termo de referência - consultoria para ssu...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes...

21
Norma de Projetos de Engenharia NPE - 007 DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento DTE Diretoria Técnica e de Engenharia GPE Gerência de Projetos de Engenharia Avenida Cruz Cabugá, 1387, Santo Amaro Recife PE | CEP 50.040-000 Fone: (81) 3412-9570 Este documento, como qualquer outro, é um documento dinâmico, podendo ser revisado sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à GPE. SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 2 2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................................. 2 3. DEFINIÇÕES.................................................................................................................................. 4 4. DIRETRIZES BÁSICAS ................................................................................................................ 6 5. DETERMINAÇÃO DO TRAÇADO .............................................................................................. 7 6. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO ....................................................................................... 8 7. ÓRGÃOS ACESSÓRIOS ............................................................................................................. 11 8. TUBULAÇÕES ............................................................................................................................ 16 9. VALAS DE INSTALAÇÃO ......................................................................................................... 18 10. ANCORAGEM DAS TUBULAÇÕES .................................................................................. 19 11. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS .................................................................................... 19 12. REVISÕES.............................................................................................................................. 21 13. DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 21 14. VIGÊNCIA ............................................................................................................................. 21 15. DIVULGAÇÃO ...................................................................................................................... 21

Upload: others

Post on 10-Oct-2020

21 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

Norma de Projetos de Engenharia

NPE - 007

DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento DTE – Diretoria Técnica e de Engenharia GPE – Gerência de Projetos de Engenharia Avenida Cruz Cabugá, 1387, Santo Amaro Recife – PE | CEP 50.040-000 Fone: (81) 3412-9570 Este documento, como qualquer outro, é um documento dinâmico, podendo ser revisado sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados à GPE.

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 2 2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................................. 2

3. DEFINIÇÕES .................................................................................................................................. 4 4. DIRETRIZES BÁSICAS ................................................................................................................ 6

5. DETERMINAÇÃO DO TRAÇADO .............................................................................................. 7 6. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO ....................................................................................... 8 7. ÓRGÃOS ACESSÓRIOS ............................................................................................................. 11

8. TUBULAÇÕES ............................................................................................................................ 16 9. VALAS DE INSTALAÇÃO ......................................................................................................... 18

10. ANCORAGEM DAS TUBULAÇÕES .................................................................................. 19 11. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS .................................................................................... 19

12. REVISÕES.............................................................................................................................. 21 13. DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 21

14. VIGÊNCIA ............................................................................................................................. 21

15. DIVULGAÇÃO ...................................................................................................................... 21

Page 2: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

2/21

1. APRESENTAÇÃO

1.1. A Companhia Pernambucana de Saneamento – COMPESA, ao publicar esta “Norma de Projetos de

Engenharia” visa padronizar os requisitos básicos necessários e demais condições a serem adotadas e

exigidas pela COMPESA na Elaboração de Projetos de Rede de Distribuição de Sistemas de

Abastecimento de Água (SAA).

1.2. A Gerência de Projetos de Engenharia (GPE), subordinada à Diretoria Técnica e de Engenharia (DTE),

é a autoridade funcional na COMPESA responsável pela elaboração deste documento.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

2.1. As normas relacionadas a seguir contêm disposições que constituem prescrições para a presente

norma. Devem ser adotadas as últimas revisões publicadas e em vigor das mesmas:

ABNT NBR 5667 (1, 2 e 3) – Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil;

ABNT NBR 5687 – Tubos de PVC - Verificação da estabilidade dimensional;

ABNT NBR 7665 – Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos de PVC 12 DEFOFO com junta

elástica – Requisitos;

ABNT NBR 7675 – Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas de adução e distribuição de

água – Requisitos;

ABNT NBR 8219 – Tubos e conexões de PVC - Verificação do efeito sobre a água;

ABNT NBR 9650 – Verificação da estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de água –

Procedimento;

ABNT NBR 9822 – Manuseio, armazenamento e assentamento de tubulações de poli (cloreto de vinila) não

plastificado (PVC-U) para transporte de água e de tubulações de poli (cloreto de vinila) não plastificado

orientado (PVC-O) para transporte de água ou esgoto sob pressão positiva;

ABNT NBR 12211 – Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água – Procedimento;

ABNT NBR 12214 – Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento público –

Procedimento;

ABNT NBR 12217 – Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público –

Procedimento;

ABNT NBR 12218 – Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público – Procedimento;

ABNT NBR 12266 – Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água esgoto ou

drenagem urbana – Procedimento;

ABNT NBR 13133 – Execução de levantamento topográfico;

ABNT NBR 13610 – Resinas de PVC - Determinação do valor K - Método de ensaio;

ABNT NBR 14968 – Válvula-gaveta de ferro fundido nodular com cunha emborrachada – Requisitos;

ABNT NBR 15117 – Válvulas-gaveta de ferro fundido com extremidades roscada e flangeada – Requisitos;

ABNT NBR 15561 – Tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 para transporte de água e esgoto sob pressão

– Requisitos;

Page 3: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

3/21

ABNT NBR 15593 – Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgoto sanitário sob

pressão – Requisitos para Conexões Soldáveis de Polietileno PE 80 e PE 100;

ABNT NBR 15750 – Tubulações de PVC-O (cloreto de polivinila não plastificado orientado) para sistemas de

transporte de água ou esgoto sobre pressão – Requisitos e métodos de ensaios;

ABNT NBR 15777 – Convenções topográficas para cartas e plantas cadastrais - Escalas 1:10.000, 1:5.000,

1:2.000 e 1:1.000;

ABNT NBR 15802 – Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de esgotos sob

pressão – Requisitos para projetos em tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 de diâmetro externo nominal

entre 63 mm e 1600 mm;

ABNT NBR 15803 – Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de esgoto sob

pressão – Requisitos para conexões de compressão para junta mecânica, tê de serviço e tê de ligação para

tubulação de polietileno de diâmetro externo nominal entre 20 mm e 160 mm;

ABNT NBR NM 82 – Tubos e conexões de PVC - Determinação da temperatura de amolecimento "Vicat";

ABNT NBR NM 83 – Tubos e conexões de PVC - Determinação da densidade;

ABNT NBR NM 84 – Tubos e conexões de PVC - Determinação do teor de cinzas;

COMPESA CO – 005 – Ligação do Ramal Predial de Água

COMPESA NPE-002 – Diretrizes gerais para estimativa de consumo de água (Consumo Per Capita);

COMPESA NPE-003 – Diretrizes para elaboração, formatação e apresentação de orçamentos de engenharia;

COMPESA NPO-021 – Norma Técnica de Cadastramento de Sistemas de Abastecimento de Água;

COMPESA NTC-003 – Inspeção de produto;

COMPESA NTC-004 – Garantia e assistência técnica de produto;

COMPESA NTC-007 – GRUPO B - Software para Datalogger e Controladores;

COMPESA NTC-008 – Acionamento Elétrico para Válvula Borboleta;

COMPESA NTC-016 – Medidor de nível ultrassônico;

COMPESA NTC-017 – Medidor de vazão eletromagnético tipo tubo com trecho reto;

