tcc narjara costa - marketing pessoal e gestão de carreira.pdf

Upload: antonio-oliveira

Post on 08-Mar-2016

28 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 1

    UNIJU Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

    DACEC Departamento de Cincias Administrativas, Contbeis, Econmicas e da

    Comunicao

    Curso de Administrao

    MARKETING PESSOAL E GESTO DE CARREIRA:

    A Percepo dos Acadmicos do Curso de Administrao

    da UNIJU campus Iju

    Documento Sistematizador do TCC

    NARJARA DE OLIVEIRA COSTA

    Orientadora: Prof. Ms. Maira F. Pizolotto

    IJU, RS - 2 semestre de 2011

  • 2

    DEDICATRIA

    Aos meus pais, Jorge Costa e Iolanda Costa, por

    dedicarem suas vidas fazendo o possvel e o impossvel para

    verem a alegria e o sorriso no meu rosto e dos meus irmos

    Dijavan e Danabel, pelo amor, carinho, estmulo, conselhos,

    fora e apoio que me deram em toda minha trajetria de vida,

    acadmica e profissional, dedico-lhes esta conquista como

    gratido. Tenho orgulho de todos vocs e de fazer parte desta

    famlia.

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a ajuda prestimosa da minha orientadora, Mestre

    Maira F. Pizolotto, pela competncia, pacincia, carinho e

    profissionalismo com que sempre me acolheu;

    Aos mestres pelos riqussimos ensinamentos repassados

    em sala de aula e aos colegas pelo companheirismo e amizade

    que criamos ao longo do curso; Ao CIEE-RS pela oportunidade

    brilhante de trabalho que me deram e de tornarem-me a

    profissional que hoje sou;

    Aos meus amigos por estarem sempre presentes em todos

    os momentos, apoiando, aconselhando e participando de todos

    os acontecimentos;

    E finalmente agradeo de todo o corao o meu namorado,

    Rafael Hocevar de Moura, que participa de todos os momentos

    alegres ou difceis da minha vida, que me apia, incentiva e

    aconselha incondicionalmente em minhas decises e que no

    mede esforos para me ajudar seja qual for a situao.

    Obrigada pelo carinho e amizade, aprendi muito com esta

    pessoa incrvel que s.

  • 4 SUMRIO

    RESUMO...................................................................................................................................... 5

    LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................................... 6 LISTA DE QUADROS ................................................................................................................... 7 LISTA DE GRFICOS................................................................................................................... 7 LISTA DE TABELAS..................................................................................................................... 8

    INTRODUO .............................................................................................................................. 9

    1. CONTEXTUALIZAO DO ESTUDO .................................................................................. 10 1.1 DELIMITAO DO TEMA E QUESTO DE ESTUDO............................................................... 10 1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 11 1.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................... 11 1.2.2 Objetivos Especficos .......................................................................................................... 12 1.3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 12

    2. REFERENCIAL TERICO................................................................................................... 14 2.1 GESTO DE PESSOAS ......................................................................................................... 14 2.2 O PROCESSO DE MOVIMENTAO ..................................................................................... 18 2.2.1 O Mercado de Trabalho e as Competncias Requeridas ....................................................... 18 2.2.2 Recrutamento e Seleo ..................................................................................................... 23 2.3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO................................................................................... 24 2.3.1 Desempenho e Carreira ...................................................................................................... 24 2.3.2. Desenvolvimento e Competncias ...................................................................................... 26 2.4 MARKETING PESSOAL ......................................................................................................... 29 2.4.1 Currculo............................................................................................................................. 32 2.4.2 Competncias ..................................................................................................................... 33 2.4.3 Apresentao ..................................................................................................................... 34 2.4.4 Network ing ......................................................................................................................... 35

    3. METODOLOGIA ................................................................................................................. 37 3.1 CLASSIFICAO DA PESQUISA ........................................................................................... 37 3.1.1 Quanto a Natureza .............................................................................................................. 37 3.1.2 Quanto a Abordagem .......................................................................................................... 37 3.1.3 Quanto aos Objetivos .......................................................................................................... 38 3.1.4 Quanto aos Procedimentos Tcnicos ................................................................................... 39 3.2 UNIVERSO AMOSTRAL E SUJEITOS DA PESQUISA ............................................................. 40 3.3 COLETA DE DADOS.............................................................................................................. 41 3.4 ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS .......................................................................... 43

    4. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS............................................................ 46 4.1 A UNIJU ............................................................................................................................... 46 4.2 O CURSO DE ADMINISTRAO NA UNIJU CAMPUS IJU ..................................................... 48 4.3 PERFIL DOS PESQUISADOS ................................................................................................ 54 4.3.1 Perfil Biogrfico................................................................................................................... 54 4.3.2 Perfil Profissional ................................................................................................................ 56 4.3.3 Perfil Acadmico ................................................................................................................. 61 4.4 MARKETING PESSOAL ......................................................................................................... 64 4.4.1 Currculo............................................................................................................................. 66 4.4.2 Competncias ..................................................................................................................... 68 4.4.3 Apresentao ..................................................................................................................... 70 4.4.4 Network ing ......................................................................................................................... 73 4.5 GESTO DE CARREIRA ........................................................................................................ 75

    CONCLUSO ............................................................................................................................. 83

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................. 86

    ANEXOS .................................................................................................................................... 90

    APNDICES ............................................................................................................................... 94

  • 5

    RESUMO

    O objetivo desta pesquisa foi diagnosticar como as temticas Marketing Pessoal e

    Gesto de Carreira esto sendo percebidas e desenvolvidas por um grupo de

    acadmicos do curso de Administrao da UNIJU campus Iju. O estudo contempla

    importantes conceitos sobre Marketing Pessoal e a Gesto de Carreira que devem

    ser trabalhadas no meio acadmico como forma de preparao dos estudantes para

    a insero no mercado de trabalho. Estas temticas se tornam importantes devido

    as tendncias de mercado decorrentes da globalizao exigindo assim um novo

    perfil profissional. Este estudo classificou-se como pesquisa de natureza aplicada,

    de abordagem quali-quantitativa, quanto aos objetivos como exploratria e descritiva

    e quanto aos procedimentos tcnicos foi pesquisa de campo, bibliogrfica,

    documental e estudo de caso. A coleta de dados se deu atravs da aplicao de um

    questionrio fechado para 60% dos acadmicos matriculados no 1 semestre de

    2011. Aps a tabulao dos dados, realizou-se uma anlise e interpretao dos

    resultados aonde foi constatado que os acadmicos possuem um positivo equilbrio

    em relao percepo e a maneira como desenvolvem os temas em estudo. Os

    objetivos propostos foram alcanados, pois foi identificado o perfil biogrfico,

    profissional e acadmico dos sujeitos da pesquisa e analisado as formas como

    percebem e desenvolvem o marketing pessoal e a carreira. Foi sugerida a utilizao

    de uma matriz para planejamento de carreira profissional. Com base no proposto,

    este estudo poder ser fonte de referncia para o aperfeioamento das disciplinas

    que abordam as reas temticas em questo e para o desenvolvimento pessoal e

    profissional dos acadmicos da Uniju.

    Palavras Chave: Gesto de Pessoas; Marketing Pessoal; Gesto de Carreira;

    Curso de Administrao; Mercado de Trabalho.

  • 6

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Processos de Gesto .......................................................................................... 15

    Figura 2. As situaes do Mercado de Trabalho ............................................................. 18

    Figura 3. O impacto do Mercado de Trabalho sobre os candidatos............................. 19

    Figura 4. As tendncias: A forte mudana do Mercado de Trabalho no mundo ........ 21

    Figura 5. Escala de Avaliao do Grau de Percepo (Importncia) .......................... 42

    Figura 6. Escala de Avaliao do Grau de Atuao (Concordncia) ........................... 42

    Figura 7. Matriz de Concordncia versus Importncia ................................................... 44

    Figura 11. Matriz de Importncia versus Desempenho da varivel Currculo ............ 67

    Figura 12. Matriz de Importncia versus Desempenho da varivel Competncia Profissional............................................................................................................................. 69

    Figura 13. Matriz de Importncia versus Desempenho da varivel Apresentao .... 71

    Figura 14. Matriz de Importncia versus Desempenho da varivel Networking ........ 74

    Figura 17. Matriz de Importncia versus Desempenho da varivel Gesto de Carreira

    ................................................................................................................................................. 79

  • 7

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1. Processos de Gesto de Pessoas para Dutra .............................................. 16

    Quadro 2. Os processos de Gesto de Pessoas para Chiavenato .............................. 17

    Quadro 3. Foco das Avaliaes.......................................................................................... 25

    Quadro 4. O composto de Marketing Pessoal ................................................................. 31

    Quadro 5. Competncias esperadas do Administrador.................................................. 50

    Quadro 6. Componentes Curriculares ............................................................................... 52

    LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1. Percepo sobre Marketing Pessoal............................................................... 65

    Grfico 2. Autoconhecimento para uso do Marketing Pessoal ..................................... 66

    Grfico 3. Percepo sobre Carreira ................................................................................. 76

    Grfico 4. Principais Gestores de Carreira ....................................................................... 77

  • 8

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Gnero dos Pesquisados................................................................................... 54

    Tabela 2. Faixa Etria dos Pesquisados........................................................................... 55

    Tabela 3. Estado Civil dos Pesquisados ........................................................................... 55

    Tabela 4. Municpio em que Residem os Pesquisados.................................................. 56

    Tabela 5. Acadmicos que esto Empregados ............................................................... 56

    Tabela 6. Tipo de Organizao que Atuam ...................................................................... 57

    Tabela 7. Cargo que Ocupam............................................................................................. 57

    Tabela 8. Carga Horria Semanal de Trabalho ............................................................... 58

    Tabela 9. Quantidade de Tempo que esto Empregados ............................................. 58

    Tabela 10. A Renda Mensal ................................................................................................ 59

    Tabela 11. Para quantos o Primeiro Emprego.............................................................. 59

    Tabela 12. Quantidade de Empregos que j Passaram................................................. 60

    Tabela 13. Quantidade de Tempo sem Emprego dos que esto Desempregados ... 60

    Tabela 14. Campus que Estudam ...................................................................................... 61

    Tabela 15. Semestre de Atuao no Curso...................................................................... 62

    Tabela 16. Quantidade de Horas Dirias Dedicadas ao Estudo................................... 62

    Tabela 17. Nvel de Satisfao com o Curso ................................................................... 63

    Tabela 18. Nvel de Desempenho no Curso .................................................................... 64

    Tabela 19. Referente ao Currculo ..................................................................................... 66

    Tabela 20. Referente s Competncias............................................................................ 68

    Tabela 21. Referente Apresentao Pessoal ............................................................... 70

    Tabela 22. Referente ao Networking ................................................................................. 73

    Tabela 23. Referente Gesto de Carreira ..................................................................... 78

  • 9

    INTRODUO

    Os indivduos necessitam estar cada vez mais preparados para atender as

    exigncias do mercado de trabalho. Com isso faz-se necessrio conhecer as

    alternativas e meios de qualificao profissional existentes, pois, para alm da

    elaborao de um currculo, fundamental que o profissional saiba realmente

    desenvolver o seu marketing pessoal e gerenciar a sua carreira.

