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Cálculo de telhado de madeira - Prof. VirgíniaTRANSCRIPT
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ESTRUTURAS DE TELHADOS E CARREGAMENTOS
1. TELHADOS
Os telhados compem-se de duas partes principais:
COBERTURA: material resistente a intempries, ao do vento e impermevel.
ARMAO: conjunto de elementos estruturais para sustentao da cobertura (tesouras, teras, caibros, ripas econtraventamento). A armao geralmente executada em madeira, ao, alumnio ou concreto armado.
2. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO TELHADO
ARMAO PRINCIPAL:
Tesoura viga principal, treliada ou no, responsvel por transferir o carregamento do telhado aos pilares ouparedes da edificao. Suas partes componentes so denominadas:
Banzo Superior: S
Banzo Inferior: I
Verticais: V
Diagonais: D
N ou Junta: N (ponto de interseo das barras.
Painel: p (distncia entre dois ns)
Altura: h
Vo: L
Inclinao da Tesoura:
Teras (T) vigas apoiadas sobre as tesouras e que transferem as cargas das telhas para as tesouras.
Dependendo do tipo de telha utilizado, necessria uma estrutura de sustentao secundria para transferir ascargas das telhas para as teras.
VIGAMENTO SECUNDRIO:
Caibros: C (vigas paralelas s tesouras e responsveis por levar as cargas das ripas para asteras)
Ripas R (vigas paralelas s teras onde se apoiam as telhas).
n
S
I
V
D
TC
R
L
p
h
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Telhas de fibrocimento, alumnio ou PVC dispensam a utilizao de ripas e caibros, apoiando-se diretamentenas teras.
Pea Bitola Comprimento
Ripas: 1,5 x 1,5 cm 440 cm (mdio)
Caibros 5 x 6 cm de 200 a 400 cm
Teras 6 x 12 cm 500 cm (mdio)
6 x 16 cm 500 cm (mdio)
Tbuas 2,6 x 16 cm 400 cm (mdio)
2,6 x 23 cm 400 cm
1,3 x 31 cm 400 cm
(a) (b)
Exemplos de estruturas de telhados: (a) telhas cermicas (com vigamento secundrio); (b) telhas defibrocimento (sem vigamento secundrio)
3. CONTRAVENTAMENTOS
Os contraventamentos so estruturas secundrias destinadas a impedir a movimentao das tesouras e terasnos diversos planos de atuao das cargas por insuficincia da vinculao entre si dos diversos componentesda estrutura, dando ao conjunto rigidez espacial. O contraventamento tambm empregado para reduzircomprimentos de flambagem de peas comprimidas.
Considerando-se o exemplo de uma estante de metal, percebe-se que ela apresenta baixa resistncia adeformaes devidas a cargas horizontais em funo da fraca eficincia da vinculao de seus componentes(em geral, ligaes parafusadas projetadas apenas para resistir a cargas verticais). A adio de barras depequena seo (ou cabos) em X no plano onde ocorre o movimento aumenta consideravelmente a rigidez doconjunto a esses movimentos.
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Em estruturas de telhados, recomenda-se a utilizao dos seguintes contraventamentos:
CONTRAVENTAMENTO VERTICAL: estrutura plana vertical formada por barras cruzadas, dispostasperpendicularmente ao plano das tesouras. Do sustentao para foras que atuam em seu plano, travando astesouras de maneira a impedir sua rotao e deslocamento, principalmente contra a ao do vento, comotambm sendo elemento de vinculao do banzo inferior contra a flambagem lateral.
Muitas vezes so utilizadas mos-francesas nas teras para aliviar os esforos de flexo, funcionando tambmpara reduzir os comprimento de flambagem e como contraventamento, travando os ns inferiores da tesouraquanto flambagem lateral.
Mo-Francesa
Tera
Tesoura
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CONTRAVENTAMENTO HORIZONTAL: estrutura formada por barras tracionadas colocadas no plano abaixoda cobertura para amarrao do conjunto formado pelas tesouras e teras. Servem para transferir a ao dovento atuando em uma direo oblqua edificao para as tesouras e o contraventamento vertical.
4. CARGAS
Em telhados devem ser considerados os seguintes carregamentos
CARGAS ACIDENTAIS
A NBR 6120/80 especifica no item 2.2.1.4 que todo elemento isolado de cobertura (teras, caibros e barras dobanzo superior das trelias) deve ser projetado para receber uma carga de 1kN em sua posio maisdesfavorvel, alm da carga permanente. Essa carga deve ser considerada na determinao da resistncia dapea isolada, e no do telhado como um todo, pois a inteno da norma que no haja ruptura local de umcomponente quando ocorrer a manuteno do telhado (peso de pessoas sobre o mesmo).
Alm disso, a Tabela 2, item 15, especifica uma carga acidental de 0,5 kN/m2 em forros sem acesso de pessoas(previso de carga quando da manuteno).
A bibliografia indica a utilizao de uma carga acidental de 0,15 kN/m2 sobre a cobertura em edifcios depequeno porte, prevendo a sobrecarga que o acmulo de poeira e gua da chuva possam provocar sobre otelhado. Alm disso, em zonas siderrgicas, recomenda-se adoo de uma carga de 0,5 kN/m2 em coberturasde galpes, pelo acmulo de poeira em suspenso nessas regies.
Em zonas onde h ocorrncia de neve, recomenda-se:
0,75 kN/m2 20o
0,75.cos kN/m2 > 20o
0 kN/m2 > 60o
CARGAS PERMANENTES
As cargas permanentes podem ser obtidas a partir dos pesos especficos dos materiais de construo, contidosna NBR 6120/80, Tabela 1.
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usual a obteno de composies de cargas por m2 de superfcie do telhado. A obteno das cargascorrespondentes por m2 de projeo feita por:
cos
igg = , a inclinao do telhado
TELHAS gi kN/m2
Fibrocimento 0,23Marselha / Francesa 0,50Colonial paulista 0,95Alumnio 0,04PVC 0,03Ao zincado 0,13Concreto leve 0,54Fibra de vidro 0,02Fibrocimento 6 mm 0,17Fibrocimento 8 mm 0,23
FORROS g ou gi kN/m2
Gesso 0,20 a 0,27Eucatex 0,035PVC Rgido 0,051Pinho do Paran 0,045Fibrocimento 0,15Estuque (tela argamassada) 0,55
ESTRUTURA SECUNDRIA (MADEIRA) g ou gi kN/m2
Ripas e caibros 0,07Estrutura de sustentao do forro, em madeira 0,10 a 0,15
ESTRUTURA PRINCIPAL (MADEIRA) g kN/m2
Teras : telha Marselha, vo mximo 300 cm 0,06Teras : telha Colonial, vo mximo 250 cm 0,08Teras : telha Fibrocimento, vo mximo 400 cm 0,045Tesoura e contraventamento vo L 0,0245(1+0,33L)
1 m
1 m
cos
g
gi