teologia sistemática 3

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A ORIGEM DO HOMEM• A origem do homem é estudada através de

armas, desenhos, e ossos, isso porque não existia a escrita, sendo que o período da pré-história é por volta do ano 4000 a.C. A evolução do homem divide-se em três etapas:

1. Paleolítico: conhecido também como a idade da pedra lascada é dividido em Paleolítico superior e inferior, que vai de 500.00 – 30.000 a. C 30.000 – 8.000 a.C.

2. Neolítico: conhecido também como a nova idade da pedra, vai do ano 8.000 – 5.000 a.C.

3. Idade dos metais: vai do ano 5.000 – 4.000 a.C.

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ORIGEM MÍTICA

Ao longo da História, desenvolveram-se diferentes concepções míticas, religiosas, filosóficas e científicas em relação ao Homem, cada uma com sua própria explicação sobre nossa origem, transcendência e sentido da vida:

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• Os acádios afirmavam que o primeiro homem, Adapa, era filho do deus Ea, mas perdeu a imortalidade;

• Um mito mesopotâmico afirma que o homem cresceu da terra como uma planta;

• Para Hesíodo, Zeus modelou em argila Pandora, a primeira mulher, de cujo enlace com o deus Epimeteu nasceram o resto dos homens. Pandora torna-se depois responsável por todos os males da Humanidade ao abrir a Caixa de Pandora, onde apenas ficaram retidos os males que podem acabar com a Esperança;

• O mito nórdico da criação atribui a Odin e seus irmãos o ato de infundir vida a dois troncos de árvore de uma praia, convertendo-os em Ask, o primeiro homem, e Embla, a primeira mulher;

• Para alguns povos ameríndios, o homem surgiu de um tronco de árvore animado por Tupã.

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• Seguindo a tradição judaico-cristã, o homem Adão, cujo nome se origina da palavra adamah , que significa “terra”, foi criado por Deus à sua imagem e semelhança a partir do pó da terra, e foi expulso do Paraíso como conseqüência do pecado original, depois de desobedecer a Deus e escolher por si mesmo o que devia ser o bem e o mal.

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PRINCIPAIS TEORIAS SOBRE A ORIGEM DO HOMEM

• Geração espontânea;

• Desenvolvimento gradual e

• Evolucionismo

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GERAÇÃO ESPONTÂNEA• Também chamada de Abiogênese (do grego

a-bio-genesis , "origem não biológica") designa de modo geral o estudo sobre a origem da vida a partir de matéria não viva;

• Atualmente, o termo é usado em referência à origem química da vida a partir de reações em compostos orgânicos originados abioticamente;

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• O consenso científico atual é que a abiogênese ocorreu aproximadamente entre 4,4 bilhões de anos, quando vapor de água condensou-se pela primeira vez na Terra, e

• 2,7 bilhões de anos atrás, quando a proporção de isótopos (são átomos de um elemento químico cujos núcleos têm o mesmo número atômico) estáveis de carbono (Carbono 12 e Carbono 13), ferro e enxofre apontam para uma origem biogênica de minerais e sedimentos e marcadores biomoleculares indicam a existência de fotossíntese.

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• Este tema inclui também a panspermia e outras teorias exogênicas referentes à possibilidade da origem da vida ser extra-terrestre ou extra-planetária. Estas teorias supõem que a origem da vida ocorreu em alguma altura nos últimos 13700 milhões de anos da evolução do Universo desde o Big Bang.

• É a hipótese segundo a qual as sementes de vida são prevalentes em todo o Universo e que a vida na Terra começou quando uma dessas sementes aqui chegou, tendo-se propagado.

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O BIG BANG

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DESENVOLVIMENTO GRADUAL

Biológico;

Psicológico;

A dimensão extratempo;

Ético e espiritual.

