suplemento de transmissão digital

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Suplemento de Transmissão Digital encartado na revista Panorama Audio Visual de dezembro. A revista Panorama Audiovisual e o site - www.panoramaaudiovisual.com.br - são dedicados aos técnicos, engenheiros, gerentes e diretores de televisão, cinema, publicidade e novas mídias. Produção, jornalismo, áudio profissional, computação gráfica, infraestruturas, distribuição, transmissão, interatividade, estereoscopia, cinema e televisão digital estão sempre em suas reportagens, estudos de caso, entrevistas, análises e cobertura de eventos.

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Hitachi Kokusai Linear Equipamentos Eletronicos, S.A. Praca Linear 100, Centro • 37540-000 Santa Rita do Sapucai, Minas Gerais • (035) 3473-3473

Nós vemos uma nova empresa, que nasceu para trazer as melhores soluções para criar e distribuir conteúdos para os broadcasters em seus mercados.

Para as Redes de Broadcast Digital Atuais

Tecnologia reconhecida mundialmente

HDTV com excepcional qualidade e desempenho

Suporte e serviços impecáveis

Extremamente confiável

Melhor Custo-benefício do mercado

Funcionalidade avançada

Facil de operar

Quando você olha para a NOVA Hitachi Kokusai Linear...

...o que você vê?

CÂMERAS • MICRONDAS • ENCODERS • TRANSMISSORES • GAP-FILLERS

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Hitachi Kokusai Linear Equipamentos Eletronicos, S.A. Praca Linear 100, Centro • 37540-000 Santa Rita do Sapucai, Minas Gerais • (035) 3473-3473

Nós vemos uma nova empresa, que nasceu para trazer as melhores soluções para criar e distribuir conteúdos para os broadcasters em seus mercados.

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Fabricação local

Há pouco mais de um ano a Harris Corporation inaugu-rou em Campinas, interior de São Paulo, a fabricação de transmissores de baixa e média potência para tele-visão digital. A decisão nasceu da crescente demanda por equipamentos a um preço mais competitivo, além de acelerar a velocidade de entrega das encomendas. Além do mercado brasileiro, o destino natural de parte dos equipamentos é os países da América Latina que estão adotando o padrão ISDB-Tb. Em todos os casos, a possibilidade de transmitir a próxima Copa do Mun-do em alta de�nição é um argumento que também aju-da a concluir novos negócios. Em entrevista à Panorama Audiovisual, Felipe Luna, di-retor da empresa no Brasil, conta que a fábrica já teve impactos positivos nas vendas por diversos motivos. “A Harris ganhou mais credibilidade no mercado por conta do investimento realizado”, conta o executivo. “Produzindo aqui, reduzimos os preços de 20% a 30% (também considerando a baixa do dólar). Em relação ao suporte, os clientes se sentem mais confortáveis tendo os módulos e partes transmissores sendo fabricadas aqui. Tudo �cou mais ágil. Além disso, a possibilidade de �nanciamento através do BNDES também tem tra-zido alguns negócios, pois todos os nossos produtos

estão cadastrados com o código FINAME”. Luna explica que se a empresa não estivesse produ-zindo internamente, seria muito difícil comercializar a linha de baixa potência. “Saímos de um mercado pra-ticamente sem vendas na linha de baixa potência, para termos praticamente 50% de participação na transmis-são digital. Na parte de média potência, crescemos pelo menos 30% produzindo aqui”. Já na gama de alta potência, acima de 4 kW, a Harris segue importando, pois não há volume que justi�que a produção local. “Nessa potência, a relação custo be-nefício seria quase igual para os clientes, mesmo que produzíssemos aqui”.

InteriorizaçãoConsiderando as vendas em todos os níveis de potên-cia, o crescimento da Harris na área de transmissão já supera os 50% desde o início da fabricação em Cam-pinas, em 2010. “Todos os clientes são de alto nível, a�liadas de grandes redes - TV Globo, TV Record e TV Bandeirantes, por exemplo. Temos conquistado muitos negócios com a interiorização e algumas redes estão trabalhando com as a�liadas pensando nos grandes eventos dos próximos anos. Elas já começaram a in-

Considerando as vendas em todos os níveis de potência, o crescimento da Harris na área de transmissão já supera os 50% desde o início da fabricação em Campinas, em 2010

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vestir porque tudo precisa estar pronto para as Olimpí-adas e a Copa do Mundo”, conta. Junto com o segmento de transmissão, a empresa tam-bém comercializa soluções para conexão e interligação entre os transmissores. “Os investimentos em interiori-zação também incluem as tecnologias para distribuição por micro-ondas ou via satélite”. No caso das micro-ondas a Harris tem uma parceria com a Aviat Networks, a sua antiga divisão de micro--ondas, cujos equipamentos são integrados nos paco-tes de transmissão. “Normalmente, quem pede a digi-talização também pede a conexão. Todos os pacotes de transmissão que temos vendido incluem o network”.Hoje, a interiorização ainda está voltada para cidades de médio e grande porte, enquanto as pequenas cida-des só devem receber os sinais digitais em dois ou três anos. Nessa perspectiva, a Harris tem contratos de lon-go prazo que incluem o fornecimento de dezenas de transmissores. “Temos a produção da fábrica garanti-da até 2016, com uma programação escalonada, graças aos pacotes de longo prazo. O nosso planejamento ga-rante o fornecimento de peças e a entrega nos prazos estabelecidos”. Felipe Luna também explica que muitas rotas analó-gicas estão sendo desligadas e substituídas por rotas digitais, dando conta não só da distribuição dos sinais a serem transmitidos, como das contribuições jornalís-ticas e das comunicações corporativas. Isso é possível porque a integração das plataformas Selenium e NetVX com os micro-ondas da Aviat garante tráfego bidirecio-nal. “Quando o broadcaster coloca o investimento na ponta do lápis, ele vê que o dinheiro retorna em pouco tempo”, diz Luna.A empresa não se preocupa com as emissoras que optam pela distribuição via satélite, porque também tem pacotes para atender essa tecnologia. A TV TEM, por exemplo, atua no interior de São Paulo com uma solução híbrida entre micro-ondas e satélite. As micro--ondas são usadas na interconexão e contribuição jor-nalística, enquanto parte dos transmissores localizados em pequenas cidades recebe o sinal via satélite. Em cada um destes pontos há uma antena receptora. Nesse aspecto, Luna ressalta que antes das vendas, a empresa se preocupa com a necessidade do cliente.