COMPESA NTC-020 – Medidor de vazão ultrassônico intrusivo;

COMPESA NTC-022 – Válvula Redutora de Pressão (VRP) auto-operada;

COMPESA NTC-023 – Tubo de aço carbono com costura biselado;

COMPESA NTC-024 – Válvula borboleta biexcêntrica;

COMPESA NTC-053 – Tubo de ferro fundido dúctil para água;

COMPESA NTC-052 – Ventosa simples;

COMPESA NTC-057 – Ventosa combinada;

COMPESA NTC-058 – Válvula gaveta de ferro fundido nodular de cunha emborrachada;

COMPESA NTC-075 – Datalogger de pressão, nível e vazão;

COMPESA NTC-095 – Transmissor de Pressão;

COMPESA NTC-120 – Tubo de polietileno alta densidade (PEAD) de grande diâmetro;

COMPESA NTC-125 – Medidor de vazão eletromagnético tipo tubo sem trecho reto;

COMPESA NTC-126 – Medidor de vazão ultrassônico em canal aberto;

Page 4: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

4/21

COMPESA NTC-123 – Conexão de ferro fundido dúctil;

COMPESA NTC 132 – Colar de tomada ferro fundido dúctil;

COMPESA NTC-134 – Tê de serviço integrado articulado;

COMPESA NTC-139 – GRUPO B - Controlador para Atuadores Elétricos;

COMPESA NTC-145 – Tubo de PVC-O;

COMPESA NTC-196 – Tubo de polietileno de alta densidade (PEAD) de pequeno diâmetro;

ISO 1167-1 – Thermoplastics pipes, fittings and assemblies for the conveyance of fluids -- Determination of

the resistance to internal pressure-- Part 1: General method;

ISO 9080 – Plastics piping and ducting systems -- Determination of the long-term hydrostatic strength of

thermoplastics materials in pipe form by extrapolation;

ISO 9969 – Thermoplastics pipes -- Determination of ring stiffness;

ISO 12162 – Thermoplastics materials for pipes and fittings for pressure applications -- Classification,

designation and design coefficient;

ISO 16422 – Pipes and joints made of oriented unplasticized poly(vinyl chloride) (PVC-O) for the conveyance

of water under pressure – Specifications;

3. DEFINIÇÕES

ALCANCE DO PROJETO: data prevista para o sistema planejado passar a operar com utilização

plena da sua capacidade;

ALIMENTADOR PRINCIPAL: tubulação da rede de distribuição de maior diâmetro, tem a finalidade de

abastecer tubulações secundárias;

ALTURA MANOMÉTRICA: soma da altura geométrica (diferença de cotas) entre os níveis de sucção e

descarga do fluído com as de carga distribuídas e localizadas ao longo de todo o sistema;

ANEL DE DISTRIBUIÇÃO: alimentadores principais da rede de distribuição que formam um circuito

fechado;

AS-BUILT: expressão inglesa que significa “como construído”;

BERÇO PARA ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÃO: camada de solo ou outro material, situada entre

o fundo da vala e a geratriz inferior da tubulação, com a finalidade de regularização do fundo da vala,

suporte e proteção da tubulação e de suas partes integrantes;

CADASTRO: conjunto de informações dos elementos e dados técnicos de uma instalação existente,

apresentado por meio de textos, representações gráficas em escala adequada. Preferencialmente

digitalizado e georreferenciado.

CARGA MÓVEL: carga oriunda do tráfego de veículos

CARGA DA VALA: carga total a que a tubulação está sujeita, devido a uma ou várias das cargas a

seguir indicadas.

CLASSE DE RIGIDEZ (CR): resistência de um tubo à deformação sob uma carga externa aplicada

segundo um plano diametral.

COEFICIENTE k1, k2, k3:

k1: coeficiente de variabilidade máxima diária do fluxo;

k2: coeficiente de variabilidade máxima horária do fluxo;

Page 5: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

5/21

k3: coeficiente de variabilidade mínima do fluxo.

CONEXÃO SOLDÁVEL DE ELETROFUSÃO: conexão de polietileno para solda de eletrofusão,

provida de bolsa ou sela, que incorpora filamentos nos quais é aplicada uma diferença de potencial. Os

filamentos quando submetidos a uma diferença de potencial, geram calor, possibilitando a soldagem a

um tubo de polietileno ou conexão de polietileno tipo ponta, cuja superfície externa é fundida;

DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL (DE): Corresponde ao simples número que serve para classificar

em dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde

aproximadamente ao diâmetro externo do tubo em milímetros. O diâmetro externo nominal não deve

ser objeto de medição, nem ser utilizado para fins de cálculo;

DIÂMETRO NOMINAL (DN): Corresponde ao simples número que serve para classificar em

dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde

aproximadamente ao diâmetro interno do tubo em milímetros. O diâmetro nominal (DN) não deve ser

objeto de medição, nem ser utilizado para fins de cálculos;

DISTRITO DE MEDIÇÃO E CONTROLE: área delimitada e isolada de forma permanente ou

temporária, por meio de válvulas limítrofes ou limite natural, que possibilita a gestão do sistema por

meio do monitoramento, medição e controle de vazões e/ou pressões na entrada e saída de cada área,

permitindo definir indicadores operacionais, acompanhar a evolução do consumo e avaliar e controlar

perdas de água na rede;

ESPESSURA MÍNIMA DE PAREDE DO TUBO (e): Valor da espessura de parede, medido em

qualquer ponto ao longo da circunferência do tubo, arredondado para o décimo de milímetro mais

próximo;

GRANDE CONSUMIDOR: aquele que, ocupando parte de uma área específica, apresenta um

consumo específico significativamente maior que o produto da vazão específica da área, pela área por

ele ocupada;

LIGAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA: trecho do sistema de distribuição de água objetivando o

abastecimento de um ou mais usuários, compreendido a partir da tomada d´água na rede de

distribuição até a unidade de medição de consumo;

MACROMEDIÇÃO: processo referente a medição, estimação e monitoramento de parâmetros

operacionais hidráulicos em pontos de controle de sistemas de abastecimento de água e/ou de

esgotamento sanitário, tais como vazão, pressão e nível. Medição permanente ou não. Objetiva

controlar as perdas totais, monitorar o controle operacional, avaliar as demandas e o desempenho do

setor de saneamento;

MICROMEDIÇÃO: medição do consumo realizada no ponto de abastecimento de água ou de

contribuição de esgoto sanitário de um determinado usuário, independentemente de sua categoria ou

faixa de consumo. Compreende a medição permanente do volume de água consumido, registrado

periodicamente por meio da indicação propiciada pela unidade de medição de consumo. Objetiva

medir o consumo e contribuir com o controle das perdas totais;

PRESSÃO DINÂMICA DISPONÍVEL: pressão em determinado ponto da tubulação, referenciada ao

nível do terreno, sob condição de consumo;

PRESSÃO ESTÁTICA DISPONÍVEL: pressão em determinado ponto da tubulação, referenciada ao

nível do terreno, sob condição de consumo nulo;

PRESSÃO NOMINAL (PN): pressão de referência para os componentes do sistema, indicada pelo

fabricante, expressa por um número inteiro de unidade de pressão;

