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Suplemento de Cabeamento Estruturado

Cisco Networking Academy Program

CCNA 1: Conceitos Básicos das Redes v3.1

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2 - 136 CCNA 1 Suplemento de Cabeamento Estruturado v3.1 Copyright 2003, Cisco Systems, Inc.

Objetivos O Suplemento de Cabeamento Estruturado para o CCNA proporciona matérias e exercícios de laboratório em sete áreas:

a. Sistemas de Cabeamento Estruturado

b. Padrões e Códigos para o Cabeamento Estruturado

c. Segurança

d. Ferramentas do Ofício

e. Processos de Instalação

f. Fase de Acabamento

g. A Indústria de Cabeamento

Este material e os laboratórios associados oferecem uma ampla apresentação da instalação do cabeamento estruturado.

A Seção sobre Sistemas de Cabeamento Estruturado estuda as regras e subsistemas do cabeamento estruturado para uma rede de área local (LAN). Uma LAN é definida como um prédio ou grupo de prédios em um conjunto, próximos um do outro, tipicamente menos de dois quilômetros quadrados ou uma milha quadrada. Este suplemento começa no ponto de demarcação, vai estudando as várias salas de equipamentos, e continua até a área de trabalho. É também abordada a questão de escalabilidade.

Os objetivos de aprendizado para Sistemas de Cabeamento Estruturado são os seguintes:

1.1 Regras do Cabeamento Estruturado para as LANs

1.2 Subsistemas do Cabeamento Estruturado

1.3 Escalabilidade

1.4 Ponto de demarcação

1.5 Salas de Telecomunicações e de Equipamentos

1.6 Áreas de Trabalho

1.7 CP, CI, e CH

A Seção sobre Padrões e Códigos de Cabeamento Estruturado faz uma apresentação das organizações que definem padrões que estabelecem as diretivas usadas pelos especialistas em cabeamento. São incluídas informações sobre as organizações internacionais de padronização.

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Os objetivos de aprendizado para Sistemas e Códigos de Cabeamento Estruturado são os seguintes:

2.1 A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Association (EIA)

2.2 O Comitê Europeu da Normalização Eletrotécnica (CENELEC)

2.3 International Organization for Standardization (ISO)

2.4 Códigos para os Estados Unidos

2.5 Evolução dos Padrões

A seção de Segurança contém informações importantes que freqüentemente são negligenciadas no estudo do cabeamento de baixa voltagem para telecomunicações. Os alunos que não estejam acostumados a trabalhar no ambiente físico serão beneficiados pelos laboratórios e treinamento nesta seção.

Os objetivos de aprendizado para a Segurança são os seguintes:

3.1 Códigos e Padrões de Segurança para os Estados Unidos

3.2 Segurança na Presença de Eletricidade

3.3 Práticas de Segurança no Laboratório e no Local de Trabalho

3.4 Equipamento de Segurança pessoal

A seção de Ferramentas do Ofício explica como várias ferramentas podem tornar um trabalho difícil de resultados medíocres em trabalho fácil de ótimos resultados. Este módulo dá ao aluno experiência prática na utilização de várias ferramentas muito utilizadas pelos instaladores de cabeamento de telecomunicações para assegurar resultados profissionais.

Os objetivos de aprendizado para Ferramentas do Ofício são os seguintes:

4.1 Ferramentas de Decapar e de Corte

4.2 Ferramentas de Fixação de Terminais

4.3 Ferramentas de Diagnóstico

4.4 Ferramentas de Suporte de Instalação

A seção de Processo de Instalação descreve os elementos de uma instalação. Este capítulo começa na fase da montagem inicial, quando os cabos são puxados. Esta seção também trata dos cabos verticais, ou seja de backbone, dos bloqueios corta-fogo utilizados quando um cabo passa por uma parede corta-fogo, dos terminais de cobre, e dos acessórios tais como adaptadores montados na parede.

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Os objetivos de aprendizado para o Processo de Instalação são os seguintes:

5.1 Fase de Montagem Inicial

5.2 Instalação de Cabos de Backbone Vertical e Horizontais

5.3 Dispositivos Corta-Fogo

5.4 Terminação em Meio de Cobre

5.5 A Fase de Ajustes

A Fase de Acabamento trata do ponto em que os instaladores testam e às vezes certificam o seu trabalho. A realização de testes assegura que todos os cabos sejam encaminhados os seus devidos destinos. A certificação assegura que a qualidade do cabeamento e das conexões atenda aos padrões da indústria.

Os objetivos de aprendizado para a Fase de Acabamento são os seguintes:

6.1 Testes dos Cabos

6.2 Reflectômetro no Domínio do Tempo (TDR)

6.3 Certificação e Documentação dos Cabos

6.4 Conversão da Estrutura

A seção da Indústria de Cabeamento trata do lado comercial da indústria. Antes que possam ser instalados os cabos, precisa haver uma proposta. Antes que possa existir uma proposta, precisa haver uma solicitação de propostas, e numerosas reuniões e exames do local para determinar a abrangência do trabalho. Poderá ser necessário fornecer documentação para descrever o projeto e mostrar como foi construído. Poderão existir também exigências sindicais e de alvarás para a realização do trabalho. Todos os projetos precisam ser realizados em tempo hábil e com o mínimo de desperdício de materiais. Isto geralmente exige planejamento e aplicações de gerenciamento de programas para o projeto.

Os objetivos de aprendizado para Indústria de Cabeamento Estruturado são os seguintes:

7.1 Pesquisa no Local

7.2 Situação de Trabalho

7.3 Revisão e Celebração do Contrato

7.4 Planejamento do Projeto

7.5 Documentação Final

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Os exercícios de laboratório dão aos alunos a oportunidade de praticar a parte que envolve habilidades manuais na instalação do cabeamento estruturado.

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1 Sistemas de Cabeamento Estruturado

1.1 Regras do Cabeamento Estruturado para as LANs

O cabeamento estruturado é uma aproximação sistemática ao cabeamento. É um método de criação de um sistema organizado de cabeamento que pode ser facilmente entendido pelos instaladores, administradores de redes, e qualquer outro técnico que lida com cabos.

Existem três regras que ajudarão a garantir a eficácia e eficiência na concepção de projetos de cabeamento estruturado.

A primeira regra é procurar uma solução completa para a conectividade. Uma solução otimizada para a conectividade de uma rede inclui todos os sistemas criados para conectar, rotear, gerenciar e identificar cabos nos sistemas de cabeamento estruturado. Uma implementação baseada em padrões tem a finalidade de suportar tanto as tecnologias atuais como as do futuro. A aderência ao padrões ajudará a garantir ao longo prazo um bom desempenho e confiabilidade do projeto.

A segunda regra é planejar para o crescimento futuro. O número de cabos instalados também deve atender aos futuros requisitos. As soluções de fibra ótica, de Categoria 5e e Categoria 6 devem ser consideradas para garantir o atendimento à futuras necessidades. O plano de instalação da camada física deve ter a capacidade de funcionar durante dez anos ou mais.

A última regra é manter a liberdade de escolha de fornecedores. Embora um sistema fechado e proprietário possa ser inicialmente mais barato, isto poderá acabar custando muito mais a longo prazo. Um sistema fora dos padrões, provido por um único fornecedor, poderá trazer consigo dificuldades futuras na realização de mudanças, acréscimos ou alterações.

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1.2 Subsistemas do Cabeamento Estruturado

Figura 1 Subsistemas do Cabeamento Estruturado

Existem sete subsistemas associados ao sistema de cabeamento estruturado, conforme indicado na Figura 1. Cada subsistema realiza uma função específica no fornecimento de serviços de voz e dados através de toda a estrutura dos cabos.

• Ponto de demarcação dentro das instalações de entrada (IE) na sala de equipamentos.

• Sala de Equipamentos (SE)

• Sala de Telecomunicações (ST)

• Cabeamento de backbone, que é também conhecido como cabeamento vertical

• Cabeamento de distribuição, que é também conhecido como cabeamento horizontal

• Área de trabalho (AT)

• Administração

O ponto de demarcação é o lugar onde os cabos do provedor de serviços externos se conectam aos cabos do cliente dentro das instalações. O cabeamento de backbone são os cabos de alimentação que seguem um caminho do ponto de demarcação até as salas de equipamentos e depois continuam até as salas de telecomunicações através de todas as instalações. O cabeamento horizontal distribui os cabos desde as salas de telecomunicações até as áreas de trabalho. As salas de telecomunicações são onde se realizam as conexões a fim de

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proporcionar uma transição entre o cabeamento de backbone e o cabeamento horizontal.

São estes subsistemas que fazem do cabeamento estruturado uma arquitetura distribuída com capacidades de gerenciamento que se limitam aos equipamentos ativos, tais como PCs, switches, hubs, etc. A criação de uma infra-estrutura de cabeamento estruturado que encaminha, identifica e termina apropriadamente os meios de cobre ou óticos, é absolutamente essencial para o desempenho da rede e para futuras atualizações.

1.3 Escalabilidade Uma LAN que é capaz de acomodar o crescimento futuro é conhecida como rede escalável. É importante planejar para o futuro ao fazer uma estimativa do número de lances de cabos e pontos de acesso (drops) dentro da área de trabalho. É melhor instalar um número maior de cabos do que depois não ter o suficiente.

Além de puxar cabos adicionais na área do backbone para uma eventual expansão futura, é geralmente puxado um cabo extra até cada estação de trabalho ou desktop. Isto provê proteção contra os pares que possam falhar nos cabos de voz durante a instalação, como também proporciona a possibilidade de expansão. É também uma boa idéia incluir um cordão de puxamento ao instalar os cabos, para facilitar o acréscimo de cabos no futuro. Sempre que se adicione cabos novos, também deve-se adicionar um novo cordão de puxamento.

1.3.1 Escalabilidade do backbone Ao decidir a quantidade adicional de cabo de cobre a ser puxado, determine primeiro o número de lances atualmente necessários e em seguida adicione aproximadamente 20 por cento de cabo adicional.

Outra maneira de se obter esta capacidade de reserva seria utilizar um cabeamento e equipamentos de fibra ótica no backbone do edifício. Por exemplo, os equipamentos de terminação podem ser atualizados pela introdução de lasers e drivers mais velozes para acomodar o crescimento através das fibras.

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1.3.2 Escalabilidade da área de trabalho

Figura 1 Permita a Possibilidade de Crescimento

Cada área de trabalho precisa de um cabo para voz e um para dados. No entanto, outros dispositivos poderão precisar de uma conexão com o sistema de voz ou de dados. As impressoras de rede, máquinas FAX, laptops, e outros usuários na área de trabalho poderão precisar de seus próprios cabos de acesso à rede.

Quando os cabos já estiverem instalados, use espelhos com várias portas em cima dos conectores. Existem várias possíveis configurações para móveis modulares ou para paredes divisórias. Podem ser utilizados conectores codificados com cores para simplificar a identificação de tipos de circuitos, conforme ilustra a Figura 1. Os padrões administrativos exigem que cada circuito seja claramente identificado para ajudar na realização de conexões e na resolução de problemas.

Uma nova tecnologia que está se tornando muito popular é o Protocolo de Voz sobre Internet (VoIP). Esta tecnologia permite que telefones especiais utilizem as redes de dados ao realizar chamadas telefônicas. Uma grande vantagem desta tecnologia é a de evitar as tarifas de chamadas interurbanas ou internacionais ao utilizar o VoIP em conexões já existentes na rede. Outros dispositivos como impressoras ou computadores podem ser ligados no telefone IP. O telefone IP então se torna um hub ou switch para a área de trabalho.

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Mesmo que tais tipos de conexões sejam planejados, devem ser instalados cabos em números suficientes para permitir o crescimento. Considere especialmente a possibilidade do tráfego de telefonia IP e de vídeo IP compartilharem os cabos da rede no futuro.

Para acomodar as dinâmicas exigências dos usuários nos escritórios, é recomendada a provisão de pelo menos um cabo adicional no painel de conexões da área de trabalho. Os escritórios poderão tornar-se espaços para vários usuários onde originalmente há somente um usuário. Esta situação poderá resultar em um área de trabalho ineficiente se for puxado um só conjunto de cabos de comunicação. Você deve supor que todas as áreas de trabalho terão que acomodar vários usuários no futuro.

1.4 Ponto de demarcação

Figura 1 Ponto de Demarcação

O ponto de demarcação, ilustrado na Figura 1, é o ponto em que o cabeamento externo, proveniente do provedor de serviços, se conecta ao cabeamento de backbone dentro do edifício. Representa a divisa entre a responsabilidade do provedor e a responsabilidade do cliente. Em muitos edifícios, o ponto de demarcação se encontra nas proximidades do ponto de presença (POP) de outras utilidades tais como eletricidade e água.

O provedor de serviços é responsável por tudo a partir do ponto de demarcação até as instalações do provedor de serviços. O restante, a

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partir do ponto de demarcação para dentro do edifício é da responsabilidade do cliente.

O provedor local de serviços telefônicos tipicamente tem a responsabilidade de terminar o seu cabeamento dentro de 15 m (49,2 pés) da penetração do edifício e de proporcionar proteção primária de voltagem. O provedor de serviços normalmente instala esta parte.

A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Alliance (EIA) criam e publicam padrões para várias indústrias, inclusive para a indústria de cabeamento. Para garantir que o cabeamento seja seguro, que esteja corretamente instalado, e que retenha os parâmetros de desempenho, estes padrões devem ser seguidos durante qualquer instalação ou manutenção de cabos de voz ou de dados.

O padrão TIA/EIA-569-A especifica os requisitos de espaço para o ponto de demarcação. Os padrões para a estrutura e tamanho do espaço do ponto de demarcação se baseiam no tamanho do edifício. Nos edifícios com área construída acima de 2,000 metros quadrados (21.528 pés quadrados), é recomendada uma sala trancada, dedicada e fechada.

As seguintes são diretivas para a configuração de um espaço de ponto de demarcação:

• Proporcionar um metro quadrado (10,8 pés quadrados) de montagem sobre parede de compensado para cada 20 metros quadrados (215,3 pés quadrados) de área construída

• Cobrir as superfícies de montagem de hardware com compensado corta-fogo ou com compensado pintado com duas demãos de tinta corta-fogo.

• O compensado ou as tampas dos equipamentos terminais devem ser de cor alaranjada para indicar o ponto de demarcação.

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1.5 Salas de Telecomunicações e de Equipamentos

Figura 1 Sala de Telecomunicação

Figura 2 Painel de Distribuição Panduit

Depois de entrar no edifício através do ponto de demarcação, o cabo segue até as instalações de entrada (IE), que geralmente se encontram na sala de equipamentos. A sala de equipamentos é o núcleo da rede de voz e de dados. Uma sala de equipamentos é essencialmente uma grande sala de telecomunicações com a capacidade de acomodar o quadro de distribuição, os servidores de redes, os roteadores,

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switches, e PBX telefônico, proteção secundária de voltagem, receptores de satélite, equipamentos de Internet de alta velocidade etc. Os aspectos do design da sala de equipamentos são especificados no padrão TIA/EIA-569-A.

Nas instalações maiores, a sala de equipamentos podem alimentar uma ou mais salas de telecomunicações (ST) distribuídas através do edifício. As STs contêm equipamentos do sistema de cabeamento de telecomunicações para uma certa área da LAN, por exemplo, um andar ou parte de um andar, conforme indica a Figura 1. Isto inclui as terminações mecânicas e dispositivos de conexão cruzada para o sistema de cabeamento horizontal e de backbone. Os switches, hubs e roteadores departamentais ou de grupos de trabalho freqüentemente se encontram na ST.

Um hub de fiação e um patch panel dentro de uma ST podem ser montados na parede com um suporte articulado, dentro de um gabinete de equipamentos completo, ou um painel de distribuição como mostra a Figura 1.

Um suporte articulado precisa ser afixado ao painel de compensado, de modo que ele cubra a superfícies da parede subjacente. A articulação permite que o conjunto seja afastado para que os técnicos possam acessar a parte posterior da parede. É importante deixar um espaço de 48 cm (19 polegadas) para o afastamento do painel da parede.

Um painel de distribuição precisa ter um mínimo de 1 metro (3 pés) de espaço livre de trabalho na frente e atrás do painel. Uma placa de base de 55,9 cm (22 polegadas) é utilizada para a montagem do painel de distribuição. A placa de base proporcionará estabilidade e determinará a distância mínima para o posicionamento final do painel de distribuição. Um painel de distribuição é ilustrado na Figura 2.

Um gabinete de equipamentos completo exige um mínimo de 76,2 cm (30 polegadas) de espaço na frente para a articulação da porta ao abrir. Os gabinetes de equipamento geralmente medem 1,8 m (5,9 pés) de altura, 0,74 m (2,4 pés) de largura e 0,66 m (2,16 pés) de profundidade).

Ao colocar equipamentos dentro de um gabinete de equipamento, considere se eles usam ou não eletricidade. Outras considerações incluem o roteamento dos cabos, o controle dos cabos e a facilidade de utilização. Por exemplo, um patch panel não deve ser colocado no alto de um painel se for para fazer um grande número de mudanças após a instalação. Os equipamentos mais pesados, tais como switches e servidores devem ser colocados na parte de baixo do painel para proporcionar estabilidade.

A escalabilidade que permite a expansão no futuro é outra consideração na disposição dos equipamentos. A disposição inicial deve incluir espaço adicional nos painéis para o acréscimo futuro de

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patch panels ou então espaço na área para a instalação futura de outros painéis.

A instalação apropriada de painéis de equipamento e patch panels na ST facilitará modificações na instalação do cabeamento no futuro.

1.6 Áreas de Trabalho

Figura 1 Áreas de Trabalho

Uma área de trabalho é a área ao qual um ST individual fornece serviços. Uma área de trabalho geralmente ocupa um andar ou parte de um andar de um edifício, conforme mostra a Figura 1.

A distância máxima para um cabo desde o seu ponto terminal dentro da ST até o conector terminal na área de trabalho não deve exceder a 90 metros (295 pés). Esta distância máxima de 90 metros para cabeamento horizontal é conhecida como link permanente. Cada área de trabalho precisa contar com um mínimo de dois cabos. Um para dados e outro para voz. Conforme já mencionado, devem ser consideradas acomodações para outros serviços e para futura expansão.

Como a maioria dos cabos não pode ser estendida pelo chão, os cabos geralmente estão contidos em dispositivos de organização de cabos tais como bandejas, cestos, escadas e canaletas. Muitos destes dispositivos encaminham a rota dos cabos para as áreas abertas em cima do teto suspenso. A altura do teto então precisa ser multiplicada por dois e subtraída do raio máximo da área de trabalho para compensar pelo caminho do fio que entra e sai do dispositivo de organização.

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O padrão ANSI/TIA/EIA-568-B especifica que pode haver 5 m (16,4 pés) de patch cable para interconectar os patch panels de equipamentos, e 5 m (16,4 pés) de cabo entre o ponto terminal do cabo na parede até o telefone ou computador. Este máximo de 10 metros (33 pés) adicionais de patch cables acrescido ao link permanente chama-se o canal horizontal. A distância máxima de um canal é de 100 metros (328 pés), consistente nos 90 metros (295 pés) máximos do link permanente, mais os 10 metros (33 pés) máximos dos patch cables.

Outros fatores podem contribuir para a redução do raio da área de trabalho. Por exemplo, o roteamento dos cabos possivelmente não vai direto ao destino. A disposição de equipamentos de aquecimento, ventilação e ar condicionado, transformadores de alimentação e equipamentos de iluminação podem exigir um roteamento que adicione ao comprimento do cabo. Depois de levar tudo em conta, o raio máximo de 100 m (328 pés) pode ser reduzido até cerca de 60 m (197 pés). Um raio de área de trabalho de 50 , (164 pés) é normalmente usado para fazer projetos.

1.6.1 Proporcionando serviço à área de trabalho

Figura 1 Proporcionando Serviço à área de trabalho

A utilização de um patch cable é útil quando há freqüentes mudanças de conectividade. É muito mais fácil levar um patch cable da saída da área de trabalho até uma nova posição dentro da ST do que remover de hardwares conectados os cabos já terminados e terminá-los outra vez em outro circuito. Os patch cables são utilizados também para ligar equipamentos de rede às conexões cruzadas na ST. Os patch cables são limitados pelo padrão TIA/EIA-568-B.1 a 5 m (16,4 pés).

Um esquema de cabeamento uniformizado precisa ser utilizado em todo o sistema de patch panel. Por exemplo, se for utilizado o plano de cabeamento T568A para terminar saídas ou conectores de dados, o esquema T568A deve ser usado para terminar patch panels também. O mesmo se dá para o esquema de cabeamento T568B.

Patch panels podem ser usados para conexões de Par Trançado não blindado (UTP - Unshielded Twisted Pair), de Par Trançado isolado (ScTP - Screened Twisted Pair), ou, caso sejam montados en

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gabinetes, de fibra ótica. Os patch panels mais comuns são para conexões UTP. Estes patch panels utilizam conectores RJ-45. Os patch cables, normalmente confeccionados de cabo retorcido para aumentar a sua flexibilidade, se conectam a estes conectores.

Na maioria das instalações, não há provisões para evitar que o pessoal autorizado de manutenção instalem patches ou hubs sem autorização em um circuito Existe uma nova família de patch panels automatizados que podem oferecer amplo monitoramento da rede além de simplificar a realização de mudanças, adições e modificações. Estes patch panels normalmente proporcionam uma lâmpada em cima de qualquer patch cable que precisa ser removido, e uma vez solto o cabo, ilumina-se outra lâmpada em cima do conector onde deve ser reconectado. Desta maneira o próprio sistema pode automaticamente orientar um técnico relativamente inexperiente na realização de mudanças, adições e modificações.

O mesmo mecanismo que detecta a mudança de um dado conector também detectará quando o conector for removido. Uma nova configuração de um patch sem autorização pode disparar um evento no registro do sistema, e se for desejável, disparar um alarme. Por exemplo, se meia dúzia de fios na área de trabalho acontecerem de estar abertos às 2h30 da madrugada, este evento poderá ser digno de investigação, já que poderá ser um caso de furto.

1.6.2 Tipos de patch cables

Figura 1 Patch Cable UTP

Os patch cables existem em vários esquemas de confecção. O Cabo direto é o patch cable mais comum. Ele tem o mesmo esquema de fiação nas duas extremidades do cabo. Desta maneira, um pino em uma extremidade é conectado ao pino correspondente do mesmo número na outra extremidade. Estes tipos de cabos são utilizados para conectar PCs em uma rede, hub ou switch.

Ao conectar-se um dispositivo de comunicação, como um hub ou switch, em outro hub ou switch adjacente, é tipicamente utilizado um

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cabo cruzado. Os cabos cruzados utilizam um esquema de fiação T568A em uma extremidade e T568B na outra extremidade.

Laboratório 1: Exame dos Tipos de Terminação

1.6.3 Gerenciamento de Cabos

Figura 1 Sistema Panduit de Gerenciamento de Cabos Verticais e Horizontais Montado em Rack

Os dispositivos de gerenciamento de cabos são usados para rotear os cabos em um caminho arrumado e ordenado e para garantir a manutenção dos raios mínimos de curvatura. O gerenciamento dos cabos também simplifica acréscimos e modificações ao sistema de cabeamento.

Existem várias opções para o gerenciamento dos cabos em uma ST. Os cestos para cabos podem ser utilizados para instalações fáceis e leves. Os racks de escada são utilizados freqüentemente para suportar cargas pesadas de cabos agrupados (em feixe). Conduítes de vários tipos podem ser utilizados para passar os cabos dentro de divisórias, tetos, e assoalhos, ou para protegê-los de condições externas. Os sistemas de gerenciamento de cabos são usados vertical e horizontalmente nos racks de telecomunicações para distribuir ordenadamente os cabos, conforme ilustrado na Figura 1.