“Temos sistemas para atender todas as con�gurações, SFN, MFN, micro-ondas, satélite, distribuição, via IP ou outra tecnologia, conforme a necessidade do cliente”, comenta. Entretanto, o executivo também lembra que mesmo em lugares muito afastados, que não precisam de um sinal de retorno, o cliente deve fazer as contas sobre o uso do segmento espacial, para saber se real-mente vale a pena.

InvestimentoOs custo de transmissão digital dependem muito da topologia da rede, dos locais de instalação e das po-tências, entre outros fatores, mas Luna considera que de maneira geral o transmissor responde por 50% do custo por site, enquanto torro, antena e demais equipa-mentos respondem pelos outros 50%. “O principal fator para de�nir uma rede é o desenho dela, por isso investimos muito em planejamento. Isso tem dado um retorno muito bom junto aos clientes”.

CronogramaMuitas emissoras têm reclamado do atraso do governo na concessão de novas outorgas para televisão digital, o que reduz a marcha de toda a indústria em até 50%. Essa demora nas autorizações também faz crescer a descon�ança quanto ao prazo �nal para o desligamen-to dos transmissores analógicos. Para a Harris, o Ministério das Comunicações tem se esforçado para mudar este cenário, mas o ideal ainda seria existir um cronograma de�nitivo e executável. Por outro lado, as emissoras que já dispõem de auto-rizações começaram a investir por determinação das cabeças de rede e para se protegerem da concorrência. Mas elas também têm enfrentado alguns desa�os, vis-to que há escassez de pessoal quali�cado para execu-tar os trabalhos até 2016. Na concorrência pela melhor qualidade de sinal as emissoras que migram para a transmissão digital tam-bém têm em vista a chegada de novas empresas de TV por Assinatura com canais em alta de�nição, após a aprovação da PL 116. “No meu ponto de vista, os canais HD distribuídos pela TV aberta têm qualidade imbatível e, aliados a algumas inovações na área de interativida-de, vão continuar competitivos”, �nalizou Felipe Luna.

A decisão de fabricar transmissores no Brasil nasceu da crescente demanda por equipamentos a um preço mais competitivo, além de acelerar a velocidade de entrega das encomendas

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Integrada ao mercado brasileiroInstalada na cidade de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, a Screen Service do Brasil foi uma das primei-ras companhias internacionais a se instalar no Brasil para disputar o mercado de transmissão digital. Quan-do chegou ao país, em 2008, a companhia se associou a empresários e especialistas locais, além de investir 1 milhão de euros em uma fábrica de grande porte. Segundo Júlio Rocha, diretor comercial da empresa, essa estratégia tem dado resultado. “Nós somos uma empresa internacional e seguramente uma das que mais possui tecnologia para TV digital. Queremos ter a cara de uma empresa mineira, brasileira, de fácil aces-so e por isso o nosso público vai de A a Z. Nossos pro-dutos têm um preço compatível com o mercado e aten-dem quem precisa de alta tecnologia ou quer apenas um produto para ligar na tomada e funcionar”, explica.

Foco em projeto e manutençãoAntes de montar a equipe comercial, a Screen Service criou um sistema de pré-venda com engenheiros vin-dos da Rede Record e da Anatel para fazer o mapea-mento das necessidades dos clientes. A missão desta equipe também era dar consultoria às emissoras de pequeno e médio porte que ainda estavam tomando decisões quanto à interiorização do sinal digital. Ro-cha conta que o trabalho funcionou e comemora os resultados. “Nós participamos do desenvolvimento de todo o pro-

jeto, como aconteceu com uma emissora do Triângulo Mineiro, para a qual viabilizamos o sistema de trans-missão numa rede de quase 1500 quilômetros. Mais que usar softwares para cálculo de propagação, nós conhecemos os detalhes da região, as localizações dos sites e as alturas das antenas”. O executivo detalha que este acompanhamento dos projetos é parte da �loso�a da empresa, fundada há 30 anos na Itália para prestar serviços às emissoras de TV. “Desde o nosso primeiro contato, a primeira coisa que �zemos foi enviar dois engenheiros e três técnicos a Itália para aprender a dar manutenção. Hoje temos quatro pessoas trabalhando no setor”. Segundo Rocha, outro ponto que está favorecendo a empresa é a loca-lização e a disponibilidade de peças. “Sempre temos módulos de potência e fontes que atendem toda a nos-sa linha. É muito fácil atender qualquer demanda”.

Estrutura Os primeiros passos da Screen Service no Brasil fo-ram dados em 2008 e fábrica foi concluída em 2009. Hoje ela conta com 60 funcionários e a direção é feita por brasileiros, sendo que 60% do capital é italiano e 40% brasileiro. “Hoje nós produzimos equipamento a partir de meio watt até 60 kW, analógico, que é equivalente a um mo-delo de 18 kW digital. Como tudo se resume a quatro tipos de produtos: moduladores, fontes, gavetas e am-

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pli�cadores, para nós é indiferente a potência de saída”, conta o executivo. “Temos ainda gap �llers 5 watts que pode chegar a uma potência ilimitada, porque podemos usar o nosso modulador como excitador. Já fornecemos gap �llers de 250 watts, mas o usual são 100 watts”. A empresa também tem uma linha de encoders para HD e 1Seg, e está lançando um remultiplexador com quatro entradas ASI e entrada gigabit Ethernet. O mo-delo também pode receber sinais de satélite com aces-so condicional ou ISDBT-Tb, para demodular e remul-tiplexar. “Com a nova linha ARK-6, nós preenchemos todas as lacunas de recepção, analógica e digital, e transmissão. Temos toda a cadeia necessária, passan-do por encoders, remuxes e links de micro-ondas digi-tal de alta capacidade”.

