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TEMPORADA 2018 FORA DE SÉRIE 9 BRASIL

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Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais eAliança Energia apresentam

PROG

RAM

A

FORA DE SÉRIE • BRASIL

HEITOR VILLA-LOBOS Bachianas Brasileiras nº 6

ANTÔNIO CARLOS GOMES Maria Tudor: Abertura

FRANCISCO BRAGAEpisódio Sinfônico

CAMARGO GUARNIERIBrasiliana

ELI-ERI MOURAUiramiri• Floresta

• Fogo

• Espíritos

• Fênix

LORENZO FERNANDEZBatuque

Cássia LimaCatherine Carignan

MARCOS ARAKAKI, regenteCÁSSIA LIMA, flautaCATHERINE CARIGNAN, fagote

17 DE NOVEMBRO

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com a bela Abertura da ópera Maria Tudor de Carlos Gomes e o inspirado Episódio Sinfônico de Francisco Braga, comemorando seus 150 anos.

Já no século XX seremos embalados pelos ritmos cativantes da Brasiliana de Camargo Guarnieri e do célebre Batuque de Lorenzo Fernandez, reservando a experiência de nosso próprio tempo ao Uiramiri de Eli-Eri Moura.

Um programa com sabor bem brasileiro para ser desfrutado com a alegria característica do nosso povo.

Durante a Temporada 2018 tivemos a oportunidade de explorar a música de várias regiões do mundo, viajando no universo dos sons e dos sonhos e nos deleitando com a cultura internacional que nos une. Concluímos nossas expedições musicais aqui mesmo, no Brasil.

Nosso aperitivo vem da intimidade do diálogo entre os dois extremos da família das madeiras, utilizados por Villa-Lobos em sua sexta Bachiana. Seremos transportados ao século XIX

CAROS amigos e amigas,

FABIO MECHETTI

FOTO

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FABIO MECHETTI diretor artístico e

regente titular

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane,

da qual hoje é Regente Emérito. Regente Associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

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4 5

Marcos Arakaki é Regente Associado

da Filarmônica de Minas Gerais e

colabora com a Orquestra desde 2011.

Sua trajetória artística é marcada

por prêmios como o do 1º Concurso

Nacional Eleazar de Carvalho para

Jovens Regentes, promovido pela

Orquestra Petrobras Sinfônica em

2001, e o Prêmio Camargo Guarnieri,

concedido pelo Festival Internacional

de Campos do Jordão em 2009,

ambos como primeiro colocado. Foi

também semifinalista no 3º Concurso

Internacional Eduardo Mata, realizado

na Cidade do México em 2007.

Marcos Arakaki tem dirigido outras

importantes orquestras tanto no Brasil

como no exterior. Estão entre elas as

orquestras sinfônicas Brasileira (OSB),

do Estado de São Paulo (Osesp), do

Teatro Nacional Claudio Santoro, do

Paraná, de Campinas, do Espírito Santo,

da Paraíba, da Universidade de São

Paulo, a Filarmônica de Goiás, Petrobras

Sinfônica, Orquestra Experimental de

Repertório, orquestras de Câmara da

Cidade de Curitiba e da Osesp, Camerata

Fukuda, dentre outras. No exterior, dirigiu

as orquestras Filarmônica de Buenos

Aires, Sinfônica de Xalapa, Filarmônica

da Universidade Autônoma do México,

Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e

a Boshlav Martinu Philharmonic da

República Tcheca.

Arakaki tem acompanhado importantes

artistas do cenário erudito, como

Pinchas Zukerman, Gabriela Montero, Sergio Tiempo,

Anna Vinnitskaya, Sofya Gulyak, Ricardo Castro, Rachel

Barton Pine, Chloë Hanslip, Luíz Filíp, Günter Klauss,

Eddie Daniels, David Gerrier, Yamandu Costa, entre outros.

Por quatro temporadas, Marcos Arakaki foi regente assistente

da Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi regente titular da OSB

Jovem, recebendo grande reconhecimento da crítica e do público

por sua reestruturação, e da Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Natural de São Paulo, Marcos Arakaki é Bacharel em Música

pela Universidade Estadual Paulista, na classe de Violino do

professor Ayrton Pinto; em 2004 concluiu o mestrado em

Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts,

Estados Unidos. Participou do Aspen Music Festival and

School (2005), recebendo orientações de David Zinman na

American Academy of Conducting at Aspen, nos Estados

Unidos. Também esteve em masterclasses com os maestros

Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner.

