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Teníase e Cisticercose Disciplina: Parasitologia Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. MarilandaFerreira Bellini

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Teníase e Cisticercose

Disciplina: Parasitologia

Curso: Análises Clínicas

3º. Módulo

Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

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Teníase e Cisticercose

• Taenia saginata • Taenia solium

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Teníase x Cisticercose

Doenças distintas

Causadas pelas mesmas espécies

Fase de Vida DiferenteFase de Vida Diferente

Verme Adulto � Teníase Larva� Cisticercose

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Teníase x Cisticercose

Doenças distintas

Causadas pelas mesmas espécies

Fase de Vida DiferenteFase de Vida Diferente

• Teníase– Presença do verme Adulto

– Fase Sexuada

– Hospedeiro Definitivo

• Cisticercose– Presença da Larva

– Fase Assexuada

– Hospedeiro Intermediário

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Prevalência

• 1947

• Taenia saginata � 39 milhões

• Taenia solium � 2,5 milhões

• 2010

• Taenia saginata � 77 milhões

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Prevalência

• 2010

Am. NorteAm. Norte1 milhão

Am. Sul2 milhões

África32 milhões

Ásia11 milhões

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Morfologia

• Verme Adulto:

– Corpo achatado dorso ventralmente em forma de fita;

– Cor branco-leitosa;

– Extremidade anterior bastante afilada e de difícil visualização.

– Dividido em:

• Cabeça ou Escólex,

• Colo,

• Estróbilo ou Corpo.

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Morfologia

Escólex

• Pequena dilatação

• Órgão de fixação: Cestódeo � intestino delgado humano

• Ventosas Arredondadas � Tecido Muscular

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Morfologia

Escólex

• Pequena dilatação

• Órgão de fixação: Cestódeo � intestino delgado humano

• Ventosas Arredondadas � Tecido Muscular

• Taenia solium

– 0,6 – 1 mm

• Taenia saginata

― 1 – 2 mm

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Morfologia

Escólex - Cabeça

• Pequena dilatação

• Órgão de fixação: Cestódeo � intestino delgado humano

• Ventosas Arredondadas � Tecido Muscular

• Taenia solium

– 0,6 – 1 mm

– Globuloso

– Com rostro

– Dupla fileira de Acúleos (25 a 50)

• Taenia saginata

― 1 – 2 mm

― Quadrangular

― Ausência de Rostro

― Ausência de Acúleos

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Morfologia

Colo - Pescoço

• Porção mais delgada do corpo;

• Células em intensa atividade de atividade de multiplicação;

Zona de crescimento

Ou

Zona de Formação das Proglotes

Colo

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Morfologia

Estróbilo

• Formado por segmentos

– Proglotes

• Estrobilização Progressiva

• Quanto mais afastada do • Quanto mais afastada do escólex, mais evoluídas:

– Jovens,

– Maduras,

– Grávidas.

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Morfologia

Estróbilo

• Jovens:

– Após o colo;

– Mais curtas do que largas;

– Protandria: Início de – Protandria: Início de desenvolvimentos dos órgãos genitais , antes e mais rapidamente que os

Proglotes Jovens

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Morfologia

Estróbilo

• Maduras:

– Após o proglotes jovens;

– Apresentam órgãos sexuais completos: completos:

• Hermafroditas

Proglotes Maduras

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Morfologia

Estróbilo

• Grávidas:

– Após proglotes maduras;

– Mais distantes do escólex;

– Mais compridas do que – Mais compridas do que largas;

– Involução dos órgãos reprodutores ;

– Maior ramificação uterina �produção de ovos

Proglotes Grávidas

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Morfologia

Estróbilo

Taenia solium

• 800 a 1000 proglotes

• ≤ 3 metros de comprimento

• Longevidade: 3 anos• Longevidade: 3 anos

• Proglote Grávida– Quadrangular;

– 12 pares ramificações dendríticas;

– 80 mil ovos;

– Saem passivamente com fezes (3 – 6 anéis).

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Morfologia

Estróbilo

Taenia saginata

• ≥ 1000 proglotes

• ≤ 8 metros de comprimento

• Longevidade: 10 anos

• Proglote Grávida– Retangular;

– 26 ramificações dicotômicas;

– 160 mil ovos;• 50% maduros e fertéis.

– Saem ativamente no intervalo entre as defecações;

• Tecido muscular.

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Morfologia

• Ovos– Esféricos,

– 30 mm diâmetro,

– Casca protetora,– Casca protetora,• Embrióforo,

• Quitina + Substância Cementante � Resistência

– Embrião• Hexacanto ou Oncosfera;

• 3 pares de acúleos;

• Dupla membrana.

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Morfologia

Larva - Cisticerco

• Vesícula Translúcida– Membrana cuticular ou externa;

– Membrana celular ou intermediária;

– Membrana reticular ou interna

Líquido Claro no interior;• Líquido Claro no interior;

• ≤ 12 mm comprimento;

• Invaginado no interior:

Taenia solium

• Escólex (4 ventosas);

• Rostro;

• Colo.

