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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM CENTRAL Av. Nossa Senhora do Carmo nº 90 - BH/MG CEP: 30.330-000 – Tel: (31) 3228 7700 0330/2007/001/2008 Página: 1/12 PARECER ÚNICO Nº 098/2009 PROTOCOLO Nº 134761/2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00330/2007/001/2008 LOC DEFERIMENTO Outorga: (Não Aplicável) XXX XXX APEF Nº.: (Não Aplicável) XXX XXX Reserva legal Nº.: (Não Aplicável) XXX XXX Empreendimento: MGS Montagens Manutenção Geral e Serviços Especiais Ltda CNPJ: 01.230. 332/0001-25 Município: Sarzedo/MG Referência: Licença de Operação (Corretiva ) Validade: 6 anos Unidade de Conservação: (Não Aplicável) Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividade objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe B-09-02-4 Construção, montagem e reparação de veículos ferroviários 3 Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO Responsável Técn ico pelos Estudos Técnicos Apresentados: Vânia Marques Diniz Registro de classe CREA/MG nº 58.677/D Responsável Técnico pelo Empreendimento: Abelardo Monteiro de Castro Júnior Registro de classe Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 76/2008 e 416/2008 DATA: 05/08/2008 e 14/11/2008 08/04/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Gustavo de Araújo Soares MASP 1.153.428-6 Laércio Capanema Marques MASP 1.148.544-8 Márcia de Albuquerque Guimarães MASP 1.114085-2 Elaine Cristina Amaral Bessa MASP 1.170271-9 Visto: José Flávio Mayrink Pereira Data: __/__/____

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PARECER ÚNICO Nº 098/2009 PROTOCOLO Nº 134761/2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00330/2007/001/2008 LOC DEFERIMENTO

Outorga: (Não Aplicável) XXX XXX

APEF Nº.: (Não Aplicável) XXX XXX

Reserva legal Nº.: (Não Aplicável) XXX XXX

Empreendimento: MGS Montagens Manutenção Geral e Serviços Especiais Ltda CNPJ: 01.230.332/0001-25 Município: Sarzedo/MG

Referência: Licença de Operação (Corretiva) Validade: 6 anos

Unidade de Conservação: (Não Aplicável) Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba

Atividade objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe

B-09-02-4 Construção, montagem e reparação de veículos ferroviários 3

Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO

Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados: Vânia Marques Diniz

Registro de classe CREA/MG nº 58.677/D

Responsável Técnico pelo Empreendimento: Abelardo Monteiro de Castro Júnior

Registro de classe

Relatório de vistoria/auto de fiscalização: Nº 76/2008 e 416/2008 DATA: 05/08/2008 e 14/11/2008

08/04/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura

Gustavo de Araújo Soares MASP 1.153.428-6 Laércio Capanema Marques MASP 1.148.544-8

