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Jornalismo Cultural e Crítica Cinematográfica UM ESTUDO DE CASO SOBRE O BLOG CINEMA DE BOCA EM BOCA Cinema Comunicação Blogs Jornalismo MARINA FERNANDA VEIGA DOS SANTOS DE FARIAS Comunicação social Habilitação Jornalismo

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Page 1: TCC - Jornalismo Cultural e Crítica Cinematográfica - Marina Fernanda Farias

Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfic

aU M E S T U D O D E C A S O S O B R E O B L O G C I N E M A D E B O C A E M B O C A Cinema

Comunicação

Blogs

Jornalismo MARINA FERNANDA VEIGA DOS SANTOS DE

FARIAS

Comunicação socialHabilitação Jornalismo

Page 2: TCC - Jornalismo Cultural e Crítica Cinematográfica - Marina Fernanda Farias

Origens:Jornalismo e

Crítica

JornalismoCultural:A crítica como ferramenta de

entretenimento

Ser Crítico:

Ontem e Hoje

A crítica na rede:

A ascensão na Internet

“Cinema de Boca em Boca”: Um estudo de caso

Conside-rações Finais

Page 3: TCC - Jornalismo Cultural e Crítica Cinematográfica - Marina Fernanda Farias

01 Origens:Jornalismo e Crítica

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

ca

Origens

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Definição de

crítica

Delimitada por Unes

(2007, p. 29)

“O primeiro juízo sobre a obra é implicitamente formulado pelo próprio artista que a realizou, no próprio momento em que, considerando-a completa, deixa de trabalhar nela e a entrega ao mundo”

a partir do século VI a.C.

A crítica literária inicia-se no sistema da educação antiga, no qual os alunos passavam a dedicar-se ao estudo aprofundado dos escritores clássicos da época.

No Brasil, a crítica era essencialmente literária, escrita e publicada na imprensa.

No Brasil, o período Regencial (1831- 1840) foi bastante significativo para o jornalismo, pois foi criada a Impressa Régia que imprimia documentos de governo e o primeiro jornal do país, a Gazeta do Rio de Janeiro do redator Frei Tibúrcio José da Rocha.

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Crise do período monárquico

Jornal Aurora Fluminense (1827)A favor da abdicação do imperador D. Pedro

Jornal Tífis Pernambucano (1823)Contrário à abdicação do imperador

através da figura do Frei Caneca pela incitação à revolta do povo

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Na França é a regulamentação da

‘liberdade de imprensa’ que garante

aos ocupantes das funções

governamentais coibir o jornalismo de

oposição, utilizando ‘sutilezas jurídicas’

que permitiam enquadrar ‘os

jornalistas como conspiradores’

Melo

1994

p.21

Com o advento de gêneros opinativos como a crítica, a objetividade jornalística tornou-se uma atividade desafiadora em diversos aspectos, como ético, técnico e profissional, principalmente pelo que se refere ao não-envolvimento pessoal com aquele conteúdo.

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Na Internet o crescimento atrai cada vez mais adeptos

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02Jornalismo CulturalA crítica como ferramenta

de entretenimento

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O jornalismo cultural, dizem os nostálgicos, já não é o mesmo. De fato, nomes como Robert

Hughes hoje são mais escassos; revistas culturais ou intelectuais já não têm a mesma influência que tinham antes; críticos parecem

definir cada vez menos o sucesso ou fracasso de uma obra ou evento; há na grande imprensa um forte domínio de assuntos como celebridades e

um rebaixamento geral dos critérios de avaliação dos produtos.

Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

O jornalista cultural vive momentos de “crise” que Piza (2007, p.31) destaca.

InformativoNotícias, notas, roteiros, reportagens, entrevistas,

perfis, biografias, documentários

Opinativo Críticas, resenhas, artigos,

colunas, editoriais, charges, comentários

Jornalismo cultural pode ser compreendido sob dois pontos de vista

Page 10: TCC - Jornalismo Cultural e Crítica Cinematográfica - Marina Fernanda Farias

Já a crítica é um gênero mais opinativo do que explicativo - o que não quer dizer que as opiniões que expressa não precisem ser, caso necessário, prontamente explicáveis. Enquanto a resenha crítica tem cunho cientifico pelo qual

visa sintetizar a perspectiva teórica da obra; tradição/escola teórica pertence o/a autor/a da obra que

se está analisando, pois isso permite compreender a forma como está organizada, bem como a lógica da

argumentação utilizada.

Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Melo (1994, p. 65)

A resenha pressupõe autoria definida e explicitada, pois este é o indicador que orienta a sintonização do receptor.

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Neste caso, este trabalho deve ser seguido por uma preparação como pesquisa, interesses, produto

audiovisual, entre outros, que devem ser analisados por leigos e também especialistas

Jornalismo Cultural e

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Origens

Ser Crítico

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Xavier Sobre o exercício

da crítica

Sua marca evita simplesmente ‘aplicar’ pressupostos ideológicos, apostando mais na acuidade do olhar, na sensibilidade ao estilo, talentos que a sua escrita soube expressar de forma admirável, gerando insights críticos de grande consequência.

