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Sumário APRESENTAÇÃO...........................................................................................................7 1- IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR......................... 8 1.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO.......................................................................... 8 1.2 BIOGRAFIA DE AUGUSTO ANTONIO CÚNICO VANIN............................... 9 1.3 ESTRUTURA DO CURSO.................................................................................. 12 1.4 QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.........................................13 1.5 ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS PEDAGÓGICOS......................................... 15 1.5.1 RECURSOS MATERIAIS E DIDÁTICO-TECNOLÓGICOS.................15 1.6 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................. 16 1.6.1 ENSINO FUNDAMENTAL.........................................................................17 1.6.2 ENSINO MÉDIO.......................................................................................... 18 1.7 CALENDÁRIO ESCOLAR .............................................................................. 19 2.OBJETIVOS GERAIS................................................................................................. 20 3. MARCO SITUACIONAL .................................................................................20 3.1 ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS ...................................................... 24 3.2 DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA..................................................................... 27 3.3 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.......................................................................................................28 3.4 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS.............29 3.5 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE/ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO..................................................... 29 4. MARCO CONCEITUAL............................................................................................ 32 4.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA.................................................................................39 4.2.1 AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E AS DISCRIMINAÇÕES :............................................................................................44 4.2.2 QUESTÃO AFRO-BRASILEIRA:.............................................................. 46 4.2.3 QUESTÃO INDÍGENA:.............................................................................. 53 5. MARCO OPERACIONAL......................................................................................... 54 ........................................................................................................................................ 54 5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................................................ 56 5.1.1 CONSELHO ESCOLAR.............................................................................. 56 5.1.2 CONSELHO DE CLASSE........................................................................... 58 5.1.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS.....................60 5.1.4 GRÊMIO ESTUDANTIL............................................................................. 63 5.1.5 REPRESENTANTES DE TURMA..............................................................64 6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 64 7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP.............................................................. 68 8. PROPOSTA CURRICULAR ..................................................................................... 71 8.1ARTES........................................................................................................................71 8.1.1 Apresentação Geral da Disciplina .....................................................................71 ....................................................................................................................................71 8.1.2 Objetivos Gerais.................................................................................................74 8.1.3 Conteúdos.......................................................................................................... 77 8.1.4 Metodologia..................................................................................................... 106 8.1.5 Avaliação......................................................................................................... 111

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Sumário APRESENTAÇÃO...........................................................................................................71- IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.........................8

1.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO..........................................................................81.2 BIOGRAFIA DE AUGUSTO ANTONIO CÚNICO VANIN...............................91.3 ESTRUTURA DO CURSO..................................................................................121.4 QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.........................................131.5 ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS PEDAGÓGICOS.........................................15

1.5.1 RECURSOS MATERIAIS E DIDÁTICO-TECNOLÓGICOS.................151.6 MATRIZ CURRICULAR ..................................................................................16

1.6.1 ENSINO FUNDAMENTAL.........................................................................171.6.2 ENSINO MÉDIO..........................................................................................18

1.7 CALENDÁRIO ESCOLAR ..............................................................................192.OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................203. MARCO SITUACIONAL .................................................................................20

3.1 ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS ......................................................243.2 DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA.....................................................................273.3 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS.......................................................................................................283.4 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS.............293.5 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE/ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO.....................................................29

4. MARCO CONCEITUAL............................................................................................324.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA.................................................................................39

4.2.1 AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E AS DISCRIMINAÇÕES :............................................................................................444.2.2 QUESTÃO AFRO-BRASILEIRA:..............................................................464.2.3 QUESTÃO INDÍGENA:..............................................................................53

5. MARCO OPERACIONAL.........................................................................................54 ........................................................................................................................................54

5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................................................565.1.1 CONSELHO ESCOLAR..............................................................................565.1.2 CONSELHO DE CLASSE...........................................................................585.1.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS.....................605.1.4 GRÊMIO ESTUDANTIL.............................................................................635.1.5 REPRESENTANTES DE TURMA..............................................................64

6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO ................................................................................647. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP..............................................................688. PROPOSTA CURRICULAR .....................................................................................718.1ARTES........................................................................................................................71

8.1.1 Apresentação Geral da Disciplina .....................................................................71 ....................................................................................................................................718.1.2 Objetivos Gerais.................................................................................................748.1.3 Conteúdos..........................................................................................................778.1.4 Metodologia.....................................................................................................1068.1.5 Avaliação.........................................................................................................111

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8.1.6 Referências.......................................................................................................1138.2 BIOLOGIA..............................................................................................................114

8.2.1 Apresentação Geral da Disciplina ...................................................................1148.2.2 Objetivos Gerais...............................................................................................119 ..................................................................................................................................1198.2.3 Conteúdos........................................................................................................1198.2.4 Metodologia ....................................................................................................1278.2.5 Avaliação.........................................................................................................132 ..................................................................................................................................132 8.2.6 Referências......................................................................................................135

3. CIËNCIAS ................................................................................................................1368.3.1 Apresentação Geral da Disciplina ..................................................................1368.3.2 Objetivos Gerais ..............................................................................................1408.3.3 Conteúdos........................................................................................................1428.3.4 Metodologia ....................................................................................................1468.3.5 Avaliação ........................................................................................................1488.3.6 Referências ......................................................................................................151

8.4 EDUCAÇÃO FÍSICA ...........................................................................................1528.4.1 Apresentação Geral da Disciplina ...................................................................1528.4.2 Objetivos Gerais...............................................................................................1568.4.3 Conteúdos........................................................................................................1568.4.4 Metodologia ....................................................................................................1628.4.5 Avaliação.........................................................................................................1688.4.6 Referências.......................................................................................................171

8.5 ENSINO RELIGIOSO............................................................................................1728.5.1 Apresentação Geral da Disciplina ...................................................................1728.5.2 Objetivos Gerais...............................................................................................1748.5.3 Conteúdos........................................................................................................1748.5.4 Metodologia.....................................................................................................1758.5.5 Avaliação.........................................................................................................175

8.6 FILOSOFIA.............................................................................................................1768.6.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................1768.6.2 Objetivos Gerais ..............................................................................................178 ..................................................................................................................................1788.6.3 Conteúdos .......................................................................................................1808.6.4 Metodologia.....................................................................................................1848.6.5 Avaliação.........................................................................................................1868.6.6 Referências.......................................................................................................187

8.7 FÍSICA.....................................................................................................................1888.7.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................1888.7.2 Objetivos Gerais...............................................................................................1908.7.3 Conteúdos .......................................................................................................1948.7.4 Metodologia.....................................................................................................1988.7.5 Avaliação.........................................................................................................2038.7.6 Referências.......................................................................................................206

8.8 GEOGRAFIA..........................................................................................................2078.8.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................207

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8.8.2 Objetivos Gerais...............................................................................................2118.8.3 Conteúdos........................................................................................................2158.8.4 Metodologia.....................................................................................................2198.8.5 Avaliação.........................................................................................................2228.8.6 Referências.......................................................................................................224

8.9 HISTÓRIA...............................................................................................................2268.9.1 Apresentação Geral da Disciplina....................................................................2268.9.2 Objetivos Gerais...............................................................................................2338.9.3 Conteúdos........................................................................................................2358.9.4 Metodologia.....................................................................................................2498.9.5 Avaliação.........................................................................................................2538.9.6 Referências.......................................................................................................256

8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS............................................2578.10.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................2578.10.2 Objetivos Gerais.............................................................................................2608.10.3 Conteúdos......................................................................................................2608.10.4 Metodologia...................................................................................................2698.10.5 Avaliação ......................................................................................................273

8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL.....................................2758.11.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................2758.11.2 Objetivos gerais.............................................................................................2768.11.3 Conteúdos .....................................................................................................2778.11.4 Metodologia...................................................................................................2838.11.5 Avaliação.......................................................................................................2858.11.6 Referências.....................................................................................................287

8.12 LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................2888.12.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................2888.12.2 Objetivos gerais.............................................................................................2928.12.3 Conteúdos......................................................................................................2938.12.4 Metodologia...................................................................................................3058.12.5 Avaliação.......................................................................................................3118.12.6 Referências ....................................................................................................315

8.13 MATEMÁTICA....................................................................................................3168.13.1 Apresentação geral da disciplina ..................................................................3168.13.2 Objetivos Gerais.............................................................................................3228.13.3 Conteúdos......................................................................................................3258.13.4 Metodologia...................................................................................................330 8.13.5 Avaliação......................................................................................................3348.13.6 Referências.....................................................................................................338

8.14 QUÍMICA..............................................................................................................3398.14. 1 Apresentação Geral da disciplina .................................................................3398.14.2 Objetivos gerais.............................................................................................3418.14.3 Conteúdos ....................................................................................................3428.14.4 Metodologia...................................................................................................3498.14.5 Avaliação.......................................................................................................3538.14.6 Referências.....................................................................................................355

8.15 SOCIOLOGIA.......................................................................................................356

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8.15.1 Apresentação geral da disciplina...................................................................3568.15.2 Objetivos Gerais.............................................................................................3608.15.3 Conteúdos......................................................................................................3608.15.3 Metodologia...................................................................................................3618.15.4 Avaliação.......................................................................................................3628.15.6 Referências.....................................................................................................363

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“A Educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo

o bastante para assumir a responsabilidade por ele, e, como

tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável, não fosse à

renovação e a vinda dos pequenos e dos jovens. A educação é

também, onde decidimos se amamos nossas crianças o

bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-

las a seus próprios recursos, tampouco arrancar de suas mãos

a oportunidade de empreender algo novo e imprevisto para

nós, preparando-as, em vez disso, com antecedência, para a

tarefa de renovar um mundo comum.”

(HANNAH ARENDT)

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APRESENTAÇÃO

O presente projeto elaborado dentro do processo de

transformação que o mundo passa está voltado para uma educação

democrática e para a construção e o exercício da cidadania. Para sua

aplicação é necessário que haja coerência entre o que é estabelecido

e a ação educativa. Se queremos alunos participativos, éticos,

críticos, solidários, autônomos, responsáveis, e afetivos, devemos

proporcionar práticas educativas.

É no momento em que se propõe a elaboração de um projeto

como este, que deve se ter como ponto de partida o desenvolvimento

dos diversos setores que compõe a comunidade escolar para que, em

conjunto, se possa estabelecer os rumos a serem seguidos.

A função deste instrumento é de servir sempre como referencial

para se analisar a qualidade de ensino e propor transformações mais

efetivas. Transformações estas que propiciem um ensino mais real e

de qualidade, sempre voltado aos interesses significativos,

preservando também a história e a cultura de cada indivíduo.

Na elaboração deste Projeto Político Pedagógico, contamos com

a participação de todos os envolvidos no processo: professores,

funcionários, equipe pedagógica, alunos, direção e comunidade

escolar. Fizemos vários momentos de estudos de textos, análises e

reflexões da prática educativa, levantamento com a comunidade

escolar através de questionários voltados à qualidade de ensino,

melhorias que gostariam, para que o PPP assegure a efetivação das

ações contidas nesta Proposta.

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1- IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

Nome do Estabelecimento:Colégio Estadual Augusto Vanin – Ensino

Fundamental e Médio.

Endereço: Estrada da Sereia,140

Bairro: Rondinha

Município : Campo Largo

Telefone: (41) 3555-2807

E-mail : [email protected]

Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)

Ensino Médio

Autorização de Funcionamento:Res. nº 8462693-7 DOE 16/02/05

Reconhecimento: Em Tramitação

Código do Estabelecimento: 04200148

Código do INEP: 41386221

Direção : Maristela E. Cosmo Benatto

Secretaria: Gisele Nascimento

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do

Paraná.Compartilhamento com a Escola Dr Caetano Munhoz da Rocha

que, tem como mantenedora a Prefeitura.

Pertence ao NRE – Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana

Sul. Código: 03. A distância da Escola do NRE é de aproximadamente

30 Km.

1.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Augusto Vanin está situado na Estrada da

Sereia, 140 – Campo Largo - Paraná – CEP 83607-310. Foi criado para

suprir a demanda das localidades de Jardim Carmela, Jardim

Rondinha, Colônia Mariana e Sereia, cujos alunos eram transportados

para Colônia Dom Pedro II, Ferraria, Jardim Guarany e Cercadinho.

Consequentemente o gasto com o transporte escolar tornava se

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excessivamente elevado, visto que são localidades distantes e a

escola mais próxima não tinha condições de comportar a demanda.

Mantido pelo Governo do Estado do Paraná e pertencente ao Núcleo

Regional da Área Metropolitana Sul. Atenderá alunos do Ensino

Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino Médio.

Esta criação se deu a partir de Líderes comunitários e pais de

alunos, cujas solicitações foram prontamente atendidas pelo prefeito

recém eleito, Edson Basso.

1.2 BIOGRAFIA DE AUGUSTO ANTONIO CÚNICO VANIN

Neto de imigrantes italianos que se instalaram na colônia de

Rondinha, nasceu nesta localidade em l6 de agosto de 1926. Filho de

Daniel Vanin e Eugênia Cúnico, agricultores. Nasceu e vive até hoje

numa casa centenária construída em 1906, pelos seus avós, no

mesmo período em que estava sendo construída a Igreja Matriz de

Rondinha. Esta casa se destaca por sua arquitetura e também por ser

a primeira casa de alvenaria da região, onde hoje vive a Sexta

geração da família Vanin.

Toda sua vida, desde a infância, foi fundamentada nos

princípios religiosos e morais. A proximidade da igreja e dos

sacerdotes foram determinantes na formação de seu caráter. Quando

criança foi coroinha, tendo como companheiros Pedro Fedalto e

Agostinho Marochi, os quais se tornaram arcebispo e bispo,

respectivamente.

Serviu o exército no antigo quartel 15BC (hoje Shopping

Curitiba), no pós-guerra. Neste período adquiriu conhecimentos de

enfermagem, que somados aos conhecimentos da família (avô e

mãe), o tornaram enfermeiro e massagista conhecido, não só na

colônia, mas em todo o município. Isso porque sempre atendeu a

todos, gratuitamente, a qualquer hora do dia e da noite.

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Foi a primeira pessoa da comunidade a aplicar injeções na veia,

inclusive a penicilina (procedimento difícil na época), chegando a

passar a noite na casa dos doentes.

Fundador do time de futebol da Congregação Mariana de

Rondinha, foi seu massagista, bem como do Fanático Futebol Clube e

do time da Porcelana Steatita, este último por mais de 20 anos.

Casou-se em 07 de abril de 1951 com Ester Abbud, filha de pai

sírio e mãe descendente de italianos. Teve quatro filhos: Maria

Elisabeth; Maria Margareth; Marcos Luís e Maria de Salete.

Augusto Vanin sempre trabalhou nos movimentos da igreja,

sendo várias vezes presidente da Congregação Mariana, da Comissão

da Igreja, vice-presidente do Ginásio de Desportos de Rondinha e

também o primeiro Ministro da Eucaristia de Campo Largo.

Na vida profissional trabalhou em Campo Largo por 32 anos na

“Granja”, antiga Estação de Viticultura e Enologia do Ministério da

Agricultura (posteriormente EMBRAPA), onde aposentou se. Como

chefe de cantina aperfeiçoou seus conhecimentos sobre as várias

castas de uvas e adquiriu a técnica do preparo do bom vinho, bebida

já produzida artesanalmente por sua família.

Pessoa simples, tranqüila, cultiva valores como honestidade,

solidariedade, seriedade e muitas amizades. Tornou se um líder da

comunidade, conselheiro em todas as situações e sempre foi muito

respeitado.

Por seu carisma e popularidade foi convidado, pelo então

prefeito, Newton Puppi, a ser candidato a vereador (cargo não

remunerado na época), ingressando assim, na carreira política. Fez

sua campanha de forma humilde, usando sua bicicleta para visitar as

comunidades e pedindo votos de porta em porta.

Em 15 de novembro de 1972 foi eleito vereador, com a maior

votação da época (811 votos), sendo até hoje o segundo vereador

mais votado do município em números percentuais de eleitores.

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Neste mandato exerceu por dois anos a presidência da Câmara

Municipal e por outros dois, foi seu secretário.

Devido à sua grande amizade com Newton Puppi foi convidado,

em 1976, para ser seu vice na eleição para prefeito. Newton Puppi e

Augusto Vanin foram vitoriosos entre os cinco candidatos, obtendo

expressiva votação.

Esta administração foi marcada pela amizade, honestidade e

muitas obras: construção da Vila Olímpica; criação da Guarda Mirim;

inauguração da Escola Consolidada em Três Córregos; aquisição pelo

município dos 64 alqueires da EMBRAPA, etc.

No final de seu mandato, Newton Puppi foi convidado pelo então

governador, Ney Braga, a assumir um cargo no Tribunal de Contas,

em Curitiba. Assim, Augusto Vanin ficou 9 meses, prefeito da cidade.

Concluiu obras em andamento como a Capela Mortuária, nova

Delegacia Municipal e o DETRAN. Também realizou obras como a

construção do Colégio Djalma Marinho; a primeira rede de água

tratada e a instalação dos sinos elétricos na torre da Igreja de

Rondinha.

Convidado, posteriormente a ser deputado estadual, não

aceitou, mas continuou sempre atento à política municipal

participando ativamente das campanhas eleitorais, formando

opiniões.

Seguindo seu exemplo político, seu filho Marcos Vanin foi eleito

vereador para o mandato 1993/1996. Atualmente, seu genro, Mário

Rogiski é, também, vereador atuante da Câmara Municipal.

Ser carinho pela história de seus antepassados, pela Rondinha e por

Campo Largo continua vivo em sua memória e em seu coração. Sua

fama de bom “massagista”, trabalho ao qual se dedica até hoje,

mesmo aos 78 anos de idade, faz sua casa sempre cheia de pessoas

que o procuram para aliviar suas dores. Sua amizade Também atrai

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vizinhos, que há mais de 20 anos, diariamente se reúnem para bons

papos na roda de chimarrão.

1.3 ESTRUTURA DO CURSO

O Ensino Fundamental será ministrado de forma seriada e terá

duração de 4 anos. O Ensino Médio terá duração de 3 anos.

O Curso terá a carga horária de 800h para cada série e 200 dias

letivos. A carga horária total do Curso será de 3840 horas relógio ou

3200 Horas.

O Estabelecimento funciona:

Período da manhã: das 7:20 h até 11:40 h

Período da noite : das 18:50h até 22:55 h

Temos 07 turmas ao todo, sendo 04 turmas de manhã e 03

turmas à noite. Este Estabelecimento de Ensino possui o espaço

compartilhado com o Município, estamos no aguardo para ocuparmos

as novas instalações,as quais ofertarão mais qualidade e

organização .

Tem por finalidade atender ao disposto nas Constituições

Estadual e Federal – LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

O critério adotado para a distribuição de aulas no nosso

estabelecimento é feito seguindo a classificação enviada pela SEED,

inclusive das aulas extraordinárias. A composição das turmas é feita

de acordo com o número de alunos estipulados pela SEED no Estado

do Paraná. Quando temos problemas de indisciplina em alguma

turma, reunimos professores, equipe pedagógica, direção e pais, para

fazermos melhor redimensionamento das turmas, separando os,

quando possível.

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As turmas distribuídas em 2010:

ENSINO TURMAS TURNO Nº DE ALUNOS

FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE MANHÃ 33

6ª SÉRIE MANHÃ 21

7ª SÉRIE MANHÃ 35

8ª SÉRIE MANHÃ 32

MÉDIO 1º SÉRIE NOITE 19

2ª SÉRIE NOITE 13

3ª SÉRIE NOITE 18

1.4 QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO

Anderson Bonnet Docente Licenciatura em Educação Física

Arielma da Luz Ferreira Docente Licenciatura em Matemática

Bruno de Souza Nogueira Docente Licenciatura em Biologia

Cleumires Martins Pacheco Grolli

Docente Licenciatura em LetrasPós em Lit. Brasileira e Contrução de Texto

Daiane Cequinel Técnico Administrativo

PedagogiaPós em Educação Especial

Daiane Xavier Ferreira Docente Acadêmica em História

Débora Sabim Docente Licenciatura em Artes Visuais

Edith Terezinha de Oliveira Agente Educacional I

Ensino Médio

Edson Luiz Parchen Docente Acadêmica em História

Eliane maria Pellissari Gumurski

Pedagoga Pedagogia

Franciele Rompava Docente Licenciatura em Matemática

Gema Cosmo Docente Licenciatura em LetrasPós em Educação

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Especial

Gisele Nascimento Secretaria Bacharel em Estatística

Itaboraí Silon Cordeiro Docente Licenciatura em Educação Física

Joseane do Rocio Seguro Docente Licenciatura em Matemática

Juraci Fialkoski Docente Acadêmica em Artes

Leonice Martins de Souza Agente Educacional I

Ensino Fundamental

Leonilde Thomé de Brito Zampier

Agente Educacional I

Ensino Fundamental

Lorena Baroni Damaso Docente Licenciatura em LetrasPós Psicopedagogia

Luiz Antonio Bonanato Docente Licenciatura em Estudos SociaisPós em Metodologia de Ensino de História

Márcia Cristina Kaminski Pedagoga PedagogiaPós em Gestão Escolar

Marilice Mazon Tigrinho Docente Licenciatura em História

Maristela Elisabete Cosmo Benatto

Diretora PedagogiaPós em Gestão Escolar

Michele Pissaia Docente Licenciatura em Geografia

Norma Portela dos Santos Agente Educacional II

Ensino Médio

Odete do Carmo Fabrício da Silva

Docente Pedagogia

Oscar Vinicius Schiavon Ferreira

Docente Licenciatura em CiênciasPós em Oficinas Naturais

Simone Machado Docente Licenciatura Português Espanhol

Vanderlei Retcio Docente Licenciatura em História

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1.5 ESPAÇO FÍSICO E MATERIAIS PEDAGÓGICOS

Este Estabelecimento de Ensino ainda não possui sede própria,

estamos aguardando a mudança para as novas instalações,onde não

teremos dualidade administrativa. Utiliza em conjunto com a Escola

Municipal Dr. Caetano Munhoz da Rocha: banheiros, cozinha,4 salas

de aula,banheiro dos professores e funcionários e não possuímos

quadra esportiva, laboratório de Ciências, Química e Física.

O laboratório de informática com 12 computadores do

programa Paraná Digital, que funciona ao lado de 1 sala de aula

compartilhada com a biblioteca/sala de apoio - anos iniciais.

O acervo de livros para a biblioteca foi obtido com recursos

próprios, doações governamentais e de terceiros.

1.5.1 RECURSOS MATERIAIS E DIDÁTICO-TECNOLÓGICOS

A escola dispõe dos equipamentos que seguem na lista abaixo,

sendo alguns deles comprados com dinheiro arrecadado pela escola

junto a APMF através de promoções feitas na escola, ou adquiridos

com a verba do governo destino à compra de materiais permanentes.

Todos os equipamentos estão em condições de uso, em bom estado

de conservação.

• 01 Videocassete

• 02 DVD‟s

• 02 Aparelhos de televisão 20”

• 04 Aparelhos de televisão 29” (pendrive)

• 03 Impressoras

• 01 Mimeógrafo

• 01 Aparelho de fax

• 03 Rádios

• 16 Microcomputadores Paraná Digital

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• 01 Câmera/filmadora digital

• 01 Balança de Plataforma

Acervo bibliográfico

O acervo bibliográfico consta com 2500 exemplares, entre: • literatura brasileira • literatura estrangeira • literatura infantil• literatura infanto – juvenil • dicionário: português e português/inglês • coleções • enciclopédias • apoio didático – pedagógico • livros didáticos: professor e aluno • periódicos: revistas e informativos Outros materiais CDs Rom • História do Brasil

• Mapas

1.6 MATRIZ CURRICULAR

A organização curricular do Ensino Fundamental e Médio segue

a Matriz Curricular, previamente aprovada pela SEED, dividida em

duas partes, sendo que a Base Nacional Comum representa 75% da

carga horária e da Parte Diversificada 25%.

Baseando se na Matriz Curricular, a unidade escolar deverá

garantir o desenvolvimento de 5 aulas diárias, com duração de

cinquenta minutos cada totalizando 25 aulas semanais.

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1.6.1 ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 03 – ÁREA METROPOLITNA SUL

MUNICÍPIO: 0420 – CAMPO LARGO

ESTABELECIMENTO: 01481 – COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO VANIN – ENS. FUND. E MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO:4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃANO DE IMPLEMENTAÇÃO: 2006 MÓDULO: 40 SEMANASFORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

AREAS DISCIPLINA/ SÉRIE

5 6 7 8

ARTE

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO *

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

SUB-TOTAL

2

3

3

1

3

3

4

4

25

2

4

2

-

3

3

4

4

23

-

2

2

2

2

2

2

4

23

2

4

2

-

3

4

4

4

23

P

D

L.E.M. INGLÊS **

SUB-TOTAL

2

25

2

25

2

25

2

25

TOTAL GERAL 25 25 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nª 9394/96* Não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.** O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino

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1.6.2 ENSINO MÉDIO

NRE: 03 – ÁREA METROPOLITNA SUL MUNICÍPIO: 0420 – CAMPO LARGO

ESTABELECIMENTO: 01481 – COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO VANIN – ENS. FUND. E MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO:009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLEMENTAÇÃO: 2011 MÓDULO: 40 SEMANASFORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

AREAS DISCIPLINA/ SÉRIE 1 2 3

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

SUB-TOTAL

2

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

25

-

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

23

-

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

23

P

D

L.E.M. INGLÊS

L.E.M. ESPANHOL

SUB-TOTAL

--

25

2-

25

-2

25

TOTAL GERAL 25 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nª 9394/96Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.

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1.7 CALENDÁRIO ESCOLAR

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2.OBJETIVOS GERAIS

O Projeto Político Pedagógico, deve ser visto como instrumento

crítico de transformação, a educação deve ser considerada como

processo para o desenvolvimento humano integral, instrumento

gerador das transformações sociais. Os objetivos a serem alcançados

por meio do Projeto Político Pedagógico são:

• Acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos,definindo

metas e objetivos comuns para melhorar o trabalho educativo,

possibilitando desta forma o acesso ao saber elaborado.

• Melhoria da qualidade de ensino – Oferecer um ensino que efetivamente atenda as necessidades e aspirações dos alunos e de suas famílias.

• Oportunizar o acesso ao conhecimento elaborado, assegurando ao

aluno o direito e as condições para permanência na escola.

• Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular de ser de

cada aluno,procurando expandir seus conhecimentos,para que o

mesmo possa agir e interagir com esse saber, atuando de forma

crítica tanto nas instâncias sociais,quanto políticas e econômicas.

3. MARCO SITUACIONAL

O Colégio atualmente está situado num bairro de classe

média, porém alunos provenientes de outros bairros, de famílias

com baixa renda o espaço físico é inadequado e dentro de suas

possibilidades procura se atender todos, respeitando as diferenças

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individuais. Há falta de material didático, biblioteca, cancha para a

prática de esportes, laboratório de Ciências, etc.

Os professores da rede estadual procuram desenvolver o seu

trabalho, buscando a melhor maneira que atenda e se ajuste à

clientela. A dificuldade verificada é a respeito da rotatividade de

profissionais pois, temos poucos professores com padrão fixo. No

momento estamos aguardando a mudança para a unidade nova,

para que o nosso estabelecimento, de acordo com o que foi

almejado,seja efetivado .

Atualmente vivemos numa sociedade onde o ensino escolar

está fragmentado, pois nos deparamos com inúmeros obstáculos,

entre eles a desigualdade social em todos os seus aspectos. O corpo

discente deste estabelecimento de ensino é composto pela classe

média baixa, poucos são os que têm um poder aquisitivo mais alto e

inclusive, muitos pais sem renda familiar fixa. Os alunos vêm de

diferentes níveis, a minoria tem acesso às informações culturais,

incentivo e apoio no lar.

A escola deve garantir o desenvolvimento, a reflexão, a

harmonia e a segurança, bem como propiciar o verdadeiro sentido da

vida e a aquisição do conhecimento sistematizado. Com isso ela

forma cidadãos capazes de atuar com dignidade, elegendo

potencialidades que estejam em consonância com as questões sociais

que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e

assimilação são considerados essenciais para que os alunos possam

exercer seus direitos e deveres. Além disso, precisa considerar as

expectativas dos alunos, pais, professores e da comunidade onde

está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo

educativo.

Como a educação é um componente que se constrói na escola

onde o ensino é sistematizado e toda situação é educativa, o

processo de vida, desenvolvimento e busca do saber são pontos

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primordiais para garantir o compromisso da aquisição de

conhecimentos.

É através da educação que ocorre o processo de transformação

do indivíduo e da sociedade e sua função é garantir condições para

que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um

processo de educação permanente. Onde este desenvolverá

potencialidades, irá qualificar se para o trabalho e preparar se para o

exercício da cidadania.

A partir do momento que a escola cumpre com seus objetivos

reais e que a educação estabeleça o processo ensino aprendizagem

se evidencia um trabalho educacional voltado para uma formação

capaz de atender as reais necessidades dos alunos – ensino de

qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.

A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto mediador

do saber, deve direcionar e oportunizar toda a forma de

conhecimento sempre visando obter um saber mais elaborado.

Porém, o mais importante ainda, é levar em consideração que o aluno

não é um ser pronto, acabado, e sim um ser que está em constantes

mudanças nos aspectos físico, social, emocional e cognitivo. Uma

pessoa que aprende a realidade, produz e consome conhecimentos e

é na escola cumpridora de seu papel, na educação consciente e

através do educador comprometido que ele tem a oportunidade de

organizar se melhor.

A sociedade e a escola deveriam caminhar juntas para que

solucionassem alguns problemas de ordem político-sociais. Não seria

utopia pensar numa sociedade em que a função da Escola fosse

“educar para a vida”. É lamentável perceber ainda que muitas

unidades escolares não se aperceberam da responsabilidade, pois

somente mantendo a organização e a participação de todos os

envolvidos no processo educacional, conseguiremos impor as

necessidades do grupo e assegurar os princípios da gestão

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democrática em nossos ambientes escolares. Nesse sentido trabalha

se com o Conselho Escolar e APMF.

É importante ressaltar que se procura trabalhar com o

sentimento de equipe e nenhuma decisão é autoritária. Tudo é

decidido de comum, acordo e as ações são aplicadas a partir da

decisão tomada pelos pais, alunos, funcionários e pelo desejo

expresso pela comunidade, desde a decisão pela opção do modelo do

uniforme escolar e o uso da agenda escolar.

O trabalho de uma instituição escolar é um desafio muito

grande e ainda está longe de ser o ideal. Há muitos problemas a

serem enfrentados, estudos a serem realizados e muitas questões

que precisam ser discutidas. Essa instituição sofre consequências de

uma sociedade desestruturada, principalmente por se tratar de uma

clientela muito carente e isso interfere muito na aprendizagem.

Percebe se que muitos alunos da 5ª série no inicio do ano

demonstram dificuldades referente principalmente a escrita, cálculo

e interpretação. E as mudanças referentes ao cotidiano da nova etapa

escolar.

No período noturno constatamos dificuldades relacionadas

com : cumprimento do horário ,permanência do aluno na escola, falta

de interesse com os estudos (cansaço devido a jornada de trabalho).

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3.1 ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS

Resultado Final

2008

Ensino Fundamental Ensino Médio

série

série

série

série

ano

ano

ano

Aprovados 33 32 36 21 14 23 29

Transferidos 3 2 1 2 7 3 2

Desistentes - - - - 6 7 5

Reprovados 3 1 1 - 1 2 1

Reprovados por

Freqüência

- - 3 - 3 3 2

Total 39 35 41 23 31 38 39

Ensino Fundamental 2008

AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência

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Resultado Final

2009

Ensino Fundamental Ensino Médio

série

série

série

série

ano

ano

ano

Aprovados 24 35 32 33 9 16 35

Transferidos 2 2 1 5 4 5 2

Desistentes - - 2 - 4 3 3

Reprovados 1 - 1 1 1 2 1

Reprovados por

Freqüência

- - - - - - 1

Total 27 37 36 39 18 26 42

Ensino Médio 2008

AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência

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Ensino Fundamental 2009

AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência

Ensino Médio 2009

AprovadosTransferidosDesistentesReprovadosReprovados por Freqüência

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3.2 DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA

A população-alvo deste Estabelecimento advém principalmente

dos bairros Jardim Rondinha, Jardim Carmela, Colônia Mariana e

Sereia entre outros. O nível sócio econômico é baixo, a renda familiar

oscila entre dois a quatro salários mínimos. Muitos familiares dos

alunos não possuem emprego, outros exercem subempregos ou

empregos não formais e outros utilizam o bairro, onde o Colégio, está

situado como dormitório.

As mães trabalham como diaristas, serventes, operárias,

cozinheiras e os pais como operários, serventes, pedreiros.

O nível de escolaridade é caracterizado por semi alfabetizados ou

com primeiro grau incompleto e um índice relevante de analfabetos.

Dentro do município, destacam se alguns distritos e colônias

(áreas rurais) que se formaram em torno de atividades agropecuárias,

onde seus descendentes permanecem e cultivam diversos produtos

até então.

Campo Largo se desenvolveu num perfil industrial ligado à

cerâmica – devido a este fato é conhecido como “Capital da Louça” ,

embora nos dias atuais este perfil tenha sido alterado com a

instalação de indústrias no perímetro urbano da cidade.

O Colégio atende 121 alunos devidamente cadastrados no

Ensino Fundamental com idade a partir de 10 anos no período da

manhã, e 50 alunos de Ensino Médio no período noturno, oferecendo

a carga horária( mínima) de 800h/ anuais, ministradas em ( no

mínimo) 200 dias de efetivo trabalho escolar. Dispõe de professores

do Quadro Próprio do Magistério e conta também com uma equipe

técnico pedagógica.

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3.3 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

Procurando tornar constante o aperfeiçoamento e a melhoria

da educação e de seus profissionais, e em conformidade com a

proposta de educação continuada, este Colégio oportunizará ao corpo

docente e demais funcionários atualização, aperfeiçoamento e

reflexão sobre o papel da disciplina e da escola no processo

educacional, através de reuniões pedagógicas, palestras, simpósios,

seminários, textos discutidos nas horas/atividade, grupos de estudos,

entre outros.

A formação continuada dos professores tem a escola como local

privilegiado devido às características de ter como eixo norteador a

demanda concreta e contextualizada dos professores que participam

da formação ofertada pela SEED. Como previsto em calendário

acontece a Capacitação em fevereiro e julho, que norteia o

planejamento .

Dá se oportunidade na hora atividade para que os professores

estudem documentos e textos pedagógicos, livros que auxiliem para

o repensar da prática pedagógica. Há momentos de reflexão para que

os mesmos exponham suas ideias levantando os pontos críticos, que

frequentemente surgem na prática do dia-a-dia. A Equipe Pedagógica

distribui material para estudo, incentiva todos a participarem de

grupos de estudos, qualificações, encontros de discussão sobre

dificuldades encontradas no trabalho entre outros. Neste ano letivo

repassamos aos pais, em reunião, um cronograma do horário de hora

atividade de cada professor para a possibilidade de algum dos pais,

em caso de necessidade possa vir conversar com o professor de seu

filho. Os pais comparecem sempre que solicitados e uma minoria nos

procura para saber como está o rendimento escolar dos filhos.

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3.4 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS

A organização e a distribuição das turmas decorrem do espaço

físico disponibilizado. O Ensino Fundamental atende alunos somente

no período da manhã, pois dependem do transporte escolar e as

vagas são ofertadas, primeiramente, aos alunos que frequentaram a

escola municipal da localidade e as demais vagas por ordem de

chegada na época das matrículas. No Ensino Médio, somente no

período da noite, as vagas são disponibilizadas uma grande parte

para alunos que trabalham ou estagiam durante o período da manhã

ou tarde e, para os que moram próximos ao Colégio pois não tem

transporte escolar.

repassamos aos pais, em reunião, um cronograma do horário de hora

atividade de cada professor para a possibilidade de algum dos pais,

em caso de necessidade possa vir conversar com o professor de seu

filho. Os pais comparecem sempre que solicitados e uma minoria nos

procura para saber como está o rendimento escolar dos filhos.

3.5 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE/ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO

Atualmente vivemos numa sociedade onde o ensino escolar

está fragmentado, pois nos deparamos com inúmeros obstáculos,

entre eles a desigualdade social em todos os seus aspectos. O corpo

discente deste estabelecimento de ensino é composto pela classe

média baixa, poucos são os que têm um poder aquisitivo mais alto e

inclusive, muitos pais sem renda familiar fixa. Os alunos vêm de

diferentes níveis, a minoria tem acesso às informações culturais,

incentivo e apoio no lar. Para o corpo docente trabalhar com

adolescentes no atual contexto social é um desafio, pois na

formação acadêmica não contempla uma fundamentação teórica que

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lhes proporcione subsídios, para enfrentamento de tais situações de

conflito .

A escola deve garantir o desenvolvimento, a reflexão, a

harmonia e a segurança, bem como propiciar o verdadeiro sentido da

vida e a aquisição do conhecimento sistematizado. Com isso ela

forma cidadãos capazes de atuar com dignidade, elegendo

potencialidades que estejam em consonância com as questões sociais

que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e

assimilação são considerados essenciais para que os alunos possam

exercer seus direitos e deveres. Além disso, precisa considerar as

expectativas dos alunos, pais, professores e da comunidade onde

está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo

educativo.

Como a educação é um componente que se constrói na escola

onde o ensino é sistematizado e toda situação é educativa, o

processo de vida, desenvolvimento e busca do saber são pontos

primordiais para garantir o compromisso da aquisição de

conhecimentos.

É através da educação que ocorre o processo de transformação

do indivíduo e da sociedade e sua função é garantir condições para

que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um

processo de educação permanente. Onde este desenvolverá

potencialidades, irá qualificar se para o trabalho e preparar se para o

exercício da cidadania.

A partir do momento que a escola cumpre com seus objetivos

reais e que a educação estabeleça o processo ensino aprendizagem

se evidencia um trabalho educacional voltado para uma formação

capaz de atender as reais necessidades dos alunos – ensino de

qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.

A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto

mediador do saber, deve direcionar e oportunizar toda a forma de

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conhecimento sempre visando obter um saber mais elaborado.

Porém, o mais importante ainda, é levar em consideração que o aluno

não é um ser pronto, acabado, e sim um ser que está em constantes

mudanças nos aspectos físico, social, emocional e cognitivo. Uma

pessoa que aprende a realidade, produz e consome conhecimentos e

é na escola cumpridora de seu papel, na educação consciente e

através do educador comprometido que ele tem a oportunidade de

organizar se melhor.

A sociedade e a escola deveriam caminhar juntas para que

solucionassem alguns problemas de ordem político-sociais. Não seria

utopia pensar numa sociedade em que a função da Escola fosse

“educar para a vida”. É lamentável perceber ainda que muitas

unidades escolares não se aperceberam da responsabilidade, pois

somente mantendo a organização e a participação de todos os

envolvidos no processo educacional, conseguiremos impor as

necessidades do grupo e assegurar os princípios da gestão

democrática em nossos ambientes escolares. Nesse sentido trabalha

se com o Conselho Escolar e APMF.

É importante ressaltar que se procura trabalhar com o

sentimento de equipe e nenhuma decisão é autoritária. Tudo é

decidido de comum, acordo e as ações são aplicadas a partir da

decisão tomada pelos pais, alunos, funcionários e pelo desejo

expresso pela comunidade, desde a decisão pela opção do modelo do

uniforme escolar e o uso da agenda escolar.

Para que os alunos não sintam a ruptura tão freqüente da

quarta série para a quinta série do ensino fundamental, no final do

ano letivo, procura-se realizar um trabalho com alunos levando-os a

sala da quarta série para que os alunos tirem suas dúvidas junto aos

alunos de quinta série.

O trabalho de uma instituição escolar é um desafio muito

grande e ainda está longe de ser o ideal. Há muitos problemas a

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serem enfrentados, estudos a serem realizados e muitas questões

que precisam ser discutidas. Essa instituição sofre consequências de

uma sociedade desestruturada, principalmente por se tratar de uma

clientela muito carente e isso interfere muito na aprendizagem.

Buscando a superação entre a realidade - discurso - teoria e

prática docente, a escola pretende:

– organizar a hora atividade, visando a troca de experiências,

promovendo reflexão coletiva, favorecendo o diálogo e estudos;

– acompanhar as mudanças constantes nas famílias, na

economia, na política, na religião, entendendo e respeitando

as diferenças culturais, para melhor conviver com a diversidade

cultural ;

– incentivo ao uso dos recursos disponíveis na escola;

– construção coletiva de práticas de uma gestão democrática;

4. MARCO CONCEITUAL

Na concepção de educação, com a finalidade de formar

cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade,

visando ao bem – estar do homem, no plano pessoal e coletivo. Para

tanto, esse processo deve desenvolver a criatividade, o espírito

crítico, a capacidade para análise e síntese, o auto conhecimento, a

socialização, a autonomia e a responsabilidade. Desta forma, é

possível a formação de um homem com aptidões e atitudes para

colocar a serviço do bem comum, possuir espírito solidário, sentir o

gosto pelo saber, dispor se a conhecer se, a desenvolver a

capacidade afetiva, possuir visão inovadora. A função da educação é

a formação da pessoa para a autonomia, como construtor

de sua história e de seu entorno. Segundo Paulo Freire :

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“educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o papel da história em que a questão da identidade cultural tanto em sua dimensão individual,como em relação a classe dos educandos, é essencial à prática pedagógica em questão”

Esta tem validade em princípios que visam a aceitação das

diferenças individuais, a valorização da contribuição de cada pessoa,

a aprendizagem através da cooperação e a convivência dentro da

diversidade humana.

A Escola não exclui alunos candidatos à matrícula em razão de

qualquer atributo individual do tipo gênero, cor, deficiência, classe

social, condições de saúde e outros. Todos os alunos, com ou sem

alguns desses atributos individuais, estudam juntos nas mesmas

classes.

Isto se faz porque os atributos individuais não comprometem o

processo de ensino-aprendizagem, pois todos os estudantes só têm a

ganhar com a diversidade humana representada no alunado.

Como exemplos de benefícios pode se relatar a melhoria nas relações

entre os estudantes e entre estes e os professores, melhoria na

qualidade de ensino e no desempenho escolar de todos os alunos,

maior satisfação de alunos e professores e melhoria da imagem da

Escola perante a família e a comunidade.

O homem é um ser bio psico sócio cultural que possui

necessidades materiais, relacionais e transcendentais. Dentro deste

sentido amplo e complexo, o homem deve ser atendido em toda a

sua dimensão e deve dispor dos recursos que satisfaçam a sua

necessidade, para que analise, compreenda e intervenha na

realidade.

É fundamental que se garanta uma formação integral voltada

para a capacidade e potencialidades humanas. A formação integral

deve ser entendida como saber essencial, isto é, aquela que

proporciona ao ser humano o saber sentir, saber inovar, saber refletir,

saber fazer, saber ser crítico e saber ser ético.

Conforme PARO:

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Dizer isso implica considerar o conceito de homem histórico, construtor de sua própria humanidade, ou seja, que é, ao mesmo tempo, natureza e transcendência da natureza. Ao transcender a natureza, ele se faz sujeito, condição inerente a sua própria constituição como ser histórico. Mas esse ser histórico só existe, só se constrói, de modo social, na relação com os demais seres humanos. (PARO; 2001)

A escola como instituição social, deve possibilitar o

crescimento humano nas relações interpessoais, bem como propiciar

a apropriação do conhecimento elaborado, tendo como referência a

realidade do aluno.

Neste contexto, deve possibilitar ao aluno a aquisição de uma

consciência crítica que lhe amplie a visão de mundo. Esta visão de

mundo deve dar lhe condições de uma leitura interpretativa dos fatos

sociais, das relações intra e interpessoais e dos homens com a

natureza.

O professor, como mediador entre o aluno e o conhecimento,

deve ser um profissional formador, reflexivo, consciente da

importância do seu papel, comprometido com o processo educativo,

integrado ao mundo de hoje, responsável socialmente, um eterno

aprendiz, aquele que busca “inovar e inovar se”. O ensino

corresponde a ações, meios e condições para a realização da

instrução; contém, pois, a instrução.

O aluno como ser humano, é um ser social e histórico. As

relações sociais formam o contexto de desenvolvimento dos alunos e

constituem a sua própria natureza. Vygotsky em seus estudos,

considerou o aluno como um indivíduo social, cujas relações sociais

constituem a sua psicologia, a sua subjetividade, desde o início de

sua vida. Para Vygotsky o ser humano estabelece seu processo de

humanização a partir das relações sociais.

“Quando vejo uma criança, ela inspira me dois sentimentos: ternura, pelo o

que é, e respeito pelo que pode vir a ser.” Louis Pasteur

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A aprendizagem se desenvolve a partir da problematização de

situações contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do

aluno.

“É porque podemos transformar o mundo, que estamos com ele e com os outros. Não teríamos ultrapassado o nível de pura adaptação ao mundo se não tivéssemos alcançado a possibilidade, pensando a própria adaptação, nos servir dela para programar a transformação.”Paulo Freire

A aprendizagem é um processo social que se realiza por meio

das possibilidades criadas pelas mediações do sujeito nos diversos

contextos sócio histórico de que faz parte.Para tanto, há de

necessidade de um planejamento criterioso de conteúdos, de

objetivos, bem como de estratégias de ensino, de pesquisas e

elaborações de novos conhecimentos e que estes ultrapassem o

conhecimento empírico, o conhecimento do senso comum, para um

conhecimento mais científico, mais elaborado e significativo,

condizente com a prática social do aluno.

A função da escola que se deseja ter é de ajudar os indivíduos a

enxergar o mundo. Como nos diz Neidson Rodrigues, “através do

ensino, o que fazemos é abrir janelas para que as crianças vejam o

mundo. O currículo são as janelas que estamos abrindo para que

a criança veja, não a janela, mas o mundo.”Será através de um

currículo bem elaborado que esta visão será aberta. Sendo assim :

[...] o currículo como conjunto de conhecimento ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimento, valores e atitudes, o currículo como experiencia rescrita nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominada como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma (SACRISTAN,2000,p. 140).

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A avaliação deve ser entendida como um meio de se obterem

informações e subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do

aluno. Ao se dispor dessas informações, é possível adotar

procedimentos para correções e melhorias no processo, planejando e

redirecionando o trabalho pedagógico e o projeto educativo da

Instituição.

De nada adianta construirmos um processo ensino-

aprendizagem com base em propostas inovadoras se no final deste

utiliza se avaliações como mero elemento quantitativo, selecionador e

excludente. Faz se urgente uma avaliação que veja o ser humano

como capaz e reflexivo.

“Basear a avaliação apenas na aquisição de conhecimentos é supor uma concepção reducionista e tacanha dos objetivos da educação escolar que, como atualização histórica, deve visar a apropriação da cultura de um modo mais completo do que a simples transposição de informações”. (PARO, 2001:38).

Portanto, é de suma importância que na escola supere se a

prática da avaliação como instrumento de reprovação. E para isso é

necessário que ela deixe de ser “a posterori”, pois quando isso

acontece e os resultados não são os esperados percebe se que o

professor trabalhou em pura perda de tempo, ou como como nos diz

Lima, “como locutor que não estivesse sendo sintonizado por

ninguém...” (Lima, 1962:344).

Sendo a avaliação um dos aspectos fundamentais de um plano

pedagógico, é preciso que a forma de avaliar seja dinâmica, justa,

criativa e coerente com a proposta pedagógica. Nesta perspectiva de

avaliação, devem ser envolvidos professores, alunos, coordenadores,

orientadores, direção, funcionários e pais.

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das

pessoas e das sociedades amplia se ainda mais no despertar do novo

milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola

voltada para a formação de cidadãos.

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Dentro deste contexto, a cultura é um processo de auto

liberação progressiva do homem, o que o caracteriza como um ser de

mutação, um ser de projeto, que se faz à medida que transcende,

quer ultrapassa a própria experiência. Não há modelos de conduta,

mas um processo contínuo de estabelecimento de valores,

produzindo a sua própria história.

O homem vive em sociedade e em função dessa relação social

desenvolve características específicas, que lhe são peculiares e que

possibilitam sua singularidade enquanto espécie. A maturação do ser

humano é decorrente de um processo de sociabilidade. È possível

afirmar que em função do estabelecimento da relação em sociedade,

o homem se humanizou. Essa humanização permite a cada nova

geração o conhecimento, adaptação e absorção do que a humanidade

construiu, possibilitando também a transformação e a reconstrução

dessa geração e consequentemente dessa sociedade.

A educação deve possibilitar ao homem o conhecimento e os

instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade,

realizar escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa, o que

deve estar implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem.

A escola deve garantir o desenvolvimento, a reflexão, a

harmonia e a segurança, bem como propiciar o verdadeiro sentido da

vida e a aquisição do conhecimento sistematizado. Com isso ela

forma cidadãos capazes de atuar com dignidade, elegendo

potencialidades que estejam em consonância com as questões sociais

que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e

assimilação são considerados essenciais para que os alunos possam

exercer seus direitos e deveres. Além disso, precisa considerar as

expectativas dos alunos, pais, professores e da comunidade onde

está inserida, uma vez que são estes os envolvidos no processo

educativo.

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Como a educação é um componente que se constrói na escola

onde o ensino é sistematizado e toda situação é educativa, o

processo de vida, desenvolvimento e busca do saber são pontos

primordiais para garantir o compromisso da aquisição de

conhecimentos.

É através da educação que ocorre o processo de transformação

do indivíduo e da sociedade e sua função é garantir condições para

que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um

processo de educação permanente. Onde este desenvolverá

potencialidades, irá qualificar se para o trabalho e preparar se para o

exercício da cidadania.

A partir do momento que a escola cumpre com seus objetivos

reais e que a educação estabeleça o processo ensino aprendizagem

se evidencia um trabalho educacional voltado para uma formação

capaz de atender as reais necessidades dos alunos – ensino de

qualidade e aumento de possibilidade de sucesso.

Segundo Paulo Freire : “Não é no silêncio que os homens se

fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão.”

Tendo em vista que o Projeto Politico Pedagógico deve ser o

referencial do trabalho da escola, é de suma importância que toda a

comunidade escolar participe tanto de sua elaboração quanto de sua

realimentação. Desta forma, a função da escola democrática é

organizar se de maneira a superar conflitos.

“ se formarão as personalidades dos alunos e se fortalecerá cada um dos membros da escola que,conscientes dos objetivos a serem trabalhados, seu significado e os valores que o sustentam, reavaliarão, na sua própria prática, as suas vidas e a s suas prioridades. Reside aí, neste processo de gestão da Educação, o grande valor da construção coletiva e humana do projeto formador. Define se a responsabilidade e o compromisso do administrador educacional (…) na direção desse processo”. (FERREIRA, 2003 : 45)

Uma escola democrática baseada na participação de todos não

pode somente se limitar a dar a palavra, mas também deve colocar

em suas mãos a realização das tarefas que sejam realmente

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possíveis de faze las. Tendo consciência do que realmente a escola

faz e como faz, qual é o lugar, o papel e a atitude de cada um, quais

são os caminhos e as possibilidades de modificar as práticas.

4.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Segundo Forest & Pearpoint ( 1997,p. 137): “ inclusão significa

convidar aquele que de alguma forma tem esperado para entrar e

pedir lhes para ajudar a desenhar o nosso sistema e que encorajem

todas as pessoas a participar da completude de suas capacidades,

como companheiros e como membros.”

A inclusão implica num processo profundo e abrangente de

reforma dos sistemas escolares .Pensando na escola como um espaço

que deve dar conta da diversidade humana e acreditando que a sala

de aula é o local privilegiado para a vivência destas diferenças, o

professor faz de seu papel a compreensão do aprender a ensinar um

processo que está presente em toda a sua trajetória profissional,

desde a sua formação acadêmica até as condições indispensáveis

para o ensino de qualidade.

Há necessidade de referendar a legislação vigente para situar o

processo inclusivo no contexto atual. A LDB – 9.394/ 96 – caracteriza

a educação especial como modalidade de ensino, a qual deve

permear todo o sistema. Com base nesta Lei, surge a Resolução de

nº 02 de 11/09/01, do Conselho Nacional de Educação. A presente

resolução instituídas Diretrizes Nacionais para a educação de alunos

que apresentem necessidades educacionais especiais enfocando a

aprendizagem em situação igualitária, efetivando se o processo

inclusivo.

Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a

atenção a diversidade é o eixo norteador do paradigma da educação

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inclusiva, isto é, uma educação de qualidade para todos. O aluno é o

sujeito do processo ensino-aprendizagem. Como tal, suas

características e necessidades pessoais devem ser conhecidas e

respeitadas para a organização do ensino, com vistas à qualidade de

sua aprendizagem. Diante desses pressupostos, a educação

especial é definida na LDB N. 9394 como uma modalidade de

educação em interação com os demais níveis e modalidades da

educação escolar, conforme a definem as Diretrizes Nacionais para a

Educação Especial:

Art. 3º Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL, 2001).

A formação e a capacitação dos profissionais docentes é o

ponto fundamental para o ensino que atende diferentes

especificidades educativas e que, para sua efetivação, necessitam de

profissionais comprometidos e competentes na sua ação pedagógica.

A Educação Inclusiva é a garantia de acesso contínuo ao espaço

da escola por todos, levando a sociedade criar relações de

acolhimento à diversidade humana e aceitação das diferenças

individuais, representando um esforço coletivo na equiparação de

oportunidades de desenvolvimento, conforme registra a Declaração

de Salamanca.

Diante desse compromisso, é preciso que o trabalho de

Educação Inclusiva vá sendo implantado gradualmente, para que

tanto a educação especial, quanto o ensino regular, possam ir se

adequando a esta nova realidade, construindo políticas, práticas

institucionais e pedagógicas que garantam a qualidade de ensino

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não só para os alunos portadores de necessidades especiais, como

para todo o alunado do ensino regular.

A escola necessita adequar se ao aluno providenciando meios e

recursos que garantam efetivamente a sua aprendizagem,

entendendo ser função dela essa garantia.

Esta visão nos leva a avaliar que nos parece seguro e certo,

evitando as verdades estabelecidas, além dos preconceitos, para que

se busque investir em um modo de organizar nossa escola, conforme

nos recomendou Paulo FREIRE:” Precisamos contribuir para criar a escola que

é ventura que marca, que não tem medo do risco, por isso recusa o imobilismo. A

escola em que se pensa, em que se atua, em que se fala, em que se ama, se

adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida”.

Pode se afirmar que é esta concepção de escola, enquanto

espaço social que precisa ser criada, e é nela que precisam estar

presentes a ousadia, a criatividade, os sonhos e as diferentes falas,

ou seja, é preciso criar uma escola que acredita nas possibilidades

dos alunos.

O trabalho pedagógico numa Escola Inclusiva deve partir de

uma avaliação que indique o caminho já percorrido pelos alunos,

apesar dos comprometimentos que apresentam, para que as

propostas a serem elaboradas sirvam de horizonte a ser atingido,

indicando, ainda, as metas seguintes.

A fim de que tudo isso se concretize, o professor enquanto

mediador do saber, deve direcionar e oportunizar toda a forma de

conhecimento sempre visando obter um saber mais elaborado.

Porém, o mais importante ainda, é levar em consideração que o aluno

não é um ser pronto, acabado, e sim um ser que está em constantes

mudanças nos aspectos físicos, social, emocional e cognitivo. Uma

pessoa que aprende a realidade, produz e consome conhecimentos e

é na escola cumpridora de seu papel, na educação consciente e

através do educador comprometido que ele tem a oportunidade de

organizar se melhor.

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Segundo a Constituição Federal, no artigo 205, “a

educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade(...)”. E em

seu artigo 208 apresenta que o atendimento educacional

especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na

rede regular de ensino. Já a Lei Federal 7853 dispõe sobre o apoio aos

deficientes e sua integração social, definindo o preconceito como

crime. Neste sentido, nenhuma escola ou creche poderá recusar, sem

justa causa, o acesso do deficiente à instituição.

A prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes

do convencional: aceitação das diferenças individuais, valorização de

cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana,

aprendizagem por meio da cooperação.

Atualmente não atendemos alunos com necessidades

especiais, no entanto sabemos que encontraremos dificuldades para

atender crianças com necessidades especiais, pois a escola foi

construída com muitas dificuldades arquitetônicas, . Porém as novas

instalações do novo prédio, a mantenedora promoveu algumas

adaptações os espaços existentes para que possamos atender aos

alunos que vierem a frequentar e tenham necessidades especiais.

Sendo o Brasil um país multi étnico e pluricultural, de

organizações escolares em que todos se vejam incluídos, em que

sejam garantido o direito de aprender e de ampliar conhecimentos,

sem ser obrigados a negar a si mesmos, ao grupo étnico/racial a que

pertencem e a adotar costumes, ideias e comportamentos que lhe

são adversos, seus professores e demais profissionais assumirão

como referência, os seguintes princípios, para garantir as Diretrizes

Curriculares para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Indígena (Lei nº

10.639/03 e Lei n°11.645 de 10 de março de 2008)

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I – CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRIA DA DIVERSIDADE:

• à igualdade básica de pessoa humana como sujeito de

direitos;

• à compreensão de que a sociedade é formada por

pessoas que pertencem a grupos étnicos raciais

distintos, que possuem cultura e história próprias,

igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na

nação brasileira, sua história;

• ao conhecimento e à valorização da história dos povos

africanos e da cultura afro-brasileira na construção

histórica e cultural brasileira;

• à superação da indiferença, injustiça e desqualificação

com que os negros, os povos indígenas e também as

classes populares às quais os negros, no geral,

pertencem, são comumente tratados;

• à desconstrução, por meio de questionamentos e

análises críticas, objetivando eliminar conceitos, ideias,

comportamentos veiculados pela ideologia do

branqueamento, pelo mito da democracia racial, que

tanto mal fazem a negros e brancos;

• à busca, da parte de pessoas, em particular de

professores não familiarizados com a análise das

relações étnico raciais e sociais com o estudo de

história e cultura afro-brasileira e africana, de

informações e subsídios que lhes permitam formular

concepções não baseadas em preconceitos e construir

ações respeitosas;

• ao diálogo, via fundamental para entendimento entre

diferentes, com a finalidade de negociações, tendo em

vista objetivos comuns, visando a uma sociedade

justa.

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II – FORTALECIMENTO DE IDENTIDADES E DE DIREITOS:

• o desencadeamento de processo de afirmação de

identidades, de historicidade negada ou distorcida;

• o rompimento com imagens negativas forjadas por

diferentes meios de comunicação, contra os negros e

os povos indígenas;

• o esclarecimento a respeito de equívocos quanto a

uma identidade humana universal;

• o combate à privação e violação de direitos;

• a ampliação do acesso a informações sobre a

diversidade da nação brasileira e sobre a recriação das

identidades, provocada por relações étnico raciais;

• as excelentes condições de formação e de instrução

que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e

modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos,

inclusive os localizados nas chamadas periferias

urbanas e nas zonas rurais;

4.2.1 AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E AS DISCRIMINAÇÕES :

• a conexão dos objetivos, estratégias de ensino e

atividades com a experiência de vida dos alunos e

professores, valorizando aprendizagens vinculadas às

suas relações com pessoas negras, brancas, mestiças,

assim como as vinculadas às relações entre negros,

indígenas e brancos no conjunto da sociedade;

• a crítica pelos coordenadores pedagógicos,

orientadores educacionais, professores, das

representações dos negros e de outras minorias nos

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textos, materiais didáticos, bem como providências

para corrigi las;

• condições para professores e alunos pensarem,

decidirem, agirem, assumindo responsabilidade por

relações étnico raciais positivas, enfrentando e

superando discordâncias, conflitos, contestações,

valorizando os contrastes das diferenças;

• valorização da oralidade, da corporeidade e da arte,

por exemplo, como a dança, marcas da cultura de raiz

africana, ao lado da escrita e da leitura;

• educação patrimonial, aprendizado a partir do

patrimônio cultural afro-brasileiro, visando a preservá

lo e a difundi lo;

• o cuidado para que se dê um sentido construtivo á

participação dos diferentes grupos sociais, étnico

raciais na construção da nação brasileira, aos elos

culturais e históricos entre diferentes grupos étnico

raciais, às alianças sociais;

• participação de grupos do Movimento Negro, e de

grupos culturais negros, bem como da comunidade em

que se insere a escola, sob a coordenação dos

professores, na elaboração de projetos político

pedagógicos que contemplem a diversidade étnico

racial.

Diante destes princípios e seus desdobramentos, a escola

tem como dever garantir aos seus alunos as seguintes determinações

da Lei de Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

( Lei n°11.645/08):

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4.2.2 QUESTÃO AFRO-BRASILEIRA:

1. O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana,

evitando se distorções, envolverá articulação entre o

passado,presente e futuro no âmbito de experiências,

construções e pensamentos produzidos em diferentes

circunstâncias e realidade do povo negro. É um meio

privilegiado para a educação das relações étnico raciais e tem

por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade,

história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos

de cidadãos, reconhecimento e igual valorização das raízes

africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias,

asiáticas.

2. O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana se fará

por diferentes meios, em atividades curriculares ou não, em

que: - se explicitem, busquem compreender e interpretar, na

perspectiva de quem o formule, diferentes formas de expressão

e de organização de raciocínios e pensamentos de raiz da

cultura africana; promovam se oportunidades de diálogo em

que se conheçam, se ponham em comunicação diferentes

sistemas simbólicos e estruturas conceituais, bem como

busquem formas de convivência respeitosa, além da construção

de projeto de sociedade em que todos se sintam encorajados a

expor, defender sua especificidade étnico racial e a buscar

garantias para que todos o façam; sejam incentivadas

atividades em que pessoas – estudantes, professores,

servidores, integrantes da comunidade externa aos

estabelecimentos de ensino – de diferentes culturas interatuem

e se interpretem reciprocamente, respeitando os valores,visões

de mundo, raciocínios e pensamentos de cada um.

3. O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, a

educação das relações étnico raciais se desenvolverá no

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cotidiano das escolas, nos diferentes níveis e modalidades de

ensino, como conteúdo de disciplinas, particularmente, Artes,

Literatura e História do Brasil, sem prejuízo das demais, em

atividades curriculares ou não, trabalhadas em sala de aula,

laboratórios de ciência e de informática, na utilização de sala de

leitura, biblioteca, “brinquedoteca”, áreas de recreação, quadra

de esportes e outros ambientes escolares.

4. O ensino de História Afro Brasileira abrangerá, entre outros

conteúdos, iniciativas e organizações negras, incluindo a

história dos quilombos, a começar pelo de Palmares, e de

remanescentes de quilombos, que têm contribuído para o

desenvolvimento de comunidades, bairros, localidades,

municípios, regiões (exemplos: associações negras recreativas,

culturais, educativas, artísticas, de assistência, de pesquisa,

irmandades religiosas, grupos do Movimento Negro). Será dado

destaque a acontecimentos e realizações próprios de cada

região e localidade.

5. Datas significativas de cada região e localidades serão

devidamente assinaladas. O 13 de maio, Dia Nacional de

Denúncia contra o Racismo, será tratado como o dia de

denúncia das repercussões das políticas de eliminação física e

simbólica da população afro-brasileira no pós abolição, e de

divulgação dos significados da Lei Áurea para os negros. No dia

20 de novembro será celebrado o Dia Nacional da Consciência

Negra. Entre outras datas de significado político e histórico

deverá ser assinalado o 21 de março, Dia Internacional de Luta

pela Eliminação da Discriminação racial.

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6. Em História da África, tratada em perspectiva, não só de

denúncia da miséria e discriminações que atingem o

continente, nos tópicos pertinentes se fará articuladamente

com a história dos afrodescendentes no Brasil e serão

abordados temas relativos: - o papel dos anciãos e dos griots

como guardiões da memória histórica; - à história da

ancestralidade e religiosidade africana; - aos núbios e aos

egípcios, como civilizações que contribuíram decisivamente

para o desenvolvimento da humanidade; - às civilizações e

organizações políticas pré-coloniais, como os reinos de Mali, do

Congo e do Zimbabwe; - ao tráfico e à escravidão do ponto de

vista dos escravizados; - ao papel de europeus, de asiáticos e

também de africanos no tráfico; - à ocupação colonial na

perspectiva dos africanos; - às lutas pela independência política

dos países africanos; - - às ações em prol da união africana em

nossos dias, bem como o papel da União Africana, para tanto; -

às relações entre às culturas e as histórias dos povos do

continente africano e os da diáspora; - à formação compulsória

da diáspora, vida e existência cultural e histórica dos africanos

e seus descendentes fora da África; - à diversidade da diáspora,

hoje nas Américas, Caribe, Europa, Ásia; - aos acordos políticos,

econômicos, educacionais e culturais entre África, Brasil e

outros países da diáspora.

7. O ensino de Cultura Afro Brasileira destacará o jeito de ser,

viver e pensar manifestados tanto no dia-a-dia, quanto em

celebrações como congadas. Moçambiques, ensaios,

maracatus, rodas de samba, entre outras.

8. O ensino de Cultura Africana abrangerá: - as contribuições do

Egito para ciência e filosofia ocidentais, - as universidades

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africanas Timbuktu, Gao, Djene floresciam no século XVI; - as

tecnologias de agricultura, de beneficiamento de cultivos, de

mineração e de edificações trazidas pelos escravizados, bem

como a produção científica, artística (artes plástica, literatura,

música, dança, teatro), política, na atualidade.

9. O ensino de História e de Cultura Afro Brasileira, se fará por

diferentes meios, inclusive, a realização de projetos de

diferentes naturezas, no decorrer do ano letivo, com vistas à

divulgação e estudo da participação dos africanos e de seus

descendentes em episódios da história do Brasil, na construção

econômica, social e cultural da nação, destacando se a atuação

de negros em diferentes áreas do conhecimento, de atuação

profissional, de criação tecnológica e artística, de luta social

( tais como : Zumbi, Luiza Nahim, Aleijadinho, Padre Mauricio,

Luiz Gama, Cruz e Souza, João Cândido, André Rebouças,

Teodoro Sampaio, José Correia Leite, Solano Trindade,

Antonieta de Barros, Edison Carneiro, Lélia Gonzalés, Beatriz

Nascimeto, Milton Santos, Guerreiro Ramos, Clóvis Moura,

Abdias do Nascimento, Henrique , entre outros).

10. O ensino de História e Cultura Africana se fará por diferentes

meios, inclusive a realização de projetos de diferente natureza,

no decorrer do ano letivo, com vistas à divulgação e estudo da

participação dos africanos e de seus descendentes na diáspora,

em episódios da história mundial, na construção econômica,

social e cultural das nações do continente africano e da

diáspora, destacando se a atuação de negros em diferentes

áreas do conhecimento, de atuação profissional, de criação

tecnológica e artística, de luta social ( entre outros: rainha

Nzinga, Toussaint-L’Ouverture, Martin Luther King, Malcom X,

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Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Léopold Senghor, Mariana Bâ,

Almícar Cabral, Cheik Anta Diop, Steve Biko, Nelson Mandela,

Aminata Traoré, Christiane Taubira).

Os professores da Colégio Estadual Augusto Vanin

adotarão em sua prática pedagógica uma análise mais consistente e

consciente sobre as questões acima descritas , pautando no plano de

aula pontos básicos para contribuir com a superação do mito de que

os “negros são uma raça inferior”, sendo eles:

• CONSCIÊNCIA: uma revisão crítica da escravidão, pois

seu advento foi a grande tragédia da população negra;

a professora precisa explicar, por exemplo numa

gravura, como a corda foi parar no pescoço do negro.

É preciso explicitar que os negros tiveram reis,

sociedade estruturadas, mas que depois da escravidão

não tiveram como retomar essa imagem.

• MITO: o Brasil é inegavelmente um país mestiço,

portanto é preciso desmascarar e desmistificar o mito

da democracia racial, fazer com que a população

negra tome consciência realista de sua situação e de

que lute para modificá la, para tanto a escola será um

importante segmento para colaborar na luta contra o

racismo.

• LITERATURA: muitos negros brasileiro talentosos são

obrigados a enfrentar preconceitos para realizarem

seus talentos. Assim como o poeta Cruz e Sousa teve

uma biografia trágica, muitos outros têm hoje e terão

ainda. Cabe a escola também o papel de colaborar

para que isso não ocorra mais em pleno século XXI.

• DANÇA: o povo africano tinha uma forma própria de

organização e uma maneira de se relacionar com o

meio ambiente muito diferente da propiciada pela

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visão de mundo europeia. Toda a cultura africana é

representada no universo em que os valores morais,

sociais e ecológicos eram traduzidos por meio da

religiosidade, dos ritos e das artes em geral; valores

estes que estão intimamente representados na dança,

que é para os povos africanos o mais potente

elemento da aglutinação social. Representações e

ritos de passagem e do dia-a-dia, em que o corpo

aparecia livre e exuberante, foram reprimidos, como a

capoeira angola, de origem banto, cuja base foi n’golo,

um ritual de casamento praticado na África que

reproduzia as danças de acasalamento de alguns

animais.

A cultura de um povo, porém, pode ser mutilada, mas não

morre. Adapta se e sobrevive. As danças afro-brasileira estão por aí,

em muitos lugares e em manifestações de nossa dança, portanto

cabe a nós o resgate das mesmas, não apenas como “folclore” mas

como parte de nossa cultura.

• RELIGIÃO: a dimensão religiosa é um dos elementos

mais fortes de coesão e identidade cultural da

população afro-brasileira. No entanto a dimensão

religiosa da vida dos povos negros, com sua visão de

unidade e comunhão com a natureza, não interessava

aos senhores de escravos, pois era perigosa. Abafando

a, eles procuravam destruir a identidade dos negros

com sua cultura. Por isso, ainda em nossos dias a

recuperação da identidade negra passa pela

revalorização de suas raízes religiosas.

• LIVRO INFANTIL: os livros infantis jamais foram

inocentes. Como criações históricas que são,

manifestam tanto as grandezas quanto as feridas das

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sociedades que os produzem. Assim, se os escritos

para crianças promovem muitas vezes valores

essenciais à dignidade humana,foram também, em

várias ocasiões, fontes de promoção dos mais

variados preconceitos. Hoje, o livro infantil já não

discrimina, como no passado, pela referência direta e

preconceituosa a negros, índios e mestiços. O que se

vê atualmente é menos o racismo explícito,

escancarado, e mais o seu oposto, ou seja, a omissão,

a falta de referências ao que não é branco, o racismo

pelo silêncio. Está na hora, pois, de questionar

caminhos, de imprimir e de assumir nossa “cara de

Terceiro Mundo” no livro infantil, não como versão de

“país da fome”, mas da afirmação da beleza do

diverso, do plural e do múltiplo.

• MÚSICA: “A música dos brancos é negra”. A frase é de

Negros, faixa de Senhas, disco de Adriana Calcanhoto,

e é perfeita para exemplificar a influência dos negros

na música. Tirando a música erudita os negros

mandam em tudo e a mãe África é o berço de todos os

ritmos. Na música brasileira, a contribuição negra é

enorme. África e Brasil estão unidos na sua música. A

escola deverá contribuir para criar mudanças no

sentido de que, os negros criam, os brancos copiam e

contabilizam.

• TECNOLOGIA: os negros trouxeram para o Brasil e

contribuíram para a Humanidade com muitas

invenções e avançados projetos na área tecnológica.

Cabe o professor mostrar aos alunos esta vasta

contribuição , principalmente no que diz respeito ao

Brasil , com a tecnologia para a extração do ferro,

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mineração em geral, do café, algodão, cana-de-açúcar,

etc.

• OUTROS: Museus que guardam a história dos afro-

brasileiros; associações, centros culturais e entidades

do movimento negro voltados à valorização da

identidade étnico cultural dos afro-brasileiros e à luta

contra a discriminação racial.

4.2.3 QUESTÃO INDÍGENA:

É muito comum conhecermos a História dos Indígenas a partir

da chegada dos portugueses em 1500 no Brasil, descrevendo por

meio deste encontro e choque cultural uma ideia eurocêntrica de

sociedades tão diversas e ricas culturalmente. Apesar da história dos

indígenas vincular se com a ideia de ingenuidade, aculturação,

catequeses, exploração e escravidão, as resistências e a opção de

isolamento de muitas das sociedades indígenas em oposição à

assimilação, permitiu a manutenção e a continuidade de uma história

que parecia estar condenada.

O direito dos indígenas lhes foi negado na participação

enquanto cidadãos, e também no que se refere, ao acesso às terras

ao longo de todos estes anos de História. No entanto, a noção de

ingenuidade e assimilação acabou sendo substituída por uma ação

conjunta de tribos que resolveram reinvidicar sua cidadania por meio

do reconhecimento de sua identidade Cultural e Histórica

Assim em 10 de março de 2008,a lei 11.645/08 se

responsabilizou por alterar o artigo 26-A da Lei nº10639/03, que

passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de

ensino médio, públicos e privados, torna se obrigatório o estudo da

história e cultura afro-brasileira e indígena.”

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Entendemos que no currículo escolar deve ser ensinado

diversos aspectos da história e cultura, que caracterizam a formação

da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos,

enfatizando contribuições de ambas as culturas, no que se refere: às

áreas sociais, política, econômica e cultural da História do Brasil.

Se para os indígenas, a aprovação da lei, significa uma grande

vitória, para as escolas e educação em geral, significa também uma

conquista, trazendo a possibilidade de dialogarmos com a literatura e

mitologia indígena e africana, apresentando nas salas de aula novas

noções de história, tais como a história oral, onde novos olhares e

sujeitos históricos são introduzidos.

Do direito à ação implicam em passos longos, portanto a equipe

docente e pedagógica da Colégio Estadual Augusto Vanin estarão

atentos a novas didáticas para enriquecer o currículo e as temáticas

propostas pela lei, caso contrário, estaremos fadados a manter o

mesmo discurso eurocêntrico e etnocêntrico que a história escreveu

durante tantos anos.

5. MARCO OPERACIONAL

No início do ano letivo , a Direção , Equipe Pedagógica e o

Corpo Docente , reúnem se para planejar o Plano de Ação,

estabelecendo metas a serem atingidas no decorrer do mesmo .

Para que os alunos não sintam a ruptura tão frequente da

quarta série para a quinta série do ensino fundamental, no final do

ano letivo, procura se realizar um trabalho com alunos levando os a

sala da quarta série para que os alunos tirem suas dúvidas junto aos

alunos de quinta série e solicitar junto a equipe pedagógica das

escolas das séries iniciais relatório dos alunos que apresentam

dificuldades no processo ensino aprendizagem.

Para combater a evasão escolar, principalmente no Ensino

Médio é feito um acompanhamento diário das faltas dos alunos

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através das agendas , do controle feito pelos representantes das

turmas e através do Livro Registro de Classe dos professores .

Quando são detectadas faltas consecutivas é feita a comunicação aos

pais buscando os motivos e fazendo registros; se necessário é

realizado o repasse do caso ao Conselho Tutelar (preenchendo a

FICA).

Percebe se que muitos alunos de quintas séries vêm das

séries iniciais sem os pré requisitos , prejudicando e atrasando o

desenvolvimento das aulas; para isso se faz necessário o

intercâmbio com os professores dos anos iniciais , mesmo que seja

através de relatórios individuais . Uma luta relevante seria a

conquista da implantação da Sala de Apoio para as 5ª séries , nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Percebemos que a falta de acompanhamento dos pais na vida

escolar de seus filhos, acarreta a falta de comprometimento dos

mesmos na realização de tarefas,trabalhos, horário de estudo ou o

descumprimento do Regimento Escolar . Para que haja mudança

nesta realidade, o apoio dos pais é fundamental, bem como a

solicitação da presença dos mesmos em reuniões , conversas com a

Direção , Equipe Pedagógica e professores, palestras para que

tenham conhecimento dos direitos e deveres dos alunos . O uso da

agenda escolar do aluno é tem como objetivo facilitar a comunicação

com os pais ou responsáveis.

O Colégio visa o desenvolvimento dos conteúdos necessários

para a vida em sociedade, fazendo com que o aluno direcione sua

energia e capacidade a uma consciência crítica levando o a uma outra

afirmação de cidadão respeitável. Dentro deste contexto oferecemos:

palestra, visita a museus e parques, teatros, empresas, sessões de

filmes, etc. dentro das possibilidades do Colégio. Buscando a

superação entre a realidade - discurso - teoria e prática docente, a

escola pretende:organizar a hora atividade, visando a troca de

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experiências, promovendo reflexão coletiva, favorecendo o diálogo e

estudos;acompanhar as mudanças constantes nas famílias, na

economia, na política, na religião, entendendo e respeitando as

diferenças culturais, para melhor conviver com a diversidade

cultural ;incentivo ao uso dos recursos disponíveis na

escola;construção coletiva de práticas de uma gestão democrática.

Acreditamos que após a mudança para as novas instalações,

poderemos proporcionar melhores acomodações, tanto para

professores -alunos- funcionários. E implantarmos os programas

ofertados pela mantenedora, tais como: Viva Escola, CELEM, Sala de

apoio, FERA,COMCIÊNCIA entre outros.

5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

O Projeto Político Pedagógico garante a participação da

comunidade na gestão da escola através das instâncias colegiadas,

vislumbrando um avanço em termos de democratização da instituição

educativa.

A equipe pedagógica, a administrativa e a estrutura social são

formas representativas e, às vezes, operativas na tomada de decisões

onde todos se sentem responsáveis pela unidade escolar sem deixar

de delimitar o espaço de atuação das instituições auxiliares.

5.1.1 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da

Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e

fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade

com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o

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Regimento do Colégio, para o cumprimento da função social e

específica da escola.

O conselho escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-

partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a

não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da

escola, prevista no seu Projeto Político Pedagógico.

É concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e

de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de

democratização da escola pública, constituindo se como órgão

máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.

Sendo órgão colegiado de direção, deverá ser constituído pelos

princípios da representatividade democrática, da legitimidade e da

coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função político

pedagógica na gestão escolar.

Abrange toda a comunidade escolar e tem como principal

atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político

pedagógico da escola , eixo de toda e qualquer ação a ser

desenvolvida no estabelecimento de ensino.

A atuação e representação de qualquer dos integrantes do

Conselho Escolar visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas

finalidades e objetivos da educação pública, definida no seu Projeto

Político Pedagógico, para assegurar o cumprimento da função da

escola que é ensinar.

Os objetivos do Conselho Escolar são:

- realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática,

contemplando o coletivo, de acordo com as propostas

educacionais contidas no Projeto Político Pedagógico da Escola;

- constituir se em instrumento de democratização das relações no

interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da

comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a

especificidade do trabalho pedagógico escolar;

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- promover o exercício da cidadania no interior da escola,

articulando a integração e a participação dos diversos segmentos

da comunidade escolar na construção de uma escola pública de

qualidade, laica, gratuita e universal;

- estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do

trabalho pedagógico na escola,a partir dos interesses e

expectativas histórico-sociais, em consonância com as orientações

da SEED e a legislação vigente;

- acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela

comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo

como pressuposto o Projeto Político Pedagógico da escola;

- garantir o cumprimento da função social e da especificidade do

trabalho pedagógico da escola, de modo que a organização

das atividades educativas escolares estejam pautadas nos

princípios da gestão democrática.

5.1.2 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar

os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do

professor na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto

plano curricular, acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a

organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico,

utilizar o procedimento que assegure a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,

evitando a comparação de alunos entre si, analisar os resultados da

avaliação do desempenho dos alunos com necessidades educacionais

especiais, considerando o respeito às diferenças individuais e as

dificuldades de aprendizagem, emitir parecer sobre assuntos

referentes ao processo ensino aprendizagem, respondendo a

consultas feita pela diretora e pela equipe pedagógica, analisar as

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informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e processo de avaliação que afetam o rendimento

escolar, propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento

escolar, tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração

e relacionamento com os alunos na classe, estabelecer planos viáveis

de recuperação dos alunos, em consonância com o Plano Curricular

do estabelecimento de Ensino, decidir sobre a aprovação ou

reprovação do aluno que, após apuração dos resultados finais, não

atinja o mínimo necessário para continuar seus estudos na série

seguinte, levando se em consideração o desenvolvimento do aluno,

até então. Geralmente, o Conselho de Classe é constituído pelo

diretor, pela equipe pedagógica, e pelos professores e reúne se

ordinariamente em cada trimestre, em datas previstas em Calendário

Escolar, e extraordinariamente, sempre que há necessidade.

O Conselho de classe é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, com

atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino, tendo

por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação

professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

Sendo o sistema de avaliação trimestral far se á um pré

conselho com os professores de cada disciplina e a participação dos

representantes de cada turma em momentos diferentes.

O pré conselho e o conselho de classe, propriamente ditos, serão

agendados previamente em reunião pedagógica realizada no início do

período letivo ou, então, extraordinariamente, sempre que um fato

relevante assim o exigir.

O Conselho Escolar tem por finalidade:

- estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação

com o trabalho do professor, na direção ensino-aprendizagem

proposto pela organização curricular;

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- acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos;

- analisar os resultados de aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o

encaminhamento metodológico;

- utilizar procedimentos que assegurem a comparação como os

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino,

evitando a comparação dos alunos entre si.

As atribuições do Conselho de Classe são:

- emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino

aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo diretor e pela

Equipe Pedagógica;

- analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamento metodológico e processo de avaliação que

afetam o rendimento escolar;

- propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,

tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e

relacionamento com os alunos na classe;

- estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em

consonância com o plano curricular do Colégio;

- colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução de

adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;

- decidir sobre aprovação ou reprovação de aluno que, após a

apuração dos resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo

Estabelecimento, levando se em conta o desenvolvimento do

aluno, até então.

5.1.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF é um órgão de representação dos pais, professores e

funcionários da escola, não tendo caráter político-partidário, religioso,

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racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

dirigentes e conselheiros.

Os objetivos da APMF são:

- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao

educando, de aprimoramento do ensino e integração família –

escola – comunidade, enviando sugestões, em consonância com a

proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e

equipe pedagógica administrativa;

- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando lhes melhores condições de eficiência escolar em

consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino;

- Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo a política educacional, visando

sempre a realidade dessa comunidade;

- Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o

processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio

Estudantil com o apoio da APMF e o conselho Escolar;

- Representar os reais interesses da comunidade escolar,

contribuindo dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino,

visando uma escola pública, gratuita e universal;

- Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e

funcionários e toda a comunidade, através de atividades sócio

educativa cultural desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes

forem repassados através de convênios, de acordo com as

prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho

Escolar, com registro em livro ata;

- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e

suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a

importância desta ação.

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Compete à APMF:

- Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica,

sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho

Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento ou não;

- Observar as disposições legais e regulamentares vigentes,

inclusive resoluções emanadas da Secretaria de Estado da

Educação, no que concerne à utilização das dependências da

Unidade Escolar para realização de eventos próprios do

estabelecimento de ensino;

- Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais,

alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade,

após análise do Conselho Escolar;

- Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo

pais, professores, alunos, funcionários, assim como para a

comunidade, após análise do Conselho Escolar;

- Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da

entidade, com as necessidades dos alunos comprovadamente

carentes;

- Reunir se com o Conselho Escolar para definir o destino dos

recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração

de planos de aplicação, bem como, reunir se para prestação de

contas desses recursos, com registro em ata;

A contribuição social voluntária será:

- Fixada em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, e

Conselho Escolar, com a maioria de seus membros, no final do ano

letivo. Tal contribuição não poderá ultrapassar anualmente a 10%

do salário mínimo vigente;

- A contribuição voluntária não poderá ser vinculada ao ato de

matrícula, podendo acontecer em qualquer época do ano letivo;

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- A contribuição social voluntária, poderá ser moeda corrente ou

outras formas de arrecadação, tais como: materiais de consumo,

de expediente e serviços;

5.1.4 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é organização dos estudantes da Escola. Ele é

formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo

atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando

debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que não fazem

parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações, tais

como compra de livros para biblioteca, transporte gratuito para

estudantes, etc.

È um órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar.

O Grêmio tem por objetivos:

- representar condignamente o corpo discente;

- defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do

Colégio;

- incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros;

- promover a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho escolar buscando seus

aprimoramentos;

- realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e

educacional com outras instituições de caráter educacional, assim

como a filiação às entidades geral UMES (União Municipal dos

Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos

Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes

Secundaristas);

- lutar pela democracia permanente na escola, através do direito de

participação nos fóruns internos de deliberação da escola.

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5.1.5 REPRESENTANTES DE TURMA

Os representantes de turmas serão eleitos anualmente pelos

estudantes de cada turma com data fixada pelo Grêmio Estudantil

e/ou equipe pedagógica.

O representante de turma na escola tem a finalidade de:

- representar o corpo discente;

- colaborar com os professores, direção e equipe pedagógica;

- representar sua turma no pré conselho de classe;

- constituir a comissão Pró grêmio para organizar o Grêmio

Estudantil;

- participar da organização do Grêmio Estudantil através do CRT

(Conselho de Representantes de Turma).

6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Para que a avaliação escolar tenha função relevante e

significativa na prática escolar, é imprescindível entendê la como

instrumento de análise permanente do processo pedagógico que

revela ao professor em que medida os alunos estão ou não se

aprimorando do conhecimento e mudanças que serão necessárias.

Assim a avaliação terá função diagnóstica, cumulativa,

identificando as dificuldades dos alunos para que os professores

possam intervir no processo ensino aprendizagem,não priorizando só

o acumulo de conhecimentos , mas, respeitando as dificuldades

individuais,possibilitando ao professor novas ações e ajustes no

planejamento. Para que a avaliação realizada expresse os princípios

filosóficos que sustentam o plano curricular, é necessário o

estabelecimento de critérios claros e decorrentes de conteúdos

significativos. Estes critérios fazem parte do planejamento de todos

os professores, independente da área de conhecimentos que atue.

Assim, a avaliação nas diferentes áreas do conhecimento tem a

função de obter informações relevantes do processo escolar, a fim de

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permitir que as ações educativas não se afastem do projeto

pedagógico a que o currículo se propõe.

A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta

perspectiva, poderá sugerir estratégias de recuperação de conteúdos

muito mais ricas do que a mera repetição de conteúdos não

dominados. Dependendo das informações que a avaliação oferecer ao

professor, este poderá sentir se seguro diante do encaminhamento

adotado ou poderá ver se diante da necessidade de reformar no todo

ou em parte o seu trabalho, adequando o às necessidades que o

domínio de um conteúdo por uma determinada classe lhe exige.

É preciso, então, que todo processo avaliativo seja

conscientemente vinculado à concepção de ensino, que permeia a

prática pedagógica e, consequentemente, ao conhecimento

metodológico.

A avaliação deve ser considerada sobre dois aspectos: o nível

de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial do

aluno,

O professor ciente destas dimensões no processo de avaliação,

pode interagir na apropriação do conhecimento, pelo aluno, não se

restringindo somente em identificar as dificuldades ou os critérios de

aquisição de conhecimento.

A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem é

contínua, é uma espécie de mapeamento que vai identificando as

conquistas e os problemas dos alunos em seu desenvolvimento.

Dessa forma, tem caráter investigativo e processual. Ao invés de

estar a serviço da nota, a avaliação passou a contribuir com a função

da escola, que é promover o acesso ao conhecimento; e para o

professor transforma se num recurso precioso de diagnóstico. A

avaliação também tem orientado procedimentos de ensino em sala

de aula, pois, através dela, os professores têm obtido informações

básicas sobre quantos e quais alunos estão conseguindo realizar as

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atividades, onde estão concentradas as dificuldades e de que

natureza são e para pensar até que ponto estas dificuldades estão

relacionadas com o que foi proposto, com os materiais utilizados,

com o tempo oferecido, ou com outras condições gerais do

funcionamento do Colégio. A partir daí, as atividades são

reprogramadas, para atingir as metas curriculares.

A prática da avaliação, como acompanhamento cotidiano da

aprendizagem, tem auxiliado o professor a emitir juízos de valor

( notas e conceitos trimestralmente) mais adequados sobre o

aproveitamento escolar do aluno, utilizando instrumentos

diversificados tais como: avaliações orais e escritas, pesquisas

teóricas e de campo, produção de texto, aulas passeio, observação

direta, relatórios, gincanas, concursos, jornal, mural e outros. Cabe ao

professor criar situações concretas, tais como: interpretações de

textos, produções de textos, experiências, entre outros, com critérios

selecionados em função dos conteúdos, considerando o nível de

aquisição de conhecimento já adquirido pelos alunos em

aprendizagens anteriores.

O sistema de registro de avaliação adotado pelo Colégio é

Trimestral, sendo os resultados da avaliação expressos através de

notas computados trimestralmente, em várias aferições na sequência

e ordenação dos conteúdos, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos .

O cálculo da Média Anual para efeito de promoção será feito na

forma de média aritmética simples, ou seja, soma se as notas do 1º

trimestre, do 2º trimestre e do 3º trimestre e divide por três, como

está representado na fórmula:

Média Anual = 1º trimestre + 2º trimestre + 3º trimestre =6,0

3

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Para a promoção, os alunos deverão atingir a média 6.0 (seis)

em todas as disciplinas e frequência superior a 75% do total da carga

horária do ano letivo, visto que é essa a exigência do sistema

educacional vigente.

A classificação é o procedimento que o Estabelecimento de

Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível

com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios

formais ou informais, podendo ser realizada:

• por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento,

a série ou fase anterior, no próprio Colégio;

• por transferência, para os alunos procedentes de outras

escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da

escola de origem;

• independentemente da escolarização anterior, mediante

avaliação para posicionar o aluno na série, compatível

ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos

por meios formais ou informais.

A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de

Ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado,

preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá lo à etapa de estudos

compatível com sua experiência e desenvolvimento,

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Cabe aos

professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e

com frequência na série, dar conhecimento à equipe pedagógica para

que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. O aluno

reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

Este Estabelecimento de Ensino não oferece Regime de

Progressão Parcial, pois não temos contra turno e os alunos que

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são transferidos de outro Estabelecimento que oferece este regime

serão matriculados na série e farão projetos de adaptação elaborados

pela equipe pedagógica.

Durante o Conselho de Classe é realizada a análise dos

resultados, num trabalho coletivo. São também analisadas todas as

dificuldades ocorridas e como lidaremos com elas no trimestre

seguinte. É também avaliado o trabalho da equipe e questões gerais

do Colégio. A avaliação tem servido para subsidiar a tomada de

decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico .

A recuperação de estudos está inserida no cômputo das 800

(oitocentas) horas anuais, é planejada, constituindo se num conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades

dos alunos, atendendo a legislação em vigor. A recuperação

acontecerá sempre que forem constatadas dificuldades, falhas na

aprendizagem.

Os registros das avaliações são feitos nos Livros Registros,

sendo repassados aos alunos e responsáveis por meio dos boletins

entregues em reuniões individuais ou coletivas. Os resultados

finais são transcritos em Relatórios Finais, encaminhados para a

SEED, e no Histórico Escolar. Para maiores esclarecimentos sobre

quaisquer aspectos destas questões, pode se voltar a consultar o

Regimento Escolar.

7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP

A avaliação tem por objetivo diagnosticar o processo de

desenvolvimento não só dos alunos, mas de todo o processo que

envolve a Instituição Escolar, tendo em vista garantir a qualidade dos

resultados que está sendo desenvolvido.

A avaliação não possui finalidade em si mesma, ou seja, deve

estar articulada a um plano de ação, com objetivos, intenções,

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seleções de metodologia, que refletem tanto na prática pedagógica,

quanto no processo de aprendizagem do aluno.

O processo de avaliação fundamenta se como parte integrante

do processo de aprendizagem, permitindo a constante revitalização

dos procedimentos pedagógicos, dos recursos utilizados e da

coerência entre os princípios e métodos que regem a educação.

Segundo LUCKESI (1995) “importa coleta, análise e síntese dos

dados que configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma

atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da

comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado

padrão de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de

objeto”.

Desse modo, para coletar dados, analisar e interpretar as

situações vividas a escola utiliza as seguintes estratégias:

Avaliação interna:

• Por meio de reuniões com a equipe pedagógica, professores e

demais funcionários que fazem parte da Instituição, para

estabelecer critérios a serem superados ou mantidos

dependendo das práticas sociais vividas na escola;

• Por meio de reuniões com a equipe pedagógica, professores e

demais funcionários para: cumprimento de datas previstas e

estabelecidas no Calendário Escolar, cumprimento das

concepções, metodologias, encaminhamento da proposta

pedagógica inserida no Projeto Político Pedagógico, discussão,

acompanhamento e avaliação permanente do mesmo;

• Feedback realizado permanentemente entre os professores,

equipe pedagógica e demais funcionários, garantindo a

avaliação no decorrer do processo;

• Conversas sobre o encaminhamento do planejamento, sobre as

dificuldades encontradas com os alunos (comportamental ou

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cognitiva), contradições, dificuldades de aprendizagem,

realizada semanalmente com o Professor Pedagogo;

• Análise e melhorias dos processos existentes em cada um dos

processos do Colégio como: matrícula, reuniões de pais,

recepção de alunos, reuniões pedagógicas, atividades culturais

e recreativas, encaminhamento pedagógico, etc. As

dificuldades devem ser analisadas, oportunizando correções de

rumo, prevendo o bom andamento do trabalho e as melhorias

de qualidade.

Avaliação estabelecida aos pais e a comunidade escolar:

• Caixa com sugestões fixadas na entrada da escola, onde os pais

e a comunidade escolar pode manifestar se espontaneamente,

diante do trabalho pedagógico desenvolvido e realizado com o

aluno, tendo retorno por meio de ações de melhorias,

recebendo ainda retorno por escrito ou com diálogos com o

Diretor e Professor Pedagogo

• Os pais poderão manifestar se através de questionários de

pesquisa de satisfação que será realizado durante o processo

de aprendizagem, ou ao final do ano letivo, sendo considerados

os aspectos: merenda escolar, metodologia adotada, qualidade

de profissionais, horários, atividades culturais e recreativas,

aulas especiais, entre outros;

• Os pais têm espaço nas reuniões trimestrais, para posicionar se

diante da satisfação ou insatisfação no que se refere à

implementação do que foi proposto;

• Sempre que necessário os pais podem agendar horários para

esclarecer suas dúvidas, colocar suas insatisfações, entre

outros.

É importante ressaltar que todo o processo de

acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico deverá

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acontecer anualmente, no coletivo com as instâncias colegiadas,para

que se possa fazer o diagnóstico da realidade, mobilizando para as

mudanças necessárias na re elaboração do Projeto Político

Pedagógico.

8. PROPOSTA CURRICULAR

8.1ARTES

8.1.1 Apresentação Geral da Disciplina

O trabalho de reestruturação do currículo do Ensino

Fundamental, na área de Artes, tem a pretensão de analisar o espaço

da arte na escola, a partir de uma perspectiva histórica. Para isso,

precisamos explicitar as relações da prática artística e o contexto em

qual se insere o aluno. A composição artística do aluno leva em

consideração o modo de percepção do mundo e que os trabalhos são

consequências da produção da arte que variam conforme a

necessidade de cada individuo, sendo que, em última instância, as

relações sociais de produção determinam as representações,

sistemas de idéias e imagens geradas na mesma sociedade.

Neste sentido, procura-se entender o processo histórico que

levou esta disciplina a se manter numa posição marginal dentro do

sistema educacional e buscamos valores estéticos que possibilitem a

democratização do saber artístico.

Na defesa de resgatar a arte de padrões estéticos superados, a

estética moderna privilegia a inspiração e a sensibilidade,

acentuando a subjetividade e a individualidade.

É justamente neste ponto que aparece muito clara a diferença

entre a concepção presente e a precedente. O ensino da arte,

desenvolvido sob a base da estética clássica, subordina a imagem à

observação na busca do domínio das leis que regem a forma a

procura da perfeição. É, o ensino regido sob a base da estética

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moderna, subordina o conhecimento técnico e à criatividade e à

expressão, fundamentando-se na crença de que a arte não se ensina,

se expressa.

O ensino da arte deixa de ser tomado a partir do conhecimento

técnico e centra-se na expressão individual do aluno. Cabe à escola,

através do conhecimento artístico sistematizado, possibilitar ao

aluno, a partir da sua inserção social, as condições concretas para a

satisfação da necessidade humana de afirmação e interação com a

realidade, na atividade artística.

A arte tem sido tomada, ora como conhecimento técnico, ora

como expressão espontânea, perdendo-se de vista a sua totalidade.

Recuperar a Arte como forma de conhecimento, trabalho e

expressão, é buscar esta totalidade para dar conta da necessidade

humana de expressão, afirmação e interação com a realidade através

do trabalho artístico.

Esta disciplina, instrumento para apreensão do saber estético,

implica tanto na formação dos sentidos humanos, quanto na

compreensão mais efetiva da realidade humano-social. Isto significa

que a distinção entre as obras de arte e os demais objetos e a

especificação da atitude estética adequada para compreender o

artístico são resultados de convenções, cuja legitimidade é dada

pelas necessidades do sistema de produção e pela reprodução das

atitudes consagradas como estéticas.

Esta nova postura frente à análise da obra de arte, implica, de

um lado, em uma abordagem do valor estético do produto artístico, a

partir das relações entre os modos de compor e as relações sociais de

produção. De outro lado, implica em superar esta padronização

imposta pela classe dominante, no sentido de perceber que nenhum

modo de compor pode ser considerado absoluto, único e que o

conjunto de conhecimentos técnicos sistematizados e por cada uma

desses modos, servem de base para toda a criação artística.

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Educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente, a

interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de fruição e

expressão artísticaa procura de conhecimentos que mais tarde se

tornaram experiências. Para explicitar o encaminhamento necessário

para essa educação estética, constituem como base para a ação

pedagógica: a humanização dos objetos e dos sentidos, a

familiarização cultural e o saber estético, e também o trabalho

artístico.

É importante lembrar que não é possível trabalhar com a

educação estética tomando os três aspectos do encaminhamento

metodológico (Humanização dos objetos e dos sentidos,

Familiarização Cultural e o Saber Estético e Trabalho Artístico: da

prática imitativa à prática criadora) como etapas isoladas. Ao mesmo

tempo em que os sentidos humanos se formam e atuam e que, estes

se informam do saber estético que lhe corresponde, é indispensável a

prática artística. Consequentemente, não se deve tomar os três

aspectos do encaminhamento separadamente, pois seu trabalho

conjunto é condição básica para uma efetiva educação estética.

Cada linguagem artística possui um sistema organizado de

signos que possibilita a comunicação e a interação, estruturados

segundo princípios que cada cultura constrói. Desta forma, ensinar

arte é muito mais do que simplesmente apresentar certos elementos

da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se

transforme em conhecimento, é necessário interpretar e questionar

diferentes representações culturais, analisando os processos de

criação e execução destas produções, pois a aprendizagem se nutre

da investigação, do diálogo e do olhar do outro.

Segundo Japiassu (2001:24), a necessidade de apropriação pelo

aluno das linguagens artísticas, são instrumentos poderosos de

comunicação, leitura e compreensão da realidade humana. De acordo

com esta concepção, o objetivo das artes não é a formação de

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artistas, mas o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas

complexas formas humanas de expressão que dinamizam processos

afetivos, cognitivos e psicomotores.

O conhecimento será realmente significativo, se o fazer

pedagógico do professor de Artes, através dos conteúdos, possibilite

aos alunos estabelecer as inter-relações entre os conhecimentos

adquiridos e a diversidade cultural, de forma que esses saberes sejam

valorizados e tornem-se cheios de sentido.

8.1.2 Objetivos Gerais

• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem

artística;

• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma

atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção,

a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a

reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e

procedimentos artísticos diversos em artes (Artes Visuais,

Dança, Músicas, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos

pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e

contextualize-os culturalmente;

• Construir uma relação de autoconfiança com a produção

artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria

produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas;

• Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando

e podendo observar as produções presentes no retorno, assim

como as demais do patrimônio cultural e do universo natural,

identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e

estéticos de diferentes grupos culturais;

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• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo,

investigando, indagando, com interesse e curiosidade,

exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e

apreciando arte de modo sensível;

• Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da

arte, do trabalho e da produção dos artistas;

• Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte,

reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos

artísticos e concepções estéticas presentes na história das

diferentes culturas e etnias;

• Procurar e descobrir maneiras modernas de se representar arte,

• Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em

contato com artistas, obras de arte, fontes de comunicação e

informação.

• Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a

sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada,

enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a

linguagem.

• O ensino de Educação Artística deverá organizar-se de modo

que os alunos sejam capazes de:

• Adquiram competências de sensibilidade e de cognição em

artes visuais, dança, música e teatro, exercitando sua cidadania

cultural.

• Desenvolvam conhecimento estético e competência artística

nas diversas linguagens da área de Educação Artística, seja

para produzir trabalhos pessoais e grupais como para apreciar,

valorizar e emitir juízo sobre os bens artísticos de distintos

povos e culturas produzidos ao longo da história.

• Expressar, representar ideias, emoções, sensações por meio da

articulação de poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos

individuais e coletivos.

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• Construir, expressar e comunicar-se em artes plásticas e visuais

articulando a percepção, a imaginação, a memória, a

sensibilidade e a reflexão, observando o próprio percurso de

criação e suas conexões com o de outros.

• Reconhecer, diferenciar e saber utilizar com propriedade

diversas técnicas de arte, com procedimentos de pesquisa,

experimentação e comunicação própria.

• Confeccionar, expressar e comunicar em artes plásticas e

visuais articulando a percepção, a imaginação, a memória, a

sensibilidade e a reflexão, observar o próprio percurso de

criação e suas conexões com o de outros.

• Utilizar maneiras atuais para as diversas representações de arte

(computador, DVD, TV, vídeos, cinema, fotografia), percebendo,

analisando para então realizar o fazer artístico.

• Reconhecer, diferenciar e saber utilizar inúmeras técnicas de

arte, com procedimentos de pesquisa.

• Desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção

artística pessoal. Relacionar a própria produção com a de

outros. Valorizar e respeitar a diversidade estética artística e de

gênero.

• Identificar a diversidade e inter-relação de elementos da

linguagem visual que se encontram na realidade (vitrines,

cenários, roupas, adereços, objetos domésticos, movimentos

corporais, meios de comunicação), perceber, analisar e criticar.

• Conhecer, relacionar, apreciar imagens, concepções artísticas e

estéticas de distintos grupos étnicos.

• Freqüentar, saber utilizar e valorizar modos de preservação,

conservação e restauração dos acervos das imagens (museus,

praças, galerias, ateliês de artistas, centros de cultura, oficinas

populares, feiras, mercados).

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• Compreender, analisar e observar as relações entre as artes

visuais com outras áreas de conhecimento humano (Educação

Física, matemática, ciências, filosofia etc)

8.1.3 Conteúdos

ARTES PLÁSTICAS5ª SérieA. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS E DA

REALIDADE

1. Análise do modo de relação dos homens com os objetos e a

realidade.

Qualidades plásticas da Forma e do Espaço em relação a:

Posição:

- anterior, posterior,

- interior e exterior.

Proporção:

- relação das partes com o todo

Movimento:

- tensão

Ponto de Vista:

- frontal

- de topo

- de perfil

2. Análise da arte na consolidação da Sociedade Brasileira:

Apreciação estética da composição:

• compreensão da realidade expressa na obra.

Modos de compor

a Missão Francesa e a importação de modelos estéticos

europeus

a Semana de Arte Moderna de 1922.

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Movimentos modernistas

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos Visuais:

- Ponto

- Linha

- Plano (superfície)

- Volume

- Luz (valor)

- Cor (escalas cromáticas)

- Textura (própria, produzida)

2. Qualidades Plásticas:

Equilíbrio

Harmonia

Dinâmica

3. Composição:

Bidimensional (duas dimensões):

• desenho

• pintura

• mural

• mosaico

• vitral

• gravura...

Tridimensional (três dimensões)

- modelagem

- escultura

- maquete

- móbile

- estábile...

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C. TRABALHO ARTÍSTICO

- Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da

Linguagem Plástica.

6ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS E DA

REALIDADE

1. Análise do modo de relação dos homens como os objetos e a

realidade.

Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço em relação à:

Posição:

• anterior, posterior

• interior e exterior

Proporção:

- relação das partes com o todo

Movimento:

• tensão

• peso

Pontos de Vista:

- frontal

- de topo

- de perfil

2. Análise da Arte nas Sociedades Primitivas à Arte nas

Sociedades Antigas:

Apreciação estética da Composição:

- compreensão da realidade expressa na obra

Modos de compor:

• Arte Rupestre

• Arte Egípcia

• Arte Grega

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• Arte Romana

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos visuais:

- ponto

- linha

- plano

- volume

- luz (contraste)

- cor (escalas cromáticas)

- textura (própria, produzida)

2. Qualidades Plásticas:

- equilíbrio

- harmonia

- dinâmica

3. Composição:

Bidimensional (duas dimensões):

- desenho

- pintura

- mural

- mosaico

- vitral

- gravura...

Tridimensional (três dimensões):

- escultura

- modelagem

- maquete

- módulos

- estrutura de encaixe...

C. TRABALHO ARTÍSTICO

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1- Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da

Linguagem Plástica.

7ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS DA

REALIDADE

1. Análise do modo de relações dos homens com os objetos e a

realidade.

Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço em relação à:

Posição:

- primeiro plano, segundo plano, terceiro plano...

Proporção:

- relação das partes com o todo

- escalas

Movimento:

- tensão

- peso

Pontos de Vista:

• um ponto de vista

• vários pontos de vista

2. Análise da Arte na Sociedade Feudal à Arte da Sociedade de

transição do feudalismo para o capitalismo:

Apreciação estética da composição:

- compreensão da realidade expressa na obra

Modos de Compor:

1- Arte Cristã Primitiva

2- Arte Bizantina

3- Arte Românica

4- Arte Gótica

5- Arte Renascentista

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B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos visuais:

- ponto (densidade, localização)

- linha (direção, extensão)

- plano (limites, dimensões)

- volume (desdobramento)

- luz (claro, escuro)

- cor (tonalidades, nuances)

- textura

2. Qualidades Plásticas:

• equilíbrio

• harmonia

• dinâmica

3. Composição:

Bidimensional (duas dimensões):

8 retrato

9 paisagem

10 natureza-morta

11 propaganda

12 fotografia

13 desenho

14 pintura....

Tridimensional (três dimensões)

• módulos

• estrutura de encaixe

• escultura

• maquete...

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C. TRABALHO ARTÍSTICO

Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da

Linguagem Plástica.

8ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES PLÁSTICAS DOS OBJETOS E DA

REALIDADE

1. Análise do modo de relação dos homens com os objetos e a

realidade

Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço com relação à:

Posição:

simetria

assimetria

Proporção:

escalas

Movimento:

ritmo

tensão

peso

Pontos de Vista:

um ponto de vista

vários pontos de vista

2. Análise da Arte na Sociedade Capitalista:

Apreciação estética da composição:

- compreensão da realidade expressa na obra

Modos de Compor:

• Arte Neoclássica

• Arte Romântica

• Movimentos Modernistas

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B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos visuais:

• ponto (representação)

• linha (criação de planos e volumes)

• plano (criação de volumes)

• volume (profundidade, deformação)

• luz (claro, escuro, sombra)

• cor (escalas, valores)

• textura (condensação, rarefação)

2. Qualidades Plásticas:

- equilíbrio

- harmonia

- dinâmica

3. Composição:

Bidimensional (duas dimensões):

- desenho

- pintura

- propaganda

- paisagem...

Tridimensional (três dimensões)

8. escultura

9. módulos

10. estrutura de encaixe

C. TRABALHO ARTÍSTICO

Qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da

Linguagem Plástica.

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TEATRO

5ª Série

A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO

DRAMÁTICA

1. Organização da Ação Dramática a partir da:

História:

8. textos da dramaturgia brasileira e universal

9. temas do folclore nacional

10. lendas brasileiras

11. mitologia grega...

Personagem:

Características ou possibilidades:

1- vocais

2- corporais

3- faciais

Limitações:

1. deformações sociais

2. estereótipos

Espaço cênico:

- elementos sonoros

- elementos visuais

2. Análise da produção teatral na consolidação da Sociedade

Brasileira:

Apreciação Estética:

- compreensão da realidade expressa na obra

A produção teatral:

- a poética brechtiana

- movimento modernista (pós 1922)

- renovação dos métodos de encenação (Augusto Boal)

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B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos da ação dramática:

História:

a) roteiro

b) enredo

Personagem:

Expressão Verbal:

- dicção

- articulação

- projeção

- ressonância

Expressão gestual:

- movimentos

- gestos

Espaço Cênico:

– cenário

– sonoplastia

– iluminação

2. A Ação Dramática:

• improvisação

• jogo dramático

• dramatização

• mímica...

3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação

Dramática:

- teatro imagem

- teatro simultâneo

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C. TRABALHO ARTÍSTICO

Leitura das relações do homem com os outros homens e com a

realidade através da Ação Dramática.

6ª Série

A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO

DRAMÁTICA

1. Organização da Ação Dramática a partir da:

História:

- temas de folclore

- lendas

- mitologia grega

- textos literários

- textos da dramaturgia brasileira e universal

- poesias

- músicas...

Personagem:

Características ou possibilidades:

- vocais

- corporais

- faciais

Limitações:

a) deformações sociais

b) estereótipos

Espaço Cênico:

• elementos sonoros

• elementos visuais

2. Análise da Arte nas Sociedades Primitivas à Arte das

Sociedades Antigas:

Apreciação Estética:

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• compreensão da realidade expressa na obra

Modos de representar:

- a Tragédia Grega

- a poética de Aristóteles

- o teatro em Roma

- o drama litúrgico

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos da ação dramática:

História:

roteiro

enredo

Personagem:

Expressão verbal:

- dicção

- articulação

- projeção

- ressonância

Expressão gestual:

• movimentos

• gestos

Espaço Cênico:

• cenário

• sonoplastia

• iluminação

2. A Ação Dramática:

• improvisação

• jogo dramático

• mímica

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• dramatização...

3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação

Dramática:

• teatro imagem

• teatro simultâneo

C. TRABALHO ARTÍSTICO

Leitura das relações do homem com os outros homens e com a

realidade através da Ação Dramática

7ª Série

A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO

DRAMÁTICA

1. Organização da Ação Dramática a partir da:

História:

• temas de folclore

• mitologia grega

• textos literários

• textos dramatúrgicos

• poesia

• música...

Personagem:

Características ou possibilidades:

• vocais

• corporais

• faciais

Limitações:

• deformações sociais

• estereótipos

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Espaço Cênico:

• elementos sonoros

• elementos visuais

2. A análise da Arte na Sociedade Feudal à Arte na Sociedade de

Transição do Feudalismo para o Capitalismo:

Apreciação Estética:

• compreensão da realidade expressa na obra

Modos de representar:

• teatro medieval

• teatro bizantino

• teatro renascentista

A comédia dell’arte

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos da Ação Dramática:

História:

• roteiro

• enredo

• drama

Personagem:

• expressão verbal

• expressão gestual

Espaço Cênico:

• cenário

• sonoplastia

• iluminação

2. A Ação Dramática:

• improvisação

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• jogo dramático

• mímica

• dramatização...

3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação

Dramática:

• teatro imagem

• teatro simultâneo

• teatro debate

C. TRABALHO ARTÍSTICO

Leitura das relações do homem com os outros homens e com a

realidade através da Ação Dramática.

8ª Série

A. A RELAÇÃO DOS HOMENS COM A REALIDADE NA AÇÃO

DRAMÁTICA

1. Organização da Ação Dramática a partir da:

História:

• temas de folclore

• mitologia grega

• textos literários

• textos dramatúrgicos

• poesias

• músicas...

Personagem:

Características ou possibilidades:

• vocais

• corporais

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• faciais

Limitações:

• deformações sociais

• estereótipos

• Espaço Cênico:

• elementos sonoros

• elementos visuais

2. Análise da Arte na Sociedade Capitalista:

Apreciação estética:

• compreensão da realidade de expressão

Modos de representar:

• teatro neoclássico

• teatro romântico

• teatro realista

• teatro de arena

• as vanguardas

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos da Ação Dramática:

História:

• roteiro

• enredo

• drama

Personagem:

• expressão verbal

• expressão gestual

Espaço Cênico:

• cenário

• sonoplastia

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• iluminação

2. A Ação Dramática

• improvisação

• jogo dramático

• mímica

• dramatização

3. Técnicas de participação direta do espectador na Ação

Dramática:

• teatro imagem

• teatro simultâneo

• teatro debate

C. TRABALHO ARTÍSTICO

Leitura das relações do homem com os outros homens e com a

realidade através da Ação Dramática.

MÚSICA

5ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE

1. Audição de diferentes padrões sonoros a partir da relação da

história do homem com a história da música:

• modal

• tonal

• contemporânea

B. SABER ESTÉTICO

1. Análise dos elementos sonoros a partir dos diferentes padrões das

qualidades sonoras.

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• Altura - movimentos melódicos,(melodia)

• Duração - ritmo musical,

• Intensidade - planos sonoros,

• Timbre - instrumentos musicais,

• Densidade - texturas sonoras

2. Movimentos corporais em relação à:

Espaço:

• direção

• nível de altura

• dimensão

• distância

Dinâmica (intensidade do movimento):

• leve

• médio

• forte

Tempo (movimento com velocidade variada):

• lento

• médio

• rápido

3. Dança

4. Instrumentos Musicais:

• sopro

• corda

• percussão

C. TRABALHO ARTÍSTICO

1. Audição de diferentes sons:

Sons atuais:

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• carro de corrida

• máquina de costura elétrica

• trovão...

Sons em extinção:

• calhambeque

• máquina de costura de pedal

• canto do galo...

2. Estruturação de diferentes sons (atuais, extinção,) através de:

Improvisação:

• livre

• dirigida

• registrada: (gráficos com melodia e acompanhamento)

• com diálogos

• descritiva

• vocal

• instrumental

• corporal

Com acompanhamento:

• mais de um ostinato

• mais de um bordum

3. Dança:

Músicas:

• folclóricas

• populares

Coreografia

Improvisada

• espaço

• nível de altura

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• dimensão

• dinâmica

• tempo

Original

• postura

• qualidade de movimento

• face (rosto)

4. Construção dos instrumentos musicais de sopro, corda e

percussão:

Utilização:

• melodia

• acompanhamento

6ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE:

1. Audição de obras musicais:

Modal:

• Canto Gregoriano

• Música africana

• Música latino-americana

• japonesa

• chinesa

• árabe...

Tonal:

• renascentista

• barroca

• romântica

• clássica...

Contemporânea

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• minimal

• concreta

• eletrônica

• serial...

2. Conhecimento das características das obras musicais a partir dos

elementos de arranjos formais:

Leitura do momento da produção da obra

• a relação entre o ritmo e a criação da obra

• o conhecimento técnico presente na obra

• a mensagem e o significado

Leitura das qualidades sonoras:

Utilização dos elementos sonoros:

• altura

• timbre

• densidade

• intensidade

• duração

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos Sonoros:

• altura

• duração

• timbre

• intensidade

• densidade

2. Qualidades Sonoras:

• melodia

• harmonia

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• forma

• gênero (estilo)

• ritmo

3. Movimentos Corporais em relação à:

Espaço:

• direção

• nível de altura

• dimensão

• distância

Dinâmica (intensidade do movimento):

• leve

• médio

• forte

Tempo (movimentos com velocidade variada):

• lento

• médio

• rápido

4. Dança

5. Sonoplastia de:

• histórias

• situações sociais

• cotidiano...

7. Instrumentos Musicais:

• corda

• sopro

• percussão

C. TRABALHO ARTÍSTICO

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1. Estruturação do Som a partir do conhecimento dos elementos de

arranjos formais através de:

Improvisação:

• livre

• dirigida

• registrada: (gráficos com melodia e acompanhamento)

• com diálogos

• descritiva

• narrativa

• vocal

• instrumental

• corporal

Com acompanhamento:

• ostinato

• borduns

3. Dança:

Músicas

• folclóricas

• populares

Coreografia:

Improvisada:

• espaço

• nível de altura

• dimensão

• dinâmica

• tempo

• fluxo do movimento

Original:

• postura

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• qualidade de movimento

• face (rosto)

3. Sonoplastia

Composição sonora de:

• histórias

• situações sociais

• cotidiano

4. Instrumentos Musicais:

Análise de diferentes instrumentos musicais:

• corda

• sopro

• percussão

Utilização de formas de agrupamento destes instrumentos

7ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE

1. Conhecimento da estruturação do Som e seus elementos da

Cultura:

• tribal

• ocidental (antiga, moderna)

• oriental

2. Análise do modo de produção musical (modal, tonal,

contemporânea) a partir da estruturação do som e seus elementos

nas diferentes culturas:

Leitura do momento da produção da obra:

• a relação entre o ritmo e a criação da obra

• o conhecimento técnico presente na obra

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• a mensagem e o significado

Leitura das qualidades sonoras:

Utilização dos elementos sonoros:

• altura

• timbre

• densidade

• intensidade

• duração

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos sonoros:

• altura

• timbre

• duração

• intensidade

• densidade

2. Qualidades sonoras:

• melodia

• harmonia

• forma

• gênero (estilo)

• ritmo

3. Movimentos corporais em relação à:

Espaço:

• direção

• nível de altura

• dimensão

• distância

Dinâmica (intensidade do movimento):

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• leve

• médio

• forte

Tempo (movimentos com velocidade variada):

• lento

• médio

• rápido

4. Dança

5. Instrumentos Musicais:

• corda

• sopro

• percussão

C. TRABALHO ARTÍSTICO

1. Estruturação dos sons a partir das diferentes culturas através

da:

Improvisação:

• livre

• dirigida

• registrada: (diferentes formas de registro convencionadas)

• vocal

• instrumental

• corporal

• com diálogos

• descritiva

• narrativa

Com acompanhamento:

• visual

• instrumental

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• com mais de um bordum

• com mais de um ostinato

2. Dança:

Músicas

• folclóricas

• populares

• diferentes culturas

Coreografia:

Improvisada:

• espaço

• nível de altura

• dimensão

• dinâmica

• tempo

• fluxo de movimento

Original:

• postura

• qualidade de movimento

• face (rosto)

3. Instrumentos musicais:

Conhecimento dos instrumentos musicais nas diferentes

culturas.

8ª Série

A. LEITURA DAS QUALIDADES SONORAS DA REALIDADE

1. Análise dos elementos de arranjo formais de obras musicais atuais

e de culturas diferentes (eruditas, populares):

Leitura do momento da produção da obra:

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• a relação entre o ritmo e a criação da obra

• o conhecimento técnico presente na obra

• a mensagem e o significado

Leitura das qualidades sonoras:

Utilização dos elementos sonoros:

• altura

• timbre

• densidade

• intensidade

• duração

2. Análise de textos escritos por críticos musicais a partir dos

elementos de arranjos formais.

B. SABER ESTÉTICO

1. Elementos sonoros:

• duração

• altura

• timbre

• intensidade

• densidade

2. Qualidades Sonoras:

• melodia

• harmonia

• forma

• gênero (estilo)

• ritmo

3. Movimentos corporais em relação à:

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Espaço:

• direção

• nível de altura

• dimensão

• distância

Dinâmica (intensidade do movimento):

• leve

• médio

• forte

Tempo (movimento com velocidade variada):

• lento

• médio

• rápido

4. Dança

5. Instrumentos musicais:

Análise de formações instrumentais:

• atuais

• diferentes culturas

C. TRABALHO ARTÍSTICO

1. Estruturação dos sons a partir de arranjos formais através de:

Improvisação:

• livre

• dirigida

• registrada

• descritiva

• com diálogos

• narrativa

• vocal

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• instrumental

• corporal

Com acompanhamento:

• vocal

• instrumental

• ostinatos

• borduns

2. Produção de textos musicais a partir dos elementos formais

3. Dança:

Músicas:

• folclóricas

• populares

Coreografia:

• improvisada

• original

Crítica:

• à coreografia improvisada

• à coreografia original

4. Instrumentos Musicais:

• atuais

• diferentes culturas

Crítica:

À formação instrumental para execução das músicas:

• atuais

• diferentes culturas

8.1.4 Metodologia

O método a ser aplicado, deve se fundamentar a todo o

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trabalho do professor de Artes, pois, é este o elemento pedagógico

que está mais intimamente ligado a pratica em sala de aula.

Pode-se definir método como um modo planejado e

determinado para se atingir objetivos. Um procedimento racional para

o conhecimento seguindo um percurso fixado, tendo em vista: para

quem, como, porque e o quê.

O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser

humano tem com a arte: sua relação é de desenvolver um trabalho

artístico, produzir arte e de sentir e perceber os vários aspectos das

obras de arte, contextualizando-se e inteirando-se com os elementos

das diferentes linguagens.

No Ensino Fundamental, o enfoque cultural baliza as discussões

em Arte, pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se

dar as reflexões sobre diversidade cultural e as produções/

manifestações culturais que dela decorrem.

Propomos educar no sentido estético: onde é ensinado a ver,

ouvir criticamente, interpretar a realidade, ampliar as possibilidades

de expressão artística.

O ver, o pensar e o fazer caminham juntos aprimorando a

percepção efetiva e a visão técnica. A produção artística é muito

importante para a formação estética do aluno.

Ao professor caberá responder a necessidade técnica do aluno,

levando em conta os modos de ver e compor que este já se utiliza; ao

mesmo tempo em que ele possibilita o contato com outros modos de

representação para que este educando seja conduzido desta maneira

a desenvolver o máximo dos saberes que são esperados, tais como:

trabalhar no sentido de desenvolver a imaginação, criação, ouvir e

ver com atenção.

Estes critérios junto com os elementos formais possibilitam ao

aluno expressar a realidade que desejam.

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Deste modo procurando atingir a “percepção”, familiarização

dos objetos e coisas que o cercam determinando as qualidades

estéticas que estes realmente possuem.

É preciso realmente conduzir o aluno a perceber que a maioria

das manifestações sonoras estão sob controle das relações sociais;

sendo assim uma das tarefas da arte-educação, deve ser além do

exercício sistemático com estes conhecimentos, no sentido de

possibilitar; por outro a apropriação da história social, da arte

compreendendo o momento histórico de sua criação.

O trabalho artístico será voltado a uma assimilação criadora

sem cópias , visto que o ser humano busca criar, mudar, transformar,

e descobrir o que é existente demonstrando aquilo que pensa e

sente.

Precisamos aliar ao conhecimento artístico o trabalho, a

experimentação e expressão objetivando ao ser trabalhado Educação

Artística: ampliar o conhecimento do aluno no que se refere às

linguagens artísticas, dando a ele instrumentos para que possa fazer

uso destas linguagens observando de maneira diferente, compondo,

interpretando e interagindo com o universo artístico, incentivando o

desabrochar do potencial criativo de cada um.

No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento, onde desta

forma torna-se necessário contemplar na metodologia do ensino da

arte, estas três dimensões, ou seja, estabelecer como eixo o

Produzir o fazer artistico , o Apreciar , que são formas sentir e

perceber a leitura dos trabalhos, e o Contexto histórico , que

fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho

mais sistematizado, superando-se o senso comum do conhecimento

baseado só através da experiência.

Para que a informação se transforme em conhecimento, é

necessário interpretar e questionar as diferentes representações

culturais, analisar os processos de criação e execução das produções,

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nutrindo-se da investigação, da leitura e compreensão da realidade

humana e do diálogo que dinamiza os saberes, tornando-os

realmente significativos.

É importante compreender que os três eixos constituem uma

totalidade e que o trabalho em sala pode ser iniciado por qualquer

um deles, ou pelos três simultaneamente. Vale ressaltar que no final

do processo de trabalho dos conteúdos, tenham sido tratados os três

eixos com os alunos.

• Apreciar

Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que

possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte.

Envolve também a leitura dos objetos, da natureza e da cultura em

uma dimensão estética.

Inicialmente, a leitura das obras artísticas se dá pelos sentidos. A

percepção e a fruição serão superficiais ou mais aprofundadas, de

acordo com as experiências e conhecimentos estéticos que o aluno

tiver em sua vida.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar esta

leitura com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa

interpretar as obras de arte e a realidade, transcendendo as

aparências, apreendendo através da arte parte da totalidade da

realidade humano social.

A humanização dos objetos e dos sentidos, realiza-se tanto na

apreciação livre dos objetos, quanto na percepção mediada pelo

conhecimento estético sistematizado.

• Contexto histórico

Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade

opera para apreender o conhecimento historicamente produzido

sobre arte.

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A Arte é um campo do conhecimento humano, que é estruturado

por um saber, que tem uma origem, cada conteúdo tem sua história,

que deve ser conhecida para melhor compreensão por parte do

aluno.

Este conhecimento transforma-se através do tempo em função

dos modos de produção social, o que implica para o aluno que

conhecer como se organizam as várias formas de produzir arte, é

conhecer também como a sociedade estrutura-se historicamente.

• Produzir

O trabalho criador (prática) é a expressão do aluno sendo

privilegiada. É o momento do exercício da imaginação e da criação.

Apesar das dificuldades de desenvolver estas práticas nas escolas, é

de fundamental importância, pois a arte não pode ser apreendida de

forma abstrata.

O processo de produção do aluno se dá quando ele interioriza e

se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.

Estes três eixos metodológicos são importantes e essenciais no

processo ensino-aprendizagem em arte, são interdependentes e

devem ser tratados de forma orgânica em vários momentos..

Pode-se iniciar o encaminhamento do trabalho pelo Produzir,

mas em todos os momentos é necessário tratar do Contexto

histórico, onde o aluno faz, mas sabe o que e o porque está fazendo,

construindo junto com o professor o conhecimento, inclusive, que

haja alguns momentos de aulas teóricas sobre o conteúdo e os

movimentos artísticos importantes na história.

Para complementar o eixo Apreciar, é fundamental que se

possibilite aos alunos, visitas à exposições, museus, que assistam

peças teatrais, apresentações musicais, dança, dentre outros, que

facilitem a análise, a descrição do contexto e a organização das

diferentes formas de linguagem.

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8.1.5 Avaliação

Os critérios de avaliação em Artes decorrem dos conteúdos,

consistem em uma seleção de expectativas que evidenciam a

apropriação destes conteúdos pelos alunos.

Não se propõe aqui avaliar a expressão, ou o trabalho do aluno,

mas no seu trabalho avaliar o domínio que este vai adquirindo dos

modos de organização destes conteúdos ou elementos formais na

composição artística. Isto significa que há modos de organizar, de

expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos sons da realidade,

de forma que a resolução de uma proposta de representação artística

tem por base o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica, etc..

Estes aspectos são o conhecimento que possibilitam ao aluno:

• expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no

trabalho artístico;

• reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação

artística;

• fazer uma leitura da produção artística, a partir dos

procedimentos que foram usados;

• excluir a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;

• superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que

tendem a ver os objetos somente sob seus aspectos prático-

utilitários;

• construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do

conhecimento técnico, o trabalho artístico, permitindo que este

venha a ser partilhado com os outros.

Estas questões pretendem evidenciar que o conhecimento é o

mediador da relação aluno-produção artística e a avaliação como

parte deste processo, deve possibilitar ao professor perceber em que

medida houve a apropriação do conteúdo proposto.

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A avaliação será através da construção do conhecimento em

Arte, se efetivando na inter-relação de saberes que se concretiza na

experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação

/ produção e da contextualização histórica. Apesar de suas

especificidades, os campos conceituais são interdependentes e

articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do objetivo de

estudo.

A avaliação deve oportunizar ao aluno diferentes maneiras de

expressão, como imagens bidimensionais, tridimensionais e virtuais.

Dentro das avaliações, devemos considerar:

• as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e

na religião, as várias dimensões de cultura, entendendo toda

manifestação artística como produção cultural;

• as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de

partida para a ampliação dos saberes em arte;

• as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a

compreensão dos processos de criação e execução nas

linguagens artísticas;

• a experimentação como meio fundamental para a

ressignificação, levando em conta que essa prática favorece o

desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio

dos sentidos.

Para avaliar em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos

experienciais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação

consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em

relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada

linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores,

historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que

podem ser entendidos e reorganizados para se construir novas

significações sobre a realidade.

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Avaliar em Arte, acima de tudo, deve-se definir aonde se quer

chegar, o que o aluno irá aproveitar, o aproximando dentro de uma

reflexão sobre a diversidade das manifestações culturais, ou seja,

entrar em contato com aquilo que foi produzido pelo homem para dar

significado à suas ações e ao mundo em que vive.

A proposta da disciplina de Artes foi elaborada pretendendo

definir o complexo conceito de arte, e também para mostrar as

principais modalidades artísticas e a maneira com se originam e,

sobretudo, levar o aluno a desenvolver o interesse pela arte,

aprimorar a sua sensibilidade estética e também humana. Para o

aluno exercer seu juízo crítico, visando a formação, a expressão e a

opinião própria em relação a arte e o mundo que vivemos e mais,

permitir que o aluno possa fazer parte da sociedade como cidadão

participativo e que contribui para as mudanças, buscando uma

sociedade mais justa, mais humana, resgatando valores essenciais

para se viver.

Vendo desta forma a arte vem como processo

transformador, atingindo o seu alvo principal, o aluno, o cidadão

em formação.

8.1.6 Referências

- BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da

arte. São Paulo: Cortez, 2002.

- BARBOSA, A. M. (org.) A imagem do ensino da arte: anos

oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.

- CANDAU, V. M. (org.) Sociedade, educação e cultura (s):

questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

- DONDIS, D. Sintaxe da linguagem visual. Tradução de: Jéferson

Luiz Camargo. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

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- FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2

ed. São Paulo: Cortez, 1993.

- JAPIASSU, R. Metodologia do ensino do teatro. São Paulo:

Papirus, 2001.

- PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins

Fontes, 1984.

- OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a

influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Tese

de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.

- SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares

da educação fundamental da rede de educação básica do

Estado do Paraná: Artes do Ensino Fundamental. Curitiba:

SEED, 2006.

8.2 BIOLOGIA

8.2.1 Apresentação Geral da Disciplina

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno

VIDA.

As reflexões sobre o fenômeno da vida, sua origem e processos,

emergiram em várias civilizações e culturas, ao longo do tempo

histórico. Em um primeiro momento, o objetivo do homem em obter

conhecimento sobre o mundo natural, voltava-se ao desenvolvimento

de técnicas que garantissem sua sobrevivência. Nos seus primórdios,

o ser humano aprendeu a utilizar as plantas e os animais em seu

proveito. Aprendeu a evitar plantas venenosas e como tratar os

animais. E ao observar o comportamento destes últimos, pode adotar

técnicas de caça. Partindo também dos conhecimentos acerca da

utilidade e da época de frutificação de diversos vegetais, desenvolveu

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a agricultura, aprendendo assim, a garantir, de maneira mais regular

e segura o sustento das comunidades.

O estudo da vida emergiu em várias civilizações e culturas ao

longo do tempo histórico. Na Mesopotâmia, sabia-se já que o pólen

podia ser utilizado para fertilizar plantas. Elementos do mundo vivo

eram já utilizados como objetos de comércio em 1800 a.C., durante o

período de Hammurabi, especialmente as flores. Os povos orientais já

tinham conhecimento do fenômeno de polinização em palmeiras e do

fenômeno de dimorfismo sexual em variadas espécies vegetais.

Na Índia, textos descrevem variados aspectos da vida das aves.

Egípcios e babilônicos tinham já um conhecimento apreciável de

anatomia e fisiologia de várias formas de vida. Na Mesopotâmia,

animais eram mantidos naquilo que hoje podemos considerar como

sendo os primeiros jardins zoológicos.

No Egito, eram usados baixos relevos e papiros para fazer a

representação anatômica do corpo humano e de outros animais. A

prática do embasamento utilizado pelo povo egípcio requeria já um

amplo conhecimento das propriedades de plantas e óleos de origem

vegetal.

No entanto, nestas épocas, a superstição ainda vinha muitas

vezes associada ao conhecimento objetivo. Na Babilônia e Assíria,

órgãos de animais eram usados para prever o futuro, e no Egito, uma

grande dose de misticismo envolvia a prática médica.

A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA

tem origem na antiguidade, com contribuições do filósofo Aristóteles,

quanto a organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas

que buscavam explicações para a compreensão da natureza.

Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da

Biologia considerando a comparação das espécies coletadas em

diferentes locais. Esta tendência reflete a atitude contemplativa

interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração

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empírica do mundo natural pautado por um método baseado na

observação e descrição da natureza, caracterizando o pensamento

biológico descritivo.

Neste contexto do pensamento descritivo, conceitua-se VIDA

"como expressão da NATUREZA idealizada pelo sujeito racional"

(RUSS, 1994).

Em meio a tantas mudanças, contributos foram dados pelo

médico Willian Harvey (1578-1657) com a proposição de um novo

modelo referente à circulação do sangue. Este modelo, não o método,

foi acolhido por Descartes1 (1596-1650) como uma das bases mais

consistentes do pensamento biológico mecanicista.

Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o

pensamento mecanicista. Para entender o funcionamento da VIDA a

Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez mais

especializadas e menores procurando compreender as relações causa

e efeito no funcionamento de cada uma de suas partes. No século XX,

a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel

provocando uma revolução conceitual da biologia. Esta concepção

contribui para a construção de um modelo explicativo dos

mecanismos evolutivos vinculando-os ao material genético, marcando

a influência do pensamento biológico evolutivo.

Um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir do

pensamento biológico da manipulação genética, demarcando a

condição do homem em compreender a estrutura físico-química dos

seres vivos e as consequentes alterações biológicas.

O momento histórico apontados têm como finalidade representar

como se deu a construção do pensamento biológico, identificando os

recortes históricos importantes para fundamentar a proposição dos

conteúdos estruturantes de Biologia.

1

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Entretanto, para a Ciência, e em especial para a BIOLOGIA, esta

construção ocorre a partir de movimentos não-lineares, com

momentos de crise, de revoluções, de mudanças de paradigmas, de

questionamentos conflitantes, de busca constante por explicações

sobre o fenômeno VIDA.

Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos

construídos ao longo da história da humanidade e adequá-los ao

sistema de ensino requer compreensão dos contextos em que a

disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios do

Ensino de Ciências ficaram reduzidos a transmissão de um único

método científico, consistente no conjunto de passos perfeitamente

definidos e aplicados de modo mecanicista, ensinando o aluno a

pensar e agir como cientistas, numa visão positivista de Ciência. Esta

escola ainda estava voltada para atender os filhos da elite cultural

brasileira, iniciando o deslocamento do foco da formação humanista

para a científica.

O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas

com a promulgação da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava

Diretrizes e Bases do Ensino de 1 º e 2 º graus. Essa lei trazia

alterações no sentido de conter os aspectos liberais constantes na lei

anterior, estabelecendo um ensino tecnicista para atender ao regime

vigente voltado para a ideologia do Nacionalismo Desenvolvimentista

(AGOSTINI, 2000).

O Ensino de Ciências é reorganizado. “A escola secundária deve

servir agora não mais à formação do futuro cientista ou profissional

liberal, mas principalmente ao trabalhador, peça essencial para

responder às demandas do desenvolvimento” (KRASILCHIK, 1987.

p.18).

Os conteúdos de Biologia eram aprendidos com base na

observação, a partir da qual, os mesmos poderiam ser explicados por

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raciocínios lógicos comprovados pela experimentação. A

experimentação garantia também a descoberta de novos fatos, de

forma que o ciclo se fechava: voltava-se à observação, depois ao

raciocínio, depois à experimentação.

Surge no Brasil um novo campo de pesquisa sobre a aprendizagem

dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese dos conceitos e

suas implicações na aprendizagem das ciências. Decorrente dele, nos

anos 80 surge no Brasil um novo, utilizando a análise do processo de

produção do conhecimento na ciência como fonte de inspiração para

a proposição de modelos de aprendizagem.

Para o ensino da Biologia, a proposta estabelece seis temas que

envolviam as diferentes ciências de referência desta disciplina e

algumas noções do desenvolvimento científico e tecnológico. Este

documento tinha por finalidade a busca de uma alternativa

metodológica para o ensino de Biologia, oportunizando aos

professores e alunos a uma visão totalizante da Biologia.

Tal proposta, apesar da tentativa de superação do ensino

tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico-crítica, apresentava

os conteúdos ainda divididos por blocos tradicionais do livro didático,

reunidos em temas geradores. A visão de totalidade caracterizava o

"conteudismo" dos conhecimentos da biologia.

Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia foram

identificados os marcos conceituais da construção do pensamento

biológico. Estes marcos foram utilizados como critérios para escolha

dos Conteúdos Estruturantes e dos Encaminhamentos Metodológicos.

Cabe ressaltar que a importância desta compreensão histórica e

filosófica da Ciência está em conformidade com o atual contexto

sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da

concepção de Ciência enquanto construção humana.

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8.2.2 Objetivos Gerais

• Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou

processo biológico.

• Elaborar questões, diagnósticos e propor soluções para

problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia;

• Estimular a Biologia como um fazer humano, e, portanto,

histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos,

econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos

• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de

transformações intencionais por ele produzidas no seu

ambiente.

• Produzir o conhecimento utilizando diferentes fontes de

pesquisa, da experimentação, da observação da natureza,

desde suas formas mais simples até as mais complexas.

8.2.3 Conteúdos

1ª Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Específicos

Organização dos

Seres Vivos

- Introdução à Biologia

Características gerais dos seres

vivos;

- Citologia

diferenças entre células procarióticas

e eucarióticas.

Mecanismos

Biológicos

- Introdução à Biologia

Importância dos métodos científicos

para maior compreensão da vida e

dos fenômenos a ela relacionados;

- Origem e evolução dos seres vivos

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Hipóteses sobre a origem da vida

- Ecologia

Conceitos;

Fluxo de energia e ciclo de

substâncias num ecossistema;

Ciclos biogeoquímicos;

Desequilíbrios ambientais;

- Citologia

Histórico da citologia e da

microscopia;

Divisões celulares;

Envoltórios celulares: composição

química e transporte de nutrientes;

Organelas celulares: constituição e

funções que desempenham nas

células;

Núcleo Celular:

estruturas do núcleo e suas

respectivas funções;

divisões celulares;

- Reprodução humana

orientação sexual ;

- Embriologia;

- Histologia animal.

Biodiversidade - Origem e evolução dos seres vivos

hipóteses sobre a origem da vida;

evidências da evolução;

teorias da evolução;

- Ecologia

Biomas;

- Citologia

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diferenças entre células procarióticas

e eucarióticas;

- Reprodução humana

orientação sexual: métodos

contraceptivos, doenças

sexualmente transmissíveis;

- Embriologia comparada;

- Histologia comparada.

Manipulação

Genética

- Citologia

biotecnologia associada;

terapias gênicas

2ª. Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Específicos

Organização dos

Seres Vivos

- Classificação dos seres vivos;

- Vírus

características gerais dos vírus;

- Reino Monera

características estruturais dos

moneras;

- Reino Protista

caracterização das algas;

caracterização dos protozoários;

- Reino Fungi

Características gerais e estruturas

dos fungos;

- Reino Plantae

características gerais das plantas;

- Reino Animmalia

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Características gerais dos

invertebrados, específicamente aos

Filos: Porífera, Cnidaria,

Platyhelminthes, Nemathelminthes,

Mollusca, Annelida, Arthropoda e

Echonodermata;

Características gerais dos

vertebrados: Infrafilos Agnatha e

Gnatosthomata e Superclasse

Osteichthyes;

Características gerais dos

vertebrados: ênfase a SuperClasse

Tetrapoda: Amphibia, Reptilia, Aves

e Mammalia.

Mecanismos

Biológicos

- Sistemática

nomenclatura;

- Vírus;

estrutura dos vírus;

ciclo reprodutivo viral

- Reino Monera

nutrição das bactérias;

reprodução das bactérias;

importância das bactérias para a

humanidade;

- Reino Protista

Algas:

reprodução das algas;

importância econômica e

ambiental das algas;

Protozoários

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reprodução dos protozoários;

- Reino Fungi

reprodução dos fungos;

prejuízos causados por fungos;

importância ambiental e econômica

dos fungos;

- Reino Plantae

Anatomia das plantas;

fisiologia das plantas;

importância econômica das plantas,

uso e manejo de solo e plantas

(agrotóxicos);

- Reino Animmalia

Invertebrados

Poríferos: importância ambiental e

econômica;

Cnidários: importância ambiental

e econômica;

Platelmintos: reprodução, nutrição

e ciclo de vida. Importância

ambiental;

Nematelmintos: reprodução,

nutrição e ciclo de vida;

Moluscos: Anatomia e fisiologia

dos moluscos. Importância

ambiental e econômica;

Anelídeos: Anatomia e fisiologia

dos anelídeos. Importância

ambiental e econômica;

Artrópodes: Anatomia e fisiologia

dos artrópodes. Importância

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ambiental e econômica;

Equinodermos: Anatomia e

fisiologia dos equinodermos.

Importância ambiental e

econômica;

Vertebrados

Peixes: anatomia e fisiologia;

importância ambiental e

econômica;

Anfíbios: anatomia e fisiologia;

importância ambiental e

econômica;

Répteis: anatomia e fisiologia;

importância ambiental e

econômica;

Aves: anatomia e fisiologia;

importância ambiental e

econômica;

Mamíferos: anatomia e fisiologia;

importância ambiental e

econômica.

Biodiversidade - Vírus

vírus de DNA e RNA;

- Reino Monera

classificação das bactérias;

arqueas;

- Reino Protista

principais grupos de algas;

principais grupos de protozoários;

- Reino Fungi

classificação dos fungos;

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- Reino Plantae

classificação das plantas: principais

grupos;

composições vegetacionais e

formação de biomas;

vulnerabilidade e ameaças a

espécies de plantas;

- Reino Animmalia

Invertebrados

Poríferos: principais

representantes;

Cnidários: principais

representantes;

Platelmintos: principais

representantes;

Nematelmintos: principais

representantes;

Moluscos: Classes dos Moluscos;

Artrópodes: classificação dos

artrópodes;

Equinodermos: classificação dos

equinodermos;

Vertebrados

Peixes: classificação dos peixes;

Anfíbios: principais

representantes;

Répteis: principais

representantes;

Aves: principais representantes;

Mamíferos: principais

representantes.

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Manipulação

Genética

- Vírus

vírus e doenças;

- Reino Monera

doenças causadas por bactérias;

- Reino Protista

doenças causadas por protozoários;

- Reino Plantae

alimentos transgênicos;

- Reino Animmalia

melhoramento genético, raças.

3ª Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Específicos

Organização dos

Seres Vivos

- Citogenética

Características do núcleo celular,

filamentos de DNA e RNA;

- Evolução e especiação.

Mecanismos

Biológicos

- Citogenética:

Cromossomos: conceitos básicos;

Divisão celular;

- Genética

Introdução e termos utilizados em

genética;

Histórico da genética;

Leis de Mendel:

1a. Lei de Mendel e 2a. Lei de

Mendel;

Herança ligada ao sexo;

Herança de grupos sangüíneos na

espécie humana;

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- Anatomia e fisiologia humana

Sistemas de coordenação: nervoso e

endócrino;

Sistemas de nutrição: cardiovascular,

respiratório e digestório;

Sistema excretor;

Sistemas de relacionamento:

esquelético, muscular e órgãos dos

sentidos;

Sistema reprodutivo.

Biodiversidade - Evolução e especiação.

Manipulação

Genética

- Genética

terapias gênicas;

clonagem;

- Anatomia e fisiologia

Sistema reprodutivo: intervenções

durante desenvolvimento

embrionário.

8.2.4 Metodologia

A metodologia de ensino da Biologia envolve o conjunto de pro-

cessos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indiví-

duo, de organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas

relações sociais, políticas, econômicas e culturais.

Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma

crítica ao ensino com ênfase exclusiva na divulgação dos resultados

do processo de produção do conhecimento científico, e apontar solu-

ções que permitam a construção racional do conhecimento científico

em sala de aula, sem dissociar as implicações deste conhecimento

para o ser humano.

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Dentro do contexto educacional o ensino da Biologia deve ter

papel fundamental na construção de uma mentalidade voltada à

vivência do aluno, colocando a disciplina, sempre que possível, a

serviço do estudante e conscientizando-o de sua importância,

utilidade e abrangência.

Os conteúdos a serem abordados devem ser feitos de forma

contextualizada, com aprofundamento de acordo com a realidade dos

alunos . Para promover um aprendizado ativo, que especialmente em

Biologia transcenda a memorização de nomes e organismos, sistemas

ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como

problemas a serem resolvidos de modo integrado.

Cabe ressaltar que uma aula deve introduzir momentos de re-

flexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experi-

mentação como possibilidade de superar o modelo tradicional das au-

las práticas dissociadas das teóricas. As aulas práticas passam a fazer

parte de um processo de ensino pensado e estruturado pelo profes-

sor, repensando-se inclusive, o local onde possam acontecer, não fi-

cando restritas ao espaço de laboratório. As aulas, desta forma, não

são apenas experimentais ou apenas teóricas, mas pensadas de

modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno,

ambos tendo espaço para expor suas explicações, refletir a respeito

das implicações de seus pressupostos e revê-los à luz das evidências

científicas.

Importa,também conhecer e respeitar a diversidade social, cul-

tural (Lei Nº 10.639/03 História e Cultura Afro-Brasileira) e “as ideias

primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir

obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à

compreensão do conceito VIDA. As leis 10.639/03 História e Cultura

Afro-Brasileira e indígena serão abordados dentro dos conteúdos de

Genética e Evolução.

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Cada paradigma representa um marco conceitual da construção

do pensamento biológico identificado historicamente. De cada marco

define-se um Conteúdo Estruturante e destacam-se metodologias de

pesquisa utilizadas, à época, para a compreensão do fenômeno VIDA,

cuja preocupação está em estabelecer critérios para seleção de

conhecimentos desta disciplina à serem abordados no decorrer do

Ensino Médio.

O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes deve ocorrer

de forma integrada, propondo:

a. Organização dos Seres Vivos:

A metodologia descritiva, utilizada no momento histórico em

que esse Conteúdo Estruturante foi sistematizado no pensamento

biológico, propõe a observação e descrição dos seres vivos. Nesta

diretriz, busca-se partir desta metodologia ampliando a discussão

para a comparação das características estruturais anatômicas e

comportamentais dos seres, realizando discussões entre os critérios

usados desde Linné até a atualidade com a introdução da análise

genômica, propiciando a compreensão sobre como o pensamento

humano, partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao

modelo de mundo em constante mudança.

b. Mecanismos Biológicos:

Este Contéudo Estruturante fundamenta-se no paradigma

mecanicista para explicar os mecanismos biológicos. Por isso,

baseava-se na análise dos conhecimentos biológicos sob uma

perspectiva fragmentada, conhecendo-se as partes, utilizando as

idéias do método científico propondo hipóteses que permitam

analisar como os sistemas biológicos funcionam. Nesta diretriz,

considera-se que este conhecimento, isoladamente, é insuficiente

para permitir ao aluno compreender as relações que se estabelecem

entre os diversos mecanismos para manutenção da vida. É

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importante que o professor considere o aprofundamento, a

especialização, o conhecimento objetivo como ponto de partida para

que se possa compreender os sistemas vivos como fruto da interação

entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com

os demais componentes do seu meio;

c. Biodiversidade:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma

evolutivo. Sendo a concepção de Ciência entendida como construção

humana, a metodologia do ensino neste Conteúdo Estruturante

pretende caracterizar a diversidade da VIDA como um conjunto de

processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de

um indivíduo, ou, ainda, de organismos no seu meio. Nesta diretriz,

pretende-se que as reflexões propostas, neste Conteúdo Estruturante,

partam das contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias

fixistas, já superadas há muito pela ciência e supostamente pela

sociedade. Pretende-se a superação das concepções alternativas do

aluno com a aproximação das concepções científicas, procurando

compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia,

como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

d. Manipulação Genética:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma da

manipulação genética. Ao propor o paradigma da manipulação

genética não significa que esteja sendo proposto a manipulação do

material genético nos laboratórios escolares. O que se pretende,

nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as implicações dos avanços

biológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma possibilidade

metodológica a ser utilizada é a problematização. Esta proposta

metodológica parte do princípio da provocação e mobilização do

aluno na busca por conhecimentos necessários para resolução de

problemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao

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cotidiano do aluno para que ele busque compreender e atuar na

sociedade de forma crítica.

• Os recursos e as metodologias a serem utilizadas, incluem:

• Aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as

analogias, entre tantos outros, serão utilizados no sentido de

possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a

expressão de seus pensamentos, suas percepções,

significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a

produção/criação de novos significados, tendo em vista que

esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes

ideias que circulam em sala de aula. Imagens como vídeo,

transparências, fotos e as atividades experimentais, são

recursos utilizados para uma problematização em torno da

questão demonstração-interpretação.

• Aulas demonstrativas como um importante recurso, implicando

na ideia da existência de verdades definidas e formuladas em

leis já comprovadas, isto é, de uma ciência de realidade

imutável.

• Atividade prática, como resolução de problemas ou de

hipóteses, estabelecendo um maior contato do aluno com o

experimento.

• Jogos didáticos contribuem para gerar desafios , com

conteúdos culturais a serem veiculados na escola e finalidade

de desenvolver habilidades de resolução de problemas, o que

possibilita a oportunidade de traçar planos de ações para atingir

determinados objetivos.

• Confecção de Painéis e de histórias em quadrinhos do assunto

em questão.

• motivadores na construção do conhecimento.

• Aulas práticas envolvendo citologia e fisiologia humana e

utilização de materiais disponíveis em laboratório:microscópio

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óptico, lâminas,corantes,painéis ilustrativos de fisiologia

humana.

• Utilização do livro didático e atlas são recursos eficientes e

devem ser utilizados no dia a dia para pesquisas, análises,

comparações,e organização de dados para apresentação de

trabalhos em equipe e individual.

• Confecção de modelos didáticos.

• Elaboração e resolução de cruzadinhas sobre diversos

assuntos como forma de fixação do conteúdo.

• Produção de cartazes informativos e folders.

• Debates envolvendo assuntos polêmicos.

• Produção de mapas conceituais.

• Utilização do laboratório de informática para pesquisas de

diversos assuntos.

• Leitura e análise de artigos.

Os encaminhamentos metodológicos expressos objetivam

potencializar o aprendizado e nesse sentido são indissociáveis do

processo ensino-aprendizagem de Biologia. Assim os experimentos

podem ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão de

conceitos ou a percepção de sua relação com as ideias discutidas em

aula, levando os alunos à reflexão sobre a teoria e a prática e, ao

mesmo tempo permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus

alunos.

8.2.5 Avaliação

A avaliação como momento do processo ensino aprendizagem

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos

impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento

de erros e dúvidas dos alunos constitui importantes elementos para

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avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o

conhecimento e o aluno (DCE, 2008).

No processo de avaliação, é essencial que o professor

considere as diferentes maneiras de expressão: oral, escrita,

pictórica. È necessário também explicitar aquilo que está sendo

avaliado.

O processo de construção do conhecimento deve ser

estimulado por meio de atividades práticas que garantam maior

interação do aluno com os conteúdos específicos, por meio de

observações, análises, comparações e experimentos. Desta forma, há

maior envolvimento do educando e consequentemente maior

assimilação das informações que ele mesmo contribuiu para

disponibilizar. A apresentação de trabalhos, relatórios de

experimentos, resolução de problematizações e diagnósticos são

essenciais. Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-

aprendizagem. Provas escritas também são importantes

instrumentos, desde que sejam aplicadas juntamente com outros

mecanismos de avaliações. Dentro deste contexto, espera-se que o

aluno:

- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de

seres vivos;

- Estabeleça as características específicas dos microorganismos,dos

organismos vegetais e animais, e dos vírus;

- Classifique os seres vivos quanto ao número de células,tipo de

organização celular, forma de obtenção de energia, e tipo de

reprodução;

- Reconheça e compreenda a classificação filogenética dos seres

vivos;

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- Compreenda a anatomia ,morfologia ,fisiologia e embriologia dos

sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular,

respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e

nervoso);

- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas

citoplasmáticas;

- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos

e biofísicos que ocorrem no interior das células;

- Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos

celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia).

- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida

e a evolução das espécies;

- Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção

da diversidade diversidade dos seres vivos;

- Compreenda o processo de transmissão das características

hereditárias entre os seres vivos;

- Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para

manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;

- Reconheça as alterações de interdependência entre os seres vivos

e destes com o meio em que vivem;

- Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético

e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização.

- Compreenda a evolução histórica da construção dos

conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade

de vida da população e à solução de problemas sócio ambientais;

- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações

produzidas pelo homem na diversidade biológica;

- Analise e discuta interesses econômicos,políticos, aspectos éticos

e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação

genética.

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Avaliar, nesse contexto, equivale a muito mais do que

simplesmente saber o resultado final do processo de aprendizagem

de um conjunto de conteúdos. Diz respeito ao acompanhamento

desse processo em suas múltiplas etapas, avaliando o que realmente

aconteceu durante a aprendizagem. Diz respeito ao

acompanhamento das dificuldades e dos progressos dos alunos à luz

da realidade local.

8.2.6 Referências

• AMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna.

São Paulo: Moderna,1997.

• LOPES, Sônia. Bio : volume único. São Paulo: Saraiva, 2001.

• PAULINO, Nilson Roberto. Biologia: volume único. São Paulo:

Ática, 1998.

• SEED/PR. Diretrizes Curriculares de Biologia para a

Educação Básica. Curitiba: SEED/PR, 2008.

• ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. in: Em

Aberto, ano 7, nº 40, out/dez, Brasília, 1988.

• ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus,

1991.

• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo:

Editora Moderna, 2004.

• FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na

disciplina de ciências. Revista da Sociedade Brasileira de

Ensino de Biologia, ano 1, nº 0, ag/2005.

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3. CIËNCIAS

8.3.1 Apresentação Geral da Disciplina

A influência cada vez maior da ciência e da tecnologia em

nossas vidas e a rapidez com que surgem as inovações nesses

campos vêm despertando um intenso debate acerca do ensino de

ciências. É fundamental uma reflexão a respeito da vasta abrangência

do conhecimento, que perpassa todas as dimensões da existência

humana em nossa sociedade. Somos todos afetados pelas relações

da ciência com a cultura e com os problemas éticos e filosóficos.

Os avanços científicos propiciam um domínio cada vez maior

sobre a natureza. È possível modificar o código genético de seres

vivos, erradicar doenças como varíola e paralisia infantil, viajar para

fora de nosso planeta, construir eficientes computadores, entre tantas

outras coisas que pareciam impossíveis de ser praticadas até poucos

anos atrás. Entretanto, o conhecimento científico também foi usado

para produzir armas nucleares capazes de destruir a humanidade,

provocar contaminação radioativa e desequilíbrio ecológico, enfim,

prejudicar a vida em nosso planeta.

O conhecimento científico tem o mérito de ampliar nossa

capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos. O

ensino de ciências deve estar relacionado a situações cotidianas, nas

quais o aluno seja convidado a posicionar-se diante de fatos e

fenômenos novos.

Contudo, o ensino de Ciências no Brasil vem se mostrando, de

modo geral, insatisfatório em resultados. Rápido esquecimento do

que se estudou e alunos desinteressados são alguns sintomas de um

ensino cujas falhas vêm sendo diagnosticadas com índices cada vez

maiores. É preciso que a aprendizagem escolar envolva conteúdos

relevantes à vida em sociedade. Questionar posições e opiniões

prévias, avaliar idéias e trabalhar as implicações sociais do

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conhecimento científico são práticas indissociáveis de um ensino que

propicie aprendizagem significativa.

Sendo assim, deve contribuir para que os alunos compreendam

melhor o mundo e suas transformações, possam agir de forma

responsável em relação ao ambiente e aos seus semelhantes e

reflitam sobre as questões éticas que estão implícitas na relação

entre ciência e sociedade.

