teologia da prosperidade - parte 04

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Histórico[editar | editar código-fonte] Healing revivals do pós-guerra[editar | editar código-fonte] Ver artigo principal: Healing Revival Os líderes do Movimento Pentecostal do início do século XX não adotavam uma teologia da prosperidade.[20] Essa doutrina começou a ganhar forma dentro do movimento durante as décadas de 1950 e 1940, através dos ensinamentos dos ministérios de libertação e de ev angelistas curadores pentecostais. Combinando ensinamentos sobre a prosperidade com o avivamento (revivalism) e a cura pela fé, tais evangelistas professaram as " leis da fé ('peça e será atendido') e as leis da reciprocidade divina ('dê e lhe será dado de volta')".[21] Uma figura proeminente da teologia da prosperidade neste período foi E. W. Kenyon, educado na Faculdade de Oratória de Emerson nos anos 1890, onde foi exposto ao Mo vimento Novo Pensamento.[22] Kenyon mais tarde se tornou amigo de líderes pentecos tais famosos e escreveu sobre a revelação divina e as confissões positivas. Seus escri tos influenciaram líderes do nascente movimento da prosperidade durante os healing revivals dos Estados Unidos pós-guerra.[23] Oral Roberts começou a professar a doutrina da prosperidade em 1947.[13] Ele expli cava as leis da fé como um "pacto abençoado" no qual Deus retornaria as doações "sete ve zes",[24] prometendo aos doadores que eles receberiam de volta, de meios inesper ados, o dinheiro que doaram a Ele. Roberts se oferecia a pagar qualquer doação que não levasse ao pagamento inesperado de quantia equivalente.[13] Na década de 1970, Ro berts descreveu seus ensinamentos sobre o pacto abençoado como a "doutrina da seme nte": as doações são uma espécie de "semente" que crescem em valor e são devolvidas àquele q ue doa.[24] [25] Roberts começou a recrutar "parceiros" doadores ricos que recebia m convites para conferências exclusivas e acesso ilimitado ao ministério em troca de apoio.[26] Em 1953, o curador pela fé A. A. Allen publicou O Segredo do Sucesso Financeiro na s Escrituras (The Secret to Scriptural Financial Success) e promoveu mercadorias como "tendas milagrosas para barbear" e panos de oração ungidos com "óleo milagroso". [27] No final da década de 1950, Allen se focou cada vez mais na prosperidade. Ele ensinava que a fé pode miraculosamente resolver os problemas financeiros, afirman do que teve uma experiência miraculosa na qual Deus transformou notas de um dólar em notas de vinte dólares para que ele pudesse pagar suas dívidas.[28] Allen ensinou a "palavra da fé" ou o poder de transformar a fala em algo material.[27] Na década de 1960, a prosperidade se tornou o foco principal dos healing revivals. [29] T. L. Osborn começou a enfatizar a prosperidade e se tornou conhecido por exi bir ostensivamente sua riqueza pessoal.[30] Durante aquela década, Roberts e Willi am Branham criticaram outros ministérios que pregavam a doutrina, argumentando que suas táticas de arrecadação de fundos pressionavam injustamente os fiéis. Essas táticas e ram motivadas, em parte, pelas despesas com o desenvolvimento de redes nacionais de rádio.[29] Na mesma época, líderes da denominação pentecostal Assembleia de Deus dos E stados Unidos passaram a criticar o foco na prosperidade defendido por evangelis tas curadores independentes.[31]

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Teologia Da Prosperidade - Parte 04

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Page 1: Teologia Da Prosperidade - Parte 04

Histórico[editar | editar código-fonte]Healing revivals do pós-guerra[editar | editar código-fonte]Ver artigo principal: Healing RevivalOs líderes do Movimento Pentecostal do início do século XX não adotavam uma teologia da prosperidade.[20] Essa doutrina começou a ganhar forma dentro do movimento durante as décadas de 1950 e 1940, através dos ensinamentos dos ministérios de libertação e de evangelistas curadores pentecostais. Combinando ensinamentos sobre a prosperidade com o avivamento (revivalism) e a cura pela fé, tais evangelistas professaram as "leis da fé ('peça e será atendido') e as leis da reciprocidade divina ('dê e lhe será dado de volta')".[21]

Uma figura proeminente da teologia da prosperidade neste período foi E. W. Kenyon, educado na Faculdade de Oratória de Emerson nos anos 1890, onde foi exposto ao Movimento Novo Pensamento.[22] Kenyon mais tarde se tornou amigo de líderes pentecostais famosos e escreveu sobre a revelação divina e as confissões positivas. Seus escritos influenciaram líderes do nascente movimento da prosperidade durante os healing revivals dos Estados Unidos pós-guerra.[23]

Oral Roberts começou a professar a doutrina da prosperidade em 1947.[13] Ele explicava as leis da fé como um "pacto abençoado" no qual Deus retornaria as doações "sete vezes",[24] prometendo aos doadores que eles receberiam de volta, de meios inesperados, o dinheiro que doaram a Ele. Roberts se oferecia a pagar qualquer doação que não levasse ao pagamento inesperado de quantia equivalente.[13] Na década de 1970, Roberts descreveu seus ensinamentos sobre o pacto abençoado como a "doutrina da semente": as doações são uma espécie de "semente" que crescem em valor e são devolvidas àquele que doa.[24] [25] Roberts começou a recrutar "parceiros" � doadores ricos que recebiam convites para conferências exclusivas e acesso ilimitado ao ministério em troca de apoio.[26]

Em 1953, o curador pela fé A. A. Allen publicou O Segredo do Sucesso Financeiro nas Escrituras (The Secret to Scriptural Financial Success) e promoveu mercadorias como "tendas milagrosas para barbear" e panos de oração ungidos com "óleo milagroso".[27] No final da década de 1950, Allen se focou cada vez mais na prosperidade. Ele ensinava que a fé pode miraculosamente resolver os problemas financeiros, afirmando que teve uma experiência miraculosa na qual Deus transformou notas de um dólar em notas de vinte dólares para que ele pudesse pagar suas dívidas.[28] Allen ensinou a "palavra da fé" ou o poder de transformar a fala em algo material.[27]

Na década de 1960, a prosperidade se tornou o foco principal dos healing revivals.[29] T. L. Osborn começou a enfatizar a prosperidade e se tornou conhecido por exibir ostensivamente sua riqueza pessoal.[30] Durante aquela década, Roberts e William Branham criticaram outros ministérios que pregavam a doutrina, argumentando que suas táticas de arrecadação de fundos pressionavam injustamente os fiéis. Essas táticas eram motivadas, em parte, pelas despesas com o desenvolvimento de redes nacionais de rádio.[29] Na mesma época, líderes da denominação pentecostal Assembleia de Deus dos Estados Unidos passaram a criticar o foco na prosperidade defendido por evangelistas curadores independentes.[31]