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03Ser CríticoOntem e Hoje

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Crítica Cinematográfi

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Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Crítico

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

D’ANGELO

2010, p. 07

“A liberdade do crítico acompanha a liberdade da arte e seu poder absoluto em relação aos meios e processos de construção de um discurso próprio. A completa submissão do crítico aos desvios e idiossincrasias da arte é uma exigência do seu compromisso com a qualidade. A tarefa do crítico é extremamente ingrata porque os juízos estéticos, além de involuntários, são irracionais. O crítico não tem poder de decidir se gosta da obra ou não, pois é esta que se impõe ao seu julgamento.”

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Origens

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Paulo Emílio Sales Gomes

Novas percepções

Bacharel em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da USP

Doutor pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-SP)

Foi militante político

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Paulo Emílio Sales Gomes

O cuidado de Paulo Emílio com os recortes temporais, com as diferenças no desenvolvimento do cinema no Brasil e em outros países, em utilizar-se das fontes confrontando-as em assinalar a importância dos arquivos, em interpretar informações atentamente, mas ao mesmo tempo de forma criativa e sua consciência da dificuldade em escrever sobre o passado brasileiro devido ao estágio muito primário da coleta e organização de dados demonstram rigor incomum para a época.Na constituição textual das suas obras, Paulo

Emílio coloca-se em primeira e terceira pessoa.

Não aplica a sua análise a

apenas a unidade, mas ao filme em

sua totalidade

apenas

Julgam com cuidado o cinema médio, procurando distingui-lo, nem sempre com muitos resultados, do cinema superior, o cinema de autor, fórmula durante muito tempo consagrada, mas ultimamente criticada e posta em dúvida por André Bazin. Os franceses procuram sempre encontrar autores no cinema norte americano, mas quando justificam o interesse constante que têm por esse cinema, acabam por sempre por se referir à inesgotável vitalidade dos gêneros. (...)

(BAZIN, 1994, p. 125)

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Origens

Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Blogs

Jornais

Revistas

As diferenças são muitas. O cinema mudou, o jornalismo mudou, o mundo também. Uma coisa é certa: nos jornais há menos espaço para crítica. E, nos jornais ou fora deles, a ideia de crítica, de desenvolver um olhar próprio sobre as

coisas, decaiu muito, em favor da publicidade, do marketing etc.” (ARAÚJO, 2014)

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Diminuição do espaço na

crítica cinematográfi

ca

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Crítica Cinematográfi

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Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Ser Crítico

Crítica cinematográfica

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04Crítica na Rede A ascensão na Internet

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Origens

Ser Crítico

Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Crítica na rede

Cultura Tecnomeritocrática Cultura Hacker

Cultura Comunitária Virtual Cultura Empresarial

Cultura da internet

WeblogBlog

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Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Crítica na rede

“A Crítica no Maranhão assim como a de muitos outros estados não têm apoio. Para se ter uma ideia, faltam cabines de imprensa, sessões reservadas à Crítica, o que me obriga a comprar ingresso em sessões normais no final de semana de estreia que podem ou não estar lotadas de fãs barulhentos e mal-educados.

Para piorar, às vezes sequer há sessões legendadas e Crítico, por regra, despreza as cópias dubladas que desvirtuam a obra original de tantas formas que o espaço aqui ficaria curto para explica-las. Fica prejudicada a Crítica, que tem que ser publicada apressadamente às vezes no domingo ou segunda, bem depois da estreia.”

SALLEM (2014)

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Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Crítica na rede

Layout do blog “Liga dos Blogueiros Cinematográficos”

Layout do blog “Adoro cinema”

Jornalismo Online:

Primeira pessoaMultimidialidade

ConvergênciaInteratividade

Hipertextualidade Personalização

Memória

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05Cinema de Boca em Boca Um estudo de Caso

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Ser Crítico

Crítica na rede

Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Cinema de Boca em Boca

Layout do Blog Cinema de Boca em Boca no

UOL

Blog Cinema de Boca em Boca na Folha de São

Paulo

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Crítica na rede

Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Cinema de Boca em Boca

O nome "Cinema de Boca em Boca" é

uma homenagem ao meu amigo Jairo

Ferreira, já falecido, que pensou em

publicar um livro com este título.

Depois ele o mudou para "Cinema de

Invenção". Combinei com ele que, caso

não quisesse usar o título em outra

ocasião, eu o usaria. Ele morreu, e o nome

do blog ficou como homenagem.

Araújo (2014)

Melo apud Coutinho (1994)

Sobre Críticas e Resenhas “A crítica (gênero literário)

destina-se a ‘scholars’, a resenha (gênero jornalístico)

dirige-se ao ‘consumo popular’. Não é de se

estranhar que a resenha prolifere nos meios de

comunicação coletiva e a crítica se circunscreve aos

suplementos dos diários, às revistas especializadas, ao

livro e às teses universitárias”

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Jornalismo Cultural e

Crítica Cinematográfi

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Origens

Ser Crítico

Crítica na rede

Considerações Finais

Jornalismo Cultural

Cinema de Boca em Boca

Resenhador X Crítico

“A resenha configura-se então como um gênero jornalístico destinado a orientar o público na escolha dos produtos culturais em circulação no mercado. Não tem a intenção de oferecer julgamento estético, mas de fazer uma apreciação ligeira, sem entrar na essência do bem cultural”

(MELO, 1994, p.128)

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06Considerações Finais

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Crítica na rede Cinema de Boca em Boca Considerações Finais

Jornalismo Cultural

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Fone: (98) 8851 4465

Email: [email protected]

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OBRIGADA!