PROFUNDIDADE DA VALA: distância vertical entre a superfície do terreno e a geratriz inferior externa

da tubulação, acrescido do berço sob o tubo, quando houver;

Page 6: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

6/21

REDE PRIMÁRIA: composta pelos alimentadores principais da rede de distribuição;

REDE SECUNDÁRIA: composta pelas tubulações secundárias da rede de distribuição;

SETORIZAÇÃO: definição de Zonas de Pressão, com previsão de subdivisão e possibilidade de

isolamento de distritos de macromedição, para localização de perdas e vazamentos;

SETOR DE MANOBRA: menor subdivisão da rede de distribuição, cujo fluxo da água pode ser isolado

ou direcionado para permitir manutenções e/ou intervenções, mantendo o abastecimento do restante

da rede;

TESTE DE ESTANQUEIDADE: técnica de inspeção não destrutiva que permite identificar, medir e

localizar vazamentos de um fluido em sistemas que operam com pressão positiva ou infiltração em

sistemas sob influência de vácuo;

TRANSIENTE HIDRÁULICO: fenômeno gerado em conduto forçado caracterizado pela ocorrência de

ondas de pressão propagadas ao longo da tubulação, por interferência ou por manobra no escoamento

do fluido, pela variação de pressões de trabalho, que podem gerar ou não um golpe de aríete

dependendo da amplitude da onda. Ocorre na passagem de um regime permanente a outro regime

permanente, variando até estabilizar;

TUBO DE POLIETILENO (PE): Tubo fabricado com composto de polietileno na cor azul para

pequenos diâmetros;

TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA: tubulação da rede de distribuição de menor diâmetro que abastece

diretamente os pontos de consumo do sistema;

4. DIRETRIZES BÁSICAS

4.1. Todo Projeto de rede de distribuição deve seguir as prescrições da alternativa escolhida do Estudo de

Concepção, definida entre outros fatores como a mais vantajosa para a COMPESA pela análise de

viabilidade ambiental, técnica, econômica e financeira dentre todas as alternativas.

4.2. O projeto deve ser elaborado com nível mínimo de detalhamento de projeto básico.

4.3. Conforme Lei nº 8.666, o projeto é o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de

precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação,

elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares (Estudo de Concepção), que assegure

a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a

avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

4.4. No projeto da rede distribuidora de água, além da área urbanizada, devem estar incluídos os

loteamentos aprovados pela Prefeitura, em fase de implantação e aqueles ainda não implantados, bem como

os conjuntos habitacionais previstos pelos Governos Estadual e/ou Municipal em fase de implantação.

4.5. Para os loteamentos particulares, a elaboração do projeto e implantação da rede de distribuição,

inclusive sua interligação à rede existente, é de responsabilidade do proprietário, acompanhado pela

COMPESA.

4.6. O projeto deve atender às pendências existentes da Licença Prévia e demais condicionantes e

exigências ambientais para elaboração e conclusão do Projeto Básico, para posterior apresentação e

solicitação da Licença de Instalação.

4.7. O projeto deve englobar os estudos quanto à composição e desenvolvimento dos projetos hidráulico,

mecânico, operacional, de instalações prediais de água, de drenagem e paisagístico das unidades

componentes, assim como os detalhes das caixas de abrigo dos macromedidores de vazão, booster’s,

válvulas redutoras de pressão, datalogger’s de pressão, nível e vazão, válvulas de manobra, ventosas,

Page 7: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

7/21

descargas, trechos retos recomendados para implantação das estações de macromedição e demais

equipamentos previstos para o perfeito funcionamento e controle operacional do sistema.

4.8. Para os projetos de ampliação e adequação de rede de distribuição existente, deve-se:

4.8.1. Realizar a identificação das tubulações existentes, com determinação do material empregado, classe

de pressão e estado de conservação das mesmas;

4.8.2. Avaliar as instalações existentes com o objetivo de propor o seu máximo aproveitamento para

interligação com as redes projetadas;

4.8.3. Considerar como solução a utilização de condutos associados em paralelo (novos e existentes);

4.8.4. Avaliar a necessidade de substituição das tubulações existentes, especialmente daquelas em ferro

fundido antigas, sem revestimento ou com rejuntamento comprometido;

4.8.5. Indicar a substituição total das tubulações em cimento amianto.

4.9. O Orçamento deverá ser o mais detalhado possível, atendendo às prescrições da NPE-003.

4.10. O alcance mínimo do projeto deve ser de 25 anos, contados a partir do ano previsto para entrada em

operação do sistema.

4.11. O consumo per capitado a ser adotado nos projetos deverá atender às prescrições estabelecidas na

NPE – 002.

4.12. O projeto deve prever a micromedição de todas as ligações domiciliares e demais unidades de

consumo individual, a exemplo de pontos comerciais, indústrias e outros.

4.13. O detalhamento dos ramais prediais e arranjo de instalação dos hidrômetros está apresentado na

CO-005.

4.14. A rede projetada deve ser apresentada em ambiente GIS, atendendo-se as prescrições da NPO-021.

4.15. Além das prescrições desta norma, quando for o caso, devem ser observadas todas as diretrizes

expressas no Termo de Referência do projeto a ser elaborado.

5. DETERMINAÇÃO DO TRAÇADO

5.1. Devem ser escolhidas, para o traçado da rede de distribuição, preferencialmente, vias e áreas

públicas com reduzidos fluxo de veículos e interferências, e ainda, em solo que apresente boas condições

para facilitação da execução das obras, além da verificação da garantia de segurança quanto a recalques e

movimentações do solo.

5.2. Quando a rede de distribuição se verificar em vias com tráfego de veículos com fluxo de leve a

moderado, deve-se prever o seu traçado no leito carroçável da via, em um dos terços laterais do mesmo,

configurando-se um traçado simples da rede.

5.3. Quando a rede de distribuição se verificar em área urbana, em vias com intenso tráfego de veículos:

5.3.1. Deve-se optar pelo traçado duplo da rede com linhas de distribuição paralelas, uma em cada lado da

rua;

5.3.2. O seu traçado deve ser previsto, preferencialmente, sob as “linhas d’água” das ruas;

5.3.3. Será permitida a definição do traçado sob os passeios desde que não haja interferências que

impeçam a implantação da rede, e que o tipo de revestimento das calçadas seja padronizado, a fim de se

evitar a necessidade de reposição de diferentes tipos de revestimento;

5.3.4. Devem ser conhecidos e explicitados no projeto os tipos de pavimento dos arruamentos e calçadas

previstos para implantação da rede.

Page 8: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

8/21

5.4. Especificidades locais e/ou normatizações municipais podem exigir uma definição do traçado

divergente do que prescrevem as diretrizes anteriores e, nesses casos, o projeto deve justificar a solução

adotada.

5.5. Os alimentadores principais devem:

5.5.1. Sempre que o traçado urbanístico permitir, formar circuitos fechados, de modo a permitir uma maior

flexibilidade do sistema e continuidade operacional em casos de manutenções isoladas.

