tá na rede! edição 08

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1 Número 8 - Fevereiro de 2005 Tiragem: 30 mil exemplares [ páginas 4 e 5 ] 5 O Forum Social Mundial Saiba como foi nossa viagem ao ´

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Jornal produzido pelos adolescentes e jovens correspondentes do projeto de 2003 a 2005.

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Page 1: Tá na Rede! Edição 08

1Número 8 - Fevereiro de 2005

Tiragem: 30 mil exemplares

[páginas 4 e 5]

5O Forum Social MundialSaiba como foi nossa viagem ao

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ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteVeículos da Rede Jovem de Cidadania: Jornal Tá na Rede!,programas televisivos e radiofônicos, website, webzine e agênciade notícias | Participantes: 64 jovens que atuam em todo oprocesso – da concepção à edição | Equipe técnica: 20profissionais (comunicadores e educadores) e 8 estagiários |Conheça todos os integrantes do projeto no websitewww.redejovembh.org.br | Coordenador da oficina deJornal: Leandro Matosinhos | Jornalista Responsável:Rafaela Lima - MG5148JP | Projeto gráfico e diagramação:Leandro Matosinhos e equipe do jornal | Fotolito eImpressão: Sempre Serviços Gráficos | Tiragem: 30 milexemplares | Distribuição gratuita nas escolas públicas deBelo Horizonte | Ilustração da capa: Warley Bombi

Conheça nosso site - www.redejovembh.org.brFale com a gente - [email protected]

Caro leitor,

Eu fiz uma viajem nas férias e, um dia, quando liguei para casa dandonotícias, meu irmão de nove anos perguntou se eu já tinha feito amizadecom alguém do Outro Mundo. Ora, não só conheci pessoas do OutroMundo, como descobri que eu mesma faço parte desse planeta distante.

Você não deve estar entendendo nada, não é mesmo? Mas, calma, euvou explicar.

Existe um planeta, ainda longe do Sol, onde não há guerras, nem fome,nem qualquer tipo de desigualdade ou exclusão. Os habitantes desse OutroMundo reúnem forças para lutar contra terríveis monstros que são umagrande ameaça às pessoas que vivem no mundo de cá. O problema é queos habitantes daqui pensam que esses monstros não passam de inofensivosmoinhos de vento.

Os moradores do Outro Mundo são poucos e precisam da ajuda daque-les que vivem no mundo de cá para acabar de vez com essas grandesameaças. Por esse motivo, os habitantes do Outro Mundo se reúnem parabuscar as melhores estratégias para combater os terríveis monstros queestão se espalhando por todo o universo: a injustiça, o desrespeito aosdireitos humanos e ao meio ambiente, a exclusão social.

Desde o ano 2000, os habitantes do Outro Mundo tentam abrir osolhos das pessoas e levá-las para seu planeta. Suas estratégias são viverpacificamente, mostrando que todos são iguais, mesmo sendo diferentes.Suas armas são a arte, a fala e as ações.

Você quer fazer parte desse grande encontro alienígena, mas não éastronauta? Pois saiba que não é preciso de nave espacial nem nada. Aúltima vez que nós, os do Outro Mundo, nos encontramos, foi em janeirode 2005, entre os dias 26 e 31, em Porto Alegre, no Fórum Social Mundial.

E se você acredita num mundo melhor, onde todas as diferenças sejamcelebradas, onde todos os direitos sejam respeitados e onde ninguém sejatratado como melhor ou pior que o outro, parabéns! Você também faz par-te do Outro Mundo.

Texto e ilustração: Mariana Martins Rodrigues

Os habitantes do Outro Mundocontra os moinhos de vento

Não se desespere! O Tá na Rede! está de volta e cheiode novidades.

Em janeiro, nós, correspondentes de Rede Jovem deCidadania, viajamos até Porto Alegre, capital do RioGrande do Sul, para participar do 5º Fórum Social Mun-dial. Foram horas dentro de um ônibus e vários dias numacampamento lotado só para conhecer bem de perto oque estava acontecendo lá no sul do país.

