tdr_estudo açaí_amapá_final
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- TERMO DE REFERNCIA -
CONSULTORIA DE ESTUDO SOBRE A PRODUAO DE AA
NO ESTADO DO AMAP 1. ANTECEDENTES
O Estado do Amap possui uma rea de 143.453 km, o que representa aproximadamente 2% do territrio
brasileiro. Sua populao est estimada em 669.526 habitantes e apesar da baixa densidade populacional
(4,69 habitantes/km2), a populao tem taxa de crescimento de 3% ao ano, em parte devido migrao de
estados vizinhos. Mais de 80% da populao do Amap
vive em reas urbanas e com isso tem acesso a servios
sociais essenciais, como sade e educao. Sua capital,
Macap, abriga 398.204 habitantes (520 mil habitantes
se somados tambm populao da cidade de
Santana), o que representa mais de 59,5% da
populao total do Estado, segundo dados do IBGE.
As principais atividades econmicas produtivas do
Amap so oriundas do setor primrio, principalmente
da produo mineral, aproveitamento madeireiro de
reflorestamentos (celulose) e economia do aa. O
Estado possui 97% de sua cobertura florestal original,
com 73% do seu territrio dentro de reas protegidas
(Figura 01), apresentando assim um grande potencial
de uso sustentvel dos seus recursos florestais
(Governo do Estado do Amap, 2009).
A combinao de polticas de desenvolvimento econmico, modelo de ocupao e conservao do
patrimnio natural contribuiu para que, entre 2004 e 2005, o Amap fosse o Estado com maior aumento do
IDH do pas, pulando de 0,762 em 2004, para 0,780 no ano seguinte. O maior fator deste avano foi o
indicador renda1 (CEPAL/PNUD/OIT, 2008).
1CEPAL, PNUD, OIT (2008). Emprego, desenvolvimento humano e trabalho decente: a experincia brasileira recente. Disponvel em:
http://www.pnud.org.br/publicacoes/emprego/Anexoestatistico.pdf. Acesso em abril de 2010.
Figura 01: Mapa de reas protegidas do Amap.
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Atualmente a CI-Brasil desenvolve projetos no Amap financiados por parceiros corporativos (Walmart e
Fundo Vale), bancos e fundos de desenvolvimento internacionais (KFW e FFEM) e com fundos prprios
(Global Conservation Fund). A criao de economias verdes o foco da organizao, que vem apoiando a
implementao de reas protegidas, fortalecimento institucional e projetos de capacitao para o manejo.
Aa no Amap
O Estado do Amap o terceiro maior produtor de aa do Brasil, respondendo com aproximadamente 1%
da produo brasileira. Em primeiro lugar est o Estado do Par que responde com 94% da produo
nacional. Embora a participao na produo nacional seja relativamente pequena, o aa uma atividade
de grande importncia para a economia do Amap. No ano 2010 o aa teve a 5 posio no PIB
amapaense, com a receita de US$7,6 milhes, e, no ano de 2009, o aa teve a 4 posio no PIB
amapaense, com a receita de US$ 10,2 milhes (CHELALA; 2011).
No Amap, o processamento e comercializao do
aa geralmente feito conjunto e em pequena
escala. O SEBRAE estima a existncia de 1.800 pontos
de venda de aa nos municpios de Macap e
Santana, com aproximadamente 3.600 pessoas
envolvidas no processamento artesanal do fruto. No
integram essas estimativas os agentes tradicionais da
cadeia produtiva: produtor atravessador
amassadeira. Considernado a larga escala, pesquisas
realizadas pela Universidade Federal do Amap
revelam que as cinco maiores empresas de
processamento de polpa de aa, em efetivo
funcionamento no Distrito Industrial de Santana (AP),
geraram em 2010 apenas aproximadamente 300
empregos formais. Sendo assim, observa-se que
grande parte dos empregos gerados no setor, tem o
carter da informalidade.
A maior produo de aa no Amap fica na regio sul, que em 2006 produzia pouco mais de 1.800
toneladas ano do fruto, 72,3% da produo do Estado (IBGE; 2006). Porm, sabe-se que parte significativa
da produo do fruto que desembarca em Santana e Macap vem dos aaizais dos campos de vrzea do
complexo insular do Maraj, j em terras paraenses.
