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Sumário

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO ............................................... 2

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS ................................................ 5

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ....................................................... 7

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ..................................................... 8

CONCORDÂNCIA NOMINAL ........................................................................... 11

CONCORDÂNCIA VERBAL ............................................................................. 17

REGÊNCIA VERBAL ....................................................................................... 26

PONTUAÇÃO ................................................................................................... 31

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS .............................................................. 37

Proposta de Redação ................................................................................... 43

GABARITO ....................................................................................................... 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 56

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ETAPA 3 Neste capítulo, estudaremos sobre os períodos e, principalmente, as

orações coordenadas e as subordinadas. Lembre-se que oração é todo o enunciado que possui verbo e período é o enunciado que contém uma ou mais orações.

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Enunciado que não apresenta conjunção que o ligue à oração anterior. Exemplo: "Pela manhã bebi o café enjoativo, comi um pedaço de pão sem manteiga."

As orações coordenadas possuem independência de sentido. Uma oração pode ser denominada sindética quando há o uso de conjunção para unir duas ou mais orações.

Oração Coordenada Sindética Aditiva

As aditivas exprimem noção de acréscimo, adição. São introduzidas pelas conjunções coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, que etc.

Exemplo: "Não li suas cartas, nem mexi no seu lixo." Oração Coordenada Sindética Adversativa

Exprime ideia de oposição. Introduzidas pelas conjunções coordenadas adversativas: mas, porém,

contudo, entretanto, todavia etc. Exemplo: "Quero comprar uma jaqueta, mas não tenho dinheiro".

Oração Coordenada Sindética Alternativa

Expressa fatos que se alternam entre si. Introduzidas pelas conjunções coordenadas alternativas: ou, ora etc. Exemplo: "Ora como comida congelada, ora faço sanduíche."

Oração Coordenada Sindética Conclusiva

Exprime uma ideia de conclusão. Introduzidas pelas conjunções coordenadas conclusivas: logo, portanto,

pois (posposto ao verbo), por isso. Exemplo: "Bem dizia Descartes: Penso, logo existo".

Oração Coordenada Sindética Explicativa

Explica o motivo da declaração feita na oração anterior. Introduzidas pelas conjunções coordenadas sindéticas explicativas: que,

porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo). Exemplo: "Não volte muito tarde, porque seu pai precisa de você."

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Observações:

As orações coordenadas sindéticas explicativas não podem ser confundidas com as subordinadas adverbiais causais: estas exprimem a causa de um fato, aquelas dão o motivo, a explicação da declaração anterior.

Exemplos: João está triste porque perdeu o emprego. (Oração adverbial causal.) A criança devia estar doente, porque chorava muito. (Oração coordenada

sindética explicativa.) Note-se também que há pausa (vírgula) entre a oração explicativa e a

precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial.

As orações coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, mas inter-relacionadas, interdependentes, quanto ao sentido. Pontuação nas Orações Coordenadas

Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadas assindéticas e as sindéticas com exceção das introduzidas pela conjunção e.

Orações coordenadas sindéticas podem vir separadas por vírgula acompanhadas da conjunção e quando possuírem sujeitos diferentes e quando a conjunção vier reiterada. Período Composto por Subordinação

O período composto por subordinação é aquele formado por uma oração principal, que sustenta os dados centrais do período, e outra (ou outras) subordinada(s), que complementam a carga informativa do enunciado, exercendo alguma função sintática em relação à principal.

Quando a oração subordinada apresenta verbo flexionado (conjugado em algum tempo: presente, pretérito e futuro), leva o nome de oração desenvolvida. Quando o verbo está em uma das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio), a oração é chamada de reduzida.

Veja: O ministro pediu que a população gastasse pouco. O ministro pediu para a população gastar pouco. (subordinada objetiva

direta reduzida de infinitivo). Quando entrei no hospital, avistei o médico. Entrando no hospital, avistei o médico. (subordinada adverbial temporal

reduzida de gerúndio). Terminado o expediente, a equipe reuniu-se para uma comemoração.

(subordinada adverbial temporal reduzida de particípio). As orações subordinadas classificam-se em substantivas, adjetivas e

adverbiais.

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Existem três tipos de orações subordinadas: Substantivas: são aquelas que desempenham as funções sintáticas

próprias do substantivo. Adjetivas: são aquelas que desempenham as funções próprias do

adjetivo. Adverbiais: são aquelas que desempenham as funções próprias do

advérbio. Orações subordinadas substantivas são as que exercem alguma função

sintática normalmente representada por um substantivo. Veja o exemplo: Joana queria um carro. Joana queria que o pai lhe desse um carro. Nos dois casos, os trechos completam a informação do verbo querer, ou

seja, exercem a função de complemento verbal (objeto direto), por isso essas orações são chamadas de orações subordinadas substantivas objetivas diretas.

Uma dica útil para identificar e classificar uma oração como subordinada

substantiva é substituí-la mentalmente por um pronome, como isso (já que ele substitui o nome, o substantivo).

Veja: Joana queria isso. Assim, basta ver qual a classificação sintática de ISSO na oração para

chegar à classificação da oração subordinada substantiva, que pode ser: Subjetiva (função de sujeito): É importante que a polícia investigue o

caso. É importante isso (ou Isso é importante). Obs.: o verbo da oração principal está sempre em 3ª. pessoa, quando

esta for acompanhada de uma oração subordinada com função de sujeito. Predicativa (função de predicativo do sujeito): O importante é que a

polícia investigue o caso. O importante é isso. Objetiva Direta (função de objeto direto): Joana queria que o pai lhe

desse um carro. Joana queria isso. Objetiva Indireta (função de objeto indireto): O candidato gostaria que

todos os eleitores votassem nele. O candidato gostaria disso.

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Completiva Nominal (função de complemento nominal): Tenho necessidade de que me ajudem nesta tarefa.

Tenho necessidade disso. Obs.: é comum a omissão da preposição no início das orações

subordinadas substantivas objetivas indiretas ou completivas nominais. Veja: O candidato gostaria que todos os eleitores votassem nele. Tenho necessidade que me ajudem nesta tarefa. Apositiva (função de aposto): Ela finalmente descobriu tudo: que o

acidente era uma fraude. Obs.: em geral, a oração subordinada substantiva apositiva vem após dois

pontos ou entre vírgulas. Nota: Perceba que as orações subordinadas substantivas normalmente

são iniciadas com as conjunções integrantes que ou se, mas também podem vir introduzidas por outras palavras, como pronomes interrogativos (quem, que, qual...), advérbios interrogativos (onde, como, quando...).

Exemplos: O juiz perguntou à advogada quando ela iria começar o argumento. A mulher não sabia onde o filho deixara o documento. Exemplo de orações subordinadas substantivas: Interessa-me que você compareça. Exemplo de orações subordinadas adjetivas: A Laura que estuda na UFRGS foi para a França. Exemplos de oração subordinada adverbial: Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase.

Exemplo 1: A menina quis um sorvete. (período simples) A menina = sujeito; quis = verbo transitivo direto; um sorvete = objeto direto Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um

substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas.

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Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como Objetiva direta (função de objeto direto).

Sendo assim, notamos que: A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto) A menina = sujeito; quis = verbo transitivo direto; que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva objetiva

direta E ainda em: Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto) Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva; quis = verbo transitivo direto; um sorvete = Objeto direto; Além das posições de sujeito e objeto direto, as orações subordinadas

substantivas podem exercer a função de um predicativo, de um objeto indireto, de um aposto e de um complemento nominal.

Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de seis tipos:

Subjetiva: ocupa a função de sujeito. Obs.: A oração principal não tem sujeito. Exemplos: - É preciso que o grupo melhore. Verbo de Ligação + predicativo + O. S. S. Subjetiva - É necessário que você compareça à reunião. VL + predicativo + O. S. S. Subjetiva - Consta que esses homens foram presos anteriormente. VI + O. S. S. Subjetiva - Foi confirmado que o exame deu positivo. Voz passiva + O. S. S. Subjetiva

Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito. Obs.: A oração subordinada apresenta verbo de ligação. Exemplos: - A dúvida é se você virá. Suj. + VL + O. S. S. Predicativa - A verdade é que você não virá. Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

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Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um verbo transitivo direto. Exemplos: - Nós queremos que você fique. Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta - Os alunos pediram que a prova fosse adiada. Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta

Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto. Exemplos: - As crianças gostam (de) que esteja tudo tranquilo. Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta - A mulher precisa de que alguém a ajude. Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta

Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal. Exemplos: - Tenho vontade de que aconteça algo inesperado. Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal - Toda criança tem necessidade de que alguém a ame. Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.

Apositiva: ocupa a função de um aposto. Exemplos: - Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular. Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

São as orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas.

Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere.

Exemplos: - Você é um dos poucos alunos que eu conheço. Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva

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- Eles são um dos casais que falaram conosco ontem. Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva - Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito. Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.

Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e funcionam estruturalmente como um aposto explicativo.

Exemplo: - Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu. Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI - Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves. Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD - Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito. Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração age na frase como um advérbio, modificando o sentido de outras orações e ocupando a função de um adjunto adverbial.

As orações adverbiais são sempre iniciadas por uma conjunção subordinativa.

São elas:

Causal: designa a causa, o motivo. Exemplo: - Ela cantou porque ouviu sua banda favorita.

Comparativa: estabelece uma comparação com a oração principal. Exemplo: - Ela andava leve como uma borboleta.

Concessiva: se opõe às ideias expressas pela oração principal. Exemplo: - Embora a prova estivesse fácil, demorei bastante para terminar.

Condicional: expressa uma condição para que aconteça aquilo que a oração principal diz.

Exemplo: - Caso você não estude, ficará muito ansioso para a prova.

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Conformativa: expressam conformidade ou algum tipo de acordo com a oração principal.

Exemplo: - Conforme havia te falado, a prova não estava fácil.

Consecutiva: é a consequência da oração principal. Exemplo: - Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho.

Final: indica finalidade, propósito para que aconteça a oração principal. Exemplo: - Não vou fechar os portões da biblioteca, para que você possa fazer sua

pesquisa.

Proporcional: indica proporção. Exemplo: - Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença.

Temporal: localiza a oração principal em um determinado tempo. Exemplo: - Quando você voltar nós conversaremos com calma.

Exercícios 1. Na frase "E quando Larissa se agita, é para desobedecer ao pai ou à

mãe.", temos como incorreta: A) Período composto por subordinação, coordenado pela conjunção e ao

anterior; B) Oração subordinada adverbial temporal: ... "quando Larissa se agita"; C) Oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo : para

desobedecer ao pai ou à mãe; D) Oração principal : é; E) O período é composto por coordenação. 2. Em relação a orações coordenadas é correto afirmar: A) Sempre possui uma conjunção ligando uma a outra; B) Nunca possui conjunções, apenas vírgula separando uma das outras; C) Não possui sentido próprio, logo necessita de outra oração para ter

sentido; D) São orações independentes, têm sentido próprio. 3.Classifique a oração a seguir: "Pedro não trabalhava, nem estudava." A) É uma oração coordenada assindética; B) É uma oração coordenada sindética alternativa; C) É uma oração coordenada sindética aditiva.