5.5.2. Ser direcionados às áreas de maior demanda, onde se localizam as vazões concentradas, as áreas

de vazões de grandes consumidores e áreas especiais de combate a incêndio.

6. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

6.1. O dimensionamento deve ser realizado para o horizonte do projeto, para a vazão máxima horária do

dia de maior consumo. Com isso, devem ser computados nos cálculos os valores referentes aos coeficientes

K1 e K2.

6.1.1. Sempre que haja registro de dados históricos de micromedição no Sistema GSAN e/ou SIP, com

histórico dos últimos 12 meses, os coeficientes K1 e K2 devem ser calculados para o SAA como um

todo ou mesmo para cada área de medição definida. Para avaliação dos reais parâmetros a serem

adotados, deve-se expurgar qualquer tipo de anomalia de informação;

6.1.2. Quando da inexistência de dados reais quanto ao coeficiente do dia de maior consumo, K1, deve ser

adotado o valor referenciado e na literatura especializada: 1,2;

6.1.3. Quando da inexistência de dados reais quanto ao coeficiente da hora de maior consumo, K2, deve

ser adotado o valor referenciado e na literatura: 1,5.

6.2. O dimensionamento deve ser realizado para o horizonte de projeto, considerando-se para efeito de

cálculo das perdas de carga, a influência do envelhecimento das tubulações e da incrustação de suas

paredes.

6.3. O dimensionamento deve resultar na seleção dos menores diâmetros possíveis.

6.3.1. As tubulações devem ser dimensionadas de modo que, no final de plano, para a vazão máxima

horária do dia de maior consumo, os trechos apresentem uma perda de carga unitária máxima de 10

m/km.

6.4. O dimensionamento deve ser realizado a fim de ser atendida a pressão dinâmica mínima de 10 mca.

6.5. Devem ser adotadas tubulações em PEAD, com DE mínimo de 63 mm.

6.5.1. Para casos excepcionais, onde se utilizem tubulações em PVC, o diâmetro mínimo admitido é de 50

mm.

6.6. Quanto à determinação da perda de carga linear nas tubulações:

6.6.1. Deve ser realizada pela Fórmula Universal ou pela Fórmula de Hazen-Williams;

6.6.2. Os cálculos devem ser realizados em função do diâmetro interno das tubulações;

6.6.3. Devem ser considerados, para final de plano, os coeficientes de rugosidade (C) para a Fórmula de

Hazen-Williams ou os coeficientes de rugosidade (K) em termos da Fórmula Universal, conforme

Tabela 1a seguir.

Tabela 1 - Coeficientes de Rugosidade para o final de plano

Material da Tubulação Coeficiente de Rugosidade (C)

Fórmula de Hazen-Williams

Coeficiente de Rugosidade (K)

Fórmula Universal

Page 9: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

9/21

Ferro Fundido Dúctil 110 2,5

PVC 132,5 0,3

PEAD 135 0,3

6.6.3.1. No caso de adoção de coeficientes de rugosidade diferentes dos definidos na Tabela 1, o

projeto deve apresentar justificativa técnica para tal.

6.7. No caso de rede malhada dimensionada pelo Método do Seccionamento Fictício, para que o

seccionamento de um ponto seja considerado válido, as pressões resultantes dos diferentes trajetos

possíveis até aquele ponto devem ser aproximadamente iguais, com variação máxima de 10% em relação ao

valor médio dessas pressões.

6.8. No caso de rede malhada dimensionada pelo Método de Hardy-Cross, os resultados serão

considerados válidos quando os resíduos de vazão e de perda de carga não ultrapassarem 0,1 l/s e 0,05

mca, respectivamente.

6.9. Quando realizada simulação hidráulica computacional, devem ser adotadas as seguintes premissas:

6.9.1. Para as redes projetadas, devem ser realizadas simulações hidráulicas estáticas para as situações

extremas: vazão máxima horária do dia de maior consumo do final de plano e vazão mínima do início de

plano;

6.9.2. Para o caso de ampliação de rede existente:

6.9.2.1. A simulação deve contemplar o sistema existente;

6.9.2.2. A calibração do modelo deve ser realizada em função de dados levantados em campo;

6.9.2.3. Quando se dispuserem de dados para definição da variação do consumo durante as horas do dia,

deve-se realizar a simulação dinâmica do sistema;

6.9.2.4. Devem ser consideradas as perdas reais de água nos setores e nas economias, sendo

esses valores estimados ou conhecidos através das informações de macromedição e

micromedição;

6.9.2.5. No caso da existência de ligações georreferenciadas no Sistema GIS (Sistema de

Informações Georreferenciadas) da COMPESA, devem ser utilizados os dados de

consumo de cada ligação existente para o carregamento dos nós.

6.9.3. As áreas de expansão previstas para a localidade devem estar contempladas pela simulação

hidráulica;

6.9.4. As redes de distribuição projetadas para loteamentos e ainda não implantados devem estar contempladas

na simulação hidráulica;

6.9.5. Devem ser apresentadas as vazões de carregamentos dos nós;

6.9.6. A quantidade de nós prevista na simulação hidráulica deve ser suficiente para a representatividade e

caracterização de todo o sistema. Dentre o total de nós, as seguintes indicações são obrigatórias:

6.9.6.1. Um nó para cada Grande Consumidor, oficialmente definidos pela COMPESA conforme

regras comerciais;

6.9.6.1.1. A definição dos Grandes Consumidores para efeito de projeto deve ser

realizada pela Gerência Regional da COMPESA responsável pela localidade;

6.9.6.2. Um nó para cada um dos maiores consumidores em destaque na localidade, ainda que

estes não estejam definidos como Grandes Consumidores pela Gerência Regional da

COMPESA;

6.9.6.3. No mínimo um nó nas cotas mais elevadas do terreno de cada zona de pressão;

Page 10: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

10/21

6.9.6.4. No mínimo um nó nas cotas mais baixas do terreno de cada zona de pressão;

6.9.6.5. No mínimo um nó nas cotas piezométricas menores para avaliação dos resultados para

a vazão máxima;

6.9.6.6. Um nó para cada mudança de diâmetro das tubulações, mesmo que, no contexto da

simulação hidráulica, a vazão do nó seja inexistente;

6.9.6.7. Um nó imediatamente a montante e outro imediatamente a jusante dos booster’s,

medidores de vazão, válvulas redutoras de pressão e datalogger’s de pressão, nível e

vazão;

6.9.6.8. Um nó na geratriz superior das tubulaç~es de saída dos reservatórios existentes e

projetadosproposição;

6.9.6.9. Um nó para cada um dos hidrantes existentes e projetados;

6.9.7. Como resultados da simulação hidráulica, devem ser apresentados:

6.9.7.1. Pressões máximas e mínimas nos nós;

6.9.7.2. Vazão e velocidade de escoamento nos trechos de distribuição;

6.9.7.3. Características operacionais das unidades e equipamentos.

6.10. Zona de Pressão

6.10.1. As zonas de pressão devem ser estabelecidas de modo a serem atendidos os limites para as

pressões dinâmicas mínimas e pressões estáticas máximas na rede, que não devem extrapolar o

intervalo de 10 a 40 mca.

