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TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS TEMPORADA 2014 – 2015 CONFERÊNCIA DE IMPRENSA 10 de setembro de 2014

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TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS TEMPORADA 2014 – 2015

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA 10 de setembro de 2014

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Os seis anos que passei à frente do então Teatro Nacional de São Carlos, entre 2001 e 2007, foram para mim muito importantes e dos quais tenho gratas recordações; quando o secretário de Estado da Cultura, Dr. Jorge Barreto Xavier, me propôs uma nova colaboração, juntamente com a maestrina Joana Carneiro, fiquei muito honrado e agradecido por poder dar o meu contributo, aliado ao grande esforço, por parte da Secretaria de Estado, para relançar a atividade do mais antigo teatro da Península Ibérica. E assim chegamos à apresentação da nova temporada lírico-sinfónica, a temporada de 2014-2015, que, apesar da conjuntura económica nacional e internacional, quer voltar a oferecer ao público de Lisboa, e não só, uma temporada lírica de sete títulos, entre óperas e bailados, e uma articulada temporada de concertos, desde o outono até ao início do verão. A temporada lírica abrir-se-á no dia 27 de outubro com um título que marcou a presença em Lisboa, há dez anos, do grande encenador Graham Vick, ao qual está ligada a memória de um dos mais importantes acontecimentos líricos dos últimos anos, “O Ring de Lisboa”. Trata-se do Werther que Vick realizou no São Carlos em fevereiro de 2004, com cenografia e figurinos de Timothy O’Brien. Nesta reposição, a direção de orquestra estará a cargo de Cristóbal Soler; nos três papéis principais, “Werther”, “Charlotte” e “Albert”, ouviremos o tenor Fernando Portari, o meio-soprano Veronica Simeoni e o barítono Luís Rodrigues. Em dezembro, haverá uma colaboração com a CNB na apresentação do clássico bailado do Natal, Quebras-Nozes, com nova coreografia de Fernando Duarte e direção de orquestra de José Miguel Esandi. Em janeiro de 2015, em colaboração com as Secretarias de Estado da Cultura dos Governos de Portugal e de Espanha, apresentar-se-á a clássica zarzuela de Francisco Asenjo Barbieri, Los diamantes de la corona, uma zarzuela de ambientação portuguesa com encenação de José Carlos Plaza, que volta ao São Carlos depois o êxito de O gato montês, e direção musical de Rui Pinheiro. Nesta minha primeira temporada como consultor artístico do Teatro, não podia faltar a presença da maior cantora portuguesa da atualidade, Elisabete Matos, que interpretará o difícil papel de “Lady Macbeth” na ópera Macbeth de Verdi, no final de fevereiro. Este Macbeth tem as assinaturas de Elena Barbalich como encenadora e de Domenico Longo como diretor musical. Seguir-se-á uma Cenerentola de Rossini no final de março, produção dirigida por Paul Curran que teve grande êxito no São Carlos de Nápoles. Em Lisboa, a direção de orquestra será confiada ao jovem, mas que já é uma figura importante do panorama atual na direção musical, Pedro Neves; os difíceis papéis de “Angelina” e “Don Ramiro” serão interpretados por jovens especialistas como Chiara Amarù e Jorge Franco.

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O penúltimo título da temporada, entre o final de maio e o início de junho, será uma importante nova produção de The Rake’s Progress de Igor Stravinsky, uma das óperas líricas fundamentais do século XX. A encenação estará a cargo de Rui Horta, e a direção musical, da maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Joana Carneiro. A temporada finalizará com outra homenagem ao grande compositor russo, com o bailado O pássaro de fogo, dirigido sempre pela maestrina Joana Carneiro, nas últimas semanas de junho. A temporada sinfónica, que se articula em diferentes ciclos, abrirá com um grande concerto coral-sinfónico, no dia 20 de setembro, dirigido pela maestrina titular, Joana Carneiro, com a presença do violoncelo Johannes Moser, num programa que quer juntar os compositores Antonín Dvorak, Luís de Freitas Branco e Maurice Ravel. Depois, o maestro Donato Renzetti voltará ao São Carlos para apresentar, em três concertos, a integral das sinfonias de Mendelssohn (27 de setembro e 3 e 4 de outubro), após as integrais das de Beethoven e de Schumann que tinha apresentado com êxito em temporadas anteriores. Entre novembro e dezembro, o Teatro Nacional de São Carlos oferecerá um momento de reflexão sobre a tragédia dos dois conflitos mundiais que marcaram a atormentada história do século passado, o chamado “século breve”, através da apresentação de páginas musicais ligadas a estes terríveis acontecimentos. O ciclo, que no título “Se non ora quando” quer homenagear o grande escritor Primo Levi (um sobrevivente da terrível experiência nos campos de concentração nazis), será inaugurado com um concerto dirigido por João Paulo Santos (15 de novembro), concerto no qual, ao lado de páginas musicais dos autores ligados à Primeira Guerra Mundial (este ano, recorda-se o centenário da deflagração do conflito), se ouvirá também a cantata Pace e guerra de Azio Corghi, com texto do saudoso José Saramago. Após dois concertos de câmara, um dos quais dirigido pelo maestro do coro do Teatro, Giovanni Andreoli, em colaboração com o Conservatório de Música de Lisboa, o palco do Teatro Nacional de São Carlos estreará Brundibar, a ópera para crianças de Hans Krasa que o compositor apresentou também no campo de Theresienstadt entre 23 setembro de 1943 e nos primeiros meses de 1944, antes de morrer em Auschwitz-Birkenau no dia 17 de outubro do 1944. Este Brundibar será também o primeiro capítulo de uma série de iniciativas pedagógicas que o Teatro Nacional de São Carlos desenvolverá ao largo da temporada. No dia 20 de dezembro, no palco do Teatro, o grande contratenor e diretor de música antiga, Carlos Mena, dirigirá O Messias de Handel, na versão de Mozart, no concerto de Natal.

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Em 2015, a temporada sinfónica realizar-se-á em significativa e importante colaboração com o Centro Cultural de Belém, dirigido até há poucos meses pelo inolvidável e querido amigo Vasco Graça Moura, que aqui quero recordar. Esta temporada oferecerá um concerto na primeira semana de cada mês, num diálogo entre o passado e o presente, grandes frescos sinfónicos corais, desde The death of Klinghoffer choruses de John Adams, em estreia em Portugal, dirigidos pela maestrina Joana Carneiro no concerto inaugural (11 de janeiro), até Die Legende von der heiligen Elisabeth de Franz Liszt (8 de fevereiro), desde a terceira sinfonia de Mahler (8 de março) até ao programa dedicado ao herói romântico, o Manfredo de Byron, com páginas de Robert Schumann e de Piotr I. Tchaikovsky (3 de maio). A temporada de concertos prevê também um ciclo no São Carlos, em abril, com a presença em Lisboa do grandíssimo pianista Joaquín Achúcarro que, em residência de duas semanas, oferecerá quatro grandes concertos para piano e orquestra: desde Chopin (10 de abril) até Grieg (12 de abril), desde Ravel (17 de abril) até Rachmaninov (19 de abril), mais algumas masterclasses no Salão nobre do Teatro, dedicadas a jovens pianistas portugueses. Os quatro concertos serão dirigidos pela maestrina Joana Carneiro que, assim, fidelizará uma presença importante como maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa. No último concerto deste ciclo apresentaremos também uma nova composição, uma encomenda ao compositor Eurico Carrapatoso, no quadro da missão de promover a criação contemporânea que impende sobre um teatro público. No final desta apresentação, quero agradecer a todos os meus antigos e novos colaboradores do teatro, que tornam possível a realização deste ambicioso programa.

Veneza-Lisboa, agosto de 2014

Paolo Pinamonti Consultor artístico do Teatro Nacional de São Carlos

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I – TEMPORADA LÍRICA E DE BAILADO

WERTHER de Jules Massenet 27 e 29 de outubro e 1, 5 e 7 de novembro de 2014

QUEBRA NOZES bailado | coreografia de Fernando Duarte, música de Piotr Ilitch Tchaikovsky

5, 6, 7, 10, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 19, 20 e 21 de dezembro de 2014 LOS DIAMANTES DE LA CORONA de Francisco Asenjo Barbieri

22, 24, 25, 27 e 29 de janeiro de 2015

MACBETH de Giuseppe Verdi 21, 23, 25 e 27 de fevereiro e 1 de março de 2015

LA CENERENTOLA de Gioachino Rossini

25, 27, 29 e 30 de março e 1 de abril de 2015 THE RAKE’S PROGRESS de Igor Stravinsky

29 e 31 de maio e 2, 4 e 6 de junho de 2015 O PÁSSARO DE FOGO bailado | coreografia de Fernando Duarte, música de Igor Stravinsky

17, 18, 19, 20, 21, 24, 25, 26, 27 e 28 de junho de 2015

II – TEMPORADA SINFÓNICA

Concerto Inaugural

20 de setembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Joana Carneiro

Ciclo As Sinfonias de Felix Mendelssohn

27 de setembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico 3 de outubro de 2014 | Concerto Sinfónico 4 de outubro de 2014 | Concerto Sinfónico Direção musical de Donato Renzetti

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“Se non ora quando” A música perante a tragédia das duas guerras: programa pelo Centenário do início da Primeira Guerra Mundial

15 de novembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de João Paulo Santos

22 de novembro de 2014 | Concerto de Câmara Direção musical de João Tiago Santos

29 de novembro de 2014 | Concerto de Câmara Direção musical de Giovanni Andreoli Datas a definir | Brundibar (ópera para crianças) Direção musical de Francisco Sequeira

Concerto de Natal 20 de dezembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Carlos Mena

Ciclo de Concertos no CCB

11 de janeiro de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Joana Carneiro

8 de fevereiro de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Arturo Tamayo 8 de março de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Joana Carneiro 3 de maio de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Pedro Neves