    Neste sentido o presente trabalho procurou estudar a percepo e a forma

    de desenvolvimento do Marketing Pessoal e Gesto de Carreira dos acadmicos do

    curso de Administrao da UNIJU campus Iju.

    Este estudo faz parte do projeto Marketing Pessoal e Gesto de Carreira:

    um estudo com acadmicos do curso de Administrao da UNIJU, sob a

    coordenao da Prof. Ms. Maira F. Pizolotto e tendo como pesquisadora voluntria

    a Prof. Ms. Edimara Daronco.

    A presente pesquisa encontra-se dividida em quatro captulos. O primeiro

    compreende a contextualizao do estudo, onde se apresenta a delimitao do tema

    e questo de estudo, seguida dos objetivos e por fim da justificativa do trabalho.

    No segundo captulo apresenta-se o referencial terico, baseado em

    literaturas na rea de marketing e gesto de pessoas, temas esses fundamentais

    para a realizao do estudo.

    No terceiro captulo apresentam-se os procedimentos metodolgicos,

    referindo-se a classificao da pesquisa, o universo amostral e sujeitos da pesquisa,

    a coleta de dados e as formas de anlise e interpretao dos dados. No quarto

    captulo encontram-se a apresentao dos resultados, as anlises e interpretaes

    que foram obtidas desta investigao.

    E para finalizar apresenta-se a concluso, onde se destacam as principais

    contribuies da pesquisa, as limitaes do estudo e as propostas para estudos

    futuros. E por fim, as referncias bibliogrficas que foram utilizadas para o

    desenvolvimento do trabalho, anexos e apndices.

  • 10

    1. CONTEXTUALIZAO DO ESTUDO

    A contextualizao do estudo refere-se apresentao do tema que ser

    proposto, formulao da questo de estudo, definio dos objetivos e justificativa

    para a realizao desta pesquisa.

    1.1 DELIMITAO DO TEMA E QUESTO DE ESTUDO

    O mercado de trabalho exige cada vez mais que os profissionais de diversas

    reas possuam um diferencial competitivo, mais especificamente no momento de

    uma entrevista de emprego. As empresas no esto mais contratando apenas

    profissionais, e sim procurando por talentos.

    Com base nisso, que o Marketing Pessoal e a Gesto de Carreira so

    importantes conceitos que devem ser trabalhadas no meio acadmico como forma

    de preparao dos estudantes para a insero no mercado de trabalho.

    Vaz (1995, pag. 304) afirma que Marketing Pessoal a tcnica de aplicar

    aos propsitos pessoais e/ou profissionais de indivduos os princpios

    mercadolgico-institucionais de adequao das empresas s necessidades e

    expectativas de seus vrios pblicos. uma transposio de conceitos oriundos do

    campo das pessoas jurdicas para o campo das pessoas fsicas.

    No que se refere carreira, Dutra (2010) destaca que os trabalhadores

    devem assumir um papel ativo no planejamento de suas carreiras, devem

    considerar, entre outros fatores, a necessidade do autoconhecimento para que a

    pessoa desenvolva um referencial prprio nas escolhas profissionais, caso contrrio,

    o indivduo tende a se perder na impessoalidade dos parmetros externos,

    reduzindo suas chances de auto-realizao.

    Estas temticas so fundamentais para os futuros profissionais seja qual for

    a rea de formao, pois cabe a eles a gesto de seu desenvolvimento, de sua

    competitividade profissional e de sua carreira para conquistar espao no mercado.

    As pessoas esto adquirindo conscincia de seu papel e passam a cobrar de si

    mesmas a gesto de sua carreira e de sua imagem, e da empresa as condies

    objetivas de desenvolvimento profissional.

  • 11

    Como o objetivo principal do curso de Administrao a formao de

    cidados e profissionais comprometidos com o empreendedorismo nas

    organizaes dos diferentes segmentos da sociedade preciso que se trabalhe a

    imagem e a marca de seus alunos para constiturem uma carreira de sucesso. Mais

    do que enfrentar desafios, o profissional de Administrao deve ser um agente de

    mudanas, um gestor organizacional capacitado a enfrentar tambm transformaes

    ambientais. E para que essa mudana acontea mais do que necessrio que os

    acadmicos se autodesenvolvam como profissionais, explorando seus pontos fortes

    e melhorando os pontos fracos para conquistar uma posio no mercado.

    Atravs dessa concepo que a universidade e os professores como um

    todo possuem o importante papel de orientar e facilitar o repasse de contedos e

    informaes, partindo do acadmico de administrao o interesse pela busca de

    conhecimentos com o intuito de refletirem sobre suas competncias devida a

    formao como futuros administradores, gerando crescimento pessoal e profissional,

    e principalmente a possibilidade de se destacarem como talentos num mercado de

    recursos humanos cada vez mais competitivo.

    Frente ao exposto, a questo de estudo se configura em: Como os

    acadmicos do curso de Administrao da UNIJU campus Iju percebem e

    desenvolvem o marketing pessoal e a gesto de suas carreiras?

    1.2 OBJETIVOS

    1.2.1 Objetivo Geral

    Diagnosticar como as temticas Marketing Pessoal e Gesto de Carreiras

    esto sendo percebidas e desenvolvidas por uma amostra de acadmicos do curso

    de Administrao da UNIJU Campus Iju, visando a contribuir no desenvolvimento e

    aperfeioamento pessoal e profissional.

  • 12

    1.2.2 Objetivos Especficos

    1. Conhecer as competncias desenvolvidas pelo curso de Administrao da

    UNIJU.

    2. Apresentar o perfil biogrfico, profissional e acadmico dos sujeitos de

    pesquisa.

    3. Identificar como estes sujeitos percebem as temticas marketing pessoal e

    gerenciamento de carreira.

    4. Identificar como desenvolvem o marketing pessoal e o gerenciamento de

    suas carreiras.

    5. Analisar os resultados no que se refere ao perfil dos participantes, a

    percepo e a forma de desenvolvimento das temticas em estudo.

    6. Contribuir por meio deste estudo para o desenvolvimento dos acadmicos

    e o aperfeioamento das disciplinas que abordam estas temticas.

    1.3. JUSTIFICATIVA

    A escolha do tema de pesquisa parte da observao da realidade das

    organizaes em termos de busca pela contratao de mo de obra qualificada, e a

    dificuldade que encontrada pelas mesmas devido falta de mo de obra e de

    qualificao da mesma.

    Com base nisso que se faz necessrio um estudo com acadmicos do

    curso de Administrao para atravs dessa amostragem descobrir como os alunos

    desenvolvem suas competncias e como esto se preparando para o mercado de

    trabalho a fim de propor estratgias de orientaes para se tornarem profissionais

    mais capacitados.

    Para o mercado, significa reconhecer o quanto a Universidade e os docentes

    vm se empenhando para preparar os futuros profissionais de Administrao e como

    os acadmicos esto percebendo e desenvolvendo suas competncias, para

    atender este mercado, atravs dos ensinamentos que so adquiridos em sala de

    aula.

  • 13

    Para a comunidade acadmica, curso de Administrao e Uniju, representa

    a abertura de um campo de pesquisa ainda no explorado, neste campus, e que

    pode significar melhorias na qualidade do ensino superior. A orientao e a

    experincia podem ser fatores determinantes para desenvolver o potencial dos

    estudantes, e com isso os educadores devem focar no s na preparao tcnica,

    mas tambm nas competncias comportamentais, para que se tornem profissionais

    mais preparados para enfrentar a realidade do mercado.

    Para os acadmicos, acredita-se que estudar a forma como esto se

    preparando para insero e manuteno no mercado de trabalho torna-se muito

    importante para um entendimento geral do quanto se conhecem e assim vendem

    suas competncias para o mercado, buscando rgos competentes para

    orientaes em suas fragilidades. Acredita-se que com esta preparao suas

    chances de conquistar boas oportunidades, melhorando sua marca pessoal e

    investindo em suas carreiras estar garantida.

    Para a pesquisadora este trabalho possibilitou conhecer as diretrizes do

    curso de Administrao, o histrico da Uniju, a percepo dos acadmicos, a forma

    como esto desenvolvendo suas competncias e aprofundar conhecimentos tericos

    sobre o marketing pessoal e gesto de carreira visto que at o momento que

    antecede esta pesquisa tinha apenas conhecimentos superficiais sobre o assunto, o

    que acarretou a um aprofundamento sobre os conceitos levando ao enriquecimento

    de conhecimentos e informaes adquiridas e tambm conseqente reflexo da

    prpria percepo e desenvolvimento da marca pessoal.

  • 14

    2. REFERENCIAL TERICO

    Este captulo apresenta a fundamentao terica sobre os temas marketing

    pessoal e gesto de carreira, abordando questes ligadas gesto de pessoas e

    seus principais processos ligados ao objeto de estudo, ao mercado de trabalho, suas

    exigncias, a importncia do desenvolvimento profissional e as principais

    ferramentas norteadoras de capacitao.