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1.7 CP, CI, e CH

Figura 1 Planejamento de CP, CH e CI

A maioria das redes possuem várias ST por vários motivos. Se uma rede for espalhada em vários andares ou edifícios, será necessário que haja uma ST para cada andar ou cada edifício. Os meios físicos podem estender-se apenas uma certa distância antes que o sinal comece a degradar-se ou atenuar-se. Por isso, as STs são dispostas a distâncias predefinidas através da LAN para proporcionar interconexões e conexões cruzadas para hubs e switches de modo a assegurar o desempenho desejado na rede. Estas STs acomodam equipamentos tais como repetidores, hubs, bridges, ou switches necessários para a regeneração dos sinais.

A ST primária é conhecida como conexão cruzada principal (CP). A CP é o núcleo da rede. É aqui onde se origina todo o cabeamento e onde se localiza a maior parte dos equipamentos. A conexão cruzada intermediária (CI) se liga à CP e pode acomodar equipamentos para um edifício, por exemplo, em uma cidade universitária. A conexão cruzada horizontal (CH) proporciona uma conexão cruzada entre o backbone e os cabos horizontais em um só andar de um edifício.

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1.7.1 Conexão cruzada principal (CP)

Figura 1 CP, CH e CI

Figura 2 A Conexão do CP às CIs e CHs

A CP é o ponto principal de concentração de um edifício ou conjunto de edifícios. É a sala que controla as demais STs do local. Em certas redes, é aqui onde todo o sistema de cabos faz a conexão com o mundo externo, ou ponto de demarcação.

Todas as CIs e CHs se conectam à CP em uma topologia de estrela. O cabeamento de backbone, ou vertical, é utilizado para conectar as CIs e CHs em diferentes andares. Se a rede inteira estiver confinada a um

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só edifício com vários andares, a CP é normalmente localizada em um dos andares intermediários, mesmo que o ponto de demarcação esteja localizado nas instalações de entrada no andar térreo ou no porão.

O cabeamento de backbone passa da CP até cada uma da CIs. As linhas vermelhas da Figura 1 representam o cabeamento de backbone. As CIs encontram-se em cada um dos edifícios da cidade universitária, e as CHs prestam serviços às áreas de trabalho. As linhas pretas representam o cabeamento horizontal das CHs até as áreas de trabalho.

Para as redes em cidades universitárias, em vários edifícios, a CP é normalmente localizada em um dos edifícios. Cada edifício tipicamente possui a sua própria versão de CP, denominada conexão cruzada intermediária (CI). A CI interconecta várias as CHs dentro do edifício. Ela também permite a extensão do cabeamento de backbone da CP a cada CH, pois este ponto de interconexão não degrada os sinais de comunicações.

Conforme mostra a Figura 2, pode haver só uma CP para toda a instalação de cabeamento estruturado. A CP alimenta as CIs. Cada CI alimenta vária CHs. Pode haver só uma CI entre a CP e qualquer CH.

1.7.2 Conexão cruzada horizontal (CH)

Figura 1 Cabeamento Horizontal e Símbolos

A conexão cruzada horizontal (CH) é a ST mais próxima às áreas de trabalho. A CH é tipicamente um patch panel ou bloco punchdown. A CI também poderá conter dispositivos de rede, tais como repetidores, hubs ou switches. Pode ser montado em rack numa sala ou num gabinete. Como um sistema típico de cabeamento horizontal inclui

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vários lances de cabos até cada estação de trabalho, ele pode representar a maior concentração de cabos em toda a infra-estrutura do edifício. Um edifício com 1.000 estações de trabalho poderá conter um sistema de cabeamento horizontal com entre 2.000 e 3.000 lances de cabos.

O cabeamento horizontal inclui os meios físicos para rede em cobre ou fibra ótica que serão utilizados entre o gabinete de fiação e a estação de trabalho, conforme mostra a Figura 1. O cabeamento horizontal também inclui os meios físicos de rede que seguem um caminho horizontal que leva até a saída de telecomunicações, assim como os patch cables, ou jumpers na CH.

Qualquer cabeamento entre a CP e outra ST é considerado cabeamento de backbone. A diferença entre cabeamento horizontal e cabeamento de backbone é definida nos padrões.

Laboratório 2: Terminação de um Cabo Categoria 5e em um Patch Panel Categoria 5e

1.7.3 Cabeamento de backbone Qualquer cabeamento instalado entre a CP e outra ST é conhecido como cabeamento de backbone. A diferença entre cabeamento horizontal e cabeamento de backbone é claramente definida nos padrões. O cabeamento de backbone é também conhecido como cabeamento vertical. Ele consiste em cabos de backbone, conexões cruzadas intermediárias e principais, terminações mecânicas e patch cables ou jumpers usados para uma conexão horizontal de backbone a backbone. O cabeamento de backbone inclui os seguintes elementos:

• STs em um só andar, CM até CI, e CA até CH

• Conexões verticias, ou risers, entre STs em diferentes andares, tais como o cabeamento entre CP e CI

• Os cabos entre STs e pontos de demarcação

• Os cabos entre edifícios, ou cabos inter-prédios, em um conjunto de vários edifícios

A distância máxima para lances de cabos depende do tipo de cabo instalado. Para o cabeamento de backbone, a distância máxima também pode ser afetada pela função projetada para o cabeamento. Por exemplo, se um cabo de fibra ótica monomodo destina-se à conexão da CH à CP, então a distância máxima para o lance de cabeamento de backbone será de 3000 m (9842,5 pés).

Às vezes, a distância máxima de 3000 m (9842,5 pés) precisa ser dividida em duas seções. Por exemplo, se o cabeamento do backbone for conectar a CH a uma CI e a CI à CP. Quando isso ocorre, a distância máxima para o lance de cabeamento de backbone entre a CH e a CI é de 300 m (984 pés). A distância máxima para os lances

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de cabeamento de backbone entre a CI e a CP é de 2700 m (8858 pés).

1.7.4 Backbone de fibra ótica A utilização de fibra ótica é uma maneira eficaz de comportar o tráfego do backbone por três motivos:

• As fibras óticas são impenetráveis pelo ruído elétrico e pela interferência de radiofreqüência.

• A fibra não conduz correntes que podem gerar loops de terra.

• Os sistemas de fibra ótica possuem alta largura de banda e podem funcionar a altas velocidades.

Um backbone de fibra ótica também pode ser atualizado para proporcionar um desempenho ainda maior, à medida que sejam desenvolvidos e disponibilizados novos equipamentos terminais. Este fato pode tornar a fibra ótica bastante custo-efetiva.

Outra vantagem é que a fibra pode cobrir maior distância que o cobre quando se trata de meios físicos de backbone. A fibra ótica multimodo pode cobrir distâncias de até 2000 metros (6561,7 pés). Os cabos de fibra ótica monomodo podem cobrir até 3000 metros (9842,5 pés). A fibra ótica, especialmente a monomodo, podem levar os sinais a muito mais distância. Distâncias de até 96,6 a 112,7 km (60 a 70 milhas) são possíveis, conforme o equipamento de terminal utilizado. No entanto, tais longas distâncias estão fora do âmbito dos padrões para LANs.

1.7.5 MUTOAs e Pontos de Consolidação

Figura 1 Uma Instalação Típica de MUTOA

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Figura 2 Uma Instalação Típica de Ponto de Consolidação

Especificação adicionais para cabeamento horizontal em áreas de trabalho com móveis e divisórias deslocáveis foram incluídas no padrão TIA/EIA-568-B.1. São especificadas metodologias para cabeamento horizontal, utilizando conjuntos de tomadas de comunicações multiusuário (MUTOAs - multiuser telecommunications outlet assemblies) e pontos de consolidação para ambientes de escritórios abertos. Estas metodologias oferecem maior flexibilidade e economia para as instalações que freqüentemente exigem reconfiguração.

Em vez de substituir todo o sistema de cabeamento horizontal que alimenta estas áreas, um PC (ponto de consolidação) ou um MUTOA pode ser colocado nas proximidades de uma área de escritório aberto, eliminando a necessidade de substituir todo o cabeamento até a ST toda vez que é modificada a disposição dos móveis. Só precisa ser refeito o cabeamento entre as tomada na nova área de trabalho e o PC ou MUTOA. A distância maior de cabeamento de volta à ST permanece intacta.

Um MUTOA é um dispositivo que permite que o usuário troque de lugar, acrescente dispositivos, e faça mudanças nas configurações dos móveis modulares sem ter que refazer o cabeamento. Os patch cables podem ser encaminhados diretamente de um MUTOA até os equipamentos na área de trabalho, conforme indica a Figura 1. O local de um MUTOA precisa ser permanente e de fácil acesso. Um MUTOA não pode ser montado no vão do teto ou por baixo de um piso de acesso. Não pode ser montado em um móvel, a menos que o móvel seja permanentemente afixado à estrutura do edifício.

O padrão TIA/EIA-568-B.1 inclui as seguintes diretivas para os MUTOAs:

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• Pelo menos um MUTOA é necessário para cada conjunto de móveis.

• Um máximo de 12 áreas de trabalho podem ser acomodadas por um só MUTOA.

• Os patch cables nas áreas de trabalho devem levar rótulos em ambas as extremidades com identificadores exclusivos.

• O comprimento máximo de um patch cable é de 22 m (72,2 pés).

Os pontos de consolidação (PCs) proporcionam um acesso de conexões em uma área limitada. Geralmente são utilizados painéis embutidos, montados permanentemente na parede, no teto, ou em colunas de suporte nas áreas de trabalho com móveis modulares. Tais painéis precisam permanecer desobstruídos e totalmente acessíveis sem ter que mover acessórios, equipamentos, ou móveis pesados. As estações de trabalho e outros equipamentos da área de trabalho não fazem a conexão ao PC como é o caso do MUTOA, conforme ilustra a Figura 2. As estações de trabalho se ligam a uma tomada, que, por sua vez, se liga ao PC.

O padrão TIA/EIA-569-B.1 inclui as seguintes diretivas para os PCs (Pontos de Consolidação:

• Pelo menos um PC é necessário para cada conjunto de móveis

• Um máximo de 12 áreas de trabalho podem ser acomodadas por um só PC.

• O comprimento máximo de um patch cable é de 5 m (16,4 pés).

Tanto para pontos de consolidação como para MUTOAS, o padrão TIA/EIA-568-B.1 recomenda uma separação mínima de 15 m (49 pés) para os equipamentos localizados entre a ST e os PCs ou MUTOAs. Isto tem a finalidade de evitar problemas de diafonia e de perda de retorno.

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2 Padrões e Códigos para o Cabeamento Estruturado

Os padrões são conjuntos de regras ou procedimentos amplamente usados ou oficialmente especificados, e que servem como modelo de excelência. Um único fornecedor especifica alguns padrões. Os padrões da indústria suportam a interoperabilidade de vários fornecedores da seguinte maneira:

• Descrições dos layouts e meios físicos padronizados para o cabeamento tanto de backbone como horizontal

• Interfaces de conexão padronizadas para a conexão física dos equipamentos

• Projeto consistente e uniforme que segue um plano para o sistema e princípios básicos de projeto.

Numerosas organizações regulam e especificam diferentes tipos de cabos. Agências do governo municipal, estadual, e federal também emitem códigos, especificações e requisitos.

Uma rede criada de acordo com os padrões deve funcionar bem, ou interoperar com outros dispositivos padrão de rede. O desempenho e o valor de investimento a longo prazo de muitos sistemas de cabeamento de redes já foram diminuídos por instaladores que não cumprem com os padrões obrigatórios e voluntários.

Estes padrões são constantemente estudados e periodicamente atualizados para refletir novas tecnologias e as crescentes exigências das redes de voz e de dados. À medida que são adicionadas novas tecnologias aos padrões, outras são abandonadas por serem obsoletas. Uma rede poderá incluir tecnologias que já não fazem parte do padrão atualizado ou que em breve serão eliminadas. Tais tecnologias geralmente não precisam ser imediatamente substituídas. Com o tempo serão trocadas por tecnologias mais novas e mais velozes.

Várias organizações internacionais se esforçam para criar padrões universais. Tais organizações como IEEE, ISO, e IEC são exemplos de grupos internacionais de normalização. Estas organizações incluem membros de várias nações, as quais possuem seus próprios processos para a criação de padrões.

Em muitos países os códigos nacionais servem como o modelo para as agências estaduais ou provinciais assim como para as municipalidades e outras unidades governamentais para a inclusão dos padrões em suas leis e regulamentos. A fiscalização então se torna a responsabilidade das autoridades locais. Sempre consulte as autoridades locais para determinar quais códigos estão em vigência. A maioria dos códigos locais tem precedência sobre os códigos nacionais, que, por sua vez, têm precedência sobre os códigos internacionais.

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2.1 A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Association (EIA)

Figura 1 Padrões da TIA/EIA para edifícios

Figura 2 Padrões da TIA/EIA para o Cabeamento Estruturado

A Telecommunications Industry Association (TIA) e a Electronic Industries Alliance (EIA) são associações industriais que criam e publicam uma série de padrões que cobrem o cabeamento estruturado

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para voz e dados em LANs. Estes padrões são enumerados na Figura 1.

Tanto a TIA como a EIA são reconhecidas pelo American National Standards Institute (ANSI) para a criação de padrões voluntários para a indústria de telecomunicações. Muitos padrões levam a marca ANSI/TIA/EIA. Os vários comitês e sub-comitês da TIA/EIA criam padrões para fibra ótica, equipamentos para as instalações dos usuários, equipamentos de rede, comunicações wireless, e comunicações por satélite.

Padrões EIA/TIA

Enquanto existem muitos padrões e suplementos, os seguintes são mais freqüentemente usado pelos instaladores de cabos e constam da Figura 2:

• TIA/EIA-568-A – Este antigo Padrão de Cabeamento de Telecomunicações para Edifícios Comerciais especificava os requisito mínimos para o cabeamento de telecomunicações, recomendações para a topologia, limites de distância, especificações de desempenho dos meios físicos e dispositivos de conexão, e designações para conectores e pinagens.

• TIA.EIA-568-B – O Padrão atual de Cabeamento especifica os requisitos dos componentes e da transmissão para os meios físicos de telecomunicações. O padrão TIA/EIA-568-B se divide em três seções separadas: 568-B.1, 568-B.2, e 568-B.3.

TIA/EIA-568-B.1 especifica um sistema genérico para o cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais que acomodará um ambiente multi-produto e multi-fornecedor.

TIA/EIA-568-B.1.1 é uma emenda que se aplica aos raios de curva dos patch cables UTP de 4 pares e ScTP par trançado blindado de 4 pares.

TIA/EIA-568-B.2 especifica componentes de cabeamento, transmissão, modelos de sistemas, e procedimentos de medição necessários para a verificação do cabeamento em par trançado.

TIA/EIA-568-B.2.1 é uma emenda que especifica os requisitos do cabeamento de Categoria 6.

TIA/EIA-568-B.3 especifica os requisitos de componentes e transmissão para um sistema de cabeamento em fibra ótica.

• TIA/EIA-569-A – O Padrão para Caminhos e Salas de Telecomunicações em Edifícios Comerciais especifica práticas de projetos e construção dentro e entre edifícios que

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acomodam meios físicos e equipamentos de telecomunicações.

• TIA/EIA-606-A – O Padrão Administrativo para a Infra-estrutura de Telecomunicações em Edifícios Comerciais inclui padrões para a aplicação de rótulos nos cabos. Este padrão especifica que cada unidade de terminação de hardware deve levar um identificador exclusivo. Também define os requisitos para a manutenção de registros e a documentação da administração da rede.

• TIA/EIA-607-A – O Padrão de Requisitos de Aterramento e Junção de Telecomunicações em Edifícios Comerciais acomoda um ambiente multi-fornecedor e multi-produto assim como define as práticas de aterramento para vários sistemas que possam vir a ser instalados nas dependências dos clientes. Este padrão especifica os pontos exatos de interface entre os sistemas de aterramento do edifício e a configuração de aterramento dos equipamentos de telecomunicações. O padrão também especifica as configurações de aterramento e junção dos edifícios necessárias para acomodar tais equipamentos.

Link da Web:

http://www.tiaonline.org/

http://www.eia.org/

2.2 O Comitê Europeu da Normalização Eletrotécnica (CENELEC)

O Comitê Europeu de Normalização Eletrotécnica (CNELEC) foi estabelecido como organização sem fins lucrativos sob as leis da Bélgica em 1973. O CENELEC cria padrões eletrotécnicos para a maior parte da Europa. O CENELEC funciona com 35.000 peritos técnicos de 22 países da Europa para publicar padrões para o mercado europeu. Ele é reconhecido oficialmente como a organização normativa européia na Diretiva 83/189/EEC da Comissão Européia. Muitos dos padrões de cabeamento da CENELEC são idênticos a padrões de cabeamento da ISO, com mínimas modificações.

O CENELEC e a International Electrotechnical Commission (IEC) operam em dois níveis diferentes. No entanto, suas ações têm uma forte influência mútua. São as agências de normalização mais importantes no campo eletrotécnico da Europa. A cooperação entre o CENELEC e a IEC é delineada no Acordo de Dresden. Este acordo foi aprovado e firmado por ambas as partes na Alemanha, na cidade de Dresden em 1996. Este acordo pretendia alcançar os seguintes objetivos:

• Agilizar a publicação e adoção universal de padrões internacionais

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• Acelerar o processo de preparação de padrões para atender às exigências do mercado

• Assegurar a utilização prudente de recursos disponíveis

Desta maneira, preferivelmente deveria ser dada plena consideração técnica aos padrões ao nível internacional.

Link da Web:

http://www.cenelec.org/

http://www.iec.ch/

2.3 International Organization for Standardization (ISO)

A International Organization for Standardization (ISO) é constituída de organizações nacionais de padronização de mais de 140 países, inclusive a ANSI. A ISO é uma organização não governamental que fomenta a elaboração de padrões e atividades correlatas. O trabalho da ISO resulta em acordos internacionais, os quais são publicados como padrões internacionais.

A ISO já definiu vários padrões importantes no setor da informática. O padrão mais significativo talvez seja o modelo Open Systems Interconnection (OSI), uma arquitetura normalizada para projetos de redes.

Link da Web:

http://www.iso.org/iso/en/ISOOnline.frontpage

2.4 Códigos dos EUA Alguns projetos de rede exigem a obtenção de um alvará para assegurar que o trabalho seja realizado corretamente. Consulte os departamentos locais de planejamento urbano para obter informações sobre os requisitos de alvará.

Para obter cópias dos códigos de construção locais e estaduais, consulte os oficiais de construção para cada jurisdição. Todos os códigos básicos de construção por todos os Estados Unidos podem ser comprados da International Conference of Building Officials (ICBO). Os códigos básicos de construção incluem CABO, ICBO, BOCA, SBCCI e ICC.

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Observação: A Lei de Americanos com Deficiências (ADA - Americans with Disabilities Act) tem acarretado a várias mudanças importantes nas diretivas para a construção, modificação e reforma de construções com relação às redes e telecomunicações. Tais requisitos dependem da utilização das instalações e podem ser impostas multas pelo não cumprimento.

Muitos códigos que exigem inspeções e fiscalizações locais são incorporados nos governos estaduais e provinciais para depois serem transferidos às unidades de fiscalização municipais e dos condados. Incluídos são os códigos para construção, incêndio e eletricidade. De modo semelhante à questão de segurança, estas questões eram originalmente de interesse local, mas a divergência dos padrões e uma falta de fiscalização resultaram em padrões nacionais.

A exeqüibilidade de certos códigos variará, conforme a cidade, condado ou estado. Os projetos dentro dos limites de uma cidade são geralmente controlados pelas agências municipais, enquanto os realizados fora dos limites da cidade são cobertos pelas agências do condado. Em certas comunidades, os códigos contra incêndios podem ser fiscalizados pelo departamento que concede alvarás de construção, enquanto em outras, pelo corpo de bombeiros local. A violação destes códigos pode resultar em graves penalidade e em custos por atraso do projeto.

As entidades locais inspecionam e fiscalizam a maioria dos códigos, mas estes são geralmente escritos pelas organizações que criam os padrões. O National Electrical Code (NEC) foi redigido com a linguagem de um regulamento legal. Isto permite que os governos locais adotem o código por voto. Esta situação talvez não seja regularizada e por isso é importante saber qual é a versão do NEC adotada na área onde será instalado o cabeamento.

Observe que a maioria dos países possuem sistemas de códigos semelhantes. O conhecimento de tais códigos locais é importante para o planejamento de um projeto que se estende além das divisas nacionais.

Link da Web:

http://www.icbo.org/

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2.5 Evolução dos Padrões

Figura 1 Alterações nos Padrões de Cabeamento Horizontal

Quando a largura de banda aumentou de 10 Mbps até mais de 1000 Mbps, foi criada uma nova exigência para o cabeamento. Muitos dos tipos de cabos mais antigos não são adequados para utilização nas redes modernas, mais rápidas. Por isso, o cabeamento normalmente vai sendo trocado com o tempo. Os seguintes padrões TIA.EIA-568-B.2 refletem este fato.

Para os cabos de par trançado, somente os cabos de 100 ohms Categoria 3, 5e e 6 são reconhecidos. O cabo de Categoria 5 já não é mais recomendado para novas instalações, e foi transferido do corpo do padrão até o anexo. Agora a Categoria 5e ou superior é recomendada para cabo de par trançado de 100 ohms.

O padrão da Categoria 6 especifica parâmetros de desempenho que assegurarão que os produtos que atendem ao padrão serão compatíveis com os componentes, retro-compatíveis, e interoperáveis entre fornecedores.

Ao se fazer a terminação dos cabos da categoria 5e e superiores, as tranças dos pares de cabos não devem ser destrançados mais de 13 mm (0,5") a partir do ponto da terminação. O raio mínimo de curva para o cabeamento UTP horizontal permanece como quatro vezes o diâmetro do cabo. O raio mínimo de curva para os patch cables UTP agora é igual ao diâmetro do cabo. Os patch cables UTP contêm fios retorcidos. Por isso, são mais flexíveis que os cabos de núcleos sólidos utilizados no cabeamento horizontal.

O comprimento máximo aceitável dos patch cables na sala de telecomunicação mudou de 6 m (19,7 pés) para 5 m (16,4 pés). O

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comprimento máximo aceitável de um cabo jumper na área de trabalho mudou de 3 m (9,8 pés) para 5 m (16,4 pés). A distância máxima de um segmento horizontal permanece em 90 m (295 pés). Se for utilizado um MUTOA, o comprimento do jumper na área de trabalho pode ser aumentado, caso seja diminuído o comprimento horizontal, fazendo um comprimento máximo total de segmento de enlace de 100 m (328 pés). Estes padrões aparecem na Figura 1. A utilização de MUTOA ou Ponto de Consolidação também exige uma separação mínima de 15 metros (49 pés) entre a ST e o MUTOA ou Ponto de Consolidação para limitar problemas de diafonia ou de perdas de retorno.

No passado, exigia-se que todos os patch cables e jumpers de conexão cruzada utilizassem cabo retorcido para prover a flexibilidade necessária para sobreviver as repetidas conexões e reconexões. Este padrão agora só sugere que sejam usados os condutores retorcidos. Isto permite projetos que utilizem cabos de núcleo sólido.

Os patch cables são elementos críticos de um sistema de rede. É ainda permitida a confecção de patch cables e jumpers no local. No entanto, os projetistas de redes são encorajados enfaticamente a comprarem cabos pré-confeccionados e testados.

Os cabos da Categoria 6 e da emergente Categoria 7 são os cabos de cobre mais novos disponíveis. Já que os cabos de Categoria 6 são cada vez mais utilizados, é importante que os instaladores de cabos conheçam as suas vantagens.