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4. Na oração "PEDRO NÃO JOGA E NEM ASSISTE", temos a presença

de uma oração coordenada que pode ser classificada em: A) Coordenada assindética; B) Coordenada assindética aditiva; C) Coordenada sindética alternativa; D) Coordenada sindética aditiva. 5) Sobre as orações subordinadas é correto afirmar: A) São classificadas em substantivas - adjetivas - adverbiais; B) São orações que em suas estruturas sempre necessitarão de vírgula

para ligar uma oração a outra; C) São orações que nunca precisam de sujeito; D) São orações que utilizamos separadamente do texto, para ensinar

nossos alunos. 6. Em um período composto por subordinação, a oração que não possui

sujeito na oração principal, dentro das orações subordinadas substantivas, será classificada como:

A) Oração subordinada substantiva predicativa; B) Oração subordinada substantiva apositiva; C) Oração subordinada subjetiva; D) Oração subordinada objetiva direta. 7. Observe os versos seguintes: Fica decretado que o homem não

precisará nunca mais duvidar do homem. Com relação à morfossintaxe desse período, a segunda oração, de acordo com a norma culta da língua, é classificada como:

A) subordinada adjetiva restritiva; B) subordinada substantiva completiva nominal; C) subordinada adverbial causal; D) subordinada substantiva objetiva direta; E) subordinada substantiva subjetiva. 8. Há exemplo de oração subordinada em: A) Empreeender significa acreditar na capacidade pessoal de iniciativa e

de superação de obstáculos; B) A escola introduziu em seu currículo uma série de medidas para o

alcance de seus propósitos; C) Entre os bons momentos da coleção figura uma série de fotografias de

Robert Doisneau que registram o cotidiano das fábricas; D) Não se importa com o dano, mas exige a ilicitude da conduta; E) Ele é defensor de posições severas em relação às operadoras de

planos e seguros de saúde e sustenta sua utilização de maneira ampla em ambas as modalidades, individual e coletiva.

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9. "Voa, coração, que ele não deve demorar", a oração destacada é corretamente classificada como:

A) Coordenada concessiva; B) Subordinada adverbial temporal; C) Coordenada explicativa; D) Subordinada substantiva objetiva direta; E) Coordenada consecutiva. 10. No trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são

classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como: "Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia, mas nunca à

custa de nossos filhos..." A) Oração subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada

sindética adversativa; B) Oração subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética

explicativa; C) Oração subordinada adverbial conformativa e subordinada adverbial

concessiva; D) Oração subordinada substantiva completiva nominal e coordenada

sindética adversativa; E) Oração subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial

concessiva.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.

Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.

Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal. Regra geral

O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.

Exemplos: A pequena criança é uma gracinha. O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

Um adjetivo após vários substantivos a) Substantivos de mesmo gênero - adjetivo vai para o plural ou concorda

com o substantivo mais próximo. Ex.: Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

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b) Substantivos de gêneros diferentes - vai para o plural masculino ou

concorda com o substantivo mais próximo. Ex.: Ela tem pai e mãe louros. Ela tem pai e mãe loura. c) Adjetivo funciona como predicativo - vai obrigatoriamente para o plural. Ex.: O homem e o menino estavam perdidos. O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.

Um adjetivo anteposto a vários substantivos a) Adjetivo anteposto normalmente - concorda com o mais próximo. Ex.: Comi delicioso almoço e sobremesa. Provei deliciosa fruta e suco. b) Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais

próximo ou vai para o plural. Ex.: Estavam feridos o pai e os filhos. Estava ferido o pai e os filhos.

Um substantivo e mais de um adjetivo a) Se o substantivo estiver no singular, o último adjetivo deve ser

antecedido por um artigo. Ex.: Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. b) Se o substantivo estiver no plural, não é necessário o uso do artigo

antes dos adjetivos. Ex.: Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.

Pronomes de tratamento a) Sempre concordam com a 3ª pessoa. Ex.: Vossa Santidade esteve no Brasil.

Anexo, incluso, próprio, obrigado a) Concordam com os substantivos a que se referem. Ex.: As cartas estão anexas.

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A bebida está inclusa. Precisamos de nomes próprios. Obrigado, disse o rapaz.

Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) a) Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o

adjetivo no plural. Ex.: Renato advogou um e outro caso fáceis. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

É bom, é necessário, é proibido a) Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo

ou outro determinante. Ex.: Canja é bom. / A canja é boa. É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.

Muito, pouco, caro a) Como adjetivos: seguem a regra geral. Ex.: Comi muitas frutas durante a viagem. Pouco arroz é suficiente para mim. Os sapatos estavam caros. b) Como advérbios: são invariáveis. Ex.: Comi muito durante a viagem. Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei caro os sapatos.

Mesmo, bastante a) Como advérbios: invariáveis Ex.: Preciso mesmo da sua ajuda. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. b) Como pronomes: seguem a regra geral. Ex.: Seus argumentos foram bastantes para me convencer. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

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Menos, alerta a) Em todas as ocasiões são invariáveis. Preciso de menos comida para perder peso. Estamos alerta para com suas chamadas.

Tal Qual a) "Tal" concorda com o antecedente, "qual" concorda com o

consequente. Ex.: As garotas são vaidosas tais qual a tia. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

Possível a) Quando vem acompanhado de "mais", "menos", "melhor" ou "pior",

acompanha o artigo que precede as expressões. Ex.: A mais possível das alternativas é a que você expôs. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

Meio a) Como advérbio: invariável. Ex.: Estou meio insegura. b) Como numeral: segue a regra geral. Ex.: Comi meia laranja pela manhã.

Só a) apenas, somente (advérbio): invariável. Ex.: Só consegui comprar uma passagem. b) sozinho (adjetivo): variável. Ex.: Estiveram sós durante horas.

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Exercícios

1. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos parênteses. A) Será que é __________________ essa confusão toda? (necessário/

necessária) B) Quero que todos fiquem ________________. (alerta/ alertas) C) Houve ____________ razões para eu não voltar lá. (bastante/

bastantes) D) Encontrei ____________ a sala e os quartos. (vazia/vazios) E) A dona do imóvel ficou __________ desiludida com o inquilino. (meio/

meia) 2. "Na reunião do Colegiado, não faltou, no momento em que as

discussões se tornaram mais violentas, argumentos e opiniões veementes e contraditórias."

No trecho acima, há uma infração as normas de concordância. A) Reescreva-o com devida correção. B) Justifique a correção feita. 3. Reescrever as frases abaixo, corrigindo-as quando necessário. A) "Recebei, Vossa Excelência, os processos de nossa estima, pois não

podem haver cidadãos conscientes sem educação." B) "Os projetos que me enviaram estão em ordem; devolvê-los-ei ainda

hoje, conforme lhes prometi." 4. Como no exercício anterior. A) "Ele informou aos colegas de que havia perdido os documentos cuja

originalidade duvidamos." B) "Depois de assistir algumas aulas, eu preferia mais ficar no pátio do

que continuar dentro da classe." 5. Reescrever as frases abaixo, corrigindo-as quando necessário. A) "Faziam apenas dois meses que ela ficara viúva e mais de uma

proposta de casamento apareceram; porém, deviam haver sérios motivos para ela recusá-las."

B) "Se for levado em consideração as necessidades imediatas da escola, a reforma das instalações terão prioridade."

6. Colocar: "C" quando correto, "E" quando errado A) ( ) Amanhã se fará os últimos exames. B) ( ) Restam-me alguns dias de férias. C) ( ) Os Estados Unidos intervieram nos conflitos sul-africanos há alguns

meses. D) ( ) É necessária liberdade de expressão. E) ( ) São crianças a cuja situação muita gente é insensível. F) ( ) Envie algum dinheiro daquela casa de caridade. G) ( ) Assisti e gostei muito daquele filme. H) ( ) Não me pouparam esforços para que o rio fosse despoluído.

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7. "Noites pesadas de cheiros e calores amontoados..." Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima,

fica incorreta a concordância de "amontoado". A) nuvens e brisas amontoadas B) odores e brisas amontoadas C) nuvens e morros amontoados D) morros e nuvens amontoados E) brisas e odores amontoadas 8. A frase em que a concordância nominal está correta é: A) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo era o

melhor sinal de prosperidade da família. B) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam

as vítimas do acidente. C) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na

sua pacata e linda chácara do interior. D) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço

direitos, mas estava totalmente lúcido. E) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser importante para

a pesquisa que estou fazendo. 9. Assinale a alternativa em que, pluralizando-se a frase, as palavras

destacadas permanecem invariáveis: A) Este é o meio mais exato para você resolver o problema: estude só. B) Meia palavra, meio tom - índice de sua sensatez. C) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em sua meia promessa. D) Passei muito inverno só. E) Só estudei o elementar, o que me deixa meio apreensivo. 10. I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. II. Muito obrigadas! - disseram as moças. III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. IV. A pobre senhora ficou meio confusa. V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática A) em I e II B) em II, III e IV C) apenas em II D) apenas em III E) apenas em IV

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CONCORDÂNCIA VERBAL Regras gerais

SUJEITO SIMPLES - verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.

Ex.: Uma boa Constituição é desejada por todos os brasileiros; De paz necessitam as pessoas.

SUJEITO COLETIVO (singular na forma com ideia de plural) - verbo fica no singular, concordando com a palavra escrita não com a ideia.

Ex.: O pessoal já saiu. Obs.: Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, poderá ir para o

plural concordando com a ideia de quantidade (silepse de número). Ex.: A turma concordava nos pontos essenciais, discordavam apenas nos

pormenores.

PRONOME DE TRATAMENTO COMO SUJEITO - verbo fica na 3ª pessoa.

Ex.: Vossa Senhoria não é justo; Vossas Senhorias estão de acordo comigo.

EXPRESSÃO MAIS DE + NUMERAL - verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de um candidato prometeu melhorar o país; Mais de duas pessoas vieram à festa.

MAIS DE UM + SE (ideia de reciprocidade) - verbo no plural Ex.: Mais de um sócio se insultaram.

MAIS DE UM + MAIS DE UM - verbo no plural Ex.: Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião.

EXPRESSÕES PERTO DE, CERCA DE, MAIS DE, MENOS DE + SUJEITO NO PLURAL - verbo no plural.

Ex.: Perto de quinhentos presos fugiram. Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio. Mais de mil vozes pediam justiça. Menos de duas pessoas fizeram isto.

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NOMES SÓ USADOS NO PLURAL - a concordância depende da presença ou não de artigo.

Sem artigo - verbo no singular Ex.: Minas Gerais produz muito leite. Férias faz bem. Precedidos de artigo plural - verbo no plural Ex.: Os Lusíadas exaltam a grandeza do povo português. As Minas Gerais produzem muito leite. Obs.: Para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância

ideológica (silepse) com a palavra obra implícita na frase; Ex.: "Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo português.

