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TECNOLOGIAS SOCIAIS NO RIO GRANDE DO SUL: EXPERIÊNCIAS DE FORTALECIMENTO LOCAL E INCLUSÃO SOCIAL Ana Lúcia Suarez Maciel Erica Monteiro do Bomfim Bordin RESUMO: Este artigo tem como escopo a reflexão acerca da concepção teórica, a partir de um breve alinhamento conceitual, e da sistematização das experiências de Tecnologias Sociais (TS) em desenvolvimento no estado do Rio Grande do Sul. Igualmente, aborda a relação das TS com as políticas públicas no âmbito local. Para tanto, o tema das TS é abordado a partir do resgate do marco analítico das mesmas e, também, da apresentação das experiências que vem sendo desenvolvidas no cenário gaúcho. Com base nesses dois elementos, trata-se de estabelecer as relações e as contribuições dessas tecnologias para o fortalecimento local e, com isso, a sua incidência no desenvolvimento social. Palavras-chaves: Desenvolvimento Social, Inclusão Social, Tecnologias Sociais. ABSTRACT: This article had as a scope a reflection about the theoretical framework from a brief conceptual alignment, and the systematization of the experiences of Social Technologies (ST) developing in state of Rio Grande do Sul. Also addresses the relationship of ST with public policies at the local level. Thus, the theme of the TS is approached from the redemption of the analytical framework of same, and also the presentation of the experiences that have been developed in the scenario gaucho. Based on these two elements, it is about to establish the relationships and contributions of these technologies to strengthen local and, thereby its incidence on social development. Keywords: Social Development, Social Inclusion, Social Technologies Alinhando conceitos acerca das Tecnologias Sociais Abordar o tema das Tecnologias Sociais requer precisão conceitual, uma vez que se trata de um conceito recente e ainda em construção. Para compreensão desse conceito partimos do significado da palavra tecnologia como sendo um conjunto de conhecimentos, processos e métodos empregados em diversos ramos. De forma genérica, tecnologia pode ser definida como uma atividade socialmente organizada e baseada em planos e de caráter prático (BAUMGARTEN, 2006). Ao empregarmos o complemento social, entendemos que esse conjunto de conhecimentos, processos e métodos devam estar ao dispor da sociedade visando efetivação e expansão de direitos, assim como o desenvolvimento social. A adesão do termo social à tecnologia traz a dimensão socioambiental e a construção de

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TECNOLOGIAS SOCIAIS NO RIO GRANDE DO SUL: EXPERIÊNCIAS DE

FORTALECIMENTO LOCAL E INCLUSÃO SOCIAL

Ana Lúcia Suarez Maciel

Erica Monteiro do Bomfim Bordin

RESUMO: Este artigo tem como escopo a reflexão acerca da concepção teórica, apartir de um breve alinhamento conceitual, e da sistematização das experiências deTecnologias Sociais (TS) em desenvolvimento no estado do Rio Grande do Sul.Igualmente, aborda a relação das TS com as políticas públicas no âmbito local. Paratanto, o tema das TS é abordado a partir do resgate do marco analítico das mesmase, também, da apresentação das experiências que vem sendo desenvolvidas nocenário gaúcho. Com base nesses dois elementos, trata-se de estabelecer asrelações e as contribuições dessas tecnologias para o fortalecimento local e, comisso, a sua incidência no desenvolvimento social.Palavras-chaves: Desenvolvimento Social, Inclusão Social, Tecnologias Sociais.