O Fórum foi um grande evento que reuniu pessoasdo mundo inteiro. O objetivo desse encontro era discutiralternativas para a construção de um mundo mais justo.

Ficou curioso para saber um pouco sobre nossasaventuras em terras gaúchas, não? Então, não percatempo! Confira o texto que está publicado nas páginascentrais do jornal.

Leia também a reportagem sobre políticas públicasde juventude. Você já ouviu falar sobre esse assunto?Não? Pois fique ligado! É muito importante estarmosatentos à mobilização dos jovens e às ações do poderpúblico. Há muita discussão rolando e todos nós deve-mos participar! Só assim poderemos criar caminhos parainterferir em decisões que nos afetam diretamente.

Fique por dentro também do projeto “Na Batalhapela Saúde”, iniciativa desenvolvida pela ong MUSA.Há 15 anos, a instituição busca garantir melhores condi-ções de vida para as mulheres.

E não deixe de conhecer um pouco do movimentohip hop de Belo Horizonte. Grupos de rap de nossa cida-de mostram na prática que a participação política podese dar por meio da expressão artística.

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Há 15 anos, surgiu emnossa cidade a ong Musa(Mulher e Saúde), um gru-po que luta para promovera qualidade de vida dasmulheres de Belo Hori-zonte. Um dos projetos daentidade é o “Na Batalhapela Saúde”. A iniciativa,que é realizada em parceriacom a Secretaria de Estadoda Saúde de MG e a Pasto-ral da Mulher Marginaliza-da da Igreja Católica, bus-ca garantir a cidadania e aqualidade de vida das pro-fissionais do sexo que tra-balham na região centralde BH (baixo meretrício)e no bairro Bonfim.

Marly, Sheila e Cristinadesenvolvem oficinas deconscientização que acon-tecem nos hotéis e atémesmo nas ruas das zonasde prostituição. Não im-porta o lugar. O importan-te é garantir que as mulhe-res estejam atentas às for-mas de prevenção de algu-mas doenças, como AIDSe câncer de mama. Alémdisso, o projeto busca pro-mover a auto-estima dasprofissionais do sexo e

garantir que elas tenhamseus direitos de cidadãsrespeitados.

As próprias monitorasdas oficinas são mulheresque estão “na batalha”, eassim podem ter um diá-logo aberto com suas cole-gas de profissão. SegundoGláucia, coordenadora doprojeto, é esse aspecto es-pecífico que garante o su-cesso da iniciativa. É im-portante que o trabalhoseja desenvolvido por mu-lheres que vivem o dia-a-dia da profissão.

Para as mulheres quetrabalham na ong Musa, osmelhores resultados doprojeto ocorrem quandoas profissionais do sexobuscam informações sobreseus direitos ou sobre ouso correto da camisinha.Outra conquista impor-tante é quando elas pró-prias tomam a iniciativa evão até à sede da ong para,por exemplo, buscar o pre-servativo feminino. É issoque o grupo MUSA quer:que a mulher se sinta res-ponsável pela própria saú-de e batalhe por ela.

Diana Bruna da Silva e Jucélia Rodrigues

Mulheresque Batalham

Ilustracao:

Julierme A

lves

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4No dia 24 de janeiro, às

nove da noite, eu e outrosparticipantes da Rede Jo-vem de Cidadania inicia-mos nossa viagem ao Fó-rum Social Mundial. Quan-do vi minha cidade ficandopra trás, fiquei ansiosa parachegar logo a Porto Alegre.

O percurso duraria 32horas, mas o ônibus que-brou e ficamos “ilhados” emFlorianópolis por quase umdia inteiro, até sermos “res-gatados”. Com isso, só con-seguimos chegar ao nosso

destino no início da madru-gada do dia 26.

Assim que entrei noAcampamento Internacio-nal da Juventude, come-çou a maior experiência daminha vida. O acampa-mento reuniu 35 mil jo-vens de diversas partes domundo. Eram milhares debarracas! Como estáva-mos atrasados, o lugar jáestava lotado. Por essemotivo, a única opção quenos restou foi acamparnum terreno íngreme.