EXPRESSÕES A MAIOR PARTE, GRANDE PARTE, A MAIORIA DE (= sujeito coletivo partitivo) + ADJUNTO ADNOMINAL NO PLURAL - verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o especificador (AA).

Ex.: A maior parte dos constituintes retirou-se (retiraram-se). Grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiram) a jogada. A maioria dos constituintes votou (votaram). Obs.: Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não

separadamente aos indivíduos, usa-se o singular. Ex.: Um bando de soldados enchia o pavimento inferior.

QUEM (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do singular concordando com o pronome quem ou concorda com o antecedente.

Ex.: Fui eu quem falou (falei). Fomos nós quem falou (falamos).

QUE (pronome relativo sujeito) - verbo concorda sempre com o antecedente.

Ex.: Fomos nós que falamos.

PRONOME INTERROGATIVO ou INDEFINIDO COMO SUJEITO (núcleo) + DE NÓS ou DE VÓS - depende do pronome núcleo.

Pronome-núcleo no singular - verbo no singular. Ex.: Qual de nós votou conscientemente? Nenhum de vós irá ao cinema.

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Pronome-núcleo no plural - verbo na 3ª pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal.

Ex.: Quais de nós votaram (votamos) conscientemente? Muitos de vós foram (fostes) insultados.

SUJEITO COMPOSTO ANTEPOSTO AO VERBO - verbo no plural. Ex.: O anel e os brincos sumiram da gaveta. Com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural. Ex.: O rancor e o ódio cegou o amante. O desalento e a tristeza abalaram-me. Com núcleos em gradação - verbo singular ou plural. Ex.: Um minuto, uma hora, um dia passa/passam rápido. Dois infinitivos como núcleos - verbo no singular. Ex.: Estudar e trabalhar é importante. Dois infinitivos exprimindo ideias opostas - verbo no plural. Ex.: Rir e chorar se alternam.

SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO - concordância normal ou atrativa com o núcleo mais próximo.

Ex.: Discutiram / discutiu muito o chefe e o funcionário. Obs.: - Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural. Ex.: Estimam-se o chefe e o funcionário. - Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo

também se pluraliza. Ex.: Foram vencedores Pedro e Paulo.

SUJEITO COMPOSTO DE DIFERENTES PESSOAS GRAMATICAIS - depende da pessoa prevalente.

Eu + outros pronomes - verbo na 1ª pessoa plural. Ex.: Eu, tu e ele sairemos.

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Tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou 3ª pessoa do plural.

Ex.: Tu e teu colega estudastes/estudaram? Se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa. Ex.: Saímos/saí eu e tu.

SUJEITO COMPOSTO RESUMIDO POR UM PRONOME-SÍNTESE (aposto) - concordância com o pronome.

Ex.: Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.

Expressão UM E OUTRO - verbo no singular ou no plural. Ex.: Um e outro falava/ falavam a verdade. Com ideia de reciprocidade - verbo no plural. Ex.: Um e outro se agrediram.

Expressão UM OU OUTRO - verbo no singular. Ex.: Um ou outro rapaz virava a cabeça para nos olhar.

SUJEITO COMPOSTO LIGADO POR NEM - verbo no plural. Ex.: Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade. Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a

prioridade gramatical. Ex.: Nem eu, nem ela fomos ao cinema.

Expressão NEM UM NEM OUTRO - verbo no singular. Ex.: Nem um nem outro comentou o fato.

SUJEITO COMPOSTO LIGADO POR OU - faz-se em função da ideia transmitida pelo ou.

Ideia de exclusão - verbo no singular. Ex.: José ou Pedro será eleito para o cargo. Um ou outro conhece seus direitos.

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Ideia de inclusão ou antinomia - verbo no plural. Ex.: Matemática ou Física exigem raciocínio lógico. Riso ou lágrimas fazem parte da vida. Ideia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo. Ex.: Ou eu ou ele irá. Ou ele ou eu irei.

Expressão UM DOS QUE - verbo no singular (um) ou plural (dos que). Ex.: Ele foi um dos que mais falou/falaram. Se a expressão significar apenas um - verbo no singular. Ex.: É uma das peças de Nelson Rodrigues que será apresentada.

NÚMERO PERCENTUAL COMO SUJEITO - observar a posição do número percentual em relação ao verbo.

Verbo concorda com termo posposto ao número. Ex.: 80% da população tinha mais de 18 anos. Dez por cento dos sócios saíram da empresa. O verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele. Ex.: Perderam-se 40% da lavoura. Verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome

no plural. Ex.: Os 87% da produção perderam-se. Aqueles 30% do lucro obtido desapareceram.

SUJEITO COMO NÚMERO FRACIONÁRIO - verbo concorda com o numerador.

Ex.: 1/4 da turma faltou ontem. 3/5 dos candidatos foram reprovados.

SUJEITO COMPOSTO ANTECEDIDO DE CADA ou NENHUM - verbo na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. Nenhum político, nenhuma cidade, nenhum ser humano faria isso.

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SUJEITO COMPOSTO LIGADO POR COMO, ASSIM COMO, BEM COMO (formas correlativas) - deve-se preferir o plural, sendo mas raro o singular.

Ex.: Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. Tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o perdão.

SUJEITO COMPOSTO LIGADO POR COM - observar presença ou não de vírgulas.

Verbo no plural sem vírgulas. Ex.: Eu com outros amigos limpamos o quintal. Verbo no singular com vírgulas, ideia de companhia. Ex.: O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília.

SUJEITO INDETERMINADO + SE - verbo no singular. Ex.: Assistiu-se à apresentação da peça.

SUJEITO PACIENTE AO LADO DE UM VERBO NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA - verbo concorda com o sujeito.

Ex.: Discutiu-se o plano. Discutiram-se os planos.

Locução verbal constituída de: PARECER + INFINITIVO - verbo parecer varia ou o infinitivo.

Ex.: As pessoas pareciam acreditar em tu As pessoas parecia acreditarem em tudo. Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo. Ex.: Elas parece zangarem-se com a moça.

Verbos DAR, BATE e SOAR + HORAS - verbos têm como sujeito o número que indica as horas.

Ex.: Deram dez horas naquele momento. Meio-dia soou no velho relógio da igreja.

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VERBOS INDICADORES DE FENÔMENOS DA NATUREZA - verbo na 3ª pessoa singular por serem impessoais, extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções verbais.

Ex.: Geia muito no Sul. Choveu por muitas noites no verão. Obs.: Em sentido figurado deixam de ser impessoais. Ex.: Choveram vaias para o candidato.

Verbo HAVER = existir, ocorrer - é impessoal e conjuga-se na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Havia vários alunos na sala (= existiam). Houve bastantes acidentes naquele mês (= ocorreram). Deve haver muitas pessoas na fila (devem existir). Obs.: - Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver

sentido de existir ou acontecer (J há um lugar ali. / L tem um lugar ali.) - Os verbos existir e ocorrer são pessoais e concordam com seu sujeito. Ex.: Existiam sérios compromissos. Aconteceram bastantes problemas naquele dia.

Verbo FAZER - indicando tempo decorrido ou fenômeno da natureza é impessoal e conjuga-se na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Fazia anos que não vínhamos ao Rio. Faz verões maravilhosos nos trópicos.

Verbo SER - impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a expressão numérica ou a palavra a que se refere.

Ex.: Eram seis horas. Hoje são doze de maio. Daqui ao centro são treze quilômetros. Se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem,

concordará, preferencialmente, com a classe que tiver prioridade, independente de função sintática.

Pronome pessoal - pessoa - substantivo concreto - substantivo abstrato - pronome indefinido, demonstrativo ou interrogativo.

Ex.: Tu és minhas alegrias. Minhas alegrias és tu. As terras são a riqueza. A riqueza são as terras.

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PALAVRA COLETIVA COMO SUJEITO - verbo concorda com o predicativo.

Ex.: A maioria era adolescente. A maior parte eram problemas.

SUJEITO indica PESO, MEDIDA, QUANTIDADE + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é tanto - verbo ser no singular.

Ex.: Três mil reais é pouco pelo serviço. Dez quilômetros já é bastante para um dia.

Exercícios Faça a concordância correta rasurando o verbo incorreto. 01. O pessoal não [gostaram / gostou] da festa. 02. A turma [gostou / gostaram] da aula de ontem. 03. Metade dos alunos [fez / fizeram] o trabalho. 04. Um bloco de foliões [animavam / animava] a festa. 05. Uma porção de índios [surgiram / surgiu] do nada. 06. Um bando de pulhas [saqueou / saquearam] as casas. 07. A maior parte dos recursos se [esgotou / esgotaram]. 08. O povo [aclamou / aclamaram] o candidato. 09. A multidão [invadiu / invadiram] o campo. 10. Os Estados Unidos [é / são] um país rico. 11. Minas Gerais [são / é] um belo estado. 12. Os Andes [fica / ficam] na América do Sul. 13. A maior parte dos carros [tinham / tinha] defeitos. 14. O bando [fuçava / fuçavam] a casa deserta. 15. A maioria [está / estão] contra o aumento do pão. 16. O Amazonas [correm / corre] para o mar. 17. Os Lusíadas [tornaram / tornou] Camões imortal. 18. Os Imigrantes [agradou / agradaram] os telespectadores. 19. Os Três Mosqueteiros [são / é] de Alexandre Dumas. 20. Vossa Excelência [agiu / agistes] com moderação. 21. Vossa Senhoria [está / estais] melhor agora? 22. Vossa Senhoria me [entendeu / entendestes] mal. 23. Vossa Excelência se [enganaste / enganou]. 24. Vossa Senhoria [continuais / continua] zangado comigo? 25. Os cardumes [subiam / subia] o rio. 26. Metade das laranjas [estava / estavam] podre(s). 27. A multidão [vociferava / vociferavam] ameaças. 28. Uma equipe de policiais [prendeu / prenderam] os ladrões. 29. [Chegava / Chegavam] à multidão de passageiros. 30. Mais de mil pessoas [acertaram / acertou] na loteria. 31. Mais de um avião [caíram / caiu] este mês. 32. Mais de um jogador se [xingava / xingavam].