ABSTRACT: This article had as a scope a reflection about the theoretical frameworkfrom a brief conceptual alignment, and the systematization of the experiences ofSocial Technologies (ST) developing in state of Rio Grande do Sul. Also addresses therelationship of ST with public policies at the local level. Thus, the theme of the TS isapproached from the redemption of the analytical framework of same, and also thepresentation of the experiences that have been developed in the scenario gaucho.Based on these two elements, it is about to establish the relationships andcontributions of these technologies to strengthen local and, thereby its incidence onsocial development.Keywords: Social Development, Social Inclusion, Social Technologies

Alinhando conceitos acerca das Tecnologias Sociais

Abordar o tema das Tecnologias Sociais requer precisão conceitual, uma

vez que se trata de um conceito recente e ainda em construção. Para compreensão

desse conceito partimos do significado da palavra tecnologia como sendo um

conjunto de conhecimentos, processos e métodos empregados em diversos ramos.

De forma genérica, tecnologia pode ser definida como uma atividade socialmente

organizada e baseada em planos e de caráter prático (BAUMGARTEN, 2006). Ao

empregarmos o complemento social, entendemos que esse conjunto de

conhecimentos, processos e métodos devam estar ao dispor da sociedade visando

efetivação e expansão de direitos, assim como o desenvolvimento social. A adesão

do termo social à tecnologia traz a dimensão socioambiental e a construção de

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processos democráticos e o objetivo de solucionar as necessidades da população,

para a esfera do desenvolvimento tecnológico (ITS, 2007).

A tecnologia, assim como toda produção humana “deve ser pensada no

contexto das relações sociais e dentro de seu desenvolvimento histórico”

(BAUMGARTEN, 2006, p.288). As transformações societárias que culminaram, no

capitalismo, com a hegemonia imposta pela ciência sobre outras formas de

explicação do mundo, o reconhecimento de suas virtualidades e racionalidades e o

desenvolvimento tecnológico que a tornou possível são alguns dos aspectos

sócio-históricos a serem considerados (BAUMGARTEN, 2006).

Quando se trata da hegemonia e da institucionalização da política científica

e tecnológica nos países capitalistas, é possível referir que a mesma decorre das

transformações operadas no modo de produção desta sociedade. Cabe, nessa

perspectiva, problematizar as concepçõs teóricas que vem amparando a produção

de conhecimento sobre Tecnologias Sociais no nosso país, assim como as áreas de

conhecimento que vem contribuindo com a sistematização dessas experiências.

Alguns fundamentos são pertinentes à concepção de Tecnologia Social,

quais sejam: a transformação social, a participação direta da população, o sentido

de inclusão social, a melhoria das condições de vida, a sustentabilidade

socioambiental e econômica, a inovação, a capacidade de atender necessidades

sociais específicas, a organização e sistematização da tecnologia, o diálogo entre

diferentes saberes (acadêmicos e populares), a acessibilidade e a apropriação das

tecnologias, a difusão e ação educativa, a construção da cidadania e de processos

democráticos, entre outros, que são sustentados por valores de justiça social,

democracia e direitos humanos. Com estes tópicos pode-se afirmar que um dos

objetivos da Tecnologia Social é justamente reverter a tendência vigente da

tecnologia capitalista convencional que tem como pressuposto reforçar a dualidade

desse sistema “(...) submetendo os trabalhadores aos detentores dos meios de

produção e países subdesenvolvidos a países desenvolvidos, perpetuando e

ampliando as assimetrias de poder dentro das relações sociais e políticas”

(DAGNINO, 2009, p.18).

Em contraposição a este modelo, a Tecnologia Social reúne características,

tais como: ser adaptada a pequenos produtores e consumidores; não promover o

tipo de controle capitalista: segmentar, hierarquizar e dominar os trabalhadores; ser

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orientada para satisfação das necessidades humanas; incentivar o potencial e a

criatividade do produtor direto e dos usuários; ser capaz de viabilizar

economicamente empreendimentos como cooperativas populares, assentamentos

de reforma agrária, a agricultura familiar e pequenas empresas (NOVAES e DIAS,

2009).