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BIOLÓGICO

• O desenvolvimento biológico inclui fatores básicos como o da hereditariedade e o do meio ambiente;

• A hereditariedade, embora conte com muitas descrições científicas, ainda está envolta em muitos mistérios;

• O meio ambiente pode favorecer ou não o desenvolvimento biológico;

• O desenvolvimento envolve a teologia do começo ao fim, e o ponto de interrogação que alguns cientistas põem após essa questão não é satisfatório para a alma humana.

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PSICOLÓGICO

• A ciência materialista tenta encontrar a mente no cérebro, pregando uma doutrina monista;

• Entretanto, é impossível descrever as propriedades da mente através da descrição dos neurônios e da química do cérebro;

• John Locke fala sobre a teoria da TÁBULA RASA, que é o vazio total, que caracteriza a mente antes de qualquer experiência;

• quando consideramos o desenvolvimento psicológico, precisamos levar em conta a mente e o corpo físico.

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A DIMENSÃO EXTRATEMPO• Se concebermos a alma como

preexistente, a qual caiu, talvez por ocasião (Ou ocasiões) da rebelião dos anjos, então poderemos explicar por qual motivo uma criança, desde seus mais primordiais estágios, exibe tendências pecaminosas, e logo transforma essas tendências em atos, quando chega à idade de mostrar-se ativa;

• Em outras palavras, a alma já chega corrupta a este mundo;

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• Platão ensinou que essa corrupção era a razão mesma de sua encarnação, de tal maneira que o corpo tornou-se sua prisão e sepulcro;

• Se a idéia da preexistência corresponde à realidade dos fatos, então podemos entender facilmente por qual razão as crianças diferem tanto uma da outra, mesmo quando têm os mesmos pais e são criadas no mesmo ambiente.

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ÉTICO E ESPIRITUAL• Grande parte dos crimes deve-se apenas

a uma mentalidade pervertida;• Alguns cientistas têm contendido pela tese

que o crime resulta de defeitos no cérebro;• Essa tese continuará sendo investigada,

sendo bem provável que alguns crimes se derivem desse fator;

• A Bíblia, porém, afirma a perversão da natureza humana, e de todos os lados surgem evidências em confirmação desse fato;

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• Aqueles que crêem na preexistência da alma salientam que a quantidade e a qualidade da perversidade dificilmente podem ser atribuídas a meros fatores ambientais, e nem esses fatores explicam a grande corrupção a que pode chegar uma alma, em pouco tempo. A maldade humana é algo maior do que isso;

• O sexto capitulo de Efésios, do versículo 10 ao 18, atribui parte do problema humano à influência de espíritos malignos; e essa explicação provavelmente tem maior validade do que a maioria dos crentes está disposta a reconhecer;

• Portanto, o desenvolvimento torna-se uma consideração extremamente complexa, não podendo ser reduzido aos atuais poucos anos de vida terrena de uma pessoa.

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Quanto ao lado bom

• João Batista não precisou de muitos anos de desenvolvimento para tornar-se o que ele foi;

• Ele já nasceu contando com a poderosa presença do Espírito Santo (Luc. 1:15);

• Era impossível que ele fosse diferente do que foi.

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• Para Kant, todas as ações humanas são manifestadas por determinação de leis naturais universais, incluída a manifestação da liberdade da vontade;

• A história, segundo ele, é formada pelo conteúdo dessas manifestações, é a narrativa dos fatos;

• Os homens não fazem a história seguindo um determinado plano, porém Kant acredita que o homem se conduz por um fio condutor.

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• Analisando-se a história, do ponto de vista cosmopolita, podemos verificar que ela possui um propósito natural, propósito este, cujo homem está submetido;

• e ainda que não possuindo conhecimento de seu conteúdo, acaba por manifestar suas ações sem um plano determinado, e de forma vinculada a um determinado fim;

• O desenvolvimento do homem do ponto de vista cosmopolita deverá ser universal e não apenas individual.