    2.1 GESTO DE PESSOAS

    Gil (2001), afirma que Gesto de Pessoas a funo gerencial que visa

    cooperao das pessoas que atuam nas organi zaes para o alcance dos objetivos

    tanto organizacionais quanto individuais.

    Para atuarmos em gesto de pessoas, necessitamos permanentemente

    compreender as pessoas. Para compreend-las utilizamos uma lente, como o autor

    Dutra (2002) chama o prprio modelo de gesto de pessoas, ou seja, uma lente

    que nos ajuda a enxergar a realidade em sua totalidade e complexidade, descortina

    o invisvel, ou seja, as relaes ou situaes subjacentes a nossa compreenso , das

    quais temos notcias apenas por seus efeitos.

    A gesto de pessoas abrange amplo leque de atividades, como

    recrutamento de pessoal, descrio de cargos, treinamento e desenvolvimento,

    avaliao de desempenho e etc. Para facilidade de classificao, essas atividades

    podem ser agrupadas em certo nmero de categorias amplas, muitas vezes

    designadas como sistemas e/ou processos. Como, porm, essas atividades esto

    intimamente relacionadas entre si, influenciando-se reciprocamente, fica difcil

    estabelecer um sistema de classificao que seja suficientemente exaustivo e no

    excludente, ou seja, capaz de abranger todas as atividades, de forma que nenhuma

    seja excluda (GIL, 2001).

    Dutra (2002) afirma que, a balana, Figura 1, uma representao do

    contnuo equilbrio que deve ser perseguido entre empresa e pessoas, e ambas tm

    papis importantes nesse equilbrio. Para o autor, os processos de gesto de

    pessoas atuam como garantidores desse equilbrio e os processos no so

    suficientes; necessrio um conjunto de polticas e prticas que sirvam de base na

    sustentao do equilbrio e dos processos, chamados de base estruturais.

  • 15

    Fonte: Dutra (2002, p. 47)

    Figura 1. Processos de Gesto

    A partir deste modelo necessrio analisar as partes, ou seja, a funo que

    cada um deve desempenhar: o papel das pessoas, das empresas, dos processos de

    gesto de pessoas, das bases estruturais e dos processos de apoio.

    Segundo o mesmo autor, cabe s pessoas a gesto de seu

    desenvolvimento, competitividade profissional e de sua carreira. As pessoas esto

    adquirindo conscincia de seu papel e passam a cobrar de si mesmas a gesto de

    sua carreira, e da empresa as condies objetivas de desenvolvimento profissional.

    O papel das empresas de criar espao, estimular o desenvolvimento,

    oferecer suporte e as condies para uma relao de alavancagem mtua das

    expectativas e necessidades. Deve estar em contnua interao com as pessoas e,

    ao faz-lo, conseguir alavancar sua competitividade por meio das pessoas.

    Para Dutra (2002), os objetivos e parmetros dos processos de gesto de

    pessoas, podem ser classificados conforme o Quadro 1:

  • 16

    Quadro 1. Processos de Gesto de Pessoas para Dutra

    PROCESSOS

    PRTICAS

    MOVIMENTAO

    Captao

    Internalizao

    Transferncias

    Expatriao

    Recolocao

    DESENVOLVIMENTO Carreira

    Desempenho

    VALORIZAO

    Remunerao

    Premiao

    Servios e Facilidades

    Fonte: Adaptado de Dutra (2002, pg. 49)

    As bases estruturais so o conjunto de compromissos mtuos estabelecidos

    entre a empresa e as pessoas. Esses compromissos so traduzidos no conjunto de

    polticas e prticas existentes na organizao que orientam o comportamento.

    Os processos de apoio compreendem as interaes no ligadas unicamente

    gesto de pessoas, mas que so fundamentais para que ela possa ser efetiva ou

    que tendem a influenci-la fortemente. Esses processos so: Informaes,

    comunicao, relaes sindicais e relaes com a comunidade. Os processos de

    informao compreendem todo o fluxo de informao, estruturado ou no, que flui

    da empresa para a pessoa e da pessoa para a empresa.

    Para Chiavenato (2004), existem seis processos de gesto de pessoas,

    conforme ilustra o Quadro 2:

  • 17

    Quadro 2. Os processos de Gesto de Pessoas para Chiavenato

    PROCESSOS

    PRTICAS

    AGREGANDO

    Recrutamento de Pessoal

    Seleo de Pessoal

    APLICANDO

    Desenho de Cargos

    Avaliao de Desempenho

    RECOMPENSANDO Recompensas e Remunerao

    Benefcios e Servios

    DESENVOLVENDO

    Treinamento e Desenvolvimento

    Programas de Mudanas

    Programas de Comunicaes

    MANTENDO Benefcios

    Descrio e Anlise de Cargos

    MONITORANDO

    Sistemas de Informao Gerencial

    Banco de Dados

    Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, pg. 17)

    A seguir, ser aprofundado o conhecimento sobre algumas das prticas

    pertencentes aos processos de gesto de pessoas do qual a explorao das

    mesmas ser fundamental para compreender a importncia do marketing pessoal

    para os profissionais que procuram por uma posio significativa no mercado de

    trabalho.

  • 18

    2.2 O PROCESSO DE MOVIMENTAO

    2.2.1 O Mercado de Trabalho e as Competncias Requeridas

    Chiavenato (2006), afirma que o mercado de trabalho condicionado por

    inmeros fatores como: o crescimento econmico, a natureza e qualidade dos

    postos de trabalho, a produtividade, a insero no mercado internacional.

    Alm da escala de emprego, tambm a natureza do trabalho est mudando, exigindo maior velocidade nos processos de transio dos trabalhadores para a nova situao. Por isso os esforos de formao e requalificao

    profissional tornam-se fundamentais (CHIAVENATO, 2006, p. 105).

    Atualmente o mercado est em uma situao desfavorvel. Existe

    abundncia de oportunidades de emprego para quem oferece e escassez de

    oportunidades de emprego para quem procura. A figura 2 apresenta estas

    extremidades entre o mercado em oferta e o mercado em procura. Embora as

    empresas e as pessoas saibam os fatores que levam a este acontecimento, poucas

    sabem como inverter esta realidade, e por isso o que Chiavenato apresenta em

    1999 permanece at os tempos atuais.

    Fonte: Chiavenato (1999, pg. 82)

    Figura 2. As situaes do Mercado de Trabalho

    Pode-se perceber a contradio que existe entre estes dois fatos, como por

    exemplo, o excesso de oportunidades e vagas a serem preenchidas e na tica da

    procura a falta de oportunidades no mercado. Esta relao propiciada em funo

    do alto ndice de pessoas despreparadas e sem qualificao para suprirem as vagas

    em oferta, e por este motivo sobram vagas sem preenchimento por no haver

    disponibilidade de pessoas com competncias e habilidades necessrias ao cargo.

    A Figura 3 apresenta estes fatos e tambm compara uma a realidade de

    acontecimentos freqentes nas organizaes. Quando as vagas so supridas, os

  • 19

    colaboradores passam a dominar conhecimentos sobre o ambiente, passam a

    adquirir maiores competncias e habilidades, e com isso acabam se tornando mais

    qualificados frente ao mercado em procura e conseqentemente passam a

    reivindicar por melhores salrios, tentam por melhores oportunidades. Enquanto

    isso, existe a classe de trabalhadores que aps conseguir um emprego, acaba

    evitando criar atritos para manter-se trabalhando.

    Pode-se perceber que a viso da oferta e da procura so opostas uma da

    outra, um ciclo da realidade enfrentada pelo mercado de trabalho que no ter fim

    enquanto as pessoas no procurarem por qualificao e enquanto as empresas no

    estruturarem uma gesto de pessoas eficiente e eficaz.

    Fonte: Chiavenato (1999, pg. 84)

    Figura 3. O impacto do Mercado de Trabalho sobre os candidatos

    Em relao ao Mercado de Trabalho, Chiavenato (2006, p. 104) afirma que:

    no mercado onde ocorrem as transaes e relacionamentos. Mercado

    significa o espao de transaes, o contexto de trocas e intercmbios entre aqueles que oferecem um produto ou servio e aqueles que procuram um produto ou servio. O mecanismo de oferta e procura caracterstica

    principal de todo mercado. O mercado de trabalho (MT) composto pelas ofertas de oportunidades de t rabalho oferecidas pelas diversas organizaes. Toda organizao - na medida em que oferece oportunidades

    de trabalho constitui parte integrante de um MT.

  • 20

    Frente aos fatos expostos anteriormente, que o estudante de

    Administrao precisa investigar sobre as exigncias do mercado para a sua

    categoria e com isso preparar-se buscando adquirir as competncias necessrias

    para suprir uma tima colocao.

    Entende-se que o perfi l do Administrador de hoje o de um eterno

    aprendiz, capaz de levar o seu aprendizado para o ambiente das organizaes

    (REVISTA ANGRAD, 2006, pg.94). O perfil exigido dos administradores que se

    formam em instituies de ensino superior de um profissional extremamente capaz

    e dinmico, caractersticas que devem ser desenvolvidas durante o curso

    universitrio.

    Segundo Bateman e Snell (1998, p.38) exige-se conhecimentos tcnicos,

    raciocnio lgico, capacidade para trabalhar em grupo e relacionar -se com as

    pessoas e acima de tudo, flexibilidade para enfrentar as incertezas do mercado em

    que atuam.

    Como conseqncia da falta de profissionais capacitados para ocupao

    das vagas em oferta, passam a existir novas tendncias de mercado com a

    finalidade de suprir as necessidades dos ofertantes em dar continuidade ao trabalho

    e a produo. Bem como mostra a ilustrao seguinte, as tecnologias esto

    substituindo as pessoas no setor industrial, em funo de necessitar cada vez

    menos do trabalho braal e cada vez mais de um trabalho mental. Em razo

    disso, no setor de servios que a oferta est em expanso, e por isso exigido

    profissionais competentes, passveis de inovao, criatividade e mudana.

