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Escola Secundária com 3º ciclo de Azambuja TANTA ÁGUA … E TÃO POUCA! Beatriz Ventura, Joana Abreu, Joana Ferreira, Gonçalo Lopes, Maria Ana Batalha 10º Ano

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Escola Secundária com 3º ciclo de Azambuja

TANTA ÁGUA …

E TÃO POUCA!

Beatriz Ventura, Joana Abreu, Joana Ferreira, Gonçalo Lopes, Maria Ana Batalha 10º Ano

Tanta água … e tão pouca!

ÍNDICE

Sumário 3Introdução 4Estudo 5

Visto de fora o NOSSO PLANETA poder-se-ia chamar ÁGUA 5O ciclo da água 6No corpo humano 7Reservas mundiais de água doce 8Poluição da Água 9A nossa vida 10A vida de tantos outros… 12

Discussão 15

Água: Recurso renovável? 15O que fazer 16Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 17Fomos pesquisar… para tentar ajudar 18Quanto a nós… 20

Conclusão 22

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

SUMÁRIO

Era uma vez um grupo de jovens que se aventurou a envolver-se num projecto ambicioso,

que os obrigou a tomar consciência de realidades completamente opostas à deles. Confrontaram-se

assim com uma verdade escondida e dissimulada, muito mais grave e preocupante do que parece.

Os assuntos que pesquisaram e os temas que aprofundaram fê-los crescer, perceber que o

facto de terem um lugar no Mundo os torna responsáveis por ele.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

INTRODUÇÃO

O líquido vital A junção magnífica entre dois dos mais simples elementos constituintes da Tabela Periódica,

resultou na mais perfeita e essencial substância alguma vez criada na Natureza – a água.

Parece incrível que dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio juntos sejam indispensáveis

a qualquer espécie de ser vivo na Terra – mas a verdade é que o são. Este composto faz parte

integrante de 75 por cento do tão complexo corpo humano e tem propriedades únicas que lhe

conferem todo o valor que hoje tem.

Embora esta seja a molécula mais abundante à face da Terra, apenas 3% dessa água está

disponível para corresponder à insaciante procura da, cada vez maior, população mundial.

Quando nós fazemos o simples – quase inconsciente – gesto de abrir uma torneira para

encher um copo com água, deveríamos pensar, que algures no Mundo existe uma pessoa – ou

milhões delas – que não têm esta facilidade. Não têm acesso à água – morrem de sede ou, se têm

acesso a ela, está poluída e quem a bebe acaba por ficar gravemente doente.

Perante isto coloca-se a questão: Quem tem a obrigação de poupar a água? Quem tem a

obrigação de lutar contra esta desigualdade?

Como é óbvio não é a população do 3º Mundo que tem esse dever.

Somos nós!

Nós que utilizamos a água como se fosse propriedade privada, nós que a utilizamos de um

modo irracional, não apenas como meio de sustentabilidade da vida, mas também como instrumento

de lazer, diversão e prazer.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

ESTUDO

1. Visto de fora o NOSSO PLANETA poder-se-ia chamar ÁGUA!

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Estimam-se em cerca de 1,35 milhões de

quilómetros cúbicos o volume total de água na

Terra.

Cerca de 2/3 (aproximadamente 70%)

da superfície do planeta são dominados pelos

vastos oceanos de água salgada.

Os pólos e ao terrenos próximos estão

cobertos pelas águas sólidas dos gigantescos

glaciares.

A pequena quantidade de água restante

é doce e divide-se entre a atmosfera, o subsolo, os rios e os lagos.

Oceanos (97,5%) Glaciares (1,979%)

aproximadamente 109 mil km3 de água

Tanta água … e tão pouca!

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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0,514% (águas subterrâneas) 0,006% (atmosfera)

A água é uma substância essencial à vida. É encontrada na Terra sob as formas sólida,

líquida e gasosa.

A água doce nos continentes é um recurso estratégico para a humanidade, pois mantém a

vida no planeta Terra, sustenta a biodiversidade e a produção de alimentos e suporta todos os ciclos

naturais. A água tem, portanto, importância ecológica, económica e social.

As grandes civilizações do passado e do presente, assim como as do futuro, dependem e

dependerão da água para a sua sobrevivência, para o seu desenvolvimento e para o seu progresso.

Presta-se a múltiplas utilizações da maior importância: o abastecimento das populações e

das indústrias; a irrigação das culturas, multiplicando a sua produtividade; como meio de transporte e

de produção de energia; na alimentação, na pesca; no desporto, no turismo, e no lazer.

2. O ciclo da água

A quantidade total de água

no planeta – em forma

liquida, sólida ou de vapor –

é invariável. Porém, a água

presente nos diversos

ambientes – oceanos, rios,

lagos, nuvens, chuva, picos

gelados ou pólos – está em

constante movimento. Este

Tanta água … e tão pouca!

processo de recirculação é conhecido como ciclo da água ou hidrológico.

Em consequência do aquecimento pelo sol a água evapora-se, ascendendo na atmosfera

onde acaba por condensar. Essa água, mais tarde, precipita sobre a forma de chuva, granizo ou

neve. Caso se infiltre no subsolo irá constituir as águas subterrâneas. Caso não o faça, passa-se a

designar por águas de escorrência, que irão alimentar cursos de água á superfície. E todo o processo

irá repetir-se novamente.

