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Teologia do Conhecimento Roberto Pereyra. PhD em Teologia Biblica

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  • CANALE, F. O princpio cognitivo da teologia crist: um estudo hermenu-tico sobre revelao e inspirao. Traduo Neumar de Lima. 1. ed. Engenhei-ro Coelho-SP: Unaspress Imprensa Universitria Adventista, 2011. 416 p.

    Roberto Pereyra1

    Fernando Luis Canale licenciado em Teologia, Filosofia e em Pedagogia pela Universidad Adventista del Plata (Entre Ros, Argentina); e em Filosofia pela Universidad Catlica de Santa Fe (Santa Fe, Argentina); Mdiv e PhD na Andrews

    University (Michigan, Estados Unidos), onde atua como professor em disci-plinas como Metodologia Teolgica, Teologia Fundamental, Teologia Bblica e Sistemtica, Ps-modernidade, Hermenutica Teolgica e Filosfica. Al-gumas de suas publicaes so: A criticism of theological reason, Back to reve-lation-inspiration, Understanding revelation-inspiration in a postmodern world, Creation, evolution and theology e The cognitive principle of christian theology.

    Este ltimo livro, em sua excelente traduo em portugus, o cor-pus desta resenha. A obra foi escrita no primeiramente comunidade acadmica, mas comunidade pensante da igreja, incluindo administradores, pastores, estudantes de teologia e membros leigos interessados em temas teolgicos (p. 13). Canale conduz seus leitores compreenso dos mode-los clssico, moderno e evanglico de revelao e inspirao das Escritu-ras, atravs das pressuposies hermenuticas que do sustentao a esses diferentes modelos. Com isso, ele prope um novo modelo de revelao e inspirao para explicar a origem das Escrituras, o histrico-cognitivo, ba-seado em uma compreenso 1) bblica histrico-temporal das aes de Deus

    1 Doutor em Teologia pela Andrews University, EUA. Diretor do Programa de Ps-Graduao da Faculdade de Teologia do Unasp. E-mail: [email protected]

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    na histria e 2) da natureza humana, demarcando assim o papel divino e humano na revelao e inspirao. Portanto, o modelo histrico-cognitivo [] busca a verdade se guiando por uma interpretao histrico-temporal das Escrituras e da realidade (p. 245).

    O texto organizado em trs unidades ou sees. Na primeira, antes de examinar os modelos de revelao e inspirao, o leitor familiarizado com os

    fundamentos do tema (p. 15106). Comeando pelas questes metodolgi-cas abordadas no primeiro captulo, o autor procura deixar clara a relevncia da questo a ser discutida. Afinal, no possvel existir um correto modelo de interpretao bblica que no antevenha de uma forte base epistemolgica.

    Em seguida, o captulo 2 apresenta o assunto da revelao geral, com dois claros objetivos em mente: estabelecer uma distino entre revelao geral e revelao especial e, com isso, indicar que a tradio crist tem mis-turado essas duas modalidades, o que fornece um vislumbre do papel que a

    teologia natural tem desempenhado na teologia crist (p. 3545).Ao tratar do tema da revelao especial, o autor examina os conceitos de

    revelao-inspirao, trazendo tona as pressuposies presentes nos telogos ao analisarem esses conceitos. Discute a natureza terica da doutrina da revela-o-inspirao e identifica os dados que servem de base sua elaborao. A par-tir desse momento, possvel se pensar uma metodologia que permita analisar os dados e interpretar os conceitos acerca da revelao e inspirao (p. 4756).

    Por meio das declaraes de Paulo em 2 Timteo 3:1417 e de Pedro em 2 Pedro 1:21 (p. 5769), o autor inicia uma argumentao que o levar a analisar a natureza cognitiva da revelao-inspirao, de onde ser possvel construir uma introduo sobre a estrutura do conhecimento humano, com nfase no papel que desempenham as pressuposies no processo envolvido nos atos cognitivos. Nesse marco, Canale destaca que a compreenso prvia sobre a natureza de Deus (a realidade sobrenatural) e a humana (a realida-de natural) se destacam como as duas pressuposies mais importantes na definio de todas as interpretaes sobre revelao e inspirao (p. 7183). Com isso, prepara o campo para que, no sexto captulo, se demonstre de que forma estas duas esferas (frise-se) de realidade devem ser entendidas (p. 85102). preciso um modelo que no contemple apenas uma, mas que seja capaz de, sem prescindir da razo, dar vazo a ambas (e Canale se prope criar esse modelo na terceira unidade/seo, mas para isso preciso discutir antes quais os modelos j socialmente aceitos).

