teorias de enfermagem

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Teorias e Modelos de Enfermagem Enfª R1 Mariana Barros Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade Residência Março 2014

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Page 1: Teorias de Enfermagem

Teorias e Modelos de Enfermagem

Enfª R1 Mariana Barros

Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares

Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade Residência

Março2014

Page 2: Teorias de Enfermagem

Objetivos

•Descrever algumas teoria de enfermagem;

•Diferenciar teoria de modelo;•Explanar sobre processo de enfermagem;•Descrever as fases do processo.

Page 3: Teorias de Enfermagem

Construção do conhecimento na Enfermagem

• Final do século XIX - Florence Nightingale enfatizava a necessidade de ensinar as enfermeiras a observar e fazer julgamentos sobre as observações feitas.

• Década de 1950 – Desenvolvimento de teorias e modelos conceituais na Enfermagem.

• Década de 1970 – Wanda Horta – pioneira no Brasil.

(Google imagens)

Page 4: Teorias de Enfermagem

MODELORepresentação conceitual da realidade. Não é propriamente a realidade e sim uma forma abstrata e reconstruída da mesma.

TEORIASÉ um princípio cientificamente aceitável que regula a prática ou se propõe a explicar determinado fato observado.

Page 5: Teorias de Enfermagem

Teorias de Enfermagem

•Pra que servem?

Relacionam fatos e estabelecem as bases de uma ciência de enfermagem;

Auxiliam na compreensão da realidade;Favorecem a reflexão e o senso crítico;Incluem elementos científicos no entendimento

e na análise;Visam à produção de mudanças, inovações e

transformações, em nível pessoal, profissional e institucional.

Page 6: Teorias de Enfermagem

Características das teorias em Enfermagem

• As teorias são:

Versões da realidadeExpressam valores sobre o seu objetoFerramentas para intervenção na realidadeRepresentam o estado da arte profissional Estão sendo propostas desde Florence

NightingaleFornecem referência para o cuidadoGeram conflitosBuscam soluções para problemas

relacionados ao fazer profissional

Page 7: Teorias de Enfermagem

A seguir, uma evolução cronológica das teorias.

Teorias de Enfermagem

Teoria Ambientalista Florence Nightingale

1859 Demonstrou que ambiente limpo diminuía a infecção, conceito que hoje se compreende como infecção hospitalar.

Teoria Interpessoal Hildegard Peplau

1952 Apresenta o processo de interação enfermeiro/cliente, o modo como acontecem que elementos estão contidos nesta relação e como agir diante das situações adversas.

Page 8: Teorias de Enfermagem

Teorias de EnfermagemTeoria do Processo

de EnfermagemIda Jean Orlando

1961 Foco: o cuidado das necessidades dos pacientes. Propôs a relação dinâmica enfermeiro – paciente, considera a percepção, pensamento e sentimento por meio de ações deliberadas. Utilizou pela primeira vez o termo Processo de Enfermagem.

Teoria doAlcance de Objetivos

Imogenes King

1964 King apresenta a enfermagem como um processo de interação enfermeira/cliente que colabora para o alcance dos objetivos no ambiente natural. Baseou-se na teoria dos sistemas, apoiando a ideia de que há um sistema social, interpessoal e pessoal.

Page 9: Teorias de Enfermagem

Teorias de EnfermagemTeoria da Relação

Interpessoal

Joyce Travelbee

1966 Cujo foco de enfermagem está nas relações interpessoais, com o propósito de auxiliar o indivíduo ou a família a enfrentar a experiência da doença e sofrimento e encontrar significado nestas experiências. Ela propõe o cuidar holístico.Teoria das

Necessidades Humanas Básicas

Wanda de Aguiar Horta

1970 Propõe uma metodologia para o processo de enfermagem, baseado nas necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, que enfocava o ser humano integral, em busca de equilíbrio biopsico- sócio-espiritual.

Page 10: Teorias de Enfermagem

Teorias de EnfermagemTeoria do

AutocuidadoDorothea Orem

1970 A enfermagem se apresenta como um sistema de ajuda para o autocuidado, quando o paciente não possui condição de realizá-lo, com o propósito de tornar o paciente independente.

Teoria daAdaptação

Sister Callista Roy

1970 Homem ser social, mental, espiritual e físico afetado por estímulos do ambiente interno e externo. Saúde Capacidade de um indivíduo para adaptar-se a mudanças no ambiente. Ambiente, forças internas e externas em um estado contínuo de mudança. A enfermagem manipula e modifica os estímulos para promover e facilitar a capacidade adaptativa do homem.

Page 11: Teorias de Enfermagem

Teorias de EnfermagemTeoria do

Cuidado HumanoJean Watson

1979 Formulou a teoria do cuidado/cura, afirma que o cuidado é a essência da enfermagem, acredita que a interação cliente/enfermeiro é permeada por sentimentos, emoções, troca de energia e afeto. Esta teoria é apresentada como um futuro modelo para a prática de enfermagem.

Teoria do Controle do

Estresse

Janet Yonger

1995 A teoria explica os mecanismos como o sofrimento afeta o sentido de um individuo no meio em que vive e nas suas relações com os outros.

Page 12: Teorias de Enfermagem

“As teorias de enfermagem são uma construção, a partir de uma prática idealizada, que visa aperfeiçoar a assistência”.