Ciclo Joaquín Achúcarro

10 de abril de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico 12 de abril de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico 17 de abril de 2015 | Concerto Sinfónico 19 de abril de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico Direção musical de Joana Carneiro

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III – OUTRAS ATIVIDADES

Chaplin no São Carlos 8 de maio de 2015, The Kid / O Garoto de Charlot 10 de maio de 2015, The Gold Rush / A Quimera do Ouro Direção musical de Timothy Brock

Programa Educativo

Concertos sinfónicos para escolas Workshops de ópera para jovens em idade escolar

Concertos para famílias

IV – DIAS DA MÚSICA NO CCB Participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos

25 e 26 de abril de 2015

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I – TEMPORADA LÍRICA E DE BAILADO Jules Massenet (1842-1912) WERTHER dramma lirico em quatro atos Libreto Edouard Blau, Paul Milliet e George Hartmann Baseado no romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe

27 e 29 de outubro, 5 e 7 de novembro (20h); 1 de novembro (16h)

Direção musical Cristóbal Soler Encenação Graham Vick Cenografia e figurinos Timothy O’Brian Desenho de luz Robert Jones Werther Fernando Portari Charlotte Veronica Simeoni (27, 29, 7) | Wendy Dawn Thompson (1, 5) Albert Luís Rodrigues Le Bailli Pierre-Yves Provost Sophie Cristiana Oliveira Johann João Merino Schmidt Mário Jorge Alves Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro Juvenil de Lisboa Maestro titular do Coro Nuno Margarido Lopes A ópera Werther foi composta após os grandes sucessos dos trabalhos de Massenet, Manon e Hérodiade, considerada pelos especialistas a partitura mais livre de convenções escrita pelo compositor. O libreto, da autoria de Édouard Blau, Paul Milliet e Georges Hartmann, é baseado na obra de Goethe, de 1774, Die Leiden des Jungen Werthers, que constituiria uma das personagens adotadas com bastante agrado pelo Romantismo. A ação de Werther desenrola-se em Frankfurt. Foi numa primavera, símbolo do amor e da natureza, que o jovem Werther conheceu Charlotte, resultando desse encontro uma paixão muito intensa. Apesar de tão nobres sentimentos os unirem, o seu amor era impossível, uma vez que Charlotte, no leito de morte da mãe, prometera casar com Albert. A temática do suicídio resultante do amor impossível, juntamente com a escrita musical fortemente marcada pelo uso da técnica do leitmotiv, traduz-se assim numa agradável combinação de fatores que tornam este trabalho numa ópera de culto.

Pedro Moreira

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Cristóbal Soler | Direção Musical Cristóbal Soler é o Diretor Musical Titular do Teatro Lírico Nacional de La Zarzuela e Diretor Associado da Orquestra Sinfónica de Navarra. Concluiu os estudos superiores de composição e direção de orquestra e o Mestrado em Direção de Orquestra na Universidade de Munique, obtendo em ambos casos as máximas classificações. Foi o mais jovem a dirigir um concerto da temporada com a Orquestra de Valência. Foi diretor artístico musical e fundador da Orquestra Filarmónica da Universidade de Valência (1995-2010), com a qual obteve o

primeiro prémio no Concurso Internacional de Jovens Orquestras Sinfónicas, em 1998. Atualmente, é professor de Direção de Orquestra (curso pós-graduado) na mesma universidade. Foi maestro assistente da Wiener Symphoniker, durante duas temporadas, onde pôde conhecer grandes maestros como Nikolaus Harnoncourt, Wofgang Sawallisch, George Prêtre, Vladimir Fedoseyev e Mariss Jansons, entre outros. Tem dirigido algumas das orquestras mais representativas de Espanha e, também, da Europa, recebendo sempre excelentes críticas que destacam o seu carisma e profundidade interpretativa, para além de uma precisa e consolidada técnica de direção. Graham Vick | Encenação

Graham Vick é o director artístico da Birmingham Opera Company e colabora com as principais casas de ópera do mundo e com os mais prestigiados maestros: Muti, Levine, Haitink, Gergiev, Runnicles Ozawa e Mehta. Foi diretor de produção da Scottish Opera (1984-1987) e da Glyndebourne (1994-2000). Entre os inúmeros prémios que recebeu, encontram-se o Premio Abbiati (cinco vezes) e o South Bank Show Award for Opera (duas vezes). É Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres, Professor Honorário de Música na Universidade de Birmingham e foi

Professor Convidado de Estudos Líricos na Universidade de Oxofrd em 2002/3. Foi condecorado Commander of the British Empire, por ocasião do aniversário da Rainha, em 2009. As suas produções de Wagner incluem Die Meistersinger em Londres, Parsifal em Paris, Tristan und Isolde em Berlim, e Der Ring em Lisboa (TNSC). Verdi: Macbeth e Otello no La Scala, Falstaff em Londres, Don Carlo em Paris, Rigoletto em Madrid, Barcelona, Palermo e Florença. Mozart: Die Zauberflote no Salzburg Festival, Trilogia Da Ponte em Glyndebourne e Mitridate em Londres e La Corunha. Compromissos recentes e futuros incluem a estreia mundial de Outis, de Berio, no La Scala e Mittwoch aus Licht, de Stockhausen, em Birmingham, War and Peace com Gergiev para o novo Mariinsky Theatre, Le Roi Arthus em Paris, La fanciulla del West no La Scala, Werther no TNSC, Eugene Onegin para Glyndebourne e Lady Macbeth de Mtsensk no Metropolitan Opera.

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Fernando Portari | Tenor Nascido no Rio de Janeiro, Fernando Portari é um dos tenores mais promissores da sua geração, tendo cantado papéis principais em óperas de Donizetti, Massenet, Verdi e Puccini, em algunas das mais importantes casas de ópera, incluindo o Teatro alla Scala, Teatro La Fenice, Teatro dell’Opera, Staatsoper, Deutsche Oper, Liceu, Teatro de la Maestranza, Grand Théâtre de Genève, Oper in Köln, Palm Beach Opera, Novaya Opera, Finnish National Opera e Teatro Comunale. Trabalhou com maestros como Daniel Barenboim, Edward Gardner, Gianluigi Gelmetti, Michele Mariotti e Yannick Nézet-Séguin. Compromissos recentes incluem Roméo et Juliette (Roméo) no Teatro alla Scala, Faust (papel principal) no Liceu de Barcelona, La traviata (Alfredo) em Otsu e Helsínquia, Attila (Foresto) em Colónia, Cármen (Don José) no Rio de Janeiro e Cavalleria Rusticana (Turiddu) em São Paulo.

Veronica Simeoni | Meio-Soprano

Veronica Simeoni nasceu em Roma, formou-se no Conservatório e continuou a sua formação musical com Kabaivanska. Foi bem-sucedida em numerosas competições internacionais. Estreou-se em 2005, em Oberto Conte di San Bonifacio, numa itinerância no Japão; em 2006, interpretou The Little Sweep (Mrs. Baggott) e St. John Passion, de Bach. Em 2007, estreou-se em Il trovatore (Azucena) e brilhou em Trittico (Frugola, Zia Principessa e Zita) de Puccini. In 2008, interpretou Stabat Mater, de Rossini, no Teatro

alla Scala; o Requiem de Verdi, Samson et Dalila, Jocasta em Oedipus Rex de Stravinsky, e Charlotte (Werther). Em 2010, estreou-se como Fenena (Nabucco) e Quickly (Falstaff). Cantou Nabucco no La Scala, Requiem de Verdi, Maria Stuarda em Bilbau, Roberto Devereux e La Straniera (Isoletta) em Zurique, Guillaume Tell no Rossini Opera Festival em Pesaro. Entre os compromissos recentes e futuros, encontram-se L’Africaine e Il trovatore em Veneza; Requiem de Verdi, em Valência; Norma em Cagliari, Veneza e Turim; Don Carlo e Aida em Zurique, Madama Butterfly em Verona, Roberto Devereux em Zurique, Berlim e Madrid, Petite Messe de Rossini, em Pesaro; e Anna Bolena em Zurique.

Luís Rodrigues |Barítono

Estudou no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música de Lisboa. Ganhou o 1.º prémio no II Concurso de Interpretação do Estoril (1995) e o Prémio Jovens Músicos da RDP (Música de Câmara); o 4.º Concurso de Canto Luísa Todi (1996) e obteve o 2.º Prémio no Concours-Festival de la Mélodie Française em Saint-Chamond (França). Em 1999, foi o vencedor ex aequo do concurso Poulenc Plus (Mélodies de Poulenc) em Nova Iorque. Tem-se afirmado no domínio da ópera com papéis como Harlekin (Ariadne auf Naxos), Ping (Turandot), Figaro (Il Barbiere di Siviglia), Guglielmo (Così

fan Tutte), Gianni Schicchi (Gianni Schicchi) e Escamillo (Carmen), Mr. Gedge (Albert Herring) e Eduard (Neues vom Tage), Semicúpio (Guerras do Alecrim e Mangerona), Marcello (La Bohème), Tom (The English Cat), Guarda Florestal (A Raposinha Matreira), Papageno (A Flauta Mágica), Ramiro (L’Heure Espagnole) e Sumo Sacerdote, Yoshio (Hanjo), Arsénio (La Spinalba), Marcaniello (Lo Frate ’nnamorato) e Mirénio (Il Trionfo d’Amore), Giorgio Germont (La Traviata), Iago (Otello) e o papel titular de D. Giovanni e Belcore (L’Elisir d’Amore), Figaro (Il Barbiere di Siviglia), Escamillo (Carmen) e Carmina Burana. Intérprete de reconhecida versatilidade, apresenta-se também regularmente em Concerto e em recitais de Música de Câmara.

