teatro do absurdo

2
Pensei em começar com uma frase que introduzisse o tema, afinal, simplesmente começar falando no escuro sobre teatro do absurdo, não seria legal (humilde opinião...) Eis a frase: Priscila : “ Pensar contra a corrente de seu tempo é heróico; dizê-lo é uma loucura”, já dizia o pai do Teatro do Absurdo.” (Eugéne Ionesco) Caio: Teatro do Absurdo é uma expressão criada pelo crítico inglês Martin Esslin no fim da década de 1950 para abarcar peças que, surgidas no pós-Segunda Guerra Mundial... Priscila: tratam da atmosfera de desolação, solidão e incomunicabilidade do homem moderno por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem radicalmente da dramaturgia tradicional realista. Caio: Trata-se, porém, não de um movimento teatral organizado tampouco de um gênero, mas de uma classificação que visa colocar em destaque uma das tendências teatrais mais importantes da segunda metade do século XX. Priscila: O Teatro do Absurdo une a comicidade ao trágico sentimento de desolação e de perda de referências do homem moderno, cujo sentimento deriva não apenas do horror da Segunda Guerra, Caio: como também da Guerra Fria e do estágio atingido em meados do século XX pela filosofia, especialmente a existencialista. Priscila: A incerteza e a solidão humanas são traduzidas por procedimentos que, fazendo uso de elementos conhecidos ... Caio: (situações banais, frases feitas, gestual cômico) Priscila: ou menos usuais... Caio: (construções verbais aparentemente sem sentido, gestual mecânico repetido incessantemente, ações sem motivação aparente), Priscila: buscam criar outros universos, estranhos, porém assemelhados ao universo cotidiano. Caio: O Teatro do Absurdo chega ao Brasil em meados da década de 1950, com Esperando Godot, Priscila: encenado na Escola de Arte Dramática e, depois, com espetáculos de Luís de Lima para peças de Ionesco.

Upload: laytonmaia

Post on 11-Jan-2016

8 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Samuel Beckett e Ionesco

TRANSCRIPT

Page 1: Teatro do Absurdo

Pensei em começar com uma frase que introduzisse o tema, afinal, simplesmente começar falando no escuro sobre teatro do absurdo, não seria legal (humilde opinião...) Eis a frase:

Priscila: “Pensar contra a corrente de seu tempo é heróico; dizê-lo é uma loucura”, já dizia o pai do Teatro do Absurdo.”(Eugéne Ionesco)

Caio: Teatro do Absurdo é uma expressão criada pelo crítico inglês Martin Esslin no fim da década de 1950 para abarcar peças que, surgidas no pós-Segunda Guerra Mundial...

Priscila: tratam da atmosfera de desolação, solidão e incomunicabilidade do homem moderno por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem radicalmente da dramaturgia tradicional realista.

Caio: Trata-se, porém, não de um movimento teatral organizado tampouco de um gênero, mas de uma classificação que visa colocar em destaque uma das tendências teatrais mais importantes da segunda metade do século XX.

Priscila: O Teatro do Absurdo une a comicidade ao trágico sentimento de desolação e de perda de referências do homem moderno, cujo sentimento deriva não apenas do horror da Segunda Guerra,

Caio: como também da Guerra Fria e do estágio atingido em meados do século XX pela filosofia, especialmente a existencialista.

Priscila: A incerteza e a solidão humanas são traduzidas por procedimentos que, fazendo uso de elementos conhecidos ...

Caio: (situações banais, frases feitas, gestual cômico)

Priscila: ou menos usuais...

Caio: (construções verbais aparentemente sem sentido, gestual mecânico repetido incessantemente, ações sem motivação aparente),

Priscila: buscam criar outros universos, estranhos, porém assemelhados ao universo cotidiano.

Caio: O Teatro do Absurdo chega ao Brasil em meados da década de 1950, com Esperando Godot,

Priscila: encenado na Escola de Arte Dramática e, depois, com espetáculos de Luís de Lima para peças de Ionesco.

Priscila: Entre os principais dramaturgos "do Absurdo" estão

Caio: o irlandês Samuel Beckett,

Priscila: o russo Arthur Adamov,

Caio: o inglês Harold Pinter

Priscila: o espanhol Fernando Arrabal...

Caio: e por fim o romeno radicado na França Eugène Ionesco.

Page 2: Teatro do Absurdo

Caio: Ionesco?

Priscila: Sim, Eugène Ionesco, um dos maiores dramaturgos do teatro do absurdo.

Caio: Ah, sim como eu poderia esquecer...ele é considerado, juntamente com o Irlandês Samuel Beckett, o pai do teatro do absurdo,

Priscila: Além do ridículo das situações mais banais, o teatro de Ionesco representa de maneira palpável, a solidão do homem e a insignificância de sua existência.

Caio: Ele não queria que suas obras fossem categorizadas como Teatro do absurdo, preferindo em vez de absurdo, a palavra insólito. Priscila: Em 1948 começou a escrever a peça "A Cantora Careca", que estreou em 1950. Esta anti-comédia, plena de surrealismo verbal, foi uma das principais peças do "teatro do absurdo". Seguiram-se várias outras peças, que marcaram o teatro do século 20, como "A Lição", "As Cadeiras" e "O Novo Inquilino",

.Caio: Ionesco tornou-se um escritor de prestígio e em 1971 foi admitido na Academia Francesa.

Priscila: Morreu aos 81 anos, em sua residência, e foi enterrado no cemitério de Montparnasse, em Paris.

(Tirei a parte do Brasil por que achei desnecessária)