taxa nacional de pobreza caiu 65,9% e país está próximo de...

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Fechamento: 23/10/13 às 23h55 Ano: XXIII - Nº 5.237 Quinta-feira, 24 de outubro de 2013 Taxa nacional de pobreza caiu 65,9% e País está próximo de se tornar livre da miséria, diz FPA Com a trajetória dos avanços sociais consideráveis obti- dos nos últimos 10 anos, e pelo ritmo de redução da pobreza extrema, o Brasil está próximo a se tornar – pela primeira vez em toda a sua história – um país livre da miséria. Nos últimos dez anos a taxa nacional de pobreza caiu 65,9%, pois deixou de representar ¼ de todos os brasileiros, em 2003, para responder por 8,5% da população, em 2012. Para os extremamente pobres, a taxa nacional reduziu-se em 61,1% no mesmo período de tempo. Os números são os resultados da oitava edição do FPA Comunica da Fundação Perseu Abramo (FPA), lançado ontem, e que tem por base informações oficiais geradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado José José José José José Guimarães (CE) Guimarães (CE) Guimarães (CE) Guimarães (CE) Guimarães (CE) comemorou os resultados. “Essa é uma no- tícia extraordinária, porque o Brasil não precisava só crescer, mas também era necessário distribuir e desconcentrar renda e gerar empregos. Com isso, fizemos o maior programa de combate à pobreza no Brasil. Então, isso é algo extraordiná- rio para um governo de esquerda que tem compromisso com os mais pobres. É uma vitória dos governos do PT, da presi- denta Dilma e do povo brasileiro”, ressaltou. Dados - Dados - Dados - Dados - Dados - A publicação busca antecipar alguns dos resultados decorrentes das investigações realizadas por estudiosos e colaboradores, sendo dividida em duas partes: a primeira voltada à descrição da evolução das taxas nacionais de pobreza e extrema pobreza nos úl- timos dez anos no Brasil; e a segunda comprometida com a apresentação do perfil dos pobres e extrema- mente pobres que restam a ser superados. Como extremamente pobre, considera-se o indiví- duo cujo rendimento médio per capita domiciliar alcan- ça, no máximo, a 70 reais mensais, enquanto pobre se- ria toda aquela pessoa com rendimento médio per capi- ta domiciliar de até 140 reais mensais. O indicador de correção anual do indicador de pobreza foi deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE no período considerado. No ano de 2012 o Brasil registrou 6,8 milhões de pessoas extremamente pobres e 16,7 milhões de indiví- duos pobres. Tanto para os miseráveis como para os po- bres percebe-se maior concentração de pessoas na faixa de 20 a 39 anos de idade. Nos extremos da distribuição etária o peso relativo da pobreza é menor, sobretudo para os brasileiros de 60 anos e mais de idade. Com apoio do PT comissão do Senado aprova voto aberto para todas as instâncias A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou ontem a proposta de emenda à Constituição (PEC 43/10) que estabelece voto aberto para todas as deliberações e instâncias do Legislativo nos âmbitos federal, estaduais e municipais. A comissão rejeitou dois destaques para manter o voto secreto em casos de análise de veto e apreciação de indicação de autoridades. Autor de um deles, o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), sustentou que o mecanismo em todas as deliberações pode acarretar em perseguições. No entanto, a maioria dos integrantes da CCJ concordou com a tese de que a sociedade quer transparência das ações do Congresso. “O Brasil amadureceu o suficiente para que a gente pudesse hoje dar esse passo a mais que é a votação aberta para todos os casos”, disse o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI). Agora, a proposta segue para análise do plenário. Câmara aprova renegociação de dívidas de estados e municípios com a União O plenário da Câmara aprovou ontem o projeto de lei complementar (PLP 238/13), do Executivo, que trata da renegociação das dívidas de estados e municípios com a União e altera o índice de correção dessas dívidas para diminuir o acumulado. O recálculo valerá a partir de 1º de janeiro de 2013. A matéria segue para apreciação do Senado. O líder do PT, deputado José Guimarães (CE) José Guimarães (CE) José Guimarães (CE) José Guimarães (CE) José Guimarães (CE), elo- giou a aprovação do projeto e afirmou que foi uma vitó- ria do governo, da federação e do Parlamento. “O novo perfil das dívidas de estados e municípios com o novo indexador e esta renegociação, vai permitir aos estados novos financiamentos para investimentos em projetos que gerem renda e mantenham o nível de emprego. E esta proposta está dentro do pac- to fiscal lançado pela presi- denta Dilma, que prevê ri- gidez fiscal, renegociação e garantia de novos financia- mentos”, ressaltou. De acordo com o de- putado Afonso Florence fonso Florence fonso Florence fonso Florence fonso Florence (PT-BA), (PT-BA), (PT-BA), (PT-BA), (PT-BA), que apresentou parecer favorável pela CCJ, a proposta “contempla todos os entes federados e o povo brasileiro, indistintamente, independente de preferência partidária”. Além disso, acrescentou, “aprovamos novos parâmetros de contratação de empréstimos em condições muito mais vantajosas do que as até hoje vigentes”. O texto aprovado prevê que na renegociação será usado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ou a taxa Selic, o que for menor.

