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Tecnologia Tablets, smartphones, aplicativos e plataformas incrementam processo de ensino-aprendizagem é aliada www.revistaviverbrasil.com.br ISSN 1984-0535 9 771984 053009 1 8 1 0 0 M ENTREVISTA SERGIO LEITE DE ANDRADE, PRESIDENTE DA USIMINAS: PRECISAMOS DE COMPETITIVIDADE ARTIGO PCO BRASIL VAI FICANDO ISOLADO para você!

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Tecnologia

Tablets, smartphones, aplicativos e plataformas incrementam processo de ensino-aprendizagem

é aliada

www.revistaviverbrasil.com.br

ISSN 1984-0535

9771984053009

18

10

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M

ENTREVISTA SERGIO LEITE DE ANDRADE, PRESIDENTE DA USIMINAS: PRECISAMOS DE COMPETITIVIDADE

ARTIGO PCO BRASIL VAI FICANDO ISOLADO

para você!

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Cláudia CerqueiraCliente da Dra. Bernadete Lopes há 34 anos.

Investimento contínuo em inovação e tecnologia.

A melhor entre as maiores operadoras de plano de saúde do país, segundo a ANS*.

+ de 350 hospitais, clínicas e laboratórios.

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Programação completaDia 30/9, sexta-feira, das 14h às 19h | Apresentação: JUAREZ ELISIÁRIO – Dedo de Prosa

AUDITÓRIO TOPÁZIO

AUDITÓRIO TOPÁZIO

Das 16h50 às 17h30PAINEL: NUTRIÇÃO E CONTROLE EMOCIONAL COM FOCO NOS RESULTADOS DA PERFORMANCE ESPORTIVA

DR. FREDERICO PORTOMédico psiquiatra e nutrólogo

MÁRCIA BERNARDESNutricionista especialista em fisiologia do exercício

Das 14h às 15h30Show: AGNALDO TIMÓTEO

Das 15h50 às 16h30XÔ ESTRESSE: QUANDO O CORPO É ESPELHO DA MENTE E ALMA

EDUARDO AQUINOMédico psiquiatra e neurocientista

Das 18h às 19hDETERMINAÇÃO E TALENTO: O CAMINHO DA VITÓRIA

BERNARDINHOTreinador: personificação da escola brasileira de vôlei

Dia 1º/10, sábado, das 9h às 18h30 | Apresentação: IVANA MOREIRA – Diretora de Redação – Revista Canguru

Das 9h às 10hEDUCAR SEM CULPA

TÂNIA ZAGURYMestre em Educação, filósofa e escritora

Das 10h às 11hOS DESAFIOS DA PRIMEIRA INFÂNCIA

DRA. FILÓPediatra especialista em Cardiologia

Moderadora: IVANA MOREIRA

CLARISSA YAKIARAPsicóloga, autora do e-book “Limite na Medida Certa” e fundadora da escola de Pais Bee Family

LUIZA FIORINIGastrônoma especializada em alimentação infantil. Embaixadora do Food Revolution Day em BH.

CRISTINA CANÇADOPedagoga e autora do livro “Como Educar os Filhos e Colocar Limites”

Das 11h30 às 12h30PAINEL: A IMPORTÂNCIA DA ROTINA NA VIDA DA CRIANÇA / COMO INCENTIVAR BONS HÁBITOS ALIMENTARES

Dois dias de conversa sobresaúde, beleza e maternidade.Dias 30 de setembro e 1º de outubro, no Minascentro.Confira a programação completa e faça sua inscrição gratuita no www.circuitoviverbemaraujo.com.br

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AUDITÓRIO TOPÁZIO AUDITÓRIO QUARTZO

Das 14h às 15hNA MEDIDA DO POSSÍVEL

FERNANDO ROCHAJornalista e apresentador do programa“Bem Estar” da Rede Globo

Das 9h30h às 11hWORKSHOP: MAQUIAGEM

NIINABlogueira – niinasecrets.com.br

JULLY MOLINNABlogueira – molinnablog.com

RENATA STARLINGBlogueira – elasporelasblog.com

CAMILA GOMESBlogueira – srtasenhorita.com

Das 11h30h às 13hWORKSHOP: CABELOS

RAYZA NICÁCIOBlogueira – rayzanicacio.com

FRAN E GEISSIBlogueiras – trashyfame.com

RAYSA FRANÇABlogueira – cacheia.com

Das 13h30h às 15hWORKSHOP: MODA E ESTILO

LU FERREIRABlogueira – chatadegalocha.com

ANA LUIZABlogueira – cindereladementira.com.br

ANINHA REISBlogueira – projetovivabonita.com.br

Das 15h15 às 16h45BATE-PAPO: DESAFIOS DA MATERNIDADE. QUAL MODELO DE “MÃE” VOCÊ QUER SER?

BEBEL SOARESDiretora da rede de empoderamento feminino pós-maternidade Padecendo no Paraíso

MARIANA BICALHOFundadora do Mommys e diretora da Revista Mommys

FLÁVIA PELLEGRINIIdealizadora do Na Pracinha

IVANA MOREIRADiretora de Redação da Revista Canguru

Das 12h30 às 13h30A EQUAÇÃO DO CASAMENTO – O QUE PODE, OU NÃO, SER MUDADO NA SUA RELAÇÃO

DR. LUIZ ALBERTO HANNSDoutor em psicologia clínica e escritor

GABRIELA PUGLIESIBlogueira – gabrielapugliesi.com

DR. WESLEY SCHUNKNefrologista e entusiasta da medicinapreventiva, com diversos cursos de nutrição esportiva e qualidade de vida

DR. LUCAS PENCHELMédico do esporte e nutrólogo

Das 15h às 16h30PAINEL: NUTRIÇÃO SAUDÁVEL

Moderador: FERNANDO ROCHAJornalista e apresentador

Apresentação: CRIS GUERRABlogueira e consultora de moda

Apresentação: CRIS GUERRABlogueira e consultora de moda Moderadora:

CRIS GUERRA – Blogueira e consultora de moda

Das 17h às 18h30BATE-PAPO: BELEZA

LU FERREIRABlogueira – chatadegalocha.com

RAYZA NICÁCIOBlogueira – rayzanicacio.com

NIINABlogueira – niinasecrets.com.br

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Denise Magalhaes

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Editorial ENSINAR E APRENDER

Há um despertar das consci-ências no país quanto à necessi-dade de verdadeira revolução no ensino em todos os seus níveis. O país que, lamentavelmente, ainda discute a existência ou não de vagas, especialmente no ensino médio, dá um passo à frente no debate sobre a impor-tância da incorporação de novas tecnologias de transmissão de conhecimento que não apenas quebrem a monotonia da antiga fórmula professor/quadro, mas que motivem o aluno a utilizar com intensidade sua capacida-de, ampliando seus conheci-mentos para além das matérias ensinadas pelos métodos até então tradicionais.

Ampliar os horizontes do conhecimento, despertar no aluno o desejo e a necessidade

do saber, são apenas algumas evoluções trazidas pela tecno-

logia às salas de aula. É também a tecnologia que permite a amplia-ção do ensino a distância possi-bilitando a educação ou mesmo a especialização a quem não tem disponibilidade para frequentar a sala de aula. Num mundo que se moderniza a cada momento, é inconcebível não se dar acesso à tecnologia a todas as escolas, sejam elas privadas ou públicas.

Nesta edição da Viver Brasil, em que colocamos luz no tema educação, falamos ainda dos cursos superiores que passam a ter a preferência dos estudantes e assim aumentam a oferta e a demanda profissional em cadeia. Os diferenciais dos cursos prepa-ratórios e a importância da par-ticipação dos pais na formação. Enfim, uma série de reportagens fazem deste número uma grande aula com várias matérias dessa incrível arte de ensinar e apren-der. Aproveitem! E até a próxima.

VIVER Setembro 9 - 2016

Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: rua Joaquim Floriano, 397 - 2º andar - Itaim Bibi CEP: 04534-011 – Tel.: (11) 2127-0000/ 3198-3695

Minas Gerais: rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

Tiragem quinzenal 50.000 exemplares

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora executiva Eliana PaulaEditora-geral Maria Eugênia LagesEditora adjunta Eliana FonsecaRedação Eliane Hardy, Fernando Torres, Miriam Gomes Chalfi n e Terezinha MoreiraRepórteres colaboradores Flávio Penna e Sueli Cotta Estagiários Lucas Rocha e Renata Rocha

Articulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Luis Cláudio Chaves, Olavo Machado, Matheus Cotta, Paulo Paiva e Wagner Gomes

Correspondentes internacionais(Paris) Igor Tameirão (Nova Iorque) Angelina Freitas

Revisão Maria Ignez Villela

Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silva e Luciano CabralFotografi a Agência i7

Gerente de marketing e eventos Larissa Lopes

Gerente fi nanceira Marcela Galan

Gerente comercial Rodrigo Carvalho

Analista comercial Sumaya Mayrink

Departamento comercial (MG) (31) 3503-8888Angélica Maciel de Figueiredo e Márcia Perí[email protected]

Departamento comercial (SP)(11) 2127-0000Kellany [email protected]

Gerente de circulaçãoLuiz Cuin

Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A. Entregas BHLog

[email protected]

Gustavo Cesar Oliveira, diretor

gustavocesaroliveira gco_brasil

VIVER Entre....

22 Eleições26 Entrevista32 Especial Educação 44 Premiação54 Cuidado62 Eventos

= COLUNAS18 Coluna do PCO20 Entre Aspas46 Semi & Novos 48 Cantinho do Chef 52 Viver Melhor56 Beleza de Mulher60 Zoom

= ARTICULISTAS24 Paulo Cesar de Oliveira30 Olavo Machado42 Paulo Paiva50 Wagner Gomes58 Janaina Cunha66 Hermógenes Ladeira

Nº 182 - 9 de Setembro de 2016 Fotos Capa Pedro Vilela/Agência i7

[email protected]

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Fale Conosco

Planos para BHDiante do atual momento, quanto mais informações tivermos sobre os candidatos à prefeitura, melhor para facilitar a escolha. Por isso, gostei de ler a matéria sobre o Conexão Empresarial Especial. Os convidados falaram sobre temas importantes que são desafios para o futuro governante, e também motivo de reflexão para nós, eleitores. Que a revista continue, até a data do pleito, nos oferecendo essas análises para que votemos

conscientes e informados.

JOSÉ ALMEIDA

Gostei da matéria com os candidatos à prefeitura, porém senti falta de propostas mais consolidadas sobre os temas debatidos. Esperava que fossem melhor preparados, já levando o projeto político que implementarão, caso vençam a eleição. Porém tocaram, de forma superficial, em assuntos que são muito relevantes para

Principais candidatos à prefeitura apresentam propostas para áreas de mobilidade, infraestrutura, saúde e segurança

EM DEBATE: Eros Biondini, Délio

Malheiros, Reginaldo Lopes, Rodrigo

Pacheco, João Leite e Luis Tibé

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ENTREVISTA DOUGLAS COUTINHO, DO BANCO DIGITAL NEON: “ACABOU A AGÊNCIA DAS 10 ÀS 16 HORAS”

ARTIGO PCO MANDATO TEM QUE SER MAIS EXIGIDO

GRÁTISpara você!

ISSN 1984-0535

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Planos

para BH

a população da cidade.

SIMONE PAIVA

Dias inesquecíveisO melhor de qualquer Olimpíada é, de fato, a emoção de ver a superação de limites dos atletas. Por isso, adorei a matéria detalhando como as pessoas se sentiram durante os jogos olímpicos, quando não só viram as provas, como puderam interagir com pessoas de diferentes países. É um momento que ficará

Bruna, cliente Audium

e usuária do Lyric.

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Teste grátis por até 30 dias*

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Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente

Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG CEP: 34.000-000

E-mail: [email protected]

Para anunciar: Tel.: (31) 3503-8888 Fax: (31) 3503-8888Releases: [email protected]: Tel: (31) 3503-8860

para sempre na vida de cada uma delas.

IRIS FILHO

ZoomEis um espaço da revista que sempre traz novidades muito interessantes. As notinhas curtas sempre me surpreendem. Os jovens que vão partir de Kombi pela América Latina ou a chef que prepara suas criações, mas deixa espaço para que seus clientes cheguem antes do evento para vê-la

preparar o menu. Acho que essa diversidade é fundamental para mostrar o que muita gente boa está fazendo.

JOSÉ PALMA

Viver MelhorPara quem gosta de relaxar e viajar, a coluna deu dicas sensacionais. Sou daqueles que, quando pode, aproveita o máximo a estadia num bom lugar. Massagem, terapias estéticas e de relaxamento são comigo mesmo. Por isso, achei

muito boas as dicas.

RITA DE JESUS

ERRAMOSNa capa, a grafia correta do nome do diretor do Banco Neon é Douglas Martins Godinho.

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Viver on-line

TOPS DO SERTANEJO- Festeja Belo Hori-zonte é o evento que reunirá os maiores nomes do sertanejo na Esplanada do Mi-neirão, no dia 10 de setembro, às 14h. O evento conta com shows de Wesley Sa-fadão, Gusttavo Lima, Aviões do Forró, Zé Neto & Cristiano, Maiara & Maraísa e Ma-rília Mendonça. Ingressos: R$ 60 a R$ 280. Informações: (31) 3281-2737.

MESTRES DA DANÇA- O Grupo Corpo es-treia sua nova turnê com um programa

que mostra dois lados totalmente dife-rentes do coreógrafo Rodrigo Pedernei-ras. Lecuona e Dança Sinfônica fazem temporada no Palácio das Artes entre os dias 7 e 11 de setembro, às 20h30 e 19h na quarta e domingo. Ingressos: R$ 90 e R$ 45. Informações: (31) 3236-7400.

CHÁ COM FUNK- A Serraria Souza Pinto recebe a festa Chá da Anitta, no dia 16 de setembro, às 22h. Ingressos: R$ 70 e R$ 140. Informações: (31) 4141-2929.

PASSEIO CULTURAL

Siga a Viver Gourmet no Instagram e fi que por dentro dos pratos que são destaque em restaurantes, receitas e lançamentos gastronômicos.

Siga a Viver no Instagram, (@viverbrasilrevista) e no Facebook (facebook.com/revistaviverbrasil) e fi que por dentro das novidades.

ACESSADAS

1. Banco na era virtual

2. Viver Melhor

3. Bom é pouco

@vivergourmet

Capela de Santa Quitéria, Catas Altas - MGENVIADA POR: MARCO ANTÔNIO DE AZEVEDO

É a sua vez de mostrar que tem faro jornalístico. Fo to grafou uma cena inusitada? Saiba como participar em nosso site www.revistaviverbrasil.com.br

Confira a programação completa em www.tudobh.com.br

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O senador Antonio Anastasia defende que, pas-sada a turbulência, busque-se agora o entendi-mento. O objetivo agora, segundo ele, deve ser o da reversão da difícil situação do Brasil. “O esfor-ço deve ser pela conciliação, trabalho, desenvol-vimento nacional e combate à crise”. Após apre-sentar o relatório do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff , Anastasia pas-sou a ser uma opção do PSDB à Presidência da República em 2018.

VIVER Setembro 9 - 201618

Burocracia paralisante

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, diz que tem falado muito a respeito da burocracia paralisante, que afeta o país, prejudicando os empresários e comprometendo a geração de empregos. Falta o ministro agir para simplifi car de fato e criar condições para que o setor produtivo possa se desenvolver.

