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Tânia Keiko Akimoto ESTUDO CEFALOMÉTRICO COMPARATIVO EM JOVENS BRASILEIROS PORTADORES DE MÁ OCLUSÃO DE CLASSE III DE ANGLE MARÍLIA 2004

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Tânia Keiko Akimoto

ESTUDO CEFALOMÉTRICO COMPARATIVO EM

JOVENS BRASILEIROS PORTADORES DE MÁ OCLUSÃO

DE CLASSE III DE ANGLE

MARÍLIA 2004

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Tânia Keiko Akimoto

ESTUDO CEFALOMÉTRICO COMPARATIVO EM

JOVENS BRASILEIROS PORTADORES DE MÁ OCLUSÃO

DE CLASSE III DE ANGLE

Dissertação apresentada à Universidade de Marília -

UNIMAR, Faculdade de Ciências Odontológicas, para a

obtenção do Título de Mestre em Clínica Odontológica,

Área de concentração em Ortodontia.

Orientador: Prof. Dr. Paulo César Tukasan

Co-orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy

MARÍLIA 2004

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Akimoto, Tânia Keiko A315e Estudo cefalométrico comparativo em jovens brasileiros portadores de má oclusão de classe III de Angle / Tânia Keiko Akimoto. – Marília:UNIMAR, 2004. f. 190 Dissertação (Mestrado). – Faculdade de Ciências Odontológicas da Universidade de Marília, Unimar, 2004.

1. Ortodontia 2. Cefalometria 3. Classe III 4. Prognatismo mandibular 5. Retrognatismo maxilar 6. Diagnóstico I. Akimoto, Tânia Keiko II. Estudo cefalométrico comparativo em jovens brasileiros portadores de má oclusão de Classe III de Angle.

CDD – 617.643

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Reitor: Dr. Márcio Mesquita Serva

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Pró-Reitor: Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti

Faculdade de Ciências Odontológicas

Diretor: Dr. Valdir Gouveia Garcia

Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica

Área de Concentração em Ortodontia

Coordenador: Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti

Orientador: Prof. Dr. Paulo César Tukasan

Co-orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy

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BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

(TÂNIA KEIKO AKIMOTO)

“ESTUDO CEFALOMÉTRICO COMPARATIVO EM JOVENS BRASILEIROS

PORTADORES DE MÁ OCLUSÃO DE CLASSE III DE ANGLE”

Banca Examinadora

Profª. Drª. Heloísa Cristina Valdrighi – UNIARARAS – Araras-SP

Assinatura:......................................................................................

Prof. Dr. Acácio Fuziy – UNIMAR – Marília-SP

Assinatura:......................................................................................

Prof. Dr. Paulo César Tukasan – UNIMAR – Marília-SP

Assinatura:......................................................................................

Data da Defesa: 10/12/2004

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DEDICATÓRIA

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Dedico este trabalho especialmente ...

A Deus, ...Pela alegria deste momento e por todo conhecimento que me possibilitou adquirir. ...Que a cada dia eu possa encontrá-Lo, no sorriso dos meus semelhantes, na grandeza do pôr-do-sol e no encanto de um novo amanhecer. Que todas as minhas preces possam ser ouvidas, e mesmo que não sejam atendidas imediatamente eu possa saber que não foi em vão Te entregar o meu caminho. E que meu espelho possa ser o reflexo de todas as bênçãos enviadas por Ti. Aos meus queridos e amados pais,

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Massuo e Marico ... Que sempre me incentivaram desde os primeiros passos no caminho do conhecimento e sempre me fizeram perceber que a vida é um eterno aperfeiçoamento. Sei que sou a síntese do melhor de vocês. Que seus sonhos se completarão a cada dia com a realização de meus ideais. Não importando o tempo, a distância e nem mesmo a eternidade. Sei que guardo em mim o melhor exemplo e as lembranças mais especiais, que contribuíram para que este momento de minha carreira profissional fosse uma grande conquista. E acima de qualquer coisa uma retribuição a tudo que vocês investiram em mim. Até mesmo todas as palavras são poucas para expressar meu verdadeiro amor e gratidão. Obrigada! Aos meus queridos irmãos, Lucy, Aldo, Luciene, e Wilson, Vocês fazem a diferença em minha vida, sempre me incentivando. Agradeço toda atenção, amizade e apoio, com os quais eu sempre pude contar. Com muito carinho e gratidão. Aos meus amados sobrinhos, Alberto e Jackeline, que sempre tiveram em mim um referencial e que sempre terão meu apoio incondicional tanto em suas vidas pessoais como profissionais.

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Ao meu querido cunhado, Pedro , pela atenção e apoio que sempre demonstrou, com sua sensibilidade e extrema educação que me possibilitaram conhecer novos horizontes. À minha querida Érika... Metade E que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que eu anseio... E que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca... Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio... Que a música que soa longe seja linda ainda que tristeza... Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante... Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade... Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem mudado de sentimento... Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo... Que essa minha vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço... Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada... Porque metade de mim é o que penso, e a outra metade é um vulcão... Que o medo da solidão se afaste ... que o convívio comigo mesmo se torna ao menos suportável... Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que me lembra o internato na infância... Por que metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei... Não que seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito... E que o teu silêncio me fale cada vez mais... Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço... Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba... E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer... Porque metade de mim é a platéia e a outra metade é canção... E que a minha loucura seja perdoada... Porque metade de mim é Amor... e a outra metade... também.

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Oswaldo Montenegro O meu mais sincero reconhecimento, Ao meu orientador, Professor Doutor Paulo César Tukasan pelos conhecimentos que foram compartilhados e pela especial atenção, paciência e dedicação que fizeram com que fosse possível a conclusão deste trabalho. Acreditando que sempre o mestre se realiza nas conquistas de seus discípulos, aqui empenho meu conhecimento e profissionalismo. Sabendo o quanto foi importante passar por mais esse desafio e que o conhecimento foi capaz de iluminar novas oportunidades para o meu crescimento profissional e humano. Obrigada por estar sempre me auxiliando e acima de tudo por compartilhar seus conhecimentos com o carinho e a atenção que somente os grandes mestres dispensam aos seus discípulos. O meu mais sincero agradecimento,

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Ao Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia, nível Mestrado, Professor Doutor Acácio Fuziy ...que participou da elaboração deste trabalho contribuindo para enriquecer ainda mais meus conhecimentos. Que no decorrer desta nova fase profissional, eu possa utilizar todo conhecimento que compartilhamos nessa caminhada, que apesar de breve, foi de grande aprendizado. Meus agradecimentos ao seu apoio, amizade e dedicação.

Aos bons Amigos,

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... que tanto contribuíram para que eu pudesse concretizar meus sonhos, a todos vocês os meus agradecimentos pelos momentos que participaram dos meus sorrisos, dividiram lágrimas e plantaram sementes em minha história. Porque nesta vida tenho a certeza de que todos os que se encontram deixam um pouco de si e levam um pouco de nós. Sou a síntese de todos esses sentimentos bons, transcritos em grandes momentos e celebrados em eternas recordações.

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AGRADECIMENTOS

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Os mais sinceros agradecimentos À UNIMAR, na pessoa do Digníssimo Reitor Professor Doutor Márcio Mesquita Serva, que por meio de seu trabalho e dedicação nos proporciona um contato mais intenso com o mundo do conhecimento. Tornando esta Instituição de Ensino mais dinâmica e produtiva, sendo um expoente de peso na vida profissional e acadêmica de todos que por aqui passaram.

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Ao Digníssimo Professor Doutor Sosígenes Victor Benfatti, Pró-Reitor e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica, pela competência com que me proporcionou conhecimentos específicos nos mais diferentes segmentos, reconhecendo que o saber é sempre eternizado quando é compartilhado com novos especialistas e mestres, que no decorrer do tempo tornam-se discípulos naturais daqueles que possuem a sabedoria eterna. Ao Digníssimo Professor Doutor Valdir Gouveia Garcia, Diretor da Faculdade de Ciências Odontológicas da Universidade de Marília, por todos os momentos que esteve acompanhando e engrandecendo com seus conhecimentos o excelente nível de ensino desta instituição; Aos Professores Doutores do Curso de mestrado em Ortodontia, “um sonho que se sonha sozinho é somente um sonho, mas sonho que se compartilha, torna-se realidade”. Obrigada por compartilharem o melhor de vocês;

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Ao Professor Doutor Júlio Araújo Gurgel, pela atenção e carinho, sabendo que o melhor da vida é que cada pessoa que passa em nosso caminho deixa um pouco de si e leva um pouco de nós; Ao Professor Doutor Sebastião M. R. Carvalho, que ao passarmos por mais essa etapa no caminho do conhecimento nosso profissionalismo nos conduza a novos horizontes. Obrigada por todo seu empenho e dedicação; Ao Professor Doutor Luis Anselmo Mariotto, pela prestimosa contribuição na correção no exame de qualificação; Aos Professores da Graduação, do Curso de Odontologia, pela transmissão de conhecimentos e por todas às vezes, que estivemos reunidos em nome do saber; Aos Alunos da Graduação em Odontologia da Universidade de Marília, por de certa forma, fazerem parte de meu aprimoramento profissional; Aos Professores da disciplina de Odontopediatria do Curso de Graduação de Odontologia da Universidade de Marília, em especial à Professora Regina Kazue Morihisa, que por meio da sua gentileza nos faz lembrar que em cada sorriso de uma criança encontramos um motivo a mais para plantármos boas sementes para o futuro. A todos vocês o meu muito obrigada;

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Ao Professor Doutor José Eduardo Corrente, pela paciência e atenção na realização da Análise Estatística dos resultados deste trabalho; À Professora Carla Salati Almeida Ghirello Pires, Coordenadora do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário de Maringá — CESUMAR, pelo incentivo e por todas às vezes que me auxiliou para que mais esta etapa da minha carreira profissional pudesse ser concluída; À Professora Blacy Cella Gulfier, Coordenadora do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade Adventista Paranaense — FAP, pela paciência e compreensão a mim depositada durante o desenvolvimento deste trabalho; Às minhas queridas fonoaudiólogas e amigas Ana Paula Labigalini, Ângela Narciso e Gláucia Maruiti, pela amizade, carinho e apoio depositados em mim, por essa jornada profissional, minha gratidão e admiração; Ao Professor Wilson de Matos Silva, Magnífico Reitor do Centro Universitário de Maringá — CESUMAR, pelo investimento e incentivo científico, durante o desenvolvimento deste trabalho. Pois através de seu exemplo e dinamismo sempre trilhou novos caminhos e possibilitou a muitas pessoas o acesso ao conhecimento e ao aperfeiçoamento educacional; Aos meus Alunos da Graduação em Fonoaudiologia do Centro Universitário de Maringá — CESUMAR e da Faculdade Adventista Paranaense — FAP, que por meio deles encontrei estímulo e inspiração para aprimorar meu conhecimento científico;

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Aos meus Alunos de Pós-Graduação em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares, pelo apoio e reconhecimento que sempre me serviram de estímulo para buscar cada vez mais conhecimento. Sabendo que a cada dia teremos novos desafios e novas conquistas; À minha querida Amiga de todas as horas Eliane Franqui Barbiero. Obrigada por sua amizade e sinceridade que sempre me motivaram nessa caminhada de aperfeiçoamento profissional e pessoal. Sinto-me cada vez mais privilegiada por desfrutar de sua convivência e carinho; Aos meus queridos amigos Gustavo e Andréia Grilli, que me apoiaram nessa jornada, minha amizade e gratidão;

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Aos amigos do Mestrado, Após este período de convivência sabemos que mais uma etapa de nosso aprimoramento profissional foi vencida. Certamente, em nossas vidas teremos vários discípulos, que seguirão o caminho que estaremos indicando. Que todos vocês possam saber que contribuíram para deixar minha vida ainda mais completa. Com carinho, minha homenagem aos amigos: Vera Parelli, José Walmer de Oliveira, Edmilson Kaneshima, Marcus Danilo Siqueira, Marcos Eduardo Guilherme, Thomas Piacsek, Rosilaine Pacífico, Renata José, Marcello Semaan, José Antônio Caricati, Décio Hissanaga, Clóvis Tsubono, Fabrício Machado, César Antonio Bigarella. Em especial... Roberto Giogi Takayama, grande amigo, que aos poucos foi capaz de me cativar, provando que grandes amizades são realmente presentes divinos. Obrigada Rô, pois você me provou que tudo realmente é possível quando acreditamos em nossos objetivos;

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José Badaoui Sahyon, que por meio do conhecimento, nossa vida profissional e nossa amizade se fortaleça cada dia mais. Obrigada Bão, por todos os momentos difíceis que passamos juntos e pela sua imensa compreensão; Silvio Zílio, obrigada por sua confiança, amizade e disponibilidade, que entre esses conhecimentos que adquirimos nesse período, a amizade seja a cada dia uma prioridade em nossas vidas. Obrigada por tudo; À minha Amiga Ivana Martins, minha sincera admiração pelo dom da palavra, tornando este trabalho uma preciosidade. Meus agradecimentos pela sua amizade, dedicação, apoio e cuidados para com a minha felicidade pessoal e profissional; À Roselene Faker, minha amiga e assessora direta para assuntos profissionais, minha mais sincera e eterna gratidão pela paciência, atenção e cuidados para com o meu desempenho profissional durante a realização desse trabalho; À Fabiana Alvares, que em pouco tempo provou ser a pessoa ideal para auxiliar na minha luta diária profissional, minha gratidão e amizade; À Luciana Bisco Ferreira, obrigada pelo auxílio nas traduções de artigos, para a realização deste trabalho; À Isabel Cristina Villan pelo auxílio na versão do resumo para língua inglesa; À Professora Valéria Bitar Marques pela especial atenção depositada na realização da revisão o texto;

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Ao Antonio Marcos Ferreira, pela colaboração no campo da informática, tornando palpável a realização desse trabalho; Ao Alex Fabiano Garcia pela colaboração no campo visual; Aos Funcionários da ROM — Radiologia Odontológica de Marília, obrigada pelos serviços prestados durante a realização deste trabalho; Aos Amigos Dr. Benedito Villela de Andrade Júnior e Dra. Sandra Mara Perin Villela de Andrade, pela colaboração e empenho na elaboração da documentação fotográfica deste trabalho; Aos Funcionários da Pós-Graduação, em especial a Andréia Infante Hermínio, obrigada pela atenção, dedicação e amizade que demonstrou no transcorrer desse trabalho; Ao Sr. Ademir Borges Rodrigues, que sempre esteve à disposição colaborando e ajudando no que foi possível. Minha gratidão e amizade; Enfim, a todos aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, para realização deste trabalho, os meus mais sinceros agradecimentos...

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RESUMO

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Resumo

No presente estudo foram analisadas 67 telerradiografias em norma lateral,

de jovens brasileiros de ambos os gêneros, na faixa etária entre 10 e 17 anos, que

não receberam tratamento ortodôntico, divididos em dois grupos: Grupo Classe III,

com 39 telerradiografias em norma lateral de indivíduos portadores de má oclusão

Classe III, sendo 16 do gênero feminino e 23 do gênero masculino; e o Grupo

Controle, com 28 telerradiografias, em norma lateral, de indivíduos portadores de

oclusão clinicamente aceitável, sendo 15 do gênero feminino e 13 do gênero

masculino, amostra obtida no município de Marília-SP. Foram empregadas

medidas cefalométricas derivadas das análises cefalométricas de USP,

McNamara e Ricketts, com o intuito de determinar os componentes craniofaciais e

dentários envolvidos no estabelecimento da má oclusão de Classe III. O objetivo

também foi determinar os valores das grandezas cefalométricas dos grupos

estudados, o seu relacionamento entre si, a tendência de crescimento facial e a

presença do dimorfismo entre os gêneros. Os resultados demonstraram que

esqueleticamente, no Grupo Classe III, a maxila apresentou-se retruída em

relação à base do crânio e diminuída em seu comprimento, a mandíbula

apresentou-se protruída em relação à base do crânio, e aumentada em seu

comprimento; dentariamente, os incisivos superiores apresentaram-se

vestibularizados e protruídos, os incisivos inferiores apresentaram-se lingualizados

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e retruídos; o padrão de crescimento facial apresentou-se com tendência de

crescimento vertical; e funcionalmente, as vias aéreas superiores apresentaram-

se normais, houve a presença de dimorfismo entre os gêneros para as grandezas

cefalométricas: Co-A, Co-Gn, SN.GoGn, e Eixo Facial, e as demais grandezas

não apresentaram significância estatisticamente para o Grupo Classe III.

Palavras-chave: 1. Ortodontia; 2. Cefalometria; 3. Classe III; 4. Prognatismo mandibular; 5. Retrognatismo maxilar; 6. Diagnóstico.

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ABSTRACT

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Abstract

In the present study we analysed 67 lateral teleradiographies of male and

female young Brazilians from the city of Marília (SP), with chronological ages

ranging from 10 to 17 years that haven’t received orthodontic treatment. The

examined material comprised two series: (1) the Class III Malocclusion Group with

39 films subdivided into 2 samples – 16 female and 23 male individuals and the

Control Group with 28 films of individuals with clinically acceptable occlusion also

subdivided into 2 samples – 15 females and 13 males. Among the several

cephalometric techniques available, in this study the USP and the McNamara &

Ricketts analysis were chosen with the purpose to disclose whether this

malocclusion was related to mandibular prognathism, maxilar retrognathism or

both, considering that this kind of malocclusion is not restricted only to dental

dysplasia. The purpose was also to determine the cephalometric measurement

values and their relationships, the facial growth tendency and indicate the

occurrence of dimorphism between males and females. The results showed that

concerning to the skeleton in the Class III Group the maxilla was retruded relating

to the cranial base and decreased on its length while the mandible was protruted

related to the cranial base and increased on its length. Dentally the upper incisors

were vestibular positioned and protruded and the inferior incisors were lingually

positioned and retruded. The facial growth standard presented vertical growth

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tendency even though there was no airway impairment and dimorphism occurred

between male and female individuals considering the cephalometric

measurements Co-A, Co-Gn, SN.GoGn and facial axis although the other

measurements were not statistically significant for the Class III Group.

Key Words: 1. Orthodontics; 2. Cephalometry; 3. Class III; 4. Mandibular prognathism; 5. Maxilar retrognathism; 6. Diagnosis.