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33. Mais de um funcionário [foram / foi] exonerado(s). 34. Mais de um político se [desacatou / desacataram]. 35. Minhas férias [é / são] um período de descanso. 36. Frases [é / são] o sujeito da oração. 37. Lágrimas [é /são] coisa que ele não tem 38. Itens nunca [teve / tiveram] acento gráfico. 39. Nenhum de nós [sabíamos / sabia] disso. 40. Alguns de nós [viveremos / viverá] até lá. 41. Quais de vocês me [faria / fariam] esse favor. 42. Nenhuma de nós a [viu / vimos]. 43. Somos nós quem [levamos / leva] o prejuízo. 44. Foram eles quem [escreveu / escreveram]. 45. Fomos nós que [pichou / pichamos] o muro. 46. Fui eu que [espalhei / espalhou] os boatos. 47. Fui eu quem [enviei / enviou]. 48. Montes Carlos [ficam / fica] em Minas Gerais. 49. Minas Gerais [possuem / possui] grandes jazidas. 50. Vassouras [são / é] uma cidade fluminense. 51. Cravinhos [é / são] uma cidade limpa. 52. Quantos de nós [sabemos / sabe] a verdade? 53. Alguém dentre vós [sois / é] culpado(s). 54. Quais de nós [viajará / viajaremos] contigo? 55. Qual de vocês me [faria / fariam] esse favor. 56. Algum deles [viverão / viverá] até lá. 57. Qual de nós [agimos / agiu] com justiça? 58. Perto de mil crianças [está / estão] desaparecida(s). 59. [Devem / Deve] ter fugido mais de vinte presos. 60. Sou eu que [duvido / duvida]. 61. Fui eu que [preparou / preparei] o almoço. 62. Fomos nós que [pichamos / pichou] o muro. 63. Sou eu quem [paga / pago]. 64. Foste tu que [saíste / saiu]. 65. Foste vós quem [falou / falastes]. 66. Eram elas quem [fazia / faziam] a limpeza. 67. Paulo é um dos que mais [estuda / estudam]. 68. Ele foi um dos que mais [falaram / falou]. 69. Mais de um aceno [avisou-me / avisaram-me] do perigo. 70. [Haja / Hajam] vista as últimas composições do autor. 71. [Haja / Hajam] vista os últimos acontecimentos. 72. [Haja / Hajam] vista aos últimos acontecimentos. 73. Vossa Alteza não [tendes / tem] vergonha? 74. Uma quadrilha [assaltaram / assaltou] o banco. 75. Férias [faz / fazem] bem. 76. Mais de dois atletas [ganharam / ganhou] medalhas. 77. Mais de um aluno [agrediu-se / agrediram-se]. 78. Mais de um aluno, mais de um professor [faltou / faltaram].

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REGÊNCIA VERBAL

O estudo da regência verbal nos ajuda a escrever melhor. Quanto à regência verbal, os verbos podem ser: - Transitivo direto - Transitivo indireto - Transitivo direto e indireto - Intransitivo

Aspirar O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Transitivo direto - quando significa "sorver", "tragar", "inspirar". Ex.: Ela aspirou o aroma das flores. Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo. Transitivo indireto - quando significa "pretender", "desejar", "almejar".

Exige complemento com a preposição "a". Ex.: O candidato aspirava a uma posição de destaque. Ela sempre aspirou a esse emprego. Obs.: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos

pronomes lhe(s). Devemos substituir por "a ele(s)", "a ela(s)". - Aspiras a este cargo? - Sim, aspiro a ele. (e não "aspiro-lhe").

Assistir O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo. Transitivo indireto - quando significa "ver", "presenciar", "caber",

"pertencer". Exige complemento com a preposição "a". Ex.: Assisti a um filme. (ver) Ele assistiu ao jogo. Este direito assiste aos alunos. (caber) Transitivo direto - quando significa "socorrer", "ajudar". Ex.: O médico assiste o ferido. (cuida) Intransitivo - quando significa "morar" exige a preposição "em". Ex.: O papa assiste no Vaticano. (no: em + o) Eu assisto no Rio de Janeiro.

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Chamar O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Transitivo direto - quando significa "convocar", "fazer vir". Ex.: O professor chamou o aluno. Transitivo indireto - quando significa "invocar" e é usado com a

preposição "por". Ex.: Ela chamava por Jesus. Obs.: Com o sentido de "apelidar" pode exigir ou não a preposição, ou

seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Admite as seguintes construções: Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo) Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo) Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo) Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)

Visar Pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Transitivo direto - quando significa "dar visto" e "mirar". Ex.: O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto) O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar) Transitivo indireto - quando significa "desejar", "almejar", "pretender",

"ter em vista". Exige a preposição "a". Ex.: Muitos visavam ao cargo. Ele visa ao poder. Obs.: - Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a

ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe. - Quando o verbo "visar" é seguido por um infinitivo, a preposição é

geralmente omitida. Ex.: Ele visava atingir o posto de comando.

Esquecer - Lembrar - Lembrar algo - esquecer algo - Lembrar-se de algo - esquecer-se de algo (pronominal) No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem

complemento sem preposição. Ex.: Ele esqueceu o livro. No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc.) e exigem

complemento com a preposição "de". São, portanto, transitivos indiretos. Ex.: Esqueci-me da chave. Esqueceram-se da prova.

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Obs.: Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a

funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.

- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança) O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar

alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).

Preferir É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto

(complemento sem preposição) e um objeto indireto (complemento com preposição).

Ex.: Prefiro cinema a teatro. Prefiro passear a ver TV. Obs.: Não é correto dizer: "Prefiro cinema do que teatro".

Simpatizar É transitivo indireto e exige a preposição "com". Ex.: Não simpatizei com os jurados.

Querer Transitivo direto – quando significa "desejar". Ex.: A criança quer sorvete. Transitivo indireto – quando significa "ter afeto", "estimar". Ex.: Quero a meus pais.

Namorar É transitivo direto, ou seja, não admite preposição. Ex.: Maria namora João. Obs.: Não é correto dizer: "Maria namora com João".

Obedecer É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição "a"

(obedecer a). Ex.: Devemos obedecer aos pais.

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Obs.: Embora seja transitivo indireto esse verbo pode ser usado na voz passiva.

Ex.: A fila não foi obedecida.

Ver É transitivo direto, ou seja, não exige preposição. Ex.: Ele viu o filme.

Exercícios Rasure a Concordância Incorreta. Exemplo: O caçador visou [o / ao] alvo. 01. [Esqueci / Esqueci-me] todo o dinheiro em casa. 02. [Esqueci-me / Esqueci] de todo o dinheiro em casa. 03. Não [esquecerei / me esquecerei] de você, Cláudia. 04. Eles moram [à / na] Rua Dias Ferreira. 05. O cargo está vago, mas não [lhe aspiro / aspiro a ele]. 06. Todos em casa assistem [telenovelas / a telenovelas]. 07. Trata-se de um direito que assiste [o / ao] presidente. 08. Ópera é gratuita, mas ninguém quis [assisti-la / assistir a ela]. 09. A empregada aspirou [o pó / ao pó] do tapete. 10. Você já pagou [o / ao] dentista e [o / ao] médico. 11. O pai ainda não perdoou [a / à] filha. 12. Domingo não saí [na / à] rua, só [no / ao] terraço. 13. O Estado paga muito mal [os / aos] professores. 14. Você [se lembra / lembra] de mim. 15. Aos domingos meu pai vai [ao / no] maracanã. 16. Nunca namorei [com essa / essa] garota. 17. Só namoro [com gente / gente] fina. 18. Prefiro ser prejudicado [do que / a] prejudicar os outros. 19. Prefiro a companhia de Paulo [que a / a] de Joaquim. 20. Prefiro crítica sincera [do que / a] elogios exagerados. 21. [Esqueci / Esqueci-me] meu caderno de anotações. 22. [Esqueci / Esqueci-me] da promessa. 23. Ainda [lembro / me lembro] da casa que morávamos. 24. Morávamos [à / na] Praça Verde. 25. Deus perdoe [aos /os] nossos pecados. 26. Pagou [à /a] dívida. 27. Sempre antipatizei [com todos / a todos]. 28. Eles obedeciam [os / aos] estatutos? 29. Preferia [mais o / o] campo [do que a / a] cidade. 30. Os corpos obedecem [leis / às leis] da gravidade. 31. Meu pai [esqueceu / se esqueceu] de ir à reunião. 32. [Lembrou / Lembrou-se] de que era feriado. 33. Por que não [simpatizas / simpatizas com] o diretor? 34. Obedeça [o / ao] regulamento. 35. Aspire [o / ao] ar da manhã.

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36. Ele aspira [o / ao] sucesso. 37. Ele assistiu [o / ao] jogo. 38. O médico assiste [o / ao] ferido. 39. O garotinho respondeu [ao / o] pai. 40. Você já respondeu [ao / o] questionário? 41. O ataque visava [o / ao] quartel general. 42. Chegou [na / à] fazenda de tardezinha. 43. O padre perdoou [o / ao] rapaz, mas não perdoou [a / à] garota. 44. O cônsul já visou [o / ao] passaporte. 45. Hilário ajudava [ao / o] pai no escritório. 46. O filme é bom, pois muitos [lhe assistiram / assistiram a ele]. 47. Os alunos serão chamados [ao / no] quadro. 48. Atendendo [o / ao] pedido de V.S.a [...]. 49. Já atendemos [as / às] justas reclamações do povo. 50. O ministro atendeu [o / ao] requerente. 51. Deus não atendeu [a / à] oração do pecador. 52. Para agradar [o / ao] pai, ficou em casa. 53. As medidas nunca agradam [ao / o] povo. 54. Eu lhe perdoo todas [as / às] agressões. 55. O caçador visou [o / ao] alvo e atirou. 56. Respondi [ao / o] bilhete imediatamente. 57. Paguei [a / à] conta. 58. Perdoei [ao / o] inimigo. 59. Foi preso porque não pagou [o / ao] advogado. 60. O ar [que / a que] aspiramos estava contaminado. 61. O cargo [que / a que] aspira não está vago. 62. [Que / A que] pessoa assiste tomar tal decisão? 63. Perdoamos [àquela / aquela] antiga dívida. 64. Prefere [mais sair / sair] [do que ficar / a ficar]. 65. O escritório situa-se [à / na] Praça Tiradentes. 66. Obedeçam [os / aos] sinais de trânsito. 67. Ele [se simpatizava / simpatizava] com Fernanda. 68. [Paguei o / Paguei ao] quitandeiro. 69. [Perdoei as / Perdoei às] crianças. 70. Preferiu [sair do que / sair a] ser humilhado.

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PONTUAÇÃO

Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação.

Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.

Ponto final Emprega-se o ponto final, basicamente, para indicar o término de uma

frase declarativa de um período simples ou composto. Ex.: Desejo-lhe uma feliz viagem. O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo:

fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.

Ponto e vírgula Utiliza-se o ponto e vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da

vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto e vírgula para: - separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas

que já apresentam separação por vírgula. Ex.: Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora,

mulher madura, tornou-se uma doidivanas. - separar vários itens de uma enumeração. Ex.: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a

arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições

públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais. (Constituição da República Federativa do Brasil)

Dois pontos Os dois pontos são empregados para: a) Uma enumeração Ex.: “...Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo

porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato. Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o

grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível...” (Machado de Assis)

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b) Uma citação Ex.: Visto que ela nada declarasse, o marido indagou: - Afinal, o que houve? c) Um esclarecimento Ex.: Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir a Pedro. Não

porque o amasse, mas para magoar Lucila. d) São também usados na introdução de exemplos, notas ou

observações. Ex.: “Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na

forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.” “Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase

de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).” “Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a

alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.” Obs.: A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser

seguida de dois pontos ou de vírgula. Ex.: Querida amiga: Prezados senhores,

Ponto de interrogação O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta,

ainda que esta não exija resposta. Ex.: “O criado pediu licença para entrar: - O senhor não precisa de mim? - Não obrigado. A que horas janta-se? - Às cinco, se o senhor não der outra ordem. - Bem. - O senhor sai a passeio depois do jantar? De carro ou a cavalo? - Não.” (José de Alencar)

Ponto de exclamação O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer

enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.

