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CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Tema 5 Auditoria Projeto Pós-graduação Disciplina Controle, Avaliação e Auditoria em Saúde Tema Auditoria Professor Elaine Grácia de Quadros Nascimento Introdução Neste módulo abordaremos o processo de auditoria dos serviços de saúde. E para que isso ocorra, precisaremos compreender todos os seus passos. Discutiremos sobre as ações da auditoria, resgatando alguns conceitos e formas e veremos também, quais instrumentos são utilizados para uma auditoria mais eficiente. Outro tema importante a ser abordado é a história da auditoria dentro do Sistema Único de Saúde, vamos conhecer sua trajetória dentro do sistema público de saúde brasileiro. Se pensarmos em um conceito de auditoria veremos que é uma ferramenta utilizada em grande escala pela gestão, com a finalidade de realizar diagnóstico da situação da saúde, em situações dentro do sistema de saúde para uma melhor qualidade da assistência, garantindo a atenção merecida. Acesse o vídeo da professora Elaine, em que ela apresenta o conteúdo e os objetivos de estudo deste tema. (Material disponível on-line) Problematização Ao falarmos em auditoria, deve-se ter bem claro o quão importante é seu papel, quando fornece informações ao gestor para se realizar um controle efetivo, o que contribui para o planejamento e a qualidade das ações em saúde.

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Tema 5 – Auditoria

Projeto Pós-graduação

Disciplina Controle, Avaliação e Auditoria em Saúde

Tema Auditoria

Professor Elaine Grácia de Quadros Nascimento

Introdução

Neste módulo abordaremos o processo de auditoria dos serviços de

saúde. E para que isso ocorra, precisaremos compreender todos os seus passos.

Discutiremos sobre as ações da auditoria, resgatando alguns conceitos e

formas e veremos também, quais instrumentos são utilizados para uma auditoria

mais eficiente.

Outro tema importante a ser abordado é a história da auditoria dentro do

Sistema Único de Saúde, vamos conhecer sua trajetória dentro do sistema

público de saúde brasileiro.

Se pensarmos em um conceito de auditoria veremos que é uma

ferramenta utilizada em grande escala pela gestão, com a finalidade de realizar

diagnóstico da situação da saúde, em situações dentro do sistema de saúde para

uma melhor qualidade da assistência, garantindo a atenção merecida.

Acesse o vídeo da professora Elaine, em que ela apresenta o conteúdo e

os objetivos de estudo deste tema.

(Material disponível on-line)

Problematização

Ao falarmos em auditoria, deve-se ter bem claro o quão importante é seu

papel, quando fornece informações ao gestor para se realizar um controle

efetivo, o que contribui para o planejamento e a qualidade das ações em saúde.

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Acompanhe no vídeo no material on-line uma história que ilustra a

importância do seu papel na saúde. Ao final, você deverá julgar qual é a melhor

alternativa de resolução para o problema proposto, por isso, esteja muito atento!

(Disponível no material on-line)

O Processo da Auditoria

Para entendermos melhor o processo de auditoria, devemos iniciá-lo,

citando sua história no SUS, onde sempre existiu, porém com outra conotação.

Na época do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência

Social (INAMPS), as ações de controle e avaliação tiveram seu papel mais

estruturado, com a criação da Secretaria de Controle e Avaliação, onde o

controle era feito, principalmente, sobre os gastos na assistência médica dos

segurados.

Leia mais sobre a história do INAMPS, acessando os links a seguir:

http://sistemaunicodesaude.weebly.com/histoacuteria.html

http://dgx64hep82pj8.cloudfront.net/PAT/Upload/170052/mimeo-23p.pdf

Para melhorar o controle e a auditoria dos serviços e procedimentos

realizados, foram criados alguns formulários, como: Autorização de Internação

Hospitalar (AIH), que servia para alimentar o Sistema de

Informações Hospitalares e a Autorização para Procedimentos de Alta

Complexidade (APAC) que servia de retroalimentação do Sistema de

Informação Ambulatorial (SIA).

Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, ficou previsto no

Art. 197 que:

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“São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo

ao poder público dispor, nos termos da Lei, sobre sua regulamentação,

fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou

através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito

privado”. (BRASIL, 1988).

Já a Lei Orgânica nº 8.080 de 1990, em seu artigo 15 definiu que são

atribuições comuns da União, estados, Distrito Federal e municípios a “definição

das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e fiscalização das

ações e serviços de saúde”.