A principal diferença entre a Categoria 5e e a Categoria 6 é o método de manter o espaçamento entre os pares no interior do cabo. Certos cabos de Categoria 6 utilizam um divisor físico no centro do cabo. Outros possuem uma capa exclusiva que prende os pares nas suas posições. Outro tipo de cabo de Categoria 6, que é freqüentemente denominado ScTP, utiliza uma blindagem de folha metálica que envolve os pares dentro do cabo.

Para obter ainda melhor desempenho que a Categoria 6, os propostos cabos da Categoria 7 utilizam uma construção totalmente blindada que limita a diafonia entre todos os pares. Cada par é envolvido em uma blindagem de folha metálica e uma blindagem trançada envolve todos os quatro pares assim envolvidos em folha metálica. Um fio de escoamento poderá ser incluído nos futuros cabos para facilitar o aterramento.

Os padrões para o cabeamento estruturado continuarão a evoluir. A ênfase será em acomodar as novas tecnologias convergentes nas redes de dados, tais como as seguintes:

� A telefonia IP e Wireless, utilizando um sinal de alimentação na transmissão para prover alimentação aos Telefones IP ou aos Pontos de Acesso.

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� Storage Area Networking (SAN) utilizando transmissão Ethernet de 10Gb

� Soluções “last mile” (acesso ao usuário final) de Metro Ethernet que exigem a otimização dos requisitos de largura de banda e de distância.

O padrão para Alimentação sobre Ethernet (PoE – Power over Ethernet) está sendo elaborado e estará disponível em um futuro próximo. PoE incorpora um sinal de alimentação nos cabos utilizados para a transmissão Ethernet. Este sinal de alimentação é utilizado para dispensar a conexão à rede elétrica para os telefones IP e pontos de acesso wireless, simplificando a implementação e reduzindo custos.

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3 Segurança

3.1 Códigos e Padrões de Segurança para os Estados Unidos

Em muitas nações, existem regras cuja finalidade é proteger os trabalhadores contra condições perigosas. Nos Estados Unidos, a organização encarregada da segurança e saúde dos trabalhadores é a Occupational Safety and Health Administration (OSHA). Desde a criação da agência em 1971, as mortes no local do trabalho têm diminuído em 50% e os ferimentos e doenças relacionadas ao trabalho têm diminuído em 40 %. Ao mesmo tempo, o número de empregados subiu ao dobro de 56 milhões de trabalhadores em 3,5 milhões de locais até 105 milhões de trabalhadores em 6,9 milhões de locais.

A OSHA é responsável pela fiscalização do cumprimento das leis de trabalho relacionadas à proteção dos trabalhadores. A OSHA não é uma agência relacionada aos códigos de construção ou ao requisitos de alvarás de construção. No entanto, os inspetores da OSHA podem impor onerosas multas ou até suspender as atividades no local de trabalho se encontrarem graves violações dos regulamentos da segurança. Qualquer pessoa que trabalha em local de construção ou instalação comercial ou que esteja responsável por estes, terá que estar familiarizada com os regulamentos da OSHA. A organização oferece informações de segurança, estatísticas e publicações no seu website.

3.1.1 MSDS Uma folha de dados de segurança de material (MSDS - material safety data sheet) é um documento que contém informações sobre a utilização, armazenagem e manipulação de materiais perigosos. Uma MSDS proporciona informações detalhadas sobre possíveis efeitos sobre a saúde decorrentes da exposição e como manipular o material com segurança. Inclui as seguintes informações:

• Quais são os perigos do material

• Como manipular o material com segurança

• O que se deve esperar se as recomendações não são seguidas

• O que se deve fazer por ocasião de um acidente

• Como reconhecer os sintomas da exposição excessiva

• O que se deve fazer se ocorrerem tais incidentes

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Link da Web:

http://www.osha.gov

3.1.2 Underwriters Laboratories (UL) Underwriters Laboratories (UL) é uma organização independente e sem fins lucrativos que realiza testes e certificações de segurança dos produtos. O UL vem testando produtos com relação à sua segurança há mais de um século. O UL focaliza os padrões de segurança, mas tem expandido o seu programa de certificação para incluir a avaliação do desempenho dos cabos para LAN em par trançado. Esta avaliação é baseada nas especificações de desempenho da IBM e TIA/EIA, assim como nas especificações de segurança da NEC. O UL também estabeleceu um programa para marcar cabos de LAN de par trançado blindado ou não blindado. Isto deve simplificar o processo de garantir que os materiais usados numa instalação atendam às especificações.

O UL começa pelo teste e avaliação de amostras de cabo. Depois de conceder uma aprovação na sua lista, a organização realiza testes e inspeções de acompanhamento. Este processo de testes concede valor à marca UL aos olhos dos consumidores.

O Programa de Certificação LAN da UL trata da segurança e desempenho. As empresas que fabricam cabos dignos de receber a marca do UL a coloca na capa exterior. Por exemplo, Level I, LVL I, ou LEV I. (Nível I)

Link da Web:

http://www.ul.com

3.1.3 National Electrical Code (NEC) A finalidade do National Electrical Code (NEC) é proteger as pessoas e propriedades dos perigos que surgem da utilização da eletricidade. A Associação Nacional de Proteção contra Incêndios (NFPA - National Fire Protection Association) patrocina este código com o apoio do ANSI. O código é revisado de três em três anos.

Várias organizações, inclusive o UL, têm estabelecido padrões para chamas e fumaça que se aplicam aos cabos de redes em edifícios. No entanto, os padrões do NEC são mais extensamente apoiados pelos responsáveis locais que concedem alvarás e fazem a fiscalização.

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3.1.4 Os códigos de tipos do NEC

Figura 1 Códigos de Tipos do NEC

Os códigos de tipos do NEC são enumerados nos catálogos de cabos e materiais afins. Estes códigos classificam os produtos para usos específicos, conforme indica a Figura 1.

Os cabos de rede de uso interno são geralmente colocados na categoria CM para comunicações ou MP para multi-propósito. Algumas firmas optam por submeter seus cabos ao processo de testes como cabos de controle remoto ou de testes gerais de circuito de potência limitada classe 2 (CL2) ou classe 3 (CL3) em vez de submetê-los aos testes de CM ou CP. No entanto, os critérios de chamas e fumaça geralmente são idênticos para todos os testes. As diferenças entre estas marcas se relacionam à quantidade de potência elétrica que poderia passar pelo cabo na pior das hipóteses. O cabo MP é sujeito a testes que supõem a maior capacidade de potência. As categorias CM, CL3 e CL2 passam pelos testes com níveis decrescentes de capacidade de potência.

Link da Web:

http://www.nfpa.org/Home/index.asp

3.2 Segurança na Presença de Eletricidade Além de aprender sobre as organizações de segurança, os instaladores de cabos devem também aprender sobre os princípios básicos da segurança. Estes princípios serão utilizados diariamente no trabalho e são necessários para os laboratórios do curso. Já que há muitos perigos envolvidos na instalação de cabos, o instalador deve estar preparado para todas as situações a fim de evitar acidentes e ferimentos.

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3.2.1 Alta voltagem Os instaladores de cabos trabalham com fios destinados a sistemas de baixa voltagem. A maioria das pessoas nem nota o nível de voltagem aplicado a um cabo de dados. No entanto, a voltagem utilizada nos dispositivos de rede nos quais os cabos de dados são conectados varia entre 100 e 240 volts na América do Norte. Se uma falha no circuito tornasse a voltagem acessível, isto poderia causar um choque perigoso ou até fatal no instalador.

Os instaladores, que lidam com baixa voltagem, também precisam considerar os perigos da fiação de alta voltagem. Choques perigosos podem resultar se o isolamento for removido inadvertidamente de algum fio existente de alta voltagem. Ao entrar em contato com a alta voltagem, um instalador poderia ficar incapaz de controlar os músculos ou de livrar-se.

3.2.2 Os raios e o perigo de alta voltagem A alta voltagem não se limita apenas às linhas de energia elétrica. Os raios são outra fonte de alta voltagem. A queda de raios pode ser fatal ou pode danificar os equipamentos da rede. Por isso, é importante prevenir a entrada de raios no cabeamento da rede.

As seguintes precauções devem ser tomadas para evitar ferimentos pessoais e danos à rede resultantes da queda de raios e curtos circuitos:

• Toda a fiação externa precisa ser munida de protetores de circuito de sinais corretamente aterrados e registrados no ponto onde entram no edifício, ou seja o ponto de entrada. Estes protetores precisam ser instalados de acordo com os requisitos locais da companhia telefônica e com os códigos em vigência. Os pares de fios telefônicos não devem ser utilizados sem autorização. Se for obtida autorização, não remova ou modifique protetores ou fios de aterramento dos circuitos telefônicos.

• Jamais instale fios entre estruturas sem a proteção apropriada. Aliás, a proteção contra os efeitos de raios é provavelmente uma das maiores vantagens da utilização de fibra ótica entre edifícios.

• Evite a instalação de fios em locais úmidos ou perto deles.

• Jamais instale ou conecte fios de cobre durante uma tempestade elétrica. Um fio de cobre, inapropriadamente protegido, pode conduzir uma descarda elétrica fatal por vários quilômetros.

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3.2.3 Teste de segurança de alta voltagem A voltagem é invisível. No entanto, os efeitos da voltagem podem ser vistos quando do mau funcionamento de um equipamento ou quando alguém leva um choque.

Ao trabalhar com qualquer coisa que se conecta a uma tomada na parede, verifique se existe voltagem nas superfícies e nos dispositivos antes de tocar neles. Use um dispositivo de medição de voltagem de confiança, tal como multímetro ou detector de voltagem. Faça medições diariamente, imediatamente antes do início do trabalho. Faça medições novamente após um período de descanso em qualquer trabalho. Verifique as medições novamente ao final do trabalho.

A queda de raios e a eletricidade estática não podem ser previstas. Jamais instale ou conecte fios de cobre durante uma tempestade elétrica. Um fio de cobre pode conduzir uma descarga elétrica fatal por vários quilômetros. Este fato é importante considerar na instalação de fios entre edifícios ou subterrâneos. Toda a fiação externa deve ser equipada com protetores de circuito de sinal apropriadamente aterrados e aprovados. Estes protetores precisam ser instalados de acordo com os códigos locais. Na maioria dos casos, os códigos locais se alinham com os códigos nacionais.

3.2.4 Aterramento O aterramento proporciona um caminho direto à terra para a voltagem. Os projetistas de equipamentos isolam seus circuitos do chassis. O chassis é a caixa onde são montados os circuitos. Qualquer voltagem que vaza do equipamento até o seu chassis não deve permanecer no chassis. O aterramento do equipamento conduz qualquer voltagem espúria até a terra sem causar danos ao equipamento. Sem um caminho apropriado para escoar até a terra, a voltagem espúria poderá utilizar outro caminho, por exemplo, um corpo humano.

O eletrodo de aterramento é a barra metálica enterrada na terra perto do ponto de entrada do edifício. Durante muitos anos, a tubulação de água fria do sistema público subterrâneo de água que entrava no edifício era considerada um aterramento adequado. Grandes peças estruturais, tais como perfis em I e vigas, também eram aceitáveis. Embora tais itens possam proporcionar um caminho adequado até a terra, a maioria dos códigos locais agora exigem um sistema de aterramento dedicado. Os equipamentos são conectados aos eletrodos de aterramento através de condutores de aterramento.

Esteja sempre familiarizado com o sistema de aterramento no laboratório e em cada local de trabalho. Verifique o funcionamento apropriado do sistema de aterramento. Não é raro o aterramento estar incorretamente instalado. Alguns instaladores utilizam de atalhos para realizar um aterramento tecnicamente adequado mas fora dos padrões. Alterações em outras partes da rede ou no próprio edifício poderão destruir ou eliminar um sistema de aterramento que esteja

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fora dos padrões. Isto poderia expor a perigo os equipamentos e o pessoal.

3.2.5 Junção

Figura 1 Junção

A junção permite que vários dispositivos da instalação elétrica sejam interligado com o sistema de aterramento, conforme ilustra a Figura 1. A junção é uma extensão da fiação de aterramento. Um dispositivo tal como um switch ou roteador poderá possuir uma tira de junção entre o gabinete e o circuito de aterramento para garantir uma boa conexão.

A junção e aterramento corretamente instalado terá os seguintes resultados:

• Minimizar os efeitos de surtos e picos

• Manutenção da integridade do sistema de aterramento elétrico

• Fornecimento de um caminho mais eficiente e mais seguro de escoamento à terra

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As junções de telecomunicações são tipicamente utilizadas nos seguintes lugares:

• Instalações de entrada

• Salas de equipamentos

• Salas de telecomunicações

3.2.6 Padrões para aterramento e junção O National Electrical Code (Código Elétrico Nacional) contém informações sobre aterramento e junção. O padrão TIA/EIA sobre Aterramento e Junção, TIA/EIA-607-A, Commercial Building Grounding and Bonding Requirements for Telecommunications (Requisitos de Aterramento e Junção para Telecomunicações em Edifícios Comericias) estende o aterramento e junção até o sistema de cabeamento estruturado para telecomunicações. O TIA/EIA-607-A especifica os pontos exatos de interface entre o sistema de aterramento de um edifício e a configuração do equipamento de aterramento de telecomunicações. Acomoda um ambiente multi-fornecedor e multi-produto para as práticas de aterramento para vários sistemas que possam vir a ser instalados nas dependências dos clientes. Também especifica as configurações necessárias para o aterramento e junção nos edifícios que acomodam tais equipamentos.

Link da Web:

http://www.nfpa.org/

http://www.tiaonline.org/

3.3 Práticas de Segurança no Laboratório e no Local de Trabalho

Embora a instalação de cabos em geral seja uma profissão sem maiores perigos, ainda assim há bastante possibilidade de ocorrer ferimentos. Muitos ferimentos são causados quando os instaladores entram em contato com fontes de voltagem espúria, ou voltagems alheias à instalação. Voltagens alheias incluem raios, eletricidade estática e voltagens causadas por falhas na instalação ou correntes de indução nos cabos da rede.

Ao trabalhar dentro de divisórias, tetos ou sótãos, desligue primeiro todos os circuitos que passam por estas áreas de trabalho. Se você não tiver certeza de quais fios passam pela seção do edifício em que vai trabalhar, desligue toda a força elétrica. Nunca, jamais, toque nos cabos de energia! Mesmo que tenha sido cortada a energia naquela área, não há como saber se os circuitos ainda estão energizados.

A maioria dos países possui agências que elaboram e administram padrões de segurança. Certos padrões têm a finalidade de garantir a segurança pública enquanto outros protegem o trabalhador. Os padrões que protegem o trabalhador geralmente cobrem a segurança

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no laboratório, a segurança no local de trabalho, o cumprimento com os regulamentos ambientais e a disposição de resíduos perigosos.

3.3.1 A segurança no local de trabalho As seguintes diretrizes objetivam manter a segurança no local de trabalho.

• Antes de começar a trabalhar, saiba onde se encontram os extintores de incêndio da área. Um pequeno fogo poderá virar um incêndio fora de controle se você não puder encontrar rapidamente um extintor.

• Sempre determine os códigos locais antecipadamente. Alguns códigos de construção civil talvez proíbam perfurações ou cortes em algumas áreas, como em paredes corta-fogo ou tetos. O administrador ou engenheiro das instalações será capaz de ajudá-lo a determinar quais são as áreas fora dos limites.

• Ao instalar cabos entre andares, use um cabo de regime “riser”. Os cabos “riser” são revestidos de uma capa de propileno etileno fluorado (FEP) para evitar que as chamas passem de um andar a outro através do cabo.

• Os cabos externos normalmente possuem uma capa de polietileno. O polietileno queima com facilidade e emite gases perigosos. Os códigos NEC declaram que os cabos de polietileno, ao entrar no edifício não podem ficar expostos por mais de 15 m (49,2 pés) dentro do edifício. Se for necessário transpor uma distância maior, o cabo precisa passar por conduítes metálicos.

• Deve ser consultado o engenheiro de manutenção do edifício para determinar se existe amianto, chumbo ou PCB (bifenila policlorada) na área de trabalho. Se for o caso, siga todas as regulamentações governamentais para lidar materiais perigosos. Não arrisque prejudicar a saúde ao trabalhar sem proteção em tais áreas.

• Se o cabo precisar ser encaminhado através de espaços onde circula o ar, sempre utilize cabos com regime contra fogo ou tipo plenum. Os cabos plenum mais comuns possuem uma capa de Teflon ou Halar. Os cabos de regime plenum não emitem gases venenosos ao serem queimados como é o caso dos cabos normais, que possuem uma capa de PVC (policloreto de vinila).

3.3.2 Segurança com escadas de mão As escadas de mão existem em vários tamanhos e formatos para tarefas específicas. Podem ser fabricadas de madeira, alumínio ou fibra de vidro e destinadas à utilização leve ou industrial. Os dois tipos mais comuns são escadas retas e dobráveis. Independentemente

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do tipo de construção, certifique-se de que a escada seja certificada e que atenda às especificações ANSI e padrões UL.

Selecione a escada correta para o serviço. A escada deve ter o comprimento necessário para trabalhar confortavelmente e com a resistência suficiente para suportar o uso repetido. As escadas de fibra de vidro são as mais utilizadas na instalação de cabeamento. As escadas de alumínio são mais leves, mas têm menos estabilidade e não devem nunca ser utilizadas na presença de eletricidade. Ao trabalhar nas proximidades de eletricidade, devem sempre ser utilizadas escadas de fibra de vidro.

Primeiro, faça uma inspeção da escada. Em qualquer escada podem surgir problemas que a tornem insegura. Inspecione a escada quanto a degraus, escaleiras, laterais ou apoios danificados. Certifique-se de que os pés da escada dobrável possam ser travados no lugar e que possuam calços de segurança. Os calços de segurança proporcionam maior estabilidade e reduzem as possibilidades da escada escorregar durante o trabalho. Jamais use uma escada defeituosa.

As escadas dobráveis devem ficar totalmente abertas com a articulação travada. As escadas retas devem ser colocadas a uma inclinação de 4 para 1. Isto significa que a base da escada deve estar a uma distância de 0,25 m (10 polegadas) da parede ou outra superfície vertical para cada 1 m (40 polegadas) de altura até o ponto de apoio. Amarre uma escada reta tão perto quanto possível do ponto de apoio para evitar movimentos. As escadas devem ser sempre colocadas em uma superfície sólida e nivelada.

Jamais suba além do penúltimo degrau superior de uma escada dobrável ou além do antepenúltimo degrau de uma escada reta.

Delineie a área de trabalho com marcadores apropriados tais como cones de tráfego ou fita de balizamento. Coloque avisos para que o pessoal esteja ciente da escada. Tranque ou barre qualquer porta que possa bater contra a escada.

3.3.3 Segurança com fibra ótica Já que os cabos de fibra ótica contêm vidro, é importante tomar as precauções apropriadas. As aparas possuem partes cortantes e devem ser apropriadamente descartadas. Quando quebrados, estilhaços podem ferir a pele.

As seguintes regras devem ser observadas para evitar ferimentos ao trabalhar com fibra ótica:

• Sempre use óculos de segurança com protetores laterais.

• Coloque uma esteira ou pedaço de material adesivo sobre a mesa para que quaisquer estilhaços que caiam sejam facilmente identificados.

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• Não toque nos olhos ou em lentes de contato ao trabalhar com sistemas de fibra ótica até que as mãos tenham sido cuidadosamente lavadas.

• Coloque todas as aparas de fibra num lugar seguro e descarte-as corretamente.

• Use um pedaço de esparadrapo ou fita adesiva para remover o material que se pega à roupa. Use esparadrapo para remover estilhaços dos dedos e das mãos.

• Não traga alimentos ou bebidas dentro da área de trabalho.

• Não olhe diretamente nas pontas dos cabos de fibra ótica. Certos dispositivos energizados por laser podem causar danos irreversíveis ao olho.

3.3.4 Utilização de extintor de incêndios Jamais tente combater um incêndio sem saber usar um extintor de incêndios. Leia as instruções e inspecione a válvula. Nos Estados Unidos, os extintores utilizados em edifícios comerciais precisam ser inspecionados a intervalos regulares. Se não estiverem em bom estado de funcionamento, devem ser substituídos.

Note Se alguém estiver em chamas, lembre-se da dica, Parar, Deitar e Rolar. Não corra. O fogo aumenta rapidamente quando a pessoa em chamas começa a correr. Se uma pessoa em chamas entrar em pânico e começar a correr pelo corredor, derrube aquela pessoa. Deite no chão e role pelo chão para extinguir as chamas.

Os extintores de incêndios possuem rótulos que identificam os tipos de incêndios para os quais são projetados. Nos Estados Unidos, estes tipos se denominam regimes. Quatro tipos diferentes de incêndios foram classificados nos Estados Unidos:

• Os incêndios de Classe A são de materiais normais como papel, madeira, papelão e materiais plásticos.

• Os incêndios de Classe B envolvem líquidos inflamáveis ou combustíveis, tais como gasolina, querosene e solventes orgânicos comuns utilizados no laboratório.

• Os incêndios de Classe C envolvem equipamentos elétricos energizados, tais como máquinas, comutadores, gabinetes de painéis, ferramentas elétricas, chapas elétricas e demais dispositivos eletrônicos. A água é um meio perigoso de extinguir incêndios de Classe C devido ao risco de choque elétrico.

• Os incêndios de Classe D envolvem metais combustíveis, tais como magnésio, titânio, potássio e sódio. Estes materiais queimam a temperaturas altas e reagem violentamente com a água, com o ar e com outros produtos químicos.

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3.4 Equipamento de Proteção Individual Um dos aspectos da segurança no trabalho é a utilização de roupas apropriadas para o trabalho. A roupa ou vestimenta de proteção pode evitar ferimentos ou reduzir a sua severidade.

Ao trabalhar com ferramentas elétricas, é importante proteger os olhos contra detritos no ar e os ouvidos contra os ruídos ensurdecedores. Se não forem utilizado óculos de proteção e protetores auriculares, a visão ou audição poderá sofrer danos permanentes.

3.4.1 Roupa de trabalho Calças e mangas compridas ajudam a proteger os braços e pernas contra cortes, arranhões e outros perigos. Evite usar roupas excessivamente soltas ou largas pois elas poderão ficar presas em objetos salientes ou emaranhadas nas ferramentas elétricas.

Calce sapatos fortes, completamente fechados e apropriados para o trabalho. Devem proteger a sola do pé contra objetos pontiagudos no piso. Os sapatos de sola grossa são melhores ao trabalhar onde há pregos, aparas metálicas e outros materiais. Os sapatos com bico de aço podem proteger os dedos do pé contra objetos que caem. As solas também devem providenciar boa tração para evitar deslizamentos.

3.4.2 Proteção para os olhos

Figura 1 Proteção para os olhos

É muito mais fácil proteger os olhos do que repará-los. Devem ser utilizados óculos de segurança sempre que esteja cortando, perfurando ou trabalhando em um espaço sob o piso. Dois tipos de

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óculos de segurança são ilustrados na Figura 1. Quando os materiais são cortados, preparados e descartados durante o processo de afixar terminais nos cabos, pequenas partículas podem ser projetadas pelo ar. Ao trabalhar com fibra ótica, as fibras de vidro, os adesivos e solventes podem entrar em contato com os olhos. O óculos também protegem os olhos das mão contaminadas. Pequenas partículas ou produtos químicos nos dedos podem ser esfregados nos olhos. Os óculos de segurança também devem ser usados ao trabalhar em um espaços sob o piso ou no espaço de um teto suspenso para proteger os olhos contra objetos que caem. Muitos locais de trabalho exigem a utilização constante de óculos de segurança.

Proteção para os olhos deve ser usada em todos os laboratórios. Antes de iniciar qualquer exercício de laboratório, estude as instruções de segurança e verifique os equipamentos de segurança exigidos.

