termo de referência: principais aspectos - tcm.go.gov.br · art. 13. nenhuma compra será feita...

52
Termo de Referência: Principais Aspectos

Upload: vuquynh

Post on 10-Jan-2019

227 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Termo de Referência:

Principais Aspectos

- Organização preparatória da contratação;

- Prevenção de desperdício: Ativo (ilícitos) e

Passivo (ineficiência);

- Melhor qualidade dos gastos;

- Performance Administrativa: tempo,

qualidade, valor - eficiência, eficácia,

efetividade e economicidade.

1. Fundamentos

- Alcance prático/efetivo para ascontratações;

- Materialização de Programas e PolíticasPúblicas;

- Desenvolvimento econômico, social,ambiental – desenvolvimentosustentável.

• Condicionante a uma contratação:

- Sucesso: bom Termo de Referência

- Fracasso: deficiências, insuficiências,

excessos, omissões.

• Necessidade de visão sistêmica;

• Conhecimento acerca do ciclo de

contratações municipal;

• Repercussão nas fases do

procedimento:

- Interna e Externa;

- Preparação, Operação (procedimento

externo), Contratação e Execução,

Controle (conformidade, 4 Es).

2. Conceituação – O que é?

• Vivência diária → evolução técnica

• Marcos evolutivos:

- Decreto-Lei nº 200/67

- Decreto-Lei nº 2300/86

- Lei nº 8.666/93

- Lei Complementar nº 101/00 – LRF

- Lei nº 10.520/02 – Pregão

- Lei nº 12.462/11 – RDC

• Origem: Decreto-Lei nº 200/67

Art. 139. A licitação só será iniciada após

definição suficiente do seu objeto e, se

referente a obras, quando houver anteprojeto

e especificações bastantes para perfeito

entendimento da obra a realizar.

• Decreto-Lei nº 2300/86

- Distinção entre obras e compras:

Art. 6º As obras e os serviços só podem ser

licitados, quando houver projeto básico

aprovado pela autoridade competente, e

contratados somente quando existir previsão

de recursos orçamentários.

Art. 13. Nenhuma compra será feita sem a

adequada caracterização de seu objeto e

indicação dos recursos financeiros para seu

pagamento.

• Lei nº 8.666/93

Art. 7º As licitações para a execução de obras e

para a prestação de serviços obedecerão aos

disposto neste artigo e, em particular, à seguinte

sequência:

I - projeto básico; (...)

§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser

licitados quando:

I - houver projeto básico aprovado pela autoridade

competente e disponível para exame dos

interessados em participar do processo licitatório;

§ 9º O disposto neste artigo aplica-se também, noque couber, aos casos de dispensa e deinexigibilidade de licitação.

Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:

(...)

IX - Projeto Básico - conjunto de elementosnecessários e suficientes, com nível de precisãoadequado, para caracterizar a obra ou serviço, oucomplexo de obras ou serviços objeto da licitação,elaborado com base nas indicações dos estudostécnicos preliminares, que assegurem a viabilidadetécnica e o adequado tratamento do impactoambiental do empreendimento, e que possibilite aavaliação do custo da obra e a definição dosmétodos e do prazo de execução, devendo conteros seguintes elementos:

• Peculiaridade: Projeto Básico apenas para obras

e serviços de engenharia?

Aplicabilidade para os demais serviços:Art. 12 - Nos projetos básicos e projetos executivos de

obras e serviços serão considerados principalmente os

seguintes requisitos:

I - segurança;

II - funcionalidade e adequação ao interesse público;

III - economia na execução, conservação e operação;

IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais,

tecnologia e matérias-primas existentes no local para

execução, conservação e operação;

V - facilidade na execução, conservação e operação,

sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de

segurança do trabalho adequadas;

VII – impacto ambiental.

• Aquisições:

Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequadacaracterização de seu objeto e indicação dos recursosorçamentários para seu pagamento, sob pena denulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiverdado causa.

Art. 15. (...)