Negócios e mercadoRocha conta que hoje a Screen Service tem algumas dezenas de propostas verbalmente fechadas, decididas tecnicamente em termos �nanceiros, mas aguardando a licença e outorga do ministério. “De um certo modo, fomos até bene�ciados por isso. Não �zemos vendas, mas o cliente também não comprou de outro (fabrican-te), o que nos deu tempo para nos estruturar. Hoje con-seguimos atender tranquilamente a grandes demandas de produtos sem grandes problemas”. Sobre a chegada de novas empresas ao mercado local, como a Hitachi Kokusai, Rocha não vê di�culdades. “Eu

“Não vai ser a Screen a empresa a abaixar os preços do mercado, mas percebemos que o preço da concorrência caiu pelo menos 30% quando chegamos ao mercado. O nosso preço se manteve estável e o mercado se nivelou a nós”, conta Júlio Rocha, diretor comercial da empresa

A Screen Service promove cursos regulares para esclarecer os usuários sobre a tecnologia de transmissão digital

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Transmissor digital de 7,5KW+7,5KW da Screen instalado na TV Câmara de São Paulo

enxergo como saudável essa concorrência. São empre-sas de alto nível tecnológico e produtos de qualidade muito similares. Então se destaca a capacidade de cada no pós-venda, no prazo de produção e no relacionamen-to e�ciente com o cliente. A nossa equipe é de pro�ssio-nais que já estão no setor há muitos anos, estão todos bem preparados”. O diretor também descarta uma guerra de preços para ga-rantir seu espaço no mercado. “Não vai ser a Screen a em-presa a abaixar os preços do mercado, mas percebemos que o preço da concorrência caiu pelo menos 30% quando chegamos ao mercado. O nosso preço se manteve estável e o mercado se nivelou a nós”. Júlio Rocha estima que hoje a Screen Service ocupa entre 25 e 30% do mercado. “O que é muito em dois anos de trabalho. O nosso objetivo é che-gar a 35% de share em dois anos. É a fatia que nos cabe”.

Encontros e treinamentosRegularmente a empresa convida radiodifusores para uma visita à fábrica, onde são apresentadas as tecnolo-gias e produtos disponíveis. “Nós temos duas intenções. O primeiro módulo foi sobre a geração do sinal digital, desde a conversão até a con�guração de um sistema. Todos os convidados saem aptos a con�gurar qualquer sistema. O segundo módulo é voltado às formas de in-teriorização. Ele explica como tirar o sinal da capital e levar para o interior via satélite ou micro-ondas. As op-ções por SFN e MFN, e o uso de gap �llers. Percebemos

que as pessoas já saem daqui com uma visão muito cla-ra”. A última turma reuniu 460 pessoas, principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A motivação para estes cursos foi esclarecer os usuários sobre a nova tecnologia para ajuda-los na decisão de compra. “Percebemos que estava muito difícil de discutir tecnologia e mostrar os diferenciais do produto, quando o outro lado não conseguia distinguir o bom do ruim. A nossa intenção foi justamente isso, mostrar o que o siste-ma digital precisa ter. Fomos percebendo que �cou mais fácil falar dos nossos produtos e suas vantagens”.

www.screen.it/pt-br

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Sinal verde A Rohde&Schwarz está estabelecida há muito anos no Brasil, atendendo os segmentos de teste e medi-ção, comunicações, radiocomunicação e, naturalmen-te, radiodifusão. Com a chegada da televisão digital e uma perspectiva de vendas excepcional ao longo dos próximos dez anos, nada mais natural do que a fabricante alemã produzir transmissores por aqui. A decisão demorou um pouco, mas em meados de 2012 a nova planta estará em plena operação, como conta Henrique Lattarulo, gerente de vendas da divisão de radiodifusão da empresa. “O projeto está aprovado e as primeiras aquisições de equipamentos já foram feitas. O único ponto em aberto é o local, onde será instalada a nova fábrica”.O desejo de fabricar transmissores no Brasil era uma história antiga e um estudo de mercado determinou a atuação de outras empresas, os desejos da companhia e as exigências dos clientes. O resultado indicou que a Rohde poderia atender uma boa parte do mercado brasileiro de televisão digital nos próximos anos. Foi então que a matriz alemã deu o sinal verde.A empresa pretende controlar todos os processos, por isso não adotará o modelo de outsourcing. “Será uma fábrica própria, focada em transmissores de média e baixa potência, e no futuro também poderemos aten-der as outras divisões da Rohde&Schwarz”.

“A nossa expectativa é ter a fábrica rodando já em me-ados de 2012, pois o processo é rápido e já começamos a importar os equipamentos necessários para supor-tá-la”. Quanto à mão de obra, Lattarulo a�rma que a empresa já possui uma equipe técnica no Brasil que apoiará o início das operações. “Também teremos pro-�ssionais vindos da Alemanha para fazer o start up e enviaremos técnicos para treinamento lá” Cenário internacionalFora da Alemanha, a Rohde&Schwarz tem uma fábrica na República Tcheca e outra para equipamentos bá-sicos de teste e medição em Singapura, que atende o mercado internacional. A fábrica do Brasil atenderá toda a América Latina, com foco no ISDB-Tb. “Acre-ditamos que em 5 anos o mercado de ISDB-Tb pode responder por pelo menos 10% das vendas mundiais”, afirma.A companhia também é muito forte nos Estados Uni-dos, onde trabalhou em um projeto conjunto com a Qualcomm, chamado MediaFLO, para transmissão de programas de TV especí�cos para celular. Cerca de 95% dos transmissores usados foram fornecidos pela Rohde&Schwarz. “Nós suportamos qualquer padrão: ISDB-Tb, DVB-T2, DVB-H, T-DMB, ATSC mobile e todos os padrões de telefonia móvel”.

Henrique Lattarulo, gerente de vendas da divisão, e Bruno Amo, gerente de contas, receberam a Panorama Audiovisual na sede da empresa. “Está aprovada. Estamos somente discutindo onde será localizada a fábrica. A nossa expectativa é ter a fábrica já rodando em meados de 2012”, afirmou Lattarulo

