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Quarta-feira, 18 de setembro de 2013 Ano: XXII - Nº 5.211 Site: www.ptnacamara.org.br Twitter: @ptnacamara E-mail: [email protected] Fechamento: 18/9/13 às 00h55 A presidenta Dilma Rousseff adiou a visita de Estado que faria a Washington, Estados Unidos, em outubro. O anúncio foi feito pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em nota oficial divulgada ontem. A decisão foi motivada pelas denúncias de que a agência de segurança norte-americana (NSA) espionou a presidenta, seus assessores, a Petrobras e cidadãos brasileiros. De acordo com a nota oficial, “as práticas ilegais de interceptação das comuni- cações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompa- tível com a convivência democrática entre países amigos”. Na avaliação do líder da Bancada do PT na Câmara, deputado José Guimarães José Guimarães José Guimarães José Guimarães José Guimarães (CE) (CE) (CE) (CE) (CE), a presidenta Dilma agiu de forma cor- reta ao adi- ar a viagem. “Não é aceitável esse tipo de prática. Dil- ma está certíssima em cancelar a visita de Estado. E mais, devemos exigir a retratação dos Estados Unidos. Acredito que o nosso go- verno saberá buscar o que é melhor para o País Espionagem: Dilma adia viagem aos EUA; decisão preserva soberania, dizem petistas PT não aceita retrocesso em direitos dos trabalhadores A Câmara dos Deputados reúne hoje representantes do Executivo, do Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da indústria e das principais centrais sindicais do País para discutir em Comissão Geral, às 10h, o projeto de lei (PL 4330/04) que trata da terceirização. A Bancada do PT já anunciou sua posição contrária ao projeto. “Não po- demos acatar uma proposta que precariza as relações de trabalho e retrocede nas garantias e diretos assegurados na CLT (Consolidação da Legislação Trabalhista)”, afirmou o líder do PT, deputado José Guimarães (CE) José Guimarães (CE) José Guimarães (CE) José Guimarães (CE) José Guimarães (CE). O projeto da terceirização, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), permite que qualquer ativi- dade de uma empresa seja terceirizada. “Estão propon- do uma terceirização ilimitada, para qualquer função, o que significa que milhares de trabalhadores brasileiros que têm carteira assinada poderão perder o emprego e ser substituídos por terceirizados”, alertou o deputado Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Também não existe consenso entre empregados e trabalhadores sobre a questão da responsabilidade da empresa contratante em relação às obrigações trabalhis- tas. Outra divergência é sobre a garantia dos direitos trabalhistas aos terceirizados, em especial, como deve ficar a representação sindical. Falta consenso ainda so- bre a terceirização no serviço público. Expositores Expositores Expositores Expositores Expositores – Os ministros Manoel Dias (Trabalho) e Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência da República) estão confirmados entre os expositores da Comissão Geral. O debate contará ainda com participa- ção dos presidentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Carlos Alberto Reis de Paula; da Associação de Procuradores do Trabalho, Carlos Eduardo de Azevedo Lima; do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Fur- tado Coelho; da CNBB, Dom Raymundo Damasceno; da CUT, Vagner Freitas; e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), Antônio de Sousa, entre outros. através da via diplomática”, afirmou. A secretária de Relações Internacionais do PT, deputada Iriny Lopes (ES) Iriny Lopes (ES) Iriny Lopes (ES) Iriny Lopes (ES) Iriny Lopes (ES), ava- liou que a presidenta optou por um caminho que mantém a dignidade do povo brasileiro. “Como os Estados Unidos não tomaram uma medida de retratação, a decisão da presidenta é um gesto de afirmação da nossa soberania”, enfatizou. Para o deputado Nelson P Nelson P Nelson P Nelson P Nelson Pellegrino (PT-BA) ellegrino (PT-BA) ellegrino (PT-BA) ellegrino (PT-BA) ellegrino (PT-BA), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, as razões para adiar a visita aos EUA são justificáveis. “O governo norte-americano não deu as respostas aceitáveis sobre as denúncias de espionagem. Então, é acertado o gesto político da presidenta em defesa da soberania nacional”. O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parla- sul), deputado Newton Lima (PT-SP) Newton Lima (PT-SP) Newton Lima (PT-SP) Newton Lima (PT-SP) Newton Lima (PT-SP), também entende que o adiamento foi corre- to, “uma vez que o governo brasileiro não recebeu nenhuma resposta convincente dos Estados Unidos sobre as denúncias de espionagem”. Para o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) Dr. Rosinha (PT-PR) Dr. Rosinha (PT-PR) Dr. Rosinha (PT-PR) Dr. Rosinha (PT-PR), que também integra o Parlasul, Barack Obama e os Estados Unidos devem explicações ao Brasil e ao povo brasileiro. “Foi correto não aceitar o convite. E mais, Obama deve pedir desculpas”, frisou. Na opinião do deputado Weliton P Weliton P Weliton P Weliton P Weliton Prado (PT-MG) rado (PT-MG) rado (PT-MG) rado (PT-MG) rado (PT-MG), o adiamento foi acertadíssi- mo. “A presidenta Dilma dá o recado de que o Brasil deve ser respeitado e aguarda uma retratação dos Estados Unidos”. O deputado Fernando Marroni (PT-RS) Fernando Marroni (PT-RS) Fernando Marroni (PT-RS) Fernando Marroni (PT-RS) Fernando Marroni (PT-RS) ava- liou que a atitude protege a soberania nacional. A presidenta confirmou mais uma vez que “não fala grosso com nossos vizinhos da América Latina, mas não afina com os norte-americanos”.

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Page 1: Espionagem: Dilma adia viagem aos EUA; decisão preserva ...ptnacamara.org.br/images/imgNOVAS2013/PT NA CAMARA-5211.pdf · A presidenta Dilma Rousseff adiou a visita de Estado que

Quarta-feira, 18 de setembro de 2013 Ano: XXII - Nº 5.211

Site: www.ptnacamara.org.br Twitter: @ptnacamara E-mail: [email protected]

Fechamento: 18/9/13 às 00h55

A presidenta Dilma Rousseff adiou a visita de Estado que faria a Washington,Estados Unidos, em outubro. O anúncio foi feito pela Secretaria de ComunicaçãoSocial da Presidência da República em nota oficial divulgada ontem. A decisão foimotivada pelas denúncias de que a agência de segurança norte-americana (NSA)espionou a presidenta, seus assessores, a Petrobras e cidadãos brasileiros.

De acordo com a nota oficial, “as práticas ilegais de interceptação das comuni-cações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituemfato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompa-

tível com a convivência democrática entre países amigos”.Na avaliação do líder da Bancada

do PT na Câmara, deputadoJosé GuimarãesJosé GuimarãesJosé GuimarãesJosé GuimarãesJosé Guimarães (CE)(CE)(CE)(CE)(CE), a

presidenta Dilmaagiu deforma cor-

reta ao adi-ar a viagem.

