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ECONOMIA 08 de Outubro de 2009 O MIRANTE SUPLEMENTO CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO Empresa da Semana Há 18 anos a trabalhar na área da construção civil Empresa de Alcanena entra em acção no final da conclusão de prédios ou moradias XIII “Vamos melhorar quando olharmos menos para o vizinho e mais para as necessidades das pessoas” Vasco Tavares diz que o Estado e as câmaras municipais não podem fazer tudo VI O futuro não se constrói com lamentos e queixas mas com imaginação conhecimento e ousadia Há empresas e empresários que não perdem tempo com lamentos quando os tempos são menos bons. Nessas alturas excedem-se a todos os níveis e mostram caminhos. São exemplos que vale a pena mostrar para que não se generalize a ideia de que tudo vai mal. Três Dimensões Nuno Ferreira Empresário, Entroncamento IX Profissionalmente falando A furar a terra na busca do líquido mais precioso Custódio Martins é sondador em furos de captação de água desde os 16 anos IV Municípios deviam ter regras básicas nos processos de contrução VIII Casa Gomes desdobra-se em novos serviços Engenharia, Acústica e Coordenação e Segurança para melhorar resultados XVI Manuel Tomé Joaquim Canteiro Rui Serrano Vasco Tavares Os serviços prestados no balcão único “Casa Pronta” vão ser alargados às ope- rações relacionadas com prédios mistos, rústicos e prédios urbanos formados, no próprio acto, a partir de outros, por frac- cionamento ou emparcelamento. Assim e de acordo com a Portaria nº 1126/2009, de 1 de Outubro, que entra em vigor no próximo dia 20 de Outubro, vai ser possível concretizar em simultâneo naquele balcão, entre outros actos: a compra e venda dos referidos prédios; o pagamento de impostos associados ao negócio; o pedido imediato de todos os registos; o pedido de isenção do paga- mento do IMI; e o pedido de alteração da morada fiscal. A possibilidade de utilização do procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de prédios em atendimento presencial único tam- bém vai passar a ser aplicável ao negócio jurídico da dação em pagamento. Serviços “Casa Pronta” alargados a todo o tipo de prédios

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Suplemento Construção e Imobiliário

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Page 1: Suplemento Construção e Imobiliário

Economia 08 de outubro de 2009

O MIRANTE

S U P L E M E N T O C O N S T R U Ç Ã O E I M O B I L I Á R I O

Empresa da Semana

Há 18 anos a trabalhar na área da construçãocivilEmpresa de Alcanena entra em acção no final da conclusão de prédios ou moradias XIII

“Vamos melhorar quando olharmos menos para o vizinho e mais para as necessidades das pessoas”

Vasco Tavares diz que o Estado e as câmaras municipais não podem fazer tudo VI

o futuro não se constrói com lamentos e queixas mas com imaginação conhecimento e ousadia Há empresas e empresários que não perdem tempo com lamentos quando os tempos são

menos bons. nessas alturas excedem-se a todos os níveis e mostram caminhos. São exemplos que vale a pena mostrar para que não se generalize a ideia de que tudo vai mal.

Três Dimensões

Nuno FerreiraEmpresário, Entroncamento IX

Profissionalmente falando

A furar a terra na busca do líquido mais preciosoCustódio Martins é sondador em furos de captação de água desde os 16 anos IV

Municípios deviam ter regras básicas nos processos de contrução VIII

Casa Gomes desdobra-se em novos serviçosEngenharia, Acústica e Coordenação e Segurança para melhorar resultados XVI

Manuel Tomé Joaquim Canteiro Rui Serrano Vasco Tavares

os serviços prestados no balcão único “casa Pronta” vão ser alargados às ope-rações relacionadas com prédios mistos, rústicos e prédios urbanos formados, no próprio acto, a partir de outros, por frac-cionamento ou emparcelamento.

assim e de acordo com a Portaria nº 1126/2009, de 1 de outubro, que entra em

vigor no próximo dia 20 de outubro, vai ser possível concretizar em simultâneo naquele balcão, entre outros actos: a compra e venda dos referidos prédios; o pagamento de impostos associados ao negócio; o pedido imediato de todos os registos; o pedido de isenção do paga-mento do imi; e o pedido de alteração

da morada fiscal. a possibilidade de utilização do

procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de prédios em atendimento presencial único tam-bém vai passar a ser aplicável ao negócio jurídico da dação em pagamento.

Serviços “Casa Pronta” alargados a todo o tipo de prédios

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08 Outubro 2009 | O MIRANTEII | CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO

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O MIRANTE | 08 Outubro 2009 CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO | III

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08 Outubro 2009 | O MIRANTEIV | CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO

Profissionalmente falando

A furar a terra na busca do líquido mais preciosoCustódio Martins é sondador em furos de captação de água desde os 16 anos

profundidade, na bacia do Tejo ou na charneca, poucas são as diferenças do que se encontra e sai de tão fundo da terra. Junto ao Tejo encontra, madeiras, seixos e alguns fósseis de amêijoas, berbigão e esse tipo de espécies de moluscos. A ex-cepção vai para as bolhas de gás natural, mais comum na zona de Valada, Cartaxo, formado pelas madeiras acumuladas no subsolo, que vêm à superfície quando o solo é furado.

Questionado se nunca encontrou nada fora do comum, algo que pudesse ser valioso, Custódio Martins garante que não. “Nunca encontrei nenhuma pedra preciosa, mas se encontrasse também não lhe dizia”, graceja. Pode-se encontrar ainda os chamados furos artesianos nos quais a água que sai é projectada para a superfície, como acontece nos terrenos na zona de Ulme, Chamusca.

O sondador diz que a vantagem para rega da água dos furos em relação à da rede pública de abastecimento se deve ao tratamento com cloros que estas últimas recebem e que não é adequada à rega de plantas e hortícolas.

Quanto ao custo do investimento na sondagem e captação de água, Custódio Martins diz que depende de dois factores: “Depende do diâmetro da entubação do furo, se é mais largo ou não. Depois, um furo fica por 75/80 euros por metro de profundidade, mas os valores variam quanto mais fundo se for”, esclarece.

O profissional diz que aprendeu e habituou-se a gostar do trabalho que desenvolve desde muito novo, também porque nunca está no mesmo local a trabalhar. Esta quinta-feira começou a trabalhar às oito da manhã e a jornada só acabou perto das seis da tarde. Concluído o trabalho de captação é altura de “en-camisar” o furo. Retirar as ferramentas de furação, forrar com PVC e areão para compactar as paredes do furo e ajudar a filtrar as águas. Feito esse trabalho a água pode ser aproveitada, devendo ser extraída através de bombagem.

Fazer furos de grande profundidade tornou-se uma rotina para Custódio Martins. A maior profundidade a que alguma vez sondou foi a 252 metros no lugar de Pego da Curva, Chamusca.

Custódio Martins, natural de Al-meirim e residente em Alpiarça, tem 43 anos e é sondador em furos para captação de águas. Após cumprir o serviço militar ainda esteve dois anos a trabalhar na construção civil, mas depois abraçou a profissão que hoje exerce e que foi aperfeiçoando ao longo dos anos.

