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  • Navegao astronmica e derrotas 589

    Trigonometria Plana e Esfrica

    APNDICE AO CAPTULO 17

    TRIGONOMETRIA PLANA E ESFRICA

    1 INTRODUO

    A Trigonometria Esfrica essencial para compreenso dos conceitos e resoluodos problemas de Navegao Astronmica e Navegao Ortodrmica. , ainda, impor-tante para entendimento dos princpios fundamentais de alguns sistemas de NavegaoEletrnica.

    A Trigonometria Plana indispensvel para entendimento dos conceitos e resolu-o dos problemas de derrotas loxodrmicas, alm de ser usada em outros tipos e mtodosde navegao.

    Assim, antes de prosseguir, necessrio recordar as noes e as frmulas daTrigonometria Plana e da Trigonometria Esfrica, o que possibilitar melhor compre-enso dos assuntos abordados nos Captulos seguintes.

    2 TRIGONOMETRIA PLANA

    I CONCEITOS E SINAIS DAS LINHASTRIGONOMTRICAS

    a) Primeiro Quadrante: 0 a 90 (figura 17.A.1)

    Figura 17.A.1 Primeiro Quadrante

    sen a = PM = OQ ; sinal positivo (+)

    cos a = OP = QM ; sinal positivo (+)

    tg a =sen a

    = AT ; sinal positivo (+)cos a

    sec a = 1

    = OT ; sinal positivo (+)cos a

    cosec a = 1

    = OS ; sinal positivo (+)sen a

    cotg a = 1

    = BS ; sinal positivo (+) tg a

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    590

    b) Segundo Quadrante: 90 a 180 (figura 17.A.2)

    c) Terceiro Quadrante: 180 a 270 (figura 17.A.3.)

    Figura 17.A.2 Segundo Quadrante

    Figura 17.A.3 Terceiro Quadrante

    sen a = PM = OQ ; sinal positivo (+)

    cos a = OP = QM ; sinal negativo ()

    tg a = sen a = AT ; sinal negativo () cos a

    sec a = 1

    = OT ; sinal negativo () cos a

    cosec a = 1

    = OS ; sinal positivo (+) sen a

    cotg a = 1 = BS ; sinal negativo () tg a

    sen a = PM = OQ ; sinal negativo ()

    cos a = OP = QM ; sinal negativo ()

    tg a =sen a

    = AT ; sinal positivo (+)cos a

    sec a = 1

    = OT ; sinal negativo ()cos a

    cosec a = 1

    = OS ; sinal negativo ()sen a

    cotg a = 1

    = BS ; sinal positivo (+) tg a

  • Navegao astronmica e derrotas 591

    Trigonometria Plana e Esfrica

    sen a = PM = OQ ; sinal negativo ()

    cos a = OP = QM ; sinal positivo (+)

    tg a =sen a

    = AT ; sinal negativo ()cos a

    sec a = 1

    = OT ; sinal positivo (+)cos a

    cosec a = 1

    = OS ; sinal negativo ()sen a

    cotg a = 1

    = BS ; sinal negativo () tg a

    Figura 17.A.4 Quarto Quadrante

    QUADRANTE

    LINHA

    d) Quarto quadrante: 270 a 360 (figura 17.A.4)

