técnica para levantamento de carga (barra, caixa, saco ... · 8 princípio – antropometria quem...

19
Ergonomia Prof. Izonel Fajardo

Upload: trinhthien

Post on 07-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Ergonomia

Prof. Izonel Fajardo

Biomecânica I

Para se realizar um movimento são acionados

diversos músculos, ligamentos e articulações do

corpo. Os músculos fornecem força, os ligamentos

desempenham funções auxiliarem e as articulações

permitem um deslocamento de partes do corpo em

relação a outra.

Posturas e movimentos inadequados produzem

tensões mecânicas resultando em dores. Alguns

movimentos além de produzirem tensão

mecânicas, apresentam um alto gasto energético

causando fadiga rápida. Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

São leis da física e princípios fisiologia e anatomia,

podendo assim estimar as tensões que ocorrem nos

músculos e articulações durante o movimento.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Biomecânica I

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Posturas estereotipadas

A postura estereotipadas ou estereotipia e o ato de

retirar o equilíbrio do centro de massa, esse

fenômeno, causado voluntariamente ou

involuntariamente pode requerer uma correção

musculo esquelética.

1 princípio – Posições neutras

Para manter uma postura ou realizar um movimento, as

articulações devem ser conservadas, em posição neutra. Nesta

posição, os músculos e ligamentos são esticados o menos

possível, ou seja, são tensionados ao mínimo. Além disso tem

maior capacidade de liberar força.

Posições não neutras – Braços erguidos, pernas levantadas,

cabeça abaixada e tronco inclinado.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

1 princípio – Posições neutras

Todos nós temos um centro de equilíbrio do corpo

(centro de massa), se você causar um desequilíbrio

(inclinado o tronco para frente) a tensão será

descarregada nos ligamentos e músculos lombares.

A parte superior do corpo de um adulto, acima da

cintura pesa 40 kg, em média. Se você inclina o tronco

a tensão lombar corresponde a 70 kg.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Os tecidos biológicos não são apenas estressados

mecanicamente por cargas levantadas, empurradas

ou puxadas durante o trabalho, mas também pelo

efeito da gravidade sobre a massa dos segmentos

corpóreos, esse fato potencializa o efeito causado

pelo peso sobre o corpo podendo causar lesões

musculo esqueléticas.

1 princípio – Posições neutras

2 princípio – carregamento de peso

Ao acrescentar cargas ou pesos ao centro de massa

ela devem estar bem distribuídas.

Os pesos devem ser mantidos o próximos possível do

corpo, quanto mais afastados mais tensão haverá na

coluna e nos braços.

Os movimentos isométricos (movimentos de

sustentação) eliminam rapidamente o glicogênio dos

músculos causando fadiga em aproximadamente 1,5

minutos.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Posturas torcidas do tronco causam tensões indesejáveis nas

vértebras. Os discos elásticos que existem entre as vértebras são

tensionados, e as articulações e músculos que existem nos dois

lados da coluna vertebral são submetidos a cargas assimétricas,

que são prejudiciais.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

2 princípio – carregamento de peso

3 princípio – Cuidado com as ações biomecânicas

somadas

Movimentos bruscos podem produzir altas tensões, de curta duração.

Estudos provaram que levantamento repentino de peso produzem

grande esforço na região lombar que resulta em dores. O levantamento

deve ser feito gradativamente.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Fatores de lesões

musculoesqueléticos

4 princípio – Alterne posturas e movimentos

Nenhuma postura ou movimento repetitivo deve ser mantido por um

longo período. As posturas prolongadas e os movimentos repetitivos são

muito fadigantes. A longo prazo podem produzir lesões nos músculos e

articulações. Isso pode ser prevenido com alternância de posturas ou

tarefas.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Contração cardíaca

120 x 80mmhg

Contração muscular

isometrica x

5 princípio – Contração isométrica

A tensão contínua de certos músculos como resultado de uma postura

prolongada, provoca fadiga muscular localizada, resultando em

desconforto e queda do desempenho. Quanto maior o esforço muscular,

menor se torna o tempo suportável .

50% da capacidade máxima de força, o tempo de contração suportável é

de aproximadamente 1 minutos.

20% da capacidade máxima de força, o tempo de contração pode

chegar de 3 a 5 minutos.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Previna a exaustão muscular, dependendo da intensidade e do tipo de

esforço há uma demora de vários minutos para sua recuperação.

Observa-se que dependendo do grau de exaustão a musculatura pode

demorar até 30 minutos para recuperar 90% da sua capacidade.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Para algumas tarefas o rodízio

não é suficiente é necessário a

implantação de pausas.

As micro pausas devem ser

curtas e frequentes.

5 princípio – Contração isométrica

6 princípio – Gasto energético

O ser humano tem um metabolismo basal que corresponde há 80 Watts,

em média uma atividade leve pode gastar até 0,0143 Kcal / min. (1 W =

0,06kj/min. = 0,0143 kcal/min.).

Tarefas com até 250 W (80W+0,0143Kcal/min.) não são consideradas

tarefas pesadas, por isso não precisam de pausas ou alternâncias

com trabalhos mais leves lembrando que neste caso não pode haver

repetitividade.

Exemplo: andar a passo normal ou pedalar por lazer, trabalhos

domésticos, operação de máquinas leves.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

7 princípio – Repetitividade

Fique atento as atividade com repetitividade.

São consideradas atividades repetitivas aquelas onde

o ciclo operacional seja menor que 30 segundos ou a

tarefa principal exceda 50% do tempo total da tarefa.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

Biomecânica – Gasto energético e repetitividade

As pausas devem ser colocadas em atividades com

gasto energético acima de 250 watts ou que tenham

repetitividade.

As pausas são mais eficientes quando feitas diversas

micro pausas periódicas distribuídas ao longo da

jornada de trabalho. Não se deve esperar pelo término

da jornada para conceder as pausa porque...

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

8 princípio – Antropometria

Quem participa de projetos deve lembrar que existem

diferenças individuais entre os seus usuários

potenciais. A altura de comando de uma máquina é

adequada para indivíduos médios e pode ser

desconfortável para indivíduos altos ou baixos demais.

O comando deve ser projetado para os indivíduos

médios e deve permitir regulagem de altura, para

pessoas muito altas ou baixas.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

95% - Estatura mediana (1,67 a 1,80m)

5% - Muito altos ou abaixo da altura mediana

9 princípio – Alcance

As manipulações fora de alcance dos braços exigem movimentos

do tronco. Para evitar isso, as ferramentas, controles e peças

devem situar-se dentro do alcance ideal.

Alcance frontal - Até 50cm a frente do tronco.

Alcance lateral – Até 25 cm a abertura dos braços

Alcance em altura – Entre 90 até 130cm em relação ao solo.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.

10 princípio – zona de ação

Sempre que possível, as tarefas que exigem um

acompanhamento visual contínuo, como: leituras,

analises de peças, contagem de material. Devem ser

feitas em superfícies inclinadas em ângulo de 45

graus. Se a bancada for utilizada para trabalhos

manuais a inclinação deve ser em ângulo de 15 graus.

Fique atento a zona de ação do trabalhador, verifique

qual ação técnica ele está fazendo.

Ergonomia prática, DulJ Weerdmeester B; Editora Edgard Blucher LTDA.