Tais características supracitadas demonstram o quanto a Tecnologia Social

está voltada para a “produção coletiva e não mercadológica” e, também, da mesma

forma está “mais imbricada às realidades locais, de modo que possa gerar

respostas mais adequadas aos problemas colocados em um determinado contexto”

(NOVAES e DIAS, 2009, p.19). Também seguindo a linha conceitual sobre

Tecnologia Social é importante frisar que estas sempre consideram as

especificidades das realidades locais e estão, diretamente, relacionadas aos

processos de organização coletiva e democrática e, portanto, acabam

representando soluções possíveis para a superação de diferentes situações

problemáticas, onde se incluem as vulnerabilidades e a exclusão social, incidindo

assim na melhoria das condições de vida daqueles atores envolvidos com a

Tecnologia Social.

O Instituto de Tecnologia Social (ITS) propõe o conceito de Tecnologia Social

a partir do Universo das ONGs, buscando legitimar e dar visibilidade as práticas

desenvolvidas junto ao Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação, conceituando-a

como um “conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou

aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representem

soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida” (ITS, 2004, p. 130).

O ITS também contribuiu com o avanço do debate sobre o tema ao agrupar

as ideias a respeito da tecnologia social em três categorias: princípios, parâmetros e

implicações. Os princípios ressaltam a importância da aprendizagem e participação

como processos que caminham juntos e que a transformação social requer a

compreensão da realidade de maneira sistêmica e o respeito às identidades locais.

Os parâmetros de tecnologia social fornecem os critérios para a análise das

ações sociais decorrentes ou propostas, tais como:

- razão de ser da tecnologia social — atender as demandas sociais concretas

vividas e identificadas pela população;

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- processo de tomada de decisão — processo democrático e desenvolvido a partir

de estratégias especialmente dirigidas à mobilização e à participação da população;

- papel da população — há participação, apropriação e aprendizado por parte da

população e de outros atores envolvidos;

- sistemática — há planejamento, aplicação ou sistematização de conhecimento de

forma organizada;

- construção do conhecimento — há produção de novos conhecimentos a partir da

prática;

- sustentabilidade — a tecnologia social visa à sustentabilidade econômica, social e

ambiental;

- ampliação de escala — gera aprendizagem que serve de referência para novas

experiências.

E finalmente as implicações do conceito de tecnologia social foram

organizadas em três eixos: a relação entre produção de ciência, tecnologia e

sociedade; a direção da produção de conhecimentos; e o modo de fazer específico

de intervir sobre a realidade e que se relaciona tanto aos parâmetros quanto aos

resultados.

Para a Fundação Banco do Brasil (FBB), a “Tecnologia Social compreende

produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a

comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social”

(Fundação Banco do Brasil, 2012). É um conceito que remete para uma proposta

inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de

organização, desenvolvimento e implementação

Considerando os movimentos e iniciativas dos atores sociais que vem

discutindo e disseminando as Tecnologias Sociais, destacamos a criação no Brasil,

em 2005, da Rede de Tecnologias Sociais (RTS), onde foi gerado o conceito de TS

da seguinte forma: “(...) produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis,

desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções

de transformação social” (RTS, 2009, p. 8). A RTS é uma rede que reúne 786

organizações de todo país e do exterior entre organizações não governamentais,

centros de pesquisa, cooperativas, empresas, escolas de ensino médio, fundações

e institutos, sindicatos, universidades e órgãos de governo nos níveis federal,

estadual e municipal. O objetivo da RTS é ampliar a difusão e a reaplicação das TS

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possibilitando a inclusão social, a geração de trabalho e renda e a promoção do

desenvolvimento local sustentável. São experiências que permitem a reaplicação e

já são usadas em diversas localidades do Brasil e em outros países.

