teorias_basicas

Upload: luis-miguel-gigi

Post on 28-Oct-2015

34 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • CENTRO INTEGRADO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO HOMEM ESTABELECIMENTO ESPECIAL DE ENSINO ISOLADO - REGISTRO N 3718 S.E.D./SC

    ESCOLA CATARINENSE DE TERAPIAS NATURAIS

    "SANTA CLARA"

    APOSTILA DE TEORIAS BSICAS DA MTC

    ACUPUNTURA BIOENERGTICA

    Organizado por: Analyce Claudino

    Observaes importantes: Essa apostila foi elaborada a partir da compilao de vrios trechos dos livros indicados na bibliografia final. Ela tem como objetivo dirigir e organizar o estudo, mas de maneira nenhuma pode substituir a leitura dos livros originais. Pelo fato de os autores no terem sido creditados neste material, ele no deve ser usado na execuo de outros trabalhos como fonte de consulta. Para isso, recorra leitura dos livros originais. Pode haver diferena na terminologia utilizada neste material, com relao a outros livros. Isso acontece, pois aqui optamos por seguir a nomenclatura adotada pela Acupuntura Bioenergtica do Dr. A. Carlos Nogueira Perez e do CEMETC. Tambm poder haver divergncia em determinados conceitos com relao a materiais que no seguem a mesma lgica de ensino. (Edio corrigida e ampliada em maro de 2009).

  • 2

    INDICE

    Pgina

    3 INCIO E HISTRIA

    5 FUNDAMENTOS DAS MEDICINAS ENERGTICAS

    7 GRANDES AXIOMAS DAS TERAPIAS ENERGTICAS

    8 CONCEITO DE TCHI

    9 YIN E YANG

    11 SISTEMA ZANG-FU E CANAIS DE ENERGIA

    13 O HOMEM ENQUANTO TRANSFORMADOR DE ENERGIA

    14 AS ENERGIAS HUMANAS

    18 PATOLOGIA BSICA

    19 CINCO MOVIMENTOS

    24 ENTES VITAIS

    26 PLANOS ENERGTICOS

    31 ESTRUTURA GERAL DE UM CANAL PRINCIPAL E REA DE COMANDO

    32 PONTOS DE COMANDO

    38 VIAS ENERGTICAS

    39 PROCESSO DE PENETRAO DA ENERGIA PERVERSA

    44 VASOS REGULADORES

    46 PONTOS RO E PONTOS DE AO ESPECIAL

    47 TCNICA DOS PLANOS

    49 OS TRS TESOUROS

    53 AS 14 ENERGIAS

    54 CONCEITO DE TRIPLO AQUECEDOR

    55 CONCEITO DE MESTRE DO CORAO

    56 RAIZ YIN E RAIZ YANG DOS ZANG-FU E PONTOS SHU-MO

    58 CONCEITO DE RIM YANG

    59 GUA ME, LQUIDOS ORGNICOS E SANGUE

    61 AS BARREIRAS

    62 TERAPUTICA BSICA

    63 BIBLIOGRAFIA

  • 3

    I. INCIO E HISTRIA Acus = agulha Puntura = picada Moxa = artemsia vulgaris (fitoterpico) Busto = queima

    A acupuntura foi conhecida pelos jesutas que estiveram na China no incio do sculo XVII e lhe deram este nome, mas s comeou a ser ensinada no ocidente no incio do sculo XX por Souli de Morant. geralmente utilizada conjuntamente com a moxabusto, da o nome mais adequado ser: Acupuntura e Moxabusto.

    A arte de curar atravs das agulhas e das moxas parte

    integrante da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que tambm inclui outras tcnicas de tratamento como: fitoterapia, auriculoterapia, orientaes alimentares, exerccios de tai chi chuan e chi kung, massagens, etc. uma das racionalidades mdicas mais antigas do mundo.

    Por ser uma medicina muito antiga, existem inmeras teorias a respeito de como foi desenvolvida. Acredita-se que a partir de observao e empirismo dos antepassados em sua luta pela sobrevivncia, foram descobertas inicialmente as propriedades dos alimentos, mais tarde das plantas medicinais, e a seguir do fogo. A seguir, no desenvolvimento de ferramentas, eles puderam notar que por acaso certas partes do corpo eram curadas de suas dores enquanto outras eram picadas por farpas de ossos ou pedras. Surgia ento o tratamento por agulhas de pedra e osso e a sua prtica, ao longo dos anos, resultou na terapia por acupuntura que chega at ns hoje.

    Um dos escritos mais antigos que registram a acupuntura e que serve como referncia

    cronolgica o Nei Jing ou o livro chamado: Os Princpios (ou Clssico) de Medicina Interna do Imperador Amarelo. Este livro sintetiza as experincias de tratamento e as teorias at ento, contadas em um dilogo entre o curioso Imperador Amarelo e um Mestre Taosta chamado Qibo.

    Existem vrias verses deste clssico. Conta-se que um dos exemplares mais completos deste livro era de posse do Dr. Van Nghi, mdico vietnamita que veio a estud-lo e traduzi-lo. Este exemplar conteria comentrios de dois mdicos da dinastia Tang, passagens que teriam sido retiradas posteriormente e que tornavam o restante da obra praticamente indecifrvel.

    O Gro-Mestre Nguyen Van Nghi nasceu em 1909 em Hanoi (Vietnam) e

    realizou seus estudos de medicina em seu pas natal e na China, continuando-os na Universidade de Marsella (Frana) onde veio a residir. Os contrastes entre a mentalidade ocidental e oriental o levaram a aprofundar cientificamente a medicina chinesa e a publicar vrios livros, j que at 1949 este conhecimento era transmitido de uma maneira emprica de gerao a gerao.

    Se aprofundando na linguagem mdica ocidental para tentar transmitir seu conhecimento de medicina chinesa, Van Nghi comea a ensinar e um de seus alunos foi o Dr. Carlos Nogueira Perez. Van Nghi ficou muito conhecido por traduzir clssicos antigos de uma maneira acessvel ao ocidental. Ele faleceu em 1999, na Frana.

    A partir dos ensinamentos de Van Nghi e do Dr. Carlos Nogueira Perez foi sistematizada a Acupuntura Bioenergtica, que nada mais do que a tentativa de descrever teoricamente um conjunto de prticas que tinham natureza e comprovao emprica milenar, mas pouca fundamentao nos moldes ocidentais de conhecimento, o que dificultava seu estudo e compreenso pelos estudantes ocidentais.

  • 4

    Enquanto isso, na China, a medicina chinesa foi progressivamente deslegitimizada e at perseguida pelo governo de Chang Kai-Shek no comeo do sculo XX.

    A partir de 1949 teria sido reabilitada pelo governo da Repblica Popular da China, porm sofrendo expurgos na sua cosmologia (viso de mundo, de homem, de sade-doena) e em certas prticas por no se coadunarem com o pensamento cientfico pretendido pelo regime comunista chins. Desde processo surgiu a hegemnica escola Tradicional Chinese Medicine praticada e exportada atualmente, na qual certos ensinamentos da medicina clssica chinesa foram omitidos por serem considerados msticos, metafsicos ou supersticiosos e na qual a mistura com conceitos mdicos ocidentais muitas vezes fez perder sua natureza essencial.

    Essas lacunas, e a reserva de mercado que existe atualmente na China para proteger o que resta da medicina chinesa e sua rentvel exportao de produtos e conhecimentos, so preenchidas pelo conhecimento de grandes mestres como Van Nghi e seus alunos que, fora da China, continuaram de posse de conhecimentos e clssicos milenares, transmitindo e dando desenvolvimento a esta tradio.

  • 5

    II. FUNDAMENTOS DAS MEDICINAS ENERGTICAS

    melhor atuar no ainda no manifesto e controlar o ainda no bagunado, porque rvore de tronco grosso nasce de uma raiz capilar,

    torre de nove andares se levanta com terra acumulada e jornada de dez mil lguas comea embaixo dos ps.

    (Tao Te King)

    A acupuntura um procedimento teraputico aparentemente muito simples, mas atrs dele se oculta uma formidvel estrutura lgica e filosfica, que iremos aos poucos desvendar. uma cincia mdica, e como tal, tem a sua prpria fisiologia, anatomia, etiopatogenia, diagnstico e tratamento.

    Logo no incio dos estudos j nos damos conta que estaremos frente a uma estrutura racional e metodolgica completa, e entenderemos de maneira imediata que o ser humano regido por leis universais, formando um todo indissolvel e inter-relacionado.

    A MTC um mtodo teraputico baseado em um enfoque biolgico distinto do ocidental, pois

    parte do princpio de que existe uma substncia imaterial, invisvel para ns, que se chama energia (TChi ou Qi) e que a responsvel em primeira instncia de toda e qualquer mudana biolgica.

    Este conceito no exclusivo da MTC, pois existem outras medicinas que seguem esta linha de pensamento. Assim, bom nos situarmos diante de duas diferentes correntes existentes na Medicina:

    1) A corrente Mecanicista, que contempla o ser humano como uma mera mquina formada

    pela soma de vrios mecanismos. Esta medicina tem duas bases claras de atuao: - A necessidade de estudar a causa da enfermidade como sendo

    um agente exgeno, ou externo ao indivduo. - A implantao de um mtodo indutivo de pesquisa e

    conhecimento, mediante o qual se recolhem casos de diferentes tipos e a partir da se procuram fazer generalizaes globais.

    Estes princpios levaram chamada atualmente Medicina

    Analtica (Ocidental). A medicina Analtica se aprofundou no estudo das causas externas, o que possibilitou uma especializao cada vez mais diversificada, j que o conhecimento das partes se pode estender at o infinito.

    2) A corrente Vitalista, onde se enquadra a acupuntura, que tem as seguintes bases de

    atuao: - Considera as doenas como tendo origem interna, e entende que as causas

    externas em sua maioria no podem agir sem que existam certas predisposies no indivduo.

    - Trabalha sob o mtodo dedutivo, ou seja: parte do princpio de que existe

    uma energia e que isto uma verdade inquestionvel e ponto de partida fundamental, e a partir da se efetuam dedues.

    Estes princpios do origem chamada Medicina Sinttica (Por exemplo:

    Medicina Ayurvdica e MTC), em oposio Analtica que vimos antes. Na medicina Sinttica se negam os parcelamentos, considerando o ser como

    um todo integrado e no uma mquina feita de diferentes peas. E a partir desse entendimento que ela permite estabelecer relaes entre causas e sintomas aparentemente sem nenhuma conexo.

  • 6

    Por isso em MTC o diagnstico e o tratamento so baseados numa anlise global de sinais e

    sintomas, como: observao, ausculta e olfao, interrogatrio, tomada de pulso e palpao, luz das teorias da MTC para se ter uma boa idia de: causa, natureza, localizao de uma doena, relao entre os fatores patognicos e a energia vital; sumariando-as em uma sndrome (Zheng) de determinada natureza. A partir desta informao podemos determinar o mtodo teraputico correspondente. Esta compreenso da MTC implica que:

    - Podemos tratar uma mesma doena com tratamentos diferentes (quando tm sndromes

    diferentes) / SNDROMES DIFERENTES TRATADAS DE MANEIRAS DIFERENTES - Podemos tratar diferentes doenas (que tm a mesma sndrome em natureza) com um

    mesmo tratamento (mesmo mtodo) / SNDROMES IGUAIS TRATADAS DE MANEIRA SEMELHANTE.

    Tudo isso porque estaremos focados menos na DOENA e mais no DOENTE, ou seja, mais na pessoa do que nos sintomas, sendo que estes so como pistas para desvendarmos o desequilbrio energtico global.

