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Page 1: TCC2

SINESTESIA

Page 2: TCC2

Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina Transdisciplinar em Artes, Design e Moda do curso De-sign Digital da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação de Junia Cris-tina Junqueira Parreira Meirelles e Irene Rodrigues.

Page 3: TCC2

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBIDESIGN DIGITAL

Diogo Vinicius Marquioreto NabarroGiovanna La Gatto

Karen PonceLucas Cristelli

Luis Antonio Tavares Jr.Northon Blair

Rafael Paes LemeTiago Carana

TRANSDISCIPLINAR EM ARTES, DESIGN E MODA

Page 4: TCC2

Trabalho apresenTado como exigência parcial para a disciplina Transdisciplinar em arTes, design e moda do curso design digiTal da universidade anhembi morumbi, sob a orienTação de Junia crisTina Junqueira parreira meirelles e irene rodrigues.

Introdução

Page 5: TCC2

Essa pesquisa teve início com a análise sobre a acessibilidade para pessoas portadoras de daltonismo

em meios digitais. Houve uma análise da complexidade de interação, já que sua visão perante a cor

é limitada e através dessas análises, foi realizada uma pesquisa sobre cor e como ela é vista pelo olho

humano, escalas de cores e seus tons, buscando maneiras de um usuário de daltonismo interagir de

um modo mais imersivo, e compensar a falta de alguma cor. Durante nossas pesquisas foi encontrado

relatos sobre pessoas sinestésicas. Nesses estudos, vimos que pessoas sinestésicas ativam mais de um

sentido ao mesmo tempo para um mesmo estimulo perceptivo. A partir dessa afirmação, foi seguida a

pesquisa sobre os tipos de sinestesias e seus efeitos.

A pesquisa sobre sinestesia fez levantar hipóteses se ela poderia ou não ajudar na interação do usuário em um projeto digital, como

um site ou um game, aumentando a imersão. Foram feitos estudos da possibilidade de se gerar a sinestesia em pessoas não sines-

tésicas para aumentar a imersão, usuários sinestésicos conseguem ver e ouvir de um modo diferente, por isso tem uma percepção

muito diferente da comum.

A pesquisa seguiu e passamos a procurar estudos sobre tecnologia e sua influencia na percepção da sinestesia, como ela funcionaria

e se possibilitaria uma melhor experiência de percepção a fim de facilitar utilização da sinestesia como um elemento imersivo no

projeto. Com essa finalidade foi realizado um estudo que possibilitou uma análise sobre o impacto da conjunção dos sentidos (visão

e audição), assim como entender como se dá a relação entre eles, de forma que se pense na sua aplicação. A partir desses estudos,

foi visto que em jogos digitais, há projetos de aplicação de cor e som em harmonia e ritmo proporcionando uma maior imersão e

interação do jogador com o produto.

Tendo em base pesquisa sobre cor, som e os diversos tipos de sinestesia existentes, a pesquisa tem como objetivo seguir como apli-

car as cores e o som de forma harmônica a fim de gerar a sinestesia. Como objeto de estudo dói selecionado os jogos digitais Child

of Eden para o console X-box e o jogo Pulse: Volume One, desenvolvido para tablets. Por meio dessa visou-se constatar o quanto a

tecnologia favorece a imersão do jogador no game, e de que forma o fenômeno da sinestesia, proporcionada por ela, contribui para

a experiência imersiva do jogador.

A pesquisa visa estudar formas de gerar a sinestesia e aplicar os fatores que a faz acontecer, aumentando a imersão do usuário, em

um projeto digital dando assim mais valor ao produto.

Focando nos recursos de cor e som, onde há pesquisas mais profundas no capítulo um, relaciona-se cor e som, apontando suas se-

melhanças e como funcionam em união. Discutiremos os tipos de sinestesia ligados à cor e o som, assim como será dado o exemplo

da sinestesia cor-grafema.

No capítulo dois, discutiremos as tecnologias utilizadas para a imersão e como utilizá-las para gerar a sinestesia, focando na sinest-

esia audiovisual.