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Fechamento: 23/10/13 às 23h55

Ano: XXIII - Nº 5.237Quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Taxa nacional de pobreza caiu 65,9% e País estápróximo de se tornar livre da miséria, diz FPA

Com a trajetória dos avanços sociais consideráveis obti-dos nos últimos 10 anos, e pelo ritmo de redução da pobrezaextrema, o Brasil está próximo a se tornar – pela primeiravez em toda a sua história – um país livre da miséria. Nosúltimos dez anos a taxa nacional de pobreza caiu 65,9%,pois deixou de representar ¼ de todos os brasileiros, em2003, para responder por 8,5% da população, em 2012.Para os extremamente pobres, a taxa nacional reduziu-seem 61,1% no mesmo período de tempo.

Os números são os resultados da oitava edição do FPAComunica da Fundação Perseu Abramo (FPA), lançadoontem, e que tem por base informações oficiais geradaspelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado JoséJoséJoséJoséJoséGuimarães (CE)Guimarães (CE)Guimarães (CE)Guimarães (CE)Guimarães (CE) comemorou os resultados. “Essa é uma no-

tícia extraordinária, porque o Brasil não precisava só crescer,mas também era necessário distribuir e desconcentrar rendae gerar empregos. Com isso, fizemos o maior programa decombate à pobreza no Brasil. Então, isso é algo extraordiná-rio para um governo de esquerda que tem compromisso comos mais pobres. É uma vitória dos governos do PT, da presi-denta Dilma e do povo brasileiro”, ressaltou.

Dados -Dados -Dados -Dados -Dados - A publicação busca antecipar alguns dosresultados decorrentes das investigações realizadas porestudiosos e colaboradores, sendo dividida em duaspartes: a primeira voltada à descrição da evolução dastaxas nacionais de pobreza e extrema pobreza nos úl-timos dez anos no Brasil; e a segunda comprometidacom a apresentação do perfil dos pobres e extrema-mente pobres que restam a ser superados.

Como extremamente pobre, considera-se o indiví-duo cujo rendimento médio per capita domiciliar alcan-ça, no máximo, a 70 reais mensais, enquanto pobre se-ria toda aquela pessoa com rendimento médio per capi-ta domiciliar de até 140 reais mensais. O indicador decorreção anual do indicador de pobreza foi deflacionadopelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) doIBGE no período considerado.

No ano de 2012 o Brasil registrou 6,8 milhões depessoas extremamente pobres e 16,7 milhões de indiví-duos pobres. Tanto para os miseráveis como para os po-bres percebe-se maior concentração de pessoas na faixade 20 a 39 anos de idade. Nos extremos da distribuiçãoetária o peso relativo da pobreza é menor, sobretudopara os brasileiros de 60 anos e mais de idade.

Com apoio do PT comissãodo Senado aprova voto

aberto para todas as instânciasA Comissão de Constituição e Justiça do Senado

aprovou ontem a proposta de emenda à

Constituição (PEC 43/10) que estabelece voto aberto

para todas as del iberações e instâncias do

Legislativo nos âmbitos federal, estaduais e

municipais. A comissão rejeitou dois destaques para

manter o voto secreto em casos de análise de veto

e apreciação de indicação de autoridades. Autor de

um deles, o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira

(SP), sustentou que o mecanismo em todas as

deliberações pode acarretar em perseguições.