Água salgada: nome dado a toda água não potável que contém grandes quantidades de sais

na sua composição.

Água salobra: típica dos estuários e resulta da mistura da água do rio com a água do mar.

Tem mais sais dissolvidos que a água doce. É proveniente de poços com uma salinidade bem menor

do que a água do mar, mas ainda acima do limite de potabilidade e de uso doméstico. Também se

encontra água salobra de origem fóssil em certos aquíferos associados a rochas salinas.

Água potável: a que pode ser consumida por pessoas e animais sem riscos de adquirirem

doenças por contaminação da mesma. Pode ser oferecida à população urbana ou rural com ou sem

tratamento prévio dependendo da sua origem.

Água poluída: aquela cuja composição tenha sido directa ou indirectamente alterada, de

forma a prestar-se menos facilmente aos usos que poderia ter no seu estado natural. A alteração da

sua qualidade afecta o bem-estar do consumidor e afecta os ecossistemas.

Dependendo da finalidade a que se destina, a água pode ser considerada poluída ou não.

Embora seja considerada imprópria para consumo, se se encontrar em equilíbrio entre o meio

aquático e a fauna e a flora da região, não significa que esteja poluída.

Exemplo disso é a água dos oceanos (água salgada) que, não se encontra nos padrões de

água aconselháveis para o consumo humano devido à sua composição mineral e iónica, porém está

longe de ser definida como poluída, em certas regiões.

3. No corpo humano

A percentagem de água no corpo humano é cerca de 70%, tal como no planeta Terra!

O corpo humano precisa de água e água de boa qualidade para ter uma vida saudável.

O ser humano resiste muito mais à fome do que à sede: podemos passar 28 dias sem comer

mas sem água apenas aguentamos 3 dias!

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

A água chega até o interior das células, transportando nutrientes, lavando e eliminando as

toxinas produzidas no nosso corpo. É necessário um mínimo de 2 litros desta para efectuar essa

tarefa de forma satisfatória. O sangue faz circular diariamente 1,5 litros de água pelos nossos rins.

Temos de ingerir apenas água limpa, de forma que esta seja facilmente assimilada pelo nosso

organismo.

A água é o meio onde ocorrem diversas

reacções químicas e enzimáticas no corpo.

Transporta nutrientes, hormonas e anticorpos

pelos sistemas linfático e circulatório.

A própria temperatura de nosso corpo é

regulada, em boa parte, pela transpiração.

Também o acto de respirar requer uma

quantidade adequada de água para manter as

membranas dos pulmões elásticas e húmidas.

A ingestão de água pura, em quantidade,

ajuda, entre outros benefícios, a manter a

suavidade e a flexibilidade da pele.

O nosso cérebro é composto por cerca

de 75% de água. Dores de cabeça e enxaquecas têm sido relacionadas frequentemente com estados

de desidratação do cérebro.

Para que haja uma boa digestão de alimentos é necessário um certo grau de hidratação.

4. Reservas mundiais de água doce

As regiões de

coloração escura são as mais

ricas, mais abundantes em

água doce: Brasil, Rússia,

Canadá e Nigéria.

A distribuição da água

no Mundo é muito desigual e,

uma grande parte da população

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

do planeta está situada em regiões com carência de água.

As regiões de coloração mais clara são as que sofrem com a escassez de água potável,

condição pela qual fornecem menos de 1.000 m3 de água/ano/habitante, valor mínimo de referência

para atender as necessidades humanas básicas. De entre essas regiões pode-se destacar a maior

potência económica e militar do mundo: os EUA cujos estados mais afectados são a Califórnia e o

Arizona.

A região do Norte do México é pobre em água, encontrando-se actualmente numa situação

crítica. Em certas zonas é comum ver crianças a consumirem refrigerantesi em vez de água, pois há

escassez de água para beber.

Pode-se destacar no mapa outras regiões que sofrem gravemente com escassez de água,

como o Norte da África, principalmente a Líbia e o Egipto; além do médio Oriente, a região do planeta

que mais sofre, destacando-se a Arábia Saudita, Líbano, Jordânia, Síria, Israel e a Faixa de Gaza.

Como pode ser analisado no mapa, a crise da escassez da água não é local e nem regional,

mas sim global.

5. Poluição da Água

O Homem é gravemente afectado pela poluição

das águas…

A quantidade de água na Terra é praticamente

invariável há centenas de milhões de anos. O que muda é

a sua qualidade para consumo.

A água é indispensável à vida e à maior parte das

actividades humanas, mas o Homem tem degradado a sua qualidade, ao lançar-lhe substâncias

poluentes.

A Poluição das Águas é a responsável pela morte de muitos animais através das marés

negras provocadas pelo derrame de petróleo; dos resíduos de águas de lavagens de barcos que

contêm detergentes e restos de óleos dos esgotos; das descargas poluentes de fábricas para rios e

ribeiros; dos adubos químicos e dos pesticidas que, ao infiltrarem-se na terra, poluem as águas

subterrâneas que irão desaguar em rios e lagos.

Mas a poluição das águas também é a responsável pela morte de muitos indivíduos da raça

que ao longo dos tempos a ameaça – NÓS!

A poluição das águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

está organizada. Nos países pobres, a poluição deve-se essencialmente à pobreza e à ausência de

educação dos seus habitantes.