Empresários chineses visitam o Brasil

Mais de 500 empresários chineses chegam ao Brasil em setembro por meio do programa de exportação One The Belt, One Road, que conta com investimentos de 40 bilhões de dólares do governo da China. O objetivo da iniciativa é colocar os empresários em contato com parceiros de negócios no Brasil para estabelecer novas relações comerciais nos segmentos de produtos para a casa e máquinas, em diversos setores da economia. Os encontros entre empresários chineses e brasileiros acontecerão, entre os dias 12 e 14 de setembro, no Transamerica Expo Center, São Paulo, durante a realização das feiras China HomeLife Brazil 2016 e China Machinex Brazil 2016.

Conciliação e desenvolvimento

POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA

José Serra, que sempre sonhou em che-gar à Presidência da República, registra que Michel Temer, com seus 75 anos, é o único da sua geração a chegar ao posto maior do país. Serra ocupa atualmente o Ministério das Relações Exteriores e dis-putou por duas vezes a Presidência pelo PSDB e, ao que tudo indica, pretende disputar mais uma.

Geração setentão

Pós-impeachment

Marcelo Camargo/ABr

Divulgação

Fiel escudeiro do presidente Michel Temer, o secretário executivo da Presidência da Repúbli-ca Moreira Franco segue na linha do chefe. Ele tem repetido que no Brasil pós-impeachment, o novo governo buscará a união nacional em tor-no de um objetivo comum: voltar a crescer.

Geraldo Magela/Agência Senado

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O agronegócio quer que o presidente Temer tire o cará-ter ideológico dado ao setor e que haja igualdade, por parte do governo, à área na economia. O presidente da Faemg, Roberto Simões, entende que, por a pauta de reivindicações ser longa, não é possível fazer tudo de uma vez, mas cobra vontade política do governo para fazer as reformas necessárias, além de incluir a inicia-

tiva privada nos projetos de infraestrutura.

Passada a tempestade política, o presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr., entende que cabe aos dirigentes de entidades de classe e aos empresários ajudar na cons-trução do país. Mas o governo precisa criar condições para que a indústria nacional atue no país e que as em-presas sejam habilitadas para concorrer no mercado. Além disso, Machado entende que é preciso criar um

relacionamento de capital e trabalho melhor do que estava sendo construído e assegurar um ambiente favorável para gerar renda e emprego de qualidade.

O Brasil nunca se preocupou em construir uma política industrial capaz de tornar o crescimento da indústria algo sustentável, e o setor de máquinas e equipamen-tos sente fortemente o impacto desse descaso, segun-do a gerente executiva da Abimaq, Regiane Nascimen-to. O resultado do setor é baseado em encomendas e demora de 6 meses a 2 anos entre um pedido e outro. Do ano passado para este ano, as empresas do setor tiveram uma queda na produção de quase 40%. Muitas empresas trabalham com apenas 30% da capacidade. Portanto, para Regiane, o governo tem que agir rápido para que a economia volte a crescer.

VIVER Setembro 9 - 2016 19

Falta política industrial

Semana Internacional do Café

Cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, compradores, fornecedores, empresários, baristas, proprietários de cafeterias e apreciadores têm encontro marcado em Belo Horizonte, na quarta edição da Semana Internacional do Café (SIC 2016), que acontece de 21 a 23 de setembro, no Expominas. O evento irá promover diversas ações focadas nas áreas de Mercado & Consumo, Conhecimento & Inovação e Negócios & Empreendedorismo. A SIC é realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pela Café Editora e pelo governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura.

Mineiros na Bienal de São Paulo

A escultura, manifestação artística marcante na história em Minas Gerais desde o século 18, é a linguagem escolhida por Laís Myrrha e José Bento, dois artistas mineiros, que vão participar da 32ª Bienal de São Paulo. A mostra, que será aberta no próximo dia 10 (sábado), no Parque Ibirapuera, em São Paulo, tem como tema Incerteza Viva. A curadoria-geral é do alemão Jochen Volz. Também participa da Bienal que fica em cartaz arte 11 de dezembro, outra mineira ilustre: Wilma Martins, radicada no Rio de Janeiro.

Sem caráter ideológico

Salvador da pátria

Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Sueli Cotta

Pedro Vilela/Agência i7

Divulgação

Tião Mourão

Divulgação

ESTUDOS NA CORTE DE HAIADurante Seminário na Corte Internacional de Justiça em Haia, Holanda, o desembargador Doorgal Borges Andrada (TJMG) com o juiz internacional de Haia dr. Mohamed Bennouna.

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Uma nota de empenho do Superior Tribunal de Justiça indica o gasto de 1 mi-lhão de reais para “prestação de serviços especializados de apoio administrativo de recepção, por meio dos postos de tra-balho”. O valor é referente ao período de 4 de setembro a 3 de novembro deste ano. A crise econômica, pelo visto, não é um problema para nossas excelências, se-gundo levantamento do Contas Abertas.

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Reprodução

Entre Aspas

A internet tor-nou-se uma janela i r r e s i s t í v e l p a r a os que gostam de bisbilhotar a vida alheia. Alguns até gostam de se exibir e expor a sua vida a quem quer que seja. O u t r o s t ê m u m a legião de seguido-res ávidos em saber detalhes da sua vida. Essa obsessão pelo outro ficou mais evidente com o anúncio de sepa-ração dos jornalistas Fátima Bernardes e William Bonner. Em poucos minutos os dois se tornaram o assunto mais comentado nas redes so-ciais. O futuro amoroso dos dois virou um capítulo à parte, que ainda vai render muitos comentários.

O Programa de Parceria de Investi-mentos, coordenado pelo secretário exe-cutivo da Presidên-cia, Moreira Franco, é uma das alternati-vas do governo fe-

deral para voltar com investimentos em obras prioritárias de infraestrutura a serem realizadas pela iniciativa privada. Para Moreira Franco, afastada a incer-teza política, a tarefa agora é a de conso-lidar um ambiente concorrencial mais oxigenado. Na lista para as concessões estão incluídos aeroportos, ferrovias, rodovias, terminais portuários, blocos de petróleo e obras de saneamento.

VIDA ALHEIA

Beto Barata/PR

O setor produtivo vem mês a mês melhorando o seu humor e a confiança na economia brasileira. Mas essa boa vontade dos empresários com o pre-sidente Michel Temer tem prazo de validade. Se o governo não apresentar regras claras e segurança

jurídica, os investimentos não voltarão. Outro recado dos empresários é em

relação ao custo e ao tamanho do estado. Sem fazer o dever de

casa, fica difícil acreditar que haverá mudanças na con-

dução da econo-mia do país.

OTIMISMO

PARCERIA DE INVESTIMENTOS

O polêmico projeto de legalização dos jogos de azar, que tramita no Congresso Nacional, ganhou mais um forte argumento. O relator da proposta, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), usou as informa-ções da World Lottery Association para dizer que so-mente no mercado de loterias os jogos movimentaram US$ 400 bilhões, em todo o mundo no ano de 2014, dos quais o Brasil teve participação de apenas 1% com as loterias administradas pela Caixa. Bezerra acredita que, legalizados, os jogos de azar podem significar uma arrecadação de 29 bilhões de reais em tributos, em um período de três anos. O projeto, que chegou a ser en-viado ao plenário do Senado para votação, voltou para a Comissão de Desenvolvimento Nacional.

JOGOS DE AZAR

VIVER Setembro 9 - 2016

POR SUELI COTTA | [email protected]

A solução do governo para um problema é usualmente tão ruim

quanto o problema. Milton Friedman

RECEPÇÕES

Antônio Cruz/ABr

Divulgação/TV Globo

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TEREZINHA MOREIRA

O uso da criatividade está dando o tom nas campanhas majori-tárias das eleições de outubro,

que têm recursos escassos por causa da proibição de doações de pessoa ju-rídica para candidatos e partidos po-líticos. Não apenas em virtude disso, mas também pelo crescimento do uso da internet, ela está sendo mais explo-rada na corrida pela prefeitura de Belo Horizonte. “Esse pleito permitirá que as campanhas gastem menos dinhei-ro porque têm a disponibilidade e in-teligência da tecnologia a seu favor. Há alternativas de postagens orgâni-cas e impulsionadas nas redes sociais e isso é bom porque os eleitores não aguentam mais campanhas que po-luem as ruas com papéis”, destaca o marqueteiro da campanha de Rodrigo Pacheco (PMDB), Roberto Hilton.

Ele diz que as produções se torna-ram mais acessíveis, por causa da re-dução dos custos em virtude da queda na arrecadação. “As campanhas es-tão se tornando muito inteligentes em tecnologia, que chega para reduzir custos”, assevera Hilton. Ele conta que usa um software norte-americano, que permite acompanhar o desem-penho on-line da campanha, o com-portamento da mídia e do eleitor

Fotolia

VIVER Setembro 9 - 2016

E LE IÇÕES

Grana curtaEm tempos de arrecadação menor para as campanhas, candidatos a prefeito de Belo Horizonte apostam na criatividade e interatividade, por meio das redes sociais

em relação às ideias do can-didato. “O candi-dato tem de ser criativo, inovador e usar a inteligência da in-formação para formular propostas, achar soluções novas para velhos pro-blemas de Belo Horizonte”, pondera sobre a estratégia de Rodrigo Pacheco para conquistar os eleitores belo-ho-rizontinos.

Acostumado a campanhas mais modestas, o deputado federal Luis Tibé (PTdoB), diz que a mudança nas doações não impacta tanto em sua chapa na disputa pela PBH. “Pra nós, não tem muita diferença porque sempre tivemos recursos escassos nas campanhas. Sempre apostamos na criatividade. É o que estamos fazen-do e também vamos continuar tra-balhando com o que temos, usando a militância voluntária, que é muito forte”, diz o candidato do PTdoB. Para

ele, a proibição das doações de em-presas não equaliza as campanhas de grandes e pequenas legendas porque o problema maior de desigualdade está no tempo de TV. Tendo disputa-do apenas uma eleição majoritária, a de governador, há algum tempo, Tibé diz que a corrida para o Executivo é outra campanha. “Tudo fica concen-trado em BH, não há deslocamentos para outras cidades”, destaca o can-didato que aposta no contato direto com os eleitores nas ruas, e também na internet, porque todos os cida-dãos estão mais conectados. “A inter-net terá muito poder nestas eleições”, sentencia Tibé.

A proposta do candidato do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, é romper com o atual modelo políti-

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co que, segundo ele, está falido e cria candidatos e conteúdos artificiais. Para o petista, todos os partidos polí-ticos devem pedir desculpas aos elei-tores brasileiros. “Estamos fazendo campanha sem marqueteiro, sem panfleteiro, sem palanque, sem gas-tança de dinheiro. Apostamos numa campanha com muito conteúdo, que diz como será feito e não que vai fa-zer. Não é verticalizada, nem tem aquela velha estrutura de coordena-dor, marqueteiro”, assevera Lopes. Segundo ele, ao invés de centralizar as decisões dos programas de TV e rá-dio em um marqueteiro, foi feita con-tratação direta de profissionais destas áreas para pensar e concretizar estas ações. Outra inovação da campanha do PT na corrida pela PBH é a cria-ção de uma plataforma digital de arre-cadação. “Temos dois objetivos com isso: contribuir no campo das ideias e propostas e de pequena contribui-

ção financeira, a partir de 10 reais”. Os gastos da campanha de Reginaldo Lopes e Jô Moraes (PCdoB) estão pre-vistos em 5 milhões de reais. A chapa vai usar bastante as redes sociais, não contratará cabos eleitorais e fará o mí-nimo de material gráfico. “Teremos muito conteúdo digital”, diz Lopes.

Para o diretor da Solution, agência responsável pela campanha do depu-tado estadual João Leite (PSDB), Fer-nando Campos, esta é a campanha da negociação. “Todos têm de se adaptar

a esse novo momento”, diz, referindo--se ao nível menor de arrecadação. Em sua visão, a força do candidato tem mais peso nesta campanha, que não será ganha pelo poder econômico. “Isso me deixa satisfeito porque o can-didato a ser escolhido será o que resu-me os desejos da população, que quer gente honesta, transparente e que ad-ministre a cidade de forma comparti-lhada com ela”, diz Campos. Para ele, o meio digital terá força muito grande nesta eleição, e na campanha de João Leite também, que vai conversar o tempo todo com os eleitores. Além da interatividade, o digital, em tempos de grana curta, barateia os custos. “A po-pulação tem condições de identificar o melhor candidato e fazer sua escolha com mais confiança. Rádio, TV e inter-net têm papel preponderante na dis-puta. Mas as redes sociais têm papel diferente porque são real time”, anali-sa Campos.

As campanhas eleitorais deste ano

são fi nanciadas exclusivamente por doações de pessoas

físicas e pelos recursos do Fundo Partidário

Programa ajuda alunos de natação a alcançarem objetivos

Flex Time traz horários fl exíveis de natação e fi chas individualizadas conforme perfi l dos alunos

Os benefícios da natação já são muito difundidos, como trabalhar di-versos grupos musculares, além de melhorar a capacidade respiratória, por exemplo. O contato com a água também auxilia no relaxamento de tensões do dia a dia, bem como na re-cuperação de lesões, e, poder usufruir de todas as vantagens da modalidade de forma individualizada e fl exível é um dos principais objetivos do Flex Time.

A professora da Cia Athletica, Fa-bíola Ortenzio, explica que, neste pro-grama, os treinos são preparados de forma individualizada, de acordo com os objetivos e os perfi s dos alunos. “Cada aluno chega com um objetivo, que varia desde a recuperação de le-sões, preparação para uma compe-tição, melhoria do condicionamento físico ou até mesmo aprender a na-dar, entre outras. Assim, com a per-

sonalização das fi chas, a chance de o objetivo ser alcançado é muito maior”, explica.

A aluna Maria Goretti de Carvalho Pinto, é um exemplo de quem con-quistou seu objetivo, que era nadar bem. “Eu intensifi quei meus treinos desde 2008, quando me aposentei, e as fi chas personalizadas funcionaram muito bem para mim. Esse formato de treino contribuiu para que eu corrigis-se cada nado, e hoje meu estilo é mui-to mais apurado, o que me deixa muito realizada”, conta ela.

Além disso, outra vantagem apon-tada pela professora Fabíola Ortenzio é que os alunos podem se organizar para treinar em um quadro de horários fl exíveis conforme sua disponibilidade. Em um mundo cada vez mais corrido, poder usufruir de um espaço em que é possível praticar sua atividade física

sem um horário pré-defi nido, pode ser um fator decisivo para a manutenção dos treinos. “Hoje em dia, a rotina de todos é muito agitada e, de um mo-mento para outro, pode surgir uma brecha na agenda, ou aquele espaço reservado para a academia pode de-saparecer também. Assim, oferece-mos três períodos ao longo do dia, e os alunos podem aproveitar essa fl exibili-dade a seu favor, para não deixarem de lado o exercício”, reforça. Os horários oferecidos são das 6h15 às 9h, das 11h30 às 14h e das 17h30 às 21h30.