  • 7

    III. GRANDES AXIOMAS DAS TERAPIAS ENERGTICAS AXIOMA: proposio que se admite como verdadeira porque dela se podem deduzir as proposies de uma teoria ou de um sistema lgico ou matemtico

    1) No h enfermidades, h enfermos 2) A doena uma vez instaurada leva a um processo evolutivo que, por seguir leis pr-

    estabelecidas, se pode determinar ou prever

    3) A acupuntura se baseia na existncia da energia como fonte integradora e reguladora de toda forma fsico-qumica

    4) A doena no tem nome, um estado de desequilbrio energtico que pode se

    manifestar por uma carncia ou por um excesso (sndromes de plenitude e vazio ou Shi Xu)

    5) O desequilbrio energtico, que sempre a causa etiolgica primria de qualquer

    manifestao patolgica fsica, se manifesta atravs de uma sintomatologia perfeitamente definida de cujo conhecimento depender em grande parte o xito do tratamento e a preveno

    6) O homem um ser bipolar alternante, e como tudo no universo esta alternncia

    entre positivo e negativo, yang e yin, de uma maneira harmnica permite a vibrao, o movimento, a mutao permanente e contnua, o que o mesmo que dizer: a vida.

    O mau mdico o que cura. O bom mdico o que previne a enfermidade. (Nei Jing)

  • 8

    IV. CONCEITO DE ENERGIA (TChi)

    Ideograma geralmente usado para simbolizar o TChi: tem o significado de respirar, ou ar. Outro significado seria o de um gro de arroz sendo cozido, com seu vapor subindo para o cu. O arroz simboliza o elemento material, Yin; e o vapor como algo intangvel, que sobe para o cu Yang.

    Este ideograma representa um recipiente sobre o fogo, como uma panela na qual est fervendo gua sobre uma chama. Este ideograma ideal para representar o TChi, j que assim como a gua ele pode estar em vrios estados. uma metfora da transformao poderosa que o TChi pode sofrer.

    Podemos dizer que tudo o que existe no universo, orgnico e inorgnico, composto e definido por seu TChi, que pode ser pensado como matria a ponto de se tornar energia ou como energia a ponto de se tornar matria. S que para os chineses essa questo conceitual no se coloca; o TChi percebido funcionalmente pelo que faz.

    Ou seja, o TChi um conceito que procura descrever mltiplos processos de oscilao. TChi no uma substncia, nem possui o significado puramente quantitativo do

    nosso conceito cientfico de energia. usado na medicina chinesa de maneira muito sutil, para descrever os diversos padres de fluxo e flutuao no organismo humano, bem como as contnuas trocas entre o organismo e seu meio ambiente. TChi no se refere ao fluxo de alguma substncia em particular, mas parece representar o princpio do fluxo como tal, que, na concepo chinesa, sempre cclico.

    Marcelo Gleiser, fsico moderno, d uma maravilhosa definio de energia: Energia no

    uma substncia, no visvel u invisvel. A definio que eu considero mais adequada que energia uma medida de transformao, que pode ser aplicada ao movimento, luz, ao som, ao magnetismo, s reaes qumicas (como a digesto de alimentos ou a queima de gasolina), enfim, a qualquer processo natural que envolva alguma mudana ou a possibilidade de uma mudana. (...) Durante o sculo XIX ficou claro que a energia tem uma propriedade fundamental: a sua conservao. Energia no pode ser criada ou destruda, apenas transformada. Em qualquer processo natural a quantidade total de energia a mesma antes e depois, mesmo que ela tenha se transformado completamente. (...) Esta viso de perptua transformao na natureza , a meu ver, profundamente bela. Tudo o que observamos, e mesmo o que invisvel aos nossos olhos e sentidos, reflete, de alguma forma, uma transformao de energia.

    O visvel e o invisvel, so diferentes aspectos de manifestao do TChi. A energia uma e mltipla, em funo de suas manifestaes. A estes opostos os chineses chamaram Yin Yang. somente atravs deles que conseguimos apreender e conhecer o mundo:

    S temos conscincia do belo Quando conhecemos o feio. S temos conscincia do bom Quando conhecemos o mau Porquanto o Ser e o Existir Se engendram mutuamente O fcil e o difcil se completam O grande e o pequeno so complementares O alto e o baixo formam um todo O som e o silncio formam a harmonia O passado e o futuro geram o tempo (...) (Tao Te Ching)

  • 9

    V. YIN YANG

    Uma vez yin, uma vez Yang, eis o Tao.

    Estes termos significam literalmente: o lado da montanha que fica na sombra (Yin) e o lado da montanha que fica virada para o sol (Yang). A montanha a mesma, mas possui as duas qualidades: claridade e sombra / figura e fundo / positivo e negativo.

    No sentido primitivo se encontra a idia de polaridade, de oposio, onde o Yang expressa o papel ativo, dinmico e masculino e o Yin o papel passivo, esttico e feminino.

    A filosofia chinesa desenvolveu e generalizou estes termos a toda natureza, mostrando que o princpio de oposio se encontra em todas as partes e que , por assim dizer, a origem de toda manifestao, manifestao esta que por sua vez contm, em propores variveis ambos os princpios, dos quais um deles se sobressai, se destaca, porm s temporariamente, para dar lugar ao predomnio do contrrio.

    A mutao dos fenmenos naturais mostra a alternncia Yin Yang e mostra tambm o

    mecanismo que opera em seu interior: Yang contm o Yin, Yin contm o Yang. Cada um tem o seu oposto dentro de si. O oposto

    crescer lentamente at destruir o seu hspede: Yin haver se transformado em Yang e vice-versa. E neste momento o processo inverso j comea a ocorrer.

    A teoria Yin Yang pressupe: - Oposio e interdependncia: todas as coisas e fenmenos no mundo natural contm os

    dois componentes opostos (Exemplo: fora/dentro, dia/noite). - Crescimento e desvanecimento relativos: apesar de oporem-se um ao outro e dependerem

    um do outro para sua existncia, no esto estagnados, mas num estado dinmico (Ex: variaes climticas).

    - Transformao: se transformaro um no outro sob certas condies (Ex: o frio excessivo queima).

    Exemplo: o dia e a noite.

    Yang

    Pequeno Yin; Yin dentro do Yang;

    Princpio da destruio e da

    mudana

    Pequeno Yang; Yang dentro do Yin;

    Princpio da destruio e da

    mudana

    Yin

    Nascer do sol

    Yang no Yang

    Yin no Yang

    Yin no Yin

    Yang no Yin

    Meio dia

    Meia-noite

    Pr do sol Nascer do sol

  • 10

    O Yin e o Yang so como os lados diferentes mas inseparveis de uma moeda, os plos de um magneto ou a pulsao e o intervalo em qualquer vibrao. No existe a possibilidade final de um dos dois lados vencer o outro, pois assemelham-se mais a amantes em embate corporal do que inimigos em luta. Contudo, difcil, com a nossa lgica, perceber que ser e no-ser so mutuamente geradores, pois o incomensurvel e ilusrio terror do homem ocidental est em que o nada seja o fim permanente do universo. difcil para ns, perceber que o vazio criativo, e que o ser provm do no ser, assim como o som provm do silncio e a luz do espao.

    Ter em mente que esta idia de oposio Yin/Yang NO maniquesta (Maniquesmo: doutrina que se funda em princpios opostos, bem e mal).

    A compreenso do Tao passa pela aceitao dos opostos no mundo dos fenmenos, SEM

    ATRIBUIO DE VALOR, apenas como um atributo da mutao. O que bom ou mau no Yin ou Yang, mas o equilbrio ou desequilbrio que podem existir entre eles.

    Na prpria origem do pensamento e sentimento chins reside o princpio da polaridade, que no deve ser confundido com as idias de oposio ou conflito. Nas metforas de outras culturas, a luz est em luta com a escurido, a vida com a morte, o bem com o mal e o positivo com o negativo e, assim, o idealismo de cultivar o primeiro e livrar-se do ltimo floresce em grande parte do mundo. Para a forma tradicional do pensamento chins, isso to incompreensvel quanto a corrente eltrica sem os plos positivo e negativo, pois a polaridade o princpio de que positivo e negativo, norte e sul, constituem diferentes aspectos de um mesmo sistema, e o desaparecimento de um dos dois implicaria o desaparecimento do sistema.

    COMPARATIVO YIN YANG YIN YANG YIN YANG

    Terra Cu Sangue (Xue) Energia Vital (Qi) Estabilidade Movimento Parte inferior do corpo Parte superior do

    corpo Entrar / receber Sair / doar Interior Exterior Noite Dia Abdmem Costas Frio Calor Aspecto medial das

    extremidades do corpo Aspecto lateral das extremidades do corpo

    Cair Elevar-se Escuro Claro Pulso lento Pulso rpido Restrito / calmo Amplo / agitado Substncia nutritiva Movimento funcional Fraco Forte Passivo / inativo Ativo Visvel Invisvel Negativo Positivo Pesado Leve Cor opaca / cores frias

    Cor brilhante / cores quentes

    Turvo Lmpido

    Mulher Homem Abaixo / para baixo Acima / para cima Zang (C.F, BP, P, R) Fu (VB, E, IG, ID, B,

    TA) Desvanescente Hiperfuncional

    Denso Etreo Astenia / debilidade fsica Estenia / fora fsica Direita Esquerda Vazio Plenitude

  • 11

    VI. SISTEMA ZANG FU E CANAIS DE ENERGIA

    A teoria do Yin Yang est incorporada em cada aspecto do sistema

    terico da MTC. usada para explicar os tecidos e estruturas, fisiologia e patologia do corpo humano, e a dirigir o diagnstico clnico e o tratamento.

    Como percebemos, o homem pode ser considerado um transformador de energia e essa transformao, elaborao e circulao de energia no homem executada atravs da atividade combinada e harmnica de rgos e vsceras (sistema zang-fu), canais e colaterais.

    Os rgos e vsceras no devem ser compreendidos no sentido

    estrito, mas como unidades energticas, ou seja, unidades de processamento que desempenham vrias tarefas. O nome idntico ao dos rgos ocidentais pode dar a noo errada de correspondncia entre a noo oriental e ocidental, mas isso no acontece de fato. Por isso precisamos estar atentos para o fato de estarmos falando de um conjunto de atributos e funes e no exatamente do rgo anatmico.

    Fu: so as oficinas, onde se fabrica e cria a energia a partir de aportes externos. As

    vsceras tem a funo de manter a homeostase com o meio, proteger o rgo (acoplado) do elemento climatolgico correspondente, degradar alimento e gerar energia que vai aos rgos (zang). So em geral ocas e muito ativas. E por todas essas caractersticas so consideradas Yang. So elas:

    Vescula Biliar (Dan) Intestino Delgado (Xiao Chang) Triplo Aquecedor (Sanjiao) Estmago (Wei) Intestino Grosso (Da Chang) Bexiga (Pang Guang) Zang: so os rgos tesouro, tambm denominados armazns, onde a energia fornecida

    pelas vsceras recepcionada, administrada e metabolizada pra a funo que lhe prpria. Os Zang regem a estrutura psico-fsica atravs da sua energia especfica (Qi). Em relao com as vsceras tem funo de natureza Yin. So eles:

    Fgado (Gan) Corao (Xin) Mestre do Corao (Xin bao) tambm denominado Pericrdio ou Circulao-Sexo Bao-Pncreas (Pi) Pulmo (Fei) Rim (Shn) Cada um deles tem ao longo do corpo humano trajetos energticos aos quais regem e levam

    seu nome, so os Canais (ou Meridianos de energia) e os Colaterais. Mas o movimento no possvel sem a unio yin-yang, portanto a todo yang lhe

    corresponde um yin para que possa acontecer o movimento e a mutao. Assim os rgos e vsceras se combinam em pares yin-yang, tambm chamados de acoplados:

    O Fgado se complementa com a Vescula Biliar O Corao com o Intestino Delgado O Mestre do Corao com o Triplo Aquecedor O Bao-pncreas com o Estmago O Pulmo com Intestino Grosso O Rim com a Bexiga

  • 12

    Atravs do acoplamento yin-yang surgem os Cinco Movimentos que sero vistos mais adiante. A circulao energtica seguir a ordem de um a outro, de um Yin a um Yang que o complementa, e daqui a outro movimento, cumprindo os princpios de alternncia energtica.

    Quando conseguirmos compreender e interpretar a alternncia yin-yang na circulao, a

    teremos os dados necessrios para tentar estabelecer um equilbrio bsico e primrio que nos permita um harmonioso fluir entre rgos e vsceras.

    E assim o Nei Jing nos especifica como primeiro princpio de tratamento:

    Se a enfermidade pertence ao yang, tratar o yin. Se a enfermidade pertence ao yin, tratar o yang.