No entanto, a maioria dos integrantes da CCJ

concordou com a tese de que a sociedade quer

transparência das ações do Congresso. “O Brasil

amadureceu o suficiente para que a gente pudesse hoje

dar esse passo a mais que é a votação aberta para todos

os casos”, disse o líder do PT no Senado, Wellington Dias

(PT-PI). Agora, a proposta segue para análise do plenário.

Câmara aprova renegociação dedívidas de estados e municípios com a União

O plenário da Câmaraaprovou ontem o projeto delei complementar (PLP238/13), do Executivo,que trata da renegociaçãodas dívidas de estados emunicípios com a União ealtera o índice de correçãodessas dívidas para diminuir o acumulado. O recálculovalerá a partir de 1º de janeiro de 2013. A matériasegue para apreciação do Senado.

O líder do PT, deputado José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE), elo-giou a aprovação do projeto e afirmou que foi uma vitó-ria do governo, da federação e do Parlamento. “O novoperfil das dívidas de estados e municípios com o novoindexador e esta renegociação, vai permitir aos estadosnovos financiamentos para investimentos em projetos quegerem renda e mantenham o nível de emprego. E esta

proposta está dentro do pac-to fiscal lançado pela presi-denta Dilma, que prevê ri-gidez fiscal, renegociação egarantia de novos financia-mentos”, ressaltou.

De acordo com o de-putado AAAAAfonso Florencefonso Florencefonso Florencefonso Florencefonso Florence

(PT-BA),(PT-BA),(PT-BA),(PT-BA),(PT-BA), que apresentou parecer favorável pela CCJ,a proposta “contempla todos os entes federados eo povo brasileiro, indistintamente, independente depreferência partidária”. Além disso, acrescentou,“aprovamos novos parâmetros de contratação deempréstimos em condições muito mais vantajosasdo que as até hoje vigentes”.

O texto aprovado prevê que na renegociação seráusado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA) mais 4% ou a taxa Selic, o que for menor.

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24/10/201324/10/201324/10/201324/10/201324/10/2013 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado José Guimarães (CE)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Denise Camarano (Editora-chefe); Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) - Editores: Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Rogério Tomaz Jr., Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira e Ivana Figueiredo - Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente

Video: João Abreu Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Apoio administrativo: Maria das Graças - Colaboração: Assessores

dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

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PLENÁRIO

Governo agiu em defesa do Brasil,diz Chinaglia sobre leilão do Campo de Libra

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder dogoverno na Câmara, ocupou a tribuna nesta semanapara elogiar o resultado do leilão do Campo de Libra,o primeiro do pré-sal sob o regime de partilha, em queparte do petróleo extraído fica com a União. Foi vence-dor o consórcio formado pelas empresas Petrobras,Shell, Total, CNPC e CNOOC.

Chinaglia reiterou a importância da escolha doregime de partilha. “Se fosse no regime de concessão,com certeza a iniciativa privada teria se assanhadomuito mais. Porque, na concessão, nos grandes cam-pos, nunca a participação do Estado ultrapassou 50%,e no leilão do campo de Libra chegou a 75% da União,excluindo-se os 10% da Petrobras, o que chega a 85%.O valor de 40,1% — eu vou abusar da retórica —foi apenas o bônus”, explicou.

O líder do governo rebateu afirmação da oposiçãode que a formação de um único consórcio comprometeua competição do negócio. “Temos absoluta segurançade que, se a Petrobras tivesse todos os recursos parafazer o investimento sozinha, poderíamos até pensar em

conduzir de outra maneira. Agora, como sabemos que aPetrobras não os tem, mas que ela vai deter não 30%,mas 40%, vamos atrair investimentos para que o petró-leo seja explorado no sentido que a presidenta Dilmadisse, ou seja, vamos transformar petróleo em livros,em passaporte para o conhecimento, em passaporte para

um amanhã melhor para o nosso País, especialmentepara aquela parcela da população que se senterepresentada por aqueles que defendem o País”, disse.O consórcio vai repassar à União 41,65% doexcedente em óleo extraído do campo – percentualmínimo fixado pelo governo no edital.

Arlindo Chinaglia reiterou que o governo agiu emdefesa do Brasil. “Estamos seguros de que a frustraçãode parte da oposição é porque até a iniciativa privadateve que reconhecer que agimos corretamente em defe-sa do Brasil. Em defesa do petróleo, que ainda é nosso”.