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Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) QUEBRA NOZES

bailado em dois atos Teatro Camões

5, 6, 11, 12, 13, 17, 18, 19 e 20 de dezembro (21h); 7, 14 e 21 de dezembro (16h); 10 de dezembro (15h)

Coreografia Fernando Duarte Encenação e dramaturgia André e. Teodósio Cenografia e figurinos João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção Orquestra Sinfónica Portuguesa (em colaboração com a Companhia Nacional de Bailado) Direção musical José Miguel Esandi Embora desconheçamos a origem da maior parte das tradições que herdámos, já de outras destrinçamos bem o seu começo. O bailado Quebra Nozes é uma dessas tradições inventadas. E, se ela é inventada, então não há nenhum mal em reinventá-la para que acompanhe estas noites brancas que, de oníricas, longe estão das singularidades do mundo de uma outra Clara! A convite da diretora da CNB, Luísa Taveira, com Quebra Nozes Quebra Nozes, tentaremos fazer renascer para os olhos de hoje, olhos já não tão narrativos mas diariamente assaltados por explosões de eventos múltiplos, uma das obras mais enraizadas secularmente na cultura ocidental, concentrando-nos e potencializando a duplicidade da sua leitura. É na ubiquidade constante de Quebra Nozes Quebra Nozes que há uma relação espelhada entre o novo e o velho, entre a alta e a baixa cultura, entre o real e as analogias, isto é, o melhor de dois mundos complementares presentes no reino de uma única Clara, ser humano cruzado de Alice e Oliver Twist. Um sonho tornado realidade: eis como definir Quebra Nozes Quebra Nozes.

André e. Teodósio

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José Miguel Esandi | Direção Musical

José Miguel Esandi é Maestro Convidado da Opera Graz, na Áustria, desde a temporada de 2012-2013, onde dirigiu, em estreia, as produções L’elisir d’amore e Liebe einer Königin (um bailado com excertos selecionados de obras sinfónicas de Rachmaninov); ainda, récitas de Manon Lescaut e uma nova versão de La bohème, para além de concertos. Paralelamente, estreou-se em Lisboa com a direção de La rondine, no Teatro Nacional de São Carlos, em 2012, seguindo-se a direção de Sacre du Printemps e La valse, com a Companhia Nacional de Bailado, em 2013. Em dezembro do mesmo ano, dirigiu a Stavanger Symphony Orchestra, na Noruega, com Messiah; e, em agosto de 2014, conduziu Così fan tutte em Stadsschouwburg of Amsterdam, na Holanda. Na temporada de 2014-2015, irá dirigir uma nova produção de Dia Zauberflöte, bem como a estreia de Malambo! um bailado com música de Piazzolla e Ginastera, ambas na Opera Graz; e irá conduzir a Orquestra Sinfónica Portuguesa, na produção Quebra nozes, com a Companhia Nacional de Bailado.

Recentemente, dirigiu várias óperas: La bohème no La Monnaie, em Bruxelas; Rigoletto, Otello e Carmen, na Opéra National de Lorraine, em Nancy; e La bohème, na Los Angeles Opera. Ao longo da sua carreira, dirigiu várias orquestras, como Orchestre Philharmonique de Marseille, Rotterdam Philharmonic, The Hague Philharmonic ‘Residentie’, Radio Symphony Orchestra de Viena, Orchestre Symphonique et lyrique de Nancy, National Philharmonic of Mexico OFUNAM, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Graz Philharmonic Orchestra, Stavanger Symphony Orchestra, Orchestra of Teatro Argentino, entre outras. José Miguel Esandi iniciou os seus estudos musicais como trompista, inicialmente no seu país de origem, a Argentina, onde integrou a Orquestra Nacional de Jovens e, posteriormente na New World School of Arts, em Miami, onde concluiu o bacharelato em música. Prosseguiu os estudos em direção musical na Universidade de Música de Viena, onde obteve o grau de mestrado, com distinção, em 1998. Trabalhou no Conservatório Real de Haia (1999-2007), onde dirigiu várias produções do estúdio de ópera, como L’enfant et les sortilèges, Die Zauberflöte, Albert Herring, Le Nozze di Figaro, Two Widows de Smetana e La Colombe de Gounod. José Miguel Esandi trabalhou com maestros prestigiados como James Conlon, Hartmut Haenchen, Carlo Rizzi, Valerie Gergiev e Yannick Nézet-Séguin, em várias produções líricas na Dutch National Opera, Flemish Opera, Opéra National de Parise no Salzburg Festival, entre outros.

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Francisco Asenjo Barbieri (1823-1894) LOS DIAMANTES DE LA CORONA

zarzuela em três atos Libreto Francisco Campodrón Baseado no texto de Eugène Scribe e Jules-Henri Vernoy de Saint Georges para a obra homónima de Daniel-François-Esprit Auber

22, 24, 27 e 29 de janeiro (20h); 25 de janeiro (16h)

Direção musical Rui Pinheiro Encenação e José Carlos Plaza Cenografia e desenho de luz Francisco Leal Figurinos Pedro Moreno Catalina a confirmar Diana Cristina Faus Marquês de Sandoval Carlos Cosías Conde de Campomayor Ricardo Muñiz Rebolledo Fernando Latorre Don Sebastián Gerardo Bullon Antonio Joseba Pinela Criado Antonio Gomiz Usher Xabi Montesinos Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli Produção do Teatro de la Zarzuela A ação tem lugar em Portugal, no final do século XVIII. A rainha ainda é menor, pelo que o poder é exercido por um Conselho de Regência. Perto de Coimbra, um grupo de bandidos e falsificadores assalta o marquês de Sandoval, que se enamora da bela Catalina, cabecilha dos assaltantes. Igualmente apaixonada e em troca do seu silêncio, Catalina permite a libertação do marquês, que vai desposar Diana, filha do conde de Campomayor, ministro da Justiça do Conselho de Regência. No epílogo desta zarzuela, Catalina acaba por tornar-se rainha de Portugal, casar com o marquês, perdoar a Rebolledo, seu número dois no grupo, e tornar possível o amor de Diana e Sebastián. A música de Los Diamantes de la Corona é a versão espanhola da ópera homónima de François-Esprit Auber, o que não a impede de ser considerada “uma das produções mais interessantes de Barbieri, devido à capacidade para se adaptar a todas as circunstâncias da ação e da psicologia dos personagens, bem como pela unidade que obtém com uma música hispânica”, como afirmou Emilio Casares Rodicio.

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Rui Pinheiro | Direção Musical

Após concluir os seus estudos de piano em Portugal e na Hungria, Rui Pinheiro concluiu o Mestrado em Direção de Orquestra no Royal College of Music, em Londres. Foi, entre 2010 e 2012, Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de Bournemouth (Reino Unido). Em Portugal, Rui Pinheiro dirige regularmente as principais orquestras, em particular a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) e a Orquestra Gulbenkian. Em novembro de 2013, estreou-se na direção musical de uma ópera, com La fille du Régiment (Doznizetti) no Teatro Nacional de São Carlos; na mesma temporada, dirigiu a Orquestra Gulbenkian no Prémio Jovens Músicos, que foi transmitido em direto pela RTP. Mais recentemente, dirigiu a Orquestra da Madeira, nos concertos Fim de Ano e de Ano Novo (2014), com um programa de valsas e polcas.

José Carlos Plaza | Encenação

Natural de Madrid, estudou nesta cidade interpretação e direção com William Layton, Miguel Narros e Rosalía Prado, no Teatro Estudio Madrid, e voz com Roy Hart; e, em Nova Iorque, com Stella Adler, Sandford Meinsner, Utta Hagen, Geraldine Page e Lee Strasberg. Foi fundador do Teatro Experimental Independiente e fundou e co-dirige com William Layton e Miguel Narros o Teatro Estable Castellano que desenvolveu atividades entre 1977 e 1988. Também fundou o Laboratório William Layton, onde leciona

interpretação e direção. Entre 1989 e 1994 dirigiu o Centro Dramático Nacional e, a partir de 1999, o Escénica (Centro de Estudos Cénicos de Andaluzia). Recebeu galardões como o Prémio Nacional de Teatro de 1967, 1970 e 1987, o Mayte, Fotogramas de Plata e Cidade de Valladolid. Trabalha habitualmente em França, Itália, Argentina e Alemanha. De entre os seus últimos trabalhos destacam-se Fedra de Sófocles, Bodas de sangre de García Lorca e El cerco de Leningrado de Sanchis Sinisterra; as óperas Os diabos de Loudun de Penderecki, Las golondrinas de Usandizaga, La Dolores de Bretón, Le nozze di Figaro de Mozart, Fidelio de Beethoven e uma versão encenada da Paixão Segundo São João de Bach. Os seus últimos trabalhos para o Teatro de la Zarzuela foram o programa duplo San Antonio de La Florida / Goyescas, Los diamantes de la corona, El Gato Montés (também no TNSC) e Los amores de la Inés / La verbena de la Paloma, na presente temporada.