    II RESUMO DOS SINAIS DAS LINHASTRIGONOMTRICAS

    PRIMEIRO SEGUNDO TERCEIRO QUARTO

    0 a 90 90 a 180 180 a 270 270 a 360

    SENO + + COSSENO + +TANGENTE + + SECANTE + +COSSECANTE + + COTANGENTE + +

    III VARIAES DAS LINHAS TRIGONOMTRICAS

    1o +1 a 0 0 a + + a 0 +1 a + + a +1

    2o +1 a 0 0 a 1 a 0 0 a a 1 +1 a +

    3o 0 a 1 1 a 0 0 a + + a 0 1 a a 1

    4o 1 a 0 0 a +1 a 0 0 a + a +1 1 a

    QUADRANTE SENO COSSENO TANGENTE COTANGENTE SECANTE COSSECANTE

    0 a +1

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    592

    IV PRIMEIRAS RELAES ENTRE AS FUNESTRIGONOMTRICAS

    sen ( a) = sen a tg ( a) = tg a sec ( a) = sec a

    cos ( a) = cos a cotg ( a) = cotg a cosec ( a) = cosec a

    sen (180 a) = sen a tg (180 a) = tg a

    cos (180 a) = cos a cotg (180 a) = cotg a

    sen (180 + a) = sen a tg (180 + a) = tg a

    cos (180 + a) = cos a cotg (180 + a) = cotg a

    sen (90 + a) = cos a tg (90 + a) = cotg a

    cos (90 + a) = sen a cotg (90 + a) = tg a

    V IDENTIDADES DA TRIGONOMETRIA PLANA

    Em um crculo de raio unitrio (r = 1), teremos:

    sen2 a + cos2 a= 1

    tg a = tg a = tg a =

    cotg a = cotg a = cotg a =

    sec2 a = 1 + tg2 a sec a =

    cosec2 a = 1 + cotg2 a cosec a =

    sen acos a

    1tg a

    1cotg a

    cos asen a

    1cos a

    + 1 sen2 a

    sen a

    sen a

    + 1 sen2 a

    1sen a

  • Navegao astronmica e derrotas 593

    Trigonometria Plana e Esfrica

    VI SOMA, SUBTRAO, MULTIPLICAO E DIVISODE ARCOS

    sen (a + b) = sen a . cos b + cos a . sen b

    sen (a b) = sen a . cos b cos a . sen b

    cos (a + b) = cos a . cos b sen a . sen b

    cos (a b) = cos a . cos b + sen a . sen b

    VII FUNES TRIGONOMTRICAS EM UMTRINGULO RETNGULO

    No tringulo retngulo ABC (figura 17.A.5) temos:

    Figura 17.A.5 Tringulo Retngulo

    tg (a + b) = tg a + tg b

    1 tg a . tg b

    sen 2a = 2 sen a . cos a

    cos 2a = cos2 a sen2 a

    tg 2a = 2 tg a1 tg2 a

    sen a = + 1 cos a

    2 2

    cos a = + 1 + cos a

    2 2

    tg a = +1 cos a

    2 1 + cos a

    tg (a b) = tg a tg b1 + tg a . tg b

    sen a = 2 sen a . cos a2 2

    cos a = cos2 a sen2 a2 2

    tg a = 2 tg

    a 2

    1 tg2 a 2

    1 + cos a = 2 cos2 a 2

    1 cos a = 2 sen2 a 2

    sen B =b

    =cateto oposto

    a hipotenusa

    cos B =c

    =cateto adjacente

    a hipotenusa

    tg B =b

    =cateto oposto

    c cateto adjacente

    sec B =a

    =1

    c cos B

    cosec B =a

    =1

    b sen B

    cotg B =c

    =1

    b tg B

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    594

    Ainda no tringulo retngulo ABC, B e C so ngulos complementares, isto :

    B + C = 90.

    Ento:

    sen B = b = cos C = cos (90 B)a

    cos B = c = sen C = sen (90 B)a

    tg B = b = cotg C = cotg (90 B)c

    sec B = a = cosec C = cosec (90 B)c

    cosec B = a = sec C = sec (90 B)b

    cotg B = c = tg C = tg (90 B)b

    VIII RESOLUO DO TRINGULO RETNGULO

    Consideram-se 4 casos na resoluo dos tringulos retngulos:

    1o CASO: Dados a hipotenusa e um ngulo agudo (a e B, respectivamente)

    Lados: b = a . sen B ngulo: C = 90 B

    c = a . cos B rea: S = 1

    a2 . sen 2 B4

    2o CASO: Dados um cateto e um ngulo agudo (b e B, respectivamente)