A Poluição das águas pelos esgotos provoca doenças

como a febre tifóide, a cólera, a desinteria, a meningite e as

hepatites A e B. Se estiver poluída por insectos causa

paludismo, dengue (catástrofe que se está a verificar, neste

momento no Brasil), malária, doença do sono e febre-amarela.

A Água poluída por parasitas origina verminoses.

Lepra, tuberculose, tétano e difteria são doenças

causadas pelo insuficiente

consumo de água.

As águas poluídas

por lixos industriais podem levar à contaminação por metais

pesados, o que gera tumores hepáticos e de tiróide, alterações

neurológicas, dermatoses, rinites alérgicas, disfunções

gastrointestinais, pulmonares e hepáticas.

6. A nossa vida

Somos estudantes do 10º ano de escolaridade, na escola secundária de Azambuja. O facto

de o sermos torna a nossa vida relativamente simples: vivemos perto da escola, estudamos e

divertimo-nos com os amigos. Recebemos uma mesada que permite satisfazer as nossas

necessidades e nos dá, ainda uma margem para contentar os caprichos tipicamente adolescentes.

Gostamos de fazer desporto… as aulas de natação na piscina municipal são as nossas

eleitas! Aquele “tanque” cheio de água doce, quentinha no Inverno, proporciona-nos momentos de

diversão enormes, para além dos benefícios que o desporto traz. É a Câmara Municipal que se

encarrega da manutenção da piscina. Perante isto podemos deduzir que a mesma água onde os

habitantes de Azambuja se divertem é da mesma qualidade da que corre nas nossas torneiras todos

os dias. No Verão gostamos de ir à praia onde podemos desfrutar de paisagens serenas e onde nos

podemos divertir naquela imensidão de água! E quando o calor aperta, o encontro fica marcado no

parque aquático. Basicamente, as nossas preocupações podem resumir-se à escola, porque hoje em

dia é essencial ter estudos para imperar no mercado de trabalho e por isso os nossos pais exigem

que sejamos cumpridores.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

Quando temos fome… comemos!

E se já não temos fome, deixamos no prato o que resta,

porque nem gostámos assim tanto daquela comida, ou porque

tivemos “mais olhos que barriga”.

Quando temos sede… bebemos!

Há água com fartura em todo o lado! Pedimos um copo

de água no café, bebemos da torneira, compramos uma garrafa

ou bebemos do chafariz que há no pátio da escola e no jardim

público. São gestos nada complicados para nós, são vulgares e simples.

Temos uma vida rotineira, livre de complicações e problemas de maior. Mas, mesmo

assim somos demasiado exigentes com quem nos rodeia. Se temos o suficiente, queremos o muito.

Olhamos para o nosso umbigo e pouco mais e temos uma necessidade de manter todos os

problemas extrínsecos a nós fora das nossas preocupações.

Nada nos falta!

Sentimo-nos confortáveis e protegidos!

Portanto, podemos considerar a nossa existência agradável e simples.

SOMOS FELIZES!

Mas estudar, principalmente no ensino secundário, exige de nós um pouco mais do que

saber apenas as matérias de Matemática, de Física ou de Química. Aprendemos também a conhecer

o mundo em que vivemos e não nos confinarmos à nossa vila de Azambuja. Conhecer outras

realidades dá-nos oportunidades únicas de aprender a dar valor àquilo que temos, a estabelecer

prioridades e a reconhecer que quanto mais se aprende mais há para aprender. Permite ainda que

consigamos ajudar os outros e que aprendamos com as suas vivências diferentes. Aprendemos que

todos têm valor e que o seu lugar no mundo é insubstituível. Todos fazem, ou podem fazer diferença!

Mas para isso é preciso aprender, conhecer…

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

7. A vida de tantos outros…

Somos quase 6 mil milhões de habitantes neste planeta. 1,2 mil milhões de nós sobrevive

em condições de extrema pobreza, isto é, vive com menos de um 0,63 € por dia. Destes, 70% são

mulheres.

6,3 milhões de

crianças morrem de fome por

ano e há 842 milhões de

pessoas sub nutridas no

mundo.

Cerca de 115 milhões

de crianças no mundo não vão

à escola. Destas, três quintos

são meninas.

Para além dos 6,3 milhões de crianças que morrem de fome anualmente mais 13 milhões

morrem antes de atingirem os cinco anos por causas evitáveis, tais como diarreia.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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1000 milhões de pessoas no

mundo não têm acesso a água potável.

15% da população mundial vive

nos países ricos, embora sejam

responsáveis por 50% das emissões de

carbono no mundo e 20% da população

mundial consome 80% dos recursos do

nosso planeta.

Nos próximos 25 anos a

população mundial vai aumentar de 6

para 8 mil milhões de habitantes, mas a

maioria vai nascer nos países mais

pobres.

Tanta água … e tão pouca!

75% da população

mundial pobre vive em meios

rurais e depende, directa ou

indirectamente, da agricultura

para a sua subsistência.

Morrem por hora cerca

de 2200 crianças todos os dias!

Este ano, no dia mundial da água, dia 22 de Março, o

secretário geral da ONU lembrou que “A cada 20 segundos

morre uma criança vítima das «péssimas condições» de

saneamento que afectam cerca de 2,6 mil milhões de pessoas” e

destacou a importância de adoptar medidas em relação a uma

crise «que afecta mais de uma em cada três pessoas no

mundo».

