subjet i vida de

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Subjetividade Do passado ao presente O período pré-socrático por volta do século VIII- a.c até V- a.c oferecia uma visão do mundo hegemônicamente concreta, descritiva e retilinea . O período Homérico descrito no livro A Odisséia, propunha um mundo fundamentado pela figura dos heróis, semi-deuses, figuras fantásticas, batalhas, comércio. Entretanto, a partir do século V-a.c surgem as indagações sobre a constituição do mundo representada por duas vertentes. A primeira representada pelo culto a Dionísio na seita de Orfeu cuja concepção era a da ruptura da unidade divina, corpo e alma. O corpo é a parcela que aprisiona a alma e a segunda parcela era a alma que representava a herança Dioníaca que se libertava do corpo dos prazeres terrenos e buscava a vida eterna. Já a segunda concepção defendida por filósofos como Pitágora e Platão, trazia a visão da metempsicose com a proposição da transmutação da alma. No extremo oposto a essas duas visões estão pensadores como Heráclito que apresentou a ideia da mobilidade universal que se apoiava na tônica do movimento como fluxo incessante da multiplicidade das formas onde a produção do homem é imanenete a produção do mundo com a indissociabilidade homem/natureza. Com o apogeu de Atenas, o pensamento grego através dos sofistas, estabelece-se o novo conceito do homem que extrai a verdade do contato com a realidade e ressaltam a incomunicabilidade direta dessas expereiências particulares e preconiza o caráter convencional das instituições transformáveis segundo as necessidades humanas. Pensar pelo principio da identidade è sempre estabelecer a relação do conceito do sujeito que pensa. Friedrich Hegel séc. XIX propôs o EU como proposta individual e parte integrante da consciência universal. O desenvolvimento da consciência se realiza gradualmente, quando o homem toma consciência de si e do mundo.

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Page 1: Subjet i Vida De

Subjetividade

Do passado ao presente

O período pré-socrático por volta do século VIII- a.c até V- a.c oferecia uma visão do mundo hegemônicamente concreta, descritiva e retilinea .

O período Homérico descrito no livro A Odisséia, propunha um mundo fundamentado pela figura dos heróis, semi-deuses, figuras fantásticas, batalhas, comércio. Entretanto, a partir do século V-a.c surgem as indagações sobre a constituição do mundo representada por duas vertentes.

A primeira representada pelo culto a Dionísio na seita de Orfeu cuja concepção era a da ruptura da unidade divina, corpo e alma. O corpo é a parcela que aprisiona a alma e a segunda parcela era a alma que representava a herança Dioníaca que se libertava do corpo dos prazeres terrenos e buscava a vida eterna.

Já a segunda concepção defendida por filósofos como Pitágora e Platão, trazia a visão da metempsicose com a proposição da transmutação da alma.

No extremo oposto a essas duas visões estão pensadores como Heráclito que apresentou a ideia da mobilidade universal que se apoiava na tônica do movimento como fluxo incessante da multiplicidade das formas onde a produção do homem é imanenete a produção do mundo com a indissociabilidade homem/natureza.

Com o apogeu de Atenas, o pensamento grego através dos sofistas, estabelece-se o novo conceito do homem que extrai a verdade do contato com a realidade e ressaltam a incomunicabilidade direta dessas expereiências particulares e preconiza o caráter convencional das instituições transformáveis segundo as necessidades humanas.

Pensar pelo principio da identidade è sempre estabelecer a relação do conceito

do sujeito que pensa.

Friedrich Hegel séc. XIX propôs o EU como proposta individual e parte

integrante da consciência universal. O desenvolvimento da consciência se

realiza gradualmente, quando o homem toma consciência de si e do mundo.

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O estruturalismo de Claude Levi agrupou antropólogos, historiadores,

linguistas, etnólogos e marcou com seu método a Psicologia no séc XX, estudo

dos mitos e a linguagem aplicando princípios universais.

Desta foram:

Pierre Clastres, etnólogo estudou o poder, os conflitos e a divisão social

propondo uma analogia entre os fenômenos.

Roland Barthes, linguista, realizou estudos linguísticos e literários sobre as

narrativas e do cotidiano.

Jacques Lacan, psicanalista uniu a matemática, a linguagem e a semiologia

para definir o inconsciente e o universo simbólico do significante.

Tudo isso buscando abstração teórica e os fenômenos vividos. na contra

mão dessa visão está o filósofo Althussuer que propôs o corte epistemológico

entre teoria e os fenômenos vividos, quando ele estabeleceu a separação

entre a ciência legitimada e os resíduos dos fenomenológicos ou empíricos.

Assim, o estruturalismo propõe um axioma a partir da realidade estrutural. Cuja

realidade se estabelece com uma rede de semelhança, por analogia ou por

oposição.