3.4.3 Utilização de capacete É possível que seja exigida a utilização de capacete no local de trabalho, especialmente quando se trata de construção. Muitas empresas fornecem capacetes ou exigem que os instaladores comprem seus próprios. Os capacetes às vezes levam cores ou logotipos da empresa para identificar quem o usa como membro de certa organização. Se você comprar um capacete para uso pessoal, não coloque decorações nele sem obter permissão da empresa. OSHA não permite adesivos nos capacetes pois poderão ocultar rachaduras.

Inspecione periodicamente o capacete, procurando rachaduras. Um capacete rachado poderá deixar de proteger a cabeça. Para os capacetes proporcionarem uma proteção eficaz, precisam ser corretamente ajustados. Ajuste as tiras internas e certifique-se de que o capacete cabe firme e confortavelmente. Um capacete é exigido quando se trabalha em escada, e freqüentemente ao trabalhar em ambientes de construção nova.

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4 Ferramentas do Ofício

4.1 Ferramentas de Decapar e de Corte

Figure 1 Ferramenta de Desencapar Cabos UTP Panduit

Figura 2 Tesoura de Eletricista e Faca para Cabos

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As ferramentas de desencapar são utilizadas para cortar as capas dos cabos e isolamentos dos fios. A ferramenta de desencapar cabos UTP Panduit, ilustrada na Figura 1, é usada para remover a capa externa de cabos de quatro pares. Ela também pode ser utilizada para a maioria dos cabos coaxiais. A ferramenta é munida de uma lâmina de corte ajustável para acomodar cabos com capas de diferentes espessuras. O cabo é inserido na ferramenta. Em seguida, a ferramenta é girada ao redor do cabo. A lâmina corta apenas a capa externa, permitindo que o instalador remova a capa do cabo, expondo os pares trançados.

O conjunto de tesoura de eletricista e faca para cabos, ilustrado na Figura 2, também pode ser utilizado para remover as capas dos cabos. A faca é usada para cabos grandes, tais como os que entram no edifício provindos da telco ou do provedor de serviços de Internet. Esta faca é muito afiada de modo que devem ser usadas luvas ao utilizá-la. As luvas devem ser resistentes o suficiente para proteger a mão de qualquer ferimento se por acaso escapar a faca.

A tesoura pode ser utilizada para cortar fios individuais, remover a capa externa dos cabos menores e remover o isolamento de fios individuais. A tesoura possui dois entalhes de diferentes tamanhos no dorso da lâmina que remove o isolamento de fios de bitola 22 a 26.

4.2 Ferramentas de Fixação de Terminais

Figure 1 Ferramenta de Impacto Multi-par Panduit

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Figura 2 Ferramenta de Impacto Panduit

As ferramentas de terminação se destinam a cortar e terminar tipos específicos de cabos. A ferramenta de terminação multi-par, ilustrada na Figura 1, destina-se a terminar e cortar cabos UTP e fixar blocos de conexão. Esta ferramenta possui um cabo de desenho ergonômico, que ajuda a reduzir o cansaço ao aparar fios e fixar blocos de conexão à base de fiação. Ela também possui as seguintes características:

• Podem ser terminados cinco pares de uma vez.

• Os fio tanto do lado do cabo como do lado da conexão cruzada dos blocos de conexão podem ser terminados.

• Existem lâminas de corte para substituição.

• Pode ser utilizada na posição tanto de corte como de não corte.

• A designação de corte é claramente visível para a orientação correta durante a terminação.

• O mecanismo de impacto é de confiança.

• O cabo de borracha, de desenho ergonômico, possui uma borda com nervuras, proporcionando firmeza na sua manipulação.

O cravador de impacto, ilustrado na Figura 2, possui lâminas intercambiáveis. Esta ferramenta pode terminar fios em hardware 66 e 110. Ao contrário da ferramenta multi-par, esta ferramenta termina um fio de cada vez. As lâminas reversíveis possuem uma função de corte e cravação de um lado e uma função só de cravação do outro lado.

Laboratório 3: Utilização e Segurança das Ferramentas

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4.3 Ferramentas de Diagnóstico

Figura 1 Adaptador Modular (Banjo)

Figura 2 Sensor de Perfis

O adaptador modular, ou banjo, é usado para dar acesso a fios individuais dentro de uma tomada ou conector de telecomunicações. Esta ferramenta aparece na Figura 1. Um cabo de linha comum é ligado no adaptador e depois no conector. Os técnicos podem usar ohmímetros ou outros dispositivos de testes sem ter que desmontar o conector. Os banjos existem em configurações de 3 pares e 4 pares.

Sensores de madeira e metal são utilizado para localizar tubulações metálicas e perfis de madeira ou outras estruturas dentro de divisórias ou em baixo do piso. Devem ser usados sensores antes de realizar perfurações para qualquer projeto de cabeamento. Um sensor de metal de varredura profunda pode localizar perfis e conduítes, tubos

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de cobre, cabos elétricos, barras de reforço, linhas telefônicas, linhas de cabo, pregos e outros objetos metálicos. Este dispositivo pode realizar geralmente a varredura em até 15cm (6 polegadas) de superfíciesnão metálicas como concreto, reboco,madeira ou revestimento de vinil. Ele identifica tanto a localização quanto a profundidade de objetos metálicoscomo tubulações e barras de reforço de estruturas.

Outro tipo de sensor é o sensor de perfis, ilustrado na Figura 2. Este sensor localiza perfis ou vigas de madeira dentro de divisórias. Este dispositivo ajuda os instaladores a determinar o melhor lugar para perfurar ou serrar para a instalação de tomadas ou canaletas. O sensor de perfis e barras de reforço também detecta metal e pode localizar barras de aço enterradas em até 100 cm (39,4 polegadas) de concreto. Todos os modos detectam cabos de energia CA para evitar que os instaladores perfurem um fio elétrico energizado.

4.4 Ferramentas de Suporte de Instalação

Figura 1 Roda de Medição

Os instaladores de cabos freqüentemente utilizam uma roda de medição para fazer uma estimativa do comprimento de um lance de cabo. A rode, ilustrada na Figura 1, possui um contador montado no lado. O instalador rola a roda pelo trajeto planejado para o cabo. No final do trajeto, o contador indica a distância.

Os instaladores de cabos também precisam de ferramentas e materiais para fazer a limpeza do local de trabalho. Vassouras, pás de lixo e aspiradores simplificam o processo de limpeza. A limpeza é um dos passos finais e mais importantes na conclusão de um projeto de

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cabeamento. Um aspirador de oficina destina-se a trabalhos industriais.

4.4.1 Fita passa fio

Figura 1 Fita passa fio

As fitas passa fio têm a finalidade de simplificar a passagem dos cabos dentro das divisórias. Uma fita passa fio, ilustrada na Figura 1, pode ser enfiada por divisórias ou conduítes. Primeiramente a fita passa fio é enfiada até o destino ou algum ponto conveniente intermediário. O cabo é então fixado à ponta da fita passa fio. Ao puxar a fita passa fio, bobinando-a no seu carretel para armazená-la, o cabo desejado é puxado.

Para trabalhos de cabeamento, as fitas passa fio de fibra de vidro são mais seguras que as fitas de aço. A maioria dos instaladores puxam um cordão junto com os cabos. Isto proporciona uma maneira conveniente de puxar cabos adicionais no futuro. O cabo pode ser amarrado ao cordão e puxado pelo mesmo trajeto sem ter que usar a fita passa fio outra vez.

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4.4.2 Árvore de cabo

Figura 1 Árvore de Cabo

Durante a fase de montagem inicial, são utilizadas árvores de cabo, cavaletes e roldanas para suportar as bobinas de cabos. Isto simplifica o processo de lançar os cabos e ajuda a evitar ferimentos. Uma árvore de cabos, ilustrada na Figura 1, suporta várias bobinas de cabo pequenas. Isto permite que o instalador de cabos puxe vários lances de cabo simultaneamente. Dado que todos os cabos terminam na ST, uma árvore de cabos é montada na área de execução da obra. Depois de o cabo ser puxado até o local de conexão, a outra extremidade é cortada e puxada até a ST.

Cavaletes e roldanas de cabos são destinadas a serem usadas com grandes bobinas que contêm cabeamento de backbone. Dado que muitas bobinas grandes são muito pesadas, os cavaletes proporcionam uma alavanca suficiente para que duas pessoas possam levantá-las. Uma vez levantadas, os cavaletes permitem que as bobinas girem livremente e com segurança durante o processo de puxamento.

Também são usadas roldanas para suportar grandes bobinas de cabos. As roldanas existem em conjuntos de duas. Cada roldana é usada para suportar um lado da bobina. Roldanas montadas em rolamentos permitem uma rotação facilitada das bobinas. Durante o puxamento a partir de uma roldana de bobina, um instalador geralmente se posiciona no local da bobina para ajudar na sua rotação.

4.4.3 Rodas tracionadoras As rodas tracionadoras são utilizadas para a primeira ou última curva do lance. Também podem ser usadas para um deslocamento ou curva no meio de um lance.

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Uma roda tracionadora é uma polia grande utilizada no processo mecânico do puxamento do cabo. As rodas tracionadoras são raramente utilizadas para puxar um cabo manualmente. Uma roda tracionadora é fabricada de alumínio, tem um mínimo de 30 cm (12 polegadas) de diâmetro, e é suportada por um mancal na sua armação. Ao contrário das polias normais, uma roda tracionadora freqüentemente possui duas braçadeiras para prendê-la num lugar fixo. Também pode ser removida da sua armação e colocada num lance de cabo a partir do meio do cabo.

4.4.4 Polias

Figura 1 Puxando um Lance de Cabo com Roda Tracionadora e Polias

São utilizadas polias em lances longos e abertos para suportar os cabos e evitar que sejam arrastados sobre superfícies que possam danificar a sua capa. São utilizadas também em superfícies que possam ser danificadas pelo cabo sendo arrastado. As polias são utilizadas em lances de cabo retos para suportar o seu peso e reduzir a fricção do puxamento. As polias também podem ser úteis para facilitar pequenos deslocamentos no lance do cabo. Um lance de cabos usando polias é ilustrado na Figura 1.

As polias são usadas ao puxar manualmente ou ao usar um tracionador ou guincho. Quando as curvas no lance excedem 45 graus, são utilizadas rodas tracionadoras no lugar de polias.

Polias são usadas para lances múltiplos de cabo de rede e para lances de cabo de backbone. As polias leves podem ser usadas para lances de cabo de rede enquanto que as polias mais pesadas devem ser usadas para cabos de backbone. As polias para cabo de backbone possuem uma armação maior e a roda da polia é de maior diâmetro.

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4.4.5 Garra de malha de arame ou garra Kellem

Figura 1 Garra de Malha de Arame ou Garra Kellem

Uma garra de malha de arame ou garra Kellem permite que sejam amarradas cordas de puxamento à extremidade de um cabo. Dentro da garra é encaixada a extremidade do cabo, e os últimos 15 cm (6 polegadas) são amarrados firmemente com uma fita elétrica de vinil de boa qualidade. Com a aplicação de tensão no cabo, a garra se aperta ainda mais ao redor da capa do cabo. Estas garras geralmente são projetadas para utilização com um só cabo e não devem ser usadas com um feixe de cabos de distribuição de rede. Estas garras existem em vários tamanhos para acomodar diferentes diâmetros de cabos. Uma garra Kellem é ilustrada na Figura 1.

As garras Kellem também existem em versões divididas, para quando a extremidade do cabo não estiver disponível. As versões divididas são utilizadas para puxar folga adicional no meio de um lance de cabo. As garras divididas também são utilizadas para apoiar grandes cabos de backbone na instalação de cabos verticais (risers), quando os cabos são puxados entre andares de um edifício. Para fixar uma garra Kellem dividida, a garra é aberta e colocada ao redor do cabo. Em seguida, um arame especial é entrelaçada na malha de arame.

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5 Processo de Instalação Há quatro fases que cobrem todos os aspectos de um projeto de cabeamento.

• Fase de Montagem Inicial – Na fase de montagem inicial, todos os cabos são instalados no teto, nas divisórias, nos ductos do piso, e nos poços verticais.

• Fase de Ajustes – As principais tarefas da fase de Ajustes são a gerenciamento de cabos e a terminação dos fios.

• Fase Final – As principais tarefas durante a fase final são testes de cabos, resolução de problemas e certificação.

• Fase de Suporte ao Cliente – Nesta fase, o cliente realiza uma visita à rede e recebe os resultados formais dos testes e demais documentação, por exemplo, desenhos do projeto no estado final. Se estiver satisfeito, o cliente aprovará o projeto. A empresa de instalação dos cabos proporcionará suporte contínuo ao cliente se houver problemas com o cabeamento.

5.1 Fase de Montagem Inicial Durante a fase de montagem inicial os cabos são puxados da área de trabalho, ou área de execução da obra, até as salas ou áreas de trabalho individuais. Cada cabo é munido de rótulo de identificação nas duas extremidades. Na área de trabalho, deve-se puxar um comprimento adicional de cada cabo para que haja o suficiente para manipular na realização das terminações. Se um cabo for encaminhado dentro de uma divisória, ele deve ser puxado para fora na extremidade de terminação para que esteja pronto para a terminação na próxima fase.

O ambiente de uma nova construção geralmente oferece menos desafios do que um projeto de reforma porque há menos obstruções. Os ambientes novos geralmente não exigem planejamento especial. As estruturas destinadas a suportar cabos e terminais geralmente são construídas conforme o necessário. No entanto, é essencial que haja coordenação no local de trabalho. Os demais trabalhadores precisam estar cientes dos locais dos cabos de dados para evitar danos aos novos cabos instalados.

A operação de instalação de cabos começa na área de execução do projeto. Esta área é geralmente localizada perto da ST, já que uma das extremidades de todos os cabos será terminada na ST. A disposição correta dos equipamentos economizará tempo durante o processo de puxar cabos. Diferentes tipos de lances de cabo exigem diferentes disposições de equipamentos. O cabeamento de distribuição da rede normalmente exige a utilização de várias bobinas pequenas de cabo.

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O cabeamento de backbone geralmente exige a utilização de um só bobina grande de cabo.

Laboratório 4: Identificação de Cabos

5.1.1 Instalação de cabo horizontal Cabos horizontais são os que correm entre a CH e a saída na área de trabalho. Estes cabos podem correr horizontal ou verticalmente. Durante a instalação de cabos horizontais, é importante seguir as seguintes diretrizes:

• Os cabos devem sempre correr paralelos com as paredes.

• Não se deve jamais colocar os cabos diagonalmente pelo teto.

• O caminho do cabeamento deve ser o caminho mais direto com o mínimo de curvas.

• Os cabos não devem ser colocados diretamente sobre o forro do teto.

Depois que o cabeamento do backbone estiver instalado, o cabo horizontal de distribuição da rede precisará ser instalado. Os cabos de distribuição da rede proporciona a conectividade da rede a partir do cabeamento de backbone. Os cabos de distribuição da rede geralmente correm das estações de trabalho de volta à ST, onde são interconectados com o cabeamento de backbone.

5.1.2 Instalação de cabos horizontais em conduítes

Figura 1 Sistema de Sopro de Conduíte

A instalação de cabos horizontais em conduítes exige preparação e procedimentos semelhantes aos da instalação de cabos em um teto aberto. Não é necessário usar polias pois os cabos são apoiados

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dentro dos conduítes. Embora a etapa inicial seja idêntica, existem algumas técnicas e considerações especiais para puxar cabos dentro de conduítes.

O conduíte precisa ter tamanho suficiente para comportar todos os cabos que estão sendo puxados. Os conduítes não devem jamais ser enchidos acima de 40 por cento da sua capacidade. Existem tabelas que indicam o limite de carga de cabos para conduítes específicos. O comprimento do lance e o número de curvas de 90 graus no conduíte devem ser considerados. Os lances de conduíte não devem exceder a 30 m (98 pés) sem uma caixa de enfiação e não deve ter mais de duas curvas de 90 graus. O puxamento de cabos grandes exige curvas com maior raio nos conduítes. O raio padrão para um conduíte de 10 cm (4 polegadas) é de 60 cm (24 polegadas). Um conduíte com um raio de curva de no mínimo 90 cm (35 polegadas) deve ser utilizado para lances maiores.

Um acessório especial para aspirador, que pode ajudar na instalação de lances em conduítes, aparece na Figura 1. Um míssil especial de espuma de borracha, às vezes chamado “ratinho”, pode ser inserido no conduíte com um cordão amarrado ao míssil. Com o míssil levemente lubrificado com detergente líquido, um aspirador possante pode aspirar o míssil e o cordão através do lance inteiro do conduíte. Um acessório especial para o aspirador também pode ser utilizado para soprar o míssil através do conduíte. Para lances mais difíceis, um aspirador pode ser usado para soprar numa extremidade enquanto outro aspirador aspira na outra extremidade. Ao chegar à outra extremidade do conduíte, o cordão é usado para puxar cabos através do conduíte.

5.1.3 Canaletas

Figura 1 Canaletas

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Uma canaleta é um canal que contém cabos em uma instalação. As canaletas incluem conduítes elétricos comuns, bandejas especializadas para cabos ou racks de escada, sistemas de ductos no piso, e canaletas plásticas ou metálicas montadas na superfície.

As canaletas montadas na superfície, como as ilustradas na Figura 1, são utilizadas onde não existe caminho oculto para o cabo. As canaletas plásticas de montagem na superfície existem em vários tamanhos para acomodar qualquer número de cabos. Estas são muito mais fáceis de instalar que os conduítes metálicos e são consideradas muito mais atraentes.

5.1.4 Puxando cabos até os conectores Na área de trabalho, os cabos precisam ser puxados até o local dos conectores ou tomadas. Se forem utilizados conduítes para correr atrás das divisórias desde o teto até as caixas de tomadas, pode ser inserida uma fita passa-fio na caixa de tomadas em uma extremidade do conduíte, a qual pode ser empurrada para cima até o espaço aberto em cima do teto. O cabo pode ser fixado diretamente à fita passa-fio e, em seguida, puxado do teto até sair da caixa de tomadas.

Certas paredes, por exemplo, as de concreto ou tijolo não podem acomodar dentro delas os lances de cabos. Portanto, são utilizadas canaletas montadas na superfície. Antes de instalar os cabos, as canaletas de montagem em superfície devem ser fixadas à parede conforme as recomendações do fabricante. Depois que os cabos tenham sido puxados até as tomadas, o instalador de cabos deve voltar à ST para puxar cabo naquela extremidade.

5.1.5 Fixação dos cabos

Figura 1 Amarras Panduit de Ganchos e Laços (tipo velcro)

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O último passo do processo de montagem inicial é a fixação permanente dos cabos. Vários tipos de prendedores existem, tais como amarras de cabos em nylon ou ganchos e laços (velcro), conforme indica a Figura 1. Os cabos de rede não devem ser nunca amarrados aos fios da rede elétrica. Fazê-lo poderá parecer o mais prático, especialmente quando se trata de cabos individuais ou pequenos feixes. No entanto, é contra o código elétrico. Os cabos não devem nunca ser amarrados à tubulação de água ou dos esguichos de combate ao incêndio.

Os cabos de rede de alto desempenho possuem um raio de curva que não pode exceder quatro vezes o diâmetro do cabo. Portanto, use prendedores que acomodam o raio mínimo de curva. O espaçamento dos prendedores poderá ser definido nas especificações do projeto. Se não estiver especificado nenhum espaçamento, os prendedores deverão ser colocados a um intervalo mínimo de 1,5 m (5 pés). Se houver uma bandeja ou cesto de cabos instalado dentro do teto, não será necessário usar prendedores permanentes.

5.1.6 Precauções para o cabeamento horizontal É importante evitar danos ao cabo ou à capa ao puxa-lo. Um excesso de tensão ou curvas muito fechadas que excedam o raio de curva do cabo podem diminuir a capacidade de transmissão de dados do cabo. Os instaladores localizados ao longo da rota do lance devem ficar atentos para empecilhos e possíveis pontos de problemas antes que ocorram danos.

Várias precauções devem ser tomadas ao puxar o cabeamento horizontal:

• Na entrada do cabo no conduíte, ele pode travar-se ou esfolar-se na borda do conduíte. Use uma bucha ou luva de proteção para evitar este tipo de dano à capa.

• Uma tensão de tração muito forte ao passar por uma curva de 90 graus podem provocar o achatamento dos cabos, mesmo com a utilização de rodas tracionadoras e polias. Se a tensão de tração for muito forte, encurte o lance e puxe o cabo em duas etapas. Não exceda uma tensão de tração de 110 N (25 lbf) para cabo de par trançado não blindado (UTP), ou 222 N (50lbf) para fibra.

• Ao puxar com tracionador ou guincho, é importante realizar o puxamento em uma única ação uniforme. Depois de iniciar o puxamento, faça o possível para continuar a ação até a sua conclusão. Paradas e arranques podem provocar solicitações adicionais no cabo.

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5.1.7 A instalação de conectores em gesso acartonado

REGRAS DE SEGURANÇA Sempre que trabalhar em divisórias, tetos ou sótãos, a primeira coisa que você deve fazer é desligar todos os circuitos que possam passar por essas áreas! Se você não tiver certeza de quais fios passam pela seção do edifício em que vai trabalhar, uma boa regra é: Desligue toda a força elétrica.

ADVERTÊNCIA: Nunca, jamais, toque nos cabos de energia. Mesmo que tenha sido desligada a energia elétrica na área do trabalho, não é possível saber se os cabos estão energizados ou não.

Antes de começar a trabalhar, saiba onde se encontram os extintores de incêndio da área.

Use roupa apropriada. Calças e mangas compridas ajudam a proteger os braços e as pernas. Roupas excessivamente soltas ou largas não devem ser usadas pois poderão ficar presas em algo.

Se você for trabalhar em uma área de teto rebaixado, pesquise a área. Você pode fazer isso levantando o forro do teto e olhando em volta. Isso vai ajudá-lo a localizar conduítes elétricos, ductos de ar, o equipamentos mecânicos e qualquer coisa que possa causar problemas posteriormente.

Proteja os olhos com óculos de segurança ao cortar ou serrar. É também uma boa idéia usar óculos de segurança ao trabalhar em espaço muito apertado ou dentro de um teto rebaixado. Se algo cair de cima, ou no escuro, os olhos estarão protegidos.

Consulte o engenheiro de manutenção do edifício para saber se existe amianto, chumbo ou PCB (bifenila policlorada) no local do trabalho. Caso positivo, siga todas as regulamentações governamentais para lidar com tais materiais.

Mantenha a área de trabalho organizada e limpa. Não deixe ferramentas em lugares onde alguém possa tropeçar nelas. Tenha cuidado com as ferramentas que possuem fios de extensão longos. Como acontece com as ferramentas, é fácil tropeçar neles.

Para fixar um conector RJ-45 em uma divisória de gesso acartonado, siga estes passos:

1. Selecione um local para o conector que seja entre 30 e 45 cm acima do piso. Faça um pequeno furo no local escolhido. Verifique se há obstruções atrás do furo dobrando um pedaço de arame, inserindo-o no furo e girando-o em círculo. Se o arame bater em algo, você saberá que há um obstáculo ali e deverá escolher um novo local afastado do primeiro furo. Este processo

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deve ser repetido até que seja identificado um local sem obstruções.

CAUTION Sempre que estiver trabalhando em paredes, tetos ou sótãos, é muito importante lembrar-se de desligar a energia de todos os circuitos que chegam ou que passam pela área do trabalho! Se você não tiver certeza de quais fios passam pela seção do edifício em que vai trabalhar, uma boa regra é: Desligue toda a força elétrica.

2. Determine o tamanho da abertura necessária para a caixa que acomodará o conector. Isto pode ser realizado, traçando o gabarito que acompanha a caixa ou suporte.

3. Antes de recortar a divisória, use um nível de carpinteiro para se certificar de que a abertura esteja a prumo. Use um estilete para cortar a abertura. Atravesse o gesso com a ponta do estilete, dentro da linha externa do gabarito traçado, até que tenha uma abertura de tamanho suficiente para acomodar a lâmina de um serrote de gesso ou serrote de ponta.