Ações como essas, que incentivam a interação das comunidades locais e

promovem soluções na vida das pessoas, são apoiadas pela referida Rede. As

instituições que fazem parte da Rede, até o momento, têm um propósito comum:

entender as Tecnologias Sociais como importantes ferramentas para o

desenvolvimento humano e a formação de uma sociedade mais justa. Também

pactuam desta concepção a FBB, entidade que hoje protagoniza um conjunto de

iniciativas que promovem a disseminação das Tecnologias Sociais em diferentes

regiões do país e o próprio Ministério da Ciência e Tecnologia, através da Secretaria

de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, que reconhece como principal objetivo

da Tecnologia Social a contribuição para a redução do quadro de pobreza,

analfabetismo, fome, exclusão social, entre outras que contribuem com o

desenvolvimento social.

Dentro do debate sobre Tecnologia Social, entendemos ser importante

destacarmos trazermos a teoria da adequação sociotécnica (AST). No III Simpósio

Nacional de Tecnologia e Sociedade – Desafios para a transformação social,

realizado em 2009:os avanços teóricos e na prática social, cultural e institucional dapolítica para a tecnologia social nos levam para o aprofundamentode uma teoria da adequação sociotécnica (AST) para evitar a adoçãoda teoria da inovação empresarial. Estes avanços permitem que hajauma transição paradigmática dos estudos sociais de C&T naAmérica Latina. A AST expressa a relação entre ciência, tecnologia esujeito na práxis social. Propõe desconstruir o senso comum acercado objeto e do fazer tecnológico, e inseri-los como parte do própriosaber de base popular. (OMTS/CDS/UNB, 2009).

A AST pretende apontar ao marco da TS como uma dimensão processual,

uma visão ideológica e um elemento de operacionalidade delas derivadas que não

se encontrava presente no movimento de Tecnologia Apropriada. Umas das origens

do conceito de AST é a necessidade de criar um substrato congnitivo-tecnológico a

partir do qual atividades não inseridas circuito formal da economia poderão ganhar

sustentabilidade e espaço crescente em relação às empresas convencionais

(NEDER, 2009, p. 51).

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Os autores defendem que as tecnologias convencionais, são feitas por

empresários, visando beneficiar empresários. Já as tecnologias sociais devem gerar

inclusão social. Dentro dessa lógica, tem-se trabalhado na importância da

elaboração de indicadores que diferenciem Tecnologia Convencional e Tecnologia

Social.Observar, medir e controlar, estas são as razões pelas quais aciência estabelece o uso de indicadores. Os indicadores servem aospropósitos da ciência para traduzir cenários complexos em umsistema que facilite sua leitura e assim auxilie nas interpretações ereflexões sobre a realidade a ser analisada. Obter dadosrepresentativos das ações que estão ocorrendo nos fornececondições de tomar decisões fortaleçam ou que guinem a realidadeque estamos observando, caso esta não esteja apresentando osresultados que se esperava. (OLIVEIRA et al. 2009, p. 6)

Fonte: Oliveira et al, 2009

Porém, como veremos a seguir, nem todas as experiências de Tecnologia

Social no país são mediadas por uma “tecnologia”:“No Brasil a defesa da tecnologia social tem sido marcada pela ação,discurso e movimento concreto em torno de duas vertentes básicas.A primeira trabalha a tecnologia como inovação sociotécnica gerada

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pelos sujeitos sociais específicos no seu território comunitário e,portanto, como uma experiência que nasce em geral no circuitosocial e econômico das economias de vizinhança, onde moram aspessoas envolvidas. A segunda vertente atribui à tecnologia social aforma abstrata de metodologia, produto ou processo concreto que foiretirado da comunidade, ou saiu da concepção do pesquisador e daífoi sistematizada e convertida em solução ou modelo para problemaslocais”. (NEDER, 2009, p.9)

A partir destas perspectivas teóricas, nos propomos a apresentar algumas

iniciativas de TS que vem sendo desenvolvidas no Rio Grande do Sul com o intuito

de relacioná-las com as possíveis contribuições para o fortalecimento do espaço

local e da inclusão social do mesmo.