    Segundo o Conselho Federal de Administrao (2004) os setores da

    economia mais favorveis ao exerccio de Administrador em ordem decrescente so

    os servios, indstria e comrcio. A Figura 4 i lustra algumas das tendncias do

    mercado de trabalho e respectivos setores:

  • 21

    Fonte: Chiavenato (1999, pg. 84)

    Figura 4. As tendncias: A forte mudana do Mercado de Trabalho no mundo

    No obstante as especificidades de cada empresa existem algumas

    competncias que deveriam estar presentes em todos os profissionais: a tica, a

    responsabilidade, a pro atividade e o comprometimento com a organizao, por

    exemplo. Alm dessas, Dutra (2008, p. 177) menciona as competncias que Meister

    atualmente considera como as exigidas com maior freqncia pelas empresas:

    Aprender a aprender: Capacidade de aprender com novas informaes, de se

    soltar de conceitos antigos e estar aberto para novas idias.

    Comunicao e colaborao: Capacidade de trabalhar em equipe, colaborar

    com colegas e de repassar adequadamente as informaes recebidas.

    Raciocnio Criativo e resoluo de problemas: Quando possui iniciativa para

    resolver conflitos e dificuldades do dia-a-dia e busca solues criativas, no

    esperando que peam para agir, e apresenta boa vontade em contribuir com

    as melhorias.

  • 22

    Conhecimento tecnolgico: Os profissionais devem estar sincronizados com

    as novas tecnologias e saber utiliz-las como uma ferramenta coletiva que

    proporciona rapidez e otimizao do trabalho.

    Desenvolvimento da liderana: A liderana uma competncia que deve ser

    estimulada em todos os profissionais de diversos cargos, porque a tendncia

    todos se tornarem lderes de si mesmos.

    Autogerenciamento da carreira: O profissional deve desenvolver suas

    competncias, sempre pensando na sua projeo profissional.

    Essa relao de competncias no esgota outras possibilidades de

    aprendizado. Pois as necessidades e o ambiente no qual as organizaes esto

    inseridas tornam o desenvolvimento de competncias um processo contnuo e

    dinmico para o profissional se manter no mercado de trabalho.

    Ritossa (2009) afirma que, a dinmica do mundo globalizado tem

    influenciado o perfil do profissional atual. As empresas exigem muitas habilidades de

    seus colaboradores, pois esperam que exeram muitas funes dentro de um

    mesmo cargo. Isto , esperam que ele seja um profissional multifuncional.

    Na mesma linha de pensamento de Ritossa (2009, p. 77), algumas das

    principais caractersticas do perfil desse novo superfuncionrio so identificadas

    abaixo:

    O profissional trabalha com vistas a sua realizao profissional;

    Busca sua empregabilidade, ou seja, sua capacidade de estar no

    mercado de trabalho;

    inovador, criativo e possui esprito empreendedor;

    Participa dos negcios da empresa;

    Desenvolve seus conhecimentos gerais, alm de conhecimentos

    tcnicos;

    Valoriza sua qualidade de vida;

    Planeja sua prpria carreira profissional;

    Possui uma viso ampla da empresa;

    Posiciona-se de maneira critica diante de ordens;

    Contribui com idias e sugestes de melhorias.

  • 23

    2.2.2 Recrutamento e Seleo

    Esgotadas as alternativas internas de aproveitamento de seu prprio pessoal

    e para preenchimento da vaga, bem como as eventuais disponibilidades de seu

    banco ou cadastro de candidatos e ainda no encontrando indicaes com seus

    demais trabalhadores, a empresa inicia o processo que chamamos de

    recrutamento de pessoal.

    Esta a primeira etapa de todo um processo de contratao de um novo

    profissional. Quando a empresa anuncia no mercado de trabalho seu interesse por

    algum profissional especfico, ela pode fazer isso diretamente, de maneira aberta

    ou fechada, ou seja, se identificando ou no perante o mercado (PEREIRA , 2004).

    Conforme Chiavenato (2004), o recrutamento o primeiro ponto de contato

    entre o trabalhador e a empresa; inicia-se com a emisso da requisio de pessoal e

    termina com a primeira entrevista de triagem. J a seleo caracteriza-se pela

    investigao, junto aos aprovados pelo recrutamento, dos melhores candidatos;

    inicia-se com a comprovao das informaes prestadas no currculo vitae,

    passando pelas provas e por fim as entrevistas. Tanto o recrutamento como a

    seleo se caracterizam por um amplo processo de investigao dos candidatos.

    Pereira (2004) afirma que, a seleo feita atravs de uma anlise precisa

    de dados e comportamento. necessrio ter uma descrio do cargo ou de uma

    lista de tarefas essenciais, para auxiliar tanto a empresa quanto o candidato a

    verem o que est envolvido. Para tanto, preciso ter a especificao da funo -

    para descrever as competncias e outros atributos que o cargo exige; um plano de

    avaliao geral para identificar quais dos itens na especificao da funo devem

    ser avaliados durante a entrevista, e quais sero examinados por outros meios

    tanto quanto a entrevista ou no lugar dela.

    o processo que resulta na escolha do melhor candidato dentre aqueles

    recrutados de acordo com a funo escrita na vaga. Todas as etapas que

    envolvem um processo de recrutamento e seleo de pessoal so de extrema

    importncia, mas nenhuma delas mais importante que a etapa das entrevistas. E

    quanto mais seletivas forem as entrevistas, no final do processo, mais importantes

    elas iro se tornando (PEREIRA, 2004).

  • 24

    Processo seletivo so mtodos e tcnicas para se chegar a um objetivo final.

    As tcnicas de seleo podem ser a entrevista coletiva, entrevista individual, Jogos

    de grupo, teste de conhecimentos, teste de habilidades e testes psicolgicos.

    2.3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

    2.3.1 Desempenho e Carreira

    Com o advento da administrao cientfica, a prtica da avaliao ganhou

    lugar nas organizaes como forma de controlar e disciplinar a atuao do

    trabalhador em relao de movimentos, tempos e a produtividade esperados

    (BRANDO e GUIMARES, 2001).

    Acompanhando a evoluo da administrao, tal prtica incorporou

    contribuies do movimento de relaes humanas, possibilitando maior

    interatividade entre chefia e subordinado no processo, bem como a preocupao

    com a motivao e o desenvolvimento profissional do avaliado.

    Ao longo do tempo, a prtica de avaliao notadamente da avaliao de

    desempenho recebeu importantes contribuies conceituais de determinados

    campos de estudo e pesquisa de comportamento e gesto.

    Cabe ressaltar que a expectativa de desempenho de um profissional na

    organizao base do processo de avaliao de desempenho e das aes

    decorrentes funo de outra dimenso que tambm merece ser acompanhada

    e, portanto, avaliada: o grau de desenvolvimento do profissional.

    Esse desenvolvimento, que tradicionalmente observado pela anlise do

    cargo, reflete, por sua vez, um conjunto de experincias e repertrios que foram

    lapidados ao longo da vida do profissional, com maior ou menor velocidade

    devido a seu potencial e a existncia ou no de determinadas caractersticas

    comportamentais.

    Cada uma dessas dimenses, reunidas no Quadro 3, traduz um aspecto

    importante para a determinao da contribuio do profissional organizao e,

    dessa forma deve ser monitorada:

  • 25

    Quadro 3. Foco das Avaliaes

    FOCO DAS

    AVALIAES

    OBJETIVOS

    Aferio de

    Potencial

    Predizer a adequao futura do profissional a determinada

    situao ou objetivo de trabalho. Prope-se a prever o

    desempenho potencial de uma pessoa caso ocupe

    determinado cargo ou papel na organizao.

    Anlise

    Comportamental

    Dar feedbacks de determinados comportamentos

    observveis, alinhados a valores, misso e objetivos da

    empresa. Prope-se a promover autoconhecimento e

    contribuir para a identificao de pontos fortes e

    oportunidades de melhoria, estimulando a adoo de

    comportamentos considerados crticos para a empresa.

    Desenvolvimento

    Profissional

    Observar o grau de desenvolvimento e maturidade do

    profissional como subsdio a distribuio de

    responsabilidades, a definio de aes de captao e a

    movimentaes salariais e de carreira.

    Realizao de

    Metas e

    Resultados

    Orientar o desempenho para metas e objetivos da

    organizao. Permite aferir, quantitativamente, o gap entre

    resultados individuais/grupais esperados e resultados

    efetivamente alcanados.

    Fonte: Adaptado de Dessler (2003)

    O desenvolvimento de pessoas est diretamente relacionado com o

    desenvolvimento de suas carreiras. Entende-se por carreira, uma sucesso ou

    seqncia de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de sua vida profissional

    (CHIAVENATO, 2004).

    Para Moggi (2003), as pessoas esto conscientizando-se de que sua

    carreira algo to srio que no pode mais ser delegado a terceiros, como era feito

    no passado, quando alguns encarregavam o chefe, a empresa, a rea de recursos

    humanos ou algum padrinho dessa definio.

  • 26

    Cada dia fica mais evidente que, nesse campo, a empresa pode, quando

    muito, criar condies ou oferecer oportunidades e situaes de desenvolvimento e

    de aprendizado, mas quem deve cuidar do seu destino e da sua carreira cada vez

    mais a pessoa por si mesma.

    A biografia e a carreira pessoal so dois aspectos fundamentais em nossa

    existncia, e uma no pode ser elaborada separadamente da outra. H, por parte

    das pessoas, natural resistncia ao planejamento de suas vidas profissionais, tanto

    pelo fato de encararem a trilha profissional como algo dado, quanto pelo fato de no

    terem tido qualquer estmulo ao longo de suas vidas (DUTRA, 2002, p. 112).

    De acordo com o mesmo autor, a resistncia ao planejamento individual de

    carreira ainda muito grande no Brasi l; as pessoas tendem a guiar suas carreiras

    mais por apelos externos, como: remunerao, status, prestgio e etc., do que por

    preferncias pessoais. Embora no se tenha at aqui pesquisas que comprovem

    essa informao, tm-se ao seu favor inmeras constataes empricas oriundas de

    eventos em que este assunto foi discutido, intervenes em empresas e trabalhos

    com estudantes de nvel superior.