    Todas as situaes podem ser resumidas a este sistema dual.

  • 13

    VII. O HOMEM ENQUANTO TRANSFORMADOR DE ENERGIA

    Como vimos, o Universo um organismo vivo e dinmico, constitudo de uma energia csmica primordial da qual derivam, por condensao e diferenciao, todas as coisas existentes. O organismo humano uma rplica do Universo e como tal est sujeito s mesma leis que regem a Natureza. Deste modo o corpo humano no apenas CONTM energia: ele energia manifestada como matria slida viva.

    Como tal, ele est sujeito s leis do Tao, podendo ser considerado como um microcosmo inserido no macrocosmo.

    O Homem responde ao Cu e Terra

    O homem possui unidade enquanto microcosmo: todas as partes ou componentes

    do corpo humano so inseparveis de cada uma das outras estruturas; relacionadas, subsidirias e condicionais umas s outras em fisiologia, e de determinada influncia umas com relao s outras em patologia.

    O Qi (energia) e o Xue (sangue) so o que chamamos de Tao Vital; ou seja, do Yin e Yang no homem. Sendo a energia a substncia menos material e o sangue o mais material (sangue energia materializada). Ambos esto sempre juntos e devem manter o equilbrio yin yang.

    O homem possui unidade com o macrocosmo (a natureza, o meio em que vive): o

    homem vive na natureza e a tem como condio indispensvel para a prpria vida, portanto, ele influenciado diretamente ou indiretamente pelos movimentos e mudanas da natureza (perodo do dia, condies geogrficas, clima, estaes, etc.) qual ele obrigado a dar respostas fisiolgicas e patolgicas correspondentes.

    As partculas subatmicas implicadas em todo processo bioqumico somente podem dar ou

    receber influxos energticos de tipo foto-eletro-magntico. Isso demonstra a relao indissolvel entre o ser humano e seu meio.

    Atuando sobre os campos energticos podemos prevenir as alteraes bioqumicas consequentes a um desequilbrio de polaridades. E mais ainda, s verdadeira cura de qualquer processo patolgico passar pela regulao e harmonizao da energia humana, veiculada atravs dos canais energticos e transmitida atravs do sistema nervoso.

    Este o fundamento da teraputica por acupuntura, e de todas as medicinas que consideram a energia como princpio integrador e gerador de toda estrutura fsico-

    qumica.

    Acupuntura, homeopatia e tcnicas energticas

    Farmacopia e fitoterapia

    Medicina funcional e fisioterapia

    Cirurgia

    Energtica

    Bioqumica

    Funcional

    Orgnica

    Evoluo da enfermidade

    PROPOSTA TERAPUTICA

  • 14

    VIII. AS ENERGIAS HUMANAS

    1) Energias do Cu Anterior (energias congnitas):

    So as que o indviduo j possui antes do nascimento e que determinam sua espcie e raa. a) Yuan (espcie, sopro, criao)

    - definio: princpio criador anterior ao homem, responsvel pela grande mutao de matria inerte em matria viva. No ser humano, o que o difere de outras espcies seu Thn, ou seja, sua conscincia da existncia, sua capacidade para o conhecimento e a comunicao (palavra). Mediante este tipo especfico de energia o homem produz uma srie de reaes bioqumicas que lhe permitem desenvolver o intelecto, a comunicao oral e a capacidade reflexiva sobre sua existncia.

    b) Zhong (raa, influncia do meio) - definio: vitalidade intrnseca de cada indivduo, energia herdada dos ancestrais. Depende dos antepassados e do perodo de gestao. Em cada mitose que ocorre desde a unio do vulo e do espermatozide (yin-yang) se desprende um quantum de energia. Essa enorme quantidade de energia que vai sendo liberada forma os tecidos do cu anterior (medulas, crebro, glndulas). As glndulas supra-renais so o que os chineses denominavam de Rim Yang, ou seja, o armazm energtico do organismo, uma espcie de poupana onde essa energia (e posteriormente as energias adquiridas) vai sendo armazenada.

    Caractersticas gerais da energia ancestral

    - acumulao no Rim Yang (cpsulas supra-renais) ou Ming Men (Porta da energia, ou Porta da Vida) - essa energia no renovvel - circula nos Vasos Reguladores (ou Vasos Maravilhosos). - possui 5 ciclos de gasto energtico (7 em 7 anos para mulheres, 8 em 8 anos para os homens) em momentos de grande mudana biolgica, at chegar plenitude. O tempo de

    Espermatozide Yang

    vulo Yin

    + -

    O TCHI Origem (O um)

    Bipolarizao (O dois)

    Dinamizao (O trs)

    Transformao (Os 10.000 seres)

    FORMAO DE ZHONG

  • 15

    estabilidade aps este perodo, antes de iniciar a involuo, vai depender da reserva energtica que exista. Nestes momentos de crise geralmente as doenas e desequilbrios se manifestam. Existem histrias mticas sobre os Imortais, sbios que dominavam as artes da alquimia e da meditao e conseguiam viver perodos inimaginveis.

    2) Energias do Cu Posterior (energias adquiridas): a) Rong (Energia nutrcia)

    O2 Alimento + -

    MC MC Meridianos Rong

    CO2 E

    ID

    BP P

    Insulina H2O

    -

    - -

    + + +

    + - + - + -

    FORMAO DE ENERGIA RONG

    OBS: De cada reao resultam trs substncias diferentes, um Thin (+) ou energia livre que vai ao Mestre do Corao, um Tinh (+ - ) ou vapor, e um Jing (-) ou uma material. Thin, thin e jing so trs gradaes, sendo thin mais yang e jing mais yin. O tinh toda substncia que ainda passvel de metabolizao (energia e matria mistas).

    Plenitude, estabilidade Mnimo de 7 ou 8 anos

    7 ou 8 Puberdade

    14 ou 16 Adolescncia

    21 ou 24 Juventude

    28 ou 32 Idade adulta

    35 ou 40 Maturidade

    42 ou 48 Olhos e msculos

    70 ou 80 Ouvido, ossos

    63 ou 72 Olfato, pele, cabelo

    56 ou 64 Paladar e tec. subcutneo

    49 ou 56 Tato e artrias

    Evoluo Involuo

    Imortalidade

    CICLOS DA ENERGIA ZHONG

    17,5 / 20 anos

    Shen (desenvolv. emocional)

    Qi (desenvolv. Fsico)

  • 16

    - caractersticas: yin, densa, alimentar - funo : nutrir todos os sistemas, circular pelos meridianos principais impulsionando o sangue a fim de alimentar todo o organismo. - circulao: circula nos 12 Canais Principais com horrios de mxima atividade em cada meridiano a cada 2 horas, de acordo com o seguinte esquema

    P IG E BP C ID B R CS TA VB F 03 05 07 09 11 13 15 17 19 21 23 01 03

    Essa circulao da energia Rong permite elaborar um valioso princpio para o diagnstico,

    j que as sndromes de plenitude em um rgo ou vscera pioram no momento de sua mxima atividade. Ao contrrio, toda sndrome de vazio melhorar neste horrio.

    E como o mximo energtico de uma unidade corresponde ao mnimo energtico no horrio exatamente oposto, toda sndrome de plenitude melhorar no horrio oposto ao de mxima atividade, e toda sndrome de vazio piorar. b) Wei (defensiva)

    - caractersticas: yang, leve, exterior, defensiva - funo: proteo contra exopatgenos - circulao: circula nos Canais tendino-musculares (wei yang) e nos Meridianos distintos (wei yin). Ciclo dirio: 1 a cada 30 minutos aproximadamente. Ciclo Mensal nos Vasos Reguladores. Ciclo anual: responde variao ambiental (4 estaes).

    FORMAO DE ENERGIA WEI

    E

    ID

    IG

    R

    B

    F

    VB

    MC (+)

    MC (+)

    MC (+)

    MC (+) MC (+)

    MC (+) MC (+)

    (-)

    (-)

    (-)

    (-) (-)

    (-) (-)

    (+ -) (+ -)

    (+ -)

    (+ -)

    (+ -) (+ -)

    1 Fase: Gastro-intestinal Etapas: 1-2-3 Resduos: Slidos

    2 Fase: Nefro-vesical Etapas: 4-5 Resduos: Lquidos

    3 Fase: Hepto-biliar Etapas: 6-7 Resduos: Gasosos

    Fezes Urina Bile

    WEI (Yin)

    WEI (Yang)

  • 17

    3) Conceito de MC e TA em relao formao de energia defensiva e nutrcia

    O Triplo aquecedor no corresponde a nenhuma estrutura fsica definida. Ele uma funo

    de regulao fundamentalmente Yang, e tem a ver com o controle de formao da energia. dividido em trs nveis: superior (P/MC/C), mdio (E / BP) e inferior (ID-IG / R-B / F-VB). Nos trs aquecedores so formadas as energias de Cu Posterior.

    O Mestre do Corao tambm corresponde a uma funo, mas neste caso de natureza Yin. Ele coleta e recebe as energias metabolizadas pelas unidades energticas e recebe informao endgena atravs dos Meridianos Distintos (uma rede interna de canais semelhante a um sistema linftico energtico). Atravs destas informaes o Mestre do Corao induz reaes adaptativas rpidas e lentas e regula a psique, assegurando a sobrevivncia.

    4) Interdependncia de Rong e Wei halo indutivo e halo radioativo

    A energia Rong circula nos Meridianos Principais e fundamentalmente yin. A energia Wei circula nos meridianos Tendino-musculares, e considerada mais yang por estar mais externalizada e tambm ser menos densa do que a energia Rong.

    A energia Wei (+) emerge para fora do corpo atravs de um ponto localizada no alto da cabea que considerado o ponto de convergncia dos canais Yang do corpo, o VG20 (Baihui = Cem reunies). A partir desde ponto ela forma uma manto em volta do corpo, caminhando at os pontos Ting localizados nas pontas dos dedos das mos e dos ps. Este manto chamado de Halo Indutivo.

    A partir dos pontos ting, a energia wei penetra nos canais tendino-musculares de onde fica emanando ao exterior atravs de pequenas ramificaes na pele, denominadas sun luo. Esta radiao constante que forma uma barreira neutralizante contra as energias perversas exgenas se chama Halo Radioativo. O halo radioativo e o halo indutivo so garantidos pela presena da energia Rong que circula mais profundamente nos canais principais e que de natureza yin (-). O yin atrai o yang e impede que se dispense de forma contnua, mantendo-o sempre como uma aura protetora e neutralizante em volta do corpo.

    VG20 TING

    HALO RADIOATIVO

    HALO INDUTIVO

    + + + + + +

    Meridiano Principal Energia Rong (-)

    Energia Wei

    Pele

    Meridiano Tendino Muscular Energia Wei

  • 18

    IX. PATOGNESE BSICA 1) Os 4 demnios (Xie)

    - Xie zhong (ancestralidade, predisposio) como me constituo - Xie shen (fator emocional) como me relaciono - Xie gu (fator diettico) como me alimento - Xie liu (fator climtico-ambiental) como e onde vivo

    2) O Zheng a Energia Verdadeira, ou seja, a soma de todas as energias (yuan, zhong, rong, wei, qi, thin). o que se ope continuamente aos quatro xie. 3) Vazio-Plenitude/Xu-Shi

    Representa a dialtica zheng-xie, a dialtica entre o fator patognico e a energia vital (luta entre as 4 energias e os 4 demnios).

    Da temos vrias situaes possveis: a) Zheng forte, Xie fraco = sade b) Zheng forte, Xie forte = Shi, plenitude (luta entre patgenos e antipatgenos = hiperatividade) c) Zheng fraco, Xie forte = Xu, vazio (predomnio de xie = hipoatividade) Por isso em MTC nem sempre sintomas agudos so considerados mau prognstico, j que

    podem representar um zheng forte em luta contra o xie. Enquanto a cronicidade implica uma energia vital fraca por parte do organismo.

  • 19

    X. LEI DOS CINCO MOVIMENTOS (OU A GRANDE REGRA) Os Cinco Movimentos (ou Cinco Elementos) so smbolos tomados da natureza que representam o equilbrio e a interrelao que existe em tudo que est entre o Cu e a Terra, relao existente tanto no micro quanto no macrocsmico.