“Não é aceitável esse tipo de prática. Dil-ma está certíssima em cancelar a visita deEstado. E mais, devemos exigir a retratação

dos Estados Unidos. Acredito que o nosso go-verno saberá buscar o que é melhor para o País

Espionagem: Dilma adia viagem aos EUA;decisão preserva soberania, dizem petistas

PT não aceita retrocesso em direitos dos trabalhadoresA Câmara dos Deputados reúne hoje representantes

do Executivo, do Judiciário, da Ordem dos Advogados doBrasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), da indústria e das principais centrais sindicais doPaís para discutir em Comissão Geral, às 10h, o projeto delei (PL 4330/04) que trata da terceirização. A Bancada doPT já anunciou sua posição contrária ao projeto. “Não po-demos acatar uma proposta que precariza as relações detrabalho e retrocede nas garantias e diretos asseguradosna CLT (Consolidação da Legislação Trabalhista)”, afirmouo líder do PT, deputado José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE).

O projeto da terceirização, de autoria do deputadoSandro Mabel (PMDB-GO), permite que qualquer ativi-dade de uma empresa seja terceirizada. “Estão propon-do uma terceirização ilimitada, para qualquer função, oque significa que milhares de trabalhadores brasileirosque têm carteira assinada poderão perder o emprego e

ser substituídos por terceirizados”, alertou o deputadoVicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da Central Única dosTrabalhadores (CUT).

Também não existe consenso entre empregados etrabalhadores sobre a questão da responsabilidade da

empresa contratante em relação às obrigações trabalhis-tas. Outra divergência é sobre a garantia dos direitostrabalhistas aos terceirizados, em especial, como deveficar a representação sindical. Falta consenso ainda so-bre a terceirização no serviço público.

ExpositoresExpositoresExpositoresExpositoresExpositores – Os ministros Manoel Dias (Trabalho)e Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência daRepública) estão confirmados entre os expositores daComissão Geral. O debate contará ainda com participa-ção dos presidentes do Tribunal Superior do Trabalho(TST), Carlos Alberto Reis de Paula; da Associação deProcuradores do Trabalho, Carlos Eduardo de AzevedoLima; do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Fur-tado Coelho; da CNBB, Dom Raymundo Damasceno; daCUT, Vagner Freitas; e do Departamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), Antôniode Sousa, entre outros.

através da via diplomática”, afirmou.A secretária de Relações Internacionais do PT, deputada Iriny Lopes (ES)Iriny Lopes (ES)Iriny Lopes (ES)Iriny Lopes (ES)Iriny Lopes (ES), ava-

liou que a presidenta optou por um caminho que mantém a dignidade do povobrasileiro. “Como os Estados Unidos não tomaram uma medida de retratação, adecisão da presidenta é um gesto de afirmação da nossa soberania”, enfatizou.

Para o deputado Nelson PNelson PNelson PNelson PNelson Pellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA), presidente da Comissão de RelaçõesExteriores da Câmara, as razões para adiar a visita aos EUA são justificáveis. “O governonorte-americano não deu as respostas aceitáveis sobre as denúncias de espionagem.Então, é acertado o gesto político da presidenta em defesa da soberania nacional”.

O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parla-sul), deputado Newton Lima (PT-SP)Newton Lima (PT-SP)Newton Lima (PT-SP)Newton Lima (PT-SP)Newton Lima (PT-SP), também entende que o adiamento foi corre-to, “uma vez que o governo brasileiro não recebeu nenhuma resposta convincentedos Estados Unidos sobre as denúncias de espionagem”.

Para o deputado Dr. Rosinha (PT-PR)Dr. Rosinha (PT-PR)Dr. Rosinha (PT-PR)Dr. Rosinha (PT-PR)Dr. Rosinha (PT-PR), que também integra o Parlasul, BarackObama e os Estados Unidos devem explicações ao Brasil e ao povo brasileiro. “Foicorreto não aceitar o convite. E mais, Obama deve pedir desculpas”, frisou.

Na opinião do deputado Weliton PWeliton PWeliton PWeliton PWeliton Prado (PT-MG)rado (PT-MG)rado (PT-MG)rado (PT-MG)rado (PT-MG), o adiamento foi acertadíssi-mo. “A presidenta Dilma dá o recado de que o Brasil deve ser respeitado e aguardauma retratação dos Estados Unidos”. O deputado Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS) ava-liou que a atitude protege a soberania nacional. A presidenta confirmou mais umavez que “não fala grosso com nossos vizinhos da América Latina, mas não afinacom os norte-americanos”.

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Líder da Bancada: Deputado José Guimarães (CE)Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Denise Camarano (Editora-chefe); Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) - Editores: Vânia Rodrigues e Tarciano RicartoRedação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Jonas Tolocka, Rogério Tomaz Jr., Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim, Chico Pereira e Ivana Figueiredo- Fotógrafos: Gustavo Bezerrae Salu Parente - Video: João Abreu - Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Apoio administrativo: Maria das Graças -Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.E

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PLENÁRIO

O deputado Luiz Couto(PT-PB) elogiou a FederaçãoNacional dos Jornal istas(Fenaj) , que completará 60anos no próximo dia 20 desetembro. “É importantelembrarmos e celebrarmosessa data juntamente com todaa sociedade brasileira, pois háanos a Fenaj vem demons-trando a sua grande força nadefesa da l iberdade de expressão, dademocracia , no combate à v io lência, àcorrupção, à impunidade e pela transparênciano uso dos recursos públicos”, disse.

A história de luta da Federação começouem 1946. “E, de fato, podemos até dizer quemuitas vezes a l iberdade da imprensa émotivada pela luta dos jornalistas, emboramuitas vezes e la seja prejudicada pelachamada liberdade da empresa, que inúmeras

A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP) divul-gou carta aos trabalhadores e trabalhadoras mani-festando sua posição contrária ao projeto de lei (PL4330/04) que trata da terceirização da mão-de-obraem todos os setores das empresas.

Segundo a carta subscrita pela deputada, estudorecente da Central Única dosTrabalhadores (CUT) e doDepartamento Intersindicalde Estatísticas e Estudos So-cioeconômicos (Dieese)mostra os prejuízos da ter-ceirização para o trabalha-dor. “O terceirizado fica doisanos e seis meses a menos no emprego, tem uma jor-nada semanal de três horas a mais e ganha 27% amenos do que o trabalhador contratado diretamentepela empresa. E, ainda, a cada dez acidentes de tra-balho, oito ocorrem entre terceirizados”, ilustrou.

“Sou contra esse projeto, a Bancada do PT é con-trária a esse projeto que piora ainda mais a desigual-dade entre trabalhadores nas empresas e no serviçopúblico”, diz a deputada na carta.

