tÉcnico em guia de turismo · contexto local e regional. o movimento abolicionista no rn. ......
TRANSCRIPT
TÉCNICO EM GUIA DE TURISMO
INSTRUTORA: ELISÂNGELA NEVES
Prof. Elisângela Bezerra das Neves Holanda
UC5 - PRESTAR INFORMAÇÕES TURÍSTICAS NO
CONTEXTO LOCAL E REGIONAL.
O MOVIMENTO ABOLICIONISTA NO RN
O negro foi trazido da África para o Brasil porque os portugueses
necessitavam de divisas para o seu comércio internacional e não havendo
encontrado ouro no Brasil, levavam ferro produzido para Portugal, por
escravos no Congo e na Costa do Ouro para trocar esses escravos pelo precioso
metal que ali existia.
O TRÁFICO NEGREIRO
ESQUEMA DE TRANSPORTE DE ESCRAVO NOS
NAVIOS NEGREIROS
ROTA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS
O Rio Grande do Norte se abastecia de escravos em dois centros:
Pernambuco e Maranhão. De Pernambuco os negros eram enviados para
a região açucareira potiguar, sobretudo a partir de 1845, quando a
indústria do açúcar foi ativada nos municípios de São Gonçalo, Ceará-
Mirim, São José de Mipibu, Papari, Goianinha e Canguaretama.
Os negros comprados no Maranhão chegavam ao Rio Grande do
Norte via Ceará, sendo desembarcados em Areia Branca, atendendo às
necessidades da indústria salineira de Açu, Mossoró, Macau e Areia
Branca.
O TRABALHO ESCRAVO NO RN
ESCRAVOS NAS SALINAS
Mossoró foi a primeira cidade do Rio Grande do Norte a fazer
campanhas sistemáticas para liberação dos seus escravos. Não foi
uma luta de poucos. Envolveu toda a cidade. Luta coletiva,
pacífica e pioneira no Estado. Em 30 de setembro de 1883 foram
libertados todos os escravos da cidade.
O PIONEIRISMO MOSSOROENSE
Natural de Campo Grande /RN,
comerciante mossoroense e abolicionista.
Criou a Sociedade Libertadora
Mossoroense em 1883, que tinha o objetivo
de libertar todos os escravos de Mossoró.
ROMUALDO LOPES GALVÃO
ESCRAVO DE GANHO MOSSOROENSE
Nasceu em 23 de junho de
1848, na fazenda do Barro, zona
rural de Caicó, uma localidade que
hoje pertence ao município de
Jardim de Piranhas/RN. Criou o
jornal “Oito de setembro”, onde
divulgava notícias religiosa e
abolicionistas.
PADRE JOÃO MARIA DE CAVALCANTE BRITO
O Pe. João Maria além de Sacerdote, poderia ser considerado médico
e assistente social. Sua fama já era conhecida por todos quando chegou a
Natal, principalmente pelo trabalho que realizou em Papari, numa época
de grande seca. O padre Improvisou palhoças para abrigar os flagelados,
a quem dava de comer, ministrava medicação natural para os enfermos e
cuidava das crianças.
Foi vigário de Natal durante 24 anos - de 1881 até a sua morte,
ocorrida, em 1905.
O Busto do Pe. João Maria foi
inaugurado em 9 de agosto de 1919. O
busto foi esculpido por Hostílio Dantas
e o pedestal em granito foi trabalhado
por Miguel Micussi.
BUSTO DO PADRE JOÃO MARIA
Por volta de 1950, no local da casa
onde faleceu o Padre João Maria, no
Alto do Juruá, foi construída uma
igreja em homenagem a Nossa
senhora de Lourdes. Na igreja foi
construido o Mausoléu que abriga
restos mortais do Padre João Maria,
transladados para esse local no dia 15
de outubro de 1979.
IGREJA NOSSA SENHORA DE LOURDES
Uma multidão estimada em cerca de dez mil pessoas, acompanhou a
cerimônia. A exumação dos restos mortais foi feita com a autorização de
Dom Nivaldo Monte.
1850- LEI EUZÉBIO DE QUEIROZ: Proibia a entrada de escravos no
Brasil;
1871- LEI DO VENTRE LIVRE: Previu a liberdade para todos os filhos
de escravos nascidos a partir do referido ano;
1885- LEI SARAIVA-COTEGIPE OU LEI DOS SEXAGENÁRIOS:
Previu a libertação de todos os escravos com mais de 65 anos de idade;
13/05/1888- LEI AUREA: Previu a libertação dos escravos em território
brasileiro.
AS LEIS ABOLICIONISTAS
Eles têm mais de 300 anos de Brasil e foram trazidos para o
Seridó, quando a região começou a ser colonizada pelos portugueses.
Alguns fugiram da escravidão e se embrenharam na mata. Muitos se
integraram à comunidade, após a libertação. Tratá-se de um antigo
quilombo surgido na metade do Século XIX, que ocupa as terras do
riacho Bonsucesso (Currais Novos).
GRUPO QUILOMBOLA: OS NEGROS LOUCEIROS
DO RIACHO
Localizado em Macaíba , os habitantes desse local vieram de Açu, talvez
por causa de uma grande seca. Faziam parte de uma família formada pelo
casal Joaquim, sua senhora, Caiada e seus filhos, todos negros. O casal vendeu
doze cavalos não adultos para comprar a propriedade. O Sr. Carrias, antigo
dono da Capoeira, enganou seu Joaquim entregando uma procuração em
lugar do documento de venda. Quando o Sr. Joaquim morreu, o Sr. Carrias
reuniu os filhos do falecido e disse a verdade, exigindo mais cem mil réis para
passar o documento legal da venda do sítio. Os filhos do Sr. Joaquim pagaram
a quantia exigida, assegurando a posse definitiva da terra.
GRUPO QUILOMBOLA CAPOEIRA DOS NEGROS
A atividade econômica principal é o cultivo e beneficiamento da
mandioca, produz e comercializa goma, farinha e carimã.
BAOBÁ DE MACAÍBA