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Escola Secundária com 3º ciclo de Azambuja
TANTA ÁGUA …
E TÃO POUCA!
Beatriz Ventura, Joana Abreu, Joana Ferreira, Gonçalo Lopes, Maria Ana Batalha 10º Ano
Tanta água … e tão pouca!
ÍNDICE
Sumário 3Introdução 4Estudo 5
Visto de fora o NOSSO PLANETA poder-se-ia chamar ÁGUA 5O ciclo da água 6No corpo humano 7Reservas mundiais de água doce 8Poluição da Água 9A nossa vida 10A vida de tantos outros… 12
Discussão 15
Água: Recurso renovável? 15O que fazer 16Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 17Fomos pesquisar… para tentar ajudar 18Quanto a nós… 20
Conclusão 22
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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Tanta água … e tão pouca!
SUMÁRIO
Era uma vez um grupo de jovens que se aventurou a envolver-se num projecto ambicioso,
que os obrigou a tomar consciência de realidades completamente opostas à deles. Confrontaram-se
assim com uma verdade escondida e dissimulada, muito mais grave e preocupante do que parece.
Os assuntos que pesquisaram e os temas que aprofundaram fê-los crescer, perceber que o
facto de terem um lugar no Mundo os torna responsáveis por ele.
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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Tanta água … e tão pouca!
INTRODUÇÃO
O líquido vital A junção magnífica entre dois dos mais simples elementos constituintes da Tabela Periódica,
resultou na mais perfeita e essencial substância alguma vez criada na Natureza – a água.
Parece incrível que dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio juntos sejam indispensáveis
a qualquer espécie de ser vivo na Terra – mas a verdade é que o são. Este composto faz parte
integrante de 75 por cento do tão complexo corpo humano e tem propriedades únicas que lhe
conferem todo o valor que hoje tem.
Embora esta seja a molécula mais abundante à face da Terra, apenas 3% dessa água está
disponível para corresponder à insaciante procura da, cada vez maior, população mundial.
Quando nós fazemos o simples – quase inconsciente – gesto de abrir uma torneira para
encher um copo com água, deveríamos pensar, que algures no Mundo existe uma pessoa – ou
milhões delas – que não têm esta facilidade. Não têm acesso à água – morrem de sede ou, se têm
acesso a ela, está poluída e quem a bebe acaba por ficar gravemente doente.
Perante isto coloca-se a questão: Quem tem a obrigação de poupar a água? Quem tem a
obrigação de lutar contra esta desigualdade?
Como é óbvio não é a população do 3º Mundo que tem esse dever.
Somos nós!
Nós que utilizamos a água como se fosse propriedade privada, nós que a utilizamos de um
modo irracional, não apenas como meio de sustentabilidade da vida, mas também como instrumento
de lazer, diversão e prazer.
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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Tanta água … e tão pouca!
ESTUDO
1. Visto de fora o NOSSO PLANETA poder-se-ia chamar ÁGUA!
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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Estimam-se em cerca de 1,35 milhões de
quilómetros cúbicos o volume total de água na
Terra.
Cerca de 2/3 (aproximadamente 70%)
da superfície do planeta são dominados pelos
vastos oceanos de água salgada.
Os pólos e ao terrenos próximos estão
cobertos pelas águas sólidas dos gigantescos
glaciares.
A pequena quantidade de água restante
é doce e divide-se entre a atmosfera, o subsolo, os rios e os lagos.
Oceanos (97,5%) Glaciares (1,979%)
aproximadamente 109 mil km3 de água
Tanta água … e tão pouca!
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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0,514% (águas subterrâneas) 0,006% (atmosfera)
A água é uma substância essencial à vida. É encontrada na Terra sob as formas sólida,
líquida e gasosa.
A água doce nos continentes é um recurso estratégico para a humanidade, pois mantém a
vida no planeta Terra, sustenta a biodiversidade e a produção de alimentos e suporta todos os ciclos
naturais. A água tem, portanto, importância ecológica, económica e social.
As grandes civilizações do passado e do presente, assim como as do futuro, dependem e
dependerão da água para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento e para o seu progresso.
Presta-se a múltiplas utilizações da maior importância: o abastecimento das populações e
das indústrias; a irrigação das culturas, multiplicando a sua produtividade; como meio de transporte e
de produção de energia; na alimentação, na pesca; no desporto, no turismo, e no lazer.
2. O ciclo da água
A quantidade total de água
no planeta – em forma
liquida, sólida ou de vapor –
é invariável. Porém, a água
presente nos diversos
ambientes – oceanos, rios,
lagos, nuvens, chuva, picos
gelados ou pólos – está em
constante movimento. Este
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processo de recirculação é conhecido como ciclo da água ou hidrológico.
Em consequência do aquecimento pelo sol a água evapora-se, ascendendo na atmosfera
onde acaba por condensar. Essa água, mais tarde, precipita sobre a forma de chuva, granizo ou
neve. Caso se infiltre no subsolo irá constituir as águas subterrâneas. Caso não o faça, passa-se a
designar por águas de escorrência, que irão alimentar cursos de água á superfície. E todo o processo
irá repetir-se novamente.
Água salgada: nome dado a toda água não potável que contém grandes quantidades de sais
na sua composição.