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LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

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Lista de Símbolos e Abreviaturas

mm = milímetros cm = centímetros m = metros ° = grau

a = primeira et al. = e colaboradores % = por cento NS = não significante kV = kilovoltagem mA = miliamperagem DP = desvio padrão > = maior < = menor S = sela N = násio Or = orbitário Po = pório A = subespinhal

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B = supramentoniano D = ponto D Pg = pogônio Gn = gnátio Co = condílio Ba = básio Ptm = ptérigomaxilar Nfa = nasofaringe anterior Nfp = nasofaringe posterior Bfa = bucofaringe anterior Bfp = bucofaringe posterior Go = gônio Me = mentoniano ENA = espinha nasal anterior ° C = grau centígrado perp = perpendicular + = mais ou menos FMA = Frankfort Mandibular Plane Angle AFAI = Altura Facial Ântero-Inferior IMPA = Incisor Mandibular Plane Angle

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LISTA DE FIGURAS

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Lista de Figuras

Figura 1-

Fotografias extrabucais frontal e lateral – Classe III 81

Figura 2-

Fotografia intrabucal frontal – Classe III

82

Figura 3-

Fotografias intrabucais vista lateral direita e esquerda – Classe III

82

Figura 4-

Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior – Classe III

82

Figura 5-

Fotografias extrabucais frontal lateral – Oclusão clinicamente aceitável

83

Figura 6-

Fotografia intrabucal frontal – Oclusão clinicamente aceitável

84

Figura 7-

Fotografias intrabucais vista lateral direita e esquerda – Oclusão clinicamente aceitável

84

Figura 8-

Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior – Oclusão clinicamente aceitável

84

Figura 9-

Estruturas anatômicas

88

Figura 10-

Pontos cefalométricos

92

Figura 11-

Linhas e planos cefalométricos

95

Figura 12-

SNA

96

Figura 13-

A-Nperp

97

Figura 14-

Co-A 98

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Figura 15-

SNB 99

Figura 16-

SND

100

Figura 17-

Pg-Nperp

101

Figura 18-

Co-Gn

102

Figura 19-

SN.GoGn

103

Figura 20-

FMA

104

Figura 21-

Eixo Facial

105

Figura 22-

AFAI

106

Figura 23-

.NA

107

Figura 24-

-NA

108

Figura 25-

.NB

109

Figura 26-

-NB

110

Figura 27-

IMPA

111

Figura 28-

.NS

112

Figura 29-

Nfa-Nfp

113

Figura 30-

Bfa-Bfp

114

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Gráfico 1- Box Plot para a variável SNA para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

135

Gráfico 2- Box Plot para a variável A-Nperp para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

136

Gráfico 3- Box Plot para a variável Co-A para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

137

Gráfico 4- Box Plot para a variável SNB para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

138

Gráfico 5- Box Plot para a variável SND para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

139

Gráfico 6- Box Plot para a variável Pg-Nperp para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

140

Gráfico 7- Box Plot para a variável Co-Gn para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

141

Gráfico 8- Box Plot para a variável SN.GoGn para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

142

Gráfico 9- Box Plot para a variável FMA para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

143

Gráfico 10- Box Plot para a variável Eixo Facial para o Grupo Classe

III e Grupo Controle

144

Gráfico 11- Box Plot para a variável AFAI para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

145

Gráfico 12- Box Plot para a variável .NA para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

146

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Gráfico 13- Box Plot para a variável -NA para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

147

Gráfico 14- Box Plot para a variável .NB para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

148

Gráfico 15- Box Plot para a variável -NB para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

149

Gráfico 16- Box Plot para a variável IMPA para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

150

Gráfico 17- Box Plot para a variável .NS para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

151

Gráfico 18- Box Plot para a variável Nfa-Nfp para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

152

Gráfico 19- Box Plot para a variável Bfa-Bfp para o Grupo Classe III

e Grupo Controle

153

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LISTA DE TABELAS

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Lista de Tabelas

TABELA 1- Comparação para as variáveis do Grupo Classe III,

para o primeiro e segundo momentos

121

TABELA 2- Comparação para as variáveis do Grupo Controle,

para o primeiro e segundo momentos

123

TABELA 3- Comparação para as variáveis do Grupo Classe III,

para os gêneros masculino e feminino

125

TABELA 4- Comparação para as variáveis Co-A, Co-Gn,

SN.GoGn, Eixo Facial, do Grupo Classe III

e Grupo Controle para o gênero feminino

127

TABELA 5- Comparação para as variáveis Co-A, Co-Gn,

SN.GoGn, Eixo Facial, do Grupo Classe III

e Grupo Controle para o gênero masculino

128

TABELA 6- Comparação para as variáveis do Grupo Controle,

para os gêneros masculino e feminino

130

TABELA 7- Comparação para as variáveis do Grupo Classe III

e Grupo Controle

132

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SUMÁRIO

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Sumário 1 INTRODUÇÃO 44 2 REVISÃO DA LITERATURA 49 3 PROPOSIÇÃO 78 4 MATERIAL E MÉTODO 80 4.1 Material 80 4.2 Método 85 4.2.1 Obtenção das telerradiografias 85 4.2.2 Elaboração do cefalograma 85 4.2.2.1 Desenho das estruturas anatômicas de

Interesse 86

4.2.2.2 Marcação dos pontos cefalométricos 89 4.2.2.3 Linhas e planos cefalométricos 93 4.2.3 Obtenção das grandezas cefalométricas e interpretação 96 4.2.4 Análise ou método estatístico 115 4.2.4.1 Avaliação do erro do método cefalométrico 115 4.2.4.2 Avaliação dos resultados 116 5 RESULTADOS 119 5.1 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Classe III 120 5.2 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Controle 122 5.3 Análise do Grupo Classe III 124 5.3.1 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle

para as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e Eixo Facial, para o gênero feminino

126

5.3.2 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle para as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e Eixo Facial, para o gênero masculino

127

5.4 Análise do Grupo Controle 128 5.5 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle 131 5.6 Distribuição gráfica 133 6 DISCUSSÃO 155 7 CONCLUSÃO 169 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 172 APÊNDICE 178 ANEXO 189

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INTRODUÇÃO

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Introdução 40

1 Introdução

Segundo Angle, em 1899, baseado na relação oclusal dos dentes,

classificou as más oclusões considerando o primeiro molar permanente superior

como chave para a oclusão. A má oclusão de Classe III foi caracterizada pela

relação mesial dos dentes inferiores em relação aos dentes superiores, ou seja, o

sulco mésio-vestibular do primeiro molar permanente inferior se relacionava

mesialmente com a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente

superior, definindo uma relação mesial da mandíbula em relação à maxila. Em

1907, na 7ª edição de seu livro, Angle relatou que a má oclusão de Classe III, se

desenvolvia de forma mais severa.

Em 1931, com o desenvolvimento do cefalostato, Broadbent e Hofrath

possibilitaram a padronização das telerradiografias e a cefalometria radiográfica

passou a ser um método com apoio científico no estudo do crescimento e

desenvolvimento craniofacial, visando não somente o sentido sagital, mas também

o vertical. A radiografia cefalométrica tornou-se imprescindível no estudo do

crescimento craniofacial, no diagnóstico, planejamento do tratamento e avaliação

dos casos tratados, além do que, complementou a classificação das más oclusões

proposta por Angle (1899), restringindo apenas as estruturas dentárias. Os termos

“prognatismo mandibular” e “má oclusão de Classe III”, não raramente, são

considerados como sinônimos na literatura odontológica, dando mais ênfase ao

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Introdução 41

relacionamento oclusal do que à relação esquelética. Assim sendo, foram

apresentadas inúmeras análises cefalométricas para proporcionar informações

sobre a morfologia craniofacial adequando-a à parte dentária.

Em 1946, Tweed descreveu um método prático de tratamento e

prognóstico, por meio do plano horizontal de Frankfurt com o plano mandibular, e

no ano seguinte, a primeira análise cefalométrica foi desenvolvida por Wylie,

permitindo a avaliação ântero-posterior da maxila e mandíbula em tamanho e

posição. Em 1969, Ackerman e Proffit empregaram a classificação de Angle e

avaliaram cinco características da má oclusão e o seu relacionamento, como

alinhamento e simetria dos arcos dentários, tipos de perfil facial, problemas no

sentido ântero-posterior, transversal e vertical, dentro de um diagrama de Venn.

Segundo os autores, não sugeriram que o sistema de Angle fosse descartado,

mas, por meio da síntese de dois esquemas de classificação, de Angle e Venn,

com objetivo de superar as fraquezas principais do sistema de Angle e no auxílio

de visualização da complexidade da má oclusão, para um correto planejamento e

tratamento.

Estudos mais atuais, baseados em análises cefalométricas, mostraram que

a má oclusão de Classe III diferenciou do modelo clássico, ou seja, ocorreram

diversas combinações dos componentes esqueléticos e dentários, contribuindo

para a distinção do tipo de má oclusão de Classe III, visando a um direcionamento

do tratamento.

O desenvolvimento da oclusão foi considerado como o resultado das

interações entre os fatores geneticamente determinados, e vários fatores

ambientais externos e internos, incluindo a função orofacial. Pesquisas com

amostras em faixas etárias precoces garantiram que a má oclusão de Classe III,

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Introdução 42

surgiu precocemente, à partir da dentadura decídua, e com características

observadas em muitas faces com uma aparência proeminente na Classe III.

Em 1997, Silva Filho, Magro e Ozawa declararam que a tendência média

encontrada para a morfologia facial de Classe III, incluiu o prognatismo

mandibular, a redução do comprimento maxilar, redução da convexidade facial e

um aumento na altura facial ântero-inferior, e baseado nisto, foi caracterizada por

uma real discrepância ântero-posterior entre as bases apicais.

Em geral, os ortodontistas concordaram que a má oclusão de Classe III,

constitui a má oclusão mais difícil de ser tratada, uma vez que este tipo de má

oclusão não se restringe apenas às displasias dentárias, sendo freqüentemente

acompanhadas por problemas esqueléticos e também mediante um

comprometimento da estética facial. As análises cefalométricas podem indicar se

a origem do problema foi devido ao prognatismo mandibular, à retrusão maxilar ou

uma combinação de ambos. Clinicamente, esses indivíduos apresentam um perfil

facial côncavo, uma retrusão na área nasomaxilar e uma proeminência no terço

inferior da face.

Com a evolução da Ortodontia, existem várias filosofias diferentes, mas não

se pode dizer qual seria a melhor, ou qual traria resultados mais vantajosos,

porém, atualmente muitas técnicas de tratamento estão disponíveis para o

profissional, por isso, é de fundamental importância à elaboração correta do

diagnóstico diferencial para a determinação dos componentes que estão

envolvidos na má oclusão, para que o tratamento seja direcionado seguindo as

necessidades do caso em questão. Logo, a proposta desse trabalho foi de

investigar cefalometricamente as características de determinadas estruturas

esqueléticas e dentárias, à partir de uma amostra do município de Marília-SP, de

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Introdução 43

indivíduos portadores de má oclusão de Classe III, comparados aos indivíduos

com oclusão clinicamente aceitável.

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REVISÃO DA LITERATURA

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Revisão da Literatura 45

2 Revisão da Literatura

Angle (1899) com base na relação oclusal dos dentes, considerou o

primeiro molar permanente superior como a “chave” para a oclusão, classificando

assim as más oclusões. A classificação da má oclusão era, em relação a posição

ântero-posterior do primeiro molar superior, fator determinante para essa

classificação. Na oclusão considerada normal, a cúspide mésio-vestibular do

primeiro molar superior permanente oclui no sulco mésio-vestibular do primeiro

molar inferior permanente. Angle, baseado nesse princípio, classificou as más

oclusões em três tipos: Classe I, Classe II e Classe III, e nos casos da má oclusão

de Classe II, dividiu em 1ª e 2ª divisões, podendo se subdividir. Para a má

oclusão de Classe III, foi caracterizada pela relação mesial dos dentes inferiores

em relação aos dentes superiores, ou seja, o sulco mésio-vestibular do primeiro

molar inferior permanente posiciona-se mesialmente com a cúspide mésio-

vestibular do primeiro molar superior permanente.

Em 1900, na sexta edição do seu livro texto “Malocclusion of the teeth”,

Angle definiu a má oclusão de Classe III como o relacionamento mésio-distal

anormal dos arcos dentários, na qual a mandíbula e, conseqüentemente, os

dentes inferiores, ocluíam numa posição mesial ao normal, o correspondente à

largura de um pré-molar. Entretanto, na sétima edição do citado livro, em 1907,

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Revisão da Literatura 46

Angle modificou sua definição para “uma posição mesial ao ideal de mais que a

metade de uma cúspide”.

Björk (1947) em seu trabalho, mediante à análise cefalométrica, em um

grupo de 603 indivíduos, sendo 322 indivíduos com 12 anos de idade e 281

adultos, ambos do gênero masculino, concluiu que o prognatismo foi a

característica que determinou a forma geral do perfil facial e distinguiu o

prognatismo facial do prognatismo alveolar, sendo que o primeiro refere-se ao

grau de protrusão das estruturas faciais em seu conjunto, e o segundo, à

proeminência dos processos alveolares além das bases ósseas. Com base no

grau de prognatismo, determinou quatro pontos para se medir o prognatismo:

1) prognatismo da base da maxila: ângulo formado pela linha anterior à base do

crânio (N-S) e a linha do perfil (N-ENA); 2) prognatismo alveolar superior: ângulo

formado pela linha anterior à base do crânio (N-S) e a linha (N-Pr); 3) prognatismo

alveolar inferior: ângulo formado pela linha anterior à base do crânio (N-S) e a

linha (N-infradental) e 4) prognatismo da base da mandíbula: ângulo formado pela

linha anterior à base do crânio (N-S) e a linha (N-Pg). Instituíram-se ainda

relações entre a arquitetura facial e a oclusão dos dentes, particularmente dos

incisivos, e concluiu que o grau variável de prognatismo de indivíduos do mesmo

grupo racial dependia da configuração da base do crânio, que era determinada

pelos ângulos Násio-Sela-Articular e Násio-Sela-Básio.

Wylie (1947) em seu estudo, por meio de telerradiografias, utilizou uma

amostra de indivíduos com idade média de 11 anos e 06 meses, o qual

apresentou uma análise cefalométrica capaz de avaliar a harmonia entre as partes

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Revisão da Literatura 47

componentes do complexo craniofacial. Segundo o autor, as diversas

combinações entre as partes do conjunto crânio e face, consideradas

individualmente normais, poderiam formar uma combinação indesejável no

conjunto. Seu método de avaliação, por meio de diversas projeções em relação às

estruturas no plano de Frankfurt, permitiu investigar no sentido ântero-posterior, as

discrepâncias no tamanho das partes ósseas faciais, o qual torna possível uma

análise da displasia ântero-posterior, podendo ser zero, negativa ou positiva,

sendo que nos casos de prognatismo mandibular, essa contagem se torna

positiva.

Adams (1948) por meio de 140 telerradiografias em norma lateral realizou

um estudo com o objetivo de verificar se havia diferença no formato da mandíbula

nos vários tipos de má oclusão. Como resultado, o autor concluiu que nos casos

de má oclusão de Classe III, o ângulo goníaco apresentou-se aumentado, ângulo

gnátio apresentou diminuído, plano oclusal apresentou mais agudo com o bordo

inferior da mandíbula e a relação ântero-posterior do ramo foi significantemente

menor nos indivíduos em relação ao outro grupo.

Stapf (1948) avaliou 37 telerradiografias em norma lateral de indivíduos

diagnosticados clinicamente com má oclusão de Classe III, sem a preocupação

relacionada ao gênero, idade e severidade da má oclusão. O padrão Classe III foi

comparado com o padrão de oclusão normal, o qual constituiu de 31

telerradiografias em norma lateral de indivíduos com 08 anos de idade. As

diferenças na idade do padrão Classe III e oclusão normal foram

desconsideradas, uma vez que o autor considerou o padrão angular imutável após

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Revisão da Literatura 48

os três meses de vida. O autor concluiu que as diferenças entre o padrão normal

e Classe III foram encontradas no ângulo formado pela sínfise e borda inferior da

mandíbula, sendo que o aumento nasal foi encontrado sendo da mesma

percentagem da altura total da face na Classe III, assim como no padrão normal

de 08 anos em (43%), ao passo que a porção mandibular do aumento da altura da

face inferior aumentou mais consideravelmente na Classe III, do que no padrão

normal, com menor contribuição da altura facial inferior pela maxila. Concluiu-se

que existem duas teorias que procuraram explicar o problema relacionado a essa

má oclusão, ou seja, o crescimento dá-se além dos limites normais e ocorre

alteração no padrão facial. Todos os indivíduos portadores de má oclusão de

Classe III têm um padrão facial distinto, a maior característica deles é o

alongamento facial, excedendo o normal em altura, o qual a representação do

padrão facial Classe III apresentou como sendo independente do gênero e idade.

Björk (1951a) por meio de estudos cefalométricos de seus trabalhos

anteriores, analisou a natureza do prognatismo facial em relação à oclusão

normal, em uma amostra de 603 suecos – 281 adultos e 322 crianças; e 400

indivíduos da Rodésia-África. O autor chegou à conclusão de que o prognatismo

facial poderia ocorrer em conseqüência de: 1) encurtamento da base do crânio; 2)

deflexão angular da base do crânio; 3) modificações na forma do esqueleto facial

como causa de uma diminuição no ângulo entre o ramo e a base craniana e 4)

aumento no comprimento da maxila e da mandíbula.

Björk (1951b) realizou um estudo cefalométrico com 1003 indivíduos, de

trabalhos anteriores, com o objetivo de determinar o grau de prognatismo facial.

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Revisão da Literatura 49

Segundo o autor, o prognatismo aumentou durante o crescimento devido a uma

maior velocidade de aumento do comprimento das bases ósseas, comparados

com o crescimento da base craniana. Observou também que essa diferença das

bases ósseas era causada por alterações no tamanho e posição da maxila e

mandíbula.

Riedel (1952) realizou um estudo cefalométrico a partir de uma amostra

composta por radiografias cefalométricas de 52 indivíduos adultos com oclusão

excelente, na faixa etária de 18 a 36 anos; 24 indivíduos jovens com oclusão

excelente, na faixa etária de 07 a 11 anos; 32 indivíduos portadores de má

oclusão de Classe II, 1ª divisão, 10 indivíduos com Classe II, 2ª divisão, e 09

indivíduos com má oclusão de Classe III. O autor teve como intuito analisar a

posição ântero-posterior da maxila e mandíbula em relação à base do crânio. Não

houve diferença significativa na posição ântero-posterior da maxila em relação à

base do crânio em indivíduos com oclusão normal e má oclusão, mas notou-se

que existiu uma tendência da maxila se tornar mais prognata com o crescimento

quando o grupo mais jovem foi comparado com o adulto. A relação ântero-

posterior da mandíbula com a base craniana foi encontrada como sendo

significantemente diferente em indivíduos com oclusão excelente quando

comparada com indivíduos portadores de má oclusão, e a diferença da relação

ântero-posterior dos pontos A e B na maxila e mandíbula apresentou-se

significamente no grupo da má oclusão.

Sanborn (1955), com o intuito de determinar se existia ou não diferenças

significativas entre o padrão esquelético facial da má oclusão de Classe III e

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Revisão da Literatura 50

oclusão normal, analisou uma amostra de 42 telerradiografias em norma lateral de

indivíduos adultos portadores de má oclusão de Classe III, leucodermas, sendo 26

indivíduos do gênero masculino e 16 indivíduos do gênero feminino, com idade

média de 21,83 anos. A amostra controle constituiu de 35 telerradiografias de

indivíduos adultos portadores de oclusão excelente, leucodermas, sendo 26

indivíduos do gênero masculino e 09 indivíduos do gênero feminino, com idade

média de 24,65 anos. Concluiu que a má oclusão de Classe III não implica em um

padrão dento-esquelético típico, que vários tipos de perfil esquelético estão

associados à má oclusão de Classe III, que a maxila da Classe III, tende a ser

menos prognata em comparação à oclusão normal, e a mandíbula na Classe III,

tende a ser mais prognata do que a normal, o ponto pogônio estava localizado

mais a frente na Classe III, em relação à base do crânio, a borda inferior da

mandíbula estava mais inclinada do que o normal, o ângulo goníaco era mais

obtuso na Classe III, o incisivo superior estava inclinado mais labialmente em

relação ao palato e plano oclusal na Classe III, e o incisivo inferior estava inclinado

mais lingualmente em relação à borda inferior da mandíbula e plano oclusal na

Classe III. Em relação ao comprimento do corpo mandibular e ramo mandibular

não houve diferença significante entre a Classe III e oclusão normal.

Mills (1966), com o propósito de avaliar as alterações que ocorriam nas

posições dos incisivos superiores e incisivos inferiores como resultados do

tratamento ortodôntico nos casos de má oclusão de Classe III, analisou 44

indivíduos com má oclusão de Classe III, com idade média inicial de 12 anos e 02

meses, e final 18 anos e 02 meses, e como grupo controle, 24 indivíduos com

idade média inicial de 13 anos e 10 meses, e final 18 anos e 11 meses. Como

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Revisão da Literatura 51

resultados, concluiu que não houve nenhuma evidencia de que o tratamento da

má oclusão de Classe III tivera qualquer efeito permanente no padrão facial

esquelético, e que o melhor método de tratamento para a Classe III, suave, seria

inclinar os incisivos superiores e retroinclinar os incisivos inferiores de tal forma

que permanecessem numa posição muscular de equilíbrio.

Nouer (1966) em um estudo analisou 1523 jovens, sendo 754 do gênero

masculino e 769 do gênero feminino, divididos em leucodermas, melanodermas e

xantodermas, na faixa etária entre 07 e 12 anos. Com o intuito de determinar as

prevalências de oclusão normal e má oclusão de Angle, o autor concluiu que a

prevalência da má oclusão foi bastante elevada em relação à prevalência de

oclusão normal que se apresentou baixa, e, segundo a classificação de Angle, a

Classe I, apresentou-se com 91% dos casos, seguida a Classe II, com 8,5% dos

casos, e nos casos da má oclusão de Classe III, apenas 0,4% da amostra

analisada.

Björk (1969) em uma pesquisa com 100 jovens analisou a rotação

mandibular durante o crescimento por meio de um estudo longitudinal com

implantes metálicos. Sabendo que o sucesso do tratamento de algumas más

oclusões dependia do controle de alguns aspectos morfológicos da face, relatou

que a análise do crescimento consistia essencialmente na avaliação de três itens:

desenvolvimento da forma facial; sentido do crescimento facial e na média

individual de maturação. Dentre esses itens, encontrou maiores conhecimentos

sobre o padrão de crescimento mandibular e confirmou que o crescimento em

comprimento mandibular ocorreu essencialmente nos côndilos. A porção anterior

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Revisão da Literatura 52

do mento mostrou-se estável, sem ocorrência de crescimento, o aumento na

espessura da sínfise, normalmente ocorreu pela aposição em sua porção

posterior. Quanto ao padrão de crescimento mandibular, geralmente se encontrou

caracterizado pela curvatura discreta para frente ou ocasionalmente para trás,

sempre acompanhada pela remodelação na região do ângulo goníaco e da

sínfise.