Para que a ciência seja aplicada de forma a atender as

necessidades do ser humano, é necessário que os cientistas, assim

como todos os cidadãos, não sejam apenas técnicos competentes. As

soluções para nossos problemas não dependem apenas da ciência e

da técnica, mas também da formação de responsabilidade social e de

princípios éticos que valorizem e respeitem todos os seres humanos.

A relação entre o conhecimento escolar e o de outras áreas do

conhecimento é indispensável. O aprendizado está impregnado,

portanto, de fatores sociais, econômicos, culturais, políticos,

históricos e afetivos. Espera-se que o educando se desenvolva mental

e socialmente, viabilizando e catalisando o pleno exercício da

cidadania, pois ele não se tornará cidadão, ele já é cidadão hoje.

Estimular nos alunos o gosto pelo aprendizado é uma das grandes

tarefas dos educadores, pois desta forma a sociedade será formada

por cidadãos com gosto por aprender, e aprender de maneira crítica e

significativa.

O ensino de Ciências, na atualidade, tem o desafio de

oportunizar a todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e

conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos

relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da produção

científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a

compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no

meio, bem como, instigará reflexões e a busca de soluções a respeito

das tensões contemporâneas.

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Portanto, a mediação do professor é fundamental para a

aprendizagem do educando, pois ele informa, questiona e contribui

para prepará-lo na tomada de decisões conscientes do seu papel na

sociedade, como indivíduo capaz de provocar mudanças sociais na

busca da melhor qualidade de vida para todos.

Faz-se necessário também considerar alguns princípios

fundamentais para o ensino de Ciências:

O homem e demais animais relacionam-se com a Natureza para

satisfazerem suas necessidades. O que os diferencia é a forma de

atuação. Enquanto os animais apresentam uma atividade repetitiva,

determinada biologicamente e têm que se adaptar ao meio para

garantir a sobrevivência da espécie, o homem exerce uma ação

transformadora na Natureza, tornando-a humanizada e ao mesmo

tempo alterando a si próprio, através desta interação.

A ação humana sobre a Natureza visa a sobrevivência da

espécie, todavia ela é intencional e planejada, ultrapassando limites,

uma vez que não produz somente para si, como também não se

restringe apenas à satisfação dessas necessidades imediatas.

O processo de produção da existência humana se dá pela

interação homem-natureza, homem-homem, que por sua vez é um

processo de transformação mútua. Desta interação surgem as idéias,

dentre elas, uma parte constitui o conhecimento humano nas suas

diferentes formas (senso comum, científico, filosófico, etc.). Embora,

muitas vezes este conhecimento seja apresentado de modo

fragmentado, contraditório, composições divergentes expressam a

realidade de um dado momento histórico.

Uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no

decorrer da sua história é a ciência, “que se caracteriza por ser a

tentativa do homem e entender e explicar racionalmente a natureza

buscando formular leis que em última instância permitam a atuação

humana”.

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Por ser uma produção humana, a ciência é determinada por

fatores sócio-econômicos, político-culturais, ao mesmo tempo em que

nelas interferem.

Se em outros estágios a ciência acreditava que alcançaria um

conhecimento absoluto e inquestionável, hoje, embora continue

procurando a verdade da natureza, admite a idéia de incerteza, de

probabilidade, de estar em permanente transformação reexaminando

e reavaliando seus produtos.

Nesta perspectiva, a proposta do ensino de Ciências tem por

objetivo fornecer subsídios para que os alunos possam compreender

o mundo através do entendimento e da apropriação das leis e

fenômenos que o regem, sem perder a visão de totalidade, ou seja,

sem deixar de explicitar as necessidades que movem a produção

humana.

Para que este ensino se concretize, é necessário que os

conhecimentos científicos não sejam mais trabalhados por meio de

monólogos, exposições repetitivas, ou de simples repasse de

fórmulas e conceitos descontextualizados. Esta forma de ensinar na

maioria das vezes leva o aluno a acreditar que tudo transcorre fora de

sua realidade, como se ele próprio não fizesse parte da dinâmica da

natureza.

Diante disso, a reflexão crítica sobre o processo histórico-

científico, onde ocorre a elaboração e evolução dos conceitos, pelo

homem, aliada à observação, à classificação de fatos e fenômenos

dentro do ensino de ciências, contribui para que o aluno interaja com

o mundo que o cerca de forma a interpretá-lo, conhecê-lo e

transformá-lo racionalmente.

A proposta do ensino de Ciências, propõem como conteúdos

estruturantes:

• Astronomia;

• Matéria;

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• Sistemas biológicos;

• Energia;

• Biodiversidade;

Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos

estruturantes em todas as séries,a partir da seleção de conteúdos

específicosda disciplina de ciências adequados ao nível de

desenvolvimentocognitivo do estudante.

“Os conteúdos devem possibilitar os descobrimentos das

relações dentro de um mesmo eixo, permitindo formar-se o

encadeamento do conteúdo, na perspectiva mais abrangente da

realidade”.

Nesta visão de ciências, com o intuito de explicitar o critério

adotado para a organização dos conteúdos, devem ser levados em

consideração os seguintes pressupostos:

• que a ciência é uma produção humana, histórica, determinada

e determinante de fatores sociais, culturais e econômicos;

• que o conhecimento científico, é uma forma de conhecimento

mais organizado e consistente, devendo portanto ser,

“caracterizado como uma atividade não neutra, no sentido de

que o aluno perceba que não, para a compreensão da

totalidade que constitui a realidade social.

8.3.2 Objetivos Gerais

• Reconhecer a ciência como um processo de produção de

conhecimento e uma atividade humana de natureza social,

inserida num contexto econômico, político, cultural e histórico.

• Propiciar a aplicabilidade das noções e conceitos científicos pelo

educando em seu cotidiano, considerando a relevância dos

conteúdos envolvidos no processo ensino e aprendizagem.

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• Levar o educando a compreender as relações e inter-relações

que se estabelecem na sociedade entre espécie humana

espécie humana e espécie humana natureza, bem como suas

respectivas implicações.

• Subsidiar os educandos na busca de argumentos para

posicionarem-se frente às produções científicas de seu tempo e

de seu contexto social, exercendo sua cidadania –

intencionalidade.

• Permitir a compreensão da historicidade da evolução do

conhecimento científico nos diferentes tempos da história da

humanidade, reconhecendo as contribuições que outras

civilizações deixaram como legado em outros contextos.

• Propiciar ao aluno refletir e propor idéias (hipóteses) para um

determinado fenômeno, resgatando o caráter contestável e

temporário da ciência – provisoriedade.

Nessa concepção, a principal finalidade é formar indivíduos

capazes de analisar, interpretar e transformar a realidade, visando o

bem-estar do ser humano, em nível pessoal e coletivo. Para isso,

deve-se desenvolver a criatividade, o espírito crítico, a capacidade

para análise e síntese, o autoconhecimento, a sociabilização, a

autonomia e a responsabilidade.

• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser

humano, em sociedade, como agente de transformações do

mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres

vivos e outros componentes do ambiente;

• Compreender a Ciência como um processo de produção de

conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a

aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;

• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de

tecnologia como meio para evolução histórica, e compreender a

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tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas

científico – tecnológicas;

• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens

individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de

diferentes agentes;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para

problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais,

colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes

desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à

energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,

equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações e

registros para coleta, comparação entre explicações,

organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e

cooperativa para a construção do conhecimento.

8.3.3 Conteúdos

5ª SÉRIE

Conteúdo estruturante;

• Astronomia;

• Conteúdos Básicos;

• Universo;

• Sistema solar;

• Movimentos terrestres;

• Movimentos celestes;

• Astros;

Conteúdo estruturante;

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• Matéria;

Conteúdos básicos;

• Constituição da matéria;

Conteúdo estruturante;

• Sistemas biológicos;

Conteúdos básicos;

• Níveis de organização;

Conteúdo estruturante;

• Energia;

Conteúdos básicos;

• Formas de energia;

• Conversão de energia;

• Transmissão de energia;

Conteúdo estruturante;

• Biodiversidade;

• Conteúdos básicos;

• Organização dos seres vivos;

• Ecossistemas;

• Evolução dos seres vivos;

6ª SÉRIE

Conteúdo estruturante;

• Astronomia;

Conteúdo básico;

• Astros;

• Movimentos terrestres;

• Movimentos celestes;

Conteúdo estruturante;

• Matéria;

Conteúdo básico;

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• Constituição da matéria;

Conteúdo estruturante;

• Sistemas biológicos;

• Célula;

• Morfologia e fisiologia dos seres

• vivos;

Conteúdo estruturante;

• Energia;

Conteúdos básicos;

• Formas de energia;

• Transmissão de energia;

Conteúdo estruturante;

• Biodiversidade;

Conteúdos básicos;

• Origem da vida;

• Organização dos seres vivos;

• Sistemática;

7ª SÉRIE

Conteúdo estruturante;

• Astronomia;

Conteúdos básicos;

• Origem e evolução do universo;

Conteúdo estruturante;

• Matéria;

Conteúdos básicos;

• Constituição da matéria;

Conteúdo estruturante;

• Sistemas biológicos;

Conteúdos básicos;

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• Célula;

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

Conteúdo estruturante;

• Energia;

Conteúdo básico;

• Formas de energia;

Conteúdo estruturante;

• Biodiversidade;

Conteúdo básico;

• Evolução dos seres vivos;

8ª SÉRIE

Conteúdo estruturante;

• Astronomia;

Conteúdo básico;

• Astros;

• Gravitação universal;

Conteúdo estruturante;

• Matéria;

Conteúdo básico;

• Propriedades da matéria;

Conteúdo estruturante;

• Sistemas biológicos;

Conteúdos básicos;

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• Mecanismos da herança genética;

Conteúdo estruturante;

• Energia;

Conteúdos básicos;

• Formas de energia;

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• Conservação de energia;

Conteúdo estruturante;

• Bioversidade;

Conteúdos básicos;

• interações ecológicas;

8.3.4 Metodologia

O emprego de múltiplas modalidades didáticas é fundamental

para dinamizar as aulas e, sobretudo motivar e facilitar a

aprendizagem dos alunos.

Os conhecimentos estão em contínua formação e

transformação. Não se pode mais conceber o ensino o como um

processo de transmissão de conhecimentos dogmáticos. Portanto a

escola deve atuar no sentido de estimular o pensamento e

desenvolvendo no aluno uma postura reflexiva, crítica, questionadora

e investigadora e não de passiva aceitação do que é estabelecido

como verdade.

Em Ciências Naturais, os procedimentos que correspondem aos

modos de buscar ou organizar conhecimentos são bastante variados:

a observação, a experimentação, a comparação, a elaboração de

hipóteses e suposições, o debate, o estabelecimento de relação entre

fatos, fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos informativos,

a elaboração de roteiros de pesquisa, a busca de informações

variadas, a organização de informações em fontes variadas, a

organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos,

esquemas e textos, experimentos, são alguns exemplos entre

inúmeros métodos que podem ser utilizados na disciplina de

Ciências .

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Os diferentes métodos utilizados na disciplina de Ciências

Naturais devem despertar o interesse dos educandos pelos conteúdos

e conferir sentido à natureza e Ciências.

É na interação com o meio que também se aprende. Sendo

assim, é no confronto, na troca de concepções, idéias e teorias que o

conhecimento se reestrutura. A responsabilidade maior ao ensinar

Ciências está intimamente ligada a um ensino que promova à

alfabetização científica, como um conjunto de conhecimentos que

facilitariam ao ser humano uma leitura crítica do mundo em que vive,

como também o entendimento da necessidade das transformações

que ocorrem no âmbito da Ciência.

Ao considerar a concepção e os princípios desta disciplina,

julga-se necessário a implementação de atividades que possibilitem

uma participação do aluno enquanto sujeito ativo que colabora

progressivamente na construção do seu conhecimento. Daí a

importância de propiciar atividades diversificadas e momentos de

aprendizagem também variados. É necessário considerar na sala de

aula o grupo de alunos como um todo, os pequenos grupos (forma

privilegiada de organização para favorecer a interação e a troca) e o

sujeito individualmente.

A todo momento deve ser oportunizado ao educando que se

expresse a partir de suas hipóteses. Ao aceitar esta hipótese como

construção lógica e inteligente, o professor deve considerar

positivamente o “erro construtivo” como evidência da incompletude

de raciocínio, o qual serve de referência para a ação didática.

Trabalhar com o que é significativo, conferindo uma função

social e cultural a tudo o que se faz, é essencial para despertar o

interesse e a busca incessante de atitudes críticas que contribuam

para o desenvolvimento da cidadania.

É imprescindível que os educandos, por meio das atividades

práticas, compreendam e reflitam as noções e conceitos pertinentes

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ao fenômeno em estudo, bem como sobre o processo de extração e

industrialização da matéria-prima, os impactos ambientais

decorrentes desses processos, os materiais utilizados, os

procedimentos destas atividades e os mecanismos de descarte dos

resíduos.

Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos,

equipamentos, precisa ser reconhecido pelos estudantes,

considerando desde a sua origem, composição química,

funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da atividade

prática, para estudo do fenômeno em questão, mas também na vida

cotidiana, sem deixar de considerar sempre, a concepção da

disciplina e os aspectos econômicos, políticos, sociais, ambientais e

éticos.

Com essa abordagem marcada por significados, sentidos e

aplicabilidade, a disciplina de Ciências deverá favorecer a

compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no

meio (local, regional, global), bem como reflexões e busca de

soluções para os problemas da sociedade atual.

Sendo assim, deve ser oferecido ao educando uma diversidade

de atividades que permitam a apropriação de noções e conceitos e

reflexão dos fenômenos envolvidos, tais como: produção de textos e

seminários, relatórios de leitura, vídeos e atividades práticas,

elaboração de painéis e folders, construção de maquetes, modelos

didáticos e jogos, visitas, saídas de campo, dentre outras

modalidades.

8.3.5 Avaliação

O professor deve entender a avaliação com função diagnóstica

no processo educativo.

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Na concepção histórico-crítica, o conteúdo deve ser trabalhado

e desenvolvido tendo como determinante o fato da realidade ser

dinâmica. Tratando de um processo, é necessário que a avaliação se

consubstancie:

1. Num instrumento contínuo de aperfeiçoamento da prática

pedagógica, ou seja, ela deve estar centrada na totalidade da prática

escolar.

2. No estabelecimento de alguns critérios que permitam uma

unidade maior na abordagem pedagógica dentro da escola.

3. Num instrumento enfatizador de critérios qualitativos que

privilegiem aspectos como: capacidade de reflexão crítica sobre a

realidade, habilidade de julgar, analisar, apreciar uma situação.

Ainda, são considerados critérios qualitativos os conceitos

essenciais a serem dominados pelo aluno num determinado período

ou série.

Considerando os pressupostos teórico-metodológicos que

permeiam o ensino de ciências e a concepção de avaliação numa

perspectiva histórico-crítica de educação, faz-se necessário

estabelecer alguns critérios que norteiam este processo:

1. Compreensão e explicação científica da estrutura e

funcionamento dos ecossistemas, dos seus componentes, bem como

da interação e interdependência existente entre eles.

2. Compreensão de que sendo o homem parte integrante da

natureza, exerce sobre ela uma ação transformadora, visando a

sobrevivência de sua espécie.

3. Entendimento dos fatores sociais, políticos, econômicos e

culturais que determinam a relação homem-homem e homem-

natureza.

4. Análise crítica da relação entre ciência, tecnologia e

sociedade.

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A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as

pessoas. Desse modo, a sistemática do desempenho e do rendimento

escolar deve ocorrer o mais cumulativo possível, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos, permitindo constatar

passo a passo o progresso do educando. Além disso, visa um

processo de ensino e aprendizagem que valorize a construção do

conhecimento científico, para que a prática da avaliação contínua e

de processo ocorra de forma diagnóstica, formativa e somativa.

Também é necessário estabelecer parâmetros para uma

avaliação mais competente, tornando possível um maior

desenvolvimento do indivíduo que se está avaliando. Assim sendo, a

avaliação deve ser:

• Um processo contínuo e sistemático: deve ser constante e

planejada.

• Funcional: pois verifica se os objetivos previstos estão sendo

atingidos.

• Orientadora: pois permite ao educando reconhecer erros e

corrigi-los o quanto antes.

• Integral: pois considera o aluno como um todo.

Ao avaliar o professor deverá:

• Tomar uma decisão sobre as condutas docentes e discentes a

serem seguidas, como:

• reorientação da aprendizagem, caso sua qualidade se mostre

insatisfatória e o conteúdo que esteja sendo ensinado seja

essencial para a formação do educando;

• encaminhamento dos educandos para passos subseqüentes da

aprendizagem, caso se considere que qualitativamente

atingiram um nível satisfatório.

Por meio de instrumentos avaliativos diversificados (seminários,

leituras e interpretações de textos, murais, folders, confecção de

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painéis e modelos didáticos, resolução de exercícios, pesquisas

orientadas, entrevistas, relatórios de visitas, atividades práticas,

sínteses escritas e orais), os educandos podem expressar os avanços

na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e

argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

8.3.6 Referências

ALVARENGA, Jenner et al. Ciências Naturais no dia-a-dia. Curitiba:

Nova Didática, 2004.

AMARAL, Ivan Amorosino do. Currículo de Ciências: das tendências

clássicas aos movimentos atuais de renovação. Coleção Formação de

Professores. São Paulo: Autores Associados, 2000.

BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson R. Ciências e o Meio Ambiente. São

Paulo: Ática, 2002.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências a Vida na Terra. São Paulo:

Ática, 2004.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Ciências

para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Ciências

para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Currículo Básico para a

Escola Pública do Estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997.

VALLE, Cecília. Terra e Universo. Curitiba: Nova Didática, 2004.

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VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino-

Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. 7. ed. São Paulo:

Liberdad, 2000.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e Desafio. 18. ed. Porto Alegre:

Ed. Mediação, 1995.

8.4 EDUCAÇÃO FÍSICA

8.4.1 Apresentação Geral da Disciplina

A Educação Física no Brasil começou dentro de uma Escola

Militar, servindo aos propósitos militarista de adestramento e

preparação para a defesa da Pátria. A ginástica, antigo nome da

Educação Física, foi introduzida nos colégios brasileiros por volta de

1874.

A organização social dominante neste período fazia e levava em

conta a diferença entre o trabalho intelectual e trabalho manual,

última atribuição dos escravos e o primeiro da elite dominante.

A classe dirigente ofereceu grande resistência à introdução da

ginástica nas escolas por esta assemelhar-se ao labor manual, isto é,

por acharem-na desprovida de valores intelectuais.

A partir de então, a Educação Física, tornou-se obrigatória nos

primeiros anos escolares e secundários, posteriormente em todos os

outros níveis e graus de ensino. A Educação Física deve buscar

elementos das ciências da Motricidade Humana. Esta ciência trata da

compreensão e explicação do movimento humano e há dificuldade de

compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, na

dinâmica da sociedade capitalista, ela sempre esteve atrelada às

relações capital x trabalho para a dominação das classes

trabalhadoras.

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Na escola tradicional, a Educação Física se apresentou como

militarista e higienista. Visa a preparação do indivíduo para a defesa

da Pátria.

Na Escola Nova, a Educação Física surge como uma disciplina

educativa por excelência, deixando-se os exercícios executados por

obrigação, pelos exercícios executados por prazer. O professor atuava

como um facilitador.

Os conteúdos eram relacionados a partir dos interesses dos

alunos com ênfase na sua postura física e psíquica.

A avaliação se dava através da valorização dos aspectos

afetivos, atitudes, freqüência e higiene.

Na Escola Tecnicista ou Competitivista tem-se o desporto como

conteúdo na escola, indicando a subordinação da Educação Física aos

códigos da instituição desportiva. Na Escola Tecnicista passou-se a

visão do aluno-recruta e professor-instrutor que se tinha na Escola

Tradicional, para a visão do aluno-atleta e professor-técnico.

A avaliação era feita sobre os objetivos propostos: não

atingindo, ressaltando a rentabilidade esportiva do aluno.

Em cada momento histórico a sociedade produziu no seu bojo

um conjunto de saberes sobre o corpo.

A Educação Física brasileira passa por um momento de

fundamental importância em sua história, onde se pretende

questionar a visão de corpo-espécie humana.

Além de trabalhar com o aluno os elementos que compõem seu

meio social e cultural, é importante oportunizar-lhes condições para

identificar o que existe, o que foi transformado, como, por quê e

quais os fatos que ocasionaram as transformações.

A educação do corpo em movimento deverá propiciar ao

educando uma tomada de consciência e domínio de seu corpo e

contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de

aprendizagem.

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O professor de Educação Física é aqui entendido como

elemento chave para operacionalizar os valores e resgatar o trabalho

responsável pelo corpo dentro de uma constante dialética do homem

em relação com a natureza e com o próprio homem.

A Educação Física consciente é aquela que contribui para a

educação do indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de

um processo de ação dinâmica, onde os envolvidos no processo de

ensino-aprendizagem estão conscientes e exercitam sua criticidade

durante todo o processo.

A Educação Física deve ser entendida como Princípio de

Liberdade. Desta forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores

éticos a morais, tais como: a verdade, a beleza, a eficiência da

sociedade, a justiça, a paz e os direitos humanos; o equilíbrio

ecológico, a aventura, a qualidade de vida. Estes são elementos da

prática de uma forma equilibrada e se completando, levam à

conquista da liberdade e da cidadania.

A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade

curricular dos estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos

da educação, ou seja, deve preocupar-se com o desenvolvimento

integral do ser humano, utilizando para isso, suas atividades -- meio

que se concretizam pelo movimento.

Como disciplina integrante do currículo, deve estar

fundamentada produção do conhecimento, tendo consciência de seus

condicionantes histórica – sociais e sendo um instrumento de

apropriação do saber. Deve ter como princípio a relação dialética de

compreensão da realidade social, calcada numa concepção histórico –

crítica de educação, que pressupõe o entendimento do aluno nas

diversas relações, respeitando seus interesses, sua maturação e as

experiências anteriores adquiridas.

As transformações que se podem fazer no conhecimento de

forma duradoura para traduzir em qualidade de vida, precisam ser

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medidas pela educação. A abordagem da relação entre “atividade

física e qualidade de vida” deverá ir além das próprias aulas de

Educação Física, mediante informações que evidenciem a

preocupação com a promoção da saúde e que forneçam subsídios

que possam levar os alunos a se conscientizarem da importância da

atividade física como uma prática regular no seu dia-adia.

Nesta perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática

para a percepção da atividade física e esportiva como um

componente cultural responsável pela cultura corporal e esportiva

presente na sociedade atual em que o aluno esta inserido. É por meio

da educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a atividade

física como uma prática necessária e regular, proporcionando assim

uma política de melhoria na qualidade de vida durante e após sua

vida escolar.

Pensando, na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino

Fundamental, podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho

com os esportes e, principalmente, a mesma metodologia de ensino –

a execução de fundamentos, seguida de vivências de situações de

jogo. Contudo, é possível constatar em algumas escolas um

aprofundamento tático das modalidades, o que nos dá a impressão de

que o sentido da Educação Física passa a ser o comportamento

estratégico durante a prática desportiva.

Para a efetividade da presente proposta devemos buscar a

excelência de conhecimentos no ensino da Educação Física, dentro de

uma concepção histórica – crítica de Educação. Para tanto o resgate

do compromisso social na ação pedagógica da Educação Física no

sentido da transformação do “como é , para o “como poderá ser “,

deve ser conquistado.

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8.4.2 Objetivos Gerais

Fazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos

científicos, com relação a importância da atividade física e aos

desportos, a socialização, a consciência do respeito mútuo, a

dignidade e solidariedade nas práticas da cultura do movimento, bem

como sua pluralidade. Ter noções dos cuidados com o corpo,

desenvolvendo hábitos de higiene e alimentação, e noções de

primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse desses

conhecimentos buscarem aplicá-los no seu cotidiano, vivenciando

sempre o processo de investigação científica e tecnológica.

Organizar os conhecimentos necessários para a continuidade

das discussões da versão preliminar das Diretrizes Curriculares de

Educação Física.

Propor ações pedagógicas para implementação das Diretrizes

Curriculares de Educação Física, em sua versão preliminar.

Retomar os conceitos específicos da área aprofundando a concepção

proposta nas Diretrizes Curriculares de Educação Física, em sua

versão preliminar.

8.4.3 Conteúdos

• As MANIFESTACOES ESPORTIVAS: origem dos diferentes esportes e

sua mudança na história, o esporte como fenômeno de massa,

princípios básicos dos esportes, táticas e regras, o sentido da

competição esportiva, possibilidades dos arremessos,

deslocamentos, passes, fintas, práticas esportivas: esportes com

ou sem equipamentos.

• MANIFESTACOES DE GINÁSTICA; origem da ginástica e sua

mudança no tempo: diferentes tipos de ginástica, práticas de

ginásticas, cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia;

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• BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS: a construção coletiva de

jogos a brincadeiras: por que brincar? Oficinas de construção de

brinquedos; brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos

cantados, rodas e cirandas, diferentes manifestações e tipos de

jogos, jogos e brincadeiras com ou sem materiais, diferenças entre

jogo e esporte;

• MANIFESTACOES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO;

a dança e o teatro como possibilidades de manifestações

corporais, deferentes tipos de dança, por que dançamos? Danças

tradicionais e folclóricas, desenvolvimento de formas corporais

rítmo-expressivas: mímica, imitação e representação, expressão

corporal com ou sem materiais.

Nos eixos que norteiam a proposta de conteúdos a serem

trabalhados no temos:

• Esporte: Consideram-se esportes as práticas que adotam regras

de caráter oficial e competitivo, ou seja, envolvem disputa

entre equipes e indivíduos, tendo como critério de julgamento

os pontos ou escores, dentro de uma prática social que

institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal. De uma

maneira geral, na Educação Física, o esporte subdivide-se em

coletivo ou individual de acordo com a atividade praticada.

• Esportes Coletivos: São atividades essencialmente de ataque e

defesa que se estruturam na disputa entre duas equipes com

enfoque no grupo dentro de uma organização técnica e tática.

• Esportes Individuais: São atividades que se estruturam na

disputa entre jogadores com um mesmo objetivo e

simultaneamente competem contra uma variável externa

( tempo e distancia ). Tem enfoque no indivíduo dentro de uma

organização técnica e tática.

• Danças: São atividades de manifestações da cultura corporal

que tem como características a intenção de expressão e

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comunicação por meio de gestos e a presença de estímulos

sonoros como referencia para o movimento corporal. Trata-se

principalmente de atividades ritmadas, como dança ou jogos

musicais.

• Ginástica: São atividades essencialmente acrobáticas com

técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um

caráter individualizado que, com ou sem uso de aparelhos, abre

a possibilidade de atividades que provoquem valiosas

experiências corporais, com o objetivo de preparar o aluno para

as atividades do cotidiano e também para outras atividades,

como as recreativas, esportivas e competitivas.

• Lutas: São atividades essencialmente de ataque e defesa com

base nas artes marciais; são disputas em que os oponentes

devem ser subjugados, com técnicas e estratégias de

desequilíbrio, confusão, imobilização ou exclusão de um

determinado espaço na combinação de ações de ataque e

defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a

fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.

5ª SÉRIE

• Os movimentos;

• Alimentação:

• Benefícios da Educação Física;

• História da Educação Física;

• Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades

motoras, higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica

aeróbica.

• Atletismo: histórico, caminhadas, corrida de resistência, corrida

com barreiras, corrida de revezamento, saltos em distancia,

arremessos de peso, marcha atlética;

• Atividades pré-desportivas.

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• Futsal: Histórico e considerações, fundamentos, regras básicas,

atividades pré-desportivas, o jogo.

• Danças: introdução teórica, ritmo, movimento, coreografias

expressão corporal;

• Voleibol: Histórico e considerações, fundamentos, regras

básicas, atividades pré-desportivas, o jogo.

• Handebol: Histórico e considerações, fundamentos, regras

básicas, atividades pré-desportivas, o jogo.

• Atividades recreativas como, brincadeiras dirigidas ao ar livre,

jogos dramáticos e em sala.

6ª SÉRIE

• Conhecimento do corpo ( ossos ) e coluna vertebral;

• História da Educação Física no Brasil;

• Higiene e saúde;

• Efeitos do exercício físico no corpo humano;

• Capacidades físicas e suas definições;

• Exame biométrico;

• Ginástica Geral, envolvendo as capacidades físicas, habilidades

motoras, higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica

aeróbica.

• Atletismo: historia no Brasil;

• Controle de freqüência cardíaca;

• Caminhadas;

• Considerações sobre a corrida;

• Corrida de resistência, velocidade, revezamento;

• Atividades pré-desportivas;

• Futsal; histórico no Brasil e no mundo;

• Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos; jogo;

• Dança: histórico e evolução das formas de dança;

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• Expressão corporal;

• Ritmo;

• Coreografia;

• Danças folclóricas;

• Voleibol: histórico no Brasil;

• Fundamentos técnicos e regras;

• Atividades pré-desportivas, jogo;

• Basquetebol: histórico e considerações;

• Fundamentos técnicos, regras;

• Atividades pré-desportivas, jogo;

• Xadrez e dama.

7ª SÉRIE

• Importância da atividade física;

• Identificação das capacidades físicas básicas;

• Exame biométrico;

• Ginástica: rítmica desportiva e olímpica; Ginástica Geral,

envolvendo as capacidades físicas, habilidades motoras,

higienista, ginástica de solo, alongamento, ginástica aeróbica

• Dança: ritmo, técnica, tipos;

• Jogos dramáticos e de disputa: criação, proposta e desafio;

• Xadrez: formas de jogadas;

• Voleibol;

• Handebol;

• Basquetebol.

8ª SÉRIE

• Atividade física e qualidade de vida;

• Importância da regra nos jogos;

• Respeitando os limites pessoais;

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• Ginástica: aeróbia e localizada; Ginástica Geral, envolvendo as

capacidades físicas, habilidades motoras, ginástica de solo,

alongamento.

• Atletismo: caminhadas, corrida rústica resistência e velocidade;

• Dança: coreografias, rítmicas e criatividade, expressão corporal;

• Futsal;

• Voleibol;

• Handebol;

• Basquetebol;

Conteúdos Estruturantes

1ª 2ª e 3ª séries do Ensino Médio

- Esportes

- Futebol

- Handebol

- Voleibol

- Basquetebol

- Atletismo e punhobol

Jogos

- Brincadeiras de ruas/populares;

- Brinquedos;

- Construção de brinquedos alternativos com sucata;

- Jogos de salão;

- Jogos pré-desportivos;

- Jogos de raquete e peteca;

- Jogos dramáticos e de interpretação;

- Jogos cooperativos

-

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- Ginástica

- De academia;

- Rítmica;

- Artística

- Acrobática

- Relaxamento;

- Condicionamento;

- Geral

-

- Lutas

- Judô;

- Sumo;

- Karatê;

- Capoeira;

- Taekwondo

- Dança

- Cantigas de roda;

- Dança regional;

- Dança folclórica;

- Dança internacional;

- Dança de salão;

Expressão corporal

8.4.4 Metodologia Todas as metodologias surgidas nos últimos anos, não apenas

na Educação Física, têm orientado os professores para objetivar não

apenas a “instrução técnica” do aluno, mas a sua formação geral. Até

mesmo as metodologias mais conservadoras têm se preocupado com

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isso. Portanto, atender a sua formação geral e ampla constitui o

princípio norteador do ensino escolar hoje. (KUNS, 1999)

Nas aulas de Educação Física, os aspectos

procedimentais são mais facilmente observáveis, pois a

aprendizagem desses conteúdos está necessariamente

vinculada à experiência prática. No entanto, a valorização do

desempenho técnico com pouca ênfase no prazer ou vice-

versa, a abordagem técnica com referência em modelos muito

avançados, e, principalmente, uma concepção de ensino que

deixa como única alternativa ao aluno adaptar-se ou não a

modelos predeterminados têm resultado, em muitos casos, na

exclusão de alunos.

Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de

movimentos, trata-se basicamente de acompanhar a experiência

prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro de contextos

significativos.

Em alguns casos, julga-se adequado nas duas primeiras séries

do ensino fundamental, uma ênfase nas atividades lúdicas por meio

de jogos e brincadeiras, considerando os perigos de uma

especialização técnica precoce e seus efeitos deficientes.

Noutras, justamente em função da suposta precariedade

técnica dos jogos e brincadeiras exercidos nessas primeiras séries

propõem-se exercícios de habilidades e fundamentos esportivos como

construção de pré-requisitos para a aprendizagem de modalidades

esportivas nas séries posteriores.

Além da metodologia crítico-emancipatória, a construtivista

defende o método de integração com o mundo externo e com o

mundo interno do aluno, procurando o resultado de provocar o gosto

de aprender e a auto-suficiência na busca de respostas. O aluno é

tomado como um ser pensante, com desenvolvimento próprio, o

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professor procura ser um orientador que facilita a aprendizagem

criando situações estimulantes e motivadoras de respostas e a escola

é o espaço do saber e integração do indivíduo à sociedade e à

cultura.

Pode-se utilizar ainda a metodologia crítico-superadora, a de

situação problema, a da pesquisa e outras que poderão contribuir no

processo ensino-aprendizagem.

Para tanto serão utilizados recursos: audiovisuais, seleção de

textos, apostilas, material para manifestações esportivas(bolas, cones

e outros equipamentos); material para manifestações ginásticas e

danças(colchões, som, arcos, bolas, cordas...); material para jogos e

brincadeiras(bexigas, bolas, barbantes...), entre outros, que a escola

se dispõe para esta prática.

Em síntese, o que se quer ressaltar é que nem os alunos, nem

os conteúdos tampouco os processos de ensino e aprendizagem são

virtuais ou ideais, mas sim reais, vinculados ao que é possível em

cada situação e em cada momento.

A Educação Física objetiva atingir a consciência, o domínio e a

plenitude do movimento, trabalhando através dos pressupostos

existentes e nas amplas diversidade da ginástica, dança e dos

esportes.

Cabe o educando propiciar uma consciência e domínio do seu

corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas

possibilidades de aprendizagem permitindo a exploração motora,

vivenciada através das possibilidades propostas, oportunidades que

lhe dêem condições de criar novos caminhos para a prática esportiva.

Os métodos de ensino usados na Educação Física são :

• O global, onde ensina uma destreza motora demonstrando o

movimento por inteiro, do início ao fim, isto é, todo o seu

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conjunto.

• Parcial, ensina uma destreza motora por partes para depois uní-

las entre si.

• O misto, ensina uma destreza motora pelo método global e

retorna alguma parte pelo método parcial onde o educando

teve disciplina e volta novamente ao método global.

Além desses métodos usamos o método esportivo, que é a

apresentação oral de um tema estruturado cujo recurso principal é a

linguagem oral; o método da leitura onde consiste em indicar textos

de estudo sobre um tema; método das aulas onde consiste levar o

aluno a estudar uma unidade de um trabalho e apresentá-lo a classe ;

o método da pesquisa onde o educando pesquisará na bibliografia

existente. Outro método é utilizar os recursos audiovisuais como

televisão, vídeo para a observação de diferentes modalidades e

diferentes táticas e técnicas de cada esporte.

A Educação Física consiste em vários métodos de

aprendizagem, depende da análise do educador em escolher o qual

será utilizado para que o ensino seja rápido e consistente. Esta

análise dependerá do rendimento de cada aluno, seu grau de

dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer

uma ressalva e verificar o desenvolvimento e o método que foram

utilizados, se estes foram eficientes, pois cada aluno tem seu ritmo.

Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos

aos alunos técnicas de trabalho corporal, podendo ser como

preparação para outras modalidades, como relaxamento, para

manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa,

repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de materiais ou

não. O objetivo é ressaltar o “conhecimento do corpo”.

Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos

alunos com relação a consciência e domínio corporal, trabalhando

através dos percursores do movimento expressivo da ginástica,

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dança e jogos. O esporte vem fortalecer também habilidades

motoras cisando a compreensão do disposto, transpondo para seu

cotidiano e facilitando nas atividades escolares e sociais.

A preocupação é ser coerente na concepção de efetivar os

objetivos, principalmente na questão espaço físico e necessidades

socioculturais, cuja aprendizagem favorece a ampliação das

capacidades da própria interação social do município.

Na modalidade de esportes radicais, o professor em conjunto

com os alunos deverá apresentar os diferentes esportes sugeridos na

sociedade moderna e inovadora. As metodologias utilizadas serão

aulas teóricas, práticas, pesquisas e vídeos específicos, sempre sendo

analisado o benefício que a prática do esporte traz.

O professor não apenas terá a preocupação em apresentar um

melhor rendimento, mas também observar o aluno em seu

desenvolvimento nos pressupostos do movimento humano, que são

condutas motoras de base, condutas neuro-motoras, esquema

corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.

Ao estudarmos o corpo humano e seus movimentos a Educação

Física objetiva atingir a consciência, domínio e a plenitude do

movimento, trabalhando através dos pressupostos existentes e nas

amplas diversidades da ginástica, dança e dos esportes.

Cabe ao educando propiciar uma consciência e domínio do seu

corpo e, a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas

possibilidades de aprendizagem, deverão permitir ao aluno a

exploração motora, vivenciada através das possibilidades propostas,

oportunidades que lhe dêem condições de criar novos caminhos para

a prática esportiva..

A proposta para a Educação Física, propõe abordar os

conteúdos da disciplina destacando:

• Projetos de estímulo a prática de atividade física e esportiva;

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• A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para

além das abordagens centradas na motricidade;

• O desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de

maneira que sejam relevantes e estejam de acordo com a

capacidade cognitiva e sensitiva do aluno;

• As práticas corporais tendo como princípio básico o

desenvolvimento do sujeito;

• A superação do caráter da Educação Física como mera atividade;

• A Educação Física voltada à apitado física e a saúde;

• A integração no processo pedagógico como elementos

fundamentais para o processo de formação humana do aluno;

• Atividades esportivas;

• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na

qual está inserido;

• A Educação Física voltada à qualidade física;

• Cultura corporal;

• A interdisciplinariedade;

• Trabalhos individuais e em grupo;

• Atividades e complexidade progressiva.

Considerando estes apontamento, a Educação Física propiciará

a potencialização das formas de expressão do corpo. A importância,

seria:

• A importância do contato corporal e o necessário respeito mútuo

que este reclama;

• Do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os

participantes;

• Do respeito, por aqueles que de alguma forma, não conseguem

realizar o que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir,

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com elementos que levem o sujeito a questionar formas de

preconceito, sobre a domesticação e a violência em relação ao

corpo.

A Educação Física consiste em vários métodos de

aprendizagem, dependerá da análise do educador em escolher o qual

se escolherá para que o ensino seja rápido e consistente. Esta análise

dependerá do rendimento de cada aluno, seu grau de dificuldade e

experiências vividas anteriormente. Cabe ainda, fazer uma ressalva e

verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados, se estes

foram eficientes, pois cada aluno tem seu ritmo.

Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos

aos alunos técnicas de trabalho corporal, podendo ser como

preparação para outras modalidades, como relaxamento, para

manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa,

repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de materiais ou

não. O objetivo é ressaltar o “conhecimento do corpo”.

Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos

alunos com relação a consciência e domínio corporal, trabalhando

através dos precursores do movimento expressivo da ginástica dança

e jogos. O esporte vem fortalecer também habilidades motoras

cisando a compreensão do disposto, transpondo para seu cotidiano e

facilitando nas atividades escolares e sociais.

O professor não apenas terá preocupação em apresentar um

melhor rendimento, mas também observar o aluno em seu

desenvolvimento nos pressupostos do movimento humano, que são

condutas motoras de base, condutas neuro-motoras, esquema

corporal, ritmo e aprendizagem objeto-motor.

8.4.5 Avaliação

A proposta sugerida da Educação Física é democratizar,

humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando

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sempre ampliar as dimensões afetivas, cognitivas e sociocultural dos

alunos, procurando sempre subsidiar as discussões, os planejamentos

e as avaliações da prática de Educação Física.

Em todas as atividades propostas tem-se por objetivo o

desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno. A avaliação,

neste sentido, visa diagnosticar como a disciplina está contribuindo

para a efetiva apropriação destes saberes. A meta do ensino de

Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades físicas

e intelectuais, tendo pensamento independente e criativo.

A avaliação será contínua, buscando o desenvolvimento da

consciência corporal. Serão discutidos textos teóricos e analisado o

desenvolvimento individual do aluno. Sua participação e evolução

bio-psico-social será valorizada. Na dança, a relação que o indivíduo

faz com o ritmo do seu corpo, o envolvimento e interesse do aluno

sobre os diferentes tipos de dança, será alvo de observação.

O professor irá atuar na superação de dificuldades individuais e

de grupos, enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo

para que o aluno tenha apropriação do conhecimento e sua atuação

perante a sociedade.

Serão observados ainda, os seguintes aspectos:

• Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou

em grupos. Como complemento, poderão ser verificadas a

realização das atividades propostas nessas atividades e

também a verificação da pesquisa sugerida no decorrer dos

bimestres.

• Habilidade: serão realizadas testes práticos sobre os

fundamentos. O professor terá de elaborar testes sobre

fundamentos, táticas, técnicas dos esportes. Durante os testes

deverão ser observados principalmente, a naturalidade,

coordenação motora, domínio corporal e do movimento,

execução do movimento, grau de dificuldade individual e

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outros. Cabe ao professor criar meios para que o aluno em

defasagem possa progredir e superar suas dificuldades.

• Atitude: deverá ser observado nas aulas. O professor terá como

base os seguintes aspectos: espírito de equipe, participação,

espírito de luta, espírito de liderança positiva, criatividade,

raciocínio rápido, acato as regras, respeito mútuo, com o

professor e com os colegas, espírito esportivo, a socialização, o

dinamismo, a capacidade de síntese e compreensão e a

organização em grupos.

Uma vez detectado o grau de conhecimentos e de dificuldades

dos educandos, são elaborados e sistematizados os conteúdos que

são aplicados no decorrer das aulas, mesmo que para isso, seja

necessário retomar conteúdos anteriores. É a partir deste primeiro

momento de avaliação diagnóstica que desencadeia a avaliação dos

conteúdos propostos de 5ª a 8ª série e que são encaminhados da

seguinte forma:

Na ginástica de solo o aluno será avaliado pelo seu grau de

desenvolvimento em sua consciência corporal. Na ginástica através

de aulas teórico-práticas, serão analisados e discutidos textos

referentes a assuntos em pauta. Será avaliado se o aluno foi capaz de

entender o que foi proposto; os novos conceitos produzidos, sua

participação efetiva na reelaboração do seu saber. Na dança será

avaliado no nível do envolvimento do aluno na análise crítica das

questões histórico-sociais sobre os movimentos folclóricos, danças

populares e danças em geral. Na expressão corporal o aluno será

avaliado quanto ao grau de superação de suas dificuldades de

expressão, sendo observado se o seu corpo está consciente para

expressar idéias, emoções, sentimentos, etc. na sugestão de

atividades que foram apresentadas como problemas a serem

resolvidos. Para a dramatização, a avaliação será feita no sentido de

verificar o grau de apropriação do conhecimento e sua atuação,

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enquanto corpo em movimento na representação. Nos jogos

recreativos o aluno será avaliado de acordo com sua participação e

envolvimento no processo educacional, a partir de ações planejadas

que possam contribuir para a compreensão das regras e normas de

convivência social. Nos jogos desportivos deve-se levar em

consideração que aqui não estão sendo avaliados os gestos técnicos

específicos de cada modalidade esportiva. Nos esportes o aluno será

avaliado de acordo com o grau de apreensão, envolvimento e

participação na ação educativa.

A avaliação se dá através da compreensão do aluno sobre o

que foi proposto e seu conceito produzido a partir das discussões

desde as primeiras aulas.

O aluno tem o direito de aprender as diversas modalidades

esportivas, só não é avaliado por padrões técnicos considerados na

formação de atleta.

8.4.6 Referências

• Educação Física no cotidiano escolar, Solange Valadare e

Rogéria Araújo. Editora FAPI ltda

• Currículo Básico

• Regras oficiais do Atletismo. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005

• Regras oficiais do handebol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005

• Regras oficiais do voleibol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005

• Regras oficiais do futsal. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005

• Regras oficiais do basquetebol. Rio de Janeiro; Ed. Sprint, 2005

• BORSARI, José Roberto. Educação Física da pré-escola à

universidade. São Paulo; Ed. EPU, 1980

• TIRADO E SILVA, Augusto e Wilson da. Meu primeiro livro de

xadrez. Paraná; Expoente.

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• _____ Educação física, recreação e jogos. São Paulo; Cia Brasil

editora, 1981.

• MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade.

Goiânia, editora UFG, 2003.

• BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e possibilidades

na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.

• BRACHT, Valter, Educação Física: conhecimento e

especificidade. 2ª Edição. Belo Horizonte: Cultura 1997.

• CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil – História

que não se conta. 2ª dição. Campinas: Papirus 1991.

• DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO

BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ.

• LIVRO PÚBLICO ESTADUAL – EDUCAÇÃO FÍSICA.

• LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ª Edição.

São Paulo: Cortez 1995.

• MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade.

Goiânia: UFG 2003.

• VAGO, Tarcício Mauro. Cultura Escolar, cultivos de corpos.

Bragança Paulista: USF 2002.

8.5 ENSINO RELIGIOSO

8.5.1 Apresentação Geral da Disciplina

O Ensino Religioso tem o compromisso de trazer a paz na Terra,

à pratica do bem entre as famílias e nações, consiste em sermos

amigos do mundo e em considerarmos toda a humanidade como

uma família,que seja verdadeira, e que todos os grupos e

comunidades reconheçam e respeitem a diversidade cultural e

religiosa dos povos. Partindo dessas considerações todos devem se

comprometer em amenizar toda a violência, respeitando o direito a

liberdade religiosa.

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Essa disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e

respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração

cultural dos povos, visa também possibilitar o acesso às diferentes

fontes e culturas religiosas. O conhecimento religioso é um interesse

como patrimônio da humanidade, por isso também é estudado em

conformidade com as leis aqui em nosso país.

O Ensino Religioso pressupõe promover aos educandos a

oportunidade de processo de escolarização fundamental para se

tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos

de cada cultura, e de possuir o substrato religioso de nodo a

colaborar com a formação da pessoa.

Contribui também para superar a desigualdade étnica religiosa

e garantir o direito constitucional de liberdade de crença e expressão,

criar condições para melhorar a convivência entre as pessoas pelo

conhecimento, construir pressupostos para o dialogo, tudo

relacionado às diferentes manifestações religiosas presentes na

sociedade. Também refletindo e entendendo como os grupos sociais

se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado,

além de suas trajetórias históricas e suas manifestações e relações

pelo tempo.

Dentre os desafios para a disciplina na atualidade pode se

destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião e a

inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações

religiosas, seus ritos, suas passagens e símbolos, sem perder de vista

as relações culturais, sociais, políticas e econômicas que são nelas

impregnadas.

O Ensino Religioso adquire status de disciplina escolar, a partir

da definição mais consciente de seus conteúdos escolares da

produção de referenciais didático-pedagogicos e científicos bem como

da formação de professores. No ambiente escolar, as religiões

interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de

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Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações religiosas

que delas decorrem e a constituem uma vez que o sagrado compõe o

universo cultural humano, fazendo-se modelo de organização de

diferentes sociedades, que devem ser analisadas a fim de criarem

uma interface de conhecimentos e constituição da sociedade.

8.5.2 Objetivos Gerais

- Refletir sobra a importância de viver valores na família, na escola e

na comunidade;

- Compreender a vida através da construção, reflexão e estudo dos

valores humanos;

- Aprender a respeitar as diversidades culturais, religiosas, políticas,

sociais e raciais;

- Conscientizar-se sobre a necessidade de conviver com as

diferenças;

- Conhecer os principais princípios religiosos das diferentes crenças.

8.5.3 Conteúdos

- Família;

- Respeito;

- Generosidade e caridade;

- Honestidade;

- Amar;

- Paciência;

- Responsabilidade;

- Amizade;

- Convivência com as diferenças;

- Tolerância;

- Solidão;

- Decepções;

- Paz

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- Trabalho;

- Autodisciplina;

- Coragem;

- Compaixão; perdão;

- As tradições religiosas e sua relação entre as diferentes culturas;

- Principais princípios religiosos das religiões: Hinduismo, Budismo,

Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo, Espiritismo, Judaísmo,

Cristianismo, Religiões Afro-brasileiras.

8.5.4 Metodologia

A metodologia aplicada ao Ensino Religioso devera oportunizar

ao educando momentos de analise, reflexão, discussão,

sistematização e socialização do conhecimento religioso. Serão

utilizadas aulas expositivas dialogadas, pesquisas, atividades

individuais e em grupos, analises de filmes e textos em geral, aulas

com recursos tecnológicos.

8.5.5 Avaliação

Como o Ensino religioso não se constitui como disciplina que

possa ser objeto de reprovação escolar, não terá registro de notas ou

conceitos.

Avaliação pode ser feita através da observação das expressões

dos educandos em relação ao respeito com as diferentes tradições

religiosas, bem como do reconhecimento e compreensão dos

conceitos repassados.

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8.6 FILOSOFIA

8.6.1 Apresentação Geral da Disciplina

Como todas as criações e instituições humanas, a Filosofia tem

uma história, e está na história.

Filosofia manifesta e evidencia os problemas e as questões

pertinentes de cada época, inseridas numa sociedade, diante do que

é novo e ainda não foi compreendido.

Segundo Chauí, os principais campos filosóficos relativos às

manifestações culturais são: a Filosofia das Ciências, das Artes, das

existências ética e política.

Portanto, a Filosofia teve seu campo de atividade aumentado no

séc. XVIII quando se desligam da filosofia a Biologia, Química, Física,

etc. e no séc. XX as chamadas Ciências Humanas: a História,

Psicologia, Antropologia, etc.

Dentro deste contexto a Filosofia procurou enfrentar essa

novidade proporcionando caminhos, respostas e, sobretudo novas

perguntas, num diálogo permanente com a sociedade e a cultura de

seu tempo da qual ela faz parte.

Nesta conjuntura em busca do conhecimento que transcende a

realidade imediata, a Filosofia constitui a essência do pensamento

filosófico que, ao longo da história, percorreu os mais variados

caminhos, elaborando métodos de reflexão, e chegando as mais

diversas conclusões em diferentes sistemas filosóficos.

Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no

Brasil e no mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de

abordagem, dentre as quais se destacam segundo Ferrater Mora

(2001):

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• a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga,Filosofia

Medieval,Filosofia Renascentista,Filosofia Moderna e Filosofia

Contemporânea,etc.;

• a divisão geográfica : Filosofia Ocidental , Africana , Filosofia

Oriental, Filosofia Latino-Americana , dentre outras, etc.;

• a divisão por conteúdo: Teoria do Conhecimento , Ética ,

Filosofia Política , Estética , Filosofia da Ciência, Ontologia,

Metafísica , Lógica, Filosofia da Linguagem , Filosofia da Historia

, Filosofia da Arte , etc.

A filosofia africana traz como vantagem, a idéia de que o ser é

dinâmico e doado de forças, concepção essa que, aparece também

em algumas filosofias ocidentais. Todavia, é preciso considerar que a

sua função exclusiva na linguagem oral, ainda que pareça

interessante, acaba por apresentar-se como uma fragilidade,

evidenciada pela dificuldade com o idioma e também pela carência

bibliográfica. Por essa razão, esse conteúdo não está relacionado aos

estruturantes, mas cabe ao professor utilizá-los de maneira coerente

e pertinente as referentes diversidades.

A Filosofia do Ensino Médio traz como finalidade, levar o

educando a um posicionamento ativo em busca do conhecimento,

não sendo a tarefa da Filosofia, a solução de todos os problemas da

existência humana. A filosofia então se apresenta como uma

ferramenta, ou melhor, um instrumento de reflexão e análise crítica, e

ao mesmo tempo criativa, que leva o educando a desenvolver um

estilo próprio de pensamento.

Também a formação pluridimencional e democrática, capaz de

oferecer ao educando, a possibilidade de compreender a

complexidade do mundo contemporâneo e suas múltiplas

particularidades e especificações.