“Em cada ano 1,5 milhões de

vidas de crianças perdem-se devido a

algo que «perfeitamente se poderia

prevenir».

Os deficientes serviços de saneamento, conjugados com a falta de água potável e uma

higiene inadequada são factores que contribuem para o terrível número de mortes a nível mundial.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.”

Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

Para os que sobrevivem, as oportunidades de terem uma existência saudável e produtiva

são diminutas.

As crianças, especialmente as raparigas,

não podem frequentar a escola, enquanto doenças

relacionadas com a falta de higiene impedem os

adultos de realizar um trabalho produtivo.

Que horror!

Como é que isto é possível?

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

DISCUSSÃO

Depois de muito lermos, responder a esta questão foi bastante fácil, embora não abone nada

a favor das qualidades do Homem como cidadão e tenha feito com que tivéssemos ficado todos com

uma grande sensação de irresponsabilidade:

Normalmente não se fala destas coisas nos meios de comunicação social onde a educação

para a cidadania não é uma prioridade.

Estes dados, que tanto nos transtornaram, não são normalmente revelados, as pessoas não

sabem desta situação.

Sabe-se que é preciso poupar água mas, na realidade ninguém percebe muito bem porquê

uma vez que a água parece ser um recurso renovável…

Além disso os efeitos da gestão que se fizer só serão importantes para as futuras gerações,

já cá não estamos…interessa-nos pouco.

Agora que estamos informados, temos vergonha de nunca ter reparado nisto. Na verdade,

as acções impensadas dos nossos antepassados já estão a ter consequências gravíssimas! Está

certo que para nós a vida continua a mesma, mas para tantos outros a vida transformou-se num

sofrimento horrível, normalmente com um desfecho evitável.

Que injustiça enorme!

Sentimos que tem que se acabar com esta guerra silenciosa, cujas principais vítimas são

as crianças pobres!

Hoje em dia podemos dizer que temos um planeta coberto de água. A nós, que possuímos

mais do que as necessidades básicas para a sobrevivência de um ser humano, podemos dizer que

não falta rigorosamente nada! A água, o bem mais essência à vida, consideramos um recurso

renovável, como nos habituaram a pensar desde muito cedo, mas a verdade é que não o é. Isto

porquê?

1. Água: Recurso renovável?

Recurso renovável é qualquer recurso natural cuja exploração ocorre numa taxa menor do

que a de regeneração. É isto que qualquer “menino rico” (podemo-nos considerar como tal,

comparados com aqueles que não sabem o que é uma piscina) pensa quando lhe falam da água. E o

que fica na cabeça das crianças? “Sendo a água um recurso renovável posso usá-la como quero, ela

acabará por se renovar”.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.”

Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

A água já foi considerada um recurso renovável,

MAS AGORA…

Recurso não renovável é um recurso natural que não se regenera, não se recria.

No caso da água, sabe-se que a sua renovação está condicionada pelo aumento dos níveis

de poluição e pela exploração impensada e desregrada.

O problema com estas definições é que a variável representada pela exploração humana é tão

imprevisível, que nos leva a não saber como classificar a água (recurso renovável ou não

renovável?).

Em tempos foi renovável, mas agora não! E de quem foi a culpa?

Como é que se chegou até aqui? Quantos daqueles do 3º mundo dariam

TUDO por ter um pouquinho da quantidade daquele recurso NÃO RENOVÁVEL que gastamos a nosso belo prazer, consciente ou

inconscientemente?

Não podemos voltar atrás, mas podemos não piorar ainda mais

aquilo que já estragámos. É importante começar a sensibilizar, desde muito

cedo, todos os seres humanos que têm acesso ilimitado a este bem. A

água é cada vez mais um recurso sem capacidade de se renovar. Temos

que impedir o agravamento desta situação. Temos que dar possibilidade, àqueles em quem não

pensamos, de viver com o mínimo de condições ou apenas possibilidade de viver! Porque é a falta

deste recurso infindável, para nós, que mata um número assustador de SERES HUMANOS que

não tem acesso a este recurso findável.

2. O que fazer

É preciso, é urgente garantir a sustentabilidade ambiental.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL é o desenvolvimento baseado numa gestão

ambiental que satisfaz as necessidades da geração presente sem comprometer o equilíbrio do

ambiente e a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem também as suas necessidades.

Os Recursos Naturais (tais como a água, as fontes energéticas, as florestas, o ar e a

biodiversidade) são factores ambientais chave para a qualidade da vida humana e que compõem o

nosso ambiente. É fundamental que o Ser Humano perceba o quanto depende da protecção destes

recursos, adoptando medidas concretas e responsáveis para tanto na prática da cidadania (o dia-a-

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

dia de cada um) como nas politicas e programas nacionais dos governos de todos os países.

A educação ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome

consciência da necessidade de prevenção do meio ambiente.

Lemos também que há membros de ONGs que desesperam pois deslocam-se para junto

dos mais necessitados, com o objectivo de ajudar, trabalhando ao lado das populações e verificam

que a maioria das pessoas se recusa a trabalhar nos projectos. Nós pensamos que é natural este

comportamento por parte das populações pois são pessoas sem a mínima instrução, que não estão

habituadas a pensar no futuro porque o seu dia-a-dia já é demasiado preocupante, sem terem nada

para comer e beber, a verem os filhos a morrer…

Vai demorar muitos anos a modificar esta situação pois é necessário dar acesso à instrução

ás crianças, de modo que o seu futuro seja melhor que o dos seus pais.