Água salobra: típica dos estuários e resulta da mistura da água do rio com a água do mar.
Tem mais sais dissolvidos que a água doce. É proveniente de poços com uma salinidade bem menor
do que a água do mar, mas ainda acima do limite de potabilidade e de uso doméstico. Também se
encontra água salobra de origem fóssil em certos aquíferos associados a rochas salinas.
Água potável: a que pode ser consumida por pessoas e animais sem riscos de adquirirem
doenças por contaminação da mesma. Pode ser oferecida à população urbana ou rural com ou sem
tratamento prévio dependendo da sua origem.
Água poluída: aquela cuja composição tenha sido directa ou indirectamente alterada, de
forma a prestar-se menos facilmente aos usos que poderia ter no seu estado natural. A alteração da
sua qualidade afecta o bem-estar do consumidor e afecta os ecossistemas.
Dependendo da finalidade a que se destina, a água pode ser considerada poluída ou não.
Embora seja considerada imprópria para consumo, se se encontrar em equilíbrio entre o meio
aquático e a fauna e a flora da região, não significa que esteja poluída.
Exemplo disso é a água dos oceanos (água salgada) que, não se encontra nos padrões de
água aconselháveis para o consumo humano devido à sua composição mineral e iónica, porém está
longe de ser definida como poluída, em certas regiões.
3. No corpo humano
A percentagem de água no corpo humano é cerca de 70%, tal como no planeta Terra!
O corpo humano precisa de água e água de boa qualidade para ter uma vida saudável.
O ser humano resiste muito mais à fome do que à sede: podemos passar 28 dias sem comer
mas sem água apenas aguentamos 3 dias!
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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A água chega até o interior das células, transportando nutrientes, lavando e eliminando as
toxinas produzidas no nosso corpo. É necessário um mínimo de 2 litros desta para efectuar essa
tarefa de forma satisfatória. O sangue faz circular diariamente 1,5 litros de água pelos nossos rins.
Temos de ingerir apenas água limpa, de forma que esta seja facilmente assimilada pelo nosso
organismo.
A água é o meio onde ocorrem diversas
reacções químicas e enzimáticas no corpo.
Transporta nutrientes, hormonas e anticorpos
pelos sistemas linfático e circulatório.
A própria temperatura de nosso corpo é
regulada, em boa parte, pela transpiração.
Também o acto de respirar requer uma
quantidade adequada de água para manter as
membranas dos pulmões elásticas e húmidas.
A ingestão de água pura, em quantidade,
ajuda, entre outros benefícios, a manter a
suavidade e a flexibilidade da pele.
O nosso cérebro é composto por cerca
de 75% de água. Dores de cabeça e enxaquecas têm sido relacionadas frequentemente com estados
de desidratação do cérebro.
Para que haja uma boa digestão de alimentos é necessário um certo grau de hidratação.
4. Reservas mundiais de água doce
As regiões de
coloração escura são as mais
ricas, mais abundantes em
água doce: Brasil, Rússia,
Canadá e Nigéria.
A distribuição da água
no Mundo é muito desigual e,
uma grande parte da população
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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do planeta está situada em regiões com carência de água.
As regiões de coloração mais clara são as que sofrem com a escassez de água potável,
condição pela qual fornecem menos de 1.000 m3 de água/ano/habitante, valor mínimo de referência
para atender as necessidades humanas básicas. De entre essas regiões pode-se destacar a maior
potência económica e militar do mundo: os EUA cujos estados mais afectados são a Califórnia e o
Arizona.
A região do Norte do México é pobre em água, encontrando-se actualmente numa situação
crítica. Em certas zonas é comum ver crianças a consumirem refrigerantesi em vez de água, pois há
escassez de água para beber.
Pode-se destacar no mapa outras regiões que sofrem gravemente com escassez de água,
como o Norte da África, principalmente a Líbia e o Egipto; além do médio Oriente, a região do planeta
que mais sofre, destacando-se a Arábia Saudita, Líbano, Jordânia, Síria, Israel e a Faixa de Gaza.
Como pode ser analisado no mapa, a crise da escassez da água não é local e nem regional,
mas sim global.
5. Poluição da Água
O Homem é gravemente afectado pela poluição
das águas…
A quantidade de água na Terra é praticamente
invariável há centenas de milhões de anos. O que muda é
a sua qualidade para consumo.
A água é indispensável à vida e à maior parte das
actividades humanas, mas o Homem tem degradado a sua qualidade, ao lançar-lhe substâncias
poluentes.
A Poluição das Águas é a responsável pela morte de muitos animais através das marés
negras provocadas pelo derrame de petróleo; dos resíduos de águas de lavagens de barcos que
contêm detergentes e restos de óleos dos esgotos; das descargas poluentes de fábricas para rios e
ribeiros; dos adubos químicos e dos pesticidas que, ao infiltrarem-se na terra, poluem as águas
subterrâneas que irão desaguar em rios e lagos.
Mas a poluição das águas também é a responsável pela morte de muitos indivíduos da raça
que ao longo dos tempos a ameaça – NÓS!
A poluição das águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista
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está organizada. Nos países pobres, a poluição deve-se essencialmente à pobreza e à ausência de
educação dos seus habitantes.