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• A liberdade da vontade se funda para Kant na “razão”;

• Acredita que os homens como espécie tem um desenvolvimento gradual, sua evolução ocorre a partir de um grau inferior “de animalidade”, para um grau supremo de humanidade;

• Demais disso se para o desenvolvimento do homem não fosse necessária a faculdade da razão, a ele talvez teria sido atribuído apenas o instinto;

• Segundo o emérito filósofo, a “dignidade” deve ser conquistada pelo homem por meio de sua conduta moral.

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Dentre as várias inclinações que o homem possui, duas são ressaltadas por Kant, tais sejam:

a) associar-se e

b) isolar-se.

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• Para Kant, a causa de sujeição do homem à restrição de sua liberdade é a busca de tranqüilidade e segurança, que só seria possível numa constituição conforme leis;

• A liberdade sob leis exteriores encontra-se atrelada à necessidade de uma constituição civil perfeitamente justa;

• Esta necessidade irá influenciar o homem a buscar uma sociedade civil que administre o direito, devendo, a liberdade da vontade individual ser limitada para que seja assegurada a liberdade da vontade universal.

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• Vê o homem como sendo um ser que por sua própria natureza, necessita de um soberano, alguém que exerça o poder segundo leis;

• ou seja, alguém acima dele que discipline seu agir, pois sua tendência seria “abusar” de sua liberdade, desrespeitando a liberdade dos semelhantes.

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Kant analisa os Estados e classifica seus estágios de desenvolvimento, a saber:

a) Estado dos selvagens (Rosseau), sem finalidade (obrigado a entrar numa constituição civil);

b) Estado civilizado (cujos progressos culturais ocorrem por meio de devastações bárbaras e sem lei, na hipótese do homem não seguir seu fio condutor – a natureza);

c) Estado cosmopolita (de segurança pública entre os Estados e existência de um poder unificador que dê peso às leis);

• O direito a uma relação de uma única nação para com as demais, cuja finalidade seria a prestação de um comércio recíproco, Kant chama de DIREITO COSMOPOLÍTICO.

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EVOLUCIONISMO E TEORIA DA EVOLUÇÃO

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• A teoria da evolução, também chamada evolucionismo, afirma que as espécies animais e vegetais, existentes na Terra, não são imutáveis;

• Alguns pesquisadores afirmam que as espécies sofrem, ao longo das gerações, uma modificação gradual que inclui a formação de novas raças e de novas espécies;

• Depois da sua divulgação, tal teoria se transformou em fonte de controvérsia, não somente no campo científico, como também na área ideológica e religiosa em todo o mundo.

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• O pesquisador francês Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros a negar o postulado criacionista e a propor um mecanismo pelo qual a evolução se teria verificado;

• A partir da observação de que fatores ambientais podem modificar certas características dos indivíduos, Lamarck imaginou que tais modificações se transmitissem à prole: os filhos das pessoas que normalmente tomam muito sol já nasceriam mais morenos do que os filhos dos que não tomam sol.

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• A necessidade de respirar na atmosfera teria feito aparecer pulmões nos peixes que começaram a passar pequenos períodos fora d'água, o que teria permitido a seus descendentes viver em terra mais tempo, fortalecendo os pulmões pelo exercício;

• As brânquias, cada vez menos utilizadas pelos peixes pulmonados, terminaram por desaparecer.

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Assim, o mecanismo de formação de uma nova espécie seria, em linhas gerais, o seguinte:

• Alguns indivíduos de uma espécie ancestral passavam a viver num ambiente diferente;

• O novo ambiente criava necessidades que antes não existiam, as quais o organismo satisfazia desenvolvendo novas características hereditárias;

• Os portadores dessas características passavam a formar uma nova espécie, diferente da primeira.