6.10.1.1. Em casos específicos, em cidades com regime de abastecimento de água intermitente,

podem ser admitidas pressões dinâmicas mínimas de 6 mca.

6.10.2. As zonas de pressão podem estar determinadas a partir de reservatórios, torres piezométricas, caixas

de quebra pressão, válvulas redutoras de pressão, outro dispositivo adequado, ou mesmo a partir de

derivação direta do anel distribuidor.

6.10.2.1. Quando a zona de pressão for atendida a partir de reservatório, os valores de pressão

dinâmica mínima e pressão estática máxima devem ser verificados, respectivamente, para o

nível de água mínimo e para o nível de água máximo do reservatório.

6.11. Distrito de medição e controle

6.11.1. Os distritos devem ser alimentados, preferencialmente, por um único ponto, dispondo esse de

adequado sistema de macromedição e VRP quando necessário;

6.11.2. Deve-se limitar ao máximo o número de manobras necessárias para isolar o distrito, dando-se

preferência a limites seccionados do distrito;

6.11.3. Devem ser previstos medidores de vazão em todas as entradas e saídas dos distritos;

6.11.3.1. Na entrada dos distritos, as informações de volume, vazão e pressão devem ser

apresentadas pelos próprios equipamentos de macromedição e controlador de VRP,

conforme prescrições das NTC’s da COMPESA.

6.11.4. Além dos dados levantados nas entradas do distrito, o controle operacional deve ser realizado pelo

monitoramento da vazão e pressão nos seguintes pontos:

6.11.4.1. Ponto médio: ponto definido na cota topográfica média do distrito;

Page 11: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

11/21

6.11.4.2. Ponto crítico: ponto mais distante da entrada do distrito ou de cota mais alta.

6.11.5. Para os pontos médio e crítico do distrito devem ser adotados datalogger’s de pressão, nível e vazão,

conforme prescrições da NTC-075;

6.11.6. Os pontos médio e crítico do distrito podem apresentar equipamentos de medição de pressão

permanentes ou dispositivos para inserção temporária dos mesmos;

6.11.7. Para garantir o controle e eficiência, os distritos de medição e controle devem ser definidos de forma

a abranger uma área que atenda às características abaixo:

6.11.7.1. Número máximo de 5.000 ligações de clientes;

6.11.7.2. Extensão máxima de 25 Km de rede.

6.11.8. Os distritos de medição e controle devem ser subdivididos em setores de manobra;

6.12. Setor de Manobra

6.12.1. Para garantir o controle e eficiência, os setores de manobra devem ser definidos de forma a abranger

uma área que atenda às características abaixo:

6.12.1.1. Número máximo de 500 ligações de clientes;

6.12.1.2. Extensão máxima de 3,0 Km de rede;

6.12.2. Os setores de manobra, quando operados, não podem interferir nas vazões totais e limites de

pressão previstos para os demais setores da rede;

6.12.3. Devem-se prever convenientemente válvulas para manobra e válvulas para a descarga total dos

setores de manobra.

6.12.4. Os pontos para instalação das manobras devem ser previstos racionalmente, de modo a permitirem a

continuidade operacional do sistema em casos de manutenções isoladas.

7. ÓRGÃOS ACESSÓRIOS

7.1. Válvula de Gaveta

7.1.1. Devem ser observadas as prescrições das NBR’s 14968 e 15117;

7.1.2. Devem ser utilizadas para manobra e descarga da rede, entre as derivações da tubulação e as

ventosas;

7.1.3. Devem ser utilizadas, preferencialmente, válvulas de gaveta com cunha de borracha;

7.1.4. A válvula de gaveta do tipo “chato” é menos robusta que a do tipo oval e, por isso, deve ser utilizado

quando se verificarem baixas pressões na linha;

7.1.5. As válvulas de gaveta devem ser utilizadas totalmente abertas ou fechadas e nunca para regulação

da vazão;

7.1.6. Devem ser adotadas válvulas de gaveta para tubulações com diâmetros nominais abaixo de 300mm.

Para diâmetros superiores deverão ser adotadas Válvulas Borboleta com atuador elétrico, conforme item a

seguir;

7.1.7. Devem ser adotadas válvulas de gaveta para estrutura de by-pass quando da instalação de Válvulas

Redutoras de Pressão (VRP’s).

Page 12: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

12/21

7.2. Válvulas Borboleta

7.2.1. Devem ser adotadas válvulas borboleta para tubulações com diâmetros nominais acima de 300 mm;

7.2.2. Para os projetos de rede e alimentadores principais devem ser utilizadas, preferencialmente, as

válvulas do tipo biexcêntricas, especificadas na NTC 024;

7.2.3. Devem ser utilizadas em situações de manobras constantes;

7.2.4. Para efeito de controle operacional, deve-se considerar a aplicação de válvulas borboletas com

atuadores elétrico, conforme prescrições da NTC-008.

7.3. Hidrante

7.3.1. Devem ser observadas as prescrições das NBR’s 12218 e 5667 (1, 2 e 3) e do Código de Segurança

Contra Incêndio e Pânico do Estado de Pernambuco (COSCIP/PE);

7.3.2. Em comunidades com demanda total inferior a 50 l/s, população equivalente a 20.000 habitantes,

deve-se instalar hidrante(s) em ponto(s) do sistema que tenham condições técnicas, inclusive de acesso às

viaturas, para combate a incêndio;

7.3.3. Os hidrantes devem ser instalados em tubulações da rede de distribuição com diâmetros mínimos de

150 mm;

7.3.4. Devem ser projetados hidrantes de coluna;

7.3.5. Os hidrantes devem ser projetados com diâmetro mínimo de 100 mm;

7.3.6. Devem ser instalados hidrantes ao lado de locais com riscos pontuais, como grandes edifícios de

concentração de público, hospitais, shopping centers, cinemas, teatros, entre outros locais de grande fluxo de

pessoas;

7.3.7. Não há necessidade que a água para combate a incêndio seja potável;

7.3.8. Para efeito de atendimento ao disposto no COSCIP/PE:

7.3.8.1. As edificações residenciais privativas unifamiliares serão isentas de instalações de sistemas

de segurança contra incêndio e pânico;

7.3.8.2. Para os agrupamentos (vilas) com um número entre 100 (cem) e 1.000 (mil) unidades

habitacionais deve ser instalado 01 (um) hidrante público de coluna;

7.3.8.3. Nos agrupamentos (vilas), para cada grupo excedente de 1.000 (mil) unidades habitacionais

ou fração, deve ser instalado, no mínimo, 01 (um) hidrante público de coluna;

7.3.8.4. Nos agrupamentos (vilas), a distância entre hidrantes públicos de coluna consecutivos não

poderá ser superior a 1.000 (mil) metros, podendo-se computar, para efeito de contagem

dessa distância, hidrantes de coluna públicos já existentes;

7.3.9. Quando da existência de reservatórios elevados de abastecimento de água, que atendam a

agrupamentos (vilas), deve ser instalado, próximo aos ditos reservatórios, um hidrante público de coluna,

independentemente dos anteriormente exigidos.