    3o CASO: Dados os dois catetos (b e c)

    4o CASO: Dados a hipotenusa e um cateto (a e b, respectivamente)

    ^ ^

    ^^

    Lados: a = b ngulo: C = 90 Bsen B

    c = b . cotg B rea: S =1 b2 . cotg B2

    ngulos: tg B =b Hipotenusa: a =

    bc sen B

    C = 90 B rea: S =1 bc2

    ngulos: sen B =b Lado: c =a

    C = 90 B rea: S =1 bc =

    b2 2

    b) (a b) (a +

    b) (a b) (a +

  • Navegao astronmica e derrotas 595

    Trigonometria Plana e Esfrica

    IX TRINGULO PLANO OBLIQUNGULO

    Seja o tringulo obliqungulo ABC da figura 17.A.6. As seguintes Leis so teis pararesoluo desse tipo de tringulo:

    Lei dos Senos: a b c

    sen A sen B sen C

    Lei dos Cossenos: a2 b2 + c2 2 bc cos A

    X RESOLUO DO TRINGULO OBLIQUNGULO

    Conforme os dados do problema, distinguiremos os 4 casos possveis (figura 17.A.6).

    1o CASO: Dados um lado e dois ngulos quaisquer (a, A e B)

    Lados: b =a . sen B ngulo: C = 180 (A + B) sen A

    c =a . sen C rea: S =

    a2 . sen B . sen (A + B) sen A 2 sen A

    2o CASO: Dados dois lados e o ngulo que eles formam (a, b e C)

    ngulos: tg A + B = cotg C Lado: c =

    a . sen C

    2 2 sen A

    tg A B =a b . cotg C rea: S =

    ab . sen C 2 a + b 2 2

    ou: tg A = a . sen Cb a . cos C

    e: B = 180 (A + C)

    3o CASO: Dados os trs lados (a, b e c)

    ==

    =

    2p c b a : Permetro =++

    B) (A180 C :ou ; ab

    b) (p a) (p

    2

    C sen

    2ac

    b c a B cos :ou ;

    ac

    c) (p a) (p

    2

    B sen

    2bc

    a b c Acos :ou ;

    bc

    c) (p b) (p

    2

    A sen:ngulos

    222

    222

    +==

    +==

    +==

    Figura 17.A.6 Tringulo Plano Obliqungulo

    aC

    c

    A

    b

    B

    c) (p b) (p a) (p p S : rea =

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    596

    4o CASO: Dados dois lados e o ngulo oposto a um deles (a, b e A)

    3 TRIGONOMETRIA ESFRICA

    I FINALIDADE DA TRIGONOMETRIA ESFRICA

    O navegante admite que a Terra tem forma esfrica, com o propsito de simplificar asoluo dos problemas de Navegao Astronmica. Por outro lado, os astros so supostosestar projetados sobre a superfcie interna de uma imensa esfera, denominada Esfera Celes-te, de raio infinito e concntrica com a Terra.

    Eis porque, quando um navegante efetua Navegao Astronmica, o seguinte procedi-mento se impe:

    1o. Observar astros que lhe parecem estar na superfcie interna da Esfera Celeste; e

    2o. resolver tringulos esfricos pertencentes superfcie interna dessa esfera (fi-gura 17.A.7).

    A RESOLUO DESTES TRINGULOS ESFRICOS CONSTITUI, PARAO NAVEGANTE, O FIM PRINCIPAL DA TRIGONOMETRIA ESFRICA.

    Figura 17.A.7 Tringulo Esfrico na Esfera Celeste

    ngulos: sen B =b . sen A Lado: c =

    a . sen C a sen A

    C = 180 (A + B) rea: S =1 ab . sen C2

  • Navegao astronmica e derrotas 597

    Trigonometria Plana e Esfrica

    As Tbuas para Navegao Astronmica (PUB. 229, PUB. 249, RADLER, NORIE, etc.)constituem, na realidade, uma srie de solues pr-computadas de tringulos esfricos, paratodas as combinaes possveis de Latitude, Declinao e ngulo Horrio (ou ngulo no plo),a fim de facilitar ao navegante a resoluo do tringulo de posio e a determinao rpida eprecisa do ponto no mar.

