templo ecumênico

1
Templo ecumênico O templo do amor e seu eterno e humano tempo de amar. Culto de sentimentos e sacrifícios feito em altares humanos. Insaciável vontade de se dar, possuindo ao ente querido. Amor crepusculário ou amor de auroras matinais. De homens semideuses ou meros homo economicus. O amor demônio, possessivo e doentio, o amor erótico e encantador, cheio de arranhões e lembranças quentes. O amor ideal, utópico e platônico, o pior de todos,eis ai a armadilha do amor ideal,acorrentado as ideologias,escravo do ego aristocrático que pretende ser rei entre todas as formas de amar. O amor de Romeu sucinto e réquiem. O amor de Orpheu pleno de lembranças e de brumas do passado. O amor de Da Vinci exato e geométrico, que sorri disfarçado, no cio dos colecionadores. O amor Dalila que cega as almas mais patrióticas. O amor canção que ecoa poesia brasileira: djavamor ou caetanamar. Sim cores e ritmo, pulso e samba, acordes que acordam a concórdia bamba. O templo museu de amores ouvidos, hieroglifados ou partiturarizados mesmo assim amores e canções de seus vassalos, compositores, deuses com d minúsculo, homens de almas divinizadas e o corpo a matéria cadente:canonizando o amor,tão cantado e poetizado. (ANTONIO TEIXEIRA BATISTA)

Upload: antonio-teixeira

Post on 26-Nov-2015

16 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • Templo ecumnico

    O templo do amor e seu eterno e humano tempo de amar.

    Culto de sentimentos e sacrifcios feito em altares humanos.

    Insacivel vontade de se dar, possuindo ao ente querido.

    Amor crepusculrio ou amor de auroras matinais.

    De homens semideuses ou meros homo economicus. O amor demnio, possessivo e doentio, o

    amor ertico e encantador, cheio de arranhes e lembranas quentes.

    O amor ideal, utpico e platnico, o pior de todos,eis ai a armadilha do amor ideal,acorrentado

    as ideologias,escravo do ego aristocrtico que pretende ser rei entre todas as formas de amar.

    O amor de Romeu sucinto e rquiem. O amor de Orpheu pleno de lembranas e de brumas do

    passado.

    O amor de Da Vinci exato e geomtrico, que sorri disfarado, no cio dos colecionadores.

    O amor Dalila que cega as almas mais patriticas.

    O amor cano que ecoa poesia brasileira: djavamor ou caetanamar.

    Sim cores e ritmo, pulso e samba, acordes que acordam a concrdia bamba.

    O templo museu de amores ouvidos, hieroglifados ou partiturarizados mesmo assim amores e

    canes de seus vassalos, compositores, deuses com d minsculo, homens de almas

    divinizadas e o corpo a matria cadente:canonizando o amor,to cantado e poetizado.

    (ANTONIO TEIXEIRA BATISTA)