    No homem enquanto microcosmo, proporciona um esquema para a compreenso da fisiologia, as relaes orgnicas, viscerais, psquicas, etc. E tambm as suas relaes com o macrocosmo, ou seja, a influncia das estaes, sons, cores, movimentos csmicos, etc.

    Os Cinco Movimentos vo reger regras de ao mtua, de ajuda, de neutralizao, de

    inibio ou controle, para permitir alcanar a harmonia. a) Correspondncias (aspectos regidos pelos 5 movimentos)

    Por abstrao as cinco categorias foram e so at hoje ento utilizadas para explicar e sistematizar o universo todo e inserido a ele o Homem.

    Seu princpio de ordem era o da correlao por analogia. Sua teoria subjacente

    era que coisas da mesma espcie energizam umas s outras. (...) No havia necessidade de pressupor um criador por trs da manifestao. A viso era orgnica; dentro de cada

    coisa em si mesma est sua vida, seu tao energizante. E, como por ressonncia, influncias mtuas tocavam os princpios vitais atuantes de todas as coisas, de maneira

    que em todo o universo ressoava uma maravilhosa harmonia cujas leis, como as da msica, poderiam ser descobertas e experienciadas com admirao.

    Algumas das correspondncias, ou terrenos, regidos pelos 5 Movimentos esto listados na tabela a seguir:

    MADEIRA

    FOGO

    TERRA

    METAL GUA

  • 20

    Madeira Fogo Terra Metal gua Zang-Fu F/VB C/ID, CS/TA BP/E P/IG R/B Sabor cido, azedo Amargo Doce Picante Salgado Direo Leste Sul Centro Oeste Norte Cor Verde Vermelha Amarela Branca Azul escuro,

    preto Perodo do dia Amanhecer Manh Meio-dia Tarde Noite Estao do ano Primavera Vero Estio Outono Inverno Clima Vento Calor mido Seco Frio Horrio 23-03 h 11-15h, 19-23h 7-11h 3-7h 15-19h rgo dos sentidos

    Olhos Lngua Boca Nariz Orelhas

    Sentido Viso Tato e Palavra Paladar Olfato Audio Energiza Msculos Circulao

    sangunea Tecido Conjuntivo

    Pele Ossos

    Nutre Unhas Tez Carne Plos Cabelo Secreo fluda Lgrima Suor Saliva Liq. Nasal Liq. Auditivo

    Liq. Sinovial Liq. Raquideano

    Aspecto mental Houn Thn Yi Po Zi Valor espiritual Imaginao

    Desejo Competitividade Estratgia Valentia

    Conscincia Palavra Conhecimento Alegria

    Reflexo Ponderao Seriedade Alma sensitiva

    Otimismo Vitalidade Sensibilidade Carisma

    Vontade Determinao

    Perturbao Ira Clera Irritabilidade Agressividade

    Labilidade Logorria Emotividade descontrolada

    Obsesso Ansiedade Manias Preocupaes

    Tristeza Melancolia Apatia

    Medo Cuidados Insegurana

    Tipo de depresso

    Ansiedade pela posse

    Quadros depressivos maiores

    Ansiedade pelo controle

    Depresso vital Fobias Autofagia

    Cheiro sintomtico

    Ranoso Queimado Perfumado Crnico Ptrido

    Perturbao Grito Divagao Choro Soluo Gemido Fase Gerao Maturao Colheita Queda Degradao Ciclo vital Nascimento Crescimento Maturidade Declive stase b) Ciclos fisiolgicos (Sheng e Ke)

    So ciclos que garantem o equilbrio do sistema, ou seja, permitem que todos os movimentos vivam harmoniosamente. Para isso preciso que sejam alimentados para que cresam e tambm que sejam controlados, para que no cresam em excesso prejudicando os outros.

    Ao ciclo que alimenta chamamos de Ciclo de Gerao ou Me-Filho (Ciclo Sheng):

    Fg

    Te

    Mt Ag

    Md SHENG

  • 21

    Ao ciclo que controla chamamos de Ciclo de Controle, Dominao ou Inibio (Ciclo Ke), ou ainda Av-Neto:

    Os dois ciclos garantem a manuteno h harmonia sem predomnio de nenhum Movimento. Eles so fisiologicamente corretos. c) Ciclos patolgicos maiores (T'cheng e Wu)

    Os Ciclos patolgicos maiores demonstram um desequilbrio e desarmonia no sistema. Um dos Movimentos, por estar desequilibrado, prejudica os que a ele esto sujeitos. Relacionam-se a um problema nos Ciclo de Controle (ou Ciclo Ke), causado por excesso de um Movimento sobre os outros. O Ciclo TCheng equivale ao Ciclo de Controle, mas de uma maneira exagerada, por isso tambm chamado Ciclo de Invaso. Um dos Movimentos por estar em excesso domina demais ao que deveria estar controlando, inibindo-o excessivamente.

    Exemplo: Fogo em excesso domina Metal que fica em vazio

    O Movimento que est excessivo tambm pode, por outro lado, controlar de uma maneira inversa ao Movimento que deveria estar controlando a ele mesmo. Ento ocorre uma inverso, onde o Movimento dominado se volta contra aquele que o domina, inibindo-o patologicamente. Por isso se chama Ciclo de Inverso (ou Ciclo Wu).

    Exemplo: Fogo em excesso contradomina gua

    Os dois ciclos fazem com que progressivamente todo o sistema entre em desarmonia e esses

    desequilbrios vo sendo transferidos de um a outro Movimento no decorrer do tempo.

    Fg

    Te

    Mt Ag

    Md KE

    Fg

    Te

    Ag

    Md

    Mt

    Fg

    Te

    Ag

    Md

    Mt

  • 22

    d) Ciclos patolgicos menores (Muzi e Zimu) Os Ciclos Patolgicos menores so menos porque seus efeitos so menos progressivos e mais temporrios do que nos ciclos patolgicos maiores. Eles se referem a distrbios na relao Me-Filho (ou seja, no Ciclo Sheng). O ciclo Mu-Zi indica que a enfermidade da me atinge o filho.

    Exemplo: Alterao em gua se propaga a Madera

    O Ciclo Zi-Mu indica que a enfermidade do filho vai atingir a me, gerando estancamento (Y). Exemplo: Alterao em Madeira atingindo gua

    e) Seis Possibilidades da evoluo da enfermidade nos 5 movimentos

    1) a enfermidade prpria de uma unidade energtica de um movimento 2) a enfermidade transmitida ao acoplado no mesmo movimento 3) a enfermidade segue pelo ciclo de invaso (TCheng) a outro movimento 4) a enfermidade transmitida pelo ciclo de inverso (Wu) a outro movimento 5) a enfermidade transmitida de me a filho (Mu-Zi) 6) a enfermidade transmitida do filho para a me (Zi-Mu) Exemplo para uma situao de plenitude:

    A Excesso de Fgado (1) que provoca vazio em Vescula Biliar(2), B Excesso de Fgado que gera vazio em BP (3) e plenitude no Corao (5) C Excesso de Fgado que estanca Rim (6) e Pulmo (4)

    Fg

    Te

    Mt Ag

    Md

    Fg

    Te

    Mt Ag

    Md

    C-Id

    Bp-E

    P-Ig R-B

    F-Vb A

    C-Id

    Bp-E

    P-Ig R-B

    F-Vb B

    C-Id

    Bp-E

    P-Ig R-B

    F-Vb C

  • 23

    Exemplo para uma situao de vazio:

    A - Vazio de Corao (1) que provoca plenitude relativa de Intestino Delgado (2). B Vazio de Corao que gera vazio em Bao-Pncreas pois no alimenta (5) e Fgado pois a me Fgado se esvazia ajudando ao filho Corao (6). C Vazio de Corao que acarreta plenitude relativa de Pulmo, j que este que deveria ser dominado se volta contra o dominante (3), e de Rim que domina excessivamente (4) Neste caso o elemento debilitado permite o contradomnio (Wu) por parte do Pulmo e o sobredomnio (Tcheng) por parte do Rim; no pode alimentar seu filho e esgota sua me. Em este exemplo e em outros podemos perceber que uma mesma sintomatologia bsica pode relacionar-se com diversos agentes etiolgicos. Da se deduz que: a) No existem frmulas de tratamento, j que os pontos a serem utilizados variaro consideravelmente em funo dos fatores etiolgicos. b) No existe especializao. A ntima relao e o intercmbio constante das 12 unidades energticas, mediante os ciclos da pentacoordenao, exige, se o desejo aplicar um tratamento correto, estudar e compreender ao homem como um todo integrado e no como a soma de suas partes. c) necessrio conhecer, profundamente, os sistemas de diagnstico e a sintomatologia para realizar uma acupuntura racional, o que explica que com demasiada freqncia os terapeutas se limitem a tratamentos antilgicos que conseguem apenas um alvio sintomtico e raras vezes um reequilbrio real. preciso ver o bosque (sndrome) e no a rvore (sintoma) em primeira instncia.

    Bp-E

    P-Ig R-B

    F-Vb A

    C-Id C-Id

    Bp-E

    P-Ig R-B

    F-Vb B

    Bp-E

    P-Ig R-B

    F-Vb C

    C-Id

  • 24

    XI. ENTES VITAIS Princpio de Lao-Ts O tao gera o um. O um gera o dois. O dois gera o trs. O trs gera todas as coisas. Atrs de todas as coisas h a escurido e elas tendem para a luz, e o fluxo da fora d-lhes harmonia. (Tao Te King XLII)

    O Um: a singularidade inicial (TChi), princpio universal primrio. Matria e energia so uma mesma coisa com diferentes estruturas moleculares (quando mais peso molecular, mais yin; quanto menos peso molecular, mais yang). Matria e energia so a mesma coisa em diferentes estados de concentrao, isso permitiu criar a bomba atmica, permitiu usar energeticamente a matria. O Dois: o Um ou se manifesta, ou est em estado latente (energia cintica ou potencial, movimento ou repouso). A unidade se manifesta na dualidade, pois s conhecemos atravs de comparao, do reconhecimento dos opostos, ou da dualidade: yin yang. O Trs: os opostos geram vento, ou seja dinamizao, movimento, transformao, mudana. Vento frio gera umidade. Vento quente gera secura. Umidade e a secura daro origem aos 10.000 seres.

    A partir desta constatao de Lao-Tz, podemos inferir trs etapas universais: - etapa trmica: bipolarizao (o dois) - etapa dinmica: dinamizao (o trs)

    - etapa hdrica: transformao (os dez mil seres)

    1 Singularidade inicial

    CALOR (Yang) Energia

    Energia cintica

    FRIO (Yin) Matria

    Energia potencial

    VENTO Atrao + e gera movimento

    SECURA UMIDADE

    10.000 seres

    Etapa trmica (Bipolarizao)

    Etapa dinmica (Dinamizao)

    Etapa hdrica (Transformao)

  • 25

    Os 10.000 seres

    Quem so os dez mil seres? a) Entes vitais: aqueles capazes de absorver, transformar e emitir energia (assimilao, absoro e drenagem), ou seja, animais, vegetais, o homem, etc. b) Entes no vitais: aqueles que no tem capacidade de homeostase com o meio, tem energia potencial mas no manifestam, por exemplo os minerais. c) Entes mistos: vrus, que no tem capacidade vital se no parasitam, ou seja, por si s no so entes vitais, se tornam vivos quando absorvem energia da clula. Para a MTC o vrus no um microorganismo, ele uma substncia no vital que adquire caractersticas vitais parasitando o organismo vivo. Portanto o homem um ente vital capaz de assimilar, absorver e transformar as energias do cosmos.

    As 5 energias do cosmos

    Wai qi o nome que se d a qualquer energia externa que incide sobre o organismo. Se so energias climaticas, se denominam Liu qi. So elas: calor, umidade, frio, vento, secura.

    Quando essas energias penetram a camada defensiva, se transformam em Liu xie, um corpo estranho ao sistema.

    Liu Xie nome que se d s energias climatolgicas (calor, umidade, frio, vento, secura) que penetram no interior, sendo uma energia estranha ao corpo e que dever ser metabolizada, aproveitada ou excretada. O homem tem uma estrutura de canais de energia que absorve e neutraliza esta influncia na tentativa de manter a homeostase.