São cerca de 16h00 de quinta-feira, 1 de Outubro, e Custódio Martins está com outro trabalhador a fazer um furo num terreno a cerca de 150 metros do rio Tejo, nas proximidades da Chamusca. Chega-se ao descampado e já o barulho da máquina a furar a terra em busca de água se faz sentir. Um camião serve como estrutura de suporte e de funcionamento da vara e da broca que, em sistema de rotação e na vertical, vão entrando 15 a 20 metros terra adentro. A máquina é alimentada por gasóleo, a seis litros por hora.

Ao lado do camião funciona um dos elementos essenciais à sondagem. Um tanque com dois metros de largura, quatro de comprimento e 1,5 metros de altura tem como função decantar a água que se capta para se avaliar a sua quali-dade. O sistema é engenhoso. Dentro do tubo que a vara e a broca vão formando é injectada lama que o humedece. Simul-taneamente, e com recurso a uma bomba, a água e detritos do subsolo são extraídos e encaminhadas para o tanque. Com um vulgar passador Custódio Martins vai aferindo a qualidade da água.

“Se tiver muitos detritos, como madei-ra e cascalho, é porque serve mais para regas do que para consumo humano. Até porque nestas zonas da bacia do Tejo, em leito de cheia, os pesticidas

da agricultura inquinam as águas”, diz Custódio Martins, justificando o seu uso apenas para as regas.

A broca que está a furar tem obrigação de trabalhar bem. É encaixada na vara e possui um conjunto de três cabeças - cada qual com 31 centímetros de diâmetro - munidas de espinhos em aço, que vão desgastando tudo o que aparece pela frente, terra ou seixos. Para furos de lar-gura maior existe ainda uma broca de 43 centímetros de diâmetro na camioneta, que pesa cerca de 200 quilos.

Para poder trabalhar em furo, seja qual for a zona, é necessário obter o licenciamento da Administração da Região Hidrográfica do Tejo. Custódio Martins costuma trabalhar mais na zona da Chamusca, Alpiarça e Almeirim, mas também no Cartaxo.

Fazer furos de grande profundidade tornou-se uma rotina. O mais fundo que Custódio Martins alguma vez sondou foi a 252 metros no lugar de Pego da Curva, Chamusca. Mas é costume fazer furos a

200 metros de profundidade e mais para alcançar os grandes lençóis freáticos das zonas de charneca que são preciosos para as regas agrícolas. “Os aspersores dos pivots de agricultura consomem grande quantidade de água. Há furos que dão muita água, chegam a dar 200 metros cúbicos de água por hora. Mas há pivots que gastam essas quantidades numa hora”, alerta Custódio Martins. Para si esse tipo de rega devia ser mais regulado, pelos grandes consumos que implica, e implementada a rega gota a gota. “Continua a haver muita água no subsolo mas nota-se que há cada vez menos”, acrescenta.

Os furos que faz são maioritariamente com o objectivo de servir as regas da agricultura. Mas também faz furos em casas particulares, para pessoas que que-rem ter à disposição um poço para regar pequenas culturas, plantas e jardins, ou simplesmente água potável alternativa à da rede pública.

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foto O MIRANTE

o mirante

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Os furos que faz são maioritariamente com o objectivo de servir as regas da agricultura. Mas também faz furos em casas particulares, para pessoas que querem ter à disposição um poço para regar pequenas culturas ou simplesmente água potável alternativa à da rede pública.

Ricardo Carreira

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O MIRANTE | 08 Outubro 2009 CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO | V

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08 Outubro 2009 | O MIRANTEVI | CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO

foto O MIRANTE

Fundador da delegação de Santarém da Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS), Vasco Tavares tem toda uma vida ligada ao sector imobiliário. Em entrevista a O MIRANTE o empresário de Santarém diz-se preocupado com a crise que já levou ao fecho de várias empresas mas confiante no futuro e nos sinais positivos que já vão surgindo no sector. Aconselha as pessoas a não esperarem para comprar casa, pois antevê um aumento do preço da habitação num prazo de dois anos.

Como analisa o momento actual do sector imobiliário?

Preocupante e um pouco complexo. Parte da crise deve-se ao excesso da oferta. Até uma determinada altura houve uma euforia porque a banca incentivava a compra de casa. Mas os bancos não têm nada a ver com o número de pessoas que moram numa determinada cidade. Ou há população para comprar ou não há. E Santarém não tem crescido muito a esse nível. Os construtores dos prédios para venda são os que têm sofrido mais. Nos últimos dois anos fecharam portas cerca de uma dúzia de empresas de Santarém. Em Torres Novas, Abrantes e Tomar também houve falências. Está difícil vender em todo o lado. O pequeno construtor de moradias também tem menos trabalho. Algumas lo-jas de materiais de construção civil tiveram que fechar portas. As empresas que faliram não lhes pagaram. É um ciclo vicioso.

O mercado está parado?Usando um termo de pescador, está

a picar. Mas está difícil trazê-los para o anzol.

Isso é tudo fruto da crise?Sim. As pessoas têm compromissos com

a banca. Deixaram de vender ou diminuí-ram drasticamente as vendas. Eu próprio estou a construir e tenho dificuldades em

Entrevista“Quem precisa de casa não deve esperar muito tempo para comprar”Preço das habitações vai subir dentro de dois anos, diz Vasco Tavares

vender. Não há quem compre e Santarém até não é uma cidade onde a habitação seja cara. Mas na questão do imobiliário compete a nós construtores analisar bem a situação e ver onde é que nos metemos. Não acho que as câmaras nem o Estado possam resolver todos os problemas. Cada um tem que ter a competência para gerir a sua actividade. Encontrar nichos de mercado que ainda os há.

A cidade não tem compradores para a oferta que há no mercado?

No momento não. Tenho vendido andares a compradores que já tinham casa própria ou alugada. São pessoas com uma certa idade, com a vida estabilizada e que quiseram mudar de casa. Isso não representa um aumento de população. Compram uma casa nova mas entra uma usada no mercado. Houve uma altura em que os andares usados se vendiam muito bem porque havia procura de casas para arrendar para estudantes. Mas como o nú-mero de estudantes diminuiu essa procura também decresceu.

O que tem faltado a Santarém?Há uma tendência para dizer que a

câmara deve fazer tudo. O problema não é só da autarquia mas também do tecido social. Sempre foi uma capital de distrito com muito funcionalismo público. Nunca houve um grande empreendedorismo. Nas freguesias do norte do concelho como Al-canede, Tremês ou Amiais há pessoas com mais capacidade. Quanto mais próxima está do centro, menos empreendedora é

a população.Em 2006 disse que as análises de

mercado são fundamentais. Mantém a mesma opinião?

A realidade é que não fazemos análise de mercado. Vemos é se o colega está a vender bem. Deveríamos agir de outra forma. Saber quais são as reais necessida-des do mercado. Se há compradores para aquele tipo de produto naquele local. Desde 2006 que isto tem vindo a piorar e o custo real da construção tem aumentado 5 por cento ao ano para os construtores. Mas não podemos criar um clima nega-tivo. Dentro de dois anos, as pessoas vão ser confrontadas com a subida do preço das casas. Se pagamos mais ordenados e colocamos mais equipamentos nas casas, é inevitável esse aumento. Isto deve estar a chegar aos preços mínimos. Não será uma explosão mas daqui para a frente a tendência é para aumentar.