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Base divididaMal saímos de uma crise e já mergulhamos em outra

que, aparentemente, é ainda mais profunda. O “racha” na base de apoio do presidente Michel Temer terá, ine-vitavelmente, consequências desastrosas para o país. Coloca em xeque a aprovação dos ajustes necessários à economia e que, ao serem sustentados como projetos de governo, alimentaram expectativas positivas nos investidores, sentimento que se esvazia na medida em que se vê a base de apoio se enfraquecendo com a divi-são. Se já era difícil certa unidade, praticamente impos-sível se torna com a divisão já instalada.

O Brasil, repetirão o velho refrão, é maior do que a crise e vai sair dela. Vai sair de mais uma. Pode ser que saia, mas, muito provavelmente, apenas andaremos de lado no atoleiro como, aliás, sempre fizemos, se tiver-mos juízo. Quanto mais demorarmos a encontrar uma saída, pior será. O mundo, é preciso perceber, mudou sua velocidade. O avanço tecnológico distancia os pa-íses. Enquanto patinamos nas crises, aumenta o fosso que nos separa dos países mais desenvolvidos. Enquan-to brigamos, o mundo avança, deixando à margem do mercado os que não foram capazes de aumentar sua competitividade com o desenvolvimento tecnológico e montagem de uma infraestrutura moderna.

Não temos sido capazes nem de um, nem de outro. A indefinição de nosso modelo econômico, nossa le-gislação antiquada e dúbia, nosso despreparo político, nossa imensa corrupção, aliada a uma impunidade sem igual, vão isolando o Brasil. Temos imensas riquezas, atrativos naturais e um mercado potencial enorme que, infelizmente, não sabemos explorar. Somos travados por práticas políticas e por políticos ultrapassados, incapazes de perceber que a mesquinharia nos coloca

para trás. Agora mesmo, com esta longa batalha pelo impeachment, que se cuida de alongar no Legislativo, vão deixando questões sem solução. Vamos deixando de criar as condições de atração de investimentos.

E recursos externos são o que mais necessitamos agora. Não temos poupança interna para realizar os investimentos que podem nos tirar do sufoco, estabele-cendo as condições indispensáveis para o crescimento sustentável. Não dispomos de capital para investir no básico do básico, como rodovias, ferrovias, aeroportos e transportes marítimo e fluvial. Não temos recursos para investir em saúde, educação e segurança. Não temos recursos para pesquisas, para novas tecnologias. E mes-mo assim nos recusamos a abrir nossa economia para o mundo. Até quando? Até quando vamos continuar vivendo o ontem, aliás, o antes de ontem, submetendo o país a pequenos e barulhentos grupos que assustam go-vernantes populistas, mais preocupados com a próxima eleição do que com as próximas gerações.

O Brasil precisa ter a coragem de mudar. Não mudar de forma autoritária. Mudar através do diálogo, do enten-dimento. Não há como continuarmos com o discurso do nós contra eles. São décadas e décadas dessa prática que inviabiliza as mudanças. Algumas propostas indispen-sáveis estão estigmatizadas e são de difícil implemen-tação. Difícil, mas não impossível. Para tanto, é preciso abrir logo o diálogo. De nada adianta o capital ficar de um lado, conversando entre si, enquanto o trabalho se arrancha em trincheiras de grupelhos intransigentes. Não será assim que vamos superar crises e estabelecer regras sólidas e confiáveis para construir uma economia sustentável, que assegure condições de vida digna para a população. Enquanto ficamos de cara virada para a realidade, avoluma-se o número de desempregados, de cidadãos que perdem sua renda, sua condição de susten-tar sua família. Sua dignidade. É preciso acordar para a realidade. Importante não perder de vista que o emprego é a última coisa que se recupera após uma crise. Se não formos altruístas, se não tirarmos o olho do próprio um-bigo, não iremos a lugar algum. Continuaremos atolados na própria pequenez política.

Paulo Cesar de Oliveira, jornalista

Paulo Cesar de Oliveira

Quanto mais demorarmos a encontrar uma saída, pior será. O mundo, é preciso perceber, mudou sua velocidade

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Falta competitividade

Entrevista Sergio Leite de Andrade

Presidente da Usiminas e vice-presidente do Instituto Aço Brasil diz que é preciso dar condições competitivas à indústria brasileira, principalmente à cadeia do aço, e analisa a relação injusta com o mercado chinês

26 Fotos: Juliana Flister/Agência i7

O mercado do aço no mundo passa por uma reviravolta, desde que a China começou a ditar as regras do setor. De 5% da produção, os chineses passaram a responder por 50% nos últimos 15 anos, fato que impôs aos países produtores reestruturação drástica. No Brasil, o efeito da invasão chinesa também teve um agravante: as empresas, estimuladas pelo aumento do consumo e pelas perspectivas de crescimento da economia, investiram alto. Mas foram surpreendidas com a forte crise política e econômica que se estende desde

2014. Foi nesse ambiente pouco animador, que Sergio Leite Andrade assumiu, em maio deste ano, a presidência da Usiminas. Há 40

anos na empresa, passou por vários setores, inclusive a vice-presidência de Negócios, Siderurgia e Comercial. Focado em buscar melhores resultados, as mudanças implementadas por ele na empresa começam a surtir efeito.

O mercado do aço tem sido muito afetado pela China. A primeira viagem internacional do presidente Temer foi para lá. O assunto do aço deveria ter entrado na pauta da viagem?No início dos anos 2000, a China representava 5% da produção mundial de aço e da capacidade instalada. Hoje, representa 50%. Em um universo de dezenas de nações produtoras, só a China detém 50% da produção. E desses 50%, a grande maioria é de propriedade estatal, em que a indústria é agraciada com subsídios, financiamentos de custo baixo. Sabemos que o custo da mão de obra na China, comparado aos custos ocidentais, é muito mais baixo. Mas são vários os fatores que levam a uma reflexão muito importante se a China é, ou não, uma economia de mercado. Sou vice-presidente do Instituto Aço Brasil, e para nós, que representamos toda a indústria do aço brasileiro, a China não é uma economia de mercado. Já levamos isso ao governo e realizamos um trabalho no sentido de dar isonomia e condições competitivas à indústria brasileira, especificamente à cadeia do aço e toda a cadeia que envolve nossos clientes. Temos levado essas questões ao governo federal e nos reunimos, permanentemente, com os ministros. No governo anterior, fizemos diversas discussões em relação à China, do seu

POR SUELI COTTA

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reconhecimento ou não como economia de mercado, e a posição do governo anterior, sempre de uma forma muito clara, era a de que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, portanto, o governo brasileiro não pode atuar contra a China. Temos a confiança de que o governo Temer mude essa posição e que tenha levado nessa sua viagem à China, a busca de um equilíbrio, que permita à indústria brasileira concorrer de forma equilibrada com a chinesa.

Qual é a produção brasileira de aço?O Brasil hoje tem capacidade instalada de produção de aço na ordem de 50 milhões de toneladas, para uma capacidade mundial de 2,1 bilhões de toneladas/ano. O Brasil representa 2,5% da capacidade global. Não é muito, mas não é pouco. O grande foco da indústria nacional do aço é o mercado interno. Na Usiminas, a nossa linha estratégica sempre foi 80% dos nossos negócios no mercado interno e 20% na exportação. Se havia desaquecimento no mercado interno, aumentavam-se as exportações e mantinham-se as unidades a plena carga. No momento, nem a Usiminas, nem as demais empresas do setor estão conseguindo fazer isso. No mercado interno, estamos em uma situação de depressão muito forte em relação ao consumo do aço. O Brasil teve, nos últimos 40 anos, consumo per capita de aço da ordem de 100 quilos/ano. Pesquisei as 30 maiores economias mundiais produtoras de aço e verifiquei como foi ao longo dos últimos 50 anos a evolução do consumo de aço. Fomos a única economia que teve o seu consumo

oscilando ora para mais, ora para menos, de 100 quilos de aço por habitante/ano, o que é muito baixo. Nos países industrializados, nas economias já maduras, esse consumo é da ordem de 300 a 500 quilos. O Brasil tem grande potencial.

O senhor assumiu a Usiminas no início do ano e implementou algumas medidas. Elas atingiram o objetivo?A Usiminas enfrentou neste ano o pior momento da sua história. A situação operacional, no que se refere à posição de caixa e geração de resultados, atingiu estado gravíssimo. No campo do caixa, iniciamos 2 ações extremamente importantes em março, que foi o aumento de capital e a renegociação da dívida. O aumento de capital foi concluído em junho, também foi aprovado, por unanimidade, o aumento de capital da Usiminas em 1 bilhão de reais. Esse aumento é extremamente importante para dar uma posição de caixa necessário para a condução dos negócios. O nível de caixa no início do ano não estava nos permitindo conduzir os negócios da forma adequada e necessária. Estamos, agora, na fase final da 2ª ação do campo do caixa, que é a da renegociação da dívida. Temos dívida de 7,2 bilhões de reais, e chegamos a ela nos anos de 2007, 2008 e 2009, quando tomamos uma série de decisões de investimento para colocar a Usiminas de forma competitiva e em condições de atender a uma expectativa de crescimento do Brasil, que havia naquela época. Investimos 14 bilhões de reais, instalamos novas linhas, aprimoramos nossos processos,

Entrevista

Sergio Leite de Andrade

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“No mercado interno, estamos em uma

situação de depressão muito forte em relação

ao consumo do aço”

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aumentamos a nossa capacidade de geração de laminados planos.

Aumentaram a capacidade de produção para atender a demanda?Tínhamos capacidade instalada, em 2008, de 7,2 milhões de toneladas/ano e passamos para 9,5 milhões. Metade dos 14 bilhões de reais investidos foi de recursos próprios e os outros 7 bilhões com financiamentos, daí a origem da dívida. A nossa expectativa era de que, terminados os investimentos e com o crescimento esperado para o Brasil, começássemos a gerar resultados. Mas, o momento em que os investimentos foram concluídos, coincidiu com o de forte declínio da economia brasileira. Quando tomamos a decisão de investir, a nossa expectativa era a de que estivéssemos, neste momento, com o consumo de aços planos em 18 milhões de toneladas/ano. O consumo previsto para 2016 é de 9 milhões de toneladas. Às vezes, questionam se foram tomadas decisões equivocadas. Mas digo que tomamos as decisões certas para o momento que estávamos vivendo, para as perspectivas que o país tinha. O que deu errado foi o Brasil.

Quais as medidas tomadas depois de criada esta situação?Em 2016 tivemos que amortizar essa dívida. Pelos contratos originais, teríamos que amortizar 1,6 bilhão este ano, 1,7 bilhão em 2017 e 1,9 bilhão em 2018. Para uma empresa, que no seu balanço de 30 de março, fechou o período de 12 meses anteriores sem gerar nada, não havia condições de pagamento. Fizemos renegociação, que está em fase final, que tem como base o reescalonamento da dívida em 10 anos, com prazo de carência de 3 anos. A situação de caixa está normalizada na Usiminas. Mas o nosso maior desafio é gerar resultados. Temos que transformar a empresa de geradora negativa de resultados para positiva. Trabalhamos intensamente nessa ação da Usiminas

e na 1ª reunião tomamos a decisão de criar um grupo de profissionais de larga experiência e altamente capazes na empresa, representando todas as áreas, batizado de grupo dos 10.

O que eles vão fazer?A missão e o desafio é de prestar assessoria à diretoria, propondo ações para que possamos gerar, de junho a dezembro deste ano, um ebitda de 100 milhões de reais de média mensal. O grupo trabalha intensamente. Os resultados começam a aparecer.

Qual a fórmula usada?Nós temos 5 blocos. O 1º deles é o projeto Cubatão, em que mudamos o modelo de negócios. Ao invés de usarmos como matéria-prima o minério e o carvão, passamos a usar placas, que é novo para a Usiminas. Estamos aprendendo e o desafio é tornar Cubatão sustentável e rentável. O 2º é o de Ipatinga, que otimiza as nossas operações de redução de custos. Ipatinga é uma unidade que gera resultados, mas tem potencial para ter geração de resultados ainda maior. O 3º projeto é na área de recursos humanos. O principal, que já desenvolvemos, foi uma reestruturação da empresa, em que já capturamos redução de custo na ordem de 20%, que consideramos pouco, e vamos fazer uma 2ª etapa, com demissão na área gerencial. O nosso 4º bloco de ações é no campo de suprimentos e envolve contratos de todas as naturezas. Vamos ter que rever os contratos para ter redução de custos. O 5º bloco é o das receitas, em que estamos atuando não somente na busca de aumento de volume nas nossas vendas, mas no aumento dos preços dos produtos. Todas essas ações estão em curso. A empresa está trabalhando de forma muito unida, em equipe. Precisamos ser ágeis, já que não temos tanto tempo. A situação da Usiminas é crítica. Não podemos perder um dia sequer.

Entrevista

Sergio Leite de Andrade

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“Temos que transformar a empresa de geradora negativa de resultados para geradora de resultados positivos. Nós estamos trabalhando intensamente nessa ação da Usiminas...”

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Fotos: Juliana Flister/Agência i7

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VIVER Setembro 9 - 2016

A importância das eleições

No primeiro domingo de outubro – dia 2 – os minei-ros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores dos 853 municípios do estado e, por algumas razões, esse ano os eleitores terão menos tempo para conhecer os candidatos. A primeira delas é a decisão do Supremo Tri-bunal Federal (STF) de proibir doações de empresas para financiar as campanhas. A segunda é a Operação Lava Jato que, além de também inibir eventuais doadores, colocou sob o foco dos eleitores vários partidos acusados de envolvimento com a corrupção.

É neste cenário que o eleitor terá que decidir o seu voto e é bom que se prepare bem para identificar e es-colher os melhores candidatos. Afinal, apesar da impor-tância menor que se dá às eleições municipais, quando comparadas com as estaduais e federais – incluindo go-

vernadores, senadores e até o presidente da República –os municípios são a base de tudo. É neles que as pessoas moram e enfrentam seus maiores problemas - nos seus bairros e até nas suas ruas. O presidente da República ja-mais se preocupará com eles – com o buraco na porta de casa, com o ônibus que não chega, com a falta de escola e com a ausência de policiais para garantir sua seguran-ça. Quem cuida disso são os vereadores e o prefeito.

Mas os vereadores e os prefeitos também são os principais cabos eleitorais que trabalham para eleger deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e o presidente da República. E são esses que tomam decisões que afetam direta e profundamente a cada um de nós, tais como aumento de impostos, re-forma da Previdência, reforma das leis trabalhistas, taxa de juros, políticas para a saúde, transportes, educação e segurança pública.

A primeira decisão é agora, com a escolha de ve-readores e de prefeitos. Em 2018, teremos a segunda etapa, com a eleição dos deputados estaduais, federais, governadores, senadores e do presidente da República. O importante é escolher com consciência para evitar que depois de alguns meses os eleitores nem se lembrem mais dos nomes dos vereadores e do prefeito em quem votaram, ou, se lembrarem, tenham vergonha de dizer os seus nomes.

Tenho dito sempre que os grandes avanços econô-micos – que garantem empregos de qualidade para os trabalhadores e riqueza para municípios, estados e o país – são consequência de decisões de grandes líderes políticos. Como governador de Minas, Juscelino Kubits-check construiu estradas, criou a Cemig e fez a Pam-pulha, que acaba de conquistar o título de Patrimônio da Humanidade, com a beleza das obras de Niemeyer, Portinari e Burle Marx. Como presidente da República, construiu Brasília. Rondon Pacheco trouxe a Fiat para Minas e mudou a história da indústria mineira. Itamar Franco fez o Plano Real.