    O equilbrio fisiolgico humano se realiza, em um primeiro estgio, atravs da funo termognica, isto , a regulao entre o frio e o calor. Vento, umidade e secura so energias derivadas da funo frio-calor, com as quais vo se combinar nos processos patolgicos.

    Assim os Movimentos Fogo e gua, responsveis pelo calor e frio, vo ser os eixos fundamentais do sistema energtico. O restante dos movimentos sero intermedirios desta funo.

    O homem vai manter sua homeostase graas a um sistema de planos energticos, encarregados de manter este equilbrio trmico, dinmico e hdrico.

  • 26

    XII. PLANOS ENERGTICOS

    Meridianos principais

    So em nmero de 12, bilaterais (1 para cada unidade energtica, zang ou fu). Existem 6 meridianos yin (que sobem) e 6 yang (que descem), de cada lado do corpo (energeticamente o corpo simtrico).

    Os canais se organizam atravs dos planos energticos (unio de mesma polaridade) ou dos acoplados (unio de polaridade oposta). Um plano energtico formado pela unio de dois meridianos de mesma polaridade, ligando o alto e o baixo. Existem 6 planos energticos no total: Tai Yang, Shao Yang, Yang Ming (3 yang) e Tai Yin, Jue Yin, Shao Yin (3 yin). Os acoplados so a unio de dois meridianos de polaridades opostas (yin yang) pertencentes a um mesmo Movimento (C-ID / MC-TA / BP-E / P-IG / R-B / F-VB ), ligando interior e exterior. Os meridianos Yang (relacionados s Vsceras) iro circular na regio yang do corpo, e os meridianos yin (relacionados aos rgos) iro circular na regio yin do corpo. YANG YIN Parte superior Parte inferior Exterior Interior Costas Abdmem Aspecto lateral das extremidades Aspecto medial das extremidades

    Planos energticos o plano uma linha que vai do p cabea unindo 2 meridianos de mesma polaridade os planos energticos yang descem e os yin sobem os planos energticos yang se encontram na face os planos energticos yin se encontram no trax a energia tem que circular, se no circula, o sangue no circula energia (yang) e sangue (yin) configuram o tao humano: onde no h energia no h sangue, onde no h sangue no se produz energia (por isso se diz que o sangue a me do qi, e o qi o

  • 27

    golpe que impulsiona o xue). Planos biocsmicos (Yang)

    Estes planos so formados pelos meridianos relacionados s Vsceras. So planos mais

    externos, encarregados de neutralizar as energias exgenas (liu qi). Os planos yang so formados pela unio de canais de mesma polaridade (yang-yang),

    unindo o alto e o baixo, como segue: (Lembrando, as vsceras so encarregadas de proteger, ou seja, uma de sua funes a de

    manter a homeostase com o meio geocsmico, de proteger o rgo acoplado do elemento climatolgico que lhe nocivo. Em cada estao do ano uma das vsceras est mais ativa para neutralizar a energia do meio externo.)

    1) Tai Yang: Bexiga Intestino Delgado - A funo principal da B (o marido yang) proteger o R (a esposa yin), o frio deve ser controlado pela Bexiga. - A funo principal do ID (marido yang) proteger ao C (a esposa yin) do calor. - O plano encarregado de equilibrar o frio e o calor (equilbrio trmico) o mais externo de todos, ou seja o mais yang (+++). Para a MTC o equilbrio fisiolgico se realiza primeiramente atravs do controle da funo trmica, sendo que todos os outros so derivados desta. No existe reao bioqumica sem calor. 2) Shao Yang: Vescula Biliar Triplo Aquecedor - a VB dever proteger o F do vento, portanto o vento neutralizado pela VB. - todas as atividades das vsceras so coordenadas pelo TA, que por isso colocado no plano mdio junto com VB. - o plano encarregado de equilibrar o vento (equilbrio dinmico), ou a movimentao e dinamizao o mdio yang (++). 3) Yang Ming: Estmago Intestino Grosso - O E deve proteger ao BP da umidade. - O IG deve proteger ao P da secura. - o plano encarregado de equilibrar a secura e a umidade (equilibrio hdrico) o mnimo yang (+), o mais interno entre os yang.

    Face

    Yang Ming (+)

    IG1

    IG20 E1

    E45 p

    Mo

    Face

    Shao Yang (++)

    TA1

    TA23 VB1

    VB44 p

    Mo

    Face

    Tai Yang (+++)

    ID1

    ID19 B1

    B67 p

    Mo

  • 28

    Planos bioqumicos (Yin) Relacionam-se com os rgos e com o sangue (Xue). Os rgos so encarregados de harmonizar as energias internas e de reger a estrutura psico-fsica, criar energia especializada e mandar a seus stios especficos e a seus acoplados. Os planos yin ento relacionam-se com o interior. 1) Tai yin: P BP Regem o tecido externo (pele e tecido conjuntivo), produzem energia que enviam ao Yang Ming (atravs dos acoplados) para que estes mantenha sua funo de proteo contra a umidade e a secura evitando que estes fatores penetrem a nvel orgnico. o menos yin (-), ou menos profundo. 2) Jue Yin: (MC) F Tem relao com os tecidos mdios (msculos e tendes), e envia energia ao Shao Yang (acoplados) para que estes protejam o interior do vento. de profundidade mdia (--). O MC colocado neste plano mdio yin juntamente com o F pois coordena as atividades e a energia excedente da atividade dos 5 Zang. 3) Shao Yin: C R Tem relao com os vasos e os ossos, ou seja, tecidos profundos, e envia energia ao Tai Yang para que se oponham ao frio e o calor, protegendo o interior. o mais yin (---).

    Trax

    Shao Yin (- - -)

    C9

    R27 C1

    R1 p

    Mo

    Trax

    Jue Yin (- -)

    MC9

    F14 MC1

    F1 p

    Mo

    Trax

    P11

    BP21 P1

    BP1 p

    Mo

    Tai Yin (-)

  • 29

    Esquema dos planos energticos e acoplados

    Tabela resumo de canais

    Canal N Pontos

    Direo Caracterstica Nome verdadeiro Incio Fim Horrio de Mx. Energia

    P 11 centrfugo Yin da mo Tsou Tai Yin Trax Mo 03-05h IG 20 centrpeto Yang da mo Tsou Yang Ming Mo Face 05-07h E 45 centrfugo Yang do p Zu Yang Ming Face P 07-09h

    BP 21 centrpeto Yin do p Zu Tai Yin P Trax 09-11h C 9 centrfugo Yin da mo Tsou Shao Yin Trax Mo 11-13h ID 19 centrpeto Yang da mo Tsou Tai Yang Mo Face 13-15h B 67 centrfugo Yang do p Zu Tai Yang Face P 15-17h R 27 centrpeto Yin do p Zu Shao yin P Trax 17-19h

    CS 9 centrfugo Yin da mo Tsou Jue Yin Trax Mo 19-21h TA 23 centrpeto Yang da mo Tsou Shao Yang Mo Face 21-23h VB 44 centrfugo Yang do p Zu Shao Yang Face P 23-01h F 14 centrpeto Yin do p Zu Jue Yin P trax 01-03h

    ID

    TA

    IG

    P

    CS

    C

    B

    VB

    E

    BP

    F

    R

    Tai Yang

    Shao Yang

    Yang Ming

    Tai Yin

    Jue Yin

    Shao Yin profundo

    superficial

    ACOPLADOS (unem exterior

    e interior)

    Tsou (mo)

    Zu (p)

    PLANOS (Unem alto e baixo)

  • 30

    MO

    CABEA

    TRAX

    P

    P1

    P11 IG1

    IG20

    E1

    E45 BP1

    BP21

    C1

    C9 ID1

    ID19

    B1

    B67 R1

    R27

    CS1

    CS9 TA1

    TA23

    VB1

    VB44 F1

    F14

    CIRCULAO DE ENERGIA RONG

    Planos Yang Mais superficial

    Planos Yin Mais profundo

    P IG E BP C ID B R CS TA VB F 03h 05h 07h 09h 11h 13h 15h 17h 19h 21h 23h 01h 03h

  • 31

    XIII. ESTRUTURA GERAL DE UM MERIDIANO PRINCIPAL E REAS DE COMANDO

    1) reas A: trajeto de comando, onde se localiza a imensa maioria dos pontos que se usa normalmente, fica entre os dedos das mos e os cotovelos ou os dedos dos ps e os joelhos. B: trajeto secundrio que vai das articulaes proximais (joelho e cotovelo) s grandes articulaes (ombro e coxo-femural/bacia). C: trajeto distal, que vai para a cabea nos meridianos yang e ao trax nos meridianos yin. D: trajeto interno, que parte do Ponto de Partida do Meridiano Distinto (na bacia ou ombro) levando ao interior do organismo. 2) Trajeto de comando fica entre os pontos ting (ps e mos) e ho (joelhos e cotovelos). Neste trajeto se encontram:

    5 pontos Shu Antigos: ting, iong, iu, king, ho (fonte, arroio, rio, esturio/delta, desembocadura/mar) 1 ponto Luo (passagem) 1 ponto Yuan (recepo/fonte) 1 ponto Xi (desbloqueio) 1 a cada 3 trajetos possuem 1 ponto Luo de Grupo

    A B

    C

    D

    CABEA (nos canais yang) ou TRAX (nos canais yin)

    TING Dedos dos ps

    ou da mo

    HO Joelho ou cotovelo

    PPMD Ombro ou

    bacia

    ZANG (nos canais yin) ou FU (nos canais yang)

  • 32

    IX. PONTOS DE COMANDO

    1) Pontos Shu-antigos so smbolos que explicam a intensidade de sada da energia, a energia se acumula nas pontas mais distais (ou seja, nos pontos ting). Os pontos Shu Antigos so tambm chamados Nascente (Ting), Riacho (Iong), Crrego (Iu), Rio (King), Mar (Ho), numa analogia da energia com a gua. Por que h 5 pontos shu antigos? Porque h 5 movimentos. Os pontos Shu Antigos fazem com que seja possvel interferir nos 5 Movimentos a partir de cada um dos canais, onde esto refletidos. a) Localizao dos pontos shu antigos Ting = ngulos ungueais (exceo: Canal do R) Iong = espaos interdigitais ou cabeas dos metas (metacarpos, metatarsos) Iu = intermetas (intermetacapos, intermetatarsos) King = pulsos ou tornozelos Ho = cotovelos ou joelhos b) Determinao do ponto ting dos canais yin e yang os canais Yang descem, portando o ponto Ting dos canais Yang da mo sero os primeiros ( ID1 / TA1 / IG1, pois iniciam da mo) e os pontos ting os canais Yang do p sero os ltimos (B67 / VB44 / E45, pois iniciam na face). Os canais Yin sobem, portanto os pontos Ting dos canais Yin do p sero os primeiros (BP1 / F1 / R1, j que iniciam no p) e os ponto Ting dos canais Yin da mo sero os ltimos (P11 / MC9 / C9, pois iniciam no trax). c) Correspondncia dos pontos Shu Antigos com os 5 Movimentos o ponto Ting o que est na transio entre o yin e o yang, ento para o yang (vero) se transformar em inverno (yin) ele deve passar pelo outono, da o ponto ting dos canais yang ser sempre o ponto metal (outono); para o yin (inverno) se transformar em yang (vero) ele dever passar pela primavera, da o ponto ting dos canais yin ser sempre o ponto Madeira. Os pontos Iong, Iu, King, Ho sero determinados na seqncia a este. Nos canais Yin, se o Ting Madeira, Iong Fogo, Iu Terra, King Metal e Ho gua:

    Nos canais Yang, se o Ting Metal, Iong gua, Iu Madeira, King Fogo e Ho Terra:

    Ting Canais Yin

    Canais Yin

    Ting

    Iong

    Iu

    King Ho

    Ting

    Canais Yang

    Canais Yang

    Ting Iong

    Iu Ho

    King

  • 33

    d) Ponto dominante, estacional ou transmissor o ponto correspondente ao prprio elemento a que pertence o canal em questo (Madeira da madeira, gua de gua, etc.). possibilita que o cinco movimentos estejam representados em cada um dos 12 canais principais (j que ele transmite sua energia a todos o pontos Shu Antigos semelhantes de todos os outros movimentos). e) Ponto dominante dos Canais Yang o ponto dominante do IG transmite sua energia a todos os outros pontos ting dos canais yang, assim todos os pontos ting dos canais yang so Metal o ponto dominante da B transmite sua energia a todos os outros pontos iong dos canais yang, assim todos os pontos iong dos canais yang so gua o ponto dominante da VB transmite sua energia a todos os outros pontos iu dos canais yang, assim todos os pontos iu dos canais yang so madeira o ponto dominante do ID transmite sua energia a todos os outros pontos king dos canais yang, assim todos os pontos king dos canais yang so fogo o ponto dominante do E transmite sua energia a todos os outros pontos ho dos canais yang, assim todos os pontos ho dos canais yang so terra Exemplo de ponto dominante num canal Yin: O canal do Fgado pertencente ao Movimento madeira. O ponto dominante do Canal do Fgado (yang), o ponto do mesmo elemento, portanto o ponto TING. Ele transmite sua energia a todos os outros pontos Ting dos canais yang, sendo que todos estes pontos atuam sobre Madeira.

    f) Ponto dominante dos Canais Yin o ponto domimante do F transmite sua energia a todos os pontos ting dos canais yin, assim todos os pontos ting dos canais yin so madeira o ponto dominante do C transmite sua energia a todos os pontos iong dos canais yin, assim todos os pontos iong dos canais yin so fogo o ponto dominante do BP transmite sua energia a todos os pontos iu dos canais yin, assim todos os pontos iu dos canais yin so terra o ponto dominante do P transmite sua energia a todos os pontos king dos canais yin, assim todos os pontos king dos canais yin so metal o ponto dominante do R transmite sua energia a todos os pontos ho dos canais yin, assim, todos os pontos ho dos canais yin so gua

    F

    C

    BP

    P R

    ting

    iong

    iu

    king ho

  • 34

    Exemplo do ponto dominante num canal Yang: O canal do Intestino Delgado pertence ao movimento Fogo. O ponto dominante do Canal do

    Intestino Delgado o ponto do mesmo elemento, portanto o ponto KING. Ele transmite sua energia a todos os outros pontos King dos canais Yang, sendo que todos estes pontos atuam sobre o Fogo.

    g) Ponto de tonificao e sedao

    A partir da determinao do ponto dominante, possvel deduzir o ponto de Tonificao e o ponto de Sedao em cada um dos canais. Segundo as leis dos 5 Movimentos, a me alimenta o filho, portanto o ponto me ser sempre o ponto de Tonificao. O filho suga a me, portanto o ponto filho ser o ponto de Sedao.

    Abaixo os exemplos, por canal, segundo a seguinte legenda:

    Canais Yin da mo:

    Canais Yin do P:

    Ting P MC C

    Ting BP F R

    Tonificao - Sedao - Dominante -

    VB

    ID

    E

    IG B

    ting iong

    iu ho

    king

  • 35

    Canais yang da mo:

    Canais yang do p:

    Tabela Pontos Shu, Tonificao e Sedao

    Canal Ting Iong Iu King Ho P 11 10 9 8 5

    MC 9 8 7 5 3 C 9 8 7 4 3 ID 1 2 3 5 8 TA 1 2 3 6 10 IG 1 2 3 5 11 B 67 66 65 60 40 VB 44 43 41 38 34 E 45 44 43 41 36 R 1 2 3 7 10 BP 1 2 3 5 9 F 1 2 3 4 8

    2) Pontos Luo-Yuan sempre perto do ponto King h um ponto chamado de Luo (passagem, drenagem). este ponto, ao ser estimulado, abre um vaso comunicante com o ponto Yuan (absoro, fonte) do canal acoplado ( uma via teraputica, no fisiolgica). a tcnica Luo-Yuan consiste na sedao do ponto Luo e na tonificao do Ponto Yuan. este mtodo se utiliza para harmonizar os acoplados (C ID / MC-TA / BP-E / P-IG / R-B / F-VB), para que o canal yin e yang se equilibrem quando existir plenitude ou vazio. Ou seja, serve para harmonizar um determinado Movimento.

    Ting

    IG TA ID

    Ting

    E VB B

  • 36

    Pontos Luo-Yuan de cada um dos Movimentos

    Determinao dos pontos Luo Yuan O ponto yuan dos meridianos yang sempre o quarto ponto (exceo: canal da VB). Nos meridianos yin no h ponto yuan independente. O ponto yuan equivale ao ponto iu (que cumpre as duas funes), sendo assim sempre o terceiro.

    3) Pontos Luo de Grupo So pontos de comunicao entre 3 canais, possibilitando atuar simultaneamente. ponto comum aos 3 meridianos yin da mo: CS5 ponto comum aos 3 meridianos yang da mo: TA8 ponto comum aos 3 meridianos yin da perna: BP6 ponto comum aos 3 meridianos yang da perna: VB39 os pontos lo de grupo de localizam a 3 distncias (tsun ou cun) da prega de flexo da mo ou a 3 distncias do ponto mais saliente do malolo do tornozelo (PS: TA8 fica a 4 cun)

    PPMD

    ting

    pele MTM

    Luo Longitudinal

    iong iu king ho LUO

    YUAN Luo Transversal

    Canal principal

    Canal principal acoplado

    Movimento Terra E BP

    Movimento Fogo (Imperial) C ID

    Movimento gua R B

    Movimento Metal P IG

    Luo: P7

    E42

    Luo: BP4

    BP3 Luo: C5

    C7 ID4

    Luo: ID7

    Luo: F5

    F3

    Luo: VB37

    VB40

    Luo: R4

    R3

    Luo: B58

    B64

    Luo: E40

    P9

    Luo: IG6

    IG4

    Movimento Madeira F VB

    Movimento Fogo (Ministerial) MC TA

    Luo: TA5

    Luo: MC6

    MC7 TA4

  • 37

    4) Ponto Xi, Gueki ou Tsri Desbloqueio Sua funo desbloquear a plenitude de um rgo interno quando h estancamento (y qi = estancamento, provoca plenitude e sensao de dor). Quando h dor se usa o ponto Xi. Tambm utilizado para alteraes psquicas relacionadas com os rgos Yin. Localizao: o ponto Xi se localiza dentro do trajeto de comando, sendo que ocupa a posio livre mais prxima ao ponto Ting (a posio que no foi ocupada pelos pontos shu antigos, luo ou yuan) h duas excesses: E e BP

    Tabela dos pontos de comando

    Ting yang = mt yin = md

    Iong yang = g yin = fg

    Iu yang = md

    yin = te

    Yuan

    King yang = fg yin = mt

    Ho yang = te yin = g

    Luo Luo de G

    Xi

    P 11 10 9 9 8 5 7 6 MC 9 8 7 7 5 3 6 4 C 9 8 7 7 4 3 5

    MC5 6

    ID 1 2 3 4 5 8 7 6 TA 1 2 3 4 6 10 5 7 IG 1 2 3 4 5 11 6

    TA8 7

    B 67 66 65 64 60 40 58 63 VB 44 43 41 40 38 34 37 36 E 45 44 43 42 41 36 40

    VB39 34

    R 1 2 3 3 7 10 4 5 BP 1 2 3 3 5 9 4 8 F 1 2 3 3 4 8 5

    BP6 6

    Regras gerais para memorizar a tabela dos pontos de comando:

    PONTOS TING - nos canais yang da mo so os primeiros (porque o yang desce) - nos canais yang do p so os ltimos (porque o yang desce) - nos canais yin do p so os primeiros (porque o yin sobe) - nos canais yin da mo so os ltimos (porque o yin sobe) PONTOS IONG - so sempre os seguintes aos ting (posteriores ou anteriores) PONTOS IU - so sempre os seguintes ao iong (posteriores ou anteriores), e h uma exceo no VB41 PONTOS YUAN - nos canais yin o mesmo que o IU - nos canais yang o seguinte ao IU PONTOS KING, HO, LO e LO DE GRUPO - no h regra, preciso memorizar PONTO XI

    - ocupa o numeral que esteja livre, mais prximo ao ponto TING (Excees: BP8, E34)

  • 38

    X. VIAS ENERGTICAS 1) Circulao Principal: - onde se encontram os pontos de acupuntura (alm de Du Mai e Ren Mai que tambm possuem pontos prprios). Consiste em: 12 x 2 (bilaterais) = 24 canais principais, onde circula Rong 12 x 2 (bilaterais) = 24 Luo Transversais (que comunica os acoplados) onde circula Rong 2) Circulao Colateral (Luo Mai) Consiste de: 12 x 2 Meridianos tendino-musculares (Jing Jin) infinitos Sun Luo (ramificaes dos MTM) 12 x 2 + 2 x 2 (Grande Luo do BP e do E) + 2 x 1 (Unilaterais: Ren e Du Mai) - Luo Longitudinais (Jing Luo) 12 x 2 Meridianos distintos (Jing Bie) 4 x 2 + 4 x 1 Vasos Reguladores ou Maravilhosos (Qi Ji Mai)

    Luo Longitudinais percorrem o espao entre o meridianos tendino-muscular e o meridiano principal partem do ponto Lo e vo at o Ponto de Partida do Meridiano Distinto (que fica localizado nas grandes articulaes (ombro e bacia). uma via intermediria entre o MTM e o MP, importante por ser uma via de desvio para a energia perversa ( um linfticoenergtico). Circula nos Luo Longitudinais 25% de energia Wei e 75% de energia Rong (so vias mistas nutrcio-defensivas).

    Meridianos Distintos (Jing Bie) so as vias internas imuno defensivas, neutralizam os fatores diettico emocionais sendo a defesa do interior do corpo. Nestas vias circula 25% de energia Rong e 75% de energia Wei (so de circulao mista defensivo-nutrcias)

    Vasos reguladores ou maravilhosos (QiJingMai)

    4 bilaterais e 4 unilaterais circula energia Zheng (a energia verdadeira, essencial) tem pontos de amplo espectro teraputico que no devem ser usados indiscriminadamente para preservar o Zheng

    PPMD

    ting

    pele MTM

    Luo Longitudinal

    Luo Transversal

    Canal principal

    Canal principal acoplado

  • 39

  • 40

    XI. PROCESSO DE PENETRAO DA ENERGIA PERVERSA a enfermidade acontece sempre por uma justaposio de fatores patgenos. os fatores patgenos shenxie (emocional), guxie (diettico), liuxie (climtico-ambiental) atuam sobre uma base constitucional orgnica (terreno) ou xiezhong. o incremento de xie pode vencer ao zheng (sndromes de plenitude ou vazio): Zheng forte, Xie fraco = sade; Zheng forte, Xie forte = Shi - plenitude (luta entre patgenos e antipatgenos = hiperatividade); Zheng fraco, Xie forte = Xu - vazio (predomnio de xie = hipoatividade) com frequncia os fatores desencadeantes de desequilbrio so fatores climatolgico-ambientais. Estes fatores penetram seguindo as 4 capas e 12 portas.