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Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma

fragmentada, o educando não pode prescindir de um saber que

oferece por questionamentos, conceitos e categorias com a finalidade

de busca articulada no espaço-temporal e sócio-histórico em que se

dá o pensamento e a experiência humana.

Como disciplina no Ensino Médio, considera-se que a Filosofia

pode viabilizar interfaces com outras disciplinas para compreender o

mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a

clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar:

ensinamos a filosofar ou ensinamos a Filosofia? Para Kant (1985), só é

possível ensinar a filosofar, isto é, exercitando a capacidade da razão

em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo,

reservar à atividade filosófica em sala de aula o direito de investigar

as idéias até suas ultimas conseqüências, conservando-as ou

recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia

torna-se indispensável a sua prática.

Desta maneira, a Filosofia apresenta-se como conteúdo

filosófico e como exercício que possibilita ao educando desenvolver o

próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para analise e

criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividade

indissociável que dá vida ao ensino dessa disciplina, juntamente com

o exercício da leitura, análise e da escrita.

8.6.2 Objetivos Gerais

Levar o aluno a:

- Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da

Filosofia;

- Entender a reflexão crítica como processo sistemático e

interpretativo do pensamento;

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- Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem

como métodos e técnicas de leitura e análise de textos;

- Produzir textos analíticos e reflexivos;

- Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos e procedimentos;

- Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e

problemas científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e

vivenciais;

- Entender a reflexão crítica como processo sistemático e

interpretativo do pensamento;

- Desenvolver discussão oral de modo sistemático;

- Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e

problemas científico-tecnológicos, ético-políticos, sócio-culturais e

vivenciais;

- Problematizar situações discursivas;

- Argumentar filosoficamente;

- Formular raciocínio lógico, coerente e crítico;

- Desmistificar a realidade;

- Perceber o que está por trás das ideologias e posicionar-se;

- Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico;

- Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para

empregá-la coletivamente de forma consciente e criativa;

- Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades

para encontrar o equilíbrio da existência enquanto ser humano –

subjetividade;

- Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-

as, sem apontar uma hierarquia de valores, considerando-as

dentro do próprio contexto.

- Desenvolver a relação crítica pela busca do conhecimento, levando

em consideração outros campos de conhecimentos, como a

ciência, a religião, etc.

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8.6.3 Conteúdos

1º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Específicos

♦ Mito e Filosofia

Atualidade do Mito

- Saber místico;

- O que é mito;

- Saber filosófico;

- O nascimento da filosofia;

- Os Pré – Socrático;

- Mito os Ilíadas;

- Mito da Caverna;

- Do senso comum ao crítico

filosófico;

- Concepção e Mitos

Contemporâneos;

- Saber filosófico

O que é filosofia

- Origem e linha do tempo

- Conceituação Importância,

- Aplicabilidade

-Primeiros Filósofos (Sócrates

470-399 a.C.) – maiêutica;

(Platão 427-347 a.C.) – Mito ou

Alegoria da Caverna; Aristóteles

(384-322 a.C.)

-Lógica, senso comum e

conhecimento filosófico.

- Possibilidade do - Conceituação, característica

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Conhecimento

O problema da verdade

A questão do método

Conhecimento e Lógica

Empirismo- John Locke

David Hume

Racionalismo _Immanuel Kant

Método Cartesiano- René

Descartes

Ceticismo

Dogmatismo e Niilismo

- Conceito de concepção na

História Filosófica

- Diferenças de concepção

filosófica

- Lógica dialética (Platão)

- Lógica Matemática (Aristóteles)

2º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Específicos

- Ética

Ética e Moral

Pluralidade Ética

Ética e Violência

Razão, desejo e vontade

Liberdade: autonomia do

sujeito

e a necessidade das normas

- Conceitos e Diferenças;

Aristóteles, Santo Agostinho, Kant,

Sartre

Baruch Espinosa (1632-1677)

Friedrich Nietzsche (1844-1900)

Jean Paul Sartre (1905-1980 )

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- Política

Relação entre comunidade e

poder

Liberdade e igualdade

política

Política e Ideologia

Esfera Publica e Privada

Cidadania Formal e

Participativa

- Invenção da Política/ Introdução

a Política

- Política grega e Política

normativa

- Platão e a Republica

- O Pensamento político de

Aristóteles e as formas de

governo

- Idade Média ( A vinculação de

política à Religião)

- Estado e Igreja ( A cidade de

Deus-Santo Agostinho)

- Democracia (Jean-Jacques

Rousseau 1712-1778)

- Poder Nicolau Maquiavel

(1469-1527)

- Absolutismo – Thomas Hobbes

(1588-1679)

-A utopia de Thomas Morus

3º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Específicos

- Política

Relações entre comunidade

- Democracia – Jean Jacques

Rousseau (1712-1778)

- Poder – Nicolau Maquiavel

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e poder

Liberdade e igualdade

política

Política e ideologia

Esfera Publica e Privada

Cidadania Formal e

Participativa

(1469-1527)

Liberalismo – John Locke (1632-

1704)

Absolutismo – Thomas Hobbes

(1588-1679)

- Ciência

- Concepção de Ciência

- A questão do Método

Cientifico

- Contribuição e Limite da

Ciência

- Ciência e Ideologia

- Concepção de ciência

- Do Senso comum e ciência

- Pensar a ciência e o seu

progresso;

- Ciência X Cientifico

- Dogmatismo científico e

fundamentos

Ideológicos

Da ciência.

Bioética, Clonagem

A tecnologia a serviço de

objetivos humanos e os riscos da

tecnologia

- René Descartes (1596-1650)

Karl Popper (1902-1994)

Tomas Kuhn (1922-...)

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- Estética

- Natureza da Arte

- Filosofia e Arte

- Categoria Estética

Feio, belo, sublime, trágico,

cômico,

Grotesco, gostoso, etc.

- Estética e Sociedade

- Concepção de Estética (Pensar a

Beleza)

Estética e desenvolvimento da

sensibilidade e da imaginação,

- Belo - Immanuel Kant (1724

-1804)

- A arte como forma de conhecer

o mundo;

- O universo da arte

- A arte e a Filosofia

- Arte - Walter Benjamin (1892-

1940) Alexandre Baugarten

(1714-1762) Obra Estética (1750)

- Arte erudita, massa, popular.

8.6.4 Metodologia

Situar a Filosofia enquanto disciplina escolar no horizonte dos

problemas contemporâneos científicos, tecnológicos, ético-políticos,

artísticos ou decorrentes das transformações das linguagens e das

modalidades e sistemas de comunicação, implicam uma tomada de

posição para que sua contribuição seja significativa, enquanto aos

conteúdos e processos cognitivos.

Especificamente o trabalho de Filosofia no ensino resulta da

conjugação de um repertório de conhecimentos que funcionam como

um sistema de referências para discussões, julgamentos, justificações

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e valorações, e de procedimentos básicos de análises, leitura e

produção de textos. Tomando posse desse repertório de

conhecimentos e constituindo uma retórica, isto é, desenvolvendo um

sistema discursivo, o aluno pode passar da variedade dos fatos,

acontecimentos, opiniões e idéias para o estado reflexivo do

pensamento, para a atitude de discernimento que produz

configurações de pensamento. Qualquer que seja o assunto tratado,

não se pode esquecer que a leitura filosófica retém o essencial da

atividade filosófica. Uma leitura não é filosófica apenas porque os

textos são filosóficos, podem-se ler textos filosóficos sem filosofar e

ler filosoficamente textos jornalísticos, artísticos, políticos, etc. Esta

leitura não se caracteriza pela simples aplicação de metodologias de

leitura e análise de texto, mas pela atenção aos pressupostos

subentendidos do texto, pela reconstrução de um imaginário oculto

que ultrapasse a literalidade. É através das competências e

habilidades que os alunos capacitam-se para tratar os conteúdos

programáticos justificando tomadas de decisões e posições,

produzindo interpretações, transferindo conhecimentos de uma

dimensão a outra da realidade, estabelecendo articulações entre as

questões tratadas nas diferentes áreas do saber e da experiência.

Munidos de sistemas de referências e exercitando os requisitos

discursivos, podem aceder ao domínio das representações, isto é, à

elaboração teórica. Possa, assim, deslocar-se da apreensão

imediatista da realidade para uma disposição esclarecida, efeito da

criticidade.

Podem ser utilizadas como encaminhamento metodológico as

seguintes atividades:

• Leituras;

• Elaboração de textos;

• Cartazes;

• Transparências;

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• Debates;

• Histórias em quadrinhos;

• Recortes de propaganda;

• Charges;

• Vídeos/outros recursos fornecidos pela mídia;

• Seminários;

• Músicas/paródias.

8.6.5 Avaliação

A avaliação da Filosofia, tenta desarmar as armadilhas da

opinião, identificando claramente o conceito imediato, sobre o

enunciado que se apresenta. Para tanto, não hesita em formulá-la

oralmente e por escrito, e, retoma-se o enunciado para dissecá-lo

friamente sem idéias pessoais, comparando as duas opiniões do

filosofar e da filosofia.

A avaliação para o ensino de Filosofia não deve se restringir ao

mero cumprimento de exigências legais, para mensuração de notas.

A avaliação deve estar inserida no contexto da própria aula de

Filosofia e sua especificidade.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto

é, ela não possui uma finalidade em sim mesma, mas tem por função

subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-

aprendizagem, tendo em vista, garantir a qualidade do processo

educacional, que professores estudantes e a própria instituição de

ensino, estão construindo coletivamente. No ensino de Filosofia,

a avaliação não se trata meramente de perceber o quanto o aluno

assimilou o conteúdo presente na história da filosofia, os problemas

dos filósofos, nem tão pouco, sua capacidade de tratar deste ou

daquele tema. Portanto, o pensamento crítico não surge apenas das

discussões sobre questões atinentes aos problemas culturais,

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históricos e vivenciais, pela simples confrontação de posições

divergentes, nem da reprodução das soluções apresentadas pelo

professor.

O professor pode considerar também para avaliação os

trabalhos em grupos realizados em sala de aula e como atividade

extraclasse, nas quais os alunos deverão demonstrar intensa

atividade de pesquisa e capacidade de expor, por escrito e de forma

clara, as suas idéias.

Os debates orais sobre temas pertinentes aos conteúdos

programáticos, desenvolvidos de forma sistemática, nos quais se

procura levar em conta a participação do aluno, poderá ser outro

ponto para avaliação. Enfim, o professor organizará os instrumentos

de avaliação dos conteúdos de Filosofia, procurando constatar se o

aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, avaliando a

capacidade do aluno em reformular questões de maneira organizada

e estruturada, procedendo de forma sistemática, com conteúdos

determinados, buscando as raízes e examinando as diversas

dimensões do problema num todo articulado. Através de exercícios

do “estilo reflexivo” nas aulas, nos trabalhos de pesquisas, nas

discussões, nas leituras de textos e comentários escritos, o professor

poderá ir avaliando o grau de inteligibilidade alcançada pelos

educandos, no sentido de diagnosticar as dificuldades e intervir no

processo para que possa atingir uma maior qualidade de reflexão.

Neste sentido é possível entender a avaliação como um

processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não um

momento em separado destinado a avaliar.

8.6.6 Referências

- CHAUÍ, M. O retorno teológico-político. In: Sérgio Cardoso

(org.). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2004.

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- GALLO, S. ; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio.

Petrópolis: Vozes, 2000.

- LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI,

G.; DANELLON, M. (org.) Filosofia do ensino de Filosofia.

Petrópolis: Vozes, 2003.

- ROHAUT-AROBDEL MADELEINE Exercícios filosóficos.Tradução

Paulo Neves, Edit.Martins Fontes,São Paulo2007

- RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. Tradução

de Mônica Costa Netto. São Paulo: EXO experimental org.; Ed. 34,

2005.

- RUSSEL, B. Os problemas da Filosofia. Tradução António Sérgio.

Coimbra: Almedina, 2001.

- SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares

da educação fundamental da rede de educação básica do

Estado do Paraná: Filosofia do Ensino Médio. Curitiba: SEED,

2006.

8.7 FÍSICA

8.7.1 Apresentação Geral da Disciplina

A produção do conhecimento está diretamente ligada à

necessidade de sobrevivência do homem. À medida que ele busca

suprir estas necessidades práticas, ele soma ao senso comum o

conhecimento científico, consolidando-se, assim, a relação entre a

ciência, a tecnologia e a sociedade. Com isso pode ser construído

uma visão da Física que esteja voltada para a formação de um

cidadão contemporâneo, atuante e solidário, com instrumentos para

compreender, intervir e participar na realidade. Isso ocorrerá

mediante a escolha de conteúdos significativos aos alunos e recursos

adequados que estimulem este tipo de aprendizado. Sendo assim, é

de grande importância mostrar os aspectos históricos da Física.

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O estudo da física tem como objeto de estudo as mudanças do

Universo no decorrer do tempo. No início do estudo do universo eram

os sacerdotes que elaboraram as ideias iniciais como a de contemplar

o firmamento, percebeu que o Sol, a Lua e as estrelas descreviam

movimentos cíclicos, como se todos estivessem incrustados em uma

grande esfera gigante (a esfera celeste). A duração do dia e do ano,

as estações e a melhor época para plantar e colher, tentativas de

resolver seus problemas e garantir sua subsistência.

Essa ciência que hoje conhecemos começou junto com os

filósofos gregos. A física começou a ser vista como um ramo da

ciência independente no século XVII com os cientistas Kepler, Galileu,

Newton entre outros formularam leis e princípios sistematizando o

estudo da física. No início do século XX houve mudanças na forma de

entender a física na natureza, por isso a importância da

contextualização da Física Moderna e Contemporânea no ensino

médio para o desenvolvimento do mundo moderno.

A Física pode ser dividida em três períodos pois é um

conhecimento que permite elaborar modelos de evolução, são eles:

Física Clássica que corresponde ao período compreendido entre o

estabelecimento da Física Newtoniana e Teoria Clássica do

Eletromagnetismo até o final do século XIX . A Física Moderna

corresponde ao período que vai desde o final do século XIX até a

Segunda Guerra Mundial. A Física Contemporânea inicia na década de

40, após o início da segunda guerra mundial e vai até os dias de hoje.

A Física Moderna pode ter sido considerado, seu início a produção da

ciência e tecnologia, abrangendo a sociedade. Para definir o início do

período da Física Contemporânea, tem-se como marco a Segunda

Guerra Mundial.

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8.7.2 Objetivos Gerais

Dentro do papel da ciência no processo do desenvolvimento

tecnológico e social, a disciplina de física possibilita ao homem que se

coloque como agente cada vez mais atuante, pois lhe permite:

- conhecer cada vez mais seu universo físico e os

fenômenos que nele acontecem;

- desvendar a abstração de leis físicas;

- desmistificar o desconhecido;

- evoluir o seu espírito crítico;

- desenvolver o raciocínio associativo e as capacidades

dedutivas que possibilitem inserir novos conhecimentos no

contexto da tecnologia avançada, ou mesmo em simples

aplicações no cotidiano. Tais capacidades lhe proporcionarão

uma melhoria da qualidade de vida, como um escalonamento

planejado e seguro de seu desenvolvimento, usando as

contribuições da ciência.

O objeto do conhecimento da disciplina de Física é o

comportamento energético da matéria, visando à qualificação e à

quantificação das diferentes formas de energia envolvidas em todos

os fenômenos físicos. Sempre que possível, deve estar inserido num

contexto histórico, social, tecnológico e político e vinculado à

realidade imediata do educando.

A elaboração e a sistematização dos conteúdos da disciplina de

Física devem atingir, de maneira congruente, as várias dimensões da

inteligência humana em virtude das aptidões individuais e das

capacidades diferenciadas de aquisição dos conhecimentos. Para

atingir as finalidades citadas anteriormente, as abordagens que serão

consideradas no processo têm papel fundamental, pois possibilitam

estender a todos os alunos a construção do conhecimento. São elas :

• relacionar os conteúdos com fatos concretos e palpáveis do

dia-a-dia;

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• mostrar historicamente o processo, o desenvolvimento e a

aplicação do conhecimento físico;

• Identificar e reconhecer a Física como iniciativa para o

conhecimento científico, produções de tecnologia,

mostrando os benefícios que essas produções provocaram

no mundo de hoje;

• enfatizar o raciocínio lógico e reflexivo;

• priorizar o entendimento do fenômeno físico com redução

das considerações matemáticas;

• utilizar a formulística mais como instrumento de

comprovação do que de dedução;

• Conduzir o aluno ao raciocínio lógico tornando-o mais

esclarecido, sempre visando a valorização do trabalho em

grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para

construção coletiva do conhecimento;

• possibilitar a compreensão de determinada abstração física

mediante simples experimentação.

Acreditamos que, assim, a compreensão do todo possibilitará ao

aluno a certeza do papel da Física, como uma das ciências que mais

se destacam na modificação da realidade, por sua vasta aplicação

tecnológica e social.O estudo da Física no Ensino Médio tem como princípio o estudo

do universo e suas complexidades, contribuindo para formação de uma cultura científica e

crítica permitindo ao aluno a interpretação de fatos e processos naturais.

Sendo uma ciência experimental e o conhecimento científico

uma construção humana com significado histórico, social e também

aberta a influências externas como qualquer atividade social, sendo

bem ou mal usada, podemos concluir que a ciência não está pronta

nem acabada e não absoluta, mas revela ao aluno o quanto é penoso,

lento, sinuoso e violento o processo de evolução das idéias científicas.

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Produzido por sujeitos que vivem ou viveram num determinado

contexto histórico,o conhecimento físico faz parte de cultura social

humana e portanto, é direito do aluno conhecê-lo.

O ensino de Física no Ensino Médio deve contribuir para a

formação dos sujeitos através das “lutas pela escola e pelo saber, tão

legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos de uma

possível redefinição da relação entre cidadania e educação(...) a luta

pela cidadania,pelo legítimo,pelos direitos, é o espaço pedagógico

onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do

cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da

participação ,mas é parte, fruto e expressão do processo de sua

constituição” ( ARROYO, 1995, p.79).

A trilha a ser seguida na área, deve demonstrar aos educandos

um novo pensar, de um novo modelo e de uma perspectiva realizável

do saber científico. Há a necessidade de um compromisso subjetivo

entre educador/educando, uma ruptura com o sistema atual e uma

mudança de atitude no tratamento de questões relevantes da área.

Os objetivos principais de serem alcançados na disciplina de

física estão citados abaixo:

• Desenvolver um método de aquisição, elaboração,

descoberta, construção de conhecimentos que foram descobertos e

elaborados por outras pessoas.

• Propiciar condições para o entendimento da natureza e

dos fatos tecnológicos ou culturais.

• Identificar regularidade na natureza.

• Interpretar e utilizar as leis e teorias.

• Compreender enunciados referentes a códigos e símbolos.

• Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações

matemáticas gráficas para a expressão do saber físico. Ser capaz de

discriminar e traduzir as linguagens matemática e discursiva entre si.

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• Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física

adequada e elementos de sua representação simbólica. Apresentar

de forma clara e objetiva o conhecimento apreendido, através de tal

linguagem.

• Conhecer fontes de informações e formas de obter

informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas.

• Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas

físicos trabalhados.

• Desenvolver a capacidade de investigação física.

Classificar, organizar, sistematizar. Identificar regularidades.

Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito de

medir, fazer hipóteses, testar.

• Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar

grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.

Compreender e utilizar leis e teorias físicas.

• Compreender a Física presente no mundo vivencial e nos

equipamentos e procedimentos tecnológicos. Descobrir o “como

funciona “ de aparelhos.

• Construir e investigar situações-problema, identificar a

situação física, utilizar modelos físicos, generalizar de uma a outra

situação, prever, avaliar, analisar previsões.

• Articular o conhecimento físico com conhecimentos de

outras áreas do saber científico.

• Reconhecer a Física enquanto construção humana,

aspectos de sua história e relações com o contexto cultural, social,

político e econômico.

• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo,

compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação

dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

• Dimensionar a capacidade crescente do homem

propiciada pela tecnologia.

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• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras

formas de expressão da cultura humana.

• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações

sociais que envolvam aspectos físicos e / ou tecnológicos relevantes.

8.7.3 Conteúdos

A disciplina foi dividida em três grandes áreas sendo: mecânica,

termodinâmica e eletromagnetismo. Estes conteúdos foram

escolhidos porque indicam campos de estudo da física que a partir de

desdobramentos pontuais, possam garantir o aprendizado dos alunos

de forma mais abrangente.

Como possíveis desdobramentos podemos citar o estudo da

diferentes formas de energia existente na natureza, que está contida

no campo da mecânica.

Conteúdos Estruturantes

- Movimento

- Termodinâmica

- Eletromagnetismo

Conteúdos Básicos

- Momentun e Inércia

- Conservação da quantidade de movimento

- Variação da quantidade de movimento

- 2ª lei de Newton

- 3ª lei de Newton e condições e equilíbrio.

- Energia e principio da conservação de energia.

- Gravitação

- Leis da Termodinâmica

- Lei zero da termodinâmica

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- 1ª lei da termodinâmica

- 2ª lei da termodinâmica

- Natureza da luz e suas propriedades

- Carga elétrica, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas

- Força eletromagnética

- Equação de Maxwell

- Lei de Gauss para a eletrostática

- Lei de Coulomb

- Lei de Àmpere

- Lei de Gauss Magnética

- Lei de Faraday

Conteúdos Específicos

1ª Série

- Mecânica

- Introdução histórica da Física

- Unidades de medidas e sistema Internacional de unidades

- Cinemática

- Definições e conceitos

- Velocidade média

- Movimento Retilíneo Uniforme

- Aceleração

- Movimento Retilíneo Uniformemente Variado

- Lançamento vertical

- Vetores

- Movimento Circular Uniforme

Dinâmica

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- Leis de Newton ( Princípio da Inércia ou 1ª lei De Newton, Princípio

da Dinâmica ou 2ª lei de Newton, Lei da ação e reação ou 3ª lei de

Newton)

- Força peso

- Atrito

- Trabalho

- Potência e rendimento

- Energia Mecânica

- Impulso e quantidade de movimento

- Estática

- Hidrostática

2ª Série

• Termodinâmica

• Termometria

• Dilatação Térmica

• Calorimetria

• As Mudanças de Estado Físico das Substâncias

• Dilatação Térmica

• Transmissão de Calor

• Os Gases Perfeitos

Óptica

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• Conceitos fundamentais

• Reflexão da luz

• Refração da luz

• Ondas

• Ondulatória

• Acústica

3ª Série

Eletrostática

Histórico da eletricidade e noções sobre estrutura da matéria.

Carga elétrica

Condutores e isolantes

Processos de eletrização

Eletroscópios

Lei de Coulomb (força elétrica)

Campo elétrico

Trabalho elétrico.

Potencial elétrico e diferença de potencial

Capacitância e Capacitores

Eletrodinâmica

Corrente elétrica

Resistores elétricos

Medidores elétricos

Potência elétrica

Energia elétrica

Geradores

Receptores

Circuitos elétricos simples

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Eletromagnetismo

Noções de Magnetismo

Campo magnético criado por uma corrente elétrica

Força magnética.

Indução eletromagnética

8.7.4 Metodologia

O aprendizado de Física tem características específicas que

podem favorecer uma construção rica em abstrações e

generalizações, tanto de sentido prático como conceitual. Levando

em conta o momento de transformações em que vivemos, promover

a autonomia para aprender deve ser preocupação central, já que o

saber de futuras profissões pode ainda estar em gestação, devendo

buscar-se competências que possibilitem a independência de ação e

aprendizagem futura. O trabalho será desenvolvido através de aulas

teóricas e práticas, através de debate, da exposição, da discussão

sobre os mais variados temas, com objetivo de forma uma atitude

social que leve ao exercício pleno da cidadania.

A física tem uma maneira própria de lidar com o mundo, que se

expressa não só através da forma como representa, descreve e

escreve o real, mas sobretudo na busca de regularidades, na

conceituação e quantificação das grandezas, na investigação dos

fenômenos, no tipo de síntese que promove.

Como ponto de partida, trata-se de identificar questões e

problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação

e organização dos fatos e fenômenos a nossa volta segundo os

aspectos físicos e funcionais relevantes. Isso inclui, por exemplo,

identificar diferentes imagens óticas, desde fotografias a imagens de

vídeos, classificando-as segundo as formas de produzi-las,

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reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classificá-los segundo sua

função, identificar movimentos presentes no dia-a-dia segundo suas

características, diferentes materiais segundo suas propriedades

térmicas, elétricas, óticas ou mecânicas. Mais adiante, classificar

diferentes formas de energia presentes no uso cotidiano, como em

aquecedores, meios de transporte, refrigeradores, televisores,

eletrodomésticos, observando suas transformações, buscando

regularidades nos processos envolvidos nessas transformações.

Investigar tem, contudo, um sentido mais amplo e requer ir

mais longe, delimitando os problemas a serem enfrentados,

desenvolvendo habilidades para medir e quantificar, seja com réguas,

balanças, multímetros ou com instrumentos próprios, aprendendo a

identificar os parâmetros relevantes, reunindo e analisando dados,

propondo conclusões. Como toda investigação envolve a identificação

de parâmetros e grandezas, conceitos físicos e relações entre

grandezas, a competência em física passa necessariamente pela

compreensão de suas leis e princípios, de seus âmbitos e limites. A

compreensão de teorias físicas deve capacitar para uma leitura de

mundo articulada, dotada do potencial de generalização que esses

conhecimentos possuem.

Contudo, para que de fato possa haver uma apropriação desses

conhecimentos, as leis e princípios gerais precisam ser desenvolvidos

passo a passo, a partir dos elementos próximos, práticos e vivências,

por exemplo utilizando objetos ou equipamentos que propiciam o

manuseio , satisfazendo a curiosidade e diminuindo a abstração da

disciplina.

Em seu processo de construção, a Física desenvolveu uma

linguagem própria para seus esquemas de representação, símbolos e

códigos específicos. Reconhecer a existência mesma de tal

linguagem e fazer uso dela constitui-se em competência necessária,

que se refere à representação e comunicação.

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Os valores nominais de tensão ou potência dos aparelhos

elétricos, os elementos indicados em receitas de óculos, os sistemas

de representação de mapas e plantas, a especificação de consumos

calóricos de alimentos, os gráficos de dados meteorológicos são

alguns desses códigos presentes no dia a dia e cujo reconhecimento

e leitura requerem um determinado tipo de aprendizado. Assim como

os manuais de instalação e utilização de equipamentos simples,

sejam bombas de água ou equipamentos de vídeo requerem uma

competência específica para a leitura dos códigos e significados

quase sempre muito próximos da física.

A física expressa relações entre grandezas através de fórmulas,

cujo significado pode também ser apresentado em gráficos. Utiliza

medidas e dados, desenvolvendo uma maneira própria de lidar com

os mesmos, através de tabelas, gráficos ou relações matemáticas.

Mas todas essas formas são apenas a expressão de um saber

conceitual cujo significado é mais abrangente. Assim, para dominar a

linguagem da Física é necessário ser capaz de ler e traduzir uma

forma de expressão em outra, discursiva, através de um gráfico ou de

uma expressão matemática, aprendendo a escolher a linguagem

mais adequada a cada caso.

Expressar-se corretamente na linguagem física requer

identificar as grandezas físicas que correspondem às situações dadas,

sendo capaz de distinguir, por exemplo, calor de temperatura, massa

de peso, ou aceleração de velocidade. Requer também saber utilizar

seus símbolos, como os de vetores ou de circuitos, fazendo uso deles

quando necessário.

Lidar com o arsenal de informações atualmente disponíveis

depende de habilidades para obter, sistematizar, produzir e mesmo

difundir informações, aprendendo a acompanhar o ritmo de

transformação do mundo em que vivemos. Isso inclui ser um leitor

crítico e atento das notícias científicas divulgadas de diferentes

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formas: vídeos, programas de televisão, sites da internet ou notícias

de jornais.

Assim, o aprendizado de física deve estimular os jovens a

acompanhar as notícias científicas, orientando-os para a identificação

sobre o assunto que está sendo tratado e promovendo meios para a

interpretação de seus significados. Notícias como uma missão

espacial, uma possível colisão de um asteróide com a Terra, um novo

método para extrair água do subsolo, uma nova técnica de

diagnóstico médico envolvendo princípios físicos, o desenvolvimento

da comunicação via satélite, a telefonia celular, são alguns exemplos

de informações presentes nos jornais e programas de televisão que

deveriam também ser tratadas em sala de aula.

O caráter altamente estruturado do conhecimento físico, requer

uma competência específica para lidar com o todo, sendo

indispensável desenvolver a capacidade de elaborar sínteses, através

de esquemas articuladores dos diferentes conceitos, propriedades ou

processos, através da própria linguagem da física. A física percebida

enquanto construção histórica, como atividade social humana,

emerge da cultura e leva à compreensão de que modelos explicativos

não são únicos nem finais, tendo se sucedido ao longo dos tempos,

como o modelo geocêntrico, a teoria do calórico pelo conceito de

calor como energia, ou a sucessão dos vários modelos explicativos

para a luz. O surgimento de teorias físicas mantém uma relação

complexa com o contexto social em que ocorreram.

Observando à cultura e elaborando como instrumento

tecnológico, de acordo com a lei 13.381/01 o aluno deve ter

conhecimento da aplicado da Física em sua região, sendo assim, no

Paraná encontramos indústrias de cerâmicas e petróleo onde

podemos mostrar a aplicação do conteúdo específico da

termodinâmica, auto-automobilistas onde podemos aplicar a parte de

movimentos. E a Cocel onde podemos estudar a aplicação do

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eletromagnetismo como exemplo a tarifa cobrada pelo gasto de

energia elétrica. E de acordo com a lei 9.795/99 é importante que o

aluno tenha consciência do seu papel para ajudar a melhorar o

ambiente, sendo assim, ele pode analisar as indústrias locais e sua

comunidade, criando projetos sociais para uma conscientização

ambiental, levando conhecimento as pessoas, entre elas, as que

tiveram pouco acesso a escola. Esse conhecimento tornou-se

indispensável à formação da cidadania contemporânea.

Perceber essas dimensões históricas e sociais corresponde

também ao reconhecimento da presença de elementos da física em

obras literárias, peças de teatro ou obras de arte, como a discussão

sobre a participação dos físicos na fabricação das bombas atômicas.

Essa percepção do saber físico como construção humana

constitui-se em condição necessária, mesmo que não suficiente, para

que se promova a consciência de uma responsabilidade social. Nesse

sentido, devem ser consideradas habilidades que desenvolvam a

capacidade de preocupar-se com o todo, social e com a cidadania.

Isso significa, por exemplo, reconhecer-se cidadão participante,

tomando conhecimento das formas de abastecimento de água e

fornecimento das demandas de energia elétrica da cidade onde vive,

conscientizando-se de eventuais problemas e soluções. O ensino de

Física deve partir do conhecimento prévio do aluno, respeitando seu

contexto social e suas concepções espontâneas a respeito da ciência.

Os alunos são elaboradores do saber físico sendo o professor

um mediador que, no processo ensino-aprendizagem compartilha

com os alunos significados e promove a aprendizagem. Essa

aprendizagem significativa só acontecerá quando as novas

informações adquirem significado por interação com o conhecimento

prévio do aluno e, simultaneamente, dão significados adicionais,

diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já

existente.

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Na apresentação dos princípios, concepções e linguagem

utilizada pela Física o professor, através de seu discurso deverá

permitir que o aluno perceba as diferenças entre a sua forma e a

forma utilizada pela ciência para explicar um fenômeno. O aluno

deverá reelaborar seus conceitos sem necessariamente abandonar

suas idéias espontâneas. Seus conceitos serão mais elaborados ou

menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a

necessidade ou interesse deste aluno em utilizar esses

conhecimentos no contexto da comunidade científica.

Os experimentos são o ponto de partida para desenvolver a

compreensão de conceitos e para que os alunos percebam sua

relação com as ideias discutidas nas aulas. Propõe-se o uso de

experimentos, jogos a Física Moderna serão trabalhados com mídias

(vídeos). Utilizar os softwares educativos para o aprimoramento de

conceitos físicos e simulações de algumas situações, inseridos na

busca pedagógica do conhecimento físico, a serviço do sujeito,

proporcionando-lhe acesso ao conhecimento, segundo desafios,

interações e ações.

A Física deve educar para a cidadania contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, “... capaz de compreender a

cultura científica e tecnológica de seu tempo.” ( CHAVES &

SHELLARD, 2005, P.233)

8.7.5 Avaliação

O processo de avaliação deve ser visto como um diagnóstico

contínuo atuando como um instrumento fundamental para reformular

métodos e repensar estratégias de ensino para o aluno realmente

aprenda.

Quando o professor deseja que cada um dos seus alunos se

desenvolva da melhor maneira e saiba expressar suas competências,

avaliar é mais do que aferir resultados finais ou definir sucesso ou

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fracasso, pois significa acompanhar o processo de aprendizagem e os

progressos de cada aluno, percebendo dificuldades e procurando

contorna-las ou supera-las continuamente. À medida que os

conteúdos são desenvolvidos, o professor deve adaptar os

procedimentos de avaliação do processo, acompanhando e

valorizando todas as atividades dos alunos, como os trabalhos

individuais, os trabalhos coletivos, a participação espontânea ou

mediada pelo professor, o espírito de cooperação, e mesmo a

pontualidade e a assiduidade. As avaliações realizadas em provas,

trabalhos ou por outros instrumentos, no decorrer dos semestres ou

em seu final, individuais ou em grupo, são essenciais para obter um

balanço periódico do aprendizado dos alunos, e também têm o

sentido de administrar sua progressão. Elas não substituem as outras

modalidades contínuas de avaliação, mas as complementam.

Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor deve

considerar que o objetivo maior é o desenvolvimento de

competências com as quais os alunos possam interpretar linguagens

e se servir de conhecimentos adquiridos, para tomar decisões

autônomas e relevantes.

Algumas características dessas avaliações podem ser

lembradas:

- toda avaliação deve retratar o trabalho desenvolvido;

- os enunciados e os problemas devem incluir a capacidade de

observar e interpretar situações dadas, de realizar

comparações, de estabelecer relações, de proceder registros

ou de criar novas soluções com a utilização das mais

diversas linguagens;

- Uma prova pode ser também um momento de aprendizagem,

especialmente em relação ao desenvolvimento das

competências de leitura e interpretação de textos e

enfrentamento de situações-problema;

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- devem ser privilegiadas questões que exigem reflexão, análise

ou solução de um problema, ou a aplicação de um conceito

aprendido em uma nova situação;

- tanto os instrumentos de avaliação quanto os critérios que

serão utilizados na correção devem ser conhecidos pelos

alunos;

- deve ser considerada a oportunidade de os alunos tomarem

parte, de diferentes maneiras, em sua própria avaliação e na

de seus colegas;

- trabalhos coletivos são especialmente apropriados para a

participação do aluno na avaliação, desenvolvendo uma

competência essencial à vida que é a capacidade de avaliar

e julgar.

Diante do exposto há a necessidade de uma nova atitude diante

do ato avaliativo. Avaliações do tipo prova não realçam

qualitativamente o desempenho do aprendizado do aluno. Deve-se

tomar a postura de uma análise mais ampla e diagnóstica no sentido

de averiguar o real aprendizado do educando. Outro fato a realçar é a

posição do educando, que dentro de um contexto social já possui

relações e práticas na utilização e trato de informações e técnicas.

Como ao ensinar Física o professor deve relacionar o conteúdo

trabalhado com situações concretas da vida do aluno, ao avalia-los o

professor usará como parâmetros o seu desempenho em atividades

experimentais, práticas que de importância relevante, demonstrarão

até que ponto houve associação entre teoria e prática. Atividades

escritas devem sempre estar ligadas a situações concretas da vida do

aluno. A leitura de livros e artigos de divulgação científica, jornais e

revistas certamente contribuirão para a aquisição do conhecimento

científico. As pesquisas, realização de trabalhos e atividades

realizadas poderão ser apresentadas numa Feira de Ciências,

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também serão realizados seminários sobre os conteúdos e provas

para avaliar o que o aluno conseguiu absorver do conteúdo.

8.7.6 Referências

- BONJORNO, Regina Azenha. Física Completa: volume único. 2ª

ed. São Paulo: FTD, 2001.

- BISCUOLA, Gualter, MAIALI, André. Física. São Paulo: Editora

Saraiva, 2000.

- CARON, Wilson. Física Volume Único. 2ª ed. São Paulo: Moderna,

2003.

- GASPAR, Alberto. Física. São Paulo: Editora Ática,2005.

- PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação fundamental

da rede de educação básica do Estado do Paraná: Física do

Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2009.

- SILVA, Djalma Nunes da. Física Paraná. 2ª ed. São Paulo: Ática,

2003.

- SAMPAIO, José Luiz, CALÇADA, Sérgio Calçada,

Universo da Física, 2ª ed. São Paulo, Editora Atual,2005./

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8.8 GEOGRAFIA

8.8.1 Apresentação Geral da Disciplina

Conhecer para transformar o espaço geográfico é o objetivo

principal da Geografia. Cada espaço geográfico apresenta uma

dinâmica e particularidades próprias, não dissociadas de uma

dinâmica global. A localização, a caracterização sócio-cultural do

alunado, bem como suas origens são os elementos de base para se

construir os saberes fundamentais desta disciplina no ensino médio.

O homem desde sua forma primitiva de vida vem

estabelecendo contato com a natureza para sua sobrevivência,

extraindo recursos naturais, migrando à procura de alimento,

desenvolvendo conhecimento sobre direção dos ventos, correntes

marítimas, regime fluvial, astronomia, técnicas de irrigação,

comércio, descrição e mapeamento de lugares.

Cada vez mais o homem explora o espaço organizando de

forma à satisfazer suas necessidades, aprimorando seus

conhecimentos geográficos, transformando lugares conforme o

aumento da população que passa a ser apropriar do espaço, criando

relações de convivência social diferentes em cada período , bem

como de domínio sobre os bens da natureza.

Da sociedade primitiva, onde a terra era um bem comum à

sociedade escravista, quando a terra passa a ser um bem acessível a

poucos, situações que perduram até nossos dias, onde o homem

delimita fronteiras políticas conforme seus interesses, gerando

conflitos étnicos e miséria em função de uma geopolítica capitalista

que organiza o espaço em nome do “desenvolvimento”, que leva a

exploração da natureza, transformação do meio ambiente e

degradação de seus recursos, imposição de culturas, transformando

as sociedades locais e globais em função do desenvolvimento

desenfreado do capitalismo, que vê o espaço apenas como fonte

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econômica, onde se traçam teias de relações sociais, criando espaços

desiguais em função de grupos e nações dominantes.

Nesse contexto a geografia tem importante papel como “ciência

que estuda as relações entre a sociedade e a natureza” (Andrade,

1.988 p. 55) na condução da compreensão do espaço pelo homem,

devendo seu ensino considerar a realidade no seu conjunto, pois o

espaço é dinâmico e sofre alterações em função da ação do homem .

Portanto o aluno ao longo do tempo deve ser orientado no sentido de

perceber-se como elemento de um processo histórico. Assim:

“... o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma

geografia crítica, não se localiza no professor ou na ciência a ser

ensinada vulgarizada, e sim no real, no meio onde o aluno e o

professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos

sociais. Integrar o educando no meio significa deixa-lo descobrir que

pode tornar-se sujeito na História.” (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.37)

A contribuição da geografia para a formação do aluno está na

compreensão que ele terá da realidade. No estudo do espaço

geográfico, o aluno deverá refletir sobre a relação que existe entre os

seres humanos bem como na relação seres humanos – natureza.

“Observa Marx que a história dos homens é inseparável da história,

pela mesma razão que a história da natureza é inseparável da história

dos homens”. (CORREA, et Al, 1980, p.25)

Nesse contexto a geografia tem como fim fazer com que o

aluno compreenda as diversas formas como a ciência geográfica

contribui para o conhecimento da Terra e da sociedade atual,

valorizando as formas de trabalho, a dinâmica dos lugares,

interpretando, representando e localizando elementos e fenômenos

que ocorrem no espaço geográfico.

“Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como

espaço social, construído, pleno de lutas e conflitos sociais”.

(OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.36)

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Dessa forma cabe à geografia proporcionar aos alunos a

possibilidade de observar, pensar, interpretar e discutir criticamente

o espaço geográfico numa busca constante de compreensão de suas

transformações.

A geografia passou por constantes modificações em virtude das

mudanças ocorridas no mundo ao longo do tempo , transformando a

Geografia Tradicional em uma Geografia Crítica , que busca

explicações utilizando a razão e o empirismo para analisar os fatos.

As mudanças ocorridas no final do século XX , e a mobilidade das

informações criaram a necessidade de um olhar com relação a

natureza , as práticas sociais e econômicas que nos leve a uma

compreensão e a construção do conhecimento.

As mudanças de tempo e espaço alteraram-se e as paisagens

sofreram transformações num ritmo mais intenso e o estudo da

Geografia será fator fundamental na formação de um aluno cidadão ,

na medida em que permite a ele apropriar-se desse conhecimento e

compreender e interpretar com um olhar crítico o mundo em que o

cerca. Tendo em vista , sua função enquanto agente transformador

do ensino e da escola e , em decorrência disso , da sua própria

sociedade.

A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro

no século XIX, aparecendo de forma indireta no ensino primário.

Apenas na década de 1930, com a criação do IBGE, da AGB e do

primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil. Nesse

contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e

descrever o ambiente físico nacional servindo os interesses políticos

do Estado, na visão do nacionalismo econômico – DCE, p.17,6º

parágrafo (exploração dos recursos minerais, indústria de base, dados

demográficos).

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A Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter

decorativo/enciclopedista, voltado para a descrição do espaço,

perpetuou-se por boa parte do século XX.

Após a Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas

relacionadas aos modos de produção, trouxeram mudanças políticas,

econômicas, sociais e culturais na ordem mundial que interferiram no

pensamento geográfico da época. Tais transformações intensificaram-

se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos

enfoques para a análise do espaço geográfico, além de reformulações

no campo temático da Geografia – DCE, 2006, p.18.

A internacionalização da economia e as multinacionais

trouxeram para as discussões geográficas, assuntos ligados à

degradação da natureza, equilíbrio ambiental do planeta,

desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.

No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças

substanciais em todos os setores, inclusive no educacional, com a

valorização da formação profissional, afetando principalmente

disciplinas relacionadas às ciências humanas, surgindo a disciplina de

Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os

estudos das disciplinas envolvidas, no 1º grau. No 2º grau foram

impostas as disciplinas de OSPB e EMC, consideradas importantes

para a formação técnica.

Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o

desmembramento da disciplina de estudos sociais e o retorno da

Geografia e da História. No nosso estado em 1983, o 1º Encontro

Paranaense de História e Geografia, originou um documento que

posteriormente permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar

Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e História

separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas

autônomas ocorreu em 1986.

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A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra, chegou

com força ao Brasil. A geografia Crítica, como linha teórico-

metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações

aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,

trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais

para a compreensão do espaço geográfico.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce

interpretativo o espaço geográfico produzido, espaço este composto

por objetos (naturais, culturais-técnicos) e ações (relações sociais,

culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a

construção de uma consciência crítica, coletiva e articulada,

buscando a totalidade do conhecimento acerca do espaço geográfico,

permitindo ao mesmo adquirir hábitos e construir valores

significativos da vida em sociedade.

8.8.2 Objetivos Gerais

Contribuir para o entendimento do mundo atual, da

apropriação dos lugares pelos homens, através de uma leitura crítica

das contradições e conflitos de toda ordem, implícitos e explícitos no

espaço geográfico de forma que sejam cidadãos críticos e agentes de

suas realidades.

Reconhecer, nas aparências das formas visíveis e concretas do

espaço geográfico atual, a sua essência, ou seja, os processos

históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos

contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que

resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do

espaço.

Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o

ajudem a compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar ,

espaço geográfico , território , região - , além de outros conceitos

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importantes para a análise espacial , como tecnologia , relações

sociais , poder , política , Estado e trabalho. Isso o tornará capaz de

“pensar” esse espaço e o percebe como parte integrante e atuante

dele.

Identificar particularidades de uma paisagem , lugar ou

território no espaço geográfico , reconhecendo os fenômenos aí

encontrados , determinando o processo de sua formação e o papel da

tecnologia dos grupos que habitam ou já habitaram esse determinado

lugar , paisagem ou território . Além de comparar esses fenômenos

geográficos , reconhecendo as semelhanças e diferenças existentes

entre elas e porque elas existem.

Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser

usufruído por toda a humanidade. Esse é um assunto que deve ser

tratado interdisciplinarmente , pois ultrapassa o âmbito da geografia.

Evidenciando temas que são de interesse global , como a importância

da água , o efeito estufa , as várias formas de poluição (do ar , da

água , do solo) , transferindo-os para sua realidade.

Aplicar os conhecimentos específicos das linguagens geográfica

e cartográfica na interpretação de gráficos , mapas e tabelas que

permitam a compreensão e a relação entre os sistemas econômicos ,

conflitos mundiais e a postura geopolítica posta em prática pelas

nações que desempenham um papel central na política mundial.

Formar um cidadão crítico e com uma visão de mundo que lhe

permita participar ativamente da sociedade em que vive. Podemos

dizer que é o indivíduo capaz de entender os fatos que acontecem no

mundo , de interpreta-los e de estabelecer relações não só entre

esses fatos , mas deles com a realidade do local onde vive .

• Compreender o homem como ser social, responsável pela

produção histórica, espacial e cultural da humanidade;

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• Reconhecer o homem como principal “ator” e “autor”

geográfico na relação com a natureza, na medida em que se

objetiva e apropria-se desta, através do trabalho;

• Reconhecer o espaço geográfico como uma produção humana,

que se manifesta através de paisagens com maiores ou

menores graus de humanização, fruto de determinações

históricas e das “necessidades” sociais;

• Entender a importância da dinâmica da natureza para o espaço

geográfico;

• Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia

(mapas, gráficos, tabelas etc.) considerando-os como

elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais

e/ou espacializados.

• Reconhecer os fenômenos espaciais comparando e

interpretando diferentes paisagens e como se constroem.

• Compreender que as diferenças sociais, ainda que injustas,

ocorrem a nível mundial e que todos têm direitos políticos,

melhorar a condição de vida e acesso aos avanços tecnológicos.

• Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa,

compreendendo e identificando o problema, suas relações com

o meio e buscar meios para resolução do mesmo.

• Entender os meios de comunicação, como meios para obter

informações e novos saberes, recebendo-os criticamente.

Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o

ajudem a compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar ,

espaço geográfico , território , região - , além de outros conceitos

importantes para a análise espacial , como tecnologia , relações

sociais , poder , política , Estado e trabalho, percebendo que todos

interagem com os espaço geográfico.

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- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza

diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos

diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos

em sua produção;

- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos

históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do

discurso historiográfico;

- Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas

de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como

construções culturais e históricas;

- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a

partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos

históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos

mesmos;

- Atuar sobre os processos de construção da memória social,

partindo da crítica dos diversos “ lugares de memória “

socialmente instituídos;

- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a

filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras

manifestações sociais – nos contextos históricos de sua

constituição e significação.

- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e

nas relações de sucessão e /ou de simultaneidade;

- Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;

- Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de

suas relações com o passado.

- Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma

multiplicidade de tempos, compreendendo que as histórias

individuais são partes integrantes de histórias coletivas;

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- Compreender que a História é um instrumento capaz de construir o

conhecimento e de enfrentar os desafios do mundo

contemporâneo;

- Compreender os acontecimentos (políticos, culturais, religiosos,

etc.) enriquecendo a sua vivência como cidadão na sociedade

atual;

- Perceber que os sujeitos históricos não são somente objetos de

análise historiográfica, mas como agentes que buscam a

construção do conhecimento através da reflexão teórica;

- Compreender que o conhecimento histórico é sistematizado a

partir de um processo de investigação que tem como objeto às

ações humanas.

8.8.3 Conteúdos

♦ Dimensão econômica da produção do espaço

♦ Dimensão política do espaço geográfico

♦ Dimensão socioambiental do espaço geográfico

♦ Dinâmica cultural e demográfica do espaço geográfico

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE:

A dimensão econômica da produção do/no espaço.

- Setores da Economia

- Extrativismo vegetal , mineral ,animal

- Agricultura e pecuária

- Indústrias

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- Comércios e serviços

Dimensão Sócio-ambiental

- Estudo da paisagem

- Eras geológicas

- Movimentos da Terra (rotação/translação)

- Rochas e Minerais

- As camadas da Terra: Litosfera , Hidrosfera e Atmosfera

- Ambiente Urbano e Rural

- Meios de orientação

- Noções de cartografia

- Mudanças climáticas , classificação e fenômenos atmosféricos

Dinâmica Cultural Demográfica

- Campo Largo: organização do espaço geográfico a partir de

políticas econômicas , manifestações culturais e sócioambientais .

6ª SÉRIE:

A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço

- Tipos de indústrias , agroindústrias e sua distribuição no espaço

geográfico.

- Brasil: localização , divisão regional (relevo , clima , vegetação ,

recursos minerais)

- Rios e bacias hidrográficas

- Circulação e poluição atmosférica

- Desmatamento

- Chuva Ácida

- Efeito Estufa

- Paraná , localização e limites

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Dinâmica Cultural Demográfica

• Êxodo rural no Brasil

• População brasileira/ miscigenação dos povos , diversidade cultural

– destaque para a contribuição do índio e do negro)

• Migração e emigração no Brasil

• Paraná: população , crescimento urbano , RMC.

Geopolítico:

Paraná no Mercosul

Biopirataria

Movimentos Sociais Brasileiros

7ª SÉRIE:

Dimensão Econômica do/no Espaço

- Continente americano e africano

- Atividades mais importantes

- Desigualdade social , IDH

- Acordos e blocos econômicos

- Dependência Tecnológica

Dimensão sócio-ambiental

Oceanos e Continentes

Espaço Mundial: diversidade de paisagens naturais

Continente Americano e Africano , posição geográfica , aspectos

naturais (relevo , vegetação, hidrografia , riquezas , questão

ambiental)

Dimensão Cultural Demográfica

• Continente Americano e Africano : características

populacionais , diversidade étnica e cultural.

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Dimensão política

- Continente Americano e Africano: aspectos políticos

8ª SÉRIE:

A Dimensão Econômica na produção do/no Espaço

- Globalização

- As relações econômicas , a dependência tecnológica e a

desigualdade social do/no espaço geográfico.

- Europa , Ásia , Oceania e áreas polares: atividades econômicas

mais importantes , desigualdade social , IDH , acordos e blocos

econômicos , dependência e/ou supremacia tecnológica.

Dinâmica Cultural Demográfica

• Consumo , consumismo e cultura – a influência dos meios de

comunicação

• Europa , Ásia , Oceania e áreas polares: características

populacionais e diversidade étnica e cultural.

1º ANO

• Geografia: Objeto e objetivos

• Localização e orientação

• Formação da Terra

• Geologia: estrutura , origem e formação da litosfera

• Relevo: estrutura e processos de formação

• Atmosfera *Clima: fatores de formação do clima e tipologia

climática

• Vegetação: as grandes paisagens vegetais

• Ação antrópica nas paisagens

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2º ANO

• Localização geográfica: formação e expansão do território

brasileiro

• População geral e do Brasil

• Teorias Demográficas e do Brasil

• Atividades Econômicas : extrativismo no Brasil , agropecuária,

pecuária : conceito e tipos ; pecuária no Brasil ; agricultura :

conceito e sistemas agrícolas ; erosão ; agricultura no Brasil ;

relações de trabalho no campo ; reforma agrária

• Indústria : conceito e tipos

• Fatores de instalação das indústrias

• Indústria no Brasil

• Fontes de Energia

3º ANO

• Meios de transporte

• Globalização : conseqüências da globalização

• Cidade : evolução urbana , problemas urbanos

• Poluição : conceito e tipos

• Problemas ambientais globais : El nino e La nina ; Efeito Estufa ,

Destruição da Camada de Ozônio

• Chuva Ácida

8.8.4 Metodologia

O ensino da Geografia deve possibilitar ao aluno a análise e a

crítica das relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas

(do local ao global ao local). Neste nível de ensino, deve a Geografia,

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contemplar uma abordagem metodológica que oriente para:

concepção de totalidade, articulação entre os conceitos e correntes

filosóficas, o homem (social) entendido como agente produtor do

espaço.