    Dutra (2002, p. 103) complementa com a seguinte afirmao:

    Quando as pessoas falam de planos de carreira, tem em mente planos que deixam absolutamente claras as possibilidades de desenvolvimento profissional, ou que apontam com preciso para o horizonte profissional.

    Associa-se, portanto, a idia de plano de carreira a de uma estrada plana, asfaltada e bem conservada, que, se trilhada pela pessoa, vai conduzi-la ao sucesso, a riqueza e a satisfao profissional. Quando olhamos para a

    realidade das empresas, verificamos que a carreira das pessoas uma sucesso de acontecimentos inesperados. As pessoas, quando olham para frente, vem um caminho tortuoso, com vrias alternativas e cheio de

    incertezas. A carreira deve s er pensada, portanto, como uma estrada que est sempre sendo construda pela pessoa e pela empresa. Desse modo, se olhar para frente, vamos sempre ver o caos ordenado e, quando

    olharmos para trs, enxergaremos a estrada que j construmos [...].

    2.3.2. Desenvolvimento e Competncias

    A definio de Competncia, quando inserido no contexto do mercado de

    trabalho, pode ser entendida como um conjunto de conhecimentos e habilidades

    necessrios execuo de atividades inerentes aos diferentes tipos de funes

    existentes nas organizaes.

    Ao exigirem novas capacidades para a tomada de deciso em ambientes

    complexos, incertos e competitivos, as organizaes requerem do homem ps-moderno mais instruo e o aperfeioamento cont nuo para que se insiram no novo processo de trabalho (OLIVEIRA e SILVA 2006, p. 4).

  • 27

    O conceito de competncia foi proposto de forma estruturada pela primeira

    vez em 1973 por Davi McClelland, na busca de uma abordagem mais efetiva que os

    testes de inteligncia nos processos seletivos. O conceito foi ampliado para dar

    suporte tambm s prticas de Avaliao de Desempenho e Desenvolvimento de

    pessoas, mas so os autores europeus Le Boterf e Zarifian, entre outros, que

    exploram o conceito de competncia associado idia de agregao de valor e

    entrega a determinado contexto de forma independente do cargo, isto , a partir da

    prpria pessoa. Ou ainda, uma pessoa competente quando, graas as suas

    capacidades, entrega e agrega valor ao negcio ou empresa em que atua, a ele

    prprio e ao meio em que vive (DUTRA, 2008).

    Este mesmo autor acrescenta que muitos tericos compreendem

    competncia como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, o famoso

    CHA, necessrios para que a pessoa desenvolva suas atribuies e

    responsabilidades. O fato de as pessoas possurem o CHA, contudo, no garante

    que elas iro agregar valor organizao.

    Dessa maneira, nas palavras da consultora em educao empresarial Maria

    Odete Rabaglio, citada por Knapik (2006, p. 121), a competncia pode ser

    considerada: Um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes

    correlacionadas que afeta parte considervel da atividade de algum, que se

    relaciona com seu desempenho, que pode ser medido segundo padres

    estabelecidos, e que pode ser melhorado por meio de treinamento e

    desenvolvimento.

    Quando tratamos do mercado de desenvolvimento de software, a demanda

    por profissionais qualificados e a no disponibilidade desses faz com que as

    empresas busquem alternativas para a formao de competncias necessrias ao

    negcio. Neste sentido, estabelecer programas de capacitao que sejam eficientes,

    ou seja, que proporcionem um rpido aprendizado com a qualidade e profundidade

    necessria configura-se em um importante diferencial competitivo.

    Uma publicao realizada pelo site de contedos administrativos

    wordpress1, traz alguns dos termos mais comuns aos programas de treinamento das

    empresas, so eles:

    1 Disponvel em: Acesso em: 25 abril 2011.

  • 28

    Coaching: No coaching busca-se ajudar algum a estabelecer uma direo e

    atingir a mudana que se deseja. O coaching auxilia na capacitao buscando

    revelar o potencial de algum e a melhoria de seu desempenho. Assim, de

    maneira condensada, pode-se dizer que coaching ensina a aprender.

    Mentoring: Tornou-se bastante comum nas empresas a figura do Mentor,

    pessoa (inicialmente um executivo) com grande experincia e reconhecimento

    profissional que ir transmitir seu legado. De acordo com Bozeman, Feeney,

    2007, Mentoring um processo para a transmisso informal de conhecimento,

    capital social, e o suporte psicossocial percebido pelo receptor como relevante

    para o trabalho, carreira, ou desenvolvimento profissional. O mentoring trabalha

    com comunicao informal, normalmente cara-a-cara e durante um perodo de

    tempo prolongado, entre a pessoa que percebida como tendo bastante

    conhecimento, inteligncia ou experincia (o mentor) e a pessoa em treinamento

    (o aprendiz).

    Por parte da empresa, deve-se inicialmente estabelecer metas de curto,

    mdio e longos prazos para o desenvolvimento de competncias de modo a planejar

    corretamente os programas de capacitao e definir as metodologias e ferramentas

    mais adequadas.

    Assim, embora no seja trivial, o gerenciamento e desenvolvimento de

    competncias proporcionam s organizaes a capacidade de se diferenciar no

    mercado e conseguir expandir a sua produtividade atravs da gerao e

    disseminao de conhecimento.

    As competncias so formadas pelo conhecimento, pelas habilidades e

    pelas atitudes. Mas como abrir nossas mentes para assimilar novos conhecimentos,

    adquirir novas habilidades e modificar atitudes?

    Para Ritossa (2009), uma maneira muito interessante estimularmos nosso

    crebro com vistas a ampliar nossa viso para horizontes. Apesar de vivermos na

    era do conhecimento, o profissional que consegue, na atualidade, ser criativo e

    intuitivo tem muito mais chances de se colocar satisfatoriamente no mercado de

    trabalho do que aquele que possui apenas conhecimentos tcnicos. Estimulando o

    lado direito do crebro, estaremos despertando nosso lado intuitivo e criativo ele

    responde pela nossa imaginao e por todas as questes mais subjetivas. No

  • 29

    hemisfrio esquerdo, ao contrrio, encontram-se nossos pensamentos mais lgicos

    e racionais.

    Um estudo publicado na revista Harvard Business Review (poca Negcios,

    2008) comprova que aprender coisas novas estimula o hemisfrio direito do crebro

    e nos faz, de fato, pessoas mais criativas. Se o cenrio impe um profissional

    dinmico e multifuncional, amplie suas possibilidades de acesso a novas aventuras

    e novos conhecimentos - ou seja, inove tambm na maneira como voc aprimora e

    adquire novas competncias (RITOSSA, 2009).

    2.4 MARKETING PESSOAL

    O Marketing esta por toda a parte. Formal ou informalmente, pessoas e

    organizaes envolvem-se em um grande nmero de atividades que poderiam ser

    chamadas de marketing. O bom marketing tem se tornado um ingrediente cada vez

    mais indispensvel para o sucesso dos negcios. E o marketing afeta

    profundamente nossa vida cotidiana. Ele esta em tudo o que fazemos, das roupas

    que vestimos aos sites em que clicamos, passando pelos anncios que vemos

    (KOTLER, 2006).

    De uma forma geral e simplista pode-se afirmar, de acordo com Kotler

    (2000), que marketing um processo social por meio do qual pessoas e grupos de

    pessoas obtm aquilo de que necessitam e desejam por meio da criao, oferta e

    troca de produtos e servios.

    Marketing uma via de duas mos entre o mercado e as organizaes, em

    que estas buscam no mercado informaes sobre seus desejos e necessidades,

    recebendo como retorno, nesta primeira fase, as informaes.

    Existem vrios segmentos e ramos do marketing como: marketing de

    vendas, marketing de relacionamento, marketing institucional e etc., mas neste

    trabalho, o principal estudo sobre o marketing pessoal.

    Limeira (2004) afirma que o Marketing Pessoal o composto de marketing

    para gerar interesse, ateno e preferncia com relao a uma determinada pessoa,

    que neste caso representa o produto.

  • 30

    O principal objetivo do Marketing Pessoal, definido por Vaz (1995) o

    sucesso, ou seja, destacar-se dos demais concorrentes e atingir uma posio de

    evidncia.

    Mas na verdade, o Marketing Pessoal deve ser entendido como uma plena

    integrao entre vida pessoal e profissional, pois no podemos separ-lo de como a

    pessoa , de como falado, enfim de qual a imagem que est passando para a

    sociedade. Pois uma das caractersticas do marketing a imagem, pois explicitam

    as caractersticas do produto, que trata principalmente da aparncia, linguagem

    verbal e corporal, postura, comportamento, conduta tica, convvio social, etc.

    (COSTA, 2002).

    O marketing pessoal envolve um conjunto de competncias, como se um

    profissional fosse um produto, para criar valor e relacionamentos para serem

    entregues ao mercado de trabalho na forma de servios (CORTEZ, 2004). J que o

    reconhecimento de competncias fundamental para diferenciar e situar um

    indivduo no contexto social em que vive e determina, em grande parte, a maneira

    como ele estar posicionado para o sucesso profissional e pessoal (CILETTE,

    2011).

    O marketing pessoal na contemporaneidade a ferramenta mais eficiente

    para fazer com que os pensamentos e atitudes, a apresentao e comunicao

    trabalhem a favor no ambiente profissional. Alm disso, o cuidado com a tica e a

    capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a

    sua volta, tambm fazem parte do marketing pessoal (RAMALHO, 2008).

    O marketing pessoal inicia-se com o envio do currculo. preciso trabalhar

    para ser atrativo ao mercado, percebendo o que o mercado procura e, a partir disso,

    evidenciar o contedo profissional que diz respeito a suas competncias

    (conhecimentos, experincia, sabedoria), alm claro da sua prpria aparncia.