    As 4 Capas e 12 Portas

    O processo de penetrao de energia perversa (liu qi) no organismo segue 4 etapas: WEI (colaterais), QI (vsceras), JING (rgos), XUE (sangue). As capas Wei e Qi so as mais externas (yang), e as capas Jing e Xue as internas (yin) Cada capa tem 3 portas, como segue: 1) Capa Wei tem 3 portas; meridianos tendino musculares, luo longitudinais, meridianos distintos 2) Capa Qi tem 3 portas: tai yang (equilbrio trmico), shao yang (equilbrio dinmico), ming yang (equilbrio hdrico) 3) Capa Jing tem 3 portas: tai yin (estrutura externa pele e tecido conjuntivo), jue yin (estrutura mdia msculos e tendes), shao yin (estrutura profunda vasos e ossos) 4) Capa xue tambm tem 3 portas: clulas vermelhas (trofismo), plaquetas (homeostase), clulas brancas (imunidade)

    - Meridianos tendino-musculares - Luo longitudinais - Meridianos distintos

    - Tai Yang - Shao Yang - Yang Ming

    - Tai Yin - Jue Yin - Shao Yin

    - Clulas vermelhas - Plaquetas - Clulas brancas

    WEI

    QI

    JING

    XUE

    12 PORTAS 4 CAPAS

  • 41

    As patologias geralmente progridem seguindo as portas, a energia perversa entra a partir da capa Wei em direo ao Xue. O processo de evoluo da enfermidade segue uma ordem lgica que se pode diagnosticar e prever. Transformao de liu qi (energia climtica) em liu xie (energia perversa) o organismo est constantemente emitindo energia para fora atravs dos MTM e dos sun luo (halo indutivo e radioativo). h duas homeostases bsicas no homem: a interna (encarregada de neutralizar o fator emocional e outros fatores j internos) e a externa (encarregada de neutralizar o fator climtico ambiental). Ao penetrar no sun luo o liuqi se tranforma em liuxie, ou seja, um corpo estranho, gerando uma reao do organismo. Alteraes dos sun luo geram coceira, dormncia, fisgadas, sensao de descarga eltrica que so rapidamente extintas. Propagao do liuxie para o interior do corpo Caso a energia alcance os Meridianos tendino musculares a reao mais intensa, j que os MTM funcionam em grupos de 3 e podem geram dor.

    ESQUEMA DE PENETRAO DA ENERGIA PERVERSA PELOS SUN LUO AT O MTM

    Neste caso podem acontecer 3 circunstncias: a) Remisso - dor aguda e passageira devido resposta dos MTM b) Cronificao estancamento, quando a fora do fator patgeno alta e da defesa tambm e acontece uma estagnao sem que o fator perverso tenha sido expulso (Equilbrio de foras que levam s sndromes de estagnao de qi, ou yqi, que com o tempo evoluem para yxue j que onde no h energia no h sangue. Sem sangue h detruio do tecido e crio de uma cicatriz energtica que no se detecta radiologicamente ou tomograficamente, ou seja, uma rea dbil que vai repercutir toda vez que houver invaso de um fator perverso dores crnicas). c) Evoluo onde o fator patgeno maior que o antipatgeno e a energia perversa avana

  • 42

    pelos MTM at chega ao ponto TING. O ponto TING a nica entrada de energia perversa no corpo, no h outro a no ser que se provoque. Pelo ponto TING a energia perversa pode alcanar o Meridiano Principal. O ponto TING o ponto mais energtico do corpo, por ser o mais distal (princpio das pontas). one h mais acmulo de WEI e RONG. A energia WEI capta a perversa e a transporta ao ponto TING (analogia da lmpada e inseto: o inseto atrado pela luz, mas no consegue penetrar nesta pois est protegida pelo vidro). A energia atrada at o ponto TING onde drenada para fora (importncia do contato com a terra, com materiais naturais, para drenar energia perversa). O ponto ting est fechado pois contm uma energia muito densa, a energia RONG (yin), uma porta com muito peso para ser aberta. Se a energia perversa for forte o suficiente para penetrar no MP inicia-se um processo novo, j que se abriu a primeira porta das 12, a porta do MTM (evoluo da energia perversa).

    ESQUEMA DE PENETRAO DA ENERGIA PERVERSA AT O PONTO TING

    a energia perversa entra no Ponto ting (primeira barreira neutralizante) e vai avanando pelo meridiano principal at chegar ao ponto king, tambm chamado ponto de desembarque (a segunda barreira dispersante), a nvel dos pulsos e tornozelos. Essa disperso de energia perversa causa de mltiplas doenas reumticas e articulares das mos e tornozelos. Depois de ultrapassar a segunda barreira a energia perversa chega ao ponto luo que deriva esta energia ao Luo Longitudinal o que resta de energia perversa no MP segue at o ponto Ho (terceira barreira dispersante) (origem de dores no joelho e cotovelo) o que ainda resta de energia perversa no Luo Longitudinal e no MP chega ao Ponto de Partida do Meridiano Distinto (nas grandes articulaes) onde se produz a quarta e ltima barreira dispersante (que gera patologias locais) a partir deste ponto a energia encaminhada ao interior do corpo. Em qualquer uma das barreiras pode se dar umas das trs possibilidades: remisso, estancamento ou evoluo.

  • 43

    ESQUEMA DE PENETRAO DA ENERGIA PERVERSA AT O PONTO PPMD

    o MD que faz a ligao da periferia com o sistema central (as unidades energticas). do PPMD chegam 3 vias (MTM, LL e MP) e saem 3 vias.

  • 44

    via A: trajeto interno do Luo Longitudinal (possui 25% de wei) via B: trajeto interno do Meridiano Principal (possui 0% de wei) via C: Trajeto Infra-Orgnico do Meridiano Distinto (possui 75% de wei) o Trajeto Infra-Orgnico do meridiano distinto uma armadilha para a energia perversa pois mais permevel, oferece menos resistncia, portanto a energia perversa tende a caminhar a. uma via defensiva endgena que puxa a energia levando unidade energtica (Zang ou Fu). A energia perversa que chega unidade energtica causa uma reao presena do corpo estranho e uma sndrome de plenitude (luta entre o Zheng forte e o Xie). A drenagem da energia perversa da Unidade energtica feita pelo MC (processador, que regula toda a energia do organismo), e existe uma via que comunica a UE ao MC chamada de Trajeto Orgnico do Meridiano Distinto. Do MC a energia perversa reprocessada, o que benfico enviado ao C, o que no benfico expulso pelos pontos Janela do Cu. A via que leva a energia do MC aos Pontos Janela do Cu se chama Trajeto Supra-Orgnico do Meridiano Distinto. Se o UE no consegue processar o fator perverso, gera-se com o tempo uma deficincia, com progressivo enfraquecimento da UE, chamada Sndrome de latncia. H uma latncia enquanto houver equilbrio de foras (Zheng e Xie), mas cada vez que h uma invaso de fatores patgenos os sintomas reaparecem (Fora Xie maior que o Zheng) gerando quadros crnicos (cistites, gastrites, dispepsias, alteraes intestinais crnicas, etc.)

    - O processo de neutralizao das energias perversas que invadem o sistema energtico semelhante a uma digesto, onde os Meridianos Tendino Musculares correspondem ao estmago, recebendo o agente direto do exterior, os Luo Longitudinais correspondem ao intestino delgado

    que tenta separar o puro do impuro, e os Meridianos Distintos correspondem ao intestino grosso, que procura extrair o que ainda til ao sistema e excretar o que intil.

  • 45

    XII. VASOS REGULADORES (MARAVILHOSOS OU CURIOSOS (Qi Jin Mai)

    Conceito de Rim Yang (supra-renais) local onde se armazena toda a energia do organismo, tanto do Cu Anterior quanto do Cu Posterior. Condensa a energia depois do nascimento (a energia Zheng, ou verdadeira conjunto das energias). formado por medula e crtex. Tambm chamado Ming Men. Tem funo de assegurar a sobrevivncia e a reproduo. Vasos reguladores: A energia acumulada no Rim Yang desce at o perneo por um vaso chamado Chong Mai (Vaso estratgico). Este canal vai do Rim Yang ao ponto VC1 no perneo passando pelo Rim e pelo sistema reprodutor para estimular suas funes. O Chong Mai envolve o tero, as gnadas, as trompas e o sistema urinrio em forma de espiral.

    O que sobra vai por duas vias, uma pela frente do corpo e outra por trs, chamadas de Ren Mai e Du Mai. O Ren Mai regula os Zang (Mar dos rgos) e o Du mais regula as Fu (Mar das vsceras)

    Alm destes trs vasos maravilhosos ainda h: Yang Qiao Mai (Yang do Calcanhar) entra em funcionamento pela manh, leva calor do p cabea fazendo a pessoa despertar. Tambm chamado de Mar da luzou Mar do calor por regular o calor (yang). Yin Qiao Mai (Yin do Calcanhar) se estimula noite, fazendo com que o indivduo durma. Tambm chamado mar da escurido ou Mar do frio. Regula o frio entre o p e a cabea. Yang Wei Mai (Defesa externa) Mar dos MTM Yin Wei Mai (Defesa interna) Mar dos MD Dae Mai parte do Rim dividindo o corpo em duas partes, o equador da energia humana. Pontos de Abertura dos VR: BP4 Tchong Mai, P7 Ren Mai, ID3 Du Mai, VB41 Dae Mai, R6 Yin Qiao Mai, MC6 Yin Wei Mai, TA5 Yang Wei Mai, B62 Yang Qiao Mai Pares de VR: Os VR no atuam separadamente, mas em duplas, sendo que preciso abrir o canal e fech-lo com o ponto de abertura do seu par (que neste caso chamado de Ponto de Fechamento). O Ponto de Abertura prepara o terreno levando energia do Rim Yang at ele, e o Ponto de Fechamento evita o desgaste do sistema, fechando as comunicao. Duplas: TChong Mai (BP4) Yin Wei Mai (CS6) Ren Mai (P7) Yin Qiao Mai (R6) Du Mai (ID3) Yang Qiao Mai (B62) Yang Wei (TA5) Dae Mai (VB41)

    Frio Calor Umidade Secura Vento

    Rim Yang

    ZHONG

    VC1

    Ren Mai Du Mai

    Chong Mai

  • 46

    Das duplas acimas, TChong e Yin Wei, Ren e Yin Qiao so considerados Yin. Du e Yang Qiao, Yang Wei e Dai Mai so considerados Yang. Funes dos VR com relao a Yin e Yang Yin Qiao sobe o yin, que tem a tendncia de ficar embaixo Yin Wei puxa o yin, que tem a tendncia de ficar dentro (exterioriza) Yang Qiao baixa o calor, que tende a ficar no alto Yang Wei - coloca yang, que tem a tendncia de ficar fora (interioriza) Dae Me Equilibra yin yang no alto-baixo Ren Mai controla o yin Du Mai controla o yang Tchong Mai governador geral, tem relao com o Rim Yang e o MC Energia que circula dos VR: No T'Chong, da, Yang Qiao e Yin Qiao Mai circula energia Zheng; no Ren Mai circula energia Qi (dos rgos) e Zhong; no Du Mai circula energia Thin (das vsceras) e Zhong; no Yang Wei Mai circula energia Wei Yang e Zhong, e no Yin Wei Mai circula energia Wei Yin e Zhong. VR e regulao de funes vitais: isotermia (fio/calor yin qiao/yang qiao), trofismo (vsceras/rgos Du mai/Ren mai), homeostase (interna/externa Yin Wei, Yang wei) Funes gerais dos VR: Dupla Ren Mai Yin Qiao Mai 1) Ren Mai (P7 - R6) Patologias respiratrias, distrbios pulmonares obstrutivos crnicos, patologias de vias altas (rinite, sinusite, amigdalite). Patologia digestiva (utilizao menos freqente). 2) Yin Qiao Mai (R6 P7) Sndromes auditivas e do ouvido, calor no alto. Dupla Du Mai Yang Qiao Mai Trata dor paravertebral. 1) Du Mai (ID3 B62) Cervicalgias, cervico-braquialgias e dorsalgias altas. 2) Yang Qiao Mai (B62 - ID3) Lombalgias, ciatalgias, dorsalgias baixas. Dupla Yang Wei Mai Dae Mai 1) Yang Wei Mai (TA5 VB41) Afeces exgenas, quando o desencadeante da doena fundamentalmente exgeno (clima, etc.). 2) Dae Mai (VB41-TA5) Patologias da boca, lbios, lngua e dentes (aftas, securas, racaduras da boca, etc.). Dupla Chong Mai Yin Wei Mai Trata basicamente problemas emocionais. 1) TChong Mai (BP4- MC6) Usado quando os desencadeantes da enfermidade so internos (endgenos), psquico ou diettico. Muito utilizado em todas as enfermidades mentais. 2) Yin Wei Mai (MC6 BP4) Alteraes emocionais acompanhadas de sobrepeso, ou alteraes de apetite (bulimia, compulso alimentar, etc.), com fatores obsessivos associados e alteraes de auto-estima ou auto-imagem. Tambm alteraes genito-urinrias.