Por todas essas razões, o Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais*, constituído pelas ins-tituições representativas do setor produtivo mineiro, acompanha com atenção, interesse – e preocupação – as eleições municipais de outubro próximo. Nosso partido são as nossas cidades e os nossos candidatos, em cada um dos 853 municípios mineiros, serão aqueles que melhor expressarem compromisso com os princípios e valores de uma nova forma de fazer política e que, por seus atos, sejam capazes de conduzir nossas cidades pelos caminhos do desenvolvimento sustentável, com crescimento econômico e avanço social.

Vamos nos unir! É isso que Minas Gerais espera de cada um de seus habitantes – de cada um de seus eleito-res, de cada um de nós, de todos nós.

* O Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais é constituído por AC-Minas, CDL-BH, FCDL, Ciemg, Faemg, Fetcemg, Ocemg, Sebrae-MG, Federaminas, Fecomércio e Fiemg.

Olavo Machado é presidente da Federação das Indústrias do Estado de

Minas Gerais (Sistema Fiemg)

Olavo Machado

Nossos candidatos serão aqueles que melhor expressarem compromisso com os princípios e valores de uma nova forma de fazer política

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VIVER Setembro 9 - 201632

MIRIAM GOMES CHALFIN

Já se foi o tempo em que quadro-negro, livros, cadernos e lápis imperavam nas salas de aula.

Agora, eles dividem espaço também com lousas digitais, desktops, tablets, smartphones, internet, aplicativos... Isso mesmo, a tecnologia chegou para ficar e ajudar no processo de en-sino-aprendizagem.

Uma das grandes vantagens des-se arsenal tecnológico é tornar a aula mais atrativa. “Há envolvimento dos estudantes e sem perda de tempo. Dificilmente, percebe-se um aluno desmotivado”, atesta a doutora em

educação e professora do Centro Pe-dagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Selma de Moura Braga. A pedagoga diz que acredita na força das estratégias pe-dagógicas que inserem essas ferra-mentas como possibilidade de atuar na subjetividade dos estudantes. “Há apropriação do conhecimento, inte-ração e socialização, foco nas tarefas e compromisso com a qualidade da-quilo que estão produzindo. Ainda, o aluno deixa de ser um sujeito ouvin-te, que escuta a fala/explicação do professor, e passa a ser um aluno es-

A FAVOR DOENSINO COM TABLETS,

SMARTPHONES E APLICATIVOS PARA DIVERSAS DISCIPLINAS, A TECNOLOGIA CHEGOU PARA FICAR E AJUDAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

critor/produtor de algo”, acrescenta. O diretor-geral do Colégio Santo

Agostinho – Unidade Belo Horizon-te, Francisco Morales, afirma que o

ESPECIALE DUCAÇÃO

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uso do celular na sala de aula é in-centivado para fins pedagógicos. “Os alunos têm que perceber que a gen-te não vai na contramão deles. A es-cola que não for tecnológica não vai sobreviver”, destaca, lembrando que a instituição começou a introduzir esses recursos há cerca de 5 anos. “Hoje, o próprio ensino está inserido na tecnologia. Ela é o conhecimen-to”, reforça.

Nesse contexto, o colégio usa várias ferramentas que auxiliam no ensino. Uma delas é a plataforma de aprendizagem Moodle, que re-cebeu o nome de Conecsa e é usada a partir do 6º ano do ensino funda-mental. Por meio dessa sala virtual, o aluno pode acessar exercícios e ma-teriais complementares disponibili-zados pelo professor. Também pode compartilhá-los com os colegas. “As aulas ficam mais dinâmicas. O apli-cativo desenvolve a habilidade de

AppProva O que é: plataforma que auxilia alunos, instituições educacionais e corporações a se prepararem para avaliações, testes nacionais e concursos Disponível para: web, iOS, Android e Windows Phone Custo: gratuito (para uso do aluno, mas a escola paga para ter os relatórios)

Moodle O que é: plataforma de apoio ao processo de ensino-aprendizagem,

em que o professor posta conteúdos (arquivos, links e videoaulas, por exemplo) para os alunos Disponível para: web, iOS, Android e Windows Phone Custo: gratuito

Geekie Games O que é: plataforma adaptativa, credenciada pelo MEC, que propõe um ensino personalizado ao nivelar o conhecimento do estudante. Compreende as disciplinas cobradas no Enem

Disponível para: web, iOS e Android Custo: gratuito

Khan Academy O que é: plataforma de ensino adaptativo, que oferece exercícios, vídeos de instrução e um painel de aprendizado personalizado de várias disciplinas Disponível para: web, iOS e Android Custo: gratuito

Socrative O que é: plataforma que permite criar

questionários diversos para os alunos responderem, com resultado em tempo real Disponível para: web, iOS, Android e Windows Phone Custo: gratuito

Mangahigh O que é: plataforma que possibilita o aprendizado de matemática por meio de games Disponível para: web, iOS, Android e Windows Phone Custo: gratuito (para o aluno, mas a escola paga para ter acesso a todos os jogos)

AJUDA TEC | Uma força a mais nos estudos:

leitura e interpretação. Também é de grande ajuda para quem tem algu-ma dificuldade ou para quem quer ir além e pode acessar exercícios mais difíceis”, exemplifica o diretor-geral.

Outra ferramenta é o Socrati-ve, de avaliação on-line, aplicado nos ensinos fundamental e médio. Francisco Morales explica que a pla-taforma traz exercícios e avaliações do aprendizado, com resultado em tempo real. “Ele acaba motivando o aluno a analisar o que errou. Assim, o estudante vai saber o que preci-sa aprender mais, o que foi fixado. O resultado aparece também para o professor, que pode intervir tiran-do dúvidas e explicando as questões que tiveram mais erros”, diz.

Mais voltado para o ensino mé-dio, o AppProva – um banco de ques-tões do Enem e de universidades de todo o país – também faz parte dos aplicativos adotados pelo colégio. Aliás, segundo Morales, a instituição foi uma das pioneiras nessa plata-forma. Hoje, os alunos já ultrapassa-ram a marca de mais de 1 milhão de questões respondidas. “É um aplica-

tivo para treinar. Os alunos recebem feedback do que estão errando e conseguem mensurar o tempo de re-solução das questões.” Já o professor pode selecionar as questões no ban-co de dados e montar suas próprias avaliações, além de acompanhar o desempenho do aluno e do colégio.

Cofundador e CEO do AppPro-va, Matheus Goyas explica que a fer-ramenta, criada há 4 anos, mostra ao estudante seus pontos fracos e fortes e estabelece planos de estudos mais eficientes. Inclui todas as disciplinas, inclusive para concursos públicos e exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e banco com mais de 35 mil questões. Para o professor, permi-te economia de tempo: “Ele pode usar a ferramenta para criar exercícios e si-mulados e recebe tudo corrigido”.

Cursando a 2ª série do ensino médio no Santo Agostinho, Manue-la Cota Guimarães Mendonça Lage, 17 anos, diz que usa bastante o App-Prova. Também acessa o Socrative e o Conecsa. “O mais interessante do uso da tecnologia é que a aula fica mais dinâmica, informativa e

MARCELO MACHADO E TEREZA RAQUEL, alunos do Loyola: tecnologia permite maior interação na sala de aula

Juliana Flister/Agência i7

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atrativa. Além dos aplicativos, usa-mos computadores para criar traba-lhos e fazer pesquisas. É uma forma de ampliar mais o conhecimento, pois você tem acesso a coisas diferen-tes, e não só ao basicão”, comenta.

Aluno do 6º ano do Colégio Ba-tista Mineiro, Rafael Henrique Cas-tro Barbosa, 12, também aprova o uso da tecnologia na sala de aula, mas confessa que gosta mais do li-vro. “Já estou familiarizado com o celular e acho importante a tecno-logia porque os alunos ficam mais concentrados. Mas não pode fal-tar livro e caderno. Equilibrando os dois, o ensino fica mais divertido e dinâmico, a aula não fica chata.” A artista plástica Vanessa Soares Cas-tro Barbosa, mãe do garoto, diz que essa mudança é importante porque se trata da linguagem do momento. Também comenta que, a caminho de casa ou da escola, o filho pode adiantar pesquisas pelo celular.

A coordenadora Fernanda Ma-ciel reforça o que Rafael diz sobre o celular: “Os meninos ficam doi-dos para usar. As aulas ficam mais atrativas e os alunos, mais motiva-dos. A escola precisa entender e fa-lar a linguagem deles de maneira mais interativa”. Segundo Fernan-da, o Colégio Batista Mi-neiro utiliza, no 6º ano, a plataforma Adapta (com acesso a livros di-gitais, vídeos, comen-tários e atividades), em sala de aula ou em casa. A grande vantagem é que o professor pode acom-panhar as respostas em tempo real, além de ter à mão relatórios diversos. “O professor vai traba-lhar em cima desses da-dos para retornar à sala de aula e reforçar aqui-lo que não foi dominado ainda”, diz.

No colégio também são utiliza-das ferramentas como o Socrative e o GeoGebra, este último específico para álgebra e geometria, entre ou-tras. Na 3ª série do ensino médio, por exemplo, a plataforma Imagi-nie ajuda os alunos nas redações. Ela permite ao estudante escolher um tema, enviar sua redação e re-ceber a avaliação com os comen-tários dos corretores. “Também indicamos a plataforma do Enem, que serve como guia de orientação e oferece simulados. Tem o acompa-

nhamento do professor, que recebe relatórios com a performance dos alunos”, diz a coordenadora Junia Batista Tavares Marcossi.

O Colégio Unimaster – Grupo SEB aposta em tecnologia desde o início dos anos 2000, quando foi lan-çado o Projeto Digital. “É uma forma de oferecer ferramentas que possam fazer a conexão entre conteúdo e aprendizagem”, explica a diretora da Unidade Juniors e do Pré-Enem, He-len Cristina Paes. Segundo ela, o pro-jeto vem se aprimorando a cada ano

e, agora, acaba de lançar o Educacross, uma ferra-menta voltada para o en-sino de matemática por meio de jogos. Neste se-mestre, a novidade será testada no 1º ano do fun-damental, mas a propos-ta é se estender até o 5º. A grande vantagem é que, a partir da plataforma, o professor poderá moni-torar a aprendizagem do aluno, personalizando o ensino.

Helen Cristina adi-anta que, em outubro, será implantado o apli-

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MANUELA LAGE:forma de ampliar o conhecimento

Pedro Vilela/Agência i7

RAFAEL E VANESSA BARBOSA: ensino deve equilibrar livros e tecnologia

Pedro Vilela/Agência i7

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cativo Binóculo. “Será um canal de comunicação com os pais, em tem-po real. Eles terão acesso a notas, re-cados, fotos, informações da rotina da escola”, exemplifica.

Já o Colégio Loyola adotou, além do AppProva, os aplicativos Man-gahigh – de matemática e usado do 2º ao 8º ano do fundamental – e Scratch, uma espécie de rede social de programação em que o estudan-te entende o conteúdo usando o raciocínio lógico. “A partir do mo-mento em que o aluno vai criando um jogo, por exemplo sobre a Gré-cia Antiga, ele vai aprendendo o conteúdo”, explica o gerente de tec-nologia da instituição, Bruno Paim, acrescentando que este último é usado nos 6º e 7º anos do ensino fundamental.

Marcelo Machado, 12, do 7º ano, confessa que adora matemática e que o Mangahigh serve bastante para treinar e aprimorar. “Meu de-sempenho era bom, mas melhorou, principalmente nas questões com muitas contas”, diz. Segundo ele, quando o professor usa o aplicativo na aula, os alunos interagem muito, se esforçam para dar o melhor. “Per-cebo que eles melhoram a agilidade

mental para fazer cálculos. Como o aplicativo trabalha de acordo com o nível do aluno, o estudo é individu-alizado. Ele tem a chance de enten-der o que está errando e o sistema lhe mostra a forma correta de re-solver aquele problema”, destaca a assessora de matemática do ensino fundamental 2 e do ensino médio do Loyola, Rita Carvalho.

Além da sala de aula, o Loyo-la conta com um grupo de alunos, do 9º ano do fundamental à 3ª sé-rie do ensino médio, para avaliar o uso da tecnologia dentro da escola. Chamado #Tec, esse comitê anali-sa os aplicativos adotados e sugere modificações. Também pode avaliar

novas tecnologias. “O que a gente busca desenvolver nessas pessoas é a autonomia, o espírito de liderança, o trabalho em grupo e outras habili-dades que elas não desenvolveriam na sala de aula”, diz Bruno Paim.

A estudante Tereza Raquel da Silva, do 1º ano do ensino médio, faz parte do #Tec. “O que ele mais me ensina é trabalhar com a tecnologia e em equipe. Tenho autonomia”, diz. Na opinião dela, ainda há muita coisa a mudar no ensino com rela-ção ao uso da tecnologia. “Quando o professor leva tablet para a sala ou deixa o aluno pesquisar algo no ce-lular, é mais atrativo porque é a nos-sa linguagem. Procurar uma palavra no dicionário é mais chato do que na internet”, exemplifica. Entretan-to, segundo ela, alguns mestres têm certa resistência ao uso da tecnolo-gia porque são acostumados com o método antigo.

“Acredito que essa resistência tenha algumas explicações, entre elas o fato de tais ferramentas serem novidades didáticas e que precisam ser ajustadas no ambiente escolar. Tudo que é novo causa certo medo”, opina a pedagoga Selma de Mou-ra Braga, da UFMG. Segundo ela, os cursos de formação inicial de pro-fessores (as licenciaturas) não têm disciplinas que formam professo-res com olhar pedagógico para essas ferramentas. Já os cursos de forma-ção continuada muitas vezes fazem a inclusão digital do professor, mas raramente com foco pedagógico ex-plorando a tecnologia. Para piorar o quadro, ainda falta infraestrutura de informática, bons equipamentos e sinal de internet na maioria das es-colas. “Há que se investir mais em formação de professor, equipamen-tos, sinal de internet, pessoal de su-porte de tecnologia da informação nas escolas. Não basta dominar a máquina: é preciso saber usá-la pe-dagogicamente”, finaliza.

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Não basta dominar a máquina: é preciso

saber usá-la pedagogicamente”

Selma de Moura Braga, pedagoga da UFMG

NO COLÉGIO UNIMASTER, alunos usam tablets e a professora, lousa digital

Pedro Vilela/Agência i7

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FERNANDO TORRES

Depois da expansão do núme-ro de jovens universitários no país – alta de 25% entre 2004 e

2015, segundo o IBGE –, o ensino su-perior se vê às voltas com os efeitos da crise. O Sindicato das Mantene-doras de Ensino Superior (Semesp) prevê queda de 0,3% nas matrículas de 2016, reflexo da retração no finan-ciamento estudantil pelo Fies. Isso

combinado com o índice de evasões, entre 15%, nas instituições públicas, e 26%, nas particulares, conforme es-tudo da Hoper Educação.