Bancada do PT vota unida pela manutençãode vetos da presidenta Dilma

O Congresso Nacional realizou sessão deliberati-va ontem para apreciar diversos vetos presidenciais aleis aprovadas recentemente. Entre os vetos, o do PLP200/12, que acaba com a multa adicional de 10%paga pelos empresários sobre o saldo do FGTS do tra-balhador demitido sem justa causa. A Bancada do PTna Câmara fechou questão e votou unida pela manu-tenção do veto.

De acordo com o líder do PT na Câmara, deputadoJosé Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE)José Guimarães (CE), a Bancada do Partido dos Tra-balhadores “votou com unidade porque quer ser 100%solidária com a presidenta Dilma”.

O líder do PT elogiou a iniciativa do governo deencaminhar ao Congresso proposta que define a desti-nação dos recursos da multa com a manutenção do veto.O PLP 328/13 prevê a destinação do dinheiro para oPrograma “Minha Casa, Minha Vida” e, também, per-mite o saque desses valores no momento da aposenta-doria de trabalhadores não beneficiados pelo programa.

“Isso mostra o compromisso da presidenta Dilmacom os trabalhadores brasileiros. Então, os vetos pre-

cisam ser mantidos pela construção feita pela presi-denta da República”, ressaltou José Guimarães. O pro-jeto foi entregue ontem aos líderes da base aliada pelaministra da Secretaria de Relações Institucionais daPresidência da República, Ideli Salvatti.

O líder do governo na Câmara, deputado ArlindoArlindoArlindoArlindoArlindoChinaglia (PT-SP)Chinaglia (PT-SP)Chinaglia (PT-SP)Chinaglia (PT-SP)Chinaglia (PT-SP), elogiou o projeto encaminhado pelogoverno ao Congresso, que, de acordo com ele, trami-

tará em regime de urgência constitucional. Chinagliatambém defendeu a manutenção do veto. “Como oPaís vive um momento de pleno emprego, a principalconsequência do fim da multa seria a maior rotativi-dade do trabalhador”, disse.

Segundo dados do governo, o montante arreca-dado com a multa de 10% do FGTS será algo em tor-no de R$ 3 bilhões só em 2013. Hoje, esses recursosfinanciam o Minha Casa, Minha Vida, mas essa vincu-lação ainda não está prevista em lei, como prevê oprojeto enviado pelo governo ao Congresso.

Outros vetosOutros vetosOutros vetosOutros vetosOutros vetos – Os parlamentares também apre-ciaram vetos à MP 610/13, que trata de renegocia-ções de dívidas rurais; ao projeto que reconhece ospapiloscopistas como peritos oficiais; ao projeto queinclui servidores do IBGE entre os que desenvolvematividades exclusivas de Estado; ao texto que anistiatrabalhadores dos Correios que participaram de gre-ves; e ao projeto do Estatuto da Juventude.

O resultado da votação dos vetos será conhecidonesta quarta-feira (18).

Janete divulga carta contraprojeto que amplia terceirização

Luiz Couto homenageia Fenaj e cita luta porretomada de diploma de jornalista

vezes não permite que osjornalistas publiquem aquiloque investigaram. Há semprecortes pelos editores queestão a serviço dos donos dasempresas”, afirmou.

A Fenaj congrega hoje 31sindicatos de jornalistas noBrasi l . Foi cr iada paradefender as causas dosjornal istas e do jornal ismo

brasileiro e lutar por eles.Uma das lutas da Fenaj , lembrou o

deputado, é em torno da “equivocada decisãodo Supremo Tribunal Federal de não exigir aobrigatoriedade do diploma superior dejornalismo para o exercício da profissão. E, sobo comando da Fenaj, os 31 sindicatos dosjornalistas manifestaram em todo o País suasperplexidades e indignações com relaçãoàquela decisão do STF”, disse ainda.

PRECARIZAÇÃO

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COMISSÕES

Código da Mineração: movimentossociais defendem redução de impactos

Dezenas de militantes de movimentos so-ciais reivindicaram, por meio de faixas e carta-zes, a redução dos impactos causados pela ati-vidade de mineração no País. O protesto ocor-reu ontem durante a audiência pública da co-missão que trata do novo Código da Mineração(PL 37/11), de autoria do deputado WelitonWelitonWelitonWelitonWelitonPPPPPrado (PT-MG)rado (PT-MG)rado (PT-MG)rado (PT-MG)rado (PT-MG). Representantes desses movi-mentos lembraram que, em vários municípios,agricultores familiares, quilombolas e povos ri-beirinhos sofrem com as consequências da exploraçãode minérios.

O presidente do colegiado, deputado Gabriel Gui-Gabriel Gui-Gabriel Gui-Gabriel Gui-Gabriel Gui-marães (PT-MG)marães (PT-MG)marães (PT-MG)marães (PT-MG)marães (PT-MG), elogiou a mobilização dos movimen-tos sociais. “Essa foi uma das audiências mais impor-tantes da comissão. Ouvimos aqueles que sofrem as con-sequências da exploração mineral, como os pequenosagricultores, e as famílias que vivem próximas a essaatividade. Sobre as propostas apresentadas, creio quegrande parte será incorporada pelo relator, o deputadoLeonardo Quintão (PMDB-MG)”, destacou.

Entre as sugestões ao relatório da comissão, orepresentante do Comitê Nacionalem Defesa dos Territórios Frente àMineração, Raul do Vale, defen-deu a criação de um seguro paracompensar possíveis prejuízos am-bientais e sociais causados pelaatividade. “O risco faz parte da na-

O deputado Artur Bruno (PT-CE) elogiou em plenário oPrograma Bolsa Família, que, de acordo com ele, é umapolítica pública extremamente vitoriosa. “Nestes 10 anos emque o programa está sendo implementado, 36 milhões depessoas saíram da pobreza extrema”, disse.

Além disso, acrescentou o parlamentar petista, “o Brasilfoi um dos países que mais reduziram a mortalidade infantil,sem contar que os alunos que recebem o Bolsa Família têmum rendimento melhor do que a maioria dos alunos doEnsino Médio”, disse.

Marcon elogia programas do governoque beneficiam mais pobres

O deputado Marcon (PT-RS) elogiou em plenário oPlano Brasil sem Miséria, que, segundo ele, já atendeu a 22milhões de brasileiros, “que hoje podem viver melhor e sairdo risco da miséria”.

De acordo com o parlamentar petista, o Plano Brasilsem Miséria anda junto com a educação integral, com oPronatec, com o microcrédito para as empresas, com aassistência técnica, com o Programa Mais Água, e MaisRenda. “Esses programas do governo Dilma beneficiam ostrabalhadores e os mais pobres”, comemorou Marcon.