Tecnologias Sociais em desenvolvimento no Rio Grande do Sul

Partindo do conceito da RTS para Tecnologia Social, como sendo “produtos,

técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a

comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social”, para

fins deste artigo, entendemos os conceitos que englobam a sua definição da

seguinte forma:

Produto = Resultado de Qualquer Atividade Humana, materializado em Bens Físicos

ou Serviços. Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado,

ou que se destina a entrar na produção de outros bens, que possa satisfazer um

desejo ou uma necessidade. Contudo precisa ser muito mais do que apenas um

objeto físico, um pacote completo de benefícios ou satisfação que a população

percebem que eles obterão se adquirirem o produto. É a soma de todos os atributos

físicos, psicológicos, simbólicos e de serviço.

Técnica e/ou Metodologia = Conjunto de métodos e processos utilizados em

determinada disciplina e sua aplicação. Modo por que se realiza ou executa uma

coisa. É o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objetivo

obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das

Artes ou em outra atividade.

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A fim de apresentar um panorama das TS que vêm sendo desenvolvidas na

realidade do Rio Grande do Sul, lançamos mão das informações que estão

disponíveis no site da Fundação Banco do Brasil, a partir do Banco de Tecnologias

Sociais (www.fbb.org.br), tendo em vista que a inclusão das mesmas no referido

Banco supõe uma análise e reconhecimento prévio de que as mesmas se

constituem como Tecnologia Social. A pesquisa foi realizada no mês de abril de

2012 e apontou para 37 Tecnologias Sociais que estão listadas no quadro nº2.

Quadro 2: Organizações e tecnologias sociais em desenvolvimento no Rio Grande do SulNome da

OrganizaçãoTipo da

Organização Tecnologia Social Tipo Tema Território

Agência Livrepara Informação,

Cidadania eEducação - ALICE

Associação Boca de Rua (Jornal) Produto –Bens

Educação

PortoAlegreCapital

AssociaçãoBeneficente em

Prol da Infância eJuventude

Associação Acontecendo (Oficinas) Metodologia Educação

CamaquãMetropolit

ana

Associação deLiteratura eBeneficencia

Hospital São José

AssociaçãoKit Auditivo com Materiais

Alternativos para Treino emPacientes com Baixa Visão

Produto –Bens Saúde Giruá

Noroeste

Associação dePais e Amigos

dos Excepcionais- APAE Estrela

AssociaçãoOficina e Grupo Terapêutico

de Capacitação paraInclusão do DM no trabalho

MetodologiaRenda /Educaçã

oEstrela

Associação deVilas: “É PrecisoRepartir o meu

Viver com Todos”

Associação Pão para Todos (Padaria) Produto -Serviço

Alimentação /Renda

FredericoWestphale

n

Associação deVilas: “É PrecisoRepartir o meu

Viver com Todos”

Associação

Pão para Todos:Módulos-piloto de EspaçosFísicos Equipados: Resumo

da Tecnologia (

MetodologiaAlimentação /Renda

FredericoWestphale

n

Associação JuniorAchievement doRio Grande do

Sul

AssociaçãoPrograma “As vantagens de

permanecer na escola”(Jogo de Tabuleiro)

Metodologia Educação

PortoAlegreCapital

AssociaçãoRiograndense deEmpreendimentos de Assistência

Técnica eExtensão Rural

AssociaçãoUso da Silagem de Colostrocomo substituto do leite na

alimentação de animaisMetodologia Aliment

ação Pelotas

AssociaçãoRiograndense deEmpreendimento

Associação Rede dePesquisa-Desenvolvimento

em Pecuária Leiteira de

Metodologia Renda /Aliment

ação

Ijuí

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s de AssistênciaTécnica e

Extensão Rural

Base Familiar

Banco deAlimentos do Rio

Grande do Sul

Associação/OSCIP

Banco de Alimentos: Umaação empresarial pela

cidadaniaMetodologia Aliment

ação

PortoAlegreCapital

Banco deAlimentos do Rio

Grande do Sul

Associação/ OSCIP

CLIQUE ALIMENTOS – Deixea solidariedade tocar você(De um lado, o internauta

acessa o sitecliquealimentos.com.br e

concretiza a doação de 1 kgde alimento com apenas

um clique, gratuitamente;de outro, uma empresa

parceira patrocina adoação)