7.4. Booster

7.4.1. Devem ser observadas as prescrições da NBR 12218 e da NTC-121;

7.4.2. As instalações do Booster em arruamentos devem ser realizadas, preferencialmente, em calçadas ou

canteiros, de modo a minimizar as forças que incidem sobre a laje de tampa da caixa;

7.4.3. Deve-se sempre prever um sistema de by-pass do sistema booster de pressurização;

Page 13: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

13/21

7.4.3.1. O by-pass deve ser instalado anterior ao sensor de pressão de sucção e posterior ao

sensor de pressão de recalque;

7.4.3.2. O fornecimento do by-pass é de responsabilidade da COMPESA, que deve adequar o

mesmo às especificidades do projeto.

7.4.4. O projeto deve definir a implantação de dois booster’s, sendo um reserva;

7.4.5. O arranjo do barrilete, quando projetados dois ou mais conjuntos, deve prever simetria geométrica, de

maneira a igualar o desempenho hidráulico dos conjuntos;

7.4.6. Deve-se prever válvula de retenção no recalque;

7.4.7. O sensor de pressão de recalque ou pressostato deve ser instalado posterior às válvulas de retenção

e de recalque;

7.4.8. Devem-se prever o abrigo para o painel elétrico de comando e a desapropriação do local desse

abrigo, quando necessária;

7.4.9. As tubulações anterior e posterior ao barrilete devem estar ancoradas por blocos de concretos ou

suportes metálicos.

7.5. Válvula Redutora de Pressão (VRP)

7.5.1. Devem ser observadas as prescrições da NBR 12218 e da NTC-022;

7.5.2. Em localidades com população inferior a 4.000 habitantes, as VRP’s poderão, a critério da

COMPESA, ser substituídas por caixas de quebra pressão, conforme modelo padrão disponibilizado pela

Companhia;

7.5.3. Para a definição do local de instalação da VRP devem ser observadas a facilidade e a segurança de

acesso ao local para sua operação e manutenção e ainda a segurança e a drenagem das instalações.

7.5.4. As VRP’s devem ser instaladas em caixas, conforme modelo padrão disponibilizado pela COMPESA;

7.5.5. As instalações da VRP em arruamentos devem ser realizadas, preferencialmente, nas calçadas ou

canteiros, de modo a minimizar as forças que incidem sobre a laje de tampa da caixa. As instalações do by-

pass, por sua vez, devem ser projetadas, preferencialmente, sob a via carroçável.

7.5.6. O dimensionamento deve ser realizado levando-se em consideração que as VRP’s adquiridas pela

COMPESA apresentam coeficientes de vazão (KV’s) mínimos estabelecidos na Tabela 2;

Tabela 2 - Coeficientes de vazão (KV) mínimos exigidos pela COMPESA

DN (mm) KV mínimo da

VRP

40 25

50 60

65 110

75 145

100 395

150 600

Page 14: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

14/21

200 900

300 1500

350 1900

400 2250

7.5.7. O diâmetro mínimo a ser adotado para as VRP’s é de 40 mm;

7.5.8. A velocidade da água na VRP deve estar compreendida entre 0,3 m/s e 6 m/s;

7.5.9. Deve ser comprovada a não ocorrência de cavitação para o modelo dimensionado.

7.6. Medidor e controlador de pressão

7.6.1. Devem ser observadas as prescrições da NTC-075.

7.7. Medidor e controlador de vazão

7.7.1. Devem ser observadas as prescrições das NTC’s 017, 020, 125 e 126.

7.7.2. Todos os medidores devem estar acondicionados em caixas, conforme modelos disponibilizados pela

COMPESA, como forma de proteção contra intempéries e cargas decorrentes de fluxo de veículos.

7.7.3. Na seleção do tipo de medidor a utilizar, deve-se obedecer às seguintes prescrições:

7.7.3.1. Abaixo de DN 100 mm: medidor tipo velocimétrico – hidrômetro;

7.7.3.2. Entre DN 100 mm e 500 mm: medidor eletromagnético carretel tipo tubo;

7.7.3.3. Acima de DN 500 mm: medidor ultrassônico.

7.7.4. Medidores tipo velocimétricos – hidrômetros

7.7.4.1. Devem ser instalados em trecho reto, com filtros que devem ser posicionados a 5x (cinco

vezes) o diâmetro da rede a montante do medidor, conforme Figura 1, ou distância que seja

indicada pelo fabricante. funcionando esse trecho reto, entre o filtro e o medidor, como

retificador de fluxo.

7.7.4.2. Deve ser previsto um registro de parada imediatamente a montante do filtro.

7.7.4.3. O conjunto de equipamentos deve ficar acondicionado em uma caixa de proteção conforme a

Figura 1.

Figura 1 - Esquema de instalação para medidor velocimétrico

Page 15: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

15/21

7.7.5. Medidores eletromagnéticos tipo tubo

7.7.5.1. Para sua instalação devem ser observadas as distâncias mínimas para singularidades, em

trecho reto, de: 5x (cinco vezes) o diâmetro da rede a montante do medidor e 2x (duas vezes)

o diâmetro da rede a jusante do medidor (conforme Erro! Fonte de referência não

ncontrada.) ou então as distâncias indicadas pelo fabricante.

7.7.5.2. Define-se como singularidades qualquer elemento ou curvas que possam causar turbulências

no fluxo de água.

7.7.5.3. Os medidores eletromagnéticos devem ser dimensionados do tipo indicação remota,

conforme NTC-017, para uma distância entre sensor e conversor de no máximo 60 m.

7.7.5.4. Em situações onde haja intermitência de abastecimento ou se identifique a possibilidade do

trecho de tubulação operar à canal (meia seção) e ainda não se disponha de trecho mais

adequado para instalação do medidor, por exemplo em saídas de reservatórios, deve-se

projetar um sifão “invertido” e o sensor do medidor de vazão deve ser instalado no sifão,

conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..

7.7.5.5. Para abastecimento de Grandes Consumidores, definidos pela COMPESA, quando não se

dispuser de alimentação elétrica independente, deve ser projetada a instalação de medidores

eletromagnéticos à bateria, com indicação remota, que até o DN 300 mm não exigem trecho

reto disponível, conforme NTC-125.

7.7.5.5.1. Deve ser previsto abrigo para a instalação do conversor remoto, conforme padrão

de caixas de proteção para macromedidores da COMPESA.

7.7.5.6. Quando da instalação junto às VRP’s, os medidores de vazão devem ser implantados à

montante das válvulas (Figura 3), obedecendo-se as distâncias recomendadas para

singularidades, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..

7.7.6. Tanto os medidores tipo velocimétricos quanto os medidores eletromagnéticos tipo tubo, devem ser

conectados às redes por flanges, conforme ABNT NBR 7675.

Figura 3 - Esquema de instalação de medidores de vazão junto a VRP's

Figura 2 - Esquema de trecho reto para instalação de medidores eletromagnéticos tipo tubo

Page 16: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

16/21

7.7.7. É obrigatória a instalação de macromedidores nas seguintes condições:

7.7.7.1. Entrada de ramais de grandes consumidores: o macromedidor deve ser locado

prioritariamente do lado de fora da área do cliente e deve ser construída caixa para

proteção;

7.7.7.2. Saídas das estações elevatórias;

7.7.7.3. Saídas de reservatórios – em caso de possibilidade de fluxo a meia seção, prever sifão para

o sensor de vazão.