    II PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS TRINGULOSESFRICOS

    TRINGULO ESFRICO a poro da superfcie esfrica compreendida entre trsarcos de circunferncias mximas, cada um deles inferior a 180.

    Os ngulos do tringulo esfrico ABC (figura 17.A.8) so simbolizados com as letras A,B, C e os lados opostos, com as minsculas respectivas: a, b, c. A cada tringulo esfrico ABC,de lados menores que 180, corresponde um ngulo tridrico convexo, 0ABC, cujo vrticeest no centro O da esfera. Os lados do tringulo esfrico tm por medida as faces respectivasdo ngulo tridrico correspondente. Realmente, a medida de cada lado igual medida dorespectivo ngulo central:

    lado a = ngulo central BOC

    lado b = ngulo central AOC

    lado c = ngulo central AOB

    Figura 17.A.8 Tringulo Esfrico A B C

    Os ngulos do tringulo esfrico tm por medida os diedros do ngulo tridrico cor-respondente:

    A = diedro OCAB B = diedro OABC C = diedro OACB

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    598

    | b c | < a < b + c| c a | < b < c + a| a b | < c < a + b

    Propriedades dos tringulos esfricos:

    1a. A soma dos 3 lados de um tringulo esfrico maior que 0 e menor que 360.

    0 < a + b + c < 360

    2a. A soma dos 3 ngulos de um tringulo esfrico maior que 2 retos e menor que 6 retos.

    180 < A + B + C < 540

    3a. Cada lado de um tringulo esfrico menor que a soma e maior que a diferena dosoutros dois.

    4a. Se 2 lados de um tringulo esfrico so iguais, os ngulos opostos tambm soiguais. A recproca verdadeira.

    Se a = b, ento A = B (e reciprocamente)

    5a. Ao maior lado se ope o maior ngulo e vice-versa.

    6a. A soma de dois ngulos menor que o terceiro acrescido de 180 e a diferena menor que o suplemento do terceiro.

    A + B < C + 180 A B < 180 C

    III FRMULAS GERAIS DA TRIGONOMETRIA ESFRICA

    A Trigonometria Esfrica estabelece relaes convenientes entre os 6 elementos de umtringulo esfrico (3 lados e 3 ngulos), tornando possvel o clculo de 3 desses elementos,quando forem conhecidos os outros 3.

    Assim, cada elemento desconhecido calculado em funo de outros 3, proporcionan-do, em cada caso, uma combinao de 4 elementos. Como so 6 os elementos de um tringulo,temos que ver quantas combinaes poderemos fazer com esses 6 elementos 4 a 4.

    Deste modo, com 15 frmulas teremos abrangido todos os casos de resoluo a seguirexpostos.

    1o CASO: COMBINAO DE 3 LADOS A CADA UM DOS NGULOS

    Da figura 17.A.9, obtm-se: tg b = AL sec b = OLtg c = AK sec c = OK

    Cnm PA

    n

    n

    m= PA

    4

    46

    1 x 2 x 3 x 46 x 5 x 4 x 3 15= = = = 15

  • Navegao astronmica e derrotas 599

    Trigonometria Plana e Esfrica

    Os tringulos planos retilneos KOL e KAL permitem-nos escrever:

    KL2 = OL2 + OK2 2 x OL x OK x cos a

    KL2 = AL2 + AK2 2 x AL x AK x cos A

    Igualando e substituindo:

    sec2 b + sec2 c 2 . sec b . sec c . cos a = tg2 b + tg2 c 2 . tg b . tg c . cos A ou seja:

    2 . sec b . sec c . cos a = tg2 b sec2 b + tg2 c sec2 2 tg b . tg c . cos A

    Dividindo por (2) ambos os membros da igualdade acima, teremos:

    sec b . sec c . cos a = 1 + tg b . tg c . cos A

    Multiplicando ambos os membros dessa igualdade por cos b . cos c, vir:

    1 . 1 . cos a . cos b . cos c = cos b . cos c + sen b . sen c . cos A . cos b . cos ccos b cos c cos b cos c

    Por deduo semelhante, chegaramos s outras duas combinaes, completandoassim o grupo das chamadas FRMULAS FUNDAMENTAIS DA TRIGONOMTRICAESFRICA:

    2o CASO: COMBINAO DE 3 NGULOS A CADA UM DOS LADOS

    Por simples aplicao da propriedade do tringulo polar ou suplementar, chega-ramos ao seguinte conjunto de frmulas:

    Figura 17.A.9

    Donde cos a = cos b . cos c + sen b . sen c . cos A

    cos a = cos b . cos c + sen b . sen c . cos A

    cos b = cos a . cos c + sen a . sen c . cos B

    cos c = cos a . cos b + sen a . sen b . cos C

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    600

    3o CASO: COMBINAO DE 2 NGULOS A 2 LADOS OPOSTOS (ANALOGIA DOSSENOS OU LEI DOS SENOS)

    Partindo das frmulas fundamentais, por fceis substituies algbricas, deduzir-amos:

    4o CASO: COMBINAO DE 4 ELEMENTOS CONSECUTIVOS (FRMULA DASCOTANGENTES), NOS SENTIDOS MOSTRADOS NA FIGURA 17.A.10

    Com origem nas frmulas fundamentais, chegaramos s ltimas 6 frmulas, atin-gindo o total das 15 combinaes procuradas:

    Todo o trabalho restante da Trigonometria Esfrica se resume, praticamente, nasimplificao destas frmulas gerais, que so suficientes para resolver qualquer caso cls-sico que se apresente.

    Acos . b cos Asen . Ccotg b sen . ccotg

    B cos . a cos B sen . Ccotg a sen . ccotg

    Acos . c cos Asen . Bcotg c sen . bcotg

    C cos . a cos C sen . Bcotg a sen . bcotg

    C cos . b cos C sen . cotg A b sen . acotg

    B cos . c cos B sen . cotg A c sen . acotg

    +=

    +=

    +=

    +=

    +=

    +=

    Figura 17.A.10

    B

    C

    A

    c

    b

    a

    cos A = cos B . cos C + sen B . sen C . cos a

    cos B = cos A . cos C + sen A . sen C . cos b

    cos C = cos A . cos B + sen A . sen B . cos c

    ==sen asen A

    sen bsen B

    sen csen C

  • Navegao astronmica e derrotas 601

    Trigonometria Plana e Esfrica

    IV SIMPLIFICAO DAS FRMULAS GERAIS NOSCASOS DOS TRINGULOS ESFRICOSRETNGULOS E RETILTEROS

    TRINGULO ESFRICO RETNGULO aquele que tem um ngulo igual a 90.

    TRINGULO ESFRICO RETILTERO aquele que tem um lado igual a 90.

    Fazendo parte dos 3 elementos dados de um tringulo esfrico um ngulo igual a 90(tringulo esfrico retngulo), ou um lado igual a 90 (tringulo esfrico retiltero), evidenteque este elemento ir simplificar a combinao escolhida, como se verifica no quadro a seguir,no qual so apresentadas as frmulas gerais e as frmulas simplificadas que atendem reso-luo de qualquer caso dos tringulos esfricos retngulos e retilteros.