Metodologia Alimentação

PortoAlegreCapital

CooperativaCentral dos

Assentamentosdo Rio Grande do

Sul

Cooperativa

Biofertilizantes paraadubação orgânica em

hortas ecológicasMetodologia

MeioAmbient

e /Aliment

ação

PortoAlegreCapital

CooperativaCentral Justa

Trama

Cooperativa

Tramando ecologia e justiçasocial (Cadeia do Algodão)

Produto –Bens e

Metodologia

MeioAmbient

e /Renda

PortoAlegreCapital

CooperativaMista de

PequenosProdutores

Rurais e Urbanosvinculados ao

ProjetoEsperança Ltda.

Cooperativa

Comércio Justo comConsumo Ético e Solidário

(Economia solidária eagricultura familiar)

Produto –Serviço Renda Santa

Maria

CPM DA ESCOLAESTADUAL DE

EDUCAÇÃOBÁSICA NEUSA

MARI PACHECO -CIEP

Escola

Educar para aSustentabilidade -

Alimentando Corpo eIntelecto dos Educandos

Produto –Serviço

Educação /

Alimentação

Canela

Embrapa/CPACT Governo Quintais Orgânicos deFrutas Metodologia Aliment

ação Pelotas

Escola Estadualde Ensino MédioIrmão José Otão

Escola

Brincar para aprender: Oser humano precisa“humano” ser (jogos ebrincadeiras)

Metodologia Educação

Caxias doSul

Fundação Gaúchados BancosSociais (Banco deResíduos)

FundaçãoBolsas Recicláveis: PortalEletrônico de Compra,Troca e Venda de Resíduos

Produto –Serviço

Renda /Meio

Ambiente

P o r t oAlegre

Capital

FundaçãoPensamento

Digital

Fundação Educação Digital para aVida (método de uso de

Tecnologias Educacionaiscom fundamentação

Metodologia Educação

P o r t oAlegre

Capital

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construtivista paraeducação de jovens)

Fundação ProjetoPescar Fundação Projeto Pescar

Produto –Serviço e

Metodologia

Educação /

Renda

P o r t oAlegre

Capital

Guayí Associação Rede Industrial deConfecção Solidária

Produto –Serviço Renda

P o r t oAlegre

Capital

INSTITUTOCONSCIÊNCIAPLANETÁRIA

Associação

Sacola Permanente –Atitude Consciente

(Confecção edisponibilização de sacolaspermanentes para uso no

comércio)

MetodologiaMeio

Ambiente

Constantina

InstitutoEconsciência Associação

Sistema Modular deGestão de Águas

Residuárias: Uma SoluçãoSimples e Eficiente

MetodologiaRecurso

sHídricos

P o r t oAlegre

Capital

Instituto Morroda Cutia de

Agroecologia –IMCA

Associação Óleo Vegetal Usado comoBiocombustível

Produto –Bens e

Metodologia

Energia/ Meio

Ambiente

Montenegro

InstitutoPalavrAções Associação

Ecoliderança - Construindouma visão de futuro

sustentável (formação demultiplicadores)

Metodologia

MeioAmbinet

e /Educaçã

o

Estrela

InstituiçãoSinodal de

Assistência,Educação e

Cultura/Centrode Apoio ao

PequenoAgricultor

(ISAEC/CAPA)

Associação

MeliponáriosDemonstrativos: uma

ajuda mútua (colônias deabelhas sem ferrão)