2. OBJETIVOS
Desenvolver estudo sobre o estado-da-arte da cadeia produtiva do aa no Estado do Amap e definir
estratgias para organizar e fomentar o seu o manejo e produo sustentvel na regio.
Figura 02: Vegetao aluvial onde ocorrem aaizais de vrzea, principalmente no complexo insular do Maraj, na fronteira do
Par com o Amap. Fonte: RADAM (2012).
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Especificamente, os objetivos so:
A. Diagnstico da cadeia produtiva do aa no Amap:
Sistematizar e analisar informaes secundrias/primrias sobre a cadeia produtiva do aa no Amap.
Deve-se considerar, entre outros, os seguintes temas:
- Espcies e distribuio geogrfica, estoques e comportamento produtivo atual e potencial de aaizais
nativos e plantados; produo e comercializao tcnico-econmica (prticas de manejo, vendas internas e
externas, etc.); Indicar nmero de produtores diretamente envolvidos com a produo, beneficiamento,
comercializao e exportao; Nmero de produtores com reas certificadas (FSC, Fairtrade, Orgnica,
etc.).
-Organizaes e empresas que atuam na economia do aa, incluindo o potencial de processamento e
verticalizao dessas; valor e potencial econmico da produo em diferentes regies/municpios
produtores;
- Programas, aspectos polticos, legais e linhas de financiamento existentes para a produo de aa no
Amap, etc.; Nmero de produtores que j acessaram/acessam linhas de crdito do Pronaf Floresta, Protaf
e outras linhas de crdito para o manejo e/ou plantio de aa junto ao BASA, BB, AFAP e outros bancos.
Total de inadimplncia do setor e apresentao de dados por municpio;
- Avaliar principais vias de acesso e formas para a extrao e escoamento no estado;
- Contribuio de aaizais proteo/proviso de servios ambientais, em especial a proteo de reas
inundveis e ecossistemas costeiros; Sobreposio de aaizais com reas Protegidas e reas com outras
restries de uso de solo, etc.;
- Levantamento de produtos e subprodutos associados cadeia do aa (polpa, caroo, palmito, palha e
artesanato), volume comercializado, valor mdio, etc.
B. Identificar as principais ameaas e potencialidades para a dinamizao de arranjos produtivos e propor
estratgias para organizar e fomentar o seu manejo e produo sustentvel no Amap.
- Identificar lacunas de informao (publicaes e estudos especficos) e conhecimento tcnico de atores
envolvidos (organizaes, empresas, cooperativas e produtores);
- Distribuio geogrfica, marco legal e poltico, programas de governo, linhas de financiamento/incentivos,
prticas de manejo-produo, transporte, beneficiamento e comercializao, mercado local e externo,
capacitao, organizao e empoderamento social, propostas para novas pesquisas sobre o tema, etc.
3. DESCRIO DOS SERVIOS CONTRATADOS
O desenvolvimento do trabalho dever contemplar as seguintes atividades e obedecer aos seguintes
prazos:
1.1 Apresentar o Plano de Trabalho, que dever conter: (i) proposta de atividades e cronograma; (ii)
materiais necessrios e proposta de metodologia de coleta, sistematizao e anlise de informaes;
1.2 Levantamentos de informaes secundrias (publicaes, artigos, dados institucionais, etc.);
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1.3 Levantamentos de informaes primrias (entrevistas, verificaes em campo, etc);
1.4 Sistematizao e anlise de informaes e redao de relatrio preliminar (1) contendo resumo de
informaes encontradas;
1.5 Elaborao de oficina participativa para apresentar diagnstico e discutir estratgias para organizar e
fomentar o seu manejo e produo sustentvel na regio.
1.6 Redao e entrega dos relatrios preliminar (2) e final, contendo o diagnstico da cadeia produtiva do
aa e proposta de estratgia para organizar e fomentar o seu manejo e produo sustentvel na
regio.
1.7 Elaborao de publicao tcnico-cientfica.
4. PRODUTOS
Sero considerados produtos da consultoria:
Plano de Trabalho;
Relatrio preliminar (1) sobre o diagnstico da cadeia produtiva;
Relatrios preliminar (2) e final do estudo tcnico e estratgia de organizao e fomento ao manejo e produo sustentvel na regio.