    Portanto, o marketing pessoal uma estratgia individual para atrair e

    desenvolver contatos e relacionamentos interessantes do ponto de vista profissional

    e pessoal, bem como para dar visibilidade a caractersticas, e competncias

    relevantes na perspectiva da aceitao e do reconhecimento por parte de outros

    (RITOSSA, 2009).

    Ainda de acordo com Ritossa (2009), para atingir os objetivos e estratgias

    de marketing no mercado-alvo, as empresas utilizam um conjunto de ferramentas

  • 31

    especficas associadas s quatro variveis controlveis que formam o composto de

    marketing: produto, preo, praa e promoo (KOTLER; ARMSRTRONG, 2007). Os

    4 Ps, como so conhecidas essas variveis, esto sob o controle de empresas e

    podem ser alteradas, adaptadas ou atualizadas para influenciar a demanda do

    mercado-alvo.

    No contexto de marketing pessoal, o produto uma pessoa: voc. Assim,

    voc se torna o ncleo do composto de marketing e, por conseguinte, todas as

    outras variveis interagem com seus atributos e caractersticas.

    Atravs do exposto no Quadro 4, nota-se a comparao que feita entre o

    marketing institucional e o marketing pessoal, o primeiro voltado para as empresas,

    e o segundo voltado para o profissional. Ambos com o mesmo grau de importncia

    para o alcance de objetivos e com a mesma finalidade: a conquista do sucesso.

    Quadro 4. O composto de Marketing Pessoal

    COMPOSTO DE MARKETING PESSOAL

    Produto Voc

    Preo Seu valor

    Praa Colocao desejada

    Promoo Vendendo voc

    Fonte: Adaptado de Ritossa (2009)

    De acordo com Persona (2005), a expresso marketing pessoal vem sendo

    deturpado e relacionado apenas imagem e confundido com aes de melhoria de

    apresentao pessoal. Segundo o autor, contudo, o marketing pessoal visto como

    um conjunto de aes que procura compreender o ambiente em que se atua na

    busca de encontrar as necessidades e oportunidades, fazendo com que o indivduo

    se posicione melhor nesse mercado e tenha as melhores opes de atuao.

    Levando em considerao o contedo e a embalagem, o contedo

    formado pelo currculo, formao, idiomas que domina, trabalhos voluntrios, aes,

    atitudes, comunicao, empatia, tolerncia, inteligncia emocional, etc. J a

    embalagem refere-se vitalidade, sade, vestimentas adequadas, carto de visitas,

  • 32

    organizao e assiduidade, com pertences como caneta, culos, unhas, dentes,

    organizao e comunicao (DARONCO, et al, 2011).

    Embora no se perceba, o Marketing Pessoal est presente em todas as

    relaes dirias, seja para conseguir uma oportunidade de trabalho, uma promoo,

    atender ao telefone, apresentar um trabalho na faculdade, fazer novas amizades,

    conhecer pessoas. Neste momento, importante conhecer as ferramentas de

    marketing pessoal para obter sustentao ao gerenciamento da carreira pessoal.

    Mas antes disso, preciso refletir e pensar: Quais so seus pontos fortes? Pontos

    fracos? Como voc se promove? Como est sua relao com as pessoas? O que

    elas pensam e acham sobre voc? Como elas a tratam? Enfim, estas

    questes podem auxiliar e muito em como planejar o prprio marketing e gerenciar

    uma carreira de sucesso.

    Neste estudo ser abordado as cinco principais ferramentas de marketing

    pessoal que visam contribuir para o aperfeioamento pessoal e profissional das

    pessoas, so eles: Currculo, Competncias, Apresentao e Networking.

    2.4.1 Currculo

    O currculo, segundo Fry (apud DARONCO et al, 2011, p. 73), um

    documento escrito ou eletrnico, digitalizado, enviado por e-mail, com a inteno de

    convencer um empregador de que suas competncias se encaixam perfeitamente

    nas necessidades dele.

    Segundo o mesmo autor, o que um currculo no deve ser : informal, longo,

    sem foco, sem detalhes pertinentes, enfeitado, altamente pessoal, coloquial,

    desonesto e exagerado. Tambm, no pode ser aquela mistura de estilos diferentes

    com uso indiscriminado de negritos, itlicos, cores, sublinhados e impresso em papel

    colorido.

    Ainda de acordo com Fry (apud DARONCO et al, 2011, p.75) um currculo

    precisa:

    Atender s necessidades do empregador: As organizaes contratam pessoas que

    possam preencher suas necessidades especficas. Deixe claro que voc esta

    pessoa. E s envie currculo organizao se realmente voc se enquadrar nos

    requisitos que ela divulgue no recrutamento.

  • 33

    Mostrar ao empregador de que modo ele ir se beneficiar: Ressalte suas

    realizaes e mostre ao futuro empregador que voc um excelente candidato.

    Oferea informaes sobre os resultados obtidos anteriormente, demonstrando que

    voc se saiu bem em empregos anteriores.

    Ser claro e conciso: Os empregadores precisam lidar com centenas de currculos

    todos os dias, e geralmente gastam de 30 segundos a um minuto com cada um,

    portanto faa uma apresentao clara, concisa e fcil de ler.

    Ser objetivo: Seu currculo precisa comunicar um objetivo bem definido, ligado a

    uma carreira especfica. Elabore um currculo para cada proposta de trabalho.

    Sustentar suas promessas de desempenho com os motivos pelos quais voc o

    melhor candidato: Informe claramente suas competncias.

    Ser realista: O currculo deve descrever uma pessoa qualificada e adequada para

    uma carreira especfica. Por exemplo, pessoas tmidas e introvertidas no devem se

    apresentar como vendedores excelentes.

    Ser honesto: A verdade sempre vem tona, portanto no tente esconder

    informaes ou ajust-las a outra realidade, bem como criar informaes.

    Organizar sua busca por emprego: Um bom currculo o ajuda a dar um enfoque

    nas suas realizaes e nos seus objetivos de carreira. Tambm o auxilia a organizar

    seus pensamentos para uma eventual entrevista, uma vez que voc se d conta de

    tudo que j realizou e o que ainda tem para contribuir.

    2.4.2 Competncias

    Este conceito foi tratado anteriormente por este referencial terico, mas ser

    reafirmado novamente no conceito de Lemes para clarificar a importncia de sua

    abordagem.

    Leme (2005) divide as competncias em dois grupos: competncias tcnicas

    e competncias comportamentais. As primeiras tcnicas consistem em tudo o que o

    profissional precisa saber (conhecimento) e saber fazer (habilidade) para

    desempenhar sua funo, por exemplo: formao tcnica/universitria, idiomas,

    cursos realizados, entre outros. J as competncias comportamentais (atitudes,

    querer fazer) precisam demonstrar como seu diferencial competitivo tem impacto em

  • 34

    seus resultados, por exemplo: criatividade, iniciativa, flexibilidade, foco em

    resultados, liderana, relacionamento interpessoal, entre outros.

    2.4.3 Apresentao

    Ciletti (apud DARONCO et al, 2011, p. 83) oferece algumas sugestes de

    como podemos desenvolver melhor nosso produto, nas mais diversas situaes,

    tanto pessoais quanto profissionais:

    Educao: a educao pode ajudar na mudana de atitudes; pesquisas

    descobriram que ao estarem expostos a novas experincias e prticas, os indivduos

    podem adaptar seus comportamentos e modificar suas atitudes.

    Pensamento e hbito positivo: voc otimista ou pessimista? Um otimista sente

    confiana e positivo, acreditando que as coisas vo funcionar, enquanto um

    pessimista tem sempre uma viso escura e negativa da vida. Desenvolver hbitos

    positivos no trabalho podem ajud-lo a se comportar positivamente, mesmo que no

    esteja se sentindo assim. Assim, seja corts com as pessoas chegando no horrio,

    complete suas tarefas, no fale sobre assuntos que no sejam importantes e seja

    voluntrio para as tarefas menos agradveis.

    Fale de maneira positiva consigo mesmo: as pessoas freqentemente falam para si

    mesmas sobre os eventos do dia e avaliam ou se arrependem de suas aes.

    Concentre-se nesta conversa para motivar, reconhecer suas realizaes e lembrar-

    se de seus pontos fortes. Seja seu prprio f. Elogie-se, encoraje-se e se estabilize.

    Linguagem corporal positiva: imaginemos a cena em que a moa se levanta para

    fazer um discurso, cruza os braos e olha para baixo enquanto fala. Sua linguagem

    corporal transmite uma atitude positiva? Lembre-se que algumas vezes seu corpo

    pode falar mais alto que sua voz e tenha cuidado para que sua linguagem corporal

    no comunique algo que voc no gostaria de dizer.

    Comunicao positiva: sua habilidade de se comunicar bem um fator importante

    na impresso que voc passa s outras pessoas. Voc emprega termos que no

    so entendidos por outras pessoas ou adota linguagem depreciativa? Tem

    dificuldade em comunicar suas idias claramente? Quando fala com os outros, seu

    tom de voz e a escolha de palavras comunicam sua imagem e sua mensagem?

    Falar de forma delicada e polida tende a fazer com que os outros o levem mais a

    srio, pois demonstra mais respeito. A habilidade de articular claramente seus

  • 35

    objetivos, idias e pensamentos ser de muita ajuda em sua vida pessoal e

    profissional.

    Fatores como a higiene e o cuidado podem parecer superficiais, mas no

    so. Todos ns sabemos, talvez por j termos trabalhado ao lado de algum com

    odor desagradvel, que o asseio importante, no apenas pela questo de imagem,

    mas tambm pela sade e bem-estar geral. Tomar banho diariamente, lavar as

    mos regularmente, escovar os dentes ao menos duas vezes ao dia, usar

    desodorante, manter as unhas limpas e curtas para os homens, assim como

    apresentar-se bem barbeado, as mulheres usar maquiagem suave, perfumes com

    moderao, manter os cabelos limpos e bem penteados, fazem toda a diferena

    (CILETTI, 2011).