Ex.: “- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito

compreensível e muito repousante, Jacinto! - Então janta, homem!” (Eça de Queiroz)

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Obs.: O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas.

Ex.: Oh! Valha-me Deus!

O uso da vírgula Emprega-se a vírgula: a) Para separar os elementos mencionados numa relação Ex.: A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas

de sistemas e secretárias. O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de

serviço e dois banheiros. Obs.: Mesmo que o “e” venha repetido antes de cada um dos elementos

da enumeração, a vírgula deve ser empregada. Ex.: Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava

em voz alta, e ria, e roía as unhas. b) Para isolar o vocativo Ex.: Desligue já esse telefone, Cristina! Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete. c) Para isolar o aposto Ex.: Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no

elevador. Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino. d) Para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por

exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.) Ex.: Gastamos R$ 5000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que

tínhamos economizado durante anos. Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá. e) Para isolar o adjunto adverbial antecipado Ex.: Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. Ontem à noite, fomos todos jantar fora. f) Para isolar elementos repetidos Ex.: O palácio, o palácio está destruído. Estão todos cansados, cansados de dar dó!

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g) Para isolar, nas datas, o nome do lugar. Ex.: São Paulo, 22 de maio de 1995. Roma, 13 de dezembro de 1995. h) Para isolar os adjuntos adverbiais. Ex.: A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio. Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente. i) Para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela

conjunção e. Ex.: Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança. Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir. Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente. j) Para indicar a elipse de um elemento da oração Ex.: Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como

um animal. Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um

acidente. k) Para separar o paralelismo de provérbios Ex.: Ladrão de tostão, ladrão de milhão. Ouvir cantar o galo, sem saber onde. l) Após a saudação em correspondência (social e comercial) Ex.: Com muito amor, Respeitosamente, m) Para isolar as orações adjetivas explicativas Ex.: Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no

trabalho. Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano

Ramos. n) Para isolar orações intercaladas Ex.: Não lhe posso garantir nada, respondi secamente. O filme, disse ele, é fantástico.

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Exercícios 1. A frase em que deveria haver uma vírgula é: A) Comi frutas e legumes. B) Comprei batatas bananas e pastéis. C) Ela tem lábios e nariz vermelhos. D) Não limparam a sala. 2. Indique o erro de pontuação: A) Diga-me quantas horas são? B) Dorme, que eu penso. C) Os soldados agacharam-se, e ele saltou. D) As nuvens, as folhas, os ventos não são deste mundo. 3. Assinale a pontuação errada: A) Falei com ele com tanta segurança, que nem discordou de mim. B) Porque falei com ela, para mim não há mais dúvidas. C) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se tudo corresse bem. D) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, estaríamos salvos. 4. Assinale a alternativa que apresenta redação CORRETA em relação à

pontuação. A) O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do

desemprego, mas, por si só também, não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais.

B) O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego mas, por si só, também, não é suficiente, para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais.

C) O crescimento econômico, é o melhor remédio para as doenças, do desemprego mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais.

D) O crescimento econômico, é o melhor remédio para as doenças do desemprego, mas, por si só também, não é suficiente para reduzir a pobreza e, nem as disparidades sociais.

5. A pontuação está inteiramente adequada na frase: A) Recebi, via Internet, de um amigo que há muito não vejo, uma série de

fotografias da Terra, tiradas de um satélite. B) Tanto os astrônomos antigos como os teólogos, não erravam, na

opinião do autor, quando consideravam que, a Terra, essa poeira ínfima, era o centro do universo.

C) Nada mais central na casa para os pais, que o lugar onde está o berço do filhinho, nada tendo a ver esse centro afetivo, com o geométrico da casa edificada.

D) Será que Niezstche interrompia a cada belo crepúsculo, suas leituras e seus escritos, sobretudo estes que, tanto peso tiveram nas ideias de seu tempo?

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6. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a

letra que corresponde ao período de pontuação correta: A) A vida como, a antiga Tebas, tem cem portas. B) A vida como a antiga Tebas tem, cem portas. C) A vida, como a antiga Tebas, tem cem portas. D)A vida como a antiga Tebas, tem cem portas. 7. Assinale o período de pontuação correta: A) Se alguém vier com perguntas a que você não sabe responder, será

mais honesto dizer que vai estudar o assunto. B) Se alguém, vier com perguntas a que você não sabe, responder, será

mais honesto dizer que vai estudar o assunto. C) Se alguém vier, com perguntas a que você não sabe responder será,

mais honesto, dizer que vai estudar o assunto. D) Se, alguém vier com perguntas, a que você não sabe responder, será,

mais honesto, dizer que vai estudar o assunto. 8. Assinale a opção em que o trecho apresenta pontuação correta. A) Em um estado com área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o

segundo maior da Federação brasileira, e com 20% da população - de 7 milhões de habitantes - na capital, já destituída de função produtiva de significação, o tema da redivisão territorial deveria ser fundamental. Mas, contrariando a lógica e o bom senso, isso não ocorre no Pará.

B) A eventualidade do retalhamento do estado, para a formação de novos

estados emerge apenas episodicamente. Quando surge, é tratada como urgência e emergência. Uma vez cessado o risco de mudança, a letargia devolve, o tema, quase à estaca zero, ao ponto de partida.

C) À semelhança de quase toda a elite local a imprensa se assustou, mais

uma vez com a possibilidade de desmembramento do Pará. Em vez de examinar o problema racionalmente, a mídia, simplesmente se danou a dar gritos de alerta, e a bradar contra a ameaça.

D) O mote fundamental da posição contrária ao desmembramento do

estado é congênito: quem nasceu no Pará atual, não quer morrer em um Pará diferente. Dificilmente razão desse porte, conseguirá deter o avanço da reivindicação e da mobilização, pela criação de novos estados dentro do que hoje, é área única do Pará.

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9. Assinale a alternativa em que o trecho - No entanto, quando a Suprema

Corte decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980, o pano- rama da biologia molecular havia mudado radicalmente. - reescrito, encontra-se corretamente pontuado.

A) No entanto, em 1980, quando a Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso o pano-rama da biologia molecular havia mudado radicalmente.

B) Quando a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980, no entanto, o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente.

C) No entanto, o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente, quando a Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980.

D) Quando, no entanto, em 1980, a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, o pano- rama da biologia molecular, havia mudado radicalmente.

10. Quanto ao uso da vírgula nos trechos abaixo, assinale a opção que

apresenta justificativa de emprego INCORRETA. A) "Hoje, essa visão..." - para separar o adjunto adverbial deslocado. B) "começa a perder força, já que as empresas..." - para separar a oração

subordinada da principal. C) "afirma Maria Carlota Boabaid, pedagoga e mestra em Administração

de Empresas," - para isolar o aposto. D) "pedagoga e mestra em administração de empresas, que atua na área

de Gestão de Pessoas." - para separar a oração subordinada adjetiva restritiva.

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

O texto não é simplesmente um conjunto de palavras; pois se o fosse, bastaria agrupá-las de qualquer forma e teríamos um:

"O ontem lanche menino comeu" Veja que neste caso não há um texto, há somente um grupo de palavras

dispostas em uma ordem qualquer. Mesmo que colocássemos estas palavras em uma ordem gramatical correta: sujeito-verbo-complemento, precisaríamos ainda organizar o nível semântico do texto, deixando-o inteligível.

"O lanche comeu o menino ontem" O nível sintático está perfeito: sujeito = o lanche verbo = comeu complementos = o menino ontem No entanto, o nível semântico apresenta problemas, pois não é possível

que o lanche coma o menino, pelo menos neste contexto. Caso a frase estivesse empregada num sentido figurado e em outro contexto, isto seria possível.

Pedrinho saiu da lanchonete todo lambuzado de maionese, mostarda e

catchup, o lanche era enorme, parecia que "o lanche tinha comido o menino".

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A coesão e a coerência garantem ao texto uma unidade de significados

encadeados. Coesão Há, na língua, muitos recursos que garantem o mecanismo de coesão:

Por referência - Os pronomes, advérbios e os artigos são os elementos de coesão que proporcionam a unidade do texto.

Observe o exemplo: "O Presidente foi a Portugal em visita. Em Portugal o presidente recebeu

várias homenagens." Esse texto repetitivo torna-se desagradável e sem coesão. Observe a

atuação do advérbio e do pronome no processo de e elaboração do texto: "O Presidente foi a Portugal. Lá, ele foi homenageado." Veja que o texto ganhou agilidade e estilo. Os termos "Lá" e "ele" referem-

se a Portugal e Presidente e foram usados a fim de tornar o texto coeso.

Por elipse - Quando se omite um termo a fim de evitar sua repetição. Ex.: "O Presidente foi a Portugal. Lá, foi homenageado." Veja que neste caso omitiu-se a palavra "Presidente", pois é subentendida

no contexto.

Lexical - Quando são usadas palavras ou expressões sinônimas de algum termo subsequente.

Ex.: "O Presidente foi a Portugal. Na Terra de Camões foi homenageado por

intelectuais e escritores." Veja que "Portugal" foi substituído por "Terra de Camões" para evitar

repetição e dar um efeito mais significativo ao texto, pois há uma ligação semântica entre "Terra de Camões" e intelectuais e escritores.

Por substituição - É usada para abreviar sentenças inteiras, substituindo-as por uma expressão com significado equivalente.

Ex.: "O presidente viajou para Portugal nesta semana e o ministro dos

Esportes o fez também." A expressão "o fez também" retoma a sentença "viajou para Portugal".

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Por oposição - Empregam-se alguns termos com valor de oposição (mas, contudo, todavia, porém, entretanto, contudo) para tornar o texto compreensível.

Ex.: "Estávamos todos aqui no momento do crime, porém não vimos o

assassino."

Por concessão ou contradição – São eles: embora, ainda que, se bem que, apesar de, conquanto, mesmo que.

Ex.: "Embora estivéssemos aqui no momento do crime, não vimos o

assassino."

Por causa - São eles: porque, pois, como, já que, visto que, uma vez que.

Ex.: "Estávamos todos aqui no momento do crime e não vimos o assassino

uma vez que nossa visão fora encoberta por uma névoa muito forte."

Por condição - São eles: caso, se, a menos que, contanto que. Ex.: "Caso estivéssemos aqui no momento do crime, provavelmente teríamos

visto o assassino."