    Na segunda unidade, Modelos de Interpretao (p. 107200), so exploradas as diferentes vises sobre revelao e inspirao baseada

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    no conceito de modelo teolgico, que ser definido a partir da anlise dos traos essenciais presentes nas diferentes interpretaes. Para isso, preciso expor quais as pressuposies hermenuticas de cada modelo histrico sob anlise.

    No stimo captulo explicado o conceito de modelo como ferramen-ta de compreenso para a anlise teolgica. O que indica que os modelos re-presentam padres que direcionam a ao e se formam a partir de princpios hermenuticos. No caso de seu estudo sobre revelao-inspirao, se prope a explorao dos modelos clssico, moderno e evanglico (p. 109113).

    O captulo seguinte analisa e avalia a estrutura do modelo clssico, a primeira posio histrica sobre revelao-inspirao que, at hoje, repre-senta a viso que a maioria dos telogos conservadores protestantes e catli-co-romanos tem sobre a origem das Escrituras (p. 115). O referido modelo se fundamenta na viso platnica de que o mundo sobrenatural representa as realidades atemporais, enquanto o natural representa a duplicao transit-ria e temporal dessas realidades (p. 116127). A seguir, se examina o contex-to histrico que favoreceu a transio do modelo clssico para o moderno, tendo como pano de fundo a Idade Mdia, quando os telogos mesclaram conceitos filosficos gregos com ideias religiosas crists (p.131140).

    O captulo dez analisa e avalia a estrutura do modelo moderno, que entende a revelao como encontro no cognitivo (p. 143149) e a inspi-rao como expresso esttica e artstica do encontro no cognitivo, cujos contedos provm do ambiente cultural em que os autores bblicos viveram e escreveram (p. 150155). De acordo com este modelo de revelao-inspirao, a Bblia um documento humano do princpio ao fim, no apenas em forma, mas tambm em contedo. Portanto, o modelo usa para estudar as Escrituras a mesma metodologia que seria aplicada em qualquer outro livro humano, ou seja, o mtodo crtico-histrico de exegese bblica, que surgiu durante o sculo XVIII (p. 155157). Dessa forma, aliado ao mtodo crtico-histrico, o modelo tem como resultado a historicizao da Teologia crist (p. 157161).

    Uma anlise e avaliao da estrutura do modelo evanglico feita no ca-ptulo onze. Tal modelo se fundamenta nos conceitos sobre o mundo natural e sobrenatural do modelo clssico, pondo nfase na soberania de Deus e a total de-pravao (ou corrupo) da natureza humana (p. 171176). Em essncia, modifi-ca o modelo clssico para torn-lo uma ferramenta apologtica na batalha contra a teologia moderna e o mtodo crtico-histrico de interpretao bblica. Sugere que a revelao cognitiva e responsvel por todo o material contido na Bblia (p. 176179). Enfatiza mais a inspirao do que a revelao, afirmando que Deus

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    atua soberanamente e o instrumento humano, devido sua completa depravao, age em submisso total. Portanto, Deus inspirou verbalmente os escritores bbli-cos, atingindo as prprias palavras das Escrituras. Desse modo, o texto inspirado das Escrituras se reveste de qualidades divinas, um tipo de divinizao do mesmo, sendo os manuscritos originais inerrantes (p. 179193). Como parece evidente, o modelo maximiza o aspecto divino das Escrituras e minimiza o aspecto humano.

    Na terceira unidade do livro (p. 201410), o autor expe e fundamenta seu prprio modelo sobre revelao e inspirao a partir de uma desconstruo dos modelos clssico, moderno e evanglico, destacando-se os pontos fortes e fracos de cada um deles. Canale chama seu modelo de histrico-cognitivo, o qual tambm precisa basear-se em pressuposies sobre Deus, a humanidade, o conhecimento, pressuposies estas encontras na prpria Bblia.

    No captulo doze explorada a mudana radical que ocorreu, duran-te o sculo 20, no pensamento filosfico ocidental (p. 205) em relao compreenso filosfica da razo humana (p. 206), o que produz uma rup-tura filosfica gerada pela emergncia do ps-modernismo. Tal ruptura

    proporciona a oportunidade ideal para a introduo de um novo modelo de revelao-inspirao (p. 212).

    O captulo seguinte apresenta quatro pressuposies hermenuticas bblicas para o modelo histrico-cognitivo. A primeira e a mais decisiva dessas pressuposies a temporalidade de Deus (p. 225227). O Deus b-blico capaz de agir dentro do fluxo ou transcorrer da histria. Age es-tando inserido no continuum do tempo histrico criado (p. 221); age numa perspectiva histrico-temporal.