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• A doutrina de Lamarck foi publicada em Philosophie zoologique (1809; Filosofia zoológica), e teve, como principal mérito, suscitar debates e pesquisas num campo que, até então, era domínio exclusivo da filosofia e da religião;

• Estudos posteriores demonstraram que, apenas o primeiro postulado do lamarckismo, estava correto;

• De fato, o ambiente provoca no indivíduo modificações adaptativas;

• Mas os caracteres assim adquiridos não se transmitem à prole.

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• Em 1859, Charles Darwin publicou The Origin of Species (A origem das espécies), livro de grande impacto no meio científico que pôs em evidência o papel da seleção natural no mecanismo da evolução;

• Darwin partiu da observação segundo a qual, dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros;

• Há, portanto, na luta pela existência, uma competição entre indivíduos de capacidades diversas;

• Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes.

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• As mutações, as recombinações gênicas, a seleção natural, as diferenças de ambiente, os movimentos migratórios e o isolamento, tanto geográfico como reprodutivo, concorrem para alterar a freqüência dos genes nas populações de animais e são, assim, os principais fatores da evolução.

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A UNIDADE DA RAÇA HUMANA A Escritura ensina que a humanidade toda descente de um

único par; Deus criou Adão e Eva como os iniciantes da espécie

humana, e lhes ordenou que fossem fecundos e se multiplicassem e enchessem a terra;

Além disso, a narrativa subseqüente em Gênesis mostra claramente que as gerações seguintes, até ao tempo do dilúvio, estiveram em ininterrupta relação genética com o primeiro casal, de sorte que a raça humana constitui, não somente uma unidade específica, uma unidade no sentido de que todos os homens compartem a mesma natureza humana, mas também uma unidade genética ou genealógica;

Isso é ensinado também por Paulo em At 17.26; A mesma verdade é básica para a unidade orgânica da raça

humana na primeira transgressão, e da provisão para a salvação da raça em Cristo, Rm 5.12, 19; 1 Co 15.21, 22.

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Em 1655 Peyrerius desenvolve teoria dos pré-adamitas, que parte do pressuposto de que havia homens antes de Adão ser criado;

Essa teoria foi revivida por Winchell, que não negava a unidade da raça, mas considerava Adão como o primeiro antepassado dos judeus, e não chefe da raça humana;

Em anos recentes, Fleming, sem ser dogmático na matéria, disse haver razões para supor-se que existiam raças de homens inferiores antes de Adão aparecer em cena por volta de 5500 a.C;

Embora inferiores aos adamitas, já tinham capacidades diferentes das dos animais;

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O homem adâmico posterior foi dotado de capacidades maiores e mais nobres, e provavelmente foi destinado a levar toda a outra humanidade existente à obediência ao Criador;

Ele fracassou, não preservando a sua própria fidelidade a Deus e, portanto, Deus providenciou a vinda de um descendente humano e, contudo, muito mais que humano, para que pudesse realizar o que Adão não conseguiu.

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A ciência apresenta diversos argumentos em favor da unidade da raça humana, como os seguintes:

a.O argumento da história;

b.O argumento da filosofia;

c.O argumento da psicologia e

d.O argumento das ciências naturais ou da fisiologia.

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O ARGUMENTO DA HISTÓRIA• As tradições da raça dos homens

apontam decisivamente para uma origem e uma linhagem comuns na Ásia Central;

• A história das migrações do homem tende a mostrar que houve uma distribuição partindo de um único centro.

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O ARGUMENTO DA FILOSOFIA• O estudo das línguas da humanidade indica

uma origem comum;

• As línguas indo-germânicas têm em suas raízes um idioma primitivo comum, um velho remanescente do qual ainda existe no sânscrito;

• Além disso, há prova que mostra que o antigo idioma egípcio é o elo de ligação entre a língua indo-européia e a semítica.

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ARGUMENTO DA PSICOLOGIA• A alma é a parte mais importante da natureza

constitucional do homem, e a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, quaisquer que sejam as tribos ou nações a que pertençam, são essencialmente idênticas;

• Têm em comum os mesmos apetites, instintos e paixões animais, as mesmas tendências e capacidade, e, acima de tudo, as mesmas qualidades superiores, as características morais e mentais que pertencem exclusivamente ao homem.