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Carlos Cosías | Tenor

Nascido em Barcelona, Carlos Cosías ganhou, em 1998, a primeira edição do Concurso de Canto Manuel Ausensi (Barcelona) e o prémio Plácido Domingo-Pepita Embil para melhor cantor de Zarzuela, no concurso internacional Operalia de Plácido Domingo; obteve, ainda, o segundo lugar no Concurso Internacional de Canto Francesc Viñas (Barcelona) e o Prémio de Melhor Intérprete de Donizetti e o Prémio de Melhor Cantor Espanhol. De entre o seu repertório, incluem-se obras de Donizetti como Il Giovedi grasso, Don Pasquale, Il matrimonio segreto, L’elisir d’amore, Anna Bolena e Lucia di Lammermoor; às quais se juntam triunfos com o seu Tamino em Die Zauberflöte e com Don Ottavio de Don Giovanni. Também interpretou Macbeth, Gianni Schicchi, Juana de Arco en la hoguera, La Bohème, La Traviata e Rigoletto. Protagonizou zarzuelas como Cançó d’amor i de guerra, Marina, Doña Francisquita e Los Diamantes de la Corona. Apresentou-se nos principais palcos de ópera como El Gran Teatro del Liceo

de Barcelona, ópera de Calgliari, Maggio Fiorentino Musicale, ópera de Nizza, Croatian National Theater, Busan Culture Theatre de Corea, Teatro Campoamor de Oviedo, Teatro Arriaga de Bilbao, Teatro Gayarre de Pamplona, Teatro de la Zarzuela de Madrid, Teatro la Farándula de Sabadell, entre outros. Estudou música e piano no Conservatorio del Liceu de Barcelona. Em canto especializou-se com os professores Jaume Francisco Puig e Eduard Giménez. Cristina Faus | Meio-Soprano

Nascida em Benissanó (Valência), realizou os seus estudos musicais no Conservatório Superior de Música daquela cidade, licenciando-se ns especialidade de canto com a nota máxima. Em 2003 venceu o concurso internacional de canto ¨Toti dal Monte¨, que lhe permitiu estrear-se em Itália, como protagonista de La Cenerentola, de Rossini, no Teatro Comunale de Trevisol. Desde então, cantou e canta em teatros e festivais de reconhecido prestígio. O seu repertório operático e de oratória inclui obras de barroco, clássico, romantismo francês e belcanto italiano. Trabalhou com maestros como Miguel Roa, Ramon Torrelledó, Mtro Diemecke, Ralf Weikert, Josep Caballé, Jose Maria Collado, Antoni Ros Marbá, Manuel Galduf, Roberto Abbado, Alberto Zedda, Andrea Marcon,

Cristóbal Soler, Lorenzo Ramos, Jesus López Cobos, Lorin Maazel, Kamal Khan e Mtro Zumalave. Apresentou-se na cantata Le Nozze de Teti e di Peleo de Rossini, no Rossini Opera Festival, na ópera barroca Clementina, de Boccherini; como Rosina na ópera Il Barbiere di Siviglia; em Amor Brujo de Manuel de Falla; como Suzuki de Madama Butterfly, de Puccini; em La Chulapona no Teatro de la Zarzuela de Madrid; na ópera de Carnicer Cristóforo Colombo; em La Vida Breve; em concerto no Palau de la Música de Valência com o maestro Yaron Traub. La Vida Breve com o maestro Frühbeck de Burgos e as orquestras Toronto Symphony Orchestra, Philarmonica Orchestra e la Boston Symphony Orchestra em Los Angeles, Toronto e Boston

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Giuseppe Verdi (1813-1901) MACBETH

dramma lirico em quatro atos Libreto Francesco Maria Piave Baseado na tragédia homónima de William Shakespeare

21, 23, 25 e 27 de fevereiro (20h); 1 de março (16h)

Direção musical Domenico Longo Encenação Elena Barbalich Cenografia e figurinos Tommaso Lagattolla Desenho de luz Michele Vittoriano Macbeth Ángel Ódena Lady Macbeth Elisabete Matos Macduff Enzo Peroni Banco Giacomo Prestia Malcom Marco Alves dos Santos Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli O drama psicológico em torno da ambição desmesurada e do sentimento de culpa de Macbeth e, sobretudo, de Lady Macbeth (cuja centralidade é destacada pelas opções dramatúrgicas de Verdi) coexiste com o tema da insurreição coletiva contra a tirania. “Tenha em atenção que os papéis principais desta ópera são, e só podem ser, três: Macbeth, Lady Macbeth e o coro das bruxas. As bruxas dominam o drama; é nelas que tudo tem origem – grosseiras e mexeriqueiras no Ato I, exaltadas e proféticas no Ato III. Traçam uma personagem autêntica e de grande importância” (Carta de Verdi a L. Escudier, 08.02.1865). A escolha de Macbeth constitui um momento singularmente importante na carreira de Giuseppe Verdi, visto tratar-se da sua primeira incursão criativa na dramaturgia de Shakespeare, circunstância que lhe imprimirá um novo estímulo e fulgor. É também a ocasião em que o compositor sente uma distinta intimidade com a estética do Romantismo, desenvolvendo um universo simbólico que redimensiona e intensifica o seu vocabulário dramático.

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Domenico Longo | Direção Musical Nascido em Taranto, formou-se com distinção em Violoncelo no conservatório Nicolò Piccinni de Bari, sob orientação de Vito Paternoster. Posteriormente, estudou composição com Franco Arigliano. Entre 1992 e 1996, foi diretor da Orquestra dell’Istituto Paisiello Taranto, colaborando com artistas como Alirio Diaz e Nicola Martinucci, com os quais gravou uma performance para a RAI Internacional. No teatro Orfeo de Taranto, colaborou na encenação da ópera Il Marchese di Roccaverdina e dirigiu uma produção teatral com Paola Gassman e Ugo Pagliai.

Foi escolhido pelo Maestro Donato Renzetti para dirigir os concertos finais de um concurso internacional, com a Orquestra dei Pomeriggi Musicali; e diplomou-se com nota máxima e louvor no curso de aperfeiçoamento, na Accademia Superiore di Pescara. Recentemente, dirigiu com grande sucesso a ópera Pagliacci, de Leoncavallo, com a Orquestra Sinfónica ICO della Magna Grecia, com a qual inaugurou o Teatro Arena Peripatodi Taranto. Com a Orquestra de Câmara delle Marche dirigiu o Concerto Triplo de Beethoven, no Teatro Persiani di Recanati; e, para o Todi Arte Festival, realizou um concerto a partir da trilogia Mozart–Da Ponte, com Simona Marchini e a Orquestra Mozart Sinfonietta. É professor de violoncelo no Istituto Musicale Provinciale di Taranto. Elena Barbalich | Encenação

Elena Barbalich nasceu em Veneza, onde estudou Literatura Italiana, na Universidade de Ca’ Foscari. Paralelamente, teve formação teatral no Teatro Avogaria de Veneza e aprofundou o seu conhecimento de música, tendo aulas particulares de piano e experimentando o canto coral. Estreou-se como diretora de cena numa produção sua, La serva padrona, de G. B. Pergolesi, apresentada no Castello Sforzesco de Milão. O repertório contemporâneo de Elena inclui produções próprias de obras como Phonophonie, de M. Kagel (estreia em Itália). Em 1999 dirigiu Rätsel von Mozart de M. Cardi, M. D’Amico, O. Neuwirth, F. Nieder e B. Olivero (estreia) no Teatro Fondamenta Nuove de Veneza, em colaboração com o Teatro La Fenice. Em 2000, dirigiu Recitations, de Aperghis, e levou Phonophonie ao Auditorium de la Cité des Arts de Paris. No Festival de Ópera de Barga levou à cena Il Tribuno, de Kagel, e

posteriormente apresentou-o, em língua francesa, no Tourcoing Festival. Nesse mesmo festival, dirigiu de novo Rätsel von Mozart. Em 2002 levou à cena, no Teatro La Fenice, Per Voce Preparata, uma produção com música de Aperghis, Cage, Casale, Doati, Kagel, Pachini e Schnebel. Mais recentemente, dirigiu, no Teatro San Carlo de Nápoles, a estreia mundial de Garibaldi in Sicile, de Marcello Panni. Em 2000, a Richard Wagner Stipendienstiftung concedeu a Elena uma bolsa como encenadora. Entre as obras do repertório clássico que produziu, incluem-se Cavalleria Rusticana, de P. Mascagni, e Pagliacci, de R. Leoncavallo, que dirigiu no Teatro Verdi de Salerno e no Politeama de Catanzaro, em 2003. Novamente em Catanzaro, e em Salerno, levou à cena Tosca, de G. Puccini. Em 2006 dirigiu o seu próprio Macbeth, de G. Verdi; e criou e levou à cena Visioni all'alba del Novecento. Em 2007 dirigiu pela primeira vez a sua Tosca em Bari; levou à cena Macbeth no Teatro Nacional de São Carlos; e as suas produções de La damoiselle élue, de C. Debussy (estreia absoluta), e Les mamelles de Tirésias, de F. Poulenc. Em 2008, Elena dirigiu Macbeth no Palacio de la Ópera da Corunha. Em 2009 voltou a dirigir Tosca em Bari. Elena escreveu os libretos das óperas cómicas Singin’ in the Brain e Otòno Shiràbe do compositor veneziano Paolo Furlani, cujos excertos foram interpretados na Bienal de Música de Veneza.

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Ángel Òdena | Barítono

Nascido em Tarragona, atua regularmente em teatros líricos espanhóis (Barcelona, Madrid, Oviedo, Las Palmas, Sevilha, Bilbau e Valência) e europeus (Lisboa, Hamburgo, Palermo, Nápoles, Bolonha, Florença, Arena de Verona, Amsterdão e Berlim), tendo-se também já estreado em Miami e no Metropolitan de Nova Iorque. O seu repertorio inclui papéis em óperas como Il barbiere di Siviglia, L’elisir d’amore, Lucia di Lammermoor, Falstaff, Un ballo in maschera, Don Carlo, Aida, Il trovatore, La Traviata, Carmen, Faust, Thaïs, Tannhäuser, Tristan und Isolde, Manon Lescaut, Madama Butterfly e Pagliacci. Participou em diversas produções de zarzuela e foi galardoado com o Prémio Lírico Teatro Campoamor 2012 para Melhor Intérprete de Zarzuela. Apresentações futuras incluem Le Villi no Théâtre des Champs-Élysées de Paris, Simon Boccanegra na Staatsoper de Berlim, Otello em Palma de Maiorca, Cavalleria rusticana e Pagliacci em Pequim, Attila em Bilbau, La Traviata no Liceo de Barcelona e no Teatro Real de Madrid.