A Poluição das águas pelos esgotos provoca doenças
como a febre tifóide, a cólera, a desinteria, a meningite e as
hepatites A e B. Se estiver poluída por insectos causa
paludismo, dengue (catástrofe que se está a verificar, neste
momento no Brasil), malária, doença do sono e febre-amarela.
A Água poluída por parasitas origina verminoses.
Lepra, tuberculose, tétano e difteria são doenças
causadas pelo insuficiente
consumo de água.
As águas poluídas
por lixos industriais podem levar à contaminação por metais
pesados, o que gera tumores hepáticos e de tiróide, alterações
neurológicas, dermatoses, rinites alérgicas, disfunções
gastrointestinais, pulmonares e hepáticas.
6. A nossa vida
Somos estudantes do 10º ano de escolaridade, na escola secundária de Azambuja. O facto
de o sermos torna a nossa vida relativamente simples: vivemos perto da escola, estudamos e
divertimo-nos com os amigos. Recebemos uma mesada que permite satisfazer as nossas
necessidades e nos dá, ainda uma margem para contentar os caprichos tipicamente adolescentes.
Gostamos de fazer desporto… as aulas de natação na piscina municipal são as nossas
eleitas! Aquele “tanque” cheio de água doce, quentinha no Inverno, proporciona-nos momentos de
diversão enormes, para além dos benefícios que o desporto traz. É a Câmara Municipal que se
encarrega da manutenção da piscina. Perante isto podemos deduzir que a mesma água onde os
habitantes de Azambuja se divertem é da mesma qualidade da que corre nas nossas torneiras todos
os dias. No Verão gostamos de ir à praia onde podemos desfrutar de paisagens serenas e onde nos
podemos divertir naquela imensidão de água! E quando o calor aperta, o encontro fica marcado no
parque aquático. Basicamente, as nossas preocupações podem resumir-se à escola, porque hoje em
dia é essencial ter estudos para imperar no mercado de trabalho e por isso os nossos pais exigem
que sejamos cumpridores.
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Quando temos fome… comemos!
E se já não temos fome, deixamos no prato o que resta,
porque nem gostámos assim tanto daquela comida, ou porque
tivemos “mais olhos que barriga”.
Quando temos sede… bebemos!
Há água com fartura em todo o lado! Pedimos um copo
de água no café, bebemos da torneira, compramos uma garrafa
ou bebemos do chafariz que há no pátio da escola e no jardim
público. São gestos nada complicados para nós, são vulgares e simples.
Temos uma vida rotineira, livre de complicações e problemas de maior. Mas, mesmo
assim somos demasiado exigentes com quem nos rodeia. Se temos o suficiente, queremos o muito.
Olhamos para o nosso umbigo e pouco mais e temos uma necessidade de manter todos os
problemas extrínsecos a nós fora das nossas preocupações.
Nada nos falta!
Sentimo-nos confortáveis e protegidos!
Portanto, podemos considerar a nossa existência agradável e simples.
SOMOS FELIZES!
Mas estudar, principalmente no ensino secundário, exige de nós um pouco mais do que
saber apenas as matérias de Matemática, de Física ou de Química. Aprendemos também a conhecer
o mundo em que vivemos e não nos confinarmos à nossa vila de Azambuja. Conhecer outras
realidades dá-nos oportunidades únicas de aprender a dar valor àquilo que temos, a estabelecer
prioridades e a reconhecer que quanto mais se aprende mais há para aprender. Permite ainda que
consigamos ajudar os outros e que aprendamos com as suas vivências diferentes. Aprendemos que
todos têm valor e que o seu lugar no mundo é insubstituível. Todos fazem, ou podem fazer diferença!
Mas para isso é preciso aprender, conhecer…
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7. A vida de tantos outros…
Somos quase 6 mil milhões de habitantes neste planeta. 1,2 mil milhões de nós sobrevive
em condições de extrema pobreza, isto é, vive com menos de um 0,63 € por dia. Destes, 70% são
mulheres.
6,3 milhões de
crianças morrem de fome por
ano e há 842 milhões de
pessoas sub nutridas no
mundo.
Cerca de 115 milhões
de crianças no mundo não vão
à escola. Destas, três quintos
são meninas.
Para além dos 6,3 milhões de crianças que morrem de fome anualmente mais 13 milhões
morrem antes de atingirem os cinco anos por causas evitáveis, tais como diarreia.
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1000 milhões de pessoas no
mundo não têm acesso a água potável.
15% da população mundial vive
nos países ricos, embora sejam
responsáveis por 50% das emissões de
carbono no mundo e 20% da população
mundial consome 80% dos recursos do
nosso planeta.
Nos próximos 25 anos a
população mundial vai aumentar de 6
para 8 mil milhões de habitantes, mas a
maioria vai nascer nos países mais
pobres.
Tanta água … e tão pouca!
75% da população
mundial pobre vive em meios
rurais e depende, directa ou
indirectamente, da agricultura
para a sua subsistência.
Morrem por hora cerca
de 2200 crianças todos os dias!
Este ano, no dia mundial da água, dia 22 de Março, o
secretário geral da ONU lembrou que “A cada 20 segundos
morre uma criança vítima das «péssimas condições» de
saneamento que afectam cerca de 2,6 mil milhões de pessoas” e
destacou a importância de adoptar medidas em relação a uma
crise «que afecta mais de uma em cada três pessoas no
mundo».