Horowitz, Converse e Gerstman (1969) com o intuito de analisar as

medições obtidas por meio de procedimentos univariados e multivariados,

realizaram um estudo mediante dois critérios: o desfiguramento facial no geral, no

qual a porção inferior da face era individualmente proeminente e a presença da

má oclusão de Classe III de Angle. Foram realizadas telerradiografias em norma

lateral de 52 indivíduos adultos com prognatismo mandibular, sendo 16 indivíduos

com mordida aberta e 36 sem mordida aberta, e como grupo controle, 15

indivíduos do gênero masculino e 15 indivíduos do gênero feminino, sem

tratamento ortodôntico prévio, com padrão facial normal e presença de Classe I de

Angle. Concluíram que a base craniana e o complexo maxilar são menores em

média no prognatismo mandibular. Ao passo que a mandíbula não é

significantemente maior no grupo Classe III, ela estava situada mais

anteriormente, e a altura facial difere nos casos de indivíduos com e sem mordida

aberta. Mostraram também que o prognatismo mandibular poderia ser

descriminado da população geral por meio de diferentes maneiras: tamanho da

base craniana, tamanho, forma e posição mandibular, e a posição maxilar.

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Revisão da Literatura 53

Sassouni (1969) em seu estudo analisou as estruturas do complexo

dentofacial em que estas poderiam levar aos diferentes tipos faciais. A

permanente variação do tamanho, posição, forma e proporção do complexo

estrutural dentofacial têm influência na oclusão; e os dentes, músculos e ossos

interagem intimamente durante o crescimento aumentando ou mascarando as

deformidades dentofaciais iniciais. Classificou dois tipos principais de portadores

de desproporções verticais (mordida aberta e sobremordida profunda

esqueléticas) e desproporções ântero-posteriores (Classe II e Classe III

esqueléticas), e afirmou que seria síndrome com características que poderiam

criar determinada deformidade facial, tipos faciais de uma natureza

multidimensional de combinações e dimensões ântero-posteriores, sendo que na

maioria dos casos de má oclusão de Classe III, esquelética, a maxila encontra-se

diminuída em seu tamanho e a mandíbula encontra-se aumentada.

Dietrich (1970) em um estudo com 172 telerradiografias, em norma lateral

de indivíduos portadores de má oclusão de Classe III, dividiu em três níveis de

maturação baseado na erupção dentária: dentadura decídua, mista e permanente,

foram comparados com um grupo de indivíduos Classe I. Concluiu que na fase de

dentadura permanente 37,5% da amostra de Classe III, apresentou uma retrusão

maxilar, sem prognatismo mandibular, 31% dos casos apresentou prognatismo

mandibular com um posicionamento normal da maxila, 24% dos casos, com

maxila e mandíbula dentro do índice de variação normal de proeminência, 6% dos

casos apresentou uma retrusão maxilar e mandibular e 1,5% uma combinação de

retrusão maxilar com protrusão mandibular.

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Revisão da Literatura 54

Horowitz e Doylie (1970) analisaram uma amostra composta de 718 jovens,

na faixa etária entre 10 e 12 anos, sendo que 397 jovens eram do tipo racial

melanodermas e 321 jovens, leucodermas. Os autores concluíram que na raça

negra, 76,8% apresentaram uma relação molar de Classe I, 11,4% dos jovens

apresentaram Classe II e apenas 6,3% dos jovens apresentaram má oclusão de

Classe III; e na raça branca, a prevalência de Classe I, foi de 53,6%, nos casos de

Classe II, foi de 33,6% e os jovens portadores de má oclusão de Classe III

apresentaram em 4,7% dos casos nos leucodermas.

Litton et al. (1970) propuseram em seu estudo diagnosticar o prognatismo

mandibular da má oclusão de Classe III, com a mandíbula em relação cêntrica, o

qual foram analisados 51 indivíduos portadores de má oclusão de Classe III,

sendo que 13% exibiram uma forte influência genética na transmissão da

Classe III. Os resultados não confirmaram o modo de transmissão autossômica

dominante simples, não confirmaram também a transmissão recessiva

autossômica simples. A explicação mais compatível parecia ser o método

poligênico de transmissão dependente de um limiar, além dos quais os indivíduos

estavam em risco. A possibilidade de diferentes métodos de transmissão existia

em diferentes famílias ou populações.

Rakosi (1970) analisou indivíduos portadores de má oclusão de Classe III,

por meio de um estudo cefalométrico, e agrupou dois tipos de má oclusão

Classe III: esquelética e funcional. Mediante aos resultados, o autor identificou na

má oclusão esquelética dois tipos de anomalias, sendo a mandíbula bastante

desenvolvida e com um subdesenvolvimento maxilar, e nos casos da má oclusão

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Revisão da Literatura 55

funcional, três tipos foram diferenciados, sendo a pseudo Classe III, a má oclusão

verdadeira e a Classe III esquelética verdadeira com guia forçado devido às

posições dos incisivos superiores e inferiores.

Ridell, Söremark e Lundberg (1970) em um estudo com 58 indivíduos da

Escola de Odontologia da Universidade de UMEA, portadores de protrusão

mandibular, sendo 31 indivíduos do gênero feminino e 27 indivíduos do gênero

masculino, na faixa etária entre 18 e 35 anos, sendo a maioria com 23 anos de

idade, e como grupo controle, 92 estudantes de odontologia e assistentes

odontológicos, com padrão facial normal, sendo 48 indivíduos do gênero feminino

e 44 indivíduos do gênero masculino, na faixa etária entre 20 e 26 anos, tinham

como finalidade de medir e comparar algumas distâncias e ângulos nos indivíduos

com prognatismo e perfil facial normal, para descobrir quais desses mostraram

diferenças estatisticamente significantes entre indivíduos do gênero masculino e

feminino com prognatismo e normais. Os resultados mostraram que para todas as

diferenças observadas entre os grupos: normal e protrusiva, não ocorreram na

mandíbula diferenças significativas em relação à inclinação dos incisivos

superiores. Nos casos protrusivos, os incisivos inferiores apresentaram ângulos

maiores, se comparados ao normal, estando associados à protrusão ao passo que

a parte anterior da maxila não estava envolvida. A altura facial no gênero feminino

era menor e em relação à mandíbula, esta era menor que no gênero masculino.

Jacobson et al. (1974) com o intuito de identificar os vários tipos de padrões

esqueléticos da má oclusão de Classe III, analisaram telerradiografias em norma

lateral de indivíduos com má oclusão de Classe III, comparados com indivíduos

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Revisão da Literatura 56

com oclusão normal, compararam também as mudanças de crescimento e

padrões esqueléticos prognatas entre indivíduos jovens e adultos. Na amostra de

Classe III, foram utilizadas 149 telerradiografias, sendo que 32 de indivíduos

adultos do gênero masculino e 34 do gênero feminino, além de 30 indivíduos

jovens do gênero masculino e 53 do gênero feminino, na faixa etária dos 06 aos

16 anos. Na amostra controle, 112 telerradiografias de indivíduos com oclusão

excelente, sendo que 22 indivíduos do gênero masculino eram adultos e 25 do

gênero feminino, 37 jovens do gênero masculino e 28 do gênero feminino, na faixa

etária dos 06 aos 16 anos. O padrão mais comum encontrado na má oclusão de

Classe III foi que a maxila estava dentro dos níveis normais de prognatismo, ao

passo que a mandíbula estava além desse nível. Aproximadamente um quarto da

amostra da Classe III mostrou uma relativa deficiência maxilar. A diferença mais

significativa entre a má oclusão de Classe III e a oclusão normal foi o ângulo ANB,

que poderia ser atribuído principalmente à mandíbula da Classe III ser mais

prognata. Também contribuiu para essa diferença a base anterior do crânio ser

mais curta na má oclusão de Classe III, que na rotação, tende a afetar uma

relativa deficiência maxilar. O ângulo goníaco apresentou-se mais obtuso, e a

dominância do crescimento mandibular foi demonstrada pela comparação dos

casos de má oclusão de Classe III em indivíduos jovens e adultos. Inclinações

incisais apresentaram mudanças como uma conseqüência desse crescimento. O

dimorfismo entre os gêneros estava principalmente refletido no gênero masculino

na Classe III, e embora as proporções craniofaciais dos casos de Classe III, no

gênero masculino e feminino se encontravam similares, os indivíduos do gênero

feminino tiveram uma leve tendência a um padrão do tipo divergente.

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Revisão da Literatura 57

Irie e Nakamura (1975) com a finalidade de oferecer evidências

substanciais para considerar a eficácia de forças ortopédicas, estudaram casos

severos de má oclusão de Classe III, com um subdesenvolvimento maxilar e um

desenvolvimento maior mandibular, os quais foram tratados na fase de dentadura

mista por meio de forças ortopédicas. Foram classificados em três grupos: Tipo A,

B e C, e os resultados mostraram que o tipo mais freqüente foi o Tipo A com 59%

dos casos, considerado má oclusão de Classe III funcional, e com 34% dos casos

o Tipo B, com má oclusão de Classe III esqueletal, e o Tipo C com 7% dos casos,

diferenciando posteriormente do Tipo B, no posicionamento mandibular e dentário.

Os autores concluíram que a força ortopédica deve ser usada num estágio de

crescimento precoce e que a alteração na direção de crescimento ou a retardação

do potencial de crescimento foram efetivos nos indivíduos em crescimento, no

qual as forças ortopédicas, para alterar a direção de crescimento precisariam de

um curto prazo de tempo e as forças para retardar o potencial de crescimento

deveriam ser aplicadas por longo período.

Takahashi (1975) em seu estudo analisou mestiços, leucodermas e

xantodermas, com a finalidade de determinar a prevalência da oclusão normal e

má oclusão, em ambos os gêneros. Os resultados mostraram que os mestiços

apresentaram em 9,8% oclusão normal e 90,2% de má oclusão sendo que 3,92%

apresentaram a má oclusão de Classe III; nos leucodermas, 9,68% dos casos

apresentaram oclusão normal e 90,31% de má oclusão, sendo que 1,05%

apresentou a má oclusão de Classe III; e nos xantodermas a oclusão normal foi de

8,42% e 91,58% de má oclusão, sendo que a Classe III apresentou em 9,7% dos

casos.

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Revisão da Literatura 58

Schulhof, Nakamura e Williamson (1977) selecionaram 14 indivíduos

portadores de má oclusão de Classe III, esquelética, que tinham registros

longitudinais avaliados por um período de aproximadamente quatro anos, sendo

que desses 14 indivíduos, 13 tiveram o tratamento concluído. Com o intuito de

determinar o tipo de crescimento facial concorrendo para o desenvolvimento da

má oclusão de Classe III, o qual teria uma predição de crescimento normal ou

anormal, a relação molar, deflexão craniana, localização do Po e posição do ramo

mandibular foram mensuradas e comparadas aos padrões. Os resultados

indicaram que as quantidades de desvios padrões das medidas foram

significantes em casos com crescimento mandibular maior, por essa razão, esses

fatores são significantes para predição de crescimento em casos de Classe III.

Uma relação significante foi mostrada entre crescimento anormal e normal em

quatro análises cefalométricas. Nos casos normais, foi verificado que o

crescimento da base craniana foi proporcional ao da mandíbula e nos casos de

má oclusão de Classe III, houve um aumento proporcionalmente maior na

mandíbula que na base do crânio.

Bryant (1981) em uma amostra com 21 telerradiografias de indivíduos

portadores de má oclusão de Classe III, com trespasse horizontal reverso, sendo

13 indivíduos do gênero masculino e 08 do gênero feminino, tinha como finalidade

avaliar antes, durante e após tratamento, o efeito de rotação na dimensão vertical

e na relação da mandíbula no sentido ântero-posterior, sendo que a idade média

no início do tratamento era de 11 anos, final de tratamento 13 anos, e radiografia

final aos 16 anos e 04 meses. Segundo os resultados, os casos de Classe III, com

trespasse horizontal reverso e baixo ângulo maxilo-mandibular, demonstraram

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Revisão da Literatura 59

uma rotação de abertura mandibular durante o tratamento para corrigir a relação

incisal. Essa rotação foi mais do que revertida após tratamento, e 17 dos 21 casos

podiam ter sido descritos como uma rotação anterior total, durante o período

estudado.

Mitani (1981) em seu estudo analisou as alterações de crescimento da face

associadas ao prognatismo mandibular durante o período antes da puberdade,

com a finalidade de determinar o comportamento de crescimento da mandíbula

prognata sobre o tamanho mandibular. Baseado em dois grupos de garotas

japonesas, sendo 18 garotas do grupo experimental, portadoras de má oclusão de

Classe III e 22 garotas do grupo controle, com oclusão normal ou suave má

oclusão de Classe I, o qual foram realizados telerradiografias em norma lateral, e

que consistiu de séries de 4 anos nas idades de 07 a 10 anos. A análise foi feita

com a obtenção de tamanhos anuais de vários componentes faciais nos dois

grupos. O autor observou: 1) um prognatismo mandibular com uma mandíbula de

tamanho aumentado, associado ao retroposicionamento maxilar e ao tamanho

normal da maxila; 2) alterações incrementais em tamanho obtidas na mandíbula

prognática assim como a maxila retroposicionada mostrava uma maneira de

aumento relativamente similar à observação na face normal antes da puberdade;

3) aumento total de crescimento na mandíbula prognática de tamanho aumentado

era quase a mesma de mandíbula normal e não indicava nenhum surto de

crescimento peculiar, nem maxilar nem mandibular; 4) nem o crescimento do

corpo mandibular ou o seu avanço posicional acontecia para alcançar ou se

ajustar à mandíbula de tamanho aumentado prognatismo na face; 5) o

prognatismo mandibular parecia ter sido estabelecido precocemente e uma vez

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Revisão da Literatura 60

estabelecido o seu incremento de crescimento anual e velocidade, mostrou uma

maneira claramente similar a da face normal antes da puberdade.

Jamison et al. (1982), com o intuito de descrever com base anual de 08 à

17 anos de idade as alterações ântero-posteriores no tamanho maxilar as

alterações ântero-posteriores na relação maxila-base craniana, as alterações

ântero-posteriores da maxila em relação à mandíbula e as alterações entre as

relações na altura em repouso com relação aos parâmetros citados acima,

analisaram cefalogramas laterais bi-anualmente nas idades entre 05 e 12 anos e

anualmente nas idades de 17 anos, com oclusão clinicamente aceitável, sendo 20

indivíduos do gênero masculino e 15 indivíduos do gênero feminino. Os resultados

mostraram que o perfil de crescimento e as alterações na altura em repouso e os

vários parâmetros faciais foram significativos entre os dois gêneros, sendo

também significativamente diferente para o comprimento maxilar, o qual foi maior

no período máximo de crescimento e para a relação maxilo-mandibular, essas

alterações não foram significativas e o perfil de crescimento teve pouco valor de

prognatismo na determinação do perfil de crescimento de qualquer outro

parâmetro.

Vigorito e Mitri (1982), com o intuito de verificar os padrões mediante as

grandezas cefalométricas, analisaram 40 telerradiografias, em norma lateral, de

indivíduos leucodermas em ambos os gêneros, na faixa etária entre 12 à 17 anos,

portadores de oclusão normal. Como resultados, os autores constataram padrões

médios de normalidade no posicionamento da maxila e mandíbula, sendo que os

valores encontrados para os ângulos SNA e SNB demonstraram a viabilidade do

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Revisão da Literatura 61

emprego desses padrões como referência na avaliação ântero-posterior das

bases apicais.

Silva e Araújo (1983), com o intuito de determinar a prevalência das más

oclusões, fundamentado na classificação de Angle, examinaram 600 crianças, na

faixa etária de 05 à 07 anos, sendo 351 do gênero masculino e 249 do gênero

feminino, os quais consideraram três grupos étnicos: brancos, mulatos e negros.

Concluíram que 69,2% dos casos apresentaram má oclusão, sendo que 54,7%

apresentaram má oclusão de Classe I, 13% de Classe II e finalmente a má

oclusão menos prevalente, a Classe III de Angle que atingiu 1,5% dos casos.

Bishara, Peterson e Bishara (1984) em um estudo analisaram 35 jovens,

sendo 20 do gênero masculino e 15 do feminino, por meio de telerradiografias em

norma lateral, com o intuito de quantificar as alterações dimensionais e o

relacionamento dos componentes faciais. Foram divididos em três grupos:

Grupo I – dos 05 aos 10 anos; Grupo II – dos 10 aos 15 anos e Grupo III – dos 15

aos 25 anos. Analisaram as medidas relativas à altura facial anterior, à altura

facial posterior e a relação entre as duas alturas, e segundo os autores a maioria

das alterações no gênero feminino ocorreu nos Grupos I e II e no gênero

masculino houve distribuição nos três períodos de crescimento.

Ellis e McNamara (1984) avaliaram 302 pacientes adultos, mediante

telerradiografias em norma lateral, portadores de má oclusão de Classe III, com o

intuito de identificar as relações dentárias e esqueléticas na má oclusão de

Classe III, nas quais foram analisadas a posição esqueletal da maxila e mandíbula

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Revisão da Literatura 62

e a posição maxilo-dento-alveolar e mandibular. Os resultados mostraram que não

houve diferenças significativas, com exceção da altura facial ântero-inferior que se

apresentou aumentada, a maxila retruída, mandíbula protruída, os incisivos

superiores protruídos e inferiores retruídos.

Gravely (1984), com a finalidade de analisar pacientes com relação de má

oclusão de Classe III, para descobrir a extensão de qualquer deslocamento

mandibular ocorrido durante o fechamento do ponto inicial do contato incisal a um

ponto no qual os dentes posteriores ocluem, o autor estudou 50 casos da má

oclusão de Classe III. Confirmou-se que alterações na relação vertical são

aproximadamente associadas a alterações do ponto B à medida que a mandíbula

se fecha na posição incisal e inicial de contato para um trespasse horizontal

reverso. Concluiu-se que há um pequeno ou nenhum deslocamento mandibular na

Classe III, quando os dentes posteriores estão em oclusão.

Lavelle (1984), em seu estudo, analisou três amostras iguais de 30

indivíduos do gênero feminino, totalizando 90 indivíduos, com idade variando entre

12 e 15 anos, por meio de telerradiografias em norma lateral, com o intuito de

comparar a forma mandibular nos indivíduos com Classe I, II e III de Angle.

Houve, entretanto, contrastes incluindo o grau de separação coronóide e condilar,

e orientação do ramo mandibular relativo ao corpo mandibular. Tal constância da

forma mandibular derivou dessa técnica de investigação e foi em contraste

marcante com os dados dos estudos cefalométricos tradicionais que combinaram

o tamanho à forma. Esse estudo demonstrou que a forma parece menos variável

do que o tamanho, sendo que o comprimento do eixo axial foi maior no Classe III,

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Revisão da Literatura 63

em relação ao Classe I, e menor no Classe II, os ângulos entre os eixos axiais

foram menores no Classe III, comparados à Classe I, posicionando assim mais

para anterior do processo condilar.

Guyer et al. (1986) realizaram um estudo cefalométrico com 144

telerradiografias em norma lateral de indivíduos portadores de má oclusão de

Classe III, na faixa etária dos 05 aos 15 anos, em ambos os gêneros, com a

finalidade de comparar as características dentárias e esqueléticas de Classe I e

Classe III, em quatro idades consecutivas de desenvolvimento mental, e também

com a finalidade de avaliar a variabilidade esqueletal dentre os indivíduos com má

oclusão de Classe III em cada um dos quatro grupos de idades em

desenvolvimento. Concluíram que as características da má oclusão de Classe III

já estavam presentes na idade precoce e relataram que nesses casos de má

oclusão, a maxila encontrava-se retruída e a mandíbula protruída, sendo que o

prognatismo mandibular e a Classe III não eram sinônimos na opinião deles.

Comparando ainda as duas Classes I e III, encontraram um comprimento efetivo

maxilar mais curto no Classe III, um comprimento efetivo mandibular maior no

Classe III, altura facial inferior no Classe III foi maior e os incisivos superiores

protruídos e inferiores retruídos.