Jorge Afonso da Silva

Tendo em conta esse facto e apesar da crise este é um bom momento para comprar casa?

Depende do que é que a pessoa precisa. Não aconselho ninguém a comprar casa para investimento. Ao contrário de muitos colegas, considero que a casa é um bem de consumo. Há uns anos as pessoas inves-tiam para depois revender. Isso acabou. Os últimos a fazer isso já se viram aflitos para pagar aos construtores. Hoje, com o fisco a controlar o lucro e as escrituras a terem que ser feitas pelos valores reais, comprar para arrendar não é um bom investimento.

Que conselho daria então aos poten-ciais compradores?

Devem acreditar que as coisas vão melhorar. E que quem precisa de casa não deve esperar muito tempo para comprar. As poucas casas que existirem à venda daqui a dois anos vão estar mais caras.

Vasco Tavares nasceu em Lisboa em 1932 e é pai de sete filhos. Criado na capital rumou depois ao Brasil onde conheceu a sua esposa e esteve durante 15 anos. Nesse período trabalhou na agricultura e foi empresário no sector da construção civil.

Em 1963, juntamente com o seu pai, veio a Santarém para comprar os terre-nos – hoje, Rua Padre João Rodrigues Ribeiro – que estavam à venda com projecto de urbanização parcialmente aprovado pela autarquia, como forma de

dar enquadramento à Praça de Touros, que ainda estava no papel.

Em 1972 fixou-se definitivamente em Santarém e fundou a empresa Vasco A. Tavares – Construções, Lda. Depois seguiu-se o 25 de Abril e o empresá-rio recorda que nessa altura estava a construir a urbanização da Avenida Bernardo Santareno e que as coisas tremeram um pouco mas conseguiu dar a volta.

Vasco Tavares foi o fundador da delegação da Associação de Empresas

Fundador da delegação da AECOPS em Santarém e presidente durante 20 anos

de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) em Santarém, formada em 1988. Acérrimo defensor das delegações, orgulha-se de a de Santarém ter sido a se-gunda a ser criada, logo a seguir à de Faro. Foi seu presidente durante 20 anos. No ano passado decidiu abandonar o cargo e assumiu a presidência da assembleia da delegação da AECOPS de Santarém.

Hoje com 76 anos – fará 77 em 16 de Outubro – Vasco Tavares tem toda uma vida ligado ao sector imobiliário, é um empresário de sucesso e um profundo conhecedor da realidade do mercado da habitação, principalmente na região, onde a sua voz é ouvida e a sua opinião é respeitada.

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O MIRANTE | 08 Outubro 2009 CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO | VII

Porque os custos gerais e os projectos que são entregues agora nas câmaras, fruto da legislação europeia, como o aprovei-tamento da energia solar, vão encarecer o custo final.

Mas os andares de luxo continuam a ter procura e a vender-se…

Não têm como já tiveram. Prédios luxu-osos, em Santarém, não há muitos. Podia ser um andar de cinco assoalhadas ou um duplex. Fui eu que fiz os primeiros quando houve a moda dos duplexes. Porque isto também é de modas.

Mas a nível nacional têm tido saí-da…

Quando se fala que o luxo vende, gos-tava de saber quantas unidades. Vende-se o luxo em Cascais, na Quinta da Marinha. Em Santarém não há uma classe com possibilidades de comprar coisas muito caras. Temos de somar dois ordenados. O da professora e do marido que é parecido com o da professora. E pouco mais.

Há muitas pessoas a saírem dos meios rurais e a irem viver para o centro?

Esse movimento sempre houve. A pessoa do meio rural que estudou, que arranjou um emprego na cidade e que vem para cá. Mas hoje as aldeias já não são o que eram. Houve melhorias significativas ao nível das acessibilidades e estão muito mais bem equipadas. Morar hoje na zona rural já não é um problema como o era no passado.

Quem é que compra?Tenho vendido andares a raparigas

formadas, com emprego, que têm alguma poupança ou a família ajuda. Mas não há um jovem rapaz a comprar um aparta-mento e a pensar no futuro. São alterações profundas da sociedade. Há mais raparigas nas universidades, elas estão mais estáveis, lutam mais e quando podem compram para terem a sua independência. São essas raparigas, algumas divorciadas, uma ou outra viúva que nos compram. É mais fácil vender hoje a mulheres que a homens. Um rapaz que acaba o curso e arranja um emprego encosta-se e fica em casa dos pais. Em Itália passa-se exactamente o mesmo. Lá são chamados de “mamones”. Encostam-se às mães. Mesmo os casais, eles têm as namoradas a jeito. Ela compra mas ele não colabora. É um fenómeno que alterou o conceito tradicional de família e que merece uma análise sociológica.

Há muita gente a querer mudar de casa?

As casas usadas valem muito pouco hoje em dia. As pessoas compravam uma casa por 20 mil contos e passado um ano vendiam-na por 25 mil. Agora não a vendem nem por 15 mil. Aparece gente a querer comprar casa nova mas querem vender a casa que têm noutros bairros, mas depois verificam que o andar deles vale pouco.

“É preferível coMprar do Que arrendar casa”como está o sector do arrendamen-

to?Ainda se conseguem arrendar os anda-

res usados que as pessoas foram herdando. Fazerem-se casas novas para arrendar é que é muito complicado. A legislação fiscal em vigor cria problemas muito graves. Se comprar um andar, está a investir. Para uma renda não ultrapassar os valores que as pessoas podem pagar, mas que seja ao mesmo tempo rentável, o arrendatário não pode alugar fazendo as contas a 5 por cento mas sim a 8 por cento. E isso atira a renda para valores incomportáveis.

os impostos que os donos são obriga-dos a pagar dificulta o arrendamento?

Principalmente nas casas novas. o que poderia ser feito?Baixar o IRS nos arrendamentos. Fiz

esta pergunta várias vezes a secretários de Estado. A resposta era que o Governo teria cuidado com a legislação fiscal nesse aspec-to. Nunca fizeram nada. Quando se compra uma casa está-se a pagar duas prestações. A amortização de capital e o juro. Na renda paga-se o juro de um capital que não se tem, em condições desfavoráveis e que actualmente não compensa. É preferível comprar. Ou mexem na legislação fiscal para valer a pena arrendar casas novas ou então o arrendamento vai ficar para as casas antigas.

em tempo de eleições há muitas obras adjudicadas pelo Governo e autarquias…

Isso é positivo e tem sido a tábua de salvação de muita gente. As obras são adjudicadas a grandes empresas que depois subempreitam muita coisa a empreiteiros que não são construto-res de prédios para vendas. Conheço alguns que conseguem, andando de um lado para o outro e lutando, não estar em crise. São essas obras e mais algumas lançadas pelas câmaras que, fundamentalmente, estão a salvá-los. Toda a gente fala dos desempregados e ninguém fala dos empregados. Se há 10% de desempregados há 90% empregados.

e quando terminarem essas obras?

Há-de vir alguma coisa. E a situação estará melhor um pouco.