SucessoSucessoSucessoSucessoSucesso - O deputado Geraldo Simões (PT-BA)Geraldo Simões (PT-BA)Geraldo Simões (PT-BA)Geraldo Simões (PT-BA)Geraldo Simões (PT-BA)reiterou o sucesso do leilão. “Estou convencido deque a decisão foi correta. E a Petrobras é protagonistado processo do leilão. E o comportamento dosmeninos da oposição fica parecido com o daimprensa, que torce contra. Parabéns ao governoDilma e à direção da Petrobras”, disse.

Para o deputado Artur Bruno (PT-CE),Artur Bruno (PT-CE),Artur Bruno (PT-CE),Artur Bruno (PT-CE),Artur Bruno (PT-CE), com o lei-lão de Libra “os recursos já começarão a chegar àsáreas de saúde e educação”.

Fernando Ferro pede votação de protocolo que trata de saberesO deputado Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE)Fernando Ferro (PT-PE) registrou,

em plenário, a participação de delegação brasilei-ra na inauguração da sede permanente do Parla-mento Latino-americano (Parlatino), na cidade doPanamá. O evento aconteceu no fim de semana.Entre os temas que dominaram o encontro estão amineração e a biodiversidade e o Protocolo de Na-goya, que aborda questões como gestão e organi-

zação dos recursos genéticos brasileiros.“A América Latina possui uma diversidade genética

importante. E isso é instrumento para pesquisa, paraprodução de fármacos, de alimentos, de toda uma gamade possibilidades que existem na nossa flora. Muitasespécies são de domínio dos nossos ancestrais, das tri-bos indígenas, dos quilombolas, dos raizeiros, que têmuma experiência de uso dessas plantas como meio me-dicinal, como alimento, e, portanto, se preocupam como controle delas”, explicou Fernando Ferro.

Zé Geraldo posiciona-se “radicalmente contra” redução da maioridade penalO deputado Zé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PZé Geraldo (PT-PA)A)A)A)A) manifestou-se em plená-

rio contra a redução da maioridade penal. Ele foi enfático emse posicionar radicalmente contra “qualquer tentativa de alte-ração da Constituição Brasileira e do Estatuto da Criança e doAdolescente, estabelecendo uma idade menor que 18 anospara responsabilização penal”.

O deputado protestou porque foi recentemente citadoem uma matéria da revista Carta Capital sobre a MaioridadePenal e a Responsabilização Progressiva dos Adolescentes,onde é citado como signatário da Frente Pela Redução da Maioridade Penal.

“A matéria sugere que a bancada governista, na fala de ativistas deDireitos Humanos, ‘para não se indispor com o seu eleitorado’, estaria,

quem sabe, disposta a apoiar projetos de leis nesse senti-do”. “Tenho certeza que nem o meu partido e nem ogoverno do qual faço parte estariam inclinados taismedidas. Pelo contrário, tanto é que o ministro da Justiça,José Eduardo Cardozo, faz parte da linha de juristas queenxerga a questão da maioridade como cláusula pétrea –e portanto, inalterável”, enfatizou .

Esclareceu o deputado Zé Geraldo sua assinaturapara integrar a Frente sobre Redução da Maioridade Penal

por entender que se tratava de um Foro de discussão sobre o tema quesou contrário. “Inscrevi-me na Frente na intenção de me contrapor ao queme parece um grave equívoco”, concluiu.

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24/10/201324/10/201324/10/201324/10/201324/10/2013PT NA CÂMARA 3

Representantes do governo, de empresasconcessionarias de energia elétrica, e de movimentossociais, debateram esta semana a execução do ProgramaLuz para Todos em Minas Gerais, Santa Catarina, MatoGrosso, Pará e Rondônia. De acordo com o deputado Padre

João (PT-MG), o debate esclareceu a competência dasconcessionárias e do governo federal para levar energiaem todos os estados do País.

“Esse debate evidenciou a responsabilidade dasconcessionárias e do governo federal na ligação de pontosde energia elétrica nos assentamentos da reforma agrária,em comunidades quilombolas e propriedades da agriculturafamiliar”, afirmou. Segundo Padre João, ficou claro que asconcessionárias precisam cumprir a responsabilidadeassumida junto à Aneel de, até 2014, atingir as metasde implementação de energia elétrica.