Aidar (1987) em seu estudo, analisou uma amostragem de 200

telerradiografias em norma lateral, obtidas de pacientes brasileiros, leucodermas,

em ambos os gêneros, na faixa etária de 11 anos e 02 meses a 19 anos e 10

meses, não tratados ortodonticamente, com o intuito de contribuir com o estudo da

avaliação cefalométrica dos padrões de crescimento facial. A amostra foi dividida

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Revisão da Literatura 64

em cinco grupos, quanto ao tipo de oclusão, sendo um grupo de pacientes

portadores de oclusão normal e quatro grupos de pacientes portadores de más

oclusões, segundo os conceitos de Angle, sendo que cada grupo foi dividido

igualmente quanto ao gênero. O autor concluiu que estatisticamente não houve

dimorfismo entre os gêneros dentro de cada grupo, e em relação ao grupo de

pacientes portadores de má oclusão de Classe III apresentaram um padrão de

crescimento equilibrado.

Kerr e TenHave (1988) com o intuito de analisar cefalometricamente o

posicionamento mandibular na má oclusão de Classe III, analisaram 66

telerradiografias em norma lateral, caracterizadas também pelo posicionamento

retroinclinado dos incisivos superiores, os quais foram comparados com um grupo

controle. Foram realizadas medições para estabelecer a parte desempenhada

sobre o fechamento e deslocamento anterior da mandíbula na Classe III, e

concluíram que a Classe III apresentou uma dimensão vertical reduzida e

presença de prognatismo mandibular, o deslocamento anterior mandibular e o

sobrefechamento estavam presentes na Classe III, sendo que o sobrefechamento

foi significantemente maior comparado ao deslocamento anterior mandibular.

Silva Filho, Freitas e Cavassan (1989) em seus estudos, analisaram 2416

crianças, no município de Bauru-SP, na faixa etária entre 07 e 11 anos, em ambos

os gêneros. Os autores concluíram que apenas 11,47% apresentaram

características de oclusão normal, e 88,53% apresentaram má oclusão, sendo

55% de Classe I, 42% de Classe II, e uma baixa porcentagem de má oclusão de

Classe III, com 3% dos casos analisados.

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Revisão da Literatura 65

Toms (1989) analisou 500 indivíduos da Arábia Saudita, os quais foram

selecionados 47 casos de má oclusão Classe III, sendo 21 indivíduos do gênero

feminino e 26 do gênero masculino, com idade variando entre 10 e 21 anos, e

idade média de 13 anos e 5 meses. Como grupo controle de 453 indivíduos

analisados, foram selecionados 47 casos portadores de oclusão normal, com

idade média de 13 anos e 5 meses. A finalidade desse estudo foi analisar

cefalometricamente os casos de má oclusão de Classe III, comparados ao grupo

controle e como resultado o autor relatou que o prognatismo mandibular foi a

causa mais comum da má oclusão de Classe III, e com um comprimento

mandibular aumentado, um retrognatismo e comprimento reduzido da maxila,

altura facial anterior e posterior foram maiores, e os incisivos superiores e

inferiores apresentaram um grau marcante de compensação dento-alveolar.

Moyers (1991) dizia que a má oclusão Classe III era caracterizada

esqueleticamente por um prognatismo mandibular, uma deficiência maxilar, ou a

combinação de ambos, e, dentariamente, uma relação molar Classe III de Angle, e

os incisivos inferiores se portavam labialmente aos incisivos superiores.

Considerava a Classe III uma displasia esquelética bem definida, se bem que

existam Classes III funcionais. Os tratamentos para a má oclusão de Classe III,

quando tratados precocemente, em fase de crescimento facial, produzem bons

resultados, mas a correção na fase adulta, é mais complicada ortodonticamente,

tentando camuflar o problema, isto é, quando possível, caso contrário seria feita a

correção por meio de cirurgia ortognática.

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Revisão da Literatura 66

Mackay et al. (1992) realizaram um estudo com 50 indivíduos adultos

portadores de má oclusão de Classe III, por meio de telerradiografias em norma

lateral, o qual foram identificados cinco subgrupos. O objetivo do estudo foi

determinar os vários subtipos de forma facial dos indivíduos Classe III e

estabilidade dos casos. Segundo os resultados, os autores encontraram no

Grupo 1 a maxila retruída e mais curta em seu tamanho, a mandíbula suavemente

protruída e os incisivos inferiores retroinclinados; no Grupo 2, a maxila

apresentou-se normal, a mandíbula suavemente protruída e a altura facial anterior

inferior menor; no Grupo 3, a maxila apresentou-se normal em sua posição, a

mandíbula severamente protruída, o comprimento mandibular aumentado e

incisivos inferiores retroinclinados; o Grupo 4 foi similar ao Grupo 2, apenas o

comprimento mandibular nesse grupo apresentou-se aumentado e a altura facial

anterior inferior aumentada; e no Grupo 5, a maxila apresentou-se normal com um

prognatismo moderado mandibular, sendo que o comprimento mandibular

apresentou-se aumentado e o incisivos superiores, vestibularizados. Concluíram

que todos os casos de Classe III apresentaram um grau de prognatismo

mandibular, enquanto que 14% dos casos tinham retrognatismo maxilar, e uma

altura facial inferior foi vista em 58% dos casos.

Hashim e Sarhan (1993) examinaram 150 indivíduos britânicos, na faixa

etária de 09 a 12 anos, sem que estes teriam passado por um tratamento

ortodôntico. Foram selecionados 27 indivíduos, sendo 15 do gênero masculino e

12 do gênero feminino, com idade de 10 anos e portadores de má oclusão de

Classe III. Foram realizadas telerradiografias em norma lateral, cuja finalidade do

estudo foi investigar a má oclusão de Classe III em indivíduos com protrusão

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Revisão da Literatura 67

mandibular e normal e caracterizar os significados de parâmetros comparados à

média populacional. Concluíram que dentre os indivíduos analisados, uma

porcentagem de 51,8% dos casos de Classe III apresentaram um posicionamento

normal mandibular e que 48,2% dos casos apresentaram uma protrusão

mandibular.

Lew e Foong (1993) analisaram cefalometricamente 80 chineses adultos,

divididos igualmente em ambos os gêneros, com idade média de 21 anos e 08

meses, portadores de má oclusão de Classe III verdadeira, e que necessitavam de

tratamento ortodôntico cirúrgico. Foram analisadas as bases esqueletais maxilar e

mandibular usando critérios angulares e lineares, e segundo os autores na maioria

dos casos a maxila apresentou-se bem posicionada, e com um desenvolvimento

maior mandibular, sendo que na maioria dos indivíduos do gênero masculino,

compreendeu uma maxila bem posicionada e mandíbula aumentada e no gênero

feminino, um posicionamento normal mandibular e maxila subdesenvolvida, sendo

que o dimorfismo entre os gêneros foi estatisticamente significante e que não

ocorreram diferenças significativas nas bases esqueletais – SNA e SNB e

medidas lineares.

Mitani, Sato e Sugawara (1993), com o intuito de se conseguir informações

a partir de registros de amostras não tratadas ortodonticamente, de como a forma

esqueletal da mandíbula prognata contribuiu para a face e que o remanescente de

crescimento facial prognata diferiu da face normal após o pico de crescimento

pubertal, os autores analisaram dois grupos de indivíduos, sendo um com má

oclusão de Classe III, com 34 indivíduos (14 do gênero masculino e 20 do gênero

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Revisão da Literatura 68

feminino) e o outro com oclusão normal, denominado de grupo controle, com 36

indivíduos (16 do gênero masculino e 20 do gênero feminino), na qual a faixa

etária foi de 15 a 18 anos para o gênero masculino e 14 a 17 anos para o gênero

feminino. Cada grupo consistiu em intervalos de 03 anos, em que foram realizados

telerradiografias em norma lateral e como complemento a radiografia carpal – de

mão e punho, para determinar os estágios de maturação do crescimento pubertal

pelos eventos de ossificação. Os resultados indicaram uma associação da

Classe III, com um aumento no corpo mandibular, sem deficiência maxilar e que

as características morfológicas do prognatismo mandibular que foram

estabelecidas antes do pico de crescimento pubertal foram fortemente mantidas

durante o período estudado, entretanto, o prognatismo mandibular mostrou uma

maneira de crescimento similar àquela do normal após o pico de crescimento

pubertal.

Tollaro et al. (1994) analisaram por meio de telerradiografias em norma

lateral a morfologia craniofacial de 69 indivíduos com má oclusão de Classe III,

sendo 36 indivíduos do gênero masculino e 33 do gênero feminino, os quais foram

comparados a um grupo de 60 indivíduos com oclusão normal, sendo 32

indivíduos do gênero masculino e 28 do gênero feminino, ambos na fase de

dentadura decídua, e cada grupo foi dividido em três subgrupos de idades: 4, 5 e

6 anos. A finalidade do estudo foi comparar as características craniofaciais nas

crianças com má oclusão de Classe III e oclusão normal com o intuito de

identificar se era possível qualquer sinal esqueletal precoce na Classe III, e se o

padrão craniofacial na Classe III era diferente da Classe I, na fase de dentadura

decídua. Os resultados mostraram que sinais precoces de desarmonia esquelética

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Revisão da Literatura 69

da má oclusão de Classe III estavam presentes durante a fase da dentadura

decídua, o comprimento do corpo mandibular na Classe III apresentou aumentado

com uma protrusão mandibular, a base anterior do crânio diminuída e indicou um

padrão craniofacial distinto na Classe III, baseado em um conceito biológico.

Ferreira (1999) relatou o que Angle preconizou em seus estudos, quando

determinou que a má oclusão de Classe III era a relação de mesioclusão do

primeiro molar permanente inferior, e que ainda hoje, essa é a classificação mais

utilizada pelos ortodontistas. Na Classe III, algumas características determinantes

são presentes, como: o perfil facial côncavo, um desequilíbrio muscular,

normalmente é acompanhado de mordida cruzada anterior e, com freqüência, a

mordida cruzada posterior. Acompanham-se também problemas de falta ou

excesso de espaços, mordida aberta anterior ou mordida profunda e más posições

individuais.

Mouakeh (2001) com o intuito de investigar as características morfológicas

do complexo craniofacial de jovens indivíduos portadores de má oclusão de

Classe III, selecionou uma amostra de 69 telerradiografias em norma lateral,

baseados na relação molar, sendo 23 do gênero masculino e 46 do gênero

feminino e comparados com jovens portadores de Classe I, como grupo controle.

O autor concluiu que a base anterior do crânio estava significantemente mais curta

do que o normal no grupo da Classe III, o comprimento maxilar apresentava-se

diminuído, e com um retroposicionamento maxilar. A mandíbula apresentava-se

protruída e com um aumento no comprimento mandibular nos casos de Classe III.

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Revisão da Literatura 70

Os incisivos superiores apresentavam protruídos e os inferiores retruídos, e com

uma altura facial ântero-inferior reduzida.

Ishii, Deguchi e Hunt (2002) em seu estudo analisaram mediante

telerradiografias, em norma lateral, dois grupos raciais: xantodermas e

leucodermas, sendo 28 indivíduos japoneses e 24 indivíduos britânicos, ambos

portadores de má oclusão de Classe III. Com o intuito de esclarecer as diferenças

morfológicas craniofaciais dos dois grupos raciais, os autores relataram que no

grupo da raça japonesa a base anterior do crânio apresentava-se mais curta, o

ângulo goníaco obtuso, um alto ângulo do padrão facial, conseqüentemente a

altura facial ântero-inferior aumentada e os incisivos superiores, vestibularizados.

Não houve diferenças nas dimensões mandibulares entre os grupos estudados,

mas as características da raça xantoderma pareciam levar a um prognóstico

menos favorável para correção do padrão esquelético da Classe III, em relação à

raça leucoderma.

Kuramae (2002) em sua pesquisa avaliou uma amostra de 20

telerradiografias em norma lateral de indivíduos adultos, sendo que 09 indivíduos

eram do gênero masculino e 11 do gênero feminino, na faixa etária de 17 a 36

anos, brasileiros, leucodermas, de ambos os gêneros, que teve como intuito de

realizar um estudo cefalométrico de indivíduos portadores da má oclusão de

Classe III de Angle, buscando valores médios para as grandezas cefalométricas e

verificando as diferenças entre os gêneros. Os resultados demonstraram que

houve diferença estatiscamente significante entre os gêneros, o posicionamento

ântero-posterior, fornecido pelas grandezas cefalométricas SNA e SNB,

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Revisão da Literatura 71

demonstraram a maxila bem posicionada em relação à base anterior do crânio e a

mandíbula protruída em relação à base anterior do crânio, os quais tiveram

relação com um comprimento maxilar normal e um comprimento mandibular

aumentado. Ficou evidente a predominância do crescimento no sentido vertical,

por meio da grandeza cefalométrica FMA, e em relação ao padrão dentário,

avaliado pelas grandezas cefalométricas IMPA, .NA, -NA, .NB e -NB

mostraram a presença de compensações dentárias.

Kaneshima (2004) analisou uma amostra de 4913 indivíduos em ambos os

gêneros na faixa etária de 07 a 16 anos, de escolas da rede de ensino público do

município de Marília, por meio de um estudo epidemiológico durante a fase de

dentadura mista e permanente com a finalidade de determinar o índice de má

oclusão. Posteriormente, a amostra foi constituída por 4599 indivíduos, sendo que

314 indivíduos foram excluídos, por terem concluído tratamento ortodôntico, por

apresentarem-se em tratamento ortodôntico atualmente, por perda ou agenesia

dos primeiros molares permanentes e por não ter sido possível estabelecer uma

relação oclusal dos dentes. Segundo os resultados, o autor concluiu em seu

estudo que apenas 13,52% da amostra apresentaram oclusão clinicamente

aceitável, e 86,48 apresentaram algum tipo de má oclusão segundo a

classificação de Angle. Para a má oclusão de Classe III, foi observada uma

prevalência de 6,14% da amostra, sendo que 1,68% apresentavam mordida

cruzada anterior.

Pacífico (2004) avaliou uma amostra de 20 estudantes brasileiros, com

idade entre 12 e 16 anos, de ambos os gêneros, portadores de oclusão dentária

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Revisão da Literatura 72

normal, que possuíam relação molar de Classe I e pelo menos três chaves de

oclusão das propostas por Andrews, verificando-se a presença das Seis Chaves

de Oclusão de Andrews (relações interarcos, angulação da coroa, inclinação da

coroa, ausência de rotações, contatos interproximais justos e curva de Spee ).

Verificou-se que nenhum modelo apresentou as seis chaves simultaneamente, no

entanto, mais da metade apresentou quatro chaves. Em menores freqüências

foram encontrados modelos com cinco chaves, sendo que apenas quatro modelos

apresentaram três chaves. Em ordem decrescente de presença, obteve-se: a

angulação da coroa e curva de Spee, igualmente satisfatórias em todos os

modelos; a Chave I (relação interarcos), composta por sete itens, foi encontrada

em quase todos os modelos, com exceção de quatro; a inclinação também se

apresentou adequada em mais da metade da amostra, sendo a rotação a chave

que demonstrou os maiores problemas.

Zilio (2004) em seu estudo analisou 4897 crianças com idade cronológica

entre 07 e 16 anos em ambos os gêneros com o intuito de abordar a abrangência

do tratamento ortodôntico em escolares da rede pública de ensino da cidade de

Marília. Conclui-se que apenas 0,35% da amostra haviam recebido algum tipo de

tratamento ortodôntico, 4,76% se encontravam sob algum tipo de intervenção

ortodôntica sendo que 72,1% dos tratamentos eram realizados em clínicas e

consultórios particulares e 24,9% realizado em universidade. Segundo a

classificação de Angle, os escolares que se encontravam sob tratamento

ortodôntico, apresentaram uma má oclusão de Classe III de 8,15%.

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PROPOSIÇÃO

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Proposição 74

3 Proposição

O intuito dessa pesquisa foi analisar, cefalometricamente, indivíduos

portadores de má oclusão de Classe III de Angle e indivíduos portadores de

oclusão clinicamente aceitável em jovens brasileiros de ambos os gêneros. O

estudo consistiu em determinar os seguintes aspectos, no Grupo Classe III:

� Determinar o comportamento das grandezas cefalométricas;

� Determinar o padrão de crescimento facial;

� Verificar a presença de dimorfismo entre os gêneros.

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MATERIAL E MÉTODO

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Material e Método 76

4 Material e Método

4.1 Material

A amostra constituiu-se de 67 telerradiografias em norma lateral, de

indivíduos brasileiros de ambos os gêneros, na faixa etária entre 10 e 17 anos,

não tratados ortodonticamente, o qual foi dividida em dois grupos distintos: o

primeiro grupo, denominado de Grupo Classe III, com 39 telerradiografias de

indivíduos portadores de má oclusão de Classe III, com idade média de 14 anos e

07 meses, 16 do gênero feminino e 23 do gênero masculino, obtidas de clínica

odontológica particular da cidade de Marília – SP, e o segundo grupo, denominado

Grupo Controle, com 28 telerradiografias de indivíduos portadores de oclusão

clinicamente aceitável, com idade média de 13 anos e 10 meses, 15 do gênero

feminino e 13 do gênero masculino, matriculados nas escolas municipais e

estaduais da rede pública de ensino de Marília – SP. O critério para a seleção da

amostra do Grupo Classe III foi por meio da visualização nas telerradiografias em

norma lateral, o qual foi verificado a relação de mesioclusão em primeiros molares

e caninos permanentes, segundo a classificação preconizada por Angle (1899),

assim como a presença da mordida cruzada anterior, mediante às Figuras 1 , 2, 3

e 4, observou-se a má oclusão de Classe III. Para o Grupo Controle, mediante as

Figuras 5 , 6, 7 e 8, foi observada a presença de oclusão clinicamente aceitável

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Material e Método 77

(Pacífico 2004), seguindo os critérios de visualização por meio de telerradiografias

em norma lateral, verificando-se a relação de normoclusão em primeiros molares

e caninos permanentes, segundo a classificação de Angle (1899), e também por

meio da visualização em modelos de estudos.

Figura 1 – Fotografias extrabucais frontal e lateral – Classe III

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Material e Método 78

Figura 2 – Fotografia intrabucal frontal – Classe III

Figura 3 – Fotografias intrabucais vista lateral direita e esquerda – Classe III

Figura 4 – Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior – Classe III

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Material e Método 79

Figura 5 – Fotografias extrabucais frontal e lateral – Oclusão Clinicamente Aceitável

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Material e Método 80

Figura 6 – Fotografia intrabucal frontal – Oclusão clinicamente aceitável

Figura 7 – Fotografias intrabucais vista lateral direita e esquerda – Oclusão clinicamente aceitável

Figura 8 – Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior – Oclusão clinicamente aceitável

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Material e Método 81

4.2 Método

Por razões didáticas, o método foi dividido em :

4.2.1 Obtenção das Telerradiografias

As telerradiografias, em norma lateral, foram obtidas no centro de

documentação ortodôntica ROM (Radiologia Odontológica de Marília) sempre por

um único técnico. Para obtenção dessas radiografias, foi empregado o aparelho

de raio X, modelo Ortophos CD da marca Siemens, utilizando os fatores de

exposição de 60 a 90 Kv, 12 mA e tempo de exposição de 0,64”, variando-se em

função do biótipo do indivíduo. O paciente foi posicionado no cefalostato do tipo

Margolis e a distância foco-filme foi de 1, 52 m. Todas as telerradiografias foram

obtidas empregando-se filmes radiográficos MXG-plus da marca Kodak, do

mesmo lote de fabricação, sendo que o processamento das telerradiografias foi

realizado por meio da processadora Macrotec Mx-2, em temperatura de 60° C e

no tempo de 2,5 minutos.

4.2.2 Elaboração do Cefalograma

Após a obtenção das telerradiografias, o material utilizado para elaboração

dos cefalogramas e obtenção das medidas empregadas foi: papel “ultraphan” com

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Material e Método 82

espessura de 0,07mm e tamanho 18cm X 24cm, lapiseira com grafite HB de

diâmetro 0,3mm, borracha macia, régua 30cm, esquadro, transferidor, template

dos dentes, protractor e negatoscópio como fonte de iluminação. Sobre cada

telerradiografia, adaptou-se uma folha de papel “ultraphan”, sobre a qual foi

delineado o cefalograma utilizando o negatoscópio como fonte de iluminação, em

uma sala escura. Os cefalogramas foram traçados pelo mesmo operador,

seguindo-se a seqüência:

4.2.2.1 Desenho das estruturas anatômicas de interesse;

4.2.2.2 Demarcação dos pontos cefalométricos;

4.2.2.3 Linhas e planos cefalométricos;

4.2.2.1 Desenho das estruturas anatômicas de interesse

O desenho anatômico observado na Figura 09 foi obtido dos trabalhos

descritos por Interlandi (1968), Ferreira (1999), e foi constituído por:

1) Osso esfenóide: compreendendo sela turca, apófise clinóide anterior e

posterior, lâmina quadrilátera, face superior da pequena asa do

esfenóide e face endocraniana da grande asa do esfenóide (porção

vertical e horizontal);

2) Osso occipital: compreendendo a face endocraniana e face exocraniana

da base occipital;

3) Perfil da glabela;

4) Ossos próprios do nariz: compreendendo a borda anterior, borda

posterior endonasal e sutura frontonasal;

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Material e Método 83

5) Contorno das faces superior e inferior do palato ósseo;

6) Contorno da espinha nasal anterior e região subespinhal;

7) Contorno da região supramentoniana;

8) Contorno da borda posterior da mandíbula;

9) Contorno do incisivo central superior;

10) Contorno do incisivo central inferior;

11) Contorno do primeiro molar superior;

12) Contorno do primeiro molar inferior;

13) Contorno da órbita;

14) Meato acústico externo;

15) Fissura pterigomaxilar;

16) Contorno do perfil tegumentar facial;

17) Contorno da bucofaringe;

18) Contorno da nasofaringe;

19) Contorno da borda inferior da mandíbula;

20) Sínfise mentoniana;

21) Processo coronóide;

22) Cabeça da mandíbula.