    cos a = cos b . cos c + sen b . sen c . cos A cos a = cos b . cos c cos A = cotg b . cotg c

    cos b = cos a . cos c + sen a . sen c . cos B cos b = sen c . cos B

    cos c = cos a . cos b + sen a . sen b . cos C cos c = sen b . cos C

    cos A = cos B . cos C + sen B . sen C . cos a cos a = cotg B . cotg C cos A = cos B . cos C

    cos B = cos A . cos C + sen A . sen C . cos b cos B sen C . cos b

    cos C = cos A . cos B + sen A . sen B . cos c cos C sen B . cos c

    sen a =

    sen b sen b sen a . sen B sen B = sen b . sen A sen A sen B

    sen a = sen c sen c sen a . sen C sen C = sen c . sen A

    sen A sen C

    sen b =

    sen c sen B sen C

    cotg a . sen c = cotg A . sen B + cos c . cos B cotg a = cotg c . cos B cotg A = cos c . cotg B

    cotg a . sen b = cotg A . sen C + cos b . cos C cotg a = cotg b . cos C cotg A = cos b . cotg C

    cotg b . sen a = cotg B . sen C + cos a . cos C cotg b = cotg B . sen C

    cotg b . sen c = cotg B . sen A + cos c . cos A cotg B = cotg b . sen c

    cotg c sen cotg C . sen B + cos a . cos B cotg c = cotg C . sen B

    cotg c sen cotg C = cotg c . sen b

    FRMULAS GERAIS FRMULAS SIMPLIFICADAS A = 90 a = 90

    =

    =

    =

    =

    =a

    = cotg C . sen A + cos b . cos A

    .

    . b

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    602

    V FRMULAS EMPREGADAS NA RESOLUO DOSTRINGULOS ESFRICOS OBLIQUNGULOS

    1o CASO: DADOS OS TRS LADOS (a, b, c)

    2o CASO: DADOS OS TRS NGULOS (A, B, C)

    Figura 17.A.11

    B

    ab

    C

    c

    A

    3o CASO: DADOS DOIS LADOS E O NGULO COMPREENDIDO (A, b, c) FIGURA 17.A.11

    2c b a

    p sendo ; a) (p sen . p sen

    c) (p sen . b) (p sen

    2A

    tg ++

    =+=

    c) (p sen . p sen

    b) (p sen . a) (p sen

    2C

    tg

    b) (p sen . p sen

    c) (p sen . a) (p sen

    2B

    tg

    +=

    +=

    B) (S cos . A)(S cosC) (S cos . S cos

    2c

    tg

    2b

    tg

    2CB A

    S sendo ; 2a

    tg

    +=

    +=

    ++=+=

    C) (S cos . A) (S cosB) (S cos . S cos

    C) (S cos . B) (S cosA) (S cos . S cos

  • Navegao astronmica e derrotas 603

    Trigonometria Plana e Esfrica

    m cos

    m) ~ (c cos . b cos a cos =

    ssv A c. sen b. sen c) ~ (bssv assv +=

    Para o clculo do lado a podemos empregar a frmula:

    Em que o argumento auxiliar m dado por tg m = tg b. cos A ou, ento, lanar mo dafrmula do SEMI-SENO-VERSO:

    oportuno recordar que se denomina semi-seno-verso (ssv) de um ngulo A expres-so:

    fcil demonstrar a igualdade acima, desde que nos lembremos das seguintes iden-tidades:

    multiplicando a segunda frmula por ( 1), teremos:

    somando 1 a cada um dos membros, ficar:

    como:

    ou, ento:

    2

    A sen

    2

    A cos Acos

    1 Acos Asen

    22

    22

    =

    =+

    2

    A sen

    2

    A cos Acos 22 +=

    2

    A sen

    2

    A cos 1 Acos 1 22 +=-

    2

    Asen A)cos (1

    2

    1 e ;

    2

    Asen 2 Acos1 22 ==

    sen2 A + cos2 A

    = 1, teremos: 2 2

    2

    Asen A)cos - (1

    2

    1 ssv A 2 ==

    1 cos A = sen2 A + cos2 A cos2 A + sen2 A

    2 2 2 22

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    604

    O semi-seno-verso (ssv) empregado na soluo do tringulo de posio em vriasTbuas para Navegao Astronmica. Em ingls, denominado haversine (hav). esta anotao empregada na Tbua Norie.