    Rizzo (apud DARONCO et al, 2011, p. 85) destaca alguns itens que devem

    ser evitados no ambiente de trabalho, enfatizando que o excesso sempre leva

    vulgaridade:

    Decotes ousados

    Pulseiras barulhentas

    Brincos enormes

    Cabelos bem compridos e soltos

    Saltos enormes

    Sandlias de dedo com meias

    Maquiagem por demais acentuada

    Ternos de cores extravagantes

    Gravatas de bichinhos

    Camisa listrada e gravata estampada

    Sapatos desgastados e sujos

    Perfumes com fragrncias agressivas

    2.4.4 Networking

    Networking a expresso em ingls para definir uma rede de

    relacionamentos, ou seja, pessoas que criam vnculos que permitem a divulgao

    imediata daquilo que somos e fazemos. Souza (2003) afirma que Networking, ou

    rede de relacionamentos um conjunto de tcnicas e atitudes cuja aplicao requer

  • 36

    um comportamento natural de solidariedade e de ajuda recproca de todos aqueles

    que tomam conscincia de que estamos em permanente interdependncia nas

    redes de relacionamento grupo, sociedade e humanidade.

    A matria-prima do networking a informao, e sua palavra-chave acesso.

    O sucesso do acesso ao alvo depender de contato com os membros que detm as

    informaes ou as oportunidades.

    Daronco et al. (2011), destaca que as tecnologias de informao e

    comunicao tm sido muito teis para as redes de relacionamentos. A Internet, por

    exemplo, encurta distncias e facilita os processos de comunicao, favorecendo o

    intercmbio de informaes e compartilhamento de experincias, porm o bom

    funcionamento das redes depende de seus integrantes. Deve ficar claro que a

    definio de objetivos, misso, compromissos e atividades devem ser bem

    planejadas e organizadas, o que leva ao sucesso.

  • 37

    3. METODOLOGIA

    Este captulo apresenta a metodologia uti lizada para o desenvolvimento da

    pesquisa deste trabalho, apresenta-se neste estudo a classificao da pesquisa, o

    universo amostral, os sujeitos da pesquisa, os procedimentos tcnicos da coleta de

    dados, e as formas de anlise e interpretao dos dados, com a finalidade de atingir

    os objetivos propostos.

    .

    3.1 CLASSIFICAO DA PESQUISA

    3.1.1 Quanto a Natureza

    No que concerne a natureza, esta pesquisa classifica-se como Aplicada.

    Teixeira et al. (2009) destaca que este tipo de pesquisa visa gerar conhecimentos

    para aplicao prtica voltados soluo de problemas especficos da realidade.

    Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questes de pesquisa centrada

    em problemas e preocupaes das pessoas e o propsito oferecer solues

    potenciais para os problemas humanos. A pesquisa aplicada refere-se discusso

    de problemas, empregando um referencial terico de determinada rea de saber, e

    apresentao de solues alternativas.

    Portanto, este trabalho buscou gerar conhecimentos sobre a realidade

    perceptiva do Marketing Pessoal dos alunos do curso de Administrao da Uni ju,

    campus Iju, com a finalidade de gerar informaes quanto ao desenvolvimento

    pelos mesmos para com isso definir propostas de melhoria acadmica.

    3.1.2 Quanto a Abordagem

    O presente estudo consiste numa pesquisa de abordagem quantitativa e

    qualitativa. Oliveira (1997) descreve que a pesquisa quantitativa serve para

    quantificar opinies, dados, nas formas de coleta de informaes, assim como o

    emprego de recursos e tcnicas estatsticas desde as mais simples , at os de uso

    mais complexo. Esse mtodo muito utilizado em pesquisas descritivas, onde se

    procura descobrir e classificar a relao entre variveis, assim como na investigao

    entre os fenmenos de causa e efeito.

  • 38

    Fin (2008) afirma que a pesquisa qualitativa o mtodo mais adequado

    quando se pretendem pesquisar aspectos mais profundos e menos visveis do

    comportamento humano, como percepes, atitudes, julgamentos, etc. Ela est

    fortemente ligada ao mercado, ajuda a identificar questes e entender porque elas

    so importantes.

    Vergara (2009) alerta que a forma quantitativa utiliza-se de procedimentos

    estatsticos, como o teste de hipteses e a forma qualitativa tratam-se da

    codificao, apresentao e anlise dos dados de forma mais estruturada.

    Desta forma, classifica-se este estudo como quali-quantitativa, pois

    qualitativamente foi trabalhada de modo a analisar e interpretar as informaes

    recebidas, para se chegar a concluses concretas a fim de comparar a realidade

    com os resultados obtidos. Quantitativamente conforme afirmao de Oliveira e

    Vergara, a pesquisa utilizou-se de programas estatsticos para quantificar as

    opinies e hipteses das informaes coletadas.

    3.1.3 Quanto aos Objetivos

    Vergara (2009) traz a concepo de que neste momento a pesquisa

    classificada quanto aos fins. Os fins compreendem os objetivos finais. De acordo

    com a caracterizao trazida pela autora no que se refere aos fins, classifica-se em

    exploratria e descritiva.

    No entendimento da mesma autora, a pesquisa exploratria realizada em

    rea na qual h pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Teixeira et al.

    (2009), indica que o objetivo da pesquisa exploratria investigar uma situao para

    propiciar aproximao e familiaridade com o assunto, fato ou fenmeno e com isto

    gerar maior compreenso a respeito do mesmo.

    Santos (1999) alerta para a relevncia de se inteirar pela prospeco de

    materiais que possam fornecer ao pesquisador a real importncia do problema, o

    estgio em que se encontram as informaes j disponveis a respeito do assunto e

    at mesmo revelar ao pesquisador novas fontes de dados e informaes.

    A pesquisa descritiva expe caractersticas de determinada populao ou de

    determinado fenmeno. Pode tambm estabelecer correlaes entre variveis e

    definir sua natureza. No tem compromisso de explicar os fenmenos que descreve,

    embora sirva de base para tal explicao (VERGARA, 2009),

  • 39

    Os estudos descritivos possibilitam identificar as diferentes formas dos

    fenmenos, sua ordenao, classificao, explicao das relaes de causa e efeito

    dos mesmos, o que leva obteno de uma melhor compreenso do

    comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado

    fenmeno (OLIVEIRA, 1997).

    A presente pesquisa foi exploratria, pois visou a busca de informaes

    sobre um assunto especfico que o Marketing Pessoal e Gesto de Carreira,

    mediante as pesquisas bibliogrficas e de estudo de caso, a fim de torn-los mais

    explcitos para o leitor.

    A pesquisa descritiva visou identificar, explorar e descrever os fatos ou

    fenmenos da realidade em estudo, atravs da observao, registro, anlise e

    interpretao das caractersticas de um grupo, no caso, os acadmicos do curso de

    Administrao do campus Iju, sem que o pesquisador interferisse nos mesmos.

    Uma caracterstica da pesquisa descritiva a tcnica padronizada da coleta de

    dados, realizada principalmente atravs de questionrios e observao sistemtica.

    3.1.4 Quanto aos Procedimentos Tcnicos

    Os critrios referente os meios que determinam a maneira de atingir os

    objetivos da pesquisa, foram investigados de forma bibliogrfica, documental, estudo

    de caso e de campo.

    A pesquisa bibliogrfica o estudo sistematizado desenvolvido com base

    em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrnicas, isto , material

    acessvel ao publico em geral (VERGARA, 2009, p. 43). Este estudo foi bibliogrfico

    pois se utilizou de literaturas sobre as temticas estudadas, de redes eletrnicas que

    continham importantes publicaes sobre os objetos de estudo e ainda tomou como

    base revistas, jornais e registros.

    A investigao documental realizada em documentos conservados no

    interior de rgos pblicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas:

    registros, anais, regulamentos, circulares, ofcios, memorandos, comunicaes

    informais e outros. (VERGARA, 2009, p. 43). Esta pesquisa documental,foi

    baseada em documentos primrios e originais como por exemplo o Guia Acadmico

    para estudantes do curso de Administrao presencial da Uniju.

  • 40

    Na mesma linha de pensamento de Vergara: a pesquisa de campo a

    investigao emprica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenmeno ou

    que dispe de elementos para explic-lo (2009, p. 43). O presente estudo foi

    realizado atravs de coleta de dados no espao da Universidade Regional do

    Noroeste do Estado do RS, no campus de Iju.

    E por fim, caracteriza-se como um estudo de caso, que de acordo com

    Vergara (2009, p.44) o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas estas

    como uma pessoa, uma famlia, um produto, empresa, rgo publico, comunidade

    ou mesmo um pas. Tem carter de profundidade e detalhamento. O estudo de

    caso segundo Gil (2002, p.54) consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou de

    poucos objetivos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento,

    tarefa praticamente impossvel mediante outros delineamentos j considerados.

    O estudo de caso desta pesquisa concentrou-se na observao de como os

    acadmicos do curso de administrao matriculados no primeiro semestre de 2011

    no Campus de Iju percebem e desenvolvem as temticas de marketing pessoal e

    gerenciamento de carreira em seus cotidianos.

    3.2 UNIVERSO AMOSTRAL E SUJEITOS DA PESQUISA

    Os sujeitos desta pesquisa foram constitudos por uma amostra de

    acadmicos do curso de Administrao da UNIJU, campus Iju, respectivamente

    matriculados no primeiro semestre de 2011, de vrias semestralidades, com

    diferentes perfis biogrficos e experincias.

    Para Gil (2002, p.121) Quando essa amostra rigorosamente selecionada,

    os resultados obtidos no levantamento tendem a se aproximar bastante dos que

    seriam obtidos caso fosse pesquisar todos os componentes do universo.

    O universo amostral foi definido por critrio no-probabilstico e por

    tipicidade, sendo composto por 280 graduandos, representando 60% do universo de

    467 alunos matriculados em Administrao.

    Cabe aqui justificar o tamanho da amostra com a opinio de Vergara (2009,

    pg.47):

    Amostra no-probabilstica aquela selecionada por acessibilidade e por

    tipicidade. A acessibilidade a amostra que fica longe de qualquer procedimento estatstico, seleciona elementos pela facilidade de acesso a

  • 41

    eles. A amostra por tipicidade constituda pela seleo de elementos que o pesquisador considere representativos da populao-alvo, o que requer profundo conhecimento dessa populao.