Márcia de Albuquerque Guimarães MASP 1.114085-2

Elaine Cristina Amaral Bessa MASP 1.170271-9

Visto: José Flávio Mayrink Pereira Data: __/__/____

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1. INTRODUÇÃO A MGS Montagens, Manutenção Geral e Serviços Especiais Ltda., empresa instalada no município de Sarzedo/MG, formalizou em 11/04/2008, através do protocolo de recibo de entrega de documentos nº 206400/2008, pedido de Licenciamento ambiental na modalidade de Licença de Operação Corretiva para suas atividades de construção, montagem e reparação de veículos ferroviários (Processo Administrativo nº 00330/2007/001/2008). De acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004, o empreendimento se enquadra na atividade B-09-02-4 (construção, montagem e reparação de veículos ferroviários), como classe 3, porte P. Em 05/08/2008 e 14/11/2008, foram realizadas vistorias na área operacional da empresa (auto de fiscalização nº 000076/2008 e 000416/2008, respectivamente), sendo constatado que o empreendimento se encontra em operação, com a expansão da área de apoio (escritório, sala de treinamento, refeitório). Na ocasião das vistorias, foram observadas, pela equipe da Supram Central, a necessidade de algumas medidas corretivas, que serão objeto de condicionante deste Parecer Único. Em 18/12/2008, foram solicitados esclarecimentos a respeito de detalhes do processo industrial, por meio do Ofício 967/2008 de informações complementares (protocolo 860457/2007), recebido pelo empreendedor em 09/01/2009. O relatório de informações complementares da empresa foi protocolizado na SUPRAM Central em 03/03/2009 (R191224/2009), apenso ao processo. Os estudos ambientais foram realizados pela empresa Vilar Engenharia e Meio Ambiente Ltda., de Contagem/MG, sendo o técnico responsável a Engenheira Civil, especialista em Segurança do Trabalho, a Senhora Vânia Marques Diniz. 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento MGS MONTAGENS, MANUTENÇÃO GERAL E SERVIÇOS ESPECIAIS LTDA., é uma empresa que realiza manutenção de peças e equipamentos ferroviários. A MGS está localizada no Distrito Industrial Benjamim Guimarães, no município de Sarzedo/MG, ocupando uma área total de 7.118,81m2 (sendo 1.518,81m2 de área construída) e conta com aproximadamente 60 funcionários: 11 no setor administrativo, 45 no setor produtivo, com regime de trabalho em turno único, de segunda a sexta-feira, e 4 terceirizados, que se ocupam com a segurança e limpeza da empresa, em revezamento de turno 12 por 36h, de domingo a segunda-feira. De acordo com o RCA/PCA apresentado, está prevista uma ampliação no empreendimento, onde serão construídos: um galpão, com área total de 1.260,00m²; uma edificação composta de dois pavimentos, sendo que o primeiro terá um refeitório e dois vestiários e o segundo funcionará o setor administrativo, totalizando uma área de 800,00m²; duas áreas para a expedição de materiais totalizando 432,00 m²; uma edificação para armazenamento e estocagem de matéria-prima com áreas de 480,00 m² e 295,00 m², respectivamente. O consumo de energia elétrica do empreendimento é proveniente da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) com consumo médio de 300 Kwh/mês, podendo chegar até a 3.000

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kWh/mês, segundo o empreendedor, e a água é proveniente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA, com consumo estimado em 82 m³/mês. Conforme relatório indicativo emitido em 03/12/2008, o empreendimento não está localizado em nenhuma unidade de conservação, nem em área de entorno, bem como não há nenhuma restrição quanto a cursos d’água distante 30 metros do empreendimento.

Fonte: Site Gloogle Earth

3. PROCESSO INDUSTRIAL A principal atividade industrial da MGS Montagens, Manutenção Geral e Serviços Especiais Ltda. é a recuperação de peças usadas por empresas do ramo petrolífero e ferroviário. Estas peças podem ser recuperadas in loco ou encaminhadas para a planta industrial da MGS em Sarzedo para a realização do trabalho. Os serviços são subdivididos em duas etapas: elétrica e mecânica, conforme descrito a seguir: Processo produtivo elétrico A etapa elétrica do processo produtivo se inicia com uma análise prévia das peças que consiste em testes de continuidade, realizados com os aparelhos multímetro e megômetro. Posteriormente, as peças são desmontadas, pesadas e encaminhadas para a usinagem ou para um banho de Dicromato, realizada pela Galvanoplastia Moderna Ltda, de Contagem/MG (possuidora da REVLO nº 074/2008 emitida pela FEAM valida até 27/05/2014), empresa terceirizada.