Taenia saginata

• Escólex (4 ventosas);

• Colo.

Cisticerco de T. solium

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Cisticerco no SNC humanos

• Estágio Vesicular:– Membrana da vesícula delgada e transparente;– Líquido vesicular incolor;– Escólex normal;– Ativo (tempo indeterminado);– Processo degenerativo (resposta imunológica hospedeiro.– Processo degenerativo (resposta imunológica hospedeiro.

• Estágio Coloidal:– Líquido vesicular turvo;– Escólex em degeneração;

• Estágio Granular:– Membrana espessa;– Deposição de cálcio no gel vesicular;– Escólex mineralizada � granular

• Estágio Granular Calcificado:– Cisticerco Calcificado– Tamanho reduzido

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Habitat

Taenia solium

• Verme adulto

Taenia saginata

• Verme adulto

• Cisticerco • Cisticerco

Sistema MuscularSistema CardíacoSNCOlhos

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Ciclo Biológico - Teníase

Ação suco Gástrico

3 meses após infecção

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Transmissão

Teníase

• Ingestão acidental de ovos de Taenia solium

• Auto infecção externa

Cisticercose

Taenia solium

Taenia saginata

• Coprofagia

• Auto infecção interna

• Vômitos

• Movimentos Retroperistálticos

• Heteroinfecção:

• Alimentos ou água contaminados

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Patogenia e Sintomatologia

Teníase

• Reações Toxico-Alérgicas;

• Hemorragias;

• Inflamação;

Cisticercose

• Dependente de:– Tamanho;

– Número;

– Estágio de desenvolvimento;• Inflamação;

• Apetite excessivo;

• Perda de peso;

• Náuseas;

• Dores Abdominais;

• Obstrução intestinal.

– Estágio de desenvolvimento;

– Localização;

– Resposta Imunológica do hospedeiro.

Competição parasita x hospedeiro

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Patogenia e Sintomatologia

Cisticercose Muscular

• Assintomática

• Reação local– Membrana Fibrosa

– Dor, Fadiga, Câimbras

Cisticercose Cardíaca

Cisticercose Ocular

• Descolamento da retina;

• Perfuração da retina;

• Reações inflamatórias;

• Perda parcial ou total da visão.

Cisticercose Mamária

• Nódulo indolor e móvel;

• Tumorações associadas à processos inflamatórios

Cisticercose Cardíaca

• Palpitações e ruídos anormaisCisticercose SNC• Processos compressivos, irritativos,

vasculares e obstrutivos;• Hipertensão intercraniana;• Hidrocefalia;• Calcificações;• Epilepsia.

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Diagnóstico Teníase

Parasitológico

• Pesquisa de Proglotes

• Tamização:

T. solium T. saginata

• ELISA– Coproantígenos

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Diagnóstico Cisticercose

Clínico

• Aspectos Epidemiológicos;

• Observações Anatomopatológicas;– Biópsias,

– Necrópsias,– Necrópsias,

– Cirurgias.

Diagnóstico Imunológico

• Anticorpos anticisticerco no soro;

• ELISA

Neuroimagens

• Raio – X (RX)

• Tomografia computadorizada (TC)

• Ressonância Nuclear Magnética (RNM)

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Epidemiologia x Profilaxia

Epidemiologia

• Mundial– Hindus � T. solium

– Judeus � T. saginata

• Falta de saneamento básico;• Falta de saneamento básico;

• Transmissão por práticas sexuais orais;

• Acidentes laboratoriais.

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Epidemiologia x Profilaxia

Profilaxia

• Impedir acesso suíno e bovino à fezes humanas;

• Melhora no Saneamento básico;básico;

• Não comer carne crua ou mal cozida;

• Educação em Saúde;

• Melhoria no sistema de criação de animais;

• Inspeção sanitária.

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Tratamento

Teníase

• Niclosamida

• Praziquantel

Cisticercose

• Albendazol

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Comparação entre T. solium e T. saginata

T. solium T. saginata

Escólex(Órgão Fixação)

•0,6 – 1,0 mm diâmetro•Globoso•Com Rostro•Com Acúleos - 25 à 50

•1,0 – 2,0 mm diâmetro•Quadrangular•Ausência de Rostro•Ausência de Acúleos

Colo(Zona de Crescimento e Formação de Proglotes)

Estróbilo ≤ 3 m ≤ 8m

ProglotesGrávidas

•Quadrangulares•Ramificações uterinas pouco numerosas (12 pares)•Dendríticas•Saem passivamente com as fezes•80 mil ovos

•Retangulares•Ramificações uterinas muito numerosas (≤ 26)•Dicotômicas•Saem ativamente no intervalo entre as fezes•160 mil ovos (50% maduros e férteis)

Hospedeiro Intermediário

Suíno Bovino

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Referências

• Neves, D. P. et al., Parasitologia Humana, Editora Atheneu, 11ª. Edição, 2010 – Capítulo 25