O parlamentar lembrou que apenas em Minas Gerais aCemig tem a responsabilidade de realizar 58 mil ligações deenergia. “Mas também precisamos atentar para os novosdesafios. Um deles é o caso da ligação de outro ponto deenergia na construção de uma segunda residência, como noslotes do programa Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.

A audiência contou com a presença dos deputadospetistas Anselmo de Jesus (RO), Jesus Rodrigues (PI), Marcon

(RS) e Padre Ton (RO). Também estiveram presentesrepresentantes da Aneel, e de concessionarias de energia deMinas Gerais, Santa Catarina e Pará, além de liderançasnacionais de comunidades quilombolas e do Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra.

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática realizou audiência pública, ontem,com a participação do ministro Marco Antonio Raupp,da Ciência, Tecnologia e Inovação, para debater al-terações no marco regulatório das instituições querealizam pesquisa e inovação científica no País. Nocentro do debate estão a proposta de emenda à Cons-tituição (PEC 290/13) que acrescenta à Carta Mag-na o conceito de inovação, entre outros dispositivos,e o projeto de lei (PL 2177/11), que institui o Códi-go Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

As duas matérias foram tratadas em comissõesespeciais distintas, mas a discussão tem ocorridode forma conjunta e em estreito diálogo com a co-munidade científica, que tem elogiado bastante oprocesso. Dentre as principais novidades a seremintroduzidas na legislação, destacam-se a isençãotributária de materiais e equipamentos importadosutilizados em pesquisa, a simplificação da prestaçãode contas das atividades de pesquisa e a possibilidadede concessão de recursos diretamente aos pesquisa-dores individuais.

O deputado Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC)Sibá Machado (PT-AC), relator doCódigo, acredita que as alterações na legislação dosetor permitirão que o Brasil alcance um elevado pa-tamar em termos de produtividade e inovação científi-

Nas próximas semanas o Congresso Nacional de-verá receber uma proposta do governo federal pararefinanciar as dívidas das confederações, federações eclubes esportivos. Elaborada a partir de anteprojetodo deputado Vicente Cândido (PT-SP), Vicente Cândido (PT-SP), Vicente Cândido (PT-SP), Vicente Cândido (PT-SP), Vicente Cândido (PT-SP), ainda não estádecidido se a proposta virá sob a forma de projeto delei ou de medida provisória. O anúncio do Programade Fortalecimento dos Esportes Olímpicos (Proforte)recebeu apoio de vários dirigentes esportivos ontem,durante audiência pública na Comissão de Turismo eDesporto da Câmara.

O diretor técnico do Comitê Olímpico Brasileiro(COB), Bernard Rajzman, ao destacar que o COB nãopossui dívidas, reconheceu que essa não é a realidadede várias entidades esportivas. “E para se tornar umapotência olímpica, é preciso resolver o problemadas entidades que formam os atletas olímpicos brasi-leiros”. Ao também apoiar a proposta, o presidente daConfederação Brasileira de Clubes, Arioaldo Boscolo,disse que “o refinanciamento deve estar adequadoà realidade financeira das entidades para não gerarinadimplência no futuro”.

Para Vicente Cândido, a ajuda é necessária por-que, atualmente, “não se paga o custo do esporte ape-

Novo marco regulatório será “Constituinte”da ciência e tecnologia, avaliam petistas

ca. “Até os anos 80 nós éramos basicamente um paísagrário e tivemos alguns avanços em setores bastantepontuais. A partir dos anos 90 despertamos para anecessidade de investir em alta tecnologia, mas es-barramos na legislação que é muito limitada”, argu-menta Sibá, que ressalta o envolvimento e a parceriaentre os diversos entes interessados no tema.

Para a deputada Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG),autora da PEC 290/13, as propostas em debate sig-nificam uma “Constituinte” do setor científico. “A mu-dança que está sendo construída terá um impactomuito forte sobre o desenvolvimento brasileiro, paraque nos tornemos também uma potência inovado-ra”, afirmou Margarida.

O vice-presidente da Comissão de Ciências e Tec-nologia, deputado Jorge Bittar (PT-RJ)Jorge Bittar (PT-RJ)Jorge Bittar (PT-RJ)Jorge Bittar (PT-RJ)Jorge Bittar (PT-RJ), que presidiua audiência pública, classificou a atividade como “ummarco histórico” do colegiado e disse esperar que estaárea avance no Brasil com a velocidade que a ciênciae a tecnologia caminham no mundo. “Uma vez apro-vado este marco regulatório, daremos uma contribui-ção grande para o desenvolvimento econômico, soci-al, justo e soberano do nosso País”, declarou Bittar.