Nos últimos dez anos, Marcos Arakaki tem contribuído

de forma decisiva para a formação de novas plateias,

por meio de apresentações didáticas, bem como para

a difusão da música de concertos através de turnês a

mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como

coordenador pedagógico, professor e palestrante em diversos

projetos culturais, instituições musicais, universidades e

conservatórios de vários estados brasileiros.

FOTO

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MOT

TA

MARCOS ARAKAKICássia iniciou seus estudos com João

Dias Carrasqueira e concluiu bacharelado

em Flauta pela Universidade Estadual

Paulista, como aluna de Jean-Noel

Saghaard. Participou dos festivais de

Inverno de Campos do Jordão, de Juiz

de Fora e Oficina de Música de Curitiba.

Foi bolsista da Fundação Vitae

na Mannes College of Music, em

Nova York, onde, aluna de Keith

Underwood, concluiu mestrado e

Artist Diploma. Nesse período, integrou

grupos camerísticos e participou de

masterclasses com Michael Parloff,

Elisabeth Rowe, William Bennett,

Jeffrey Khaner e Emmanuel Pahud.

No Brasil, venceu os concursos Jovens Solistas

da Orquestra Experimental de Repertório, Jovens

Talentos, em Piracicaba, e o II Concurso Nacional

Jovens Flautistas. Nos Estados Unidos, venceu a

Mannes Concerto Competition e o Gregory Award.

Bolsista do Tanglewood Music Center, atuou como

camerista e Primeira Flauta da orquestra do festival,

sob regência de James Levine, Kurt Masur, Seiji

Ozawa e Rafael Frühbeck. Integrou o corpo docente da

Universidade de Minnesota e foi flautista da Minnesota

Orchestra, sob regência de Charles Dutoit.

Cássia foi Primeira Flauta da Osesp e também solista.

Integrou o Quinteto de Sopros Kaleidos e participou da

I Oferenda Musical de São Paulo-Festival de Música de

Câmara. É Flauta Principal na Filarmônica desde 2009

e atua no Quinteto de Sopros da Orquestra. Participa de

grupos camerísticos em Belo Horizonte, como o duo com

Miguel Rosselini.

CÁSSIA LIMA

Catherine Carignan nasceu e cresceu na

província de Québec, Canadá. Apaixonou-

se pelo fagote aos doze anos e, aos quinze,

entrou no Conservatoire de Musique

du Québec à Montréal para estudar

com Michel Bettez, Fagote Principal da

Orchestre Métropolitain du Grand Montréal

e do Nouvel Ensemble Moderne.

Trabalhou como convidada em

orquestras canadenses e aperfeiçoou-

se com alguns dos melhores fagotistas

do mundo, na América do Norte e

na Alemanha. Estudou com Nadina

Mackie-Jackson na Glenn Gould School

of the Royal Academy of Music.

Concluiu bacharelado no Conservatoire de Musique du

Québec, com Mathieu Harel, da Orchestre Symphonique

de Montréal, e foi segunda fagotista da Victoria Symphony.

Catherine encomendou e estreou a obra Three Conjoined

Trifles, de Alex Eddington, e estreou a peça Dulcian Patterns,

de Peter Hatch, com o Aventa Ensemble. Mudou-se para

Belo Horizonte em 2008 para integrar a Filarmônica de

Minas Gerais como Fagote Principal.

Dedicada principalmente ao seu trabalho na Filarmônica,

Catherine também atua em grupos de câmara, ministra

palestras e toca em recitais no Brasil e no Uruguai. Foi

professora substituta na Universidade Federal de Minas

Gerais e participou das duas primeiras edições do Encontro

Internacional de Oboístas e Fagotistas de Santa Maria, RS. No

Primeiro Encontro Internacional da Associação Brasileira de

Palhetas Duplas, na Paraíba, estreou a obra Omeomereo da

belo-horizontina Patrícia Bizzotto.

CATHERINE CARIGNAN

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HEITOR VILLA-LOBOSRio de Janeiro, Brasil, 1887 – 1959

Bachianas Brasileiras nº 61938 — 9 minFlauta, fagote.