Por finalidade - São eles: para que, para, a fim de, com o objetivo de, com a finalidade de, com intenção de.

Ex.: "Estamos aqui a fim de assistir ao concerto da orquestra municipal."

A Coerência

É muito sutil a distinção entre coesão e coerência, aqui entenderemos como coerência a ligação das partes do texto com o seu todo.

Ao elaborar o texto, temos que criar condições para que haja uma unidade de coerência (sentido), dando ao texto mais fidelidade.

Observe o exemplo: "Estava andando sozinho na rua, ouvi passos atrás de mim, assustado

nem olhei, saí correndo, era um homem alto, estranho, tinha em suas mãos uma arma..."

Se o narrador não olhou, como soube descrever a personagem? A falta de coerência se dá normalmente na inverossimilhança, falta de

concatenação e argumentação falsa. Observe outra situação: "Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um

saco de lixo, cheguei mais perto para ver o que acontecia..." Ocorre neste trecho uma incoerência, pois se era realmente um saco de

lixo, com certeza não iria acontecer coisa alguma.

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Outro tipo de incoerência: Ao tentar elaborar uma história de suspense, o narrador escolhe um título que já leva o leitor a concluir o final da história.

Exemplo: Um milhão de dólares "Estava voltando para casa, quando vi na calçada algo que parecia um

saco de lixo, ao me aproximar percebi que era um pacote..." O que será que havia dentro do pacote? Veja como o narrador acabou

com a história na escolha infeliz do título. A incoerência está presente, também, em textos dissertativos que

apresentam defeitos de argumentação. Em muitas redações observamos afirmações falsas e inconsistentes.

Observe: "No fundo nenhuma escola está realmente preocupada com a qualidade

de ensino." "Estava assistindo ao debate na televisão dos candidatos ao governo de

São Paulo, eles mais se acusavam moralmente do que mostravam suas propostas de governo, em um certo momento do debate dois candidatos quase partem para a agressão física. Dessa forma, isso nos leva a concluir que o homem não consegue conciliar ideias opostas é por isso que o mundo vive em guerras frequentemente."

Note que nos dois primeiros exemplos as informações são amplas demais

e sem fundamento algum. Já no terceiro, a conclusão apresentada não tem ligação alguma com o exemplo argumentado.

Esses exemplos caracterizam a falta de coerência do texto. Enfim, tanto os mecanismos de coesão como os de coerência devem ser

empregados com cuidado, pois a unidade do texto depende praticamente da aplicação correta desses mecanismos.

Exercícios 1. "Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros

para continuar a existir."; a forma EQUIVOCADA de reescrever-se esse mesmo segmento é:

A) É capaz, como a natureza, de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir;

B) Como a natureza, para continuar a existir, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros;

C) Para continuar a existir, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros, como a natureza;

D) É capaz de preservar os ganhos, como a natureza, e erradicar os erros para continuar a existir;

E) É capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros, como a natureza, para continuar a existir.

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2. "A diminuição dos processos normais de metabolismo e crescimento economiza energia..." equivale a "a energia é economizada ao se reduzirem os processos normais de metabolismo e crescimento"; o item abaixo em que as duas frases NÃO se equivalem é:

A) O governo criou a cesta básica para ajudar os pobres; O governo pretende ajudar os pobres, criando a cesta básica; B) Os alunos estão mais contentes hoje do que ontem; Os alunos estavam menos contentes ontem do que estão hoje; C) Melões estão na promoção: compre dois a R$l,00 cada e leve outro de

graça; Melões estão na promoção, três por R$2,00. D) O aluguel é de R$10,00 por volta na pista, a qualquer hora; Não há momento em que a taxa por volta na pista seja diferente de R$

l0,00; E) O quadrado é azul com manchas vermelhas dentro. O objeto azul é um quadrado com manchas vermelhas dentro. 3. O sentido de "...o autor de um bom manual de aritmética para o ensino

médio não é necessariamente um intelectual, mas, se ele escrever esse livro adotando critérios pedagógicos inovadores e eficazes, pode ser" fica profundamente alterado com a substituição de "se ele escrever esse livro" por:

A) caso ele escreva esse livro; B) conquanto ele escreva esse livro; C) desde que ele escreva esse livro; D) uma vez que ele escreva esse livro; E) escrevendo ele esse livro. 4. O sentido de "associará a felicidade ao exercício das virtudes, que,

embora árduo, compele os homens a se defrontar com a realidade" sofre profunda alteração se o enunciado for reescrito do seguinte modo:

A) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, conquanto árduo, compele os homens a se defrontar com a realidade;

B) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, sendo árduo, compele todavia os homens a se defrontar com a realidade;

C) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que é árduo, sim, contudo compele os homens a se defrontar com a realidade;

D) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, árduo, compele por isso mesmo os homens a se defrontar com a realidade;

E) associará a felicidade ao exercício das virtudes, o qual, árduo que seja, compele ainda assim os homens a se defrontar com a realidade.

5. Altera-se profundamente o sentido de "e todas as ações boas ou más

se justificam, desde que sirvam à causa operária." , caso se dê à oração em destaque a seguinte forma negativa:

A) exceto se não servirem à causa operária; B) salvo se não servirem à causa operária; C) a menos que não sirvam à causa operária; D) a não ser que não sirvam à causa operária; E) uma vez que não sirvam à causa operária.

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6. A forma que substitui adequadamente a palavra mas, no trecho

"compele os homens a se defrontar com a realidade não do ponto de vista da realização do prazer, mas do dever fazer", mantendo o sentido original, é:

A) senão que também; B) senão; C) não obstante; D) no entanto; E) quando não. 7. O pronome sublinhado em "Não surpreende que assim seja, porque

desta definição depende em parte o estabelecimento das credenciais dos atores que hoje estão envolvidos na luta dos negros pelo lugar na sociedade brasileira que nem a abolição, nem os cem anos que a seguiram lhes propiciaram." está em clara referência ao termo:

A) negros; B) atores; C) credenciais; D) cem anos; E) envolvidos. 8. A substituição feita abaixo do termo sublinhado no período "Algo

semelhante, embora em ponto menor, acontece com a abolição da escravidão" que implica alteração de sentido é:

A) não obstante em ponto menor; B) ainda que em ponto menor; C) conquanto em ponto menor; D) desde que em ponto menor; E) apesar de que em ponto menor. 9. O pronome destacado em "... e a frente do movimento pelo fim das

discriminações raciais. Ambas são políticas, mas a primeira O é de forma mediatizada" tem a função de substituir, no texto:

A) o adjetivo político; B) o substantivo discriminações; C) o verbo ser; D) o substantivo movimento; E) o numeral primeira. 10. Dentre as modificações impostas à frase "Embora seguindo regras

distintas, as duas frentes são importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo", a que NÃO implica mudança de sentido é:

A) Embora seguindo regras, distintas as duas frentes, são ambas importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo;

B) Embora as duas frentes sigam regras distintas, são ambas importantes e se alimentam mutuamente ou, ao menos, deveriam fazê-lo;

C) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são importantes e se nutrem mutuamente, já que precisariam fazê-lo;

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D) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes ou são importantes ou se alimentam mutuamente: pelo menos, deveriam fazê-lo;

E) Embora com regras distintas, as duas frentes ou são importantes ou se alimentam mutuamente, já que assim deveriam fazê-lo.

11. Na oração "e sofre com a falta de alguns dos requisitos mínimos para

uma vida decente", os termos I - "sofre" e II - "com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente" guardam entre si uma relação de:

A) causa e consequência; B) meio e fim; C) concessão e restrição; D) dúvida e explicação; E) hipótese e conclusão. 12. "Apesar da urgência da organização..."; nesse segmento do texto, a

locução "apesar de" pode ser perfeitamente substituída por: A) não obstante; B) entretanto; C) visto que; D) já que; E) após.

Proposta de Redação Três exercícios de redação narrativa Leia atentamente o seguinte texto. "O Rui Carlos Osterman e a Nilse, eu e a Lúcia quase o descobrimos.

Uma porta pesada de pub inglês, lá dentro o chão atapetado, as paredes forradas de madeira, iluminação discreta, mas não safada, uma escada que levava a um segundo andar com cinco ou seis mesas rodeadas de cadeiras de couro preto, o difícil foi manter a conversa num nível que não destoasse da empáfia do garçom. No fim caímos na risada, de puro prazer. Turista brasileiro não tem jeito.

Eu disse "quase" o encontramos porque o bar - não lembro o nome - fica na calle M.T de Alvear, perto do Plaza, em Buenos Aires, e o Bar Perfeito teria que estar, que remédio, em Porto Alegre. É um velho sonho. Uma noite dessas ficamos o Armando Coelho Borges, o José Onofre, o Rui e eu lamentando a falta do Bar Perfeito em nossas vidas. Começamos enumerando todos os requisitos do Bar Perfeito e terminamos, cinco doses de uísque mais tarde, na mais inconsolável fossa. O Bar Perfeito não só não existe como não pode existir, é a nostalgia do que nunca houve. O diabo é que Porto Alegre não tem nem um bar quase-perfeito onde se maldizer a falta do Bar Perfeito. É um deserto de fórmica e azulejos."

(extraído de "O Bar Perfeito em A Mesa Voadora”, Luís Fernando

Veríssimo)

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Agora vamos aos exercícios de produção textual. Leia as propostas, escolha uma, ou faça todas, e deixe nos comentários se quiser. Primeira Proposta

Inicie seu texto com: Começamos enumerando todos os requisitos do Bar Perfeito…

Conclua-o com: Terminamos, com cinco doses de uísque mais tarde, na mais incontrolável fossa. Segunda Proposta

Inicie seu texto com: Começamos enumerando todos os requisitos do Bar Perfeito…

Conclua-o com: Terminamos, cinco doses de uísque mais tarde, na mais incontrolável alegria.

Instruções para as duas primeiras propostas: 1. Os requisitos devem conter os traços caracterizadores do (seu) Bar

Perfeito. 2. A frase final sugere o clima criado pela descrição.

Terceira Proposta O autor conclui o segundo parágrafo, caracterizando Porto Alegre com

uma metáfora reveladora da relação afetiva que ele mantém com essa cidade - "É um deserto de fórmica e azulejos."

Descreva a cidade de São Paulo ou a sua cidade de origem, concluindo o texto com uma metáfora reveladora de seus sentimentos por ela.

Proposta de Dissertação I

A seguir, você lerá dois textos. O primeiro é uma bem humorada letra de canção intitulada "Eu bebo sim". O segundo corresponde a um fragmento de uma matéria da Revista Veja tratando sobre os riscos do consumo de álcool entre jovens.