Tendo em conta a realidade do país, 10% de desempregados não é valor considerável?

Se não falarmos na percentagem de empregados, é. Mas não há de-semprego no funcionalismo público. Aparecem nos jornais as empresas que fecharam. Penso que está na altura de fazermos as contas às empresas que não faliram. Mesmo em Santarém seria importante divulgarem essas empresas de sucesso.

Houve desaceleração na cons-trução?

Estou a construir com licenças de há 10 anos. Tenho vários prédios licenciados em que tive a necessidade de diminuir o ritmo de construção. Mas não despedi ninguém.

Há mais empresas nessa situa-ção?

Sim. Várias empresas diminuíram o ritmo de construção e outras obras tiveram mesmo que parar. A construção é uma actividade de capital incentivo. Somos financiados pela banca. Se acabamos os prédios e não vendemos é impossível continuar. Não há uma margem tão grande de capital próprio e financiamento que nos permita aguentar.

falou nos bancos. acha que estão a provar do próprio veneno quando incentivaram ao consumo?

É conforme a situação do momento. Houve uma alteração que foi importan-te. Havia três bancos especializados em Portugal em crédito habitação. A CGD, o Crédito Predial e o Montepio Geral. De repente a banca comercial começou a entrar no crédito habitação e isso veio criar uma grande concorrência entre eles. Não viu ninguém da construção civil a fazer publicidade na televisão.

Mas isso levou a que agora haja crédito mal parado…

Não é tanto como se diz. Os bancos resolveram apertar as regras nos em-préstimos quer para os compradores de andares quer para os construtores. A banca está a exagerar em relação aos financiamentos para a construção. Para a compra, a banca está a empres-tar dinheiro com spreads baixos mas só a pessoas que tenham capacidade financeira. Seguindo as recomendações internacionais de que uma pessoa não pode pagar mais do que um terço da sua renda familiar para a habitação. Até há bem pouco tempo, a banca emprestava dinheiro e fazia contas em que a taxa de esforço era muito superior.

Mas há pessoas que tiveram de entregar as chaves das casas aos bancos…

Há algumas mas também não são assim tantas quantas se pensam. Haverá uns leilões mas isso mais cedo ou mais tarde irá acabar.

vivemos numa sociedade de consumo. Isso é um aspecto que não ajuda a ultrapassar esta fase menos boa?

O que funciona é a publicidade. Não chega ter um automóvel, um telemóvel, um computador ou uma televisão. Não há ninguém nem nenhum governo que vai alterar a mentalidade. Está na moda consumir. As pessoas endividam-se para viajar a prestações. Em Santarém haviam três agências de viagens hoje há 14. Se o dinheiro vai para as viagens não sobra para o resto.

“Está na altura de falar de empresas que são exemplo de sucesso”

É mais fácil vender hoje a mulheres que a homens. Um rapaz que acaba o curso e arranja um emprego encosta-se e fica em casa dos pais

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08 Outubro 2009 | O MIRANTEVIII | CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO

foto O MIRANTE

Rui Serrano considera que deve haver alguma abertura nos centros históricos para a construção de edifícios diferentes e modernos, porque a história de uma cidade é feita de estilos e de épocas diferentes.

O presidente do núcleo do Médio Tejo da Ordem dos Arquitectos conside-ra que os municípios da região deviam definir regras básicas iguais para todos em termos de construção. Rui Serrano diz que actualmente a primeira coisa que um arquitecto tem que fazer antes de iniciar o projecto é tentar perceber o que se pratica na câmara onde vai entrar o projecto. “Perde-se tempo e castra-se muitas vezes a criatividade. As regras em Tomar são diferentes das de Abrantes ou Torres Novas, por exemplo. Uns pedem determinadas coisas e outros querem outras diferentes”.

Rui Serrano explica que a ordem já tentou em conjunto com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo compilar um conjunto de regras para todos os municípios desta sub-região do distrito de Santarém. Mas o projecto acabou por não ir avante. O arquitecto, de 36 anos de idade, considera ainda que tem havido falta e diálogo entre os técnicos e os mu-nicípios. “As câmaras municipais devem fomentar uma maior participação dos técnicos nos processos de construção de imóveis. Isto para evitar que muitas vezes um projecto tenha que ir quatro ou cinco vezes à câmara para apreciação”.

O presidente do núcleo entende tam-bém que não tem sido dado atenção aos es-paços públicos no sentido destes poderem capitalizar o surgimento de projectos de arquitectura de qualidade em seu redor. “Um espaço público bem projectado serve

de estímulo para o surgimento de novos e mais modernos edifícios”. Ao nível da modernidade, Rui Serrano é da opinião de que não deve haver fundamentalismos em relação aos centros históricos das cidades médias da região. E não o choca o surgimento de casas com linhas con-temporâneas, mais arrojadas, em núcleos com casas antigas.

Para Rui Serrano a história das cidades também é feita de edifícios de várias épo-cas, de estilos arquitectónicos diferentes e que marcam determinadas épocas. “Falta ainda alguma sensibilidade a quem decide para perceber estas situações e saber até onde se pode ir”. E destaca que nem sem-pre faz sentido manter uma casa em deter-minada zona só porque tem por exemplo cem anos. A não ser que esteja inserida num conjunto urbanístico harmonioso que tem que ser preservado por diversas razões. “A arquitectura muitas vezes tem que criar rupturas, tem que marcar um virar de página”, justifica.

Sobre o surgimento de habitações de linhas mais modernas, Rui Serrano diz que estas são necessárias porque marcam uma época, um estilo e ajudam à diversidade que deve ser uma cidade. E na região, diz, tem havido uma maior abertura para este tipo de arquitectura, tanto por parte de quem quer construir a sua habitação como dos promotores de urbanizações. Uma situação que se deve, acrescenta, a uma maior exigência das pessoas e a uma evolução cultural. Por outro lado, refere, “os arquitectos têm cada vez mais vontade de mostrar o que realmente conseguem fazer. E por isso tem-se registado uma evolução qualitativa”.

Nota também uma vontade de alguns municípios que já passaram a fase do alca-trão e da construção de rotundas em terem os seus “edifícios notáveis”. Mas adverte que uma cidade não pode só ser feita de edifícios notáveis porque senão “tínhamos uma coisa disparatada”. Os habitantes e

Municípios deviam ter regras básicas nos processos de construção iguais para todosPresidente do Núcleo do Médio Tejo da Ordem dos Arquitectos em defesa da liberdade criativa

os que decidem também devem perceber que a arquitectura pode transformar o território. “Por vezes, a partir de uma marca arquitectónica geram-se dinâmicas económicas, turísticas e outras”.

Rui Serrano defende que só há dois tipos de arquitectura, seja ela mais tradi-cional ou mais moderna. “A boa e a má”. E alerta. “O que é projectado e construído vai estar no local durante muitos anos e as pessoas terão que conviver com isso.

Diz ainda que durante algum tempo para se cumprirem prazos e para se apro-veitarem fundos comunitários, fizeram-se projectos à pressa. Uns sem um sentido e outros de má qualidade. “Houve coisas

que se fizeram que depois não percebemos bem para que servem. São os chamados elefantes brancos”, diz o arquitecto que ressalva que essa situação tem vindo a mudar.