“Em cada ano 1,5 milhões de
vidas de crianças perdem-se devido a
algo que «perfeitamente se poderia
prevenir».
Os deficientes serviços de saneamento, conjugados com a falta de água potável e uma
higiene inadequada são factores que contribuem para o terrível número de mortes a nível mundial.
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.”
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Para os que sobrevivem, as oportunidades de terem uma existência saudável e produtiva
são diminutas.
As crianças, especialmente as raparigas,
não podem frequentar a escola, enquanto doenças
relacionadas com a falta de higiene impedem os
adultos de realizar um trabalho produtivo.
Que horror!
Como é que isto é possível?
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DISCUSSÃO
Depois de muito lermos, responder a esta questão foi bastante fácil, embora não abone nada
a favor das qualidades do Homem como cidadão e tenha feito com que tivéssemos ficado todos com
uma grande sensação de irresponsabilidade:
Normalmente não se fala destas coisas nos meios de comunicação social onde a educação
para a cidadania não é uma prioridade.
Estes dados, que tanto nos transtornaram, não são normalmente revelados, as pessoas não
sabem desta situação.
Sabe-se que é preciso poupar água mas, na realidade ninguém percebe muito bem porquê
uma vez que a água parece ser um recurso renovável…
Além disso os efeitos da gestão que se fizer só serão importantes para as futuras gerações,
já cá não estamos…interessa-nos pouco.
Agora que estamos informados, temos vergonha de nunca ter reparado nisto. Na verdade,
as acções impensadas dos nossos antepassados já estão a ter consequências gravíssimas! Está
certo que para nós a vida continua a mesma, mas para tantos outros a vida transformou-se num
sofrimento horrível, normalmente com um desfecho evitável.
Que injustiça enorme!
Sentimos que tem que se acabar com esta guerra silenciosa, cujas principais vítimas são
as crianças pobres!
Hoje em dia podemos dizer que temos um planeta coberto de água. A nós, que possuímos
mais do que as necessidades básicas para a sobrevivência de um ser humano, podemos dizer que
não falta rigorosamente nada! A água, o bem mais essência à vida, consideramos um recurso
renovável, como nos habituaram a pensar desde muito cedo, mas a verdade é que não o é. Isto
porquê?
1. Água: Recurso renovável?
Recurso renovável é qualquer recurso natural cuja exploração ocorre numa taxa menor do
que a de regeneração. É isto que qualquer “menino rico” (podemo-nos considerar como tal,
comparados com aqueles que não sabem o que é uma piscina) pensa quando lhe falam da água. E o
que fica na cabeça das crianças? “Sendo a água um recurso renovável posso usá-la como quero, ela
acabará por se renovar”.
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.”
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A água já foi considerada um recurso renovável,
MAS AGORA…
Recurso não renovável é um recurso natural que não se regenera, não se recria.
No caso da água, sabe-se que a sua renovação está condicionada pelo aumento dos níveis
de poluição e pela exploração impensada e desregrada.
O problema com estas definições é que a variável representada pela exploração humana é tão
imprevisível, que nos leva a não saber como classificar a água (recurso renovável ou não
renovável?).
Em tempos foi renovável, mas agora não! E de quem foi a culpa?
Como é que se chegou até aqui? Quantos daqueles do 3º mundo dariam
TUDO por ter um pouquinho da quantidade daquele recurso NÃO RENOVÁVEL que gastamos a nosso belo prazer, consciente ou
inconscientemente?
Não podemos voltar atrás, mas podemos não piorar ainda mais
aquilo que já estragámos. É importante começar a sensibilizar, desde muito
cedo, todos os seres humanos que têm acesso ilimitado a este bem. A
água é cada vez mais um recurso sem capacidade de se renovar. Temos
que impedir o agravamento desta situação. Temos que dar possibilidade, àqueles em quem não
pensamos, de viver com o mínimo de condições ou apenas possibilidade de viver! Porque é a falta
deste recurso infindável, para nós, que mata um número assustador de SERES HUMANOS que
não tem acesso a este recurso findável.
2. O que fazer
É preciso, é urgente garantir a sustentabilidade ambiental.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL é o desenvolvimento baseado numa gestão
ambiental que satisfaz as necessidades da geração presente sem comprometer o equilíbrio do
ambiente e a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem também as suas necessidades.
Os Recursos Naturais (tais como a água, as fontes energéticas, as florestas, o ar e a
biodiversidade) são factores ambientais chave para a qualidade da vida humana e que compõem o
nosso ambiente. É fundamental que o Ser Humano perceba o quanto depende da protecção destes
recursos, adoptando medidas concretas e responsáveis para tanto na prática da cidadania (o dia-a-
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dia de cada um) como nas politicas e programas nacionais dos governos de todos os países.
A educação ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome
consciência da necessidade de prevenção do meio ambiente.