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Caso necessário, as peças podem passar por outros dois tipos de banho, realizados na própria MGS: o banho de Estanho e o banho ácido, o qual pode ser utilizado o Ácido Crômico, Ácido Muriático (Clorídrico), Ácido Nítrico ou o Ácido Sulfúrico, dependendo do caso. Em relação ao primeiro tipo de banho, o estanho é submetido à fusão, utilizando, para isto, maçarico a gás (GLP). A peça a ser estanhada (terminal) é submergida no estanho líquido (aproximadamente por 5 segundos), retirada e resfriada. O material excedente após o banho fica armazenado em um cadinho, na fase sólida, até uma próxima operação. Este processo somente é utilizado em terminais de ligação das bobinas, pontos de contatos móveis com freqüência esporádica e quando há equipamentos para recuperação. Para o controle das emissões atmosféricas geradas no processo, a cabine de estanhagem possui sistema de exaustão. Conforme informado pelo empreendedor, já está em estudo à possibilidade de terceirização deste processo. Em relação aos banhos das peças com produtos ácidos, esses são realizados de forma similar, sendo as peças armazenadas em “cubas” preenchidas pelo produto ácido escolhido (aproximadamente 5 litros de água para 0,7 litros de ácido). Caso não haja necessidade de encaminhamento das peças para nenhum dos banhos acima descritos, as mesmas partem para receber uma película do desengraxante Dielétrico (DD26). Após a imersão, as peças são lavadas em um lavador e encaminhadas para secagem em estufa e/ou processada a limpeza através de um jateamento, feito com materiais abrasivos, para a remoção da tinta e de outras impurezas contidas nas peças. Ressalta-se que a lavagem é realizada em uma área externa às instalações da empresa, denominada Área do Lavador, em um local apropriado, porém com sistema de drenagem inadequado. Em vistorias realizadas no empreendimento, nos dias 05/08/2008 e 14/11/2008 (AF nº 000076/2008 e 000416/2008, respectivamente), foram solicitadas, como ação imediata, a cobertura e fechamento lateral da área de lavagem, com a implantação de caixas separadoras conforme proposta descrita no PCA. As peças que não passaram pelos processos de banho (tanto na empresa Galvanoplastia Moderna Ltda, quanto no próprio empreendimento (MGS)), passam por uma pintura com válvulas manuais. Atualmente, a pintura é feita ao ar livre, em locais variados, não havendo uma cabine destinada a este uso no empreendimento. Na vistoria, a equipe técnica foi informada de um local que seria destinado e equipado para a execução do processo de pintura. Será objeto de condicionante a construção de uma cabine de pintura. Após o processo de secagem, as peças são novamente testadas antes de serem montadas utilizando-se equipamentos como Multímetro, Megômetro, Dinamômetro, Termômetro e Conta Girus. Na montagem, é aderido à peça o número da etiqueta, o dia e os valores do teste, conforme padrões de qualidade e segurança, e o nome do responsável pelo serviço.

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Dessa forma, a peça está finalizada e pronta para ser embalada em filmes de PVC, polietileno e, em alguns casos, em caixas de madeira. Antes de serem transportadas, as peças ficam armazenadas temporariamente em prateleiras, dispostas no galpão ou ao ar livre. Processo produtivo mecânico Primeiramente, é feito um check list visual das peças para serem detectadas as falhas e danos. Em seguida, as peças são desmontadas e, posteriormente, passam pelo processo de limpeza com querosene. Logo após, são lavadas com água no lavador. Em seguida, as peças recebem o desengraxante DS 800 e, quando de porte pequeno, elas passam pelo jateamento feito com materiais abrasivos (Sinterball ou granalha) ou com água no lavador. Pode ser utilizado, ainda, o processo de ar comprimido para a limpeza total das mesmas. Antes de serem montadas, as peças vão para a secagem na estufa e cerca de 80% passam por lubrificação feita com graxa. É utilizada em média 400 Kg de graxa por mês. Enquanto não são transportadas, as peças ficam acondicionadas em plástico filme sob pallets de madeira, dispostos no galpão. Matérias primas e produtos utilizados Item Produto Consumo