Ainda assim, ingressar na facul-dade continua a ser concorridíssimo, especialmente em cursos tradicio-nalmente melhor remunerados e va-lorizados socialmente. Minas tem algumas das faculdades mais pro-

curadas do Brasil e repete a tendên-cia nacional. É o caso de medicina, que encabeça a lista da concorrência nas universidades públicas e parti-culares. “É uma justificativa históri-ca, baseada no mercado de trabalho. Mesmo com mensalidade superior a 6 mil reais, o jovem vê sentido em estudar medicina e iniciar a carreira com salário de 11 mil”, pondera Má-

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Cursos tradicionais continuam na lista dos mais concorridos, mas formações que aliam saúde e estética despontam como tendência

Prof issões em alta

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rio Sérgio Swerts, pró-reitor acadêmi-co da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas). Com sedes em Belo Horizonte e Alfenas, o curso re-gistrou 6.264 inscrições para 160 va-gas (80 para cada campus) em 2016. “Só na capital, tivemos concorrência de 40 candidatos por vaga”, diz. Os números se repetem na PUC Minas: ministrada em Betim, a triagem teve relação de 43,7 candidatos/vaga.

No ensino público, três ins-tituições mineiras estão entre as mais concorridas entre os fu-turos médicos: a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universida-de Federal do Triângulo Minei-ro (UFTM), em Uberaba. A Ufop tem nota de corte de 809,36, a segunda maior do país na formação, e relação de 106,06 candidatos por vaga, um total de 4.242 inscrições no segundo semestre e 1.905 no primeiro. “A alta procura do curso se deve não ape-nas à excelente avaliação no MEC, mas também à inser-ção do aluno nas práticas do sistema de saúde da cidade e da região desde os primeiros períodos. Além disso, temos tradição em assistência estu-dantil no sistema de bolsas e moradia”, diz o pró-reitor adjunto de graduação, Luciano Campos.

Minas também é líder em pro-cura no Sisu, o Sistema de Seleção Unificada do MEC que seleciona es-tudantes para instituições públicas via Enem. Com mais vagas ofertadas, administração é o campeão de ins-crições. Embora não esteja entre as formações mais concorridas, as no-tas de corte não são baixas. A UFMG, a mais procurada do país na cate-goria, registrou 733,8 em 2016. Já o Centro Federal de Educação Tecno-lógica (Cefet-MG), 716,84. Por não ser um curso tão caro, boa parte dos alunos se volta para o ensino priva-

UFMG1º Medicina2º Direito - noite3º Psicologia4º Direito - diurno5º Odontologia

UFOP * 1º Medicina2º Arquitetura3º Direito4º Artes cênicas5º Engenharia civil

PUC MINAS *1º Medicina2º Direito – campus

Coração Eucarístico3º Odontologia4º Direito – campus

Praça da Liberdade5º Psicologia

UNIFENAS1º Medicina – campus Belo Horizonte2º Medicina – campus Alfenas3º Odontologia4º Medicina veterinária5º Direito

UNILAVRAS1º Odontologia2º Direito3º Psicologia4º Arquitetura e

urbanismo5º Engenharia civil e

engenharia de produção

TOP 5Veja os cursos mais concorridos em 5 instituições públicas e particulares de Minas

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ral, ele atrai pelo prestígio social e a estabilidade. O estudante entra na faculdade já vislumbrando prestar concurso público”, analisa Campos. Mas o Sisu revela novidades, como artes cênicas, com 41,3 candidatos/vaga na Ufop. “Tínhamos baixa de-manda, mas, com a possibilidade de receber inscrições de qualquer lugar do país, a demanda cresceu muito”, conta o pró-reitor.

Saúde aliada à estética é outro nicho em alta. Odontologia lidera a procura, mas nutrição e educação fí-sica emergem como tendência, em-bora nem sempre apareçam nos rankings. Educação física foi o quar-to curso mais procurado no vesti-bular da Ufop do primeiro semestre,

com 37,8 candidatos/vaga. Nutri-ção, nono colocado, também foi bem disputado: 27,9 por vaga. Em

menor escala, as particulares re-petem a inclinação. A Unifenas re-gistrou 12,2 candidatos/vaga para odonto e 7,2 para educação física. “Conhecimentos ligados à estética e ao universo fitness têm tido grande atrativo nos últimos anos. Odonto-logia, por exemplo, voltou com força total depois de uma década de baixa procura. Agora, estamos lançando o curso de estética e cosmética”, proje-ta Swerts, da Unifenas.

No sobe e desce das profissões da moda, alguns cursos ficam para trás. Fisioterapia, fonoaudiologia, comunicação e as humanidades em geral são alguns deles, desinteresse motivado pelo mercado de trabalho inchado e a baixa remuneração. “O ensino superior, especialmente as instituições privadas, tem sido mui-to afetado pela retração de políticas públicas de financiamento. A neces-sidade de ações efetivas de captação e retenção dos alunos nunca foi tão premente”, afirma Flávia Hermeto, professora e analista de marketing do Centro Universitário de Lavras (Uni-lavras).

do. Dados coletados pelo portal Mi-nas Vestibular apontam que cerca de 120 instituições particulares disponi-bilizam o curso no estado.

Terceiro curso com mais inscri-tos no Sisu, direito é tão procurado quanto concorrido. “De forma ge-

*dados 2º semestre

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ELIANA FONSECA

Apesar da proximidade das pro-vas do Enem, que devem ocor-rer em novembro próximo,

ainda dá tempo de apostar num curso preparatório para enfrentar a marato-na de testes e, de quebra, se sair bem na corrida rumo à universidade. Ain-da que sobrem cursos, é preciso sa-

Fotolia

Muitos pontos no Enem

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Cursos preparatórios têm diferenciais para ensinar e posicionar bem o aluno na maratona de provas, que ocorre em novembro

ber exatamente a proposta de ensino que pode surpreender quem está nes-sa corrida. Desde ensinar a escrever, isso mesmo, fazer um texto disserta-tivo-argumentativo sem ressalvas, até utilizar a inovação através das tecno-logias e também, por que não, se valer das velhas e boas técnicas, o impor-tante é estar em sala de aula se sentin-do mais preparado. Corremos atrás de alguns dos melhores cursos da ci-dade para falar da proposta e dos di-ferenciais e para facilitar a sua escolha no momento de estudar para o Enem.

Saber escrever conta muitos pon-tos para o Enem, mas não se trata só disso. O Paidós, que tem como princi-pal diferencial o desenvolvimento da

habilidade de escrita do aluno, tem como objetivo final o desenvolvimen-to da linguagem do aluno. Sim, isso significa um texto irretocável, mas também um aprendizado que ultra-passa quaisquer provas e fica para o resto da vida. As aulas são seme-lhantes a oficinas e enquanto um alu-no pode estar apresentando algum tema, o outro está escrevendo sobre o assunto em questão. Assim, além de trabalhar o entendimento da rea-lidade, há outros conceitos também implícitos como argumentação, cla-reza, criatividade. “A pessoa que tem habilidade oral tende a ter habilidade escrita um pouco mais desenvolvida. Por isso trabalhamos muito a questão

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oral dentro da sala de aula”, diz a pro-fessora e proprietária do Paidós, Ana Paula de Sousa Duarte.

O método de ensino trabalhado por Ana Paula é o do Paidéia, criado pelo professor Edson Carlos há mais de 20 anos. Exercícios exclusivos fo-ram desenvolvidos através do méto-do e um ensino criativo dá liberdade ao aluno, que não fica formatado a regras no momento de escrever. O negócio, segundo a professora, é uti-lizar estratégias como o PPS (puxar para si). “Vemos que quanto mais o aluno aproxima seu texto da vida dele, mais escreve de forma criativa e sedutora”, observa Ana Paula.

A estratégia do curso preparató-rio do grupo Bernoulli é preparo forte e, para lidar com um conteúdo exten-so, a carga horária elevada é primei-ra premissa. São nada menos que 42 aulas de 50 minutos por semana, sem contar o dever de casa e o estudo pós-curso, que deve fazer parte da roti-na. É puxada, reconhece o diretor de ensino da instituição, Rommel Fer-nandes, mas necessária. “É impor-tante essa fase, a escolha, o sucesso, porque isso vai influenciar os alunos pelo resto da vida”, justifica.

Além da revisão de todo o ensi-no médio, Fernandes observa que dá mais carga aos conteúdos mais importantes, sem deixar de lado dis-ciplinas que também são exigidas no Enem. Sem falar nos simulados e também em produtos tecnológicos, como uma plataforma que avalia o resultado dos simulados com gráficos de desempenho, aplicati-vo para tirar dúvidas nos momentos do estudo. “E também outro diferencial são nossos professores, experientes”, reforça o diretor de ensino do gru-po Bernoulli.

Já no Determinante

Pré-Vestibular, o grande diferencial são as turmas reduzidas, em média 35 a 40 alunos, e o corpo docente de alto nível. O diretor administrati-vo do Determinante, Rafael Ribeiro, observa que o número pequeno de alunos possibilita uma maior proxi-midade, fazendo com que o profes-sor dê mais ênfase ao passo a passo, às soluções individuais. “Também utilizamos muito um software para avaliação do rendimento dos alunos, permitindo que haja uma análise de sua evolução”, diz Ribeiro. Apesar da grade básica de matérias, o diretor administrativo afirma que um dos

desafios da instituição é sempre estar atenta ao que está ocorrendo no mundo. Por isso, há grade regular de geopolítica, permitin-do ao aluno esse conheci-mento.

“Atualmente, o aluno tende a ler pouco, apesar de ter uma boa base. En-tão, falta uma análise da realidade e, se fizer uma redação com um tema que não conhece, o resulta-do não vai ser o esperado.

Então, sempre estimulamos o aluno a ficar ligado ao que está ocorren-do, interado, por isso ele tem que ler muito. É fundamental. Além disso, temos um profissional para acompa-nhar todos os momentos desse aluno em caso de dúvidas, apoio pedagógi-co, atendimento imediato”, comple-ta o diretor administrativo.

O Diferencial Ensino Personali-zado fez um caminho inverso ao da maioria dos cursos. Começou com aulas particulares e agora atende um número maior de alunos. Mas, se-gundo o diretor e professor Bruno Maia, não perdeu o referencial do contato mais personalizado com o aluno que garante não só uma maior interação, como também maior aproveitamento. “O nosso diferen-cial é esse atendimento personaliza-do. Estamos 24 horas por conta”, diz.

O professor afirma que é funda-mental essa estratégia já que o Enem tem um conteúdo muito massivo e extenso. “Os professores também têm uma longa estrada no ensino e trabalhamos em cima de provas an-tigas, ementas, para atender todas as necessidades de nossos alunos”, ex-plica Bruno Maia.

FRASE

“Atualmente, o aluno tende

a ler pouco, apesar de ter

uma boa base. Então, falta análise da realidade”Rafael Ribeiro

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ROMMEL FERNANDES, do grupo Bernoulli: 42 aulas por semana

Pedro Vilela/Agência i7

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MIRIAM GOMES CHALFIN

A escola é uma continuidade da casa da gente. É importan-te os pais saberem o que está

acontecendo lá e a criança fica mais segura com essa proximidade.” A afirmação da arquiteta Cristiana Iani do Nascimento Borja, mãe da Gabriela Iani, 4 anos, resume bem a importância da parceria entre fa-mília e instituição de ensino para o desenvolvimento dos pequenos. “Participar é fundamental para legi-timar e apoiar a escola na educação dos filhos, no seu processo civiliza-tório”, reforça a turismóloga Cyn-thia De Filippo Menicucci, mãe da Catherine, 3 anos.

As duas são exemplos de mães ativas, que fazem questão de parti-cipar das reuniões, dos eventos e de todo tipo de atividades da escolinha das filhas. Também não abrem mão de conhecer a proposta pedagógica e acompanhar, de perto, o desen-volvimento das crianças. As escolas, por sua vez, fazem a sua parte para aproximar, cada vez mais, a família do ambiente escolar. “As duas re-ferências primordiais para a crian-ça são a escola e a família. Temos que falar a mesma língua, trabalhar sempre juntos para não criar dile-mas para os pequenos”, afirma a coordenadora da Maple Bear – Uni-

dade Infantil Cônego Rocha, Marina Louise Coelho da Rocha Muzzi.

Segundo ela, a proposta pe-dagógica tem que estar alinhada com a filosofia que os pais acredi-tam ser a melhor para o filho. Para aproximar os protagonistas des-ta história, a Maple Bear promove, por exemplo, reuniões pedagógi-cas, comemorações e aulas abertas. Nestas, os pais são convidados a participar de uma rotina do filho. “É muito significativo a criança re-cebê-los para desenvolverem uma atividade juntos”, avalia. Também produz uma rica documentação pe-dagógica, com fotos e informações

GABRIELA IANI e a mãe, na Trilha: momento de contar história da fi lha

Pedro Vilela/Agência i7

Parceria entre família e instituição de ensino é fundamental para o desenvolvimento saudável e a autoestima da criança

Pais na escola

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detalhadas, de cada projeto desen-volvido pelo aluno.

A coordenadora da Trilha da Criança, Juliana Ottoni Cândido, destaca o projeto Pais na Trilha: a cada dois meses, um palestrante fala sobre determinado tema liga-do à educação. “Normalmente, são assuntos sugeridos pelos próprios pais, como a questão do limite, o uso de tecnologia”, exemplifica. Outra atividade que faz sucesso é o Baú de Brincadeiras, uma divertida maneira de os genitores ensinarem aos pequenos uma diversão da épo-ca em que eram crianças. “Quando os pais participam dos projetos, das atividades propostas, eles mostram que já foram crianças, retratam sua experiência de vida. Isso é muito importante, mexe com a autoestima do filho, ajuda na confiança dele. A família contribui com a escola para que a criança saiba que ela dá con-ta”, explica.

“A importância da participação dos pais é fundamental. É uma via de mão dupla: a criança vai se sen-tir segura vendo que, na escola e em casa, as pessoas estão alinhadas, agem da mesma maneira”, acres-centa a coordenadora da educação infantil e do ensino fundamental 1 do Colégio Colibri, Miriam Viscon-te. Como exemplo, ela cita a hora de tirar a fralda, que deve ser feita em conjunto. Miriam destaca que a presença ativa da família é um prin-cípio do colégio, desde a entrevista. “Fazemos questão que os pais es-tejam próximos, que saibam o que será feito durante o ano, o conteúdo programático, os objetivos, as ex-pectativas. No fim do semestre, tem um plantão de atendimento indivi-dualizado para eles saberem como foi o desenvolvimento da criança”, conta. As ações continuam ao lon-go do ano, para manter a família sempre perto. Toda sexta-feira, por exemplo, os pais são convidados a

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CATHERINE MENICUCCI e os pais: Maple Bear estimula atividades em família

Juliana Flister/Agência i7

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ceber os pais com um bate-papo sobre temas das áreas de psicolo-gia, nutrição, fonoaudiologia e co-ordenação. Serve de orientação para as famílias”, comenta a coor-denadora pedagógica Heliene Cris-tina Magnani. Outro exemplo é o Projeto Literário, que acontece em abril. Segundo Heliene, o evento tem toda uma produção artística e preparo dos pequenos para con-tar uma história. “Além de trazer a leitura como algo prazeroso para a criança, promove o encontro com as famílias”, frisa. Neste evento e nos demais, os pais são, inclusive, convidados a participar da deco-ração, produzindo materiais jun-tamente com os filhos. “Os alunos ficam muito motivados para en-saiar, para se apresentarem nas festas, para o momento de brincar com os pais. Eles vivem a expectati-va com muita motivação.” Segundo a coordenadora pedagógica, tra-zer a família para dentro da esco-la, como parceira, mostrando-lhe a importância do seu papel no de-senvolvimento da criança, significa maior qualidade para o desenvolvi-mento do aluno de forma global.