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TDT no interiorNa interiorização da TV digital, a Rohde tem se dedi-cado a atender projetos de emissoras responsáveis por grandes redes, com dezenas de transmissores. “A nossa ideia é trabalhar com a�liadas de grandes emis-soras, com redes que cubram um estado”, explica Lat-tarulo. O gerente também lembra que neste momento muitas emissoras estão em compasso de espera, por-que existe alguma lentidão no processo de liberação das licenças para transmissão digital e muitas emis-soras regionais também não têm pressa em adotar a transmissão digital devido ao não retorno do investi-mento a médio prazo. Estas emissoras querem evitar o gasto adicional com um transmissor adicional, pois serão obrigadas a manter duas transmissões simultâ-neas em funcionamento (analógica e digital), pagando mais pela energia elétrica, por exemplo. “Claro que se o cliente optar por comprar Rohde&Schwarz há vanta-gens, já que hoje nós temos a maior e�ciência do mer-cado. Somos, no mínimo, 20% melhor que qualquer outra marca”, pontua.Em geral, os modelos com potência até 2kW tem refri-geração a ar, o modelos com potência superior têm re-frigeração líquida. Mas há exceções. Em regiões praia-nas, por exemplo, é interessante trabalhar com sistema de refrigeração líquida, que é lacrado e não tem conta-to com maresia. Preço e e�ciênciaNo Brasil, o preço é um quesito importante na escolha de um transmissor, mas, segundo Lattarulo, “os preços da Rohde estão adaptados aos preços do mercado bra-sileiro e além disso o cliente está percebendo que pagar um pouco mais, de 10% a 20%, por um produto pre-mium vale a pena, porque ao longo dos anos ele se paga em relação ao consumo de energia e qualidade superior, por exemplo. Um transmissor de alta potência, de 5 kW Digital, por exemplo, se paga em sete ou oito anos, só com o que economizou de energia em relação ao equi-pamento de outra marca. Nós fazemos projetos e testes de campo para fazer esta comparação de e�ciência”.Para apoiar as vendas, a empresa também pode viabi-lizar �nanciamentos através de bancos alemães, a uma taxa de juros inferior à brasileira.

Nos últimos tempos a empresa atendeu a TV Justiça, em Brasília, a Rede Vida, entre outros. A Band Rio de Janeiro, que está trabalhando em SFN para não ter zona de sombra na capital fluminense

Para analisar a medidas de cobertura em redes de TV e Rádio (FM), a Rohde&Schwarz uniu o TV ETL com o Software BCDRIVE, que tem as seguintes característi-cas: Suporta medidas móveis e �xas; Aceita padrões digitais ISDB-Tb, DVB-T2 e outros; e padrões de rádio FM. Ele requer um ETL ou ETH com o BCDRIVE instala-do; antena para recepção do sinal; e receptor GPS USB para localização.

A N Á L ISE DE C OBE R T UR A

A Rohde também fornece equipamentos de teste e medição necessários no ambiente digital, para medição de taxa de erro de bits, medidas de MER, BER, multipercurso e análise de TS.

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Para atender o segmento de TV Digital com um por-tfólio ainda maior, no início do segundo semestre a Mectrônica uniu forças com a norte-americana Jam-pro, uma companhia com mais de 55 anos de expe-riência. A meta de ambas e trocar conhecimento e oferecer soluções para qualquer tipo de instalação a preços acessíveis. Com 70 funcionários e mais de 35 de história, a Mectrô-nica é uma das mais importantes fabricantes nacionais de antenas UHF, VHF e FM, contando com instalações em todas as capitais brasileiras. Na entrevista a seguir, Juliana Avella, responsável pelo Departamento de Ma-rketing, dá detalhes da estratégia da empresa para o mercado nacional.

Panorama Audiovisual: Qual é a linha oferecida pela Mectrônica para o mercado de transmissão? Juliana Avella: Nós oferecemos produtos modernos e e�cientes para transmissão digital e analógica de TV e Rádio. São painéis digitais de 90° e 120°,  slot digital, high power, anel FM e antena vertical, entre outras soluções. Temos ainda uma farta linha de conectores, adaptadores

e toda linha de acessórios para linhas e cabos, além de chaves coaxiais e divisores de potência.

Panorama: A atuação está concentrada em alguma região do país?Avella: A nossa carteira de clientes está distribuída em todas as regiões. Prestamos serviços de insta-lação de nossos próprios produtos ou de importa-dos em torres de diversas dimensões e graus de di�culdade, bem como testes e ajustes de antenas já instaladas.

Panorama: A Mectrônica mantém um depar-tamento de pesquisa e desenvolvimento? Como é feita a captação de pro�ssionais?Avella: Possuímos um Campo de Testes próprio com uma área de 3.511 m², onde desenvolvemos e aprimoramos nossos produtos. A captação de pro�ssionais é com certeza o nosso maior desa�o, uma vez que infelizmente em nosso país não existe uma formação superior especí�ca para o setor de radiofrequência. Então buscamos nos apoiar em novos pro�ssionais da área de engenharia mecâni-ca e mecatrônica para aprender na prática.

Panorama: Quais são as vantagens e desa-�os de uma empresa brasileira que disputa o mercado com companhias internacionais?Avella: A maior vantagem é estar perto do nosso cliente, abrir as portas de nossas instalações e bus-car desenvolver o que ele realmente precisa,  cui-dando de cada cliente de maneira personalizada.

Não somos engessados e mantemos uma par-ceria com nossos clientes, dando atendimen-

to diferenciado e e�ciente, além de uma

Cobertura

equipe de manutenção sempre a postos.A nossa visão sobre as companhias internacionais não é de disputa, mas sim de soma, enriquecer nosso produto e nossas possibilidades de atendimento. É sempre bom ter ao lado um concorrente de peso, que nos gera um desa�o a vencer, mantendo a empresa em constante desenvolvi-mento e aprimorando cada vez mais o produto nacional. Recentemente �rmamos uma parceira com a Jampro, e assim como acreditamos que eles venham fortalecer nos-so portfólio, eles precisam de nós para criar o vínculo com os clientes brasileiros. No fundo é uma troca de conheci-mento e tecnologia.

Panorama: É preciso ter uma grande rede de dis-tribuição e pós-venda para disputar o mercado de maneira mais segmentada.  Qual é a estrutura da Mectrônica para esta exigência? Avella: Nos orgulhamos de estar presentes em todas as capitais brasileiras com sistemas de grande porte, como os e�cientes sistemas  de alta-potência instalados para a TV Câmara de São Paulo, TV Câmara de Brasília e TV Gaze-ta de SP, entre outros. Através de um sistema interno, sa-bemos exatamente quais os últimos produtos adquiridos e quais as próximas necessidades de cada cliente.