Metodologia

MeioAmbient

e /Renda

Erechim

ONG ParceirosVoluntários Associação Tribos nas Trilhas da

Cidadania Metodologia Educação

PortoAlegreCapital

ONG ParceirosVoluntários Associação

Qualificação deEducadores emParticipação Solidária eMobilização Juvenil

Metodologia Educação

PortoAlegreCapital

P r e f e i t u r aMunicipal de CruzAlta

Governo

Cozinhas Solidárias: MãesUnidas na Construção daDignidade de Suas Famílias(inclusão social produtivae de segurança alimentar enutricional sustentável)

MetodologiaAlimentação /Renda

Cruz Alta

P r e f e i t u r aMunicipal deEstrela

Governo Corredor Ecológico do RioTaquari – PorçãoEstrela(Recuperação daMata Ciliar e formação de

Metodologia Recursos

Hídricos

Estrela

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um corredor ecológicopara o rio)

P r e f e i t u r aMunicipal deFazenda Vilanova

Governo

Programa HabitacionalVivendo Melhor (reformasnas residências dapopulação de baixa renda)

Produto –Serviço

Habitação

F a z e n d aVilanova

P r e f e i t u r aMunicipal deNovo Hamburgo

Governo

Catavida – Cooperaçãopara Inclusão Social(Geração de Trabalho erenda – MateriaisRecicláveis)

Metodologia Renda

NovoHamburgoMetropolit

ana

P r e f e i t u r aMunicipal deJaguari

GovernoClorador Artesanal –Projeto Água Limpa(Método de Tratamento)

MetodologiaRecurso

sHídricos

Jaguari

Projeto ÁguaLimpa – ADES

ProjetoInterinstitu

cional

Projeto Água Limpa –ADES (recuperação dasáreas de preservaçãopermanente da microbacia responsável pelofornecimento de água

para o município)

MetodologiaMeio

Ambiente

Horizontina

Reciclando aCidadania em

RedeInterdisciplinar -

REDECRIAR

AssociaçãoRedecriar - Joias

Sustentáveis na Ilha dasFlores

Produto –Bens

MeioAmbient

e /Renda

PortoAlegreCapital

Themis AssessoriaJurídica e Estudos

de GêneroAssociação Metodologia Themis de

Acesso à Justiça Metodologia Educação

PortoAlegreCapital

Universidade doVale do Rio dos

Sinos - UNISINOSIES

ObservaSinos: Informaçãoe Formação sobre a

Realidade e as PolíticasPúblicas

Produto –Serviço

Educação

Região Valedos Sinos

Metropolitana

Fonte: www.fbb.org.br (Sistematizado pelas autoras).

No que diz respeito às temáticas desenvolvidas pelas TS, salientando-se que

uma mesma experiência pode ter elencada mais de um tema, podemos ensaiar uma

classificação da seguinte forma: Alimentação (10), Educação (13), Meio Ambiente

(9), Renda (13), Recursos Hídricos (3), Energia (1), Habitação (1) e Saúde (1).

Destas experiências, 13 são consideradas produtos – sendo 5 bens e 8 produtos e

27 são metodologias. Três dessas experiências se enquadraram em Produtos e

Metodologias.

No que se refere ao lócus de execução dessas experiências, temos 33

organizações, classificadas da seguinte forma: 17 associações, 3 Fundações, 1

vinculadas a Instituições de Ensino Superior, 2 escolas de educação básica, 6

vinculadas ao Governo, 3 cooperativas, e 1 projeto interinstitucional. Verifica-se,

com isso, que a maioria das organizações que vem desenvolvendo TS no Rio

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Grande do Sul se encontra vinculada ao Terceiro Setor (associações e fundações),

seguida da iniciativa do poder público, notadamente no campo da educação (básica

e superior).

Somamos 37 experiências reconhecidas pela Fundação Banco do Brasil,

destas 2 estão localizadas na Região Centro Ocidental; 4 na Região Centro Oriental;

15 na Capital e mais 5 cidades da região Metropolitana, 1 na Região Nordeste; 8 na

região Noroeste; 2 na Região Sudeste, conforme se verifica no quadro nº3.

