“O discurso sensível perfeito é o poema; o conjunto das regras às quais o poema deve se submeter é a poética; a ciência da poética é a poética filosófica; a aptidão para elaborar um poema é a arte da poesia; aquele que possui essa aptidão é um poeta.”

MeditaçõesAlexander G. Baumgarten

Aesthetica (1750)

O surgimento da estética: algumas considerações sobre seu primeiro entrincheiramento dinâmico Marcus Vinicius Corrêa Carvalho

Baumgarten recorreu à estruturação lógica de sua Estética a fim de legitimá-la. No entanto, segundo ele, não poderíamos reduzir o conhecimento puramente à lógica. Ele reclamava o caráter necessário e irredutível da estética, argumentando que à lógica dever-se-ia ajuntar outro modo de conhecimento: o saber não intelectual que as belas artes fornecem e que a estética des-creve. Nesse sentido, a estética não seria uma etapa da educação filosófica, porém um domínio autônomo e irredutível, um horizonte indispensável do saber. A estética seria a ciência da perfeição do conhecimento sensível e a arte de seu aperfeiçoamento. As mais perfeitas percepções sensíveis seriam as mais belas, logo, as mais verdadeiras.

(CARVALHO, 2010, p.75)

Sandro Botticelli – Alegoria da Primavera, têmpera sobre madeira, c.1492

Amizade, Encantamento, Concórdia, Banquetes, Prosperidade, Fortuna, etc...

As Graças - Cárites

beleza, castidade e sensualidade

Tália, a que traz flores

Aglaia, brilho e esplendor

Eufrosine, alegria

Peter Paul Rubens – As Três Graças, óleo s/tela, c.1630–1635

Sol de Primavera Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Quando entrar setembro / E a boa nova andar nos campos / Quero ver brotar o perdão / Onde a gente plantou / Juntos outra vez

Já sonhamos juntos / Semeando as canções no vento / Quero ver crescer nossa voz / No que falta sonhar

Já choramos muito / Muitos se perderam no caminho / Mesmo assim não custa inventar / Uma nova canção / Que venha nos trazer / Sol de primavera / Abre as janelas do meu peito / A lição sabemos de cor / Só nos resta aprender

Já choramos muito / Muitos se perderam no caminho / Mesmo assim não custa inventar / Uma nova canção / Que venha trazer / Sol de primavera / Abre as janelas do meu peito / A lição sabemos de cor / Só nos resta aprender

Flávio VenturiniQuem puder, ouça também as versões de Beto Guedes e da banda Catedral

Peter Paul Rubens – Consequências da guerra, óleo s/tela, 1638–1639

Estética

teórica, onde estuda as condições do conhecimento sensível que correspondem à beleza

prática, na qual, ocupa-se da criação poética

Esboço de uma lógica da imaginação, com os princípios necessários à formação do gosto e da capacidade artística.

Jean-Honoré FragonardL'Escarpolette, óleo s/tela, 1767

Aceita ou não, de um modo ou de outro, a exposição sistemática da estética feita por Baumgarten deflagrou a trajetória de debates e discussões que marcaram e marcam a complexidade das mudanças do que seja a natureza e o valor da estética desde então. Híbrido e algo paradoxal, o fenômeno estético lançou uma multiplicidade de esforços epistemológicos a fim de caracterizar sua atuação, seu processo, sua natureza e seu valor.

(CARVALHO, 2010, p.79)