOP 15 Anunciantes em Exterior - Jan/Dez 2003

142

Ranking Anunciantes Investimento Quota (em %)1 Vodafone 908,852 9,22 Bacardi - Martini Portugal 844,164 8,53 UNICER - Bebidas de Portugal SA 817,961 8,34 Jardim Zoologico e de Aclim. Em Portugal SA 796,212 85 Santa Casa da Misericordia de Lisboa 546,224 5,56 TV Cabo Audiovisuais 441,271 4,57 Nokia - Telecomunicações Portugal SA 390,832 3,98 Ibersol SGPS SA 292,704 39 Peugeot Portugal Automoveis SA 285,877 2,910 Parfums et Beaute 275,013 2,811 Fund. O Seculo 264,036 2,712 Nestle Portugal SA 226,253 2,313 Polimaia - Soc. Ind. Quimica 206,557 2,114 Beiersdorf Portuguesa Lda 193,601 215 Compal - Comp. Prod. Conservas Alimentares 172,195 1,7

Total Mercado 9,902,626

TOP 15 Anunciantes em Cinema - Jan/Dez 2003

Fonte: MPG\MediaMonitor Anexo 58: Recordação Publicitária

TOP 10 Marcas - Recordação Publicitária1 Vodafone2 Coca Cola3 Optimus4 TMN5 Continente6 Frize7 Danone8 Jumbo9 Nike10 Skip

Faixa etária 8/14 anos 15/24 anos 25/34 anos 35/44 anos 45/54 anos 55/64 anos1 Vodafone Vodafone Vodafone Vodafone Vodafone Continente2 Continente Optimus Optimus Coca Cola Coca Cola Vodafone3 Coca Cola Coca Cola TMN Optimus Continente Coca Cola4 Nike TMN Coca Cola TMN TMN Jumbo5 Optimus Nike Continente Continente Frize TMN

TOP 5 Marcas - Recordação Publicitária

Fonte: MPG 2003

143

Anexo 59: Catálogo Parcial da 13ª Edição do Clube Viva

144

145

Anexo 60: Capa da Revista Clube Viva 11ª Edição

146

Anexo 61: Capa da Revista Clube Viva 15ª Edição

147

Capítulo 6: Nota Pedagógica

6.1. Tema Central

O caso Vodafone visa, essencialmente, servir como base para o estudo e discussão de temas

como a fidelização do cliente, satisfação do cliente, qualidade do serviço, programas de

fidelização e custos de mudança.

6.2. Resumo do Caso

A Vodafone, inserida num dos mercados mais agressivos do país, tem a ênfase do seu

negócio das telecomunicações móveis. De uma maneira geral, este caso consiste no relato

do modo como esta empresa trabalha a retenção dos seus clientes, num mercado cujo

principal factor de decisão na escolha de um operador é o preço.

Actualmente, novas oportunidade se colocam, com a introdução da tecnologia de 3ª

geração. Adicionalmente, levantam-se desafios imperativos relacionados com uma eficaz

fidelização do cliente. Assim, torna-se indispensável uma profunda análise da realidade e o

desenvolvimento de novas estratégias de fidelização.

6.3. Objectivos Pedagógicos

Pretende-se com este caso sensibilizar os alunos/formandos para a disciplina de retenção

dos clientes. O objectivo passa pela familiarização de ferramentas como programas de

fidelização e criação de custos à mudança. Para além disso, os conceitos de satisfação do

cliente e qualidade do serviço devem ser entendidos como parte integrante do processo de

fidelização de clientes. Especificamente, os alunos deverão ser capazes de:

Desenvolver uma eficiente estratégia de fidelização da carteira dos clientes;

Identificar os aspectos relevantes na criação de um conceito de fidelização;

Implementar programas de fidelização e gerir custos à mudança.

148

6.4. Pré-Requisitos

Parte-se do princípio que os alunos/formandos adquiriram antecipadamente conhecimentos

académicos teóricos sobre os conceitos de fidelização do cliente, satisfação do cliente,

qualidade do serviço, programas de fidelização e custos de mudança.