Panorama: A Mectrônica tem parceria com fabri-cantes transmissores? Isso é uma vantagem no momento das vendas?Avella: Graças a nossa longa trajetória de 35 anos, hoje po-demos dizer que temos um ótimo relacionamento com to-dos os grandes fabricantes transmissores do Brasil. Com certeza é vantajoso para apresentar uma solução completa para os clientes.

www.mectronica.com.br

Especial Transmissão > Mectrônica

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Cobertura

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Especial Transmissão > Tektronix

ISDB-Tb

Neste ano, o lançamento mais importante da Tektronix para o mercado de transmissão foi o RFM220, um ana-lisador de RF para um canal de 6 MHz ISDB-T. Ele traz todas as métricas que importam em uma transmissão de televisão, medindo a potência do canal e MER, por exemplo. Em uma rede de frequência única, o analisa-dor mede os picos dos transmissores para indicar se o intervalo de guarda está na posição correta, no trans-missor de uma determinada região, indicando valores como a taxa de bits. O RFM220 tem a vantagem de ser integrável ao anali-sador de transport stream (TS) MTM400A, que já conta com uma base boa instalada no Brasil, especialmente nas nos transmissores das capitais e principais emis-soras. Também é possível unir aos dois equipamentos o VQS1000, que monitora e analisa a qualidade da ex-periência, em tempo real, de vídeos transmitidos em qualquer rede. “Com essa solução, nós conseguimos fazer análise do RF, do transport stream e da qualidade da experiência de áudio e vídeo, inclusive do loudness, que é uma métrica muito importante hoje”, comenta Silvino Almeida, Gerente de Vendas da Tektronix.O analisador RFM220 ocupa uma unidade de rack e custa US$ 15 mil, cerca de 30% menos que um anali-sador de espectro da mesma categoria. O MTM400A também custa US$ 15 mil e o VQS1000 US$ 6 mil. O conjunto com as três soluções exige duas unidades de rack e um computador. Silvino lembra que antes do RFM220 havia um gargalo nas análises multi-camadas do sistema ISDB-T. “Agora eu consigo ver realmente o que existe no RF, assim como o impacto dele no trans-port stream, no áudio e no vídeo. Com uma solução de US$ 36 mil, que todas as emissoras deveriam ter ao menos no transmissor principal, são resolvidos 90% dos problemas”. A solução comple-ta pode ser interligada em um sistema de gerência centralizado para quatro ou cinco emissoras, com os gráficos e histó-ricos de desempenhos de todos os equipamentos.

Qualidade nas transmissões ISDB-TbA solução de monitoramento atua em todo o tráfego de sinais pela rede, incluindo a fase transmissão em ISDB-Tb. Com recursos avançados de monitoramen-to e diagnóstico remotos, ela permite que as emisso-ras ofereçam serviços confiáveis e reduzam o tempo gasto pelos seus especialistas para rastrearem a fonte dos problemas.Com o monitor de canal RF, a empresa trouxe ao mer-cado uma solução que não apenas monitora a camada física do sinal de RF para detectar erros, como tam-bém o transport stream subjacente de vídeo MPEG. Com isso, a equipe de engenharia pode identificar os problemas da camada física, do fluxo de sintaxe ou dos metadados com maior velocidade. O RFM220 ofe-rece ainda amplos recursos como medição de RF de alta performance, medição de MER, monitoramento detalhado do transport stream MPEG, alarmes e logs de eventos.Com as entradas RF e ASI, o RFM220 pode monitorar um transmissor antes e depois da modulação. As prin-

cipais medições RF incluem potência de canal, SNR, MER, BER, taxa de erros e intervalo de guarda. Já os transport streams po-dem ser monitorados se-paradamente, ligando-se a saída ASI do equipamento a entrada ASI do monitor MTM400A. Isso permite que o RFM220 continue a acompanhar a qualidade do sinal de RF mesmo que a entrada ASI seja selecio-nada para encaminhar a

análise do transport stream pelo MTM400A.

www.tek.com

O analisador RFM220 monitora a camada física do sinal de RF e o transport stream de vídeo MPEG subjacente. Com isso a equipe de engenharia pode identificar os problemas da camada física, do fluxo de sintaxe ou dos metadados com maior velocidade

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A Spinner é uma empresa alemã com 65 anos de história e sete fábricas no mundo, incluindo a recém fundada em São José dos Campos (SP) , onde serão fabricados �ltros para sistemas de transmissão. A companhia atende qua-tro grandes segmentos: broadcast, telecomunicações, indústria e uma para projetos de grande porte, desenvol-vidos sob medida.Na Europa a Spinner é uma das líderes de mercado no seg-mento de elementos passivos de RF, como combinadores, �ltros, conectores e linhas rígidas, onde encontra concor-rentes como a australiana RFS e a italiana Comtech. Aqui no Brasil, entre os seus parceiros está a fabricante de antenas Kathrein, que tem uma linha complementar, além de todos os fabricantes de transmissores. Segundo, Rondinei Silva, gerente de contas da empresa no Brasil, de acordo com a evolução dos negócios, a empresa também poderá produzir aqui combinadores e outros elementos da linha broadcast.

Panorama Audiovisual: Antes da fábrica brasileira, a Spinner já atuava na América Latina?Rondinei Silva: Sim, a presença é muito forte. Na Argentina, na Colômbia e no Uruguai. Aqui todas as grandes emisso-ras já nos conheciam. A intenção da fábrica no Brasil é ser a base para atingir todo o mercado latino-americano, do Mé-xico ao extremo da América do Sul.

Panorama: O que atraiu a empresa?Rondinei Silva: Tínhamos o desejo de vir para a América Latina há muito tempo, pois esta região está em processo de crescimento, enquanto a Europa está numa fase de es-tabilização. Com a vinda da Harris em 2010 (para fabricar transmissores), se existia alguma dúvida sobre o mercado, ela se dissipou.

Panorama: Toda a linha será feita aqui?Rondinei Silva: Apenas um modelo de 300 watts continuará sendo feito na Alemanha, pois tem uma concepção total-mente diferente na cavidade de ressonância. Ele não é mon-tado em placas, é totalmente usinado. Aqui a nossa linha é montada em placas.

Panorama: Nos modelos fabricados no Brasil, quais são as diferenças?Rondinei Silva: Basicamente há uma diferenciação por po-tência e cavidades de ressonância, para atendimento das máscaras de sinal. Dentro de uma faixa de potência pode haver 4, 6 ou 8 cavidades para garantir a máscara não críti-ca, subcrítica e crítica. Esta é a divisão primária dos �ltros e eles atendem a frequência de UHF inteira.

Panorama: Foi necessária alguma adaptação nas máscaras para o padrão brasileiro?Rondinei Silva: Sim, foi feito um ajuste do �ltro para as nor-mas especí�cas, pois os pontos de frequência e atenuações de decibéis são diferentes.