    A segunda pressuposio hermenutica bblica para o novo modelo a temporalidade humana. A natureza humana essencialmente histrica e no atemporal. Visto que os seres humanos so temporais no sentido de no possurem de forma alguma uma alma imortal e atemporal, suas capacida-des cognitivas precisam ser tambm temporais (p. 228230). Assim sendo,

    o Criador infinito e as criaturas finitas, conquanto diferentes, compartilham, cada um sua maneira, do fluxo temporal da re-alidade, envolvendo o passado, presente e futuro. Graas a essa temporalidade compartilhada, Deus pode se comunicar direta-mente com os seres humanos; nessa comunicao, Deus adapta seus pensamentos s capacidades cognitivas dos seres humanos. Alm disso, considerando o conceito bblico de que Deus criou o ser humano sua imagem, Deus o dotou do necessrio equi-

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    pamento cognitivo que permite reconhecer e entender a direta comunicao de Deus (p. 226).

    A terceira pressuposio hermenutica bblica para o novo modelo o modo de conhecimento humano, o qual tambm de natureza histrico-temporal. O modo do conhecimento humano limitado e parcial em seu alcance, imperfeito em preciso e relativo em objetividade. Em contraste, o modo divino de conheci-mento, ao qual no temos acesso, ilimitado, completo em seu alcance, perfeito em preciso e absoluto em objetividade (p. 230235).

    A quarta dessas pressuposies a razo histrica (p. 235240), a qual extrai seus dados e pressupostos do mundo espao-temporal (p. 236). D prioridade ao objeto de estudo e no aos caprichos arbitrrios da imaginao humana. Tal viso histrica da razo humana afeta o modo, os limites e a natureza do processo de revelao-inspirao (p. 237239).

    Como o conhecimento e a escrita humana so os veculos pelos quais se comunica a verdade de Deus, o conhecimento disponvel nas Escrituras revela o modo humano de conhecer. Devido origem divina da mensagem comunicada, a verdade da revelao perfeita, mas o veculo lingustico-

    -cognitivo por meio do qual ela expressa imperfeito.Os contedos de origem divina das escrituras so perfeitos, mas compar-

    tilham das imperfeies de seu veculo lingustico-cognitivo humano. Portanto, a revelao-inspirao um fenmeno lingustico-cognitivo, o que significa que o conhecimento e a linguagem usados nas Escrituras no so divinos, mas humanos. Deus o autor do contedo, mas no o escritor (p. 237).

    Nesse processo de revelao-inspirao, a razo histrica recebe infor-maes e conceitos das revelaes espao-temporais de Deus; seleciona as pressuposies ou categorias de compreenso a partir de episdios anterio-res de revelao-inspirao; e processa os dados recebidos. Em todas essas aes, a razo histrica procede em harmonia com o plano redentivo de Deus de agir no tempo e no espao (p. 239240). Assim, tanto a revelao como a inspirao acontecem no contexto da experincia histrica daqueles a quem Deus revelou as Escrituras (p. 217235).

    No captulo quatorze so apresentadas consideraes metodolgicas re-lativas ao modelo histrico-cognitivo (p. 245253): focaliza o alvo interpre-tativo (p. 245); reflete sobre a originalidade relativa do modelo histrico-cog-nitivo (p. 247); analisa preliminarmente como a revelao ser entendida no modelo (p. 247248); revisa o problema que os modelos clssico, evanglico e moderno de revelao-inspirao procuram compreender (a autoria dupla das

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    Escrituras p. 248249); apresenta a estrutura hermenutica da revelao (p. 249251) e como os modelos se estruturam a partir de uma compreenso racional e relativa de pressuposies hermenuticas (p. 252253).

    Os captulos seguintes exploram os seguintes temas: o papel de Deus na revelao (p. 255277), a revelao encarnada (p. 281301) e os principais padres da revelao por meio dos quais os agentes humano e divino produ-ziram as Escrituras (p. 305332).

    O autor se concentra no fenmeno da inspirao no captulo dezoito, no qual faz uma descrio bblica da inspirao e dos pressupostos hermenu-ticos do modelo histrico-cognitivo (p. 337338). Analisa as razes porque a inspirao necessria (p. 338339), bem como as contribuies humana e di-vina para a inspirao (p. 339357), com uma breve digresso para considerar a relao entre pensamento e palavra no processo inspiracional (p. 346350).

    No captulo dezenove, Canale introduz o leitor na investigao dos efeitos hermenuticos do modelo histrico-cognitivo quando visto como um conjunto de pressuposies hermenuticas para a compreenso das Es-crituras e de sua origem (p. 361381). Argumenta que h uma relao de mo dupla entre revelao-inspirao e hermenutica. Por um lado, nossas pressuposies influenciam o modo como se compreende a revelao-ins-pirao; por outro, a compreenso sobre revelao-inspirao influencia a nossa hermenutica (p. 361363).