6.5. Público - Alvo

Este caso deve ser apresentado, sobretudo a alunos do ensino superior, tanto ao nível da

licenciatura como da pós-graduação, que frequentem disciplinas de marketing e a quadros

de empresas ligados a serviços e a departamentos de retenção.

6.6. Proposta de Estratégia Pedagógica

É aconselhável que o caso seja disponibilizado, para leitura, na aula anterior à data em que

está agendada a discussão.

149

Fase Métodos Material

didáctico Tempo

Introdução O docente deve apresentar, contextualizar e resumir o caso.

Expositivo 10 Minutos

Desenvolvimento Criar grupos de trabalho constituídos por ¾ elementos. O professor deve apresentar as questões para discussão Leitura aprofundada do caso, para identificação dos pontos relevantes para responder às questões levantadas. Promover o debate entre cada grupo e a resolução do caso Apresentar as conclusões de cada grupo e abrir discussão com toda a turma

Interrogativo Activo Activo Expositivo

Caso Acetatos

5 Minutos 10 Minutos 20 Minutos 30 Minutos 60 Minutos

Conclusão Resolver o caso, apresentar as conclusões e as diversas decisões, por parte do docente. Garantir que os objectivos pedagógicos foram atingidos.

Expositivo 30 Minutos

150

6.7. Questões de Discussão a Colocar

1. Com base nos conceitos estudados, indique até que ponto lhe parece que a carteira

de clientes da Vodafone é fiel ou retida.

2. De acordo com as conclusões da questão anterior, classifique o cliente Vodafone no

que respeita à dinâmica fidelização vs satisfação.

3. Com o objectivo de atingir superiores níveis de qualidade do serviço da Vodafone

como se poderia avaliar a qualidade, com base no método SERVQUAL?

4. Caracterize o “Clube Viva” enquanto programa de fidelização e sugira acções para

o tornar mais atractivo.

5. Faça uma análise aos custos de mudança que a Vodafone coloca aos seus clientes e

sugira eventuais medidas a tomar.

6.8. Sugestões de Respostas

1. Com base nos conceitos estudados, indique até que ponto lhe parece que a

carteira de clientes da Vodafone é fiel ou retida.

O cliente fiel é pouco sensível ao factor preço, pretende aumentar a quantidade ou

frequência de compras e assume um papel de influenciador de terceiros (Dick e Basu, 1994;

Zeithaml, Berry e Parasuraman, 1996; Oliver, 1999; Jones e Farquhar, 2003). No entanto,

um cliente pode estar retido e não ser fiel à empresa, nomeadamente, em situações de

monopólio, ou pelo facto de a marca possuir o preço mais baixo (Datta, 2003), ou,

simplesmente, por inércia do consumidor (Fournier, 1998). O tempo, a continuidade e a

duração da ligação são indicadores de retenção, mas não determinam se o cliente é ou não

fiel (Barnes, 2001). Pode considerar-se que a fidelização de clientes é um conceito mais

restrito do que a retenção, na medida em que o cliente pode realizar repetidas compras à

empresa, e não lhe ser verdadeiramente fiel.

151

Mediante estes conceitos teóricos, os alunos devem analisar os dados indicadores de

fidelização dos clientes Vodafone e daí tirar conclusões. Verifica-se (Anexo 26) que a

principal razão, indicada por cerca de 37,2% dos inquiridos, apontada pelos consumidores

Vodafone para virem a utilizar outros operadores, é o factor preço/condições. O 2º lugar é

ocupado por “insatisfação com o actual operador”, e obteve um valor muito menos

expressivo com apenas 9% das respostas. Pode-se, facilmente, concluir que o preço

constitui um atributo chave para os clientes Vodafone. Convém sublinhar que nenhum dos

primeiros sete pontos indicados tem qualquer carácter afectivo. Ora, a característica mais

importante de um cliente fiel, é ser insensível ao factor preço e, perante este cenário, tal

característica não pode ser identificada nos clientes Vodafone. Se adicionar a este dado o

facto de a Vodafone ser considerada o operador com piores preços (Anexo 29), pode-se

presumir que existe inércia no consumidor Vodafone. No anexo 23 verifica-se que 5,6%

dos clientes Vodafone tem intenção de deixar de utilizar o actual operador de rede móvel.