    3.3 COLETA DE DADOS

    Segundo Gil (2002, p.163), Coleta de dados envolve a descrio das

    temticas a serem utilizadas para a coleta de dados. Modelo de questionrio, teses

    ou escala que devero ser includos, quando for o caso.

    Para a coleta de dados, realizada entre os meses de junho a julho de 2011,

    foi entregue aos alunos durante as aulas do curso de Administrao um questionrio

    com questes abertas e fechadas (ANEXO A), que foi elaborado pela coordenadora

    e pesquisadora voluntria do projeto Marketing Pessoal e Gesto de Carreira: um

    estudo com acadmicos do curso de Administrao da UNIJU Prof. Ms. Maira F.

    Pizolotto e Prof. Ms. Edimara Daronco.

    O questionrio caracteriza-se por uma srie de questes apresentadas ao

    respondente, por escrito. No questionrio aberto, as respostas livres so dadas

    pelos respondentes; no fechado, o respondente faz escolhas, ou pondera, diante de

    alternativas apresentadas (VERGARA, 2009, p. 52). Tambm pode ser conceituado

    como um instrumento de coleta de dados constitudo por uma srie ordenada de

    perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presena do

    entrevistador (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 98).

    Utilizou-se uma escala de Likert para avaliao da percepo que

    compreende a apresentao das opes de respostas s pessoas desde o extremo

    mais desfavorvel (sem importncia) at o extremo mais favorvel (total

    importncia), e para avaliao do desenvolvimento as opes do extremo mais

    desfavorvel (Discordo Totalmente) ao extremo mais favorvel (Concordo

    totalmente) com a finalidade de ponderar os resultados de uma forma comparativa.

    As Figuras 5 e 6 ilustram a escala de cinco opes para a avaliao do grau

    de importncia e avaliao do grau de concordncia dos atributos: Currculo,

    Competncias, Apresentao Pessoal, Networking e Gesto de Carreira.

    Fonte: Dados da Pesquisa

    Sem importncia Baixa importncia Razovel importncia Alta importncia Total importncia

    1 2 3 4 5

    EIXO X identifica o GRAU DE IMPORTNCIA

  • 42

    Figura 5. Escala de Avaliao do Grau de Percepo (Importncia)

    Fonte: Dados da Pesquisa

    Figura 6. Escala de Avaliao do Grau de Atuao (Concordncia)

    A escolha dessa escala baseia-se na sua definio e funo, sintetizadas

    por Klering, no Glossrio de Termos Tcnicos (CARNEVALE, 2000)2:

    Seqncia ordenada de legendas que expressam graus diferentes de

    reao de uma pessoa diante de questes estruturadas previamente pelo

    Mtodo Likert; essas questes aguardam respostas que vo do discordo

    totalmente at o extremo oposto do concordo totalmente; ao todo, oferece

    cinco ou mais alternativas de posicionamento do respondente a um

    instrumento de pesquisa. Teoricamente, essas escalas so paramtricas

    (contm diferenas de mesma magnitude); mas, de fato, compe-se de

    indicadores (legendas) de formas especificas de evidenciao de diferenas,

    que devem ser tratadas por tcnicas no-paramtricas. De modo geral,

    exaurem-se os recursos das tcnicas paramtricas, porque trazem muito

    mais informaes e detalhes que as no-paramtricas.

    Atravs do contato via email da coordenadora do curso de Administrao

    com os respectivos professores que ministrariam aulas em noites pr-estabelecidas

    para aplicao do questionrio, foi que voluntariamente os mesmos recebiam o

    documento e entregavam aos alunos no decorrer das aulas, outros solicitavam que

    fosse aplicado e recolhido pelo pesquisador no mesmo horrio, portanto houve

    vrias particularidades com relao as aplicaes. As datas de aplicao foram

    determinadas pela coordenadora do projeto de estudo pelo fato de serem noites com

    o nmero mais considervel de alunos

    Foi preciso retornar algumas vezes no 2 semestre de 2011 para buscar

    atingir o nmero de respondentes necessrios, que era 60% dos alunos

    matriculados, mas em uma quantia bem menor que a realizada no 1 semestre. Este

    2 Disponvel em: Acesso em: 04 set.

    2011.

    Discordo Totalmente Discordo Nem um/Nem Outro Concordo Concordo Totalmente

    1 2 3 4 5

    EIXO Y identifica o GRAU DE CONCORDNCIA

  • 43

    fato ocorreu pelo motivo de que a aplicao realizada no final do 1 semestre de

    2011 enfrentou um perodo restritivo no que tange ao perodo de provas e

    apresentaes de trabalho, o que levava a restrio da aplicao nestas turmas.

    Vrios questionrios retornavam sem serem respondidos, devido o aluno no ter se

    interessado, pela falta de tempo ou por ser estudante de outro curso que no o de

    Administrao.

    O objetivo pretendido de 280 respondentes foi alcanado pelo fato de terem

    retornado 282 questionrios, todos respondidos por alunos do curso de

    Administrao, porm alguns tiveram falhas no sentido de que deixaram de

    responder algumas questes. O que levanta a hiptese de que no quiseram se

    pronunciar ou por desconhecerem o assunto abordado. Foram invalidados cinco

    questionrios por terem sidos respondidos por alunos de outros cursos -

    Enfermagem, Cincia da Computao, Economia - o que mostra que estas

    temticas tambm despertaram o interesse e so importantes para estes futuros

    profissionais e que poder indiciar uma futura pesquisa para quem desejar explorar

    estes campos.

    Os acadmicos que cursavam desde o 1 ao 10 semestre do curso de

    Administrao, assinalaram suas percepes frente aos principais assuntos

    relacionados ao marketing pessoal e gesto de carreira e definiam a relao do seu

    cotidiano com o nvel de importncia a eles atribudo. Os objetos de anlise foram:

    Percepo frente ao currculo; Competncias profissionais; Apresentao pessoal;

    Networking; Desenvolvimento de carreira e entre outros.

    3.4 ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS

    Aps a coleta de dados, ocorreu a etapa de anlise e interpretao das

    informaes obtidas. Os questionrios foram reunidos e tabulados pela

    pesquisadora atravs de estatstica descritiva bsica do programa Microsoft Office

    Excel 2007. Posteriormente, foram apresentados em tabelas com a finalidade de

    facilitar a compreenso dos leitores e tambm para a realizao de uma

    interpretao mais eficiente para o entendimento de todos.

    Anterior a interpretao dos dados, preciso que se realize uma anlise

    criteriosa para apurar as comparaes da teoria com a prtica, conforme definido

    por Gil (2002,p. 168):

  • 44

    A anlise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigao. J a interpretao tem como objetivo a procura do sentido

    mais amplo das respostas, o que feito mediante sua ligao a outros conhecimentos anteriormente obtidos.

    Os resultados foram interpretados em conjunto com a matriz de

    concordncia versus importncia, atravs de uma denotao de como os

    acadmicos percebem e desenvolvem o marketing pessoal e o gerenciamento de

    suas carreiras, comparando as diferentes formas com o perfil biogrfico dos

    mesmos. A Matriz Concordncia versus Importncia foi baseada na Matriz de

    Importncia versus Desempenho de Slack (1993), conforme Figura 7:

    Fonte: (Fin, 2010; p.42)

    Figura 7. Matriz de Concordncia versus Importncia

    Na matriz que compem as anlises deste estudo utiliza-se a escala e 0 a

    100% devido s variveis da escala de avaliao grfica apresentarem desde o

    extremo mais favorvel at o extremo mais desfavorvel. A escala de importncia

    indica como os acadmicos percebem as temticas em estudo, j a escala de

    concordncia define como os mesmos colocam-nas em pratica, ou seja, como os

    mesmos oferecem suas potencialidades para o mercado.

    A matriz de importncia-desempenho traz a objetividade de reunir as

    perspectivas dos acadmicos (importncia) e a prtica (concordncia), para que a

    partir de uma avaliao frente ao exposto seja realizada uma interpretao no que

  • 45

    se refere ao nvel de conhecimento e pontos fortes e fracos que necessitam ser

    melhorados e inclusive trabalhados pela comunidade acadmica.

    Como visto na Matriz de Slack (1993 apud Fin, 2010 p.42), atravs do

    cruzamento de dados da pesquisa de escala em Importncia/Concordncia, adquiri -

    se quatro regies que as variveis em estudo podem se enquadrar, sendo:

    Regio Apropriada: Regio limitada a sua margem inferior por uma linha

    caracterizada Limite Mnimo de desempenho, abaixo do qual no se pode permitir

    que as operaes caiam. Conseguir um nvel neste desempenho o primeiro

    estgio pra qualquer programa de melhorias. Os objetivos de desempenho nesta

    rea so considerados satisfatrios para o momento e em mdio prazo, mas para

    longo prazo a tendncia dos concorrentes se mover para o limite superior,

    caracterizado como regio apropriada.

    Regio Aprimorar: O critrio de desempenho que est classificado nesta regio

    aconselhado ao aprimoramento, pois se situa abaixo do Limite Mnimo de

    desempenho, ou no tem prioridade, pois as mesmas tem uma importncia menor

    no havendo primeira importncia.

    Regio Urgncia: Os critrios que forem classificados nesta regio esto com

    desempenho crtico, nos quais o desempenho mais baixo do que deve ser, dada

    importncia conferida a estes no trabalho. Os atributos localizados nesta regio so

    considerados importantes e devem ser objetivos de investimentos em curto prazo,

    isso indica que os acadmicos precisam aperfeioar estas caractersticas.

    Regio Excesso: Os critrios classificados nesta regio esto com o

    desempenho acima do que o necessrio. E localizados em uma regio onde o

    desempenho timo e a importncia para o mercado pouca. provvel que se

    possa estar investindo muito esforo nesta regio e deixando a desejar em outras

    regies mais importantes sendo necessrio checar se no h possibilidade de

    desviar recursos em excesso p