médio mensal

Utilização FISPQ’S

1 Diluente dielétrico 100 l Limpeza de peças elétricas FT-01 2 Detergente para lavagem de peças 50 l Limpeza de peças mecânicas FT-02 3 Desengraxante 100 l Limpeza de peças mecânicas FT-03 4 Pasta para lavagem de mãos 5 kg Limpeza de mãos FT-04 5 Estanho 6,23 Banho de peças FT-05 6 Graxa 400 kg Peças mecânicas FT-06 7 Oxigênio 20 m³ Solda de peças FT-07 8 Acetileno 8 kg Corte de peças FT-08 9 Fluxo para solda 10 kg Peças mecânicas FT-09

10 Primer epóxi Dupont 72 l Peças mecânicas FT-10 11 Tinta vermelho óxido 72 l Pintura FT-11 12 Óxido poliuretano vermelho 72 l Pintura FT-12 13 Colar 6090 AES 72 l Pintura FT-13 14 Lachtherm 1303 ar Weg 7,2 l Secagem de peças FT-14 15 Lachtherm 1314 estufa Weg 7,2 l Secagem de peças FT-15 16 Thinner 150 l Pintura FT-16 17

Tinta spray Branca 2 l Pintura FT-17

18 Preta 2 l Pintura FT-18 19 Alumínio 2 l Pintura FT-19 20 Catalisador 36 l Pintura FT-20 21 Diluente sintético 5 l Pintura FT-21 22 Primor RDD-311 35 l Peças elétricas FT-22 23 Ácido muriático 20 l Limpeza de peças elétricas FT-23

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24 Ácido crômico 20 l Limpeza de peças elétricas FT-24 25 Ácido nítrico 10 l Limpeza de peças elétricas FT-25 26 Ácido sulfúrico 20 l Limpeza de peças elétricas FT-25

As matérias primas e produtos utilizados em ambos os processos são acondicionados em recipientes próprios e ficam dispostos em prateleiras no Almoxarifado. Não há nenhuma metodologia para segregar ou dispor os produtos conforme suas características físicas. Neste sentido, estamos solicitando em condicionante a adequação do almoxarifado, com a implementação da Norma de interação de produtos químicos da ABNT-NBR. Os produtos químicos, como thinner e querosene, ficam acondicionados na parte externa do empreendimento, em tambores de 200 L e/ou bombonas de 20 L e 50 L. Dessa forma, será condicionada a construção de um depósito para os produtos, com a implementação da Norma de interação de produtos químicos da ABNT-NBR. 4. RESERVA LEGAL Por se tratar de área industrial (Distrito Industrial Benjamim Ferreira Guimarães), não se faz necessário, dentro dos parâmetros da Legislação em vigor, a averbação de Reserva Legal, ficando o empreendedor liberado de tal exigência. 5. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP O local não está inserido em área de preservação permanente, conforme “Relatório Indicativo de Restrição Ambiental” obtido do SIAM em 03/12/2008. 6. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A água consumida pelo empreendimento é fornecida integralmente pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA. O consumo médio atual é de aproximadamente 82m³ (oitenta e dois metros cúbicos), considerando uso para consumo humano e para a limpeza das instalações sanitárias, administrativas e industriais, bem como na irrigação dos jardins. 7. IMPACTOS IDENTIFICADOS E MEDIDAS MITIGADORAS Os principais impactos ambientais a serem gerados na operação do empreendimento estão relacionados às emissões atmosféricas, efluentes líquidos sanitários e industriais, ruídos e resíduos sólidos. 7.1 Emissões atmosféricas A fonte de emissão de efluente atmosférico restringe ao processo de pintura realizada na empresa. A pintura das peças é realizada ao ar livre e em locais diversos da empresa. Esta pintura é de caráter descontinuo e não possui nenhum tipo de contenção dos Voc´s (compostos orgânicos voláteis) e materiais particulados.