Considerando-se que o aprendizado é um processo e que ele

envolve a reflexão e o desenvolvimento do raciocínio lógico , não

pode-se perder de vista a necessidade de estímulos permanentes.

Mas para se atingir tais metas ou aprimorar as habilidades dos

estudantes , entre outros recursos , destaca-se a importância de que

os conceitos sejam aplicados em suas vidas práticas para que

percebam sua real utilidade e posteriormente para que se

conscientizem de sua validade a fim de auxilia-los na interpretação

dos processos e acontecimentos naturais ou ocasionados pela

intervenção da sociedade no meio ambiente , pois caso tais conceitos

deixarão de ter sentido.

Através de variados métodos tais como aulas expositivas ,

leitura de reportagens , apresentações de vídeos , realização de

entrevistas , visitas , debates , seminários , pesquisa , interpretação

de mapas , figuras , gráficos , tabelas , produção de maquetes e

mapas temáticos, poemas, charges paródias, histórias em

quadrinhos.

Assim, para melhor compreensão, o aluno precisa aprender a

dialogar com o grupo, partilhando saberes, entendendo como os

diferentes elementos desse espaço se relacionam. Nesse diálogo,

formula questões e tenta dar respostas, discutindo com o professor e

colegas suas idéias, compartilhadas e debatidas nas aulas de

Geografia.

O Espaço Geográfico precisa ser entendido pelo aluno como

uma construção humana que se desenvolveu sobre a superfície

terrestre que é um meio biofísico, o qual constitui o habitat das

comunidades animais e vegetais que povoam a Terra e que é desta

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relação da sociedade com a natureza que o espaço geográfico é

formado.

Dentro dos conteúdos estruturantes dimensão econômica do

espaço geográfico, dimensão política do espaço geográfico, dimensão

cultural e demográfica do espaço geográfico, dimensão

socioambiental do espaço geográficos, serão trabalhados os temas

relacionados ao estado do Paraná, cultura afro-brasileira, indígena e

educação ambiental de acordo com os conteúdos específicos já

delimitados para atender às leis: LEI 10.639/03 História e Cultura

Afro-brasileira; LEI 13.381/01 História do Paraná e LEI 9.795/99

Educação Ambiental.

Cabe especificar que como processo metodológico as mesmas

serão contempladas ou como conteúdos específicos nas diversas

séries do ensino médio ou, quando não, serão abordadas no contexto

de conteúdos que assim o permitam de forma a não caracterizar

uma situação estanque ou fragmentada destes temas.

Como o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico,

os principais conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes e

específicos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligando teoria - prática – realidade, usando a cartografia como

ferramenta essencial, possibilitando trabalhar em diferentes escalas

espaciais (local – regional – global).

Os conteúdos estruturantes devem ser abordados de uma

forma que se inter-relacionem.

Na 5ª série, o professor deve abordar conhecimentos

necessários para o aluno ampliar suas noções espaciais, como as

inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais, utilizando-se

da cartografia para mostrar como os fenômenos se relacionam no

espaço.

Na 6ª série, o professor deve levar o aluno, que já adquiriu

novos conhecimentos nos anos anteriores, a analisar os fenômenos

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ocorridos na escala nacional (BR), relacionando-os com a realidade

mundial.

Quando compreendidas as noções sobre o território nacional, na

7ª e 8ª séries, o aluno ampliará e aprofundará suas análises espaciais

sobre: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Regiões Polares,

sempre orientado pelo professor para que reflita sobre as

especificidades naturais/sociais, as relações de poder político e

econômico.

A cultura afrobrasileira e indígena, bem como a História do

Paraná serão abordadas nas séries do Ensino Fundamental no

desenvolvimento dos conteúdos .

Quando necessário e possível, serão realizadas aulas de campo,

para que o aluno tenha maior compreensão do conteúdo, sendo que

esta aula deve ser planejada e contextualizada , fortalecendo a

relação entre a teoria e a prática.

O uso da cartografia (mapas) deve ser uma prática em todas as

séries, desde a forma rudimentar (o aluno representando seu espaço

vivido) até a interpretação de mapas que representem espaços e

realidades que ele não conhece de forma mais complexa.

Vídeos, literatura, fotografias, maquetes, jornais e revistas

devem ser materiais que utilizados, aperfeiçoarão o processo de

ensino-aprendizagem.

8.8.5 Avaliação

Os instrumentos avaliativos que devem ser utilizados, de acordo

com cada conteúdo e objetivo são:

- Avaliações, com ênfase a questões que impliquem

problematizações para serem solucionadas, questões que

envolvam conceitos inerentes à disciplina: observação,

comparação, descrição, interpretação de dados, mapas, tabelas,

opinião, síntese, análise, crítica, compreensão de textos.

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- Seminários, micro-aulas, maquetes, ilustrações, cartazes, relatos

orais, debates, seminários, apresentação de trabalhos escritos e

orais.

Após todo esse processo de trabalho o aluno que atingir 60%

(sessenta por cento), de aproveitamento será atribuído a

recuperação, sendo esta com valor 10.

A reavaliação assegurará as condições pedagógicas para

acompanhar e aperfeiçoar o conhecimento do aluno, (porém

preservando a qualidade de ensino proposto pelo estabelecimento.)

Após a análise dos resultados, prevalecera sempre a maior

nota, sendo obrigatório a recuperação de estudos (independente do

tipo de avaliação), a todos os alunos.

A avaliação vista como acompanhamento da aprendizagem

deve ser diagnóstica e contínua, uma espécie de mapeamento que

vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos em seu

desenvolvimento. Dessa forma, tem caráter investigativo e

processual. Ao invés de estar a serviço da nota, ela passa a contribuir

com a função básica da escola, que é promover o acesso ao

conhecimento; e, para o professor transforma-se num recurso

precioso de diagnóstico.

Por considerar a avaliação um momento fundamental e

privilegiado do processo ensino-aprendizagem, propõe-se atividades

que proporcionem uma integração dos alunos com os novos

conhecimentos, fazendo-os organizar e integrar os conteúdos de

ensino ao repertório que já possuem.

Para que se efetive é necessário que se perceba em que tempo

e forma nossos alunos aprendem em suas diferenças individuais, para

que possamos organizar intervenções necessárias ao longo do ano.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:

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• Relatos escritos onde se observem: capacidade de

memorização, observação, descrição, comparação,

interpretação de dados, gráficos, tabelas, análises, síntese,

opinião, crítica...

• Produção e leitura de mapas, gráficos, tabelas, análise e

interpretação de imagens, compreensão de textos, construção

de maquetes, aulas de campo (quando possível), seminários,

historias em quadrinhos, poemas, paródias...

As avaliações serão feitas no decorrer do trimestre, através do

acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações

da aprendizagem.

8.8.6 Referências

CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo.

Quinteto Editorial, 2002.

CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel,

1982.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.

Versão Preliminar- SEED – , 2009.

Almanaque Abril, 2.006;

Revista Isto É;

National Geografic;

Caminhos da Terra;

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.

Livros Didáticos:

LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora

Saraiva;

MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;

PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;

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SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico

e Globalização, Editora Scipione;

ANDRADE,M.C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,

1987.

CEAD. Centro de Educação à distância. Apostila Educação

Africanidades Brasil. UNB – Universidade de Brasília, 2006.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394,

de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino

a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e

dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário oficial da União, 23

de dezembro de 1996.

CASTELLAR e MAESTDO, Sonia e Valter. Geografia. São Paulo.

Quinteto Editorial, 2002.

CHRISTOFOLETTI, A.(Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo. Difel,

1982.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.

Versão Preliminar- SEED – julho, 2006.

CIGOLINI, MELLO e LOPES, Adilar, Laércio e Nelci. Paraná – Quadro

Natural, transformações territoriais e economia. Paraná, Renascer.

VESENTINI, José W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo:

Contexto,1997

CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Ensino de Geografia: práticas e

contextualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.

CASTROGIOVANNI, A. C. (org) – Geografia em sala de aula, práticas e

reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Gioania:

Alternativa, 2002.

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HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da

pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.

MORETTO, Vasco Pedro. Prova – um momento privilegiado de estudo –

não um acerto de contas. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

Almanaque Abril, 2.006;

Revista Isto É;

National Geografic;

Caminhos da Terra;

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.

Livros Didáticos:

LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no Espaço Global, Editora

Saraiva;

MOREIRA, Igor, O Espaço Geográfico, Editora Àtica;

PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, Editora IBEP;

SENE, Eustáquio de, e MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico

e Globalização, Editora Scipione;

VESENTINI, José William, Sociedade e Espaço, Editora Ática.

8.9 HISTÓRIA

8.9.1 Apresentação Geral da Disciplina

A História não pode se prender a uma concepção tradicional,

onde é apresentada como uma sucessão cronológica de fatos, com

memorização de nomes e datas. É necessário também romper com

uma forma de ensino onde o aluno se encontre numa posição passiva

de aprendizagem, num círculo vicioso de reprodução de um

conhecimento fechado, enclausurado numa relação de causas e

conseqüências, onde a história é tão somente o conhecimento do

passado.

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Esclarece-se que não se trata da história dos vencidos ou da

história dos vencedores, mas da história da relação entre um e outro.

Sabe-se que, na verdade, o que nos ficou do passado, muitas vezes,

são as memórias que se tornaram universais. É preciso abrir a

possibilidade de outras memórias, sem contudo, substituir uma

mistificação pela outra, isto é, contar o “outro lado” da história.

Torna-se, portanto, necessário conceituá-la podendo isto ser

feito a partir dos princípios, temas, objetos e métodos, essenciais

dessa renovação. Uma concepção renovada da história pressupõe

entender a “forma” da história, isto é, apreender de modo crítico, os

princípios que possibilitam a construção da história como ciência.

A história deveria ter uma vocação, a vocação de ser crítica,

isto é, levar os alunos a compreenderem o que são, a perceberem

que a história é mudança, transformação; a perceberem que, se

existem fatores que permanecem, deve-se entender por que

permanecem, explicar as razões de permanência.

É esta história que explica o que a sociedade é e o que ela não

é, que abre para os alunos e professores a possibilidade de se

compreenderem como sujeitos e agentes da transformação social.

A função de ensino de escola desejável, no entender dos

professores do Ensino Fundamental, deve dar conta de superar os

desafios de: desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização

do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica,

passando da reprodução do conhecimento à compreensão das formas

de como este se produz, formando um homem político capaz de

compreender e estrutura do mundo da produção onde ele se insere e

nela interferir.

É fundamental que haja, por parte dos agentes envolvidos na

relação ensino-aprendizagem da história, uma inserção crítica no

presente. Se se têm condições de nos referir ao nosso presente da

forma menos passiva e mais crítica, têm-se condições de nos

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relacionar criticamente com o conhecimento histórico produzido e

com os conteúdos da história.

A proposta de história para o Ensino Fundamental, está

organizada em unidades anuais, temas, subtemas, e conteúdos que

se embasa na concepção de história já apresentada.

Precisamos construir uma nova visão de História, que contribua,

sim, na formação de cidadãos democráticos, que sejam tolerantes e

solidários, que respeitem os direitos universais, e saibam reivindicar

seus direitos. Como diz, Le Goff, “A velha utopia pedagógica, em

todas as culturas, deve ser especialmente orientada não apenas para

a aquisição do saber, mas também para a aquisição de

comportamentos, atitudes e idéias, que suscitem o diálogo e o

respeito ao outro”. (LE GOFF, J. Uma vida para a história.

Conversações com Marc Heurgon. São Paulo: Unesp. 1998.p.245).

Tomando como premissa básica que o papel fundamental da

educação escolar é o de preparar educando para o exercício da

cidadania, entendemos que a História contribui para que o educando

desenvolva visão crítica e espírito social e politicamente participativo,

capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico

em que se insere. Isso significa que o ensino de História deve fazer

com que o educando.

“produza uma reflexão de natureza histórica; {...} pratique

um exercício de reflexão que o encaminhará para outras

reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não

necessariamente só na escola; pois a Historia produz um

conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele

nos parece fundamental para a vida do homem, individuo

eminente histórico”.

(CABRINI, Conceição e outros. O ensino de História. São

Paulo, Brasiliense, 1987.p.23.).

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É necessário que nas escolas, os educadores em geral,

assumam esse principio meta primordial, tendo como vista o

significado e a importância de seu papel na formação da cidadania,

que deve ser entendida também como um processo de participação

social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na

comunidade.

Com a História e Cultura Afro-brasileira e Africana, instituída

através da Lei 10.639/03, percebe-se que para viver

democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e

valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua

formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de

diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de imigrantes de

diversas nacionalidades, religiões e línguas

A História contribui para que os educando ampliem a

compreensão da sua realidade e sejam capazes de estabelecer

relações com outras realidades históricas de respeitar os valores

culturais das diferentes sociedades, principalmente chegar a

interpretar sua própria historicidade, sobre a dimensão histórica ou

social de seu tempo como agente transformador.

O educando não aprende História apenas na escola, pois têm

acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no convívio

social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e

mundial, no qual estão inseridos. `

Percebem as transformações sociais culturais econômicas e

política envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida

urbana e a globalização, nesse contexto os meios de comunicação de

massa a convivência de gerações através de fontes como: televisão,

videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio, enciclopédias, cinema, vídeos

e computadores, provem essa releitura de mundo e a formação de

sua identidade cultural.

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Queremos que o aluno ao sair do Ensino Fundamental, como diz

o filósofo Immanuel Kant, consiga superar a incapacidade de pensar

sem ser dirigido por alguém. Pensar por conta própria, questionar o

mundo, reconstruir a si mesmo e as suas relações com outros seres

humanos. A construção mais significava do Ensino de História ao

educando é a edificação da capacidade de pensar historicamente,

desde que este pensar seja sentir-se sujeito e agente transformador

do processo histórico.

Acreditamos que a disciplina de História no Ensino Médio esteja

intensamente compromissada com o pleno desenvolvimento da

cidadania, voltada à formação de um jovem crítico, que se perceba

agente construtor de sua própria história, instrumentalizado para

compreender, por contínua reflexão, as relações da sociedade em

que vive.

Não pretendemos, portanto, formar um cidadão apenas com

boa oratória e com maior bagagem intelectual, aumentando sua

cultura geral, mas, sim, formar um aluno com capacidade dirigente e

técnica, com formação científica e histórico-crítica, que lhe possibilite

aprender cada vez mais neste mundo dinâmico, competitivo, em

processo de constante transformação.

Dessa forma, estaremos contribuindo plenamente para o

desenvolvimento integral do educando, por uma prática educativa,

contextualizada e conscientizadora, problematizadora e crítica,

dialógica e participativa.

Pretendemos analisar, como objeto de estudo, as relações do

homem em sociedade, de forma que o aluno se identifique como

agente da história, uma vez que ela se faz a partir das relações que

os homens estabeleçam uns com os outros e com a natureza.

Contemplaremos, assim, uma história dinâmica, construída por

todos os homens e não somente por grandes heróis que a história

tradicional e factual sempre privilegiou. A proposta é superar a

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“velha “ concepção de ensino da História, que apresenta o fato

histórico, as datas e os grandes personagens, como objetos

essenciais de análise.

Para atingirmos com êxito as finalidades a que nos propomos,

abordaremos os conteúdos programáticos de forma problematizadora,

isto é, pretendemos propiciar ao aluno a reflexão dos conteúdos

estudados, partindo, sempre que possível, de problemas propostos ao

longo do desenvolvimento das unidades temáticas ou enfatizando o

conjunto de questões ( exercícios ) que as acompanham.

Uma vez que o nosso objeto de estudo é o ser humano em

sociedade, devemos apresentar o fato como historicamente produzido

nas relações que ele estabelece com seu meio social, e não o fato

como pronto, absolutizado e inquestionável, pois o acontecimento

histórico não é um objeto dado e acabado, mas resultado da

construção do sujeito ( investigador ) em sua relação com o mundo.

Assim, o aluno será capaz de perceber que a sociedade se faz, se

constrói pelo homem em seu movimento histórico-dinâmico e em

constante transformação.

Para que o estudo da História se torne significativo para o aluno,

faz-se necessária a contextualização dos conteúdos, ou seja, é

imprescindível motivar o aluno a estabelecer relações da história do

passado com a do presente, para que ele possa construir sua visão de

mundo à luz de experiências concretas, fruto de suas relações em

sociedade, sentindo-se, desta forma, como sujeito atuante e

transformador do processo histórico.

Para tanto, consideramos essencial contemplarmos as novas

tendências e abordagens da historiografia contemporânea, tais como:

a história das mentalidades, das idéias e, sobretudo, a história do

cotidiano, ficando, assim, em plena sintonia com a atual produção

historiográfica.

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Ao propormos a referida abordagem “com significado “, não

pretendemos analisar o conteúdo a partir do presente, como se a

finalidade única da História fosse a compreensão do mundo atual. O

tratamento destinado ao objeto deve proporcionar a relação com o

cotidiano do aluno, evitando, contudo, o “presentismo“, já que a

função da escola é possibilitar a construção do conhecimento

científico elaborado historicamente, superando – o empirismo e o

senso comum.

“Somos elos de uma mesma corrente que começou há muito

tempo e que não sabemos até quando continuará a ser construída.

Portanto, História é buscar o significado da nossa participação nessa

grande aventura da qual todo ser humano faz parte.” (Eduardo

Aparício Boez Ojeda)

A História é uma das disciplinas que apresenta maiores

possibilidades de criar situações pedagógicas para que o aluno

desenvolva suas capacidades intelectuais e transforme-se num

observador atento da realidade, capaz de estabelecer relações,

comparações e chegar a conclusões sobre o tempo e o espaço em

que vive.

Portanto, história é uma disciplina viva, que desempenha um papel

importante na configuração da identidade ao incorporar reflexão

sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo,

suas afetividades, sua participação no coletivo, cultura, favorecendo o

entendimento de como os homens se organizam e produzem sua

vida.

O trabalho na disciplina de História se preocupará em desenvolver

os conteúdos de forma crítica. Nesse sentido, o ensino de História

deve entendido como processo de investigação, identificando sua

dinâmica, sua historicidade e sua relação com a vida, enriquecendo a

construção do saber histórico significativo.

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Dessa forma, o conhecimento histórico se dá através do uso do

subjetivo, mas sempre pautado nos fatos, analisando e refletindo

sobre o saber acumulado pela humanidade, construindo um saber

sistematizado.

8.9.2 Objetivos Gerais

- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na

localidade, na região e no país, e outras manifestações

estabelecidas em outros tempos e espaços;

- Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma

multiplicidade de tempos;

- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um

conhecimento interdisciplinar;

- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes

de histórias coletivas;

- Possibilitar que o aluno venha valorizar sua identidade étnica

cultural, bem como, o respeito à diversidade do “outro” e ao

diálogo nas diferenças;

- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em

diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,,

econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e

diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos

e contradições sociais;

- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis

soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações

da sociedade civil que possibilitem modos de atuação;

- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de

texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes

paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

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- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade

social, considerando critérios éticos;

- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos

povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia,

mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as

desigualdades.

- Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza

diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos

diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos

em sua produção;

- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos

históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do

discurso historiográfico;

- Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas

de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como

construções culturais e históricas;

- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a

partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos

históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos

mesmos;

- Atuar sobre os processos de construção da memória social,

partindo da crítica dos diversos “ lugares de memória “

socialmente instituídos;

- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a

filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras

manifestações sociais – nos contextos históricos de sua

constituição e significação.

- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e

nas relações de sucessão e /ou de simultaneidade;

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- Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos;

- Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de

suas relações com o passado.

- Situar conhecimentos históricos e localizá-los em uma

multiplicidade de tempos, compreendendo que as histórias

individuais são partes integrantes de histórias coletivas;

- Compreender que a História é um instrumento capaz de construir o

conhecimento e de enfrentar os desafios do mundo

contemporâneo;

- Compreender os acontecimentos (políticos, culturais, religiosos,

etc.) enriquecendo a sua vivência como cidadão na sociedade

atual;

- Perceber que os sujeitos históricos não são somente objetos de

análise historiográfica, mas como agentes que buscam a

construção do conhecimento através da reflexão teórica;

- Compreender que o conhecimento histórico é sistematizado a

partir de um processo de investigação que tem como objeto às

ações humanas.

8.9.3 Conteúdos

Conteúdos Estruturantes

Os conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos

construídos historicamente e considerados fundamentais para a

compreensão do objeto e organização dos campos de estudos de uma

disciplina escolar. Deles derivam os conteúdos específicos que

compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino aprendizagem

no cotidiano da escola.

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Os conteúdos estruturantes na disciplina de História

constituem-se como a própria materialidade da formação do

pensamento histórico. A saber:

• Relações de trabalho;

• Relações de poder;

• Relações culturais.

No que diz respeito às relações de trabalho, expressam-se as

relações que os seres humanos estabelecem entre si e com a

natureza seja no que se refere à produção material como à produção

simbólica.

As relações de trabalho permitem diversas formas de

organização social. No mundo capitalista, o trabalho assumiu

historicamente um estatuto muito específico, qual seja, do emprego

assalariado. Para entender como se formou este modelo e suas

conseqüências, faz-se necessário analisar alguns aspectos das

Relações de Trabalho.

Vale considerar as contribuições dos historiadores da corrente

historiográfica Nova Esquerda Inglesa, como Eric J. Hobsbawm e

Edward P. Thompson que da concepção marxista reviram e

superaram a abordagem economicista e determinista do processo

histórico.

O estudo das relações de poder geralmente remete à idéia de

poder político. Entretanto, elas não se limitam somente ao âmbito

político, mas também nas relações de trabalho e cultura.

É necessário entender que as relações de poder são exercidas

nas diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho,

as políticas públicas e as diversas instituições, permite ao aluno

perceber que tais relações estão em seu cotidiano. Assim, ele poderá

identificar onde estão as arenas decisórias, porque determinada

decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e

como, quando e onde reagir a ela.

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Ao se propor a cultura como uma das dimensões culturais,

entende-se como aquela que permite conhecer os conjuntos de

significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar

o mundo. Essa dimensão perpassa desde a construção dos símbolos

até a sua apropriação pelos sujeitos em diversas sociedades ao longo

do tempo. Sendo assim, podem-se decifrar sentidos atribuídos às

palavras, ações e relações entre os diversos atores e os contextos

históricos. O uso dos conceitos como prática, representação,

apropriação, circularidade cultural e experiência, por exemplo, amplia

a abordagem da História na escola, na medida que contribui com as

novas leituras e interpretações do passado e valoriza diferentes

fontes e métodos de pesquisa.

A partir de recortes específicos, os conteúdos estruturantes,

tomados em conjunto articulam os conteúdos específicos e permitem

acesso ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no

espaço. Por meio do processo pedagógico, busca-se construir uma

consciência histórica que possibilite compreender a realidade

contemporânea e as implicações do passado em sua constituição.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – SÉRIES FINAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE

Produção do conhecimento Histórico

• O historiador e a produção do conhecimento histórico

• Tempo e temporalidade

• Fontes, documentos

• Patrimônio material e imaterial

• Pesquisa

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Articulação da História como outras áreas do conhecimento

• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,

sociologia etnologia, entre outras

Arqueologia no Brasil

• Lagoa Santa: Luzia (MG); e Serra da Capivara (PI)

• Sambaquis (PR)

Humanidade e História

• De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações

• Teorias do surgimento do homem na América

• Mitos e lendas da origem do homem

• Desconstrução do conceito de pré-história

• Povos ágrafos, memória e história oral

Povos indígenas no Brasil e no Paraná

• Ameríndios do território brasileiro

• Kaingang, Guarani, Xeta e Xokleng.

As primeiras civilizações da América

• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas

• Ameríndios da America do Norte

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia

• Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali

• Fenícios, Hebreus, Gregos e Romanos

A Chegada dos europeus na America

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• (des) encontros entre culturas

• Resistência e dominação

• Escravização

• Catequização

Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política

• Reconquista do território

• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo

• Comercio (África, Ásia, América e Europa)

Formação da sociedade brasileira e americana

• America portuguesa

• America espanhola

• America franco-inglesa

• Organização político-administrativa (capitanias hereditárias,

sesmarias)

• Manifestações culturais (sagrado e profano)

• Organização social (família patriarcal e escravismo)

• Escravização de indígenas e africanos

• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar, minérios)

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa

• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros

• Comercio

• Organização político-administrativa

• Manifestações culturais

• Organização social

• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, batea, construção civil

Diáspora Africana

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6ª SÉRIE

Consolidação dos estados nacionais europeus

- Reforma e Contra-Reforma.

- Causas que originaram a Reforma religiosa na Europa

- Precursores da Reforma religiosa

- Reivindicações as mudanças e as conseqüências da Reforma reli-

giosa

- A liberdade religiosa na sociedade atual

Expansão Marítima Européia

- Motivo da vinda dos europeus para a América

- Características da política mercantilista

- As sociedades coloniais americanas

- A colonização da América

- A escravidão no Brasil

A Escravidão no Brasil

- A resistência e os mitos da escravidão

- As Campanhas Abolicionistas

- A sociedade brasileira na metade do século XIX

- O trabalho escravo e as questões do Racismo e preconceitos e o

Quilombo dos Palmares

- O trabalho escravo atual

Iluminismo

- Fundamentos do Iluminismo

Independência das treze colônias inglesas da America do Norte

- A declaração de Independência

- A Economia americana

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- A organização da nação americana

Revolução Francesa

- A sociedade francesa

- Os grupos políticos

- Declaração dos direitos do homem e do cidadão

Invasão Napoleônica na Península Ibérica

Expansão territorial da América Portuguesa

- Expansão da Pecuária

- As entradas e bandeiras

- O surgimento das primeiras cidades através da mineração

- Os movimentos emancipacionistas e reivindicatórios:

- Emboadas

- Inconfidência Mineira

- Conjuração Baiana e Pernambucana

- Revolta da cachaça

- Revolta do maneta

- Guerra dos mascates

- Manifestações religiosas – sincretismo

Movimentos de contestação

- Quilombos (Campo Largo, PR e BR)

Invasão Napoleônica na Península Ibérica

Chegada da família real ao Brasil

- A corte portuguesa chega ao Brasil

- A abertura dos portos

- Missões artístico-científicas

- Biblioteca Nacional

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- Banco do Brasil

- Urbanização na capital

- Imprensa Régia

O Processo de Independência do Brasil

- Governo de D. Pedro I – Primeiro Reinado

- A abdicação

- Revoltas regenciais: Males, Sabinada, Balaiada, Cabanagem

- Farroupilha.

O processo de independência das Américas

- Haiti

- Colônias espanholas

Colonização do território "paranaense"

- A formação das cidades

- O tropeirismo paranaense

- Os engenhos de erva-mate no litoral e primeiro planalto

- As cidades paranaenses fundadas

- A propriedade coletiva entre os indígenas no Paraná

- As tribos indígenas paranaenses e sua situação na atualidade

7ª Série

A Construção da Nação

- Governo de D. Pedro II

- Criação da IHGB;

- Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós - 1850

- Início da imigração européia

- Definição do território

- Movimento Abolicionista e Emancipacionista

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Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX)

- Luddismo

- Socialismos

- Anarquismo

- Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo

Emancipação Política do Paraná - 1853

- Economia

- Organização social

- Manifestações culturais

- Organização político-administrativa

- Migrações internas (escravizados, libertos e homens Iivres pobres)

e externas (europeus)

- Os povos indígenas e a política de terras

A Guerra do Paraguai

O Processo de Abolição da Escravidão

- Legislação

- Resistência e negociação

- Discursos

- Abolição

- Imigração - Senador Vergueiro

- Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,

Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argenti-

na).

Colonização da África e da Ásia - Imperialismo

Guerra civil e Imperialismo estadunidense

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Os Primeiros anos da República

- Idéias positivistas

- Imigração asiática

- Oligarquia, coronelismo e clientelismo

- Movimentos de contestação: campo e cidade

- Movimentos messiânicos

- Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro

- Movimento operário: anarquismo e comunismo

- Paraná

- Guerra do Contestado

- Greve de 1917 – Curitiba

- Paranismo (movimento regionalista - Romário Martins, Zaco Para-

ná, Langue de Morretes, João Turim).

Carnaval na América Latina : entrudo, murga e candomblé

- Revolução Mexicana

Primeira Guerra Mundial

Revolução Russa

8ª SÉRIE

A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade

- Economia

- Organização social

- Organização político-administrativa

- Manifestações culturais

- Coluna Prestes

Crise de 1929

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A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45)

- Leis trabalhistas

- Voto feminino

- Ordem e disciplina no trabalho

- Mídia e divulgação do regime

- Criação do SPHAN, IBGE

- Futebol e carnaval

- Contestações a ordem

- Integralismo

Ascensão do Regime totalitário na Europa: Nazismo e Fascismo

Movimentos populares na América Latina

Segunda Guerra Mundial

A descolonização da África e da Ásia

Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno

- Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Ro-

cha, Ney Braga

O Regime Militar no Brasil e no Paraná

Movimentos de contestação no Brasil

Movimentos de contestação no mundo

Paraná no contexto atual

- Cultura indígena, africana e participação dos imigrantes

Globalização e crise

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- Contradições e dilemas de um mundo globalizado

Redemocratização

- Brasil de volta a democracia

Objetivos

- Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na

localidade, na região e no país, e outras manifestações

estabelecidas em outros tempos e espaços;

- Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma

multiplicidade de tempos;

- Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um

conhecimento interdisciplinar;

- Compreender que as histórias individuais são partes integrantes

de histórias coletivas;

- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em

diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais,,

econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e

diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos

e contradições sociais;

- Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis

soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações

da sociedade civil que possibilitem modos de atuação;

- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de

texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes

paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;

- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade

social, considerando critérios éticos;

- Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos

povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia,

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mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as

desigualdades.

1º ANO

- Historicidade

- Pré-História

- Antiguidade Oriental (Mesopotâmicos, Egípcios, Fenícios, Hebreus,

Persas, Chineses, Japoneses e Indianos)

- Antiguidade Ocidental (gregos e romanos)

- Bizâncio

- Islão

- Invasões Bárbaras

- Francos

- Feudalismo

- Igreja Medieval

- Estado Moderno

- Expansão Européia e Conquista da América

- Renascimento

- Reforma e Contra-Reforma

- Mercantilismo e Sistema Colonial

2º ANO

- Historicidade

- História do Brasil: Colonização da América Portuguesa

- África pré-colonial2

- Brasil: Conquista e organização política da colônia (escravidão

indígena3 e negra), produção açucareira.

- Domínio Espanhol e Brasil Holandês

2 Em conformidade com a Lei nº 11.645/08(História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena).3 Idem

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- Brasil: mineração, sociedade colonial (ressaltando a contribuição

do negro na sociedade colonial4).

- Paraná no período colonial: os povos indígenas e suas culturas

(xetas, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis); povoamento no litoral,

ouro em Paranaguá, as origens de Curitiba, ocupação dos campos

gerais, tropeirismo e demais aspectos políticos, econômicos,

sociais e culturais da região5.

- Revolução Inglesa

- Iluminismo

- Revolução Industrial

- Independência dos Estados Unidos

- Revolução Francesa

- Era Napoleônica

- Brasil: crise do sistema colonial

- Independência do Brasil e Países da América Latina

- Revoluções Européias – Nacionalismo e Unificação da Itália e da

Alemanha

- Desenvolvimento dos Estados Unidos (expansão, povoamento e

Guerra de Secessão)

- Brasil: Primeiro Reinado, Período Regencial, Segundo Reinado,

Proclamação da República (enfatizar o Paraná nesse contexto).

3º ANO

- Historicidade

- Imperialismo

- Primeira Guerra Mundial

- Revolução Russa

- História do Brasil: República Velha

- Crise do Capitalismo e Regimes Totalitários

4 Idem.5 Em conformidade com a Lei Estadual nº 13.381/01, que tornou obrigatório o ensino de conteúdos sobre a História do Paraná.

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- Segunda Guerra Mundial

- Brasil: Era Vargas e Período Democrático (populismo)

- Guerra Fria

- Descolonização e Conflitos Regionais

- Brasil: Ditadura militar e contemporaneidade

- Desintegração da URSS

- Globalização e Atualidades

8.9.4 Metodologia

A integração da História com as demais disciplinas permite

sedimentar e aprofundar os temas históricos, redimensionando

aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do indivíduo nas

transformações do processo histórico, completando a

compreensão das relações do indivíduo – sujeito da história.

Se o objetivo do ensino da história é conduzir o aluno a

compreender fatos passados e relacioná-lo ao presente, a adequação

metodológica deverá acontecer tornando a realidade do aluno como

ponto de partida e através da mediação desse saber a ela retornar

nesse sentido de conquistar a compreensão permitindo assim ao

aluno apoderar-se da pluralidade das memórias, proporcionando-lhe a

sua compreensão e do conflito que se produz nas relações sociais e

pelas relações sociais.

A disciplina de História nessa perspectiva dá para os alunos

condições de ampliar conceitos introduzidos nas séries anteriores

contribuindo substantivamente para a construção dos laços de

identidade e consolidar a formação da cidadania.

O ensino da História pode desempenhar um papel importante na

configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o indivíduo

nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas

afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de

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compromisso com classes, grupos sociais, cultura, valores e gerações

do passado e do futuro.

A contribuição mais substantiva da história para melhor

compreensão da sociedade contemporânea e de nela o jovem se

situar reside, assim, e mais efetivamente, na possibilidade de

desenvolver capacidades de apreensão do tempo em seu completo

das vivências humanas.

Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para as

novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um

presente contínuo, que tende a esquecer e anular a importância das

relações que o presente mantém com o passado. Nos dias atuais, a

cultura capitalista impregnada de dogmas consumistas fornece uma

valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma

ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e

com explicações simplificadas que as reduzem aos acontecimentos

imediatos

Após a apresentação do tema e coleta dos conceitos de cada

educando e sua realidade social o educador fará o registro através

das opiniões dos educandos e enriquecera com as mediações

pertinentes.

O educador ira propor expansão desses conceitos através da

leitura de livros, textos diversos, jornais e revistas e a pesquisa

do tema abordado. Visando uma analise e localização no tempo e

espaço histórico e social, busca através da analise de mapas

históricos e textos uma compreensão do processo evolutivo da

sociedade.

Buscando ampliar essa compreensão de mundo o educando usara

os recursos tecnológicos disponíveis como: filmes (VHS, DVD),

internet, televisão e rádio; também na musica, literatura, artes,

arquitetura, cultura e valores que compreendem a sociedade que

estão inseridos. O educando ira usar de seu conhecimento através da

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produção de cartazes dramatizações e produções textuais artística

criticando de modo significativo o aprendizado adquirido.

Utilizar-se da metodologia no sentido de desenvolver o senso

crítico rompendo com o valor do saber enciclopédico socializando a

produção da ciência histórica, passando da reprodução do

conhecimento à compreensão das formas como este se produz,

formando um homem político.

A integração da história com as demais disciplinas permite

sedimentar e aprofundar temas estudados no ensino fundamental,

redimensionando aspectos da vida em sociedade e sobre o papel do

indivíduo nas transformações do processo histórico, completando a

compreensão das relações do indivíduo – sujeito da história.

Se o objetivo do ensino da história no ensino médio é conduzir o

aluno a compreender fatos passados e relacioná-lo ao presente, a

adequação metodológica deverá acontecer tomando a realidade do

aluno nesse sentido de conquistar a compreensão permitindo assim

ao aluno apoderar-se da pluralidade das memórias, proporcionando-

lhe a sua compreensão e do conflito que se produz nas e pelas

relações sociais.

A história nessa perspectiva dá para os jovens do Ensino Médio

condições de ampliar conceitos introduzidos nas série anteriores do

ensino fundamental contribuindo substantivamente para a construção

dos laços de identidade e consolidar a formação da cidadania.

O ensino da história pode desempenhar um papel importante

na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o

indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas

afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de

compromisso com classes, grupos sociais, cultura, valores e gerações

do passado e do futuro.

A contribuição mais substantiva da história para melhor

compreensão da sociedade contemporânea e de nela o jovem se

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situar reside, assim, e mais efetivamente, na possibilidade de

desenvolver capacidades e apreensão do tempo em seu completo das

vivências humanas.

Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para

as novas gerações, considerando-se que a sociedade atual vive um

presente contínuo, que tende a aquecer e anular a importância das

relações que o presente mantém com o passado. Nos dias atuais, a

cultura capitalista impregnada de dogmas consumistas fornece uma

valorização das mudanças no moderno cotidiano tecnológico e uma

ampla difusão de informações sempre apresentadas como novas e

com explicações simplificadas que as reduzem aos acontecimentos

imediatos.

A produção das aulas de História se preocupará em desenvolver no

aluno a capacidade de pesquisar, comparar, de adquirir

conhecimento e estabelecer relações de confrontamento entre as

informações atuais e históricas de forma crítica e reflexiva.

As aulas de História no decorrer do ano acontecerão através de

estímulo ao aluno, levando-o a discernir limites e possibilidades de

atuação na permanência e na transformação da realidade,

comparando presente e passado e percebendo-se como agente

transformador da sociedade.

Para que tudo isso aconteça, o professor deverá incentivar o

aluno a investigação e a pesquisa, despertando assim, o gosto e o

prazer pela leitura e por novas descobertas.

As aulas de História devem dar condições a que o aluno possa

transformar a realidade do mundo de hoje, valorizando o convívio

pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade

cultural, evitando situações que podem resultar em discriminação e

injustiça social.

Portanto, cabe ao professor utilizar diversas maneiras de

desenvolver os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

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Desse devem ser trabalhados durante o ano. Desse modo, o professor

deve mediar os conteúdos estudados, facilitando a compreensão e

dando significado a eles, utilizando várias estratégias para produzir o

saber histórico como, atividades individuais, em grupo, pesquisa,

análise e reflexões de filmes, textos,, artigos de jornais, revistas,

documentários, entre outros.

Utilizar-se da metodologia no sentido de desenvolver o senso

crítico rompendo com o valor do saber enciclopédico socializando a

produção da ciência histórica, passando de reprodução do

conhecimento à compreensão das formas de como este se produz,

formando um homem político capaz de compreender a estrutura do

mundo da produção e suas inserções.

Entendemos que deve-se buscar a recuperação da dinâmica

própria das sociedades no tempo evitando trabalhar com base em

etapas ou apenas no presente. Deve-se ter como fundamento que

ensinar história é selecionar conteúdos, dividi-los programá-los de

maneira que acrescente algo nos educandos contemplando a

formação necessária à ser ensinada no ensino médio.

8.9.5 Avaliação

O principal critério de avaliação é o conteúdo, no seu papel de

mediador entre o sujeito que aprende e a realidade. É fundamental

enfatizar a relevância da relação conteúdo/forma na socialização do

saber, possibilitando ao aluno a reelaboração da sua visão de mundo,

assegurando-lhe o questionamento e o domínio da realidade

contemporânea.

Para a avaliação dever-se-á verificar a aprendizagem daquilo

que é básico, fundamental, para que ela se processe. Isto implica em

definir o que é necessário para que o aluno avance no caminho da

aquisição do conhecimento e envolve a participação efetiva dos

professores na definição dos conteúdos básicos, a democratização da

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relação professor/aluno, o processo de construção do conhecimento

pelo aluno, uma nova concepção de História, e a definição de

estratégias de ensino.

O conteúdo deve ser avaliado no sentido de priorizar que o

aluno esteja compreendendo a unidade e a diversidade do social, nos

seguintes aspectos:

- as transformações, isto é, as diferenças e semelhanças, as

mudanças e permanências entre os diferentes grupos e entre as

sociedades urbana e rural, colonial e industrial, teocêntrica e

democrática;

- as relações, isto é, as diferentes formas das relações do homem

com a natureza e com os outros homens para satisfazer as suas

necessidades como um produto da História dos homens.

Ao avaliar-se é importante levar em consideração todas as

experiências culturais, explicitá-las, sistematizá-las, procurando levar

o aluno à construção da temporalidade e à compreensão de que a

própria temporalidade é uma construção histórica.

Através dos pressupostos de que o conhecimento foi construído

a partir da realidade do educando, dimensionado para a reflexão e

releitura de outras realidades o processo ensino aprendizagem será

avaliado através das construções orais, da elaboração de tipos

textuais diversos que registrem o processo da aquisição do

conhecimento já elaborado.

O educando registrará os conhecimentos adquiridos em forma de

conclusões, relatos históricos e contemporâneos, através de

argumentações e projetos que sugiram a prática sustentável na

sociedade atual.

Após a realização desses registros os educandos colocaram seus

registros para a apreciação do grupo em forma de

apresentações,debates e seminários.

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O ensino da historia visa proporcionar subsídios para as

contextualizações, reflexões e aceitação das diversidades, buscando

diminuir o preconceito em todos os níveis sociais.

Como professores, precisamos levar em conta os conhecimentos

prévios do aluno, devemos trabalhar com a memória compreensiva,

promovendo a aprendizagem funcional a partir de situação.

O ponto de partida é o conhecimento prévio do aluno. Devemos

motivar os nossos alunos a aprenderem, ou seja, a adquirirem a

habilidade de realizar aprendizagens. Se isto ocorrer,

transformaremos a sala de aula num ambiente agradável, onde a

auto- estima e o auto conceito do aluno fluir naturalmente.

Devemos fazer tabula rasa do passado? Acreditamos que não.

Existem conteúdos que devem ser memorizados, só que não

mecanicamente. Devem ser memorizados para servir de ponte para

reflexões, análises e sobretudo de auxílio na busca de novos

conhecimentos. O processo de avaliação deve priorizar mecanismos

que detectem se o aluno compreendeu o processo histórico e se está

capacitado para emitir julgamentos críticos sobre os temas

estudados.

O processo de avaliação na disciplina de História acontecerá de

maneira contínua de acordo com as atividades desenvolvidas,

priorizando mecanismos que detectem se o aluno compreendeu o

processo histórico fazendo reflexões críticas sobre os conteúdos

estudados.

A avaliação dar-se-á em todos os momentos, valorizando a

participação do educando nas atividades individuais e grupos, a

iniciativa para a pesquisa, oralidade nas discussões, debates e

apresentações de trabalhos escritos. A avaliação também ocorrerá

através da escrita com produções de textos e análise de questões

subjetivas ou objetivas.

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Portanto, todo o processo de avaliação será com o objetivo de

investigar e dar subsídios ao aluno para o exercício de sua cidadania.

8.9.6 Referências

• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes

Curriculares da educação básica: História. Curitiba: SEED,

2008.

• CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA,

Renan Garcia. O Jogo da História. São Paulo: Moderna. 2002.

• FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.

• MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do Tempo. São

Paulo: Moderna, 2002.

• ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do Futuro: História. São Paulo:

IBEP, 2003.

• ARRUDA, José Jobson de A. Toda a História. São Paulo: Ática,

2003.

• COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo:

Saraiva, 2004.

• DIVALTE, Garcia Figueira. História, Novo Ensino Médio. São

Paulo: Saraiva, 2004.

• MORAES, José Geraldo Vinci. História Geral e Brasil. Editora

Atual.

• PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida. Vol. 3. São

Paulo: Ática, 2004.

• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes

Curriculares da educação básica: História. Curitiba: SEED, 2008.

• SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: a África

antes dos portugueses. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

• WACHOWICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. 2 ed.

Curitiba, Ed. Dos Professores, 1968.

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8.10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

8.10.1 Apresentação geral da disciplina

O ensino da Língua Estrangeira Moderna tem início no Brasil com

os jesuítas. O objetivo era, então, promover e difundir os

ensinamentos católicos. Ensinava-se o latim aos povos catequizados.

Entretanto, acusados de serem incentivadores da resistência dos

nativos aos espanhóis, foram expulsos. Sendo o ensino considerado

um fator essencial a dominação, em 1759 o ministro Marquês de

Pombal implantou o ensino régio no Brasil e o Estado passou a ser

responsável pela contratação de professores não-religiosos. As

Línguas Estrangeiras implantadas no currículo e foram o grego e o

latim.

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808

criou-se, com um decreto assinado pelo príncipe regente D. João VI, o

ensino de Inglês e Francês nas instituições públicas, atendendo as

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio.

O Colégio Pedro II, inaugurado em 1837, passou a ser referência

no ensino de língua estrangeira e seu currículo foi adotado por quase

um século, com sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de

Alemão, prevalecendo a tradição das línguas clássicas grego e latim.

Esse ensino privilegiava a escrita pela concepção gramatical, sendo

que em1929 o Italiano passou a compor o currículo até 1931.

A partir do século XX fatores históricos na Europa, tais como guerras,

perseguições étnicas e demais fatores, contribuíram para a vinda de

imigrantes para o Brasil devido as propagandas do país no exterior

com o intuito de conseguir mão-de-obra para a cafeicultura e apoiar a

industrialização após a Primeira Guerra Mundial.

Como no Brasil a escola não era para todos, os imigrantes italianos,

alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses nas colônias

formadas, implantaram escolas para manter o ensino da sua cultura e

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a língua do país de origem, sendo o ensino da Língua Portuguesa

considerado como ensino de Língua Estrangeira, formando-se várias

comunidades bilíngües no Paraná.

Em 1917 o governo federal mandou fechar as escolas dos imigrantes

ou estrangeiros e criou em 1918 escolas primárias mantidas por

recursos federais. Em 1920 decretou-se nas escolas, tanto públicas

quanto particulares, o ensino da Língua Portuguesa por professores

brasileiros natos e o ensino da Língua Estrangeira foi proibido para

crianças menores de dez anos que ainda não dominavam

corretamente o Português.

Em 1931, com uma reforma educacional intitulada Francisco Campos,

o Ministério da Educação e Cultura passou a indicar aos

estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado nas escolas,

metodologia e programa curricular de cada série, contribuindo para a

formação da mentalidade, hábito de reflexão da língua, conhecimento

da civilização estrangeira e cultura de outros povos, tendo o Inglês

espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado

nas transações comerciais.

Na década de 50 surgiram novos métodos de aprendizagem da

Língua Estrangeira passando das regras memorizadas para sistemas

áudio-visuais e áudio-orais, surgidos nos Estados Unidos por ocasião

da Segunda Guerra Mundial em 1942, passando a língua a ser vista

como hábito.

O áudio-oral tinha como foco a pronúncia fluente pela repetição e o

áudio-visual deixava sentenças isoladas à dialógicas contextualizados.

A partir da década de 60 o método áudio-oral permaneceu em

evidência e Chomsky propôs a teoria inatista da linguagem, em que o

ser humano já nasce com capacidades de comunicação que são

desenvolvidas com o tempo.

Em 70 o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino

de Língua Estrangeira voltado apenas para as classes favorecidas e

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apenas em 76 voltou a ser obrigatório somente no segundo grau com

uma aula semanal. Porém, com influência de métodos fundamentados

na lingüística estrutural, o ensino era voltado apenas na transmissão

do código, sem conexão com as culturas e sociedades nela

embutidos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) número 9394,

determinou em 1996 a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua

Estrangeira Moderna (LEM) no Ensino Fundamental a partir da quinta-

série, sendo a escolha do idioma feito pela comunidade escolar dentro

de suas possibilidades e o Ensino Médio além de uma obrigatória,

pode optar por outra Língua Estrangeira.

Já, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica propõem “a função

da Língua Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para

reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que

as apóiam (p.49).”

A língua é o fruto da cultura de um povo e variando de acordo

com seus usuários que diferem de grupos sócio-culturais históricos.

Através da sua característica dialógica (a língua) é possível analisar e

refletir sobre diferentes ideologias e vozes, condições sociais e grupo

social no qual o usuário da língua está inserido e o aprendizado da

Língua Estrangeira pode propiciar o desenvolvimento da consciência

sobre a importância do estudo de línguas estrangeiras em nossa

sociedade, visando a interação mundial proporcionada pela

globalização.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve possibilitar ao

aluno uma formação de percepção de mundo em seu contexto diário

e um desenvolvimento de consciência crítica na interação da língua e

sociedade, com o intuito de avaliar os paradigmas existentes e

compreender as transformações que ocorrem na sociedade como

construção de novas ações transformadoras.

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A relação entre diversas sociedades de todo o globo terrestre é

apenas possível mediante a interação pela comunicação com textos

verbais e não-verbais. O aprendizado de uma Língua

Estrangeira,possibilita ao educando manter-se como agente ativo em

situações significativas, construindo e desconstruindo suas leituras de

mundo.

8.10.2 Objetivos Gerais

Observar e analisar os hábitos e modos de ler o mundo de

outros povos, bem como a influência dos mesmos em nosso

cotidiano.

Comparar as semelhanças e diferenças de outras culturas com a

cultura brasileira.

Reconhecer as influências políticas, sociais e econômicas entre

países.

Compreender o mecanismo que compõe as culturas de países de

língua inglesa e relacionar com o ensino de sua língua, pois a língua é

reflexo cultural e para assimilá-la é necessário saber sobre a nação

que a utiliza.

8.10.3 Conteúdos

Abordam os conteúdos específicos de cada série, porém são

provisórios e resultantes de uma interação social histórica e

processual, sendo estruturados de acordo com as necessidades

sociais do momento.

O ensino da Língua Estrangeira Moderna possui como conteúdo

estruturante o DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL englobando os

eixos educacionais de LEITURA, ORALIDADE e ESCRITA.

A ORALIDADE é o uso funcional da língua, expressão de idéias e

adequação para um maior entendimento do texto.

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Seguindo-se da ESCRITA que é uma atividade sociointeracionista no

qual seu uso caracteriza-se por objetivos claros e de uso real e

específico, que possibilita a concretização da teoria pressuposta

gramaticalmente.

Com a interação destes recursos, oralidade e escrita, visa-se uma

maior possibilidade de abranger conhecimentos com a interação de

outras disciplinas.

O conteúdo estruturante como os demais conteúdos devem

utilizar recursos lingüísticos como fonético-fonológico, léxico-

semântico e de sintaxe para ocorrer a percepção das vozes que

permeiam as relações sociais, as diversidades de gêneros textuais e

a especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática

pedagógica, resultando em um princípio de continuidade dos

conteúdos de acordo com o perfil dos alunos, as condições de

trabalho da região e do âmbito escolar e a faixa etária do grupo que

será ministrado as aulas.

-Conteúdos da 5ª série

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico;

- Repetição proposital de palavras;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.

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ESCRITA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

recursos semânticos.

Conteúdos da 6ª série

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

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- Situacionalidade;

- Informações explícitas;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

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- Variações linguísticas;

- Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição,

semântica.

Conteúdos da 7ª série

- LEITURA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação recursos gráficos como aspas, tra-

vessão, negrito, figuras de linguagem.

- Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

- Léxico.

ESCRITA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

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- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, das classes gramaticais no texto,

pontuação,

- Concordância verbal e nominal;

- Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, cor-

poral e gestual, pausas;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

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- repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repe-

tições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral conectivos, gí-

rias, repetições, etc);

Conteúdos 8ª série

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Emprego do sentido conotativo e denotativo notexto;

- Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

- Polissemia;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão,negrito), figuras de linguagem);

- Léxico.

ESCRITA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

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- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto;

- Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

- Polissemia;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, cor-

poral e gestual, pausas...;

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- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Semântica;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repe-

tições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Conteúdos Ensino Médio BÁ

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência textual;

- Partículas conectivas do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

- Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

- Polissemia;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gra-

maticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem;

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- Léxico.

ESCRITA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;Referência textual;

- Partículas conectivas do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

- Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

- Polissemia

8.10.4 Metodologia

Dar ao aluno a oportunidade de aprender uma Língua Estrangeira

Moderna que lhe sirva como mais um instrumento de comunicação,

contribuindo para sua auto-realização e qualificação para o trabalho.

Levar o aluno a ler e valorizar a leitura como fonte de informação e

prazer utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos

estudos avançados.

Focar a administração e a organização do ensino da segunda

língua segundo os olhos dos alunos. Pelas Diretrizes dos Parâmetros

Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos do Ensino

Fundamental, espera-se que o educando seja capaz de saber

identificar línguas estrangeiras e perceber que vive em um mundo

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plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel dominante

em determinado momento histórico.

