teatro

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o teatro

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Page 1: Teatro
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Page 3: Teatro

De todas as artes, é sem dúvida a arte dramática a que se encontra mais intimamente presa à vida.

A história do teatro é tão velha como a dos homens na terra. Supõe-se que já na Pré-História se dra-matizava sob a forma de danças guerreiras ou mágicas, para atrair a boa vontade dos deuses e favorecer a vitória.

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O ser humano, desde sempre, sentiu necessidade de exteriorizar os seus sentimentos, a sua relação com o meio em que vivia.

Assim, foi procurando diferentes formas de representar as suas emoções, quer através da pintura, da dança, da mímica e da música, quer através da escrita e de representações teatrais.

No século III ª C. já se realizavam representações em honra de Osíris, no Egipto, e na China o teatro remonta ao século II ª C.

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Na Europa, considera-se que o teatro nasceu na Grécia, onde o culto ao deus Dioniso, filho de Zeus, deu origem a diversas histórias.

Desta época clássica podemos destacar Ésquilo, Sófocles e Eurípedes como cultores da tragédia; na comédia, Aristófanes e Manandro.

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A arte dramática desenvolveu-se a partir das canções e das danças interpretadas durante o culto de Dioniso. As peças decorriam num local

plano e circular chamado or-questra que em grego significa “lugar para dançar”.

As peças, tal como os desportos e jogos, eram muitas vezes objecto de competição. Duravam dias e eram atribuídos prémios aos melhores dramaturgos.As máscaras eram peças essenciais.

orquestra

TeatronÁrea do público

Juízes

cenário

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Ao ar livre, sem palco nem cortinas, as mudanças de cenário e a iluminação eram muito limitadas. O cenário eram telas pintadas penduradas na construção de madeira (skene). A acção decorria na orquestra circular, ou numa plataforma. Não havia actrizes; os homens desempenhavam os papéis femininos. Era esta uma das razões por que todos usavam máscaras, que também ajudavam a projectar a voz para o público. Estas técnicas serão também utilizadas em Roma.

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O teatro romano copiou o modelo grego, mas com temas próprios. É de salientar como autores: Séneca, Plauto e Terêncio.

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Os romanos adoptaram o teatro com grande entusiasmo e as peças acabaram por perder quase todo o seu significado religioso. Os romanos criaram um novo género de espectáculo, a pantomina, semelhante ao ballet. Os actores faziam o uso inteligente do movimento e do gesto e muitas mudanças de máscaras e fatos. Mais tarde outras nações, como Portugal, continuaram a história do teatro.

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Da necessidade do Homem exteriorizar os seus sentimentos e as suas sensações nasceram os actos lúdicos e a dança. Igualmente descobriu que tem um espírito que sobrevive à morte do corpo e nasceram, então, os sacrifícios, rituais em honra dos mortos e dos deuses. Ora em Ática, na Grécia, reunia-se, cada ano, uma pequena multidão para participar na narração do suplício do deus que a mitologia diz ter sido assassinado pelos seus inimigos e ressuscitado pelo seu pai. Rapidamente o recitante dessa lenda de Dionisio, filho de Zeus, se tornou actor. Da narração da lenda dionisíaca passou-se a outras narrações de factos da História da Grécia, ligados às forças divinas, num conflito entre o Homem e os deuses. Tal conflito gera a tragédia, dominada pela fatalidade a que os humanos não podem fugir.Assim nasceu a tragédia, depois da comédia.

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Na Idade Média, a par das representações

religiosas, desenvolviam-se actuações com

personagens decalcadas da realidade que

visavam a crítica social.

O teatro religioso dessa época nasceu, em parte, das representações litúrgicas do Natal e da Páscoa levadas a cabo nas próprias igrejas. Na corte e nas ruas

representavam-se momos e pantominas, i.e., teatro profano.

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Os bispos acabaram por expulsar do interior das igrejas as representações originariamente religiosas, mas cada vez mais profanas.

O mesmo público que assistia com veneração às representações religiosas divertia-se, noutros locais com espectá-culos de malabaristas, mágicos, música e dança e cenas sem qualquer texto e que reproduziam, em caricatura o quotidiano.

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Texto dramático

TEATRO

Edifício onde se representa

Representar

Espectáculo

Fingir

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Texto dramático

Emissor: o dramaturgo, o autor

Código: verbal, a escrita – a palavra

Canal: o papel

Receptor: o leitor, o actor

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Emissor múltiplo: o dramaturgo, o encenador e o actor

visual

não verbal

Código auditivo

verbal – palavra

Canal: ar

Receptor: público

cenárioluz/sombrapersonagem

músicasonsvoz

gestomovimentoexpressão corporal

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Tem como finalidade fundamental ser representado, por isso não tem narrador.

Integra

Réplicas ou falas das personagens

(em discurso directo, antecedidas do

nome da personagem)

Didascálias (indicações cénicas, normalmente entre parêntesis ou em

itálico, relativas à movimentação, atitudes

das personagens, ao cenário, guarda-roupa, iluminação, música,...)