5 ATITUDESAções e comportamentos que favorecem a parceria entre família, escola e comunidade e que impactam positivamente no aprendizado:

1 Valorizar os professores, a aprendizagem e o conhecimento

2Promover as habilidades importantes para a vida e para a escola

3 Colocar a educação escolar no dia a dia

4 Apoiar o projeto de vida e o protagonismo dos alunos

5 Ampliar o repertório cultural e esportivo das crianças e dos jovens

Fonte: Movimento Todos pela Educação (www.todospelaeducacao.org.br)

conhecer os trabalhos feitos pelos filhos durante a semana.

A Escola Bilboquê também de-senvolve vários projetos para in-tegrar as famílias. Um deles é o Café com Prosa, realizado men-salmente. “É um momento de re-

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Começa o novo seriado

Apresentado ao vivo, terminou no último dia de agosto o episódio final do seriado que retratou as tramas que edificam o realismo fantástico da política brasileira.

Os primeiros episódios remontam aos idos de 2013 quando a população saiu às ruas clamando por mudan-ças na política, denunciando a corrupção e repudiando partidos políticos. Seguiram com as eleições presiden-ciais de 2014, suas farsas, mentiras e pirotecnias midi-áticas que resultaram na reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Em paralelo, foram surgindo cenas de corrupção envolvendo agentes públicos, políticos e empresários na mais ampla evidência da promiscuidade entre o pú-blico e o privado, sem pudor, sem limites éticos e com certeza da impunidade. A operação Lava Jato levou para a prisão empresários, políticos, tesoureiros de partidos e executivos de empresas estatais, por crimes que tive-ram origem no governo Lula.

Em 2015, o governo ficou desnudo. A economia en-trou em colapso. Inflação e desemprego em alta, contas públicas descontroladas. Foram reveladas práticas ile-gais de gestão orçamentária como as chamadas pedala-das fiscais no primeiro governo Dilma.

No final do ano, o presidente da Câmara acatou um pedido de impeachment da presidente, com base em evidências de ilegalidade restritas à gestão orçamentá-ria em 2015. Isso porque a legislação que regulamenta o processo de afastamento de presidente é anterior à emenda constitucional que admitiu a reeleição. A legis-lação estabelece que um presidente somente será afas-tado por crime cometido no seu mandato. A inclusão de práticas ilegais do primeiro governo poderia suscitar recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF). A trama continua.

Em 2016 seguem os episódios do processo de afas-tamento da presidente, a economia continua em queda e a operação Lava Jato, revelando mais crimes. Brasília cada vez mais distante do povo que sofre com desem-

prego e inflação, sem esperanças. Por fim, o episódio final. Com a decisão de 61 dos 81

senadores, a presidente foi afastada. Em mais um lance desse realismo político fantásti-

co, surge, então, a surpresa. Descumprindo o que está cristalinamente expresso no parágrafo único do artigo 52 da Constituição Federal, o senado preservou o direito da presidente para o exercício de funções públicas. Vale dizer, manteve seus direitos políticos, o que não fez com Fernando Collor, julgado sob o mesmo ordenamento jurídico. Dilma continua livre para exercer qualquer função na administração pública, quer seja por con-curso, por recrutamento amplo, ou por eleição. Seria a senha para a reconciliação?

Ao alterar dispositivo da Carta Magna, essa decisão do Senado inova na legislação brasileira e abre prece-dente para o benefício de tantos outros políticos que poderão ser afastados de suas funções, sem a perda do mandato, como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, por exemplo. Golpe na operação Lava Jato?

Começa agora o novo seriado da política à brasilei-ra. A presidente, que parecia morta politicamente até o início do seu julgamento, em manobra urdida por senadores, com o beneplácito do presidente do STF, ressuscita para continuar atriz no novo seriado; o presi-dente Temer, agora efetivo, se equilibra para manter sua maioria parlamentar, de olho no processo de cassação da chapa Dilma-Temer que corre no Tribunal Superior Eleitoral; os políticos cultivam novo alento para conter o avanço da operação Lava Jato; e o PT se organiza para tentar sua volta triunfal ao poder em 2018.

Os episódios da nova série prometem mais emo-ções, tramas e ardis, novas alianças e traições, ilusões e decepções. Vítima da ditadura e do golpe parlamentar, Dilma candidata novamente, em 2018? Dilma ministra de Temer? Temer cassado? Absurdo e realidade são in-gredientes desse mundo fantástico da política brasileira que não respeita instituições, ética, bons costumes e, sobretudo, não respeita seu povo. Preparem-se para novas surpresas e fortes emoções até 2018.

Paulo Paiva, professor da Fundação Dom Cabral. Ex-ministro do Trabalho e

do Planejamento e Orçamento no Governo FHC

Paulo Paiva

Em mais um lance desse realismo político fantástico, surge, então, a surpresa

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O Grupo VB Comunicação e o Grupo Doria, responsáveis pela revista Robb Report no Brasil,

realizaram no fim de agosto, no Con-domínio Terras de São José 2, em Itu, cidade próxima a São Paulo, o mais concorrido evento automotivo e de li-festyle do segmento premium: o Car of the year Brasil. Com patrocínio master do Bradesco Prime, trata-se de uma das mais charmosas e impor-tantes premiações do setor automobi-lístico. “Nós, historicamente, sempre procuramos patrocinar eventos que estejam atrelados ao público-alvo. Em particular, o banco tem segmen-tos de alta renda e no caso do Car of the year, o Bradesco Prime e o Brades-co Private apoiam porque as pessoas que estão aqui, de fato, ou são clientes ou potenciais clientes do banco. Há 4

anos que o banco patrocina e estamos muito contentes com a performance do evento”, enfatiza o vice-presiden-te do Bradesco, Maurício Minas. Ele conclui: “Eu, particularmente, sou um entusiasta por automóvel. Se olhar o conjunto da obra, a Alemanha é im-batível. E não por coincidência, vocês têm todas as grandes marcas alemãs aqui hoje. A experiência de dirigir BMW, Audi e Porsche é incomparável. Então, acho que o portfólio de produ-tos que estão sendo mostrados aqui é o melhor possível”.

O Car of the year Brasil se con-solidou pelo sucesso das edições an-teriores e vem colaborando com o crescimento do setor de automóveis com cobertura jornalística, mídia es-pontânea e visibilidade para todo o segmento. “Acredito que o evento em

2016 se consolida ainda mais como a principal ação voltada para os au-tomóveis de alta qualidade. E para a Robb Report e a VB Comunicação é um orgulho muito grande conseguir realizar este evento em um ano atípi-co, extremamente complexo no que diz respeito à economia, mas que para esse público permanece ativo, tanto pelas marcas presentes quanto pelas pessoas que aqui estão”, diz o diretor do Grupo VB Comunicação, Gusta-vo Cesar Oliveira. E completa: “Então, para a VB Comunicação, é uma satis-fação poder entregar esse evento no ano de 2016. E o que a gente espera é que 2017 seja, não só para nós, mas para o mercado brasileiro como um todo, um ano mais próspero, um ano mais condizente com o que o Brasil merece”.

Robb Report realiza quinta edição do Car

of the year e reúne público seleto no

condomínio Terras de São José 2, em Itu

Car of the year

VIVER Setembro 9 - 2016

PR E M IAÇÃO

Pedro Vilela/Agência i7

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O Gourmet Day é outra agra-dável atração do evento. O foco é em lifestyle e gastronomia, com so-fisticados pratos e bebidas que fo-ram servidos em diversas áreas do espaço. Houve pontos de alimen-tação com food trucks, queijos, coquetelaria, cervejas especiais, sorvetes, cafés, entre outras novi-dades, como a Tartuferia, que vai agradar a todos.

Marcas como Mestre Queijei-ro, Massas Pissani, Häagen-Dazs, Seara, Salton, Café Santa Monica, Cervejaria Madalena, Queensber-ry, Royal Sweet, Dom Taparro, Mr. Baker, Qualimpor, Cachaça Batista, entre outras companhias, oferece-ram degustação de seus produtos premium em grande estilo. Des-taque para o apoio da companhia Truckvan, maior fabricante de uni-dades móveis do Brasil. “É uma grande oportunidade que temos para mostrar para um público di-ferenciado, que preza pela quali-dade, o quanto nos adaptamos às exigências e sonhos de cada cliente e projeto, desenvolvendo produtos que geram mobilidade e estrutu-ra”, destaca o sócio-diretor da Tru-ckvan, Alcides Braga.

Para o entretenimento de to-dos os convidados, a novidade foi a clínica de golfe, ministrada pela ga-baritada escola do astro internacio-

nal Jack Nicklaus. Isso sem falar da recreação infantil, que sempre faz sucesso entre os pequenos, e que neste ano teve o apoio dos brin-quedos Estrela. E, por fim, a aten-ção das mulheres ficou com o Hey Pretty, um truck de beleza que fez maquiagem para as convidadas em ambiente único. “O retorno (ao Terras de São José 2) é um avanço. É um dia seguinte, uma página que a gente está construindo constan-temente. Um lugar extremamente prazeroso, muito bem constituí-do por pessoas e por empresários de todos os segmentos. Estar aqui no Terras de São José é uma satis-fação. Não tenho a menor dúvida de que é mais do que adequado para o evento e para o público ao qual se destina”, diz Gustavo Cesar, referindo-se ao retorno ao Terras de São José, depois de o evento ter sido realizado por 3 anos seguidos no Quinta da Baroneza.

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O evento ocorreu em dois dias. Na sexta-feira, 26 de agosto, os mais desejados automóveis disponíveis no mercado brasileiro disputaram a preferência do corpo de jurados, to-dos jornalistas especializados do setor automotivo (Heymar Lopes Nunes, Josias Silveira, Luiz Fabiano Mazzeo e Christian Sergio Gonçalves). Após guiá-los em um circuito fechado, eles avaliam os itens design, tecnologia, conforto, desempenho e segurança. Este primeiro dia foi fechado ao públi-co. No sábado, 27 de agosto, ocorreu o Gourmet Day, no qual, além da exi-bição dos automóveis participantes da competição, houve várias ações de lifestyle que enriqueceram o dia dos mais de 600 convidados.

A edição 2016 foi dividida nas se-guintes categorias de automóveis: Es-portivos (Audi R8, BMW M2 e Porsche 911 Carrera S), Luxo Esportivo (Audi RS3 e Golf GTI), Luxo (Audi A8 e BMW 750), SUV Premium (Audi Q7, BMW X4, Ford Edge, Lexus RX 350, Mitsu-bishi Outlander, Porsche Cayenne, Chevrolet Trailblazer, Volkswagen Touareg e Volvo XC 60), SUV/Crosso-ver (Honda HR-V, Jeep Renegade, Kia Sportage, Nissan Kicks e Volkswagen Tiguan), Sedan Médio (Audi A4, Che-vrolet Cruze, Honda Civic e Volkswa-gen Passat) e Pickups (Amarok, S10 e Fiat Toro). Cada uma delas teve um vencedor, e o carro que obteve a maior pontuação dos jurados, soman-do-se todas, ganhou o título de Car of the year 2016. O resultado final de to-das as categorias, bem como o gran-de vencedor deste ano, será divulgado na íntegra na próxima edição da re-vista Robb Report. Alguns dos carros mencionados fizeram sua avant-pre-miére no evento, caso do BMW Série 7, novo Civic e até o Nissan Kicks. Isso sem falar na exposição de autos como Lamborghini, Bentley, Ferrari e Aston Martin, todos levados pela Super Car-ros. Um show à parte.

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

VIVER Setembro 9 - 2016

GOURMET DAY: MENU SOFISTICADO

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A primeira semana de setembro marca um momento histórico para o esporte mineiro. Depois de décadas de espera e projetos frustrados, foi inaugurado, no início deste mês, o primeiro autódromo internacional do estado, o mais moderno do país. O Circuito dos Cristais, em Curvelo, conta com um traçado de 4.420m com longas retas e curvas desafi adoras. E o primeiro desafi o será a abertura do GP

Gerais, com as corridas do Mineiro de Motovelocidade (categorias Superbike, Supersport e Light) e Marcas e Pilotos (carros de turismo preparados com motores 1.600cc). Uma atração especial é categoria Touring. Ela é o espaço ideal para quem quer acelerar com toda a segurança usando o veículo de rua, de qualquer marca ou modelo. Ingressos e maiores informações no site www.gpgerais.com.br.

VIVER Setembro 9 - 201646

Como comprar um seminovo

Habemus pista, finalmente

Você sabe quais os principais cuidados a tomar na hora de comprar um seminovo? Se quiser fugir da dor de cabeça, vale assistir o mais novo vídeo do canal Seminovos BH Notícias no YouTube (http://www.youtube.

com/watch?v=Kog3BTG65_I). Nele há dicas importantes e cuidados fundamentais para fechar um bom negócio e não ter surpresas ruins. Ah, e toda quarta-feira tem vídeo novo na rede.

POR WILLIAM BONJARDIM

Dica da quinzena

Na onda da lei que passou a exigir o uso do farol baixo em rodovias, muitos motoristas têm acionado também as luzes auxiliares de neblina. Escapam de um problema, mas criam outro, já que o Código de Trânsito Brasileiro é claro sobre o tema. Farol de neblina deve ser usado apenas nos casos de nevoeiro, chuva e visibilidade reduzida, seja em ruas ou estradas. Fora disso, é infração de trânsito, punida com multa e perda de pontos na carteira.

C4 Lounge de coração novo

Representante da Citroën no concorrido segmento dos sedãs médios, o C4 Lounge ganhou coração novo na linha 2017. Sai o propulsor 2.0 e entra o mais moderno, econômico e potente 1.6 turbo THP, de 173cv. Se o visual praticamente não mudou, o francês tem no preço um atrativo forte para encarar Corolla, Cruze e Civic – a versão Origine, mais simples, parte dos R$ 69.990.

Seminovos BH Notícias

YSports/divulgação

COM RODRIGO GINI

& SEMI NOVOS

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Felip

e M

atos

o

casamento l formatura aniversário evento corporativo l l 31 3225.7303 l www.verdemusgo.com.br

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VIVER Setembro 9 - 201648

A gastronomia entrou na vida do chef, formado em biomedicina, graças à avó e virou sua grande paixão. No currículo do ipatinguense, restaurantes como O Dádiva, Osteria Mattiazi e Tchê Parrilla participam da trajetória de sucesso

INGREDIENTES(Porção individual)

180 g de fi lé de tilápia 30 g de fatias fi nas de bacon 50 ml de creme de leite fresco 10 ml de limão siciliano 10 g de açúcar 20 g de farinha panko 10 g de castanha-do-pará 10 g de manteiga sem sal Quanto baste de sal

MODO DE FAZERTempere a tilápia com sal, corte ao meio, enrole nas tiras de bacon e grelhe. Derreta o açúcar em fogo baixo, acrescente o creme de leite e o suco de limão; deixe reduzir. Triture as castanhas, junte com a farinha panko e doure na manteiga até fi car crocante. Sirva em um prato fundo.