Elisabete Matos | Soprano

Elisabete Matos comemorou, em 2013, 25 anos de uma carreira que inclui atuações nos principais teatros do mundo, como o Scala de Milão, Metropolitan de Nova Iorque, Teatro do Liceu de Barcelona, Real de Madrid, Opera de Washington, Opera de Viena, Los Angeles, Opera de Hamburgo, entre tantos outros, interpretando os principais papéis de soprano spinto e dramática, tais como Tosca, Turandot, Fanciulla del West, Chimène de Le Cid, Lady Macbeth, Abigaille, Amélia de Un ballo in maschera, Elisabetta di Valois, Elsa de Lohengrin, Elisabeth deTanhäuser, Sieglinde de Die

Walküre, Senta de Der fliegende Holländer, Isolda de Tristan und Isolde, entre tantos outros, ao lado de grandes artistas como Placido Domingo, José Carreras, Leo Nucci, Rugero Raimondi, Renato Bruson, Eva Marton, Juan Pons, Marcello Giordani entre outros e dirigida por maestros da importância de Lorin Maazel, Zubin Mehta, Valery Gergiev e Riccardo Muti, Bruno Bartoletti, Carol-Linn Wilson, Marco Armiliato, Nicola Luisotti entre tantos outros. Também com Placido Domingo, gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Foi lançado em DVD O chapéu de três bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Symphony Orchestra, dirigida por Daniel Barenboim. Gravou ainda Les Troyens (Cassandre), numa produção de La Fura dels Baus do Palau de Les Arts de Valência, dirigida por Valery Gergiev. Com o Liceu de Barcelona, gravou a tetralogia O anel do Nibelungo de Wagner, interpretando os papéis de Gutrune, Freia e Dritte Norne. Gravou também La Bataglia di Legnano (Lina) e com a Ópera de Catania. É detentora de vários prémios em concursos nacionais e internacionais, como o Concurso de Canto Luísa Todi e o Belvedere de Viena, entre outros. Recebeu também o prémio de final de curso Lola Rodríguez Aragón, o prémio Lyons da Lírica Italiana, o prémio Femina 2012 e o prémio Voz do Ano 2012. Foi galardoada, em 2000, com um Grammy, pela gravação do papel titular de La Dolores, de Bretón, com Placido Domingo, para a Decca.

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Gioachino Rossini (1792-1868) LA CENERENTOLA dramma giocoso em dois atos Libreto Jacopo Ferretti Baseado no conto de fadas A Cinderela, de Charles Perrault

25, 27, 30 de março e 1 de abril (20h); 29 de março (16h)

Direção musical Pedro Neves Encenação Paul Curran Cenografia Pasquale Grossi Figurinos Zaira de Vincentiis Desenho de luz a anunciar Angelina Chiara Amarù Don Ramiro Jorge Franco Don Magnífico Luis Cansino Restantes intérpretes a anunciar Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli Produção do Teatro San Carlo de Nápoles Don Magnifico, barão de Monfiascone, encontra-se cheio de dívidas e, para evitar a ruína, apenas lhe resta recorrer ao casamento de suas filhas com maridos abastados. Nos seus dias de fausto, havia desposado uma viúva que tinha uma filha chamada Angelina. Desta união nasceram ainda duas raparigas, Clorinda e Tisbe, criaturas arrogantes e vaidosas. Após o falecimento da mãe, a pobre Angelina sofre os piores tratos por parte das meias-irmãs e do padrasto. Destinada às mais humilhantes tarefas domésticas, toma o nome de Cenerentola, a Cinderela. Não sendo um libreto original, a verdade é que La Cenerentola depressa fez esquecer as outras peças homónimas, vindo a converter-se num dos maiores sucessos da música rossiniana, tendo suplantado até, durante algum tempo, a popularidade de Il Barbiere di Siviglia. De uma forma global, o interesse musical desta ópera reside no melodismo característico de Rossini, que aqui encontra um dos seus melhores paradigmas.

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Pedro Neves | Direção Musical

Pedro Neves iniciou o seu percurso musical no conservatório de Aveiro, onde estudou violoncelo; prosseguiu na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, onde conclui o bacharelato. Obtém uma bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian para continuar o seu aperfeiçoamento artístico com o Prof. Marçal Cervera, na Escola de Música Juan Pedro Carrero, em Barcelona, onde se mantém até 1999. Pedro Neves interessa-se muito cedo pela direcção e começa o seu percurso como maestro, em 1988, na Sociedade Recreativa e Musical 12 de Abril, sediada na sua terra natal, da qual é

diretor artístico desde 1992. Estudou direcção de orquestra com o reconhecido pedagogo e maestro Jean Marc Burfin na Academia Nacional Superior de Orquestra, onde obtém o grau de licenciatura com elevada classificação. Aprofundou os seus conhecimentos com Emílio Pomarico em Milão, frequentou masterclasses com Alexander Polishcuk e foi assistente de Michael Zilm. Pedro Neves foi convidado para dirigir a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Nacional do Tejo, a Filarmonia das Beiras, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra do Algarve, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Esproarte, da qual foi maestro titular de 2004 a 2008. Pedro Neves é professor na Academia Nacional Superior de Orquestra e maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho, onde desenvolve um projeto com jovens músicos em início de carreira profissional. Atualmente é doutorando na Universidade de Évora. Em abril de 2011 assumiu o cargo de maestro titular da Orquestra do Algarve. É fundador da camerata Alma Mater.

Paul Curran | Encenação

Formado em direção de cena pelo National Institute of Dramatic Art de Sidnei e pela Finnish National Opera, Paul Curran foi diretor artístico da Norwegian National Opera, entre 2007 e 2011. Entre as produções recentes, destacam-se Tristan und Isolde, no Teatro La Fenice Venice; La Donna del Lago, na Santa Fe Opera; Der Fliegende Holländer, na Ekaterinburg Opera; Die Zauberflöte, na Norwegian National Opera; Rusalka, no New National Theatre Tokyo; Pagliacci, no Royal Danish Theatre e Norwegian National Opera; Lady Macbeth no Mtsensk; Tosca e Otello, na Canadian Opera Company; Albert Herring, na Los Angeles Opera; uma nova produção de A Midsummer Night’s Dream no Teatro Dell’Opera Roma; Peter Grimes, no Savonlinna Opera Festival; Baden Baden 1927, no Gotham Chamber Opera NY. Assinou encenações em Covent Garden, Teatro alla Scala, Santa Fe Opera, Chicago Lyric Opera, Flanders Opera Antwerp, Teatro Comunale Florence,

Royal College of Music, Teatro La Fenice, Teatro Giuseppe Verdi, Canadian Opera, Washington Opera, Welsh National Opera, Stuttgart Opera, Teatro dell’Opera, Teatro Comunale, Bunka Kaikan, Garsington Opera, Teatro Nacional de São Carlos, Mariinsly Theatre, entre outros. Próximos compromissos incluem as produções La Donna del Lago, no Met; Ariodante, na Royal Academy of Music; Faramondo, no Göttingen Händel Festival; La traviata, no Bucharest National Opera; La Cenerentola, no Teatro Maestanza; Death in Venice, na Garsington Opera.

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Chiara Amarù | Meio-Soprano Chiara Amarù iniciou os seus estudos musicais sob orientação dos pais. Integrou o coro infantil do Teatro Massimo, em Palermo, entre 1991 e 2001, tendo concluído a formação com distinção, em 2007, no Conservatório de Música de Palermo. Posteriormente, frequentou aulas de técnica vocal com Sonia Ganassi, Luciana Serra, Barbara Frittoli, Simone Alaimo, Alfonso Antoniozzi, Francisco Araiza e Raul Gimenez. Em 2005, frequentou a International Lyric Academy em Vignola, sob orientação de Mirella Freni e Sergio Bertocchi e, no ano seguinte, obteve uma bolsa como prémio pela distinção como melhor jovem cantora da 13.ª edição do Concurso Internacional

de Canto Giuseppe di Stefano. Em 2007, ficou em 2.º lugar no 17.º Concurso Internacional de Cantores de Ópera Mario del Monaco e venceu a primeira edição do Concurso Internacional de Cantores de Ópera Salvatore Cicero. Em 2013 recebeu o oscar della Lirica para melhor meio-soprano do ano. Frequentou a Scuola dell’Opera, em Bolonha, entre 2009 e 2011. Em 2010, venceu o 61.º concurso As.Li.Co pelo papel de Angelina em La Cenerentola, que voltou a interpretar em Brescia, Cremona, Como, Pavia, Piacenza e Bolonha; Amenofi, em Mosè in Egitto, no Rossini Opera Festival; Isabella, em L'Italiana in Algeri, Em Bolonha e Bari, Marianna, em Signor Bruschino; e Isaura, em Tancredi, em Pesaro, no Rossini Opera Festival; Fidalma, em Il matrimonio segreto, em Turim; Malcom, em La donna del lago. Compromissos futuros incluem o Requiem, de Mozart, em Bari; La Cenerentola, em Treviso e Ferrara; Roberto Devereux, em Florença; Le Comte Ory, em Milão, no alla Scala; e Il barbiere di Siviglia, em Pesaro.

Luis Cansino | Barítono

Considerado uma das grandes figuras da zarzuela na atualidade, participou nos mais importantes festivais deste género em Espanha e estrangeiro como Luisa Fernanda, La del manojo de rosas, La tabernera del puerto, El caserío, La leyenda del beso, La del Soto del Parral,Chin Chun Chan (Jordá), Mis dos mujeres (Barbieri), Maria Adela (Bartlet), La gallina ciega (Fernández Caballero), Don Manolito (Sorozábal) e Xuanón (Moreno Torroba). No Teatro de la Zarzuela estreou-se com El juramento e regressou com Los gavilanes, La rosa del azafrán, La parranda e a Gala do 150.º aniversário. Estreou-se em ópera na Morelia (México), em 1991, como Escamillo (Cármen). Também cantou as óperas Ezio, Il barbiere di Siviglia, Lucia di Lammermoor, Werther, Faust, Andrea Chénier, Nabucco, Otello, Tosca, Turandot e ainda Renard the

Fox nas principais temporadas de ópera de Espanha e do México. Recentemente, cantou em Nottingham (Roberto Devereux) em Las Palmas, Dulcamara (L’elisir d’amore) em Oviedo e Sassari, Germont (La traviata) em Bogotá, Marcello (La bohème) em Lima, os papéis principais de Falstaff em Jerez e Rigoletto em Como e Jesi. Em 2010, foi convidado a cantar em Bruxelas, por ocasião da presidência espanhola da União Europeia. Compromissos futuros incluemRigoletto em Jerez, Amonasro (Aida) em Valência, Sharpless (Madama Butterfly) em Sevilha e Leoporello (Don Giovanni) em Lima.