Editora: Associated Music Publishers

ANTÔNIO CARLOS GOMESCampinas, Brasil, 1836

– Belém, Brasil, 1896

Maria Tudor: Abertura1878 — 6 min

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba,

tímpanos, percussão, cordas.Editora: Ricordi

FRANCISCO BRAGARio de Janeiro, Brasil, 1868 – 1945

Episódio Sinfônico1898 — 7 min

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas,

harpa, cordas.Editora: Academia Brasileira de Música

CAMARGO GUARNIERI Tietê, Brasil, 1907 – São Paulo, Brasil, 1993

Brasiliana1951 — 12 min

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba,

tímpanos, percussão, harpa, cordas.Editora: Osesp

El m 1857, em pleno reinado da ópera italiana, Dom

Pedro II fundou no Rio de Janeiro a Academia Imperial

de Música e Ópera Nacional, instituição onde Carlos

Gomes deu seus primeiros passos no melodrama. Filho

do maestro da banda de música de Campinas, o jovem compositor

viria a ser o primeiro artista brasileiro a adquirir fama internacional

– na Itália de Verdi. Vivendo um momento decisivo da história do

Brasil, entre o Império e a República, Carlos Gomes contemplou

o indianismo romântico (O Guarani), o abolicionismo (O Escravo)

e tornou-se um ídolo popular, orgulho da nação. Depois de uma

sequência de sucessos, a estreia de Maria Tudor no Scala de Milão

marcou o primeiro dos reveses finais na carreira do compositor.

Gomes, entretanto, tinha especial consideração por essa partitura,

cuja Abertura incluía entre suas melhores realizações.

O Segundo Império marcou-se também pela importância dada à

música instrumental: na década de 1880, fundam-se as primeiras

sociedades (clubes) de câmara no Brasil. No Rio, Carlos Mesquita

apresentava os prestigiados Concertos Populares, lançando

novos compositores, como seu aluno Francisco Braga. Órfão e

pobre, Braga foi, aos sete anos, admitido no Asilo dos Meninos

Desvalidos, integrando a banda da instituição como clarinetista.

Laureado, estudou em Paris, na classe de Jules Massenet.

O Episódio Sinfônico, inspirado em poema de Gonçalves Dias,

demonstra sua vocação de compositor prioritariamente orquestral.

Braga manteve-se fiel às normas estéticas românticas do final

do século XIX; entretanto, alguns de seus alunos – durante trinta

anos, ele lecionou no Instituto Nacional de Música – tornaram-se

expoentes do nacionalismo e do modernismo brasileiros, como

Villa-Lobos e Lorenzo Fernandez.

O próprio Francisco Braga regeu a estreia da suíte Reisado

do Pastoreio, em três movimentos, de Lorenzo Fernandez.

O Batuque final causou entusiasmo. É a peça mais conhecida

desse compositor eclético que se dedicou a vários gêneros.

Foi parceiro de Villa-Lobos em muitas atividades musicais e,

se sua carreira não fosse inesperadamente interrompida aos

cinquenta anos (na véspera de sua morte, fora muito aplaudido,

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Catherine Carignan e Cássia Lima

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OUVIR, ASSISTIR E LERpara

Bruno Kiefer – História da Música

Brasileira – Movimento – 1977

Vasco Mariz – História da Música no Brasil

– Nova Fronteira – 2005

VILLA-LOBOS

CD Latin-American Classics: Heitor

Villa-Lobos – Pequena Suíte; Bachianas

Brasileiras nos 2, 5 e 6; Assobia a jato;

Capriccio; Prelúdio; Elégie – Rebecca Rust,

violoncelo; David Apter, piano; Emmanuel

Pahud, flauta; Friedrich Edelmann, fagote –

Marco Polo – 1994

Santiago Clemenz, flauta – Florencia

Fogliati, fagote | Acesse: fil.mg/vlbachianas6

Bruno Kiefer – Villa-Lobos e o Modernismo

na Música Brasileira – Movimento – 1986

CARLOS GOMES

Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto –

Cláudio Cruz, regente | Acesse: fil.mg/gtudor

Lorenzo Mammì – Carlos Gomes –

Coleção Folha Explica – PubliFolha – 2001

BRAGA e FERNANDEZ

CD Episódio Sinfônico – Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas

– Benito Juarez, regente – Francisco Braga, Episódio Sinfônico; Guerra-

Peixe, Tributo a Portinari; Lorenzo Fernandez, Reisado do Pastoreio;