Medalhão de tilápiacom creme cítrico e farofa crocante

Rafael de CarvalhoEnoteca Decanter

Receitas e muito mais nas redes sociais da Viver Gourmet. Siga Facebook: Viver Gourmet / Instagram: @vivergourmet

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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Automóvel Clube de Minas Gerais

Um restaurante com história, deliciosa gastronomia e público diferenciado! Atendimento e serviços reconhecidos desde 1925.

Venha experimentar!

Automóvel Clube de Minas Gerais, um lugar onde história e tradição moram juntos.

Reservas: (31) 3222-5416 - Setor de Eventos [email protected]

Av. Afonso Pena, 1394 - Centro - Manobrista no local

Almoço com buffet e a lá carte, de 12h às 15h.

Fabulosa feijoada no almoço de sexta-feira.

Jantar a lá carte de segunda a sábado, a partir das 20h.

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VIVER Setembro 9 - 2016

Enfim, sós...Passada a ressaca da Olimpíada, e agora que o impea-

chment é página virada, o país respira aliviado e, espera-se, deve começar a botar ordem na casa. É preciso que a classe política realize o seu mea culpa e não fique tão ofendida com a autoconfissão da senadora Gleisi Hoffmann, ao dizer que o Senado não tem condições morais de julgar Dilma. Ao abandonar a dialética para cair na discussão vulgar, os nossos congressistas criam fossos que os separam e geram cicatrizes que, ao se enraizarem na alma dos contendores, transformam-nos em criaturas birrentas e antipáticas aos olhos da nação. Como reflexo generalizado da política do “nós contra eles”, esse sentimento invade as redes sociais e cria uma nova forma de violência, consubstanciada na intolerância virtual. Extirpado o câncer que dividia a na-ção, e na esperança de que não sobrevenha metástase, é chegada a hora de uma política de conciliação nacional. O governo Temer já fez o seu test drive, razão pela qual não

mais poderá se escorar na desculpa esfarrapada da interini-dade, pois uma nova rotina terá que se impor. Em lugar de subordinar-se ao Senado para obter a legitimação no cargo, deverá perseguir os reais interesses do país.

Foi muito difícil atravessarmos os dois últimos anos em que não se falou de outra coisa senão do impeachment. Paralisou-se a vida do Brasil. A própria legislação que regula essa matéria, de tão ultrapassada e caduca, deveria entrar no bojo de uma nova reforma política. Uma lei de 1950 atrelada à Constituição de 1988 certamente não está em sintonia com o tempo atual, que requer celeridade e limites bem definidos. A dupla Renan Calheiros e Ricardo Lewan-dowski, em flagrante atentado contra o texto de nossa Carta Magna, inventou uma saída que agride à consciência da Nação.

Agora que estamos a sós com nossos problemas, preci-samos, outrossim, abortar a ideia de qualquer minirrefor-ma que tenha como pano de fundo conceder uma anistia dos malfeitos, principalmente para os partidos políticos que respondem por inúmeros inquéritos judiciais por cor-rupção e lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais.

O mundo desviou o olhar para outras plagas e devemos encontrar um caminho que assegure a retomada do cres-cimento sustentável do PIB. Isso se faz através de uma po-lítica econômica corajosa o suficiente para implementar as reformas, ainda que impopulares. A aprovação do “teto dos gastos públicos”, ainda que por um curto período, é urgen-te e necessária para colocar ordem na casa.

É bom ter em mente que estará de volta a famosa luta ideológica. Despida de uma bandeira ética, a nova oposição incitará as classes menos favorecidas contra o governo, baseada na falsa premissa de que lhes estariam sendo subtraídas todas as “conquistas sociais” que, por sinal já se evaporaram, adquiridas nos governos petistas. Aos verda-deiros políticos - e o exemplo de Antônio Augusto Anastasia (nosso senador triple A) prova que eles realmente existem -, cabe tomar a dianteira desse novo tempo, impedindo que novos baderneiros, profissionais da farsa, voltem a assal-tar os cofres da nação. Esse recado poderia começar a ser dado com a imediata cassação do mandato do famigerado Eduardo Cunha. Quem sabe, com isso, ele solte o verbo e leve consigo mais de uma centena de seus apaniguados, ajudando-nos a promover uma faxina ética e moral nesse cenário conturbado, onde impera a Lei de Murici, na qual cada um cuida de si. As consultorias e palestras deixariam de contribuir para nosso crescente estado de putrefação.

Mas como nada no Brasil acontece sem que andemos para trás, o julgamento, no STF de um recurso que pede o fim da prisão de condenados em segunda instância, assim como a agressão perpetrada contra a constituição no jul-gamento de Dilma Rousseff que a tornou inimputável pelo Senado, têm o claro objetivo de beneficiar os demais com-ponentes desse time que a Justiça está por alcançar. Em ambos os casos, um entendimento diferente do, até então, dominante, nos fará atingir o cúmulo da demagogia e do estímulo à corrupção neste nosso pobre país, celeiro de ím-probos. O STF, se assim proceder, estará fazendo beicinho, como Gilmar Mendes, para todos aqueles que sonham passar o Brasil a limpo. Resta-nos, no entanto, o consolo de que esses “abnegados” renegados estariam sujeitos à lei da Ficha Limpa, continuando impedidos de se candidatarem a qualquer cargo eletivo. Ou não, também?

Wagner Gomes, administrador de empresas

Wagner Gomes

É bom ter em mente que estará de volta a famosa luta ideológica

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P O R F E R N A N D O T O R R E S

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Pinçamos algumas das novas aulas que mais fi zeram sucesso na 13ª edição do Encontro Nacional de

Atividades Físicas (Enaf-BH), em agosto. Confi ra:

Upgrade na academiaFotos: Leo Araújo

O educador físico português Cláudio Silva se deu bem com a fama das brasileiras. Criou o Bum Bum Brasil, aula de ginástica localizada para fortalecer glúteos, abdômen e coxas, e faz sucesso do outro lado do Atlântico. “As europeias invejam o bumbum das brasileiras. Por isso, o nome”, entrega. A trilha em ritmo de Carnaval até passa a ideia de dança fi tness, mas o cronograma é bem sistemático. “As alunas fazem 8 tipos de exercícios em 30 minutos, como afundos, agachamentos, apoio e abdominais, um trabalho específi co por música”, diz. Mais que bumbum na nuca, a promessa é derreter 400 kcal.

Siga a Viver Melhor nas redes sociais: Facebook: Viver Melhor / Instagram: @viver.melhor

Sim, a dança fl erta com o pilates na modalidade Dance Ball, integrando ritmos variados a movimentos com a bola suíça. “O peso do acessório, cerca de 1,4 quilo, tonifi ca a musculatura dos membros superiores, gerando força”, relata a educadora física Juliana Krieger. Outro plus é a queima de gordura: pode chegar a 500 kcal no período de 45 minutos.

Embora tenha jeitão de HIIT, o TacFit foca mesmo é na recuperação dos movimentos. “A metodologia,

criada nos Estados Unidos, busca devolver a capacidade de praticar atividade física sem dor,

além de condicionar o corpo”, descreve o educador físico Bernardo Steinberg, pioneiro da técnica no Brasil, ao lado da treinadora Celina Toledo. Disponível na academia PowerCycle, o TacFit

se divide em 26 aulas cíclicas, com exercícios que usam a carga corporal e o clubbel,

peso de metal inspirado nas antigas clavas de guerra. “A periodização permite que o aluno

compare a evolução do desempenho”, diz ele.

Fotolia Eduardo Franco

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FERNANDO TORRES

Consolidado na agenda de even-tos de Belo Horizonte, o Circui-to Viver Bem, promovido pela

Drogaria Araujo, chega à décima edi-ção, marcado para 30 de setembro e 1º de outubro, no Minascentro. Em pauta, circuito gratuito de palestras e mesas-redondas sobre saúde, beleza e maternidade, com médicos, nutri-cionistas e psicólogos.

Os temas foram inspirados nas seções de produtos da farmácia: Mais Saúde, Mais Beleza e Mamãe & Bebê. “É uma forma de estendermos o compromisso com nossos clien-tes a toda a população, contribuindo para proporcionar mais qualidade de vida por meio de informação e de modo acessível”, expressa o gerente de marketing, André Giffoni.

O núcleo Mais Saúde terá pales-tra motivacional do técnico da Sele-ção de Vôlei, Bernardinho; palestra sobre estresse, com o psiquiatra Edu-ardo Aquino; painéis como o Nu-trição e Controle Emocional, com o psiquiatra e nutrólogo Frederico Por-to e a nutricionista Márcia Bernardes. “Além de abordar as dimensões bási-cas da alimentação, vamos falar so-bre mindfulness, uma metodologia de treinamento da mente que per-

mite ampliar a consciência de como as emoções se manifestam no cor-po”, adianta Porto. O apresentador do programa Bem-Estar, Fernando Rocha, vai mediar o debate Nutrição Saudável, com o nefrologista Wesley Schunk (ex-BBB), o psiquiatra e nu-trólogo Lucas Penchel e a blogueira Gabriela Pugliesi.

Já a seção Mamãe & Bebê terá palestras com a educadora Tânia Zagury, a pediatra Filomena Camilo (Dra. Filó) e um painel sobre hábitos alimentares infantis, com a partici-pação da psicóloga Clarissa Yakiara, da pedagoga Cristina Cançado e da gastrônoma Luiza Fiorini. Por fim, o eixo Mais Beleza será capitaneado por workshops com blogueiras como Lu Ferreira, do Chata de Galocha. Os temas giram em torno de maquia-gem, cabelos, moda e estilo.

Paralelamente, o Circuito Viver Bem vai abrigar 254 estandes de pro-dutos light e diet, massagens, cosmé-ticos, maquiagem, fitness e sorteios e distribuição de brindes.

Juliano Arantes

Décima edição do Circuito Viver Bem traz palestras e workshops sobre bem-estar, beleza e maternidade

Saúde em jogo

SEXTA, 30 DE SETEMBRO 14h – Show de abertura com Agnaldo Timóteo

16h50 – Painel Nutrição e Controle Emocional, com Frederico Porto e Márcia Bernardes

18h – Palestra Determinação e Talento: O Caminho da Vitória?, com Bernardinho

SÁBADO, 1º DE OUTUBRO 10h – Palestra Os Desafi os da Primeira Infância, com Dra. Filó

11h30 – Painel Como incentivar bons hábitos alimentares, com Clarissa Yakiara, Luiza Fiorini e Cristina Cançado

13h30 e 15h – Workshop Moda e Estilo, com Lu Ferreira, Ana Luiza Palhares e Aninha Reis

15h – Painel Nutrição Saudável, com Wesley Schunk, Lucas Penchel e Gabriela Pugliesi

ANOTE NA AGENDAConfi ra dia e horário de alguns dos pontos altos da programação

VIVER Setembro 9 - 2016

CU I DADO

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O Laces & Hair é uma rede de salões de beleza que fornece serviços de corte e coloração, mas tem foco no tratamento profundo dos cabelos. O salão foi fundado em 1987 pela família da Cris Dios e é diferente por vários aspectos:

O objetivo não é apenas deixar os cabelos mais bonitos e sim mais saudáveis;

Os produtos utilizados são naturais, orgânicos e exclusivos;

Os tratamentos são personalizados de acordo com as necessidades de cada cliente.

SMOTHIE ANTIOXIDANTE:Ingredientes:

10 unidades de morango; 10 folhas de manjericão; 8 unidades de framboesa

ou amora; Suco de uva integral; 1 colher de sopa de mel ou

agave; 1 colher de chá de camu camu

em pó; 1 colher de sopa de colágeno

hidrolizado em pó;

Bater todos os ingredientes no liquidifi cador por 3 minutos e servir. Não precisa adoçar. Rende 350 ml e possui 174 kcal por porção.

CHÁ DE MAÇÃ E CANELA:Ingredientes:

9 xícaras de chá de água; 1 xícara de chá de maçã

desidratada; 2 unidades de canela em pó; 1 colher de sobremesa de cravo;

Coloque os ingredientes em 1 litro de água e deixe ferver por 10 minutos. Coe e coloque em uma garrafa térmica. Essa receita possui uma redução no rendimento pois os ingredientes absorvem muita água.

VIVER Setembro 9 - 201656

Engana-se quem pensa que SPA é lugar de sofrimento. O @lapinhaspa é um espaço bem diferente. A preocupação vai muito além da estética, é um lugar para descansar e cuidar de você. A natureza é incrível, possui tratamentos estéticos e terapêuticos variados e alimentação orgânica toda plantada e colhida no local. Os planos alimentares são personalizados e variam desde dietas normais a planos de calorias reduzidas, detox e dietas mais específi cas. A alimentação é ovolactovegetariana, podendo ser vegana a critério do hóspede. A ideia do SPA é cuidar da saúde como um todo, por isso o hóspede tem

horário pra dormir, comer e acordar, buscando regular o horário biológico. Durante o dia tem uma programação opcional de atividades físicas, massagens, terapias e meditação. É só ir e se entregar de corpo e alma. Fica a 85 km do aeroporto de Curitiba. Para outras informações, reservas e tarifas acesse o site www.lapinha.com.br.

Fotos: Divulgação

Bonito e saudável

Receitas do Lapinha

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Um tempo para você

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Apoio Regional

Realização

Parceiros Regionais

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Apoio Institucional

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QUARTA A SEXTA 16 ÀS 22HSÁBADO 13 ÀS 22H

DOMINGO E FERIADO 13 ÀS 19H

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VIVER Setembro 9 - 2016

Inesgotável e transversalA singularidade da cultura mineira não se fixa numa

determinada arte, mas na diversidade criativa que a com-põe. Desapercebidamente, muitas vezes este é um estado associado à sua vocação para esta ou aquela área. E Mi-nas Gerais acaba sendo destacada pela inegável compe-tência de seus artistas, ora para a música vocal, ora dança contemporânea, para o teatro de resistência ou artesa-nato, entre tantos outros. No entanto, um olhar mais de-tido aponta para uma produção de excelência, nos mais diversos segmentos, confirmando que este é um estado com uma potência artística que atravessa horizontes, para além de suas fronteiras geográficas e criativas. Deste modo, genuinamente eclético, heterogêneo e plural.

Durante mais de um ano, o projeto Minas Territó-rio Cultural se propôs uma pesquisa jornalística para lastrear protagonistas, nos mais diferentes campos. O resultado foi a publicação da coleção Minas Inesgotá-vel, em dois volumes, com mais de 600 imagens que revelam a intensidade da produção contemporânea, envolvendo diferentes segmentos. O que se nota, num primeiro momento, é que a categorização da arte em áreas determinadas se oferece apenas como uma refe-rência metodológica, uma vez que os ditos segmentos se alimentam mutuamente, num processo contínuo de criação transversal.

Ou seja, música, dança, teatro, circo, arquitetura, literatura, moda, gastronomia, fotografia e outros estão impregnados de incertezas, no sentido de que não se esgotam num único recorte. Assim como a música do Coral das Lavadeiras, de Almenara, não se exime da tea-tralidade que a caracteriza, os pratos típicos tradicionais das quituteiras remetem à plasticidade das artes visuais. No teatro, a musicalidade de atores com formação ampla – formal ou intuitiva -, que conciliam canto e dramatici-dade com igual deferência para um e outro. No circo, o arremate estético por meio de referências às artes plás-

ticas. Na literatura, o trânsito livre da intertextualidade. Na fotografia, imagens como pinturas fazem dialogar cenário e seus personagens.