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Material e Método 84

Figura 09- Estruturas anatômicas

1 - Osso esfenóide: sela turca 12 - Primeiro molar inferior 2 - Osso occipital 13 - Órbita 3 - Perfil da glabela 14 - Meato acústico externo 4 - Ossos próprios do nariz 15 - Fissura pterigomaxilar 5 - Contorno do palato ósseo 16 - Perfil mole 6 - Contorno da espinha nasal anterior e

região subespinhal 17 - Bucofaringe

7 - Contorno da região supramentoniana 18 - Nasofaringe 8 - Borda posterior da mandíbula 19 - Borda inferior da mandíbula 9 - Incisivo central superior 20 - Sínfise mentoniana

10 - Incisivo central inferior 21 - Processo coronóide 11 - Primeiro molar superior 22 - Cabeça da mandíbula

4.2.2.2 Demarcação dos Pontos Cefalométricos

1

3

4

2 5 6

7

8 9

10

11

12

13

14 15

16 18

17

19 20

21 22

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Material e Método 85

Os pontos cefalométricos referenciais empregados para a construção das

linhas e planos podem ser observados na Figura 10 e são:

1) Ponto S (Sela Turca)

É o ponto virtual localizado no centro geométrico da sela turca;

2) Ponto N (Násio)

Ponto mais anterior localizado na sutura fronto-nasal;

3) Ponto Or (Orbitário)

Ponto mais inferior da margem infraorbitária;

4) Ponto Po (Pório)

Ponto mais superior do meato acústico externo;

5) Ponto A (Subespinhal)

Ponto mais profundo da concavidade anterior da maxila;

6) Ponto B (Supramentoniano)

Ponto mais profundo da concavidade anterior da mandíbula;

7) Ponto D

Ponto localizado na parte central da sínfise mentoniana;

8) Ponto Pg (Pogônio)

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Material e Método 86

Ponto mais proeminente do mento ósseo;

9) Ponto Gn (Gnátio)

Ponto mais inferior e mais anterior do contorno do mento;

10) Ponto Co (Condílio)

Ponto mais superior e posterior do côndilo mandibular;

11) Ponto Ba (Básion)

Ponto mais inferior do processo basilar do osso occipital;

12) Ponto Ptm (Pterigomaxilar)

Ponto mais superior e posterior da fissura pterigomaxilar;

13) Ponto Nfa (Nasofaringe anterior)

Ponto localizado na metade anterior do limite posterior do palato

mole;

14) Ponto Nfp (Nasofaringe posterior)

Ponto localizado na parede posterior da faringe;

15) Ponto Bfa (Bucofaringe anterior)

Ponto localizado na intersecção entre o limite inferior da mandíbula e

a borda posterior da língua;

16) Ponto Bfp (Bucofaringe posterior)

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Material e Método 87

Ponto localizado na parede posterior da faringe;

17) Ponto Go (Gônio)

Ponto mais inferior e posterior do contorno do ângulo goníaco;

18) Ponto Me (Mentoniano)

Ponto localizado no limite mais inferior do contorno da curva da

sínfise mentoniana, na confluência da margem inferior da sínfise com a

linha da base mandibular;

19) Ponto ENA (Espinha Nasal Anterior)

Ponto mais anterior do assoalho das fossas nasais.

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Material e Método 88

Figura 10- Pontos cefalométricos

1 - Ponto S: Sela turca 11 - Ponto Ba: Básion 2 - Ponto N: Násio 12 - Ponto Ptm: Pterigomaxilar 3 - Ponto Or: Orbitário 13 - Ponto Nfa: Nasofaringe anterior 4 - Ponto Po: Pório 14 - Ponto Nfp: Nasofaringe posterior 5 - Ponto A: Subespinhal 15 - Ponto Bfa: Bucofaringe anterior 6 - Ponto B: Supramentoniano 16 - Ponto Bfp: Bucofaringe posterior 7 - Ponto D 17 - Ponto Go: Gônio 8 - Ponto Pg: Pogônio 18 - Ponto Me: Mentoniano 9 - Ponto Gn: Gnátio 19 - Ponto ENA: Espinha Nasal Anterior

10 - Ponto Co: Condílio 4.2.2.3 Linhas e Planos Cefalométricos

1 2

4

3

6

5

7 8

9

10

11

12

14

13

16 15

18

17

19

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Material e Método 89

As linhas e planos cefalométricos estão ilustrados na Figura 11 e são:

1) S-N: Base Anterior do Crânio - Linha determinada pela união dos

pontos S (sela) e N (násio);

2) N-A: Linha determinada pela união dos pontos N (násio) e A

(subespinhal);

3) N-perp: Linha vertical a partir do ponto N (násio) cruzando

perpendicularmente o Plano Horizontal de Frankfurt (Po-Or);

4) Co-A: Linha que une os pontos Co (condílio) e A (subespinhal);

5) N-B: Linha determinada pela união dos pontos N (násio) e B

(supramentoniano);

6) N-D: Linha determinada pela união dos pontos N (násio) e D (ponto D);

7) Co-Gn: Linha que une os pontos Co (condílio) e Gn (gnátio);

8) Ptm-Gn: Eixo “Y” de crescimento - Linha determinada pela união dos

pontos Ptm (pterigomaxilar) e Gn (gnátio);

9) Go-Gn: Plano mandibular - Linha que une os pontos Go (Gônio) e Gn

(Gnátio);

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Material e Método 90

10) ENA – Me: Altura Facial Anterior Inferior - Linha que une os pontos

ENA (espinha nasal anterior) e Me (mentoniano);

11) : Linha do longo eixo do incisivo central superior, cujos pontos de

referência são borda incisal e ápice do respectivo dente;

12) : Linha do longo eixo do incisivo central inferior, cujos pontos de

referência são borda incisal e ápice do respectivo dente;

13) Go-Me: Plano mandibular - união dos pontos Go (gônio) e Me

(mentoniano);

14) Po-Or: Plano horizontal de Frankfurt - união dos pontos Po (pório) e Or

(orbital);

15) Ba-Na: Plano que une os pontos Ba (Básio) e Na (Násio), o qual

constitui o limite entre a face e o crânio;

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Material e Método 91

Figura 11- Linhas e Planos cefalométricos

1 - S-N: Base Anterior do Crânio 9 - Go-Gn Plano Mandibular 2 - N-A 10 - AFAI: Altura Facial Anterior Inferior 3 - N-perp 11 - : Longo eixo do incisivo central superior 4 - Co-A: Comprimento efetivo da maxila 12 - : Longo eixo do Incisivo central inferior 5 - N-B 13 - Go-Me: Plano mandibular 6 - N-D 14 - Po-Or: Plano horizontal de Frankfurt 7 - Co-Gn: Comprimento efetivo da

Mandíbula 15 - Ba-Na

8 - Ptm-Gn: Eixo “Y” de crescimento

4.2.3 Obtenção das Grandezas Cefalométricas e Interpretação

1

2 3 4

5

6

7 8

10

11 12

9 13

14 15

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Material e Método 92

As grandezas cefalométricas empregadas nessa pesquisa foram:

1) SNA: Ângulo formado pela intersecção das linhas S-N (sela-násio) e

N-A (násio-subespinhal), representado pela Figura 12 , o qual define a

posição ântero-posterior da maxila.

Figura 12- SNA

2) A-Nperp: Relaciona a maxila com a base do crânio, por meio da

medição linear a partir de uma linha vertical traçado do ponto Násio,

perpendicularmente ao plano horizontal de Frankfurt, representado na

(Figura 13) .

SNA

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Material e Método 93

Figura 13 - A-Nperp

3) Co-A: Esta linha mede linearmente o comprimento efetivo da maxila por

meio dos pontos Co (condílio) e ponto A (subespinhal). Deve-se levar

em consideração a posição do ponto A em relação à linha N-perp,

representado pela (Figura 14) . Se o ponto A estiver localizado

corretamente, a medição do comprimento efetivo da maxila será feita

A-Nperp

.

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Material e Método 94

sem correções, caso o ponto A esteja protruído ou retruído em relação à

norma clínica e houver a possibilidade de alteração ântero-posterior do

mesmo pela mecânica ortodôntica/ortopédica, estimaremos sua posição

pós-correção, para então calcularmos as demais medidas.

Figura 14- Co-A

4) SNB: Ângulo formado pela intersecção das linhas S-N (sela-násio) e

N-B (násio-supramentoniano), representado pela Figura 15 , o qual

define a posição ântero-posterior da mandíbula, representada pelo

ponto B, em relação à base do crânio (S-N).

Co-A

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Material e Método 95

Figura 15- SNB

5) SND: Ângulo formado pela intersecção das linhas S-N (sela-násio) e

N-D (násio-ponto D), representado pela Figura 16 , o qual fornece

informações a respeito do posicionamento mandibular em relação à

base do crânio (S-N). Steiner (1959) adotou este ângulo porque

entendeu ser ele menos suscetível às ações mecânicas, na ânsia de

SNB

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Material e Método 96

proporcionar uma grandeza que representasse com mais exatidão o

posicionamento mandibular durante a mecanoterapia, sendo este

ângulo somente alterado devido ao crescimento.

Figura 16- SND

6) Pg-Nperp: Relaciona a mandíbula com a base do crânio, por meio da

medição linear a partir de uma linha vertical traçado do ponto Pogônio,

perpendicularmente ao plano horizontal de Frankfurt representado na

(Figura 17) .

SND

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Material e Método 97

Figura 17- Pg-Nperp

7) Co-Gn: Esta linha mede linearmente o comprimento efetivo da

mandíbula por meio dos pontos Co (condílio) e Gn (gnatio),

representado na (Figura 18) . Existe uma proporcionalidade entre o

comprimento efetivo da maxila e da mandíbula, independentemente da

idade e gênero. Para um determinado tamanho de maxila, existe um

tamanho de mandíbula, diretamente proporcional, e à medida que se

Pg-Nperp

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Material e Método 98

tem uma maxila menor, a diferença entre o comprimento dela e da

mandíbula será proporcionalmente menor.

Figura 18- Co-Gn

8) SN.GoGn: Ângulo formado pela base anterior do crânio (S-N) e a linha

Go-Gn, representado na (Figura 19) . Este ângulo determina o padrão

do esqueleto cefálico.

Co-Gn

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Material e Método 99

Figura 19- SN.GoGn

9) FMA: Denominado também de “Frankfort Mandibular Plane Angle”

(ângulo súpero-anterior), este ângulo é formado pelo plano horizontal de

Frankfurt (Po-Or) e plano mandibular (Go-Me), representado na

(Figura 20) . Este ângulo evidencia a direção do crescimento facial.

SN-GoGn

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Material e Método 100

Figura 20- FMA

10) Eixo Facial: É o ângulo formado pelo eixo facial (Ptm-Gn) e pelo plano

(Ba-Na), e está representado na (Figura 21) . Este ângulo descreve a

direção de crescimento do mento constituindo uma referência para o

estudo da posição, da rotação e do crescimento mandibular, indicando

ou não um crescimento harmônico.

FMA

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Material e Método 101

Figura 21- Eixo Facial

11) AFAI: Determinado pela união dos pontos espinha nasal anterior (ENA)

e mentoniano (Me), obtido por meio de medida linear o qual denomina a

altura facial ântero-inferior ou dimensão vertical, e está representado na

(Figura 22) . Essa medida linear também está correlacionada com a

maxila a qual aumenta com o avanço da idade. A correlação entre

EIXO FACIAL

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Material e Método 102

maxila e mandíbula corresponde a um aumento ou diminuição da altura

facial ântero-inferior.

Figura 22- AFAI

12) .NA: É o ângulo formado pelo cruzamento das linhas do longo eixo do

incisivo central superior e a linha N-A, representado na (Figura 23) .

Esta grandeza revela a inclinação do incisivo superior em relação à linha

N-A, mostrando se o incisivo está verticalizado, inclinado para vestibular

ou palatino.

AFAI

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Material e Método 103

Figura 23- .NA

13) -NA: Esta grandeza representa a distância linear medida da face

vestibular do incisivo superior até a linha N-A, a qual está representada

na (Figura 24) . Esta grandeza mostra se o mesmo está bem

posicionado, protruído ou retruído em relação à sua base apical.

1.NA

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Material e Método 104

Figura 24- -NA

14) .NB: É o ângulo formado pelo cruzamento das linhas do longo eixo do

incisivo central inferior e a linha N-B, representado na (Figura 25) . Esta

grandeza revela a inclinação do incisivo inferior em relação à linha N-B,

mostrando se o incisivo está verticalizado, inclinado para vestibular ou

lingual.

1-NA

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Material e Método 105

Figura 25- .NB

15) -NB: Esta grandeza determina a distância linear medida da face

vestibular do incisivo superior até a linha N-B, representado na

(Figura 26) . Esta grandeza mostra se o mesmo está bem posicionado,

protruído ou retruído em relação à sua base apical.

1.NB

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Material e Método 106

Figura 26- -NB

16) IMPA: Denominado também de “Incisor Mandibular Plane Angle”

(ângulo inferior), esse ângulo é formado pelo plano mandibular (Go-Me)

e a linha do longo eixo do incisivo central inferior, o qual está

representado na (Figura 27) .

1-NB

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Material e Método 107

Figura 27- IMPA

17) .NS: Este ângulo é obtido pelo encontro da linha S-N com a linha do

longo eixo do incisivo superior, o qual a medida angular mostra a

inclinação do incisivo superior em relação à base craniana, e está

representado na (Figura 28) .

IMPA

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Material e Método 108

Figura 28- .NS

18) Nasofaringe: Nfa-Nfp – Também chamada faringe superior, é uma

grandeza utilizada para avaliar as vias aéreas superiores por meio de

uma medida linear de um ponto médio da parede posterior do palato

mole até a parede posterior da faringe, onde há maior fechamento da

passagem aérea, determinando a largura da nasofaringe, e nesse local

1.NS

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Material e Método 109

se localizam as tonsilas faríngeas (adenóides), identificadas pela

diminuição da largura da nasofaringe, representado na (Figura 29) .

Figura 29 - Nfa-Nfp

19) Bucofaringe: Bfa-Bfp – Esta grandeza é avaliada pela largura da faringe

no ponto onde, radiograficamente, a borda posterior da língua cruza

com a borda inferior da mandíbula até a parede posterior da faringe,

determinada pela distância linear, representado na (Figura 30) .

Nfa-Nfp

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Material e Método 110

Figura 30- Bfa-Bfp

4.2.4 Análise ou Método Estatístico

O planejamento estatístico desta pesquisa foi realizado em duas etapas:

Bfa-Bfp

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Material e Método 111

4.2.4.1 Avaliação do Erro do Método Cefalométrico

Este cálculo teve como intuito avaliar o erro de mensuração durante a

realização dos traçados dos cefalogramas desse estudo, com o objetivo de

verificar a confiabilidade na sua totalidade. Os traçados foram elaborados por um

mesmo operador, sob as mesmas condições ambientais e instrumentais de

trabalho. Foram selecionadas aleatoriamente, num período de 30 dias da

realização dos traçados cefalométricos, 12 telerradiografias, em norma lateral, de

indivíduos do grupo de má oclusão de Classe III, 08 do gênero masculino e 04 do

gênero feminino correspondendo a 30% da amostra estudada, com a finalidade de

realizar novas medições, obtendo-se um segundo grupo de medidas

cefalométricas que foram comparadas ao primeiro grupo de medidas, o qual foram

realizadas por meio do teste de Friedman, empregando-se um nível de

significância de 5% e 1% de probabilidade (TABELA 1) . É um teste não

paramétrico, o qual existe uma dependência entre os dados, e neste caso, o

número de observações para cada momento deve ser o mesmo, e com isso, o

teste é feito com a ordenação dos dados e a atribuição de postos para cada um

dos momentos em separados e é calculada uma estatística para o teste, que

possui novamente uma distribuição aproximada qui-quadrado. Assim, o teste

rejeita a igualdade entre as médias para os momentos se o valor da estatística de

Friedman for maior que o valor tabelado da distribuição qui-quadrado.

Foi realizado para o grupo com oclusão clinicamente aceitável o mesmo

cálculo de avaliação do erro cefalométrico, sendo que 30% da amostra

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Material e Método 112

correspondia a 08 telerradiografias, 03 do gênero masculino e 05 do gênero

feminino (TABELA 2) .

4.2.4.2 Avaliação dos Resultados

Foram calculados a média e o desvio padrão de cada grandeza

cefalométrica do grupo de má oclusão de Classe III de Angle, denominado de

Grupo Classe III, e do grupo com oclusão clinicamente aceitável, denominado de

Grupo Controle. Após a realização da análise estatística do erro foi aplicado o

teste de Wilcoxon com o intuito de comparar as médias das variáveis observadas

em ambos os gêneros, representando um nível de significância de 5% e 1% de

probabilidade, para a verificação da existência de dimorfismo entre os gêneros

(TABELAS 3 e 6). Confirmando a presença de dimorfismo entre os gêneros, para

o Grupo Classe III, foi realizado por meio do teste de Wilcoxon, a comparação

entre os grupos Classe III e Controle para as variáveis que apresentaram

diferença estatisticamente significativa, comparando separadamente os gêneros

feminino e masculino (TABELAS 4 e 5).

Para as variáveis entre os Grupos Classe III e Controle, foi aplicado

novamente o teste de Wilcoxon verificando a existência de diferença significativa

entre os indivíduos com má oclusão Classe III, e os indivíduos com oclusão

clinicamente aceitável (TABELA 7) . É um teste também conhecido como Mann-

Whitney, não paramétrico, o qual é uma alternativa ao teste t-Student para o caso

de duas amostras independentes. Como não existe a pressuposição de

distribuição de dados, a estatística do teste é baseada na amostra ordenada, em

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Material e Método 113

que são atribuídos postos aos valores ordenados. Assim, de posse dos dados

referentes às duas amostras independentes, faz-se uma ordenação da amostra

conjunta. O teste rejeita a igualdade entre as médias se a soma dos pontos de

uma das amostras for maior que a soma dos pontos da outra amostra. Quando o

tamanho das amostras for pequeno, o teste terá nível de significância exato, e

quando a amostra aumentar de tamanho, uma aproximação para a distribuição

normal será realizada.

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RESULTADOS

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Resultados 115

5 Resultados

Os resultados apresentados a seguir compreendem as avaliações

estatísticas, compostas por médias, desvios-padrão e a significância dos valores

analisados, representados mediante tabelas e gráficos.

5.1 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Classe III (TABELA 1) ;

5.2 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Controle (TABELA 2) ;

5.3 Análise do Grupo Classe III (TABELA 3) ;

5.3.1 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle para

as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e Eixo Facial, para o

gênero feminino (TABELA 4) ;

5.3.2 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle para

as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e Eixo Facial, para o

gênero masculino (TABELA 5) ;

5.4 Análise do Grupo Controle (TABELA 6) ;

5.5 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle (TABELA 7) ;

5.6 Distribuição gráfica.

5.1 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Classe III

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Resultados 116

Dos 39 indivíduos do Grupo Classe III, para o primeiro momento, dos quais

16 indivíduos eram do gênero feminino e 23 indivíduos do gênero masculino, foi

retirada uma amostra de 30% do grupo estudado de maneira aleatória,

denominado de segundo momento, com o intuito de verificar o erro de

mensuração entre os dois momentos. Por meio da aplicação do teste de

Friedman, foram realizadas medições das variáveis: SNA, A-Nperp, Co-A, SNB,

SND, Pg-Nperp, Co-Gn, SN.GoGn, FMA, Eixo Facial, AFAI, .NA, -NA, .NB,

-NB, IMPA, .NS, Nfa-Nfp e Bfa-Bfp. Os resultados obtidos constam da tabela

abaixo.