4. Insira a serra na abertura e corte dentro da linha traçada. Continue a cortar com cuidado, seguindo a linha até que o pedaço do gesso acartonado possa ser retirado. Certifique-se de que a caixa ou suporte se encaixe na abertura.

5. Se estiver usando uma caixa para embutir o conector, não fixe a caixa antes de trazer o cabo até a abertura.

5.1.8 A instalação de conectores em divisória de reboco em ripas É mais difícil cortar uma divisória de reboco do que uma de gesso acartonado. Para obter melhores resultados, siga os passos abaixo:

1. Determine a localização apropriada para o conector.

2. Use um martelo e um formão para remover a camada de reboco da divisória, para que as ripas atrás dele fiquem expostas.

3. Use um estilete para cuidadosamente remover o gesso das ripas.

4. Coloque o gabarito contra as ripas, de forma que fique por cima de três ripas, igualmente, na parte superior e inferior da abertura. Trace o contorno do gabarito. Use uma serra elétrica para cortar a ripa inteira exposta no centro da abertura.

5. Corte pouco a pouco a ripa, primeiro de um lado e depois do outro lado, alternadamente. Continue a fazer pequenos cortes de um lado e de outro até que a ripa do centro esteja completamente removida.

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CAUTION Tome cuidado ao executar este passo. Se tentar cortar um lado inteiro antes de cortar o outro lado, a serra fará a ripa vibrar quando for feito o segundo corte. Isso pode fazer com que o reboco em volta da abertura se rache e se desprenda da ripa.

6. Termine de preparar a abertura, serrando os entalhes necessários nas ripas superior e inferior. Faça isso, cortando verticalmente pelos lados da abertura. Corte pouco a pouco, primeiro de um lado e depois do outro lado, como foi feito antes. Continue até que completar o entalhe completo até as linhas superior e inferior da abertura nas ripas. Agora corte uma curva na ripa inferior, do canto superior direito até o canto inferior esquerdo. Endireite a curva de modo que esteja reta antes de chegar ao canto. Remova a parte da ripa que irá cair ao chegar ao canto. Vire a serra e corte a linha reta inferior da abertura até chegar ao canto oposto. O restante da ripa deve sair com facilidade. Repita o processo para a ripa superior.

5.1.9 A instalação de conectores em divisória de madeira Para preparar a madeira para a montagem embutida de um conector, siga estes passos:

1. Selecione a posição onde será instalada a caixa. Lembre-se de que se for instalar um conector RJ-45 em uma rodapé de madeira, evite cortar a abertura nos últimos 5 cm (2 polegadas) do rodapé.

2. Use a caixa como gabarito e trace o seu contorno externo. Faça um furo inicial em cada canto do contorno.

3. Insira um serrote de ponta, ou uma serra tico-tico, em um dos furos e serre em volta do contorno até chegar ao próximo furo. Vire a serra e continue a serrar até que o pedaço de madeira possa ser removido.

5.1.10 Montagem embutida de um conector em uma divisória Depois de preparar a abertura para a colocação do conector, já pode colocá-lo. Se estiver usando uma caixa para montar o conector, segure o cabo e enfie-o na caixa através de uma de suas aberturas. Em seguida coloque a caixa dentro da abertura na divisória. Use os parafusos para fixar a caixa na superfície da parede. À medida que você aperta os parafusos, a caixa se fixa mais firmemente contra a divisória.

Se estiver instalando o conector em um suporte de montagem de baixa voltagem, às vezes chamado “adaptador para gesso acartonado” ou “caixa de reforma”, fixe-o agora. Coloque o suporte contra a abertura na divisória com a face lisa para fora. Empurre as flanges superior e inferior para o fundo até que o suporte se fixe na divisória.

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A seguir, empurre um lado para cima e o outro para baixo para fixar firmemente o suporte.

5.1.11 Puxando cabos até os conectores

Figura 1 Puxando cabo até os conectores com uma fita passa-fio

Na extremidade da área de trabalho, o cabo precisa ser puxado até o local do conector ou tomada. Se forem utilizados conduítes para correr atrás das divisórias desde o teto até as caixas de tomadas, pode ser inserida uma fita passa-fio na caixa de tomadas em uma extremidade do conduíte, a qual pode ser empurrada para cima até o espaço aberto em cima do teto. O cabo pode ser fixado diretamente à fita passa-fio e, em seguida, puxado do teto até sair da caixa de tomadas conforme ilustrado na Figura 1.

Se não houver conduítes na divisórias, o cabo pode ser puxado dentro da divisória. Primeiramente, é cortada uma abertura no gesso acartonado no local do conector. Deve-se tomar cuidado para não fazer a abertura muito grande. Outro furo é perfurado na travessa superior da divisória. Este furo deve ter entre 1 e 2 cm (0,4 a 0,8 polegada) de diâmetro. É enfiada uma fita passa-fio dentro do furo em cima e o instalador precisará encontrá-la na abertura em baixo. Alguns instaladores utilizam um peso e cordão como alternativa, o que é inserido no furo em cima e amarrado para que não passa escapar pelo furo. Na abertura de baixo, ou seja na da tomada, o instalador pode usar um gancho ou cabide de arame para tentar encontrar o cordão.

Uma vez encontrada a fita passa-fio no local da tomada, é amarrada nela uma fita de puxar. A fita passa-fio é então puxada de volta até o local original onde os cabos são amarrados à fita de puxar.

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Finalmente a fita de puxar é puxada pela abertura da tomada com os cabos amarrados.

É obvio que certas paredes, feitas de concreto ou tijolo, não darão lugar para cabos dentro delas. Como alternativa, são utilizadas canaletas montadas na superfície para estes tipos de paredes. Antes de instalar os cabos, as canaletas de montagem em superfície devem ser fixadas à parede conforme as recomendações do fabricante. Depois que os cabos tenham sido puxados até as tomadas, o instalador de cabos deve voltar à ST para puxar cabo naquela extremidade.

5.1.12 Pesca de cabos por baixo de uma divisória Ao estender o cabeamento horizontal em um prédio que tem porão, é possível pescar cabos desde o porão até as áreas de trabalho no primeiro piso. Faça isto, seguindo estes passos:

1. No primeiro piso, faça um furo de 3,2 mm (1/8 de polegada), em ângulo, através do chão, ao lado de um rodapé.

2. Insira um cabide ou arame rígido no furo para identificar o lugar quando estiver no porão.

3. Vá até o porão e localize o arame.

4. Use uma trena para marcar um lugar abaixo da área da divisória. Esta marca deve estar a 57 mm (2 polegadas) do furo.

5. Faça outro furo neste lugar. Este furo deve ter 19 mm (0,7 polegadas) de diâmetro. Ao contrário do primeiro furo que foi feito em ângulo, faça este furo reto e diretamente através do contrapiso e do frechal da divisória.

6. Empurre o cabo através deste segundo furo, até a abertura da divisória onde a tomada da área de trabalho será localizada.

7. Sempre deixe cabo suficiente para chegar até o chão e estender-se mais 60 a 90 cm (2 a 3 pés).

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5.2 Instalação de Cabo Vertical

Figura 1 Um Riser (lance vertical) Típico

A instalação de cabos verticais pode incluir cabos de distribuição da rede e cabos de backbone. Embora seja possível puxar horizontalmente os cabos de backbone, eles são considerados como parte do sistema de distribuição vertical. Os cabos de distribuição da rede fazem parte do sistema de distribuição horizontal.

A maioria das instalações verticais se realizam dentro de conduítes, em luvas de conduíte através dos pisos, ou em aberturas cortadas no piso. Uma buraco retangular no piso é conhecida como abertura ou ranhura de tubos. Os “risers” são uma série de furos no piso, tipicamente 10 cm (4 polegadas) em diâmetro, possivelmente com luvas de conduíte já instaladas. Um “riser” típico aparece na Figura 1. As luvas de conduíte podem estender-se até 10 cm (4 polegadas) acima e abaixo do piso. Nem sempre os “risers” se encontram exatamente um em cima do outro. Por isso, o alinhamento dos “risers” deve ser verificado antes da fase de montagem inicial.

A instalação dos cabos verticais pode ser realizado a partir de um piso superior até um piso inferior ou de um piso inferior até um piso superior. É normalmente mais fácil puxar os cabos de um piso superior até um piso inferior porque a gravidade ajuda nesta atividade. Dado que nem sempre é possível levar grandes bobinas de cabo até os andares superiores, às vezes é necessário puxar os cabos verticais a partir de um andar inferior. Quando o cabo é puxado de cima para baixo, o auxílio mecânico,como o uso de guinchos ou puxadores de cabo (também chamados rebocadores de cabo), geralmente não é necessário, mas freios nas bobinas são necessários para evitar uma queda livre do cabo.

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5.2.1 Guinchos de Puxar Cabo

Figura 1 Guincho de Puxar Cabo

Figura 2 Garra Kellem Dividida Fixada por Parafuso

Os cabos em puxamentos verticais precisam ser baixados com cuidado para que o cabo não se solte muito rápido da bobina. Um freio na bobina pode ajudar a fornecer tensão adicional.

Um guincho de puxar cabos, ilustrado na Figura 1, é freqüentemente usado para levantar cabos. Visto que os equipamentos usados para puxar cabos podem machucar os instaladores e espectadores, somente os integrantes da equipe de instalação dos cabos deverão estar nas proximidades. Puxar cabos grandes com um guincho de puxar cabos cria uma tensão muito alta na corda de puxamento. Se esta corda arrebentasse, alguém na área poderia ser ferido. Por este motivo, é melhor afastar-se da corda de puxamento quando estiver sob tensão.

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Os cabos podem ser fornecidos pela fábrica já com um olhal de puxamento instalado. Esta possibilidade é especialmente vantajoso para puxamentos grandes e pesados. Se isto não for possível, pode ser utilizada uma garra Kellem. Uma vez iniciado o puxamento, deve ser realizado lenta e uniformemente. O puxamento não deve ser interrompido a menos que seja absolutamente necessário. Uma vez puxado o cabo ao seu lugar, a corda de puxamento e o guincho o segurará no lugar até que possa ser fixado permanentemente entre os andares usando sistemas de suporte, braçadeiras de fricção ou garras Kellem apoiadas por parafusos, conforme mostra a Figura 2.

5.2.2 Fixação de cabos verticais Um método de fixar cabos verticais é com a utilização de uma garra dividida de malha de arame, ou Garra Kellem, e um grande parafuso de 25 a 30 cm (10 a 12 polegadas) de comprimento. É importante usar uma garra de tamanho apropriado para o feixe de cabos. O guincho ou freio de bobina suportará o cabo enquanto é instalada uma garra de malha de arame em cada andar. O parafuso é instalado através dos laços de arame da garra. A seguir, o cabo é cuidadosamente baixado até que as garras o suportam. Esta é uma instalação permanente.

5.2.3 Dicas sobre a instalação de cabos As seguintes diretrizes devem ser obedecidas para o puxamento dos cabos.

• A área de execução do projeto deve encontrar-se perto da primeira curva de 90 graus. É mais fácil puxar cabo através de uma curva imediatamente ao sair da caixa ou da bobina do que quando está perto do fim do lance. O instalador estará puxando o peso de todo o cabo puxado até aquele ponto.

• Deve ser utilizado lubrificante de puxamento para lances longos e difíceis para evitar danos ao cabos.

• A bobina deve ser orientado de modo que o cabo saia por cima da bobina e não por baixo.

• Se uma fita passa-fio ficar emperrada em uma curva de conduíte, torça-a algumas rotações enquanto empurra.

• Uma fita de puxamento adicional deve ser puxada junto com o cabo. Ela poderá ser utilizada para puxar cabos adicionais mais tarde, caso necessário. Esta fita adicional eliminará a necessidade de enfiar outra fita passa-fio pelo mesmo espaço.

• Se for necessário acumular o cabo no chão para um segundo puxamento, disponha o cabo em forma de 8 para eliminar emaranhamentos ao tornar a puxá-lo. Use dois cones de segurança ou baldes como guia ao dispor o cabo no chão.

• O suporte de cabos verticalmente através de vários andares pode representar um desafio. Estenda um arame de aço ou

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mensageiro entre os andares, fixando-o nas duas extremidades. Os cabos verticais podem ser fixos a este fio de aço como suporte vertical.

5.3 Dispositivos Corta-Fogo A escolha de materiais para o cabeamento e a maneira em que são instalados podem afetar imensamente a maneira de um incêndio se alastra por um edifício, o tipo de fumaça e gases emitidos, e a velocidade com que a fumaça e as chamas se propagam. A utilização de cabos com regime Plenum onde exigido, a minimização de penetrações de paredes corta-fogo, e a utilização de dispositivos corta-fogo apropriados quando tal penetração não pode ser evitada, podem reduzir e retardar a propagação de fumaça e chamas. Geralmente é a fumaça que mata e não as chamas.

5.3.1 Paredes corta-fogo Uma parede corta-fogo é construída de materiais e técnicas especiais que resistem ao movimento de fumaça, gases e chamas de uma área a outra. As paredes com regime corta-fogo também limitam a propagação de chamas da área de origem do incêndio às áreas circundantes. Isto pode proteger os ocupantes do edifício e os bombeiros contra a exposição a gases, à fumaça e às chamas . As paredes corta-fogo também podem dar mais tempo aos ocupantes para evacuar o edifício.

5.3.2 Penetrações das paredes corta-fogo

Figura 1 Típica Penetração de uma Parede Corta-fogo

Vários tipos de materiais são usados para construir paredes corta-fogo. O material mais comum e a placa de gesso, ou de gesso

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acartonado. Quando aplicado desde o piso até o teto, cada camada deste material pode resistir a propagação de chamas durante aproximadamente meia hora. Duas camadas oferecerão proteção durante o dobro do tempo. Outros materiais muito usados para paredes corta-fogo incluem blocos de concreto e concreto armado.

Quando for necessário puxar cabo através de uma parede corta-fogo, é necessário fazer um furo nela. Isto se chama penetração e aparece na Figura 1. As penetrações podem varar completamente uma parede corta-fogo. Se a penetração só penetra um lado de uma parede corta-fogo, se chama penetração de membrana.

Depois de fazer o furo, a penetração é geralmente munida de luva pela inserção no furo de uma curta seção de conduíte. O conduíte precisa ter tamanho suficiente para acomodar os cabos, com folga para cabos adicionais no futuro. Este conduíte precisa projetar-se 30 cm (12 polegadas) de cada lado da parede. A seguir, os cabos são puxados através do conduíte. Depois dos cabos serem puxados através do conduíte, este precisa ser selado com um material corta-fogo aprovado. Isto evita que um incêndio se propague de uma seção do edifício através de um furo na parede corta-fogo.

Quando da instalação de cabos em uma penetração já existente numa parede corta-fogo, o material corta-fogo precisa ser removido para liberar espaço para os novos cabos. Depois de instalados os novos cabos, o furo e os conduítes devem ser selados com novo material corta-fogo.

5.4 Meios de Terminação em Cobre Os cabos de comunicações possuem código de cores para identificar os pares individuais. O código de cores é idêntico para todos os cabos de telecomunicações na América do Norte. A utilização de códigos de cores assegura a uniformidade na identificação dos pares individuais. Cada par de cabo colorido é associado a um número específico.

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5.4.1 Código de cores de quatro pares

Figura 1 Esquemas de fiação TIA/EIA T568A e TIA/EIA T568B

Para a maioria do cabeamento de voz e dados, é utilizado cabo UTP. Estes cabos possuem quatro pares de fios trançados em cada cabo. O código de cores de quatro pares é o seguinte:

� Par 1 – Branco-Azul/Azul

� Par 2 – Branco-Laranja/Laranja

� Par 3 – Branco-Verde/Verde

� Par 4 – Branco-Marrom/Marrom

O par 1 é sempre posicionado nos pinos 4 e 5 em um conector ou plugue de oito pinos. O par 4 sempre aparece nos pinos 7 e 8 em um conector ou plugue de oito pinos. Os demais pares têm disposições diferentes conforme o esquema de cores adotado. Os diferentes esquemas de fiação são ilustrados na Figura 1.

Sempre deve ser usado o T568A ou T568B para este esquema de fiação. Não se deve nunca criar um novo esquema de fiação, já que cada fio tem um propósito específico. Se a fiação não for correta, os dispositivos nas duas extremidades não poderão comunicar ou sofrerão um desempenho severamente degradado.

Se a instalação for em edifício novo, a decisão de usar T568A ou T568B provavelmente será ditada pelo contrato. Se a escolha for deixada para os instaladores, use o esquema mais utilizado na região. Se já existe fiação no edifício com o esquema T568A ou T568B, siga o esquema já existente. Lembre-se de que todos os instaladores na equipe precisam usar o mesmo esquema.

Ocasionalmente, há alguma confusão quanto aos números dos pares e os números dos pinos. Um pino é um local específico em um plugue ou conector. Os pares coloridos são sempre os mesmos. Por exemplo,

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o par 2 é sempre o par branco-laranja/laranjado. No conector RJ-45, no entanto, o par 2 pode ser conectado aos pinos 3 e 6, ou aos pinos 1 e 2, dependendo da utilização do T568A ou do T568B.

5.4.2 Plugues e conectores RJ-45

Figura 1 conector Panduit RJ-45

Os conectores RJ-45 são conectores de oito condutores, destinados a aceitar plugues RJ-45 ou plugues RJ-11. Um conector RJ-45 é ilustrado na Figura 1. Os conectores devem ser fiados de acordo com o padrão T568A ou T568B.

Os conectores RJ-45 possuem oito pinos que acomodarão até quatro pares de fios. Como é o caso dos plugues e conectores RJ-11, o par 1 é sempre terminado nos pinos do centro, ou seja os pinos 4 e 5. O par 4, ou par branco marrom, é sempre terminado nos pinos 7 e 8. Os pares 2 e 3 podem variar, conforme o plano de fiação. Se está sendo usado o T568B, o par 2, ou par branco/alaranjado, termina nos pinos 1 e 2. O par 3, ou par branco/verde, termina nos pinos 3 e 6. Se está sendo usado o T568A, os pares 2 e 3 são invertidos. Desta maneira, o par 2 termina nos pinos 3 e 6, enquanto que o par 3 termina nos pinos 1 e 2.

A ponta do cabo horizontal na área de trabalho é normalmente terminada em um conector RJ-45, a não ser que seja utilizado um ponto de consolidação ou um MUTO. Neste caso, o cabo horizontal será terminado diretamente no ponto de consolidação, ou por um plugue RJ-45 quando for utilizado um MUTO. Na sala de telecomunicações, a outra ponta do cabo será normalmente terminada por um conector RJ-45, quando é utilizado um patch panel modular, ou diretamente na traseira do próprio patch panel.

Laboratório 5: Terminação de Conector Categoria 5e Laboratório 6: Terminação de Conector Categoria 6

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5.4.3 bloco 110

Figura 1 Um Bloco 110 Panduit

Os blocos 110 são blocos de terminação de alta densidade utilizados em aplicações de voz ou de dados. Os blocos 110 existem em várias configurações, inclusive a ilustrada na Figura 1. Estes blocos têm a finalidade de serem empilhados em diversas combinações para acomodar diversas exigências de tamanho. O sistema 110 inclui dispositivos de gerenciamento de fios que também servem de espaçadores entre os blocos. Certos blocos 110 utilizam uma ferramenta especial multi-cravadora que consegue cravar simultaneamente até cinco pares de fios. Esta ferramenta não deve ser utilizada em patch panels que contenham circuitos impressos. O impacto poderia danificar a fiação interna.

Laboratório 7: Terminando Categoria 5e em um Bloco 110

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5.5 A Fase de Ajustes

Figura 1 Cortando Cabo ao Comprimento Correto

Na fase de montagem inicial da instalação de cabos, um excesso de cabo foi deixado nas duas extremidades do lance. Estas voltas de cabo são usadas para ajustar e para facilitar modificações. As voltas de cabo são conhecidas como laços de serviço. Os laços de serviço não são recomendados pelos padrões EIA/TIA. Não é raro ter 1 m (3 pés) de fios pendurados de uma tomada de divisória no final da fase de montagem inicial. Uma ST normal, onde centenas de cabos são terminados, poderá haver de 2 a 3 m (6 a 10 pés) de fios soltos.

Embora pareça um desperdício, os instaladores com experiência sabem que um excesso de cabo proporciona mais flexibilidade no seu roteamento e proporciona maior acesso aos cabos durante o processo de sondagem de continuidade e testes dos cabos individuais. Os instaladores sem experiência geralmente cortam o cabo muito curto. Um excesso de cabo sempre pode ser aparado, mas um cabo curto não pode ser esticado. Se um cabo estiver muito curto, a única alternativa é puxar outro. Esta alternativa custa muito em mão-de-obra e tempo.

Se houver 1 m (3 pés) de cabo saindo da tomada na divisória no local do conector, é melhor apará-lo para aproximadamente 25 cm (10 polegadas). Um novo rótulo deve ser aplicado ao cabo aproximadamente 15 cm (6 polegadas) da extremidade. Aproximadamente 5 a 7 cm (2 a 3 polegadas) da capa são então removidos para expor os pares torcidos individuais. A terminação final do conector não deve ter mais de 1,27 cm (0,5 polegadas) de destrançamento nos pares de fios.. O excesso no comprimento dos condutores deve ser aparado na terminação final, conforme ilustrado na Figura 1.

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O conector é terminado com aproximadamente 15 a 20 cm (6 a 8 polegadas) de cabo fora da divisória. Este excesso de cabo é disposto em laços e cuidadosamente colocado dentro da divisória ou caixa d tomada quando da instalação do conector. Este excesso de cabo pode ser utilizado para uma nova terminação do conector mais tarde. Também pode ser útil para a remoção do espelho e para adicionar outro conector à tomada. Nas terminações de estações de trabalho, os fios no conector freqüentemente perdem o contato com os pinos. Isto ocorre porque o patch cable na área de trabalho é freqüentemente puxado, chutado ou esticado pelos usuários da estação de trabalho.

5.5.1 Terminação ou cravamento (punch down)

Figura 1 Lâmina de Terminação Removível

A terminação de cabos de comunicações em uma sala de telecomunicações (ST) é muitas vezes chamada de punch-down (cravamento). Os cabos também são cravados nos painéis de terminação montados na parede e na traseira dos patch panels.

Os fios são inseridos nos locais apropriados nos blocos de terminação. A ferramenta punchdown é então colocada sobre os fios. Conforme o tipo de hardware de terminação utilizado, as lâminas intercambiáveis da ferramenta podem ser trocadas para acomodar o tipo de terminação. Uma lâmina removível aparece na Figura 1. Quando é aplicada pressão na ferramenta, a tensão em uma mola aumenta até que dispare um mecanismo que libera a energia armazenada na mola. O fio é instantaneamente forçado entre duas conexões de encaixe de perfuração do isolamento e o excesso do fio é cortado na mesma operação. A conexão é chamada “perfuração do isolamento” porque o isolamento é afastado do lugar pelos pontos de contato no terminal.

As conexões por perfuração do isolamento proporcionam uma conexão segura e a prova de gases. Isto significa que a própria conexão não é exposta à atmosfera porque o isolamento perfurado forma uma vedação estanque com o bloco. Isto é necessário para oferecer conexões duradouras e livres de corrosão. Os patch panels e blocos 110 são tipicamente utilizados para redes de dados. Os blocos 110 também são utilizados para aplicações de voz.

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5.5.2 Gerenciamento de fios

Figura 1 Gerenciamento de Fios Panduit

Figura 2 Gerenciamento de Fios Panduit

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Figura 3 Gerenciamento de Fios Panduit

Alguns sistemas de terminação já vêm com um esquema de gerenciamento de fios incorporado. Os blocos 110 utilizam calhas e espaçadores entre os blocos. As calhas podem ser utilizadas tanto horizontal como verticalmente. As instalações montadas em rack incorporam uma variedade de dispositivos de gerenciamento de fios, conforme mostrado na Figura 1. Algumas utilizam uma combinação de abraçadeiras tipo D e calhas.

