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TEMPERATURA E TERMORREGULAÇÃOTERMORREGULAÇÃO ENDOTÉRMICA
Animais endotermos� Geram seu próprio calor – produção metabólica
� Possuem condutividade térmica baixa (isolamento alto)
� Endotermia – Alto custo metabólico: TM 5 a 6X maior que a dos ectotermos
VANTAGENS DA ENDOTERMIA
Temperatura interna constante:Temperatura interna constante:
Coordenação química máxima entre as reações interativas catalizadas por enzimas
Temperatura interna elevada:
Respostas mais rápidas das células para atender as necessidades do organismo
SNC mais + rápido – aumenta o nível de processamento da informação = vantagem competitiva
TNZ : Zona Termoneutra
T2 T3T2: temperatura crítica superior
T3: temperatura crítica inferior
T2 T3TNZ
T1: temperatura letal inferior
T4: temperatura letal superior
Animais utilizam
mudanças posturais,
variação na
condutância e
alterações na
circulação periférica
para manutenção da
NORMOTERMIA
Variação na condutância e
alterações na circulação periférica
pêlo e gordura = isolantes térmicos
Pêlo: está fora da pele e da circulação - propriedades de isolamento podem ser alteradas rapidamente – controle pilomotor (SNA)ser alteradas rapidamente – controle pilomotor (SNA)
Gordura: localizada sob a pele e suprida por vasos sanguíneos- propriedades de isolamento podem ser alteradas por alterações na circulação periférica – controle vasomotor (SNA)
O pêlo perde seu
valor isolante na
água
Temperaturas críticas inferiores (T2) para aves e mamíferos
Tropicais
T2 < em endotermos do Ártico
Nestes animais o aumento da TM é menor (reta mais inclinada)
Termogênese1) Termogênese com tremor – TIRITANTE
� S.N. ativa unidades motoras de grupos esqueléticos antagônicos
� Estas contrações musculares não produzem nenhum trabalho físico, mas a energia liberada durante as contrações é transformada em calor
2) Termogênese sem tremor – NÃO TIRITANTE
Sistemas enzimáticos do metabolismo de gordura são ativados ao � Sistemas enzimáticos do metabolismo de gordura são ativados ao longo de todo o corpo, de modo que gorduras são degradadas e oxidadas para a produção de calor
� Corpo adiposo marrom – encontrado apenas em certos mamíferos• extensamente vascularizado, com grande quantidade de mitocôndrias• termogênese ativada pelo SNAS (céls com Β-adrenoceptores)• termogenina (ptn especial encontrada na membrana mitocondrial
interna da gordura marrom) – movimento de H+ desacoplado da fosforilação do ATP
• especialmente importante para mamíferos que hibernam
� A gordura é armazenada em pequena gotas nos adipócitos
� O tecido é altamente vascularizado
� Os adipócitos têm alta densidade de mitocôndrias com cristas desenvolvidas
� As mitocôndrias têm um canal iônico especializado na geração de calor
� TERMOGENINA
(a) Um morcego com destaque para a gordura marrom (em vermelho) e a temperatura em diferentes regiões; (b) termograma da superfície dorsal do morcego durante a saída do torpor: quanto maior a temperatura maior a intensidade de radiação infra vermelha emitida pela pele e mais clara a imagem.
UCP = termogenina : Permite o movimento de H+ desacoplado da fosforilação do ATP
Energia do fluxo de H+ gera CALOR
Termorregulação em mamíferos marinhos
A temperatura da superfície da pele de focas
no ar e na água
O isolamento proporcionado
pela camada de gordura
pode ser evitado quando a
necessidade de dissipação
de calor aumenta.
Já a pelagem está
localizada na superfície da
pele e seu valor de
isolamento não pode ser
drasticamente alterado por
um desvio na circulação.
Nas nadadeiras do golfinho cada artéria é circundada por várias veias. Esta disposição permite que o sangue venoso seja aquecido pela transferência de calor do sangue arterial, antes de penetrar novamente no resto do corpo.
sangue aquecido
Obs: sangue venoso retorna aquecido para dentro do corpo graças ao calor “roubado” do sangue arterial
E quando o golfinho está super aquecido e precisa perder calor�
Ocorre vasodilatação arterial: o sangue retorna por veias
superficiais
sangue aquecido
Dilatação da artéria – veias são comprimidas e o
sangue tem que retornar por vasos mais superficiais
ENDOTERMOS NO CALOR
ENDOTERMOS NO CALOR
Rato Canguru
(Dypodomis merriami)
Dromedário (Camelus dromedaruis)
Para um mamífero manter uma temperatura corpórea constante, sob condições desérticas quentes, a água deve evaporar em proporção à carga de calor ganha.
A carga de calor e, conseqüentemente, a evaporação para a perda de calor aumentam muito mais rapidamente em um animal pequeno.
Quando o
camelo é
privado de
água, a
flutuação
diária de
temperatura
pode chegar a
7oC.
A flutuação
diária de
temperatura
em um camelo
hidratado é
cerca de 2oC.
A alteração na temperatura corpórea do camelo privado de água afeta, em maior escala, o ganho de calor do meio e conseqüentemente
a quantidade de água para a regulação térmica por resfriamento evaporativo.
As estratégias conservadoras de água do rato canguru são características de muitos
animais do deserto
JANELAS TÉRMICAS Para regular a perda de calor através
da regulação do fluxo sangüíneo
Ex: orelhas membranosas e delgadas
dos elefantes
ESQUILO DO SOLO UTILIZA SUA CAUDA COMO UM GUARDA SOL.
A cauda ereta faz sombra sobre
a superfície dorsal do animal.
A cauda curvada sobre as costas
do esquilo em posição horizontal
faz sombra em sua cabeça e em
seu corpo..
ENDOTERMOS NO FRIO
HIPOTERMIA
Estado fisiológico dos endotermos
no qual a temperatura corpórea é
reduzida
TIPOS DE HIPOTERMIA:
1) TORPOR – hipotermia de curta duração (menos de 24h) seguida por um despertar natural, geralmente associado a ciclos circadianos. No torpor ocorre depressão metabólica leve e falta de circadianos. No torpor ocorre depressão metabólica leve e falta de respostas motoras.
2) HIBERNAÇÃO – Inatividade invernal induzida por baixas temperaturas ambientais e acompanhada de depressão metabólica intensa de grande redução da temperatura corpórea.
3) DORMÊNCIA – Inatividade associada à diminuição da temperatura ambiental. Não corre redução substancial da temperatura corpórea.
CICLO DE TORPOR / HIBERNAÇÃO NOS ENDOTERMOS
1) ENTRADASupressão do aumento da taxa metabólica devido à queda da temperaturaDiminuição da temperatura corpórea até novo patamar
2) TORPOR / HIBERNAÇÃOManutenção da temperatura corpórea no novo patamar
3) DESPERTARAumento da produção de adrenalina e/ou estimulação nervosaAumento da atividade metabólica (nos mamíferos pequenos – gordura marrom)Aquecimento dos tecidos, principalmente coraçãoTermogênese tiritanteRestabelecimento da normotermia
HIBERNAÇÃO
Ex: Esquilo do solo(Citellus lateralis)
Verão
Inverno
URSOS : SONO DE INVERNO
� Não há queda substancial da temperaturatemperatura
� São capazes de despertar e entrar em atividade rapidamente