Lemos também que há membros de ONGs que desesperam pois deslocam-se para junto
dos mais necessitados, com o objectivo de ajudar, trabalhando ao lado das populações e verificam
que a maioria das pessoas se recusa a trabalhar nos projectos. Nós pensamos que é natural este
comportamento por parte das populações pois são pessoas sem a mínima instrução, que não estão
habituadas a pensar no futuro porque o seu dia-a-dia já é demasiado preocupante, sem terem nada
para comer e beber, a verem os filhos a morrer…
Vai demorar muitos anos a modificar esta situação pois é necessário dar acesso à instrução
ás crianças, de modo que o seu futuro seja melhor que o dos seus pais.
O que estão a fazer os países ricos para melhorar a situação?
Fizemos uma pesquisa e soubemos que os EUA têm um projecto para a construção de um
“MegaCanal” para transportar água em grande volume para os 35 Estados norte-americanos. Este
projecto consiste no desvio de vários rios, construindo enormes represas, e utilizando as Montanhas
Rochosas como um imenso reservatório com cerca de 800 Km de extensão. A partir desse imenso
reservatório seria construído um megacanal que transportaria água em grande volume até o Estado
de Washington, do qual seria construída uma rede de canalizações e de aquedutos para distribuir
água.
Estão a pensar neles, tudo bem! Mas então: e os outros? O país mais rico do mundo não
tem obrigação de ajudar os mais desfavorecidos?
Na nossa opinião tem que se criar uma parceria mundial para o desenvolvimento para tentar
reduzir as enormes diferenças entre os países ricos e os países pobres. Parcerias entre países, entre
ONG, entre os governos e as empresas e entre os cidadãos.
3. Objectivos de Desenvolvimento do Milénio
Em Setembro do ano 2000, 189 dirigentes mundiais, reunidos na “Cimeira do Milénio” da
ONU, assinaram, em conjunto, uma declaração, a Declaração do Milénio onde reafirmaram as suas
obrigações comuns para com todas as pessoas do mundo, especialmente as mais vulneráveis e, em
particular, as crianças do mundo a quem pertence o futuro.
Comprometeram-se então a atingir um conjunto de 8 objectivos específicos, os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio, que irão guiar os seus esforços colectivos nos próximos anos no que diz
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respeito ao combate à pobreza e ao desenvolvimento sustentável.
Comprometeram-se, até 2015:
• Reduzir para metade a percentagem de população que sofre de fome
• Reduzir em 2/3 a taxa de mortalidade das crianças menores que 5 anos.
• Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais.
• Inverter a actual tendência para a perda de recursos ambientais.
• Reduzir para metade a percentagem da população sem acesso permanente a água potável.
Muitas ONG (organizações não governamentais) adoptaram estes objectivos como seus
próprios até 2015, conduzindo as suas estratégias em consonância com os objectivos do milénio.
"Temos condições para pôr termo à pobreza extrema na nossa geração, não apenas para
reduzir a pobreza para metade. Se quisermos eliminar a pobreza extrema, podemos fazê-lo até
2025." (Oikos)
4. Fomos pesquisar… para tentar ajudar
Estudámos os diversos processos físicos e químicos de purificação da água, para a tornar
própria para o consumo humano, como a filtração e a cloração, mas… o que fazer quando não há
água nenhuma?
Esta é a grande prioridade, fazer chegar água, quanto antes, ás populações em risco. Não
há tempo a perder, todos os dias se perdem vidas de crianças, enquanto não se encontrar uma
solução.
A nossa proposta é a seguinte:
Uma vez que muitos países com escassez de água doce, se encontram em zonas costeiras,
aproveitar o que a Natureza nos dá: Muito sol e água salgada.
Dessalinizar a água do mar parece-nos ser uma das soluções melhores.
Embora tenhamos estudado que o processo de dessalinização por destilação é mais caro,
informámo-nos que, no Brasil, foi construído um destilador solar natural que pode produzir água para
beber sem uso de electricidade, sem produtos químicos e sem uso de elementos filtrantes. Esse
equipamento pertence a uma empresa chamada Funasa (fundação nacional de saúde) e os
responsáveis asseguram que “É uma tecnologia simples, barata e de fácil operação, capaz de tratar
água para famílias pobres que não têm acesso a água potável”,
Outro processo que estudámos e que garante a qualidade da água chama-se osmose.
A osmose natural ocorre quando duas soluções salinas de concentrações diferentes se
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encontram separadas por uma membrana semipermeável. Neste caso, a água (solvente) da solução
menos concentrada tenderá a passar para o lado da solução de maior salinidade. Com isto, esta
solução mais concentrada, ao receber mais solvente, dilui-se, num processo impulsionado por uma
grandeza chamada "pressão osmótica", até que as duas soluções atinjam concentrações iguais.
A osmose inversa ocorre quando se aplica uma pressão no lado da solução mais salina ou
concentrada, revertendo-se a tendência natural. Neste caso, a água da solução salina passa para o
lado da água pura, ficando retidos os iões dos sais nela dissolvidos.
A pressão a ser aplicada equivale a uma pressão maior do que a pressão osmótica
característica da solução.
Segundo informações que obtivemos, este último processo está a ser já utilizado em vários
países como o Japão, Israel, China e… Portugal. No nosso país existe já uma central de
dessalinização que utiliza o processo de osmose inversa, no Porto Santo, na Ilha da Madeira, que
permite fornecer água potável a toda a população. Existe uma outra central, que utiliza o mesmo
processo, no Algarve, e que serve os hotéis Pestana no Alvor. A central situada no Japão é a que
utiliza o equipamento mais elaborado tecnologicamente e cujo rendimento é mais elevado. Permite
produzir 3,7 litros de água potável para cada 10 litros de água do mar. O sal que se obtém no final é
utilizado para fins industriais e não deitado de novo ao mar, o que poderia provocar danos no
ecossistema.