O que estão a fazer os países ricos para melhorar a situação?

Fizemos uma pesquisa e soubemos que os EUA têm um projecto para a construção de um

“MegaCanal” para transportar água em grande volume para os 35 Estados norte-americanos. Este

projecto consiste no desvio de vários rios, construindo enormes represas, e utilizando as Montanhas

Rochosas como um imenso reservatório com cerca de 800 Km de extensão. A partir desse imenso

reservatório seria construído um megacanal que transportaria água em grande volume até o Estado

de Washington, do qual seria construída uma rede de canalizações e de aquedutos para distribuir

água.

Estão a pensar neles, tudo bem! Mas então: e os outros? O país mais rico do mundo não

tem obrigação de ajudar os mais desfavorecidos?

Na nossa opinião tem que se criar uma parceria mundial para o desenvolvimento para tentar

reduzir as enormes diferenças entre os países ricos e os países pobres. Parcerias entre países, entre

ONG, entre os governos e as empresas e entre os cidadãos.

3. Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

Em Setembro do ano 2000, 189 dirigentes mundiais, reunidos na “Cimeira do Milénio” da

ONU, assinaram, em conjunto, uma declaração, a Declaração do Milénio onde reafirmaram as suas

obrigações comuns para com todas as pessoas do mundo, especialmente as mais vulneráveis e, em

particular, as crianças do mundo a quem pertence o futuro.

Comprometeram-se então a atingir um conjunto de 8 objectivos específicos, os Objectivos de

Desenvolvimento do Milénio, que irão guiar os seus esforços colectivos nos próximos anos no que diz

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

respeito ao combate à pobreza e ao desenvolvimento sustentável.

Comprometeram-se, até 2015:

• Reduzir para metade a percentagem de população que sofre de fome

• Reduzir em 2/3 a taxa de mortalidade das crianças menores que 5 anos.

• Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais.

• Inverter a actual tendência para a perda de recursos ambientais.

• Reduzir para metade a percentagem da população sem acesso permanente a água potável.

Muitas ONG (organizações não governamentais) adoptaram estes objectivos como seus

próprios até 2015, conduzindo as suas estratégias em consonância com os objectivos do milénio.

"Temos condições para pôr termo à pobreza extrema na nossa geração, não apenas para

reduzir a pobreza para metade. Se quisermos eliminar a pobreza extrema, podemos fazê-lo até

2025." (Oikos)

4. Fomos pesquisar… para tentar ajudar

Estudámos os diversos processos físicos e químicos de purificação da água, para a tornar

própria para o consumo humano, como a filtração e a cloração, mas… o que fazer quando não há

água nenhuma?

Esta é a grande prioridade, fazer chegar água, quanto antes, ás populações em risco. Não

há tempo a perder, todos os dias se perdem vidas de crianças, enquanto não se encontrar uma

solução.

A nossa proposta é a seguinte:

Uma vez que muitos países com escassez de água doce, se encontram em zonas costeiras,

aproveitar o que a Natureza nos dá: Muito sol e água salgada.

Dessalinizar a água do mar parece-nos ser uma das soluções melhores.

Embora tenhamos estudado que o processo de dessalinização por destilação é mais caro,

informámo-nos que, no Brasil, foi construído um destilador solar natural que pode produzir água para

beber sem uso de electricidade, sem produtos químicos e sem uso de elementos filtrantes. Esse

equipamento pertence a uma empresa chamada Funasa (fundação nacional de saúde) e os

responsáveis asseguram que “É uma tecnologia simples, barata e de fácil operação, capaz de tratar

água para famílias pobres que não têm acesso a água potável”,

Outro processo que estudámos e que garante a qualidade da água chama-se osmose.

A osmose natural ocorre quando duas soluções salinas de concentrações diferentes se

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.”

Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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encontram separadas por uma membrana semipermeável. Neste caso, a água (solvente) da solução

menos concentrada tenderá a passar para o lado da solução de maior salinidade. Com isto, esta

solução mais concentrada, ao receber mais solvente, dilui-se, num processo impulsionado por uma

grandeza chamada "pressão osmótica", até que as duas soluções atinjam concentrações iguais.

A osmose inversa ocorre quando se aplica uma pressão no lado da solução mais salina ou

concentrada, revertendo-se a tendência natural. Neste caso, a água da solução salina passa para o

lado da água pura, ficando retidos os iões dos sais nela dissolvidos.

A pressão a ser aplicada equivale a uma pressão maior do que a pressão osmótica

característica da solução.

Segundo informações que obtivemos, este último processo está a ser já utilizado em vários

países como o Japão, Israel, China e… Portugal. No nosso país existe já uma central de

dessalinização que utiliza o processo de osmose inversa, no Porto Santo, na Ilha da Madeira, que

permite fornecer água potável a toda a população. Existe uma outra central, que utiliza o mesmo

processo, no Algarve, e que serve os hotéis Pestana no Alvor. A central situada no Japão é a que

utiliza o equipamento mais elaborado tecnologicamente e cujo rendimento é mais elevado. Permite

produzir 3,7 litros de água potável para cada 10 litros de água do mar. O sal que se obtém no final é

utilizado para fins industriais e não deitado de novo ao mar, o que poderia provocar danos no

ecossistema.