§ 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda:

I - a especificação completa do bem a ser adquirido semindicação de marca;

II - a definição das unidades e das quantidades a seremadquiridas em função do consumo e utilizaçãoprováveis, cuja estimativa será obtida, sempre quepossível, mediante adequadas técnicas quantitativas de

estimação;

III - as condições de guarda e armazenamento que nãopermitam a deterioração do material.

• Denominação “TERMO DE REFERÊNCIA”

- Lei nº 10.520/02 – Lei do Pregão

• Definição:

- Decreto nº 3.555/00:

Art. 8º A fase preparatória do pregão observará as

seguintes regras:

(...)

II - o termo de referência é o documento que deverá

conter elementos capazes de propiciar a avaliação do

custo pela Administração, diante de orçamento detalhado,

considerando os preços praticados no mercado, a

definição dos métodos, a estratégia de suprimento e o

prazo de execução do contrato;

- Decreto 5450/05:

Art. 9º. (...)

§ 2º O termo de referência é o documento que deveráconter elementos capazes de propiciar avaliação do custopela administração diante de orçamento detalhado,definição dos métodos, estratégia de suprimento, valorestimado em planilhas de acordo com o preço demercado, cronograma físico-financeiro, se for o caso,critério de aceitação do objeto, deveres do contratado edo contratante, procedimentos de fiscalização egerenciamento do contrato, prazo de execução esanções, de forma clara, concisa e objetiva.

• Evidência de evolução do conceito

• Dificuldade pela abrangência

3. Normas regentes

- Lei nº 8.666/93, Lei nº 10.520/02, regulamentos, se

existirem.

- IN 10/15 – TCM:

Art. 3° Os processos referentes aos procedimentos para

contratação deverão conter, no que couber:

II - Termo de Referência, Projeto Básico, ou documentação que

lhes faça as vezes, contendo todos os elementos necessários e

suficientes para caracterizar o objeto da contratação, inclusive

orçamentos detalhados em planilhas que expressem a

totalidade dos insumos com seus respectivos quantitativos e

custos unitários; devendo demonstrar a necessidade efetiva das

quantidades a serem licitadas e, posteriormente, contratadas,

bem como a destinação dos produtos e/ou serviços, nos termos

do art. 15, § 7°, inciso II, da Lei n° 8.666/93 c/c art. 3°, incisos I e

II, da Lei n° 10.520/02, no que couber;

4. Obrigatoriedade ou Facultatividade?

(...) termo de referência, documento que integra o

processo administrativo da contratação (...) (AC 0531-

13/07-P. Sessão: 04/04/07. Rel. Min. Ubiratan Aguiar)

(...) Claramente, não há nos normativos mencionados

acima (Lei 10.520/02 e Decreto 3.555/02) exigência formal

para que o termo de referência, o qual contém o

orçamento detalhado, acompanhe o edital, seja na forma

de anexo ou não. O que há é disposição expressa para

que haja o termo de referência (...)(AC 5263/09 – Segunda

Câmara. Sessão: 06/10/09. Rel. Min. José Jorge)

5. Finalidades

- Busca o atendimento de uma necessidade

administrativa;

- Definição do objeto

- Definição do preço / custo;

- Propicia elaboração das propostas;

- Julgamento objetivo;

- Execução ideal.

- Obs.: para a Administração e qualquer interessado.

6. Conteúdo

- Principais elementos de suporte à futura contratação ;

- Previsão, desde a deflagração do procedimento, de

oque adquirir, porque adquirir, para quem quanto

adquirir, por quanto, como (?), etc.

6.1. Definição do objeto.

- Ampla ou Restrita → Problema → Medições,

superfaturamento, qualidade, custo administrativo.

- Descrição malfeita → contratação desnecessária /

desconforme com a real demanda (ex.: micro-ondas de

laboratório, “galinhas assassinas”).