E logo no capítulo três, será feita uma análise da sinestesia gerada em jogos digitais com sequência de dois games estudados para

o tema: O Child of Eden e Pulse. Demonstraremos como e por que foram os games escolhidos como exemplos para nosso estudo

de sinestesia gerada em jogos digitais e uma comparação de ambos, para ampliar a imersão, não somente com um único meio de

interação (PC ou console de videogame).

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O nosso cérebro corresponde a uma pequena porção de toda a massa do nosso corpo. Ele é o órgão mais

importante do nosso organismo e centro de todo o sistema nervoso. É extraordinária a sua capacidade

de receber milhares de informações ao mesmo tempo e separá-las em áreas específicas e diferentes

para fazer o reconhecimento e a interpretação do mundo. Todo esse processamento começa quando

nossa estrutura física recebe estímulos, como é o caso dos nossos olhos, nariz, boca, pele e orelhas.

Esses estímulos são transformados em impulsos elétricos que são levados ao nosso cérebro através

dos nervos responsáveis por suas transmissões.

Para entender um pouco toda essa divisão do nosso cérebro, podemos citar como exemplo o Córtex Visual e a Área de Associação

Visual que são áreas do nosso cérebro que se situam na parte de trás da cabeça por meio das quais recebemos os estímulos relaciona-

dos à visão. Tudo que é captado pelo olho esquerdo é processado na Área de Associação e no Córtex Visual do lado direito do cérebro e

o que é captado pelo olho direito é processado no lado esquerdo. Assim como para os estímulos visuais, para a audição temos o Córtex

Auditivo e a Área de Associação Auditiva que são responsáveis por receber do Nervo Auditivo os estímulos nervosos e fazer o proces-

samento adequado. Esse processo separativo e estruturado ocorre para toda a comunicação dos órgãos responsáveis pelos nossos

sentidos em nosso cérebro.

O sentido, meio pelo qual os seres humanos percebem e reconhecem as diferenças do ambiente através do processo associativo re-

alizado no cérebro, é o que nos torna capazes de distinguir sons, cores, gostos, cheiros, perceber texturas e temperaturas. Tudo isso faz

parte do nosso universo e é interpretado pelos sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato. Em uma situação improvável, podemos

imaginar que haja uma confusão na troca de informações e que ao enxergarmos uma cor nosso cérebro leve essa informação não so-

mente a área da visão, mas a da audição também, como seria a sensação de escutar uma cor através de um som ou uma nota musical,

por exemplo: um “lá maior”?

Existem pessoas que ativam de modo natural, áreas do cérebro responsáveis por interpretar outros sentidos a partir de um único es-

timulo de forma inconsciente, essas pessoas são conhecidas como Sinestésicas. Elas são capazes de escutar cores, sentir sabores de

sons, sentir texturas e superfícies sem estar tocando algo, entre outras combinações sinestésicas que podem ocorrer.

Sinestesia é uma palavra de origem grega, composta por Syn (união) e Aísthesis (percepção), é um tema que provoca fascínio em artistas

e cientistas de todos os tempos. Encontramos trabalhos e referências a partir do século XVI com teóricos e artistas como, por exemplo,

os trabalhos realizados com combinação de cores, luzes e música de Leonardo da Vinci e o Circulo Cromático de Newton com sua

relação com as notas musicais. A partir do século XIX os estudos sobre cor e som se amplificaram com as teorias das cores de Goethe,

Kandinsky, Paul Klee, entre outros artistas, que fazem menção às cores e as suas relações com outros sentidos. Para Baron-Cohen e

Harrison é possível haver uma segmentação das categorias de sinestesia em: sinestesia e pseudo-sinestesia.

Não se sabe ao certo quantos desfrutam do prazer de experimentar sensações tão distintas. Cálculos mais rigorosos indicam que apenas um a cada mil indivíduos é portador de sinestesia. Contas mais otimista sugerem que 4% da população mani-festem a condição.. (Revista Isto é N° Edição: 2043 | 24.Dez.08, Retranca Medicina e Bem Estar.)

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Sinestesia Audiovisual: relacionando cor e música