E neste mergulho, é possível afirmar que a arte pro-duzida em Minas Gerais na atualidade oferece uma vasta experiência de interseções, o que a torna ainda mais au-toral, investigativa, dada à experimentação. Dos artistas mais consolidados aos ainda incipientes, observa-se ex-tremada atenção ao trabalho que se realiza coletivamen-te, no sentido de ampliação das múltiplas percepções pertinentes a uma linguagem ou a várias delas. Em vez de apostar no novo com algo que se realiza para fins de atender a expectativas de mercado, o foco se concentra na identidade ou desejo de autoralidade. Assim se nota um artista em busca de elementos que o definam no seu campo de atuação, e não necessariamente empenhado na conquista da chamada indústria cultural.

O estabelecimento de elos, subjetivos ou materiais, que conectam tradição e contemporaneidade, é outro traço marcante desta produção. Coleções de estilistas na Semana da Moda Mineira fizeram da alta costura um lugar de exaltação do trabalho artesanal. Na Associação Velha Guarda da Faculdade do Samba, fundadores de escolas e blocos carnavalescos preservam, com irreve-rência, a memória e o repertório histórico do gênero. Em trabalhos de artistas como Rui Moreira, Benjamim Abras e Júnia Bertolino, a ancestralidade negra e a remissão ao pensamento fundante da cultura brasileira.

A conversão de diferentes espaços, incluindo as ruas, em territórios criativos, é outra constante. A realização de inúmeros festivais, na capital e no interior, de caráter continuado, abordando diversos segmentos, demonstra como o acesso democrático à arte é um desejo reiterado, se impõe como demanda real da vida na cidade e reper-cute no resultado criativo de seus autores. A arte, em Minas, não é lugar privilégio. Faz-se, e refaz, na presença do sujeito e sua relação com outro.

Janaina Cunha é jornalista, graduada pela PUC-MG, com especialização

em gestão cultural. É cofundadora do Centro de Referência Hip Hop Brasil,

editora da Revista Mitocôndria – a Cultura que Respira a Cidade, co-autora

da coleção Minas Inesgotável e sócia-proprietária da Elabora - empresa de

comunicação e produção de conteúdo.

Janaina Cunha

... este é um estado com uma potência artística que atravessa horizontes, para além de suas fronteiras...

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Vice-colocada do MasterChef, na Band, a mineira Bruna Chaves vai trocar a sala de aula pela cozi-nha. Em vez de lecionar, ela quer dar cursos de culinária e abrir um café ou confeitaria em Belo Horizonte ou no Vila da Serra, onde vive. Tudo em sintonia com a temporada de 3 meses na escola de gastronomia Le Cordon Bleu, no Canadá. “Quero ganhar experiência. Aprendi que co-mida é uma forma de arte, algo que pretendo desenvolver”, avisa. Com convites para serviços de catering

e aulas-show, ela também inte-gra o Juliennes, canal no Youtube com mais 5 participantes – todas mulheres, vale ressaltar. “Nós nos demos muito bem, ficamos ami-gas. São pessoas com quem tenho afinidade”, garante, desmentindo mexericos de bastidores. Sobre o reality, Bruna se diz satisfeita com seu desempenho, mas reconhece que alteraria alguns roteiros. “Que-ria ter administrado melhor o tem-po para fazer uma sobremesa mais elaborada na final”, lamenta.

Nova chef na área

Um gesto comum na rotina de usuários de e-commerce que pode mudar a realidade de muita gente. Esse é o pontapé inicial na proposta da Risü, plataforma on-line onde os clientes podem fazer compras em lojas filiadas sem nenhum custo extra e ainda direcionar parte da comissão da venda para um projeto social de sua escolha. A startup, criada em Belo Horizonte, já reúne hoje milhares de utilizadores e mais de 150 lojas. “Já tínhamos a vontade de criar algo e queríamos que fosse um projeto que pudesse impactar muitas pessoas que têm necessidade e que oferecesse a oportunidade de várias outras que querem ajudar o próximo”, conta Francis Silva, um dos sócios fundadores da Risü.

Colaboração: Fernando Torres, Lucas Rocha e Miriam Chalfin

Empreendedorismo benef icente

Fotos: Juliana Flister/Agência i7

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Cerveja colaborativaEm breve, vem novidade no mundo da cerveja artesanal. No último mês, a Backer recebeu o sueco Joel Galy, da belga Brasserie de la Senne, para troca de experiências e criação de 2 brejas colaborativas. Filho de cervejeira caseira, Galy, 23, está à frente da marca de Bruxelas há 2 anos e meio. Por lá, produz 5 tipos da bebida, refermentada em garrafa. Por aqui, o mestre cervejeiro da Backer, Sandro Duarte, não pode adiantar o que vem pela frente, mas as criações irão mesclar o estilo belga com a ousadia mineira. Depois, será a vez de Sandro visitar a Brasserie, onde também fará uma cerveja colaborativa, de forma a divulgar o nome da Backer lá fora.

Dez entre dez mulheres adoram sapatos... Sorte a delas que existe uma que ama criar e vender modelos pra lá de originais, sem deixar o conforto de lado. A pessoa em questão é a designer Joana Paixão, que comemora, em setembro, 10 anos de história da marca homônima. “Tenho um estilo próprio. Meus sapatos são contemporâneos, atuais e, ao mesmo tempo, eternos”, resume. Além dos calçados nada convencionais, a loja vende também bolsas, acessórios e roupas diferenciadas. Um dos ingredientes do sucesso é a bagagem. “Hoje eu sei muito mais do que há 5, 7 anos. Nada como você acompanhar o mercado e aprender a escutar o que a cliente quer”, frisa. Para celebrar o aniversário da marca, Joana vai promover 4 dias de evento voltado para mulheres, com palestras, bate-papo descontraído e cursos. Tudo gratuito.

Fotos: Juliana Flister/Agência i7

Paixão por sapatos

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VIVER Setembro 9 - 201662

O quê 6Car of the yearOnde 6Itu (SP)

O Grupo VB Comunicação e o Grupo Doria, responsáveis pela revista Robb Report no Brasil, realizaram, no Condomínio Terras de São José 2, a 5ª edição do Car of the year, importante premiação do setor automotivo do segmento premium. O patrocínio master foi do Bradesco Prime. Um corpo de jurados, formado por jornalistas especializados, avaliou os automóveis e o grande vencedor será divulgado na próxima edição da revista Robb Report. O evento foi encerrado com o Gourmet Day. Fotos: Tião Mourão

6 Maurício Minas (Bradesco) e GCO

6 Bia Cruz, GCO, Sergio Cafalli e Kellany Verardi

6 Larissa Lopes, Kellany Verardi e Aroldo Oliveira

6 Edgard Santos Jr., Guilherme, Luana e Rita Patrícia Santos

6 Kellany Verardi e Rosaldo Malucelli (Condomínio Terras de São José)

6 Rogério Garrubbo, GCO e Fábio Rovêdo de Mello

6 Renato Frascino, Aroldo Oliveira, Vânia Gomes, Kellany Verardi e Larissa Lopes

6 Rui Dzialoschinsky, Fabricio Bonfim, Juliana Júlio, Conceição Coelho, Rafael Lima 6 Maurício Minas e Pedro Pereira (BMW)

6 Salvador Ohana, na BMW 750I6 Ricardo Skaf, Cristiane Zambelli e Anderson Godoy

6 Jacob Ferdemann, Júlia Ferdemann, Edmar Martins e Renato Oliveira

6 Daniel Martins, Renato Oliveira, Kellany Verardi, Rosaldo Malucelli e Laísa Mirelle

6 Armando Sposito, Francisco Navarro (Bradesco) e Luiz Francisco Junior (Bradesco Primer)

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6 Renilton Pollini, Gil Latarola, Artur Mendes e Eduardo Ventrolli

6 Condomínio Terras de São José, sede do Car of the year

6 José Maria Baldez e Ivan Gogolevsky

6 Vanessa Oliveira e Adriana Neme

6 Reginaldo Sodré e Daniela Sodré

6 Flávia e Rodney Casadei

6 GCO , Altina e Salvador Ohana

VIVER Setembro 9 - 2016

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VIVER Setembro 9 - 201664

O quê 6CasamentoOnde 6 Ilustríssimo

Uma noite de prestígio com a presença de políticos, empresários e figuras de peso da sociedade marcou o casamento de João Marcelo, filho de Terezinha e do presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, com Fernanda, filha de Maria Tereza e Jorge Luiz Saliba. Após a cerimônia, a festa, com jantar assinado pelo Buffet Pichita Lanna, decoração do Atelier Flor da Pele e cerimonial do Bendito, seguiu com a pista animada pela banda Mariana Sobreira e Trio e o DJ Cacá de Brito. Fotos: Tião Mourão

6 João Marcelo e Fernanda6Fernanda e Jorge Luiz Saliba6 Olavo Machado e os netos, Alice, Júlia e Luiz Filipe Machado

6 Sebastião Jacinto, Cláudia e Pedro Jacinto Venturine

6 Olavo e Terezinha Machado

6 Terezinha Machado e Pompéia Araújo

6 Ana Naves, Denise Carvalho Brito, Marco Aurélio Machado

6 Lucy Vasconcelos, Terezinha Machado e Silvana Zica

6 Fernando Lima Gomes, Ana Lins, Alexandre Michalick, Daniela, Henrique Portugal

6 Ricardo Vinhas, Marina Vinhas, Cristiana e Robson Andrade

6 Patini Lauar, Luiz Fernando Machado, Paulo Cleber, Marina Lauar

6 Marina Laia, Cristiano Prado, Kátia Prado

6 Marco Antônio Castello Branco, Cidinha, Silvana, Valentino Rizzioli, Éda e Adson Marinho

6 Inês Rajão, Flávia Chiari e Tulio Chiari

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O quê 6Jantar comemorativoOnde 6 Buff et Catharina

A Paróquia Nossa Senhora Rainha comemorou com um jantar o seu aniversário de 30 anos e os 2 anos de criação da Comunidade Bom Jesus do Vale. Ao som do quarteto de jazz Regina Meyer e da banda Sui Generis, o jantar com decoração da Verde Musgo reuniu paroquianos, voluntários, funcionários, colaboradores e amigos da paróquia. A renda do jantar será revertida para a construção da sala de catequese da Comunidade Bom Jesus do Vale, no Vale do Sereno, em Nova Lima. Fotos: Ana Amélia Bitar e Elias Henrique

6 Edwiges Maria Carvalho de Moura, Bruno Melo Lima, Beth Lima e Ana Maria Alves Nilo de Siqueira

6 Oswado Fernandes, Carmem Eliane, Renata Lopes Valle, Paulo Márcio Nepomuceno, Ana Amélia Bitar, Deborah Bethonico e Luiza Cataldo

6 Violeta Couri e Dada Couri

6 André Menezes e padre Alexandre Fernandes de Oliveira

6 Vera Cristina Gribel e Alexandre Gribel

6 Amanda Ribeiro, Juliana Couto Martins e Virgínia Menezes

6 Padre Alexandre Fernandes de Oliveira e Joaquim Herculano

6 Leandro Barata Diniz e Nathália Diniz

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VIVER Setembro 9 - 2016

Decisão lamentável

Era meu intuito falar sobre a Olimpíada do Rio cujo sucesso, do começo ao fim, emocionou o Brasil e o mun-do.

A organização foi impecável e a segurança proporcio-nou à população a tranquilidade de participar ativamente de todas as disputas, percorrendo todas as arenas. Os mosquitos Aedes aegypti, tão temidos, não apareceram e a zika sumiu. Os que perderam o espetáculo por causa dela se mostram agora arrependidos. As novas áreas do Rio de Janeiro abertas ao público, a nova zona portuária, o Museu do Amanhã e o metrô até a Barra da Tijuca dei-xaram a população extasiada e com toda razão. Enfim, um evento que fez crescer a autoestima do brasileiro. Mas voltemos às nossas mazelas.

A decisão do Senado, que afastou a senhora Dilma Rousseff do cargo de presidente do Brasil, violentou de tal forma a Constituição que não me resta alternativa senão

comentar o lamentável episódio. Parece-me que tão esta-pafúrdia interpretação do dispositivo constitucional não encontraria respaldo, e muito menos aprovação, se fosse submetida a uma assembleia de estudantes de direito constitucional. Mais grave ainda é o fato de que estava a presidir a sessão do Senado ninguém menos que o presi-dente do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do país. Ao seu lado, o presidente do Senado, de igual modo a câmara alta de nosso congresso. Ao tentar entender, então, tal descalabro não há como deixar de pensar em várias hipóteses, todas elas violentando princípios de natureza ética e da moralidade pública. Jamais poderiam os senhores senadores alegar ignorância sobre a matéria em discussão, sobretudo porque o excelentíssimo dou-tor Ricardo Lewandowski, que ainda preside, também, aquela corte encarregada de interpretar e proteger nossa Constituição, haveria de prestar aos que foram investidos da condição de juízes quaisquer esclarecimentos relevan-tes à decisão que iriam tomar. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Surpreendentemente, foi o próprio Lewando-

wski quem deu a equivocada interpretação do primeiro parágrafo do artigo 52 de nossa Constituição. Dispensar a ex-presidente da inelegibilidade e outras consequências de seu afastamento não pode ser obra do acaso ou da ig-norância de todos.

A atitude do presidente do Senado, senhor Renan Calheiros, abrindo o sigilo de seu voto em altos brados, foi a senha para que vários senadores o acompanhassem na decisão. Mas nem todos se dispuseram a participar da farsa, ou porque não sabiam do acordo engendrado ou porque votavam como deveriam. E assim a decisão foi tomada por uma maioria e não por unanimidade.

Especula-se agora se os dois presidentes, o do Senado e o que presidia a malsinada sessão, não teriam discutido a questão do aumento salarial para os ministros da mais alta corte brasileira, o que seria inconcebível diante da gravidade da decisão a ser tomada e imoral em se tratan-do das altas autoridades envolvidas.

E no Brasil os acontecimentos continuam a atro-pelar as mais elementares expectativas. Natural que todos estivessem aguardando medidas judiciais a serem encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal por parte dos interessados em ver modificada a esdrúxula interpre-tação do Senado. Mas não foi a Ordem dos Advogados do Brasil que deu início aos recursos, mas a Associação Médica Brasileira. Os médicos deram uma demonstração do quanto estão atentos aos acontecimentos e o que se comenta, diante do noticiário de todos os jornais, é que a avaliação deles foi de que o Senado cometeu um verda-deiro estupro constitucional.

E para encerrar a bizarrice de tão lamentáveis ocor-rências, o presidente do Brasil viaja para a China, a ex--presidente entra com recurso para anular seu afasta-mento e o presidente da Câmara dos Deputados assume a Presidência da República. O Brasil poderia mandar vários outros representantes ao encontro do grupo dos G20, e todos os demais haveriam de entender a gravidade do momento que vive a política brasileira. Argumentar que a viagem demonstraria o inverso é admitir que os primeiros executivos do mundo não leem jornal, não veem televisão e não acessam a internet.

Hermógenes Ladeira, empresário

Jamais poderiam os senhores senadores alegar ignorância sobre a matéria

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Hermógenes Ladeira

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