A imagem das cidades e dos edifícios também é marcada por outros elementos com os quais os arquitectos têm que con-tar. As velhas antenas de televisão deram lugar às parabólicas, por exemplo. Agora chegam os painéis solares. Rui Serrano diz que tudo são desafios à imaginação. “é uma questão de adaptação. Hoje já é possível ter fachadas em paneis solares que não chocam e painéis dissimulados nos telhados, por exemplo”.

Page 9: Suplemento Construção e Imobiliário

O MIRANTE | 08 Outubro 2009 CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO | IX

Patrocínio - - Associação Empresarial da Região de Santarém • Tel.: 249 839 500 • Fax: 249 839 509 • [email protected]

Três Dimensões

Os meus dias são todos diferentes. Às vezes é preciso começar às cinco da manhã. Porque tem que ser. Temos construções em Fátima e Entroncamento e em outras zonas e é preciso acompanhar. De Inverno a situação ainda é pior. Hora marcada para sair nunca há. Trabalho 24 horas por dia. Há sempre alguma coisa para mostrar a um cliente. Nunca estou despachado antes das 20h30 ou 21h00.

A minha vida profissional já foi mais complicada. Há um ano e meio passava um pouco tudo por mim. Actualmente as tarefas estão melhor distribuídas. A parte das vendas está entregue a uma colabora-dora, temos outra pessoa responsável pela contabilidade e para as obras temos um engenheiro. Agora a minha função passa sobretudo por supervisionar.

É essencial fazer uma boa gestão do tempo. Os nossos colaboradores funcio-nam nesse esquema. Não há problema em que tenham que sair mais cedo ou chegar mais tarde. Cada um tem a sua função e é responsável pela sua parte.

Trabalho numa área competitiva. Estamos em tempo de crise e é preciso saber aproveitar o bom que nela existe. É

fundamental tentar diferenciar e arranjar um produto diferente. Temos conseguido bons resultados com esta filosofia que é fazer coisas diferentes. Foi assim que conseguimos ultrapassar a crise.

Nos tempos livres faço natação e futebol. Foi o que sempre pratiquei. Os tempos livres são dedicados à família. Divorciei-me, mas actualmente vivo com

uma pessoa de quem espero um filho que nasce dentro de um mês e meio. É um menino. É reconfortante ver que um filho segue os passos de um pai, mas não farei disso cavalo de batalha. Devemos procurar a vocação. Quero que ele siga o que entender. Eu deixei de estudar. Tinha boas médias e no entanto fiquei na área porque gostava do ambiente e já trabalhava com o meu pai.

Moro no monte de uma aldeia. É no Alvejar, entre Fátima e Ourém. É uma terra pacata. Tem duas centenas de habitantes. Talvez tenha 50 casas. Tenho lá um grupo de amigos. Foi lá que vivi em criança. A aldeia integra três freguesias. A zona onde moro pertence à freguesia de Fátima. En-contro o descanso quando chego a casa já desligado do ambiente de trabalho.

Já lá fui presidente da Associação Desportiva e Cultural do Alvejar. Foi há quatro anos. Arranjei um pouco de tempo para conciliar a vida de empresário com a vida associativa. Perdíamos umas noites a trabalhar. À medida que a família cresce torna-se difícil.

É possível fazer tudo na vida. O importante é que se saiba gerir bem as

coisas. Mesmo quando estou em casa com a família estou constantemente a trabalhar. E vice-versa. Posso estar em trabalho e próximo da família. Hoje em dia o telefone é um meio essencial e que nos permite fazer isso mesmo.

É muito difícil conseguir ter tempo para ler. Só em altura de férias pego em livros e revistas. Cinema sim. Costumo ir muitas vezes até Leiria. Às vezes também alugo uns filmes para ver confortavelmente em casa.

Há pessoas que vivem para trabalhar. Eu funciono ao contrário. Trabalho para viver. Gosto do trabalho e tento focar-me no que faço com o objectivo de ter uma vida melhor e dar conforto à família. Temos objectivos bem definidos, mas é preciso ter tempo para tudo o resto. Uma coisa sem outra também não se completa.

Não sou capaz de sair 15 dias de férias. Vou tirando durante o ano. Aproveito ao máximo os feriados para não perturbar o trabalho. Faço fins-de-semana compridos. Gosto de tirar férias no Inverno para ir para a neve. Pratico ski. É um verdadeiro vício.

Ana Santiago

Tem 30 anos e é sócio-gerente da empresa de construção Trindade e Martins, no Entroncamento. No final de um dia de trabalho - que pode começar às cinco da manhã - Nuno Ferreira corre para a aldeia onde mora: Alvejar, concelho de Ourém. Pratica natação e futebol e gosta de férias na neve. Não abdica do tempo com a família que dentro de um mês e meio vai crescer: a companheira espera um filho.

Nuno FerreiraEmpresário, 30 anos, Entroncamento

VER VÍDEOwww.omirante.pt

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08 Outubro 2009 | O MIRANTEX | CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO

foto O MIRANTE

Manuel Tomé é um dos sócios-gerentes da empresa e orgulha-se de apresentar a melhor relação de qualidade-preço do mercado.

Representante das tintas dinamar-quesas Hempel, a RibaTintas, empresa sedeada na rua do Colégio Militar, em Santarém, tem uma história de 28 anos na cidade e na região, comercializando tintas para a construção civil, indústria, metalomecânica e indústria naval, sem esquecer o cliente particular.

Manuel Tomé assumiu as rédeas da empresa em 1995, depois de ali ter estado como funcionário. A Hempel, que tinha uma delegação em Portugal passou a ter em Palmela uma fábrica. É essa unidade que fornece a loja e armazém da Riba-Tintas.

A Riba Tintas fornece tintas próprias para embarcações no distrito de Leiria, na Nazaré, S. Martinho do Porto e Cal-das da Rainha. As tintas para a indústria metalomecânica e química destinam-se à pintura das grandes estruturas, sendo por isso importante que sejam resistentes aos fumos, a infiltrações e mais laváveis, sem

RibaTintas é representante das tintas Hempel desde 1981Construção civil, indústria metalomecânica e indústria naval sem esquecer o pequeno cliente

perderem qualidades. As tintas para em-barcações são também mais resistentes, para além de serem impermeáveis.

“Apesar de fornecermos estes sec-tores 90 por cento da nossa actividade dirige-se à construção civil, a pequenos e grandes empreendimentos, apesar do abaixamento que o sector regista. Ainda assim posso afirmar que tivemos um crescimento de vendas de 25 por cento no primeiro semestre de 2009”, assegura Manuel Tomé.

O administrador da empresa sublinha a principal característica da RibaTin-tas. “Possuímos a melhor relação de qualidade-preço do mercado no que toca às tintas. Procuramos ainda servir bem. Propomos um esquema de pintura, cumprimos as entregas e procuramos dar a melhor assistência técnica e de

pós-venda”, salienta Manuel Tomé, sem esquecer que a Hempel é uma marca certificada.

Na loja, com 200 metros quadrados de área, incluindo o armazém, tanto entra o cliente que apenas precisa de um litro de tinta para pintar uma pequena área da sua casa como o construtor civil que precisa de levar 25 baldes de tinta para pintar um prédio de cinco andares.