Naquela primeira noi-te, fez muito frio mas, nosdias e nas noites seguintes,o calor foi muito intenso.A água mineral era olíquido mais precioso doacampamento.

Logo na primeira ma-nhã, percebemos que, noFórum, o mundo giravaem alta rotação. A pro-gramação era variada,havia muitas atividadeslegais e importantes. Opior é que tudo aconteciaao mesmo tempo.

Em Porto Alegre, o diarolava a mil por hora: cor-ríamos de uma atividadepara outra, almoçávamosrapidinho e depois nos jun-távamos à multidão quecochilava nas sombras dasárvores. Nunca vou meesquecer disso, pois, antesde ir ao Fórum, eu não esta-va acostumada a dor mirfora de casa.

Para alguns, a hora dobanho era o momento maislegal. Para outros, um pesa-delo. Os chuveiros eram

Tudo e

possiviel

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Ilustracao: Warley Bombi~

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coletivos e a céu aberto.Alguns se sentiam mais àvontade e até ficavam nus.Mas isso era apenas umpequeno detalhe depoisde um dia escaldante.

O pôr-do-sol era dife-rente. Não há palavraspara descrevê-lo.

À noite, vários eventosaconteciam. Uns saíampara se divertir. Outros,infelizmente, para estragara diversão – roubos acon-teciam durante a madru-gada. Quando saíamos de

nossas barracas, andáva-mos sempre em grupo, paraum proteger o outro. Mas,dos problemas, a gente nãofaz questão de se lembrar.

Era muita gente “lou-ca” reunida no mesmo lu-gar. Vários estilos e tribosdiferentes. Naquele acam-pamento, a diversidadeera notada facilmente.Havia pessoas lutando porseus ideais, fazendo osmais diversos tipos demanifestações políticas. E,no meio de tudo isso,

estávamos nós, da RedeJovem de Cidadania.

O que eu vivi em PortoAlegre me fez ver o mundocom outros olhos. Afinal,estive no meio de 155 milpessoas, de 135 países, reu-nidas em mais de 2500 ati-vidades. Os organizadoresdo Fórum acreditam queessas milhares de ativi-dades “permitiram o en-contro de muitas organiza-ções e pessoas, tecendoredes, planejando ações,forjando novos encontros.

O Fórum é o momento deconvergência de movimen-tos que lutam, se encon-tram e seguem lutando”.

Ir a Porto Alegre foi umaexperiência inexplicável.Tudo aconteceu num ritmosuper acelerado. Crescimuito naquele lugar. Volteia BH com um olhar dife-rente. Hoje, percebo comoé importante um ideal peloqual lutar. Após o FórumSocial Mundial, tenhomesmo a sensação de queoutro mundo é possível!

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A juventude tem sidoum tema muito discutidono Brasil nestes últimosanos. Não é para menos.Os jovens representam,hoje, cerca de 20% da nos-sa população, o que corres-ponde a aproximadamente34 milhões de brasileiras ebrasileiros com idade en-tre 15 e 24 anos. A chama-da “onda jovem” que opaís atravessa tem incenti-vado o debate, mobili-zando diferentes setoresda sociedade e o poderpúblico.

Mas o tema não ficoutão badalado só por contadesses fatos. Em parte, tan-ta atenção voltada para osjovens tem origem naconstatação das gravesdesigualdades vividas poreles. São tantas as diferen-ças sociais, econômicas eculturais existentes entreos jovens brasileiros, quehá quem prefira falar emjuventudes, no plural.

Como resposta aos de-safios que se colocam, adiscussão sobre políticaspúblicas de juventude vemganhando força no cenário

nacional. Tais políticas são vistas como um caminhodemocrático que pode contribuir para a melhoria dasituação de vida dos jovens. A sociedade tem o papel decobrar e de levar ao governo propostas de acordo comas necessidades diagnosticadas. O governo, por sua vez,deve promover ações que possam efetivamente atingiros problemas levantados.