Francisco Mignone, Congada; Fructuoso Viana, Dança de Negros;

Almeida Prado, Amém – Eldorado – 1993

Episódio Sinfônico

Orquestra Simón Bolivar – Roberto Tibiriçá, regente

Acesse: fil.mg/bepisodio

Batuque

Orquestra Sinfônica Brasileira – Roberto Minczuk, regente

Acesse: fil.mg/fbatuque

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor

na UEMG, autor dos livros Músico, doce

músico e O grão perfumado – Mário

de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

ao reger um concerto na Escola Nacional de Música), Lorenzo

Fernandez poderia ter tido destaque semelhante ao do amigo.

A trajetória internacional de Villa-Lobos consolidou-se nos anos

1920, em Paris, metrópole das vanguardas artísticas. Inserindo-se

nessa modernidade, aclamado como o “compositor dos trópicos”,

compõe então a série dos dezesseis Choros, como singular

contribuição brasileira ao panorama musical internacional. De

volta ao Brasil, Villa-Lobos inicia uma fase neoclássica e, entre

1930 e 1945, dedica-se à coleção das Bachianas Brasileiras,

reverenciando, na figura de Bach, a tradição da música ocidental.

Cada uma das nove Bachianas destina-se a um conjunto

instrumental diferente. A de nº 6 – a única de formação camerística

– evoca os chorões cariocas em seu duo de flauta e fagote.

Como Carlos Gomes e Villa-Lobos, Camargo Guarnieri só

consagrou-se em seu país após o reconhecimento internacional.

A partir de 1942, o compositor visitou regularmente os

Estados Unidos; tornou-se amigo de Copland, de Bernstein

e, a convite de Serguei Koussevitzky, regeu a Sinfônica de

Boston. A Brasiliana foi encomendada pela Koussevitzky Music

Foundation. Em três movimentos, a suíte mantém-se fiel à

estética nacionalista de Guarnieri, sob a premissa de que a

verdadeira música brasileira formara-se nos ambientes populares –

indígenas, folclóricos, rurais ou urbanos. Após a primeira

audição mundial em concerto, Brasiliana estreou como balé

no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em abril de 1952.

Eli-Eri Moura, nascido em Campina Grande, leciona Composição

na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Sua obra é vultosa e

premiada em vários festivais brasileiros e internacionais. Compôs

duas óperas, peças para grupos de câmara, coro, orquestra,

utilizando procedimentos da música contemporânea em interação

com elementos de manifestações musicais populares brasileiras.

Dedica-se frequentemente à música incidental para vídeo,

teatro e cinema, quando utiliza uma linguagem mais tradicional.

A peça Uiramiri foi apresentada com grande sucesso em 2009,

na XVIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea.

ELI-ERI MOURA Campina Grande, Brasil, 1963

Uiramiri2008 — 12 min

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote,

4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, celesta, harpa, cordas.

Editoração do compositor

LORENZO FERNANDEZ Rio de Janeiro, Brasil, 1897 – 1948

Batuque1930 — 4 min

2 piccolos, flauta, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 4 trompetes, 3 trombones, tuba,

tímpanos, percussão, piano, cordas.Editora: Casa Ricordi SRL, Milano

Representante: Melos Ediciones Musicales S.A.

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NÓS ACREDITAMOS NO PODER TRANSFORMADOR DA MÚSICA.

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END

E

E agradecemos sinceramente

a todos aqueles que

compartilham esse ideal:

nosso público, amigos da filarmônica e parceiros

da Temporada 2018. A VOCÊS, NOSSO MUITO OBRIGADO.