    Quanto aos ngulos B e C, podem ser obtidos por meio das ANALOGIAS DE NEPER:

    O lado a tambm pode ser obtido, aps o clculo dos ngulos B e C, utilizando a ANA-LOGIA DE NEPER:

    4o CASO: DADOS DOIS NGULOS E O LADO COMPREENDIDO (LADO COMUM)

    Dados: A, b, C

    Utiliza-se a resoluo pela decomposio em tringulos retngulos.

    Na figura 17.A.12, o ngulo B pode ser calculado pela frmula

    2

    Acotg .

    2c b

    sen

    2c b

    sen

    2

    C Btg

    2

    Acotg .

    2c b

    cos

    2c b

    cos

    2

    C Btg

    +=

    +=

    +

    2c b

    tg .

    2C B

    cos

    2C B

    cos

    2a

    tg +

    +

    =

    sen

    Acos . sen B cos =

    Figura 17.A.12

    C

    A

    B

    c

    ab

    Yd

  • Navegao astronmica e derrotas 605

    Trigonometria Plana e Esfrica

    Em que o argumento auxiliar Y dado por cotg Y = tg A . cos b, e o ngulo d = C Y.Ou, ento, lanando mo da frmula do SEMI-SENO-VERSO:

    Os lados a e c podem ser calculados por meio das ANALOGIAS DE NEPER:

    Calculados os lados a e c, pode-se utilizar a frmula seguinte, para calcular o nguloB, obtida da ANALOGIA DE NEPER:

    5o CASO: DADOS DOIS LADOS E O NGULO OPOSTO DE UM DELES (a, b, A)

    Na figura 17.A.13, temos:

    2

    C Atg .

    2c a

    cos

    2c a

    cos

    2

    Bcotg

    ++

    =

    Figura 17.A.13

    m

    c

    dA

    b a

    B

    2b

    tg .

    2C A

    cos

    2C A

    cos

    2

    c atg

    +=

    +

    2b

    tg .

    2C A

    sen

    2C A

    sen

    2

    c atg

    +=

    Y d

    ssv (180 B) = ssv (A + C) sen A. sen C . ssv b

    C

  • Navegao astronmica e derrotas

    Trigonometria Plana e Esfrica

    606

    Sinais de d e d:

    As grandezas m e Y sero sempre positivas.

    As grandezas d e d sero positivas quando A e B forem do mesmo quadrante; quandoA e B no forem do mesmo quadrante, os valores de d e d sero precedidos do sinal (menos). Os sinais de d e d saem diretamente das frmulas acima, para cos d e cos d.

    6o CASO: DADOS DOIS NGULOS E O LADO OPOSTO A UM DELES (A, B, b)

    sen B =sen A . sen b

    sen a

    c = m + d tg m = cos A . tg b cos d =cos m . cos a

    cos b

    C = Y + d cotg Y = cos b . tg A cos d =cos Y . tg b

    tg a

    sen a =sen A . sen b

    sen B

    c = m + d cotg m = cos A . tg b cos d = cotg B . cos m

    cotg A

    C = Y + d tg Y = cos b . tg A cos d = cos Y . cos B

    cos A

    Figura 17.A.14

    Na figura 17.A.14, temos:

    AB

    a

    m

    b

    d

    C

    dY

    c

  • Navegao astronmica e derrotas 607

    Trigonometria Plana e Esfrica

    Sinais de d e d:

    Os sinais de Y e m so sempre positivos.

    Os sinais de d e d so sempre iguais, pois estes so sempre do mesmo quadrante(o que acontece, igualmente, com m e Y). Os sinais de d e d saem diretamentedas frmulas acima, para cos d e cos d.