Há tintas plásticas e acrílicas para inte-riores e exteriores. A máquina de afinação de cores da loja permite “fazer” tintas até três mil cores diferentes e chegar ao tom desejado pelo cliente.

A empresa trabalha em todo o distrito de Santarém, de Coruche a Samora Cor-reia, de Santarém a Abrantes, passando pelo Carregado, e sem esquecer as zonas de Leiria já referidas. Uma viatura vai pelo menos uma vez por semana a todos esses e outros destinos levar tintas. São quatro pessoas a trabalhar na RibaTin-tas. Manuel Tomé, o seu sócio Manuel Nogueira, e dois funcionários.

COMPETITIVIDADE. Manuel Tomé é sócio gerente da RibaTintas

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O MIRANTE | 08 Outubro 2009 CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO | XI

foto O MIRANTE

Tem mais de mil postais com imagens de pontes portuguesas e estran-geiras. A sua colecção já correu mundo e ganhou vários troféus, tendo recebido uma medalha da Federação Portuguesa de Filatelia pelas boas classificações ob-tidas. Nunca calculou nenhuma ponte e já pouca esperança tem de o vir a fazer. Joaquim Canteiro, 53 anos, é engenheiro civil e colecciona, entre outras coisas, postais de pontes. Actualmente conta mais de mil “postais máximos” na sua colecção. São postais máximos aqueles que têm um selo e uma imagem no postal com a mesma ilustração, tendo o carimbo que incidir nas duas partes. Cerca de 250 encontram-se na Exposição Luso-Brasileira Lubrapex, que decorre até 11 de Outubro na Arena de Évora.

“Já viajaram mais do que eu”, conta a rir o coleccionador que já perdeu conta ao número de exposições internacionais onde, ao longo dos últimos 25 anos, os seus postais estiveram. Rio de Janeiro, Sevilha, Granada ou Pequim, são algu-mas das cidades para onde postais já foram enviados, através da Federação Portuguesa de Filatelia, que atribuiu a Joaquim Canteiro uma medalha de Serviços Inestimáveis pelas boas clas-sificações alcançadas nas exposições internacionais.

Joaquim Canteiro vive numa zona cal-ma de Abrantes mas trabalha na Câmara do Entroncamento há mais de vinte anos. Começou por juntar selos em criança, por influência de um tio. Os postais, que são uma das modalidades da filatelia, vieram mais tarde. A filatelia tem vários

O engenheiro civil que colecciona postais ilustrados com imagens de pontesJoaquim Canteiro nunca pensou em fazer um projecto de uma ponte

FASCÍNIO. Joaquim Canteiro considera que as pontes são a estrutura mais atractiva para um engenheiro civil

ramos ou temas e a Maximifilia (postais máximos) são um desses temas. “É en-graçado porque posso comprar os selos nos correios, arranjo os postais e faço as minhas próprias maximizações”, explica com entusiasmo. Por este motivo, alguns dos postais máximos que tem são peças únicas uma vez que foram feitos por si. Na sua casa tem ainda em muitas - mas mesmo muitas - gavetas, postais antigos e outros de outras temáticos como Aves ou Paris, por exemplo. Também colecciona pacotes de açúcar.

O fascínio pelas pontes deriva da sua formação profissional. “Para um enge-nheiro civil as pontes são a estrutura mais atractiva”, justifica. Já tinha concluído o curso de engenharia civil quando come-çou a coleccionar postais com pontes, não se recordando do primeiro postal que teve. A sua colecção é organizada pelas características estruturais da pon-te, classificando-as em pontes de vigas, de arco, de suspensão ou de aquedutos. “Comecei por juntar postais de pontes de Portugal mas, através da internet, comecei a arranjar postais de pontes de todo o mundo”, explica, mostrando um dos últimos postais que conseguiu com-prar e que representa a ponte do Bósforo, em Istambul, Turquia. “É importante porque liga a Europa a Ásia e porque já lá passei”, diz orgulhoso. Muitos dos postais são conseguidos através de trocas e chegam de todos os pontos do mundo. O contacto com os outros coleccionadores é feito, na maioria das vezes por internet e visita, regularmente, os sites de leilões como, por exemplo, o e-bay para adquirir novos selos.

Questionado sobre qual a sua ponte preferida, Joaquim Canteiro tem dificul-dade em escolher qual será embora reco-nheça que a Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, “é espectacular”. O engenheiro admite que conhece quase todas as pon-tes de Portugal (à excepção de algumas no Norte) e interessa-se sempre por saber um pouco da história da sua construção e as suas principais características. Não tem por hábito fotografar e normalmente, antes de ir ao local consulta na internet a informação sobre a ponte que vai visitar. A colecção de Joaquim Canteiro tem para si um valor inestimável e preenche quase todos os seus tempos livres, de segunda a domingo. Um hobbie que conta com a compreensão da família habituada a vê-lo horas a fio de volta dos seus postais de pontes.

Elsa Ribeiro Gonçalves

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A maior parte do trabalho desen-volvido pela empresa Limpezas Carlos Condinho, há dezoito anos no mercado, é desenvolvida na área da construção civil, limpeza de condomínios, escritórios e residências.

“Após a construção de prédios, mora-dias ou escritórios, efectuam a chamada, limpeza de fim de obra. É um trabalho muito duro que muitas vezes não é valo-rizado. As pessoas não têm bem noção daquilo que fazemos. Temos que tirar a tinta que fica colada no chão ou nas janelas, retiramos o lixo, cimento, lim-pamos tudo. É muito raro conseguirmos terminar um trabalho deste género em apenas um dia”, explica o empresário, Carlos Condinho.

Para levar a cabo o trabalho mais pesado são utilizadas máquinas industri-

Empresa da Semana

Limpezas Carlos Condinho há 18 anos a trabalhar na área das limpezas industriaisEmpresa de Alcanena entra em acção no final da construção de prédios ou moradias

ais como autolavadoras e enceradoras, máquinas de lavar carpetes com espuma, entre outras. A Limpezas Carlos Cond-inho foi a responsável pela limpeza de todas as pedras antigas da fachada e do interior do Convento de São Francisco, em Santarém, assim como de uma parte das instalações da antiga Escola Prática de Cavalaria.

Carlos Condinho decidiu apostar nesta área depois de ter regressado do Canadá onde esteve emigrado cerca de sete anos e onde trabalhava já no mesmo ramo. Foi uma forma de aproveitar a experiência e conhecimentos acumulados.

O empresário confessa que sentiu muito a crise mundial que se abateu sobretudo na área da construção civil. “Os primeiros 12 anos de trabalho foram muito bons, mas os últimos seis foram

sempre piorando. Antes da crise tín-hamos o triplo do trabalho. Este ramo de negócio parou completamente no último ano. Agora é que começa a ar-rancar novamente. Mas não ficamos parados e fomos à procura de trabalho onde ele existia”, garante. Actualmente trabalham nos concelhos de Alcanena, Torres Novas, Golegã, Entroncamento,

Barquinha e Santarém.Um dos seus projectos a curto prazo

é mudar as instalações da sua loja onde vende produtos de limpeza para empre-sas e casas particulares para Torres No-vas. “O comércio em Alcanena não existe. Desapareceu. Em Torres Novas existe mais movimento e mais oportunidades de negócio e trabalho”, conclui.