Texto I

Eu Bebo Sim

Eu bebo sim! Eu tô vivendo

Tem gente que não bebe E tá morrendo Eu bebo sim! Eu tô vivendo

Tem gente que não bebe E tá morrendo

Tem gente que já tá com o pé na cova Não bebeu e isso prova

Que a bebida não faz mal Uma pro santo, bota o choro, a saidera

Desce toda a prateleira

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Diz que a vida tá legal Eu bebo sim! Eu bebo sim Eu tô vivendo

Tem gente que não bebe E tá morrendo Eu bebo sim! Eu tô vivendo

Tem gente que não bebe E tá morrendo

Tem gente que detesta um pileque Diz que é coisa de moleque

Cafajeste ou coisa assim Mas essa gente

quando tá com a cara cheia Vira chave de cadeia Esvazia o botequim

Eu bebo sim! Eu bebo sim, eu tô vivendo Tem gente que não bebe

E tá morrendo Eu bebo sim! Eu tô vivendo

Tem gente que não bebe E tá morrendo

Bebida! Não faz mal a ninguém Água faz mal à saúde

(Luis Antônio / João do Violão. Gravado por Elizeth Cardoso. Compacto:

Copacabana, 1973) Texto II Doces e Perigosas Adriana Dias Lopes e Naiara Magalhães A iniciação ao álcool é cada vez mais precoce. A atual geração de

adolescentes começa a beber regularmente aos 14 anos - quase três anos antes da média exibida pelos jovens há cinco anos. Os dados são do I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, de 2007, realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas. A mudança preocupa porque, quanto mais cedo uma pessoa começa a beber, maior é a probabilidade de ela vir a ter problemas com o álcool: 9% dos adultos que deram os primeiros goles aos 14 anos passaram depois à categoria de dependentes. Entre os que começaram a beber após os 21 anos, esse índice é de apenas 1%, segundo a publicação Uso e Abuso de Álcool, lançada pela Universidade Harvard em 2008. As meninas é que causam mais preocupação.

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As adolescentes de hoje compõem a primeira geração de mulheres que se igualam aos homens nos índices de alcoolismo. E essa não é uma tendência exclusivamente brasileira. "No mundo todo, as moças estão alcançando os rapazes no que se refere aos problemas relacionados ao álcool", disse à VEJA o epidemiologista americano James Anthony, professor da Universidade Estadual de Michigan. Entre outros motivos, elas se sentem estimuladas a competir com os garotos, como se a bebida fosse também uma área em que devesse prevalecer equidade entre os sexos. "Como se um sinal de mulher bem-sucedida fosse beber feito um homem", acrescenta o psicoterapeuta Celso Azevedo Augusto.

Começar a beber exige persistência dos adolescentes, por causa do gosto forte e amargo do álcool. Mas esse obstáculo foi superado por uma invenção que deveria virar caso de saúde pública: os ices. As misturas docinhas de vodca com suco de fruta ou refrigerante fazem a alegria da moçada. São o combustível das baladas e festinhas caseiras, que invariavelmente terminam em muito vômito. "Os ices não apenas introduzem os jovens no consumo de álcool como os ajudam a ingerir doses cada vez maiores", diz o neurocirurgião Arthur Cukiert, do Hospital Brigadeiro, em São Paulo. Vendidos em todo lugar e vistos pelos pais como "menos ofensivos", podem ser mais devastadores do que outras bebidas. "Apesar de terem teor alcoólico semelhante ao das cervejas, são consumidos como limonada", diz a psicóloga Ilana Pinsky, professora da Unifesp. Um perigo. Mais um.

"Tinha de beber para me sentir normal" "Eu comecei a beber aos 12 anos, com meus amigos. Depois da aula, nós

íamos para o centro da cidade e bebíamos vinho, cerveja, vodca... No fim da tarde, voltava para casa, tomava um banho e já saía para beber de novo. Quando estava sóbrio, eu me sentia estranho; tinha de beber para me sentir normal. Aos 15 anos, meus pais me internaram pela primeira vez. Mas, naquela fase, eu não queria me tratar. Só agora tenho vontade de voltar a estudar, começar a trabalhar, melhorar a relação com minha família. Eu já magoei demais minha mãe. Ela ficava desesperada de me ver bebendo tanto. A lembrança do sofrimento de minha mãe é que me dá forças para tentar largar o álcool. Não quero mais fazê-la sofrer."

NEWITON DE MOURA SILVA, 20 anos (Revista VEJA. 9 de setembro, 2009)

Analise de forma crítica, clara e coerente a temática proposta pelos textos

acima. Posteriormente, produza um texto dissertativo-argumentativo sobre a seguinte proposta:

Alcoolismo entre jovens: Quando a diversão pode tornar-se um caso

de saúde pública.

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Proposta de Dissertação II A sociedade está perdendo a batalha contra o crime? Frequentemente, conflitos armados entre polícia e facções criminosas

ganham as páginas de jornais e deixam a sociedade apavorada. O foco das atenções, agora, tem sido o estado de São Paulo: mais de duzentas pessoas, entre elas muitos policiais militares, já morreram baleadas na onda de ataques que vem ocorrendo desde o início deste ano. O mais triste, porém, é saber que mesmo com tanta criminalidade concentrada no eixo Rio-São Paulo, a violência consegue ser ainda maior nos outros estados brasileiros. Prova disso foram os dados levantados por uma ONG mexicana: 14 das 50 cidades mais violentas do mundo são brasileiras. Maceió ocupa o 3º lugar desse ranking, com um índice anual de homicídios de 135,26 pessoas para cada 100 mil habitantes. Como você avalia a questão da segurança pública no Brasil? Estamos perdendo a luta contra a violência? Que atitudes precisam ser tomadas para reverter essa situação? Exponha seu ponto de vista em uma dissertação argumentativa de até 30 linhas.

Proposta de Dissertação III Copa do Mundo e Renda Básica de Cidadania Fonte: O Estado de S. Paulo, Philippe Van Parijs Aos olhos do mundo, o Brasil tem ido muito bem nos últimos anos. Uma

das áreas que atraíram a atenção foi sua luta contra a pobreza. Em parte, pelo que já alcançou com o Bolsa-Família. E, em parte, por causa da perspectiva ambiciosa que o governo brasileiro deu a todos os programas sociais quando, em janeiro de 2004, o presidente Lula sancionou uma lei que estabeleceu o objetivo de uma Renda Básica de Cidadania para todos os brasileiros.

Em todo o mundo, esse arrojado passo veio como uma surpresa. Quando o debate internacional sobre o ideal de uma renda básica universal se desencadeou, nos anos 80, era óbvio que essa era uma ideia restrita aos países mais ricos. Muitos desses países haviam introduzido programas de renda mínima, pelos quais chefes de família pobres têm o direito a um benefício porque são registrados como desempregados ou porque sua renda declarada é menor que certo patamar. Mas, desde que achem um emprego, o benefício é cancelado ou reduzido: o esforço é punido com a retirada do benefício. Daí o desenvolvimento da "armadilha do desemprego" em que pessoas tendem a cair.

Na Europa Ocidental, na América do Norte, mais tarde no Japão e na Coreia, acadêmicos e ativistas começaram a propor que esses benefícios focalizados não fossem cancelados, mas universalizados na forma de uma Renda Básica de Cidadania paga a todas as pessoas. Se todos receberem o benefício, não apenas os pobres, estes não estarão mais presos numa armadilha da pobreza. Também não haverá nenhum estigma, porque os ricos e os pobres o receberão. Não é o objetivo dessa universalização fazer os ricos ainda mais ricos, pois o sistema de Imposto de Renda deveria ser ajustado para que os ricos financiem seus benefícios."

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Tudo isso faz muito sentido, parece, nos países mais ricos que já experimentaram sistemas focalizados de transferências e descobriram seus efeitos perversos, mas não em países com um incipiente Estado de bem-estar. Entretanto, logo se ouviram vozes no Brasil, na África do Sul, no México, na Argentina e noutros países afirmando o contrário. Os que acreditavam que uma Renda Básica de Cidadania se espalharia primeiro nos países mais ricos, dizem, estão tão errados quanto Karl Marx, quando ele afirmou que uma revolução socialista poderia ocorrer somente num país altamente industrializado. Por quê? A razão fundamental é que os sistemas de benefícios dependentes da renda das pessoas são particularmente difíceis de administrar quando uma alta proporção da população vive um pouco acima da linha da pobreza e trabalha na informalidade.

Compreendi este ponto quando o senador Eduardo Suplicy me levou para visitar uma repartição em São Paulo na qual os administradores públicos verificavam se as pessoas que se inscreviam no Programa Bolsa-Família se qualificavam para receber o benefício. Um homem com os óculos quebrados tinha de se lembrar quanto ganhou no ano passado, ora trabalhando, ora não, num posto de gasolina e quanto sua esposa havia ganho como arrumadeira de diversas casas e esporadicamente ao vender mercadorias na feira local. Para muitas pessoas vivendo em dificuldades é compreensivelmente difícil lembrar essas coisas com grande precisão. O risco de haver arbitrariedade, injustiça, clientelismo e corrupção está em toda esquina.

A única solução estrutural, com uma economia em grande parte informal, consiste em fazer o sistema de benefícios universal, financiá-lo com recursos públicos e que não use a renda pessoal como a base da taxação.

O Programa Bolsa-Família é um esquema baseado na renda familiar por pessoa. Como é dependente da renda, é vulnerável por todos os argumentos mencionados, mas representa um progresso. Esses obstáculos fazem com que possamos olhar para além do Bolsa-Família em direção à Renda Básica de Cidadania.

Para caminhar em direção a esse destino é necessário fazê-lo gradualmente com uma reforma tributária. Pode ser combinado com a obrigação da frequência à escola, na medida em que essa obrigação realmente venha a prover um benefício adicional de educação, para quem de outra forma ficaria sem ela, em vez de se retirar a segurança de renda das famílias mais frágeis. Qualquer condição imposta além do requisito da renda precisa ser avaliada em termos de quais desses dois tipos de efeitos vão prevalecer. Por exemplo, quanto mais exigente for a condicionalidade em termos do desempenho educacional, o mais provável é que as famílias em pior situação sejam penalizadas.

É desnecessário dizer que a Renda Básica de Cidadania, assim como o Programa Bolsa-Família, não são panaceias. Eles precisam ser parte de uma política social mais ampla, que também abranja o acesso universal à água e à energia elétrica, a um nível decente de educação básica e aos cuidados com a saúde para todos. Mas a Renda Básica de Cidadania é parte central de qualquer conjunto de políticas que podem ser seriamente colocadas para combinar os objetivos de "fome zero" e de "emprego para todos" em circunstâncias contemporâneas.

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A experiência brasileira é notável, mas ainda está longe de chegar ao fim da estrada. Será comparada com as experiências de outros países e submetida a um escrutínio simpático, porém crítico, de um grande número de acadêmicos de muitos países por ocasião do 13.º Congresso Internacional da Basic Income Earth Network (Bien), ou Rede Mundial da Renda Básica, que se realizará na Universidade de São Paulo em 30 de junho, 1º e 2 de julho próximos (ver www.bien2010brasil.com).