Dentre os principais acontecimentos pautados nadiscussão de políticas públicas de juventude, destacam-se: o Projeto Juventude, promovido pelo InstitutoCidadania, de agosto de 2003 a maio de 2004; a 1ªConferência Nacional de Juventude, realizada em junhode 2004 pela Câmara Federal dos Deputados; e a cria-ção, em 2004, do Fórum Nacional de Movimentos eOrganizações Juvenis, fruto da mobilização de enti-dades da área.

Fórum Social Mundial

Em 2005, a juventude continua sendo tema de de-bates em vários espaços. No Fórum Social Mundial, porexemplo, realizado ao final de janeiro, em Porto Alegre,houve um número significativo de oficinas, encontros emobilizações.

Correspondentes da Rede Jovem de Cidadania esti-veram no Fórum Social Mundial e participaram de algu-mas destas atividades, juntamente com outros jovensde Belo Horizonte, como o grupo D-vEr.CidaDeCuLtural, o Coletivo Hip Hop Chama e o Observatórioda Juventude da UFMG.

A oficina “Desafios e perspectivas dos movimentos emobilizações juvenis”, promovida pelo Fórum Nacionalde Movimentos e Organizações Juvenis, reuniu pessoasde diferentes lugares do Brasil. Apesar do calor excessivode Porto Alegre e do espaço pequeno onde aconteceu o

encontro, foi possível avançar no envolvimento de maisjovens na luta por políticas. Também foi reafirmada aimportância de serem criados fóruns de juventude nosmunicípios e nos Estados.

Esses fóruns seriam espaços privilegiados de encon-tro, mobilização, reflexão, amadurecimento de propostase interlocução com o poder público. Vale dizer que emBelo Horizonte já existe uma iniciativa que segue nessadireção, puxada, desde agosto de 2004, por instituiçõesque trabalham com jovens na cidade.

Novo Panorama

Após o Fórum Social Mundial foi lançada, pelo governoLula, a Secretaria Nacional de Juventude, numa soleni-dade que contou com uma tímida participação dos jovens.Junto com a Secretaria, foi lançado o programa Pró-Jovem,que é voltado para jovens de 18 a 24 anos, moradoresdas capitais, que estão fora do mercado de trabalho e nãoconcluíram o ensino fundamental. Por meio de convênioscom as prefeituras das capitais, o Pró-Jovem oferecerá,durante um ano, atividades voltadas para a conclusão doensino fundamental, qualificação profissional básica,inclusão digital e uma bolsa mensal de 100 reais. Em 2005,serão incluídos 200 mil jovens no programa.

Frente a esses recentes acontecimentos, a participaçãoativa dos jovens é fundamental para que as ações desen-volvidas pelo governo estejam em sintonia com as deman-das da juventude. E, para que os jovens possam interferirnas políticas que os envolvem, é importante que estejamorganizados.

Quem quiser participar das discussões que vêm acon-tecendo em BH, pode entrar em contato com o Observa-tório da Juventude da UFMG (telefone: (31) 3499-5325;e-mail: [email protected]).

Texto: Áurea Dejavu | Ilustrações: Warley Bombi

´comeco de conversa sobre

politicas publicas da juventude´´

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7Desarme-se!

Em 2002, cerca de30% das mortes de jovensforam causadas por armasde fogo. E tais mortes nãoestão só associadas ao trá-fico de drogas e ao crimeorganizado. Muitas delassão casos de violência do-méstica, como brigas em fa-mília, discussões entre vizi-nhos, disparos acidentais.

Ao contrário do quemuita gente pensa, teruma arma em casa não éuma forma de proteger-se.

O que ocorre é que as“armas domésticas” aca-bam contribuindo para oagravamento da violência,pois são utilizadas em “cri-mes banais, cometidos emestádios de futebol, em bri-gas de casal ou de criançasque encontram armas emcasa”, conforme aponta oMinistro da Justiça, MárcioThomaz Bastos.