- Busca pela proposta mais vantajosa X proposta mais

barata (art. 3º, Lei nº 8.666/93)

- Definição dos elementos intrínsecos e extrínsecos

→ permitem a compreensão do objeto em todas

suas dimensões:

- Intrínsecos – próprios do objeto – natureza,

composição, medida, quantidade;

- Extrínsecos – próprios do ambiente em que está

inserido – disponibilidade de mercado, preço,

cronogramas, condições de entrega (prazos, modo,

local), padrões, contratos acessórios (garantia,

instalação, assistência técnica).

6.1.1. Métodos de definição:

- Livre – casuísmo;

- Técnico – catálogos, tabelas, listas.

Obs.: Cuidado para especificações:

A reprodução de especificações técnicas mínimas

idênticas às de equipamento de informática de

determinada marca, em edital de licitação visando à

aquisição desse item, restringe o caráter competitivo do

certame, viola o princípio da isonomia e compromete a

obtenção da proposta mais vantajosa. (Acórdão n.º

2005/2012-Plenário, TC-036.977/2011-0, rel. Min. Weder

de Oliveira, 1º.8.2012.)

O estabelecimento de especificações técnicas idênticas às

ofertadas por determinado fabricante, da que resultou a

exclusão de todas as outras marcas do bem pretendido,

sem justificativa consistente, configura afronta ao disposto

no art. 15, § 7°, inciso I, da Lei nº 8.666/1993. (Acórdão n.º

1.861/2012-Primeira Câmara, TC 029.022/2009-0, rel. Min.

José Múcio Monteiro, 10.4.2012.)

- Celso Antônio Bandeira de Mello:

“(...) as especificações não podem ultrapassar o

necessário para o atendimento do objetivo administrativo

que comanda seu campo de discricionariedade. Menos

ainda poder-se-á multiplicar especificações até o ponto de

singularizar um objeto que não seja singular, visando,

destarte, esquivar-se à licitação.”

- TCU Súmula 177:

A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui

regra indispensável da competição, até mesmo como

pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes,

do qual é subsidiário o princípio da publicidade, que

envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais

das condições básicas da licitação, constituindo, na

hipótese particular da licitação para compra, a quantidade

demandada uma das especificações mínimas e essenciais

à definição do objeto do pregão.

6.1.2. Vedações quanto à especificação:

- Excessivas:

Neste caso:

Procure planejar melhor suas licitações, de modo a

somente lançar edital após haver certeza quanto às

especificações dos bens a serem adquiridos em face das

reais necessidades que motivaram a intenção de contratá-

los, a fim de evitar riscos de aquisição de bens com

especificações excessivas, desnecessárias e que causem

injustificada elevação dos custos, mormente quando há

alternativas que privilegiem o atendimento às demandas

desse órgão e de seus programas sem perder de vista o

princípio da economicidade, evitando-se, assim, situações

como a verificada no Pregão 52/2009, cuja especificação

culminou na estimativa de preço tão elevada que

necessitou ser revogado para o lançamento de novo

certame com redução do preço estimado em setenta por

cento. (AC nº 1711/10 – 2ª Câmara. Rel. Min. Augusto

Sherman. 23/04/10)

- Irrelevantes.

Neste sentido o TCU:

É importante destacar que a definição das características

do objeto deve ser feita pela administração segundo suas

necessidades. A administração deve buscar ao máximo a

ampliação da competitividade do certame, mas sem deixar

de fazer as exigências necessárias ao atendimento de

forma adequada de suas necessidades, o que implica

sempre em algum grau de restrição à participação de

potenciais interessados. O que não se admite são

exigências indevidas, irrelevantes para o atendimento das

necessidades do órgão, que restringem indevidamente a

competitividade da licitação. (AC nº 0057/11 - Plenário.

Rel. Min, José Múcio Monteiro. 19/01/11)

- Desnecessárias.

Neste sentido o TCU:

Impõe-se ao gestor especificar os itens componentes do

objeto licitado, em nível de detalhamento que garanta a

satisfação das necessidades da Administração da forma

menos onerosa possível. (AC nº 1932/12 - Plenário. Rel.

Min, José Jorge. 25/07/12)

- Limitadoras.