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foto O MIRANTE

A empresa Trindade e Martins, Construções, Lda foi constituída em 2002, tendo como actividade a construção civil e a compra e venda de imóveis. O seu principal objectivo centra – se na constru-ção de moradias e apartamentos. Tudo é pensado e idealizado para que os clientes beneficiem do máximo conforto e como-didade, tendo a empresa criado um vasto conjunto de acabamentos que permitem escolhas variadas.

Após a construção do primeiro edifício no centro do Entroncamento, a empresa enveredou pela construção de condomínios privados. Foi claramente uma opção de venda, como explica o sócio-gerente Nuno Ferreira, “é outra forma completamente diferente de apresentar o produto. E isso reflecte-se, inevitavelmente, na venda”. Já sob este conceito, foi construído o edifício Bela Vista, localizado na Rua do Chafariz, no Entroncamento. O empreendimento seguinte foi o Solar da Costa, situado na Rua Dr. Costa Machado, constituído por 24 apartamentos, também em condomínio fechado.

Recentemente a Trindade e Martins, Construções, Lda lançou o Solar do Bonito, que, como o nome indica, fica na zona do Bonito, com 34 apartamentos. Todos eles têm como características comuns o estilo moderno e estão equipados com muitos dos requisitos que os clientes já encaram

como indispensáveis quando pensam em adquirir uma casa.

A empresa lançou também um inovador conceito de moradias, geminadas e isoladas, que designaram como Blue Garden, com traços distintivos na arquitectura exterior e com outras comodidades (tais como piscina, churrasqueira, terraço e espaços verdes) que acabam por atrair os clientes. A relação qualidade/preço traduz-se no sucesso estabelecido.

As obras actualmente em comercializa-ção são as do empreendimento Jardins d’Sá, na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro/Dr. Costa Machado, também no Entroncamento, com 46 apartamentos e dois estabelecimentos comerciais (com 90 por cento de vendas efectuadas) e o condomínio NewStyle na cidade de Fátima (ainda em finalização, mas já com 85 por cento já comercializado). Este último, também em condomínio privado, resultou de uma proposta que se revelou bas-tante interessante, o que levou a empresa a apostar naquele mercado. Como mais-valia, estes empreendimentos serão dotados de um circuito de minigolfe, parque infantil, churrasqueiras comuns, piscina para adultos e crianças e espaços verdes. Para além das características já referenciadas o condomí-nio privado NewStyle será ainda detentor de um court de ténis, um espaço fitness, e Spa’s de Hidromassagem em terraços privados dos apartamentos respectivos.

A empresa Trindade & Martins, Cons-

truções, Lda faz também permutas, pelo que tem alguns excelentes imóveis em segunda-mão para venda, embora também colabore com imobiliárias. Em termos de futuro, aproximam-se a construção de um condomínio privado com 32 imóveis no Entroncamento, e ainda dois condomínios privados, um de apartamentos e comércio e outro de moradias, na cidade de Fátima, com início de construção previsto para o início de 2010.

A empresa com sede na rua Jacinto Mar-ques Agostinho, Nº 44, no Entroncamento (junto aos bombeiros), planeia criar uma filial em Fátima. A equipa é constituída por sete elementos, distribuídos pelas áreas de Engenharia Civil, Comercial, Técnica de Vendas, Técnicos de Obra e o próprio sócio-

Trindade e Martins especialista na construção de condomínios privadosA empresa do Entroncamento lançou também o conceito de moradias “Blue Garden”

gerente. Optimista, apesar destes tempos difíceis, Nuno Ferreira reconhece que a aposta da Trindade e Martins, construções, Lda no condomínio privado está ganha, pe-las diferenças que apresenta no seu produto, que continua a vender a bom ritmo apesar da actual crise no mercado.

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foto arquivo O MIRANTEEQUIPA. Os profissionais que dão corpo à “Casa Gomes”

A Empresa Sérgio e Jorge Gomes, Lda divide-se em três áre-as: Casa Gomes Engenharia; Casa Gomes Acústica e Casa Gomes Coordenação e Segurança. Através destas vertentes consegue apresen-tar soluções integradas aos seus clientes acompanhando-as na sua execução, de modo a garantir bons resultados.

A Casa Gomes iniciou a sua actividade em 2000, na região de Santarém, operando actualmente em diversos pontos do país.

A Casa Gomes conta já com uma vasta experiência nas suas três ver-tentes de serviços, quer actuando em conjunto com ateliers de arqui-tectura ou isoladamente.

A empresa tem ganho a confiança e credibilidade dos seus clientes, encontrando-se actualmente a

desenvolver vários projectos, tais como: Ampliação do Perímetro Industrial da Mitsubishi Fuso Tru-ck Europe, Sociedade Europeia de Automóveis, S.A., no Tramagal; Projecto do Entreposto Logístico da Auto Sueco (Coimbra), Lda., em Al-canena; Projecto de Especialidades do Empreendimento “Encosta do Arade” em Lagoa, no Algarve, com a arquitectura do Atelier Graphos ; Licenciamento de Instalações Agro-Pecuárias na região Centro para o Grupo Caçador Pecuária; Projecto do Empreendimento “Urban Place” no Entroncamento, constituído por 200 fogos; Projectos dos Centros Escolares da Vila da Golegã e Azi-nhaga; Projecto de Especialidades do Museu Rural para a Câmara Municipal da Golegã; vários pro-jectos de especialidades de edifícios, moradias unifamiliares e estabele-

cimentos comerciais, dos Ateliers de Arquitectura: 4+Arquitectos; 2Arquitectos e Gabiurbe.

O departamento da Casa Gomes Acústica tem desenvolvido paralela-mente, vários ensaios, em edifícios habitacionais, centros comerciais, retails, e recolhas de dados acústicos, em áreas de grande expansão, na região do Médio Tejo e na região do Algarve.

Uma empresa que se desdobra em novos serviçosEngenharia, Acústica e Coordenação e Segurança para melhorar resultados

A Casa Gomes iniciou a sua actividade em 2000, na região de Santarém, operando actualmente em diversos pontos do país.

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O MIRANTE | 08 Outubro 2009 CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO | XVII

Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia trinta de Setembro de dois mil e nove, exarada a folhas cento e trinta e três do livro de Notas para Escrituras Diversas Cento e Oitenta e Oito - A,

JORGE MIGUEL DE JESUS SANTOS e esposa CARMEN SOFIA MARTINS DE OLIVEIRA SANTOS, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Alcanede, concelho de San-tarém, residentes em Vale do Carro, Alcanede, Santarém, declararam;

Que ele marido é dono e legítimo possuidor, com ex-clusão de outrem, do prédio urbano, sito na Rua Vale Lou-renço, 12, Vale do Carro, freg-uesia de Alcanede, concelho de Santarém, composto de terreno para construção, com a área de mil quatrocentos e sete metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Santarém, inscrito matriz em nome do justificante sob o artigo 4245, com o valor patrimonial de € 4.751,23.