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Resultados 117

TABELA 1 - Comparação para as variáveis do Grupo Classe III, para o primeiro e segundo Momentos

Variável Qui-

quadrado De Friedman

p-valor Média 1ºmomento

DP 1ºmomento

Média 2ºmomento

DP 2ºmomento

SNA 0,3333333 0,56371 (NS) 82,86 4,57 82,60 4,64

A-Nperp 0,3333333 0,56371 (NS) 3,22 5,49 3,27 5,47

Co-A 0,0909091 0,76303 (NS) 90,61 7,70 89,62 7,44

SNB 0 1,00000 (NS) 83,87 5,26 83,99 5,12

SND 0 1,00000 (NS) 80,74 4,97 80,70 4,83

Pg-Nperp 0,33333 0,56371 (NS) 8,86 10,11 10,13 10,54

Co-Gn 0,5 0,47951 (NS) 125,67 9,08 125,50 8,48

SN.GoGn 0 1,00000 (NS) 31,96 7,59 32,09 5,89

FMA 0 1,00000 (NS) 24,47 6,57 24,01 5,80

Eixo Facial 3 0,08327 (NS) 90,67 6,32 92,08 5,92

AFAI 3 0,08327 (NS) 73,67 4,84 72,90 4,31

.NA 0,3333333 0,56371 (NS) 28,12 5,55 27,73 7,91

-NA 3 0,08327 (NS) 5,79 3,00 6,38 3,53

.NB 0,3333333 0,56371 (NS) 26,41 4,94 25,43 4,80

-NB 3 0,08327 (NS) 6,20 2,76 5,73 3,07

IMPA 1,333333 0,24822 (NS) 90,52 4,36 88,33 5,85

.NS 0 1,00000 (NS) 111,46 9,18 110,32 10,68

Nfa-Nfp 3 0,08327 (NS) 13,26 3,87 12,11 2,86

Bfa-Bfp 1,333333 0,24822 (NS) 11,41 2,53 11,93 2,22

(NS) – não significativo

Segundo os resultados obtidos na TABELA 1, mediante ao teste de

Friedman, foi realizado o cálculo do erro, o qual se notou que não houve diferença

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Resultados 118

estatisticamente significativa entre as grandezas cefalométricas do Grupo

Classe III, para o primeiro e segundo momentos.

5.2 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Controle

Dos 28 indivíduos do Grupo Controle, para o primeiro momento, dos quais

13 indivíduos eram do gênero feminino e 15 indivíduos do gênero masculino, foi

retirada uma amostra de 30% do grupo estudado, também de maneira aleatória,

denominado de segundo momento, com o intuito de verificar o erro cometido entre

os dois momentos. Por meio da aplicação do teste de Friedman, foram realizadas

medições das variáveis: SNA, A-Nperp, Co-A, SNB, SND, Pg-Nperp, Co-Gn,

SN.GoGn, FMA, Eixo Facial, AFAI, .NA, -NA, .NB, -NB, IMPA, .NS,

Nfa-Nfp e Bfa-Bfp. Os resultados obtidos constam da tabela abaixo.

TABELA 2 - Comparação para as variáveis do Grupo Controle para o primeiro e segundo momentos

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Resultados 119

Variável Qui-

quadrado De Friedman

p-valor Media 1ºmomento

DP 1ºmomento

Média 2ºmomento

DP 2ºmomento

SNA 2 0,15731 (NS) 85,13 4,14 84,09 3,83

A-Nperp 0 1,00000 (NS) 4,28 2,21 5,13 3,61

Co-A 0 1,00000 (NS) 93,31 6,57 92,57 6,00

SNB 0,5 0,47951 (NS) 80,39 3,78 79,69 3,20

SND 0,5 0,47951 (NS) 76,47 3,38 76,06 2,56

Pg-Nperp 0,5 0,4795 (NS) 0,22 3,92 0,22 2,70

Co-Gn 0 1,0000 (NS) 115,25 7,57 115,13 7,72

SN.GoGn 0,5 0,47951 (NS) 29,76 4,06 29,96 4,20

FMA 0 1,00000 (NS) 22,99 3,21 22,68 3,16

Eixo Facial 2 0,15731 (NS) 89,93 5,16 90,54 3,50

AFAI 2 0,15731 (NS) 69,38 6,76 68,76 5,47

.NA 0,5 0,47951 (NS) 22,06 4,14 21,69 3,99

-NA 0 1,00000 (NS) 3,83 1,54 3,80 1,34

.NB 0 1,00000 (NS) 30,77 2,66 30,94 3,45

-NB 0,5 0,47951 (NS) 6,70 1,21 6,31 1,72

IMPA 0,5 0,47951 (NS) 100,62 4,22 100,36 3,57

.NS 2 0,15731 (NS) 107,19 5,04 105,79 3,37

Nfa-Nfp 0,5 0,47951 (NS) 11,20 3,23 10,62 2,52

Bfa-Bfp 0,5 0,4795 (NS) 10,41 1,82 10,45 1,69

(NS) – não significativo

Segundo os resultados obtidos na TABELA 2 , mediante ao teste de

Friedman, foi realizado o cálculo do erro, o qual se notou que não houve diferença

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Resultados 120

estatisticamente significativa entre as grandezas cefalométricas do Grupo Controle

para o primeiro e segundo momentos.

5.3 Análise do Grupo Classe III

Dos 39 indivíduos do Grupo Classe III, dos quais 16 indivíduos eram do

gênero feminino e 23 indivíduos do gênero masculino, por meio do teste de

Wilcoxon foram realizadas medições das variáveis: SNA, A-Nperp, Co-A, SNB,

SND, Pg-Nperp, Co-Gn, SN.GoGn, FMA, Eixo Facial, AFAI, .NA, -NA, .NB,

-NB, IMPA, .NS, Nfa-Nfp e Bfa-Bfp para o primeiro momento, com o objetivo

de verificar a presença de dimorfismo entre os gêneros. Os resultados obtidos

constam da tabela abaixo.

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Resultados 121

TABELA 3 - Comparação para as variáveis do Grupo Classe III, para os gêneros feminino e masculino

Variável Z p-valor Média Feminino

DP Feminino

Média Masculino

DP Masculino

SNA -1,69893 0,0893 (NS) 79,73 3,12 82,07 4,06

A-Nperp -1,0126 0,3108 (NS) 1,69 3,23 3,52 4,58

Co-A -4,26853 0,0001 ** 84,33 3,51 92,44 5,18

SNB -1,44195 0,1493 (NS) 80,92 3,93 83,28 4,07

SND -1,57044 0,1163 (NS) 77,70 3,77 80,17 3,95

Pg-Nperp -1,0136 0,3108 (NS) 6,61 6,12 10,28 8,86

Co-Gn -3,26121 0,0011** 119,13 5,00 128,30 8,99

SN.GoGn 2,01292 0,0441 * 36,71 5,93 32,21 5,75

FMA 1,8416 0,0655 (NS) 27,37 4,66 23,80 5,27

Eixo Facial 1,98436 0,0472 * 93,90 4,51 90,40 4,71

AFAI -0,756628 0,4493 (NS) 72,71 6,16 74,39 7,18

.NA 1,1278 0,2594 (NS) 32,47 4,24 30,04 5,66

-NA 0,299796 0,7643 (NS) 7,36 1,97 6,85 2,84

.NB 1,1278 0,2594 (NS) 26,44 5,03 24,43 6,02

-NB 0,899388 0,3684 (NS) 6,03 2,43 5,55 2,89

IMPA -0,014277 0,9886 (NS) 88,80 4,23 88,83 6,53

.NS 0,071384 0,9431 (NS) 112,23 5,64 112,36 7,96

Nfa-Nfp -1,42775 0,1564 (NS) 10,67 2,75 12,32 3,87

Bfa-Bfp -0,756782 0,4492 (NS) 11,78 2,33 12,90 3,64

(*) significativo a 5% de probabilidade (**) significativo a 1% de probabilidade (NS) não significativo com relação aos níveis considerados

Segundo os resultados obtidos na TABELA 3 , por meio do teste de

Wilcoxon, nota-se que existe diferença significativa para Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e

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Resultados 122

Eixo Facial. Para as demais variáveis do Grupo Classe III não difere

significativamente para os gêneros feminino e masculino.

5.3.1 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle para as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e Eixo Facial, para o gênero feminino

Devido a verificação da presença de dimorfismo entre os gêneros no Grupo

Classe III para as variáveis: Co-A, Co-Gn, SN.GoGn, Eixo Facial, foi realizado por

meio do teste de Wilcoxon, para o primeiro momento, uma análise comparativa

entre o Grupo Classe III e Grupo Controle para o gênero feminino, para as

respectivas variáveis citadas anteriormente. Os resultados obtidos constam da

tabela abaixo.

TABELA 4- Comparação para as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn, Eixo Facial, do Grupo Classe III e Grupo Controle para o gênero feminino

Variável

Z

p-valor Média Grupo

Classe III

DP Grupo

Classe III

Média Grupo

Controle

DP Grupo

Controle

Co-A 3,60 0,00** 84,33 3,51 91,06 4,48

Co-Gn -1,68 0,09 (NS) 119,13 5,00 115,47 6,31

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Resultados 123

SN.GoGn -2,93 0,00** 36,71 5,93 30,34 4,00

Eixo Facial -1,66 0,10 (NS) 93,90 4,51 91,07 2,67

(**) significativo a 1% de probabilidade (NS) não significativo com relação aos níveis considerados

Segundo os resultados obtidos na TABELA 4 , por meio do teste de

Wilcoxon, nota-se que existe diferença significativa entre os grupos para o gênero

feminino para as variáveis Co-A e SN.GoGn.

5.3.2 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle para as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn e Eixo Facial, para o gênero masculino

Devido a verificação da presença de dimorfismo entre os gêneros no Grupo

Classe III para as variáveis: Co-A, Co-Gn, SN.GoGn, Eixo Facial, foi realizado por

meio do teste de Wilcoxon, para o primeiro momento, uma análise comparativa

entre o Grupo Classe III e Grupo Controle para o gênero masculino, para as

respectivas variáveis citadas anteriormente. Os resultados obtidos constam da

tabela abaixo.

TABELA 5- Comparação para as variáveis Co-A, Co-Gn, SN.GoGn, Eixo Facial, do Grupo Classe III e Grupo Controle para o gênero masculino

Variável

Z

p-valor Média Grupo

Classe III

DP Grupo

Classe III

Média Grupo

Controle

DP Grupo

Controle

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Resultados 124

Co-A 1,75 0,08 (NS) 92,44 5,18 95,14 3,75

Co-Gn -2,31 0,02** 128,30 8,99 121,54 3,86

SN.GoGn -0,81 0,42(NS) 32,21 5,75 30,92 4,62

Eixo Facial 1,30 0,19(NS) 90,40 4,71 92,13 4,65

(**) significativo a 1% de probabilidade (NS) não significativo com relação aos níveis considerados

Segundo os resultados obtidos na TABELA 5 , por meio do teste de

Wilcoxon, nota-se que existe diferença significativa entre os grupos para o gênero

masculino para a variável Co-Gn.

5.4 Análise do Grupo Controle

Considerando 28 indivíduos portadores de oclusão clinicamente aceitável,

denominados de Grupo Controle; sendo 13 indivíduos do gênero feminino e 18

indivíduos do gênero masculino, por meio do teste de Wilcoxon foram realizadas

medições das variáveis SNA, A-Nperp, Co-A, SNB, SND, Pg-Nperp, Co-Gn,

SN.GoGn, FMA, Eixo Facial, AFAI, .NA, -NA, .NB, -NB, IMPA, .NS,

Nfa-Nfp e Bfa-Bfp para o primeiro momento, com o objetivo de verificar a presença

de dimorfismo entre os gêneros. Os resultados obtidos constam da tabela abaixo.

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Resultados 125

TABELA 6 - Comparação para as variáveis do Grupo Controle, para os gêneros feminino e masculino

Variável Z p-valor Média Feminino

DP Feminino

Média Masculino

DP Masculino

SNA -0,193 0,8465 (NS) 86,17 4,35 83,40 3,87

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Resultados 126

A-Nperp 0,9682 0,3329 (NS) 4,65 2,01 3,65 2,84

Co-A 1,4846 0,1376 (NS) 92,93 4,70 93,94 10,29

SNB -0,0645 0,9485 (NS) 81,34 4,10 78,80 3,22

SND -0,0645 0,9485 (NS) 77,71 3,62 74,39 1,84

Pg-Nperp 0,3227 0,7469 (NS) 0,87 3,21 -0,88 5,51

Co-Gn 1,8781 0,0604 (NS) 114,00 6,52 117,33 10,26

SN.GoGn 1,3555 0,1752 (NS) 28,11 4,40 32,52 0,89

FMA 1,2264 0,2200 (NS) 21,76 2,90 25,05 3,01

Eixo Facial 1,6137 0,1066 (NS) 87,80 5,53 93,49 1,28

AFAI 2,3883 0,0169 * 67,04 5,43 73,27 8,05

.NA -0,1936 0,8455 (NS) 22,08 5,22 22,03 2,37

-NA 0,8391 0,4014 (NS) 4,07 1,90 3,44 0,85

.NB 1,2264 0,2200 (NS) 31,93 1,93 28,83 2,86

-NB 1,0973 0,2725 (NS) 6,80 0,81 6,55 1,93

IMPA 0,4518 0,6514 (NS) 102,48 2,43 97,51 5,23

.NS 0,1936 0,8465 (NS) 108,25 5,80 105,43 3,74

Nfa-Nfp 0,0645 0,9485 (NS) 11,44 3,97 10,81 2,15

Bfa-Bfp 0,3233 0,7463 (NS) 9,73 1,97 11,53 0,89

(*) significativo a 5% de probabilidade (**) significativo a 1% de probabilidade (NS) não significativo com relação aos níveis considerados

Segundo os resultados obtidos na TABELA 6 , mediante à realização do

teste de Wilcoxon, observamos que para o Grupo Controle, existe diferença

significativa apenas para a variável AFAI para os gêneros feminino e masculino, e

as demais variáveis não apresentaram diferença estatisticamente significativa.

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Resultados 127

5.5 Comparação do Grupo Classe III com o Grupo Controle

Considerando o Grupo Classe III, com 39 indivíduos portadores de má

oclusão de Classe III de Angle e o Grupo Controle, com 28 indivíduos portadores

de oclusão clinicamente aceitável, foi realizado o teste de Wilcoxon para as duas

amostras aproximadas para a distribuição normal, por meio das variáveis SNA,

A-Nperp, Co-A, SNB, SND, Pg-Nperp, Co-Gn, SN.GoGn, FMA, Eixo Facial, AFAI,

.NA, -NA, .NB, -NB, IMPA, .NS, Nfa-Nfp e Bfa-Bfp com o objetivo de

comparar os dados do Grupo Classe III e Grupo Controle, verificando se havia

diferença significativa e considerando os níveis de significância de 5% e 1% de

probabilidade. Os resultados constam da tabela abaixo.

TABELA 7 - Comparação para as variáveis do Grupo Classe III e Grupo Controle

Variável Z p-valor Média Grupo

Classe III

DP Grupo

Classe III

Média Grupo

Controle

DP Grupo

Controle

SNA 2,82856 0,0047 ** 82,86 4,57 85,13 4,14

A-Nperp 2,54249 0,0110 ** 3,22 5,49 4,28 2,21

Co-A 2,79674 0,0052 ** 90,61 7,7 93,31 6,57

SNB -2,44031 0,0348 * 83,87 5,26 80,39 3,78

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Resultados 128

SND -2,35825 0,0184 * 80,74 4,97 76,47 3,38

Pg-Nperp -2,37723 0,0174 * 8,86 10,11 0,22 3,92

Co-Gn -2,77675 0,0055 * 125,67 9,08 115,25 7,57

SN.GoGn -2,48528 0,0129 * 31,81 7,07 29,76 4,06

FMA -2,25644 0,0240 * 24,47 6,57 22,99 3,21

Eixo Facial -1,97041 0,8438 (NS) 90,67 6,32 89,93 5,16

AFAI -1,34752 0,1778 (NS) 73,67 4,84 69,38 6,76

.NA -5,30739 0,0001 ** 28,12 5,55 22,06 4,14

-NA -3,8964 0,0001 ** 5,79 3 3,83 1,54

.NB 3,29885 0,0010 ** 26,41 4,94 30,77 2,66

-NB 0,476717 0,6336 (NS) 6,2 2,76 6,7 1,21

IMPA 5,87951 0,0001 ** 90,52 4,36 100,62 4,22

.NS -3,52138 0,0004 ** 111,46 9,18 107,19 5,04

Nfa-Nfp -0,279693 0,7797 (NS) 13,26 3,87 11,2 3,23

Bfa-Bfp -1,1951 0,2320 (NS) 11,41 2,53 10,41 1,82

(*) significativo a 5% de probabilidade (**) significativo a 1% de probabilidade (NS) não significativo com relação aos níveis considerados

Segundo os resultados obtidos na TABELA 7 , mediante a realização do

teste de Wilcoxon, nota-se que houve diferença significativa entre Grupo Classe III

e o Grupo Controle para as variáveis SNA, A-Nperp, Co-A, SNB, SND, Pg-Nperp,

Co-Gn, SN.GoGn, FMA, .NA, -NA, .NB, IMPA, .NS. As demais variáveis

não apresentaram diferença significativa.

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Resultados 129

5.6 Distribuição Gráfica

Por meio do Box-plot, foi realizada a distribuição gráfica considerando o

Grupo Classe III e o Grupo Controle, o qual foram produzidos dezenove gráficos

representando cada variável estudada.

O gráfico do tipo Box-plot é uma forma de verificar a distribuição dos dados

coletados de uma população. Para a sua construção, é preciso calcular 1o. e 3o.

quartis, que correspondem, respectivamente, aos valores referentes a 25% e 75%

da amostra e, a mediana, que corresponde ao valor referente a 50% da amostra.

A representação do Box-plot é feita mediante à colocação dos valores máximo e

mínimo ligados por uma caixa constituída dos valores referentes aos quartis

(1o., 3o. e mediana). O box-plot pode ser construído com ou sem a presença de

observações discrepantes (outliers), sendo opcional nos mais diversos softwares

estatísticos. Se a distribuição dos dados é simétrica, as distâncias entre os valores

mínimo e 1o. quartil, 1o. quartil e mediana, mediana e 3o. quartil e 3o. quartil e o

máximo deve ter distâncias próximas. A simetria é importante para o caso de

aplicações de testes paramétricos aos parâmetros envolvidos na população. Caso

não haja simetria, o teste paramétrico é menos poderoso e deve-se optar por um

similar não paramétrico.

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Resultados 130

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Resultados 131

Gráfico 1- Box-plot para a variável SNA (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 132

Gráfico 2- Box-plot para a variável A-Nperp (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 133

Gráfico 3- Box-plot para a variável Co-A (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Gênero feminino Gênero masculino

Grupo Controle

Grupo Classe III

Grupo Controle

Grupo Classe III

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Resultados 134

Gráfico 4- Box-plot para a variável SNB (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 135

Gráfico 5- Box-plot para a variável SND (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 136

Gráfico 6- Box-plot para a variável Pg-Nperp (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grup o Controle

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Resultados 137

Gráfico 7- Box-plot para a variável Co-Gn (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Gênero feminino Gênero masculino

Grupo Controle

Grupo Classe III

Grupo Controle

Grupo Classe III

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Resultados 138

Gráfico 8- Box-plot para a variável SN.GoGn (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Gênero feminino Gênero masculino

Grupo Controle

Grupo Classe III

Grupo Controle

Grupo Classe III

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Resultados 139

Gráfico 9- Box-plot para a variável FMA (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 140

Gráfico 10- Box-plot para a variável Eixo Facial (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Gênero feminino Gênero masculino

Grupo Controle

Grupo Classe III

Grupo Controle

Grupo Classe III

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Resultados 141

Gráfico 11- Box-plot para a variável AFAI (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 142

Gráfico 12- Box-plot para a variável 1.NA (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 143

Gráfico 13- Box-plot para a variável 1-NA (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 144

Gráfico 14- Box-plot para a variável 1.NB (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 145

Gráfico 15- Box-plot para a variável 1-NB (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 146

Gráfico 16- Box-plot para a variável IMPA (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 147

Gráfico 17- Box-plot para a variável 1.NS (em graus) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 148

Gráfico 18- Box-plot para a variável Nfa-Nfp (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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Resultados 149

Gráfico 19- Box-plot para a variável Bfa-Bfp (em mm) para o Grupo Classe III e Grupo Controle

Grupo Classe III Grupo Controle

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DISCUSSÃO

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Discussão 151

6 Discussão

Atualmente, o método mais utilizado na avaliação do crescimento

craniofacial é a cefalometria radiográfica. Na década de 20, um dos métodos

utilizados era a craniometria, cujas medidas eram obtidas diretamente de crânios

secos, contudo tal método proporcionava apenas dados transversais do

crescimento, e que posteriormente uma nova técnica foi desenvolvida, a

radiografia cefalométrica (BROADBENT, 1931; HOFRATH, 1931).