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Medida Mitigadora Como medida mitigadora, será objeto de condicionante deste parecer a implantação de uma cabine de pintura. 7.2 Efluentes líquidos industriais, sanitário e águas pluviais

Efluentes Industriais: No processo produtivo da empresa, são gerados três tipos de efluentes líquidos industriais:

• Efluentes da lavagem de peças; • Descarte das soluções ácidas dos banhos realizados nas peças; • Limpeza de pisos

Estes efluentes são descartados na caixa de passagem existente no piso de lavador de peças e encaminhados para outras duas caixas do mesmo tipo, até serem encaminhados para o curso d`água existente próximo ao empreendimento. O regime de lançamento deste efluente é descontínuo, considerando um volume total médio aproximado de 12 m³ mês. Medida mitigadora Conforme apresentado em seu PCA estes efluentes serão segregados e tratados de formas distintas. Para o efluente originado no lavador de peças e na limpeza de pisos que apresentam altos teores de óleos e graxas, DBO e DQO e baixo valor de pH, foi proposto, no PCA, um sistema de tratamento composto por: uma caixa de gradeamento para retenção de sólidos grosseiros, caixa de sedimentação, caixa separadora de água e óleo, um reator para o tratado químico e uma caixa de amostragem, onde serão realizadas coletas para análises, com posterior descarte do efluente tratado na rede pluvial. Este sistema será cobrado em condicionante deste parecer. O efluente proveniente do descarte das soluções ácidas dos banhos realizados nas peças serão conduzidos a um recipiente com capacidade para estocar 3.000 litros, que posteriormente será recolhido por uma empresa e disposto de forma ambientalmente correta. Conforme informado no PCA, a empresa sugerida foi a SERQUIP - TRATAMENTO DE RESÍDUOS MG LTDA, sediada em Belo Horizonte. Como a análise do processo de licenciamento dessa empresa é responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, ficará o empreendedor condicionado a apresentar, a Supram Central, a licença de operação da Serquip. Efluente sanitário O Efluente líquido doméstico do empreendimento é oriundo somente das instalações sanitárias e da lavagem de utensílios de cozinha. Na região não há rede de esgoto da COPASA. Medida mitigadora Conforme informado pelo empreendedor em seu PCA, os efluentes são coletados por redes internas e encaminhados a duas fossas existentes, que estão interligadas a um filtro anaeróbio e posteriormente a um sumidouro.

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Na área externa próximo à guarita, existe uma fossa que recebe o esgoto sanitário do lugar em questão. As instalações sanitárias do setor produtivo possuem uma fossa individual para onde é encaminhado o esgoto. Estamos solicitando em condicionante o monitoramento dos efluentes sanitários. Águas Pluviais: Não existe no empreendimento nenhuma rede destinada à água pluvial, que passa somente pelo processo de infiltração. Medida mitigadora Será implantada no entorno do empreendimento sistema de drenagem pluvial, com caixas de sedimentação antes da sua destinação final. Este sistema será cobrado como condicionante deste parecer único. 7.3 Resíduos Sólidos São gerados os seguintes resíduos:

• Papel, plástico, resíduos orgânicos, resíduos de origem do setor administrativo; • Panos contaminados com óleo e graxas gerados no setor produtivo; • Resíduos metálicos gerados na produção; • Resíduos provenientes do processo de jateamento; • Latas de tintas e borras oleosas contidas nas CSAO’s; • Lodo das ETE’s;

Medidas Mitigadoras Os resíduos compostos por papel e plástico serão encaminhados para empresas de beneficiamento e reciclagem. Os resíduos orgânicos e resíduos de origem do setor administrativo são encaminhados para o Aterro Sanitário. Em relação aos panos contaminados com óleo e graxa, borras oleosas contidas nas CSAO’s serão encaminhadas para empresas de incineração ou co-processamento. Os resíduos metálicos serão encaminhados para empresas de reciclagem. Conforme informado em seu RCA a empresa não realiza segregação dos resíduos sólidos, sejam advindos do setor administrativo, seja do setor produtivo. Neste sentido, estamos solicitando em condicionante a construção de um depósito temporário de resíduos. 7.4 Ruídos São promovidos pelos equipamentos eletromecânicos, gerados em todo o processo industrial.