Que o imóvel veio à sua posse por doação verbal de Alfredo de Oliveira e esposa Ludovina dos Anjos Dias, residentes em Vale do Carro, Alcanede, Santarém, doação essa que teve lugar no ano

de mil novecentos e oitenta e oito, ainda no seu estado de solteiro.

Não obstante não ter título formal de aquisição do referido prédio, foi ele que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os re-spectivos impostos, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, procedeu à sua limpeza, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o ostensiva-mente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorar lesar direito alheio, pací-fica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Cartório Notarial de Ma-nuel Fontoura Carneiro, trinta Setembro de dois mil e nove.

A colaboradora com delegação de poderesAna Paula Mendes

CARTóRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO

PORTO DE MóSO MIRANTE — Ano XXii nº899 - 08-10-2009

Foi efectuada a ligação à rede EDP no dia 2 de Outubro das duas primeiras instalações fotovoltaicas de microprodução e aquecimento de águas sanitárias no concelho da Golegã, propriedade do empresário João Reis, instalada pela empresa SENSO.

Aquando da ligação estiveram presentes os proprie-tários, o presidente da Câmara da Golegã, José Veiga Maltez, o vereador Rui Lince Medinas, Acácio Nunes, Paulo Rodrigues e Sónia Casimiro em representação da SENSO, Rosalina Santos e Victor Augusto.

O presidente da câmara enalteceu a iniciativa e dinamismo do empresário João Reis ao investir neste tipo de equipamentos de produção de energia de forma sustentável, colocando assim a Golegã na linha da frente em aproveitamento de energia solar.

A empresa SENSO efectuou o projecto , licencia-mento e execução dos sistemas de microgeração e aquecimento de aguas sanitárias.

Os sistemas de micro produção vão contribuir para uma menor dependência nacional nas fontes de energias tradicionais, nomeadamente as de origem fóssil, permitindo os sistemas instalados uma redução de aproximadamente 11 toneladas de de dióxido de carbono (CO2) por ano, produzindo cerca de 12.000 kilowats de energia por ano

Os sistemas ficam integrados no telhado do ar-mazém e loja sem interferir com o normal funcio-namento das instalações, permitindo rentabilizar os telhados, que actualmente, com os sistemas de microprodução, produzem um rendimento extra para as instalações.

Os sistemas de aquecimento de águas também colocados no telhado garantem o aquecimento solar de toda a água consumida nas instalações, permi-tindo assim uma poupança de recursos e de energia tradicional.

A microprodução está regulamentada pelo decreto –lei 363/2007 permitindo a produção de energia e venda à EDP, obtendo uma rápida amortização do investimento. Com este sistema pode-se, para além de amortizar o equipamento, contribuir para um ambiente melhor.

SENSO efectua ligação de Microgerações na DECOREIS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE ChAMuSCA

O MIRANTE — Ano XXii nº899 - 08-10-2009 - 2ª PUBLiCAÇÃoANúNCIO

DF SANTARÉM - DGCI

IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)

Identificação do bem: Terreno para Construção, CARACTERÍSTICAS: Área total do terreno: 3568m2, Área de implantação do edifício: 1784m2, Área bruta de con-strução: 1784m2, Área bruta dependente: 0m2. Inscrição na matriz: 2002, Localizado no distrito de SANTAREM Concelho de ChAMuSCA Freguesia de uLME Lugar de ulme Confrontando a Norte: Zona Verde Sul: Rua F e lotes 26 e 27 Nascente: Zona Verde Poente: Lotes 26 e 27 e Zona Verde. Descrito na CRP de Chamusca sob o n.º 615/ulme. Inscrito na matriz predial urbana da freguesia de ulme sob o artigo n.º 1081. V.P. actual de 63.370,00.

TEOR DO ANúNCIOFernando Manuel Soares

Vilão, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças ChA-MuSCA-1996, faz saber que no dia 2009-12-15, pelas 10:00 horas, neste Serviço de Finanças, sito em RuA MAS-CARENhAS PEDROSO N.1 - 1., ChAMuSCA, se há-de proceder à abertura das pro-postas em carta fechada, para venda judicial, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima designado, penhorado ao Executado infra indicado, para pagamento da dívida no valor de 15.030,54€, sendo 12.332,89€ de quantia exequenda e 2.697,65€ de acréscimos legais.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 CPPT), contados da 2.ª pub-licação, citando os credores desconhecidos e os suces-sores dos credores prefer-entes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado. (240º/CPPT)

O valor base da venda é de 44.359€, calculado nos termos do artigo 250.º do CPPT.

É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) LuIS MANuEL LOu-RENÇO BARROSO, resi-dente em R DAS COVAS FuNDAS N 13 - uLME, o(a)

qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado, entre as 16:00 horas do dia 2009-10-01 e as 10:00 horas do dia 2009-12-14 (249º/6 CPPT).

Todas as propostas deverão ser entregues no Serviço de Finanças, até às 10:00 horas do dia 2009-12-15, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Fi-nanças, devendo identificar o proponente (nome, morada e número fiscal), bem como o nome do Executado e o n.º de venda 1996.2009.10.

As propostas serão aber-tas no dia e hora designados para a venda (dia 2009-12-15 às 10:00h), na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º CPPT).

Não serão consideradas as propostas de valor infe-rior ao valor base de venda atribuído a cada verba (250º Nº4 CPPT).

No acto da venda deverá ser depositada a importância mínima de 1/3 do valor da venda, na Secção de Co-brança deste Serviço de

Finanças e pago o Imposto Municipal Sobre as Transmis-sões Onerosas de Imóveis e o Imposto do Selo que se mostrem devidos. Os

restantes 2/3 deverão ser depositados na mesma entidade, no prazo de 15 dias (256.º CPPT).

Se o preço oferecido mais elevado for proposto por dois ou mais propo-nentes, abr i r -se-á logo licitação entre eles, salvo se declararem adquirir o bem em compropriedade. Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio para apurar a proposta que deve prevalecer (253.º CPPT).

IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTADO

Nome: LuIS BARROSO LDA.

Morada: ZONA DE DE-SENVOLVIMENTO DE AC-TIVIDADES ECONOMICAS DE uLME LT 28 - uLME.

Data: 28-09-2009O Chefe de Finanças

Fernando ManuelSoares Vilão

O MIRANTE — Ano XXii nº899 - 08-10-2009 - 2ª PUBLiCAÇÃo

ANúNCIO

TRIBUNAL JUDICIAL DE SANTARéM3º JUízO CíVEL

Processo: 2250/08.2TBSTRDivórcio LitigiosoAutor: Maria Laura Farinha Ribeiro

Ferreira SantosRéu: Francisco Domingos Fer-

reira SantosNos autos acima identificados,

correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ré(u)), Francisco Domingos Ferreira Santos, com última residência conhecida em Rua Antonio Luis Inacio, N° 41, 2°, Lisboa, 1000-000 Lisboa, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar,

querendo, a presente acção, com a indi-cação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste, no pedido de divócio pela forma litigiosa de Autora e Réu, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

Santarém, 18-09-2009O Juiz de Direito,

Dr(a). Regina Leal Torres BichoO Oficial de Justiça

João Garcia

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