Em 1948, Downs formulou uma das primeiras análises cefalométricas para

a correção do tratamento ortodôntico, o qual estabeleceu um padrão para o

esqueleto facial, afirmando que existia uma média de padrão facial para indivíduos

com oclusão clinicamente aceitável.

Estudos de prevalência foram efetuados para determinar o índice da má

oclusão de Classe III, baseados na classificação da má oclusão de Angle, em

1899, a relação oclusal dos primeiros molares, utilizado até os dias atuais, sendo

que a má oclusão de Classe III, avaliada nesse trabalho, foi caracterizada pela

relação mesial dos dentes inferiores em relação aos dentes superiores. Em 1907,

Angle modificou sua definição para uma posição mesial ao ideal de mais que a

metade de uma cúspide, e segundo alguns trabalhos de prevalência que foram

efetuados para determinar o índice da má oclusão de Classe III, citamos NOUER

(1966), o qual a má oclusão de Classe III, apresentou apenas 0,4% da amostra

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Discussão 152

analisada; HOROWITZ e DOYLIE (1970), concluíram que a má oclusão de Classe

III, na raça melanoderma, teve uma prevalência de 6,3% dos casos e na raça

leucoderma, uma prevalência de 4,7% dos casos; TAKAHASHI (1975) em seu

estudo apresentou 3,92% dos casos em leucodermas a má oclusão de Classe III;

SILVA e ARAÚJO (1983) apresentaram a má oclusão menos prevalente da

amostra analisada, a Classe III, que atingiu 1,5% dos casos; SILVA FILHO,

FREITAS e CAVASSAN (1989) também apresentaram uma baixa porcentagem de

má oclusão de Classe III, com 3% dos casos analisados e KANESHIMA (2004)

em sua pesquisa apresentou uma má oclusão de Classe III, de 6,14% da amostra.

Alguns pesquisadores (SANBORN, 1955; JACOBSON et al., 1974; ELLIS e

MCNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986) se preocuparem principalmente com o

equilíbrio ântero-posterior do complexo craniofacial, o que se tornou possível o

esclarecimento de que muitas más oclusões de Classe III resultam de relações

maxilo-mandibulares discrepantes e não somente na simples visualização de

dentes mal posicionados, ou seja, pode estar presente com várias combinações

de componentes esqueléticos e dentários sendo assim, é de suma importância

para o diagnóstico da má oclusão, conseqüentemente para o sucesso do

tratamento.

Em estudos, Ackerman e Proffit (1969) avaliaram cinco características da

má oclusão e o seu relacionamento, como alinhamento e simetria dos arcos

dentários, tipos de perfil facial, problemas no sentido ântero-posterior, transversal

e vertical. Jacobson et al., (1974) relataram que a má oclusão de Classe III, conta

com a menor porcentagem de qualquer grupo de má oclusão dentro da

população, com incidência variando de 1,2% a 12,2%, o qual a maioria das más

oclusões ântero-posteriores é de origem de um desenvolvimento vertical e

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Discussão 153

transversal anormal, e que são agravados pelo mesmo. Em razão de inúmeros

dados fornecidos pelo trabalho e da complexidade em se estudar variáveis de

diversas análises cefalométricas, visando aspectos esqueléticos, dentários e

funcionais, o intuito de interpretar e confrontar nesse capítulo os resultados

obtidos desse estudo juntamente com a literatura, procurou-se para melhor

entendimento e compreensão do leitor, analisar cada variável e, na medida do

possível, no total do complexo craniofacial.

Para analisar-se o complexo maxilar, foram empregadas as variáveis SNA

e A-Nperp com o intuito de mostrar se a maxila está protruída, retruída ou bem

posicionada em relação à base anterior do crânio, e também a variável Co-A que

determina o comprimento efetivo da maxila. Nesse estudo, o valor médio

encontrado para o ângulo SNA para o Grupo Classe III, foi de 82,86º e o valor

médio obtido para o Grupo Controle, foi de 85,13º, portanto, os resultados

demonstraram que a posição da maxila está retruída em relação à base do crânio.

Na maioria dos casos de Classe III, a maxila encontra-se retruída em relação à

base do crânio, semelhantes aos resultados encontrados por (SANBORN, 1955;

HOROWITZ, CONVERSE e GERSTMAN, 1969; DIETRICH, 1970; JACOBSON et

al., 1974; MITANI, 1981; ELLIS e MCNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986; TOMS,

1989; MOYERS, 1991; MACKAY et al., 1992; LEW e FOONG, 1993; MOUAKEH,

2001), sendo que os autores (GUYER et al., 1986; SANBORN, 1955; JACOBSON

et al., 1974; ELLIS e MCNAMARA, 1984) encontraram em seus estudos, 25% dos

casos de Classe III, a retrusão maxilar, o que confere com os mesmos resultados

dos autores citados anteriormente, os resultados encontrados nesse estudo.

Alguns autores (RIEDEL, 1952; JACOBSON et al., 1974; VIGORITO e MITRI,

1982; LEW e FOONG, 1993; KURAMAE, 2002) encontraram uma maxila bem

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Discussão 154

posicionada em relação à base anterior do crânio, outros, encontraram a base

anterior do crânio diminuída em seu comprimento (BJÖRK, 1951a; HOROWITZ,

CONVERSE e GERSTMAN, 1969; JACOBSON et al., 1974; TOLLARO et al.,

1994; MOUAKEH, 2001; ISHII, DEGUCHI e HUNT 2002) e, (GUYER et al., 1986)

encontraram uma base craniana aumentada, o que poderia ocorrer alterações nos

resultados em relação ao posicionamento maxilar, tanto se a base anterior do

crânio apresentasse diminuída ou aumentada.

A variável A-Nperp, relacionou-se também a maxila em relação à base do

crânio, e segundo McNamara, quando o ponto A estiver atrás da linha N-perp, a

medição linear levará sinal negativo, considerando que a maxila estará retruída

em relação à base do crânio, mas se o ponto A estiver à frente da linha N-perp, o

sinal será positivo, o qual indicará por exemplo em uma protrusão maxilar. Nos

casos de Classe III, devido à base anterior do crânio encontrar-se reduzida,

poderá ocorrer uma retrusão do ponto N, e a construção da linha N-perp se tornar

incorreta, assim como o posicionamento da maxila e mandíbula. Nesse estudo, o

Grupo Classe III apresentou um valor médio para a variável A-Nperp de 3,22mm e

o Grupo Controle obteve um valor médio de 4,28mm. Isso significa que a maxila

está retruída em relação à base do crânio e segundo os resultados de

(SANBORN, 1955; HOROWITZ, CONVERSE e GERSTMAN, 1969; DIETRICH,

1970; JACOBSON et al., 1974; MITANI, 1981; ELLIS e MCNAMARA, 1984;

GUYER et al., 1986; TOMS, 1989; MOYERS, 1991; MACKAY et al., 1992; LEW e

FOONG, 1993; MOUAKEH, 2001) foram semelhantes seus estudos, com os

resultados desse trabalho.

Para a grandeza cefalométrica Co-A representada por McNamara de

comprimento efetivo da maxila, o valor médio encontrado nesse estudo para o

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Discussão 155

Grupo Classe III, considerado o grupo da má oclusão, foi de 90,61mm, e o valor

médio considerado como norma clínica, foi de 93,31mm para o Grupo Controle.

Pode-se concluir que a maxila encontra-se com seu comprimento efetivo

diminuído, característico de uma má oclusão de Classe III, e segundo os

resultados dos autores (HOROWITZ, CONVERSE e GERSTMAN, 1969;

SASSOUNI, 1969; JACOBSON et al., 1974; GUYER et al., 1986; TOMS, 1989;

SILVA FILHO, MAGRO e OZAWA, 1997; MOUAKEH, 2001) e, segundo os

autores (MITANI, 1981; MITANI, SATO e SUGAWARA 1993; KURAMAE, 2002)

encontraram um tamanho normal da maxila, e os autores (BJÖRK, 1951a;

JAMISON et al., 1982) encontraram um tamanho aumentado da maxila.

Para analisar-se o complexo mandibular, foram relacionadas as variáveis

SNB, SND e Pg-Nperp, as quais mostram se a mandíbula está protruída, retruída

ou bem posicionada em relação à base anterior do crânio, e também a variável

Co-Gn que determina o comprimento efetivo da mandíbula. Na maioria das más

oclusões de Classe III, a mandíbula encontra-se numa posição protruída em

relação à base do crânio, com valores maiores que a norma, e mediante esse

estudo, o valor médio para o ângulo SNB no Grupo Classe III foi de 83,87º e o

valor médio obtido para o Grupo Controle foi de 80,39º, demonstrando que a

mandíbula encontra-se protruída em relação à base do crânio, e segundo os

resultados dos autores (BJÖRK, 1947; WYLIE, 1947; BJÖRK, 1951a; BJÖRK,

1951b; SANBORN, 1955; SCOTT, 1958; BJÖRK, 1969; HOROWITZ, CONVERSE

e GERSTMAN, 1969; DIETRICH, 1970; LITTON et al., 1970; RIDELL,

SÖREMARK e LUNDBERG, 1970; JACOBSON et al., 1974; SCHULHOF,

NAKAMURA e WILLIAMSON, 1977; BRYANT, 1981; MITANI, 1981; ELLIS e

MCNAMARA, 1984; GRAVELY, 1984; LAVELLE, 1984; GUYER et al., 1986;

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Discussão 156

KERR e TENHAVE, 1988; TOMS, 1989; MOYERS, 1991; MACKAY et al., 1992;

HASHIM e SARHAN, 1993; MITANI, SATO e SUGAWARA, 1993; LEW e FOONG,

1993; TOLLARO et al., 1994; SILVA FILHO, MAGRO e OZAWA, 1997;

MOUAKEH, 2001; ISHII, DEGUCHI e HUNT, 2002; KURAMAE, 2002) também

encontraram em seus estudos uma mandíbula protruída em relação à base do

crânio.

O ângulo SND também fornece informações a respeito do posicionamento

da mandíbula em relação à base anterior do crânio, sendo um ângulo que é

somente alterado devido ao crescimento. No Grupo Classe III, esse valor foi de

80,74º e no Grupo Controle, o valor médio obtido foi de 76,46º do qual pode-se

concluir que ocorreu um prognatismo mandibular, confirmando com os resultados

obtidos nesse estudo em relação ao ângulo SNB, que apresentou um prognatismo

mandibular e também semelhante aos resultados encontrados nos trabalhos de

(BJÖRK, 1947; WYLIE, 1947; BJÖRK, 1951a; BJÖRK, 1951b; SANBORN, 1955;

SCOTT, 1958; MILLS, 1966; HOROWITZ, CONVERSE e GERSTMAN, 1969;

DIETRICH, 1970; LITTON et al., 1970; RIDELL, SÖREMARK e LUNDBERG,

1970; JACOBSON et al., 1974; IRIE e NAKAMURA, 1975; SCHULHOF,

NAKAMURA e WILLIAMSON, 1977; BRYANT, 1981; MITANI, 1981; RAKOSI e

SCHILLI, 1981; ELLIS e MCNAMARA, 1984; GRAVELY, 1984; LAVELLE, 1984;

GUYER et al., 1986; KERR e TENHAVE, 1988; TOMS, 1989; MOYERS, 1991;

MACKAY et al., 1992; HASHIM e SARHAN, 1993; LEW e FOONG, 1993; MITANI,

SATO e SUGAWARA, 1993; TOLLARO et al., 1994; SILVA FILHO, MAGRO e

OZAWA, 1997; MOUAKEH, 2001; ISHII, DEGUCHI e HUNT, 2002; KURAMAE,

2002).

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Discussão 157

Para a grandeza cefalométrica Pg-NPerp, segundo McNamara, notou-se

que quando o ponto Pg estiver atrás da linha N-perpendicular a medição linear

levará sinal negativo, e se estiver à frente levará o sinal positivo. Nesse estudo, a

variável Pg-Nperp, no Grupo Classe III, foi de 8,86mm, sendo que para o Grupo

Controle , essa medida foi de 0,22mm; podendo-se concluir que o ponto pogônio

se localiza à frente da linha N-perp, nos casos de má oclusão de Classe III,

confirmando também o prognatismo mandibular.

Para a grandeza cefalométrica Co-Gn, representada por McNamara de

comprimento efetivo da mandíbula, o valor médio encontrado no Grupo Classe III

foi de 125,67mm e para o Grupo Controle nesse estudo foi de 115,25mm, o qual

obteve um comprimento maior da mandíbula para o Grupo Classe III,

característico na má oclusão de Classe III, e que segundo os resultados

encontrados nos trabalhos dos autores (BJÖRK, 1951a; SASSOUNI, 1969;

RAKOSI, 1970; SCHULHOF, NAKAMURA e WILLIAMSON, 1977; MITANI, 1981;

LAVELLE, 1984; GUYER et al., 1986; TOMS, 1989; LEW e FOONG, 1993;

MITANI, SATO e SUGAWARA, 1993; TOLLARO et al., 1994; MOUAKEH, 2001;

KURAMAE, 2002) também encontraram um comprimento aumentado da

mandíbula, confirmando assim os mesmos resultados encontrados nesse

trabalho. Alguns autores encontraram um comprimento mandibular normal

(SANBORN, 1955; HOROWITZ, CONVERSE e GERSTMAN, 1969).

Para o estudo relacionado ao padrão esquelético, foram utilizadas as

grandezas cefalométricas: SN.GoGn, FMA, Eixo Facial e AFAI, o qual, para o

ângulo do plano mandibular SN.GoGn, se apresentar aumentado, estará

geralmente associado com a mordida aberta anterior e um padrão facial de

crescimento vertical, contrariamente, se o valor apresentar-se diminuído estará

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Discussão 158

associada à sobremordida e um padrão de crescimento mandibular horizontal,

sendo que o ângulo aumentado pode resultar de um ramo ascendente curto,

ângulo goníaco obtuso, extensa altura da face anterior, ou qualquer combinação

dessas, e no caso se apresentar um ângulo diminuído resulta de um ramo

ascendente longo, ângulo goníaco agudo, pequena altura da face anterior ou uma

combinação dessas. Os resultados nesse estudo para SN.GoGn, o Grupo Classe

III, teve como valor médio de 31,81º e para o Grupo Controle, o valor obtido foi de

29,76º, o qual sugere que houve uma tendência maior de crescimento no sentido

vertical, e segundo os autores (ADAMS, 1948; STAPF, 1948; SANBORN, 1955;

ALTEMUS, 1960; JACOBSON et al., 1974; ELLIS e MCNAMARA, 1984; GUYER

et al., 1986; TOMS, 1989; MACKAY et al., 1992) encontraram também em seus

estudos, uma maior tendência de crescimento no sentido horário, mas, segundo

os autores (KERR e TENHAVE, 1988) encontraram uma altura facial diminuída,

ou seja, tendendo a um crescimento horizontal.

Na variável FMA - “Frankfort Mandibular Plane Angle” (ângulo súpero-

anterior), o grupo da má oclusão, considerado Grupo Classe III, apresentou nesse

estudo um valor médio de 24,47º sendo que o valor médio obtido no Grupo

Controle foi de 22,99º, sugerindo uma tendência de crescimento no sentido

vertical, e alguns autores (ADAMS, 1948; STAPF, 1948; SANBORN, 1955;

ALTEMUS, 1960; JACOBSON et al., 1974; BISHARA, PETERSON e BISHARA,

1984; ELLIS e MCNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986; TOMS, 1989;

MACKAY et al., 1992; KURAMAE, 2002) encontraram em seus estudos uma

tendência de crescimento no sentido horário, confirmando os resultados obtidos

nesse trabalho.

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Discussão 159

O ângulo do Eixo Facial, que determina a direção de crescimento do

mento, ou seja, do crescimento mandibular, apresentou um valor médio para o

Grupo Classe III, de 90,67º e para o Grupo Controle, o valor obtido foi de 89,93º,

indicando assim uma tendência de crescimento harmônico, dentro da

normalidade. Mas quando o Eixo Facial apresentar um valor menor que a norma,

isso indicará uma tendência de crescimento vertical e o sinal será negativo ao

valor angular da diferença, e se apresentar com uma angulação maior que a

norma indicará uma tendência de crescimento no sentido horizontal e o sinal será

positivo. Conforme relatado anteriormente em algumas grandezas, o Grupo

Classe III apresentou nesse estudo uma tendência de crescimento no sentido

vertical, ou seja, um padrão esquelético vertical, mas para a grandeza Eixo Facial,

que determina também a direção do crescimento mandibular, os resultados

confirmam que o crescimento ocorreu de maneira harmônica, padrão equilibrado

(AIDAR, 1987).

A altura facial ântero-inferior – AFAI, o qual determina a dimensão vertical,

para o Grupo Classe III, obteve como valor médio nesse estudo, 73,67mm ao

passo que para o Grupo Controle, o valor médio foi de 69,38mm, o que significa

que a mandíbula rotacionou no sentido horário, para baixo e para trás, havendo

um aumento da AFAI, ocasionando assim uma aparência menor da mandíbula do

que realmente era possivelmente devido à inclinação para baixo e para trás e

também deixando o ponto pogônio mais distante da linha N-perp, e que segundo

os autores (ADAMS, 1948; STAPF, 1948; SANBORN, 1955; ALTEMUS, 1960;

JACOBSON et al., 1974; ELLIS e MCNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986;

TOMS, 1989; MACKAY et al., 1992; SILVA FILHO, MAGRO e OZAWA, 1997;

ISHII, DEGUCHI e HUNT, 2002) também encontraram em seus estudos uma

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Discussão 160

tendência de crescimento no sentido vertical. Na hipótese do avanço da mesma,

rotacionando-a no sentido anti-horário, com conseqüente adiantamento do ponto

Pg, a altura facial ântero-inferior apresentaria diminuída e a mandíbula pareceria

maior, no entanto, ela apresentou o mesmo tamanho de antes. Nos casos de

Classe III, possivelmente temos um AFAI diminuído, sendo que a mandíbula

poderá estar bem posicionada ou protruída, segundo os resultados obtidos nos

trabalhos de (RIDELL, SÖREMARK e LUNDBERG, 1970; KERR e TENHAVE,

1988; MOUAKEH, 2001).

Steiner (1959) relacionou os incisivos com suas bases apicais por meio das

linhas NA e NB, aplicando medidas angulares e lineares. Cabe às grandezas

angulares .NA e .NB identificar a inclinação axial desses dentes dentro do

osso alveolar levando a uma inclinação para vestibular ou lingual dos incisivos, e

cabe à grandeza linear diagnosticar a posição ântero-posterior do incisivo em

relação à sua base apical, mediante às distâncias -NA e -NB, sendo que um

incisivo pode estar bem posicionado ântero-posteriormente na sua base apical, ou

estar protruído ou retruído. Para a grandeza angular .NA, o valor médio do

Grupo Classe III foi de 28,12º e para o Grupo Controle foi de 22,06º. Isso mostrou

que no grupo da má oclusão os incisivos superiores estão inclinados para

vestibular, o que confirma os resultados dos autores (BJÖRK, 1947; SANBORN,

1955; ALTEMUS, 1960; ELLIS e McNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986;

MOYERS, 1991; ISHII, DEGUCHI e HUNT, 2002). Para a medida linear, a variável

-NA no Grupo Classe III, obteve um valor médio de 5,79mm, e no Grupo

Controle foi de 3,83mm, o que podemos concluir que para os incisivos superiores

além de uma vestibularização, ocorreu uma protrusão dentária, e segundo os

resultados obtidos nos trabalhos dos autores (SANBORN, 1955; MILLS, 1966;

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Discussão 161

ELLIS e McNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986; MOYERS, 1991;

MOUAKEH, 2001).

O ângulo .NS indica a inclinação do incisivo superior em relação à base

craniana, e quando o valor obtido apresentar maior que a norma, indicará uma

inclinação vestibular do incisivo superior e uma inclinação lingual quando esse

valor apresentar diminuído em relação à norma. No Grupo Classe III, o valor

médio encontrado foi de 111,46º e para o Grupo Controle, o valor médio para esse

ângulo foi de 107,19º, isso indica que ocorreu uma inclinação vestibular do incisivo

superior em relação à base craniana, e segundo os estudos de (SANBORN, 1955;

ELLIS e McNAMARA, 1984; GUYER et al., 1986; ISHII, DEGUCHI e HUNT,

2002).