Panorama: Cada ajuste é feito para um transmissor, com potência e frequência especí�ca?Rondinei Silva: Por conta da máscara crítica, a maioria dos negócios será com os fabricantes de transmissores. Então, vendas diretas para broadcasters será de elementos para conexão, painéis de conexão e linhas rígidas.

Panorama: Apesar disso, com a presença local vocês esperam participar mais ativamente dos projetos?Rondinei Silva: Imagino que sejamos convidados a partici-par e fazer os processos de otimização de instalações, pois temos especialistas aqui.

Panorama: E no pós-venda, qual é a estrutura hoje?Rondinei Silva: Em relação aos �ltros, especi�camente, que tem um ajuste por canal, nós damos garantia. Se o cliente comprou um canal, com o �ltro ajustado para ele, e quer migrar para outro canal, nós fazemos este serviço em campo.

Poliana Lanari, diretora geral da empresa no Brasil, e Rondinei Silva, gerente de contas, em frente a sede da empresa, em São José dos Campos (SP). A empresa é uma das líderes em elementos passivos de RF, como combinadores, filtros, conectores e linhas rígidas

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Base para a

Os filtros da Spinner receberam alguns ajustes as normas da TV digital brasileira, que tem pontos de frequência e atenuações de decibéis diferentes das europeias e norte-americanas

Especial Transmissão > Spinner

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Especial Transmissão > Spinner

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Panorama: O combinador tem a propriedade de reunir e compartilhar vários canais em uma úni-ca torre de transmissão. Como vocês avaliam este mercado no Brasil?Rondinei Silva: Na Europa, isto já está consolidado. Na Ale-manha, por exemplo, os donos das infraestruturas usam combinadores sempre. Aqui é diferente. No Brasil, a dife-renciação entre uma emissora e outra não está apenas no conteúdo, mas em ter um sinal ativo ou não. A cobertura é um diferencial. Existe um desa�o neste processo de com-binação. Algumas emissoras combinam o sinal analógico com o digital, são dois no máximo. Eu espero que com a torre de Brasília, os radiodifusores percebam que usar sis-temas combinados é mais barato para todos e foquem no negócio deles em gerar conteúdo.

Panorama: Mas, na prática, é improvável vermos as emissoras comerciais dividindo o mesmo espaço. O mais certo é que isso aconteça entre emissoras públicas.Rondinei Silva: Eu imagino que no médio prazo, as prefeitu-ras comecem a juntar os canais públicos e também montar uma infraestrutura para atender os demais broadcasters.

Panorama: No compartilhamento, a economia é relevante?Rondinei Silva: Diretamente, em relação ao material entre

o �ltro e o combinador, a economia não é tão grande. En-tretanto, o combinador gera economias no sistema, pois há menos custos com a antena, com o espaço, com o mate-rial de distribuição (as linhas) e com o ar condicionado. Este conjunto de economias torna o projeto viável. Eu já vi exem-plos na Europa de 40 ou 50% de economia na instalação. Se contabilizarmos as economias ao longo do tempo com aluguel de sala e com energia o percentual sobe ainda mais.

www.spinner-group.com

Linha de produção: Dentro de uma faixa de potência pode haver 4, 6 ou 8 cavidades para garantir a máscara não crítica, subcrítica e crítica

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Grandes

A Radio Frequency Systems apresentou na Broadcast & Cable a família de �ltros PeakPower (500 W, 1 kW, 2,5 kW e 5 kW), além de um novo �ltro de 8 polos, que supor-tam com segurança os altos picos de potência necessá-rios à TV digital. Outra atração foram os combinadores de impedância constante para UHF, indicados para aplicações de TV que reúnem múltiplos canais digitais e/ou analógicos. Disponíveis em vários tamanhos e con�gurações, esses módulos permitem cobrir de forma adequada todas as aplicações de baixa e média potência. Também estive-ram em destaque a antena RD Series, do tipo slot; os cabos Heli�ex; os conectores EIA; e o painel PHP para banda larga UHF.Com essa linha de produtos, a empresa vem atendendo as necessidades do mercado de TV digital no Brasil, em particular das emissoras que estão levando o sinal digital para as cidades menores, espalhadas pelo interior do país. Ao mesmo tempo, a RFS está fornecendo suas antenas para TV digital para outros países latino-americanos que estão implantando esse novo sistema de transmissão.

TV digital na ArgentinaA RFS foi escolhida para a Fase 1B do Projeto INVAP (In-vestigação Aplicada), que visa cobrir com TV digital todo o território argentino. A fase 1A do projeto o�cial, iniciada em maio de 2010, contemplou a instalação de 52 estações irradiantes, cada uma com duas antenas na modalidade PHP (painéis de polarização horizontal), dos quais a RFS forneceu 56%. Foram 58 antenas de 12, 14 ou 16 painéis. A Fase 1B prevê mais 23 sites.A solução apresentada foi customizada de acordo com as necessidades apresentadas pela INVAP, utilizando os tradicionais painéis de polarização horizontal. Já na

Fase 1B foi escolhida a tecnologia de polarização elíp-tica, que possibilita uma melhor recepção da TV mó-vel. Os �ltros de cavidade coaxial dos combinadores atenderam aos requisitos de máscara crítica da Norma ISDB-T com apenas 6 polos.A RFS também forneceu os cabos coaxiais com dielétrico a ar, da linha Heli�ex. Cada estação recebeu dois lances de cabos de 4 polegadas, com aproximadamente 160 me-tros por lance.