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Igor Stravinsky (1882-1971) THE RAKES’S PROGRESS ópera em três atos Libreto W. Auden e Kalman Inspirado em A Carreira do Libertino, conjunto de oito pinturas e gravuras, de William Hogarth

29 de maio, 2, 4 e 6 de junho (20h); 31 de maio (16h)

Direção musical Joana Carneiro Encenação, cenografia e desenho de luz Rui Horta Figurinos a anunciar Intérpretes a anunciar Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli Dois jovens apaixonados, Tom e Anne, evocam a natureza do amor. Desempregado, Tom recusa um emprego oferecido pelo pai de Anne, proclamando que só a fortuna lhe servirá de guia. Nick Shadow, um visitante, anuncia então que Tom herdara a fortuna de um tio. Tom inicia a sua vida de libertino, visitando um bordel em Londres e abandonando Anne. Stravinsky sempre se interessou pela encenação musical ao longo da sua carreira de sessenta anos como compositor, embora The Rake’s Progress fosse a única ópera de grande fôlego que escreveu. Nenhum dos grandes compositores do século XX experimentou tantas formas de música dramática como Stravinsky, e é significativo que uma ópera “normal” em três atos como The Rake seja nele uma exceção, e não a regra. Baseado na obra de Hogarth, em The Rake’s Progress Stravinsky soube, como nunca, dar provas da sua enorme capacidade para transfigurar materiais; o compositor serviu-se destes fragmentos temáticos como “matéria-prima”, como motivo iconográfico.

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Joana Carneiro | Direção Musical Joana Carneiro é, desde janeiro de 2014, Maestrina Titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Em 2009 foi nomeada Diretora Musical da Sinfónica de Berkeley. Joana Carneiro é Maestrina Convidada da Orquestra Gulbenkian e Diretora Artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra (Orquestra de Jovens) da Fundação Calouste Gulbenkian. Além da sua quinta temporada como Diretora Musical da Berkeley Symphony, em 2013 / 2014 Joana Carneiro tem concertos com as Orquestras Sinfónicas de Toronto, Gothenburg, Gävle, Malmö, Sydney, Nova Zelândia e a Orquestra Nacional de Espanha; estreia-se ainda com as orquestras filarmónicas da Radio France e da Royal Stockholm e com a Florida Orchestra. Joana Carneiro dirigiu uma produção de Peter Sellars de Oedipus Rex eSinfonia dos Salmos, de Stravinsky, no Festival de Sydney, que recebeu o Prémio

Helpmann 2010 para melhor concerto sinfónico. Foi Maestrina Assistente da Filarmónica de Los Angeles, onde trabalhou com o seu mentor Esa-Pekka Salonen. Foi Maestrina Assistente da Los Angeles Chamber Orchestra e Diretora Musical da Campus Philarmonia Orchestra (Michigan). Nascida em Lisboa, formou-se em Direção de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra. Concluiu o Mestrado em Direção de Orquestra pela Universidade de Northwestern e prosseguiu estudos de Doutoramento na Universidade de Michigan. Joana Carneiro recebeu o prémio Helen M. Thompson 2010, da League of American Symphony Orchestras. Recebeu em julho de 2010, o Prémio D. Antónia Adelaide Ferreira e, em novembro de 2010, o Prémio Amália de Música Erudita. Em março de 2004, Joana Carneiro foi agraciada com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Jorge Sampaio. Rui Horta | Encenação e cenografia

Nascido em Lisboa, Rui Horta começou a dançar aos 17 anos nos cursos do Ballet Gulbenkian. Estudou, ensinou e foi intérprete em Nova Iorque durante vários anos, após os quais regressou a Portugal, onde dirigiu a Companhia de Dança de Lisbos. Mais tarde, criou Linha e Interiores. Com estas duas obras, efectuou as suas primeiras digressões pela Europa. Foi então convidado a fundar a S.O.A.P., no Künstlerhaus Mousonturm, em Frankfurt. Rui Horta ganhou, em 1992, o primeiro prémio nos Rencontres Chorégraphiques Internationales de Bagnolet e o Bonnie Bird Award, tendo ainda recebido inúmeros prémios atribuídos pela

imprensa. Foi professor convidado em algumas das mais importantes escolas de dança, tais como o Laban Dance Centre, o Conservatoire National de Paris, o Conservatoire National de Lyon, a London School of Contemporary Dance, o Steps e a Perridance em Nova Iorque. Em 1997, encenou The Rake’s Progress, ópera de Stravinsky, no Theater Basel, tendo ainda sido responsável pelo seu desenho de luz e cenografia. Em 1999 recebeu o German’s Producers Prize. Em 2000, regressou a Portugal (Montemor-o-Novo), onde estabeleceu um centro multidisciplinar de pesquisa e criação, “O Espaço do Tempo” Criou obras para companhias de renome tais como o Cullberg Ballet, Ballet Gulbenkian, Nederlands Danstheater, Opéra de Marseille, Ballet du Grand Théâtre de Genève, Icelandic Ballet, Scottish Dance Theatre, entre outros. Em 2005 ganhou o prémio Almada do Ministério da Cultura, e criou SETUP, obra que circulou intensamente nos últimos anos e em 2006, em conjunto com João Paulo Santos, coreografou a obra de novo circo Contigo.

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Igor Stravinsky (1882-1971) O PÁSSARO DE FOGO

bailado em dois quadros Teatro Camões

17, 18, 19, 20, 24, 25, 26, 27 de junho (21h); 21, 28 de junho (16h)

Coreografia Fernando Duarte Encenação e dramaturgia Carlos Pimenta Cenografia O Cubo Figurinos José António Tenente Desenho de luz a anunciar Orquestra Sinfónica Portuguesa (em colaboração com a Companhia Nacional de Bailado) Direção musical Joana Carneiro

Desenho de Sergei Sudeikin (1882-1946) com o primeiro tema de

O Pássaro de fogo escrito a lápis por Stravinsky e com uma dedicatória a Madame Vera de Bosset Sudeikina, mulher de Sudeikin.

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II – TEMPORADA SINFÓNICA

CONCERTO INAUGURAL | 20 de setembro | 21h Antonín Dvorak (1841-1904), Concerto para violoncelo e orquestra em si menor op. 104 Luís de Freitas Branco (1890-1955), Antero de Quental poema sinfónico para orquestra Maurice Ravel (1875-1937), Suite n.º 2 de Daphnis et Chloe para coro e orquestra Direção musical Joana Carneiro Violoncelo Johannes Moser Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli

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CICLO AS SINFONIAS DE FELIX MENDELSSHON (1809-1847)

27 de setembro | 21h Sinfonia n.º 1 op. 11, em Dó Menor Sinfonia n.º 2, op. 52 em Sib Maior “Lobgesang” para solistas, coro e orquestra Soprano Dora Rodrigues Soprano Joana Seara Tenor José Manuel Montero 3 de outubro | 21h Abertura “As Hébridas” op. 26 Concerto em Mi menor op. 64 para violino e orquestra Sinfonia n.º 3, op. 56 em Lá Menor “Escocesa” Violino Francesca Dego

4 de outubro | 21h Sinfonia n.º 4, op. 90 em Lá Maior “Italiana” Sinfonia n.º 5, op. 107 em Ré Maior “A Reforma”

Direção musical Donato Renzetti Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli

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Donato Renzetti | Direção Musical

Natural de Torino di Sangro, é um dos mais importantes maestros da atualidade, a nível mundial. Ganhou inúmeros prémios em importantes concursos internacionais, com realce para o Diapason d’Argento, em 1975, o Prémio G. Marinuzzi, de San Remo, em 1976, o Prémio Ottorino Respighi, da Academia Chigiana de Siena, em 1976, a Medalha de Bronze no 1.° Concurso E. Ansermet, de Genève, em 1978, e, em 1980, foi eleito, por unanimidade, vencedor do X Concurso Guido Cantelli, no Teatro alla Scala, de Milão. Ao longo da sua carreira, alternou a atividade com produções de ópera e gravações. Dirigiu algumas das orquestras mais

importantes da cena musical e tem sido convidado a atuar nos principais teatros líricos do mundo. É presença assídua, como Maestro Convidado, nos festivais de Glyndebourne, Spoleto, Pesaro e Verdi, de Parma. De 1982 a 1987, foi Maestro Principal da Opera dell’Orchestra lnternazionale Italiana; de 1987 a 1992, Maestro Principal da Orquestra Regionale Toscana; de 1993 a 2001, Maestro Principal da Orchestra Stabile di Bergamo; de 2004 a 2007, Maestro onvidado Principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Em 2007, foi nomeado Diretor Artístico e Maestro Principal da Orchestra Filarmonica Marchigiana. Gravou para a Philips, Frequenz, Fonit Cetra, Nova Era e Dynamic CD com obras de Mozart, Tchaikovsky, Simone Mayer e Ouverture raras e inéditas de Schubert e Cherubini. Manfred, de Schumann, gravado com a Orquestra e o Coro do Teatro alla Scala, recebeu o XIX Premio della Critica Discografica Italiana. Desde 1987, é professor da disciplina de Direção de Orquestra no Curso de Alta Especialização da Accademia Musicale Pescarese, descobrindo novas geraç õ es de talentos, como Massimo Zanetti, Gianandrea Noseda, Danielle Agiman, Pietro Mianiti, Stefano Miceli, Michele Mariotti, Denise Fedeli, Dario Lucantoni, Massimiliano Caldi ou Antonino Manuli. O Collegio dei Ragionieri di Lanciano in Abruzzo outorgou-lhe o Premio Frentano d’Oro pelos méritos artísticos em Itália e no estrangeiro, em 2002. A prestigiada Associazione Amici della Lirica dell’Opera Festival di Pesaro fez-lhe entrega do Premio Rossini d’Oro 2006. Em 2009, recebeu o XXVI Premio Luigi lllica e o Premio Carloni de Barattelli dell’Aquila.