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Foram realizadas medições dos níveis de ruídos no interior da fábrica, especialmente nas proximidades dos equipamentos. Os valores apurados oscilaram entre 62,3 dB (A) à 87,4 dB (A). Nas áreas externas ao galpão industrial, as medições apontaram valores que oscilaram entre 58,3 dB(A) à 62,1 dB(A). Pelos valores obtidos, conclui-se que os níveis de ruídos emitidos pelo empreendimento próximo às áreas ocupadas não apresentaram desconformidade atendendo aos padrões legais. 8. CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se devidamente formalizado, estando a documentação juntada em concordância com DN 74/04 e Resolução CONAMA Nº 237/97. Os custos da análise foram devidamente quitados, bem como foi realizada a publicação do pedido de licença em jornal de grande circulação. Foi apresentada a Declaração da Prefeitura informando que o local e o tipo de instalação estão em conformidades com a legislação municipal. Verificou-se no processo que não ocorrerá supressão de vegetação, nem intervenção em Área de Preservação Permanente e/ou curso d’água. A análise técnica informa tratar-se de um empreendimento classe 03, concluindo pela concessão da licença, com prazo de validade de 06 (seis) anos, com as condicionantes relacionadas no Anexo I.

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis, devendo tal observação constar do certificado de licenciamento ambiental a ser emitido.

Em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o empreendimento passível de autuação.

9. CONCLUSÃO Pelo exposto, opina-se pela concessão da Licença de Operação Corretiva a MGS Montagens Manutenção Geral e Serviços Especiais Ltda, para a sua unidade de Construção, montagens e reparação de veículos ferroviários, localizada na cidade de Sarzedo, condicionando, todavia, a sua validade, ao atendimento aos padrões da Legislação Ambiental.

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ANEXO I

Processo COPAM Nº: 00330/2007/001/2008 – LOC Classe/Porte: 3 / Pequeno Empreendimento: MGS – Montagens, Manutenção e Serviços Especiais Ltda Atividade: Construção, montagem e reparação de veículos ferroviários. Endereço: Rua São Cosme Damião nº 112 Localização: Distrito Industrial Benjamim Guimarães Município: Sarzedo/MG Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 06 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*

1 Implantar sistema de tratamento do efluente liquido industrial proveniente da lavagem de peças e lavagem de piso conforme proposto no PCA

3 (três) meses

2 Adequar e ampliar o almoxarifado com a implementação da Norma de interação de produtos químicos da ABNT-NBR.

60 (sessenta) dias

3 Construção de um depósito para armazenamento do thinner e querosene conforme Norma de interação de produtos químicos da ABNT-NBR.

60 (sessenta) dias

4 Implantar Cabine de pintura 6 (seis) meses

5 Construir depósito temporário de resíduos. 3 (três) meses

6 Construir bacia de contenção e impermeabilizar o piso da área do tanque de armazenamento do Desengraxante dielétrico DD26

3 (três) meses

7 Apresentar a Licença de Operação da empresa recebedora de Serquip Tratamento de Resíduos MG Ltda

60 (sessenta) dias

8 Implantar, no entorno do empreendimento, sistema de drenagem pluvial, com caixas de sedimentação antes da sua destinação final.

6 (seis) meses

9 Realizar o monitoramento dos efluentes sanitários e efluentes industriais bem como resíduos sólidos e emissões atmosféricas, conforme anexo II.