Esta percentagem é menor do que a dos concorrentes directos.

Sugere-se ainda que os alunos utilizem os vários modelos de fidelização presentes na sub-

secção 2.1.1. para caracterizarem o cliente Vodafone.

Assim, de acordo com o estudo Dick e Basu (1994) pode-se caracterizar o relacionamento

da Vodafone com os clientes como “Fidelização Não Genuína”, isto porque, existe

repetição de compra mas não uma atitude afectiva positiva. Segundo os autores Raphel e

Raphel (1996), “Clientes Regulares” são os que compram frequentemente

produtos/serviços, mas não elogiam a qualidade do negócio a terceiros. Já Oliver (1999)

defendeu que a fidelização do cliente é atingida através de quatro passos sequenciais. Os

clientes Vodafone estão na fase “Acção Fidelização”, ou seja, convertem intenção em

compra. Mas só com a passagem do tempo e mais compras repetidas, o nível mais intenso

de fidelização do cliente é atingido.

Na investigação de Ganesh et al. (2000) o caso Vodafone encaixa na chamada “Fidelização

Passiva”, que constitui um comportamento reactivo, com sensibilidade a alterações no

152

preço ou a aumentos de competitividade, e é significantemente influenciado pelos custos de

mudança percepcionados. Na sua investigação, Baloglu (2002) definiu diferentes tipos de

fidelização. Os clientes Vodafone identificam-se no que se designa por “Fidelização

Suspeita”, ou seja, compram repetidamente a marca, mas mantêm uma baixa atitude

favorável em relação à mesma.

Em suma, os clientes Vodafone valorizam o factor preço, mas identificam o operador como

o mais caro, não indicam qualquer atributo afectivo como razão para mudar de operador e,

no entanto, poucos fazem tensão de alterar de fornecedor, o que demonstra inércia. Perante

este cenário, pode-se concluir que os clientes Vodafone estão retidos mas não são fiéis.

2. De acordo com as conclusões da questão anterior, classifique o cliente

Vodafone no que respeita à dinâmica fidelização vs satisfação.

Na questão anterior, concluiu-se que o cliente Vodafone está retido, mas não fidelizado,

uma vez que parece existir uma falha na ligação afectiva à marca. Os modelos a estudar,

para responder a esta questão, não abordam o conceito de cliente retido ou fidelização, mas

antes de fraca ou elevada fidelização. Assim, deve-se considerar, nesta questão, o termo de

baixa/fraca fidelização como sinónimo de cliente retido.

Um cliente é fidelizado quando se consegue criar uma ligação emocional do consumidor à

personalidade da marca e na medida em que se é capaz de conseguir uma elevada repetição

da operação de compra, num determinado período de tempo. Existem basicamente duas

estratégias que conduzem à repetição da compra, por parte do cliente, que são a existência

de custos de mudança e a satisfação do cliente (Huete, 1998).

Através da observação do anexo 46, verifica-se que a Vodafone, em termos totais, possui

um elevado grau de satisfação dos clientes, cerca de 21,4% afirmam estar totalmente

satisfeitos e 19,4% estão muito satisfeitos. Os anexos 47, 48, 49, 50, 51 e 52 desagregam o

índice de satisfação total de forma a ser possível interpretá-lo. É visível que existe uma

153

grande percentagem de clientes totalmente satisfeitos com a área de cobertura (20,8%),

qualidade das comunicações (22,6%), cobertura no interior de edifícios (12,7%), serviço de

apoio ao cliente (21,5%), número de lojas disponíveis (19,7%). Relativamente à satisfação

quanto aos serviços prestados, 67,3% dos inquiridos afirmam estar apenas satisfeitos.