A mesma Lei definiu também em seu Art. 16 que fica de competência do

Gestor Federal: “estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a

avaliação técnica financeira do SUS, em todo território nacional, em

cooperação técnica com os estados, municípios e Distrito Federal”

(BRASIL, 1990).

Este mesmo artigo prevê ainda que é de competência da direção nacional

do SUS: “elaborar normas para regular as relações entre o SUS e os serviços

privados contratados de assistência à saúde” (BRASIL, 1990).

Todo o controle e avaliação ainda eram fiscalizados pelo INAMPS.

Porém, em 1993 a entidade foi extinta, e em seu lugar foi criado o Sistema

Nacional de Auditoria (SNA). Esse sistema foi regulamentado em 1995 com o

Decreto nº 1.651, e ficou compreendido nas três esferas de governo do SUS. As

atividades sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito dos SUS seriam:

Controle: controle da execução, para verificar a regularidade dos padrões

estabelecidos ou detectar situações que exijam maior aprofundamento.

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Avaliação: avaliação da estrutura, dos processos e dos resultados, para

aferir a adequação aos critérios de eficiência, eficácia e efetividade.

Auditoria: auditoria da regularidade dos procedimentos praticados.

O período entre 1993 a 2000 marca o início das atividades do Sistema

Nacional de Auditoria, ao orientar as diretrizes a serem seguidas para as ações

de controle, avaliação e auditoria.

O Sistema Nacional de Auditoria teria como atribuições controlar a

execução das ações de acordo com os padrões previamente estabelecidos;

controlar as ações e serviços de saúde sob sua gestão; avaliar a qualidade

das ações de saúde; verificar as estruturas, os processos e os resultados;

e realizar a auditoria tanto analítica quanto operacional dos serviços de

saúde privados e públicos que mantenham contrato ou convênio com o

SUS.

Saiba mais sobre o Sistema Nacional de Auditoria, acessando o link a

seguir:

http://sna.saude.gov.br/

Em 2000 foi criado a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),

vinculada ao Ministério da Saúde, atuando em todo o território nacional. Este

seria o órgão responsável pela regulação, normatização, controle e fiscalização

das ações de saúde da assistência suplementar à saúde (BRASIL, 2000). A partir

desse momento, os planos de saúde privados passariam a ter o controle e

fiscalização de um órgão único, isto tudo para garantir a integralidade da

assistência com qualidade.

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Em 2003 foi criado o Departamento de Regulação, Avaliação e

Controle de Sistemas (DRAC) que tem como objetivo geral coordenar e

implementar a Política Nacional de Regulação, Controle e Avaliação. O

DRAC foi constituído pelo Decreto 4.726 de 09/06/2003.

Para maiores detalhes sobre essa legislação indico a leitura do link:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/regimentos_internos_organog

ramas_ministerio_saude.pdf

Em 2006, com o Pacto de Gestão, os gestores do SUS assumem o

compromisso público da construção do pacto pela saúde e alguns conceitos

foram definidos como a regionalização, financiamento, planejamento, regulação,

participação da comunidade e controle social.

No Pacto de Gestão ficam definidas as ações e seus respectivos

incentivos financeiros. Lembrando sempre quais deverão ser norteadas

partindo das ações básicas, visualizando as necessidades de saúde a partir da

atenção primária. É importante analisar a necessidade para a aquisição de

serviços de saúde e procedimentos. Para tal, deve-se realizar o diagnóstico em

saúde da população e o Pacto de Gestão irá nortear os gestores sobre quais

procedimentos tomar.

Se quiser saber mais sobre o Pacto pela Saúde de 2006, acesse o link a

seguir: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-399.htm

Somente no ano de 2011 a Lei nº 8.080 foi regulamentada, e esta ocorreu

através do Decreto 7.508. E para mais detalhes sobre o Decreto acesse o link a

seguir:

http://www.youtube.com/watch?v=zKKko8FobA8

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Este decreto dispõe sobre a organização do SUS, o planejamento da

saúde e a assistência à saúde, e ainda traz informações sobre o Contrato

Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP).

O COAP é um acordo de colaboração que foi firmado entre os gestores

com o objetivo de organizar e integrar as ações e os serviços de saúde na

Região, garantindo com isso, a integralidade da Assistência à Saúde da

população.