Roteiro – Roteiro – Roteiro – Roteiro – Roteiro – Na audiência desta quarta foi lido orelatório da PEC 290/13 e na próxima semana serálido o relatório do PL 2177/11. Os dois relatóriosdeverão ser votados nas comissões especiais na pri-meira semana de novembro.

Congresso receberá proposta pararefinanciar dívidas de entidades esportivas

nas com a venda de ingressos”. “Nem o futebol sesustenta dessa forma. Então, é preciso investimentopúblico para desenvolver o esporte olímpico”, defen-deu. Como solução para o endividamento dos clubes,o parlamentar explicou que a proposta que chegaráao Congresso deverá instituir uma espécie de Refis doEsporte. “Não haverá cancelamento ou anistia”, aler-tou. “As entidades poderão quitar a dívida de duasformas: Investindo o valor devido na formação conti-nuada de atletas, prestando um serviço ao País, oupagando em espécie”, informou Cândido.

Debate evidencia

responsabilidades na

universalização do acesso

a energia elétrica

Gustavo Bezerra/PTnaCâmaraGustavo Bezerra/PTnaCâmaraGustavo Bezerra/PTnaCâmaraGustavo Bezerra/PTnaCâmaraGustavo Bezerra/PTnaCâmara

COMISSÕES

Agencia CâmaraAgencia CâmaraAgencia CâmaraAgencia CâmaraAgencia Câmara

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24/10/201324/10/201324/10/201324/10/201324/10/2013 PT NA CÂMARA4

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann,recebeu ontem o presidente da Comissão de RelaçõesExteriores e de Defesa Nacional (CREDN), deputadoNelson PNelson PNelson PNelson PNelson Pellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA), com quem discutiu o aportede recursos para o projeto Cyclone 4, desenvolvido peloBrasil em parceria com a Ucrânia.

Segundo Pellegrino, “a ministra mostrou sensibi-lidade com o tema e assegurou a liberação via Comis-são Mista de Orçamento, de um crédito de R$ 150milhões para que as obras do sítio do Cyclone sejamretomadas em Alcântara”. Pellegrino visitou a Base deLançamentos no Maranhão no início do mês. Acompa-

O grupo de trabalho sobre a re-forma política da Câmara reúne-sehoje, às 9h30, no plenário 13, paradiscutir o voto facultativo, a limitaçãodos gastos de candidatos com marke-ting, a duração dos mandatos dos se-nadores, além do modelo de financi-amento de campanhas.

O coordenador do grupo, deputado CândidoCândidoCândidoCândidoCândidoVVVVVaccarezza (PT-SP)accarezza (PT-SP)accarezza (PT-SP)accarezza (PT-SP)accarezza (PT-SP), já defendeu um modelo que man-

BRASIL

Pellegrinodiscute Cyclone 4com a ministraGleisi Hoffman

nhado dos deputados Pastor Eurico (PSB-PE),Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP)Carlos Zarattini (PT-SP) e Cláudio Cajado (DEM-BA),ele conheceu as instalações do CLA, a infraestruturapara lançamento de foguete e as obras do sítio de lan-çamento da binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).

Além dos R$ 150 milhões, há previsão de outrosR$ 42 milhões de repasses da Agência Espacial Brasi-leira (AEB) para a ACS. Para 2014, o projeto necessitade aproximadamente R$ 300 milhões.

“Estamos fazendo um grande esforço para assegu-

rar que o Brasil entre para o seleto clube dos países emcondições de lançar satélites e foguetes. Trata-se de umatecnologia para a qual há um mercado que movimentaanualmente US$ 170 bilhões. Além disso, Alcântara estánuma posição privilegiada, devido a sua proximidadecom a Linha do Equador”, explicou Pellegrino.

O deputado também assegurou a liberação de R$10 milhões para o Veículo Lançador de Microssatélite(VLM) e outros R$ 60 milhões para o Veículo Lançadorde Satélites (VLS).