Pode concluir-se que, de um modo geral, o cliente Vodafone está satisfeito com o serviço

prestado. Pesquisas demonstraram que os clientes satisfeitos possuem uma reduzida

sensibilidade ao preço; possibilitam o crescimento da base de dados de clientes através da

publicidade passa palavra (Fornell, 1992; Anderson, Fornell e Lehman, 1994; Zeithaml et

al., 1996; Hart e Johnson, 1999); possuem uma maior probabilidade de repetição da compra

(LaBarbera e Mazursky, 1983; Taylor e Baker, 1994; Zeithaml et al.1996; Bolton, 1998;

Hart e Johnson, 1999) e tendem a usar mais o serviço (Ram e Jung, 1991; Bolton e Lemon,

1999). No caso em estudo, a pouca sensibilidade ao preço não é uma realidade, já que o

factor preço é o primeiro a ser identificado (Anexo 26) como razão de mudança de

operador.

De seguida, pretende-se caracterizar o cliente Vodafone, com base nos modelos

apresentados na sub- secção 2.1.3 da revisão teórica, quanto às variáveis fidelização e

satisfação.

O autor Huete (1998) classificou os clientes segundo uma matriz que tem em conta as

variáveis fidelização e satisfação. Neste âmbito, o cliente Vodafone está satisfeito, mas

possui um nível de fidelização baixo, portanto, é definido como “mercenário”, isto é, não

possui vínculo emocional à empresa e é seduzido por promoções ou factor preço.

Adicionalmente, Huete (1998) resume a relação entre satisfação e fidelização a três áreas.

No caso em estudo, verifica-se que os clientes estão na zona designada por “Indiferença”,

ou seja, onde estão os clientes mais ou menos satisfeitos mas com fraca fidelização.

154

O mesmo autor refere ainda que não há garantias que um cliente retido esteja satisfeito. Em

mercados com poucos fornecedores, os clientes podem estar retidos por falta de

alternativas. Efectivamente o mercado de telecomunicações português têm apenas três

operadores o que, por sua vez, pode originar a retenção de clientes mesmo que insatisfeitos.

Assim, neste contexto, pode-se pensar que haverão clientes Vodafone retidos e insatisfeitos

mas que mantêm o fornecedor por falta de alternativas.

Em síntese, o cliente Vodafone apresenta baixos níveis de fidelização e um nível de

satisfação elevado. No entanto, não se pode considerar que todos os clientes retidos estejam

satisfeitos. Como existem poucos operadores de telecomunicações no mercado, clientes que

estão insatisfeitos irão manter o fornecedor devido à falta de alternativas disponíveis.

3. Com o objectivo de atingir superiores níveis de qualidade do serviço como

poderia a Vodafone avaliar a qualidade, com base no método SERVQUAL?

Os autores Parasuraman, Zeithaml e Berry identificaram, em 1985, dez dimensões que

caracterizam a qualidade dos serviços: fiabilidade, responsabilidade, competência, acesso,

cortesia, comunicação, credibilidade, segurança, tangibilidade e conhecimento do

consumidor. Em 1988, num aperfeiçoamento da investigação, reduziram o modelo a cinco

variáveis, utilizadas pelos clientes para avaliar a qualidade do serviço: tangibilidade,

capacidade de resposta, confiança/segurança e empatia. No seguimento destas cinco

dimensões, desenvolveram o modelo SERVQUAL. Este método define a qualidade de

serviço como o diferencial entre as expectativas do cliente sobre o serviço e a performance

efectivamente experimentada do mesmo.

A Vodafone, antes de aplicar o modelo operacional, deve tentar conhecer e compreender

quais são as principais expectativas e necessidades dos seus actuais clientes em relação ao

serviço prestado. A forma de o fazer é perguntar-lhes, através da utilização de ferramentas

como inquéritos, grupos de foco, entrevistas telefónicas e pessoais. Assim será possível

155

obter uma base de dados com os atributos que são valorizados no serviço e, em simultâneo,

caracterizadores das cinco dimensões do modelo SERVQUAL.