TV Gazeta de Alagoas A emissora alagoana, a�liada da Rede Globo, contratou a RFS para implantar uma solução de TV digital completa em Maceió, incluindo antena, cabos, linhas de transmis-são e acessórios. O projeto envolveu desde a consultoria de estrutura da torre existente, customização e produção da antena na Austrália até a instalação do sistema.“Todo o processo levou cerca de um ano para ser con-cluído e envolveu o trabalho de uma equipe de mais de 10 pro�ssionais da RFS. Em uma mesma torre, a emis-sora tem agora sinais analógico, digital e transmissões de rádio FM, sem interferência de sinal entre as tecno-logias”, explica Luiz Tonisi, Vice-Presidente de Vendas & Marketing da RFS, completando que “o investimento total também foi amortizado, uma vez que a estrutura legada foi utilizada”.O maior desa�o do projeto foi avaliar os riscos e as condi-ções climáticas do local. “Em Alagoas, venta muito e cho-ve mais em algumas épocas do ano. Assim, para içar uma antena de uma tonelada a 160 metros do chão, é preciso muito estudo e precisão”, observa. Com a instalação da antena da TV Gazeta de Alagoas, a RFS marca presença em todas as capitais nordestinas.

www.rfsworld.com

A RFS forneceu mais de 50% sistemas irradiantes usados na primeira fase do projeto que levará a TV digital a toda a Argentina

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Especial Transmissão > RFS

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Companhia Na apresentação formal sobre os planos da Hitachi Koku-sai Linear para o Brasil, as primeiras palavras de Sigueru Kimura, presidente da companhia, con�rmaram a conti-nuidade da linha fabricada pela Linear Equipamentos Ele-trônicos e o “objetivo da aliança nipo-brasileira de expan-dir os negócios pelo mundo”. A Hitachi Kokusai Electric é uma empresa fundada em 1949 e tem mais de 5 mil colaboradores e está organiza-da em duas grandes áreas de negócios. Uma dedicada a equipamentos de telecomunicações e radiodifusão e ou-tra na área de manufatura e semicondutores. No segmen-to de radiodifusão a empresa produz câmeras de estúdio e portáteis, transmissores e links de micro-ondas e servi-dores sem �ta para armazenamento de mídia. O Sr. Kimura também fez questão de ressaltar a gestão em colaboração com os quatro os quatros fundadores da empresa, que continuam na diretoria, sendo que José Souza Lima também está no conselho de administração criado após a aquisição.

Naturalmente, o estilo de administração e as políticas de produção, qualidade e pós-venda da Hitachi serão implan-tadas pouco a pouco. Haverá intercâmbios entre técnicos brasileiros e japoneses e o custo de produção deve ser re-duzido com a padronização de projetos e criação de plata-formas de produtos. A empresa também se bene�ciará da compra global de insumos feita pela matriz japonesa.

MetasA Hitachi promete acirrar a disputa pelo mercado local de transmissão e tem metas bastante agressivas. O objetivo é faturar R$ 84 milhões em 2012 (o dobro de 2010) e R$ 170 milhões em 2015. A empresa também quer ser a líder no segmento de televisão digital terrestre, apoiando-se nos 70% de mercado que a Linear já possui entre os mo-delos analógicos. A estratégia é migrar a base analógica para os modelos digitais, atingindo, “no mínimo 50% de market share”. O aumento de produção será absorvido pela fábrica comprada em 2010 pela Linear. Os novos gestores prometem ainda reforçar a estrutura de pós-venda nas regiões Sul, Norte e Nordeste com um aumento de 50% na rede de manutenção, redução de 50% no prazo de conserto e melhoria em 30% no prazo de entrega de produtos novos.

OrigensA Linear Equipamentos Eletrônicos, agora Hitachi Koku-sai Linear, é uma das mais importantes fornecedoras de transmissores para televisão do mundo. Criada em 1977 por um grupo de professores de engenharia de Santa Rita do Sapucaí (MG), no ano seguinte ela já produzia o seu primeiro transmissor para TV de baixa potência, des-tinado ao mercado brasileiro e latino-americano.O crescimento foi contínuo e logo começou a fabricação

Com os novos investimentos e ampliação na linha comercializada, a nova administração pretende quadruplicar o faturamento até 2015

Shigeru Kimura, presidente da Hitachi Kokusai Linear, afirmou que a empresa dará continuidade ao legado da Linear e também irá disputar o segmento de câmeras broadcast, micro-ondas portáteis e segurança eletrônica

Especial Transmissão > Hitachi Kokusai Linear

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Especial Transmissão > Hitachi Kokusai Linear

Yasutoshi Miyoshi, diretor geral comercial, e Manabu Shinomoto, CEO da Hitachi, no evento que apresentou as estratégias da companhia. Os equipamentos de transmissão também serão comercializados na África, Ásia e em países que adotarem o padrão ISDB-T

de receptores de satélite, marcando o início da cobertura via satélite em todo o Brasil. Essa fase de expansão che-gou ao �nal dos anos 90 com o lançamento de soluções para micro-ondas, consolidando a posição da Linear no mercado de radiodifusão. Ainda no �nal daquela década a empresa construiria uma unidade fabril em Ilhéus (BA).Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento são a marca desta empresa nascida na incubadora do Instituto Na-cional de Telecomunicações (Inatel). Isto �cou provado nas pesquisas feitas durante a primeira metade dos anos 2000, que culminaram no lançamento de produtos para atender o padrão de transmissão digital ATSC, utilizado nos Estados Unidos. Estas pesquisas colocaram a Linear numa posição privilegiada para atender o mercado de transmissão digital que também nascia no Brasil e na América Latina. O sucesso com os transmissores para o padrão norte--americano foi tão grande, que em 2006 a empresa ins-talou um escritório de montagens, vendas e serviços na área metropolitana de Chicago. Seu primeiro excitador digital - o AT7001 – foi vendido em 2007 e já trazia a pré--correção automática, tornando-o o modelo preferencial para os �ash-cuts digitais. Os anos seguintes foram de liderança no desenvolvimen-to de produtos para o mercado ISDB-Tb e os excitadores com pré-correção automática foram incorporados à toda linha de transmissores ISDB-Tb e ATSC com potência de 200W ou superior. Em 2010, a empresa comprou uma nova fábrica em Santa Rita do Sapucaí, aumentando a sua capacidade de pro-dução em 300%. Em todos esses anos de história foram instalados e con�gurados mais de 30 mil equipamentos em mais de 40 países.

Fundação: 1977Sede: em Santa Rita do Sapucaí (MG)Colaboradores: 320Faturamento em 2010: R$ 42 milhões Meta de faturamento para 2015: R$ 170 milhõesControle: Hitachi Kokusai Electric (100%)

H I TA CH I KOK US A I L INE A R

A Hitachi Kokusai Linear irá aproveitar a estrutura instalada para ampliar a sua linha de produtos

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Especial Transmissão > STB

Apostando em

Nos últimos anos, a STB fez um grande investimento no setor de desenvolvimento da empresa, para acompanhar todo o processo de transição dos equipamentos analógi-cos para equipamentos digitais. Isso garantiu a fabricante uma linha totalmente híbrida, com equipamentos analó-gicos preparados para um futuro upgrade digital, assim como uma linha digital, que cumpre todos os requisitos do padrão nipo-brasileiro ISDB-T. Hoje são desenvolvidos e comercializados transmissores di-gitais de 25W a 5KW, moduladores ISDB-T, MUX–REMUX, Set-Top Boxes e micro-ondas digital. Também está em desen-volvimento um encoder HD/SD/1 seg. Além de atender o mercado nacional, a STB tem forte atuação na América Latina, com transmissores analógicos e digitais, principalmente nos países que já adotaram o padrão ISDB-T. Segundo Flávio de Castro Barbosa, gerente comercial da em-presa, “A estimativa de faturamento para o segundo semes-tre de 2011, gira em torno de US$ 12 milhões para o mercado nacional e US$ 5 milhões para o mercado internacional”.