Artur Bruno elogia 10 anos desucesso do Bolsa Família

tureza dessa atividade. Portanto, defendo a criaçãode um seguro socioambiental para cobrir os custosde eventuais acidentes como contaminações e vaza-mentos”, explicou.

O representante do comitê disse ainda que o Brasilprecisa mudar a normatização na liberação de áreas paraa exploração. Ele defendeu que as licenças ambientais,por exemplo, sejam realizadas antes da concessão ou daslicitações das minas “para não gerar insegurança jurídicaaos exploradores”. Segundo Raul do Vale, a medida tam-bém evitaria as pressões políticas e econômicas para “em-purrar goela abaixo o licenciamento em áreas onde a ati-

vidade mineradora já houvesse iniciado”.AAAAAtingidostingidostingidostingidostingidos – Entre os representantes dos atin-

gidos pela mineração, a reclamação foi sobre osprejuízos causados pela expansão da atividade. Orepresentante da Coordenação Nacional dos Qui-lombos (Conaq), Denildo Demoraes, disse que naregião do Vale do Ribeira (SP) “várias comunida-des tradicionais estão sendo expulsas de seu terri-tório por conta da especulação gerada pela ativi-dade de mineração”.

Já a representante do Movimento Nacional pelaSoberania Popular frente à Mineração, Maria de Lour-des Souza, citou que os agricultores familiares tam-bém sofrem com a poluição. “Não entendemos deroyalties, o que queremos é água para produzir. Paraonde nós vamos quando a água for desviada ou con-taminada? Vamos ter que ir para a periferia das gran-des cidades?”, indagou.

Para o representante da Conferência Nacional dosBispos do Brasil (CNBB), Dom Guilherme Werlang, acomissão que analisa o novo Código “não deve apenasouvir as reinvindicações”, mas atuar para “garantir que

as populações atingidas não fiquemapenas com as sobras dos lucros ob-tidos com a mineração”, afirmou.

Também participaram da au-diência pública os deputados petis-tas Fernando Ferro (PE), PFernando Ferro (PE), PFernando Ferro (PE), PFernando Ferro (PE), PFernando Ferro (PE), Padre Joãoadre Joãoadre Joãoadre Joãoadre João(MG)(MG)(MG)(MG)(MG) e Ronaldo Zulke (RS)Ronaldo Zulke (RS)Ronaldo Zulke (RS)Ronaldo Zulke (RS)Ronaldo Zulke (RS).

Comissão de deputados investiga assassinato no ParáUma comissão externa da Câmara dos Deputados

vai hoje a São Félix do Xingu, município do sul doPará, para acompanhar as investigações sobre o as-sassinato do tratorista Welbert Cabral Costa, 26 anos,morto no dia 24 de julho, na fazenda Vale do Triunfo,pertencente ao Grupo Santa Bárbara, empresa ligadaao Grupo Opportunity, que tem entre os acionistas obanqueiro Daniel Dantas.

“Esse caso é emblemático, deve receber a aten-ção devida e não terminar em impunidade. Um traba-lhador foi brutalmente assassinado na zona rural doPará e os envolvidos no crime são pessoas com grandepoder econômico. Não podemos silenciar diante dodesrespeito aos direitos humanos”, afirmou o deputa-do Cláudio PCláudio PCláudio PCláudio PCláudio Puty (PT-Puty (PT-Puty (PT-Puty (PT-Puty (PT-PA)A)A)A)A), que propôs a criação da co-missão externa ao presidente da Câmara.

Apesar da suspeita de envolvimento no assas-sinato de funcionários de alto escalão da Agrope-cuária Santa Bárbara, nenhum mandante do crimefoi apontado. O inquérito foi arquivado na últimaquarta-feira (11), depois que Divo Pereira e MacielNascimento confessaram a autoria do crime e seentregaram na delegacia da Polícia Civil em SãoFélix do Xingu.

Salu PSalu PSalu PSalu PSalu Parente/PT na Câmaraarente/PT na Câmaraarente/PT na Câmaraarente/PT na Câmaraarente/PT na Câmara

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COMISSÕES

Rogério Carvalhoapresenta hojeseu relatório

A comissão mista que examinaa medida provisória (MP 621/13)que institui o Programa Mais Médi-cos pode apreciar hoje o parecer dorelator Rogério Carvalho (PT-SE)Rogério Carvalho (PT-SE)Rogério Carvalho (PT-SE)Rogério Carvalho (PT-SE)Rogério Carvalho (PT-SE),mesma data em que será apresen-tado. Entre as novidades que o textotraz está a eliminação do item queprevia estágio obrigatório de doisanos no Sistema Único de Saúde(SUS) e a inclusão de medidas que visam inovar nocampo da residência médica.

De acordo com o relator, o fato de os médicospossuírem registros definitivos e o grau de responsabi-lidade a que eles são submetidos dão a eles prática evivência que podem ser aproveitadas numa residênciamédica. Por isso, explicou, surgiu a ideia de se intro-duzir no programa medidas que visam não só formarmédico geral, com competência clínica, mas tambémpermitir que se especializem em outras áreas da resi-dência médica. A duração para se especializar em ci-rurgia geral, por exemplo, é de um ano e, em cardio-logia, dois anos, informou Rogério Carvalho.

“Estamos propondo que esta vivência no novocampo de aprendizado restabeleça a prática geral damedicina e que ela ocorra numa residência médica. Anossa ideia é que essa residência seja para todos osmédicos formados no País. Isso é um avanço porque

vai oferecer a todos os formados, a possibilidade deserem especialistas”, disse Rogério Carvalho.

Ele adiantou que as propostas não mudam as re-gras da residência médica. Ele disse ainda que já pro-pôs à Comissão Nacional da Residência Médica quefaça as adequações necessárias.

O parlamentar propõe também que o programasubstitua pré-requisitos que antes eram de outras es-pecialidades. Ao fazer essa substituição, Rogério Car-valho pretende evitar o prolongamento da formaçãodo médico do Brasil. Isso, explicou o relator, não sig-nifica perda na qualidade e, segundo ele, “não deixa-rá de atender às demandas do sistema público e dosistema privado”.

O petista disse ainda que essas propostas foramdebatidas com a comissão de especialistas, com re-presentantes da Associação Nacional de Dirigentes deInstituições de Ensino superior (Andifes) e com os mi-

nistros da Saúde, Alexandre Padilha,e da Educação, Aloizio Mercadante.