Após a identificação das reais expectativas dos clientes, em relação a cada uma das

dimensões do serviço, torna-se necessário garantir a correcta tradução das mesmas na

concepção das especificações do serviço. A equipa de marketing deve reunir e interpretar

os dados na perspectiva do consumidor. Erros, nesta fase do processo, podem originar

especificações do serviço não valorizadas pelo cliente. A equipa deve efectuar um brain

storming de modo a serem ouvidas as mais diversas opiniões e, com serenidade, chegarem

a conclusões. No caso de existirem dúvidas sobre determinados dados deve-se voltar a

efectuar questões aos clientes que permitam clarificar a situação. No final desta fase, devem

ficar definidas as especificações do serviço que vai ser colocado ao dispor do mercado.

De seguida, deve ser assegurado que não existe uma diferença entre as especificações de

qualidade de serviço definidas e o serviço efectivamente entregue. Nomeadamente, a

variável do desempenho do pessoal de contacto directo com os clientes, entre outras causas,

pode provocar uma distorção em relação aos padrões estabelecidos. No caso Vodafone, o

contacto com o cliente é efectuado, essencialmente, através das lojas, assistentes das linhas

de apoio e gestores de conta. Inicialmente, deve-se investir na formação deste

colaboradores ao nível do atendimento e serviço que se pretende dar ao cliente. No caso das

lojas, é conveniente recorrer ao cliente mistério de forma a certificar-se de que o cliente é

atendido como pretendido. As chamadas telefónicas das assistentes, das diversas linhas de

apoio ao cliente, devem ser ouvidas, de forma aleatória e sistemática, pelos supervisores de

modo a ser possível avaliar o serviço prestado. Devem ser efectuados inquéritos ao cliente

empresarial, de modo a obter-se a percepção da qualidade das visitas/reuniões com o gestor

de conta. Ainda sobre estes últimos, com uma certa periodicidade, as chefias de vendas

devem acompanhar os comerciais no terreno com o fim de avaliar a sua performance no

terreno.

156

Adicionalmente, deve ser assegurado que não existe distinção entre o serviço efectivamente

prestado e o serviço comunicado. Isto é, todos os meios de comunicação utilizados, desde a

publicidade na televisão ao catálogo das lojas, devem ser coerentes e transmitir, de forma

precisa, o serviço prestado.

Por fim, a Vodafone poderá ter em seu poder informação sobre a satisfação de um

consumidor, ao conhecer a lacuna entre o serviço esperado e o serviço percebido. Esta

informação poderá ser recolhida através de inquéritos telefónicos a clientes que

recentemente se tenham dirigido às lojas, ligado às linhas de apoio ou sido visitados por um

gestor de conta. Com estes dados, os gestores da Vodafone saberão se estão a deliciar os

clientes ou a desiludi-los.

Em resumo, a Vodafone ao utilizar o serviço SERVQUAL conseguirá diminuir e/ou

eliminar as diferenças entre as expectativas do cliente e o serviço efectivamente prestado.

4. Caracterize o “Clube Viva” enquanto Programa de fidelização e sugira acções

para o tornar mais atractivo.

A resposta a esta questão deve ser baseada na informação teórica disponível nas secções

3.1. Nesta altura, o conceito e objectivo de um programa de fidelização deve estar claro

para os alunos. Recapitulando, os programas de fidelização são acções contínuas que

recompensam os clientes fiéis. O objectivo dos programas de fidelização é estabelecer um

elevado nível de fidelização dos clientes que pertencem aos segmentos mais lucrativos

(Bolton e Kannan, 2000).

Para começar, é necessário perceber se estamos perante um programa de fidelização ou

uma promoção de vendas. Assim, a análise deve ter como base as variáveis definidas por

157

Bogmann (2000) para distinguir as duas ferramentas. É possível verificar que o Clube Viva

tem como:

Objectivo: Criar um relacionamento com o cliente;

Público: Todos os consumidores

Recompensa para o cliente: de longo prazo

Duração: de longo prazo

Está definido como um programa de fidelização excepto na variável “Público”. Segundo o

autor, um programa de fidelização tem como público os consumidores mais frequentes, de

maior consumo médio e mais fiéis. Apesar desta questão, podemos considerar o Clube Viva

como um programa de fidelização, uma vez que o mesmo consiste em acrescentar mais

valor aos utilizadores que mais usam os serviços Vodafone, logo os mais frequentes (Huete,

1998).