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“SE NON ORA QUANDO” A MÚSICA PERANTE A TRAGÉDIA DAS DUAS GUERRAS: PROGRAMA NO CENTENÁRIO DO INÍCIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Teatro Nacional de São Carlos | 15 de novembro Albéric Magnard (1865-1914), Chant funèbre op. 9 para orquestra Rudi Stephan (1887-1915), Musik für orchester in einem Satz para orquestra Alfredo Casella (1883-1947) Pagine di guerra op. 25 bis para orquestra Azio Corghi (1937), Pace e guerra para coro e orquestra, sobre texto de José Saramago Edward Elgar (1857-1934), The spirit of England para coro e orquestra

Soprano Susana Gaspar Direção musical João Paulo Santos Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli

Teatro Nacional de São Carlos (Salão Nobre) | 22 de novembro | 18h Obras de Maurice Ravel (1875-1937), Dmitry Shostakovich (1906-1975) e Franz Schreker (1878-1934) Direção musical João Tiago Santos Orquestra Sinfónica Portuguesa

Teatro Nacional de São Carlos | 29 de novembro | 18h Obras de Luigi Dallapiccola (1904-1975), Fernando Lopes-Graça (1906-1994) e Goffredo Petrassi (1904-2003) Direção musical Giovanni Andreoli Instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Comemorações dos 70 anos do Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Teatro Nacional de São Carlos | datas a definir Brundibar (ópera para crianças) de Hans Krása (1899-1944) Libreto Adolf Hoffmeister Ópera em um ato em colaboração com o Conservatório de Música de Lisboa Versão portuguesa do libreto Zaida Rocha Ferreira e Cesário Costa Encenação Bruno Cochat e Ruben Santos Direção coral Teresa Cordeiro Direção de orquestra Francisco Sequeira Desenho de luz Paulo Sabino Elenco Alunos do Atelier Musical da Escola de Música do Conservatório Nacional

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João Paulo Santos | Direção Musical

Nascido em Lisboa, concluiu o curso superior de Piano no Conservatório Nacional na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini (1979-84). A sua carreira atravessa os últimos 36 anos da biografia do Teatro Nacional de São Carlos onde principiou como correpetidor (1976), função que manteve durante a permanência em Paris. Seguiu-se o cargo de Maestro Titular do Coro (1990-2004); desempenha atualmente as funções de Diretor de Estudos Musicais e Diretor Musical de Cena. Estreou-se na direção musical em 1990 com The Bear (W. Walton), encenada por Luís Miguel Cintra, para a RTP. Tem dirigido obras tão diversas quanto óperas para crianças (Menotti, Britten, Henze e Respighi), musicais (Sondheim),

concertos e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le Vin Herbé (Martin) e The English Cat (Henze) cuja direção musical foi reconhecida com o Prémio Acarte 2000. Destacam-se ainda as estreias absolutas que fez de obras de Chagas Rosa, Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa. Como pianista apresenta-se a solo, em grupos de câmara e em duo, concertos e recitais por todo o país. A recuperação e reposição do património musical nacional ocupam um lugar significativo na sua carreira sendo responsável pelas áreas de investigação, edição e interpretação de obras dos séculos XIX e XX. São exemplos as óperas Serrana, Dona Branca, Lauriane e O espadachim do outeiro, que já foram encenadas no TNSC e no Centro Cultural Olga Cadaval. Fez inúmeras gravações para a RTP e gravou repertório diverso desde canções do Chat Noir aos clássicos (Saint-Saëns e Liszt), passando por Satie, Martinů, Poulenc, Freitas Branco e Jorge Peixinho. Colabora como consultor ou na direção musical em espetáculos de prosa encenados por João Lourenço e Luís Miguel Cintra. João Tiago Santos | Direção Musical

João Tiago Santos estudou Direção Coral na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Artes de Zurique. Em 2010 concluíu o Mestrado em Direção de Orquestra Sinfónica e Ópera no Conservatório de S.Petersburgo, na classe do Maestro Vassily Sinaisky, maestro principal do Teatro Bolshoi em Moscovo. Participou em Masterclasses com Kurt Masur, Ralf Weikert, Jorma Panula, Yuri Simonov e Osvaldo Ferreira. Atualmente realiza um estágio na Ópera de Zurique. João Tiago Santos realizou com várias embaixadas de Portugal projetos de divulgação de música coral e sinfónica portuguesas no estrangeiro. No âmbito destes projetos levou a música nacional ao público de cidades como Moscovo, St. Petersburgo, Zurique, Luzern, Cali. A sua actividade como maestro têm-se desenvolvido sobretudo na Suíça e Rússia, onde tem dirigido tanto repertório sinfónico como Ópera e Ballet. Dirigiu, entre outras, a Orquestra Sinfónica de Luzern, Orquestra Festival Strings Luzern, Orquestras Sinfónicas de S. Petersburgo, Petrozavodsk e

Kislovodsk, Orquestra Filarmónica de Cali, Orquestra do Algarve e Orquestra Sinfónica Kapella de S. Petersburgo, com a qual tem vindo a interpretar a integral das sinfonias de Shostakovich.

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Giovani Andreoli | Direção Musical

Giovanni Andreoli estudou Piano, Composição e Direção Coral e de Orquestra. Na qualidade de maestro de coro colaborou na RAI de Milão, na Arena de Verona, e nos teatros La Fenice de Veneza e Carlo Felice de Génova. Trabalhou com os maestros Delman, Muti, Chailly, Barshai, Karabtchevsky, Arena, Santi, Campori, R. Abbado e Renzetti. Na Bienal Música de Veneza estreou mundialmente obras de Guarnieri, Pablo, Clementi e Manzoni. Dirigiu os Carmina Burana e a Petite Messe solennelle; L’esperienza corale nel ‘900 italiano; L’elisir d’amore em Reiquiavique; Missa da Coroação (Mozart) e Missa n.º 9 (Haydn), em São Paulo; Via Crucis de Liszt (Orvieto); Les Noces (Stravinski) no Festival de Granada; Otello (Rossini) no Theater an der Wien; e a primeira audição moderna da Missa Amabilis e Missa Dolorosa de Caldara; Il barbiere di Siviglia (Teatro dei Vittoriale, Gardone-Riviera), La traviata (Teatro Real de Copenhaga),Una cosa rara de Soler (Teatro Goldoni, Veneza); La Bohème (Teatro Grande de Brescia). Gravou para a BMG Ricordi, Fonit Cetra e Mondo Musica Munchen,

entre outras obras, Orfeo cantando… tolse (A. Guarnieri) na RAI de Florença (1996), e os Carmina Burana no Teatro La Fenice. De 1994 a 2004 Giovanni Andreoli foi o responsável artístico pela temporada lírica do Teatro Grande de Brescia. Giovanni Andreoli dirigiu com João Paulo Santos concertos corais com obras de Brahms, de Kodály, de Lopes-Graça, e de Freitas Branco. Em 2006 iniciou a sua colaboração com a Companhia de Ópera Portuguesa dirigindo as óperas Madama Butterfly e La traviata e o Requiem de Verdi em Lisboa e no Festival de Óbidos. Retomou o cargo de Maestro Titular do Coro do Teatro Nacional de São Carlos (em janeiro de 2011), que já ocupara entre 2004 e 2008.

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CONCERTO DE NATAL | 20 de dezembro| 21h Georg F. Handel (1685-1750) – Wolfgang A. Mozart (1756-1791) The Messiah oratória para solistas, coro e orquestra Direção musical Carlos Mena Solistas a anunciar Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli Carlos Mena | Direção Musical

Nasceu em Vitoria (Espanha), onde iniciou os seus estudos musicais. Aprofundou a sua formação como contratenor em masterclasses com Charles Brett e, em 1992, mudou-se para a Suiça, onde obteve um diploma em música barroca e renascentista, na prestigiada Escola Cantorum de Basileia, e estudou com os maestros R. Levitt e René Jacobs. Desenvolveu, ainda, estudos na área da música medieval, com D. Vellard, e em ópera, formando-se em 1997.

Tratando-se de uma revelação de entre a sua geração de contratenores, Carlos Mena destaca-se pela emoção que a sua voz transmite, pela qualidade da sua tessitura e as suas atuações inteligentes e sensíveis. Como solista, é membro de vários importantes ensembles, como Al Ayre Español, Ensemble Guilles Binchois, Il Seminario Musicale, Ricercar Consort, La Capella Reial de Catalunya, Hespèrion XX e Orphenica Lyra, apresentando-se em todo o mundo, nomeadamente, no Auditorio Nacional de Madrid, Palau de la Música de Barcelona, Konzerthaus de Viena, Stadtsoper de Berlim, Chapelle Royale de Versailles, Sidney Opera House, Concert Hall de Melbourne, Teatro Colon de Buenos Aires, Alice Tully Hall de Nova Iorque, e Sakura Hall de Tóquio. Carlos Mena gravou para a Decca, Accord, Deutsche Harmonia Mundi, Glossa e Alia Vox. É especialista em repertório do século XX (Igor Stravinsky, Benjamin Britten, Orff, Bernaola, Aracil, Benjamin Britten). Em 1997, Mena interpretou o papel de Orfeu em Orfeo ed Euridice, de Gluck, no Teatro Guaira (Brasil).