Os aparelhos dessalinizadores são equipamentos de custo relativamente elevado, mas o

investimento é pago em 4-6 anos.

Fomos averiguar os preços da água assim obtida e verificámos que o preço do metro cúbico

é cerca de 0,40€. De notar que o preço do m3 de água em Portugal varia entre 0,40€ e 1,00€.

Outra solução é aproveitar as águas subterrâneas, que constituem uma fonte imediata de

Tanta água … e tão pouca!

abastecimento de água. Informámo-nos sobre esta possibilidade e descobrimos que há uma empresa

que se propõe fazer furos em África e que afirma que o custo médio para abertura de um furo pode

ser reduzido para menos de 632€.

Na nossa escola pagou-se 1379,01€ de água, só no mês de Março!!! Nos meses de Verão

paga-se bastante mais.

Quanto a nós, estas hipóteses apresentadas possuem potencial para fazer

com que a África atinja os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio no que diz

respeito ao abastecimento de água e saneamento e na melhoria das condições de

vida de milhões de pessoas nas zonas rurais de África.

Se cada aluno da nossa escola desse 1€ por mês, poder-se-ia construir

pelo menos um poço de água por mês em África!

Porque se continua de braços cruzados, quando se pode resolver este problema de modo

eficaz?

5. Quanto a nós…

Queremos dizer que, desde o dia em começamos a pesquisa de material para este trabalho,

nunca mais fomos as mesmas pessoas. Foi um tema que nos tocou de uma maneira profunda e que

nos fez pensar… e repensar… sobre as nossas prioridades na vida e nos obrigou a dar muito mais

valor ao que a natureza nos oferece.

Percebemos que o facto de termos o nosso lugar no

Mundo, nos obriga a ser responsáveis por ele e que as nossas

acções têm consequências que afectam as outras pessoas (nem

que seja daqui a muitos anos!) e, por isso, devem ser bem

pensadas.

Quando acabámos o trabalho só nos apetecia ir para

África para junto daquelas crianças e tentar ajudar, trabalhar fazendo qualquer coisa para acabar com

o seu sofrimento, porque nada nos pareceu mais urgente. A pobreza e o subdesenvolvimento não

podem sem ser encarados como uma fatalidade! Temos que fazer qualquer coisa.

Não podemos satisfazer o nosso desejo imediatamente mas iremos a África para ajudar,

numa missão de voluntariado, assim que consigamos amealhar o dinheiro suficiente para a viagem,

cerca de 900€, segundo nos informaram. Essa é uma das nossas prioridades.

Enquanto ficamos por cá, não estaremos de braços cruzados.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

Elaborámos panfletos, com a ajuda da nossa turma, que explicam como poupar água em

casa nas tarefas correntes e que ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos de

consumo é a melhor (e talvez única) maneira se de mudar o mundo. Pequenas atitudes no dia-a-dia,

tão simples para nós, produzem um enorme impacto sobre o meio ambiente se cada pessoa fizer a

sua parte.

Para nós, não é admissível que ainda haja pessoas que se recusam a mudar pequenos

hábitos que, além de melhorarem a sua própria economia, proporcionam um grande bem ao meio

ambiente e à vida de outras pessoas. O combate ao desperdício deve ser um hábito estimulado pela

família inteira.

Na “Semana da Ciência”, que decorre entre os dias 21 e 24 de Abril, iremos apresentar à

escola este nosso trabalho. Esperamos sensibilizar a comunidade escolar para a problemática da

água e explicar-lhes que é um recurso frágil que diz respeito a todos e que deve ser conservada,

preservada e protegida.

Vamos tentar que as pessoas repensem as suas atitudes em favor da natureza.

Na Assembleia Municipal Jovem, promovida pela Câmara Municipal, iremos também expor o

nosso trabalho perante a autarquia. Apresentaremos propostas concretas para um projecto de

poupança de água para aplicar no Pavilhão desportivo e nos balneários da piscina municipal, onde

temos Educação Física, nomeadamente a substituição dos chuveiros (que ninguém fecha, quando

acaba de utilizar) por outros que regulem a quantidade de água que corre, como já temos na escola.

Vamos manter-nos em contacto com algumas ONG pois podemos ajudar angariando fundos,

junto das escolas para abrir mais furos em África.

Temos contacto com a OIKOS pois a nossa escola dispõe de um Núcleo de Cidadania e

Direitos Humanos, o qual preparou o projecto “Direitos + Humanos” como a principal linha de

actuação. O projecto está inscrito no Programa “Viver os Direitos Humanos”, uma iniciativa conjunta

da Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular (do Ministério da Educação) e da

Amnistia Internacional. O Núcleo desenvolve um trabalho em parceria com a ONG OIKOS, sobre os

Objectivos do Milénio (preparação de materiais pedagógicos sobre os ODM) bem como a promoção

de trabalhos relacionados com a problemática da “Cidadania” ou dos “Direitos Humanos”.

O Dia Mundial da Água, dia 22 de Março, passou a ter, para nós, uma importância que

nunca tinha tido. Na verdade nem dávamos por ele, era assim uma espécie de 5ª feira da espiga.