Uma característica visível do programa de fidelização, conforme o estudo de Kim, Shi e

Srinivasan (2001) é resolver problemas de “sazonalidade”. O Clube Viva possibilita a

conversão de pontos em chamadas e mensagens no horário privado, de forma a não

sobrecarregar a rede e a permitir receitas do horário profissional.

Vários autores desenharam modelos conceptuais de programas de fidelização com base no

tipo de recompensas e na escolha do momento certo. Segundo o modelo de Rothschild e

Gaidis (1981), o Clube Viva opta por um tipo de recompensa primário (com utilidade

intrínseca no produto/serviço) e por retardar o momento. No caso da abordagem de

Dowling e Uncles (1997), o programa de fidelização da Vodafone é de recompensa directa

(recompensas que suportam directamente o valor proposto de um determinado produto) e

retarda o momento da recompensa.

Dos diversos modelos disponíveis, o Clube Viva pode ser caracterizado como um “modelo

de recompensas” porque consiste num programa que procura recompensar a lealdade do

cliente através de pontuações (Rapp e Collins, 1994; Huete, 1998; Lara e Casado, 2002).

158

Tendo em conta o número de empresas que participam e o grau de implicação das mesmas,

o Clube Viva pode ser identificado como de “Marca Própria”, isto é, tem origem na

necessidade e intenção da empresa em desenvolver um programa que a represente junto do

consumidor (Lara e Casado, 2002).

O trabalho de O´Brien e Jones (1995) indica que o valor para o cliente de um programa de

fidelização é determinado por cinco elementos. É importante efectuar a análise destes

elementos no âmbito do Clube Viva. Assim, verifica-se o seguinte:

Valor monetário da recompensa: o cliente Vodafone poderá converter os pontos

atribuídos em descontos no preço de telemóveis/acessórios e/ou em chamadas,

mensagens escritas e mensagens multimédia gratuitas.

Leque de escolhas das recompensas: existem, em média, 4 a 5 telefones à escolha,

cerca de 10 acessórios alternativos; 4 escalões de conversão de pontos vs quantidade

de comunicações.

Valor esperado das recompensas: o cliente tem noção real do valor das

recompensas, o preço de venda ao público dos telemóveis e acessórios é colocado

no material de divulgação do Clube Viva. Relativamente às comunicações é mais

simples, o cliente sabe quanto paga se efectuar determinada comunicação, portanto

se converter pontos poupa esse valor.

Probabilidade percepcionada de atingir as recompensas: este ponto está relacionado

com o consumo que dado cliente efectuar. É anunciado que 1 euro=2 pontos: assim

o cliente pode facilmente calcular, com base no consumo médio que efectua,

quando poderá usufruir das condições do programa.

Esquema fácil de utilizar: a Vodafone disponibiliza vários meios para facilitar a

relação do cliente com o Clube Viva, como uma linha de Call Center directa, lojas

próprias e edição electrónica.

Por fim, convém realçar que a Vodafone procura, com cada edição, encontrar uma

adequação aos diferentes segmentos de mercado. Cada edição é importante porque o

159

programa não pode ser algo constante no tempo, exige uma constante actualização e

inovação (Brito e Ramos, 2000).