Para um aprofundamento sobre o COAP e poder visualizar os contratos

por Região de Saúde, acesse:

http://www.saude.ce.gov.br/index.php/decreto-fundes-fundos-municipais

A base legal da auditoria no SUS:

Essas são algumas leis que regem a auditoria do SUS:

Lei nº 8.080/1990

Lei nº 8.689/1993

Decreto nº 1.651/1995

Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde - NOB 96

E manuais técnicos disponíveis no DATASUS (Departamento de

Informática do SUS) como: manual do CNES, SIA, SIH entre outros.

Temos como conceito do DENASUS - Departamento Nacional de

Auditoria do SUS, que a auditoria seria: “uma ferramenta de gestão para

diagnóstico de situações dentro do sistema de saúde, com vistas ao seu

aperfeiçoamento, no sentido de melhoria no atendimento ao cidadão”.

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O Sistema Nacional de Auditoria tem como missão exercer ações de

auditoria no SUS, pensando na qualidade da atenção à saúde e atua nas esferas

Federal, Estadual e Municipal, e de acordo com o Decreto nº 1.651 de 28/09/95

possui as seguintes competências:

Plano Federal Plano Estadual Plano Municipal

Auditar a regularidade dos

procedimentos no âmbito

do SUS.

Verificar a aplicação

dos recursos

estaduais repassados

para o município, em

conformidade com a

legislação específica.

Verificar as ações e

serviços estabelecidos no

Plano Municipal de

Saúde.

Verificar a adequação, a

resolubilidade e a

qualidade dos

procedimentos e serviços

de saúde disponibilizados

para a população.

Verificar as ações e

serviços previstos no

Plano Estadual de

Saúde.

Verificar os serviços de

saúde sob sua gestão,

contratados ou

conveniados.

Estabelecer diretrizes,

normas e procedimentos

para a sistematização,

padronização das ações de

auditoria no SUS.

Verificar os serviços

de saúde sob sua

gestão sejam públicos

ou privados,

contratados ou

conveniados.

Verificar as ações e

serviços desenvolvidos

por consórcio

intermunicipal ao qual o

município esteja

associado.

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Promover o

desenvolvimento, a

interação e a integração

das ações e procedimentos

de auditoria entre os três

níveis de gestão do SUS.

Verificar os sistemas

municipais de saúde e

os consórcios

intermunicipais de

saúde.

Promover cooperação

técnica com vistas à

integração das ações dos

órgãos que compõem o

SNA com os órgãos

integrantes dos sistemas

de controle interno e

externo.

Verificar as ações,

métodos e

instrumentos

implementados pelos

órgãos municipais de

auditoria.

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Emitir parecer conclusivo e

relatórios gerenciais para

instruir processos de

ressarcimento ao Fundo

Nacional de Saúde de

valores apurados nas

ações de auditoria e

informar à autoridade

superior sobre resultados

obtidos por meio das

atividades de auditoria

desenvolvidas pelos

órgãos integrantes do SNA.

Orientar, coordenar e

supervisionar, técnica e

administrativamente, a

execução das atividades de

auditoria realizadas pelos

núcleos estaduais;

viabilizar e coordenar a

realização de estudos e

pesquisas visando a

produção do conhecimento

no campo da auditoria no

SUS.

Fonte: Decreto Federal n. 1.651 de 28/09/1995, Decreto Federal n. 5.841 de

13/07/2006 e Brasil 2006.

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As ações da auditoria são inúmeras, podendo atuar em qualquer

estabelecimento de saúde que tenha vínculo com o SUS e devem acompanhar

os sistemas descentralizados da gestão, de forma a garantir o cumprimento

dos princípios norteadores do SUS, principalmente, o princípio da

integralidade da atenção à saúde.

Temos como objetivos da auditoria, a fiscalização tanto do SUS

quanto dos Convênios, verificação de conformidades de acordo com os

padrões que foram estabelecidos, avaliação da qualidade da assistência e

dos procedimentos realizados.

Para atingir esses objetivos são utilizados diversos instrumentos de

auditoria que servem para medir, comparar, verificar ou confirmar se as ações

estão acontecendo, como e quanto está sendo realizado.

Temos como instrumentos de auditoria os seguintes:

Contas hospitalares e ambulatoriais

Nas contas são descritos todos os procedimentos que foram realizados, o

diagnóstico do usuário, qual profissional que realizou os procedimentos

cobrados.