7.7.7.4. Em adutoras, nas sangrias.

7.8. Ventosas

7.8.1. Devem ser observadas as prescrições das NTC’s 052 e 057;

7.8.2. A adoção de ventosas na rede de distribuição deve ser tecnicamente justificada, privando-se a sua

utilização aos casos de real necessidade;

7.8.3. Preferencialmente, devem ser utilizadas ventosas do tipo combinada (NTC-057), pois estas permitem

a admissão e expulsão do ar em pequenas e grandes quantidades;

7.8.4. As conexões que derivam da rede para as ventosas não devem configurar reduções ou ampliações

ao longo do traçado da rede de distribuição.

7.9. Ramal Predial

7.9.1. Devem ser observadas as prescrições da CO-005;

7.9.2. Deve ser apresentado no projeto esquema padrão de instalação do ramal predial e hidrômetro

conforme estabelecido na CO-005;

7.9.3. A interligação do ramal predial em tubulações com diâmetros menores ou iguais a 100 mm deve ser

realizada através de “tê de serviço”, conforme prescrições da NTC-134;

7.9.4. A interligação de ramal predial em tubulações com diâmetros superiores a 100 mm deve ser prevista

a utilização de “colar de tomada”, conforme prescrições da NTC-132;

7.9.5. Não se deve realizar ligação de ramal predial nos anéis de distribuição, alimentadores principais, nem

em tubulações com diâmetros iguais ou superiores a 300 mm. Exceções podem ser aceitas em casos

particulares para abastecimento de grandes consumidores e devem ser justificadas.

7.9.6. Devem ser indicados o número e tipos de ramais prediais previstos, a serem definidos através de

visitas realizadas em campo e/ou com o auxílio de informações do Sistema Comercial da COMPESA;

7.9.7. Deve ser previsto a instalação de hidrômetro em todos os ramais prediais de novos clientes.

7.9.8. Para clientes existentes, deve ser realizado o levantamento de informações junto ao setor de

Hidrometria da COMPESA quanto à situação atual do hidrômetro e sua real necessidade de substituição;

8. TUBULAÇÕES

8.1. Polietileno de alta densidade (PEAD)

8.1.1. Devem ser observadas as prescrições das NTC’s 120 e 196;

8.1.2. Para diâmetros (DE) maiores ou iguais 63 mm e menores ou iguais a 160 mm devem ser utilizados,

preferencialmente, tubos em PEAD PE 80;

Page 17: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

17/21

8.1.3. Quanto às conexões a serem executadas nas tubulações em PEAD:

8.1.3.1. Para tubulações com diâmetros (DE) menores ou iguais a 63 mm, inclusive para os ramais

prediais, devem ser adotadas conexões de compressão para junta mecânica, conforme

prescrições da NBR 15803;

8.1.3.2. Para tubulações com diâmetros (DE) maiores que 63 mm e menores ou iguais a 400mm,

devem ser adotadas conexões soldadas por eletrofusão, conforme prescrições da NBR

15593;

8.1.3.3. Para tubulações com diâmetros (DE) superiores a 400 mm, devem ser adotadas conexões

soldadas por termofusão, conforme prescrições da NBR 15593.

8.1.4. Para efeito de cálculo, os diâmetros equivalentes entre tubulações de PVC e PEAD, cujos resultados

se aproximam, são:

Tabela 3 - Diâmetros equivalentes de tubulações de PVC e PEAD PE 80

DN (mm) DE (mm)

50 63

75 90

100 110

150 160

200 200

Sendo: DN: Diâmetro nominal (PVC) DE: Diâmetro externo nominal (PEAD)

8.2. PVC DeFoFo

8.2.1. Devem ser observadas as prescrições da NBR 7665;

8.2.2. Todas as conexões devem ser de ferro fundido, conforme prescrições da NBR 7675 e da NTC-123.

8.2.2.1. As luvas devem ser do tipo: juntas Gibault, juntas mecânicas ou juntas travadas

axialmente.

8.3. PVC-O

8.3.1. Devem ser observadas as prescrições da NTC-145;

8.3.2. Todas as conexões devem ser de ferro fundido, conforme prescrições da NBR 7675 e da NTC-123.

8.4. Ferro Fundido Dúctil (FoFo)

8.4.1. Devem ser observadas as prescrições da NTC-053;

8.4.1.1. Todas as conexões devem ser de ferro fundido, conforme prescrições da NBR 7675 e

da NTC-123.

Page 18: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

18/21

9. VALAS DE INSTALAÇÃO

9.1. Para o assentamento e proteção das tubulações deve-se proceder com as etapas de: escavação da

vala, regularização do fundo da vala (berço para assentamento), assentamento da tubulação, execução da

camada envoltória da tubulação e reaterro da vala até o nível do terreno.

9.2. Para a escavação das valas, indica-se:

9.2.1. As valas devem ser executadas com uma largura mínima que permita um apropriado trabalho de

montagem em torno da tubulação;

9.3. Com relação a largura das valas, as dimensões padrões definidas devem ser igual ao Diâmetro

Externo (DE) da tubulação acrescida de um espaçamento lateral de cada lado da tubulação. Esse

espaçamento também varia de acordo com a profundidade:

Tabela 4 - Largura da vala em função do tipo de escoramento e profundidade da vala

Diâmetro Nominal

(mm)

Profundidade da vala

(m)

Largura da vala em função do tipo de escoramento e profundidade da vala

Pontaletes (m)

Contínuo e Descontínuo

(m)

Especial (m)

Blindado (m)

100 - 150 0 a 2 0,65 0,70 0,80 1,30

200 0 a 2 0,70 0,75 0,85 1,35

250 0 a 2 0,75 0,80 0,90 1,40

300 – 350 0 a 2 0,80 0,85 0,95 1,45

400 0 a 2 0,90 1,00 1,10 1,60

500 0 a 2 1,00 1,15 1,25 1,75

9.4. Caso haja necessidade de execução de valas com larguras superiores ao definido anteriormente, tal

dimensão deve ser justificada em função de um ou mais dos seguintes parâmetros: profundidade da vala, tipo

de escoramento, tipo de junta de montagem, reaterro, equipamento de abertura da vala, etc.

9.5. Caso o fundo da vala se configure como material de 2ª ou 3ª categoria, deve-se proceder com a

regularização do seu fundo. A regularização do fundo da vala deve ser preenchida com material proveniente

da própria escavação caso se disponha de material de 1ª categoria, ou de empréstimo proveniente de jazida,

podendo ser realizada em areia, pó de pedra ou outro material arenoso de boa qualidade, convenientemente

adensado. A camada de regularização deve ter espessura mínima de 15 cm.