Promover ao aluno uma experiência de se expressar e de ver o

mundo, ampliando a compreensão do próprio papel como cidadão de

seu país e do mundo.

Reconhecer que adquirir uma ou mais línguas permite acessar

bens culturais da humanidade. Lendo e valorizando a leitura como

fonte de informação e prazer, utilizar outras habilidades

comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas.

Possibilitar atividades variadas com a Língua Estrangeira Moderna

como diálogos, trabalhos em grupo, traduções, interação com

tipologias textuais diversificadas e outros para que o educando possa

relacionar sua língua nativa com outra língua e construir

conhecimento reflexivo da própria, sendo que apenas se aprende

uma língua, fazendo uso dela por conversações e análises.

PRÁTICAS DISCURSIVAS

A relação de ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira

Moderna deve embasar-se por meio do trabalho com diversidades

textuais que contemplem as práticas sociais e utilizando-se de

procedimentos interpretativos de contextualização, possibilitando

uma reflexão crítica e discursiva da língua e a construção da

linguagem no cognitivo de maneira clara e objetiva.

Utilizando-se das reflexões da língua e confrontos ideológicos entre

autor, texto e leitor que possam resultar destas ações, há uma

construção de sentidos da e na Língua Estrangeira Moderna. Jordão

(2004a, p.164), apresenta essa construção de sentidos que está na

língua:

[...] (ao) aprender uma língua estrangeira [...] eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir sentidos, que há outras

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possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a que o conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas mais [...] línguas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo.

O procedimento de leitura é interação partindo do pressuposto da

construção de sentidos englobando cultura, língua, pensamento

individualizado decorrente das vivências de cada indivíduo,

compreensão e assimilação de mundo, relação entre diversos

elementos envolvidos para o aprendizado como língua nativa, cultura

do meio que se está inserido, procedimentos interpretativos,

contextos e ideologias.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação para as LEM

“O trabalho com Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais de meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (p. 63).”

Sendo assim, mais do que transmitir o idioma como um código

fechado ou um apresentador de opiniões, as aulas de LEM devem,

acima de tudo, propiciar diferentes óticas de um mesmo tema. Para

que isso ocorra é a partir de idéias apresentadas nos mais diferentes

tipos de discursos e gêneros que serão construídas todas as reflexões

que devem ser feitas. Leitura, oralidade e escrita, bem como o código

lingüístico acontecerão sem jamais estar dissociados do fim maior

que é o conteúdo estruturante da disciplina: Discurso como prática

social.

As DCEs ainda apontam a necessidade do diálogo da LEM com

outras disciplinas. Impossível pensar que isso não venha ocorrer

quando os encaminhamentos metodológicos da disciplina têm como

foco o trabalho com o discurso. Aí está a grande possibilidade e

mérito de uma metodologia não hermética, é possível transitar nas

mais diferentes áreas do conhecimento, questões que são pertinentes

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à escola e temas ou assuntos que se apresentam no dia-a-dia.

Diversidade cultura meio ambiente,urgências da comunidade

são contempladas de maneira real, pois o trabalho é desenvolvido

com algo vivo: “a língua”,sinônimo de comunicação e não sinônimo

de código. Assim há a possibilidade de atender as determinações das

DCEs que apontam a importância de se contemplar as leis 10.639/03

“História do Paraná e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente”.

Focar a administração e a organização do ensino da segunda

língua segundo os olhos dos alunos. Pelas Diretrizes dos Parâmetros

Curriculares Nacionais, ao longo de quatro anos do Ensino

Fundamental, espera-se que o educando seja capaz de saber

identificar línguas estrangeiras e perceber que vive em um mundo

plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel dominante

em determinado momento histórico.

O entendimento do papel do ensino das línguas na sociedade

possibilita o conhecimento, a capacidade de expressar e transformar

modos de entender o mundo e de construir significados.

A utilização da intertextualidade, recursos coesivos, coerência e a

interação dos recursos gramaticais com o texto para que não se torne

uma ação fragmentada, mas com objetivos reais do uso da

gramática.

O ensino da Língua Estrangeira Moderna deve vincular-se com a

língua materna, a qual serve de subsídio para o entendimento e

produção textual. O seu real entendimento e aprendizagem gradual

desenvolvem um montante positivo a partir do momento em que se

percebe a finalidade, ou seja, o escrever para alguém, um processo

dialógico.

O trabalho com a análise lingüística é usado como mecanismo

de compreensão dos significados e as necessidades específicas para

expressar e construir sentido no texto.

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Transformar o indivíduo em leitor crítico e perceptivo de um

sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares,

necessidades e anseios relativos e frutos do processo de

aprendizagem.

Pelo conhecimento e utilização de diferentes gêneros textuais,

há uma abrangência em relação ao conhecimento de culturas e a um

universo sócio-histórico, pois não existem línguas neutras partindo do

pressuposto que toda língua advém da interação de outras culturas e

dialetos que são difundidos com o intercâmbio cultural entre os povos

por toda a história da humanidade em diferentes situações.

A percepção de diferentes formas lingüísticas permite ao

educando um novo modo de ver a realidade e as variações tanto

culturais quanto situacionais em que a língua pode estar envolvida.

Esses fatos, articulados com outras disciplinas, permite uma relação

de informações obtidas com outras já adquiridas para uma

complementação do aprendizado.

Utilizando-se de gêneros textuais diversificados, percebendo-se

a ideologia e o contexto incutidos no próprio texto e sua intenção,

abrangendo as variações lingüísticas sobre tudo as expressões

idiomáticas que permeiam a Língua Estrangeira Moderna como

também os lugares, situações e grupos sociais que as utilizam,

analisando a Língua como um todo e não fragmentada, por meio de

pesquisas e comparações das mesmas obtidas, discutindo-as por

vários pontos de vista, possibilita a produção e interação social da

língua – sociointeracionista ( dialogia com o texto como objeto de

estudo).

8.10.5 Avaliação

Nesta concepção de ensino de LEM proposto nas DCEs há de se

avaliar de maneira total, ou seja, não apenas usar o texto como

pretexto para conferência de aspectos lingüísticos, é necessário que

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seja percebida a interação dos alunos com as ideias contidas nas

discussões. Não basta julgar o aluno, isto é, danificá-lo em termos de

rendimento, é preciso que algo seja feito para que o aluno progrida,

vindo atingir a competência necessária. Neste sentido a avaliação é

vista como um diagnóstico do aluno, facilitando ao professor tomar

decisões no sentido de levar o aluno a competência desejada.

A avaliação deve ser um processo dinâmico e portanto implica

em progresso. Sendo um processo contínuo, a observação na

utilização da língua estrangeira no cotidiano do aluno em relação ao

seu aumento vocabular por meio da utilização de dicionários e

questionamentos textuais, fazendo uma relação entre língua materna

e língua estrangeira.

O avanço vocabular deve estar relacionado com a ortografia e

gramática inglesa em exercícios que levem a reflexão da língua e da

cultura do povo ao qual ela pertence.

ABORDAGEMEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

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8.11 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

8.11.1 Apresentação geral da disciplina

Tendo em vista as exigências do mundo contemporâneo e o

desenvolvimento tecnológico quase diário, a Língua Estrangeira

Moderna tem por finalidade instrumentalizar o aluno para

compreender e produzir texto de qualidade prática, ou seja, texto que

sirva para comunicar-se no seu dia a dia. Ao ensinar língua

estrangeira deve ser levado em conta o aluno e seu objetivo em

aprender, sua classe social e suas relações sociais. Para desenvolver

tal trabalho, deve-se propiciar ao aluno situações de comunicação

oral e escrita, oferecendo-lhe situações próximas da realidade. A

preocupação maior deve ser com o ato da fala, ou seja, o momento

do uso do texto e não com conteúdos gramaticais, pois

contextualizando os temas o aluno será inserido em ações autênticas

de comunicação.

Estas necessidades devem conscientizar o estudante de que o

conhecimento desta língua é requisitado cada vez mais pelos atuais

meios de comunicação, como a Internet, a TV a cabo, entre outros e

sua falta de impede as pessoas de aproveitar todo o potencial

oferecido por esses meios de comunicação.

Ao ler um texto o aluno busca na memória o seu "pré-

conhecimento" sobre o assunto para depois inter-relacionar-se com o

contexto, surgindo, assim, uma nova visão do mesmo texto. A partir

de tal texto, poderão ser produzidos outros novos textos de acordo

com a experiência prévia de cada leitor. Este trabalho é uma

ferramenta muito importante para o desenvolvimento cultural e

crítico do aluno. O aprofundamento dos conteúdos referentes à

interpretação e à extrapolação de textos será bastante enfatizado no

Ensino Médio, objetivando a vertente utilizada pelos grandes

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vestibulares e a necessidade de compreender o texto em sua

totalidade histórica, social, cultural.

É preciso trabalhar com a "língua viva" do jornal, da televisão e

da leitura de conversas do dia-a-dia. Portanto, as estruturas

gramaticais não aparecem em seqüência gradual, mas de acordo com

as necessidades surgidas na realização da contextualização. As

noções gramaticais surgirão no processo dinâmico de funcionamento

da língua, onde a assimilação da estrutura da língua estrangeira é um

processo criativo de elaboração pessoal, partindo de generalizações,

o educando vai, aos poucos, dominando tal estrutura.

Desta forma, o educando estará se capacitando para a

utilização da Língua Estrangeira Moderna na percepção das idéias,

haja vista que, com as noções fundamentais, como vocabulário,

interpretação e compreensão de textos, ele teve contato ao longo do

Ensino Fundamental. Esta nova abordagem visa à busca da

compreensão que não é necessário somente a gramática normativa

para a produção de textos.

8.11.2 Objetivos gerais

• Utilizar os mecanismos de coerências e coesão na produção oral

e / ou escrita;

• Conhecer e usar as línguas estrangeiras modernas como

instrumento de acesso a informações a outras culturas e grupos

sociais;

• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal,

relacionando textos/ contextos mediante a natureza, função,

organização, estrutura, de acordo com as condições de

produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores

participantes da criação e propagação de idéias e escolhas,

tecnologias disponíveis);

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• Reconhecer as palavras inglesas que fazem parte da vida do

brasileiro, através de embalagens e textos, verificando que o

Inglês está presente no dia-a-dia;

• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer,

utilizando-a como meio de acesso ao mundo de trabalho e de

estudos.

• Verificar em textos que há palavras que são parecidas com o

Português, porém nem sempre apresentam o mesmo significado;

• Incentivar a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever,

descobrir, interpretar situações, pensar criativamente, fazer

suposições e inferências relacionadas com o conteúdo é uma

forma que amplia a capacidade de abstrair elementos comuns em

diversas situações para que eles possam generalizar e melhorar as

possibilidades de comunicação,criando significados através da

linguagem.

• Incentivar os alunos a trabalhar de forma independente, de modo

a permitir-lhes identificar as suas potencialidades e

dificuldades no processo de aquisição do idioma espanhol.

8.11.3 Conteúdos

O conteúdo estruturante da língua é o discurso como prática

social, que a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas de

leitura, de oralidade e de escrita.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura

Tema do texto;

Interlucutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

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Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência Textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e / ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de

linguagem;

Léxico.

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguÍsticas;

• Marcas linguÍsticas;

• Adequação da fala ao contexto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Escrita

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- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência textual;

- Partículas conectivas do texto;

- Discrurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

- Palavras e ou/ expressões que detonam ironia e humor no texto;

- Polissemia.

- Marcas linguÍsticas;

- Acentuação Gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

Repaso: ¿quién soy?

- el alfabeto, deletrear y grafía correcta de las palabras

- los saludos y las despedidas

- para conocerse. Presentarse, decir la edad, donde vive y la

nacionalidad

- buscar palabras en el diccionario

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♦ vocabulario: “En clase”. Nombrar los objetos de clase, explicando

la importancia de ser estudiante en la actualidad

♦ los pronombres objeto indirecto

♦ los verbos “ser” y “estar” en presente de subjuntivo

♦ vocabulario: “La escuela”. Haciendo una maqueta de la escuela

que te gustaría tener.

- presente de subjuntivo de los verbos “andar, hablar y estudiar”

- vocabulario: “la casa”. Decir la dirección y buscar en el diccionario

los objetos de la casa, como si fueras un vendedor

- el género y el número

- la primera conjugación: verbos terminados en AR en presente de

subjuntivo

- los refranes y dichos espanõles.

- vocabulario: “la ciudad”. Nombrar todo que hay en una ciudad y

en un país

- las reglas de acentuación

- los numerales

- los colores y las ropas

- decir las horas en diferentes países

- los días de la semana (mi agenda)

- los meses del año y lo qué hago en ellos

vocabulario: “la comida”. Decir los nombres de las frutas y las

verduras

- las estaciones del año

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- la segunda conjugación: verbos terminados en ER, en presente

de subjuntivo

- los pronombres objeto directo y indirecto

- vocabulario: “las profesiones”: ¿qué espero de mi futuro?

España: el mapa y las costumbres, incluyendo hispanoamérica

- Vocabulario: “razgos de carácter físicos y psicológicos”

- Los heterosemánticos

- Vocabulario: “los deportes” en la copa del mundo

La tercera conjugación: verbos terminados en IR en presente de

subjuntivo

• El verbo “ir” en presente de subjuntivo

• Vocabulario: comparando la vida en el campo y en la ciudad

• Vocabulario: “los animales” y su función en la naturaleza

• Las preposiciones

Verbo auxiliar “haber” en subjuntivo.

- leyendo cuentos

Revisión de los verbos en subjuntivo.

Revisión de los verbos en pretérito

Vocabulario: “Las fiestas en España y Hispanoamérica”

Diversidades que serán trabajadas en medio a los contenidos

durante todo el año:

Historia y cultura afrobrasileña y africana : rescatar la lengua de sus

ancestrales através de palabras que se establecerán en nuestro

idioma/ insertar la cultura africana y afrodescendente/ letras de

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músicas respeto al tema/ textos sobre la vida de lideranzas como

Malcom X y Martin Luther King.

Imigrantes: respetando el escenario de imigración japonesa en Brasil,

trabajando con ideogramas , leyendas y mitos japoneses.

Indígenas: expresiones que influyeron en nuestro idioma/ leyendas y

mitos indígenas.

Género: trabajar con textos que hablen respecto a la mujer, a los

homosexuales y de las personas mayores en los países de habla

hispánica.

2ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais

observando as características do texto e construção do

vocabulário no contexto do texto.

- Ler com ritmo e entonação percebendo o valor expressivo

do texto e sua relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos , dos acontecimentos, situações

polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros envolvendo o

vocabulário da língua inglesa.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de

textos (estabelecer o tema, levantar as ideias e dados, planejamento,

produção, reescrita com a intervenção do professor e uso do

dicionário).

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Respeitar às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-

descendentes e indígenas como comportamento ético e expressão de

cidadania, usando a língua como forma de conhecer essas culturas e

visões de mundo.

3ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais

observando as características do texto e construção do

vocabulário no contexto do texto.

- Ler com ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do

texto e sua relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos , dos acontecimentos, situações

polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros envolvendo a

língua inglesa.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de

textos (estabelecer o tema, levantar as ideias e dados,

planejamento, produção, reescrita com a intervenção do

professor e uso do dicionário).

- Respeitar às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-

descendentes e indígenas como comportamento ético e

expressão de cidadania, usando a língua como forma de

conhecer essas culturas e visões de mundo.

8.11.4 Metodologia

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É necessária a revisão da postura metodológica, não

priorizando o ensino gramatical, nem o treinamento das habilidades

lingüísticas, ou pela imposição de conteúdos estanques, mas por uma

abordagem discursiva, mais crítica e mais integradora. Não se pode

pensar em desenvolver somente a competência gramatical, torna-se

imprescindível entender esse componente como um entre os vários a

serem dominados pelos alunos. Propõem-se inicialmente trabalhos

com textos para que o aluno se familiarize melhor com as situações

de leitura, reconhecendo as informações básicas de diversas formas

de textos. É necessário o uso de material paralelo ao livro didático,

sendo complementar aos conhecimentos, necessários a serem

ensinados.

Não se rejeitará a gramática, mas se atribuirá um tratamento

específico que exigirá maior competência do professor a fim de

ministrá-la uma vez que as noções gramaticais surgirão no processo

dinâmico de funcionamento da língua.

É necessário, adquirir o conhecimento de como essas frases

serão adequadas a um determinado contexto, atentar para a

adequada construção gramatical do enunciado, além de destacar a

correção lingüística, atentando para o contexto onde tal frase poderia

ser produzida e para as razões que conferiram importância ao fato de

que o aluno seja capaz de produzi-la e entendê-la.

A leitura também será privilegiada, mas as demais habilidades

lingüísticas não devem ser negligenciadas. A leitura é um veículo

eficaz para a aquisição de conhecimentos de diferentes culturas e de

assuntos diversos. Sendo a leitura uma situação de comunicação-

interação alunos/texto, alunos/professor e texto/professor - abre

caminhos ao professor para chegar à discussão, à reflexão e

posicionamento diante dos fatos. O professor será mediador entre o

autor do texto e o aluno no processo de compreensão da leitura.

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A aquisição da competência comunicativa: o ouvir (entender), o

falar, o escrever e o ler são importantes, pois propiciam a

participação dinâmica e criativa a fim de atingir de forma satisfatória

a intenção de comunicar-se.

Além de capacitar o aluno a compreender e a produzir

enunciados coesos no novo idioma, propiciar ao aluno a possibilidade

de atingir um nível de competência lingüística capaz de permitir-lhe

acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que

contribua para sua formação enquanto cidadão.

Nessa linha de pensamento deixa de Ter sentido o ensino de

línguas que objetiva apenas o conhecimento metalingüístico e o

domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando

muito alcançar resultados medianos em textos escritos.

Na perspectiva atual o aluno será levado a comunicar-se de

maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana.

Será proposto um ensino que organize experiências de aprender, em

termos de atividades de interação de real interesse do aluno,

buscando uma maior aproximação com a realidade: o aluno será

agente do processo ensino-aprendizagem, porque vivência o que

aprende.

8.11.5 Avaliação

A avaliação situa tanto o aluno quanto o professor no processo

de aquisição e elaboração dos conteúdos de ensino. Através do

esforço do aluno em comunicar-se (oral e/ou escrito) o professor

poderá perceber o seu avanço, bem como o seu interesse em

aprender. Um processo contínuo, contextualizado, dentro de sala de

aula, onde o professor observará o desempenho do aluno para

diagnosticar se ele está sendo capaz de relacionar sua própria cultura

com a estrangeira, analisar, interpretar e comparar todas as formas

de textos; utilizar o que está sendo estudado, dentro de novos

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contextos, produzindo textos escritos e orais, através de um discurso

coerente e coeso, usando sua criatividade e raciocínio. O professor

observará se o aluno é capaz de compreender diferentes tipos de

mensagens e responder de forma coerente (escrita e/ou oralmente) e

a partir das dificuldades apresentadas, procurar superá-las.

A avaliação formativa pressupõe a inclusão; cabe, portanto, ao

professor de língua estrangeira administrar e gerenciar a

heterogeneidade de suas classes. O único e principal objetivo da

avaliação formativa é o de ajudar o aluno a aprender e a progredir

rumo aos objetivos propostos. No entanto, não pode ser objetivo do

professor de língua estrangeira propor o domínio integral da língua;

logo, as atividades de construção e de avaliação do conhecimento

propostas não devem voltar-se para esse fim.

Situações de aprendizagem são também situações de avaliação

e de auto-avaliação. O modo como o aluno constrói e gerencia sua

própria aprendizagem deve ser objeto de observação e apreciação

por parte do professor, o que implica exercer a regularização do

trabalho do aluno e prover apoio no contexto da atividade em curso,

encaminhar o aluno a outro grupo de trabalho e atividades de outro

tipo, sempre que for necessário, e monitorar os percursos individuais

de formação.

O professor utilizará diversos instrumentos de avaliação:

dialógos orais, pesquisas, interpretação através do contexto, testes,

em específico, transformam-se em exercícios de produção de

linguagem que será analisado pelo professor. O professor realizará um

acompanhamento permanente dos resultados das atividades e

deixará bem claro aos alunos os objetivos das aulas e quais objetivos

ele espera que sejam atingidos. Os alunos que não atingirem os

resultados esperados o professor planejará reavaliações de maneira

diversificada para que assim o aprendizado ocorra realmente.

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8.11.6 Referências

CASTRO, G.; FARACO, C. A. Por uma teoria lingüística que

fundamente o ensino de língua materna (ou de apenas um

pouquinho de gramática nem sempre é bom. In: Educar em

Revista, Curitiba: UFPR, 1999.

JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do

indivíduo. Curitiba: Mimeo, 2004.

PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua

estrangeira. In: SARMENTO S.; MÜLER, V. (org) O ensino do inglês

como língua estrangeira: estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS,

2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio. Paraná: 2006.

VOLPI, M. T. A formação de professores de língua estrangeira

frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O

professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas:

EDUCAT, 2001.

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8.12 LÍNGUA PORTUGUESA

8.12.1 Apresentação geral da disciplina

A Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares

brasileiros como disciplina escolar, somente nas últimas décadas do

século XIX, depois de muito tempo organizado o sistema de ensino.

Historicamente o processo de ensino da Língua Portuguesa iniciou-se

com a educação jesuítica. Nesse período não havia uma educação

institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à

alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da

metrópole e da igreja. A formação da nação brasileira deve à língua

muito da sua identidade. Nesse aspecto, tensionando o uso culto da

língua, emergem, no nível popular, coloquial, práticas de língua que

definem muitos aspectos da tradição que, hoje, correm o risco de

desaparecer sob os influxos da indústria cultural massiva.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava

obrigatório o ensino da Língua Portuguesa no Brasil. Em 1837, o

estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob a forma das

disciplinas: Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta última, a

Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a

denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por

decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica

elitista até meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir

de 1967, um processo de “democratização” do ensino, com a

ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão,

entre outros fatores. Como consequência desse processo, a

multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as

necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem

diferentes.

Estudos linguísticos centrados no texto e na interação social

das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da

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língua materna chegaram ao Brasil em meados da década de 70 e

contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de

um ensino baseado na memorização. Em 1971 o ensino voltou-se

para a qualificação para o trabalho decorrente da Pedagogia

Tecnicista, que pautava o ensino de Língua Portuguesa em exercícios

estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de

leitura.

A partir dos anos 80, com as contribuições teóricas dos

pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin a dimensão

tradicional do ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas,

envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como

unidade fundamental de análise.

Até meados do século XX para o ensino da Literatura vigorou a

predominância do cânone, onde o principal instrumento de trabalho

pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960 e

1970, a leitura do texto transmitia a norma culta da língua com base

em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos,

morais e cívicos. Com a tentativa de romper essa prática, a

abordagem do texto literário passou a centrar-se numa análise

literária simplificada estudando os elementos da narrativa. Quanto ao

texto poético adotava-se a análise da sua estrutura formal: rimas,

escansão, etc. A historiografia literária excluía o aluno de um papel

ativo no processo de leitura sem nenhum estímulo a reflexão crítica.

Pensar o ensino da Língua Portuguesa/Literatura atualmente,

significa pensar numa realidade que permeia todos os atos

cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha onde quer

que estejamos. A linguagem surge como uma necessidade para nos

organizar em sociedade, acompanhando a evolução histórica

acelerada; organizar a experiência e o conhecimento humano, no

domínio da natureza e da necessidade social, portanto, é um fato

eminentemente social. E através do conhecimento da Língua o aluno

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deve ser capaz de relacionar-se plenamente com o mundo que o

cerca. Além disso,deve dominar o padrão culto da língua e o

conjunto de variedades linguísticas, de forma que seja capaz de ler,

entender e questionar os diversos níveis de comunicação, ou seja, a

Língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico. Sendo assim,

temos que oportunizar: Prática da Leitura - como processo de busca

de si mesmo, de sentidos e de interações com o mundo, com o autor,

levando em consideração o espaço que ele está inserido; Prática (oral

e escrita) – baseado no domínio da Língua oral, valorizando os

diferentes falares onde o aluno adquire a confiança para a produção

do texto escrito. Deve-se despertar no aluno a motivação pelo ato de

escrever e falar, oferecendo as diversas possibilidades de

organização textual e de situações reais de uso da fala; Prática da

Reflexão ou Análise Linguística – valorizar o conhecimento prévio,

tendo em vista que o aluno é um ser social, portanto a escola tem

como função, estruturar esse conhecimento adquirido, de forma

criativa e reflexiva, envolvendo aspectos discursivos, estruturais e

ortográficos.

A literatura compreende o entendimento do mundo, a

capacidade de expressão e de crítica através da história, analisando

os aspectos geográficos e os inúmeros fatores que contribuíram para

a criação da literatura universal, portuguesa e brasileira.

Sendo assim, o aluno deve ser capaz de interpretar e produzir

textos de diversos gêneros/diferentes discursos, conseguir se localizar

diante do contextos histórico, social e humano, efetivando assim a

construção do pensamento crítico.

Portanto, o ensino da Língua não pode ser apenas o estudo da

gramática, mas sim uma abrangência maior, onde se possa despertar

o senso crítico, o valor da boa comunicação e dar as mesmas

oportunidades a todos. Desta forma se torna possível propiciar um

processo de ensino-aprendizagem de acordo com as situações reais

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vividas em sala de aula, levando-se em conta a maneira pela qual a

língua é produzida e, a partir deste contexto, levar os educandos a

um desenvolvimento que lhes permita o contato da Língua como um

organismo vivo que se desenvolve e se transforma, contrário de algo

fixo e pronto.

O ensino da Língua Portuguesa/Literatura propõe desafios na

elaboração de uma prática pedagógica que se efetive através da

organização do pensamento e a implementação da comunicação, pois

é pela compreensão e uso das linguagens que é possível a prática

coletiva e a troca de informações tão necessárias ao acúmulo de

experiências vividas socialmente, sendo fator fundamental na

elucidação da realidade.

Nesse contexto, é fundamental destacar a prioridade da Língua

Portuguesa como língua materna, pois a língua é significação,

representação que se materializa através de signos sonoros e gráficos

em diferentes linguagens. Assim, a Língua Portuguesa não só será

complementada pelas outras disciplinas, mas também havendo

interdisciplinaridade.

Devemos reconhecer que a Língua Portuguesa vem

transformando-se através do tempo, e sofreu influências de outras

línguas e culturas como a Africana e Indígena. Com base na Lei nº

11645/08 o trabalho de Língua Portuguesa refletirá sobre a influência

e importância da história e cultura afro-brasileira e indígena, abordará

a história do Paraná quando estudar sobre autores paranaenses,

conforme Lei nº 13381/01, e abrangerá textos sobre o meio ambiente

de acordo com a Lei nº 9795/99, através da oralidade, leitura e

escrita.

Já o ensino de Literatura, dentro da disciplina de Língua

Portuguesa, faz a ponte entre a prática da leitura e o enriquecimento

cultural, no momento em que se faz a contextualização das obras.

Com isso permite ampliação e o crescimento linguístico e a leitura de

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mundo se amplia. Visa também formar o hábito de leitura do aluno,

desenvolvendo a imaginação, a criatividade e percepção do real e do

imaginário, o lúdico, ou seja, trazendo sabor ao saber.

Assim, o ensino de Língua Portuguesa é entendido como uma

interação viva com as forças sociais que nos permite aprender não só

o sujeito contemporâneo, mas também as questões materiais e

simbólicas a partir dos quais esse sujeito esse exprime.

8.12.2 Objetivos gerais

- Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as

intenções que estão implícitas no discurso cotidiano e posicionando-

se diante dos mesmos;

- Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em

situações discursivas realizadas por meio de práticas textuais,

considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção-

leitura;

- Refletir sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou

ouvem, intuindo, de forma contextualizada, as características de cada

gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na organização do discurso ou texto, desenvolvendo

também a capacidade de auto-avaliação;

- Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação com

consciência, na escola, no trabalho e em outros contextos da sua

vida;

Desenvolver e aprimorar as capacidades de,

principalmente, ler o mundo, e assim representá-lo em diferentes

contextos;

Aprimorar o senso crítico do aluno em relação aos textos,

levando-o a compreender e avaliar a realidade;

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Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita

como fontes de informação, aprendizagem, lazer e arte;

Valorizar as variedades lingüísticas, bem como as

diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos;

Ver na leitura as possibilidades de expressão da cultura

de um povo;

Trocar impressões e informações com outros leitores bem

como com outras leituras;

Possibilitar espaços dedicados à leitura;

Resgatar por meio de elementos fornecidos pelo texto

valores humanos e aplica-los no dia-a-dia;

Valorizar a cultura afro-descendente e indígena, o meio

ambiente e a história do Paraná.

8.12.3 Conteúdos

Discurso como prática social para que o aluno aprenda a ler,

compreender e produzir textos orais e escritos, para defender seu

ponto de vista, e saber posicionar-se diante de diferentes situações

sociais.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se

efetiva nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de

estudo da disciplina é a Língua, e o Conteúdo Estruturante da Língua

Portuguesa e Literatura é o discurso, concebido como prática

social contemplando nossas origens únicas (indígenas e africanas) e

os diferentes gêneros desdobrados em três práticas: leitura, escrita e

oralidade.

Conteúdos Específicos

5ª série

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Leitura

• Identificação do tema;

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,

interlocutores, fonte, intertextualidade, informatividade,

intencionalidade, marcas lingüísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários;

• Inferências;

• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o

valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com

os sinais de pontuação;

• Conhecer os conceitos básicos de Literatura;

• Reconhecer o Folclore como parte da cultura.

Oralidade

• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,

acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,

programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular

na exposição de idéias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,

considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Variedades lingüísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc.

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Escrita

• Adequação ao tema: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Argumentação;

• Paragrafação;

• Clareza de idéias;

• Refacção textual.

Análise Lingüística

• Coesão e coerência;

• Pontuação e seus efeitos de sentido;

• Recursos gráficos: sílaba e divisão silábica;

• Siglas e abreviaturas;

• Gírias;

• Frase e oração;

• Tipos de frase;

• Relação entre fonema e grafema;

• Função do sujeito e do predicado;

• Função das classes gramaticais;

• Alguns procedimentos de concordância Nominal e Verbal e

conjugações verbais;

• Ortografia e Acentuação;

• Introdução a Figuras de Construção.

6ª série

Leitura

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,

interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados,

intertextualidade, informatividade, intencionalidade, marcas

lingüísticas.

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• Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários;

• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o

valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com

os sinais de pontuação;

• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em

registro formal e informal;

• Texto e Linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia,

intencionalidade, informatividade, marcas lingüísticas;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;

• Pesquisar biografia e bibliografia de autores paranaenses.

Oralidade

• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,

acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,

programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular

na exposição de idéias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,

considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Coerência global do discurso oral;

• Variedades lingüísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Particularidades dos textos orais.

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Escrita

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Argumentação;

• Paragrafação;

• Coerência e coesão;

• Paráfrase;

• Refacção textual.

Análise Lingüística

• Discurso direto e indireto;

• Função das classes gramaticais;

• Pontuação e seus efeitos de sentido;

• Recursos gráficos;

• Acentuação gráfica;

• Valor sintático e estilísticos dos modos, tipos e tempos verbais;

• Representação do sujeito no texto;

• Neologismo;

• Figuras de pensamento;

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica;

• Ortografia, encontros vocálicos, consonantais e dígrafos.

7ª série

Leitura

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,

interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade,

informatividade, intencionalidade, marcas lingüísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários;

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• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o

valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com

os sinais de pontuação;

• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em

registro formal e informal;

• Texto e Linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia,

intencionalidade, informatividade, marcas lingüísticas;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;

• Reconhecer o folclore brasileiro ressaltando a regionalidade,

principalmente a cultura paranaense.

Oralidade

• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,

acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,

programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular

na exposição de idéias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,

considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Coerência global do discurso oral;

• Variedades lingüísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Particularidades dos textos orais.

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Escrita

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Argumentação;

• Paragrafação;

• Coerência e coesão;

• Paráfrase;

• Refacção textual.

Análise Lingüística

• As formas nominais do verbo;

• Verbos regulares, irregulares e auxiliares;

• Frase e oração;

• Período simples e composto;

• Sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto adverbial,

aposto e vocativo;

• Predicado verbo-nominal;

• Verbos com particípios duplos;

• Vozes do verbo;

• Imperativo;

• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

• Conotação e denotação;

• A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes,

substantivos...);

• Função das classes gramaticais;

• Recursos gráficos;

• Acentuação gráfica;

• Figuras de linguagem;

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• Pontuação;

• Procedimentos de Concordância Verbal e Nominal;

• Estrangeirismos;

• As conjugações verbais;

• Complemento Verbal e Nominal;

• Ortografia;

• Crase.

8ª série

Leitura

• Interpretação textual, observando: conteúdo temático,

interlocutores, fonte, ideologia, intertextualidade,

informatividade, intencionalidade, marcas lingüísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários;

• Ler oralmente com fluência, entonação e ritmo, percebendo o

valor expressivo dos diversos tipos de texto e sua relação com

os sinais de pontuação;

• Informações implícitas em textos;

• Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em

registro formal e informal;

• Texto e Linguagem verbal e não-verbal: fonte, ideologia,

intencionalidade, informatividade, marcas lingüísticas;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;

• Estética do texto literário;

• Introdução à Literatura Universal e Escolas Literárias.

Oralidade

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• Debates, depoimentos, opiniões, relatos: assuntos lidos,

acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes,

programas, relatos pessoais e outros;

• Clareza, seqüência, lógica, objetividade e adequação vocabular

na exposição de idéias;

• Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro,

considerando texto e contexto;

• Uso de recursos coesivos;

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Argumentação;

• Variedades lingüísticas;

• Paragrafação;

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Intencionalidade do texto oral;

• Elementos extra-lingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc.

Escrita

• Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos

composicionais, marcas lingüísticas;

• Argumentação;

• Resumo de textos;

• Paragrafação;

• Intertextualidade;

• Paráfrase;

• Refacção textual.

Análise Lingüística

• Conotação e Denotação;

• Coesão e Coerência textual;

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• Vícios de Linguagem;

• Semântica;

• Função das Classes de Palavras;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Recursos gráficos;

• Estrangeirismos, neologismos, gírias;

• Concordância Nominal e Verbal;

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

• Função das conjunções coordenativas e subordinativas;

• Termos da oração;

• Coordenação e subordinação nas orações do texto;

• Estrutura das palavras;

• Formação das palavras;

• Radicais, prefixos e sufixos;

• Crase;

• Orações reduzidas;

• Figuras de linguagem, construção e pensamento;

• Regência Verbal e Nominal;

• Ortografia e Acentuação.

• 1ª SÉRIE

• ORALIDADE

• Debates

• Exposição individual

• Contação de histórias

• Declamação de poemas

• Análise do discurso público e privado (oral e escrito)

• LEITURA

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• Leitura e compreensão de diferentes gêneros/tipologias

textuais: narrativas curtas e longas em prosa e verso (crônicas,

contos, poemas, romances...), textos informativos, de opinião,

resumos, publicitários ...

• ESCRITA

• Através da leitura, compreensão e reflexão sobre a

linguagem dar suporte teórico ao aluno para que possa aplicar

estes conhecimentos* no uso efetivo do exercício da escrita.

• *Conteúdos a serem estudados de acordo com o livro de Língua

Portuguesa adotado pelo Colégio:

• Origem da linguagem.

• Estrangeirismos

• Variação lingüística, geográfica, social, contextual, língua

padrão.

• Semântica

• Pragmática

• Morfologia

• Sintaxe

• Fonologia

• Análise do discurso e produção de texto

• Estudos Literários : Literatura Brasileira, Paranaense,

Portuguesa e Africana

• 2ª SÉRIE

• ORALIDADE

• Debates

• Exposição individual

• Contação de histórias

• Análise do discurso público e privado (oral e escrito)

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• LEITURA

• Leitura e compreensão de diferentes gêneros/tipologias

textuais: narrativas longas (romances, contos, poemas, etc.),

informativos – jornais e revistas (notícia, reportagem,

reportagem com infográficos, entrevista, etc,)

• ESCRITA

• Através da leitura, compreensão e reflexão sobre a

linguagem dar suporte teórico ao aluno para que possa aplicar

estes conhecimentos* no uso efetivo do exercício da escrita.

• *Conteúdos a serem estudados de acordo com o livro de Língua

Portuguesa adotado pelo Colégio:

• Semântica

• Pragmática

• Morfologia

• Sintaxe

• Fonologia

• Análise do discurso e produção de texto

• Estudos Literários: Literatura Brasileira, Paranaense, Portuguesa

e Africana

• 3ª SÉRIE

• ORALIDADE

• Debates

• Exposição individual

• Representação teatral

• Análise do discurso público e privado (oral e escrito)

• LEITURA

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• Leitura e compreensão de diferentes gêneros/tipologias

textuais: texto de opinião: editoriais e artigos, textos

publicitários, textos literários, informativos etc..

• ESCRITA

• Através da leitura, compreensão e reflexão sobre a

linguagem dar suporte teórico ao aluno para que possa aplicar

estes conhecimentos* no uso efetivo do exercício da escrita.

• *Conteúdos a serem estudados de acordo com o livro de

Língua Portuguesa adotado pelo Colégio:

• Semântica

• Pragmática

• Morfologia

• Sintaxe

• Fonologia

• Análise do discurso e produção de texto

• Estudos Literários : Literatura Brasileira, Paranaense,

Portuguesa e Africana

8.12.4 Metodologia

O aluno estará inserido nas práticas de leitura, produção (oral e

escrita) e reflexão. Nas aulas de Língua Portuguesa o trabalho com a

gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos

elementos gramaticais, através de Análise Lingüística.

A base de todo o ensino da Língua Portuguesa se constitui no

trabalho com textos de diferentes gêneros textuais. O professor

proporcionará situações de contato com visões do real e do

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imaginário, para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, sua

criatividade e capacidade.

Por isso, o aluno deve ter contato com uma variedade de

textos: literário, informativo, publicitário (linguagem verbal e não-

verbal), dissertativo, entre outros, desafiando a percepção com a

intertextualidade, e com diferentes linguagens. Nesse sentido faz-se

necessário que o professor tenha consciência do seu papel, para

despertar no aluno que a linguagem é uma forma de atuar, de

influenciar, de intervir no comportamento alheio.

Na Prática da Leitura deve-se reconhecer a intencionalidade do

texto, ler as linhas, entrelinhas e além das linhas, considerando o

contexto vigente, promovendo assim a interação e a compreensão da

sociedade com o contexto escolar. Deve-se também utilizar materiais

gráficos diversos para interpretação de textos. Desenvolver o diálogo

sobre textos lidos e a valorização da literatura e de outras culturas,

desenvolvendo o interesse por ambos.

Na oralidade deve-se apresentar textos produzidos pelos

alunos, fazer contação de histórias, narração de fatos reais ou

fictícios, seleção de discurso de outros, análise dos recursos próprios

da oralidade e orientação sobre o contexto social do gênero

trabalhado.

Na escrita o professor deve desenvolver atividades de discussão

sobre o tema a ser produzido, seleção do gênero, finalidade e

interlocutores, orientação sobre o contexto social do gênero,

produção, revisão, reestrutura e reescrita textual.

Na Análise Lingüística o professor é o intermediador entre a

linguagem e as ferramentas para que ela se concretize nos diferentes

contextos. Não se vê mais os itens gramaticais destituídos de um

contexto.

Quanto aos Desafios Contemporâneos, serão desenvolvidas

atividades, para situar autores no contexto histórico, valorização da

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História Paranaense, inclusive os autores, valorização da cultura afro-

brasileira e indígena e abordando temas do meio ambiente.

Para o ensino da Língua Portuguesa/Literatura, bem como as

atividades de produção textual e interpretação será considerado o

processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto

na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos, que por

meio dela interagem.

A reflexão do uso da linguagem será trabalhada através de

análise lingüística.

Os estudos literários anteriormente estudados através da biografia de

autores e fragmentos de romances e obras diversas, serão

globalizados através da apresentação de seminários, teatros e

leituras dramatizadas. Com o trabalho realizado em equipe, o aluno

passa a treinar as relações interpessoais. Assume lideranças e se

prepara para apresentações de relatórios.

Como complemento da interpretação de textos, serão incluídos

os textos literários, letras de músicas que relembram ou usam

características dos períodos literários estudados.

O uso de músicas, vídeo-clips, filmes relacionados ao contexto

histórico, serão importantes para as aulas.

São vários os filmes brasileiros que trazem clássicos da

literatura, assistindo aos filmes e lendo as obras, o aluno estará apto

a construir uma crítica e fazer seu próprio discurso.

A leitura de textos informativos que tratam da situação

econômica, política e social do país fazem o aluno compreender

melhor seu papel de cidadão, lutar por seus direitos e o que é mais

importante, sentir-se inserido neste contexto.

Assuntos como informática, roteiros de filmes, resenhas críticas

de músicas e livros também serão comuns na sala de aula.

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Usando-se textos com nível vocabular diferenciado, estes não

se tornarão inacessíveis ao aluno, que passa a assimilar esta

oralidade e usá-la no seu cotidiano.

O caráter sócio-interacionista da linguagem verbal aponta para

uma opção metodológica de verificação do saber lingüístico do aluno,

como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido,

tendo como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas

sociais.

A unidade básica da linguagem é o texto, compreendido como a

fala e o discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal

eixo de sua atualização e a razão do ato lingüístico.

O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele

que pode ser entendido pelos textos que produz e que o constituem

como ser humano. O texto só existe na sociedade e é produto de uma

história social e cultural, único em cada contexto, porque marca o

diálogo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros

textos que o compõem. O homem visto como um texto que constrói

textos.

O processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa deve

basear-se em propostas interativas língua/linguagem, consideradas

em um processo discursivo em construção do pensamento simbólico,

constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.

Essa concepção destaca a natureza social e interativa da

linguagem, em contraposição às concepções tradicionais,

deslocadas do uso social. O trabalho do

professor centra-se no objetivo de desenvolvimento de

sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno, incentivando a

verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em

diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais em língua, ou

seja, nomenclatura gramatical e história da literatura, são deslocados

para um segundo plano. O estudo da gramática passa a ser uma

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estratégia para a compreensão/interpretação/produção de textos e a

literatura integra-se à área de leitura.

A interação é o que faz com que a linguagem seja

comunicativa. Esse princípio anula qualquer pressuposto que tenta

referendar o estudo de uma língua isolada do ato interlocutivo.

Semelhante distorção é responsável pelas dificuldades dos alunos em

compreender estaticamente a gramática da língua que falam no

cotidiano.

A concepção geral parte do princípio de que o ensino de

Português, deve estar voltado para a formação de um cidadão

autônomo, capaz de interagir com a realidade do nosso milênio.

Nos diferentes campos que abrange – leitura/literatura,

produção de texto e língua – o ensino de Português, pelas diferentes

práticas de linguagem, pode participar ativamente do processo de

construção de valores e habilidades, tais como: solidariedade, ética,

aceitação do diferente, autonomia, afetividade, cidadania,

aprendizagem permanente, capacidade de adaptação a situações

novas, de estabelecer transferências e relações, de debater, de

argumentar, de interferir na realidade e transformá-la.

É com base nesses pressupostos que todo trabalho se volta

para tornar significativo para o aluno os conteúdos curriculares, a

partir de situações concretas de aprendizagem e de desenvolvimento

de projetos.

O trabalho com literatura prioriza a leitura e a análise do texto

literário. Essa leitura visa compreender de que forma cada

movimento ou cada autor literário organiza seus textos, definindo

assim um estilo de época ou um estilo individual.

Além de merecerem uma abordagem que dê destaque às suas

especificidades, os textos literários abrem um fértil espaço para um

trabalho integrado com textos verbais, oriundos de outras esferas da

atividade humana ( por exemplo do jornalismo ou da divulgação

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científica ) criando uma rede para múltiplas leituras do mundo e para

a compreensão e apreensão do potencial expressivo da linguagem.

Os textos literários permitem também um trabalho integrado

com outras linguagens (artes plásticas, música, cinema), criando

condições para a percepção do fazer artístico em geral, seja de suas

especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais. O

primordial é conquistar os alunos para a leitura em geral e para a

incorporação da literatura (da arte) em suas vidas.

Deve-se aproveitar a história literária para uma compreensão

dinâmica da nossa história cultural, oferecendo aos alunos a

possibilidade de apreender o presente como resultado e parte de

toda uma complexa história.

É importante a criação de um ambiente de oficina para as

práticas de escrita isto é, a escrita não deve ser encarada como uma

tarefa burocrática, mas como uma atividade em que a turma se sinta

coletivamente envolvida com a preparação, apreciação e releitura

dos textos.

Os alunos devem dominar as práticas de escrita que são

indispensáveis para a vida cidadã; a escrita argumentativa, a escrita

informativa, a escrita de apoio cognitivo (resumos e esquemas), sem

deixar de vivenciar, a escrita literária ( narrativa ou poética).

Abordar os temas gramaticais por meio de diferentes trajetos,

combinando percursos mais intuitivos (que estimulam a capacidade

de observação dos fenômenos da língua) e percursos mais

expositivos (que estimulam a construção de um saber mais

sistematizado daqueles mesmos fenômenos).

O importante em toda essa dimensão do ensino de

Português é que os tópicos sejam desenvolvidos sempre

subordinados ao domínio das atividades de fala e escrita, isto é,

sejam sempre pensados por um critério de efetiva relevância

funcional.

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8.12.5 Avaliação

Considerando que a escola deve formar um cidadão para viver

em sociedade de mudanças aceleradas, a avaliação deve contemplar

a língua em todos os seus aspectos: oralidade, escrita, leitura e

análise linguística.

Sendo assim, a avaliação deve ser diagnóstica, contínua e

priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o

desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada progressivamente,

considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza com que ele mostra ao expor suas idéias, a

influência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele

apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a

sua capacidade de adequar discurso-texto ao diferentes

interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões

abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam

avaliar as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a

compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema,

bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita é preciso ver os textos de alunos como

uma fase do processo de formação, nunca como produto final. É

importante ressaltar que, só se pode avaliar a qualidade e a

adequação de um texto quando ficam muito claras as regras da

produção. Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção

textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar

bem definidos. Além disso, o aluno precisa estar em contextos reais

de interação comunicativa para que os critérios de avaliação que

tomam como base as condições de produção tenham alguma

validade.

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Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus

aspectos – discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais – os

elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam

ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que

possibilite aos alunos a compreensão desses elementos no interior do

texto. Uma vez compreendidos os alunos podem utilizá-los em outras

operações lingüísticas.

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo

avaliados continuamente em termos desse uso, efetuando operações

com a linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de

uso da língua, que os alunos, gradativamente, chegam a almejada

proficiência em leitura e escrita.

Para atingir esses critérios de avaliação o professor deve dispor

de diversos instrumentos avaliativos: provas orais e escritas,

trabalhos orais e escritos, discussões, debates, apresentações orais,

entre outros.

Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico,

discursivo, a avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros,

precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno

está trilhando para aprimorar sua capacidade lingüística e discursiva

em praticas de oralidade, leitura e escrita.

Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e

processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua

condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita

que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os

sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e

tomarem decisões.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente,

em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca

informal de idéias, numa entrevista, numa contação de história, as

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exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser

considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é

necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de

textos orais com os quais convive ( noticiários, discursos políticos,

programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos

formais, tendo em vista o resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os

estudantes empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do

texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua

resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa

considerar as diferenças de leituras de mundo e repertorio de

experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que

determina a adequação do texto escrito são as circunstancias de sua

produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto será

avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na

oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como

avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

É importante que as práticas escolares, entre elas a avaliação,

sejam coerentes com os procedimentos descritos. Nesse sentido, é

recomendável que se amplie a noção de avaliação escolar, revendo a

pertinência de se avaliar exclusivamente um momento específico,

como o da prova semestral, em função da necessidade de se avaliar

todo o processo de aprendizagem vivido pelos alunos ao longo de

uma proposta de trabalho. Os procedimentos apresentados sugerem

que se avalie o aluno de diversas maneiras – alternando-se as

modalidades, os suportes, os interlocutores -, de forma a constituir

um verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.

Em Língua Portuguesa e Literatura, considerando-se o

desenvolvimento das competências interativa, textual e gramatical,

podem-se propor diversos formatos de avaliação:

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Aferição na produção de um texto oral, em apresentação

individual ou em grupo, de acordo com um gênero pré-estabelecido e

com o nível de formalidade exigido para a situação enunciativa;

Observação das habilidades de leitura dos alunos, que podem

ser medidas tanto por suas intervenções orais na discussão de uma

obra literária ou de uma matéria jornalística quanto por seu

desempenho escrito quando produzem uma resenha ou um texto

crítico;

Abertura para outras formas de representação das obras

originalmente lidas a partir de um suporte escrito: leitura dramática,

dramatização com bonecos, montagem teatral, pintura, fotografia,

entre outras;

Trabalho a partir de situações-problema que mobilizem uma

série de conhecimentos relacionados às três competências;

Implementação de centros de interesse e projetos cujos

processos ou produtos finais possam ser avaliados;

Abertura para momentos de auto-avaliação,avaliação mútua,

avaliação em grupo, de forma a deslocar a tarefa de avaliar como

exclusiva do professor.

Diferentemente do que ocorre no ensino tradicional, privilegia-

se hoje a avaliação do processo de aprendizagem como um todo,

durante seu desenvolvimento. Em função disso, ao propor

determinada atividade o professor precisa ter muita clareza sobre

suas intencionalidades bem como sobre os critérios que utilizará para

avaliar seus resultados.

Na contramão das práticas tradicionais - em que se buscava

encontrar os “erros “ mais do que os “acertos “ dos alunos - , o

professor de Língua Portuguesa e Literatura deve valorizar os ganhos

que o estudante obteve ao longo de seu processo de aprendizagem,

baseando-se nas matrizes de competências e habilidades, que

exigem um outro olhar sobre o ensino.

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8.12.6 Referências

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as

Diretrizes e Bases a Educação Nacional. Diretrizes e Bases da

Educação Nacional. Editora do Brasil S/A.

BRASIL. Lei nº. 11.645/08. Altera a Lei nº. 9.394,de 20 de dezembro

de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,

para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade

da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências.

CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do Folclore Brasileiro –

Volume I e II. São Paulo: Global, 2003.

CASTILHO, Ernesto H. Lendas do Paraná. Curitiba, PR: Gráfica

Vitória, 1975.

SILVA, Alberto Costa e; MUNANGA, Kabengele, CASTRO; Yeda Pessoa

de; CHAVES, Rita. Vozes da África. São Paulo: Duetto, Edição

Especial n.º 6.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da

Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa.

Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Língua Portuguesa e

Literatura – Folhas II. Curitiba: SEED, 2006.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4ª ed. Campinas,

SP: Mercado das Letras, 1996.

SUASSUNA, Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma

abordagem pragmática. Campinas, SP: Papirus, 1995.

CEREJA,William Roberto.Portugues: Linguagens.4ªed.São

Paulo:Atual,2006

AMORA, Antônio S. (org.) Presença da Literatura portuguesa. São

Paulo: Difel, s.d. ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro &

interação. São Paulo: Parábola, 2003.

BAGNO, M. (org.) A lingüística da norma. São Paulo: Loyola, 2002.

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BOSI, Alfredo. História Concisa da literatura brasileira. 39 ed. São

Paulo: Cultrix, 2001.

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base,

2005.

GUEDES, Paulo c. Da redação escolar ao texto: manual de redação. 2.

Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.

KUENZER, Acácia Z. (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta

para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.

NEVES, Maria Helena de M. Gramática de usos do Português. São

Paulo: Editora da UNESP, 2000.

POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola.