Falsa PFalsa PFalsa PFalsa PFalsa Polêmicaolêmicaolêmicaolêmicaolêmica – Os opositoresdo programa Mais Médicos que par-ticiparam da audiência pública rea-lizada ontem pela comissão especialinsistiram no argumento de que asnormas estabelecidas na contrataçãode médicos estrangeiros, principal-mente os profissionais cubanos, são

análogas ao trabalho escravo.O deputado Rogério Carvalho repudiou a tentati-

va de desqualificar o programa e afirmou que essesprofissionais estão vindo através de um convênio fir-mado com a Organização Pan-Americana de Saúde(Opas). “Alguém acredita que um órgão das NaçõesUnidas como a Opas vai se prestar a intermediar par-ceria para que um governo escravize profissionais deoutro governo?, questionou.

Para o parlamentar, esse é um debate que nãoprocede e escamoteia o foco principal do debate.“Esse debate não faz o menor sentido. Estão tentan-do criar uma falsa polêmica para confundir a opi-nião pública. Querem desfocar o debate que é reser-va de mercado e a solução dos problemas da saúdepública brasileira”, afirmou.

A reunião da comissão mista está prevista para as14h30, na sala 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado.

Guimarães recebeAbranet, que manifesta

apoio ao Marco Civilda Internet

O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães(CE), reuniu-se ontem com o presidente do ConselhoConsultivo Superior da Associação Brasileira de Internet(Abranet), Eduardo Fumes Parajo, para tratar do projetode lei (PL 2126/11) do Marco Civil da Internet, relatadopelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

Guimarães informou que a entidade manifestouseu apoio ao projeto e defendeu a rápida tramitaçãodo PL. “A Abranet veio se manifestar favoravelmenteao princípio da neutralidade da rede e ao Marco Civilcomo um todo, que é um projeto importantíssimo paraque possamos garantir os direitos civis dos usuários daInternet e o desenvolvimento dessa tecnologia tãofundamental para a nossa sociedade”, resumiu o líder.

O projeto tramita sob regime de urgênciaconstitucional e está pronto para ser votado peloplenário da Câmara.

Medida Provisória aprovada emcomissão é elogiada por petistas

O deputado AAAAAfonso Florence (PT-fonso Florence (PT-fonso Florence (PT-fonso Florence (PT-fonso Florence (PT-BA)BA)BA)BA)BA), presidente da comissão mistaque analisou a MP 618/13, classi-ficou como “uma grande conquistada agricultura familiar” a aprova-ção, ontem, do relatório sobre a me-dida. A MP tratava originalmente deaportes do governo federal de R$ 15bilhões no BNDES e R$ 15 bilhõesna Valec, empresa pública do setorferroviário, entre outras iniciativas nas áreas de eco-nomia e de infraestrutura.

De acordo com Afonso Florence, o relatório in-cluiu uma renegociação de dívidas de produtores ru-rais do Nordeste no valor de R$ 5 bilhões, que devepermitir descontos para o pagamento das dívidas emcerca de 500 contratos.

“Aprovamos a renegociação dasdívidas de todos os agricultores e agri-cultoras da área da Sudene ou do Se-miárido, que estejam com dívida ati-va na União. Isso vai permitir a ade-são à Lei 11.775 até o fim do ano de2014, com o parcelamento das dívi-das de até 100 mil reais”, destacou odeputado Afonso Florence.

FerroviasFerroviasFerroviasFerroviasFerrovias – O deputado PPPPPe-e-e-e-e-dro Uczai (PT-SC)dro Uczai (PT-SC)dro Uczai (PT-SC)dro Uczai (PT-SC)dro Uczai (PT-SC), integrante da comissão mista,ressaltou que entre os conteúdos do texto aprovadoestá a capitalização da empresa estatal das ferro-vias, a Valec. “Serão até R$ 15 bilhões para am-pliar os projetos ferroviários brasileiros”.

A MP ainda será analisada pelos plenários daCâmara e do Senado.

Salu PSalu PSalu PSalu PSalu Parente/PT na Câmaraarente/PT na Câmaraarente/PT na Câmaraarente/PT na Câmaraarente/PT na Câmara

MAIMÉDICO

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MOBILIDADE URBANA

Comissão do transporte como direito social escutaMPL e outras entidades em audiência pública

A comissão especial que debate a proposta de emen-da à Constituição (PEC 90/11) que inclui o transporte norol dos direitos sociais – artigo 6º da Constituição –realizou ontem a sua primeira audiência pública. Repre-sentantes de empresas de transportes urbanos, do Mi-nistério das Cidades, do Movimento Passe Livre (MPL) edo Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte fo-ram os convidados deste primeiro debate.

Marcelo Pomar, militante do MPL – tido como umdos principais protagonistas e catalisadores das jorna-das de junho – disse que o movimento “apoia inte-gralmente a proposta e vai dispor de todas as suasforças para ajudar a aprovar a PEC 90” em razão dasua importância para o conjunto da sociedade. “In-cluir o transporte como direito social vai gerar um efei-to cascata, em todos os municípios, de inclusão dessedireito também nas leis orgânicas municipais e vai nosdar um gás no sentido de pressionar positivamente ospoderes públicos municipais”, afirmou Pomar.

Ele também elogiou a iniciativa de instalação dacomissão especial, dois anos após a PEC ser apresen-tada pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

Para o relator da comissão, deputado NilmárioNilmárioNilmárioNilmárioNilmárioMiranda (PT-MG)Miranda (PT-MG)Miranda (PT-MG)Miranda (PT-MG)Miranda (PT-MG), o modelo exclusivo de concessõespara a iniciativa privada está “esgotado”, e é precisodiscutir alternativas a ele. “As jornadas de junho tira-ram da gaveta um tema que agora está no centro do

debate na sociedade brasileira: a mobilidade urbana.Transporte como direito social significa rever o nossomodelo. Existe a proposta da tarifa zero ou, se nãozero, condizente com a realidade econômica de mi-lhões de brasileiros que não usam transporte porquenão têm dinheiro”, argumenta Nilmário.

A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP)Janete Rocha Pietá (PT-SP) conside-ra necessário abordar o problema da mobilidade ur-bana de forma ampla e integrada e não apenas pon-tual. “Podemos resolver a questão do modal ferroviá-rio, do transporte coletivo via ônibus, da rua como umdireito de cada pessoa, mas precisamos pensar quealgumas outras medidas nós vamos ter que tomar paraque esse direito possa ser plenamente vivenciado pelapopulação das grandes e pequenas cidades”, ressal-tou Janete.

A comissão deve realizar outra audiência públicana próxima semana.

PETROBRAS

Diretora da ANP descarta possibilidade de espionagemEm audiência na CPI da Espionagem do Senado,

a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP),Magda Chambriard, disse aos senadores que para rou-bar as informações do setor seria preciso “um espiãoparanormal”, pois o banco de dados de exploração eprodução de óleo e gás natural brasileiro não está li-gado à internet. “Podem ficar tranquilos, pois não é

possível espionar o banco por meio da rede mundialde computadores”, afirmou.