Publicao tcnico-cientfica sobre o estudo realizado.
5. QUALIFICAES
Para o desenvolvimento das atividades e produtos previstos, o CONTRATADO dever apresentar os
seguintes requisitos:
- Formao em engenharia florestal ou reas co-relatas as cincias ambientais;
- Experincia em pesquisa/estudos, sistematizao de informaes e publicaes sobre o setor extrativista
do aa ou algum outro produto no madeireiro na Amaznia;
- Desejvel experincia profissional em rgos ou instituies de pesquisa, rgos governamentais
formuladores e executores de polticas para o setor extrativista.
6. SUBMISSO DE CURRCULOS E PROPOSTAS
Os interessados devero enviar Currculo, Carta de Interesse e Proposta Financeira/Oramento para o
Gerente de Projetos do Amap / CI-Brasil, Felipe Veluk Gutierrez, [email protected] , com o ttulo
Estudo sobre produo de aa no Amap at o dia 27/09/2013.
7. AVALIAO/SELEO
Seleo de Currculos, Propostas Financeiras e Entrevistas. Todos os candidatos sero notificados sobre
seu avano, ou no, no processo de seleo.
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8. CONDIES DE PAGAMENTO
Vigncia da contratao: at 31 de Dezembro de 2013.
Eventualmente, se necessrio e mediante justificativa da necessidade e aprovao do doador, o prazo
inicial poder ser ampliado para que a execuo do contrato seja feita a contento.
O pagamento dos servios prestados ser debitado em 4 parcelas:
20%, aps assinatura do contrato e aprovao do Plano de Trabalho;
25% aps aprovao do relatrio preliminar 1;
25% aps aprovao do relatrio preliminar 2;
30% aps aprovao do relatrio final e documento para publicao.
9. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
O trabalho ser realizado em Macap e municpios do interior do Amap. O contratado dever trabalhar
de maneira coordenada com a equipe de tcnicos de apoio disponibilizados pela CI-Brasil e/ou rgos do
Governo.
As despesas com transporte, hospedagem, alimentao e outras que envolvam a logstica para a realizao
das atividades desta consultoria correro por conta do contratado.
O contratado dever entregar cpias e permitir o uso de todos os documentos que servirem de base para a
elaborao dos produtos solicitados neste TDR e comprometer-se em manter a confidencialidade dos
dados aos quais tiver acesso e que lhe forem fornecidos por fora deste Termo.
A contratao e os custos de participao de terceiros para realizao de etapas especficas do servio
devero correr por conta do contratado.
Eventuais divulgaes de aes ou produtos que envolvem esta consultoria devero passar pela aprovao
da contratante e levar em considerao suas recomendaes sobre uso de imagem.
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As atividades mnimas que devero ser desenvolvidas e os prazos de execuo esto apresentadas na
tabela abaixo:
ATIVIDADES PRAZOS
3.1 Apresentao do Plano de Trabalho At 10 dias aps a
contratao
3.2 Relatrio preliminar (1) sobre o diagnstico da cadeia produtiva At 60 dias aps a
contratao
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Apresentao do relatrio preliminar (2) sobre estudo tcnico e
estratgia de organizao e fomento ao manejo e produo
sustentvel na regio
At 75 dias aps a
contratao
3.5 Apresentao relatrio final e documento publicao At 90 dias aps a
contratao
IMPORTANTE: Qualquer alterao no cronograma aps sua aprovao depender de acordo entre as
partes.
10. INSUMOS OFERTADOS PELA CONTRATANTE
Durante o desenvolvimento do trabalho a CI-Brasil disponibilizar:
- Escritrio: o contratado poder utilizar o escritrio da CI-Brasil em Macap, dispondo de mesa, cadeira,
internet, gua, luz, telefone. No ser disponibilizado computador;
- Tcnico de superviso: a CI-Brasil/Governo destacaro um tcnico de apoio e superviso, que poder
auxiliar no desenvolvimento das atividades do contratado e supervisionar sua execuo e produtos;
- Imagens e Mapas: dispomos de informaes georeferenciadas, desde que disponveis em nossos arquivos
e programas.
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