AGENDA DE COMISSÕES

Grupo de trabalho da reformapolítica se reúne hoje

DivulgaçãoDivulgaçãoDivulgaçãoDivulgaçãoDivulgação

Ministro Mercadante é convidadopara debate sobre criação do Enameb

A Comissão de Educação realiza audiência públi-ca hoje para discutir o PL 6114/09, do Senado Fede-ral, que institui o Exame Nacional de Avaliação doMagistério da Educação Básica (Enameb). O ministroda Educação, Aloizio Mercadante, é um dos convida-dos para o debate às 9h30, no plenário 10.

Seguridade Seguridade Seguridade Seguridade Seguridade - A Comissão de Seguridade Social e

Deputados comemoram os 32 anosda Política Nacional do Meio Ambiente

Em comemoração aos 32 anos da criação da Políti-ca Nacional do Meio Ambiente, a Comissão de MeioAmbiente realiza audiência pública hoje, às 10h, noplenário 8, para debater os instrumentos da política am-biental. A iniciativa é do deputado Fernando FerroFernando FerroFernando FerroFernando FerroFernando Ferro(PT-PE(PT-PE(PT-PE(PT-PE(PT-PE), que propôs também homenagem ao primeiroministro do Meio Ambiente, Paulo Nogueira Neto.

tenha os financiamentos público e pri-vado de campanhas, mas com limitespara as doações. “O financiamentopúblico tende a ganhar no grupo detrabalho, mas não sei se ganha emPlenário”, ponderou.

As sugestões do grupo devem serfinalizadas até o dia 31 de outubro.

Vaccarezza acredita que as propostas serão votadaspelo Congresso no primeiro semestre de 2014.

Família, presidida pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PRDr. Rosinha (PT-PRDr. Rosinha (PT-PRDr. Rosinha (PT-PRDr. Rosinha (PT-PR)realiza audiência pública hoje, às 9h30, no plenário7. Em debate o projeto de lei (PL 484/11), que alterao Estatuto da Criança e do Adolescente, para tornarobrigatória a realização de exames para diagnósticoou triagem, em recém-nascidos, de anormalidades dometabolismo, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

TTTTTrabalhorabalhorabalhorabalhorabalho – Comissão discute em audiência pú-blica os PLs 5 044/13 que trata sobre os juros de morae atualização monetária dos débitos judiciais, e o6.171/13, que trata da atualização monetária dosdébitos trabalhistas. Marcus Vinicius Furtado Coelho,presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) participa do debate.

O deputado Cláudio Puty (PT-PA) subiu à tribuna da

Câmara ontem para denunciar o retrocesso que o relatório

parcial da Comissão Mista de Consolidação de Leis,

aprovado na última quinta-feira (17), provoca ao combate

do Trabalho Escravo no Brasil.

“O “ajuste” se traduz em empobrecimento e

fragilização do conceito de trabalho escravo, já tão bem

definido pelo artigo 149 do Código Penal brasileiro. Pois,

descaracteriza a jornada exaustiva e a condição degradante

como forma de trabalho escravo”, explica Puty, que

presidiu a CPI do Trabalho Escravo.

A legislação brasileira sobre o tema é reconhecida

pela ONU e a OIT como inovadora e referência para todo

o mundo. O último relatório britânico de The Global

Slavery Index o definiu como: “Enquanto trabalho

forçado e restrições de deslocamento são elementos

típicos nas definições internacionais, a definição

brasileira é importante por reconhecer realisticamente

o papel que jornadas exaustivas e condições

degradantes, que são uma negação dos patamares

mínimos de dignidade, têm em reduzir um individuo

psicológica e fisicamente a um ponto em que ele não

pode exercer suas liberdades”, diz o documento.

A alteração da conceituação legal já estabelecida

foi negociada para

que a PEC do Trabalho

Escravo fosse aprovada

em segundo turno,

na próxima semana,

no Senado.

“O absurdo é tal

que o ‘ajuste’ ainda

vai contra ao próprio

espírito da PEC, que busca mais rigidez ao combate

desta praga histórica no País, por meio da expropriação

de propriedade daqueles que forem condenados

pela exploração de mão de obra escrava, direcionando

esta propriedade para reforma agrária ou uso social”,

afirma Puty. “Apesar da longa espera, nestas condições

seria preferível não aprovar a PEC neste momento”.

Outro ponto é a insegurança jurídica dos casos

que estão sendo julgados.

Cláudio Puty denuncia

retrocesso no combate

ao trabalho escravo