Para os incisivos inferiores, a grandeza angular .NB teve como valor

médio para o Grupo Classe III um valor de 26,41º e para o Grupo Controle foi de

30,77º, podendo-se concluir que os incisivos inferiores estavam lingualizados,

segundo os autores (SANBORN, 1955; ELLIS e McNAMARA, 1984; GUYER et al.,

1986; MOYERS, 1991) e para a medida linear desses incisivos inferiores, no caso

da variável -NB no Grupo Classe III, obteve como valor médio para esta variável

6,2mm, e para o Grupo Controle, 6,7mm, isso significa que além dos incisivos

inferiores estarem lingualizados, estavam também retruídos, e segundo os

resultados dos autores (SANBORN, 1955; ELLIS e McNAMARA, 1984; GUYER et

al., 1986; MOYERS, 1991; MOUAKEH, 2001).

Com o advento da cefalometria, a atenção dos pesquisadores voltou-se

para o posicionamento dos incisivos inferiores na face e na base apical e sua

possível influência sobre a oclusão, estética facial e estabilidade dos casos

tratados ortodonticamente, criando diferentes métodos para avaliação da sua

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Discussão 162

posição e concebendo fórmulas científicas para o posicionamento mais correto

desses dentes. O ângulo IMPA – Incisor Mandibular Plane Angle, tornou-se um

dos alicerces da análise de Tweed, e o próprio Tweed percebeu que a posição

dos incisivos inferiores era muito estática, e analisando as pesquisas de

crescimento facial, principalmente de Broadbent (1931), pôde-se constatar que

uma nova variável deveria merecer a atenção do pesquisador, o “padrão facial”.

Notou-se que a morfologia mandibular era muito variável, podendo encontrar uma

maior ou menor abertura do plano mandibular, dependendo do tipo do

crescimento facial, se vertical ou horizontal, sendo que em números, a grandeza

que mereceu maior destaque foi a inclinação do plano mandibular. No Grupo

Classe III, o valor médio foi de 90,52º e no Grupo Controle, 100,62º, podendo-se

então concluir que ocorreu uma inclinação lingual dos incisivos inferiores,

confirmando os mesmos resultados encontrados nos resultados anteriores e

segundo os autores (SANBORN, 1955; ELLIS e McNAMARA, 1984; GUYER et al.,

1986; MOYERS, 1991).

Na avaliação funcional das vias aéreas, foi analisada a nasofaringe e a

bucofaringe, sendo que a grandeza nasofaringe teve como valor médio para o

Grupo Classe III 13,26mm e para o Grupo Controle, 11,20mm, o que significa que

não houve a diminuição do espaço aéreo nessa região. Na bucofaringe, o valor

médio para o Grupo Classe III foi de 11,41mm e o valor obtido para o Grupo

Controle foi de 10,41mm, significando que nesse caso poderá indicar um

posicionamento anterior da língua, que pode ter sido de ordem postural ou

provocado por uma hipertrofia de amígdalas, levando ao prognatismo mandibular,

mordida cruzada anterior ou biprotrusão. Nos casos de Classe III, normalmente

ocorre um prognatismo mandibular, confirmando os resultados desse estudo e os

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Discussão 163

resultados dos autores (BJÖRK, 1947; BJÖRK, 1951a; BJÖRK, 1951b;

SANBORN, 1955; SCOTT, 1958; HOROWITZ, CONVERSE e GERSTMAN, 1969;

DIETRICH, 1970; LITTON et al., 1970; RIDELL, SÖREMARK e LUNDBERG,

1970; JACOBSON et al., 1974; SCHULHOF, NAKAMURA e WILLIAMSON, 1977;

BRYANT, 1981; MITANI, 1981; ELLIS e MCNAMARA, 1984; GRAVELY, 1984;

LAVELLE, 1984; GUYER et al., 1986; KERR e TENHAVE, 1988; TOMS, 1989;

MACKAY et al., 1992; HASHIM e SARHAN, 1993; LEW e FOONG, 1993; MITANI,

SATO e SUGAWARA, 1993; TOLLARO et al., 1994; SILVA FILHO, MAGRO e

OZAWA, 1997; MOUAKEH, 2001; ISHII, DEGUCHI e HUNT, 2002).

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CONCLUSÃO

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Conclusão 165

7 Conclusão

Segundo as condições em que o trabalho foi desenvolvido e diante dos

resultados obtidos, julga-se lícito concluir que:

� O Grupo Classe III apresentou a maxila retruída em relação à base do

crânio e com seu comprimento diminuído, a mandíbula protruída em

relação à base do crânio e com seu comprimento aumentado, os

incisivos superiores com inclinação vestibular e protruídos, e os

incisivos inferiores com inclinação lingual e retruídos;

� O Grupo Classe III apresentou um padrão de crescimento mais

vertical;

� Houve a presença de dimorfismo entre os gêneros para as grandezas

cefalométricas: Co-A, Co-Gn, SN.GoGn, e Eixo Facial; e as demais

grandezas não apresentaram significância estatisticamente para o

Grupo Classe III.

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Conclusão 166

Considerações Finais

O trabalho realizado analisou características cefalométricas de uma

amostra de indivíduos portadores da má oclusão de Classe III de Angle

comparados a indivíduos portadores de oclusão clinicamente aceitável, baseados

nas análises cefalométricas do Padrão USP, McNamara e Ricketts, dos quais

foram extraídas algumas grandezas cefalométricas. Mediante estes métodos foi

possível determinar que a má oclusão de Classe III apresentou esqueleticamente

uma maxila reduzida e com um posicionamento retruído, a mandíbula com seu

comprimento aumentado e protruída, ambos em relação à base do crânio;

dentariamente apresentou alterações em seus posicionamentos e o padrão

esquelético apresentou-se com uma tendência de padrão vertical. Baseados

nestas análises demonstraram ser excelentes meios para determinar o padrão de

crescimento facial do indivíduo, as relações dentárias e auxiliando de forma

significativa para um bom e correto diagnóstico.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências Bibliográficas 168

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APÊNDICE

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Apêndice 174

Apêndice A

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe III

S-N.A A-N Perp. Co-A S-N.B S-N.D

Pog-N Perp. Co-Gn

SN. GoGn FMA

Eixo Facial Nº

em ° mm mm em ° em ° mm mm em ° em ° em ° 1 81 1 83 82 80 7 123 35 27 92 2 83 6 90 81 77 10 125 41 30 94 3 84 6 88 85 82 18 126 30 19 87 4 74 -3 87 74 71 -5 120 41 30 100 5 77 6 88 77 74 12 122 47 31 100 6 80 4 83 81 78 9 119 38 27 94 7 80 3 82 84 79 11 116 37 27 87 8 81 -1 82 81 79 0 112 26 20 94 9 85 1 81 85 81 3 111 33 29 96

10 78 -1 81 83 80 9 118 30 21 90 11 79 3 81 79 75 7 111 40 29 98 12 80 -3 83 87 83 5 120 35 32 90 13 77 1 87 77 73 2 121 43 32 98 14 84 4 90 87 83 14 127 30 21 88 15 76 -1 80 78 76 5 119 44 34 98 16 76 -2 84 76 72 -3 116 38 29 97 17 80 1 94 81 79 9 132 31 23 89 18 92 15 100 97 93 32 141 19 13 80 19 84 5 88 84 80 8 125 39 32 97 20 80 1 91 83 80 9 123 30 22 87

Média 80,61 2,44 86,11 81,99 78,76 8,19 121,35 35,29 26,38 92,74

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Apêndice 175

Apêndice A

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe III

AFAI .NA -NA .NB -NB IMPA .NS Nfa-Nfp Bfa-Bfp Nº

mm em ° mm em ° mm em ° em ° mm mm 1 76 30 7 25 8 89 110 11 13 2 78 31 7 26 7 85 114 13 12 3 71 29 6 27 4 92 113 7 10 4 80 24 5 18 3 83 98 10 13 5 89 36 8 27 6 84 113 13 14 6 69 31 6 33 8 94 112 10 10 7 69 36 9 26 5 85 117 14 10 8 66 29 4 20 3 93 110 8 9 9 70 34 6 28 7 91 119 12 9

10 67 31 8 17 1 84 110 7 8 11 67 31 5 30 6 91 110 5 11 12 67 40 12 27 8 86 120 12 16 13 77 29 8 30 10 90 106 16 15 14 69 36 7 24 5 87 119 9 15 15 75 34 10 34 8 92 109 12 11 16 74 39 9 31 6 97 115 11 12 17 76 27 7 21 3 89 107 13 10 18 77 33 8 32 11 95 131 22 13 19 80 38 11 32 12 89 122 13 19 20 63 34 6 21 4 88 114 8 11

Média 72,96 32,55 7,47 26,49 6,27 89,13 113,48 11,35 12,09

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Apêndice 176

Apêndice A

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe III

S-N.A A-N Perp. Co-A S-N.B S-N.D

Pog-N Perp. Co-Gn

SN. GoGn FMA

Eixo Facial Nº

em ° mm mm em ° em ° mm mm em ° em ° em ° 21 77 -1 90 78 75 -1 114 36 27 89 22 80 -1 92 82 80 7 124 29 22 93 23 79 -3 88 79 76 -6 125 42 35 99 24 80 0 91 82 78 4 130 35 27 95 25 77 -2 81 82 78 6 116 34 25 91 26 78 1 90 80 76 6 120 35 24 88 27 87 5 95 89 87 15 135 26 20 88 28 83 6 96 83 81 16 133 31 20 86 29 85 5 89 83 81 8 118 30 22 90 30 77 1 89 81 78 12 126 33 22 92 31 77 -1 91 78 76 4 130 39 29 94 32 84 5 89 83 80 9 135 41 33 94 33 82 4 97 80 76 3 126 36 27 94 34 81 4 98 84 82 21 143 28 18 91 35 82 3 86 86 82 2 120 22 20 92 36 88 7 93 86 83 13 124 28 21 93 37 81 10 103 83 80 28 151 37 22 91 38 88 12 102 88 83 21 135 27 16 79 39 84 5 95 84 81 10 125 35 27 87

Média 81,63 3,12 92,27 82,66 79,58 9,39 127,89 32,75 24,09 90,88

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Apêndice 177

Apêndice A

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe III

AFAI .NA -NA .NB -NB IMPA .NS Nfa-Nfp Bfa-Bfp Nº

mm em ° mm em ° mm em ° em ° mm mm 21 67 32 6 30 6 95 109 6 21 22 68 20 3 22 3 91 100 14 8 23 81 26 3 27 6 86 105 15 12 24 80 40 10 36 9 100 120 12 13 25 66 24 6 14 1 79 100 7 12 26 64 36 7 22 3 87 114 16 16 27 79 31 7 23 4 88 118 18 12 28 75 25 5 21 3 87 108 9 20 29 71 32 9 29 8 96 117 8 11 30 70 31 6 19 2 85 109 13 9 31 81 31 8 17 4 81 108 11 13 32 85 30 6 21 8 77 114 10 14 33 75 16 -1 27 7 91 98 8 15 34 85 35 10 19 4 87 116 14 11 35 68 26 6 20 5 92 109 13 7 36 72 34 8 32 6 98 121 10 11 37 88 34 12 20 5 80 115 18 14 38 74 30 8 34 10 99 118 13 8 39 67 28 7 22 4 82 113 13 15

Média 74,48 29,44 6,63 23,96 5,19 88,49 111,07 11,95 12,82

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Apêndice 178

Apêndice B

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle

S-N.A A-N Perp. Co-A S-N.B S-N.D

Pog-N Perp. Co-Gn

SN. GoGn FMA

Eixo Facial Nº

em ° mm mm em ° em ° mm mm em ° em ° em ° 1 79 1 84 75 73 -2 106 32 22 92 2 78 8 93 78 74 15 123 34 18 89 3 89 8 95 86 81 8 119 26 20 88 4 81 5 88 79 76 7 114 32 20 91 5 86 2 94 83 79 1 118 25 21 90 6 77 2 87 76 73 4 111 34 22 92 7 89 6 94 83 79 1 110 22 17 88 8 89 8 93 84 81 8 121 32 26 94 9 84 11 99 79 75 13 127 32 18 94

10 84 4 85 79 75 -2 108 36 29 96 11 84 2 97 80 77 -1 117 29 23 87 12 81 1 90 80 77 2 118 31 23 90 13 80 3 88 76 73 -2 106 32 21 90 14 84 2 91 83 81 4 120 25 20 90 15 85 5 88 80 77 2 114 32 24 94 16 85 6 89 82 80 10 116 29 19 91 17 84 5 97 81 78 8 125 29 21 91 18 82 7 92 80 77 24 125 32 21 94 19 87 8 95 79 75 0 116 37 30 99 20 78 -3 94 75 73 -10 116 28 21 93 21 84 4 99 79 77 0 126 34 26 93 22 86 7 93 82 74 5 120 33 26 94 23 86 7 93 86 83 16 121 21 11 89 24 83 5 94 81 77 4 119 32 23 93 25 82 9 95 77 75 8 125 37 23 97 26 92 7 98 87 83 6 123 25 23 79 27 85 3 105 79 76 -5 126 32 28 94 28 80 0 93 80 77 6 122 32 24 92

Média 83,75 4,74 92,96 80,35 76,96 4,54 118,29 30,61 22,21 91,57

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Apêndice 179

Apêndice B

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle

AFAI .NA -NA .NB -NB IMPA .NS Nfa-Nfp Bfa-Bfp Nº

mm em ° mm em ° mm em ° em ° mm mm 1 66 23 3 28 4 101 102 13 11 2 67 30 6 28 5 96 109 7 18 3 68 20 3 29 4 97 109 5 12 4 67 30 6 29 6 98 111 11 13 5 67 22 3 27 3 99 108 11 13 6 63 20 3 25 2 95 97 8 11 7 62 16 1 30 6 104 105 8 13 8 76 25 4 35 7 98 113 14 8 9 82 20 6 33 9 102 104 9 7

10 70 26 6 29 7 95 110 11 15 11 68 23 4 31 7 101 107 17 9 12 68 25 5 23 3 92 106 13 11 13 61 28 6 34 8 106 108 14 9 14 74 25 7 32 5 104 110 15 11 15 68 18 3 34 7 101 103 9 9 16 62 20 3 27 4 96 104 14 11 17 70 22 4 24 4 94 106 12 13 18 76 19 3 24 4 92 101 8 13 19 78 17 3 39 11 102 105 8 10 20 76 29 7 29 6 106 107 10 9 21 78 16 4 35 8 102 99 16 11 22 72 23 4 27 7 91 110 10 13 23 72 27 7 32 4 106 112 8 11 24 75 28 7 29 7 97 111 16 16 25 78 28 7 42 10 108 110 13 10 26 75 27 6 32 7 100 118 9 9 27 82 19 3 32 8 100 104 9 11 28 73 28 9 26 4 94 107 15 19

Média 71,19 23,30 4,76 30,17 5,93 99,21 107,01 11,24 11,59

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Apêndice 180

Apêndice C

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe III, Cálculo do Erro (2º momento)

S-N.A A-N Perp. Co-A S-N.B S-N.D

Pog-N Perp. Co-Gn

SN. GoGn FMA

Eixo Facial Nº

em ° mm mm em ° em ° mm mm em ° em ° em ° 1 81 1 98 82 79 4 132 28 21 89 2 81 2 83 83 81 9 122 32 28 95 3 91 12 97 96 92 29 140 23 15 84 4 79 -1 90 81 79 7 125 33 25 93 5 76 -4 83 79 76 -1 125 41 36 102 6 81 -1 82 82 79 1 113 28 21 96 7 85 2 83 85 81 3 112 33 29 96 8 86 4 93 89 86 16 134 26 20 90 9 76 -2 81 78 76 1 119 40 25 97

10 81 5 94 79 75 3 125 38 27 94 11 88 13 103 88 84 20 134 27 16 80 12 85 9 90 86 82 10 125 33 24 90

Média 82,60 3,27 89,62 83,99 80,70 8,56 125,50 31,79 24,01 92,08

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Apêndice 181

Apêndice C

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe III, Cálculo do Erro (2º momento)

AFAI .NA -NA .NB -NB IMPA .NS Nfa-Nfp Bfa-Bfp Nº

mm em ° mm em ° mm em ° em ° mm mm 1 74 24 4 22 1 91 106 13 12 2 75 31 8 25 8 86 113 10 13 3 71 41 13 27 11 88 132 18 13 4 67 19 3 22 3 87 98 12 10 5 80 30 7 24 5 81 106 12 12 6 66 27 4 22 3 93 107 10 10 7 70 22 3 25 6 86 106 11 10 8 79 34 9 21 3 87 120 17 13 9 73 33 9 31 8 88 109 12 13 10 76 11 -1 32 7 95 93 7 16 11 73 34 9 35 10 99 122 13 10 12 70 28 8 19 4 78 113 11 17

Média 72,90 27,73 6,38 25,43 5,73 88,33 110,32 12,11 12,27

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Apêndice 182

Apêndice D

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle, Cálculo do Erro (2º momento)

S-N.A A-N Perp. Co-A S-N.B S-N.D

Pog-N Perp. Co-Gn

SN. GoGn FMA

Eixo Facial Nº

em ° mm mm em ° em ° mm mm em ° em ° em ° 1 78 1 82 74 72 -3 104 33 23 92 2 89 6 94 84 79 2 108 22 17 87 3 87 10 94 82 78 3 120 33 25 94 4 81 1 94 79 75 -2 118 29 22 88 5 82 3 88 77 74 -2 108 32 22 90 6 87 10 98 82 79 4 123 26 21 85 7 84 5 89 80 76 1 115 33 25 94 8 85 5 101 79 76 -2 125 32 27 94

Média 84,09 5,13 92,57 79,69 76,06 0,22 115,13 29,96 22,68 90,54

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Apêndice 183

Apêndice D

Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle, Cálculo do Erro (2º momento)

AFAI .NA -NA .NB -NB IMPA .NS Nfa-Nfp Bfa-Bfp Nº

mm em ° mm em ° mm em ° em ° mm mm 1 66 26 4 28 4 101 103 11 12 2 64 18 2 27 4 101 107 8 11 3 72 21 3 29 6 92 109 10 12 4 68 26 6 29 6 102 107 14 10 5 61 26 5 30 8 102 108 14 10 6 72 22 4 33 8 101 109 8 7 7 68 15 3 33 6 99 100 8 9 8 79 19 3 37 9 104 104 12 11

Média 68,76 21,69 3,80 30,94 6,31 100,36 105,79 10,62 10,45

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ANEXO

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Anexo 185

ANEXO A

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

De modo a colaborar na evolução do diagnóstico e tratamento odontológico

e auxiliar na difusão do conhecimento odontológico e científico, por meio desta,

autorizo o Dr.______________________________________, Cirurgião-dentista,

CRO _________,Estado de ______________________,devidamente qualificado,

a realizar e a publicar, exibir ou usar de outras maneiras as fotografias, modelos

de estudo, radiografias ou diapositivos feitos de minha pessoa ou do menor sob

minha responsabilidade legal, quer anterior ou posterior à data desta autorização

e vinculadas à Odontologia, à qual nos submetemos (submeteremos), de modo

adequado, única e exclusivamente para fins de divulgação científica na área

odontológica. Entendi e concordo que meu nome não será revelado ou utilizado

de nenhuma outra forma que não seja relacionado à divulgação científica.

Marília, ____de ____________________de ________.

____________________________________________

Assinatura (responsável legal)

Nome por extenso: __________________________________________________

Nome do Responsável Legal: __________________________________________

Endereço: _________________________________________________________

R. G. __________________________Telefone: ___________________________

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Anexo 186

ANEXO B

AUTORIZAÇÃO PARA REPRODUÇÃO

Eu, Tânia Keiko Akimoto , autora da Dissertação intitulada "Estudo

cefalométrico comparativo em jovens brasileiros por tadores de má oclusão

de Classe III de Angle" , apresentada como requisito parcial para a obtenção do

título de Mestre em Clínica Odontológica com ênfase em Ortodontia, em 10 de

Dezembro de 2004, autorizo a reprodução desta obra a partir do prazo abaixo

estabelecido, desde que seja citada a fonte.

(X) após 6 meses da defesa pública

( ) após 12 meses da defesa pública

Marília, 10 de Dezembro de 2004.

________________________________________

Tânia Keiko Akimoto