Agora temos consciência de que é importante haver, pelo menos, um dia em que as pessoas parem

para pensar nos problemas do mundo em que vivemos. A maioria das pessoas anda sempre tão

distraída com a sua vida que é raro parar para pensar um pouco mais longe…

Não queremos ser assim. Nunca mais vamos ser assim.

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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Tanta água … e tão pouca!

“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.” Carta europeia da água

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CONCLUSÃO

Era uma vez uma floresta que estava a incendiar-se. Todos os animais grandes e fortes

fugiam. Um minúsculo colibri, atarefado, voava entre o rio e a floresta incendiada e, com o bico,

pegava em algumas gotas de água que levava até ao local em chamas. Todos os animais o julgavam

e diziam que o melhor era desistir pois nunca iria conseguir apagar o incêndio, ao que ele respondeu:

“Estou a fazer aquilo que posso e que consigo. Se todos fizessem o mesmo provavelmente o

problema já estaria resolvido”.

Era uma vez um grupo de jovens que se aventurou a envolver-se num projecto ambicioso,

que os obrigou a tomar consciência de realidades completamente opostas à deles. Confrontaram-se

assim com uma verdade escondida e dissimulada, muito mais grave e preocupante do que parece.

Era uma vez milhões de crianças a morrem à sede e por falta de condições, que são

obrigadas a trabalhar arduamente para conseguir um prato de comida ao fim do dia. Crianças que

são privadas de estudar, que são levadas para longe dos seus pais. Crianças que nem sequer sabem

o que significam as palavras diversão, higiene, muito menos dignidade.

Perante uma situação desta dimensão sentimo-nos pequenos colibris, com uma imensa

vontade de mudar o Mundo, porque temos consciência que a maior parte das pessoas sabe deste

problema mas estão demasiado ocupadas para se preocupar e não queremos ser assim; porque

temos a obrigação de essencialmente poupar água e de a utilizar de uma forma sustentável e

responsável; porque repensar a nossa atitude perante os problemas à escala mundial faz de nós

pessoas melhores, mais honestas e responsáveis socialmente.

Assim, nós comprometemo-nos a realizar campanhas para alertar a sociedade para este

problema, a celebrar o Dia Mundial da água com o devido respeito, a influenciar positivamente as

pessoas que nos rodeiam para que mudem a sua atitude e todos já estamos a poupar dinheiro para

integrarmos uma missão de voluntariado.

Aqui fica o nosso compromisso de cooperação com os mais necessitados mas, acima de

tudo, com o Planeta Terra, pois este será a nossa casa de amanhã e de sempre.

Se queres emendar o Mundo, começa por ti

A junção magnífica entre dois dos mais simpleselementos constituintes da Tabela Periódica, resultouna mais perfeita e essencial substância alguma vezcriada na Natureza – a água.

Embora seja muito abundante à face da Terra, só 3%da água está disponível para corresponder àinsaciável procura da, cada vez maior, populaçãomundial.

Será que pensamos que alguresno mundo está alguém a morrer àsede, ou a necessitar daquelaágua que estamos a desperdiçar?!

Quem tem a obrigaçãode poupar água?

Quem tem a obrigaçãode lutar contra estadesigualdade?

1,35 milhõesdequilómetroscúbicos é ovolume totalde água naTerra.

Cerca de 2/3(aproximadamente 70%)

da superfície doplaneta sãodominadospelos vastosoceanos deágua salgada.

0,514% (águas subterrâneas)                                      0,006% (atmosfera)

Oceanos (97,5%)                                             Glaciares (1,979%) aproximadamente 109 mil km3 de água 

A quantidade de água na Terra épraticamente invariável há centenas de milhõesde anos. O que muda é a sua qualidade paraconsumo.

A água é indispensável à vida e à maiorparte das actividades humanas, mas o Homemtem degradado a sua qualidade, ao lançar-lhesubstâncias poluentes.

A Poluição das Águas é responsável pelamorte de muitos animais.

Mas também é a responsável pela morte demuitos indivíduos da raça que ao longo dostempos a ameaça – NÓS!

A poluição das águasnos países ricos é resultadoda maneira como asociedade consumista estáorganizada.

Nos países pobres, a poluiçãodeve-se essencialmente à pobreza e àausência de educação dos seushabitantes.

NÓS

Quando temos fome…

comemos!

E se já não temos fome, deixamos no prato o que

resta, porque nem gostámos assim tanto daquela

comida, ou porque tivemos “mais olhos que barriga”.

NÓS

Quando temos sede…

bebemos!

Há água com fartura em todo o lado!Pedimos um copo de água no café, bebemos datorneira, compramos uma garrafa ou bebemosdo chafariz que há no pátio da escola e nojardim público. São gestos nada complicadospara nós, são vulgares e simples.

Somos quase 6 mil milhões de habitantes neste planeta.1,2 mil milhões de nós sobrevive em condições de extrema pobreza

(com menos de 0,63 € por dia) e destes, 70% são mulheres.

• 6,3 milhões de

crianças morrem de

fome por ano.

• 842 milhões de

pessoas subnutridas

no mundo.

• 115 milhões de

crianças no mundo

não vão à escola – 3/5

são meninas.

Para além dos 6,3 milhões de crianças que morrem de fome

anualmente, mais 13 milhões morrem antes de atingirem os cinco

anos por causas evitáveis.

1000 milhõesde pessoas nomundo não têmacesso a águapotável.