Page 19: Teatro

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Utiliza, como modalidades

do discurso

monólogo

diálogo

apartes

As intervenções das personagens são essenciais

para a estrutura e desenvolvimento da acção

que se concentra num tempo presente e curto, embora

possam ser referidos acontecimentos passados.

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Interna Externa

1º Exposição (apresentação das personagens e da

situação).

2º Conflito (desenvolvimento da acção através de momentos de tensão, expectativa e clímax).

3º Desenlace (desfecho).

Cenas (quando entra ou sai uma

personagem há uma cena nova).

Actos (quando se muda de espaço ou cenário, estamos

perante um novo acto).

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O espaço de representação, ou espaço cénico, pode ser muito diferente. Desde a Idade Média os espaços foram-se multiplicando e até meados do século XX, construíram-se grandes edifícios para peças de teatro, óperas, operetas ou concertos para grandes audiências.

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É provável que tenha nascido na província (Guimarães, Beira Alta? Ou terá sido na capital?), cedo se fixando em Lisboa.

Quanto à data supõe-se que terá sido entre 1460 e 1470 (1465?).

Alguns documentos, dão-no como, além de dramaturgo, ourives, ou mesmo alfaiate. Como ourives terá sido autor da mais famosa e admirada peça de ourivesaria portuguesa, a Custódia de Belém.

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De Gil Vicente pouco se sabe em

concreto. Desconhece-se o local e a data exactos do nascimento e morte.

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Na capital, sabe-se que no dia 8 de Junho de 1502 representou um monólogo à rainha D. Maria.

A sua principal ocupação parece ter sido a de escrever e representar autos nas cortes do rei D. Manuel e do rei D. João III. É considerado o pai do teatro português.

Sabe-se também que foi casado duas vezes e que teve vários filhos, deles se destacando Paula e Luís Vicente.

Foi funcionário, encarregado de organizar as festas da Corte.

Supõe-se que terá morrido pouco depois de 1536, em Lisboa.SAIR

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Obras: de 1502 a 1536, Gil Vicente produziu mais de quarenta peças de teatro, chegando a publicar em vida algumas delas. Colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.

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Sua primeira peça foi o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro que foi represen-tada na Câmara da rainha D. Maria, em 1502. Trata-se de um curto monólogo de um vaqueiro que ia saudar o recém-nascido príncipe, futuro D. João III. O facto de ser representado nos aposentos da rainha prova a sua familiaridade com a família real.

Gil Vicente foi o primeiro dramaturgo português (antes dele já havia o teatro, mas não era organizado literariamente).

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1502 - Auto da Visitação (ou Monólogo do Vaqueiro).

1504 - Auto de S. Martinho.

1506 - Sermão perante a Rainha D. Leonor.

1509 - Auto da Índia, Auto Pastoril Castelhano.

1510 - Auto dos Reis Magos; Auto da Fé.

1512 - Velho da Horta.

1513 - Auto dos Quatro Tempos; Auto de Sibila Cassandra.

1514 - Exortação da Guerra.

1515 - Quem tem Farelos?; Auto de Mofina Mendes (ou Mistérios da Virgem).

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1517 - Auto da Barca do Inferno.

1518 - Auto da Alma; Auto muito impropriamente chamado da Barca do Purgatório.

1519 - Auto da Barca da Glória.

1520 - Auto da Fama.

1521 - Cortes de Júpiter; Comédia de Rubena; Auto das Ciganas.

1522 - D. Duardos.

1524 - Farsa de Inês Pereira; Auto Pastoril Português; Auto de Amadis de Gaula; Comédia do Viúvo; Frágua do Amor; Auto dos Físicos.

1525 ou 1526 - O Juiz da Beira.

1526 - Templo de Apoio; Auto da Feira.

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1527 - Nau de Amores; Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra; Farsa dos Almocreves; Tragicomédia da Serra da Estrela; Breve Sumário da História de Deus seguido do Diálogo dos Judeus sobre a Ressurreição; Auto das Fadas (?).

1527 ou 1528 - Auto da Festa.

1529 - Triunfo do Inverno (e do Verão).

1529 ou 1530 — O Clérigo da Beira.

1532 - Auto da Lusitânia.

1533 - Romagem dos Agravados.

1534 - Auto da Ganância.

1536 - Floresta de Enganos.

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Só em 1562 os seus filhos, Paula e Luís Vicente, publicam toda a sua obra com o título Compilaçam de todalas obras de Gil Vicente, a qual se reparte em cinco livros.

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O Auto da Barca do Inferno foi representado pela primeira vez no Natal de 1516, no Paço da Rainha, em Lisboa. Sendo uma peça de inspiração religiosa, é, sobretudo, de crítica social, pelo que Gil Vicente a classificou de moralidade, ou seja, destinada a transmitir “lições” sobre o bem e o mal, as virtudes e os vícios.

De facto “ridendo castigat mores” é a máxima deste dramaturgo, pois rindo vai apontando os vícios das diversas classes sociais, através de perso-nagens-tipo.

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Sim

Trabalho realizado por:

Ana Cristina de Carvalho