Prontuários

No prontuário deve estar descrito exatamente o que está sendo

apresentado na conta hospitalar ou ambulatorial. Ele não pode ser diferente

do que está sendo cobrado. Deve ter as descrições de todos os

procedimentos realizados e da evolução médica e de todos os outros

profissionais que atenderam o usuário.

Contratos e convênios

Cada estabelecimento de saúde que realiza uma parceria com o SUS deve

ter definido um contrato ou convênio onde deve constar o objeto do contrato,

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as metas que devem ser seguidas, valor financeiro que será repassado entre

outras informações.

Legislações

Toda ação do Gestor terá que estar sempre embasada em legislações

Federais, Estaduais ou Municipais.

Protocolos

Os protocolos servem para organizar as ações e fazer com que o paciente

não se perca dentro da rede de atenção à saúde.

Sistemas de informação

Os sistemas de informação servem para direcionar as ações, verificar

conformidades, confirmar informações, entre outras ações.

Tabelas

As tabelas podem ser de medicamentos, preços e valores para a saúde

suplementar.

Tipos de Auditoria

Auditoria Preventiva – ocorre a auditoria dos procedimentos antes que

eles aconteçam, pode ser chamada também de pré-auditoria, nela são

autorizados procedimentos de alto custo (APAC), internamentos (AIH), alteração

de procedimentos, etc.

Auditoria Analítica – é a parte da auditoria que faz o levantamento de

dados, verificação de documentos e comparação com o que foi apresentado e o

realizado. Faz-se análise de relatórios de internamento, SADT, indicadores.

Auditoria Operativa – é a parte da auditoria que verifica os

procedimentos durante e após a realização destes. Neste momento se avalia a

qualidade das ações de saúde, verificam-se contas hospitalares e ambulatórias.

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Para conhecer mais sobre os tipos de auditoria, assista ao vídeo com a

explicação da professora, disponível no material on-line.

Técnicas de Auditoria

A auditoria quando pensada, elaborada e inserida dentro do planejamento

anual, pode ser chamada de auditoria regular ou ordinária. Porém, se não for

planejada, chamamos de especial, que é aquela ação não prevista e que servirá

para apurar uma denúncia ou para atender alguma demanda específica. Nas

ações de auditoria planejadas ou especiais temos as auditorias do Sistema de

Informação Ambulatorial e do Sistema de Informação Hospitalar.

Para realizar estas auditorias temos as técnicas:

Exame de documentação: verificação dos documentos para a

comprovação das ações, que podem ser prontuários, AIH, APAC, CNES.

Entrevista: caso seja necessário algum questionamento que não ficou

esclarecido com a documentação apresentada. Inspeção/exame

físico: constatação da existência do problema ou procedimento médico,

de equipamentos, etc.

Saiba mais sobre as técnicas de auditoria, assistindo ao vídeo que está

disponível no material on-line.

A auditoria tem um papel fundamental como instrumento de gestão

do SUS, em conjunto com o planejamento das ações, a regulação em

saúde, o controle e a avaliação. Todos exercendo sua função no planejamento

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e organização das ações e serviços de saúde de acordo com o diagnóstico da

população.

Saiba mais sobre a importância da auditoria, lendo o artigo a seguir:

http://www.sefaz.ba.gov.br/scripts/ucs/externos/monografias/monografia

_enock_ilbanez_tome.pdf

Um dos objetivos principais seria propiciar informações importantes para

o controle em saúde e a organização do sistema. Com este conhecimento, temos

uma melhor avaliação e se for necessário, a reorganização do planejamento em

saúde.

Auditoria nas ações e serviços no SUS

Neste momento a auditoria nas ações e serviços tem seu papel bem

definido, pois deve prever e verificar a capacidade instalada e o quantitativo

de serviços prestados.

A auditoria também teria o papel de avaliar as conformidades das

estruturas das unidades que prestam serviço.

Descubra mais sobre o Sistema de Auditoria do SUS, acessando o link a

seguir:

http://arca.icict.fiocruz.br/bitstream/icict/4379/2/285.pdf

A situação do CNES é importante para a auditoria, pois as informações

que estão neste sistema é que serão cobradas e verificadas no momento da

auditoria in loco.