Os aparelhos dessalinizadores são equipamentos de custo relativamente elevado, mas o
investimento é pago em 4-6 anos.
Fomos averiguar os preços da água assim obtida e verificámos que o preço do metro cúbico
é cerca de 0,40€. De notar que o preço do m3 de água em Portugal varia entre 0,40€ e 1,00€.
Outra solução é aproveitar as águas subterrâneas, que constituem uma fonte imediata de
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abastecimento de água. Informámo-nos sobre esta possibilidade e descobrimos que há uma empresa
que se propõe fazer furos em África e que afirma que o custo médio para abertura de um furo pode
ser reduzido para menos de 632€.
Na nossa escola pagou-se 1379,01€ de água, só no mês de Março!!! Nos meses de Verão
paga-se bastante mais.
Quanto a nós, estas hipóteses apresentadas possuem potencial para fazer
com que a África atinja os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio no que diz
respeito ao abastecimento de água e saneamento e na melhoria das condições de
vida de milhões de pessoas nas zonas rurais de África.
Se cada aluno da nossa escola desse 1€ por mês, poder-se-ia construir
pelo menos um poço de água por mês em África!
Porque se continua de braços cruzados, quando se pode resolver este problema de modo
eficaz?
5. Quanto a nós…
Queremos dizer que, desde o dia em começamos a pesquisa de material para este trabalho,
nunca mais fomos as mesmas pessoas. Foi um tema que nos tocou de uma maneira profunda e que
nos fez pensar… e repensar… sobre as nossas prioridades na vida e nos obrigou a dar muito mais
valor ao que a natureza nos oferece.
Percebemos que o facto de termos o nosso lugar no
Mundo, nos obriga a ser responsáveis por ele e que as nossas
acções têm consequências que afectam as outras pessoas (nem
que seja daqui a muitos anos!) e, por isso, devem ser bem
pensadas.
Quando acabámos o trabalho só nos apetecia ir para
África para junto daquelas crianças e tentar ajudar, trabalhar fazendo qualquer coisa para acabar com
o seu sofrimento, porque nada nos pareceu mais urgente. A pobreza e o subdesenvolvimento não
podem sem ser encarados como uma fatalidade! Temos que fazer qualquer coisa.
Não podemos satisfazer o nosso desejo imediatamente mas iremos a África para ajudar,
numa missão de voluntariado, assim que consigamos amealhar o dinheiro suficiente para a viagem,
cerca de 900€, segundo nos informaram. Essa é uma das nossas prioridades.
Enquanto ficamos por cá, não estaremos de braços cruzados.
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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Tanta água … e tão pouca!
Elaborámos panfletos, com a ajuda da nossa turma, que explicam como poupar água em
casa nas tarefas correntes e que ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos de
consumo é a melhor (e talvez única) maneira se de mudar o mundo. Pequenas atitudes no dia-a-dia,
tão simples para nós, produzem um enorme impacto sobre o meio ambiente se cada pessoa fizer a
sua parte.
Para nós, não é admissível que ainda haja pessoas que se recusam a mudar pequenos
hábitos que, além de melhorarem a sua própria economia, proporcionam um grande bem ao meio
ambiente e à vida de outras pessoas. O combate ao desperdício deve ser um hábito estimulado pela
família inteira.
Na “Semana da Ciência”, que decorre entre os dias 21 e 24 de Abril, iremos apresentar à
escola este nosso trabalho. Esperamos sensibilizar a comunidade escolar para a problemática da
água e explicar-lhes que é um recurso frágil que diz respeito a todos e que deve ser conservada,
preservada e protegida.
Vamos tentar que as pessoas repensem as suas atitudes em favor da natureza.
Na Assembleia Municipal Jovem, promovida pela Câmara Municipal, iremos também expor o
nosso trabalho perante a autarquia. Apresentaremos propostas concretas para um projecto de
poupança de água para aplicar no Pavilhão desportivo e nos balneários da piscina municipal, onde
temos Educação Física, nomeadamente a substituição dos chuveiros (que ninguém fecha, quando
acaba de utilizar) por outros que regulem a quantidade de água que corre, como já temos na escola.
Vamos manter-nos em contacto com algumas ONG pois podemos ajudar angariando fundos,
junto das escolas para abrir mais furos em África.
Temos contacto com a OIKOS pois a nossa escola dispõe de um Núcleo de Cidadania e
Direitos Humanos, o qual preparou o projecto “Direitos + Humanos” como a principal linha de
actuação. O projecto está inscrito no Programa “Viver os Direitos Humanos”, uma iniciativa conjunta
da Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular (do Ministério da Educação) e da
Amnistia Internacional. O Núcleo desenvolve um trabalho em parceria com a ONG OIKOS, sobre os
Objectivos do Milénio (preparação de materiais pedagógicos sobre os ODM) bem como a promoção
de trabalhos relacionados com a problemática da “Cidadania” ou dos “Direitos Humanos”.