    O primeiro efeito hermenutico da aplicao do modelo histrico-cog-nitivo o resgate das Escrituras como o princpio cognitivo chave da teologia crist (p. 363369); outros efeitos resultantes da aplicao do novo modelo so o repensar as fontes da teologia (p. 369371); repensar os funda-mentos hermenuticos da teologia crist (p. 372375); repensar a mesma

    teologia bblica (p. 375380) e a teologia sistemtica (p. 380381).O captulo final, a partir do modelo histrico-cognitivo, se ocupa do

    tradicional debate a respeito da veracidade das Escrituras (p. 385407). Afirma que s podemos definir com exatido a confiabilidade e veracida-de das Escrituras aps chegarmos a uma viso clara de como a Bblia veio a existir (p. 385386). Tece consideraes sobre o conceito de verdade em geral (p. 386387), e, de forma particular, o conceito de verdade nas Escrituras (p. 387388); prope a verificao da verdade nas Escrituras como descoberta, como correspondncia e como coerncia inter-na (p. 388393) e discute alguns aspectos tericos como questes rela-cionadas com erros, detalhes e preciso (p. 393399). Trata das objees concretas levantadas contra a confiabilidade das Escrituras, tais

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    como erros nas cincias naturais, atribuies errneas, discrepn-cias estatsticas, relatos de fatos histricos e inconsistncias teol-gicas internas (p. 399406). Finalmente, o autor declara que o modelo histrico-cognitivo de revelao-inspirao gera uma viso historica-mente abrangente da preciso bblica (p. 406407).

    Cabe perguntar: O que torna especial e relevante a leitura deste livro? Quais as principais contribuies para a Igreja?

    Primeiro, por uma anlise das estruturas pressuposicionais dos modelos de revelao-inspirao sugeridos atravs da interpretao histrica das Escri-turas, Canale demonstra que o cristianismo enfrenta uma das maiores crises hermenuticas de sua histria por ter rejeitado os princpios de Sola Scriptura (exclusividade das Escrituras) e de Tota Scriptura (totalidade das Escrituras).

    Segundo, prope um novo modelo de revelao e inspirao para explicar a origem das Escrituras e prov um cenrio de vital importncia quanto a questes metodolgicas, teolgicas e processuais no fazer teol-gico. Esse modelo faz plena justia ao papel de Deus no processo divino-

    -humano da revelao-inspirao.Terceiro, resgata os princpios da Sola e Tota Scriptura, tornando clara

    a origem das Escrituras. a palavra de Deus em linguagem humana. No apenas a produo literria de homens piedosos. um livro de dimenso nica: a Palavra de Deus. o lugar onde Deus se revela e encontrado, onde sua mensagem falada e sua vontade proclamada. Portanto, a

    origem do conhecimento cristo, o princpio cognitivo da teologia crist.Quarto, em sua abordagem adventista, fornece embasamento bblico

    para compreender, em um todo harmnico, a condio da pecabilidade humana e a soluo divina para o problema; a viso e a misso da Igreja Adventista do Stimo Dia, a qual no se limita apenas a uma pregao fun-damentada nas Escrituras, mas procura a restaurao dos princpios herme-nuticos que motivam sua proclamao.

    Quinto, O Princpio Cognitivo da Teologia Crist um estudo her-menutico que apresenta suficientes evidncias para se considerar as Es-crituras como a infalvel revelao de Deus, o padro do carter, a prova da experincia, o autorizado revelador de doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus na histria.

    Trata-se, pois, de um livro apropriado e necessrio para a igreja. Reco-mendo-o a administradores, pastores, estudantes de teologia, lderes ecle-siais, membros e todos os demais interessados em conhecer a origem das Escrituras e os fundamentos da Teologia crist.

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    Referncias bibliogrficasCANELE, F. A criticism of theological reason: time and timelessness as primordial presuppositions. Berrien Springs: Andrews University Press, 1987.

    . Back to revelation-inspiration: searching for the cognitive foundation of christian theology in a postmodern world. Lanham: University Press of America, 2001.

    . Understanding revelation-inspiration in a postmodern world. Berrien Springs: Andrews University Press, 2001.

    . Creation, evolution and theology: the role of method in theological accomodation. Berrien Springs, MI: Andrews University Lithotec, 2005.

    . The cognitive principle of christian theology: a hermeneutical study of the revelation and inspiration of the Bible. Berrien Springs, MI: Andrews University Lithotec, 2005.

    Enviado dia 29/08/2011Aceito dia 20/10/2011