C A : 0 0 6 3 / 0 0 1 / 2 0 1 7

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Conselho Administrativo

PRESIDENTE EMÉRITO

Jacques Schwartzman

PRESIDENTE

Roberto Mário

Gonçalves Soares Filho

CONSELHEIROS

Angela Gutierrez

Arquimedes Brandão

Berenice Menegale

Bruno Volpini

Celina Szrvinsk

Fernando de Almeida

Ítalo Gaetani

Marco Antônio Pepino

Marco Antônio Soares da

Cunha Castello Branco

Mauricio Freire

Octávio Elísio

Paulo Brant

Sérgio Pena

Diretoria Executiva

DIRETOR PRESIDENTE

Diomar Silveira

DIRETOR ADMINISTRATIVO-

FINANCEIRO

Estêvão Fiuza

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO

Jacqueline Guimarães Ferreira

DIRETORA DE MARKETING

E PROJETOS

Zilka Caribé

DIRETOR DE OPERAÇÕES

Ivar Siewers

Equipe Técnica

GERENTE DE COMUNICAÇÃO

Merrina Godinho Delgado

GERENTE DE

PRODUÇÃO MUSICAL

Claudia da Silva Guimarães

ASSESSORA DE

PROGRAMAÇÃO MUSICAL

Gabriela de Souza

PRODUTOR

Luis Otávio Rezende

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO

Fernando Dornas

Mariana Garcia

Renata Gibson

Renata Romeiro

ANALISTA DE MARKETING

DE RELACIONAMENTO

Mônica Moreira

ANALISTAS DE

MARKETING E PROJETOS

Itamara Kelly

Mariana Theodorica

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Rildo Lopez

AUXILIARES DE PRODUÇÃO

André Barbosa

Jeferson Silva

Equipe Administrativa

GERENTE ADMINISTRATIVO-

FINANCEIRA

Ana Lúcia Carvalho

GERENTE DE

RECURSOS HUMANOS

Quézia Macedo Silva

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS

João Paulo de Oliveira

Paulo Baraldi

ANALISTA CONTÁBIL

Graziela Coelho

SECRETÁRIA EXECUTIVA

Flaviana Mendes

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Cristiane Reis

ASSISTENTE DE

RECURSOS HUMANOS

Vivian Figueiredo

RECEPCIONISTA

Meire Gonçalves

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Pedro Almeida

AUXILIARES DE

SERVIÇOS GERAIS

Ailda Conceição

Rose Mary de Castro

MENSAGEIRO Douglas Conrado

JOVEM APRENDIZ Geovana Benicio

Sala Minas Gerais

GERENTE DE

INFRAESTRUTURA

Renato Bretas

GERENTE DE OPERAÇÕES

Jorge Correia

TÉCNICOS DE ÁUDIO

E DE ILUMINAÇÃO

Diano Carvalho

Rafael Franca

ASSISTENTE OPERACIONAL

Rodrigo Brandão

FORA DE SÉRIE

Brasil novembro 2018

COORDENADORA

DA EDIÇÃO Merrina

Godinho Delgado

EDIÇÃO DE TEXTO

Berenice Menegale

OS — Organização Social — Lei 23.081 / Ago 2018

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti

REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

* PRINCIPAL ** PRINCIPAL ASSOCIADO *** PRINCIPAL ASSISTENTE **** PRINCIPAL ASSISTENTE SUBSTITUTA ***** MUSICISTA CONVIDADO(A)