Quadro Nº3: Mapa localizador das TS por região do Rio Grande do Sul

1 ) Centro Ocidental (2)

2 ) Centro Oriental (4)

3 ) Capital e Metropolitana (20)

4 ) Nordeste (1)

5 ) Noroeste (8)

6 ) Sudeste (2)

7 ) Sudoeste (0)

Fonte: As autoras

Com base na análise prévia do mapa se constata a concentração de TS na

capital e região metropolitana, seguida da região noroeste. De modo geral, essas

organizações vêm atuando com a mediação de novas metodologias de trabalho

para abordar demandas sociais latentes. Neste sentido, é possível afirmar que há

uma relação direta entre o desenvolvimento de TS e as políticas públicas, sendo

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que no caso da realidade gaúcha se destacam as iniciativas de TS voltadas para a

educação, alimentação e renda.

Poderíamos citar ainda outras TS que são desenvolvidas e já foram

reaplicadas, mas a intenção aqui é ilustrar com esses exemplos, o quanto é possível

por meio das Tecnologias Sociais promover a inclusão social de trabalhadores, de

zonas rurais ou urbanas, de atores sociais de diferentes ciclos de vida, de famílias

que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco social que de forma

coletiva vivenciam experiências que incidem não somente nas suas condições de

vida, transformando a si mesmos, como transformando o cenário socioeconômico

da comunidade em que vivem e do país.

Considerações Finais

Acreditamos que, com base na sistematização das tecnologias sociais em

desenvolvimento no Rio Grande do Sul, é possível afirmar que estas são

potencialmente uma oportunidade de fortalecimento do espaço local, tendo em vista

o grau de desenvolvimento local em que as mesmas vêm incidindo nos territórios

onde são aplicadas. Igualmente vem impactando na realidade, a partir de inúmeras

experiências que culminam com a inclusão de comunidades e cidadãos em face das

suas demandas.

Desenvolver uma comunidade pobre é aumentar-lhe a rendamonetária, com a qual possa adquirir bens e serviços vendidos foradela. Ora, a única maneira não casual nem ilegal duma comunidadepobre aumentar o dinheiro que seus membros ganham é venderpara fora mercadorias mais caras, em quantidades crescentes, semque o seu preço caia (ao menos no curto prazo). Encontrar taismercadorias é portanto condição essencial mas não suficiente paradar partida ao processo de desenvolvimento. (...) Muitascomunidades pobres (...) conseguem vender ao exterior produtosartesanais, extrativistas, de origem vegetal e animal etc. mas quealcançam preços baixos, porque sua oferta tende sempre a superara demanda por larga margem. São muitos os pobres que vivem davenda de produtos, que em geral são adquiridos por uma elitecultural relativamente pequena. Do desequilíbrio entre oferta edemanda emana uma pressão perene de baixa das remuneraçõesdos que vivem deste tipo de produtos (SINGER, 2004, p. 2)

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É diante deste cenário, de desenvolvimento local e inclusão social, que as

Tecnologias Sociais se apresentam como uma estratégia sintonizada com as

demandas da sociedade, a partir de um modelo de desenvolvimento social e

sustentável que tem centralidade no processo e como atores principais a própria

sociedade.

Atualmente, as Tecnologias Sociais apresentam significativo avanço no país,

seja pelas organizações que se instituíram na última década, com vistas à

disseminação dos conceitos e práticas, seja pela capacidade de criação das

mesmas, através das iniciativas populares e da sua reaplicação em todo o território

nacional.

Por esta razão, no estado do Rio Grande do Sul se constata um movimento

semelhante, fortemente ancorado pela sociedade civil oganizada que, a partir de 37

experiências mapeadas, evidencia o seu protagonismo local para o enfrentamento

das demandas dos cidadãos gaúchos.

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