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ARGUMENTO DAS CIÊNCIAS NATURAIS OU DA FISIOLOGIA

• É agora opinião comum dos especialistas em fisiologia comparada, que a raça humana constitui tão somente uma única espécie;

• As diferenças que existem entre as várias famílias da humanidade são consideradas simplesmente como variedades dessa espécie única;

• A ciência não assevera positivamente que a raça humana descende de um único par, mas, não obstante, demonstra que pode muito bem ter sido este o caso, e que provavelmente é.

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A NATUREZA DA RAÇA HUMANA

• A natureza humana é um conjunto de características descritas pela filosofia, incluindo formas de agir e pensar, que todos os seres humanos têm em comum. Vários são os ramos da ciência que estudam a natureza humana, incluindo sociologia, sociobiologia, psicologia, dentre outros. Filósofos e teólogos também fazem pesquisas sobre o assunto.

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• De acordo com o conceito aceito pela ciência moderna, natureza humana é a parte do comportamento humano que se acredita que seja normal e/ou invariável através de longos períodos de tempo e de contextos culturais dos mais variados;

• Esse entendimento entretanto é equivocado, dado que a ciência não crê em natureza humana, pois tem essa um caráter metafísico.

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A ORIGEM DA ALMA1. O criacionismo - A idéia de que Deus cria uma nova

alma, quando da concepção de cada corpo físico. É a noção teológica mais comum, e algumas vezes o trecho de Gên. 2:7 é empregado em apoio a essa idéia;

2. O traducionismo - Os estóicos, e mais tarde, Agostinho, defendiam essa teoria, a qual supõe que homem e mulher, como seres físico-espirituais que são naturalmente, e sem qualquer intervenção direta e contínua da parte de Deus, produzem seres que são tanto físicos como espirituais — os seus filhos. E isso significa que tanto alma como o espírito seriam produtos da procriação;

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3. A fulguração - Em uma teoria não muito bem definida, Leibniz supôs que Deus fez o mundo e tudo quanto nele existe, não por criação direta, proveniente do nada, e, sim, por “fulguração” ou seja, por fagulhas de seu próprio ser, que teriam se projetado a fim de formar o mundo físico, com a inclusão do espírito segundo o mesmo é conhecido por nós, tanto no nível humano como no angelical, isto é, tudo quanto não é o próprio Deus, mas antes, é parte de sua criação;

4. A eternidade - Platão e outros filósofos antigos e modernos têm especulado que a ‘substância da alma’ — é eterna —, proveniente de Deus e a ele semelhante em sua natureza. Não obstante, a individualização dessa substância, para formar um ‘ser’ espiritual, distinto de Deus, teria tido lugar em algum tempo remoto da eternidade passada. Assim sendo, a alma, o homem real, seria preexistente.

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5. A preexistência - Para diversos teólogos cristãos, como Justino Mártir, Clemente e Orígenes, a alma seria parte da criação angelical, não tendo substância diversa da dos anjos, quanto à sua natureza básica. Os anjos e os homens caíram no pecado, e, nessa queda, os homens finalmente assumiram corpo físico, o que é sinal evidente da degradação e descendência da alma. Mas, em seu retorno para Deus, o homem se libertará finalmente do corpo físico, e habitará nos mundos da imortalidade.

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O ESTADO ORIGINAL DO HOMEM – O HOMEM COMO A IMAGEM DE DEUS

• Tanto a Bíblia como a ciência concordam em fazer do homem a obra máxima da criação material de Deus;

• Não nos devemos esquecer de que, enquanto o homem, por um lado de sua natureza, está ligado à criação animal é, contudo, sobrenatural — um ser de natureza mais alta e mais esplêndida; ele foi criado à imagem e semelhança de Deus.