Campinas: Mercado de Letras, 1996.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

educação fundamental da rede de educação básica do Estado do

Paraná: Língua Portuguesa do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

SEED.Secretaria do Estado da Educação.Diretrizes Curriculares da

rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Portuguesa do

Ensino Médio.Curitiba. SEED,2008

8.13 MATEMÁTICA

8.13.1 Apresentação geral da disciplina

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da

Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se

elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a

Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os

ideais e as exigências advindas das transformações sociais e

econômicas dos últimos séculos. Porém a escola não tem dado conta

de socializar o conhecimento, ou seja, não tem cumprido sua função

básica. Essa constatação assume características mais acentuadas em

relação ao conhecimento matemático, já que não se consideram

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incorretas as estatísticas que mostram que ela é a disciplina que mais

reprova os alunos no ensino fundamental.

Para reverter esse quadro é necessário mudar a forma como os

professores e alunos vêem a Matemática, alterando a prática escolar.

O recurso à História da Matemática pode esclarecer idéias

matemáticas, contribuindo para a constituição de um olhar mais

crítico sobre os objetos do conhecimento, revelando o conhecimento

matemático como resultado de um processo evolutivo.

Os objetos de estudo da matemática são os conteúdos

historicamente construídos e sistematizados, sem perder o caráter

científico da disciplina e dos conteúdos matemáticos.

A Matemática não evoluiu de forma linear e logicamente

organizada. Freqüentemente um conhecimento foi amplamente

utilizado antes de ser incorporado a um dos sistemas lógicos

formais do corpo da Matemática. Ela é, portanto, uma construção

histórica das relações do homem com o mundo em que vive e de

suas relações sociais.

Numa concepção de educação Matemática no contexto

escolar, entende-se como fundamental a revisão dos critérios

para a seleção e organização dos conteúdos e a forma de

transmissão-assimilação desses conteúdos como questões

indissociáveis do currículo.

O professor ao ensinar Matemática, precisa levar em conta

que a escola onde leciona não é o mundo em si, isolado, mas faz

parte de uma organização mais ampla, a sociedade. Nesta

proposta, aprender Matemática é muito mais do que manejar

fórmulas, saber fazer contas, ou marcar “x” na resposta correta:

É interpretar, criar significados, construir seus próprios

instrumentos para resolver problemas, estar preparado para

perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio

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lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o

imediatamente sensível.

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada

através de situações “reais” que possibilitem ao aluno tomar

consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto;

a partir desse saber, é que a escola promoverá a difusão do

conhecimento matemático já organizado.

Na prática escolar em matemática, tem predominado a

realização de exercícios baseados em modelos previamente

estabelecidos. Este procedimento de ensino mascara a aquisição

dos conceitos pelo aluno que , por um lado, dá respostas certas

que podem determinar a que tipo de modelo pode recorrer e, por

outro lado, mostrar-se impotente quando se encontra diante de

um “problema” ou exercício escrito de forma diferente, ainda

que esta dificuldade não seja maior que a dos problemas ou

exercícios anteriormente resolvidos.

É fundamental compreender que os problemas não são um

conteúdo e sim uma forma de trabalhar os conteúdos. Os

conteúdos básicos devem ser desenvolvidos a partir de

problemas e estes problemas podem ser utilizados também

como um desafio à reflexão dos alunos.

Ao longo do desenvolvimento dos conceitos devem estar

presentes novos problemas e estes podem aparecer também ao

fim do tratamento dado ao tópico em estudo, como uma forma

adicional de sistematização. O que se deve é evitar, a todo custo,

o uso de problemas modelo, uma vez que a resolução de

problemas implica no uso de raciocínio e depende do domínio

que o aluno possui nos conteúdos.

Visando superar os entraves e o formalismo, presentes nas

concepções de ensino tradicional, propõe-se a retomada dos

conteúdos, numa visão mais ampla do conhecimento

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matemático. Essa concepção de ensino da matemática tem como

pressuposto o caráter social do conhecimento matemático, a

relação entre o conhecimento historicamente produzido e a

lógica de sua elaboração, enquanto fatores intimamente ligados.

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de

pessoas a partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, des-

dobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astrono-

mia.

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da

Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigono-

metria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos

que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de

portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prá-

tica da guerra.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Mate-

mática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elabo-

raram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Mate-

mática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os

ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econô-

micas dos últimos séculos.

Esse avanço evolutivo da humanidade foi produzindo conceitos,

leis, teoremas e aplicações, fundamentadas na matemática,

transformando esta em ciência universal. Esses conhecimentos são

considerados instrumentos de compreensão e intervenção para a

transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na

economia, nas relações sociais e culturais. Através do conhecimento

matemático o ser humano quantifica, calcula, mede e organiza

informações e prevê situações. É impossível, não reconhecer o valor

educativo dessa ciência como indispensável para resolução e

compreensão de diversas situações do cotidiano.

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O ser humano faz uso da matemática, independente do

conhecimento escolar, nas mais diversas atividades, Essa

“matemática” permite solucionar e compreender todos os problemas,

sendo em muitas situações, necessários conhecimentos

sistematizados. Junto com as outras áreas, esta ciência ajuda a

expandir o conhecimento. O conhecimento matemático quando

significativo para o aluno, contribui para o desenvolvimento de seu

senso crítico, na medida que proporciona as condições necessárias

para uma análise mais apurada da realidade que o cerca. A

matemática é fundamental na medida em que auxilia na utilização

das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços

profissionais, no que se refere ao uso dessas tecnologias pelos

alunos.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias

que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às

idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer rela-

ções, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino

baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e reso-

lver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exer-

cícios.

É imprescindível que o estudante se aproprie do conheci-

mento de forma que “compreenda os conceitos e princípios ma-

temáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáti-

cas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos

com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p.41).A Matemática

se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a

partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobra-

da nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia.

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da

Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigono-

metria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos

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que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de

portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prá-

tica da guerra.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Mate-

mática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elabo-

raram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Mate-

mática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os

ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econô-

micas dos últimos séculos.

Esse avanço evolutivo da humanidade foi produzindo conceitos,

leis, teoremas e aplicações, fundamentadas na matemática,

transformando esta em ciência universal. Esses conhecimentos são

considerados instrumentos de compreensão e intervenção para a

transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na

economia, nas relações sociais e culturais. Através do conhecimento

matemático o ser humano quantifica, calcula, mede e organiza

informações e prevê situações. É impossível, não reconhecer o valor

educativo dessa ciência como indispensável para resolução e

compreensão de diversas situações do cotidiano.

O ser humano faz uso da matemática, independente do

conhecimento escolar, nas mais diversas atividades, Essa

“matemática” permite solucionar e compreender todos os problemas,

sendo em muitas situações, necessários conhecimentos

sistematizados. Junto com as outras áreas, esta ciência ajuda a

expandir o conhecimento. O conhecimento matemático quando

significativo para o aluno, contribui para o desenvolvimento de seu

senso crítico, na medida que proporciona as condições necessárias

para uma análise mais apurada da realidade que o cerca. A

matemática é fundamental na medida em que auxilia na utilização

das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços

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profissionais, no que se refere ao uso dessas tecnologias pelos

alunos.

A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias

que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às

idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer rela-

ções, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino

baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e reso-

lver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exer-

cícios.

É imprescindível que o estudante se aproprie do conheci-

mento de forma que “compreenda os conceitos e princípios ma-

temáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáti-

cas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos

com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p.41).

8.13.2 Objetivos Gerais

Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da

matemática deve proporcionar aos alunos as aquisições claras,

críticas e aplicáveis de seus conhecimentos. Espera-se que se

desenvolvam nos educandos habilidades como:

- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o

caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como

aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de

investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver

problemas;

- Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento

organizado que lhe proporcione a construção de seu aprendizado;

- Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e

qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles,

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utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico,

métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

- Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para

interpretá-las e avalia-las criticamente;

- Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e

resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como

intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando

conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos

tecnológicos disponíveis;

- Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas

conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo

relações entre ela e diferentes representações matemáticas;

- Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes

campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas

curriculares;

- Sentir-se seguro da própria capacidade de construir

conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a

perseverança na busca de soluções;

- Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando

coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,

identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um

assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo

com eles.

- Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da

matemática, deve proporcionar aos alunos a aquisição clara,

crítica e aplicável de seus conhecimentos. Espera-se que

desenvolva-se nos educandos habilidades como:

- Ler e interpretar textos de Matemática;

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- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas,

gráficos, expressões, etc.);

- Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para

linguagem simbólica (equações, gráficos, diagramas, fórmulas,

tabelas etc.) e vice-versa;

- Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna, como

na linguagem matemática, usando a terminologia correta;

- Produzir textos matemáticos adequados;

- Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como

instrumentos de produção e de comunicação;

- Utilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho;

- Identificar o problema (compreender enunciados, formular

questões etc.);

- Procurar, selecionar e interpretar informações relativas ao

problema;

- Formular hipóteses e prever resultados;

- Selecionar estratégias de resolução de problemas;

- Interpretar e criticar resultados numa situação concreta;

- Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;

- Fazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a

modelos, esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades;

- Discutir idéias e produzir argumentos convincentes;

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- Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática na

interpretação e intervenção no real;

- Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais,

em especial em outras áreas do conhecimento;

- Reconhecer a matemática como construção histórica e relacionar a

história da matemática com a evolução da humanidade.

- Utilizar adequadamente calculadoras e computador, reconhecendo

suas limitações e potencialidades.

8.13.3 Conteúdos

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas

• Geometrias;

• Funções;

• Tratamento da Informação.

Conteúdos Específicos

5ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros

e

Álgebra

- Sistemas de numeração;

- Números Naturais;

- Múltiplos e divisores;

- Potenciação e

radiciação;

- Números fracionários;

- Números decimais.Grandezas - Medidas de

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E

Medidas

comprimento;

- Medidas de massa;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de tempo;

- Medidas de ângulos;

- Sistema monetário.

Geometrias

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial.Tratamento da Informação - Dados, tabelas e gráficos;

- Porcentagem.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros

e

Álgebra

• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do 1º

grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.Grandezas e

Medidas

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-

euclidianas.

Tratamento da Informação

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

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7ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros

e

Álgebra

• Números Racionais e

Irracionais;

• Sistemas de Equações do

1º grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.Grandezas e

Medidas

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias

nãoeuclidianas.

Tratamento da Informação

• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

8ª SÉRIE:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNúmeros

e

Álgebra

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

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• Equações Biquadradas;

• Regra de Três

Composta.Grandezas e

Medidas

• Relações Métricas no

Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no

Triângulo Retângulo.

Funções

• Noção intuitiva de Função

Afim.

• Noção intuitiva de Função

Quadrática.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias nãoeuclidianas.

Tratamento da Informação

• Noções de Análise

Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

• Juros Compostos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas

• Geometrias;

• Funções;

• Tratamento da Informação.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

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1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números e Álgebra - Conjuntos Numéricos

Funções

- Função do 1o Grau

- Função do 2o Grau

- Função Exponencial

- Função Logarítmica

- Função Modular

- Função Inversa e Composta Grandezas e Medidas - Trigonometria no triângulo

retângulo. Geometria e Funções - Ciclo Trigonométrico

- Funções Trigonométricas.

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Funções - Progressão Aritmética

- Progressão GeométricaNúmeros e Álgebra - Matrizes

- Determinantes

- Sistemas LinearesTratamento da Informação - Binômio de Newton

- Probabilidade

- Noções de Estatística

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Geometria

e

Grandezas e Medidas

- Geometria Espacial

- Geometria Analítica

Números e Álgebra - Polinômios

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- Números ComplexosTratamento da Informação - Matemática Financeira

8.13.4 Metodologia

A formalização do vocabulário matemático deve ser construída

gradativamente assim, a clareza, precisão e síntese na escrita

matemática ganhando aos poucos o seu significado, que têm,

em grande parte, sentido na vida e na matemática.

O aluno já possui uma bagagem de conhecimentos que

devem ser utilizados como ferramentas para produzir novos

conhecimentos. O aluno deve ser participante ativo do processo

de ensino-aprendizagem.

Cabe ao professor desenvolver e explorar (de maneira

coerente) os diferentes temas para a compreensão dos

processos matemáticos, aproximando-os, sempre que possível,

da vida prática. O professor deve ser mediador entre este

conhecimento e o que se quer conhecer, propondo situações que

envolvam e permitam aos alunos construírem novas

ferramentas, avançando no conhecimento – para isto, ouvir o

aluno, suas percepções individuais, tentativas e estimativas,

validando ou mostrando as soluções corretas.

O pensamento deve ser voltado para desenvolver a

capacidade de resolver problemas e aproximar a Matemática do

dia a dia – alunos motivados são capazes de raciocínio coerente.

Incentivados e orientados não devem mobilizar-se em suas

capacidades o professor deve sempre procurar entender o

raciocínio dos alunos, pois existem diversas maneiras de resolver

um mesmo problema, e a finalidade é que os alunos adquiram

esta capacidade.

A história da matemática deve ser utilizada como um

instrumento de resgate da identidade cultural e pode esclarecer

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idéias, matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno, pois

conceitos abordados em conexão com sua história constituem

veículos de grande valor formativo. Os recursos tecnológicos

devem ser utilizados como meio facilitadores e incentivadores do

espírito de pesquisa.

Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e

devem ser utilizados sempre que possível, pois permitem que

problemas sejam apresentados de forma atrativa e que favoreçam a

criatividade na busca de soluções.

A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que

possível, pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando

o aluno a respeitar o modo de pensar dos colegas, aprendendo com

eles.

A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do

conhecimento e na formação do indivíduo, é aplicada aos fenômenos

do mundo real. Assim, a disciplina de Matemática desenvolverá seus

conteúdos fazendo a reflexão e contextualismo com os temas das

relações Étnico-Raciais e a História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com a História do Paraná

conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei nº 9795/99 que inclui

oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino destas

temáticas na rede de ensino.

A aprendizagem dos conceitos de matemática se dá pela

interação entre professor-aluno, onde o centro da atividade escolar

deve ser a possibilidade de o aluno compreender e utilizar os

conhecimentos de matemática em sua vida.

Ao organizar o seu trabalho o professor precisa:

- Estar convencido de que o conhecimento matemático deve estar

ao alcance de todos, e que, a garantia de todos os alunos aprenda,

deve ser uma de suas metas prioritárias;

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- Considerar que a aprendizagem da matemática esta ligada a

compreensão, apreensão e atribuição de significados;

- Estimular processo de discussão e confrontação de idéias, de

registros diversos, de leitura e pesquisa;

- Considerar que os alunos têm ritmos, necessidades, tempos de

aprendizagem diferentes;

- Valorizar a utilização de atividades em grupos que forneçam a

discussão, a confrontação e a reflexão sobre as experiências da

matemática;

- Dar aos alunos oportunidade para que se construam conceitos e

aprendam procedimentos trabalhando amplamente sobre

problemas que lhes permitam dar significado a linguagem e as

idéias matemáticas;

Encontrar o melhor meio de transmitir um determinado

conteúdo, de maneira que todos os alunos possam usar e reter tais

informações, “abrindo” a mente de uma população diversificada de

alunos a fim de que eles possam aprender conceitos e técnicas que

irão abrir-lhes as portas ao longo de suas vidas é a maior

preocupação dos educadores.

Para que isso aconteça os alunos devem adquirir capacidade de

fazer conexões entre o que eles estão aprendendo e como esse

conhecimento será usado.

Efetivar o estudo cooperativo entre os estudantes, para que

num contexto de interação com outros alunos, seja uma estratégia

fundamental na aprendizagem contextual. A experiência de cooperar,

além de ajudar a maioria dos alunos a aprender o conteúdo, também

está de acordo com as atuais habilidades exigidas dos profissionais.

Promover atividades de laboratório, é um dos principais

métodos de ensino na aprendizagem contextual, essencialmente

cooperativo. Quando os alunos trabalham em grupos para realizar

atividades de laboratório, completar os experimentos corretamente

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exige delegação, observação, sugestão e discussão. Em muitas

atividades a qualidade dos dados colhidos pelo grupo depende do

desempenho individual de cada membro.

Orientar o aprendizado para uma maior contextualização, uma

efetiva interdisciplinaridade e uma formação humana mais ampla,

não só técnica, mas incluindo uma maior relação entre teoria e

prática no próprio processo de aprendizado.

O ensino da Matemática pode contribuir para a formação ética

a medida que se direcione a aprendizagem para o desenvolvimento

de atitudes como a confiança dos alunos na própria capacidade e na

dos outros para construir conhecimentos matemáticos. Isso ocorrerá

à medida em que o professor valorizar a troca de conhecimentos e

experiências entre os alunos como forma de aprendizagem,

promovendo intercâmbio de idéias.

Reconhecer que o conhecimento matemático é fruto de

trabalho humano e que as idéias, conceitos e princípios surgiram de

necessidades e de problemas com os quais os homens deparam e

para os quais encontrou soluções graças a sua inteligência, esforço,

dedicação e perseverança.

Para que os alunos sejam motivados a estudar determinado

conteúdo é preciso primeiro atribuir significado a esse conteúdo,

através de suas aplicações e de sua importância histórica que implica

a possibilidade de o aluno saber porque e para que aprender

determinado tema, por isso é muito importante a contextualização

dos conteúdos.

A partir das descobertas e dificuldades, discutir, debater junto

com os alunos as possíveis maneiras de solução incentivando

também, o cálculo mental. A matemática é utilizada como base

nos diversos ramos do conhecimento e na formação do indivíduo, é

aplicada aos fenomenos do mundo real. Assim, a disciplina de

Matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e

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contextualismo com os temas das relações Étnico-Raciais e a História

e Cultura Afro-Brasileira e Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com

a História do Paraná conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei

nº 9795/99 que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do

ensino destas temáticas na rede de ensino.

8.13.5 Avaliação

A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos

princípios básicos das disciplinas. Deve-se adotar uma postura

que considere os caminhos percorridos pelos alunos, as suas

tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e, a

partir do diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar a sua

visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.

As idéias fundamentais para uma avaliação coerente são:

1- É necessário observar o processo de construção do

conhecimento e para isso a avaliação deverá ser

necessariamente diagnóstica;

2- Havendo uma diagnose, deve-se trabalhar os caminhos

trilhados pelos alunos e explorar as possibilidades advindas

destes erros;

3- A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de

aprendizagem;

4- Não se pode perder de vista que há um conhecimento

cuja apropriação pelo aluno é fundamental. É esse

conhecimento, sintetizado em um currículo básico, que irá dar o

critério final para a avaliação.

O objetivo não é verificar a quantidade de informações

retidas pelo aluno, mas de servir como um instrumento de

diagnosticar o processo como um todo, oferecendo elementos

para uma revisão de todos os componentes deste processo -

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aluno –professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de

avaliação.

Ao propor questões que promovam a participação e

interação dos alunos, considerando o conhecimento já adquirido

por estes, o professor é capaz de acompanhar, orientando da

melhor forma possível, o raciocínio e o seu desenvolvimento

entre o certo e o errado.

De modo geral, espera-se que o aluno tenha o melhor

aproveitamento possível nas diversas atividades desenvolvidas.

O importante é que o resultado de qualquer avaliação sirva para

aprimorar o processo ensino-aprendizagem quando o

aproveitamento não for satisfatório.

Os instrumentos de avaliação serão através de provas,

trabalhos, atividades do livro, participação oral, resolução de

exercícios em sala. Aos alunos que apresentarem dificuldades na

aquisição dos conhecimentos, serão proporcionadas revisões de

conteúdos e recuperação paralela. Sendo a finalidade da

recuperação paralela:

• Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se

limitar a recuperar apenas notas e conceitos;

• Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não

castigo), para descobrir os próprios erros e reconstruir o

conhecimento;

• Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do

professor e do aluno na busca dos objetivos não atingidos, por

meio de intervenções, das quais destacam-se a retomada de

conteúdos, mudança de estratégia (definir os instrumentos e os

momentos de avaliação), monitoria em grupo, etc. com estes

princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque – da

nota para o aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a

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aprender (desenvolvendo suas habilidades na busca do

conhecimento).

• O aluno que constrói o seu saber matemático, cumprindo, por

isso mesmo, diferentes etapas, como leitura, discussão,

verbalização, resolução de situações-problema, sintetização,

redação, etc., não pode ser avaliado unicamente pela retenção

de regras e esquemas ou passar unicamente por avaliações

objetivas e individuais. Temos, portanto, dois fatores a

considerar : o que e como avaliar. Não resta dúvida de que

devemos avaliar se a compreensão do conceito trabalhado foi

ou não eficiente por parte do aluno. Mas também deve ficar

claro que não é esse o único aspecto a ser avaliado.

Precisamos, no dia-a-dia, durante o desenrolar de todo o

processo de ensino, observar a maneira como cada estudante

se envolve com o trabalho, como ele participa das atividades e

como contribui para que elas sejam realizadas

satisfatoriamente. Nesse sentido temos dois novos elementos a

serem avaliados, além do conteúdo propriamente dito: os

métodos e as atitudes.

• Durante o transcorrer das atividades de vários modelos e

objetivos que propomos, precisamos estar atentos aos métodos

e procedimentos que o aluno utiliza em cada uma delas e à

maneira como esses métodos vão se aperfeiçoando. Valorizar

propostas e caminhos que apareçam durante a resolução de

alguma situação, desde que corretos, sejam eles esperados ou

não, é nosso trabalho constante, permitindo que o aluno

desenvolva, com o passar do tempo, a sua capacidade de

escolha. A partir da observação sucessiva e constante da

eficácia e da evolução dos métodos e procedimentos adotados

nas mais diversas situações, vamos nos municiando de

elementos de avaliação.

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• Dentro da proposta de ensino matemático que estamos

considerando, por inúmeras vezes os alunos estarão envolvidos

em situações de discussão e de participação em atividades de

grupo. Assim, devemos criar mecanismos para estimula-los,

orienta-los e avalia-los quanto às atitudes que esperamos e

julgamos corretas. De fato, imaginamos a sala de aula como um

modelo social reduzido, em que podemos exercitar deveres,

reivindicar direitos e praticar cidadania. Por isso precisamos

estar preparados e atentos para valorizar atitudes que

claramente contribuam para o crescimento do trabalho do

grupo em detrimento de outras que possam vir carregadas de

individualismo e preconceitos.

• Um dos desvios que normalmente cometemos na

avaliação do trabalho de um aluno é quando o comparamos aos

demais. Tomando a classe como referência única, atribuímos ao

trabalho avaliado um conceito negativo ou positivo caso ele

esteja abaixo ou acima da média dos demais trabalhos.

Devemos também, e isso é ainda mais importante, verificar a

evolução desse aluno no processo de construção do seu

conhecimento, tomado ele próprio como referencial,

independente do restante da classe, valorizando o seu

progresso.

• Dessa maneira estaremos reconhecendo os seus esforços

e respeitando o seu ritmo de aprendizagem.

• Os instrumentos de avaliação serão através de provas,

trabalhos, atividades do livro, participação oral. Aos alunos que

apresentarem dificuldades na aquisição dos conhecimentos,

serão proporcionadas revisões de conteúdos e recuperação

paralela. Sendo a finalidade da recuperação paralela:

• Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se

limitar a recuperar apenas notas e conceitos;

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• Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não

castigo), para descobrir os próprios erros e reconstruir o

conhecimento;

• Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do

professor e do aluno na busca dos objetivos não atingidos, por

meio de intervenções, das quais destacam-se a retomada de

conteúdos, mudança de estratégia (definir os instrumentos e os

momentos de avaliação), monitoria em grupo, etc. com estes

princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque – da

nota para o aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a

aprender (desenvolvendo suas habilidades na busca do

conhecimento).

8.13.6 Referências

- IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos. São Paulo:

Scipione, 2002.

- ISOLANI, Célia Maria Martins. Matemática e Interação. Curitiba:

Módulo, 1999.

- LIMA, Elon Lages. Temas e Problemas. Rio de Janeiro: SBM

(Sociedade BRAS/Letra de Matemática), 2005.

- PAIS, Luiz Carlos. Didática da Matemática: uma análise da

influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 35-36.

(Coleção Tendências em Educação Matemática).

- BIGODE, A. J. L. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD,

2002.

- DANTE, L. R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, 2002.

- GIOVANII, B. C. & JÚNIOR, J. R. G. Coleção a conquista da

matemática.

São Paulo: FTD, 2002.

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• SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes

Curriculares da educação fundamental da rede de

educação básica do Estado do Paraná: Matemática do

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.

8.14 QUÍMICA

8.14. 1 Apresentação Geral da disciplina

Situar o educando na realidade tecnológica,

proporcionando-lhe condições de reconhecer a Química como

ciência capaz de fornecer materiais, métodos e processos de

transformação, a fim de atender às necessidades da sociedade.

Situar o educando como um agente da História,

proporcionando-lhe um suporte para a construção de sua

profissão no futuro e, na interação com as demais disciplinas,

tornar-se capaz de desenvolver seu espírito crítico,

compreender suas relações com o ambiente natural e social e,

desta forma, interagir construtivamente com ele.

A Química tem por objeto o estudo das substâncias

enquanto conteúdo específico da matéria, no que tange às suas

transformações, propriedades, características, composição e

estrutura. No entanto, o objeto deverá, sempre que possível,

estar inserido no contexto histórico, cultural, social e político do

educando, tendo em vista as aplicações no seu cotidiano e

também na participação da resolução das grandes questões da

sociedade.

A abordagem do ensino da Química será fundamentada

nos seguintes princípios norteadores:

• do universo macroscópico ao universo microscópico;

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• do teórico aoexperimental-prático;

• do geral ao particular;

• do histórico ao conjuntural.

Partindo, sempre que possível, de fatos do cotidiano, de

experimentos intrigantes ou de questionamentos de falsos

conceitos oriundos do senso comum, construir a conceituação

fundamentada na ciência com o enfoque tecnológico e político

e destacar o papel da Química como modificadora da realidade,

seja pelo histórico de sua evolução, seja pela análise e

compreensão do impacto de suas ações sobre a sociedade.

Ligada diretamente à vida a Química desempenha papel

essencial na formação do indivíduo, levando-o ao estudo das

substâncias materiais e suas transformações.

Analisando-se a história da Química temos claro que seu estudo

foi extremamente ligado ao desenvolvimento das civilizações e às

necessidades humanas: comunicação, sobrevivência, etc.

A pedagogia sócio-histórica vem sendo um referencial teórico

que compreende uma proposta de ensino voltada ao trabalho na

perspectiva de formação de conceitos diretamente relacionados com

sua finalidade, construindo-se assim conceitos cientificamente

estabelecidos. Desta forma, o aluno aproxima-se cada vez mais

qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de

compreensão precisa de conceitos e do entendimento de suas

relações com os diversos campos do conhecimento.

O ensino de Química deve contribuir para a alfabetização

científica do cidadão através do inter-relacionamento do

conhecimento químico e o contexto social. Faz-se necessária a

compreensão mínima do conhecimento científico e tecnológico para

além do domínio estrito dos conceitos de Química. Diz respeito ao

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entendimento das inter-relações sociais do sujeito, ao

desenvolvimento de sua capacidade de participação através de uma

atitude crítica e atuação transformadora na direção de uma

sociedade justa.

8.14.2 Objetivos gerais

Propiciar ao aluno condições para que domine os conhecimentos

científicos a partir dos quais poderá entender os fenômenos naturais,

interpretando o ambiente em que vive tendo oportunidades de

vivenciar o processo de investigação científica;

Desenvolver no aluno a capacidade de comunicar-se, lendo e

interpretando textos de interesse científico e tecnológico;

Desenvolver no aluno a capacidade de questionar os diferentes

processos naturais e tecnológicos, investigando e compreendendo

situações reais, relacionando com outras áreas do conhecimento.

- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas.

- Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual.

- Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da

Química e vice-versa. Utilizar a representação simbólica das

transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do

tempo;

- Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em

Química: gráficos, tabelas e relações matemáticas.

- Identificar fontes de informação e formas de obter informações

relevantes para o conhecimento da Química (livro, computador,

jornais, manuais etc. );

- Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão

macroscópica

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(lógico-empírica);

- Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (

lógico – formal );

- Compreender dados quantitativos, estimativa e medidas,

compreender relações proporcionais presentes na Química

( raciocínio proporcional );

- Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais

ou outros ( classificação, seriação e correspondência em Química );

- Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos ( leis, teorias,

modelos ) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos

em Química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes.

- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à

Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes.

- Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões

acerca das transformações químicas;

- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e

coletiva do ser humano com o ambiente;

- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e

rural;

- Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e

tecnológico da Química e aspectos sóciopolítico culturais;

- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos

do desenvolvimento da Química e da tecnologia.

8.14.3 Conteúdos

1ª SÉRIE

Matéria e Sua Natureza

Introdução ao estudo da Química

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- ciências - definições e históricos

- a química na abordagem do cotidiano

- aspectos da Química

- método científico

Propriedades da matéria

- características macroscópias e microscópias

- energia

- mudança de estado físico

- transformações da matéria

- fenômenos físicos e químicos

- densidades dos materiais

Substâncias e Misturas

- substâncias puras

- substâncias simples e compostas

- alotropia

- misturas - tipos

- sistemas

Processos de separação

- análise imediata

- separação de componentes de mistura heterogênea

- separação de componentes de mistura homogênea

- alguns aparelhos utilizados em laboratório e suas aplicações

Composição da matéria

- modelos científicos para o átomo

- partículas fundamentais

- caracterização do átomo

- comparação entre os átomos

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- íons

- distribuição eletrônica – Linus Pauling

Biogeoquímica

Classificação Periódica dos Elementos

- introdução – bases da tabela periódica

- tabela atual – organização em grupos e séries

- localização dos elementos na tabela periódica

- ocorrência dos elementos – naturais e artificiais

- propriedades periódicas e aperiódicas

- obtenção dos elementos

Radioatividade

- radioatividade e estrutura atômica

- estudo das emissões

- poder de penetração

- transmutação nuclear

- fissão e fusão nuclear

- aplicações industriais da radioatividade

Matéria e Sua Natureza

Ligações Químicas

- ligações iônicas

- compostos iônicos – fórmulas e características

- ligações covalentes – fórmulas e características

- geometria molecular

- polaridade das ligações e de moléculas

- forças intermoleculares

- ligações metálicas

Química Inorgânica

- divisão histórica

- substâncias inorgânicas – nomenclatura, classificação,

formulação, aplicação

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- ácidos

- bases

- sais

- óxidos

2ª SÉRIE

Matéria e sua Natureza

Reações Químicas

- aspectos qualitativos das reações

- tipos de reações

- equações químicas

- balanceamento das equações

- reação de óxido redução

Grandezas Químicas

- unidades de medida

- conceito de massa atômica

- massa de um elemento

- massa molecular

- número de Avogrado

- mol

- massa molar

- notação científica

- determinação de fórmulas centesimal e molecular

Estequiometria

- estudo das quantidades das substâncias

- os coeficientes e o número de mols

Oxi - redução

- transferência de elétrons

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- número de nox

- reação de oxi redução

- agentes oxidantes e redutores

- balanceamento por óxido redução

Biogeoquímica

Eletroquímica

- isolantes e condutores

- potenciais de redução

- pilha elétrica ou galvânica

- espontaneidade das reações

- eletrólise

Estudo das Soluções

- tipos de soluções

- dispersões

- soluções

- coeficiente e curvas de solubilidade

- aspectos quantitativos das soluções

- preparo das soluções

- diluição

- misturas

- determinação da concentração por titulometria

Termoquímica

- definição da termoquímica

- entalpia

- valores da entalpia

- fatores que influenciam nos valores de entalpia

- transformação de energia

- calor de reação

- equação termoquímica

- processos endotérmicos e exotérmicos

- estado padrão

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- lei de Hess

- entropia

- espontaneidade das reações

Cinética Química

- velocidade das reações

- conceito de velocidade

- como as reações se processam

- condições que influenciam a velocidade das reações

Equilíbrio Químico

- conceito de equilíbrio químico

- constantes de equilíbrio

- deslocamento de equilíbrio

- ocorrência das reações

- influência de água no equilíbrio

- medida de pH

3ª SÉRIE

Biogeoquímica

Eletroquímica

- isolantes e condutores

- potenciais de redução

- pilha elétrica ou galvânica

- espontaneidade das reações

- eletrólise

Química Sintética

Os compostos orgânicos

- definição

- histórico

- características dos compostos orgânicos

- características do átomo de carbono

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- classificação do carbono na cadeia carbônica

- classificação das cadeias carbônicas

- classificação dos compostos orgânicos

Funções orgânicas

- nomenclatura oficial, aplicação dos principais compostos das

funções orgânicas

- hidrocarbonetos

- funções oxigenadas

- compostos halogenados

- compostos nitrogenados

- funções sulfuradas

- compostos organometálicos

- compostos de funções mistas

Comparação entre compostos orgânicos

- séries orgânicas

- propriedades físicas

Reações orgânicas

- reações de adição

- reações de substituição

- reações de eliminação

- reações de oxidação

- reações de redução

Isomeria

- isomeria plana

- isomeria espacial

Polímeros

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- classificação

- principais polímeros

- obtenção e aplicação

Introdução à bioquímica

- substâncias bioquímicas

Química Orgânica e o meio ambiente

8.14.4 Metodologia

O ensino da Química na sua trajetória histórica foi conteudista

com a finalidade inicialmente de formar o aluno cientista e os

conteúdos trabalhados deslocados do contexto social e histórico de

sua produção o que acabou resultando ficarem pouco significativos

para os alunos que, desta forma, não entendiam porque estudar

Química e terminarem por não gostar da disciplina.

A experimentação desempenha função essencial no ensino de

Química. Seu papel investigativo auxilia o aluno na elaboração dos

conceitos, não sendo necessários laboratórios sofisticados, pois o

experimento faz parte do contexto normal de sala de aula. Há

também de se ter a clareza da necessidade de migração do

conhecimento químico do esoterismo (para poucos) exoterismo (para

todos). Para que isso aconteça a linguagem/discurso exerce um papel

fundamental nesse movimento pois depende da forma como os

significados e os entendimentos são desenvolvidos no contexto social

da sala de aula. Mais do que a interação com o aluno para que o

mesmo possa encontrar sentido no que aprende o professor precisará

contemplar as diversas perspectivas no seu próprio discurso,

possibilitando/facilitando a leitura do mundo.

Diferentes realidades educacionais e sociais pressupõem

diversas percepções desses conhecimentos químicos e diversas

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propostas de ação pedagógica. Tendo em vista essas considerações,

as reorganizações do conteúdo e da metodologia poderão ser fitas

dentro de duas perspectivas que se complementam: a que considera

a vivência individual de cada aluno e, a perspectiva que considera o

coletivo em sua interação com o mundo físico.

A Química é utilizada como base para explicar os fenômenos da

natureza e sua interferência na sociedade,sendo assim aplicada aos

fenomenos do mundo real. Assim, a disciplina de Química

desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e contextualismo

com os temas das relações Étnico-Raciais e a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena conforme a Lei nº 11645/08, com a História do

Paraná conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei nº 9795/99

que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino

destas temáticas na rede de ensino.

Utilizando-se a vivência dos alunos e os fatos do dia a dia, a

tradição cultural, a mídia, a vida escolar, busca-se reconstruir os

conhecimentos químicos que permitiriam refazer essas leituras de

mundo, agora com fundamentação também na Ciência. Buscam-se

enfim mudanças conceituais. Nessa etapa desenvolvem-se “

ferramentas químicas” mais apropriadas para estabelecer ligações

com outros campos de conhecimento. É o início da

interdisciplinaridade. O conteúdo a ser abordado, nessa fase, deve

proporcionar um entendimento amplo a cerca da transformação

química, envolvendo inicialmente seu reconhecimento qualitativo e

suas inter-relações com massa, energia e tempo.

É importante apresentar ao aluno fatos concretos, observáveis

e mensuráveis, uma vez que os conceitos que o aluno traz para a sala

de aula advém principalmente de sua leitura no mundo macroscópico.

O tratamento das relações entre tempo e transformação

química deve ser iniciado pela exploração dos aspectos qualitativos,

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que permitem reconhecer, no dia a dia, reações rápidas, como

combustão e explosão, e lentas como o enferrujamento e

amadurecimento de um fruto, estabelecendo critérios de

reconhecimento. Controlar e modificar a rapidez com que uma

transformação ocorre são conhecimentos importantes sob os pontos

de vista econômico, social e ambiental.

Deve-se considerar que a química utiliza uma linguagem própria

para a representação do real, as transformações químicas, através de

símbolos, fórmulas, convenções e códigos. Assim, é necessário que o

aluno desenvolva competências adequadas para reconhecer e saber

utilizar tal linguagem, sendo capaz de entender e empregar a partir

das informações, a representação simbólica das transformações

químicas. A memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas,

nomes de substâncias, não contribui para competências e habilidades

desejáveis no ensino médio.

Assim como os outros campos do conhecimento, a química

utiliza também uma linguagem matemática associada aos fenômenos

macro e microscópicos. O domínio dessa linguagem servirá para

desenvolver competências e habilidades referentes ao

estabelecimento relações lógico-empíricas, lógico-formais, hipotético-

lógicas e raciocínio proporcional

Os conteúdos devem ser abordados a partir de temas que

permitam a contextualização do conhecimento. Nesse sentido, podem

ser explorados, por exemplo, temas como metalurgia, solos e sua

fertilização, combustíveis e combustão, obtenção, conservação e uso

dos alimentos, chuva ácida, tratamento de água, etc.

Tratados dessa forma, os conteúdos ganham flexibilidade e

interatividade, deslocando-se do tratamento usual que procura

esgotar um a um os diversos " tópicos” da química, para o tratamento

de uma situação problemática, em que os aspectos pertinentes do

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conhecimento químico, necessários para a compreensão e tentativa

de solução, são evidenciados.

A perspectiva de ensinar química ligada a sobrevivência, ao

desenvolvimento sócioambiental sustentável, oferece a oportunidade

do não estabelecimento de barreiras rígidas entre as assim chamadas

áreas da química, ou seja a orgânica, a físico-química, a bioquímica, a

inorgânica, etc. Dessa perspectiva, elimina-se a memorização

descontextualizada do ensino da química “descritiva”

Visando uma aprendizagem ativa-significativa, as abordagens

dos temas devem ser feitas através de atividades elaboradas para

provocar a especulação, a construção e a reconstrução de idéias.

Dessa forma, os dados obtidos em demonstrações, em visitas, em

relatos de experimentos ou no laboratório, devem permitir, através

do trabalho em grupo, discussões coletivas, que se construam

conceitos e se desenvolvam competências a habilidades.

Deve ficar claro aqui que a experimentação na escola média,

tem função pedagógica, diferentemente da experiência conduzida

pelo cientista. A experimentação formal em laboratórios didáticos, por

si só, não soluciona o problema de ensino – aprendizagem em

química. As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de

aula, por demonstração, em visitas, e por outras modalidades.

Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a

necessidade de períodos pré e pós atividade, visando a construção

dos conceitos. Dessa forma, não se desvinculam “ teoria” e

“laboratório”.

Nunca se deve perder de vista que o ensino de química visa

contribuir para a formação da cidadania, e dessa forma deve permitir

o desenvolvimento de conhecimentos e valores que possam servir de

instrumentos mediadores da interação do indivíduo com o mundo.

Consegue-se isso mais efetivamente ao se contextualizar o

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aprendizado, o que pode ser feito com exemplos mais gerais,

universais, ou com exemplos de relevância mais local, regional.

8.14.5 Avaliação

A avaliação é o ponto nevrálgico de todo e qualquer processo,

através dela se apura a validade e a eficiência das teorias, dos

recursos e das práticas. Leva-se em consideração o conhecimento

que o aluno traz previamente das suas relações com o mundo (senso

comum) e as superações que faz no decorrer do processo.

Quando o professor deseja que cada um dos seus alunos se

desenvolva da melhor maneira e saiba expressar suas capacidades,

avaliar é mais do que aferir resultados finais ou definir sucesso ou

fracasso, pois significa acompanhar o processo de aprendizagem e os

progressos de cada aluno, percebendo dificuldades e procurando

contorna las ou supera las continuamente. À medida que os

conteúdos são desenvolvidos, o professor deve adaptar os

procedimentos de avaliação do processo, acompanhando e

valorizando todas as atividades dos alunos, como os trabalhos

individuais, os trabalhos coletivos, a participação espontânea ou

mediada pelo professor, o espírito de cooperação, e mesmo a

pontualidade e a assiduidade. As avaliações realizadas em provas,

trabalhos ou por outros instrumentos, no decorrer dos semestres ou

em seu final, individuais ou em grupo, são essenciais para obter um

balanço periódico do aprendizado dos alunos, e também têm o

sentido de administrar sua progressão. Elas não substituem as outras

modalidades contínuas de avaliação, mas as complementam.

Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor deve

considerar que o objetivo maior é o desenvolvimento de

competências com as quais os alunos possam interpretar linguagens

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e se servir de conhecimentos adquiridos, para tomar decisões

autônomas e relevantes.

Portanto, o objetivo maior da avaliação deve ser a verificação para

posterior melhoria do progresso do aluno com relação a

aprendizagem de conceitos, capacidades e atitudes.

Algumas características dessas avaliações podem ser lembradas:

• toda avaliação deve retratar o trabalho desenvolvido;

• os enunciados e os problemas devem incluir a capacidade de

observar e interpretar situações dadas, de realizar comparações, de

estabelecer relações, de proceder registros ou de criar novas

soluções com a utilização das mais diversas linguagens;

• uma prova pode ser também um momento de aprendizagem,

especialmente em relação ao desenvolvimento das competências de

leitura e interpretação de textos e enfrentamento de situações

problema;

• devem ser privilegiadas questões que exigem reflexão, análise

ou solução de um problema, ou a aplicação de um conceito aprendido

em uma nova situação;

• tanto os instrumentos de avaliação quanto os critérios que

serão utilizados na correção devem ser conhecidos pelos alunos;

• deve ser considerada a oportunidade de os alunos tomarem

parte, de diferentes maneiras, em sua própria avaliação e na de seus

colegas;

• trabalhos coletivos são especialmente apropriados para a

participação do aluno na avaliação, desenvolvendo uma competência

essencial à vida que é a capacidade de avaliar e julgar.

A avaliação em química deve informar sobre:

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• conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos;

• capacidade de utilizar a linguagem química para expressar idéias;

Os critérios para a avaliação em química serão:

• provas objetivas e discursivas;

• listas de exercícios a serem desenvolvidos em sala de aula e como

tarefa doméstica;

• pesquisas de conteúdos.

Portanto, nessa visão de avaliação o professor se serve das

várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação

de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela

periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório

realizadas em sala, apresentação de seminários, entre.

8.14.6 Referências

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In:

Moreia, M. A; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre:

Sagra, 1991.

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2002.

BRADY, J. E HUMISTON, G. E. Química Geral. LTC, 1981.

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2003.

HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas

aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004.

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SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares

da educação fundamental da rede de educação básica do

Estado do Paraná: Química do Ensino Média. Curitiba: SEED,

2006.

VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e

o futuro. São Paulo: Moderna, 2002.

8.15 SOCIOLOGIA

8.15.1 Apresentação geral da disciplina

O ensino da Sociologia no Brasil tem uma caminhada histórica

centenária com muitas lutas, com idas e vindas na matriz curricular

do Ensino Médio, o que demonstra a dificuldade em firmar-se como

área do conhecimento fundamental para a formação humana, como

forma de interpretação da realidade e, em outros momentos, sua

ligação a interesses e vontades políticas.

A primeira iniciativa da implantação da disciplina nas escolas

deu-se com o advento da República sob a influência de Augusto

Comte, considerado o fundador da ciência, o qual usou o termo

Sociologia para relacionar com a ciência da sociedade. Inicialmente a

disciplina estava vinculada a valores morais.

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes

transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade

e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência,

reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar

mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da

modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a

dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e

forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos

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acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. Nos anos

30, com a criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na Escola

Livre e Universidade de São Paulo houve o desenvolvimento da

pesquisa sociológica dando um caráter científico, abandonando a

tradição ensaísta, o que possibilitou a formação de quadros

intelectuais para pensar o país e técnicos para dar suporte às

políticas públicas. Possibilitou, também, a formação de professores

para o Ensino Médio, consolidando dessa forma a Sociologia como

disciplina.

No entanto, ela não se manteve no cenário educacional, porque

esteve sujeita aos interesses políticos, pois tratam de questões

polêmicas como os processos econômico, político e sócio-cultural.

Portanto, essa disciplina desde a sua sistematização tem

contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua

própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das

sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado

pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos dos

problemas da vida social.

Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade

através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres

humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no

interior e entre esses diferentes grupos, e as conseqüências dessas

relações para indivíduos e coletividades.

A Sociologia como saber científico firmou-se no contexto do

desenvolvimento e consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a

especificidade de fazer parte e procurar explicar a sociedade

capitalista como forma de organização social. Essa explicação

sociológica da realidade não é linear, porque depende de

posicionamentos políticos diferentes, confirmando o princípio de que

não existe neutralidade científica referente às análises sociais.

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Temos três grandes paradigmas fundantes no campo de

conhecimento sociológico representados por Karl Marx, Max Weber e

Émile Durkheim, que apresentaram estudos sobre a sociedade

capitalista e o papel da educação inserida nesse contexto, sendo que

este último teve um papel importantíssimo, pois formulou as

primeiras orientações para a Sociologia e demonstrou que os fatos

sociais têm características próprias, que os distinguem dos que são

estudados pelas outras ciências.

Outros pensadores contemporâneos deram sua contribuição no

que se refere à fundamentação e concepção sociológicas – Antonio

Gramsci, Pierre Bordieu, Florestan Fernandes – cada uma com sua

linha teórica concernentes ao contexto teórico.

Portanto, a Sociologia como disciplina escolar tem que destacar

esses teóricos ao tratar dos conteúdos pertinentes à disciplina

fundamentando-se e sustentando-se em teorias de diferentes

tradições sociológicas, cada uma com sua explicação, ressaltando

que a reflexão sobre a realidade vai além do senso comum, porque as

questões sociológicas são construídas em termos de explicação, pela

mediação teórico-metodológica de natureza própria, por ser um tipo

de conhecimento sistematizado da realidade social. Procurar analisar

essas particularidades e ao mesmo tempo recusar qualquer espécie

de síntese teórica e encaminhamentos pedagógicos sem método ou

rigor.

A proposta das Diretrizes Curriculares é de uma Sociologia

Crítica, caracterizada pelo questionamento do real e do pensado e da

relação entre ambos, questionamento que vai além do que está dado

como estabelecido e explicado, questionamento que descortine as

desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no

movimento histórico nos quais alunos e professores estão inseridos.

O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da

articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como

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fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e

conhecimentos apreendidos como totalidades complexas, procurando

dar um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social

capitalista, como as desigualdades sociais e econômicas, a exclusão

imposta pelas mudanças no mundo do trabalho, as conflituosas

relações sociedade-natureza, a negação da diversidade cultural, de

gênero e étnico-racial. Trata-se, em síntese, de reconstruir

dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já

dispõe, uma vez que está imerso numa prática social, num outro nível

de compreensão: da consciência das determinações históricas nas

quais ele existe e, mais do que isso, da capacidade de intervenção e

transformação dessa prática social. É o desenvolvimento, através da

apreensão e compreensão crítica do saber sistematizado, da trama

das relações sociais da classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da

sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.São entendidas como

campos do conhecimento e se identificam pelos respectivos

conteúdos e por seus quadros teóricos conceituais. Considerando

esse constructo teórico, as disciplinas são o pressuposto para a

interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as relações

interdisciplinares se estabelecem quando:

• conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à

discussão e auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo

qualquer de outra disciplina;

• ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos

quadros conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos

que possibilitem uma

A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de

que ela se constitui disciplina no debate entre diferentes concepções

teóricas responsáveis por respostas a questões que a sociedade se

coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de

contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória

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de uma estratégia de afirmação quando o quadro social e político do

país era adverso, apontam Vianna, Carvalho e Melo (1995). A

Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de

democracia para uma ciência com baixo prestígio social e mercado

profissional escasso não foram decisórias, pois ela se cria e se

expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta e a dos

anos sessenta. abordagem mais abrangente desse objeto.

Sociologia moderna coube debruçar-se sobre todos os agentes

sociais que provocam profundas modificações na sociedade. Assim foi

consolidando o seu papel, a medida que definiu sua forma de

pesquisa, análise e interpretação dos fenômenos sociais.

8.15.2 Objetivos Gerais• Operacionalizar meios que levem o aluno a desenvolver um

espírito crítico face aos fenômenos sociais, proporcionando-lhe

uma cosmovisão capacitadora para questionar mudanças na

sociedade.

• Fornecer ao aluno elementos necessários para a formação de

um cidadão consciente de sua realidade social, econômica,

política, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir à essas

mesma realidade.

• Despertar o interesse e a curiosidade do aluno pela análise

objetiva da sociedade que o cerca e despertar o sentimento de

cidadania.

• Proporcionar reflexão sobre as relações de poder e ampliar a

noção política, enquanto processo de tomada de decisões que

afetam a coletividade.

8.15.3 Conteúdos

• O processo de socialização e as instituições sociais;

• Cultura e indústria cultural;

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• Trabalho, produção e classes sociais;

• Poder, política e ideologia;

• Direitos, cidadania e movimentos sociais.

8.15.3 Metodologia

Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que

se tenha a clareza da necessidade do redimensionamento de

aspectos da realidade para uma análise didática e crítica das

problemáticas sociais.

Serão utilizados vários instrumentos metodológicos para

desenvolver esses conteúdos como a leitura e esclarecimento do

significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos,

literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo, todos em

busca da formação do ser crítico com conteúdos sempre

problematizados com a realidade do aluno, enfatizando assuntos do

seu conhecimento.

Inicialmente será feita a introdução contextualizada com a

construção da Sociologia e das teorias sociológicas fundamentais

fazendo a relação do passado com a atualidade numa perspectiva

crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias

possibilidades de explicação sociológica feita nos recortes dos

conteúdos específicos.

Na medida do possível levar-se-á em consideração as

peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem

social do aluno, para que os conteúdos e a metodologia utilizada

possa responder a necessidades desse grupo social, colocando-o

como sujeito de seu aprendizado e que a todo momento é instigado a

fazer relações da teoria com o vivido, rever conhecimentos e

reconstruir coletivamente novos saberes.

Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de

conceitos sobre a construção do conhecimento sociológico vários

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instrumentos metodológicos estão disponíveis para auxiliar a prática

pedagógica como a leitura e interpretação de gráficos, confecção de

tabelas, filmes adequados a faixa etária e o repertório cultural do

aluno, relacionado ao conteúdo; discussão e articulação das

temáticas contempladas com a teoria sociológica; produção de texto;

análise e discussão de textos literários e letra de músicas e debates.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão

das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às

mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a

escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um

todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão

inseridos. Nesse procedimento metodológico estão embutidas como

premissas: a realidade social é composta por uma regularidade de

acontecimentos que podem ser observados, explicados e

classificados pelo cientista; a ciência constitui uma representação

teórica dessa realidade; o sujeito cognoscente deve manter- se

neutro no processo de conhecimento; a meta do conhecimento é

atingir a objetividade científica, ou seja, uma ciência livre de

pressuposições, de ideologias; a Sociologia dispõe de caráter

normativo, capaz de ordenar a realidade social, seja estabelecendo

uma taxonomia científica dos fatos, seja pela possibilidade de prevê-

los.

8.15.4 Avaliação

Os estudos dos conteúdos de Sociologia passam

obrigatoriamente por avaliações a fim de acompanhar os avanços dos

alunos em relação ao que foi trabalhado, portanto o professor poderá

fazer avaliações através de produções de texto ou filmes onde poderá

perceber a capacidade de articulação entre teoria e prática, síntese

de temas referentes ao conteúdo para ver o que o aluno interpretou

como importante, debates para avaliar a reflexão crítica, análise de

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coletânea de dados, trabalhos individuais e em grupo, testes escritos,

trabalhos em confecção de cartazes. Para concretizar esse objetivo, a

avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela

intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,

num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos

na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e

da escola. O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação

percebida como instrumento dialético da identificação de novos

rumos, não significa menos rigor na prática de avaliar. Transposto

para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na avaliação

formativa,conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios

básicos: a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados

com a prática social; b) a capacidade de argumentação

fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na exposição

das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e

compreender os problemas sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a

construção da autonomia do educando, acompanham as próprias

práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser

registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os

textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de

textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas,

desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos

objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,

expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.

8.15.6 Referências

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