Durante a validade da LOC

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ANEXO II

Processo COPAM Nº: 00330/2007/001/2008 – LOC Classe/Porte: 3 / Pequeno Empreendimento: MGS – Montagens, Manutenção e Serviços Especiais Ltda Atividade: Construção, montagem e reparação de veículos ferroviários. Endereço: Rua São Cosme Damião nº 112 Localização: Distrito Industrial Benjamim Guimarães Município: Sarzedo/MG Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 06 anos

1. EFLUENTES LÍQUIDOS

Local de amostragem Parâmetros Freqüência

Entrada e Saída do efluente nas ETE’s

PH, DBO, DQO, sólidos totais, sólidos suspensos, Sólidos Sedimentáveis, ABS, Óleos e Graxas Semestral

Saída do sistema de tratamento do efluente industrial (Caixa de

amostragem)

PH, DBO, DQO, sólidos totais, sólidos suspensos, Sólidos Sedimentáveis, ABS, Óleos e Graxas Trimestral

Relatórios: Enviar semestralmente à SUPRAM CENTRAL, até o dia 10 do mês subseqüente, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises além da produção industrial e o número de empregados no período. O primeiro relatório deverá ser enviado a SUPRAM CENTRAL 90 (noventa) dias contados a partir da data de concessão da Licença de Operação. O relatório deverá ser de laboratórios cadastrados conforme DN 89/05. Método de análise : Normas aprovadas pelo INMETRO, ou na ausência delas, no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater APHA – AWWA, última edição. Os certificados destruição térmica do efluente proveniente do descarte das soluções ácidas dos banhos poderão ser solicitadas, a qualquer momento, para fins de fiscalização e deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

2. RESÍDUOS SÓLIDOS

Enviar semestralmente à SUPRAM CENTRAL, até o dia 10 do mês subseqüente, os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL

OBS Denominação Origem Classe

Taxa de geração (kg/mês) Razão

social Endereço completo

Forma (*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*)1– Reutilização 6 – Co-processamento 2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo 3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar) 5 – Incineração

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

SUPRAM CENTRAL

Av. Nossa Senhora do Carmo nº 90 - BH/MG CEP: 30.330-000 – Tel: (31) 3228 7700 0330/2007/001/2008

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Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos ambientalmente regularizados junto à administração pública. Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à SUPRAM CENTRAL, para verificação da necessidade de licenciamento específico. As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendimento; As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

3. EFLUENTES ATMOSFÉRICOS

Local de amostragem Parâmetro Freqüência

Chaminé da cabine de pintura

Material particulado, compostos orgânicos voláteis Semestral

Relatório: Enviar semestralmente à SUPRAM CM os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pela coleta das amostras, análise laboratorial e interpretação dos resultados, bem como as respectivas planilhas de campo e de laboratório, certificados de calibração dos equipamentos de amostragem. Os resultados apresentados nos laudos analíticos deverão ser expressos nas mesmas unidades padrões de emissão previsto na DN COPAM nº 11/86, ou na Legislação vigente. Método de amostragem: Normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency - EPA

4. RUÍDOS

Local de Amostragem Parâmetros Freqüência

No entorno do empreendimento, baseando-se na Lei Estadual 10.100 de

17/01/90

Nível de pressão sonora (ruído)

Anual 1ª medição: apresentar laudo

em até 60 (sessenta) dias após a concessão da licença

Enviar anualmente a SUPRAM – CENTRAL os resultados das medições de ruídos, em no mínimo 4 pontos, nos limites da empresa, durante período de funcionamento do empreendimento, de acordo com a Lei Estadual nº 10.100 de 17/01/1990, sendo que o primeiro relatório deverá ser enviado a SUPRAM - CENTRAL, no máximo em 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de concessão da Licença de Operação Corretiva. Os demais resultados das análises efetuadas, até o 10º dia do mês de vencimento do prazo estabelecido. O relatório deverá ser de laboratórios cadastrados conforme DN 89/05 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises.

Observação: Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM - CENTRAL, face ao desempenho apresentado pelos sistemas de tratamento.