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1. Possuía a Imagem de Deus

2. Possuía Faculdades Intelectuais

3. Possuía uma Natureza Moral Santa

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A IMAGEM DE DEUS

A Imagem de Deus não Denota Semelhança Física (Cl 1.15 ; Jo 4.24; 1.18; Lc 24.39; 1 Sm 15.29;

De conformidade com os ensinamentos dessas passagens, Deus não é homem;

Pelo contrário, é Espírito e, como tal, não possui partes ou substância, mas é invisível;

Certamente Significa Semelhança Intelectual e Moral (Cl 3.10; Ef 4.23,24).

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FACULDADES INTELECTUAIS Gn 1.28; Gn 2.19,20;O homem se assemelha a Deus pelo fato de

possuir natureza racional; A capacidade do homem, a esse respeito, é a

origem de todo o conhecimento científico;Ele interpreta a significação da natureza e

descobre que traz os sinais da razão; O homem compreende Deus por motivo dos

sinais de inteligência no mundo ao seu redor; A razão no homem corresponde à razão em

Deus.

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NATUREZA MORAL SANTA Ec 7.29; Gn 2.15-17; Rm 5.12,14;

Isso significa que o homem foi criado como um ser santo, e esta foi a principal glória com que ele foi coroado;

Foi uma grande glória ter sido feito semelhante a Deus em Suas excelências intelectuais, mas a maior glória do homem foi ter sido criado semelhante a Ele em Suas perfeições morais.”

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SOTEROLOGIA (DOUTRINA DA SALVAÇÃO)

Salvação é um termo inclusivo que abrange salvação do presente, do passado e do futuro, ou seja salvação da penalidade, do poder e da presença do pecado;

Regeneração é uma grande transformação operada em todos aqueles que se tornam crentes. Vem do vocábulo grego “paliggenesia” e significa novo nascimento, referindo-se a uma nova criação (II Co 5:17). Regeneração não é reforma no ser humano, ela é ato divino. A reforma afeta a conduta; já a regeneração, modifica o caráter (Tt 3:5)

Arrependimento é um ato divino que transforma o homem, sendo este o começo do processo de santificação. Junto com a fé, perfaz a conversão.

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A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO Justificação é o ato judicial de Deus, mediante o qual

aquele que deposita sua confiança em Cristo é declarado justo a Seus olhos, e livre de toda culpa e punição (At 13:38, 39; Rm 8:1);

Como resultado, temos a liberdade de incriminação (Rm 8:1, 33, 34);

Paz com Deus (Rm 5:1; Ef 2:14-17); Certeza e percepção de glorificação futura (Tt 3:7; Rm

8:30); A justificação traz isenção da condenação, paz judicial,

e a esperança da glória futura.

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DOUTRINA DA SANTIFICAÇÃO• O termo santificação no grego é agiasmos, que significa

“consagração”, “separação”;• Refere-se ao processo que leva o crente a tornar-se

uma pessoa dedicada, santa, baseada em um início implantado quando da conversão;

• O alvo final é a perfeita concretização dessa santidade no indivíduo, de modo que a própria santidade de Deus Pai seja plenamente absorvida (Mt 5:48; II Pe 1:4);

• O E.S. é o agente do aperfeiçoamento do crente para a santificação e isso pode ser chamado de santificação progressiva ou presente;

• A santificação trata quase exclusivamente de nosso estado, assim como a justificação trata de nossa posição. Na justificação somos declarados justos a fim de que, na santificação, nos tornemos justos.