Conheça mais sobre o CNES, acessando o link a seguir:

http://cnes.datasus.gov.br/

Concluindo o processo de auditoria, conseguimos compreender que este

momento é de extrema importância, pois é aqui que analisamos o

estabelecimento como um todo, visualizamos desde sua estrutura física, a

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capacidade de produzir, o processo de produção e que recursos foram

utilizados para isso. Com todos esses dados podemos verificar qual foi a

efetividade das ações e que impacto que ocorreu na saúde da população.

Revendo a Problematização

Assista novamente ao vídeo de problematização no material on-line e

escolha uma das seguintes alternativas.

De acordo com o que foi visto nesta situação problema devemos nos

perguntar se:

1. Há integralidade da assistência quando A UMS garante todo o

atendimento e define uma linha de cuidados. Ela ocorre quando o

profissional local consegue realizar um exame complementar de média

complexidade no usuário.

2. A UMS deve abrir mais cedo, e com isso, evitar o agravamento do

quadro de saúde usuário. Isso resolveria o problema relacionado à

descontinuidade de tratamento.

3. A UMS deve ter uma rede de atenção à saúde adequada e ser capaz

de priorizar o atendimento. E que, em uma detecção de um

agravamento do quadro do usuário, o serviço tenha uma linha de

cuidados que garanta seu encaminhamento.

Possíveis soluções:

1. Errada. O processo de auditoria inspecionará tanto a qualidade das

ações e procedimentos quanto a quantidade realizada. Avaliará a

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capacidade instalada do estabelecimento, se a mesma condiz com o

que foi pactuado. Avaliará para isso, o número de profissionais para

determinado procedimento, estrutura física, para descobrir as

condições em que são realizados os procedimentos, quais

equipamentos tem o estabelecimento, entre outros.

2. Errada. A auditoria se divide não só em preventiva e operativa, ela se

divide em tipos: preventiva, audita os processos antes que aconteçam

e operativa que verifica os procedimentos durante e após os mesmos

terem acontecido e também a AUDITORIA ANALÍTICA, que faz o

levantamento de dados, verificação de documentos e comparação com

o que foi apresentado e o realizado.

3. Esta afirmativa está correta e completa, pois precisamos destas ações

descritas para atingir um objetivo mais amplo. Para verificar o ocorrido

no hospital “Z”, a equipe de auditoria deveria mesmo fazer a utilização

das técnicas de auditoria onde faz a avaliação da capacidade instalada

e o quantitativo de procedimentos realizados e contratados previsto no

convênio, assim como, a situação do CNES e o contrato de gestão e

metas, entre outros procedimentos. Se pensarmos no Hospital “Z”,

devemos lembrar que o mesmo negou um atendimento que era

contratado, por isso a necessidade de se realizar uma auditoria com o

maior número de instrumentos possíveis para embasar um possível

corte em algum repasse por descumprimento de contrato ou uma

revisão de metas.

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Síntese

Este tema é de relevância no processo de regulação em saúde. Faz-nos

compreender e conhecer toda a história da auditoria no SUS, onde percebemos

que efetivamente demorou a acontecer de fato. Vimos que no período que

antecede o INAMPS, o foco da auditoria era muito limitado, visava apenas o

gasto em saúde e não a qualidade com que as ações aconteciam.

Compreendemos que o papel principal da auditoria é fornecer

informações ao gestor para se realizar um controle efetivo, contribuindo no

planejamento e na qualidade das ações em saúde.

Vimos quais formas podemos utilizar para a auditoria de um

estabelecimento de saúde: a DIRETA, INTEGRADA e COMPARTILHADA.

Aprendemos também que os tipos de auditoria são: PREVENTIVA,

ANALÍTICA e OPERATIVA e que são utilizados diversos instrumentos para

atingir o objetivo mais amplamente.

Assista ao vídeo que está no material on-line, para acompanhar um resumo do

que foi visto.

Referências

CONASS. O Sistema Único de Saúde e a Qualificação do Acesso.

Brasília, 2009.

CONASS. Regulação em Saúde. Coleção Progestores/Para Entender a

Gestão do SUS. Brasília, 2007.

Ministério da Saúde. Auditoria do SUS – Orientações Básicas.

BRASILIA, 2011.

BRASIL. Departamento Nacional de Auditoria do SUS DENASUS.

Orientações sobre Aplicação de Recursos Financeiros do SUS. Brasília,

2011.

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BRASIL, Ministério da Saúde. Lei nº 8.080 de 1990.