9.6. A camada envoltória da tubulação deve ser preenchida com material proveniente da própria

escavação caso o mesmo seja de 1ª categoria, ou de empréstimo proveniente de jazida, caso se trate de

material escavado de 2ª ou 3ª categoria, devendo ser executada com material granular fino,

preferencialmente arenoso, passando 100% na peneira 3/8”, convenientemente molhado e adensado em

camadas nunca superiores a 0,10 m. Essa camada deve alcançar uma espessura, acima da geratriz superior

da tubulação, igual ou superior ao diâmetro nominal do tubo.

9.7. A camada de reaterro deve ser preenchida com material proveniente da própria escavação caso o

mesmo seja de 1ª categoria, ou de empréstimo proveniente de jazida, caso se trate de material escavado de

2ª ou 3ª categoria. De maneira geral, o reaterro deve ser executado em camadas consecutivas,

convenientemente apiloadas, manual ou mecanicamente, com espessuras máximas de 0,20 m por camada;

tratando-se de areia, o apiloamento será substituído pela saturação da mesma, realizada de modo que não

haja carregamento de material.

9.8. Quanto ao recobrimento da tubulação, correspondente à camada total acima da geratriz superior do

tubo:

Page 19: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

19/21

9.8.1. Em vias ou áreas que não possuam possibilidade de carga vertical e em passeios, a espessura a ser

adotada é de 60 cm;

9.6.2. Em vias de fluxo considerável, deve ter espessura máxima de 90 cm;

9.6.3. Para vias em terreno natural ou greide indefinido, a espessura a ser adotada é de 1,10 m.

10. ANCORAGEM DAS TUBULAÇÕES

10.1. Para curvas horizontais, poderá ser dispensada a utilização de blocos de ancoragem, caso a pressão

máxima de projeto da adutora, na conexão em estudo, não ultrapasse o valor limite, ilustrado na tabela

abaixo, de acordo com a angulação da curva e o diâmetro da tubulação, onde σ representa a tensão

horizontal resistente máxima do terreno [kg/cm²].

10.2. Caso o parâmetro σ não tenha sido determinado em ensaios do solo, o mesmo deve ser limitado a

0,4 kg/cm².

10.3. Para as situações onde as pressões na tubulação, nas conexões, ultrapassem os limites informados,

é necessário o desenvolvimento de projeto estrutural de bloco de ancoragem, avaliando sua segurança

quanto ao tombamento, deslizamento, pressões exercidas ao terreno e durabilidade, este último conforme a

NBR 6118 vigente.

10.4. Para todos os blocos de ancoragem dimensionados o fck mínimo a ser adotado é de 20 MPa,

conforme NBR 6118.

11. APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS

Page 20: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

20/21

9.7. O projeto deve apresentar, entre outras prescrições, os seguintes detalhes:

9.7.2. Memorial Descritivo;

9.7.3. Memorial de Cálculo;

9.7.4. Apresentação do projeto em ambiente GIS, conforme prescrições da NPO-021;

11.1.4 Especificações Técnicas dos serviços, materiais e equipamentos;

11.1.5 Orçamento em volume separado, conforme NPE-003;

9.7.5. Cronograma físico-financeiro da obra;

11.1.6 ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) dos responsáveis técnicos pela elaboração do projeto

hidráulico e do orçamento;

11.1.7 Resumo do Projeto, consistindo de uma descrição objetiva de todo o sistema projetado,

compreendendo as principais informações, entre elas:

11.1.7.1 Regiões beneficiadas;

11.1.7.2 Horizonte de projeto e etapas de implantação, com respectivas populações atendidas e

números de ligações previstas;

11.1.7.3 Vazões de projeto;

11.1.7.4 Extensão de rede por diâmetro e material;

11.1.7.5 Travessias;

11.1.7.6 Faixas de servidão;

11.1.7.7 Dispositivos especiais projetados (macromedidores de vazão, booster’s, válvulas redutoras

de pressão, etc.);

11.1.7.8 Índices característicos: custo por habitante, extensão de rede por ligação, habitantes por

ligação, etc.;

11.1.7.9 Custo total do empreendimento;

11.1.8 Peças gráficas, preferencialmente, no formato A-1 (ABNT).

11.1.9 Entre as peças gráficas, devem constar:

11.1.9.1 Planta Geral da área de projeto;

11.1.9.2 Planta Geral dos anéis de distribuição e alimentadores principais;

11.1.9.3 Planta de setorização com identificação dos Distritos de Medição e Controle;

11.1.9.4 Planta da rede de distribuição com articulação no campo superior direito da prancha,

contendo: definição do diâmetro e material dos trechos, curvas de nível e identificação da

rede primária, da rede secundária e dos dispositivos especiais (macromedidores de vazão,

booster’s, válvulas redutoras de pressão, válvulas de manobra, descargas, ventosas, etc.);

11.1.9.5 Evidente distinção entre a rede projetada e a rede existente;

11.1.9.6 Desenho padrão dos tipos de ligação domiciliar adotados;

11.1.9.7 Indicação das interferências com infraestruturas existentes;

11.1.9.8 Indicação do tipo de pavimento dos arruamentos e calçadas previstos para implantação da

rede;

11.1.9.9 Detalhamento das travessias com indicação dos métodos construtivos;

Page 21: Termo de Referência - Consultoria para SSU...norma de projetos de engenharia npe - 007 diretrizes gerais para elaboraÇÃo de projetos de rede de distribuiÇÃo dos sistemas de abastecimento

NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-007

ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

21/21

11.1.9.10 Detalhamento do assentamento das tubulações, com definição das camadas de

regularização, envoltória, reaterro e pavimentação e indicação dos recobrimentos mínimos;

11.1.9.11 Detalhamento de todos os nós da rede, inclusive das interligações com redes existentes,

com representação esquemática e definição de todas as conexões necessárias (Quadro de

Nós);

11.1.9.12 Detalhamento dos dispositivos especiais (macromedidores de vazão, booster’s, válvulas

redutoras de pressão, válvulas de manobra, descargas, ventosas, etc.), com indicação de

todas os equipamentos e conexões necessárias à execução, bem como o detalhamento das

caixas de abrigo desses dispositivos.

12. REVISÕES

Nº Data Objetivo da

Revisão Nome Setor

00 01/03/2017 Elaboração do

documento

Flávio Coutinho Cavalcante GPE

Vinícius Barbosa Bezerra GPE

Danielle Santos Macêdo Mororó GPE

Anderson Santos Quadros GPA

Rodrigo Cosmo Silva da Costa GHI

Daniel Genuíno Bezerra GCO

01 03/07/2017 Revisão do

documento

Flávio Coutinho Cavalcante GPE

Vinícius Barbosa Bezerra GPE

Danielle Santos Macêdo Mororó GPE

13. DISPOSIÇÕES GERAIS

Os casos omissos referentes ao teor desta Norma Interna serão solucionados pela Diretoria Técnica e de

Engenharia e pela Gerência de Projetos de Engenharia.

14. VIGÊNCIA

Esta Norma Interna entra em vigor na data de sua assinatura, revogando as disposições em contrário e as prescrições que lhe dizem respeito na SOP-092.

15. DIVULGAÇÃO

A divulgação desta Norma deverá ser efetuada através da Internet em local específico.