O Dia Mundial da Água, dia 22 de Março, passou a ter, para nós, uma importância que
nunca tinha tido. Na verdade nem dávamos por ele, era assim uma espécie de 5ª feira da espiga.
Agora temos consciência de que é importante haver, pelo menos, um dia em que as pessoas parem
para pensar nos problemas do mundo em que vivemos. A maioria das pessoas anda sempre tão
distraída com a sua vida que é raro parar para pensar um pouco mais longe…
Não queremos ser assim. Nunca mais vamos ser assim.
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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Tanta água … e tão pouca!
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água
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CONCLUSÃO
Era uma vez uma floresta que estava a incendiar-se. Todos os animais grandes e fortes
fugiam. Um minúsculo colibri, atarefado, voava entre o rio e a floresta incendiada e, com o bico,
pegava em algumas gotas de água que levava até ao local em chamas. Todos os animais o julgavam
e diziam que o melhor era desistir pois nunca iria conseguir apagar o incêndio, ao que ele respondeu:
“Estou a fazer aquilo que posso e que consigo. Se todos fizessem o mesmo provavelmente o
problema já estaria resolvido”.
Era uma vez um grupo de jovens que se aventurou a envolver-se num projecto ambicioso,
que os obrigou a tomar consciência de realidades completamente opostas à deles. Confrontaram-se
assim com uma verdade escondida e dissimulada, muito mais grave e preocupante do que parece.
Era uma vez milhões de crianças a morrem à sede e por falta de condições, que são
obrigadas a trabalhar arduamente para conseguir um prato de comida ao fim do dia. Crianças que
são privadas de estudar, que são levadas para longe dos seus pais. Crianças que nem sequer sabem
o que significam as palavras diversão, higiene, muito menos dignidade.
Perante uma situação desta dimensão sentimo-nos pequenos colibris, com uma imensa
vontade de mudar o Mundo, porque temos consciência que a maior parte das pessoas sabe deste
problema mas estão demasiado ocupadas para se preocupar e não queremos ser assim; porque
temos a obrigação de essencialmente poupar água e de a utilizar de uma forma sustentável e
responsável; porque repensar a nossa atitude perante os problemas à escala mundial faz de nós
pessoas melhores, mais honestas e responsáveis socialmente.
Assim, nós comprometemo-nos a realizar campanhas para alertar a sociedade para este
problema, a celebrar o Dia Mundial da água com o devido respeito, a influenciar positivamente as
pessoas que nos rodeiam para que mudem a sua atitude e todos já estamos a poupar dinheiro para
integrarmos uma missão de voluntariado.
Aqui fica o nosso compromisso de cooperação com os mais necessitados mas, acima de
tudo, com o Planeta Terra, pois este será a nossa casa de amanhã e de sempre.
Se queres emendar o Mundo, começa por ti
A junção magnífica entre dois dos mais simpleselementos constituintes da Tabela Periódica, resultouna mais perfeita e essencial substância alguma vezcriada na Natureza – a água.
Embora seja muito abundante à face da Terra, só 3%da água está disponível para corresponder àinsaciável procura da, cada vez maior, populaçãomundial.
Será que pensamos que alguresno mundo está alguém a morrer àsede, ou a necessitar daquelaágua que estamos a desperdiçar?!
1,35 milhõesdequilómetroscúbicos é ovolume totalde água naTerra.
Cerca de 2/3(aproximadamente 70%)
da superfície doplaneta sãodominadospelos vastosoceanos deágua salgada.
0,514% (águas subterrâneas) 0,006% (atmosfera)
Oceanos (97,5%) Glaciares (1,979%) aproximadamente 109 mil km3 de água
A quantidade de água na Terra épraticamente invariável há centenas de milhõesde anos. O que muda é a sua qualidade paraconsumo.
A água é indispensável à vida e à maiorparte das actividades humanas, mas o Homemtem degradado a sua qualidade, ao lançar-lhesubstâncias poluentes.
A Poluição das Águas é responsável pelamorte de muitos animais.
Mas também é a responsável pela morte demuitos indivíduos da raça que ao longo dostempos a ameaça – NÓS!
A poluição das águasnos países ricos é resultadoda maneira como asociedade consumista estáorganizada.
Nos países pobres, a poluiçãodeve-se essencialmente à pobreza e àausência de educação dos seushabitantes.
NÓS
Quando temos fome…
comemos!
E se já não temos fome, deixamos no prato o que
resta, porque nem gostámos assim tanto daquela
comida, ou porque tivemos “mais olhos que barriga”.
NÓS
Quando temos sede…
bebemos!
Há água com fartura em todo o lado!Pedimos um copo de água no café, bebemos datorneira, compramos uma garrafa ou bebemosdo chafariz que há no pátio da escola e nojardim público. São gestos nada complicadospara nós, são vulgares e simples.
Somos quase 6 mil milhões de habitantes neste planeta.1,2 mil milhões de nós sobrevive em condições de extrema pobreza
(com menos de 0,63 € por dia) e destes, 70% são mulheres.
• 6,3 milhões de
crianças morrem de
fome por ano.
• 842 milhões de
pessoas subnutridas
no mundo.