BRASIL, Ministério da Saúde. Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011.

Atividades

1. A auditoria dos serviços de saúde e das ações pode ser feita por meio

de análise e coleta de dados nos diversos relatórios produzidos pelo

gestor, e que estão disponíveis nos bancos de dados do DATASUS, por

exemplo. Ao auditarmos, confrontamos a análise de relatórios com os

resultados das ações realizadas. É feita também a verificação dos

processos, fluxos de coleta de dados e geração de relatórios. E todas

as informações são comprovadas e validadas por meio de ações

operativas. Dentro do que foi visto, quais os tipos de atuação da

auditoria?

a. O primeiro tipo seria uma auditoria preventiva que ocorreria antes dos

fatos acontecerem, ou seja, é uma análise de solicitação de AIH, APAC,

entre outros. O segundo tipo seria a analítica onde se faz análise de

relatórios de internamento, SADT, indicadores. O terceiro tipo é a auditoria

operativa que verifica os procedimentos durante e após a realização

destes.

b. O primeiro tipo seria uma auditoria preventiva que ocorreria antes dos

fatos acontecerem, ou seja, é uma análise de solicitação de AIH, APAC,

entre outros e o segundo tipo é auditoria operativa, a que verifica os

procedimentos durante e após a realização destes.

c. Existe o tipo de auditoria chamada de inicial, com a análise dos laudos

nos sistemas informatizados e a realização dos procedimentos durante

esta análise pelo auditor. Logo após, vem a auditoria de constatação de

fatos, para verificar se o procedimento foi realizado.

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d. Auditoria de contas, onde há a verificação de prontuários e da fatura para

ver se o procedimento foi executado, mesmo que não tenha sido liberado

pelo gestor.

2. A auditoria é uma ferramenta de gestão com a finalidade de realizar

diagnóstico da situação da saúde da população, visando uma melhor

qualidade da assistência aos usuários, garantindo a integralidade da

atenção à saúde. Diante deste conceito é correto afirmar que:

a. A auditoria fiscaliza e penaliza os prestadores que não cumprirem

com suas ações, conforme o objeto do contrato para o qual foi

pactuado.

b. A auditoria fiscaliza, avalia, otimiza os recursos materiais e

humanos, verificando as conformidades dos serviços e das ações

assistenciais.

c. A auditoria impõe seu papel dentro das instituições e realiza glosas

para penalizar, mostrando ao prestador que estamos atentos à

situação que se apresentava.

d. A auditoria tem o papel apenas de detecção de inconformidades.

3. O Sistema Nacional de Auditoria foi criado em 1993 e regulamentado

em 1995 com o Decreto nº 1.651, e ficou compreendido nas três esferas

de governo do SUS. A partir do que viu, é correto afirmar que as

atividades sobre as ações e serviços desenvolvidos no âmbito do SUS

pelo SNA são:

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I. Controle da execução para verificar a regularidade dos padrões

estabelecidos ou detectar situações que exijam maior aprofundamento.

II. Avaliação da estrutura, dos processos e dos resultados.

III. Auditoria da regularidade dos procedimentos praticados.

IV. Avaliar a qualidade das ações de saúde.

a. Apenas a I está correta

e. Estão corretas as alternativas I, e II

f. Está correta apenas a III

g. Todas estão corretas

4. Acordo de colaboração firmado entre os gestores que formam uma região

de saúde, com o objetivo de organizar e integrar as ações e os serviços

de saúde na região, e com isso, garantir a integralidade da assistência à

saúde da população. Acordo este, assinado por todos os prefeitos e seus

secretários de saúde, pelo governador e seu secretário

de saúde e pelo ministro da saúde. É chamado de:

a. SNA

b. ANS

c. COAP

d. CNES

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5. As ações da auditoria são inúmeras, podendo atuar em qualquer

estabelecimento de saúde que tenha um vínculo com o SUS e devendo

fiscalizar, verificar conformidades de acordo com os padrões

estabelecidos e avaliar a qualidade da assistência e dos procedimentos.

Para se atingir estes objetivos a auditoria se utiliza de diversos

instrumentos. São eles:

I. Contas hospitalares

II. Contratos e Convênios

III. Prontuários

IV. Sistemas de Informação em saúde

É correto afirmar que:

a. Todas as alternativas estão corretas

b. Apenas a I está correta

c. As alternativas I e III estão corretas

d. Apenas a IV está correta