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CICLO DE CONCERTOS NO CCB | GRANDE AUDITÓRIO | 17h 11 de janeiro Gyorgy Ligeti (1923-2006), Lontano para orquestra John Adams (1947), The Death of Klinghoffer Choruses para coro e orquestra Dmitry Shostakovich (1906-1975), Sinfonia n.º 5 em Ré Menor op. 47 para orquestra Direção musical Joana Carneiro Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli 8 de fevereiro Franz Liszt (1811-1886), Die Legende von der heiligen Elisabeth Oratória para solistas, coro e orquestra Direção musical Arturo Tamayo Solistas a anunciar Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli 8 de março Gustav Mahler (1860-1911), Sinfonia n.º 3 para solista, coro e orquestra Direção musical Joana Carneiro Meio-soprano Maria José Montiel Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli 3 de maio Robert Schumann (1810-1856), Manfred op. 115 Ouverture, n. 1 Gesang der Geister, n.4 Zwischenachtmusik, n.7 Hymnus der Geister, n.15 Schluss-Szene Ariman’s para coro e orquestra Concerto em Lá Menor op. 54 para pianoforte e orquestra Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893), Sinfonia “Manfred” op. 58 para orquestra Direção musical Pedro Neves Pianoforte: a anunciar Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli

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Arturo Tamayo | Direção Musical

Nasceu em Madrid e estudou no Conservatório de Música daquela cidade, onde se formou com o prémio de honra em composição. Teve como professores de direção de orquestra Pierre Boulez em Basileia, Francis Travis em Friburgo, e Witold Rowicki em Viena; e de composição Wofgang Fortner e Klaus Huber em Friburgo. Obteve o Diploma de Direção de Orquestra na Escola Superior de Música de Friburgo, com as mais altas notas. Tem sido maestro convidado pelos mais importantes festivais de música da Europa, como o Festival de Salzburgo, Festival de Lucerna, Wien

Modern, Proms de Londres, Bienale de Veneza, Maggio Musicale Fiorentino, Holland Festival, Festival de Outono de Paris, Berliner Musikbiennale, Kölner Trienale. Dirige as mais importantes orquestras europeias. Como maestro de ópera, apresentou-se em inúmeros teatros: Deutsche Oper de Berlim, Wiener Staatsoper, Covent Garden de Londres, Teatro la Fenice de Veneza, Opera de Roma, Teatro Real de Madrid, Opera Comica de Paris, Opera de Graz, com um repertorio variado. Entre as mais recentes gravações, destacam-se os 3 CD dedicados à obra orquestral de Mauricio Ohana que receberam 16 prémios internacionais, os monográficos dedicados a Goffredo Petrassi e Franco Donatoni, e a gravação das obras de Orquestra de Iannis Xenakis, um projeto em curso, cujos três primeiros CD receberam vários prémios internacionais. Recentemente, graavou um novo volume monográfico dedicado a Franco Donatoni com a Orquestra Sinfónica da Radio de Hilversum. Proximamente gravará um monográfico com obras de Klaus Huber com a Orquestra Filármonica de Luxemburgo e com a Orquestra Sinfónica da Radio de Hilversum os "Concerti per Orchestra" de Goffredo Petrassi. É membro da Real Academia de Bellas Artes de Granada e Professor de Direção nos Cursos de Aperfeiçoamento da Aula de Música da Universidade de Alcalá de Henares. Recebeu o Prémio Nacional de

Interpretação de 2002.

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CICLO JOAQUÍN ACHÚCARRO, ARTISTA EM RESIDÊNCIA NO SÃO CARLOS 10 abril | 21h Ludwig van Beethoven (1770-1827), Meerstille und glückliche Fährt, para coro e orquestra Frederic Chopin (1810-1849), Concerto em Mi Menor n.º 1 op. 11, para piano e orquestra Johannes Brahms (1833-1896) Sinfonia em Fá Maior n.º 3 op. 90, para orquestra 12 de abril | 16h Franz Liszt (1811-1886), Les Préludes poema sinfónico para orquestra Edward Grieg (1843-1907), Concerto em Lá Menor op. 16 para piano e orquestra Jean Sibelius (1865-1957), Finlandia op. 26 poema sinfónico, versão para coro e orquestra 17 de abril | 21h Maurice Ravel (1875-1937), Concerto em Sol para piano e orquestra, Igor Stravinsky (1882-1971), O pássaro de fogo bailado para orquestra 19 de abril | 16h Eurico Carrapatoso (1962), nova encomenda Serguei Rachmaninov (1843-1973), Variações sobre um tema de Paganini para piano e orquestra Ludwig van Beethoven, Sinfonia n.º 7 em Lá Maior op. 92 para coro e orquestra Direção musical Joana Carneiro Pianoforte Joaquín Achúcarro Orquestra Sinfónica Portuguesa Coro do Teatro Nacional de São Carlos Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli

Joaquín Achúcarro | Pianoforte

Apresentou-se em concerto, pela primeira vez, aos 13 anos, tendo aprendido piano com seus pais. Após estudar nos conservatórios da sua cidade, de Madrid, onde estudou com José Cubilles, e na Europa, venceu o Concurso Internacional de Liverpool, em 1959. A partir desse momento, tornou-se internacionalmente reconhecido, sendo convidado por mais e 200 orquestras, em todo o mundo, com destaque para a Sinfónica de Londres, Sinfónica de Berlim, Filarmónica de Nova Iorque, Sinfónica de Chicago, Filarmónica de Los Angeles, Sinfónica de Dallas, Cidade de Birmingham, Sinfónica de RTE de Dublin. Desde 1990, leciona na Universidade Metodista de Dallas, dedicando-se igualmente à gravação de discos e à realização de concertos. Em 1992, o Governo de Espanha atribui-lhe o Prémio Nacional de Música e, em 1996, a Medalha de Ouro de Mérito nas Belas Artes. Em 2000, a UNESCO designa-o artista pela paz, pelos seus contributos pela causa. É Comendador da Ordem de Isabel, a Católica, membro da Real

Academia de Belas Artes de San Fernando e Membro Honorário da Real Academia de Belas Artes de Nossa Senhora das Angústias de Granada.

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III – OUTRAS ATIVIDADES CHAPLIN NO SÃO CARLOS Projeção de filmes mudos, com banda sonora ao vivo, reconstruídas por Timothy Brock, por ocasião do centenário do nascimento da personagem Charlot.

8 de maio | 21h THE KID / O GAROTO DE CHARLOT (1921), de Charles Chaplin Música de Charles Chaplin 10 de maio | 16h THE GOLD RUSH / A QUIMERA DO OURO (1925), de Charles Chaplin Música de Charles Chaplin Direção musical Timothy Brock Orquestra Sinfónica Portuguesa

Timothy Brock | Direção Musical

Considerado atualmente um dos maiores especialistas do mundo no campo da música para filmes, Brock dirigiu orquestras importantes, como a Royal Philarmonic Orchestra, a Los Angeles Chamber Orchestra, a Chicago Symphony, a BBC Symphony, a Orquestra da Rádio Austríaca, a Orquestra de Santa Cecília, todas as principais orquestras de França, a Rotterdam Philarmonic, a Tonhalle de Zurique, a da Suisse Romande, a da Toscana, do Teatro Massimo de Palermo e a do Teatro Comunal de Bolonha. No próximo ano, voltará pela terceira vez à Chicago Symphony e pela segunda vez ao Barbican com a BBC Symphony Orchestra; todos os anos, é convidado na Konzerthaus de Viena. Timothy Brock trabalha ativamente como maestro e compositor, especialmente no repertório da primeira metade do século XX e em representações de filmes mudos com acompanhamento musical. Entre as suas

composições, destacam-se três sinfonias, duas óperas e vários concertos para instrumento solista e orquestra, além de 20 bandas sonoras originais para filmes mudos. Além disso, durante a sua carreira, apresentou mais de 30 primeiras execuções para a América do Norte de autores como Shostakovich, Eisler, Schulhoff e outros. Compôs músicas para filmes de Buster Keaton (The General, One Week e Steamboat Bill Jr), Ernst Lubitsch (O Leque de Lady Margarida), Robert Wiene (O Gabinete do Dr. Caligari), F.W. Murnau (Fausto, Aurora), Fu Mattia Pascal, uma obra-prima da cinematografia europeia dos anos vinte, e para Three Bad Men, o último western mudo de John Ford, e muitos mais. Restaurou, ainda, bandas sonoras célebres, como Nova Babilónia, de Shostakovich, e Cabiria, de Pizzetti/Mazza. Recentemente foram-lhe pedidas novas partituras pela Los Angeles Chamber Orchestra, pela Konzerthaus de Viena, pela Orquestra de Lyon, pela 20th Century Fox e pelo Teatro de la Zarzuela de Madrid. Em 1999, a Fundação Chaplin solicitou a Brock que restaurasse a partitura original para Tempos Modernos. A partir daquele momento, iniciou-se uma profícua colaboração entre a família Chaplin e a Cinemateca Nacional de Bolonha, que levou ao restauro das músicas originais de todas as grandes obras-primas de Charlie Chaplin, que Brock executou praticamente em todo o mundo.

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PROGRAMA EDUCATIVO Durante a temporada de 2014-2015, o Teatro Nacional de São Carlos orgulha-se de renovar o seu Programa Educativo, revelador de um claro compromisso com a educação através da música, com três iniciativas: Concertos sinfónicos para escolas, enquadrados na temporada sinfónica da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Workshops de ópera para jovens em idade escolar, enquadrados na temporada lírica do Teatro Nacional de São Carlos. Curadoria David Harrison Concertos para famílias, no Foyer do TNSC, Sábados de manhã (a partir de janeiro de 2015, datas a anunciar). Curadoria Duncan Fox

IV – DIAS DA MÚSICA NO CCB Participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos

25 e 26 de abril de 2015

Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de São Carlos, sob a direção de Joana Carneiro, CCB, 6 de abril de 2014

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Mais informações http://www.saocarlos.pt http://www.facebook.com/SaoCarlos Raquel Maló Almeida [email protected] 21 325 30 00 96 184 22 31