Ao comprar sistemas de gerenciamento de cabos, considere os seguintes fatores:

• O sistema deve proteger os cabos contra esmagamentos e prevenir que os cabos excedam o raio mínimo de curvatura.

• O sistema deve ser escalonável de modo que acomode mais cabos, caso necessário.

• O sistema deve ser flexível de modo que os cabos possam entrar nele de todas as direções.

• O sistema deve providenciar uma suave transição até os caminhos horizontais para que o cabo não seja danificado e para que não sejam violados os raios mínimos de curvatura.

• O sistema deve ter resistência suficiente para durar o mesmo tempo que os cabos e os equipamentos nele montados.

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5.5.3 Cuidado com os rótulos Os rótulos são outra parte importante de um sistema de cabeamento estruturado. Os cabos devem ser claramente rotulados nas duas extremidades para evitar confusão. O TIA/EIA-606-A especifica que cada unidade de terminação de hardware deve possuir um identificador exclusivo marcado na unidade ou no seu rótulo. Quando são usados indicadores na área de trabalho, as terminações das estações devem ter um rótulo no espelho, no suporte ou no conector propriamente dito. A maioria das solicitações de proposta e especificações exigem rótulos gerados por computador. Estes rótulos são permanentes, legíveis e têm uma aparência mais profissional.

Use rótulos que serão facilmente legíveis por vários anos. Muitos administradores de redes incluem números de salas nas informações no rótulo e designam letras a cada cabo que termina em cada sala. Muitos dos sistemas de rótulos para redes grandes também utilizam códigos de cores.

Para assegurar que os rótulos não sejam borrados ou cortados no futuro, coloque rótulos no cabo várias vezes na extremidade livre, separados por aproximadamente 60 cm (24 polegadas). Depois do lançamento do cabo, repita o procedimento na extremidade da caixa ou bobina. Use fita isolante para manter os cabos firmemente unidos. Amarre juntas as pontas dos cabos e uma fita de puxar mediante uma série de nós de meia laçada com a própria fita ao redor dos cabos antes de enrolar as pontas com fita isolante. Use bastante fita isolante. Se a fita ou os cabos se soltarem mais tarde, poderá custar tempo e dinheiro.

Depois de puxar o cabo pela rota selecionada, traga-o para dentro da ST. Puxe cabo suficiente para que a extremidade alcance o local do conector, mais um excesso para alcançar o chão e ainda estender mais 60 a 90 cm (24 a 36 polegadas).

Volte para as bobinas de cabo no ponto central ou ST. Use os rótulos das bobinas como referência. A seguir, marque cada cabo com o número e letra apropriada da sala. Não corte os cabos, a menos que tenham um rótulo. Ao seguir estes passos, os meios físicos da rede usados para o lance de cabeamento horizontal estarão rotulados nas duas extremidades.

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6 Fase de Acabamento Ferramentas de diagnóstico são utilizadas para identificar problemas existentes e em potencial na instalação de cabeamento da rede.

São utilizados testadores de cabos para descobrir fios abertos, curtos, pares divididos e outros problemas de fiação. Depois de terminar um cabo, o instalador deve ligá-lo a um testador de cabos para verificar se a terminação foi realizada corretamente. Se um fio estiver mapeado a um pino incorreto, o testador de cabos indicará o erro. Um testador de cabos deve fazer parte da caixa de ferramentas de todos os instaladores de cabos. Depois de terem sido testados por continuidade, os cabos podem ser certificados utilizando medidores de certificação.

6.1 Testes dos Cabos

Figura 1 Falhas de Fiação

Os testes representam o passo mais importante da fase de acabamento da instalação de cabos. Os testes verificam que todos os fios estejam funcionando corretamente para que o cliente não se depare com problemas mais tarde. É melhor identificar um problema antes que se torne um grande transtorno.

Os testes relacionados às funções dos cabos encontram-se em TIA/EIA-568-B.1. As seguintes falhas comuns nos cabos aparecem na Figura 1:

• Fios abertos – Ocorrem quando os fios num cabo não apresentam um caminho contínuo de uma extremidade à

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outra. Um fio aberto normalmente se deve a uma terminação incorreta, uma quebra ou falha interna do cabo.

• Curtos – Ocorrem quando um fio no cabo entra em contato com outro, criando um curto-circuito.

• Pares divididos – Ocorrem quando os fios são confundidos entre os pares.

• Erros de mapeamento dos fios – Ocorrem quando os fios de um cabo multipar não são terminados nos pontos apropriados no conector da outra extremidade.

Os testes funcionais mais simples, de fios abertos, curtos, pares divididos e erros de mapeamento dos fios, são normalmente realizados a partir de uma só extremidade do cabo.

6.1.1 Teste para curtos

Figura 1 Curto

Um curto é formado quando os fios se tocam, criando um caminho de retorno indesejável no fluxo do sinal, conforme a ilustração da Figura 1. Este curto completa o circuito antes que a voltagem possa chegar ao destino desejado.

Para determinar se há um curto, faça a medição da continuidade ou resistência entre os fios. Não se deve descobrir nenhuma continuidade, e deve haver uma resistência infinita entre os fios. Use um ohmímetro com uma escala de resistência baixa para realizar estas medições. Quando é usada uma escala de resistência alta, a resistência do corpo do instalador poderá ser registrada ao segurar os fios contra as pontas de prova. Alguns instaladores criam um pequeno gabarito de teste para evitar este problema. Algumas pontas de prova podem ser adaptadas com garras jacaré destacáveis. Este jacaré pode segurar um dos fios de modo que não seja necessário tocar os fios simultaneamente.

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6.1.2 Teste para reversos

Figura 1 Reverso

Um par reverso ocorre quando o fio de um par é terminado na posição do outro fio do par na extremidade oposta do cabo, conforme ilustrado na Figura 1.

Para reparar um par reverso, a extremidade do cabo onde o par está trocado precisa ser terminada outra vez.

6.1.3 Teste para pares divididos

Figura 1 Pares Divididos

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Os pares divididos ocorrem quando os fios são confundidos entre pares, conforme ilustrado na Figura 1. Pode ser usado um ohmímetro para testar para pares divididos. Primeiro, teste os pares para curtos. Se não houver curto, coloque um curto atravessando cada par. O ohmímetro deve detectar este curto. Se for encontrado um fio aberto, há algo de errado. O par ou é dividido ou aberto. Um gerador de tons então pode ser usado para determinar se existe par dividido ou fio aberto. Os testadores mais sofisticados detectam os pares divididos através da medição da diafonia entre os pares.

Um testador simples também pode ser usado para descobrir pares divididos. Este tipo de testador usa LEDs que imediatamente notificam o instalador se existe algum problema de polaridade ou continuidade.

Para reparar um par dividido, ambos os conectores precisam ser removidos e as extremidades do cabo precisam ser terminadas outra vez.

6.2 Reflectômetro no Domínio do Tempo (TDR) Um reflectômetro no domínio do tempo (TDR) envia um pulso pelo fio e em seguida monitora os ecos eletrônicos que ocorrem como resultado de problemas no cabo. Os TDRs determinam se há uma falha no cabo, e se é um fio aberto ou curto. Os TDRs também podem medir a distância entre o medidor e a falha. O sinal é refletido quando chega à outra extremidade do cabo, ou quando encontra um defeito no cabo. A velocidade do sinal é conhecida como velocidade nominal de propagação. Isto é um valor conhecido para diferentes tipos de cabos. Sabendo a velocidade a que um sinal se propaga, um testador pode medir o comprimento do cabo mediante a medição do tempo que leva para o sinal ser enviado e refletido. O resultado no TDR é tipicamente calibrado em pés ou metros. Se um TDR for apropriadamente calibrado e corretamente utilizado, ele será uma maneira extremamente eficiente de identificar problemas nos cabos.

6.3 Certificação e Documentação dos Cabos Os testes não são o mesmo que a certificação. Os testes são para funcionalidade e determinam se os fios podem ou não transmitir sinais de uma extremidade à outra. A certificação, ou testes de desempenho, representam uma declaração sobre o desempenho dos cabos. A certificação responde as seguintes perguntas:

• Qual é a eficiência da transmissão do sinal pelo cabo?

• O sinal está livre de interferência?

• O sinal tem potência suficiente ao chegar à outra extremidade do cabo?

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6.3.1 Medidor de certificação A certificação testa a funcionalidade e o desempenho. Os sistemas de cabeamento estruturado, para atender aos padrões de instalação, precisam ser certificados. Os medidores de certificação realizam todos os testes de desempenho exigidos para atender aos padrões do ANSI/TIA/EIA-568-B. A maioria desses medidores possui uma função de auto teste que inicia todos os testes exigidos com um único toque de botão. Tais medidores armazenam os resultados de vários testes, que são carregados em um computador. Um relatório dos testes é gerado e entregue ao cliente. Além da certificação, esses medidores incluem recursos de diagnóstico que identificam problemas e indicam a distância de tais problemas da extremidade do cabo sendo testado.

Os testes de desempenho normalmente ocorrem a uma freqüência de teste predeterminada. A freqüência é selecionada para provar o cabo a uma velocidade que constituirá parte da sua operação projetada. Por exemplo, os cabos de Categoria 5e são testados a uma freqüência de 100 MHz e os de Categoria 6 são testado a uma freqüência de 250 MHz. Os testes de desempenho são descritos no padrão TIA/EIA-568-B. Os dispositivos e softwares de teste mais modernos podem oferecer resultados tanto gráficos como em texto. Isto permite facilidade de comparação e uma análise rápida.

O processo de certificação dos cabos forma uma medição de linha de base para o sistema de cabeamento. No estabelecimento do contrato, um padrão de certificação é geralmente incluído como parte do contrato. A instalação precisa atender ou exceder as especificações para a qualidade do fio sendo usado. Uma documentação detalhada é utilizada para mostrar ao cliente que o cabeamento atende a esses padrões. Esses documentos são submetidos ao cliente.

O procedimento da certificação é um passo importante na finalização do projeto de cabeamento. Demonstra que os cabos desempenharam suas funções de acordo com certas especificações. Qualquer futura alteração no desempenho do cabo terá que ser atribuída a uma causa específica. Será mais fácil descobrir essa causa se houver evidência documentada sobre a condição dos cabos em um ponto anterior. Diferentes qualidades de cabo exigem diferentes resultados aceitáveis dos testes. As categorias mais altas de cabo geralmente possuem padrões mais altos de fabricação e apresentam um melhor desempenho.

6.3.2 Testes de certificação Para passar na certificação, os cabos precisam atender ou exceder os resultados mínimos dos testes para sua categoria. Muitos dos testes, na realidade, excederão o mínimo. A diferença entre os resultados reais dos testes e os resultados mínimos é conhecida como headroom. Maior headroom indica que os cabos precisarão de menos manutenção no futuro. Tais redes são mais tolerantes a patch cables e cabos de equipamentos de baixa qualidade.

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As especificações mais freqüentemente utilizadas incluem as seguintes:

• Faixa de Freqüência especificada – Cada cabo é testado dentro de uma faixa de freqüências que será utilizada no serviço diário. Uma categoria superior indica uma faixa mais ampla.

• Atenuação – A parte do sinal que será absorvida pelo cabo é a medida da sua atenuação. Uma atenuação menor indica condutores e cabos de qualidade mais alta.

• Diafonia Próxima (NEXT – Near End Crosstalk) – Isto ocorre quando sinais de um par interferem com outro par na extremidade do cabo mais próxima. A diafonia num cabo pode afetar a sua capacidade de transmitir dados. O nível de NEXT que um cabo deve tolerar é especificado para cada categoria.

• Diafonia Próxima por Soma de Potências (Power Sum NEXT) – Quando os cabos utilizam todos os condutores, os sinais dentro de um só cabo interferem com vários pares. Para calcular o efeito destes distúrbios, as interações de todos os pares dentro do cabo precisam ser consideradas. A medição pela equação de power sum NEXT realiza este cálculo.

• Relação Atenuação/Diafonia (ACR – Attenuation-to-Crosstalk Ratio) – Esta relação indica a diferença entre o potencial do sinal recebido em comparação com o NEXT ou ruído existente no mesmo cabo. Este valor é também conhecido como razão sinal/ruído (SNR)

• ACR por Soma de Potências (Power Sum ACR) – Quando todos os pares de um cabo são utilizados, a interação entre os pares se torna mais complicada. Mais fios são envolvidos e, como resultado, há mais interações mútuas. As equações de soma de potências ajudam a levar em conta este maior distúrbio mútuo.

• Diafonia Distante de Mesmo Nível (ELFEXT – Equal-Level Far End Crosstalk) – É a medida calculada do nível de diafonia que ocorre na extremidade mais distante do cabo. Se esta característica tiver um nível elevado, o cabo não transmite bem os sinais e a razão ACR não está sendo bem controlada.

• Power-sum ELFEXT – Como acontece com as demais medidas de soma de potências, a interação entre vários pares num mesmo cabo aumentam a complexidade das características de ELFEXT. A versão de soma de potências desta medida considera este fato.

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• Perda de Retorno – Uma parte do sinal transmitido pelo fio é refletida de imperfeições tais como incompatibilidades de impedância. Ela pode ser refletida até a origem, formando uma fonte de interferência. Isso é conhecido como perda de retorno.

• Atraso de Propagação – As propriedades elétricas do cabo podem afetar a velocidade do sinal. O valor deste atraso é utilizado para realizar certas medições, tais como a reflectometria de domínio de tempo. O atraso de propagação para um cabo é geralmente especificada como nível máximo de atraso permitido, em nanossegundos.

• Desvio de Atraso – Cada par dentro de um cabo possui um número diferente de torcidas. Os sinais que entram simultaneamente no cabo provavelmente chegarão à outra extremidade um pouco fora de sincronia. Isso é conhecido como desvio de atraso. As terminações malfeitas podem magnificar este problema se os cabos são assimétricos com respeito aos pinos dos conectores. A diferença no atraso de propagação entre os fios em um par dentro de um cabo também pode causar um desvio de atraso.

6.3.3 Testes de links e de canais

Figura 1 Teste de Link Permanente

Os dois métodos empregados durante os testes são o teste de canal e o teste de link. O teste de canal vai de ponta-a-ponta desde a estação de trabalho ou telefone até o dispositivo na ST. O teste de canal mede todo o cabo e patch cables, inclusive o cabo de acesso entre o conector e o equipamento do usuário e o patch cable entre o patch panel e o equipamento de comunicação. O teste de link testa somente o cabo entre a tomada na parede e o patch panel na ST. Há dois tipos de testes de link. A medição básica de teste de link começa no testador de campo e termina na unidade remota de testador de campo

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na outra extremidade do link. O teste de link permanente exclui os cabos dos equipamentos de teste de campo, mas inclui a conexão em cada extremidade à qual o cabo adaptador é conectado, conforme indica a Figura 1. O teste de link permanente também permite a inclusão de um ponto de consolidação. Esta configuração é desejável para as instalações de cabeamento em escritórios abertos e assim é mais prática.

O único teste aceitado é o teste de link permanente. O teste de canal foi oficialmente eliminado pelo TIA/EIA-568-B.1.

6.3.4 Dicas para certificação A interpretação dos resultados dos testes é tão importante quanto a detecção de problemas. Os instaladores podem aprender a interpretar os resultados dos testes através da utilização dos equipamentos de teste em fios e circuitos já conhecidos como bons. Isto lhes proporcionará uma base de conhecimentos sobre como usar corretamente os equipamentos de testes e como deve ser a aparência dos resultados dos testes quando os circuitos funcionam corretamente.

Para obter experiência na identificação e resolução de problemas, crie cabos com problemas específicos. Observe como os testadores reagem a tais problemas. Pratique a identificação destes problemas, baseando-se nos resultados dos testes em cabos aleatoriamente escolhidos. O tempo investido nesta educação ajudará o instalador a rapidamente identificar e retificar problemas no futuro.

6.3.5 Documentação profissional para certificação

Figura 1 Documentação de Certificação de Cabos

Muitos programas de certificação de cabos podem exportar os resultados em formato de banco de dados. Este formato pode ser usado por um computador pessoal para produzir documentos de alta qualidade, conforme mostra a Figura 1.

Os softwares de instalação geralmente incluem testadores sofisticados de certificação. O software permite que o empreiteiro apresente de maneira bem ordenada os resultados dos testes ao cliente. O software elimina a necessidade de digitar os resultados em um programa de

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planilha. Os softwares armazenam os resultados de testes como aprovados ou reprovados. Quando são identificadas e corrigidas deficiências, os itens são testados novamente e apresentados ao cliente. Os clientes geralmente querem uma cópia tanto eletrônica como impressa dos resultados dos testes.

Para ser útil, a documentação precisa estar disponível. A entrega em meios eletrônicos garante que os resultados sempre estejam disponíveis quando necessário. Devem ser entregues ao cliente tanto um conjunto de documentos do estado físico do projeto como os resultados da certificação. Os instaladores devem reter uma cópia nos seus registros permanentes.

A documentação da certificação se torna muito importante quando surge alguma dúvida sobre a qualidade ou precisão dos trabalhos da fiação. Ela mostra que, numa data específica, os cabos existiam em certa ordem e que eram capazes de transmitir sinais a um nível de qualidade especificado. Alterações, com o tempo, na capacidade de um cabo transmitir sinais pode ser determinado mediante a comparação de testes atuais com resultados anteriores.

Obstáculos imprevistos, ordens de modificação e atualizações de equipamentos no último momento podem afetar a documentação. Por isso, a documentação que foi utilizada para montar o sistema de cabeamento da rede possivelmente não represente o sistema que de fato foi construído. Sempre que é feita uma modificação no sistema de cabeamento, é importante saber o seu efeito sobre o sistema. De outra maneira, as modificações poderão ter efeitos imprevisíveis. Os documentos do estado físico do sistema podem ajudar a evitar este tipo de problema. Sempre crie documentos de modificação antes da efetiva realização de quaisquer modificações.

6.4 Conversão Conversão é um termo usado para a transferência dos serviços existentes a um novo sistema de cabeamento. É também usado para a instalação de novos equipamentos em um sistema de cabeamento recentemente instalado.

6.4.1 Diretrizes para conversões As conversões bem sucedidas exigem um planejamento cuidadoso, organização e atenção a detalhes. Ao realizar uma conversão, siga as diretrizes abaixo para garantir o êxito:

• Mantenha registros detalhados da instalação. Estes registros verificarão que todos os cabos foram instalados no local correto.

• Teste cada cabo instalado.

• Elabore diagramas de cabeamento precisos. Os diagramas de cabeamento são gráficos de circuitos e os cabos sobre os

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quais os circuitos operam. O supervisor de instalação geralmente elabora os diagramas de cabeamento com as informações recebidas do cliente.

• Programe a conversão quando for mais conveniente para o cliente. Como as conversão geralmente exigem a suspensão de certos sistemas, freqüentemente são programadas para tarde da noite ou nos fins de semana.

6.4.2 Remoção de cabos abandonados Conforme o National Electrical Code, edição 2002, todos os cabos abandonados precisam ser removidos para atender a certos critérios definidos no código. Atualmente, o cliente e o empreiteiro de instalação de cabos decidem se os custos envolvidos na remoção dos cabos são justificados ou não. O cliente e o empreiteiro não podem deixar de seguir o código local. Sempre consulte as autoridades locais e estude os detalhes com o cliente antes de iniciar a conversão.

Antes de remover qualquer cabo abandonado, primeiro verifique a ausência de circuitos energizados no cabo mediante a utilização de um multímetro ou aparelho de teste de telefone. Remova cuidadosamente o cabo abandonado, evitando danos ao forro ou à estrutura do teto rebaixado.

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7 A Indústria de Cabeamento Como é o caso da maioria dos empregos, a aparência e comportamento dos instaladores de cabos podem afetar como os clientes, chefes e colegas de trabalho os percebem. As decisões que o instalador de cabos faz no local do trabalho podem resultar em promoções ou demissões. Como empregado, o instalador de cabos se torna representante de uma firma. Desta maneira, sempre deve ser mantida uma aparência e comportamento profissionais.

Ao atuar no local de trabalho, siga as diretrizes abaixo:

• Tenha respeito pelo local de trabalho. Tenha cuidado para não causar danos. Limpe imediatamente qualquer sujeira, se afeta outros trabalhadores, ou faça limpeza no fim do seu expediente.

• Use roupa de trabalho limpa e alinhada no local de trabalho.

• Chegue na hora estabelecida. A pontualidade é importante.

• Determine o nível aceitável de ruído. Evite tocar música, assobiar, cantar ou gritar quando estiver trabalhando em um projeto de conversão onde estão sendo realizados trabalhos comerciais.

• Use respeito no tratamento de clientes, ocupantes do edifício, colegas de trabalho e chefes.

7.1 Pesquisa no Local A pesquisa do local, ou inspeção do projeto, é um dos passos mais importantes anteriores à preparação da estimativa de custo do projeto. Ela permite que o empreiteiro identifique quaisquer fatores que possam vir a afetar a instalação. Os desenhos e especificações fornecidas pelo cliente talvez não indiquem problemas ou complicações em potencial.

Deve ser desenhado um esboço do projeto durante a inspeção prévia. O esboço pode ser usado para identificar área problemáticas durante a elaboração da estimativa.

Há vários pontos a serem abordados durante a pesquisa do local.

• Existem áreas de teto-plenum?

• Existem andaimes e uma área de armazenamento para materiais?

• São necessários horários especiais de trabalho?

• Existem requisitos especiais de segurança? Isto é especialmente relevante em ambientes de fábricas.

• Quais paredes são paredes corta-fogo?

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• Existe amianto no edifício?

• O cliente substituirá as peça de forro rebaixado no caso de quebras?

• Existem questões laboriais especiais a serem consideradas?

7.1.1 Documentos de Requisitos

Figura 1 Planta-baixa de um Edifício Típico

A planta-baixa é um conjunto de desenhos em escala que indicam as informações de distância necessárias para determinar o comprimento dos lances de cabo, conforme mostrado na Figura 1. A planta deve indicar também os locais de saídas de serviços e STs. Algumas plantas também incluem informações sobre caminhos e roteamentos disponíveis. No entanto, as informações sobre o roteamento são geralmente obtidas durante a pesquisa do local. A maioria dos sistemas de cabeamento estruturado especificam um mínimo de dois cabos de quatro pares por local e muitos clientes especificam mais. Estas informações devem ser duplicadas nas especificações do projeto.

Conte os locais de tomadas e faça medições das distâncias dos cabos na planta. Estas anotações são conhecidas como “take offs”. O take offs exigem um alto grau de precisão, já que serão usados para determinar os requisitos de material para um orçamento. Existem vários dispositivos de medição para ajudar a automatizar o processo e reduzir ao mínimo os erros.

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7.1.2 Ícones e símbolos de instalação

Figura 1 Ícones de Instalação de Cabos

Ícones e símbolos padronizados são utilizados em plantas e esquemas para identificar lances de cabos, tipos de canaletas, tomadas e conectores, conforme ilustrado na Figura 1. Estes ícones proporcionam um método uniformizado de identificar graficamente os detalhes em uma planta.

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7.1.3 Tipos de desenhos

Figura 1 Tipos de Desenhos T para Telefone

As plantas de construção seguem um formato padronizado. Os desenhos são agrupados conforme categorias e marcadas com um prefixo que identifica a categoria. Por exemplo, todos os desenhos para sistemas elétricos são agrupados e possuem o prefixo E. As seções arquitetônicas têm o prefixo A e os de encanamento começam com P. Os desenhos para telefone e dados são normalmente agrupados e representados nos desenhos com prefixo T, conforme mostra a Figura 1. Outros desenhos, tais como disposição de móveis, se encontram ou nos desenhos A ou em uma categoria de miscelâneas.