Segundo Magda Chambriard, trata-se de um dosmaiores bancos de dados relativos ao setor pretrolíferodo mundo e funciona na Urca, bairro da Zona Sul doRio de Janeiro, afastado da sede principal da ANP, quefica no centro da cidade. Além disso, segundo ela, o

banco conta com uma sala cofre a prova de balas,incêndio e protegido de outras ameaças.

“O acervo é imenso. São dados geológicos, sísmi-cos, físicos, perfis de poços, testes de poços e amostras.O que tem hoje equivale a 60 milhões de gaveteiroscheios de informações. Ou algo igual a 20 bilhões defotografias digitais de alta resolução”, exemplificou.

Marroni homenageia estatalO deputado Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS) elogiou

em pronunciamento no plenário os 60 anos da Petro-bras. “Ocupo este espaço para prestar uma homena-gem antecipada a uma estatal que é motivo de orgu-lho para todos os brasileiros. Trata-se da Petrobras,que no próximo dia 3 de outubro completa 60 anos. APetrobras ganhou uma nova importância e deu umsalto de desenvolvimento a partir do governo do presi-dente Lula”, afirmou.

“O ponto alto desta história de 60 anos foi,sem dúvida, a descoberta do pré-sal, em 2003,durante o primeiro ano de mandato do presidenteLula. O pré-sal foi a maior descoberta de petróleo,

no mundo, nos últimos 30 anos”, elogiou o parla-mentar petista.

PlataformaPlataformaPlataformaPlataformaPlataforma – O deputado Fernando Marroni ci-tou ainda a inauguração, nesta semana, no Rio Gran-de do Sul, pela presidenta Dilma, da Plataforma P-55 e a assinatura do contrato para construção deoutras duas plataformas: a P-75 e a P-77.

A P-55 é uma obra do Plano de Aceleração doCrescimento (PAC) do governo federal. É a maior pla-taforma do tipo semissubmersível totalmente constru-ída no Brasil. A P-55 vai ter capacidade de produzir180 mil barris de óleo e 4 milhões de metros cúbicosde gás natural por dia.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa daPetrobras - O Pré-sal é Nosso, deputado Luiz AlbertoLuiz AlbertoLuiz AlbertoLuiz AlbertoLuiz Alberto(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA), divulgou nota ontem, na qual repudia a es-pionagem feita na Petrobras pelos Estados Unidos. Ocolegiado solicita ainda que seja cancelado o leilão deLibra, na bacia de Santos (primeira rodada do pré-sal), previsto para ocorrer em outubro.

Há sugestão ainda de que a estatal aplique o dis-positivo vigente na Lei da Partilha (Lei 12.351/2010),que estabelece a possibilidade de contratação direta porparte da Petrobras. Assim, segundo Luiz Alberto, estariareforçando as medidas para proteger o petróleo nacio-nal. (Leia íntegra da nota no site www.ptnacamara.org.br)

Frente Parlamentar sugerecancelar leilão de Libra

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Por iniciativa do deputado Vicentinho (PT-SP), aComissão de Trabalho realiza audiência pública às14h30 de hoje, no plenário 12, para debater programasde microcrédito. Entre os convidados, estão Almir daCosta Pereira, presidente da Associação Brasileira deEntidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças;Lucilene Estevanm, coordenadora-geral do ProgramaNacional de Microcrédito Produtivo Orientado doMinistério do Trabalho; e Guilherme Narciso de Lacerda- Diretor de Infraestrutura Social, Meio Ambiente eAgropecuária e de Inclusão Social do BNDES.

Segurança Pública – A Comissão de SegurançaPública e Combate ao Crime Organizado promoveaudiência pública às 14h de hoje, no plenário 6, paradebater as políticas de segurança pública na perspectivada prevenção e reinserção social. O convidado é JoséJúnior, fundador e coordenador da organização não

governamental Grupo Cultural AfroReggae.

O deputado Odair Cunha (PT-MG) – Odair Cunha (PT-MG) – Odair Cunha (PT-MG) – Odair Cunha (PT-MG) – Odair Cunha (PT-MG) – relator do pro-jeto de lei (PL 6053/13) que reestrutura as carreiraspúblicas e funções comissionadas do Departamento Na-cional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – apre-sentou ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)da Câmara parecer favorável à matéria. O mérito do pro-jeto, no entanto, será discutido no âmbito das comissõesde Trabalho e de Finanças e Tributação.

Na semana passada, Odair Cunha, que também évice-líder do Governo no Congresso, reuniu-se com o dire-

A Comissão de Finanças eTributação da Câmara se reu-niu ontem a pedido do deputa-do Amauri TAmauri TAmauri TAmauri TAmauri Teixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)eixeira (PT-BA)para debater a demora da con-cessão de créditos aos agricul-tores familiares atingidos pelaseca. Segundo o parlamentar,a reclamação dos agricultores sedá por causa da demora na con-cessão dos créditos. Teixeira de-fendeu a necessidade de menos entravesburocráticos.

Ainda segundo o parlamentar, a execução de pe-quenas dívidas de agricultores onera, na maioria doscasos, mais que a própria dívida, além de desconsi-derar a questão humana. “A cobrança de pequenasdívidas muitas vezes sai mais caro do que não co-

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior, Fernando Pimentel, participa às 10hde hoje, no plenário 5, de audiência pública conjuntade várias comissões para debater temas diversos rela-cionados a sua pasta. Entre os assuntos, o ministrodeve discorrer sobre a redução da participação da in-dústria no Produto Interno Bruto (PIB) e sobre o me-morando de entendimento entre Brasil e Cuba paraapoio financeiro e operacional na modernização deaeroportos cubanos. Entre as comissões que promo-vem o debate estão a de Desenvolvimento Econômico,Indústria e Comércio e a de Relações Exteriores e Defe-sa Nacional. Essa última comissão é presidida pelodeputado Nelson PNelson PNelson PNelson PNelson Pellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA).

O presidente do Banco Central do Brasil, Alexan-dre Antônio Tombini, é o convidado de audiência pú-blica conjuntas de várias comissões para apresentaravaliação do cumprimento dos objetivos e metas daspolíticas monetária, creditícia e cambial, evidencian-do o impacto e o custo fiscal de suas operações e osresultados demonstrados nos balanços referentes aoprimeiro semestre do exercício de 2013. A audiênciaserá às 14h30 de hoje, no plenário 2. O debate serápromovido pelas comissões de Finanças e Tributação;de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização; de Fis-calização Financeira e Controle; de Meio Ambiente; deDefesa do Consumidor; de Assuntos Econômicos; e deDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

A comissão especial que analisa o novo Códigoda Mineração – PL 37/11, do deputado WelitonPrado (PT-MG), e PL 5807/13, do Executivo –promove audiência pública às 14h30 de hoje, noplenário 11, para debater o tema com JoséFernando Coura, diretor-presidente do InstitutoBrasileiro de Mineração (Ibram), além derepresentantes dos ministérios de Minas e Energiae dos Transportes, e da Secretaria Especial dePortos da Presidência da República.