É também solicitado aos alunos que sugiram acções para tornar o Clube Viva mais

atractivo. Pretende-se que a resposta seja inovadora e criativa. Uma acção a tomar seria

segmentar o Clube Viva de acordo com o tipo de clientes. Tornar a oferta mais

específica e mais de encontro a cada tipo de clientes. Actualmente, seja um cliente

empresarial ou particular, o programa disponível é exactamente o mesmo. O Clube

Viva, como actualmente existe, ficaria para os particulares e seria criado outro para o

segmento empresarial, com produtos/serviços mais de vanguarda tecnológica e de cariz

mais profissional. Uma outra sugestão poderia ser incluir a assistência técnica no Clube

Viva, isto é, x pontos poderiam ser convertidos na reparação gratuita de um

telemóvel/acessório. Ao nível da distribuição, o facto de disponibilizar a oferta nas lojas

de agentes aumentaria o número de pontos disponíveis com o programa, o que

facilitaria a vida ao cliente. Para finalizar, poderia existir um telemóvel em cada edição

que pudesse ser adquirido a custo zero, mediante um determinado número de pontos, ou

seja, não haver um valor monetário simbólico a ser disponibilizado pelo cliente.

Em linhas Gerais, o Clube Viva é um programa de fidelização e não uma promoção.

Tenta combater as questões de sazonalidade, nomeadamente, aumentar as

comunicações no horário privado. Opta por recompensas fortemente ligadas ao serviço

e procura retardar o momento da mesma.

5. Faça uma análise aos custos de mudança que a Vodafone coloca aos seus

clientes e sugira eventuais medidas a tomar.

Procura-se, com esta questão, promover uma reflexão sobre a definição de custos de

mudança. Assim, pretende-se que sejam capazes de distinguir os diferentes tipos de

custos de mudança existentes no caso Vodafone e, eventualmente, sugestão de novos.

160

Através da leitura do caso Vodafone, é possível identificar-se os seguintes custos à

mudança para o cliente que pretende mudar de operador:

1. Os pontos do Clube Viva ganhos até à data e não consumidos serão

perdidos;

2. Os saldos ou minutos acumulados não são reembolsados;

3. Perda ou portabilidade do número. No caso de se pretender a portabilidade

do número, existe de igual forma um custo de transacção, visto que sempre

que alguém efectuar uma chamada para um número portado irá ouvir uma

mensagem a indicar a que rede móvel pertence o número. Esta gravação

poderá induzir em erro ao dar a ideia que o número está desligado,

consequentemente, não será ouvida até ao fim, a chamada é desligada e o

contacto perdido.

4. Pelo simples facto de a Vodafone ter um universo de clientes vasto, a

mudança de operador acarreta um maior número de comunicações para

outras redes, o que implicaria um maior custo financeiro das chamadas.

5. Existe uma série de serviços de apoio a clientes especializados por serviço

(rede móvel, rede fixa, Internet, clube viva, …) e segmento de mercado

(Empresarial, consumo e jovem). Com uma mudança de operador, o cliente

teria de “decorar” novos contactos e perceber em que momento cada um lhe

poderá ser útil.

6. Os canais de distribuição e a sua especialização por tipo de cliente

(empresarial, particular, jovem, empresário em nome individual…) varia

consoante o fornecedor. Portanto, um novo fornecedor acarreta uma

aprendizagem ao nível do canal de distribuição disponível (para o caso em

concreto), bem como a sua localização para futuras compras.

7. A aquisição de telemóveis através do Clube Viva obriga a um compromisso

de permanência de 18 meses e a um consumo que, durante esse período,

totalize os € 150. Neste caso, existe um contrato assinado pelo cliente.

Assim, se pretender alterar o fornecedor, deverá liquidar uma indemnização.

161

8. Os contratos de permanência são individuais e iniciam na data de emissão da

factura de venda. Como se trata de um vínculo individual, um cliente com

vários números, que efectuou encomendas em momentos distintos, terá uma

data de fim de contrato para cada um. Por exemplo, o contrato de

permanência de um número poderá estar a terminar, mas os restantes

números do mesmo cliente podem ainda estar no início do período de

fidelização.

9. Todos os telemóveis adquiridos à Vodafone estão bloqueados à rede, isto é,

não podem ser utilizados por números da concorrência. Este bloqueio

origina uma incompatibilidade dos telemóveis Vodafone adquiridos com os

cartões TMN e Optimus.