O estimador precisará dos seguintes desenhos:

• Planta geral do local para uma idéia geral do projeto.

• Plantas baixas

• Desenhos T para colocação dos telefones

• Desenhos E para referência elétrica

• Planos de disposição de móveis para determinar a colocação das tomadas

• Um desenho para descobrir as características arquitetônicas e caminhos disponíveis.

Documentos sobre o projeto incluem uma narrativa geral. Essa narrativa poderá descrever a funcionalidade do sistema de cabeamento. Por exemplo, poderia indicar que o sistema precisa acomodar Ethernet 1000Base-T ou gigabit em par trançado.

A maioria dos documentos de projeto incluem vocabulário e siglas pertencentes à indústria ou ao sistema sendo instalado. O estimador necessita entender todos os termos encontrados nos documentos do

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projeto. Existem glossários de termos e siglas no website do BICSI (Building Industry Consultants Service International).

Os documentos de projeto também especificam os requisitos do sistema e os tipos de materiais que serão utilizados. Também serão fornecidas informações sobre o número de cabos necessários em cada tomada ou conector do sistema. Os documentos de projeto também descreverão as especificações para testes, rótulos e formatos.

7.1.4 Diagramas esquemáticos Os desenhos esquemáticos não estão a escala. São utilizados para representar a conectividade, ou seja, a maneira em que as coisas são conectadas. Um desenho esquemático ilustrará a ST ou CM principal e o CI. Também mostrará os tipos e tamanhos de cabos entre tais pontos. A maioria dos desenhos esquemáticos não mostrará detalhes das próprias terminações nesses locais, nem mostrarão os lances de cabos até as tomadas ou conectores de dados. Estes desenhos esquemáticos incluirão os lances de cabos até tipos específicos de equipamentos tais como servidores e outros componentes mais importantes utilizados no projeto.

7.2 Situação Laborial Todas as empresas de instalação de cabos precisam lidar com questões laboriais. Algumas destas questões podem causar problemas sindicais. As empresas de instalação precisam estar cientes das diretrizes e regulamentações que se aplicam aos sindicatos e ao licenciamento.

7.2.1 Sindicatos Certos projetos podem exigir a utilização de mão-de-obra sindicalizada. Os sindicatos são organizações que representam os trabalhadores. A utilização de mão-de-obra sindicalizada é mais comum nos projetos de construção nova, mas não se limita a tal. A utilização da mão-de-obra sindicalizada poderá ser incluída como parte de um contrato. Se um cliente estipular claramente que a mão-de-obra sindicalizada será utilizada, o empreiteiro por força terá que usar a mão-de-obra sindicalizada.

Outras situações laboriais poderão ditar a classificação dos ofícios e os tipos de trabalho permitidos. Em um ambiente sindicalizado, os supervisores não são permitidos a realizar qualquer trabalho de instalação e os instaladores de cabos não são permitidos a instalar canaletas. Às vezes, os instaladores de cabos são permitidos a instalar canaletas até certo tamanho e até certo comprimento e os eletricistas têm que instalar qualquer coisa de dimensões superiores. Tais regras são definidas por um acordo com o sindicato, que poderá ser determinado por sindicatos de diferentes profissões.

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7.2.2 Licenças de Empreiteiros Alguns países não exigem que os empreiteiros sejam licenciados. Nos Estados Unidos, o licenciamento dos empreiteiros varia de um estado para outro. Alguns estados exigem um número de licença de empreiteiro em toda publicidade, em cartões de visita e em papel timbrado da empresa. Os empreiteiros que atuam sem a licença exigida poderão ser multados ou perder certos direitos. Por exemplo, poderá ser-lhes vedado o direito de reclamação na justiça no caso de seus clientes deixarem de pagar por serviços prestados.

Os pré-requisitos de licenciamento incluem conhecimento técnico, conhecimento comercial, e conhecimento das leis laboriais do estado. É a responsabilidade do empreiteiro saber se precisa ou não ser licenciado em um certo estado ou país.

7.3 Revisão e Celebração do Contrato Ao concluir todas as negociações, o contrato precisa ser revisado para refletir quaisquer alterações combinadas. O cliente e o empreiteiro precisam então estudar o contrato em todos seus detalhes. A negociação do contrato é um evento verbal que é utilizado para garantir que todas as intenções serão representadas com precisão no documento escrito. Quaisquer alterações no contrato durante o progresso do projeto freqüentemente são assuntos de emendas ao contrato. As emendas são combinadas e assinadas tanto pelo cliente como pelo empreiteiro.

O contrato precisa ser assinado para tornar-se um acordo válido. Nenhum material deve ser pedido e nenhum trabalho deve ser iniciado antes da celebração (assinatura) do contrato.

Pode ser criado um modelo para documentos genéricos tais como ordens de mudanças. Estes modelos podem ser levados ao local de trabalho e as informações podem ser preenchidas durante a reunião inicial ou inspeção prévia.

Qualquer mudança no projeto após o seu início exigirá uma ordem de mudança por escrito. Nenhuma mudança no plano original deve ser iniciada apenas por instruções verbais. As ordens de mudança que resultarem em trabalho extra deve incluir os custos adicionais em mão-de-obra e materiais. Se isso não for possível, a ordem de mudança deve declarar que o cliente concorda em pagar pelo trabalho extra.

7.4 Planejamento do Projeto A fase de planejamento do projeto poderá começar antes da assinatura do contrato formal. São coletadas informações sobre lances e estimativas, são anotados requisitos especiais, são feitas alocações de recursos, e é realizado um estudo final da RFP (solicitação de

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proposta) para garantir que todos os componentes foram considerados.

Os seguintes passos devem ser tomados na fase de planejamento.

• Selecionar o gerente ou supervisor do projeto.

• Selecionar as equipes, baseando-se no tamanho do projeto, as profissões necessárias e o tempo alocado para a realização.

• Identificar e agendar sub-contratadores.

• Criar um programa de entrega de materiais.

• Providenciar a disposição dos resíduos.

7.4.1 Fornecedores O estimador normalmente selecionará os fornecedores, baseando-se nos custos, entregas e serviço. O estimador usará as seguintes perguntas para determinar o custo total do material:

• O preço inclui o transporte?

• O fornecedor tem reputação de quem entrega os materiais no prazo combinado?

• Qual é a regra para materiais devolvidos?

• O fornecedor pode fornecer diagramas e desenhos técnicos de maneira rápida?

• O fornecedor pode providenciar conselhos e suporte técnico?

7.4.2 Pedido de materiais Após a assinatura do contrato, devem ser utilizados ordens de compra para pedir materiais dos fornecedores. As ordens de compra devem incluir uma descrição do material, o código da peça do fabricante, a quantidade, o preço, a dada de entrega e o local da entrega.

Geralmente, o fornecedor com o menor preço e que pode prover o cabo e equipamentos especificados será selecionado. Os custos de transporte precisam ser considerados para determinar o custo mais baixo. O preço do fornecedor deve incluir uma garantia que o preço não será alterado durante um período específico. A maioria dos fornecedores garantem o preço durante um mínimo de trinta dias. O supervisor ou empreiteiro geral precisa certificar-se de que não ocorram substituições sem aprovação, com o intento de reduzir custos.

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7.5 Documentação Final

Figura 1 Desenhos do Estado Físico do Projeto

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Figura 2 Lista de Verificação Típica

É importante fornecer ao cliente desenhos do projeto no estado físico em que foi realizado, conforme ilustrado na Figura 1. Estes desenhos indicam as rotas dos cabos, pontos de terminação e tipos de cabos tal como foram instalados. É possível que alguns cabos não tenham sido instalados da maneira que foi originalmente planejado, devido a obstruções ou outros problemas encontrados. Alterações típicas incluem o acréscimo ou eliminação de lances de cabos ou tomadas ou um roteamento diferente dos cabos.

Os desenhos do estado físico do projeto não são criados até que todos os cabos estejam colocados, todos os conectores estejam instalados e todos os cabos estejam terminados. O desenho pode ser iniciado durante a fase final de testes. No entanto, quaisquer mudanças ou trabalhos adicionais devem ser precisamente refletidos nos desenhos.

Plantas baixas, desenhos de disposição de móveis ou desenhos T normalmente são usados como base dos desenhos do estado físico do projeto. Não é obrigatório o empreiteiro redesenhar as plantas do edifício para fazer desenhos do estado físico do projeto. O

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empreiteiro desenha todos os lances, terminações e tomadas e fornece todas as informações sobre os rótulos.

A lista de verificação é a lista fornecida ao empreiteiro pelo cliente quando o empreiteiro considera o projeto como concluído, conforme ilustra a Figura 2. A lista de verificação inclui os seguintes itens:

• Itens por terminar, tais como tomadas ou lances de cabo faltantes

• Itens não satisfatórios, tais como cabos não fixados a escadas ou tomadas que não funcionam.

• Itens de limpeza, tais como aparas deixadas nos corredores

Estes itens precisam ser corrigidos antes da aprovação e aceitação final do projeto. Quando os itens da lista de verificação estiverem resolvidos, é esperado que seja feito o pagamento.

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Laboratório 1: Exame dos Tipos de Terminação Objetivos

• Estudar os padrões de fiação T568A, T568B e RJ-45 USOC.

• Terminar as extremidades de um cabo Categoria 5e.

Fundamentos / Preparação A Bell Telephone estabeleceu a técnica para a terminação de cabos de par trançado. Esta técnica, conhecida como Bell Telephone Universal Service Order Code (USOC), organiza os fios logicamente dentro de um plugue modular. Basicamente, o primeiro par vai nos dois pinos centrais e o outro par segue da esquerda para a direita, dividindo cada par pelo meio. Isto é apropriado para tecnologias de voz, mas pode causar problemas para dados, porque separa os fios dos pares, causando diafonia. Por esta razão, foram elaborados os padrões T568A e T568B para fiação. Estes padrões de fiação mantêm os fios de cada par juntos, melhorando o desempenho do cabo.

Neste laboratório, você aprenderá sobre a identificação, preparação e terminação dos cabos Categoria 5e, utilizando os dois esquemas mais populares que se encontram nos padrões ANSI/TIA/EIA T568A e T568B.

Trabalhe em grupos de 2 a 4 pessoas. Cada grupo precisará de quatro cabos Categoria 5e com um comprimento mínimo de 1 m (3 pés) cada um. Os seguintes recursos serão necessários:

• 4 a 5 m (13 a 16 pés) de cabo Categoria 5e

• Plugues modulares Pan-Plug

• Ferramenta de crimpagem Pan-Plug

• Desencapador de fios

• Tesoura

• Ferramenta de cortar fios

• Ferramenta de preparação de fios

• Óculos de segurança

• Medidor de cabos Fluke 620 ou LinkRunner

Opcional: Esquema de fiação USOC

URLs http://www.panduit.com/

http://www.tiaonline.org/

Segurança Sempre use óculos de segurança durante o laboratório.

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Etapa 1 Remoção da Capa do Cabo a. Use uma régua e meça 8 cm (3 polegadas) da ponta do cabo.

Coloque uma marca no cabo.

b. Use um desencapador de fios para cuidadosamente entalhar a capa externa do cabo sem cortá-la até os condutores. Corte e remova a capa o mais próximo possível ao comprimento marcado.

Não entalhe nenhum dos isolamentos.

Observação: Note que no desencapador de fios existe sentidos de corte mínimo e de corte máximo. Use o sentido de corte mínimo. Não faça mais de duas voltas de 360 graus com esta ferramenta.

Etapa 2 Separa os Quatro Pares a. Destrance cada um dos pares do cabo. Tome cuidado para não

destrançar mais do que o necessário, dado que a trança proporciona cancelamento de ruído.

b. Mantenha os pares individuais juntos para facilitar a sua identificação. Isto ajuda porque alguns fios na extremidade poderão estar desprovidos de cor visível e poderão ter a aparência de fios de cor sólida.

c. Use a ferramenta de preparação de fios e insira os condutores individualmente na seqüência apropriada, usando o esquema T568A ou T568B.

Observação: A seta superior no diagrama acima indica os pinos 1 e 2, Branco/Alaranjado e Alaranjado.

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d. Puxe os condutores até que a capa do cabo esteja na posição do entalhe de retenção dos condutores.

e. Corte os condutores rentes com a ferramenta de cortar fios.

.

f. Remova o cabo do entalhe de retenção dos condutores, mantendo os condutores na sua posição com o polegar e indicador sobre a ponta da capa do cabo.

Etapa 3 Terminando o Plugue com o Padrão de Fiação T568A Esquema do T568A

Número do

pino

Número do par

Função Cor do fio

1 3 Transmitir Branco/verde 2 3 Transmitir Verde 3 2 Receber Branco/laranja

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4 1 Não usado Azul 5 1 Não usado Branco/azul 6 2 Receber Laranja 7 4 Não usado Branco/marrom8 4 Não usado Marrom

Observação: Aqui está um diagrama de um conector RJ-45. Observe que o plugue cabe no conector com a lingüeta virada para baixo. Posicionar o plugue de modo que a lingüeta esteja do outro lado ao inserir os condutores garantirá que o pino 1 esteja localizado do lado esquerdo e que o pino 8 esteja do lado direito.

a. Termine uma extremidade do cabo, usando o padrão T568A.

b. Aplique uma leve pressão para baixo ao inserir os condutores. Aplique a leve pressão até que estejam completamente inseridos por baixo dos contatos localizados na parte superior do plugue.

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Coloque o plugue dentro da matriz até que faça um estalido.

c. Realize a terminação, fechando completamente os cabos e em seguida soltando-os.

Etapa 4 Terminando o Plugue com o Padrão de Fiação T568B

a. Repita as Etapas 1 a 3.

Padrão T568B

Número do

pino

Número do par

Função Cor do fio

1 2 Transmitir Branco/laranja 2 2 Transmitir Laranja 3 3 Receber Branco/verde 4 1 Não usado Azul 5 1 Não usado Branco/azul

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6 3 Receber Verde 7 4 Não usado Branco/marrom8 4 Não usado Marrom

b. Uma vez concluída a terminação das duas extremidades do cabo, faça com que outro membro do grupo examine os padrões de fiação para certificar-se de que os plugues foram corretamente terminados.

Etapa 5 Como Decidir Qual dos Padrões Deve Ser Usado a. Para decidir qual dos padrões deve ser usado, faça as seguintes

perguntas:

� As especificações do projeto exigem um padrão específico de fiação?

� O padrão já foi estabelecido pelo cabeamento existente?

� A nova fiação corresponde à fiação existente?

� O cliente especificou algum padrão de fiação?

� Já foram comprados patch panels para o projeto? Caso positivo, provavelmente já serão do padrão T568A ou T568B. Os conectores devem ter o mesmo padrão de fiação que os patch panels.

b. Se nenhum dos fatores acima se aplicar, pode ser utilizado indiferentemente o T568A ou o T568B. É importante assegurar que os conectores das estações de trabalho e dos patch panels estejam com o mesmo padrão de fiação. Nos Estados Unidos, o padrão T568B é regularmente utilizado em instalações comerciais, enquanto que o T568A é o padrão para instalações residenciais.

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Etapa 6 Testes a. Use o medidor de cabos Fluke 620 ou LinkRunner para testar a

instalação do conector.

Quais são os resultados do teste?

________________________________________________________

________________________________________________________

b. Os resultados são idênticos quando do teste do segundo conector?

________________________________________________________

c. Por quê ou por quê não?

________________________________________________________

________________________________________________________

Etapa 7 Limpeza Certifique-se de que todas as ferramentas estejam apropriadamente guardadas e que todos os resíduos e aparas foram removidas da área de trabalho.

Esquema do RJ-45 USOC Número do

pino

Número do par

Cor do fio

1 4 Branco/marrom2 3 Verde 3 2 Branco/laranja 4 1 Azul 5 1 Branco/azul 6 2 Laranja 7 3 Branco/verde 8 4 Marrom

O USOC é um padrão antigo usado para cabeamento de voz. Para telefones com uma ou duas linhas, que utilizam os pinos 4.5 e 3/6, o T568A ou T568B funcionam tão bem quanto o USOC. No entanto, para Ethernet, nos pinos 1/2 e 3/6, o USOC não funcionará. Uma placa de rede Ethernet, tentando transmitir nos pinos 1/2, não funcionará, pois 1/2 não fazem um par, os fios não são da mesma cor e não são trançados. O código USOC não é reconhecido pelos Padrões. No entanto, é comum em terminações de circuitos T1.

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Laboratório 2: Terminação de um Cabo Categoria 5e em um Patch Panel Categoria 5e

Objetivos • Terminar um Cabo Categoria 5e em um Patch Panel

Categoria 5e.

• Utilizar corretamente uma ferramenta punchdown tipo 110.

• Utilizar corretamente um desencapador de cabos.

Fundamentos / Preparação Um patch panel Categoria 5e é um dispositivo utilizado para terminar fios em um local centralizado. Os cabos das redes de dados e voz locais são reunidos em um patch panel, e os cabos de fora são reunidos em outro painel. Estes dois painéis proporcionam uma maneira de unir os dois conjuntos de fios para providenciar a conectividade desde fora do edifício até as mesas de trabalho. Este sistema de gerenciamento de fios permite organização e rapidez na realização de mudanças.

Neste laboratório, um cabo Categoria 5e será terminado em um patch panel. A outra extremidade do cabo será terminada em um bloco de conexão tipo 110.

O instrutor ou assistente de laboratório designará o local do punchdown para cada aluno na parte de cima desta página, indicando o rack, fileira e posição no patch panel. Trabalhe em grupos de 2 a 4 pessoas. Os seguintes recursos serão necessários:

• Um patch panel Categoria 5e

• 1,2 m (4 pés) de cabo UTP Categoria 5e

• Desencapador de fios

• Ferramenta de cortar fios

• Ferramenta de impacto com lâmina de corte tipo 110

• Clipes C4

• Cabo de adaptação 110 para RJ-45

• Fluke 620 ou LinkRunner

• Óculos de segurança

URL http://www.panduit.com/

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Segurança Lembre-se de sempre usar óculos de segurança ao realizar o cravamento (punchdown) dos fios. Esteja sempre atento para a tarefa em andamento para evitar cortes acidentais.

Etapa 1 Preparação do Cabo Remova a capa o suficiente para fazer a terminação do cabo no patch panel.

Etapa 2 Inserir os Condutores a. Separe os pares de condutores sem destrançar nada dos fios.

b. Siga o rótulo na parte de trás do patch panel. O cabos serão terminados no padrão T568B.

c. Certifique-se de que tenha 8 a 10 cm (3 a 4 polegadas) de fio extra além do ponto de terminação e divida um trançado na ponta colorida. A cor da ponta vai para a esquerda e a cor do anel vai para a direita. Isto garante que o trançado continue até o ponto da terminação. É muito importante que o trançado dos fios permaneça tão firme quanto possível até o ponto da terminação.

Observação: O comprimento máximo de destrançamento para cabo Categoria 5e é de 1 cm (0,5 pol.).

d. Para garantir uma aparência profissional na terminação do cabo, é melhor começar a inserção dos condutores com os pares de centrais e ir trabalhando até os pontos de terminação laterais. Isto garante para os pares de fio laterais uma exposição mínima e por igual.

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Etapa 3 Cravamento (punchdown) Observação: Se for exercida muita força de cravamento no patch panel, a placa de circuitos impressos dentro dele poderá ser danificado. Para esta aplicação, deve ser utilizada somente a ferramenta de impacto de um só fio com uma lâmina tipo 110. A ferramenta de impacto deve ser regulada para “lo” (baixa pressão). Jamais use uma ferramenta multipunch ao fazer terminações em um patch panel.

a. Coloque a ferramenta de impacto sobre o fio com a lâmina virada para a extremidade do fio e pressione firmemente na ferramenta até que faça um estalido. Não bata na ferramenta com a mão para cravar os fios. Com a ferramenta de impacto regulada em “lo”, poderá ser necessário cravar o fio duas ou três vezes para garantir uma terminação correta.

b. Siga as etapas 2 e 3 para o outro fio. Remova cuidadosamente o excesso dos fios.

c. Repita esta etapa para cada um dos pares de fios.

Etapa 4 Painel 110 a. Desencape 7,5 cm (3 pol.) da outra extremidade do cabo e faça a

terminação dele nas fileiras e posições designadas do bloco de conexão AA ou BB-5 tipo 110.

b. Instale um clip C4 sobre o cabo Categoria 5e usando uma ferramenta de terminação multipar.

Etapa 5 Cabo Adaptador RJ45 para 110 a. Um cabo adaptador RJ-45 para 110 é um cabo com um conector

RJ-45 em uma extremidade e um conector que pode ser conectado a um painel 110 na outra extremidade.

b. Este cabo irá testar como cabo reto ou cabo cruzado?

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c. Explique por quê.

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d. Instale o adaptador por cima do clipe C4. Usando o Fluke 620 ou LinkRunner, teste o cabo entre o patch panel e o bloco de conexão 110.

e. Quais são os resultados do teste?

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f. A sua suposição inicial estava correta?

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Etapa 6 Limpeza Certifique-se de que todas as ferramentas estejam apropriadamente guardadas. Remova qualquer lixo ou aparas.

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Laboratório 3: Utilização e Segurança das Ferramentas

Objetivos • Identificar as ferramentas utilizadas nas instalações dos

cabos.

• Examinar e manipular as ferramentas utilizadas nas instalações dos cabos.

Fundamentos / Preparação O tipo de cabo sendo instalado determina quais são as ferramentas necessárias para o projeto. As ferramentas apropriadas são necessárias para a instalação correta e segura dos cabos. Embora nem todas as ferramentas sejam utilizadas em todos os projetos de instalação de cabos, é importante saber sobre a maioria das ferramentas e materiais que possam vir a ser usados para garantir instalações de qualidade e para realizar o trabalho de maneira segura e pontual.

A segurança é uma consideração para todas as tarefas. É crítico que sejam tomadas precauções para garantir a segurança na realização de um projeto. O conhecimento da utilização correta das ferramentas ajudará a evitar ferimentos pessoais.

A finalidade deste laboratório é identificar as ferramentas normalmente utilizadas e materiais que podem vir a ser usados nos projetos de instalação de cabos e aprender a usá-los com segurança. Tenha em mente que os nomes de certas ferramentas poderão variar entre regiões e países e que os instaladores freqüentemente adotam apelidos para certas ferramentas. Trabalhe em grupos de 2 a 4 alunos.

Advertência: O instrutor TEM que estar presente durante este laboratório. Algumas da ferramentas apresentadas neste laboratório são bem perigosas. Antes de manipular cada ferramenta, leia a seção do laboratório que corresponde àquela ferramenta. Essa seção apresenta o funcionamento de cada ferramenta e repassa as medidas de segurança que devem ser tomadas. Os seguintes recursos serão necessários:

• Ferramentas de corte

• Ferramentas de terminação

URLs

http://siri.uvm.edu/ppt/handsafe/handsafety.ppt

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Etapa 1 Ferramentas de Corte Manipule todas as ferramentas enumeradas. Simule como seriam utilizadas no campo.

Desencapador de Fio Panduit

O desencapador de cabo Panduit é usado para remover a capa externa de cabos Categoria 5e e de cabos coaxiais pequenos. A ferramenta é aberta para retrair a lâmina de corte. O cabo é inserido no furo e o instalador solta a lâmina. A ferramenta é girada uma vez ao redor do cabo. É girada no sentido horário para os cabos de capa mais fina e no sentido anti-horário nos cabos de capa mais grossa. A ferramenta é então aberta para remover o cabo. Não utilize a ferramenta para remover a capa do cabo. Ao arrastar a ferramenta sobre os fios expostos, estes podem ser cortados e danificados. A capa agora pode ser removida com facilidade. Por ser uma ferramenta de corte, óculos de segurança devem ser usados durante a sua utilização.