Ex.: Exigência de certificação de produto.

6.1.3. Procedimentos que asseguram a qualidade:

- Caracterização precisa do objeto – “menor melhor

preço”.

6.1.3.1. Padronização.

- Adoção de referencial (Ex.: ABNT);

- Através de processo administrativo;

- Deve haver motivação → vantajosidade

- Não pode configurar mero capricho.

6.1.3.2. Exigência de amostras.

- Lei nº 8.666/93.

Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do

edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e

demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a

boa execução do objeto do contrato correm por conta do

contratado.

TCU:

Se produtos similares anteriormente adquiridos

provocaram prejuízo à imagem da Autarquia, poderia a

administração ter utilizado a faculdade prevista na própria

Lei de Licitações em seu artigo 75, e assim, comprovaria

as deficiências, impedindo a aquisição de produtos com

má qualidade.

O art. 75 da Lei nº 8.666/93 possibilita a exigência de

amostras, testes e qualificação técnica do licitante para a

execução do objeto. A análise de amostra permite a

Autarquia excluir do processo licitatório licitantes que não

ofertem produtos compatíveis com os seus equipamentos

ou de má qualidade. Para tanto é necessário o

estabelecimento de critérios objetivos previamente

definidos no ato convocatório. ( AC nº 1437/04 - Primeira

Câmara. Rel. Min. Augusto Sherman. 08/06/04).

- Momento de exigência:

A jurisprudência consolidada do TCU é no sentido de que a

exigência de apresentação de amostras é admitida apenas

na fase de classificação das propostas, somente do

licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar e

desde que de forma previamente disciplinada e detalhada

no instrumento convocatório. (AC nº 3.269/12 – Plenário,

Rel. Min. Raimundo Carreiro. 28/11/12)

6.1.3.3. Laudo.

- Exigência razoável, motivada e não provoque restrição.

6.1.3.4. Divisibilidade do objeto.

- Súmula 247 - TCU

É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não

por preço global, nos editais das licitações para a

contratação de obras, serviços, compras e alienações, cujo

objeto seja divisível, desde que não haja prejuízo para o

conjunto ou complexo ou perda de economia de escala,

tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação

de licitantes que, embora não dispondo de capacidade

para a execução, fornecimento ou aquisição da totalidade

do objeto, possam fazê-lo com relação a itens ou unidades

autônomas, devendo as exigências de habilitação

adequar-se a essa divisibilidade.

- Possibilidade de contratação por especialidade

6.1.3.5. Indicação de marca.

- Vedação: art. 7º,§5º e art. 15, §7º, I, Lei 8.666/93.

- Exceções:

- Técnico-científicas;

- Padronização.

- Súmula nº 270 -TCU

Em licitações referentes a compras, inclusive de softwares,

é possível a indicação de marca, desde que seja

estritamente necessária para atender exigências de

padronização e que haja prévia justificação.

Na especificação do objeto, é possível, excepcionalmente,

a indicação de marca, para fins de parametrização da

qualidade do objeto e/ou em virtude de questões técnicas

devidamente justificadas, sob pena de malferir o princípio

da isonomia. (Consulta 849.726 – TCEMG. Rel. Cons.

Adriene Andrade. 12/06/13)

- Expressões: “ou similar, ou equivalente, ou de melhor

qualidade”;

6.2. Orçamento detalhado em planilhas (não

necessariamente conteúdo do TR)

- Expressão da adequação do objeto aos preços

praticados no mercado

- Lei nº 8.666/93, arts. 7º, §2º, II, 14, 40, §2º, II, 43, IV.

- Lei nº 10.520/02, art. 3º, III.

- Dimensionamento econômico do objeto → repercussão

financeira e orçamentária;

- Indispensável, inclusive na contratação direta (art. 26,

Lei nº 8.666/93), possibilita: verificação de existência de

recursos, escolha da modalidade, amplitude da

publicidade, aceitabilidade e julgamento das propostas,

exequibilidade.