Minas e Energia – A Comissão de Minas eEnergia realiza às 11h de hoje, no plenário 14,audiência pública para debater licitação realizadapela Petrobras para contratar a construção,operação e fretamento de 28 sondas deperfuração destinadas ao pré-sal.

COMISSÕES

Odair Cunha apresenta parecer favorável àreestruturação de carreiras do DNIT

tor geral do DNIT, general Ernesto Fraxe, e com os relatoresdo PL 6053/13 nas comissões de mérito para articularuma rápida tramitação do projeto na Casa. “Fizemos umaacordo para apresentar o mais brevemente possível o nos-so parecer às comissões. Hoje, pude cumprir o acordado,apresentando o meu texto à CCJ.”, pontuou Cunha.

Também estava presente na reunião de articulaçãoda semana passada o presidente da CCJ, deputado Dé-Dé-Dé-Dé-Dé-cio Lima (PT-SC)cio Lima (PT-SC)cio Lima (PT-SC)cio Lima (PT-SC)cio Lima (PT-SC), que se comprometeu a votar o pare-cer de Cunha com agilidade.

Comissão debate burocracia em créditoa agricultores atingidos pela seca

brar. Eles executam tomando osbens dos pequenos agricultorese impedem que eles voltem aadquirir recursos e consequen-temente voltem a produzir”, en-fatizou Teixeira.

O superintendente de Mi-crofinanças e Agricultura Fami-liar do Banco do Nordeste, LuizSérgio Farias Machado, reco-nheceu na audiência que real-

mente existem problemas, no entanto, disse que ogoverno e o Congresso Nacional têm criado condi-ções para que as instituições financeiras atendammelhor esses agricultores. “O governo, o Ministérioda Fazenda e o Congresso Nacional têm cumpridoseu papel, só do Banco do Nordeste serão criadasmais 120 agências”, informou.

AGENDA DE COMISSÕES

Fernando Pimentelaborda participaçãode indústrias no PIB

Tombini apresentaavaliação de metas da

política monetária

Comissão do Códigoda Mineração realiza

novo debate

Trabalho discuteprogramas de microcrédito

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O deputado João PJoão PJoão PJoão PJoão Paulo Lima (PT-PE)aulo Lima (PT-PE)aulo Lima (PT-PE)aulo Lima (PT-PE)aulo Lima (PT-PE)ocupou a tribuna ontem para uma avaliaçãodo que chamou de “fato único na história doBrasil”, a ascensão social dos negros e par-dos, que hoje já dominam 50% das micro epequenas empresas do Brasil.

“Historicamente, condenado aos porõesdos navios negreiros e depois aos porões domercado de trabalho, esse povo agora come-ça a conhecer uma condição melhor, uma con-dição de mais igualdade. Graças aos cami-nhos abertos pelos governos populares de Lula e Dil-ma, a situação do povo mais pobre, do povo negro epardo, vem se transformando. Essa é uma boa notíciapara a promoção da igualdade racial entre os brasilei-ros”, ressaltou o parlamentar petista.

De acordo com João Paulo Lima, citando pesquisado Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas (Sebrae), negros e pardos, que representam

O deputado Antonio Carlos Bi-Antonio Carlos Bi-Antonio Carlos Bi-Antonio Carlos Bi-Antonio Carlos Bi-ffi (PT-MS)ffi (PT-MS)ffi (PT-MS)ffi (PT-MS)ffi (PT-MS) destacou ontem os avan-ços do País a partir do Programa BolsaFamília. “O Bolsa Família é o maiorprograma de transferência de rendado mundo. Por meio dele, foi possí-vel dar uma vida digna a uma par-cela mais carente da sociedade”, dis-se o parlamentar.

Ainda segundo o deputado, o go-verno do PT, ao longo de dez anos,conseguiu unir esforços para reduzir a pobreza e a desi-gualdade como nenhum outro país. “O Bolsa Família járetirou 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza ebeneficia 13,8 milhões de famílias”, destacou Biffi.

Ele acrescentou que o programa contribui para a edu-cação, incentivando a frequência escolar, já que as crian-

O deputado Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS) elogiou a inau-guração da Plataforma P-55 e a assinatura do contra-to para construção da P-75 e da P-77, ocorridos nasegunda-feira (16), em Porto Alegre (RS). Na ocasião,a presidenta Dilma Rousseff destacou a importânciada retomada da indústria naval no País, que passoude 2 mil empregados, em 2003, para mais de 70 mil,dez anos depois.

O deputado lembrou que a P-55 será ligada a 17postos de petróleo e já é a terceira plataforma a ser con-cluída pelo polo naval do Rio Grande do Sul. Outrasduas, a P-53 e a P-63, também feitas lá, já ficaramprontas e já deixaram as águas gaúchas.

“Esse setor estava desestimulado, e quando se com-pravam navios ou plataformas desse tipo elas vinhamda Ásia, de Singapura e de outros lugares. A iniciativado presidente Lula de investir nesse setor, de manter aPetrobras pública, fazer pesquisas e prospecção do pré-sal no fundo do mar foi graças a essa estatal, que fezessa pesquisa. A decisão política de termos o polo navalno Brasil e fazer essas embarcações no Brasil gerou essepotencial de desenvolvimento e de geração de empre-go”, completou.

NA TRIBUNA

População negra tem ascensão social “histórica”

51% da população, detêm hoje, precisamente, 49%das micro e pequenas empresas nacionais. “Em ou-tras palavras, pelo menos na base da nossa economia,já estamos vivendo num mundo onde começa a existirjustiça social”, disse.

“E ascensão é bem a palavra neste momentohistórico. A ascensão social dos brasileiros negros epardos é hoje uma realidade. Não é bom poder falar

isso de boca cheia? Pois isso parecia um so-nho de uma noite de verão nas favelas até10 anos atrás, e hoje em dia é a pura ver-dade, é a realidade medida em números,territórios, formas, cores, cifras”, ressaltouo parlamentar petista.

João Paulo Lima defendeu ainda umamudança de mentalidade da sociedade. “Odesafio maior que temos no horizonte do Brasilé mudar a mentalidade atrasada, preconceitu-osa e racista que ainda predomina nas elites

brasileiras. Essa herança nefasta do Brasil colonial, queainda contamina nossa sociedade, exige a adoção depolíticas compensatórias de leis que garantam a inclu-são social, além de grandes campanhas nacionais, paramudar os conceitos que embasam essa realidade cruel.Depois da ascensão socioeconômica, vamos cuidar daascensão sociocultural em nossa sociedade. Aí, o Brasilvai mudar de vez!”, enfatizou o petista.