Os deficientes serviços desaneamento, conjugados com a

falta de água potávele uma higiene inadequada sãofactores que contribuem para oterrível número de mortes a nívelmundial

.

A cada 20 segundos morre uma criança

15% da população mundial vive nospaíses ricos, embora sejamresponsáveis por 50% das emissõesde carbono no mundo e 20% dapopulação mundial consome 80%dos recursos do nosso planeta

Nos próximos 25 anos apopulação mundial vaiaumentar de 6 para 8 milmilhões de habitantes, mas amaioria vai nascer nospaíses mais pobres.

Como é que isto é possível?

Que injustiça enorme!

OU NÃO RENOVÁVEL??

ÁGUA

RECURSO RENOVÁVEL

O QUE FAZER…

É preciso, é urgente garantir a sustentabilidade ambiental.

Uma gestão ambiental que

satisfaça as necessidades da

geração presente tendo em

conta a vida de gerações

futuras e sem comprometer o

equilíbrio do ambiente

Comprometeram-se a

atingir um conjunto de

8 objectivosespecíficos, que irão

guiar os seus

esforços no que diz

respeito ao combate à

pobreza

OBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO

189 dirigentes mundiais, reunidos

na “Cimeira do Milénio” da ONU,

assinaram a Declaração do Milénio.

Comprometeram-se, até 2015:

- Reduzir para metade a percentagem de população que sofre

de fome

- Reduzir em 2/3 a taxa de mortalidade das crianças menores

que 5 anos.

- Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas

políticas e programas nacionais.

- Inverter a actual tendência para a perda de recursos

ambientais.

- Reduzir para metade a percentagem da população sem

acesso permanente a água potável

FOMOS PESQUISAR…PARA TENTAR AJUDAR

A grande prioridade:

fazer chegar água, quanto

antes, às populações em risco.

Não há tempo a perder,

todos os dias se perdem

vidas de crianças,

enquanto não se encontrar

uma solução.

Aproveitar o que de melhor a Naturezanos oferece pela vasta costa africana –muito Sol e muita Água!

Dessalinizar Água do

Mar parece-nos a melhor

opção.

Temos duas vias –

Destilação e Osmose

. Descobrimos que há uma empresa quese propõe fazer furos em África e queafirma que o custo médio para aberturade um furo pode ser reduzido para menosde 632€.

Na nossa escola pagou-se 1379,01€

de água, só no mês de Março!!!

Resta-nos ainda uma terceira opção - utilizar as fontessubterrâneas de água como suporte de abastecimento dapopulação

FOMOS PESQUISAR…PARA TENTAR AJUDAR

Se cada aluno da nossa escola desse1€ por mês, poder-se-ia construir pelomenos um poço de água por mês emÁfrica!

Porque se continua de braçoscruzados, quando se pode resolvereste problema de modo eficaz?

ATENÇÃO!!

Estas propostas não são, nem poderiam ser

consideradas, soluções exclusivas para a

escassez de água!

Temos de reduzir o consumo de água!!!para que todas as pessoas tenham também

direito a esse recurso.

QUANTO A NÓS

Era uma vez uma floresta queestava a incendiar-se. Todos os animaisgrandes e fortes fugiam.

CONCLUSÃO

Um minúsculo colibri, atarefado, voava entre o rio e afloresta incendiada e, com o bico, pegava em algumas gotas deágua que levava até ao local em chamas.

Todos os animais o julgavam e diziam que o melhor eradesistir pois nunca iria conseguir apagar o incêndio, ao que elerespondeu:

“Estou a fazer aquilo que posso e que consigo. Se todosfizessem o mesmo provavelmente o problema já estariaresolvido”.

Confrontaram-se assim

com uma verdade escondida e

dissimulada, muito mais grave e

preocupante do que parece.

CONCLUSÃOEra uma vez um

grupo de jovens que se

aventurou a envolver-se

num projecto ambicioso,

que os obrigou a tomar

consciência de realidades

completamente opostas à

deles.

Era uma vez milhões de crianças,

a morrerem à sede e por falta de

condições, que são obrigadas a

trabalhar arduamente para

conseguir um prato de comida ao

fim do dia.

CONCLUSÃO

Crianças que são

privadas de estudar, que

são levadas para longe

dos seus pais

Crianças que nem sequer sabem o

que significam as palavras

diversão, higiene, muito menos

dignidade.

Perante uma situação desta dimensão

sentimo-nos pequenos colibris,

com uma imensa vontade de mudar o Mundo

Porque

temos consciência que

a maior parte das

pessoas sabe deste

problema mas está

demasiado ocupada

para se preocupar e

não queremos ser

assim;

Porque

Temos obrigação

de essencialmente

poupar água e de a

utilizar de uma

forma sustentável

e responsável;

Porque

repensar a nossa

atitude perante os

problemas à escala

mundial faz de nós

pessoas melhores,

mais honestas e

responsáveis

socialmente.

Assim, nós comprometemo-nos:

• a realizar campanhas para alertar a sociedade para este problema

• a celebrar o Dia Mundial da água com o devido respeito

• a influenciar positivamente as pessoas que nos rodeiam para que mudem a sua atitude

• e todos já estamos a poupar dinheiro para integrarmos uma missão de voluntariado.

Aqui fica o nosso compromisso de cooperação com os mais

necessitados e, acima de tudo, com o Planeta Terra, pois este será a

nossa casa de amanhã e de sempre.