- TCU

Realize uma detalhada estimativa de preços com base em

pesquisa fundamentada em informações de diversas fontes

propriamente avaliadas, como, por exemplo, cotações

específicas com fornecedores, contratos anteriores do

próprio órgão, contratos de outros órgãos e, em especial,

os valores registrados no Sistema de Preços Praticados do

SIASG e nas atas de registro de preços da Administração

Pública Federal, de forma a possibilitar a estimativa mais

real possível, em conformidade com os arts. 6º, inciso IX,

alínea "f", e 43, inciso IV, da Lei nº 8.666/97;

Instrua seus processos licitatórios com orçamento

detalhado em planilhas que expressem a composição de

todos os custos unitários do objeto a ser contratado,

fazendo constar do edital, sempre que couber, um modelo

demonstrativo de formação de preços que possibilite

demonstrar em sua completude todos os elementos que

compõem o custo da aquisição, à luz dos arts. 7º, §2º,

inciso II, e 40, § 2º, inciso II, da Lei nº 8.666/93; (AC nº

265/10 – Plenário. Rel. Min. Raimundo Carreiro. 24/02/10)

- Publicidade do Levantamento

- Pregão: Lei nº 10520/02, art. 3º, III – integra os autos do

procedimento;

- Demais modalidades: Lei nº 8.666/93, art. 40, §2º, II –

parte integrante do Edital.

- TCU:

- Publicidade é opção do gestor devendo estar disponível

do processo administrativo para consulta pública.

(Acórdão nº 1789/09 – Plenário, 114/07 – Plenário,

5263/09 – Plenário)

6.3. Métodos e estratégias de suprimento.

- Estoque, prazo de validade, distribuição, embalagem,

período, montagem, instalação, forma de entrega,

horários, etc.

6.4. Cronograma Físico-financeiro

- Pagamentos X Execução

- Remuneração a cada parcela de adimplemento do

contrato

- Lei nº 4.320/64 - art. 62 e 63;

- Lei nº 8.666/93 – arts. 40, §3º, 55, III, 65, II, c.

6.5. Critérios de aceitação do objeto.

- Suprimento + adequada qualidade do bem adquirido

6.6. Deveres das partes.

6.7. Fiscalização e gerenciamento do contrato

- Art. 67, Lei nº 8.666/93;

- Termo de Recebimento (Art. 73, Lei nº 8666/93);

- Termo de Recusa;

- Controles de entrada e saída de bens.

6.8. Garantias Contratuais

- Art. 56, Lei nº 8.666/93

- Exigência facultativa da autoridade;

- Forma de prestação é faculdade do contratado (caução,

seguro-garantia, fiança bancária).

6.9. Prazo de execução

6.10. Sanções e procedimentos de apuração de ilícitos

- Teoria da tipicidade;

- Ampla defesa e contraditório;

- Art. 81 e seguintes da Lei nº 8.666/93

- - Normas referentes aos procedimentos – instauração,

notificação, contraditório, decisão, recursos, etc.

7. Responsáveis

- Atividade multisetorial;

- Sistematizada;

- Conjunta

Requisitante + Compras + Gestor

ALTERAÇÕES

CONTRATUAIS

41

• Duração dos Contratos

Vigência é o período em que os contratos firmados

produzem direitos e obrigações para as partes contratantes.

Adstrita aos respectivos créditos orçamentários, em

observância ao princípio da anualidade do orçamento.

(ART. 57, caput)

Art. 57, § 3º - É vedado o contrato com prazo de

vigência indeterminado.

A vigência dos créditos orçamentários inicia-se em 1º de

janeiro e finda em 31 de dezembro de cada exercício

financeiro, ou seja, coincide com a vigência do ano civil.

(art. 34 da Lei nº 4.320/64)

42

• Prorrogação (Exceções)

- projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas

estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser

prorrogados se houver interesse da Administração e desde

que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

- prestação de serviços a serem executados de forma

contínua, que poderá ter a sua duração prorrogada por

iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de

preços e condições mais vantajosas para a Administração,

limitada a sessenta meses;

- aluguel de equipamentos e à utilização de programas de

informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de

até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do

contrato.