Friedrich Nietzsche: propõe a indissociabilidade vida/pensamento afirmando

que se implicam mutuamente.

Michel Foucault: propõe a indissociabilidade homem/natureza afirmando

que a produção do mundo se realiza em um processo que culminam em

multiplicidades

Do presente ao futuro

O final deste século aponta como uma era de intensa multiplicidade

e transformação que de uma lado experimenta-se o esgotamento do

estruturalismo.

O modelo capitalista sustenta-se na competição e no controle como

organizadores dos modos de pensar, de agir, de sentir que não se dão apenas

no campo da economia, mas também da constituição e percepção do mundo,

portanto, de sua própria subjetividade.

Dentro desta perspectiva, abre-se uma critica ao modelo capitalista brasileiro

quando o governo brasileiro e empresários, afirmam que as oito séries iniciais

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do ensino fundamental constituem a melhor base para qualquer aspirante

a uma vaga de trabalho. Que qualidade de mão de obra se prende aqui? E

dentro da subjetividade que se preocupa apenas com os resultados.

Desvelar o conjunto de condições que possibilitam a emergência de instâncias

individuais e/ou coletivas como território existencial autorreferência se tornou o

desafio da atualidade.

QUESTÕES:

A) A hegemonia do pensamento clássico grego estendeu-se por aproximadamente dois séculos. Quais vertentes de pensamento se destacaram no século V e quais as suas propostas?A primeira, constituída pelos sofistas introduziu um novo conceito de homem, que extrai a verdade do contato com a realidade.A segunda se filiaram os eleatas e os atomistas, conceberam a matéria uma, imóvel e indestrutível.A terceira foi representada por Sócrates, que propôs um conceito de homem essencialmente moral.

B) Em que se baseia a lógica dialética hegeliana?Se baseia na contradição criadora, no movimento da tese (afirmação),da antítese(negação) e da síntese(negação da negação).

C) De que forma o modelo capitalista de produção tem-se amparado?No controle como organizadores dos modos de pensar, de perceber, de sentir de relacionar-se e dos equipamentos coletivos que se engancham nesse processo produtivo ao longo da sua tragetória

Glosário

Atomismo: o que não pode ser cortado, indivisível1 é um filosofia natural que se desenvolveu em várias tradições antigas. Os atomistas teorizaram que a natureza consiste em dois princípios fundamentais: átomo e vazio.

Axioma: Na lógica tradicional, um axioma ou postulado é uma sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria. Por essa razão, é aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução e inferências de outras verdades (dependentes de teoria).

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Estruturalismo: é uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou do modelo da linguística e que apreende a realidade social como um conjunto formal de relações.

Epstmologia:( estudo de), também chamada teoria/filosofia do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimento. Relaciona-se com a metafísica, a lógica e a filosofia da ciência, pois, em uma de suas vertentes, avalia a consistência lógica de teorias e suas credenciais científicas

Etnologia: é o "estudo ou ciência que estuda os fatos e documentos levantados pela etnografia no âmbito da antropologia cultural e social, buscando uma apreciação analítica e comparativa das culturas."[1]Em sua acepção original, era o estudo das sociedades primitivas, todavia, com o desenvolvimento da Antropologia, o termo primitivo foi abandonado por se acreditar que exaltaria o preconceito étnico. Assim, atualmente se diz que etnologia é o estudo das características de qualquer etnia, isto é, agrupamento humano - povo ou grupo socia

Sofisma ou sofismo grego antigo "fazer raciocínios capciosos" em filosofia, é um raciocínio ou falácia se chama a uma refutação aparente, refutação sofística e também a um silogismo aparente1 , ou silogismo sofístico, mediante os quais se quer defender algo falso e confundir o contraditor . Não devemos confundir os sofismas com os paralogismos: os primeiros procedem da má fé, os segundos, da ignorânci

Silogismo , "conexão de ideias", "raciocínio" é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles.

Simiologia

Método socrático consiste numa prática muito famosa de Sócrates, o filósofo, em que, utilizando um discurso caracterizado pela maiêutica (levar ou induzir uma pessoa, por ela própria, ou seja, por seu próprio raciocínio, ao conhecimento ou à solução de sua dúvida) e pela ironia, levava o seu interlocutor a entrar em contradição, tentando depois levá-lo a chegar à conclusão de que o seu conhecimento é limitado.

Metempsicose é o termo genérico para transmigração ou teoria1 da transmigração da alma, de um corpo para outro, seja este do mesmo tipo de

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ser vivo ou não. Essa crença não se restringe à reencarnação humana, mas abrange a possibilidade da alma humana encarnar em animais ou vegetais.