  • 47

  • 48

    XIII. OS PONTOS RO, OU PONTOS DE AO ESPECIAL 1) Pontos de ao especial so pontos de ao consagrada pela prtica em determinadas patologias ou quadros especficos. Ao longo da investigao e da prtica clnica foram sendo estabelecidos uma variedade deles (cerca de 50-60 pontos). 2) Pontos Ro so pontos que so especiais por sua ao comprovada na tradio ou seja, pontos clssicos que tem uma ao ampla, holstica (no uma ao especfica). So um total de 13 pontos, sendo que em 11 deles existe uma explicao sobre seu efeito e em dois no h explicao conhecida. Tambm chamados de Canto do Drago de Jade, pois acupunturistas antigos decoravam canes com o nome dos pontos para memoriz-los. B11 (Gushu) shu dorsal dos ossos, utilizado em todas as patologias que envolvam ossos por ter uma conexo com o Rim Yin (que rege os ossos). VB34 (Yanglingquan) utilizado em todas as patologias de msculos e tendes por ser o ponto Ho (Terra). (Existe uma regra clssica que diz que todas as enfermidades das unidades energticas se trata com o ponto Terra do acoplado. VB34 ponto Ho, ou seja, ponto Terra, portanto trata msculos e tendes que so tecidos regidos pelo F, acoplado. E36 (Zusanli) estimula a energia, a vitalidade, a sexualidade e a imunidade. um dos pontos mais usados em acupuntura. o ponto Ho do E (fbrica da sade). E37 (Shangjuxu) ponto de influncia em todas as patologias intestinais, pois deste ponto parte um vaso que comunica-se com o clon descendente. E39 (Xialian) ponto de influncia do intestino delgado, para problemas de absoro em geral. VC12 (Zhongwan) ponto de influncia das vsceras, que estimula toda a atividade de produo de energia das vsceras. tambm ponto Mo (Alarme) do Estmago, da sua funo. F13 (Zhangmen) usado em enfermidades dos rgos. tambm ponto Mo do BP. VC17 (Danzhong) Ponto de influncia para a energia psiquica/emocional. Trata o Shen (o aspecto emociona do organismo). tambm, ponto Mo do MC. B17 (Geshu) Ponto de influncia do Sangue, se utiliza em qualquer patologia heptica por sua influncia sobre o diafragma. Aumenta a volemia e interfere no equilbrio qi-xue (tao vital). P9 (Taiyuan) Ponto de tonificao do pulmo e de influncia sobre as artrias e a circulao. O Pulmo gera energia torcica (Tong) que o C utiliza para impulsionar o sangue. B39 (Weiyang) Ponto de influncia sobre o TA, importante nos problemas metablicos, sobretudo diabetes e problemas endcrinos. Ativa a funo dos 3 aquecedores por ter relao com os pontos VC17, VC12 e VC6 (3 grandes chackas emocional, metablico e sexual). IG16 (Jugu) e VB39 (Jugu) ambos so pontos de influncia sobre as medulas, para problemas neurolgicos ou de medula ssea. No se conhece a justificativa de ao destes pontos.

  • 49

    XIV. TCNICA DOS PLANOS (Ponto n, acelerao e arraste) H uma tcnica para fazer circular a energia pelos planos energticos importante lembrar que este um tratamento sintomtico, no etiolgico (trata o sintoma, no a causa).

    1) Tcnica dos planos YANG

    Pontos utilizados nessa tcnica: 1.1) Pontos N (Nudo) o ponto que concentra a mxima energia de um plano pois a convergem muitos ramos o que o torna propcio ao estancamento. Se localizam na cabea. So eles: B1 (Tai Yang), VB2 (Shao yang) e E7 (Yang Ming) Este estancamento gera cefalias de trs tipos: tai yang (fronte-vrtice-occipital), shao yang (temporal) e yang ming (facial). Havendo bloqueio do ponto N a dor percorre o caminho do plano energtico, para desobstruir usamos o ponto fogo da primeira rama (ponto de acelerao) para gerar calor e dilatao e abrimos o ltimo ponto da segunda rama para escoar a energia (ponto de arraste). 1.2) Pontos de acelerao: ID5 (Tai yang), TA6 (Shao yang) e IG5 (Yang ming) ( o ponto Fogo do ramo inicial do plano energtico yang). Deve ser puncionado em sentido favorvel corrente. 1.3) Pontos de arraste: B67 (Tai yang), VB44 (shao yang), E45 (Yang Ming). Puxa a energia para baixo. o ltimo ponto da rama inferior, j que o Yang desce. 1.4) Pontos A'shi: pontos de dor 1.5) Pontos N dos ns: pontos de muita concentrao de energia da cabea devido a grande confluncia de meridianos. So 3: Tai Yang, E8, VB8 (formam um tringulo equiltero).

    Tai Yang

    ID1

    ID19 B1 N

    B67 Arraste

    ID5 Acelerador

    TA1

    TA23 VB1

    VB44 Arraste

    TA6 Acelerador

    VB2 N

    IG1

    IG20 E1

    E45 Arraste

    IG5 Acelerador

    E7 N

    Shao Yang Yang Ming

  • 50

    1.6) Ponto N Geral: VG20 1.7) Ponto Iong (gua) do primeiro ramo, ou neutralizador: ID2 , TA2, IG2 1.8) Sequncia bsica de insero a) Ponto acelerador (ponto fogo do primeiro ramo) b) ponto de arraste c) ponto n d) pontos n dos ns e n geral (se dolorosos) e) pontos a-shi (se houver) f) por ltimo, caso seja uma dor que piore com o calor e no tenha melhorado, retirar o ponto fogo e inserir o ponto gua do primeiro ramo (Ponto neutralizador). 2) Tcnica dos planos YIN se usa para patologias internas e patologias por alterao do Shen (mente, esprito, emoes) quando um rgo afetado por uma emoo, acontece um estancamento de energia no rgo, j que psique e soma formam um conjunto indissolvel. Nesses casos se usa a tcnica de planos aliada a outras tcnicas (ponto Xi, Tcnica Shu-Mu, Shu de apoio, etc.) 2.1) Ponto acelerador: o ponto fogo da rama inicial, (neste caso, de baixo, j que o yin sobe): BP2, F2, R2 2.2) Ponto de arraste: o ltimo ponto da rama final, j que o yin sobe: P11, MC9, C9 2.3) Pontos n: VC12 (tai yin), VC18 (Jue Yin), VC23 (shao yin) 2.1) Sequncia de insero: a) ponto acelerador b) ponto de arraste c) pontos n d) pontos a-shi

    VC12 N

    P11 Arraste

    BP21 P1

    BP1

    Tai Yin

    BP2 Acelerador

    VC18 N

    MC9 Arraste

    F14 MC1

    F1

    Jue Yin

    F2 Acelerador

    VC23 N

    C9 Arraste

    R27 C1

    R1

    Shao Yin

    R2 Acelerador

  • 51

    XV. OS TRS TESOUROS Essncia (jing), forma (qi) e esprito (shen) as 3 energias elaboradas Zang a) Thin o thin de uma UE resulta da unio da sua energia prpria, da do acoplado, da que vem atravs

    do ciclo de gerao e de controle. thin a energia que produz todas as transformaes bioqumicas e enzimticas que vo gerar as

    essncias dos rgos e vsceras. seu excesso armazenado no Rim Yang (poupana). para que essa energia se forme de maneira equilibrada preciso que colaborem na sua

    formao quatro energias diferentes:

    Exemplo: o Thin do Estmago estaria formado por

    Exemplo: Thin do Bao-Pncreas

    OBS: O Termo Tinh pode ser considerado qualquer energia que quando metabolizada, e de acordo com a necessidade, produz energia livre (Thin) ou matria (Jing). Ou seja, um composto energtico material (vapor), uma reserva.

    Thin Thin (+) rgo Tinh (+ -) rgo ou Vscera seguinte Jing (-) Rim/Bexiga

    E (energia prpria, Rong)

    BP (acoplado, Qi do BP)

    ID (me gerao, thin do ID)

    VB (controle, thin da VB)

    - +

    BP (esposa) IG (filho) B (neto) Rim yang

    ESTMAGO Meridiano prprio

    BP (energia prpria, Rong)

    E (acoplado, thin do E)

    C (me gerao, Qi do C)

    F (controle, Qi do F)

    - +

    E (marido) P (filho) R (neto) Rim yang

    Meridiano prprio

    MP prprio

    Acoplado

    Me gerao

    Av controle

    Unidade energtica Thin

    MP prprio

    Acoplado

    Neto Filho

    Rim Yang

    BAO-PNCREAS

  • 52

    b) Qi a energia produzida pelos Zang (rgos), que rege a forma, ou seja, os tecidos, pois

    influencia a produo de lquido intersticial formado pelo Thin (energia livre derivada da funo metablica) do rgo mais os influxos

    correspondentes do meio externo que tenham ao sobre o rgo em questo. Ou seja, as energias provenientes da relao interna e as da relao com o externo. Por exemplo: o Qi do F seria igual ao Thin do F (que depende do aporte de seu MP, mais o aporte do seu acoplado - VB, mais o aporte do ciclo de gerao - R, mais o aporte do ciclo de controle - P) somado s energias de ressonncia do movimento Madeira, ou seja, a energia vento, primavera, a energia do sabor cido, da cor verde, etc. H 5 Qi: vento, calor, umidade, secura e frio o Qi se forma atravs do Thin + as frequncias do meio, j que os rgos so sintonizadores de

    freqncias (energias do meio) os 5 Qi so enviados ao Rim Yang (poupana), o Rim Yang estimula a funo do Rim Yin de

    produzir gua Me (Shn shui) que vai nutrir o tecido correspondente atravs de sua interferncia no lquido intersticial. Ou seja, o Qi a nica energia que interatua com o meio intersticial, estimulando setores tissulares de uma maneira seletiva. O Qi a energia capaz de se relacionar com a matria atravs do nico vnculo possvel que a

    gua. atravs da gua que se realizam as biotransformaes necessrias nutrio celular. O Qi de cada rgo determinar um efeito concreto eletro-qumico, influenciando assim seu terreno relacionado (por isso se diz que o qi do BP se estende carne, o qi do P pele e assim sucessivamente)

    O meio intersticial comum para todas as clulas, o que diferente o aporte energtico que depende do Qi de cada rgo. Qi do F nutre msculos e tendes Qi do C nutre vasos Qi do BP nutre tecido conjuntivo Qi do P nutre a pele Qi do R nutre os ossos

    Tanto o Thin (energia livre produzida pelas vsceras) quando o Qi tm 3 funes bsicas: a) fornecer energia ao seu acoplado. b) fornecer energia ao MC atravs dos meridianos distintos para que o MC cumpra as funes imediatas (o ciclo de controle e gerao coordenado pelo MC). c) enviar a energia excessiva atravs dos vasos reguladores, principalmente o Ren (mar de qi) e Du Mai (mar de thin), para o Rim Yang para acumulao.

    Thin

    Thin (+)

    Tinh (+ -)

    Jing (-) - +

    R

    B Shnshui

    - +

    Wai qi

    Qi

    - vento - umidade - secura - calor - frio

    FU

    ZANG

  • 53

    c) Shen

    Energia psquica: conjunto de emoes, comportamentos, atitudes.

    Resultante da combinao do Jingshen (personalidade essencial primria: unio do zhong mais o conjunto de todos os Qi), que combina-se com mais o Qi especfico de cada rgo.

    O conjunto dos Qi (resultantes de todas as influncias bioenergticas endgenas e todas as influncias do meio), somado energia zhong (ancestral), se unem no Rim Yang, criando uma energia capaz de reagir de acordo com os caracteres genticos herdados, formando as aptides e o carter do indivduo, sua personalidade bsica: Jing Shen.

    O Jing Shen formado por uma parte invarivel (zhong energia ancestral) e uma parte varivel (conjunto do qi). Na tenra idade predomina a energia do Cu Anterior (ancestral), pois est praticamente intacta, para mais tarde ir predominando a energia do Cu Posterior (Qi).

    O Jinshen reage com o Qi prprio de cada rgo atravs do Ren Mai (mar dos rgos que transporta o zhengqi at eles) se manifestando de diferentes formas, dependendo do rgo relacionado:

    Jingshen + Qi Gan (F) = Shen