Pode o Brasil mostrar o caminho a outros países indo ainda mais longe do

que o fez em direção a uma genuína renda básica de cidadania? Sem dúvida, será mais difícil do que vencer a Copa do Mundo mais uma vez. Mas para muitas pessoas neste país e em todo o mundo é muito mais importante.

Compreensão de Texto

1. Leia o texto abaixo: Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna...

Não há calendário para a saudade. (Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) Segundo o texto, a saudade: A) aumenta a cada ano; B) é maior no primeiro ano; C) é maior na data do falecimento; D) é constante; E) incomoda muito. 2) A repetição da palavra não exprime: A) dúvida B) convicção C) tristeza D) confiança E) esperança 3) A figura que consiste na repetição de uma palavra no início de cada

membro da frase, como no caso da palavra não, chama-se: A) anáfora B) silepse C) sinestesia D) pleonasmo E) metonímia 4. Leia o texto abaixo. Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José Sarney,

na Veja, dez/97) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: A) esportiva B) intelectual C) profissional D) sentimental E) religiosa

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5) O autor do texto sugere estar passando de: A) escritor a político B) político a jornalista C) político a romancista D) senador a escritor E) político a escritor 6) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: A) agradável B) duradoura C) simples D) honesta E) coerente 7) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: A) e agora B) os leitores C) passei a vida D) atrás de eleitores E) busco 8) A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é: A) no momento B) ora C) presentemente D) neste instante E) recentemente

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GABARITO Período composto por coordenação

1.E 2.D 3.C 4.D 5.A 6.C 7.E 8.C 9.C 10.D Concordância Nominal

1. A) necessária B) alerta C) bastantes D) vazia E) meio 2. A) “Na reunião do colegiado, não faltaram, no momento em que as

discussões se tornaram mais violentas, argumentos e opiniões veementes e contraditórias.”

B) Concorda com o sujeito “argumentos e opiniões”. 3. A) “Receba, Vossa Excelência, os protestos de nossa estima, pois não

pode haver cidadãos conscientes sem a educação.” B) A frase está correta. 4. A) “Ele informou aos colegas que havia perdido (ou: ele informou os

colegas de que havia perdido os documentos de cuja originalidade duvidamos.” B) “Depois de assistir algumas aulas, eu preferia ficar no pátio a continuar

dentro da classe.” 5. A) “Fazia apenas dois meses que ela ficara viúva e mais de uma proposta

de casamento apareceu; porém, devia haver sérios motivos para ela recusá-las.”

B) “Se forem levadas em consideração as necessidades imediatas da escola, a reforma das instalações terá prioridade.

6. A) E B) C C) C D) E E) C F) E G) E H) C 7.E 8.E 9.E 10.D

Concordância Verbal

01.O pessoal não gostou da festa. 02.A turma gostou da aula de ontem. 03.Metade dos alunos fez ou fizeram o trabalho. 04.Um bloco de foliões animava(am) a festa. 05.Uma porção de índios surgiu(ram) do nada. 06.Um bando de pulhas saqueou(aram) as casas. 07.A maior parte dos recursos se esgotou(aram). 08.O povo aclamou o candidato.

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09.A multidão invadiu o campo. 10.Os Estados Unidos são um país rico. 11.Minas Gerais é um belo estado. 12.Os Andes ficam na América do Sul. 13.A maior parte dos carros tinha(m) defeitos. 14.O bando fuçava a casa deserta. 15.A maioria está contra o aumento do pão. 16.O Amazonas corre para o mar. 17.Os Lusíadas tornaram Camões imortal. 18.Os Imigrantes agradou os telespectadores. 19.Os Três Mosqueteiros são de Alexandre Dumas. 20.Vossa Excelência agiu com moderação. 21.Vossa Senhoria está melhor agora? 22.Vossa Senhoria me entendeu mal. 23.Vossa Excelência se enganou. 24.Vossa Senhoria continua zangado comigo? 25.Os cardumes subiam o rio. 26.Metade das laranjas estava(am) podre(s). 27.A multidão vociferava ameaças. 28.Uma equipe de policiais prendeu(ram) os ladrões. 29.Chegava à multidão de passageiros. 30.Mais de mil pessoas acertaram na loteria. 31.Mais de um avião caiu este mês. 32.Mais de um jogador se xingavam (ação recíp.). 33.Mais de um funcionário foi exonerado. 34.Mais de um político se desacataram (ação recíp.). 35.Minhas férias é um período de descanso. 36.Frases é o sujeito da oração. 37.Lágrimas é coisa que ele não tem. 38.Itens nunca teve acento gráfico. 39.Nenhum de nós sabia disso. 40.Alguns de nós viveremos ou viverão até lá. 41.Quais de vocês me fariam esse favor. 42.Nenhuma de nós a viu. 43.Somos nós quem leva(mos) o prejuízo. 44.Foram eles quem escreveu(ram). 45.Fomos nós que pichamos o muro. 46.Fui eu que espalhei os boatos. 47.Fui eu quem enviou ou enviei. 48.Montes Carlos fica em Minas Gerais. 49.Minas Gerais possui grandes jazidas. 50.Vassouras é uma cidade fluminense. 51.Cravinhos é uma cidade limpa. 52.Quantos de nós sabem(os) a verdade? 53.Alguém dentre vós é culpado. 54.Quais de nós viajaremos ou viajarão contigo? 55.Qual de vocês me faria esse favor. 56.Algum deles viverá até lá. 57.Qual de nós agiu com justiça?

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58.Perto de mil crianças estão desaparecidas. 59.Devem ter fugido mais de vinte presos. 60.Sou eu que duvido. 61.Fui eu que preparei o almoço. 62.Fomos nós que pichamos o muro. 63.Sou eu quem paga(o). 64.Foste tu que saíste. 65.Fostes vós quem falou(astes). 66.Eram elas quem fazia(m) a limpeza. 67.Paulo é um dos que mais estuda(m). 68.Ele foi um dos que mais falou(aram). 69.Mais de um aceno avisou-me do perigo. 70.Haja(m) vista as últimas obras do autor. 71.Haja(m) vista os últimos acontecimentos. 72.Haja vista aos últimos acontecimentos. 73.Vossa Alteza não tem vergonha? 74.Uma quadrilha (coletivo) assaltou o banco. 75.Férias faz bem. 76.Mais de dois atletas ganharam medalhas. 77.Mais de um aluno agrediu-se. 78.Mais de um aluno, mais de um professor faltaram.

Regência Verbal

1.Esqueci todo o dinheiro em casa. (sem prep.) 2.Esqueci-me de todo o dinheiro em casa. (com prep.) 3.Não me esquecerei de você, Cláudia. 4.Eles moram na Rua Dias Ferreira (more em algum lugar). 5.O cargo está vago, mas não aspiro a ele. 6.Todos em casa assistem a telenovelas. 7.Trata-se de um direito que assiste (cabe) ao presidente. 8.A ópera é gratuita, mas ninguém quis assistir a ela. 9.A empregada aspirou (inalou) o pó do tapete. 10.Você já pagou ao dentista e ao médico. (pessoa). 11.O pai ainda não perdoou à filha (pessoa). 12.Domingo não saí à rua, só ao terraço. 13.O Estado paga muito mal aos professores (pessoa). 14.Você se lembra de mim. 15.Aos domingos meu pai vai ao maracanã. 16.Nunca namorei essa garota (nunca com). 17.Só namoro gente fina. 18.Prefiro ser prejudicado a prejudicar os outros (nunca do que). 19.Prefiro a companhia de Paulo a de Joaquim. 20.Prefiro crítica sincera a elogios exagerados. 21.Esqueci meu caderno de anotações. 22.Esqueci-me da promessa. 23.Ainda me lembro da casa que morávamos. 24.Morávamos na Praça Verde (mora-se em). 25.Deus perdoe os nossos pecados (coisa). 26.Pagou a dívida (coisa).

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27.Sempre antipatizei com todos (sempre com). 28.Eles obedeciam aos estatutos? 29.Preferia o campo a cidade. 30.Os corpos obedecem às leis da gravidade. 31.Meu pai se esqueceu de ir à reunião. 32.Lembrou-se de que era feriado. 33.Por que não simpatizas com o diretor? 34.Obedeça ao regulamento. 35.Aspire o ar da manhã (inalar). 36.Ele aspira ao sucesso (deseja). 37.Ele assistiu ao jogo (presenciar). 38.O médico assiste o ferido (ajudar). 39.O garotinho respondeu o pai (resposta mal-educada). 40.Você já respondeu ao questionário? 41.O ataque visava o quartel general. 42.Chegou à fazenda de tardezinha. 43.O padre não perdoou à garota. 44.O cônsul já visou (deu visto) o passaporte. 45.Hilário ajudava (alguém) o pai no escritório. 46.O filme é bom, pois muitos assistiram a ele. 47.Os alunos serão chamados (convocados) ao quadro. 48.Atendendo ao pedido de V.S.a [...] (atender pedido). 49.Já atendemos às justas reclamações do povo. 50.O ministro atendeu o requerente (atender alguém). 51.Deus não atendeu a oração do pecador. 52.Para agradar (satisfazer) ao pai, ficou em casa. 53.As medidas nunca agradam ao povo. 54.Eu lhe perdoo todas as agressões. 55.O caçador visou o alvo e atirou. 56.Respondi ao bilhete imediatamente. 57.Paguei a conta. 58.Perdoei ao inimigo. 59.Foi preso porque não pagou ao advogado. 60.O ar que aspiramos estava contaminado. 61.O cargo a que aspira não está vago. 62.A que pessoa assiste tomar tal decisão? 63.Perdoamos aquela antiga dívida. 64.Prefere sair a ficar. 65.O escritório situa-se na Praça Tiradentes. 66.Obedeçam aos sinais de trânsito. 67.Ele simpatizava com Fernanda. 68.Paguei ao quitandeiro. 69.Perdoei às crianças. 70.Preferiu sair a ser humilhado.

Pontuação

1.b 2.a 3.c 4.b 5.a 6.c 7.a 8.a 9. B 10.d

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Coesão e coerência textuais 1.D 2.C 3.B 4.D 5.E 6.B 7.A 8.D 9.A 10.B 11.A

12.A Compreensão de texto

1.D 2.B 3.A 4.C 5.E 6.B 7.C 8.E

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Faraco & Moura, Linguagem Nova. São Paulo: Ática, 1994. - Maia, João Domingues. Gramática. 12 ed. São Paulo: Ática, 1994. - Fávero, L.L., Koch, I.V. Linguística e Comunicação. 5 ed. São Paulo: Cultrix, 1971 - Cereja, William Roberto; Magalhães, Thereza Cochar. Língua Portuguesa. 5 ed. Reformulada. São Paulo: Atual Editora, 2009. - Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário de Língua Portuguesa. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. - http://www.soportugues.com.br/ - pesquisas gerais sobre gramática. - http://www.brasilescola.com/ - pesquisas gerais sobre gramática. - http://www.infoescola.com/ - pesquisas gerais sobre gramática.