(Barnum, 1998)

“A interação enfermeiro-cliente é importante pois através dela surgem transações que possibilitam atingir metas mútuas”

(Imogene King, 1981)

Teorias de Enfermagem

Page 13: Teorias de Enfermagem

Processo de Enfermagem

Page 14: Teorias de Enfermagem

Processo de Enfermagem• Para operacionalização das teorias, foi

desenvolvido o Processo de Enfermagem que é definido na Teoria das Necessidades Humanas Básicas como “a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência ao ser humano.

Levantamento de dados

Diagnóstico Planejament

o Implementação Avaliaçã

o

Prescrição

Page 15: Teorias de Enfermagem

•É a 1ª fase do processo de enfermagem•Definida como: processo organizado e

sistemático de coleta de dados utilizado para avaliar as necessidades específicas e as condições de saúde do paciente.

•Estabelece o relacionamento entre o enfermeiro-paciente.

•Proporciona ao profissional a condição de realizar uma assistência de qualidade e individualizar o cuidado.

Levantamento/coleta de dados

Page 16: Teorias de Enfermagem

Processo da coleta de dados

Visão de mundo pelo Enfermeiro

Conhecimento do Enfermeiro

Habilidades do Enfermeiro

Page 17: Teorias de Enfermagem

Fonte de Coletas

Registros no prontuário

Resultados de exames

Literatura pertinente

Membros da equipe

Família ou pessoas

significativas

Secundárias

Principal: Cliente

Page 18: Teorias de Enfermagem

Tipos de coleta de dados

OBJETIVOS

São informações diferentes para cada paciente, colhidas por meio da observação e da mensuração comumente, obtidos por meio de órgãos dos sentidos durante a realização do exame físico e da anamnese.

SUBJETIVOS

São os dados obtidos no momento da entrevista, onde o paciente expressa a percepção que ele tem de si e de sua condição atual e de sua história pregressa.

Page 19: Teorias de Enfermagem

Métodos de coleta de dados

Exame Físico

Exames Diagnósticos

Anamnese

Page 20: Teorias de Enfermagem

Diagnóstico de Enfermagem

• Oferece ao enfermeiro a oportunidade de avaliar sinais e sintomas, dados objetivos e/ou subjetivos evidenciados no cliente na coleta de dados.

• Segundo Carpenito (2002), é o estudo cuidadoso e criterioso de algo, para a determinação de sua natureza.

• Segundo NANDA (1990), é o julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família, ou da comunidade aos problemas de saúde/processos vitais reais ou potenciais.

Page 21: Teorias de Enfermagem

Diagnóstico de Enfermagem

Agrupamento de Dados

Coleta de Informações

Interpretação das Informações

Page 22: Teorias de Enfermagem

• Paciente no 8º DPO/9º DIH, em EGR, consciente, orientado, comunicativo, cooperativo, acuidade visual e auditiva preservadas, hipocorado (2+/4+), acianótico, anictérico, hidratado, higienizado, mucosa oral íntegra, não deambula (paraplegia), afrebril (T= 36,5ºC). Cabeça e face: sem lesões, cabelos grisalhos e higienizados. Pescoço: pele íntegra, veias jugulares não se apresentam distendidas, linfonodos não palpáveis. SR: MV + em AHT, SRA, eupnéico (FR= 18rpm), frêmito toráco-vocal normal, traquéia na linha mediana. SCV: Normocardica (FC= 92bpm), RCR em 2 tempos, BNF sem sopro, normotenso (PA= 130X70 mmHg, segundo pcte essa é sua pressão normal/constante), normoesfígmo (P= 93 bpm), perfusão periférica preservada com AVP em MSD. SGI: Dieta com boa aceitação em VO, abdômen semi-globoso, doloroso à palpação profunda no flanco esquerdo e região hipogástrica, não apresenta visceromegalia, ausência de circulação colateral. Genital: Diurese presente por cistostomia, urina com coloração fisiológica, ausência de secreção. Escroto com hiperplasia elevada. Úlcera perianal e gangrena de fournier na região inguinal. MM: ausência de edemas em MMSS e MMII.

Diagnóstico de Enfermagem e Planejamento da Assistência

Page 23: Teorias de Enfermagem
Page 24: Teorias de Enfermagem

Implementação•É o momento que se dará início as

intervenções de enfermagem e se completará as ações de enfermagem.

•Tem como meta o alcance dos resultados esperados.

•É o ponto de partida para a execução do plano de cuidados.

Page 25: Teorias de Enfermagem

Implementação

Intervenções

Metas

Objetivos

Page 26: Teorias de Enfermagem

Avaliação• É a última fase do processo de enfermagem

• Objetivo: comparar o estado de saúde do cliente com as metas e os objetivos definidos anteriormente

• É o levantamento dos meios, procedimentos e resultados alcançados para o atendimento das necessidades humanas do cliente.

Page 27: Teorias de Enfermagem

Obrigada!

Page 28: Teorias de Enfermagem

Referências

• PENHA, R.M. A espiritualidade na teoria do cuidado transpessoal de Jean Watson: Análise de Conceito. Esc. Enf. Da USP, São Paulo, 2012.

• NÓBREGA, M.M.L, Silva, K.L. Fundamentos do cuidar em enfermagem. Aben. 2008/2009.

• HORTA, W.A, Castellanos, B.E.P. Processo de Enfermagem. Ed: EPU. São Paulo, 2005.