Biffi destaca repercussão doBolsa Família na redução da pobreza

Bohn Gass elogiarecuperação daindústria naval

O deputado Waldenor PWaldenor PWaldenor PWaldenor PWaldenor Pereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA) de-fendeu em pronunciamento no plenário a vota-ção do projeto de lei (PL 7495/06) que estabele-ce o piso nacional dos agentes comunitários desaúde. “Reafirmo o nosso apoio e solicito à pre-

Waldenor pede votação de pisosalarial de agentes de saúde

sidência desta Casa que, logo que seja destrava-da a pauta, inclua esse projeto de lei de funda-mental importância para a saúde do Brasil”, dis-se o petista. A proposta está pronta para aprecia-ção no plenário da Câmara.

ças incluídas têm que ter pelo menos85% de presença na sala de aula.

“Como a nossa presidenta temdito, estamos mantendo as criançasna escola e, com isso, oportunizandouma profissão, além de gerar empre-go e uma renda para quem nunca teveessa chance”, disse Biffi.

Além de garantir educação e saú-de a uma parcela mais carente da so-ciedade, o Bolsa Família também con-

tribui para a economia do País. Um estudo feito pelaSecretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência daRepública mostrou que para cada Real investido no Bol-sa Família o PIB cresce R$1,78 e o consumo, R$2,04. Oestudo comprovou ainda que o programa tem efeitosmultiplicadores maiores que outros programas sociais.

O plenário da Câmara transforma-se em Comissão Geral às 10h de amanhã para a realização de debate sobre o novo Código deProcesso Civil (CPC - PL 8046/10). O projeto é relatado pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP). A Câmara já realizou as cinco sessõesprevistas no Regimento da Casa para discussão de projeto de código. A votação está marcada para o próximo dia 24.

Código de Processo Civil será discutido em Comissão Geral

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Cultura precisa de mais financiamento emaior agilidade do Estado, dizem militantes

Em audiência pública na Comissão de Cul-tura da Câmara, convidados e parlamentarespresentes defenderam ontem mais financia-mento para a cultura e maior agilidade do

Estado para as políticas públicas do setor.Representando o movimento Fora do Eixo, que arti-

cula artistas e produtores culturais em centenas de cida-des do País, o ativista Pablo Capilé criticou o modelo definanciamento e o marco regulatório da cultura, bemcomo a falta de articulação entre os diversos entes doEstado. “Não existe um sistema que faça os governosfederal, estaduais e municipais atuarem integrados nacultura”, disse Capilé.

“As três últimas edições do Rock In Rio –que cobra ingresso de duzentos reais – capta-ram pela Lei Rouanet uma verba total quebancaria 100 anos do que faz o Fora do Eixoem 300 cidades brasileiras”, acrescentou Ca-

pilé, citando os R$ 8,8 milhões que o evento musical cap-tou através da Lei Rouanet para a atual edição.

A pesquisadora Ivana Bentes, da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ), endossou a crítica ao modelode financiamento do setor cultural e rebateu as críticas às

alternativas que vêm surgindo nos últimos anos.“O Fora do Eixo é uma afronta à economia fordis-ta. Quando se ataca a moeda complementar do

Fora do Eixo, está se atacando o modelo da economiasolidária, que já tem mais de cem moedas complementa-res no Brasil”, argumentou Ivana.

O deputado Nilmário Miranda (PT-MG)Nilmário Miranda (PT-MG)Nilmário Miranda (PT-MG)Nilmário Miranda (PT-MG)Nilmário Miranda (PT-MG), vice-presi-dente da comissão e autor do requerimento para a audi-ência pública, apoiou as demandas dos expositores econtestou os ataques sofridos pelo movimento. “A cultu-

Nesta quarta-feira, 18, no Dia deLuta contra a Precarização doTrabalho, a Bancada do PT naCâmara prestará, no plenário,homenagem ao ex-deputado petistaLuiz Gushiken, falecido dia 13passado. A homenagem será às 10h,antes do início da Comissão Geralconvocada para debater o ProjetoLei 4330/04, que amplia aterceirização e precariza as relaçõesde trabalho.O poeta Pedro Tierra, pseudônimodo secretário de Cultura do DistritoFederal, Hamilton Pereira, fará aleitura do poema “Samurai”, escritopor ele em homenagem ao ex-deputado e militante petista.Gushiken foi um dos fundadores doPartido dos Trabalhadores, daCentral Única dos Trabalhadores,deputado constituinte e ministro doGoverno Lula.

Bancada do PThomenageia LuizGushiken

ra é um direito de todos e o seu outro nome é diversi-dade. O Fora do Eixo construiu essa concepção de for-ma real, no cotidiano, e foi criminalizado quando sur-giu a Mídia Ninja [Narrativas Independentes, Jornalis-mo e Ação], pois entrou num terreno que ninguém per-mite que se dispute, que é o da grande mídia. Foramignorados por dez anos, mas imediatamente foram cri-minalizados quando passaram a disputar terreno coma grande mídia”, disse Nilmário.

A deputada Marina Sant’Anna (PT-GO)Marina Sant’Anna (PT-GO)Marina Sant’Anna (PT-GO)Marina Sant’Anna (PT-GO)Marina Sant’Anna (PT-GO) enalteceu opapel da Mídia Ninja durante as manifestações de ju-nho. “Estamos vivendo um momento muito importante,diferenciado, e é preciso que haja uma cobertura dasrelações entre sociedade e Estado da forma como faz aMídia Ninja”, ressaltou a parlamentar.

Já a deputada Fátima Bezerra (PT-RN)Fátima Bezerra (PT-RN)Fátima Bezerra (PT-RN)Fátima Bezerra (PT-RN)Fátima Bezerra (PT-RN) elogiou aarticulação da juventude promovida pelo Fora do Eixo.“Essa interação entre cultura, comunicação, política ecidadania é algo fabuloso. E isso ocorre porque a lin-guagem usada pelo Fora do Eixo e pela Mídia Ninja tocao coração e a mente dos jovens, que se identificam comesse movimento e se reconhecem parte dele. Por isso queeles têm incomodado tanto alguns setores da mídia tra-dicional”, afirmou a deputada potiguar.

Outro parlamentar que elogiou o Fora do Eixo foi odeputado Waldenor PWaldenor PWaldenor PWaldenor PWaldenor Pereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA)ereira (PT-BA). “Trata-se de ummovimento exitoso, de uma experiência admirável”, opi-nou Waldenor.

A presidenta da Comissão de Cultura, deputada Jan-dira Feghali (PCdoB-RJ), informou ao fim da audiênciapública que o colegiado vai criar um grupo de trabalhopara discutir com a sociedade civil um novo marco regu-latório para o setor.