Para chamar a atençãoda sociedade para a impor-tância de mudarmos esse

Pablo Márcio Abranches Derça

quadro, o governo federal,em parceria com dezenasde instituições da socie-dade civil, está realizando,desde o ano passado, aCampanha Nacional peloDesarmamento.

O jovem é um sujeitoimportante nessa campa-nha e, de forma mais abran-gente, na sensibilização dascomunidades para que seengajem na construção dacultura da paz. Afinal, eletem um forte poder de

mobilização e pode levaressa causa para os seus mo-vimentos, como grêmiosescolares, grupos culturaise ONGs.

Se você, como eu, acre-dita que é importante con-tribuir com essa campa-nha, incentive seus fami-liares e amigos a participar.Mais de 270 mil pessoas jáaderiram a essa idéia. De-sarme-se!

Quer saber mais? Liguepara 0800-7290038.

Todo dia é dia deluta contra a AIDS

Primeiro de dezembro éo “Dia Mundial da LutaContra a AIDS”. Nesse dia,várias pessoas vão até aPraça da Estação, pulam nacama elástica, jogam domi-nó, riem e se divertem.

Eu também já partici-pei do evento e pude verque para muita gente essedia é muito mais do queum dia em que você ganhacamisinha de graça eassiste a performances dedrag queens.

Mariana Martins Rodrigues

É um dia que chama aatenção para a luta contraessa doença que já atinge660 mil pessoas no Brasil.É um dia de lembrar quemuitos, como Betinho eHenfil, já morreram, mor-rem e vão morrer nessaluta. Lembrar das conquis-tas que já tivemos, como ocoquetel de remédios e oaumento das campanhaspreventivas. É também diade esquecer todos os pre-conceitos e lembrar que

AIDS pode pegar em qual-quer um: branco, negro,homem, mulher, gay, hete-rossexual, bissexual, casa-do, solteiro, jovem, adulto,usuário ou não de drogas.

Esse dia também é diade colocar um laço verme-lho no peito, ir para a Praçada Estação, pular na camaelástica, jogar dominó, rir ese divertir, lembrando,sempre, que todo dia é odia mundial de luta contraa AIDS.

Ilustracao:

Warley B

ombi

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8O hip

hop que agit

a B

H Que som é esse......que acorda a periferia e invade os barracos como uma epidemia? Que

som é esse que se tornou a arma do gueto? Que som é esse que mostra arealidade de nossos morros? Que som é esse que trata de nossa política ede nossas desigualdades sociais e raciais? Que som é esse que busca fazernossos jovens refletirem? Que som é esse que embala nossos sonhos?

Esse é o som do rap!Rap com rock, rap com pop, rap com reggae, rap com rap. Cheio de

misturas, mas sem perder a ideologia e a identidade.Música inteligente e engajada. Música que pode ser criada mesmo por

quem não tem acesso a guitarras eletrônicas e baterias. Basta microfone,papel e caneta para bombardear aqueles que fingem não ver o cotidianode milhares de meninos e meninas e de suas famílias.

Um grupo da região lesteNo dia 20 de fevereiro de 2001, os jovens Blitz e Black Hidra resol-

veram se unir e criar o Crime Verbal. De lá pra cá, a formação do grupopassou por algumas modificações. Entrou gente... Saiu gente... Atualmente,seus integrantes são Blitz, Tininim, Kica e Aiala.

Além de desenvolver uma oficina cultural chamada “Letras e Batidas”,o grupo faz shows beneficentes e produz um programa na rádio Cas-tanheiras (FM 103,5 - região leste). O programa vai ao ar de segunda asexta, às 20h, e sábado, às 14h. Quem quiser conhecer o trabalho dessesjovens ou, simplesmente, conferir os ensaios da galera, basta ir até o CentroCultural Alto Vera Cruz, aos domingos, entre três e cinco da tarde.

Hip Hop ChamaDiversos jovens ligados à cena hip hop da Grande BH vêm se reunido

regularmente para desenvolver ações para fortalecer o movimento local.Essas pessoas fazem parte do Coletivo Hip Hop Chama. Para saber mais,entre em contato com essa galera pelo e-mail [email protected].

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