• 115 milhões de
crianças no mundo
não vão à escola – 3/5
são meninas.
Para além dos 6,3 milhões de crianças que morrem de fome
anualmente, mais 13 milhões morrem antes de atingirem os cinco
anos por causas evitáveis.
Os deficientes serviços desaneamento, conjugados com a
falta de água potávele uma higiene inadequada sãofactores que contribuem para oterrível número de mortes a nívelmundial
.
15% da população mundial vive nospaíses ricos, embora sejamresponsáveis por 50% das emissõesde carbono no mundo e 20% dapopulação mundial consome 80%dos recursos do nosso planeta
Nos próximos 25 anos apopulação mundial vaiaumentar de 6 para 8 milmilhões de habitantes, mas amaioria vai nascer nospaíses mais pobres.
O QUE FAZER…
É preciso, é urgente garantir a sustentabilidade ambiental.
Uma gestão ambiental que
satisfaça as necessidades da
geração presente tendo em
conta a vida de gerações
futuras e sem comprometer o
equilíbrio do ambiente
Comprometeram-se a
atingir um conjunto de
8 objectivosespecíficos, que irão
guiar os seus
esforços no que diz
respeito ao combate à
pobreza
OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO
189 dirigentes mundiais, reunidos
na “Cimeira do Milénio” da ONU,
assinaram a Declaração do Milénio.
Comprometeram-se, até 2015:
- Reduzir para metade a percentagem de população que sofre
de fome
- Reduzir em 2/3 a taxa de mortalidade das crianças menores
que 5 anos.
- Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas
políticas e programas nacionais.
- Inverter a actual tendência para a perda de recursos
ambientais.
- Reduzir para metade a percentagem da população sem
acesso permanente a água potável
FOMOS PESQUISAR…PARA TENTAR AJUDAR
A grande prioridade:
fazer chegar água, quanto
antes, às populações em risco.
Não há tempo a perder,
todos os dias se perdem
vidas de crianças,
enquanto não se encontrar
uma solução.
Aproveitar o que de melhor a Naturezanos oferece pela vasta costa africana –muito Sol e muita Água!
Dessalinizar Água do
Mar parece-nos a melhor
opção.
Temos duas vias –
Destilação e Osmose
. Descobrimos que há uma empresa quese propõe fazer furos em África e queafirma que o custo médio para aberturade um furo pode ser reduzido para menosde 632€.
Na nossa escola pagou-se 1379,01€
de água, só no mês de Março!!!
Resta-nos ainda uma terceira opção - utilizar as fontessubterrâneas de água como suporte de abastecimento dapopulação
FOMOS PESQUISAR…PARA TENTAR AJUDAR
Se cada aluno da nossa escola desse1€ por mês, poder-se-ia construir pelomenos um poço de água por mês emÁfrica!
Porque se continua de braçoscruzados, quando se pode resolvereste problema de modo eficaz?
ATENÇÃO!!
Estas propostas não são, nem poderiam ser
consideradas, soluções exclusivas para a
escassez de água!
Temos de reduzir o consumo de água!!!para que todas as pessoas tenham também
direito a esse recurso.
Era uma vez uma floresta queestava a incendiar-se. Todos os animaisgrandes e fortes fugiam.
CONCLUSÃO
Um minúsculo colibri, atarefado, voava entre o rio e afloresta incendiada e, com o bico, pegava em algumas gotas deágua que levava até ao local em chamas.
Todos os animais o julgavam e diziam que o melhor eradesistir pois nunca iria conseguir apagar o incêndio, ao que elerespondeu:
“Estou a fazer aquilo que posso e que consigo. Se todosfizessem o mesmo provavelmente o problema já estariaresolvido”.
Confrontaram-se assim
com uma verdade escondida e
dissimulada, muito mais grave e
preocupante do que parece.
CONCLUSÃOEra uma vez um
grupo de jovens que se
aventurou a envolver-se
num projecto ambicioso,
que os obrigou a tomar
consciência de realidades
completamente opostas à
deles.
Era uma vez milhões de crianças,
a morrerem à sede e por falta de
condições, que são obrigadas a
trabalhar arduamente para
conseguir um prato de comida ao
fim do dia.
CONCLUSÃO
Crianças que são
privadas de estudar, que
são levadas para longe
dos seus pais
Crianças que nem sequer sabem o
que significam as palavras
diversão, higiene, muito menos
dignidade.
Perante uma situação desta dimensão
sentimo-nos pequenos colibris,
com uma imensa vontade de mudar o Mundo
Porque
temos consciência que
a maior parte das
pessoas sabe deste
problema mas está
demasiado ocupada
para se preocupar e
não queremos ser
assim;
Porque
Temos obrigação
de essencialmente
poupar água e de a
utilizar de uma
forma sustentável
e responsável;
Porque
repensar a nossa
atitude perante os
problemas à escala
mundial faz de nós
pessoas melhores,
mais honestas e
responsáveis
socialmente.
Assim, nós comprometemo-nos:
• a realizar campanhas para alertar a sociedade para este problema
• a celebrar o Dia Mundial da água com o devido respeito
• a influenciar positivamente as pessoas que nos rodeiam para que mudem a sua atitude
• e todos já estamos a poupar dinheiro para integrarmos uma missão de voluntariado.