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A UNIÃO MÍSTICA COM CRISTO Pode-se definir a união mística como a união íntima,

vital e espiritual entre Cristo e o seu povo, em virtude da qual Ele é a fonte da sua vida e poder, da sua bendita ventura e salvação. É uma união que lembra a da videira e seus ramos (Jo 5:23-32) e a cabeça e os membros do corpo (Ef 4:15,16);

Ser cristão é muito mais do que seguir os mandamentos e exemplos do nosso mestre e senhor Jesus Cristo, mas é o fato de que Ele, sendo o próprio Deus, nos uniu à divindade e agora Dele derivamos a verdadeira vida, pois: “Ele imediata e diretamente mora nos crentes”.

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DOUTRINA DA ADOÇÃO E DO ESTADO DE FILHO

No N.T., adoção, no grego uiothesia, significa filiação, transformando um escravo em filho (Rm 8:15, 23; Gl 4:5);

A adoção é efetuada por meio do irmão mais velho, Jesus Cristo (Ef 1:5), estando presente a ideia do amor da família divina;

A adoção inclui a redenção futura do corpo, a participação na glorificação, a mudança de natureza, de humana para a divina no mesmo sentido do Filho (Rm 8:23);

Filiação é sinônimo de salvação para toda criação (Rm 8:29 ss).

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SANTIFICAÇÃO E UNIÃO COM CRISTO

Paulo nos diz que a base para um viver santo é a nossa união com Cristo (Rm 6:1-4, 11-14);

I. É impossível viver em pecado uma vez que já morremos para ele;

II. Já que houve morte, devemos andar em novidade de vida;

III.Devemos dominar as paixões pecaminosas, oferecendo cada membro do seu corpo a Deus, transformando-os em instrumentos de justiça em todas as áreas da vida.

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SANTIFICAÇÃO E BOAS OBRASo Segundo Jonathan Edwards, grande avivalista,

cristianismo consiste de prática; quanto mais amarmos ao próximo e praticarmos coisas concernentes a uma vida santa, mais estas atitudes nos ajudarão na mortificação de nossa carne (Tg 2:14-26);

o Santificação consiste em boas obras que deveriam ser ‘universais’;

o A santidade está relacionada com a prática da bondade, ou, o amor ao próximo. Alguém não pode ser salvo sem obedecer o 2º mandamento (amor ao próximo).

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IDEIAS ERRÔNEAS QUANTO À SANTIFICAÇÃO

Erradicação do pecado “inato” é uma dessas idéias. Lewis Sperry Chafer declara: Se a erradicação da natureza pecaminosa se consumasse, não haveria a morte física, pois esta é o resultado dessa natureza (Rm5:12-21)

Legalismo, ou a observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a Lei não pode santificar (Rm 6), assim como também não pode justificar (Rm 3);

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Ascetismo. É a tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos auto-infligidor – o método que seguem os católicos romanos e os hindus ascéticos;

Esse método parece estar baseado na antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má. O corpo, por conseguinte, é uma trava ao espírito. Assim, quanto mais for castigado e subjugado, mais depressa se libertará o espírito;

Isso é contrario às Escrituras, que ensinam que Deus criou tudo muito bom. É a alma, e não o corpo, que peca: portanto, são os impulsos pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material;

Ascetismo é uma tentativa de matar o “eu”, mas o “eu” não pode vencer o “eu”. Essa obra é do Espírito.

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A PERSEVERANÇA DOS SANTOS Perseverança significa contínuo apego a uma crença

apesar do desencorajamento da oposição; A razão por que os crentes perseveram na fé e na

obediência, contundo, não está na força de sua própria dedicação, mas em que Jesus Cristo, através do Espírito Santo, os preserva;

Os regenerados são salvos perseverando na fé e na vida cristã até o fim (Hb 3.6; 6.11; 10.35-39);

A crença na perseverança propriamente entendida não nos leva a uma vida descuidada e à presunção arrogante;

Os regenerados podem mostrar-se relapsos e cair em pecado. Quando isso ocorre, eles se opõe à sua nova natureza e o Espírito Santo os convence do seu pecado (conforme Jo 16.8) e os compele a arrepender-se e a serem restaurados à sua condição de justificados.