43

- às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI

do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120

(cento e vinte) meses, caso haja interesse da

administração.

Ex.: segurança nacional; material de uso pelas Forças

Armadas, fornecimento de bens e serviços, produzidos ou

prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta

complexidade tecnológica e defesa nacional, e inovação e

pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo

44

• Alteração (art. 65)

- unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das

especificações, para melhor adequação técnica aos seus

objetivos;

b) quando necessária a modificação do valor contratual em

decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu

objeto, nos limites permitidos por esta lei;

45

- por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de

execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução

da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento,

em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos

termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de

pagamento, por imposição de circunstâncias

supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a

antecipação do pagamento, com relação ao cronograma

financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de

fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

46

- O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas

condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se

fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e

cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no

caso particular de reforma de edifício ou de equipamento,

até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus

acréscimos.

As reduções ou supressões de quantitativos devem ser

consideradas de forma isolada, ou seja, o conjunto de

reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre

calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a

cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum

tipo de compensação entre eles, os limites de alteração

estabelecidos no art. 65 da Lei 8.666/93. (Acórdão

1498/2015 – Plenário, TC 011.287/2010-1, relator Ministro

Benjamin Zymler, 17.6.2015.)

47

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram

inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição

da administração para a justa remuneração da obra, serviço

ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio

econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de

sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de

consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos

da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força

maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando área

econômica extraordinária e extracontratual. (Reequilibrio

Econômico – Financeiro)

48

• Formas de reequilíbrio

- Reajuste (Art. 40, XI, e art. 55, III)

- Decorre de fato previsível;

- Cláusula necessária do contrato administrativo, a ausência

de previsão contratual inviabiliza o reajuste de preços (?);

- Previsão de índice específico;

- “Atualização” do valor do contrato em face de situações

previsíveis – índices específicos;

- Um ano após a apresentação das propostas.

49

O reajuste do contrato administrativo é conduta autorizada

por lei e convencionada entre as partes contratantes que

tem por escopo manter o equilíbrio financeiro do contrato. 2.

Ausente previsão contratual, resta inviabilizado o pretendido

reajustamento do contrato administrativo.(STJ – RECURSO

ESPECIAL Resp. 730568 SP 2005/0036315-8)

(...) há a preclusão lógica quando se pretende praticar ato

incompatível com outro anteriormente praticado. In casu, a

incompatibilidade residiria no pedido de repactuação de

preços que, em momento anterior, receberam a anuência

da contratada. A aceitação dos preços quando da

assinatura da prorrogação contratual envolve uma

preclusão lógica de não mais questioná-los (...). (TCU,

Plenário, Acórdão nº 477/2010).

Obs.: Inserção de cláusula nos editais e contratos

disciplinando a questão.

50

- Repactuação:

- Vincula-se à demonstração analítica da variação de

componentes de custos do contrato Ex.: Convenção e

Acordo Coletivo;

- Decorre de fatos previsíveis;

- Aplica-se somente aos contratos cujo objeto seja a

prestação de serviços contínuos;

- Necessita de prévia previsão editalícia e contratual;

- Observa os critérios estabelecidos na Lei nº 8.666/93;

- Observa o interregno mínimo data do orçamento a que a

proposta se referir;

51

- Revisão / Recomposição (Art. 65, II, d)

- Desequilíbrio decorre de fatos imprevisíveis ou previsíveis

de consequências imprevisíveis - fato do príncipe, fato da

administração, caso fortuito, força maior, etc;

- Estranhos à vontade das partes;

- Invitáveis;

- Aplicação da teoria da imprevisão com fundamento na

cláusula rebus sic stantibus;

- Concedido a qualquer tempo, independentemente de

previsão contratual.

52

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS

TCM-GO

SECRETARIA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS – SLC

(62) 3216-6212/6213