10. A alteração de operador obriga o cliente a informar-se sobre os tarifários,

serviços disponíveis e efectuar uma comparação

11. Deixam de ser clientes de uma marca com forte notoriedade nacional e

internacional. Nenhum dos outros operadores apresenta uma marca

conhecida além fronteiras.

Uma vez identificados os custos de mudança, é necessário classificá-los, para isso,

utilizaremos aqui as várias propostas referidas na revisão da literatura na sub-secção

3.2.1.

Klemperer (1987) distinguiu três tipos de custo de mudança:

Transacção: custos que ocorrem no início ou no final de um relacionamento

existente. Correspondem aos custos 1,2,3,4 e 10 identificados em cima.

Aprendizagem: representam o esforço do consumidor para obter o mesmo nível

de conforto com o novo fornecedor. São os custos 5 e 6.

Contratuais: criados deliberadamente pela empresa. Estão presentes nos custos

7,8 e 9.

162

O modelo de Guiltnan (1989) identificou quatro variáveis de custos de mudança:

Contratuais: são os custos iniciais, de transacção e aprendizagem. Estão

representados nos pontos 5, 6, 7, 8 e 9.

Arranque: custo de iniciar o relacionamento. O estudo da situação necessário a

que se refere o ponto 10.

Comprometimento psicológico: diz respeito a despesas ocorridas no passado.

Engloba os pontos1, 2 ,3 e 11.

Continuidade: reflecte os custos de oportunidade e os riscos percepcionados

associados à mudança de um fornecedor. É o custo 4.

A abordagem de Nilssen (1992) baseia-se nos seguintes custos:

Endógenos: equivalente aos custos de comprometimento psicológico de

Guiltnan, ou seja, os custos1,2, 3 e 11.

Exógenos: corresponde aos custos contratuais de Klemperer. É visível nos

tópicos 7,8 e 9.

Transacção e aprendizagem: possuem o mesmo sentido da designação de

Klemperer. Aparecem nos pontos 4,5,6 e 10.

Adicionalmente, Gremler (1995) chama a atenção para os custos de pesquisa, representados

pelo custo 10, e custos de inércia e hábito.

A tipologia de Burnham, Frels e Mahajan (2003) propõe três classificações de custos:

Informação: envolve principalmente as variáveis tempo, dinheiro de aprendizagem e

arranque. Constituem os custos 5,6, 10.

Contratais: consiste em perdas do benefício e financeiras. Aparecem nos pontos

1,2,3,4,7,8 e 9.

Relacionais: é o desconforto psicológico e emocional devido à perda de identidade e

quebra de ligação. É o tópico 11.

163

Caruana (2004) classifica estes custos como sendo:

Monetários: perdas financeiras, isto é, custos 2,4,7 e 8.

Não monetários: custos sem cariz económico, visíveis nos pontos1,3 e 9.

Reais: que existem efectivamente como os tópicos 5,6 e 10

Percepcionados: relacionados com valores emocionais e psicológicos, como aparece

no ponto11.

De seguida, pretende-se que os alunos sugiram novos custos à mudança a adoptar. Esta

parte da pergunta deve estimular a imaginação dos estudantes de modo que não exista uma

resposta certa ou errada. Uma sugestão poderá ser um maior aproveitamento das vendas

cruzadas. Actualmente, o facto de um cliente ter vários serviços Vodafone (ex: rede fixa,

gsm ou Internet) em termos de pontos do Clube Viva não implica qualquer distinção. Ou

seja, apenas o que consumir em rede móvel será convertido em pontos. Seria interessante

atribuir também pontos à facturação dos outros serviços. E essa atribuição poderia ter uma

escala consoante o número de serviços subscritos pelo cliente, por exemplo:

Serviços Subscritos Atribuição de pontos

GSM €1= 2 pontos

GSM + Rede fixa € 1= 3 pontos

GSM + Rede Fixa + Internet € 1 = 4 pontos

Em suma, os custos à mudança identificados são, na sua maioria, deliberadamente criados

pela Vodafone de forma a penalizar os clientes que pretendam abandonar o fornecedor.

164

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