Tesoura de Eletricista

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A tesoura de eletricista pode ser usada para cortar cabo Categoria 5e e fios diversos em um projeto de instalação. Existem dois entalhes em uma das lâminas. Estes entalhes são usados para remover o isolamento de condutores individuais. A tesoura também pode ser usada para entalhar a capa de um cabo. Como é o caso de qualquer ferramenta de corte, deve-se tomar cuidado para não cortar os dedos ou beliscar os dedos no cabo. Sempre use óculos de segurança ao usar uma tesoura.

Ferramenta de cortar fios Panduit

a. A ferramenta de cortar fios Panduit é utilizada para cortar o excesso de fio ao instalar conector Mini-Jack TX. Esta ferramenta corta condutores de cobre rentes com a tampa da terminação. A ferramenta de cortar fios não deve ser usada para cortar cabos Categoria 5e. Tem a finalidade de cortar somente pares individuais do cabo. Esta ferramenta é muito afiada e deve-se tomar cuidado ao usá-la. Lembre-se de ter cuidado também com as pontas agudas das lâminas. Como é o caso de qualquer ferramenta de corte, óculos de segurança devem ser usados ao utilizar esta ferramenta.

b. Quantas vezes é girado o desencapador para remover a capa do cabo?

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c. Quais das ferramentas de corte exigem o uso de óculos de segurança?

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____________________________________________________________

Etapa 2 Ferramentas de Terminação Manipule todas as ferramentas enumeradas. Simule como seriam utilizadas no campo.

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Cravador Panduit para Um Só Par

O cravador de um só par é usado para terminar pares de cabo em blocos de terminação e na parte de trás dos patch panels e de conectores. A ferramenta aceita lâminas de todos os painéis de terminação mais usados. A ferramenta no laboratório é equipada para terminar pares de cabo em blocos 110. A lâmina é reversível. De um dos lados, ela tem uma posição de corte. Nesta configuração, a ferramenta cravará um fio e cortará o excesso do fio em um só movimento. O outro lado da lâmina cravará sem cortar. O lado cortante é marcado no corpo da ferramenta. A lâmina é removida, torcendo-a no sentido anti-horário e puxando a lâmina para fora da ferramenta. Para instalar a lâmina, insira-a na ferramenta e gire-a no sentido horário. Use cuidado ao utilizar esta ferramenta ou ao trocar as lâminas, pois a pequena lâmina na ponta pode provocar cortes.

Um fio é inserido no seu sulco no pontol de terminação. Segure a ferramenta pelo cabo. Mantendo a ferramenta perpendicular ao bloco, empurre a lâmina sobre o sulco onde o fio deve ser inserido. Esta ferramenta é de impacto. Ao empurrar o cabo, é aplicada pressão sobre uma mola até que a ferramenta dispare e libere a energia da mola comprimida. O fio é completamente cravado na sua posição e o excesso do fio é cortado. A ferramenta é munida de ajuste de impacto.

Cravador Multipar Panduit

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O cravador multipar é usado para inserir condutores em blocos 110. A ferramenta insere e corta simultaneamente cinco pares. A ferramenta é também usada para terminar três, quatro ou cinco pares de condutores simultaneamente ao assentar clipes “C” em cima depois de ter sido inseridos. A ferramenta multipar possui lâminas de corte reversíveis e substituíveis. Ao torcer a cabeça da ferramenta, é liberado um retentor e a cabeça pode ser removida da ferramenta. As lâminas de corte são retiradas lateralmente da cabeça. As lâminas podem ser instaladas para a frente para cotar ou para trás para assentar clipes “C”. Tenha muito cuidado com esta ferramenta porque possui várias pequenas lâminas que podem provocar cortes. A ferramenta é utilizada de maneira semelhante ao cravador de um só par. Vários pares são inseridos no bloco, a ferramenta é colocada sobre os pares, e o instalador empurra sobre a ferramenta até que a energia da mola é disparada em um forte impacto. Esta é uma ferramenta de alto impacto e não serve para utilização na parte de trás de um patch panel.

Ferramenta de Terminação de Conector Mini-Jack TX

a. A ferramenta de terminação de Conector Mini-Jack TX é usada para instalar a tampa de terminação em um Conector Mini-Jack TX. Esta ferramenta de terminação assegura uma instalação correta e uniforme da tampa de terminação no conector.

b. Descreva a diferença entre as duas extremidades da lâmina de um cravador tipo 110.

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c. Como é removida a lâmina em um cravador multipar?

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d. Como é removida a lâmina em um cravador tipo 110?

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e. Para que serve a lâmina reversível de um cravador multipar?

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f. Para que serve a lâmina reversível de um cravador tipo 110?

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g. Que ferramenta é usada para terminar um conector Mini-Jack?

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h. Um cravador multipar pode ser usado na parte de trás de um patch panel? Por quê ou por quê não?

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Etapa 3 Ferramentas de Crimpagem Ferramenta de crimpagem Panduit para RJ-45

a. A ferramenta de crimpagem RJ-45 é utilizada para instalar pluguess RJ-45 na extremidade de um cabo. Os fios são inseridos no pluguede acordo com um código de cores apropriado. O plugueé inserido na ferramenta até que faça um estalido de assentamento. Os cabos da ferramenta são apertados completamente até que se soltem. Esta ferramenta é de catraca, de modo que os cabos não voltarão a sua posição totalmente aberta até que a ferramenta seja completamente fechada. Mantenha os dedos afastados das mandíbulas da ferramenta. Existe uma alavanca de liberação entre os cabos da ferramenta que permite que as mandíbulas sejam abertas antes de serem completamente fechadas. Este é um recurso de segurança.

b. Quais são as duas maneira de abrir uma ferramenta de crimpagem RJ-45?

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Laboratório 4: Identificação de Cabos Objetivos

• Identificar os diferentes tipos de cabos utilizados neste curso.

Fundamentos / Preparação “Categoria” é o termo usado para distinguir os regimes de cabos de pares trançados. Cada regime é caracterizado pelo número de fios dentro do cabo, o número de torcidas dos fios e a velocidade de transmissão de dados que pode ser acomodada. Este laboratório identificará várias categorias de cabos em cobre.

O instrutor ou assistente do laboratório preparará seções de cada tipo de cabo enumerado abaixo, medindo de 0,3 m (1 pé) a 0,6 m (2 pés). Remova 15 cm (6 polegadas) da capa externa de uma extremidade do cabo de modo que a construção do cabo possa ser examinada.

Note que há um fio de corte mínimo e máximo no desencapador de cabos. Use o corte mínimo para garantir que não sejam entalhados os condutores. Não deixe que passe do máximo de duas voltas de 360 graus com o desencapador de cabos para evitar que os condutores sejam entalhados. Trabalhe em grupos de 4 a 5 pessoas. Os seguintes recursos serão necessários:

• Cabo de condutores torcidos UTP Categoria 5e

• Cabo de condutores sólidos UTP Categoria 5e

• Cabo de condutores torcidos UTP Categoria 6

• Cabo de condutores sólidos UTP Categoria 6

• Desencapador de cabos

• Trena

URL http://www.panduit.com/

Etapa 1 Examinando Cabo UTP Categoria 5e de condutores sólidos a. Selecione o cabo UTP Categoria 5e de condutores sólidos,

inspecionando a capa do cabo. Ela identifica o tipo de cabo.

b. Quais são as marcas neste cabo? _______________________________

c. Examine a estrutura interna do cabo.

d. Quantos pares tem este cabo? ________________________________

e. O que é usado para identificar um fio em particular? __________________

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f. Examine os fios individuais.

g. Quantos filamentos de cobre contém cada fio? _____________

Etapa 2 Examinando Cabo UTP Categoria 5e de condutores retorcidos

a. Selecione o cabo UTP Categoria 5e de núcleo retorcido.

b. A capa externa é diferente da capa do cabo UTP Categoria 5e de condutores sólidos?

________________________________________________________

c. Quais são as marcas neste cabo?

________________________________________________________

d. Examine a estrutura interna do cabo.

Etapa 3 Examinando Cabo UTP Categoria 6 de condutores sólidos a. Selecione o cabo UTP Categoria 6 de condutor sólido. Inspecione

cuidadosamente o cabo e note que a capa do cabo identifica o tipo de cabo.

b. Quais são as marcas neste cabo? ________________________

c. Examine a estrutura interna do cabo.

d. De que maneira é diferente do cabo UTP Categoria 5e? ___________

e. Quantas camadas de blindagem ele possui? _________________

f. Quantos filamentos de cobre contém cada fio? ___________

Etapa 4 Examinando Cabo UTP Categoria 6 de condutores retorcidos

a. Selecione o cabo UTP Categoria 6 de condutores retorcidos.

b. Quais são as marcas neste cabo? ________________________

c. Examine a estrutura interna do cabo.

d. Quantos pares tem este cabo? _________________________

e. De que maneira é diferente do cabo UTP Categoria 5e? ___________

f. Quantas camadas de blindagem ele possui? _________________

g. Quantos filamentos de cobre contém cada fio? ___________

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Etapa 5 Dê respostas para as seguintes questões a. Descreva as diferenças entre cabos UTP de cabo sólido e de

núcleo de condutores retorcidos.

________________________________________________________

________________________________________________________

________________________________________________________

b. Descreva as diferenças entre cabos Categoria 5e e cabos Categoria 6.

________________________________________________________

________________________________________________________

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Laboratório 5: Terminação de Conector Categoria 5e

Objetivos • Praticar procedimentos apropriados de segurança ao utilizar

ferramentas de cabeamento.

• Usar o padrão T568B ao terminar cabo Categoria 5e em um conector modular no patch panel modular.

Fundamentos / Preparação O cabo Categoria 5e é terminado em conectores. Os conectores modulares podem ser inseridos nos patch panels modulares para permitir a terminação do cabo com o mesmo conector Mini-Jack modular utilizado numa tomada na parede.

Para providenciar a conectividade na infra-estrutura de um sistema de cabeamento estruturado, o instalador precisa poder terminar os cabos Categoria 5e com conectores.

Durante este laboratório, cada aluno da equipe terminará uma extremidade de um cabo Categoria 5e com um conector RJ-45 Mini-Jack e o inserirá no patch panel. Trabalhe em equipes de 2 pessoas. Os seguintes recursos serão necessários:

• 2 conectores RJ-45 Mini-Jack

• 60 cm (2 pés) de cabo UTP Categoria 5e de núcleo sólido

• Óculos de segurança

• Desencapador de fios

• Ferramenta de terminação de conector Mini-Jack

• Marcador permanente

• Ferramenta de cortar fios

• Tesoura de Eletricista

• Medidor de cabos Fluke 620 ou LinkRunner

URL

http://www.panduit.com/

Segurança Não deixe de usar óculos de segurança ou óculos de proteção durante todo o laboratório.

Etapa 1 Marque o Cabo Coloque uma identificação no cabo aproximadamente a 15 cm (6 polegadas) da extremidade. Cada cabo precisa ter um identificador exclusivo. Para este exercício, cada aluno deve usar um marcador

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permanente para escrever o seu nome na extremidade do cabo em que ele fizer a terminação. Depois do nome deve seguir pp1, para patch panel 1, e o número da porta do patch panel na qual o aluno irá inserir o conector.

Etapa 2 Remova a Capa Agora que o cabo é do comprimento correto e possui um identificador exclusivo, remova a capa sem danificar os condutores. Use o desencapador de cabo para entalhar o cabo aproximadamente 5 cm (2 polegadas) da extremidade. Se houver qualquer cobre exposto nos condutores onde a capa foi removida, corte a ponta do cabo e remova outra vez 5 cm (2 polegadas) da capa. Caso necessário, repita o processo de marcar a identificação.

Etapa 3 Prepare o Cabo e o Conector

a. Separe os pares trançados um do outro sem destrançá-los. Puxe os pares de fios para acertar suas posições Use o padrão de fiação T568B na terminação deste conector.

b. Junte os pares torcido e insira-os na tampa.

Empurre a capa do cabo até que a ponta da capa se encontre por baixo do rótulo.

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c. destrance os pares, uma por uma a começar com os pares laterais e coloque-os nos sulcos corretos. É muito importante destrançar cada par apenas o bastante para que os condutores possam ser assentados nos sulcos corretos.

d. Apare cada condutor rente com a tampa com a ferramenta de cortar fios. Certifique-se de que os condutores ainda estejam assentados nos seus sulcos.

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Etapa 4 Faça a Terminação do Cabo

a. Deslize a frente do conector Mini-Jack para dentro do reforço, certificando-se de que esteja alinhada.

b. Use a ferramenta de terminação de conector Mini-Jack para juntar as duas peças até que façam um estalido. O cabo agora está terminado. Por trás do painel, instale o módulo do conector dentro de uma posição vaga no patch panel modular, empurrando-o até ouvir um estalido.

Etapa 6 Faça a Terminação da Outra Extremidade do Cabo Faça a instalação do outro módulo Mini-Jack, seguindo o padrão de fiação T568B para terminar o cabo e insira este conector na porta correta do patch panel.

Etapa 7 Testes a. Use o medidor de cabos Fluke 620 ou LinkRunner para testar a

instalação do conector.

b. Quais são os resultados do teste?

________________________________________________________

________________________________________________________

c. Os resultados são idênticos quando do teste do segundo conector?

________________________________________________________

d. Por quê ou por quê não?

________________________________________________________

________________________________________________________

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Etapa 8 Limpeza Certifique-se de que todas as ferramentas estejam apropriadamente guardadas e remova todos os resíduos e aparas da área de trabalho.

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Laboratório 6: Terminação de Conector Categoria 6 Objetivos

• Praticar procedimentos apropriados de segurança ao utilizar ferramentas de cabeamento.

• Fazer a terminação de cabos Categoria 6, usando técnicas apropriadas para o cabeamento de dados de grande largura de banda.

Fundamentos / Preparação Certas precauções devem ser tomadas quando os cabos Categoria 6 são terminados com conectores. A importância das tolerâncias de dimensões aumenta à medida que vão aumentando as freqüências das voltagens e a velocidade de transmissão de dados nos cabos.

As seguintes instruções explicam como fazer a terminação de Módulos Panduit MINI-COM TX-6 PLUS. Embora as técnicas de instalação possam variar um pouco, a atenção a estes procedimentos ajudará o alunos a obter perícia ao lidar com terminações e dispositivos Categoria 6.

Durante este laboratório, cada aluno da equipe terminará uma extremidade de um cabo Categoria 6 com um conector RJ-45 Mini-Jack e o inserirá num patch panel. Trabalhe em equipes de 2 pessoas. Os seguintes recursos serão necessários:

• 2 módulos RJ-45 MINI-COM TX-6 PLUS

• 60 cm (2 pés) de cabo UTP Categoria 6 de núcleo sólido

• Óculos de segurança

• Desencapador de fios

• Marcador permanente

• Ferramenta de terminação de conector Mini-Jack

• Ferramenta de cortar fios

• Tesoura de Eletricista

• Testador de cabos para verificar que os fios foram conectados corretamente.

URL

http://www.panduit.com/

Segurança Não deixe de usar óculos de segurança ou óculos de proteção durante todo o laboratório.

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Etapa 1 Marque o Cabo Coloque uma identificação no cabo aproximadamente a 15 cm (6 polegadas) da extremidade. Cada cabo precisa ter um identificador exclusivo. Para este exercício, cada aluno deve usar um marcador permanente para escrever o seu nome na extremidade do cabo em que ele fizer a terminação. Se for para inserir o conector num patch panel, depois do nome deve seguir pp1, para patch panel 1, e o número da porta do patch panel na qual o aluno irá inserir o conector.

Etapa 2 Remova a Capa e Ordene os Pares Agora que o cabo é do comprimento correto e possui um identificador exclusivo, remova a capa sem danificar os condutores. Use o desencapador de cabo para entalhar o cabo aproximadamente 5 cm (2 polegadas) da extremidade. Se houver qualquer cobre exposto nos condutores onde a capa foi removida, corte a ponta do cabo e remova outra vez 5 cm (2 polegadas) da capa. Caso necessário, repita o processo de marcar a identificação.

Evite danificar ou mexer com os pares de cabos mais do que o absolutamente necessário. Separe os pares do cabo conforme ilustrado na Figura 1, colocando as cores na ordem indicada na Figura 2. Apare os pares no comprimento ilustrado na Figura 1. Note que estas instruções se aplicam a condutores sólidos e não aos retorcidos.

Figura 1

Figura 2

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Etapa 3 Insira o cabo no conector

Figura 3

Segurando o conjunto do módulo com o lado correto para cima, conforme ilustrado na Figura 3, e com os pares de fios orientados conforme ilustrado na Figura 2, empurre levemente os pares ordenados através dos furos no conjunto do módulo. Insira o cabo completamente, certificando-se de que os pares passem pelos furos corretos.

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Etapa 4 Insira os Fios nos Entalhes

Figura 4

Use a Figura 4 como guia para torcer os pares na ordem indicada. Um de cada vez, começando com os pares do lado de fora, coloque-os nos sulcos corretos. É muito importante destrançar cada par apenas o bastante para que os condutores possam ser assentados nos sulcos corretos.

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Etapa 5 Corte Rentes as Pontas dos Fios

Figura 5

Apare cada condutor rente com a tampa com a ferramenta de cortar fios. Certifique-se de que os condutores ainda estejam assentados nos seus sulcos, conforme mostrado na Figura 5.

Etapa 6 Monte o Módulo

Figura 6

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a. Deslize a frente do conector Mini-Jack para dentro do reforço, certificando-se de que esteja alinhada, conforme mostrado na imagem superior da Figura 6.

b. Use a ferramenta de terminação de conector Mini-Jack para juntar as duas peças até que façam um estalido, conforme mostrado na imagem inferior da Figura 6. O cabo agora está terminado. Como alternativa, pode ser usado um alicate de bomba com as mandíbulas ajustadas para a medida do conector terminado. Se o alicate consistentemente quebra os módulos, tente envolver cada mandíbula em um pouco de fita isolante antes de usá-lo.

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Etapa 7 Instalação de Cabo Blindado

Figura 7

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Figura 8

A figura 8 é uma ampliação da etapa 5 na figura 7. Nesta etapa, traga o fio de drenagem até a parte de trás do módulo e envolva-o por cima do borne de aterramento que se projeta atrás da capa. Fixe o fio de drenagem com um anel de crimpagem de plástico conforme a ilustração. Se for para usar o módulo em um dispositivo montado em superfície, uma abraçadeira de náilon deve ser usada.

Etapa 8 Faça a Terminação da Outra Extremidade do Cabo Instale o outro módulo Mini-Jack, usando o mesmo padrão de fiação T568A ou T568B, para terminar o cabo.

Etapa 9 Testes Use o testador de cabos para testar a instalação dos conectores.

a. Quais são os resultados do teste?

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____________________________________________________

b. Os resultados são idênticos quando do teste do segundo conector?

____________________________________________________

c. Por quê ou por quê não?

____________________________________________________

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Etapa 8 Limpeza Certifique-se de que todas as ferramentas estejam apropriadamente guardadas e remova todos os resíduos e aparas da área de trabalho.

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Laboratório 7: Terminando Categoria 5e em um Bloco 110

Objetivos • Fazer a terminação de cabo Categoria 5e em um bloco de

terminação tipo 110.

• Usar corretamente uma ferramenta punchdown tipo 110 e uma ferramenta multipunch tipo 110.

Fundamentos / Preparação O instalador precisa saber fazer corretamente o cravamento num bloco tipo 110. É importante que cada cravamento seja executado corretamente para garantir uma conectividade apropriada.

Um bloco 110 é um dispositivo usado para terminar vários fios em um só lugar. Tanto os fios de redes internas de dados como os de telefones são ligados no bloco. Os fios vindos de fora do edifício são ligados a um bloco separado. Estes dois blocos proporcionam uma maneira de unir os dois conjuntos de fios para providenciar a conectividade desde origens fora do edifício até as mesas de trabalho. Este sistema de gerenciamento de fios mantém os fios organizados e permite rapidez na realização de mudanças.

O instrutor ou assistente do laboratório designará o local do cravamento, indicando a fileira 1 a 4 e a posição 1 a 6 no bloco. Trabalhe em grupos de 1 a 4 pessoas. Os seguintes recursos serão necessários:

• Bloco de cravamento tipo 110

• 1 m (3 pés) de cabo UTP Categoria 5e

• Clipes C-4

• Desencapador de fios

• Ferramenta de impacto com lâmina de corte tipo 110

• Ferramenta multipunch tipo 110

• Alicate

URL http://www.panduit.com/

Segurança Devem ser usados óculos de segurança ao usar ferramentas de corte. Tenha cuidado ao usar ferramentas de impacto porque possuem lâminas afiadas.

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Etapa 1 Preparação do Cabo

a. Determine a posição no bloco 110 que será utilizado para terminar o cabo. Já que está sendo usado cabo de quatro pares, as posições são determinadas ao contar quatro pares do lado esquerdo do bloco. Por exemplo, a posição 1 seria os primeiros quatro pares, a posição 2 seria os segundos quatro pares, e assim por diante. Marque uma identificação no cabo com respeito à sua posição no bloco. Se o plano for de fazer a terminação do cabo na posição 3, use o rotulador e caneta ou marcador para marcar o cabo como “No. 3”.

b. Agora que o cabo possui um identificador exclusivo, remova aproximadamente 5 cm (3 polegadas) da capa, sem danificar os condutores.

Etapa 2 Separe os Condutores a. Separe e posicione os pares de condutores sem destrançar os fios.

b. Coloque os fios, um par de cada vez, dentro dos pontos de terminação de 7 a 10 cm (2 a 3 polegadas) da extremidade dos fios. Isto colocará os dois fios na posição correta de cravamento e ao mesmo tempo garantirá que continuem a ser trançados até o ponto da sua terminação. Use o esquema de cores apropriado, que é branco/azul, branco/alaranjado, branco/verde e branco/marrom. Certifique-se de que o fio de cor de ponta é colocado à esquerda e o do anel à direita.

Etapa 3 Cravamento (punchdown) a. Coloque a ferramenta de cravamento de um só fio sobre o fio que

será cravado. Certifique-se de que a lâmina só cortará a ponta do fio. A borda cortante da lâmina deve estar posicionada na direção do corte.

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b. Pressione firmemente na ferramenta de impacto até que ouça um estalido. Isto garantirá que o fio foi completamente cravado e que o excesso do fio foi cortado. Não bata na ferramenta para cravar os fios.

c. Repita esta etapa para o outro fio. Remova cuidadosamente o excesso dos fios.

Etapa 4 Faça a Cravação dos Demais Pares Repita as etapas 2 e 3 para cada um dos pares de fios.

Etapa 5 O Conector C-4

a. O conector C-4 é usado para os cabos de quatro pares. O conector C-4 é usado para fazer a própria conexão ao cabo Categoria 5e. Coloque o conector C-4 sobre os fios cravados, tendo o cuidado de seguir corretamente o código de cores.

b. Posicione a ferramenta multipunch 110 sobre o conector C-4. A ferramenta multipunch é usada para assentar o conector C-4.

c. Pressione firmemente na ferramenta multipunch até que ela faça um estalido. Isto garantirá que o conector C-4 tenha sido corretamente fixado e que os fios tenham sido apropriadamente terminados.

Etapa 6 Inspeção a. Examine com cuidado o cabo cravado.

b. Aproximadamente qual é o comprimento dos fios destrançados?

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c. Qual é o comprimento máximo permitido de destrançamento? _____________

d. Quanto ficou exposto dos pares? _______________________

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e. Quantos cabos Categoria 5e podem ser terminados em uma só fileira de um bloco tipo 110? _______________________________________

Etapa 7 Limpeza Remova o conector C-4 que foi instalado, usando um alicate para segurar o clipe e puxando-o diretamente para trás até que se solte. Certifique-se de que todas as ferramentas estejam apropriadamente guardadas e que todos os resíduos e aparas foram removidas da área de trabalho.