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

PRIMEIROS VIOLINOS

Anthony Flint – Spalla

Rommel Fernandes – Spalla

associado

Ara Harutyunyan –

Spalla assistente

Ana Paula Schmidt

Ana Zivkovic

Arthur Vieira Terto

Dante Bertolino

Joanna Bello

Luis Andres Moncada

Roberta Arruda

Rodrigo Bustamante

Rodrigo M. Braga

Rodrigo de Oliveira

Wesley Prates

SEGUNDOS VIOLINOS

Frank Haemmer *

Hyu-Kyung Jung ****

Gideôni Loamir

Jovana Trifunovic

Luka Milanovic

Martha de Moura Pacífico

Matheus Braga

Radmila Bocev

Rodolfo Toffolo

Tiago Ellwanger

Valentina Gostilovitch

Laura Von Atzingen *****

Maressa Portilho *****

VIOLAS

João Carlos Ferreira *

Roberto Papi ***

Flávia Motta

Gerry Varona

Gilberto Paganini

Katarzyna Druzd

Luciano Gatelli

Marcelo Nébias

Nathan Medina

VIOLONCELOS

Philip Hansen *

Robson Fonseca ***

Camila Pacífico

Camilla Ribeiro

Eduardo Swerts

Emília Neves

Lina Radovanovic

Lucas Barros

William Neres

CONTRABAIXOS

Nilson Bellotto *

André Geiger ***

Marcelo Cunha

Marcos Lemes

Pablo Guiñez

Rossini Parucci

Walace Mariano

FLAUTAS

Cássia Lima*

Renata Xavier ***

Alexandre Braga

Elena Suchkova

OBOÉS

Alexandre Barros *

Públio Silva ***

Israel Muniz

CLARINETES

Marcus Julius Lander *

Jonatas Bueno ***

Ney Franco

Alexandre Silva

FAGOTES

Catherine Carignan *

Victor Morais***

Andrew Huntriss

Francisco Silva

TROMPAS

Alma Maria Liebrecht *

Evgueni Gerassimov ***

Gustavo Garcia Trindade

José Francisco dos Santos

Lucas Filho

Fabio Ogata

TROMPETES

Marlon Humphreys *

Érico Fonseca **

Daniel Leal ***

Tássio Furtado

TROMBONES

Mark John Mulley *

Diego Ribeiro **

Wagner Mayer ***

Renato Lisboa

TUBAS

Eleilton Cruz *

Rafael Mendes *****

TÍMPANOS

Patricio Hernández Pradenas *

PERCUSSÃO

Rafael Alberto *

Daniel Lemos ***

Sérgio Aluotto

Werner Silveira

HARPA

Clémence Boinot *

TECLADOS

Ayumi Shigeta *

GERENTE

Jussan Fernandes

INSPETORA

Karolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO

Risbleiz Aguiar

ARQUIVISTA

Ana Lúcia Kobayashi

ASSISTENTES

Claudio Starlino

Jônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEM

Rodrigo Castro

MONTADORES

Hélio Sardinha

Klênio Carvalho

Instituto Cultural Filarmônica

GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Fernando Damata Pimentel

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Antônio Andrade

OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DE CULTURA DE MINAS GERAIS

João Batista Miguel

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NO CONCERTO...

RUA PIUM-Í, 229 - CRUZEIRO RUA JUIZ DE FORA, 1.257 - SANTO AGOSTINHO

Nos dias de concerto, apresente seu

ingresso em um dos restaurantes

parceiros e obtenha descontos especiais.

AGENDA

Seja pontual.Cuide da Sala Minas Gerais.

Desligue o celular (som e luz).

Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.

Traga seu ingresso ou cartão de assinante. Não coma ou beba.

Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.

Faça silêncio e evite tossir.

novembro / 2018

DIA 4, 11h — JUVENTUDETchaikovsky / Villa-Lobos / Dvorák /

Vieira / Chávez / Ravel

DIAS 8 E 9, 20h30 — ALLEGRO E VIVACERossini

DIAS 13 E 14, 20h30 — FILARMÔNICA E CIRQUE DE LA SYMPHONIE

DIA 17, 18h — FORA DE SÉRIE / BRASILVilla-Lobos / Gomes / Braga / Guarnieri /

E. Moura / Fernandez

DIAS 22 E 23, 20h30 — PRESTO E VELOCEBrahms / Glazunov / Tchaikovsky

DIA 25, 11h — JUVENTUDEElgar / J. Strauss Jr. / Bizet / Dvorák / Gomes /

Mascagni / Rossini

DIAS 29 E 30, 20h30 — ALLEGRO E VIVACEDebussy / Macmillan / Mussorgsky

Se puder, devolva seu programa de concerto.

Evite trazer crianças menores de 8 anos.

A TEMPORADA 2019 ESTÁ CHEGANDO

FOTO: RAFAEL MOTTA

RenovaçãoDe 8 a 20 de novembro

TrocaDe 21 a 30 de novembro

Novas assinaturasDe 3 de dezembro de 2018 a 26 de janeiro de 2019

Pela internet:filarmonica.art.br/assinaturas

Na bilheteria da Sala Minas GeraisDe terça a sexta, das 12h às 20hSábado, das 12h às 18h

Em dias de concerto:Quintas e sextas, das 12h às 22hSábados, das 12h às 21hDomingos, das 9h às 13h

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