Panorama: Qual é o per�l dos clientes da STB?Flávio de Castro: Hoje temos equipamentos em quase todas as emissoras de TV e FM que atuam no mercado brasileiro, equipamentos analógicos e digitais, varian-do de 25 Watts a 30 mil Watts. Vale ressaltar que temos equipamentos digitais instalados e operando com alto desempenho nas principais capitais.

Panorama: A maior parte das vendas em grandes ci-dades já foi concluída. Para disputar o mercado de maneira mais segmentada, é preciso ter uma grande rede de distribuição e pós-venda. Qual é a estrutura da STB para essa exigência?Flávio de Castro: A STB esta estrategicamente localizada em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, que é uma grande geradora de produtos e pro�ssionais para o ramo de Telecom. Contamos com uma rede de representação que atende os quatro cantos do Brasil com rapidez e e�ci-ência, pois ela já atende nossa rede de emissoras (RIT), e em meados de 2012, iremos inaugurar uma nova fábrica de quatro mil metros quadrados.

Panorama: Os custos de implantação são um obstá-culo para muitas emissoras. Como contornar essa questão?Flávio de Castro: O maior impedimento que enfrentamos na expansão das vendas, vem diretamente de nossos clientes, pois os custos para digitalizar os estúdios são signi�cativamente superiores em relação ao sistema de transmissão. O caminho para garantirmos esta expansão, será junto às prefeituras, na aquisição de transmissores, tirando o peso �nanceiro das emissoras. Temos um depar-tamento com atendimento exclusivo aos prefeitos para auxiliar nesta expansão regional.

Panorama: Fontes do mercado indicam uma guerra de preços na venda de transmissores. Qual é a posi-ção da STB em relação a isso?Flávio de Castro: A STB não entrará nessa guerra. Estamos buscando o nosso espaço com equipamentos modernos e seguros, preços justos e, principalmente, por contar com atendimento diferenciado de vendas, pós-vendas e su-porte. Nós contamos com dezenas de representantes que prestam serviços em nossa rede.

“A experiência adquirida pelos engenheiros e técnicos em campo, além de sermos a única empresa nacional a fazer parte de um grupo que possui várias emissoras de televisão, enriquece a qualidade dos produtos e o atendimento aos clientes”, conta Flávio de Castro Barbosa, gerente comercial da STB

A STB t em mais de sessenta colaboradores, entre eles desenvolvedores com doutorado no ITA, envolvidos na pesquisa, desenvolvimento e produção

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Especial Transmissão > STB

Panorama: A STB esta ligada a uma rede de televi-são. De que maneira isso bene�cia o processo de fa-bricação e estoque?Flávio de Castro: A STB foi criada em 2003, para, inicial-mente, atender as necessidades da RIT (Rede Internacional de Televisão), mas com o crescimento da empresa e pro-dutos cada vez mais atrativos, emplacamos neste mercado com milhares de equipamentos instalados em quase to-das as emissoras do país e algumas emissoras da América Latina. Fabricamos hoje transmissores robustos que aliam alta tecnologia com praticidade, além de fazermos pesqui-sas de campo para o desenvolvimento de novos produtos. A experiência adquirida através pelos engenheiros e téc-nicos nestas situações, além de sermos a única empresa nacional a fazer parte de um grupo que possui várias emis-soras de televisão, enriquecem a qualidade dos produtos e o atendimento aos clientes.

Panorama: Como funciona o departamento de pes-quisa e desenvolvimento da empresa? De onde vêm os pro�ssionais que atuam nele?Flávio de Castro: Temos o privilégio em ter em nossa ci-dade o maior centro de ensino superior em telecomuni-cações e a primeira escola técnica de eletrônica do país. Na STB temos mais de sessenta colaboradores, entre eles mestres e doutores, que possuem formação nas mais di-versas áreas de telecomunicações, trabalhando em uma instalação moderna e de alto nível. Eles estão em constan-te aperfeiçoamento para proporcionar as mais modernas soluções em broadcast aos nossos clientes.

Panorama: Alguns pontos do padrão ISBT-Tb ain-da estão em fase de discussão. Como acompanhar essa evolução?Flávio de Castro: O mercado de transmissão está em cons-tante crescimento e aperfeiçoamento, e nossos produtos es-tão prontos para as tecnologias que estão chegando. Temos pareceria com as empresas inovadoras para manter nossos equipamentos sempre atualizados e prontos para o futuro.

Panorama: Qual é índice de nacionalização das pe-ças usadas nos transmissores? Flávio de Castro: Os equipamentos são 100% nacionaliza-dos e de 20 a 30% dos componentes são importados.

TV Cultura;RIT - Rede Internacional de Televisão;Rede TV;TV Globo Recife;TV Band Porto Alegre;TV Band São Paulo;TV Band Campinas; TV Lajes Santa Catarina; TV Globo Rio De Janeiro;TV Globo Porto Alegre; TV Globo Belo Horizonte; TV Globo Belém; EBC - Empresa Brasileira De Comunicação;REDE Sul Bahia;NOSSA TV Rio De Janeiro;EPTV Campinas;EPTV Sul De Minas;EPTV São Carlos; EPTV Ribeirão Preto; TV Princesa;SBT Campinas; TV Rio Sul;TV TEM Sorocaba (a�liada Globo).

E MISSOR A S E INS TA L A Ç ÕE S AT E ND ID A S

“Contamos com uma rede de representação que atende os quatro cantos do Brasil com rapidez e eficiência, pois ela já atende nossa rede de emissoras (RIT), e em meados de 2012, iremos inaugurar uma nova fábrica de quatro mil metros quadrados”, diz Flávio de Castro

A empresa tem um grande estoque de módulo de potência para atender os clientes

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